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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS DE TRABALHO
Por: Sara Roberta Alves Diniz
Orientador
Prof. Ana Cristina Guimarães
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Prevenção de acidentes e doenças de trabalho
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Recursos Humanos.
Por: Sara Roberta Alves Diniz.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus por
me possibilitar mais uma vitória.
Aos meus pais e amigos pela atenção
e carinho.
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, por sempre me apoiarem.
5
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo o abordar algumas formas de
prevenção de doenças e acidentes de trabalho, através de uma abordagem
teórica, tendo como referência a visão de diversos autores.
As doenças e acidentes de trabalho podem ocorrer em qualquer
instituição e com qualquer trabalhador, por mais que o local de trabalho pareça
seguro e inofensivo, os riscos existem e todo cuidado é pouco.
E na busca de prevenir que esses incidentes ocorram, a CIPA
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) tem um papel fundamental, de
alertar os trabalhadores, mas é importante ressaltar que tanto o empregador
quanto o empregado devem zelar para que os acidentes e as doenças sejam
evitados.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada neste trabalho é a pesquisa teórica, feita em
livros, internet e artigos de revistas. Algumas apostilas foram cedidas para
consultas pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Doenças e Acidentes de trabalho 9
CAPÍTULO II - O Papel da CIPA nas empresas 18
CAPÍTULO III – Prevenção 29
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 41
FOLHA DE AVALIAÇÃO 42
8
INTRODUÇÃO
O presente Projeto tem como proposta identificar algumas doenças e
acidentes nos locais de trabalho, o primeiro capítulo propõe o estudo de
algumas doenças e acidentes que podem ocorrer nos locais de trabalho, e
como situações comuns do dia a dia podem se tornar em acidentes e doenças
se não houver um cuidado.
No Capítulo II, identifica-se o papel da CIPA, e como a sua atuação é
de total relevância no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores em seu
ambiente de trabalho, a CIPA tem como um de seus objetivos, fiscalizar o
ambiente e conscientizar os empregados sobre os riscos e procedimentos a
serem tomados mediante a suas atividades, sendo elas de risco ou não.
Já no Capítulo III, discute-se formas de Prevenção de doenças e
acidentes de trabalho, o como o acesso as informações sobre Prevenção de
Doenças e Acidentes podem evitar que empregados se feriam e que empresas
tenham prejuízos, por isso as empresa devem investir em segurança e
qualidade de vida no ambiente de trabalho.
.
9
CAPÍTULO I
DOENÇAS E ACIDENTES DE TRABALHO
1 1. Doenças de Trabalho
Falar de doenças e acidentes no ambiente de trabalho, é falar sobre
segurança do trabalhador, hoje por mais que o local de trabalho seja tranqüilo,
é possível que o funcionário apresente uma doença ou sofra um acidente
trabalhista.
“ Acidente de trabalho é o e que ocorre sobre o exercício
do trabalho a serviço da empresa, como o segurado
empregado, que provoca lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade do trabalhador.
São considerados como acidentes de trabalho: Doença
profissional ( decorrente do exercício a determinada
atividade ) e doença do trabalho ( adquirida em funções
de condições especiais em que o trabalho é realizado e
com ele se relacione diretamente ” CONCEITO LEGAL, o
Art. 19 da Lei n.8213/91 e Decreto n.3048/99.
(PREVIDENCIA GOV.BR)
Vidigal (2006) discute que o local de trabalho pode adoecer o trabalhador
de diversas formas, inclusive psicologicamente. As tensões originadas da
pressão no trabalho e a pré-disposição genética são a fórmula das doenças
psíquicas ocupacionais, que podem ser confundidas com o estresse.
Percebe- se que a autora acima, pressupõe que o ambiente de trabalho é um
fator primordial na vida do ser humano e tem uma grande influência em sua
10 vida psíquica, ou seja, a forma com que esse trabalhador lhe dar com as
pressões do seu trabalho pode provocar um adoecimento, que também deve
ser considerado a pré- disposição genética de cada individuo.
Jacques (2007), faz um paralelo do nexo causal entre doença e saúde/
doença metal no trabalho, ela discute que os fatores que contribuem para o
perfil do adoecimento dos trabalhadores são doenças comuns que não estão
relacionadas ao trabalho, essas doenças comuns são modificadas no aumento
da freqüência ou precocidade de manifestação por conseqüência do trabalho,
doenças comuns nas quais se multiplicam condições provocadora ou
desencadeadoras em virtude do trabalho e os agravos específicos pelos
acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Bellusci (2001) aponta que o ambiente de trabalho freqüentemente
apresenta agentes nocivos em sua atmosfera, que podem agredir a o aparelho
respiratório de diversas formas produzindo doenças. A autora faz uma relação
de alguns fatores agressores que estão presentes no ambiente de trabalho que
podem provocar algumas doenças no aparelho respiratório.
São eles o álcalis, ácidos fortes, sais de cromo e arsênico provocam
inflamação crônica e perfuração, cromatos, níquel carbônico e algumas
madeiras provocam neoplasias, proteínas e compostos químicos provocam
câncer, asbertos cromatos, gases radioativos, hidrocarbonetos policíclicos
provocam bronquiolite e selicatos febrisis (asbertos ) provocam pneumoconiose
e neoplasia.
Denota-se que a visão dos autores acima, são bem peculiares no que
diz respeito a doenças de trabalho, porém existe um paralelo quando o
ambiente de trabalho é relacionado a essas doenças, sejam essas doenças
modificadas no ambiente de trabalho ou o fato desse ambiente apresentar
agentes perigosos que causem dano a saúde do trabalhador.
11 Dependendo das condições no ambiente de trabalho, o trabalhador
pode sofrer processos inflamatórios, produzidos por agentes físicos, biológicos,
eletrônicos, mecânicos e químicos, esse fatores podem afetar o trabalhador de
tal forma que além de produzir doenças físicas, podem causar estresse.
A Organização Mundial de saúde (OMS) ressalta que o local de
trabalho, as estruturas básicas e o desempenho no trabalho, têm influencia na
instalação de doenças laborais.
Percebe-se o quanto o local de trabalho é fundamental no surgimento ou não
de doenças ocupacionais, um local que possui vários riscos automaticamente
se torna mais vulnerável, é mais provável que os trabalhadores não
desenvolvam doenças ocupacionais, quando esse local é mais seguro, no
sentido que foi fiscalizado, esses riscos diminuem.
Kwitko (2008) descreve as doenças psicossociais como aquelas que
tem como conseqüência a sua exposição a agentes químicos e devem ter
tratamento em termos de prevalência.
Sabe- se que agentes químico são grandes causadores de doenças de
trabalho, por isso, pessoas que atuam diretamente com esses produtos devem
ter a preocupação de utilizar todos os equipamentos necessários a sua
proteção , desde luvas, máscaras e roupas especificas, ainda assim é possível
que esses agentes químicos causem uma doença.
Carlotto e Câmara (2007) destacam que algumas mudanças produzidas
no mundo do trabalho têm ocasionado uma nova patologia laboral, a síndrome
de Burnout, que acomete trabalhadores que desenvolvem atividades diretas e
emocionais com o publico, é considerada um fenômeno psicossocial
relacionado ao contexto laboral. A síndrome de Burnout se constitui através de
três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização
profissional e os sintomas estão classificados por duas perspectivas da
12 síndrome, a clinica considera que a síndrome de burnout como um estado
atingido pelo individuo como conseqüência do estresse de trabalho e a
psicossocial entende a síndrome como um processo desenvolvido pela
interação das características pessoais e do contexto de trabalho da pessoa.
A síndrome de Burnout, ainda é pouco conhecida no contexto de
trabalho, poucas pessoas tem a informação que essa síndrome é
desencadeada como conseqüência do estresse no trabalho, o conhecimento
dessa doença deve ser mais explanado, para que seja evitada entre os
trabalhadores.
Mattos (2009) observa que além das doenças e acidentes de trabalho
mais comuns, a evolução tecnológica fez se acompanhar de novos ambientes
de trabalho e de riscos profissionais e eles associados. Ele aponta a doença
profissional LER ( Lesão por Esforços Repetitivos ) que é conhecida por
apresentar-se através de movimentos repetitivos, acontece em toda
atividade profissional que exija o uso forçado dos músculos e também está
associado a posturas inadequadas. Irritação nos olhos, dores de cabeça e
estão ligadas ao uso prolongado do computador, podendo causar uma fadiga
visual. Pinheiro (2009) aponta que acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais,
Trata-se de uma lesão muito comum nos dias atuais, já que o
computador é uma ferramenta quase que indispensável em algumas empresas,
a pressão, a correria do dia a dia no trabalho impedem que os empregados se
preocupem mais com sua saúde, não existem muitas vezes o cuidado com a
postura no ambiente de trabalho, e essa lesão só é detectada quando
aparecem os incômodos, que se tornam sintomas.
1.2 Acidentes de Trabalho
13 Os acidentes de trabalho podem ocorrer por duas causas:
Ato inseguro: quando praticado pelo homem, consiste no que ele está fazendo,
ou seja, qual o procedimento que este funcionário está tomando em relação a
Sua segurança. E a condição insegura, consiste nos riscos e nos perigos que
o local de trabalho oferece ao trabalhador
Ferreira (1994) aborda algumas características peculiares no ambiente
de trabalho que podem levar a acidentes. Um andaime em mau estado, a
chave desprotegida, piso escorregadio, armazenamento inadequado e
iluminação deficiente são titulo de maus exemplos.
Sabe-se que muitos acidentes são causados pela negligência de alguns
trabalhadores com sua própria segurança, mas as condições físicas do
trabalho de uma pessoa influencia na causa ou não de um acidente, na
discussão do autor acima, ele aponta de forma simples mais bem concreta
algumas situações que levam a um acidente de trabalho.
De acordo com Oliveira (1997) a lesão será caracterizada pelo dano
físico anatômico ou mesmo psíquica. A perturbação funcional nem sempre é
aparente, mas pode afetar o plano fisiológico ou psíquico de órgãos e funções
especificas.
A doença tem como singularidade o estado mórbido de perturbação de saúde
física ou mental com sintomas próprios de cada caso.
A perturbação, como conseqüência de uma lesão , nem sempre se apresenta
de uma forma imediata, pois cada pessoa reage conforme a sua subjetividade.
Porto (2009) discute que a fragmentação de empresas em unidades
menores contribui para agravar os números de acidentes, empresas com
menos de 15 empregados estão mais propensas a ter um número maior de
acidentes do que empresas com mais de 250 funcionários. segundo a autora,
um dos fatores que contribuem para isso, é o fato de algumas pequenas
empresas não investem tanto nas medidas de proteção de seus trabalhadores,
14 ou seja, é bem mais baixo percentual daquelas que ministram aos seus
trabalhadores uma formação específica que lhe proporcionam visitas periódicas
ao médico do trabalho.
Discute-se essa questão como algo bem singular, já que existem “ boas
empresas e empresas, ” e é possível que uma pequena instituição invista na
qualidade de vida de seus funcionários, mesmo sendo esta pequena, depende
como a diretoria se importa com a qualidade de vida de seus funcionários.
Oliveira (1997) enfatiza que um acidente de trabalho ganha relevância
jurídica, quando acontece em decorrência dele, no trajeto e no serviço da
empresa. O acidente de trabalho deve ser resultante da prestação laborativa,
que tem como conseqüência a morte ou a incapacidade do funcionário.
Entende-se que acidente de trabalho ocorre no ambiente do trabalho , mas de
fato não se restringe somente ao local , mas no trajeto da residência para o
trabalho e do trabalho para a residência, nem todos trabalhadores tem esse
conhecimento
Michel (2000) destaca alguns agentes que posem causar acidentes de
trabalho: O Posicionamento, trabalho em máquinas o qual precisa da
introdução de dedos e mãos para a operação, choque elétrico podem ser
causado por fios expostos, produtos químicos com contato freqüente ou não
podem causar irritação e fogo cortando ou soldando em locais inadequados.
Há uma diferença entre o conceito de acidente e doença de trabalho, a
doença é gerada pelo exercício de determinado trabalho, é definida como uma
síndrome patológica. O acidente pode ser um fator oriundo do ambiente.
Machado (2004) discute o acidente de trabalho como uma forma de
violência, que impõe a área de saúde do trabalhador como novas relações de
saúde, bem como interfaces disciplinares e setoriais. Abaixo há uma descrição
de riscos nos locais de trabalho que podem levar a um incidente.
15 Riscos Químicos: Podem ocorrer por penetração via cutânea, digestivo
ou respiratório. Riscos Físicos: incluem ruídos, radiações, pressões anormais e
temperaturas extremas. Riscos Ergonômicos: Falta de adaptação das
condições de trabalho, jornadas prorrogadas e trabalho físico pesado. Riscos
de Acidentes: Máquinas e equipamentos inadequados para uso e até animais
peçonhentos, que podem picar e transmitir venenos.
Percebe-se que diferentes pontos de vista, debatem o tema acidentes de
trabalho, como algo que deva ser tratado como algo de total relevância, já que
impõe causas jurídicas e é visto como uma violência na área da saúde do
trabalhador.
Santana e Maia (2003) entendem que os acidentes de trabalho devem
ser considerados um problema de saúde pública, em todo o mundo, por serem
fatais e incapacitantes e atingem a uma população na sua maioria jovem em
idade produtiva, o que acarretam ainda mais consequências econômicas e
sociais.
Os acidentes de trabalho devem ser vistos como uma questão mundial,
como já defendem os autores acima, a população trabalhadora sofre com
esses acidentes no trabalho, e quando se toma alguma providencia ainda é
muito pouco, já que são questões continuas e acidentes deveriam ter um grau
de maior importância e discussão da sociedade.
Kwitko (2008) aborda que se considerarmos que as melhorias nos
aspectos ergonômicos podem ser demoradas e onerosas de implantar, e que
os acidentes típicos carecem de alterações em maquina e processos e que
ainda aspectos relativos a transtornos mentais envolvem um alto grau de
subjetividade, sendo assim as doenças e acidentes devem ser apuradas de
conforme a sua circunstância.
16 Ainda segundo Michel (2000) os riscos de acidentes se estendem as
áreas de trabalho (pisos, passagens irregulares, obstruídas ou com saliências.
Materiais de trabalho também podem levar a incidentes, como material tóxico,
inflamável ou perfurante, a falta de manutenção das ferramentas e mal uso de
equipamentos de Proteção Individual, posturas incorretas , repetição de
movimentos e até brincadeiras em local de trabalho.
Toda pessoa está sujeita a 3 modalidades de riscos. A primeira é o risco
genético, a segunda na sua qualidade de trabalhador e a terceira é
determinada pelos riscos genéticos se agrava pelas condições do ambiente de
trabalho.
Em todos os locais de trabalho é possível que ocorra um acidente,
independente das considerações genéticas ou segmento do trabalho, todas as
pessoas devem se cercar de todo o cuidado possível, pois até mesmo um
inofensivo ambiente pode se tornar perigoso, se não houver os recursos e
procedimentos de segurança.
1.3 Dos direitos Trabalhistas sobre doenças e
Acidentes
Pinheiro (2009) aponta que acidentes de trabalho e doenças
ocupacionais geram direitos trabalhistas, tais como: indenizações, pagamento
de auxílio, pensões ou estabilidade no emprego.
E se ainda o trabalhador queira requerer algum direito que não
atendido, pode solicitar o pagamento ou cumprimento da obrigação junto á
Justiça do trabalho. A justiça estará considerando provas periciais,
documentais ou testemunhas.
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Para que a indenização seja concluída , deve haver provas, de que a
doença ou acidentes foi causado por culpa do empregador , ou seja,
comprovado que houve negligência , imprudência ou imperícia.
Classifica–se que para que haja definição se a lesão ou doença
ocupacional foi gerada pelo empregador , será necessária a realização de
perícia médica, o perito médico é quem vai reconhecer ou não o nexo causal
na relação entre trabalho e o acidente ou doença.
Entende-se que a empresa terá que realizar a Comunicação de Acidente
de Trabalho – CAT junto ao INSS, para registrar o Acidente ou Doença de
Trabalho. Para que o trabalhador receba o auxilio doença será necessário que
ele tenha contribuído no mínimo por 12 meses ao INSS, esse período só não
será exigido em casos de acidentes decorrentes de trabalho.
Quando este trabalhador retornar ao trabalho, tem direito a 1 ano de
estabilidade, ou seja ele não poderá ser dispensado pela empresa neste
período, mas em caso de agravamento da doença o CAT pode ser reaberto .
O trabalhador pode pleitear na Justiça do Trabalho uma indenização ,
seja por danos materiais , como despesas médicas, de transporte, medicações
e danos sofridos, sempre através de provas.
Caso o funcionário seja considerado incapaz permanente e não houver
condições de reabilitação, o trabalhador terá direito a aposentadoria por
invalidez.
Em casos de doença profissional é equiparada ao acidente de trabalho,
gerando os mesmos benefícios, no benefício de auxilio- doença o trabalhador
estará afastado por 15 dias e depois fará uma nova avaliação .
18
CAPÍTULO I I
O PAPEL DA CIPA NAS EMPRESAS
2. 1 A Origem da fiscalização nos locais de trabalho
O Primeiro órgão fiscalizador dói na Grã-Bretanha, muitos anos depois
começou a estudar a relação do trabalho com as doenças.
Campos (2004) descreve que na Inglaterra em 1802, surgiu a 1 º Lei de
Proteção ao trabalhador acidentado no exercício de sua função.
Em 1862, aconteceu a Regulamentação da Segurança e Higiene do
Trabalhador na França, em 1965 na Alemanha e nos Estados Unidos em 1921.
No Brasil a proteção legal ao trabalhador ocorreu nos últimos 50 anos,
avançou muito desde a primeira Lei, que surgiu em 1919, Lei de Acidentes no
Trabalho no Brasil pelo Decreto Legislativo n° 3.724, de 15 de janeiro.
Não é considerado Acidente a doença profissional atípica (mesopatia). A lei só
aceita a reparação em casos de moléstia contraída somente no exercício do
trabalho.
Nesses 50 anos desde a primeira Lei, entende-se que o Brasil teve
um progresso nas questões de direitos trabalhistas, mas poderia ter avançado
mais nas questões pertinentes a Acidentes de trabalho, foram muitas lesões e
acidentes fatais em indústrias e empresas, uma pergunta fica muitas vezes
19 sem respostas, de quem é a culpa desses Acidentes e Doenças Ocupacionais?
Quem responderá por essas vidas?
Campos (2004) menciona a 2 º lei de Acidentes de trabalho no Brasil,
foi com Decreto- Lei nº 24.637 de 10 de julho de 1934, onde atípica mesopata
é reconhecida como doença profissional.
Em 1943 o governo Brasileiro apresenta a CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho ) para a nação para assegurar os Direitos dos Trabalhadores. Em
1944, surge a 3 ° Lei de Acidentes de Trabalho no Brasil com o Decreto- Lei n °
7.036 de 10 de novembro, determinando que empresas com mais de 100
empregados devem constituir uma Comissão Interna para representá-los, afim
de estimular o interesse pelas questões de Acidentes de Trabalho.
Apesar de ser regulado por lei nem todas as empresas que possuem a
CIPA, exercem um papel atuante nas instituições, mesmo com mais de 100
empregados, não é de forma geral que a CIPA tem um papel prático, conforme
sugere a regulamentação.
2.2 O papel da CIPA nas Empresas.
Campos (2004) aborda que em 1953, a Portaria n° 155, regulamenta a
atuação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) no Brasil,
ao longo dos anos varias outras leis foram cridas, em relação a Acidentes de
Trabalho no Brasil.
A CIPA é uma Comissão interna de Prevenção de Acidentes, é
considerada um instrumento eficaz , para tratar de prevenção de acidentes, das
condições do local de trabalho e de vários fatores que podem afetar a saúde do
trabalhador , é a CIPA que vai investigar e discutir as condições e melhorias
dos trabalhadores.
20
Percebe-se que existe uma preocupação sobre acidentes de trabalho no
Brasil, era necessário que providencias em relação a proteção dos
trabalhadores fossem tomadas.
Ferreira (1994) entende que a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA reside no atendimento de interesses mútuos, ou seja, tanto
de empregadores quanto os empregados devem exercer o seu papel.
È fundamental tanto os funcionários façam sua parte, seguindo os
procedimentos de segurança nas suas atividades laborais, quanto as empresas
ofereçam recursos para que as normas de seguranças sejam cumpridas.
Junior (2001) cometa a criação da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes de Trabalho – CIPA que tem como objetivo prevenir os funcionários
de Acidentes e Doenças ocupacionais, de forma compatível permanentemente
o trabalho com a prevenção da vida e a formação da saúde do trabalhador.
A CIPA é quem vai garantir que essas doenças e acidentes sejam
evitadas ao máximo, criando mecanismos de conscientização nos
trabalhadores e abordando maneiras eficazes de proteção ao trabalhador.
É muito importante que os membros da CIPA sejam bem escolhidos,
pois estes terão a missão de fazer com que as regras de Prevenção sejam
cumpridas dentro das empresas.
A CIPA deve ser composta de representantes do empregador e dos
empregados, conforme direcionamento da NR, os representantes dos
empregados, titulares e suplentes serão designados por eles. O mandato dos
membros eleitos pelo CIPA terá duração de 1º ano, permitida a reeleição.
21 Os membros do CIPA devem continuar exercendo as mesmas funções
durante seu mandato e o empregador devera garantir que seus indicados
tenham a representação necessária para discussão das questões de
segurança do trabalhador.
Campos (2004) discute o Papel das empresas que deverão cumprir e
fazer valer as normas de segurança e medicina do trabalho, tendo o papel de
instruir os empregados, através ordens de serviços, facilitar o trabalho da
fiscalização pela autoridade competente, tomar precauções no sentido de evitar
ao máximo os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, adotar
medidas determinadas pelo órgão regional responsável.
Essas normas deverão ser cumpridas rigorosamente, só a prática
evidencia resultados positivos na prevenção das Doenças e Acidentes de
trabalho.
Junior (2001) comenta sobre o funcionamento do CIPA, que terá
reuniões ordinárias de acordo com o calendário pré-estabelecido, as reuniões
podem acontecer durante o expediente no horário de fuincionamento da
empresa e local apropriado.
Os trabalhadores devem ficar atentos as decisões da CIPA, cabem a eles
cobrar que medidas sejam tomadas, os cipeiros podem sugerir a realização de
treinamentos, campanhas, palestras que promovam melhorias no trabalho.
As reuniões do CIPA terão atas assinadas pelos membros presentes
com encaminhamento de cópia para todos. As atas ficam a disposição dos
Agentes da Inspeção do Trabalho- AIT na própria empresa. Antes da posse, a
empresa dever promover treinamentos para os Suplentes.
As reuniões de caráter extraordinário devem ocorrer dentro dos
seguintes pontos: Houver uma denúncia de situação de risco, que determine a
22 aplicação de medidas de emergência, ocorrer acidente fatal ou grave, houver
pedido expresso de uma das representações.
As decisões da CIPA ocorrem por consenso,
se não houver consenso, as tentativas de negociação direta ou com mediação,
será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da
reunião. As decisões tomadas pela CIPA caberão pedidos de reconsideração,
mediante requerimento justificado.
O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima
reunião ordinária, quando será analisado, devendo os Responsáveis efetivar os
encaminhamentos necessários.
O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, se
faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
Em caso afastamento definitivo do presidente da CIPA, o empregador
indicará o substituto, em dois dias úteis, se possível entre os membros da
CIPA.
Se ocorrer um afastamento definitivo do vice-presidente, os membros
titulares da representação dos empregados, deverão escolherão o substituto,
entre seus titulares, em dois dias úteis.
O prazo máximo de treinamento da CIPA no primeiro mandato será de
trinta dias, que será contato a partir da data da posse. O treinamento do CIPA
deve contemplar: estudo do ambiente e das condições de trabalho, riscos no
processo produtivo, métodos de investigação e análise de acidentes e doenças
de trabalho, abordagem de doenças e acidentes decorrentes de exposição aos
riscos existentes na empresa, e noções sobre as legislações trabalhistas e
previdenciárias, relacionadas à segurança e saúde no trabalho, conhecimentos
sobre os temas ministrados.
23 Em dia de expediente normal da empresa, poderá acontecer o
treinamento, que tem como carga horária vinte horas, com duração máxima de
oito horas por dia.
O treinamento poderá ser conduzido pelo SESMT da empresa, entidade
patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua.
Cabe a empresa decidir sobre a entidade ou o profissional que
ministrará o treinamento, constando sua manifestação em ata.
Outro treinamento poderá ser efetuado, quando comprovada a não
observância nos itens relacionados, a unidade descentralizada do Ministério do
Trabalho e Emprego que irá determinar a complementação que deve ocorrer
em um prazo máximo de trinta dias. O prazo máximo de treinamento do da
CIPA no primeiro mandato, será de trinta dias, que será contato a partir da data
da posse.
Em caso de empreiteiras ou prestadoras de serviços, será considerado
o estabelecimento para aplicação desta NR, o local em que os empregados
estiverem trabalhando.
Se mais de uma empresa tiver atuação no mesmo estabelecimento, a
CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das
contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e de
participação de todos os trabalhadores em relação às decisões da CIPA.
Independente da forma de contratação, a contratante e as contratadas,
que atuem num mesmo estabelecimento, devem agir em conjunto nas medidas
de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente
NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e
saúde a todos os funcionários.
A empresa contratante deverá implantar medidas para que as empresas
contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores locados no
24 estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos
ambientes de trabalho e informações sobre as formas de proteção adequadas.
A empresa contratante deve acompanhar a atuação das empresas
contratadas no seu estabelecimento, como estão sendo tomadas medidas de
segurança e saúde no trabalho. É importante ressaltar que NR5 CIPA, é
estabelecida por obrigatoriedade nas empresas, sejam públicas ou privadas,
devem se organizar e se manterem em funcionamento essa comissão
constituída por empregados, como objetivo de prevenir incidente laborais,
através de apresentações e recomendações aos empregados para melhorarem
suas condições de trabalho evitando possíveis acidentes e doenças
ocupacionais.
Campos (1999) destaca algumas ações que o CIPA devem realizar em
ternos de prevenção de acidentes: Primeiro fato , é identificar os riscos do
processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos com participação de maior
números de funcionários possível, montar um plano de trabalho que possibilite
atitudes preventivas, realizar freqüentemente verificações no local de trabalho,
colaborar para o desenvolvimento de implementação de Programas de
Controle Médico de Saúde Ocupacional e propor treinamentos adequados para
cada trabalhador, afim de que ele tenha consciência dos riscos e perigos
presentes em seu trabalho.
A participação de um número de maior de funcionários é um fato
essencial no desenvolvimento do trabalho da CIPA, pois cabe aos empregados
conhecer e apontar situações de perigo no trabalho.
Independente do segmento da empresa, a CIPA , terá que exercer seu
papel fundamental que é fazer com que a regulamentação seja cumprida, e
que as condições de trabalho sejam asseguradas para que o trabalhador tenha
um bom resultado na sua produção.
Campos (2004) em uma edição atualizada destaca algumas
considerações sobre o papel do CIPA, ele classifica que o CIPA um papel
25 fundamental de Colaboração, ou seja, contribuir para o desenvolvimento e
implementação das atividades do PPRA e do PCMS, deve haver comunicação
da situações dos riscos aos empregados, e principalmente um controle, em
manter as medidas funcionando, e que tudo fique documentado no livro de ata,
o mapa dos riscos e os assuntos abordados como forma de prevenção.
A segurança do trabalhado começa no trabalhador, daí a necessidade
de informá-lo e treiná-lo através de informações educativas sobre prevenção,
um trabalhador bem informado e consciente dos riscos, pode evitar acidentes e
doenças funcionais.
Campos (2004) propõe uma nova forma de pensar no CIPA, não só de
uma maneira tradicional , voltada para legislação , mas também sua atuação
deve está alerta para as mudanças tecnológicas, de novas legislação e dos
processos produtivos, considerando novos riscos, procurando trabalhar em
equipe para o a atendimento das atuais relações de trabalho.
È importante ressaltar o ponto de vista do autor acima, ao propor uma
atuação da CIPA mais voltada para as mudanças atuais, já que essas
mudanças estão cada vez mais presentes, as novas tecnologias são fornecidas
em curto espaço de tempo, a CIPA deve também se apresentar de acordo com
o contexto atual de trabalho, são riscos diferentes de alguns anos atrás, então
as palestras e cursos devem ser relevantes a esses novos riscos.
2.3 O Processo Eleitoral
Cabe o empregador, convocar eleições para a escolha dos
representantes dos empregados na CIPA, onde o prazo mínimo de 60 dias
antes do mandato em curso.
A empresa deve seguir alguns critérios para comunicar quando será o
inicio do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
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O Presidente e o Vice- Presidente da CIPA, Constituirão seus membros
em um prazo mínimo de 55 dias, antes do termino do mandato anterior, existe
uma comissão Eleitoral (CE) que é a responsável pela organização e
acompanhamento do Processo Eleitoral.
O processo Eleitoral deverá seguir algumas condições:
No prazo mínimo de 45 dias, deverá ser publicado e divulgado o edital,
em locais de facil acesso antes do termino do mandato em curso, A incrição e
eleição individual , sendo que período minimo para insrição será de 15 dias,
Todos os empregados da empresa, terão direito a efetuar sua inscrição,
independete dos setores, garantia de empregos para todos os inscritos atá
aleição. Realização da eleição no prazo de 30 dias, antes do final do mandato
anterior , a eleição deverá ser feita em horário e dia de trabalho e o voto deverá
ser segreto e a apuração dos votos será em horário normal de trabalho e com o
acompanhamento do representante do empregador e dos empregados.
Identifica-se que essas regras são bem definidas no processo Eleitoral e
devem ser respeitadas para que a eleição tenha um valor democrático e
seguro, e a oportunidade de todos os funcionários ter o direito de escolher e
atuar como um memrbo da CIPA
2.4 Atribuições da CIPA
Classificar e elaborar mapade riscos presentes no ambiente de trabalho, com
a participação de maior número de funcionários possível , sempre em conjunto
com o SESMET .
Elaborar plano de trabalho que apresenta ação preventiva ba resolução de
porblemas de saúde e segurança dos trabalhadores.
27 A CIPA que vai implementar e controlar a qualidade das medidas de
prevenção necessárias e verificar o que são prioridades de ação no
ambientede trabalho.
Realizar frequetemente a análise dos locais e condições de trabalho,
com o objetivo de identificar situações que possam trazer riscos para a sapude
e segurança no trabalho.
Discutir as possíveis situações de riscos , identificar a cada reunião, e avaliar
as metas estabelecidas no plano de trabalho.
Todos os empregados devem ter acesso as informações relativas a
saúde e segurança no trabalho.
Atuar em conjunto com o SESMT em questões referentes aos impactos
de alterção no ambiente e do processo de trabalho
Socilicitar ao SESMT quando houver ao empregador, a paralização de
máuinas, onde considere possibilidade de risco grave.
Contribuir para o desenvolvimento e implemetação do PCMSO E PPRA e
de outros programas relaionados a segurança e saúde no trabalho.
Promover e divulgar o cumprimento das Normas Regulamentadoras e
clásuras de acordos e convenções coletivas de trabalho .
28
Atuar em parceria com o SESMT, onde houver com o empregados da
avaliação das causasdas doenças e acidentes de trabalho e ainda sugerir
medidas de solução de problemas .
Solicitar ao empregador e valiar questões que tenham interferido na
segurança e saúde do trabalhador.
Requisitar ao estabelecimento, cópias do CAT
Participar e promover em parceria com o SESMT , a semana Interna de
Prevenção de Acidentes de Trabalho – SIPAT e também oferecer Campanhas
na Prevenção da AIDS.
Idenfica-se essas atribuições da CIPA , como primordial na Prevenção
de Acidentes e Doenças de Trabalho.
Denota-se como tarefas bem específicas que ao serem postas em prática
rigorosamente, certamente o trabalho do CIPA terá um desdobramento com
êxito.
29
CAPÍTULO III
PREVENÇÃO
3. 1 A Importância da Prevenção
A saúde ocupacional tem como objetivo, o bem está do funcionário,
seja física, mental ou social, os eu ambiente de trabalho não deve ser causa de
sinistro, mas deve proporcionar condições dignas do trabalhador exercer suas
atividades com segurança.
Kwitko (2008) defende a Prevenção como é algo que não só reduz os
custos, mas como também contribui para melhorar o desempenho da empresa,
pois saúde do trabalhador e sua segurança influencia na produtividade de suas
tarefas, trabalhadores saudáveis produzem mais e melhor, menos doenças e
menos acidentes significa menos danos e como conseqüência menos faltas, o
que traduz na diminuição de custos e na diminuição das paragens no ciclo de
produção. A redução das lesões e doenças significa menos danos e logo
menos obrigações de reparação.
Acredita-se que o trabalho de Prevenção pode interferir nos resultados
produzidos pelos trabalhadores, já que quando o trabalhador tem o
conhecimento da existência de riscos, fica mais fácil evitar doenças e acidentes
de trabalho.
Campos (1999) classifica que para que os acidentes sejam evitados,
um programa eficaz de prevenção deve atingir necessariamente três pontos; O
treinamento, a Motivação e o Controle, pois ele considera que são fatores
indispensáveis que os trabalhadores devem ter conhecimento e estarem
inseridos.
30
Aborda-se que o treinamento e controle possui um papel fundamental na
Prevenção de Doenças e acidentes de trabalho, pois quando um funcionário
recebe o treinamento adequado, ele exerce suas atividades com maior
controle.
Pavan (2010) destaca dados estatísticos recentes no Brasil, tratado
como um dos principais problemas enfrentados pela humanidade, a
saúde do trabalhador é um assunto que, cada vez mais, requer atenção
do setor privado e dos órgãos públicos. Segundo dados do Ministério da
Previdência Social, durante o ano de 2008 foram registrados cerca de
750 mil acidentes de trabalho. Comparado com o ano de 2007, o número
teve um aumento de 13,4.
Idenfica-se que em 1 ano ocorreu esse aumento do número de
acidentes de trabalho, podemos questionar se essas ultimas empresas
que ocorreram os acidentes, foi oferecido treinamento, será que esses
funcionários tiveram acesso a informações sobre Prevenção ?
Albuquerk (2009) destaca como indispensável a implantação de
programas de prevenção de acidentes e doenças de trabalho, com o
objetivo de reduzir o passivo da organização oriundo de problemas com
segurança e medicina do trabalho, Ele aponta que as empresas devem
fazer um planejamento preventivo com parceria com médico e
engenheiro de segurança do trabalho, onde os trabalhadores possam ser
inseridos em treinamentos, laudos ambientais, e programas voltados
para a saúde ocupacional. Existe uma necessidade de estruturação mais
firme nos mecanismos de informação e pesquisa, no que se refere sobre
acidentes do trabalho, o ideal é que exista uma forma de avaliar as reais
necessidades e falhas que há no nosso sistema prevencionista.
31
Denota-se que poucas empresas fazem essa parceria com
Médicos e Engenheiros de Segurança do trabalho, os investimentos em
Programas de Prevenção com estes profissionais tendem a ter um
sucesso maior na diminuição de acidentes e doenças de trabalho
Ferreira (2004) entende que os equipamentos de segurança são
essências na prevenção dos acidentes no trabalho, ele faz uma crítica
que no currículo do curso para os membros do CIPA, por não fazer
menção ao uso de equipamentos de Proteção Coletiva, aqueles que
deveriam merecer maior atenção.
Considerando os problemas que envolvem a saúde do trabalhador,
podemos pensar o quanto as informações educativas sobre prevenção
são importantes, um trabalhador que sabe como evitar e proteger sua
saúde, tende a não sofrer acidentes e doenças de trabalho, pois ele tem
consciência o quanto vale a sua segurança
Campos (2004) aborda no diz respeito a Prevenção, o CIPA deve
realizar algumas ações pontuais, tais como: Aplicar treinamento específicos
aos funcionários, verificar periodicamente as instalações físicas do local de
trabalho e buscar apoio de profissionais do SESMT, de Engenheiros e
Supervisores e Gerentes de Empresas, mas não podem delegar o
mapeamento dos riscos a quem quer que seja, só os profissionais qualificados
poderão delimitar esse trabalho com êxito.
A prevenção de acidentes exige formas e estudos detalhados, quando
um acidente é analisado e se chega as causas, é preciso eliminá-las para que
não se repita.
32
3.2 Formas de Prevenção de Acidentes e Doenças de
Trabalho
Vendrame (2008) alerta que as empresas devem estar atentas e
cumprir a legislação trabalhista, no que se refere aos riscos ocupacionais
de seus empregados. Ela classifica que a melhor maneira de evitar
multas e ações, é investir na Gestão de risco Ocupacional.
Sabe-se o quanto os investimentos por parte do empregador são
importantes em Programas de Prevenção, é uma forma de contribuir na
saúde dos empregados e até mesmo evita que futuras penalidades
sejam aplicadas na empresa.
A prevenção de acidentes no trabalho e de doenças ocupacionais, além
de exames médicos admissionais, periódicos (que variam de seis meses a dois
anos), de retorno ao trabalho (quando o colaborador se afastou por mais de 30
dias), de mudança de função e demissional. Também estão inclusos exames
complementares (laboratorial, audiometria, eletroencefalograma,
eletrocardiograma, entre outros) quando necessários para atividades que
envolvem riscos, a emissão do Atestado de Saúde Ocupacional e a criação e
manutenção.
A função dos exames é monitorar os empregados, verificar se existe
alguma alteração precoce, com o objetivo de proporcionar à empresa a
antecipação e evitar que os ambientes em que o funcionário trabalhe
continuem causando danos à saúde.
As informações sobre todos os funcionários devem constar em relatório
anual, utilizados como instrumento epidemiológico para o planejamento do
próximo ano.
33 Ferreira (1994) aborda que tanto o empregado, quanto o empregador
devem ter a responsabilidade de segurança no ambiente de trabalho. O
empregador deve oferecer todos os recursos, obtendo os mais adequados, de
mais fácil uso, revestidos de toda efetividade possível, além disso, deve
promover a distribuição e orientar o uso dos equipamentos.
Já o trabalhador deve aprender a manusear, de acordo com as
orientações recebidas, zelar pela sua manutenção e, finalmente usá-los
sempre que necessário.
A Prevenção de Acidentes do Trabalho, e a intensidade dos riscos dos
trabalhadores são questões ligadas na diminuição dos índices crescentes de
infortúnios, no que diz respeito a reparação de danos, reabilitação dos
empregados e as normas adotadas pelas empresas adotada pelas empresas.
O investimento das empresas e suas formas de contribuição, para
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais no Panorama da Previdência
Social Brasileira, têm a possibilidade de permitir que se criem novos incentivos
e investimentos em prevenção de acidentes e doenças ocupacionais no
trabalho, revertendo os elevados índices dos infortúnios que acometem os
trabalhadores no país.
É interessante citar quer as ações e medidas para evitar acidentes de
trabalho, devem estar relacionadas ao tipo de trabalho que o funcionário exerce
do ambiente e das tecnologias utilizadas.
De forma generalizada os acidentes podem ser evitados, se
considerados alguns pontos importantes como: o ambiente de trabalho deve
ser confortável, os trabalhadores devem seguir as regras de segurança e os
cuidados na realização de atividades perigosas, o local deve ser organizado e
os objetos devem esta nos seus devidos lugares, e arrumados, pois um dos
motivos de acidentes ocorrerem é o fato das pessoas improvisarem, se tudo
estiver no lugar, não será necessário improvisar e isso reduz os riscos, é
34 importante que todos os funcionários participem de palestras e cursos de
prevenção quando a empresa proporcionar.
Fariello (2003) discute como as doenças ocupacionais podem ser
evitadas, e ele propõe a Ginástica Laboral, como forma de reduzir o índice de
afastamantos e aumentar a produtividade da empresa.
Para contribuir efetivamente para a produtividade, motivação e
satisfação no trabalho, a empresa tem que investir em programas de saúde
ocupacional, que é uma estratégia importante para garantir o bem-estar dos
trabalhadores. As doenças ocupacionais são decorrentes da exposição do
trabalhador aos riscos da atividade que ele desenvolve, mas com um programa
específico de prevenção é possível evitar afastamentos e aposentadorias
precoce.
Algumas lesões são causadas pela repetição de movimentos, posturas
inadequadas e levantamento de pesos de forma incorreta e também a questão
do alto nível de estresse em algumas profissões.
O trabalhador deve aprender a identificar os sinais do próprio corpo para
perceber o início de um desconforto. Alguns sinais são comuns, mas requerem
a procura de um médico, são cansaço excessivo, desconforto após a jornada
de trabalho, inchaço, formigamento dos pés e das mãos, sensação de choque
nas mãos, dor nas mãos e perda dos movimentos das mãos.
Algumas atitudes podem contribuir na forma de prevenção de doenças
e acidentes de trabalho, como: não ficar sentado o tempo todo, procurar se
35
movimentar a cada hora de trabalho e se possível, faça exercícios de
alongamento.
Pausas durante a realização das tarefas permitem um alívio dos
músculos mais ativos, beber água regularmente ao longo do dia, uma boa
opção é sempre ter uma garrafinha perto do seu local de trabalho, ter uma
postura adequada: ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas na
cadeira. As cadeiras devem ter altura para que sejam sempre mantidas as
plantas dos pés totalmente apoiadas no chão.
Ter um ângulo reto entre suas costas e o assento de sua cadeira,
também faz uma diferença, uma vez que a cadeira deve ter formato anatômico
para o quadril e encosto ajustável, mantendo uma posição mais confortável
possível.
Para as pessoas que trabalham em frente ao computador, é importante
não utilizar o apoio do pulso durante a digitação e o computador deve estar em
uma distancia mínima de 50 cm e máxima de 70 cm do usuário, já a regulagem
da altura da tela deve está entre 15 e 30 graus, abaixo da linha reta da visão. O
computador não deve ser utilizado tão próximo da visão e nem perto de
janelas, pois a claridade com muita intensidade dificulta o uso do equipamento.
As máquinas devem estar posicionadas de forma que o pessoa não
necessita se curvar ou torcer o tronco para pegar ou utilizar ferramentas com
freqüência.
Até a temperatura do ambiente de trabalho pode influenciar na
prevenção de doenças e acidentes de trabalho, por isso uma forma padrão de
36
temperatura confortável é entre 20 e 22ºC, no verão, e entre 25 e 26ºC no
inverno.
Muitas pessoas passam a maior parte do tempo no trabalho, por isso é
importante aprender como prevenir doenças e incidentes, pois o preço de uma
vida não pode se pagar e valorização do ser humano é algo primordial que
deve ser respeitada principalmente em seu ambiente de trabalho !
37
CONCLUSÃO
A Prevenção de Doenças e Acidentes de trabalho é um fator
essencial na vida do ser humano, principalmente em seu local de trabalho, que
onde se tem o retorno financeiro para o sustento, por isso o estudo deste
trabalho é abordar e esclarecer questões relevantes ao tema.
Trata-se de assunto presente em diversos segmentos de trabalho e em
vários países, pois a vida humana é algo que não tem valor, prevenir e
conscientizar que os riscos existem é uma forma de se manter protegido.
Ferreira (1994) descreve se é fato que todo acidente de trabalho é
causado, podendo ser evitado, é no homem que se encontra a essência das
causas. Se todos contribuem para a ocorrência, todos podem, e devem
assumir a responsabilidade pela sua prevenção.
Essa é uma discussão atual, cabe as empresas e os empregados por
em prática formas de evitar que os males no trabalho ocorram, cada uma
fazendo a sua parte, é possível manter um ambiente sem incidentes.
38
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41
INDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
DOENÇAS E ACIDENTES DE TRABALHO
1.1 – Doenças de Trabalho 9
1.2 – Acidentes de Trabalho 12
1.3 – Dos direitos trabalhistas sobre as doenças e acidentes de
trabalho
16
CAPÍTULO II
O PAPAEL DA CIPA NAS EMPRESAS
2.1 – A Origem da Fiscalização nos Locais de Trabalho 18
2.2 – O papel da CIPA nas empresas 19
2.3 – Processo Eleitoral 25
2.4 – Atribuições da CIPA 26
CAPITULO III
PREVENÇÃO
3.1 – A Importância da Prevenção 29
3.2 – Formas de Prevenção 32
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 41
AVALIAÇÃO 42
42
AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
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