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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE ENTRE EDUCADOR- EDUCANDO NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO E APRENDIZAGEM Por: Rosa Maria Correia Seabra Orientador Prof. Edla Trocoli Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE ENTRE EDUCADOR-

EDUCANDO NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO E

APRENDIZAGEM

Por: Rosa Maria Correia Seabra

Orientador

Prof. Edla Trocoli

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE ENTRE EDUCADOR-

EDUCANDO NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO E

APRENDIZAGEM

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Educação Infantil e

Desenvolvimento.

Por: . Rosa Maria Correia Seabra.

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AGRADECIMENTOS

À Deus pela oportunidade da vida de

estar realizando mais um sonho.

A minha família, meu amado esposo

Gilmar, à minha querida filha Rafaela,

e a minha filha de coração Tatiana.

Às amigas que conheci na pós-

graduação que fizeram das aulas

momentos divertidos e de trocas de

conhecimentos.

E à todas as professoras que durante o

curso mostraram que vale apena lutar

e acreditar na Educação Infantil.

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DEDICATÓRIA

A Deus por ser único digno de honra e

glória.

A todos que lutam para melhorar a

Educação e principalmente a Educação

Infantil e a minha família que nos

momentos de ausência para estudar

puderam compreender e acreditar em

mim.

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RESUMO

O educando da Educação Infantil de 2 a 4 anos é o ponto chave

deste trabalho, também é apontado o educador como determinante no

processo da aprendizagem. O presente trabalho possui um caráter

explicativo e investigador, tendo como foco central a preocupação de

entender quais os elementos podem contribuir para a importância da

afetividade na aprendizagem. Nosso estudo será desenvolvido a partir

de uma pesquisa fundamentada por levantamento bibliográfico e

aplicação de questionários. Investigando uma possível consonância

entre a literatura existente e a perspectiva dos educadores. Além disto,

realizamos um levantamento de quais podem ser as barreiras existentes

entre educador e educando ressaltando a importância da interação entre

ambos no ambiente escolar. Sendo assim, pude observar que a relação

afetiva entre educador e educando há tempo vem sendo abordada e

discutida em relação ao comportamento e ao desenvolvimento cognitivo

do educando É fundamental que o educador saiba que ele venha ser

peça fundamental no processo educacional, tenha consciência do papel

que ele esta desempenhando diante do seu educando.

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METODOLOGIA

O educando da Educação Infantil de 2 a 4 anos é o ponto chave

deste trabalho, também é apontado o educador como determinante no

processo da aprendizagem. O presente trabalho possui um caráter

explicativo e investigador, tendo como foco central a preocupação de

entender quais os elementos podem contribuir para a importância da

afetividade na aprendizagem. Nosso estudo será desenvolvido a partir

de uma pesquisa fundamentada por levantamento bibliográfico e

aplicação de questionários.

Para um melhor entendimento do tema abordado, foi realizado um

levantamento bibliográfico de trabalhos cujo tema era: a educação

infantil e a afetividade presente no desenvolvimento desta. As palavras

chaves utilizadas neste levantamento foram: “educação infantil e a

afetividade”; “a relação aluno/professor na educação infantil”;

“afetividade, educando, educador” e; a combinação destas.

Investigando uma possível consonância entre a literatura existente

e a perspectiva dos educadores, foram aplicados questionários a

professoras (es) da educação infantil, cujo objetivo era perceber a visão

do educador sobre o seu papel no desenvolvimento da afetividade na

relação com seu educando, como também, a importância que a

afetividade tem no processo de desenvolvimento da aprendizagem. Além

disto, realizamos um levantamento de quais podem ser as barreiras

existentes entre educador e educando ressaltando a importância da

interação entre ambos no ambiente escolar.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A afetividade interferindo no aprendizado 11

CAPÍTULO II - Fatores que dificultam a relação entre educador-

educando 21

CAPÍTULO III - O desenvolvimento prático da afetividade na relação educador-educando em sala de aula 29

CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIAS 39

ANEXO I 41

FOLHA DE AVALIAÇÃO 44

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INTRODUÇÃO

A relação afetiva entre educador e educando há tempo vem sendo

observada e discutida em relação ao comportamento e ao

desenvolvimento cognitivo do educando. Todo o educando espera que o

educador lhe proporcione um aprendizado com base na relação de

respeito, da compreensão e de carinho para que venha receber os

conhecimentos para realizar seu desenvolvimento sem traumas de

maneira natural e agradável, principalmente na Educação Infantil.

Sendo assim, o modo de agir do educador é fundamental para

determinar de que forma seu educando irá apreender o que é bem aceito

e esperado pela sociedade na qual ele esta inserido. Existiu um tempo

que o educador tinha um papel definido, engessado. Analisando um

modelo tradicional de educação Wallon (1994)1 explica:

“a escola insiste em imobilizar a criança na

cadeira, limitando justamente a fluidez das

emoções e do pensamento, tão necessária para

o desenvolvimento completo da pessoa. Esse

autor entende que o educando vive diferentes

emoções, e que elas precisam ser valorizadas e

levadas em consideração em todo o processo de

aprendizagem. Para esse teórico, as emoções

têm papel importante no desenvolvimento do

indivíduo, mas costumam ser ignorados nos

modelos tradicionais de ensino.”

1 WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1994.

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Entretanto, hoje é esperada uma visão mais ampla por parte do

educador, gerando uma compreensão aprofundada para o

desenvolvimento do educando dentro da sociedade. É importante

compreender que a relação afetiva em sala de aula não consiste em

uma tarefa fácil e simples, ao contrário, é complexa e requer além da

habilidade e sem de muito amor e de convicção vinda do educador do

que realmente quer atuar nessa área. Dessa forma, o educador será

impelido a buscar como alvo a afetividade como forma de construção do

saber e da interação entre as duas partes. O educador não deve ser

aquele que simplesmente transmite um tipo de saber, o papel do

educador exige uma ação bem mais ampla tornando cada vez mais

abrangente.

Nesse trabalho, será analisado o relacionamento afetivo entre

educador e educando envolvendo intenções e interesse, pois a

educação é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento

comportamental e a reunião de valores nos membros da espécie

humana. Sendo assim, permitirá o acesso e a discussão sobre o

problema que muitas das vezes afeta o educador colocando destaque a

grande importância desse estudo que é estabelecer uma verdadeira

relação afetiva entre ambos para que o processo ensino-aprendizagem

venha desenvolver harmoniosamente e consistente. Desenvolveremos a

perspectiva da afetividade como um elemento crucial no aprendizado,

como demonstra Faria (2010)2:

“A afetividade com professor-aluno pode ocorrer

com toques, os olhares, as modulações da voz

2 Faria, GI. AFETIVIDADE NA SALA DE AULA: o olhar Walloniano sobre a relação professor-aluno na educação infantil, 2010. Disponível em: http://www.unifan.edu.br/files/pesquisa/AFETIVIDADE%20NA%20SALA%20DE%20AULA%20o%20olhar%20Walloniano%20sobre%20a%20rela%C3%A7%C3%A3o%20professor-aluno%20na%20educa%C3%A7%C3%A3o%20infantil%20-%20GRAZYELLE%20FARIA.pdf. Acesso em: 10/11/2011

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que vão ganhando mais complexidade, e

dependendo do estado emocional a que é dita

pode ter marcas para sempre. As aulas devem

ser lúdicas e expositivas para que os alunos

possam gostar e interessar das aulas. Essa

trajetória contribui para formar pessoas que

saiba conviver com o social, pois se a criança

mantém bom relacionamento desde pequeno, ele

irá continuar depois de adulto mantendo bom

relacionamento com a sociedade;

relacionamento esses que são: respeito pelo

direito dos outros, respeito à diversidade,

respeito pela liberdade do outro, respeito pela

lei, equilíbrio emocional para lidar com situações

problemáticas e responsabilidade financeira.

Com isso a criança estabelece o que está

sentindo e o que conhece do seu cotidiano

propiciando-lhe condições de ver e respeitar o

outro.”

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CAPÍTULO I

A AFETIVIDADE INTERFERINDO NO APRENDIZADO

Neste primeiro capítulo, investigaremos de quais formas a

afetividade pode interferir no aprendizado do educando. Conceituando a

afetividade no minidicionário da língua portuguesa quer dizer qualidade

ou caráter de afetivo:

“Afetivo-relativo a afeto que tem ou em que há afeto; afetuoso.”

Afeto, amor sempre foi algo muito simples e ao mesmo tempo

complicado, pois para uns o amor é expressado através de sentimentos

e não por fala. De acordo com Ferreira (2000) a definição de afetividade

é:

“Conjunto de fenômenos psíquicos que se

manifestam sob a forma de emoções,

sentimentos e paixão acompanhados sempre da

impressão de dor ou prazer, de satisfação ou

insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria

ou tristeza”.

Podemos afirmar que as emoções são uma forma de comunicação

que, sobretudo para os bebês vem como maneira de se relacionar com o

novo ambiente ao que está vivendo, expressando seus sentimentos de

solidão, fome, alegria, tristeza, incômodo entre outros. Essa

comunicação emocional, aos poucos, vai sendo trocada por outra forma

mais racional de comunicação.

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Conforme o crescimento, a criança aprende outras maneiras de se

relacionar com as novas formas de saciar suas vontades e com os

outros. O sistema nervoso fica cada vez mais capaz de controlar as

emoções permitindo o raciocínio tomar frente às atitudes.

Segundo Galvão (1999), apesar de apresentar uma linguagem

verbal em desenvolvimento, a criança de 2 a 4 anos ainda utiliza

intensamente a linguagem emocional. O choro, as expressões corporais

e faciais permitem ao educador perceber seu educando. Mais uma vez,

destacamos a importância do papel do educador na compreensão do

grau de maturidade neurológica do educando para que não veja certas

atitudes tomadas por elas como indisciplina de manhã. Devemos ter

conhecimento da importância da afetividade para o desenvolvimento

emocional do educando, porém, também temos de considerar os fatores

biológicos necessário a esse desenvolvimento.

A compreensão das emoções e os sentimentos são essenciais no

entendimento da afetividade. As emoções causam efeitos intensos e

imediatos no organismo enquanto que os sentimentos são mais amenos

e duradouros. O importante, então, é entendermos que a afetividade

interfere no crescimento pessoal do ser, mas não está indiferente a

fatores biológicos, sociais e cognitivos, e que depende da cultura na

qual o indivíduo está inserido.3

Podemos afirmar mediante a concepção de diversos autores que

estudam o assunto é que a afetividade influência diretamente na

aprendizagem. A afetividade entre educador e educando influência nas

construções cognitivas, ou seja, na elaboração dos saberes.

3 Autor Desconhecido. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/as-relacoes-entre-professores-e-

alunos-na-educacao-infantil-um-olhar-sobre-a-motivacao-do-ponto-de-vista-do-afeto/69547; Acesso em 12/12/2011.

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Para Piaget (1980), vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis,

embora distintas, já que o ato de inteligência pressupõe uma regulação

energética interna, o interesse e a relação afetiva entre a necessidade e

o objeto susceptível de satisfazê-la.

Certamente, a afetividade interfere na aquisição de conhecimento,

pois pode acelerar ou retardar o desenvolvimento cognitivo de uma

criança, um fato que pode ser percebido quando se observa a

importância que faz o educando quando o educador faz um gesto

carinhoso antes do início das atividades diárias. É muito importante para

a criança perceber no educador um amigo(a), já que é o laço afetivo que

irá influenciar diretamente na aquisição do conhecimento.

Vale destacar que, na dinâmica do processo ensino aprendizagem,

encontra-se também a moralidade, pois esta estabelecer regras do jogo

que se chama aprendizagem. Na verdade, a moralidade humana é o

palco, onde a afetividade e a razão se encontram, via de regra, sob a

forma de conforto. Em outras palavras, a afetividade interfere no uso da

razão.

Na escola, a afetividade vem sendo debatida há alguns anos por

profissionais da educação e saúde em geral. Porém, percebemos ainda

uma grande defasagem em prestar um serviço profissional alia suas

técnicas próprias à uma interação eficaz desenvolvimento de um

relacionamento baseado no emocional. Educadores que incluíram essa

teoria no seu dia-a-dia apontam para os resultados positivos que

conseguiram alcançar.

Mas, antes de pensarmos na escola como ambiente para

desenvolvimento da personalidade da criança devemos alertar para o

fato de que o educando, ao entrar no ambiente escolar, já tem uma vida

cheia de experiências, estímulos e resposta que aprendeu a dar diante

de determinadas situações de sua vida diária.

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Para um desenvolvimento pleno, a criança é necessário fazê-la

sentir segura. Como nesta fase os aspectos emocionais são

fundamentais, é importante criar, na sala de aula e também fora dela,

atividades por meio das quais os educandos possam reconhecer suas

emoções e adquirir controle sobre elas.

O desenvolvimento emocional da criança dá-se a partir do

conhecimento de si mesma e do ambiente em que ela vive. Daí a

importância da participação da família na escola. A escola deve oferecer

um ambiente que evite a criança desenvolver angústia e mal estar

característicos do afastamento da figura materna.

Segundo Novaes (1984) a carência afetiva materna não só produz

choque imediato, mas deterioração progressiva, tanto mais grave,

quanto mais longa e precoce for a carência. Essa deterioração é um

processo evolutivo que pode culminar numa desintegração da

personalidade, como também provocar distúrbios sérios na área

somática. Então, a angústia provocada, em crianças pequenas, pela

perda ou separação da figura materna determina mecanismo de defesa

que podem comprometer e modificar a sua personalidade.

Dessa forma, há uma grande importância do primeiro professor da

criança, pois ele será, para ela, a substituição da mãe. Cabe então a

esse profissional o devido cuidado de manter um relacionamento que dê

continuidade à relação saudável. Tanto o excesso como a falta de afeto

pode prejudicar a aprendizagem. Por isso, sua maturidade afetivo-

emocional deve estar até certo ponto desenvolvida quando esta é

elevada a ingressar na escola.

Esse grau de maturidade é o que vai definir os rumos do

desenvolvimento cognitivo da criança para que tudo corra bem ela

precisa ter um clima de segurança emocional tanto em casa como na

escola.

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A escola e educadores, especialmente os de maternidade, devem

e estar preparados para atender prontamente essas crianças,

propiciando-lhe um clima de estabilidade emocional e contribuindo para

que o ingresso e permanência da criança na escola ocorram de maneira

norma e tranqüila, onde haja integração e socialização dessa criança

com educadores, funcionários e com as demais crianças. O nível de

aprendizagem deve ser observado e avaliado mediante o fator

emocional que permite a criança a ter certas atitudes como falta de

concentração, apatia, desatenção, indiferença ou agressividade

alterando seu desenvolvimento cognitivo.

As crianças são verdadeiras quando o assunto é expressar aquilo

que sente. Falta-lhes a capacidade de compreender, de conscientizar-se

sobre o que estão sentindo e de que forma devem reagir a esses

sentimentos.

Precisamos (re)construir uma nova escola resultante da junção

entre a escola antiga e atual, capaz de formar mentes pensantes, com

conteúdo e voltada para formação profissional e desenvolvimento do

homem enquanto ser afetivo, emocional, religioso, etc.

A partir dessa realidade ocorre que há necessidade de um novo

profissional da Educação. Um profissional que esteja preparado para

permitir a seus educando as mais variadas situações que lhes permitam

desenvolver de forma mais perfeita possível suas habilidades e

competências, garantindo uma formação ampla e completa. Por isso, a

relação educador-educando se torna tema essencial de discussão nas

reuniões de planejamento, nas escolas, universidades e em todos os

lugares onde se discute caminhos para melhoria da educação.

De acordo com Cury (2003) os educadores precisam deixar de

serem bons e se tornarem fascinantes para que suas aulas e conteúdos

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façam sentidos e possam ser assimilados por seu educando. Diz

também que são sete os pecados capitais dos educadores:

• 1 – “Corrigir publicamente”

Produz um clima desagradável além de o trauma inesquecível ser

superado que terá que enfrentar dali em diante. O ideal é estimular-los a

refletir sobre seus atos em particular.

• 2 – “Expressar autoridade com agressividade”

A autoridade deve ser conquista do com amor e inteligência.

Expressar autoridade com agressividade nos faz ser respeitados por

respeitar medo e não pelo reconhecimento do nosso caráter.

“Não devemos ter medo de perder nossa autoridade devemos ter

medo de perder nossos filhos”.

3 – “Ser excessivamente crítico: obstruir a infância da

criança”

“Não compare seu filho com seus colegas. Cada jovem é um ser

único no teatro da vida. A comparação só é educativa quando é

estimulante e não depreciativa”.

“A pior maneira de preparar os jovens para a vida é colocá-los

numa estufa e impedi-los de errar e sofrer. Estufas são boas para as

plantas, mas para a inteligência humana são sufocantes.”

Através dos erros e falhas também aprendemos. Devemos deixar

as nossas crianças experimentarem, errarem, para poderem pensar a

respeito e descobrirem o mundo que os rodeia. Crianças se

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desenvolvem através de brincadeiras, corridas, quedas e travessuras.

Encarcerar uma criança num conjunto de regras adultas só colabora

para que ela seja um adulto infeliz;

4 – “Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar

explicações”

“Jamais coloque limites sem dar explicações”.

“Para educar, use primeiro o silêncio e depois as ideias”.

“Elogie antes de corrigi-lo ou criticá-lo”.

Punir num momento de ira significa que você está tentando se

vingar do erro do seu filho ou aluno. Procure sempre compreender a

situação e leve a criança a pensar sobre o que fez. As explicações são

sempre necessárias.

Antes de apontar-lhe o erro é importante dizer quando ele é

importante para você. A criança receberá suas observações de forma

mais agradável e o amará para sempre.

5 – “Ser impaciente e desistir de educar”

“Por trás de cada aluno arredio, de cada jovem agressivo, há uma

criança que precisa de afeto”.

“Paciência é o seu segredo, a educação do afeto é sua meta”.

Quando o jovem ou criança parece não ter jeito, falta-nos

paciência. As dores vividas por eles e seus pedidos e ajuda, carinho e

conforto são das mais variadas formas, até com agressividade. Nesse

momento temos que acreditar, investir e não desistir para que não se

percam nos seus mundos de sofrimento.

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6 – “Não cumprir com a palavra”

Saber dar um não é uma forma de educar as emoções, desde que

uma vez dada à palavra, esta não volte atrás. As frustrações vividas por

um não recebido ensinam ao jovem que nem tudo que ele desejar,

obrigatoriamente terá. Devemos sempre cumprir com que prometemos

ou falamos, do contrário, cairemos em descrédito e estaremos deixando

nossas crianças despreparadas para esse tipo de situação em sua vida;

“A confiança é um edifício difícil de ser

construído, fácil de ser demolido e muito difícil.”

7 – “Destruir a esperança e os sonhos”

“Não importa o tamanho dos nossos obstáculos, mas o tamanho

da motivação que temos para superá-los.

“Sem sonhos não há fôlegos emocional. Sem esperanças não há

coragem para viver”.

Com sonhos e esperanças temos razões para viver. A criança sem

motivação torna-se opaco, sem alegria. Como educadores das emoções,

jamais devemos fazer críticas severas as pessoas.

As características culturais, afetivas e de personalidade do

educador se problematizam, originando modelos através dos quais ele

se situa em relação ao educando.

• Modelos autoritários

O educador é aquele que sabe que ensina, fala, informa, que

transmite o conhecimento para o educando que é um mero recebedor de

conteúdo. Ausência total de diálogo.

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• Modelos permissivos

Os educandos são ouvidos e observados, mas não há imposição

de limites, um direcionamento dado pelo educador, uma vez que faltam

objetivos educacionais mínimos estipulados em planejamento para

serem atingidos. Total Liberdade;

• Modelos democráticos

Aqui há diálogo, o conhecimento é desenvolvido, elaborado e

reelaborado a partir da interação, entre os modelos permissivos e os

autoritários.

O modelo democrático ainda encontra obstáculos para serem

colocados nas escolas, pois a própria sociedade brasileira e cheia de

modelos permissivos e autoritários que influenciam a vivência das

crianças.

A realidade é que o mundo e a educação do tempo de nossos pais

e avós não são mais possíveis de serem revividas. Porém, como diz

Chalita (2003), os valores do amor, da amizade, da coragem, da

esperança, do idealismo, do trabalho, da humildade, da sabedoria, do

respeito e da solidariedade precisam ser resgatadas, ensinados,

apropriados por todos que gostariam de, um dia, voltar ao tempo de

infância.

No entanto, neste mundo globalizado, onde cada um luta por si,

para sobreviver, os valores sendo vão sendo, pouco a pouco esquecidos

e a vida virando um caos. De acordo com CHALITA (2003), deixar que a

fantasia e a energia da criança interior de cada um de nós estejam

sempre presente, ajudando-nos pais e educadores a formar, informar,

transmitir saberes e afeto para que não deixemos de ser humanos,

capazes de sentir, de cuidar, de amar.

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Cuidar de nossos educandos faz parte da necessidade de

eternizarmos a nós a nossa espécie. Porém, na espécie humana esse

cuidado não se resume apenas a apresentar-lhes o necessário à sua

sobrevivência, ou fazê-los buscar o indispensável através de seus

próprios recursos sem se preocupar com o que o rodeia, mas educar

humanamente para o verdadeiro sentido de sermos humanos, a

solidariedade. E esses objetivos só serão alcançados por meio da

formação de pessoas afetivamente bem educadas.

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CAPÍTULO II

FATORES QUE INTERFEREM A RELAÇÃO EDUCADOR-

EDUCANDO

Para entendermos melhor a influência do educador no

aprendizado do educando, no capítulo II procuramos as respostas para

as seguintes questões:

1. Como o educador pode auxiliar seu educando no despertar para

aprendê-lo;

2. Como aprendemos? Que motivação o educando tem para que

possa adquirir conhecimentos;

3. A relação entre educador-educando interfere no aprendizado.

Tezolin (2003) explica que o nosso cérebro acumula informações

em três regiões: consciente, subconsciente e inconsciente e que cada

nova experiência que vivemos temos momentos favoráveis para

combinar as informações já incorporadas anteriormente com as

adquiridas nesta nova situação. O resultado da junção entre o que já

sabemos e a nova experiência é um novo conhecimento que será

acumulado no consciente e, posteriormente, no subconsciente. No

entanto, para que a informação passe de uma região para outra, ela

precisa atravessar uma zona de turbulência. Para que haja uma nova e

significativa aprendizagem, o conhecimento prévio deve fluir

naturalmente de uma região para outra e para que haja essa passagem

natural, devemos diminuir a turbulência nessa área.

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Segundo Tezolin (2003), o novo conhecimento fica por pouco

tempo no consciente e a passagem do consciente para o subconsciente

é mais fácil por que acontece enquanto dormimos e o nosso organismo

se mantém relaxado.

Sendo assim o que fazer para prontificar-se a passagem do

conhecimento prévio do subconsciente para o consciente e assim

conseguir fazer uma conexão mais eficiente entre esse conhecimento e

a nova situação vivida.

Para Cury (2003) dez técnicas compõem o “Projeto Escola Vida”

que objetiva “^ a educação da emoção, a educação da auto-estima, o

desenvolvimento da solidariedade, da tolerância, da segurança do

raciocínio esquemático, da capacidade de gerenciar os pensamentos

nos focos de tensão, da habilidade de trabalhar perdas e frustrações.

Enfim, formar pensadores”.

Uma delas é a música ambiente em sala de aula que para Cury

(2003) tem como objetivo de desacelerar o pensamento, aliviar a

ansiedade, melhorar a concentração, desenvolver o prazer de aprender

e educar a emoção. Dessa forma, as informações percorrem do

subconsciente para o consciente no momento da aula fluindo com maior

facilidade e rapidez, contribuindo assim para uma aprendizagem mais

expressiva e duradoura.

• “Sentar em círculo ou em U”

“Objetivo desta técnica: desenvolver a segurança, promover a

educação participativa, melhorar a concentração, diminuir conflitos em

sala de aula, diminuir conversas paralelas”. Assim trabalhamos a

habilidade de participação e construímos a ideia de coletividade entre o

integrante da turma e educadores.

• “Exposição interrogada: a arte de interrogação”

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“Educar e provocar a inteligência, é a arte dos desafios”

“O melhor professor não é o mais eloqüente, mas o que mais

instiga e estimula a inteligência”.

Exposição interrogada, através da qual o educador exercita a arte

de interrogar, instigando seus educandos a pensar por meio de desafios

propostos.

• “Exposição dialogada; a arte da pergunta”

“Quando uma pessoa pára de perguntar, ela pára de aprender,

pára de crescer”

Quando o educador pergunta e estimula seus educandos à

participação, vencendo a timidez e melhorando a concentração.

Transformando o ambiente poético, agradável, inteligente.

• “Ser contador de histórias”

Criando clima de confiança e descontração, educando a emoção e

dando significado ao que é trabalhado;

• “Humanizar conhecimento”

Humanizar o conhecimento, dando a oportunidade aos educandos

de conhecerem as ansiedades, os medos, os erros e a vida daqueles

que construíram os conceitos estudados em sala de aula, para que

percebam que foram pessoas normais com eles.

• “Humanizar o professor; Cruzar sua história”

“A educação moderna está em crise, porque não é humanizada,

separa o pensador do conhecimento, o professor da matéria, o aluno da

escola, enfim, separa o sujeito do objeto”.

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Humanizar o professor, desmistificando a ideia de um profissional

sem sentimentos e emoções, cruzando as experiências e aprendizagens

dele com a do educando, contribuindo assim para a socialização,

afetividade e valorização do “ser”.

• “Educar a auto-estima: elogiar antes de criticar”

Elogiar antes de criticar e evidenciando a importância que cada

ser humano tem, ajudando a educar a emoção, a auto-estima e a

resolver conflitos, além de promover a solidariedade.

• “Gerenciar os pensamentos e as emoções”

Resgatando a liderança do eu através do gerenciamento dos

pensamentos negativos e das emoções angustiantes;

• “Participar de projetos sociais”

A fim de desenvolver a responsabilidade social, a solidariedade, o

trabalho em equipe, educando-se para a saúde, paz e direitos humanos.

Por fim, não há necessidade de mudanças físicas no meio escolar,

mas uma quebra dos paradigmas vigentes na Educação atual. Viabilizar

a interação interpessoal, ajudando a formar indivíduos capazes de

compreenderem e enfrentarem as situações de conflito que a vida impõe

além de serem sensíveis ao problema do próximo e do nosso planeta.

O educador também pode desenvolver uma didática voltada para

efetuação do processo de ensino e aprendizagem. Inúmeras são as

ferramentas e as ideias que podem ser postas em campo na hora de

realizar tão importante tarefa.

Portanto para que seja real e concreta é necessário que o

educador venha manter um relacionamento saudável durante todo o

processo da aprendizagem. Já o educando deverá enxergar o educador

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como alguém de boa vontade, com o coração cheio de sentimentos,

disposto a não só transmitir conhecimentos, mas também a ajudá-lo a

desvendar e ultrapassar as dificuldades do desenvolvimento cognitivo.

Desde que o relacionamento pessoal entre o educando e o

educador seja bom, o método didático corresponderá para a formação

destes individuo, pois a aprendizagem flui melhor, quando há prazer,

respeito às diferenças e à realidade. Cada indivíduo tem um tempo

próprio. Para que isso venha acontecer harmoniosamente a afetividade

é fundamental.

Sendo assim, os educadores têm como responsabilidade ajudar os

educandos no seu aprendizado, conduzindo a buscar o sucesso e não o

fracasso ou apatia. O resultado mais adequado está diretamente ligado

a relação do educador com o educando.

Podemos transmitir ensinamentos de muitas coisas com as nossas

explicações, entretanto transmitimos muitas coisas com o que somos,

com as nossas atitudes, exemplos, com a nossa maneira de relacionar

com as crianças.

Conhecer o mundo do nosso educando é um elemento importante

para uma boa relação, eis ai o caminho para que venha ocorrer a

verdadeira mediação de conhecimento que o educador deve realizar

sendo assim abrirá também portas para novos caminhos a ser

experimentados e argumentos mais consistentes devem ser aplicados.

Precisamos aprender também a compreender a significação de um

silêncio ou de um sorriso ou de um choro para que possamos criar mais

possibilidades de aprendizagem.

Muitas vezes percebemos resultados não intencionais, pois

ensinamos com a nossa própria maneira de sermos, como um modelo de

identificação e, como tal, sermos assumidos pelos educandos de

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maneira total ou parcial. Assim muitas das vezes ficamos na lembrança

deles de uma forma positiva, como um exemplo.

O educador deve construir motivações para que o educando venha

ultrapassar os obstáculos que venha impedir que ele atinja os seus

objetivos e satisfaça suas necessidades. Para que as dificuldades não

venham gerar frustrações e tensões, porém, se conseqüentemente

venha se frustrar que ele junto com o educador tenha a oportunidade de

“buscar” solução para a dificuldade encontrada.

O educador precisa ter um olhar atento para que o educando,

esteja preparado não só fisicamente como psicologicamente respeitando

o processo de aprendizagem. É de Rousseau a frase “Respeitai a

infância^ A natureza quer que as crianças sejam crianças, antes de

serem homens”.

Não há ninguém predestinado ao fracasso, o educador tem a

função de contribuir para o aprendizado. A afetividade vai agir como um

elemento condutor nesse processo ensino-aprendizagem, determinando

a qualidade do registro do educando.

A criança para adquirir um significativo desenvolvimento cognitivo

satisfatório nessa faixa etária, que vem sendo considerado por vários

teórico, com a base para o aprendizado futuro é necessário que o

educando venha ver no educador uma pessoa capaz de transmitir não

apenas conhecimentos já pré adquirido é sim confiança para que a

criança sem medo possa procurá-lo para questioná-lo e venha quebra

as possíveis dificuldades, afim de juntos caminharem no processo

ensino-aprendizagem.

Esse educador por sua vez deverá está com o coração aberto e o

desejo de ajudar e ao mesmo tempo humilde para aprender com essa

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criança para que possam ultrapassar harmoniosamente as dificuldades e

venha tornar acima de tudo cúmplice e grandes amigos.

Entretanto quando o processo ensino-aprendizagem se

concretizar, o educador deverá mostrar ao educando a importância da

sua conquista.

Sendo assim o educador compreenderá e levará o educando a

também participar desse momento e ambos verão a importância da

relação afetiva na aquisição do aprendizado. Como se a boa relação

fosse um pré-requisito para que o processo ensino-aprendizagem venha

ocorrer e concretizar na vida de ambos.

A criança na idade de 2 a 4 anos, vem para a escola muitas das

vezes pela primeira vez, considerando que muitas vem só com o apego

da mãe ou de quem cuida, nesse momento é fundamental a consciência

da responsabilidade que tem o educador em conquistar essa criança

para que a mesma venha adquirir um vínculo saudável com esse nova e

desconhecido ambiente e pessoas que está sendo apresentado.

Nesse período de adaptação nos cabe ser mediador do que vem

ser mais importante o afeto, para que possamos conquistá-los e

futuramente sim venhamos amostrá-los de uma forma lúdica a rotina, as

regras e os conteúdos didáticos que serão importantes para o seu

desenvolvimento e assim apresentando o primeiro passo para o

processo ensino-aprendizagem.

Fazendo a minha leitura diária do livro a Bíblia Sagrada pude

deparar com os versículos no livro de Mateus no Capitulo 10 versículos

24 e 25 que diz: “Nenhum aluno é mais importante do que seu professor

(...) Portanto, o aluno deve ficar satisfeito em ser como seu professor”

Considerando ser um livro escrito a mais de dois mil anos atrás,

observamos no ensinamento de Jesus ao andar aqui na Terra a

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importância que nós educadores temos na vida do nosso educandos. O

aluno deverá ver em seu professor um exemplo a seguir, porém

sabemos que somos humanos e muitas das vezes com dificuldades a

ser superadas para que venhamos ser como espelho para os nossos

pequenos e mais uma vez cito palavras dos ensinamentos do livro

Sagrado que se encontra em I Coríntios 13.1

“Eu poderia falar as línguas que são faladas na terra e até no céu,

mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de

um gongo ou como o barulho de um sino”.

Confirma o que já falamos sem o amor, sem está com o coração

aberto e cheio de afeto para receber esses pequenos que são entregue

em nossa mãos, não iremos ser “espelho” na vida deles, seriamos

apenas mas uma pessoa que passou por eles e deixou um monte de

regras a serem seguidas sem o primordial que e a junção dos fatores

para conduzi-los numa plena aprendizagem.

Seja pela leitura da bíblia, seja pelos demais textos aqui

trabalhados pudemos entender que as ações do educador são de

fundamental importância para um melhor desenvolvimento e

aprendizado do educando. Sendo assim, podemos concluir que a boa

relação entre educadores-educandos na faixa etária de 2 a 4 anos venha

ser determinante para o sucesso do processo educativo.

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CAPÍTULO III

O DESENVOLVIMENTO PRÁTICO DA AFETIVIDADE NA

RELAÇÃO EDUCADOR-EDUCANDO EM SALA DE AULA

Neste capítulo III, analisaremos onze entrevistas realizadas com

educadores, nestas entrevistas estes responderam sobre questões de

seu dia-a-dia e as estratégias adotadas por eles no desenvolvimento do

aprendizado.

A primeira questão levantada era referente aos elementos capazes

de tornar o processo de aprendizagem mais eficaz – Considerando os

seguintes elementos: Disciplina e autoridade; Conteúdos programáticos;

Afetos, limites e regras. Embora o afeto esteja entre os elementos

abordados, a maior parte dos professores entrevistados deu maior

destaque aos limites, regras e, sobretudo, aos conteúdos programáticos.

O afeto obteve destaque em quatro das onze entrevistas, os demais

entrevistados não o mencionaram ou o fizeram em conjunto com os

outros elementos destacados. A seguinte fala nos chama atenção como

exemplo, cujo entendimento partilhamos:

“A aprendizagem nesta fase, deve ser considerada como momento de grandes descobertas e adaptações. A “disciplina” e “autoridade” estará atrelada à relação afetiva que deverá ser de forma gradual e respeitando as individualidades, visto que, cada aluno se relaciona com o professor da forma que lhe é confortável. Os “limites” e “regras” são colocados, principalmente pela rotina e de forma lúdica.” (Professora M. Leciona há 19 anos)

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Quando questionados quanto a importância do educador na vida

do educando somente um entrevistado respondeu parcial, todos o

demais consideram que sua influência é grande (gráfico 1).

Influência do Educador na Vida do Educando

0 0

1

10

0

2

4

6

8

10

12

Nenhuma Pouca Parcial Grande

Influência doEducador

A terceira pergunta é relativa aos resultados obtidos com a

introdução da afetividade na relação educando-educador, todos os

entrevistados defendem que a presença da afetividade – colocada por

eles como “carinho”, “atenção” entre outros – é positiva desde que haja

uma dosagem na existência de tal relação. Alguns entrevistados

explicam que se a afetividade não for devidamente dosada pode

ocasionar o efeito contrário, ou seja, deseducar ao invés de educar.

Entre as falas que merecem destaque estão:

“Dependendo do grau de afetividade e da forma

em que o professor aplica, como bônus, nas

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atividades escolares todas as possibilidades que

uma boa relação afetiva pode proporcionar, os

resultados serão extremamente positivos. Mas

deverão ser tomados todos os cuidados para não

se tornar uma relação de dependência e

superproteção.” (Professora M. Leciona há 19

anos).

“A presença ou ausência do afeto determina a

forma com que um individuo se desenvolverá,

também determina a auto-estima à partir dessa

fase da infância, pois quando uma criança

recebe afeto, consegue crescer e desenvolver

com segurança e determinação. Podemos

observar que os resultados obtidos serão a

influência do desenvolvimento em qual, o

comportamento e seu desenvolvimento

cognitivo.” (Professora J. Leciona há 2 anos).

“Acho que a afetividade deve ser trabalhada sim,

porém sabendo a sua dosagem ideal, o educador

pode perder sua autoridade se não souber

exercê-la adequadamente.” (Professora S.

Leciona há 6 anos)

Quando questionados a respeito da importância que ela (e) – o

educador – acreditava exercer no desenvolvimento afetivo dos alunos,

apenas dois entrevistados disseram se sentir totalmente responsáveis

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pelo desenvolvimento afetivo das crianças, todos os demais assumiram

ter uma responsabilidade parcial, partilhada com a família e as demais

áreas de convivência social de seus educandos. Os educadores

mencionaram o “respeito” como uma dos elementos mais importante a

ser desenvolvido neste processo, isto por que, cada educando tem suas

particularidades e individualidades afetivas desenvolvidas em conjunto

com a família e, por esta razão, é necessário observar e respeitar as

diferenças afetividades existentes.

Os educadores dizem a respeito de suas vivências:

“Acredito que o professor ao estabelecer um

clima de confiança e uma atitude de respeito

com o aluno passa a ser um grande mediador

das aprendizagens, uma das fontes

motivacionais do ensino e da aprendizagem está

no vínculo estabelecido entre educador e

educando, a afetividade é um fator que precisa

ser fortalecido nas relações educacionais dentro

e fora da escola.” (Professora J. Leciona há 2

anos).

“Temos uma grande porcentagem no processo

do desenvolvimento afetivo dos nossos

educandos, pois agimos como mediadores na

interação sócio-afetiva do grupo.” (Professora N.

Leciona há 7 anos).

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“Sei que sou de grande importância, pois sou o

responsável por provocar os estímulos

necessários para seu desenvolvimento. Tenho o

compromisso de aguçar a apropriação pelo

aprendizado, de forma que o educando goste de

aprender.” (Professor R. Leciona há 16 anos).

Com relação às estratégias utilizadas para o desenvolvimento da

afetividade, alguns educadores explicam que não há uma receita, nem

um conjunto de regras, além disso, argumentam que a formação

profissional não os prepara para este tipo de atividade. Esta lacuna na

formação se deve ao fato de esta discussão da importância afetividade

no espaço escolar ainda ser bastante recente.

Ratificando o que fora dito pelos educadores entrevistados, Mello

(2000)4 explica que a formação dos professores no Brasil é demasiado

distanciada da aplicação prática, pois seu principal objetivo é o

atendimento das diretrizes traçadas para educação, por esta razão, há

dificuldades de se desenvolver estratégias aplicáveis a realidade

escolar. Além disso, a educação infantil tem um caráter ainda mais

secundário devido a sua recente institucionalização nacional como

obrigatória e de amplo acesso. A autora defende que:

“No Brasil, está bastante disseminada a

concepção de que o conhecimento se constrói, e

se constrói em situações socialmente

determinadas. Essa teoria, que é em princípio

benéfica para a educação, não deve, no entanto,

4 Mello, GN. Formação inicial de professores para a educação básica. Uma (re)visão radical. São Paulo em perspectiva, 14(1) 2000.

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substituir os estudos sobre como se organiza a

situação de aprendizagem para que o aluno

construa ou reconstrua o conhecimento.” (Mello,

2000 – pp. 12).

Apesar das dificuldades encontradas, os educadores desenvolvem

meios de incluir a afetividade partindo de suas próprias vivências. A

experiência mais mencionada é o “aprender a ouvir”, ou seja, os

professores desenvolvem estratégias nas quais os educandos têm a

oportunidade de falarem e serem ouvidos, como por exemplo:

“Conversas individuais, e tentar sempre ter essa

proximidade com o aluno, pois nossa formação

não oferece subsídio para trabalhar com os

problemas afetivo-emocional dos alunos.

Principalmente carinho e cuidado.” (Professora J.

Leciona há 2 anos).

“Rodinhas, hora da novidade (espaço onde a

criança possa dialogar, expor seus sentimentos e

vontades), brincadeiras que estimulem o toque,

proporcionando a interação do grupo.”

(Professora N. Leciona há 7 anos)

“Através de músicas que ocorram interação uns

com os outros (aperto de mão, abraços, beijos).

Trabalhando com as palavras mágicas também.”

(Professora T. Leciona há 2 anos)

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Como discutimos nos capítulos I & II, a afetividade não é

manifestada somente com demonstração de carinho e atenção. O afeto

também é demonstrado através do controle no não-afeto, ou seja,

situações de descrédito, desatenção e desencorajamento trazidas ao

educando pelo educador. Guiados por esta preocupação, inserimos uma

questão sobre recursos o educador utilizava para refrear o não-afeto em

sua sala de aula.

Todos os educadores entrevistados mencionam que a “exclusão” e

a “falta de atenção” são os elementos mais comuns na experiência do

educando com o não-afeto. Dentre as estratégias desenvolvidas por

nossos entrevistados para evitar o não afeto estão:

“É não enxergar as individualidades. A pior

atitude que um educador pode apresentar é ver a

turma como uma unidade. Os recursos que

utilizo é “lutar” para manter o profissionalismo e

não rotular os alunos que apresentam pontos

“negativos” em suas personalidades.”

(Professora M. Leciona há 19 anos).

“Quando um professor é incapaz de manifestar-

se amorosamente em relação aos seus alunos,

não dar atenção, não escutar com paciência, não

dirigir uma palavra amiga. Compreender as

necessidades e o comportamento dos alunos,

soluções criativas para diversos problemas e

incentivar o surgimento de idéias dos alunos

para criar um ambiente favorável ao

aprendizado.” (Professora J. Leciona há 2 anos).

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“Castigo, arrogância, gritos, humilhações etc.

Procuro ter autocontrole nas minhas atitudes

para com os educandos.” (Professora S. Leciona

há 6 anos).

A patir das entrevistas, pudemos perceber como o reconhecimento

da importância da afetividade na relação educador-educando é

fundamental para traçar estratégias e ampliar as perspectivas sobre o

papel do educador no desenvolvimento afetivo do educando. Tivemos a

oportunidade de analisar relatos de educadores com anos de

experiência bastente distintos e, ainda assim, é possível afirmarmos que

o tema da afetividade aparece com maior ou menor destaque, porém

esta presente como relevante em todas as entrevistas aqui analisadas.

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37

CONCLUSÃO

A partir da literatura consultada e das entrevistas realizadas, o

presente trouxe uma nova perspectiva para o olhar das relações entre a

prática e a teoria na formação dos educadores. Embora, sejam diversas

as possibilidades para se discutir, avaliar ou propor padrões de

qualidade no processo ensino-aprendizado na Educação Infantil.

Sendo assim, pude observar que a relação afetiva entre educador

e educando há tempo vem sendo abordada e discutida em relação ao

comportamento e ao desenvolvimento cognitivo do educando. E, assim,

com o passar do tempo, está sendo introduzindo como mais relevante no

crescimento cognitivo do sujeito.

Podemos afirmar que as emoções são uma forma de comunicação

e que está ligada a aprendizagem. A afetividade vem interferir de forma

significativa na organização do pensamento de cada um e passando a

exercer um papel importante na organização das ações e reações.

Analisando as entrevistas, percebemos que Os educadores estão

conscientes de seu papel, ou seja, deles é esperado mais do que

apenas a transmissão de um conteúdo programático.

Apesar disto, os próprios educadores mencionam ser necessário

criar, a partir da prática e de maneira individual, as estratégias de lidar

com a afetividade com educando no espaço escolar. Esta liberdade é

boa para exercitar a criatividade dos educadores, como também, para

atender as especificidades que são encontradas em cada sala de aula.

Entretanto, tal liberdade dá margem para que os educandos fiquem a

mercê das habilidades individuais sem que haja nenhum norte para

educadores em formação ou pouco preparados quando alunos.

É fundamental que o educador saiba que ele venha ser peça

fundamental no processo educacional, tenha consciência do papel que

ele esta desempenhando diante do seu educando. Para isto, é

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indispensável que todos os educadores tenham como parte de sua

formação a elementos que ensinem não só a relevância de seu papel,

como também as estratégias que podem ser por eles utilizadas.

Deste modo o aprendizado está relacionado com a interação entre

o aspecto afetivo e cognitivo. Sendo assim, concluo esse trabalho com a

frase: A boa relação entre educadores-educandos venha ser

determinante para o sucesso do processo educativo.

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39

Referências

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Sociedade Bíblica do Brasil. 2000. 864p. Livros do Novo Testamento,

Mateus capítulo 10 versículos 24 e 25 página 10 e I coríntios capítulo 13

versículo 1 página 143.

Chalita, Gabriel. Educação está no afeto. São Paulo, 2001 1ªed., 2004

edição revista e atualizada Ed. Gente

____________. Pedagogia do Amor: a contribuição das histórias

universais para a formação de valores das novas gerações. São Paulo.

ED. Gente, 2003

Cury, Augusto Jorge. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes.Rio de

Janeiro: Sextante, 2003.

FERREIRA, A.B.H. Mini Aurélio. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira 2000

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática

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GALVÃO, Isabel 1999. Henri Wallon, Uma concepção dialética do

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40

MORALES, Pedro. A relação Professor-Aluno: O que é, como se faz.

Tradução Gilmar Saint’Clair Ribeir. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

NOVAIS, M.H. Psicologia Escolar 8ed. Rio de Janeiro: Vozes 1984

REGO, Teresa Cristina. 1999. Vygotsky, uma perspectiva histórico-

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PIAGET, J, Psicologia e Epistemologia. Rio de Janeiro. Forense, 1980.

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TEZOLIN, O.M Re-criando a educação: uma nova visão da psicologia do

afeto 4 ed. Rio de Janeiro; DP&A. 2003

Tiba, Içami. Ensinar aprendendo; Como superar os desafios do

relacionamento professor-aluno em tempos e Globalização. 8ed. São

Paulo: Editora Gente, 1998. 170p. Fonte:

HTTP://www.psicopedagogia.com.br/artigos|artigos.asp?entrID=1142

__________. Quem ama, educa! 131 ed. São Paulo: Ed. Gente 2002.

WALLON, H. A evolução psicológica da Criança. Lisboa; Edição 70,1994

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Anexo I

Modelo do Questionário aplicado aos Professores da Educação

Infantil

Pesquisa sobre a Percepção dos Professores da Educação Infantil a Respeito da Afetividade no Processo Ensino-Aprendizagem

Esta pesquisa tem como objetivo estudar a percepção do professores da Educação Infantil a respeito da afetividade na interação educador/educando no processo de Ensino-Aprendizagem. Prezado(a) Professor(a) sua participação é muito importante para nós e para o desenvolvimento deste trabalho que visa entender melhor o trabalho do educador. Todas as informações serão utilizadas de maneira anônima e confidencial.

Questionário Perfil

Nome:

Idade:

Há quanto tempo é educador(a) da Educação Infantil?

Questionário Percepção

1 – Em sua opinião, o que a ser mais importante para o sucesso no processo de aprendizagem do educando de 2 a 4 anos? Considere os seguintes elementos - Disciplina e autoridade; Conteúdos programáticos; Afetos, limites e regras. Explique:

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2 – Em sua opinião, qual o grau de influência do educador na vida do educando?

( ) Nenhuma

( ) Pouca

( ) Parcial

( ) Grande

3 – Considerando a relação estabelecida entre educador e educando em sala de aula e nas demais atividades escolares, que tipo de resultados (positivos, negativos ou indiferentes) podem ser obtidos na demonstração de afetividade? Explique:

4 – Em que medida você (educador) se considera responsável pelo desenvolvimento afetivo de seus educandos? Explique:

5 – Quais os recursos você utiliza para desenvolver a relação de afetividade entre você (educador) e seus educando?

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6 – Quais posicionamentos do educador em sala de aula que podem ser considerados uma forma de não-afeto, ou seja, formas negativas de lidar com as falhas ou dificuldades do educando? Que recursos você utiliza para não demonstrar o não-afeto? Explique:

Eu, , (nome) autorizo a utilização das informações deste questionário pela pesquisadora e educadora Rosa Maria Correia Seabra em sua Pesquisa sobre a Percepção dos Professores da Educação Infantil a Respeito da Afetividade no Processo Ensino-Aprendizagem.

Rio de Janeiro, de de 2011

(assinatura)

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44

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A AFETIVIDADE INTERFERINDO NO APRENDIZADO 11

CAPÍTULO II

FATORES QUE INTERFEREM A RELAÇÃO EDUCADOR-EDUCANDO 21

CAPÍTULO III

O DESENVOLVIMENTO PRÁTICO DA AFETIVIDADE NA RELAÇÃO

EDUCADOR-EDUCANDO EM SALA DE AULA 29

CONCLUSÃO 37

REFERENCIAS 39

ANEXOS 41

ÍNDICE 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

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45

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE ENTRE EDUCADOR-

EDUCANDO NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO E

APRENDIZAGEM

ROSA MARIA CORREIA SEABRA

Data de entrega

Avaliada por: ________________________________

Conceito final:

Rio de Janeiro, ______ de _______________ de 2012

___________________________________________________

Coordenação do curso