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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM Business Intelligence (BI) Ferramenta de apoio à decisão para Gestão Pública em Saúde no Rio de Janeiro Case UPA Por: Viviane Cícero de Miranda Orientador Profª Ana Paula Ribeiro Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

Business Intelligence (BI) – Ferramenta de apoio à decisão para

Gestão Pública em Saúde no Rio de Janeiro – Case UPA

Por: Viviane Cícero de Miranda

Orientador

Profª Ana Paula Ribeiro

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

Business Intelligence (BI) – Ferramenta de apoio à decisão para

Gestão Pública em Saúde no Rio de Janeiro

- Cases UPA e Dengue -

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Administração

em Saúde.

Por: Viviane Cícero de Miranda

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DEDICATÓRIA E

AGRADECIMENTO

.....Ás forças superiores. Ás minhas

maiores preciosidades: meus filhos Julia e

João Victor. Ao meu pai, em algum lugar.

Aos meus pais na terra (mães e tio). Aos

meus outros amores; os que eu amo por

admirar, por servirem sempre de exemplo,

e aqueles que amo por amar, por estarem

sempre por perto...

╉Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras

vezes que você me enxergou melhor do que eu

sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já

que nessa vida muita gente já me olhou depressa

demais╊┻ ゅautor desconhecidoょ

Ao conhecimento, dedicação e aprendizado...

Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a

vitória é o desejo de vencer. (Mahatma Gandhi)

Aprender sem pensar é tempo perdido.(Confúcio)

É fazendo que se aprende a fazer aquilo

que se deve aprender a fazer. (Aristóteles)

Aprender é a única coisa de que a mente

nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se

arrepende. (Leonardo da Vince)

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é a ampla abordagem do termo „Informação

em Saúde‟. Apresentaremos aqui itens e conceitos, humanos, técnicos e

tecnológicos relacionados com:

Dados em Saúde;

Sistemas de Saúde;

Saúde Pública - SUS

Tecnologia da Informação - TI;

Gestão em Saúde;

Suporte à Decisão;

Ambiente de Dados Confiáveis para Tomada de Decisão.

Seu foco não é, entretanto, o aprofundamento de cada uma destas, e

sim a integração destes conceitos como um único tema.

Como objetivos específicos, podemos citar:

a) Abordar os sistemas de informação, existentes no setor da saúde

demandantes de informações estruturadas: (promoção da saúde, gestão

da saúde, regulação das ações de saúde, ações de vigilância em saúde)

b) Ressaltar a necessidades de visualização dos dados agregados, e

identificação dos níveis de segurança a serem respeitados.

c) Apresentar os conceitos utilizados para a construção e carga das bases

de dados.

d) Abordar a importância da extração de dados .

e) Apresentar o Business Intelligence (BI) como resultante destes conceitos

e ferramenta de apoio à gestão – Ilustrar a utilização com cases

Palavras-chave: Indicadores em saúde, Informação em saúde - SUS;

Gestão em Saúde Pública, Tomada de Decisão, Tecnologia da Informação -

TI e Business Intelligence - BI

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METODOLOGIA

A motivação para este trabalho e a identificação dos problemas citados,

como coleta de dados e apoio à decisão em gestão vieram da experiência da

implantação de sistemas em hospitais públicos (Hospital da Lagoa – RJ e

Hospital Estadual Getulio Vargas) e do deslumbramento com as possibilidades

da ferramenta de Business Intelligence vivenciadas em apresentações, aulas e

testes durante o desenvolvimento da mesma para SESDEC-R (Secretaria de

Saúde e Defesa Civil do estado do Rio de janeiro).

Além de pesquisas e trabalhos desenvolvidos na empresa onde trabalho

(ECO Sistemas), o tema aqui apresentado teve sua fundamentação em livros

técnicos que abordam o que é o surgimento, objetivos e características deste

novo conceito em Tecnologia da Informação (TI); o Business Intelligence (BI).

Como principal fonte técnica, temos o livro “Decisões com BI de Fábio Vinícius

Primak06. Ainda como literatura básica, o livro “Informação e saúde”, de

Branco02.

Inúmeros artigos e reportagens foram utilizados para ilustrar os temas

de apoio à decisão em gestão pública e da gestão pública do estado do Rio de

Janeiro. Os conceitos relacionados a Sistemas de informação, Informação em

saúde e indicadores aqui citados tiveram como principal fonte de pesquisa o

Ministério da Saúde, mais específicamente, as cartilhas disponibilizadas no site

www.saude.gov.br. No que diz respeito a artigos, foi utilizado, entre outros

“Política de saúde e potencialidades de uso das tecnologias de informação”, de

Vasconcellos, Moraes e Cavalcante09

O case UPA – SESDEC, foi levantado diretamente do Plano de Projeto

de Business Intelligence (BI) desenvolvido pela empresa ECO Sistemas para a

SESDEC-RJ. Todos os critérios de segurança para divulgação de informações

foi obedecido.

Assim sendo, podemos dizer que a metodologia utilizada neste trabalho

foi baseada em uma estratégia convencional, focada em pesquisas

bibliográficas, e exemplos reais. Foi visitado o que existia de mais relevante,

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nos aspectos considerados pertinentes à construção de bases de dados,

Gestão em Saúde e Tomada de Decisão.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8

CAPÍTULO I A INFORMAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - QUAIS

SÃO, COMO FUNCIONAM E SEUS OBJETIVOS ........................................... 13

CAPÍTULO II GESTÃO EM SAÚDE E TOMADA DE DECISÃO ...................... 25

CAPÍTULO III BI – BUSSINESS INTELIGENCE .............................................. 33

CONCLUSÃO .................................................................................................. 40

ANEXOS .......................................................................................................... 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 61

BIBLIOGRAFIA CITADA .................................................................................. 63

ÍNDICE ............................................................................................................. 64

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INTRODUÇÃO

Existe atualmente, inúmeros dados que são coletados e inseridos nos

sistemas de saúde do SUS. Depois de extraídos e trabalhados formam os

indicadores de saúde. Mas o quê demonstra estes números? Como utilizá-los

de maneira eficiente e eficaz para promoção da saúde e prevenção de

doenças? Podemos apenas com estes resultados definir o que deve ser

alcançado ou o que é crítico nos serviços de saúde oferecidos à população?

Estes indicadores isolados conseguem apoiar o gestor de saúde na tomada de

decisões?

O Ministério da Saúde disponibiliza aos seus gestores vários tipos de

indicadores, que tem como objetivo divulgar informações que os apoie na

decisão estratégica de qualquer esfera. Mas Isto por si só não basta.

Precisamos de conhecimento específico e tácito para fazer a análise destes

números. Precisamos de eficiência, eficácia, agilidade e segurança nas

informações para tomada de decisões na área da Saúde. É preciso ter uma

visão geográfica, epidemiológica, quantitativa, qualitativa dos dados. Além

disso, é fundamental o cruzamento destas informações, assim como o

monitoramento e análise comparativa dos números e/ou resultados para

auxiliar nas estratégias de Prevenção e Promoção da Saúde.

Um ponto importante a ser levantado, é que, embora fundamental no

processo de coleta e disseminação das informações em saúde desde sua

criação, o DataSUS vem, ao longo dos últimos anos, sofrendo com o aumento

da necessidades de controle e monitoramento dos dados coletados por seus

sistemas, além de diversas modificações impostas pelas áreas técnicas, quer

seja por mudança de gestão ou por força legal. Temos também a velocidade no

aumento da conectividade devido ao barateamento dos preços de

equipamentos e insumos de informática, que fez com que estados e municípios

(principalmente os de médio porte e as capitais) formassem suas áreas de

Tecnologia da Informação (TI) e passassem, a partir de então, a produzir e

demandar sistemas de informação baseados em computador. Este cenário

vem se acentuando ano após ano, e começa a cobrar seu preço,

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principalmente pela ausência de padrões tecnológicos para o desenvolvimento

de novas soluções, produzindo um arcabouço de novos sistemas instalados

nos estados e municípios e que precisam interagir com os sistemas produzidos

pelo DataSUS.

Além desta demanda, a necessidade por informações estratégicas para

a tomada de decisão na gestão da saúde é cada dia mais forte, e a pressão

nas equipes locais de TI pelo apoio na geração dessas informações vem

adquirindo proporções quase insustentáveis.

A evolução tecnológica a partir da criação da “www” (World Wide Web)

vem revolucionando a forma como se desenvolvem sistemas de informação de

base computacional no mundo. As demandas por informações pelos gestores

vêm igualmente acompanhando a velocidade desta evolução. Neste sentido,

vemos ainda iniciativas muito incipientes do DataSUS em relação à evolução

de seus sistemas. Realidade essa caracterizada por diversos fatores, mas

tendo como ponto fundamental a falta de padronização dos métodos e

ferramentas em seu processo de produção dos seus sistemas como já falado.

Cada gestor, embasado em seu próprio conhecimento, utiliza estes dados ou

indicadores como ferramenta de auxílio na tomada de decisões. Como

mensurar a utilização dos mesmos, como comparar um local com outro se os

indicadores não forem representados ou os dados não forem coletados da

mesma forma?

Temos então o objeto de estudo proposto: dado x informação x

conhecimento x decisão. Isto nada mais é do que Business Intelligence (BI).

Quando não utilizamos o BI dentro de todos os seus conceitos e técnicas,

temos apenas um seqüencial de números, Primak (2008) diz que além de

termos que entender o que é BI, temos também que saber como são e quais

são os indicadores necessários para determinada tomada de decisão”.

A importância fica maior ainda quando a área à qual se aplicam tais

sistemas de informação é a área de saúde pública. Agora temos outra parte do

nosso tema: A Gestão Pública em Saúde. Moraes (2002) coloca que o conceito

de sistema de informação vem da associação do conceito de Sistema com o da

Informática.

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Não é demais lembrar o que determina a Constituição da República

Federativa do Brasil, de 1988, em seu Título VIII - Da Ordem Social, Capítulo II,

Seção II – Da Saúde, Artigo 196:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado,

garantido mediante políticas sociais e econômicas que

visem à redução do risco de doença e de outros agravos e

ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para

sua promoção, proteção e recuperação. É possível

observar que esta determinação da Constituição Federal de

1988, aliada ao conceito de sistemas de informação em

saúde, visto anteriormente, mostra a importância da

precisão dos dados produzidos por estes, que levarão a

informações que irão auxiliar os gestores e demais atores

do SUS a alcançarem o que preconiza o artigo196 da

Constituição.”

O BI, tema deste trabalho, veio para ajustar os problemas que podem

ser observados nos sistemas de informação em saúde em atividade no

Ministério da Saúde como integridade, inconsistência e falta de padronização

dos dados produzidos por alguns destes sistemas de informação. Comentados

nos pressupostos abaixo:

Apesar dos esforços de padronização, os sistemas legados e os novos

podem apresentar dificuldades de atenderem a padrões de

representação de dados, levando à problemas de inconsistência,

quando há uma observação sobre o mesmo dado sob a ótica de

diferentes sistemas;

Existem problemas de comunicação entre diferentes áreas produtoras

de informação que dificultam a resolução dos problemas de

inconsistência no momento da produção pelos sistemas de informação;

Os ambientes de suporte à decisão tendem a ser construídos,

isoladamente, sobre as informações produzidas por um único sistema de

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informação, sob o olhar dos gestores destes sistemas, para atender às

demandas de informação deste, sem a preocupação com outros

interessados nestas informações, e sem incluí-las no contexto das

macro atividades da saúde. Ou seja, os ambientes de suporte à decisão

com informações produzidas por um sistema de informação tendem a

reproduzir a lógica, o pensamento e as representações de dados dos

gestores e produtores da informação daquele sistema. Pode-se, então,

observar a necessidade de um ambiente onde todos os novos sistemas

possam ter seus dados difundidos de forma integrada a dados já

existentes, oriundos de outros sistemas correlatos, permitindo a

personalização das necessidades de informação dos diversos tipos de

necessidades.

A elaboração real de um método de trabalho para a construção de bases

de dados, íntegras e padronizadas, destinadas à consolidação de informações

de saúde para suporte à decisão, será apresentado em íntegra e demonstrado

nos cases escolhidos (anexos).

A relevância deste trabalho está no fato dele explicar e exemplificar com

dados reais como o BI pode e pôde contribuir para a Gestão de Saúde do Rio

de Janeiro, com a integração de dados, orientando a construção de bases de

dados e sistemas de apoio à decisão que forneceram informações direcionadas

às necessidades do gestor.

No trecho da Política Nacional de Informação e Informática em Saúde,

em sua versão 2.0, disponível para download no site do DataSUS, essa

necessidade já tinha sido levantada, como transposto abaixo;

“Existe uma grande necessidade em avançar, tanto no

caminho da integração entre os sistemas de informação,

quanto no uso da informática para a melhoria da

produtividade e qualidade dos processos de trabalho em

saúde, da gestão e do controle social.“ Embora os sistemas

de informação de abrangência nacional tenham sido

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criados por mecanismos diferentes, ora pelo Ministério da

Saúde ora pelo Ministério da Previdência, como, por

exemplo, o Sistema de Informações de Mortalidade e o

Sistema de Pagamento das Internações Hospitalares,

todos tiveram por objetivo atender a necessidade dos

órgãos centrais em obter os dados para efeitos imediatos

de gestão ou geração de conhecimento em saúde.”

A construção de um sistema de apoio à decisão contribuirá para o

enfrentamento de um desafio que a Política Nacional de Informação e

Informática em Saúde coloca: promover “informação de maior confiabilidade

para gestão, geração de conhecimento e controle social”

As lacunas entre a coleta de dados a sua utilização em BI, serão

abordadas na conclusão.

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CAPÍTULO I

A INFORMAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE -

QUAIS SÃO, COMO FUNCIONAM E SEUS OBJETIVOS

1.1 Informação Pública

Para Druker, (DRUKER, 1993 apud documento elaborado pela câmara

técnica de informação e informática do CONASS - Brasília, 26 de abril de

2011.p. 4) a informação começa a tomar vulto e aumentar em quantidade no

meio governamental devido ao crescimento dos meios de massa ao final do

século dezesseis. Controlar a informação passa então de instrumento de apoio

à administração e ao controle, a atribuição essencial aos novos praticantes da

soberania nacional, os totalitários

Dentro de poucos anos, com receptores tão pequenos que nenhuma

polícia secreta poderá impedir seu uso dentro das casas e satélites

transmitindo programas a todos os pontos do globo, a informação, para melhor

ou para pior, terá se tornado verdadeiramente transnacional e além do controle

de qualquer país. (DRUKER, 1993, p. 105 apud documento elaborado pela

câmara técnica de informação e informática do CONASS - Brasília, 26 de abril

de 2011.p. 4)

A dimensão alcançada hoje pela Internet começa a representar a

estrutura retratada por Druker em 1993. Apesar da preocupação em relação à

falta de controles adequados sobre a circulação da informação através da

Internet, os próprios governos vislumbram nesta tecnologia a possibilidade de

dar transparência e visibilidade aos atos e ações governamentais. Entretanto,

dar publicidade aos atos e ações do governo, transformando-os em informação

para a população, não são fatos recentes ou inovadores. Já existia a idéia de

que difundir a informação era uma arma estratégica para a política, mais eficaz

do que suprimi-la (BURKE, 2003).

Os motivos que levaram as administrações públicas antigas a obter

informações não eram dos mais nobres. O controle e a manutenção do poder

sobre a população eram os fatores principais para que o estado se mantivesse

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sempre bem informado sobre as condições de vida da sua população, quantos

eram, o que pensavam sobre a forma de atuação dos governos, problemas

com a saúde (como proliferação de doenças, pestes etc.) e outros dados que

fossem pertinentes para controlar as vidas de todos os que residiam dentro de

suas fronteiras. A informação era, na antigüidade, sinônimo de poder (BURKE,

2003).

1.2 Informação em saúde

Podemos ter várias definições em relação ao sub-título apresentado.

Relacionando-o à saúde, poderíamos dizer que as campanhas publicitárias de

saúde são tipos de informação, assim como as reportagens sobre unidades de

saúde, alertas sobre medicamentos, epidemias, programas. Todas podem

transmitir informações “em” ou “sobre” saúde.

Acredito que os temas levantados a seguir neste trabalho, constituam a

sequência natural da informação. Temos os dados; estes abastecem os

Sistemas de Informação gerando os Indicadores. Indicadores existem para dar

suporte à gestão. Estamos falando então de TI – Tecnologia da Informação.

tema também desenvolvido neste capítulo

1.3 Sistemas de Informação

O objetivo dos Sistemas de Informação em Saúde do SUS é auxiliar a

Gestão Pública, ou seja, fornecer informações que ajudem ao gestor a definir o

quê deve ser priorizado em relação à prevenção, abastecimento, atendimento,

enfim a Promoção da Saúde por área, região ou esfera. Para ilustrar este

capítulo, apresento a seguir a definição retirada do site do MS / DataSUS

(http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/sistema/sistema.php) para “Sistemas de

Informação em Saúde”. Fiz questão de reproduzi-lo para mostrar como todos

os itens que serão aqui abordados tem seus conceitos muito “misturados” nas

literaturas quando pesquisados individualmente. Quando trabalhados dentro de

um mesmo tema, passamos a entende-los como partes de um processo no

avanço tecnológico da informação e gestão.

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“Os Sistemas de Informação em Saúde, são aplicativos de

TI destinados a fornecer informações e estatísticas de

interesse médico hospitalar, médico ambulatorial, medicina

pública, medicina investigativa (pesquisa e

desenvolvimento), etc. Necessariamente, são banco de

dados, que armazenam textos, dados quantitativos e

imagens, com capacidade de geração rápida de relatórios e

interação com internet, intranet, extranet, chats, fóruns,

bibliotecas, enciclopédias digitais etc. Os Sistemas de

Informação em Saúde podem ser desenvolvidos para uso

macro-econômico, tais como Ministérios, Secretarias de

Estado ou Prefeituras (neste caso condensando

informações de outros subsistemas ou redes locais), ou

uso micro-econômico (clínicas, hospitais, redes

empresariais). Outra aplicação dos Sistemas de Informação

em Saúde é interliga-los a outros Sistemas de modo a

aplicar os benefícios da Logística Integrada em Compras

de Insumos médico hospitalares, Gerenciamento de

Estoques, Produção de Medicamentos e Gerenciamento de

Transportes, Gestão de Fornecedores, Gestão de Projetos

e Gestão de mão-de-obra. Podem conter informações de

prontuários de indivíduos que passam em determinado dia

num pronto socorro, ficando internado e gerando vários

registros subssequentes (internação, cirurgia, uti, exames,

tratamentos, radiologias, fisioterapias, necropsias etc.), ou

informações estatísticas sobre grupos de pacientes num

determinado geo-momento, com uma patologia específica

(grupos de portadores de HIV, grupos de dependentes

químicos, grupos de infectados por etc”

Já citamos que para Moraes (2007), o conceito de sistema de

informação vem da associação do conceito de Sistema com o da Informática.

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Podemos ir a mais a fundo na sua definição de que sistema é “um todo”

complexo e organizado, ou seja, uma reunião de coisas ou partes formando um

todo unitário e complexo”.

Os sistemas de informação em saúde,também podem ser, por sua vez,

aqueles cujo propósito é selecionar os dados pertinentes aos serviços de

saúde e transformá-los na informação necessária para o processo de decisões,

próprio das organizações e indivíduos que planejam, financiam, administram,

provêem, medem e avaliam os serviços de saúde.

Apresentamos aqui uma visão geral e histórica de como são utilizados

na prática: Nos anos de 2004 e 2005, em um levantamento realizado pela

Câmara Técnica de Informação e Informática do CONASS (CTIIS), foi

registrada a existência de 797 sistemas de informação em operação nas

Secretarias Estaduais de Saúde (SES), utilizados para as mais diversas

finalidades. Cerca de onze (11) sistemas de saúde, se repetiam para todas as

SES, uma vez que se configuravam como de “base nacional”. Por convenção

os “sistemas de informação de base nacional” são aqueles que, por sua

relevância para o setor público de Saúde no Brasil, foram definidos pelo

Ministério da Saúde como de utilização obrigatória em todos os estados e

municípios, sendo sua base de dados consolidada e mantida pelo nível federal,

são eles: Cadastro Nacional de Usuários do SUS - CNS/CADSU; Cadastro de

Estabelecimentos de Saúde - CNES; Sistema de Informações de Mortalidade –

SIM; Sistema de Informações de Nascidos Vivos - SINASC; Sistema de

Informações de Agravos de Notificação - SINAN; Sistema de Informações

sobre o Câncer da Mulher - SISCAM; Sistema de Informações da Atenção

Básica - SIAB; Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS - SIA SUS;

Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade/Custo -

APAC; Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH; Sistema de

Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde - SIOPS

(www.datasus.gov.br). Deles, o mais antigo é o Sistema de Informações de

Mortalidade (SIM), desenvolvido a partir de 1975.

Ao Departamento de Informática do SUS (DataSUS), órgão da

Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, é atribuída a responsabilidade de

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Público Alvo: Gestores e Coordenadores de TI dos Municípios / Estados Assunto: Levantamento da situação atual dos sistemas de informação ligados à saúde pública Objetivo: Aferir Status Operacional / Dificuldades / Expectativas dos Sistemas de Informação e Informática do SUS com o objetivo de auxiliar no planejamento estratégico das Políticas de Informação e Informática da Saúde Pública Nacional

Os sistemas de saúde relacionados ao Ministério da Saúde do Brasil -

MS dependem de dados coletados na “ponta”, ou seja, em estabelecimentos

de saúde, direta ou indiretamente sob gestão estadual ou municipal. O fluxo

desses dados é bastante variável, sendo que em alguns casos os municípios

os enviam para os estados e estes, após consolidá-los, para o MS e, em

outros, notadamente aqueles relacionados a aportes financeiros, estados e

municípios os enviam diretamente para o MS.

Moraes (2002) diz que enquanto dado é uma descrição limitada do real,

desvinculada de um referencial explicativo e difícil de ser utilizada como

informação por ser ininteligível, informação é uma descrição mais completa do

real associada a um referencial explicativo sistemático. Pode-se dizer que é a

representação de fatos da realidade com base em determinada visão de

mundo, mediante regras de simbologia. É, portanto, a „ponte‟ entre fatos da

realidade ou as idéias de algumas pessoas ou ainda, conhecimentos de

outras.” Assim sendo, os dados produzidos pelos sistemas de informações, a

partir do processamento dos dados de entrada, coletados de forma manual (via

formulários analógicos) ou eletrônica (via formulários digitais ou gerados a

partir de transações, eletrônicas) serão a fonte a partir da qual se produzirão as

informações em saúde.

Temos que deixar registrado alguns empecilhos que são encontrados

nesta etapa. Um levantamento realizado pela Coordenação Técnica de

Informação e Informática em Saúde (CTIIS ) não apresentou surpresas, no que

se refere às dificuldades enfrentadas, sobretudo pelos estados da Região

Norte. Entre os principais entraves ao bom funcionamento do SI, foram citados,

pelos gerentes de sistemas, recursos humanos com baixa qualificação, em

quantidade insuficiente ou com alta rotatividade, e a existência de sistemas

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obsoletos. Em outras respostas, foram evidenciados as deficiências em

equipamento e o desconhecimento de aspectos relativos à área de informática,

aos Sistemas de Saúde (SI) ou ao uso das informações por eles

disponibilizadas. Outro aspecto que merece destaque, por sua relevância para

o setor foi o percentual de sistemas que operam sem qualquer controle de

qualidade, formal ou informal. Foi também observada, no nível estadual, a

repetição de muitos dos problemas apontados para o nível federal, em especial

no que se refere à ausência de “comunicação” entre os sistemas de

informação.

1.4 Indicadores em saúde

Indicadores de saúde são formas numéricas ou não, obtidos a partir dos

Sistemas de Informação, como saídas a partir dos dados coletados, utilizados

para se mensurar as atividades realizadas, ou o grau de risco de um evento ou

agravo à saúde, e para atribuir valor a dados ou aspectos da realidade que se

deseja conhecer, quantitativa ou qualitativamente, e, a partir desse

conhecimento, intervir para alcançar metas e objetivos.

A base para a criação, manutenção e aprimoramento dos programas e

ações em saúde pública, mantidas e recomendadas pelo Ministério da Saúde,

são os indicadores de saúde, gerados através das coletas realizadas pelos

municípios e condensadas pelos estados. Os indicadores, nas mais diversas

áreas do serviço público, são tidos como instrumentos norteadores das

políticas administrativas, seja no campo da economia, da educação, nas

políticas sociais e também na saúde pública. A definição pura e simples para

este termo pode ser entendida como um conjunto de cifras resultantes de

fórmulas de cálculo pré-estabelecidas por especialistas.

Trataremos a seguir da coleta e qualidade dos dados, matéria prima

para os indicadores de saúde que são gerados através dos sistemas de

informação. Esse tema é de total relevância para este trabalho, pois, abordarei

mais a frente, como se comporta a aplicação das tecnologias de ponta com

base nesses registros.

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Disponibilizar a informação apoiada em dados válidos e confiáveis é

condição essencial para a análise objetiva da situação. Assim como para a

tomada de decisões a programação de ações de saúde precisa ser baseada

nestas evidências. A busca de medidas do estado de saúde da população é

uma antiga tradição em saúde pública. Para exemplificar temos os dados de

mortalidade e de sobrevivência, que foram os primeiros a serem registrado.

Com os avanços passamos a ter as medidas por dados de morbidade,

incapacidade, acesso a serviços, qualidade da atenção, condições de vida,

fatores ambientais etc.

Os indicadores de saúde foram desenvolvidos para facilitar a

quantificação e a avaliação das informações produzidas para determinada

finalidade. Em termos gerais, os indicadores são medidas-síntese que contêm

informação relevante sobre determinados atributos e/ou dimensões de

determinada área, população.

A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode

variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o

cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados.

Temos vários fatores que determinam a qualidade de um indicador; a

propriedades dos componentes utilizados em sua formulação (freqüência de

casos, tamanho da população em risco etc.) e da precisão dos sistemas de

informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados etc.). O grau

de excelência de um indicador deve ser definido por sua validade (capacidade

de medir o que se pretende) e confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados

quando aplicado em condições similares). Em geral, a validade de um indicador

é determinada pelas características de sensibilidade (medir as alterações de

determinado fenômeno) e especificidade (medir somente o fenômeno

analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador são sua

mensurabilidade (basear-se em dados disponíveis ou fáceis de conseguir),

relevância (responder a prioridades de saúde) e custo-efetividade (os

resultados justificam o investimento de tempo e recursos). É desejável que os

indicadores possam ser analisados e interpretados com facilidade, e que sejam

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21

compreensíveis pelos usuários da informação, especialmente gerentes,

gestores e os que atuam no controle do sistema de saúde.

Para um conjunto de indicadores, são atributos de qualidade

importantes também a integridade (dados completos) e a consistência interna

(valores coerentes e não contraditórios). A qualidade e a comparabilidade dos

indicadores de saúde podem ser asseguradas pela aplicação sistemática de

definições operacionais e de procedimentos padronizados de medição e

cálculo. Os níveis de desagregação destes dados podem aparecer em função

da disponibilidade de sistemas de informação, fontes de dados, recursos,

prioridades e necessidades específicas em cada região.

A manutenção desse conjunto depende também da simplicidade dos

instrumentos e métodos utilizados, de modo a facilitar a operação regular dos

sistemas de informação. Também é necessário monitorar a qualidade dos

indicadores, para manter a confiança dos usuários na informação produzida. O

mesmo com relação à política de disseminação da informação, para assegurar

a oportunidade e freqüência da compilação dos dados. Se forem gerados de

forma regular e manejados em um sistema dinâmico, os indicadores de saúde

constituem ferramenta fundamental para a gestão e avaliação da situação de

saúde, em todos os níveis. Um conjunto de indicadores de saúde tem como

propósito produzir evidência sobre a situação sanitária e suas tendências,

inclusive documentando as desigualdades em saúde. Essa evidência deve

servir de base empírica para determinar grupos humanos com maiores

necessidades de saúde, estratificar o risco epidemiológico e identificar áreas

críticas. Constitui, assim, insumo para o estabelecimento de políticas e

prioridades melhor ajustadas às necessidades de saúde da população.

Além de prover matéria prima essencial para a análise de saúde, a

disponibilidade de um conjunto básico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em saúde, estimular o fortalecimento da

capacidade analítica das equipes de saúde e promover o desenvolvimento de

sistemas de informação de saúde intercomunicados.

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22

1.5 Tecnologia da Informação

Tecnologia da Informação (TI) não representa um conceito único, e

vem ampliando este escopo cada vez mais nos últimos anos, possivelmente

como reflexo das evoluções da área a que se refere. Podemos dizer, que TI é o

conjunto de recursos empregados na coleta, armazenamento, processamento

e distribuição da informação, incluindo ainda os métodos, técnicas e

ferramentas para o planejamento, desenvolvimento e suporte dos processos de

utilização da informação. Existe alguma discordância sobre a inclusão dos

recursos humanos nessa definição, mas há consenso sobre sua utilização para

expressar a convergência entre a informática e as telecomunicações, o que

leva alguns autores a preferirem o termo Tecnologia da Informação e

Comunicação (TIC). Em outra linha, há os que fazem distinção entre

Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação, restringindo à primeira

expressão apenas os aspectos técnicos, enquanto que à segunda

corresponderiam as questões relativas ao fluxo de trabalho, pessoas e

informações envolvidas.

Outra definição deste assunto pode ser obtida em Batista (2001) quando

diz, que a Tecnologia da Informação (TI) é caracterizada como o conjunto de

hardware equipamentos e acessórios), softwares (programas, utilitários etc) e

firmware (circuitos integrados de alguns equipamentos que possuem

programas internos para determinadas atividades). É interessante observar,

neste momento, o contexto de saúde, e mais, o contexto sociopolítico no qual

as tecnologias de informação se enquadram para ele.

Segundo Moraes (2002), é preciso acumular forças políticas para que

haja uma participação maior dos interesses populares em mecanismos de

gestão social sobre a política informacional em saúde. É preciso avançar

tecnologicamente dentro das novas perspectivas da área, que surgem em

velocidade exponencial, mas deve-se democratizar os conteúdos úteis e

relevantes. A importância das conquistas na área de informática e das

comunicações são inegáveis, não somente para a área de saúde, mas para

todas as áreas.

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Alguns escritores, no entanto, usam o termo tecnologia da informação

abrangendo aspectos sem a preocupação de elaborar um conceito próprio ou

optar por quaisquer das tendências relatadas, estaremos, neste texto,

abordando todos aqueles temas, relacionados a essa área, que consideramos

importantes para os gestores da Saúde no país.

Na informática, assim como acontece em outras tecnologias as

organizações públicas são mais bem-sucedidas quanto melhor souberem

escolher e utilizar a TI de forma apropriada para atingir seus objetivos

A informática vem evoluindo cada vez mais rápido, ou seja, o

aparecimento de novas tecnologias, acontece cada vez mais, em menor tempo

de intervalo. O mais importante desta evolução, é que nas últimas décadas, a

informática evoluiu de uma simples orientação tradicional de suporte

administrativo para um papel estratégico dentro das de todas as instituições. As

instituições públicas e privadas de saúde não ficaram de fora. Embora os

Sistemas de Saúde sejam anteriores ao fenômeno da computação eletrônica, e

em alguns casos não dependam em absoluto de um computador, o tratamento

do grande volume de dados e informações, necessários à tomada de decisão e

à ação pelos gestores, é extremamente facilitado e potencializado com o uso

de ferramentas de TI, descritas mais adiante.

Para os gestores da Saúde no Brasil, os sistemas de informação

“informatizados” permitiram, nos últimos anos, analisar a situação de saúde em

seu território e avaliar o sucesso de suas intervenções, monitorar e controlar as

atividades desenvolvidas por prestadores públicos e privados de serviços, e

quantificar/determinar o volume de recursos financeiros a ser transferido a cada

um. Ou seja, grande teve grande influência na parte epidimiológica e

consequentemente administrativa.

A tendência é que a gestão tenha, cada vez mais, um papel

estratégico. No que diz respeito ao Pacto pela Vida (Cartilha ABC do SUS), a

relação é direta, dado que o aferimento do alcance de metas pactuadas

depende da alimentação das bases de dados nacionais. As novas regras de

gestão determinam que tal distribuição se dê a partir do conhecimento da

realidade de cada local e das possibilidades de cada gestor – o importante é o

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cumprimento do dever constitucional compartilhado pelas três esferas de

garantir o direito à saúde de todos os cidadãos. Não há como conhecer,

analisar, monitorar, enfim, dar segmento à essas diretrizes sem o balizamento

constante dos dados aportados pelos sistemas de informação de que

dispomos. Por isso a necessidade de evolução não só na parte tecnológica,

mas também na sua abrangência, ou seja atender a diversos objetivos,

responder á diversas questões.

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CAPÍTULO II

GESTÃO EM SAÚDE E TOMADA DE DECISÃO

2.1 Gestão de dados e informações

Esse é um conceito em Tecnologia da Informação (TI) menos bem

definido que os anteriores, devendo estar intimamente relacionado com a área

e a forma de atuação da organização. Em qualquer caso, no entanto,

considera-se que a gestão de dados e informações envolva necessariamente a

responsabilidade pela garantia das melhores condições técnicas para os

processos de coleta, tratamento e disseminação de informações e para a

manutenção das bases de dados, bem como a definição e a implantação de

padrões e normas que permitam a comunicação de informações entre os

diversos sistemas digitais e garantam autenticidade e segurança no

armazenamento e transmissão de informações.

Uma variação da comparação “dados versus informação”, descrita na

contextualização deste trabalho, pode ser entendida com Branco (2006):

quando ele diz que entende-se por dado um valor qualitativo ou quantitativo

obtido para caracterizar um fato ou circunstância. Já o termo informação é

utilizado no sentido de conhecimento obtido a partir dos dados e implica em

interpretação por parte do usuário.

A informação pode ser definida segundo três aspectos:

1) Como objeto físico, no que se refere aos documentos, papéis etc, que

tenham potencial informativo.

2) Como conhecimento, no que diz respeito a algo intangível, a algo que é

comunicado sobre determinado fato, tema ou envento, permitindo

agregar algum ganho de conhecimento.

3) Como processo, no que toca ao ato de informar e ser informado, de

produzir informação como forma de alterar o estado de conhecimento.

Segundo Vasconcellos, Moraes e Cavalcante Vasconcellos (2001 p 59-

66)

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“a proposta de um Ambiente de Informações

para Apoio à Decisão em Saúde parte da hipótese de

que ampliar as potencialidades de uso das TI na gestão

de Saúde implica (...) em uma nova concepção de

organização das informações em saúde, onde sejam

estruturados mecanismos e condições que criem um

ambiente propício para estabelecimento de uma

sinergia de competências, recursos e memórias, frutos

e matrizes do conhecimento sanitário, coletivamente

produzido por seus sujeitos históricos”. “Este Ambiente

de Informações tem por objetivo apoiar decisões

referidas a ações/intervenções no campo da saúde, ao

monitoramento e avaliação dessas ações,

estabelecendo mecanismos para acesso a informações

úteis e relevantes para o gestor de problemas de saúde

a serem enfrentados no cotidiano institucional, no

desenho de cenários futuros e análises prospectivas”.

“O produto desse Ambiente é um Sistema de

Informação de Apoio à Decisão (...) constituído de uma

infraestrutura com uso intensivo de tecnologias de

informação, composta de ferramentas voltadas para a

aquisição e integração de dados originados de

Registros administrativos, Pesquisas/Inquéritos e

Dados Transacionais, articulados a métodos de

modelagem estatística, modelagem matemática e à

inteligência computacional, incorporando a perspectiva

espacial e temporal em novos patamares”.

Pensar hoje no emprego de indicadores como uma boa ferramenta de

gestão implica, necessariamente, em acesso a dados e facilidade no seu

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manuseio. Para que um sistema de indicadores seja efetivamente

implementado é preciso:

definir o que se quer medir

verificar os indicadores preconizados pela literatura ou adotados em

outros locais

verificar a possibilidade de coleta de dados de forma fácil

validar o uso dos indicadores escolhidos para a realidade proposta,

incluindo o consenso entre os envolvidos

definir os responsáveis pela coleta e pela análise

estabelecer a sistemática de análise e monitoramento dos indicadores

estabelecer mecanismo de garantia de uso dos indicadores para tomada

de decisão ou para mudança de práticas.

2.2 Tomada de Decisão

Os governos vêm, cada vez com mais freqüência, fazendo uso e se

apoiando em informações estatísticas como instrumento fundamental para o

desenho, acompanhamento, avaliação de impactos e de resultados e eventuais

correções de curso de suas políticas públicas

Contextualizando o termo; “tomada de decisão”:podemos dizer que é o

processo pelo qual são escolhidas algumas ou apenas uma entre muitas

alternativas para as ações a serem realizadas. 0 conceito do vocábulo decisão

é constituído por de (que vem do latim e significa parar, extrair, interromper)

que se antepõe à palavra caedere (que significa cindir, cortar). Sendo assim,

literalmente significa “parar de cortar” ou “deixar fluir” (Gomes L.; Gomes C.;

Almeida, 2006) .

Chiavenato (1997) elucida ao definir decisão como “o processo de

análise e escolha entre várias alternativas disponíveis do curso de ação que a

pessoa deverá seguir”.

Decidir é posicionar-se em relação ao futuro (Gomes L.; Gomes C.;

Almeida, 2006)

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Tomada de decisão, segundo Oliveira , nada mais é do que a conversão

das informações em ação, assim sendo, decisão é a ação tomada com base na

apreciação de informações. Decidir é recomendar entre vários caminhos

alternativos que levam a determinado resultado.

As decisões são escolhas tomadas com base em propósitos, são ações

orientadas para determinado objetivo e o alcance deste objetivo determina a

eficiência do processo de tomada de decisão.

A decisão pode ser tomada a partir de probabilidades, possibilidades

e/ou alternativas. Para toda ação existe uma reação e, portanto, são nas

reações que são baseadas as decisões.

A decisão é mais do que a simples escolha entre alternativas, sendo

necessário prever os efeitos futuros da escolha, considerando todos os reflexos

possíveis que ela pode causar no momento presente e no futuro.

Modernamente entende-se que é impossível encontrar num processo de

decisão a melhor alternativa o que faz com que sejam buscadas as alternativas

satisfatórias, ou seja, na prática o que se busca é a alternativa que, mesmo não

sendo a melhor, leve para o alcance do objetivo da decisão.

2.2.1 Elementos da Decisão

Segundo Chiavenato (1997), as decisões possuem seis elementos:

Tomador de decisão – podemos dizer que é a pessoa que faz a seleção

entre várias alternativas de atuação.

Objetivos – são os propósitos ou finalidade que o tomador de decisão

almeja alcançar com sua ação.

Preferências – podemos resumir como os critérios com juízo de valor do

tomador de decisão que vai distinguir a escolha.

Estratégia – é a direção ou caminho que o tomador de decisão sugere

para melhor atingir os objetivos e que depende dos recursos que se

dispõe.

Situação: podemos dizer que são aspectos ambientais dos quais vela-se

o tomador de decisão, muitos dos quais fora do controle, conhecimento

ou compreensão e que afetam a opção.

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Resultado: é a decorrência ou resultante de uma dada estratégia

definida pelo decisor.

2.2.2 Fases do processo da tomada de decisões

Chiavenato (1997) aponta que o processo de decisão é complexo e está

sujeito às características individuais do decisor quanto da circunstância em que

está envolvido e da maneira como compreende essa situação. Entende que o

processo de decisão desenvolve-se em sete etapas, a saber:

1. Percepção da situação que abrange algum problema;

2. Diagnóstico e definição do problema;

3. Definição dos objetivos;

4. Busca de alternativas de solução ou de cursos de ação;

5. Escolha da alternativa mais apropriada ao alcance dos objetivos;

6. Avaliação e comparação dessas alternativas;

7. Implementação da alternativa escolhida.

Cada etapa influencia as demais e todo o conjunto do processo. Pode

ser que as etapas não sejam seguidas à risca. Quando há pressão para uma

solução rápida uma solução imediata, as etapas 3, 5 e 7 podem ser

sintetizadas ou eliminadas. Caso contrário, sem existência de pressão,

determinadas etapas podem ser ampliadas ou desdobradas no tempo

2.2.3 Classificação das decisões

Simon (1970) descreve que todo problema administrativo equivale a um

processo de decisão. Relata também que esses dois tipos não são

mutuamente exclusivos, mas representam dois pontos extremos, entre os quais

existe uma gama contínua de decisões.

As decisões, segundo Chiavenato (1997), possuem tipos ou extremos,

ou seja, classificam-se em programadas e não programadas.

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Decisões programadas: São as decisões caracterizadas pela rotina e

repetitividade. São adotadas mediante uma regra, com dados evidentes,

condições estáticas, certeza, previsibilidade. Acontecem com certa frequência

na organização. Exemplos: fazer pedido de estoque sempre que o nível cair

para 100 unidades.

Decisões não programadas: São as decisões caracterizadas pela não-

estruturação, dados inadequados, únicos e imprevisíveis. Estes tipos de

decisões estão ligados às variáveis dinâmicas tornando-se de difícil controle.

Seu intuito é a resolução de problemas incomuns, marcados pela inovação e

incerteza.

A decisão pode ser tomada nas seguintes condições (Gomes L.; Gomes C.;

Almeida, 2006):

Condições de certeza: Ocorre quando a decisão é feita com pleno

conhecimento de todos os estados da natureza (Costa, 1977 apud

Gomes L.; Gomes C.; Almeida, 2006). Existe a certeza do que irá

ocorrer durante o período em que a decisão é tomada. É possível

atribuir probabilidade de 100% a um estado em específico da natureza

(Klekamp e Thierauf, 1975 apud Gomes L.; Gomes C.; Almeida, 2006).

A probabilidade indica o grau de certeza em que 0% será a completa

incerteza e 100% ou 1 indica a certeza completa.

Condições de risco: Ocorre quando são conhecidas as probabilidade

associadas a cada um dos estados de natureza. O número total de

estados da natureza é conhecido. Ao contrário do item anterior, que

dispunha de 100% de certeza no resultado final, aqui essa certeza varia

de 0 a 100% (Costa, 1977 apud Gomes L.; Gomes C.; Almeida, 2006).

Condições de incerteza ou em condições de ignorância: Ocorre quando

não se obteve o total estado da natureza, ou mesmo a parcela dos

estados conhecidos da natureza possui dados obtidos com

probabilidade incerta (Costa 1977 apud Gomes L.; Gomes C.; Almeida,

2006), ou é desconhecida a probabilidade associada aos eventos.

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Condições de competição ou em condições de conflito: Ocorre quando

estratégias e estados da natureza são determinados pela ação de

competidores (Klekamp e Thierauf, 1975 apud Gomes L.; Gomes C.;

Almeida, 2006). Existem, obrigatoriamente, dois ou mais decisores

envolvidos; o resultado depende da escolha de cada um dos decisores.

A maioria das classificações das decisões é baseada em critérios de

análise: atividade administrativa a qual se vincula a decisão; nível de

importância dentro da organização; estruturação e previsibilidade.

Vinculação à atividade administrativa, segundo Shimizu (2006) a decisão

pode ser distinguida por nível de decisão:

Nível Estratégico – em geral são as decisões para dois a cinco anos;

Nível Tático – decisão para alguns meses a até dois anos;

Nível Operacional – alguns dias ou alguns meses; e

Nível de despacho ou liberação – decisão para algumas horas ou dias.

Nível de importância dentro da organização:

o Altamente importantes;

o Importantes;

o Medianamente importantes;

o Pouco importantes;

o Não importantes.

Estruturação:

o Estruturadas;

o Não-estruturadas.

Previsibilidade:

o Rotineiras ou cíclicas;

o Não rotineiras ou acíclicas;

o Inéditas.

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2.2.4 Racionalidade das decisões

Embora possa-se pensar que as decisões sejam tomadas de forma

racional, na prática não é isso que acontece. Geralmente, mesmo dentro das

empresas, as decisões são tomadas com base em intuição e experiência

anterior, sem utilizar-se métodos ou técnicas racionais. Por isso, entende-se

que as decisões possuem racionalidade limitada. Segundo esse conceito de

racionalidade limitada, o processo de decisão se ocupa da seleção de

alternativas que mais se encaixem em algum sistema de valores dos

tomadores de decisão e são, até certo ponto, uma aceitação razoável.

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CAPÍTULO III

BI – BUSSINESS INTELIGENCE

3.1 Bussiness Intelligence (BI)

O Business Intelligence também chamado de Inteligência Empresarial é

uma área do setor de inteligência que tem como objetivo tomar decisões em

cima de informações analisadas graficamente ou estatisticamente,

tecnicamente falando, do Data Mart ou Data Warehouse através do uso de

ferramentas de Data Mining para verificar informações passadas e fazer

previsões futuras a fim de se ter uma melhor tomada de decisões.

Os aspectos técnicos de BI não serão aprofundados, mas cabe um

esclarecimento em relação a alguns aspectos conceituais:

3.1.1 Data Warehouse

Talvez o melhor conceito de data warehouse, cuja tradução literal é

Armazém de Dados, esteja em Singh (2001 p. 23).

“Data warehouse é o processo de integração dos

dados corporativos de uma empresa em um único

repositório a partir do qual os usuários finais podem

facilmente executar consultas, gerar relatórios e fazer

análises. Um data warehouse é um ambiente de suporte à

decisão que alavanca dados armazenados em diferentes

fontes e os organiza e entrega aos tomadores de decisões

da empresa, independente da plataforma que utilizam ou

de seu nível de qualificação técnica. Resumindo, data

warehouse é uma tecnologia de gestão e análise de

dados”.

De qualquer forma, pode-se extrair conceitos importantes a partir da

definição acima, como o fato do data warehouse ser um repositório de dados

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corporativos integrados, obtidos de diversas fontes, independente da

plataforma tecnológica utilizada, e cujo propósito é permitir que os usuários

finais realizem consultas, extraiam relatórios e façam análises, tornando-o um

importante instrumento de gestão e análise de dados.

3.1.2 Data Mart

Segundo Kimball (1998), um data mart é um “subconjunto lógico de um

data warehouse completo”. E, “um data mart representa um projeto que pode

ser completado ao invés de ser um projeto de dimensões galácticas”. Desta

definição acima podemos constatar que um data mart é um subconjunto do

data warehouse, mas, funcionalmente, equivale a este, servindo aos mesmos

propósitos. Isto significa que o processo de construção do data warehouse

completo pode passar pela construção primeira de seus subconjuntos, ou

data marts. Daí a explicação de Kimball (1998), onde ele diz que o data mart é

um projeto com possibilidades reais de término, e, por isso, a abordagem deve

ser a da divisão do problema do data warehouse em problemas menores, os

data marts, os quais, uma vez integrados, darão vida ao data warehouse.

3.1.3 Data Mining

Kimball (1998) nos mostra que “data mining é um conjunto estruturado

de processos de exploração e análise de grandes volumes de dados, por meio

de métodos automáticos e semi-automáticos, com o intuito de descobrir e

determinar padrões, tendências, relacionamentos e regras, que permitam

converter tais dados em conhecimento de alto valor estratégico”.

3.1.4 Ferramentas OLAP

Singh (2001) nos diz que OLAP significa (em língua portuguesa)

Processamento Analítico On-Line, que descreve uma classe de tecnologias

destinadas a acesso a dados e consultas não previstas ao vivo. Segundo ele,

as “ferramentas OLAP fornecem meios tecnológicos para análise complexa do

negócio, possibilitando aos usuários analisar e navegar os dados para detectar

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tendências, exceções e obter detalhes para entender melhor os altos e baixos

das atividades de seu negócio”.

Comparando as duas técnicas citadas acima, realçando as diferenças

existentes entre ambas: “Enquanto as técnicas OLAP objetivam trabalhar os

dados existentes, buscando consolidações em vários níveis, trabalhando fatos

em dimensões variadas, a técnica de mining busca algo mais que a

interpretação dos dados existentes. “Tenta como que adivinhar‟” possíveis fatos

e correlações não explicitadas nas montanhas de dados de um data warehouse

/ data mart”.

3.1.5 Modelo de Dados

Finalizando, de acordo com Singh (2001), um modelo de dados é uma

representação gráfica dos dados de uma área de interesse específica. Essa

área de interesse pode ser tão abrangente quanto todos os requisitos de dados

integrados da empresa (modelo de dados da empresa) ou uma única área do

negócio ou aplicação (modelo de dados de um assunto).

(...) O objetivo do modelo de dados é transmitir

claramente o significado dos dados, os

relacionamentos entre eles, os atributos e registrar as

definições precisas desses dados”. (Singh, 2001 p.31)

Nos data warehouses/data marts normalmente se adotam os modelos

de dados dimensionais, em que se identificam os fatos (uma internação de

paciente, um óbito, um nascimento são exemplos de fatos), e também se

identificam as dimensões pelas quais se quer visualizar estes fatos (dimensões

temporais, dimensões geográficas, dimensões de faixa etária, sexo,

escolaridade etc).

3.2 Histórico do Bussiness Inteligence

Primak (2008) afirma: “O termo Business Intelligence não é recente [...].

O seu conceito prático já era usado pelo povo antigo” (p.04). Antigamente no

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Oriente Médio, as pessoas utilizavam os princípios básicos de BI, fazendo o

cruzamento das informação, que eram retiradas da natureza, em prol de suas

aldeias. Antigamente, as informações que eram obtidas da natureza eram:

comportamento das marés, períodos chuvosos e de seca, posição dos astros,

e tais informações eram utilizada para a tomada de decisão. Hoje, esse

conceito permanece inalterado, pois a necessidade de cruzar informações para

se ter uma gestão empresarial eficaz é uma realidade de todas as empresas.

Primak (2008) ,ainda afirma que: “Na era „Pré-BI‟, não existiam recurso

informáticos (hardware, software e peopleware) eficientes que possibilitassem

uma análise efetiva dos dados para uma tomada de decisões eficaz” (p.04).

Essa era citada se passa no final dos anos 60, o período dos cartões

perfurados. Porém na década de 70, com o aparecimento das tecnologias de

armazenamento, o computador passou a ser visto como um coordenador

central para as atividades organizacionais. No começo da década de 90, as

grandes empresas possuíam apenas Centros de Informação (CI).

3.3 Conceitos do Bussiness Intelligence

O conceito de Business Intelligence é um dos principais no que diz

respeito à qualquer área de gestão. O BI começa pela coleta de dados,

transformando, através do conhecimento do gestor, esses dados em

informações úteis para o negócio. Depois essas informações são analisadas e

contextualizadas. Por fim essa informação é aplicada ao processo de decisão.

3.4 A utilização do Business Intelligence

Podemos utilizar o BI como guia para descobrir tendências inerentes e

tendências em informações históricas, permitindo também ter previsões

estatísticas e classificação dos dados. Essa tecnologia tem sido aperfeiçoada

como uma ferramenta para o controle e o tratamento das informações que

permite reunir e trabalhar informações vindas dos sistemas de informação.

Essas informações podem ser retiradas de ambientes internos e

externos à organização e com esse sistema é mais fácil de administrar as

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informações como por exemplo preços de remédios, custos de tramento, por

população.

No estudo de caso deste trabalho, os dados são pertencentes a uma

unidade pública de saúde, e as informações que são retiradas do mesmo,

permite que haja uma facilidade em saber e administrar informações sobre os

índices.

A definição de BI – Business Intelligence - e dos sistemas que suportam

o processo da tomada de decisão se construiu, há cerca de 40 anos, com o

início dos primeiros estudos e desenvolvimento de ferramentas que

facilitassem os processos de análise, recuperação, armazenamento, filtragem,

disponibilidade e do próprio desenvolvimento dos dados, agrupando-as

estrategicamente, utilizando o conceito de indicadores, possibilitando a

extração de informações gerenciais. O conceito é simples: utilizar dados para a

tomada de ação gerencial.

O conceito ,proposto é para superar os limites estabelecidos pelos sistemas

que, muitas vezes, não se mostram flexíveis para atendimento das

necessidades de seus usuários-gestores. Desta forma, além da valorização da

qualidade da informação que é disponibilizada, há uma grande preocupação

com a forma de agrupá-las, com a moldabilidade no processo de recuperação

da informação, com a personalização da interface, da pesquisa, dos relatórios,

e com visões de indicadores gerenciais, BSC - Balanced Score Cards, gráficos,

geo-referências.

“Conjunto de conceitos, métodos e recursos

tecnológicos que habilitam a obtenção e distribuição de

informações geradas a partir de dados operacionais,

históricos e externos, visando proporcionar subsídios

para a tomada de decisões gerenciais e estratégicas.”

(Gartner Group)

Existe um termo muito utilizado atualmente que se refere diretamente à

BI, ao resultado da utilização deste: “Sala de Situação”, que é a apresentação

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gráfica (dashboard) dos resultados de pesquisas feitas através desta

ferramenta.

Para ilustrar este assunto, apresento a seguir um resumo retirado do site

do MS sobre a Sala de Situação (http://189.28.128.178/sage/). O case

apresentado ao final desta monografia também utiliza este conceito.

“A Sala de Situação em Saúde do Ministério da

Saúde tem por objetivo disponibilizar informações, de forma

executiva e gerencial, para subsidiar a tomada de decisão, a

gestão, a prática profissional e a geração de conhecimento.

Demonstra a atuação governamental no âmbito do SUS,

fornece referencial para projeções e inferências setoriais,

além de contribuir para a transparência acerca das ações

desenvolvidas na área da saúde.

É composta por quatro módulos:

Socioeconômico – Apresenta aspectos

socioeconômicos, demográficos e territoriais que permitem

identificar a situação conjuntural brasileira. Reúne dados

políticos de estados e municípios, bem como as

representações no poder Legislativo e sua atuação na área

da saúde, por meio de emendas e convênios.

Ações em saúde – Possibilita o acompanhamento

das metas físicas, coberturas e repasses financeiros

relacionados às principais ações e programas do Ministério

da Saúde.

Situação de saúde – Disponibiliza indicadores

epidemiológicos e operacionais relacionados a doenças e

agravos caracterizados como problema de saúde pública.

Auxilia na elaboração de análises contextuais utilizadas na

formulação de políticas e na avaliação de intervenções

específicas no campo da saúde.

Gestão em saúde – Aborda a execução

orçamentária do Ministério da Saúde, por unidade

orçamentária, programas e ações. Informa os limites

financeiros por empenho e por fontes de recurso. Detalha a

situação de convênios e apresenta as transferências fundo a

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fundo, particularizando os repasses financeiros. Exibe

informações sobre estabelecimentos e profissionais de

saúde em atuação no SUS. Mostra indicadores de processo

e resultados do monitoramento do Pacto pela Saúde.

Disponibiliza os dados referentes ao processo de gestão, à

descentralização e ao controle social.

As informações são apresentadas com base

territorial municipal, que traz como primeira opção a capital

do estado. Também podem ser obtidas consolidações

estaduais, por regiões geográficas ou por recortes definidos

nas Políticas de Saúde.”

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CONCLUSÃO

Considerando o registro de experiências práticas diárias, nos

encontramos em um estado de atenção no setor de TI para a saúde. A reflexão

sobre as ações que estão sendo desenvolvidas faz-se indispensável e mais

que necessária para avaliar o uso do BI como apoio à tomada de decisão..

Temos consciência de que a TI não faz parte da atividade fim do setor

saúde, contudo, tem papel estratégico e essencial para dar suporte à gestão.

Para uma gestão pública de qualidade, com eficiência e efetividade em seus

gastos, investimentos, controles epidemiológicos, prevenção e promoção da

saúde, que garantam um SUS pleno, único e universal, é imprescindível o uso

de informações. Sua disseminação e controle e o tratamento destas, não pode

ser dissociado da aplicação das tecnologias da informação.

A elaboração de um BI, ou seja de um método de trabalho para a

construção de bases de dados, íntegras e padronizadas, destinadas à difusão

de informações de saúde para suporte à decisão é a questão abordada nesta

conclusão. Nesse caminho é muito importante falar sobre os grupos que fazem

parte deste processo. Além daqueles que coletam a informação, temos a

necessidade do conhecimento do negócio e técnico. Ou seja, quem define,

como se faz e para que se faz.

Um destes grupo são os que não possuem especialização nos campos

de conhecimento da tecnologia da informação, e ficam reféns das deliberações

técnicas dos especialistas da área. Conforme nos mostra Branco (2006),

“o deslumbramento com as opções

oferecidas pela tecnologia fez com que,

frequentemente, fosse relegada a preocupação com o

conteúdo dos dados e suas limitações. Confundiu-se

ferramenta com produto. As formas de geração e

acesso à informação foram tratadas como se fossem,

em si, a informação”.(p.18)

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Outro está no extremo oposto desta balança, e é composto pelos

profissionais de TI responsáveis por construir as bases de dados citadas neste

trabalho. São os técnicos e especialistas que tornaram-se intérpretes das

necessidades dos usuários participando ativamente do processo de geração da

informação sem conhecer o negócio em si, são técnicos da informação e

informática.

Não poderia haver lacunas em ambos os mundos. Assim sendo,

poderíamos dizer que para o grupo de “consumidores da informação”,

deveríamos mostrar como é o processo de construção das bases de dados

para suporte à decisão, sem, no entanto, deter-se demoradamente nos

aspectos técnicos mais profundos, considerando a existência de vasta

bibliografia especializada neste processo, e que, normalmente, é de

conhecimento dos profissionais deste campo na área de TI. Para o grupo dos

profissionais de TI deveria haver uma “sensibilização” para a importância da

parceria com todos os interessados pela,informação, durante todo o processo,

de modo a garantir a eficácia, e não apenas a eficiência, de todo o seu esforço

de construção. Além disso, partindo da hipótese de que a produção de dados de saúde

pelo DataSUS precisa ser aprimorada, conforme necessidades e experiências

dos diversos tipos de segmentos da saúde, e do fato de que a adoção de

armazéns de dados pode subsidiar um melhor atendimento das demandas,

colocarei também com a devida relevância nesta conclusão, que a utilização

desta potente ferramenta/tecnologia só tem o efeito necessário e possível

quando a parte mais primária desta engrenagem funciona bem, ou seja, a

coleta mais simples dos dados feita por recursos humanos..

Precisamos de dados de saúde, íntegros e padronizados, para que

possam subsidiar informações de saúde personalizadas, de acordo com as

necessidades e experiências dos profissionais de saúde.

Dados simplesmente não correspondem à informação, devem ser

trabalhados para permitir que deles sejam extraídas as informações

necessárias. Dados incompletos ou não confiáveis, falta de interesse por parte

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dos envolvidos na coleta, análise e uso, falta de reconhecimento da

importância de seu uso são fatores determinantes para a má qualidade na

administração da saúde

A quantidade, em relação ao esperável, e a qualidade, em relação ao

desejável, dessas informações é extremamente variável em todo o território

nacional, sendo tão melhores quanto mais utilizadas pelos gestores locais em

seus processos de trabalho rotineiros. A veracidade da expressão “quando

entra lixo, sai lixo” (trash in, trash out) faz com que aqueles que se aplicam em

intervir da forma mais adequada às necessidades de sua população cuidem

melhor dos “insumos” que orientam suas ações. Muitas vezes esse cuidado

também é limitado pela indisponibilidade de recursos humanos, financeiros,

cognitivos e tecnológicos.

Resumindo, para que um indicador possa ser utilizado na tomada de

decisão, é preciso conhecer o que está por trás dele: seu numerador,

denominador, o objetivo da mensuração, o que ele mostra, o que ele esconde e

principalmente qual a sua fidedignidade. Dificilmente um indicador, de forma

isolada, será capaz de dar conta da realidade; é muito mais provável que um

grupo deles, juntos, espelhe uma determinada situação. Sua contextualização

adequada no tempo e no espaço deve ser feita para evitar conclusões ou até

mesmo ações inadequadas. Por exemplo, ao olharmos a taxa de cesáreas de

um determinado município, não basta apenas verificar se ela é "alta" ou

"baixa", mas é preciso saber ainda em que condições os partos normais se dão

e qual a taxa de mortalidade perinatal, para se ter idéia do acerto das

indicações.

A gestão em saúde se dá através de um combinado de pesquisas de

cunho político-econômico, epidemiológicas, sociais, econômicas, éticas e/ou

legais e suas consequências a curto e a longo prazo.. O ponto inicial para sua

realização encontra-se no planejamento, a partir de critérios que levem ao

delineamento de políticas e à tomada de decisão.

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O BI não é uma tecnologia, nem um software específico, é antes um

conjunto de tecnologia, arquitetura de dados e aplicações. As organizações,

públicas do ramo de saúde, geram enormes volumes de dados. Cada conjunto

de dados contém uma pequena parte da história da organização. Estes dados

estão freqüentemente “espalhados”, em sistemas díspares, em diferentes

departamentos, por vezes até em zonas geográficas distintas. Necessitando de

uma integração e por esse soluções BI para a área da saúde.

No entanto é nestes dados que reside a verdadeira natureza do

“negócio” – as tendências, os pontos fortes e as fraquezas. O BI reúne todos

esses dados e transforma-os em informação, informação essa que,

devidamente analisada é muito útil nos processos de tomada de decisão.

A utilização do BI facilita a visão de impactos esperados e os

inesperados, indiretos ou prolongados.

A tomada de decisão em saúde através do BI ocorre em diferentes

etapas. Inicialmente, o planejamento, isto é, quais serão as tecnologias, define

informações e processos que devem ser trabalhados e consolidados entre si.

Pode também considerar mapeamento por grupo populacional e objetivos em

políticas de saúde. Poderá incorporar também elementos culturais, sociais,

econômicos, legais e geográficos. É preciso analisar as necessidades e

objetivos dentro de uma realidade específica.

Outros dados, além dos citados acima, podem ser inseridos numa

ferramenta de BI, por exemplo os medicamentos, os equipamentos e

correlatos, os procedimentos médico-cirúrgicos e o sistema organizacional e de

apoio; tecnologias incorporadas (produtos) e não incorporadas (conhecimento,

como nos procedimentos).

Com isso bem definido e dados seguros, o BI poderá atender desde a

esfera federal como um todo à hospitais simples, hospitais mais complexos,

redes centralizadas em alguma região ou descentralizadas.

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A responsabilidade por esse tipo de avaliação deve ser atribuída a todos

os tomadores de decisão envolvidos direta ou indiretamente no setor da saúde,

em diferentes níveis, por meio de ações coordenadas e integradas.

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ANEXOS

Anexo 1: Pesquisa da Infraestrutura de TI em Saúde nos Municípios

(Resultado Parcial Em 08/06/2011) – pág 15 Número de Municípios

Total de Estados Com Conexão Sem Conexão Não sabe

27 3588 10 147

Identifique o tipo de acesso à INTERNET

disponível para uso da Gestão de Saúde Qtd Qtd %:

Linha Discada Modem 118 3.36 %

Banda Larga Via Cabo Abaixo de 1Mbps 515 14.68 %

Banda Larga Via Cabo Acima de 1Mbps 570 16.25 %

Banda Larga Via Rádio Abaixo de 1Mbps 953 27.17 %

Banda Larga Via Rádio Acima de 1Mbps 719 20.50 %

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Anexo 2 : Melhor Projeto de apoio à Decisão – Vencedor ASSESPRO 2010

SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Documento da Qualidade

Case ASSESPRO

Título do Caso

INTUS – Ambiente de Business Intelligence

Empresa

ECO Sistemas

Categoria

Melhor projeto de apoio à decisão

Apresentação da Empresa

A ECO Sistemas é uma empresa de consultoria, organização e

editoração, especializada na informatização da administração pública. Com o

foco na área de saúde, é pioneira na criação dos softwares das Unidades de

Pronto Atendimento (UPA‟s), no Rio de Janeiro – projeto desenvolvido em

parceria com a Secretaria estadual de Saúde.

Além de oito hospitais estaduais, hoje o sistema opera em 28 unidades

de pronto atendimento. Através dele, cinco milhões de pessoas já foram

atendidas. Graças ao projeto, foi possível estabelecer um novo padrão de

atendimento à população através da classificação de risco nas UPA‟s 24 horas.

Os médicos, por sua vez, ganharam um ambiente de trabalho totalmente

informatizado.

Reconhecida pela Certificação ISO 9001:2008, a Medalha de Ouro no

PQ-Rio, o MPS.BR nível F e CMMI nível 2 – mostrando a eficiência da sua

gestão –, a ECO, com seu pioneirismo, foi mais longe. Implantou a central de

regulação de serviços de saúde da prefeitura de Campos, interligada a um

sistema wirelles, e já trabalha no programa UPA Paperless.

A implantação do projeto de Campos foi um marco. Além de centralizar

consultas, exames e internações, a prefeitura passou a ter um controle maior

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dos contratos de prestação de serviços e conseguiu ampliar o acesso à rede,

passando a atender os moradores das regiões mais distantes da cidade.

Dentro dos critérios de qualidade da empresa, a UPA Paperless também

promete ser outro marco no gerenciamento da saúde do Estado. Sua finalidade

é reduzir ao máximo o uso de papel nas unidades. Na prática, o projeto diminui

custos, reduz espaço físico e ainda ajuda na questão ambiental.

A ECO tem por meta garantir a satisfação do cliente, fornecer soluções

integradas de tecnologia da informação e investir nos recursos tecnológicos.

Por tudo isso, a empresa se orgulha de ser transparente nas suas ações,

gerando um maior relacionamento com o mercado e a sociedade.

Descrição Conceitual - o que o caso se propõe a resolver

Há alguns anos o mercado de TI vem se modificando, tentando

compreender seu verdadeiro papel dentro das corporações, pois o acesso às

tecnologias agregadas tornou mais fácil a qualquer tamanho de empresa. Com

o tempo as empresas de TI perceberam que a sua real função é atender ao

cliente em sua atividade fim, ou seja, a TI deve servir ao negócio do cliente,

deve ser mais uma ferramenta de apoio ao seu negócio. Em outras palavras: a

TI não deve ser um fim em si.

Compreender um negócio a fundo é caro e raro e, acima de tudo,

demanda tempo e experiência. Poucas empresas podem esperar por uma

pessoa tão especialista para resolver problemas complexos com poucas

intervenções.

Neste contexto, a TI pode ajudar as empresas a resolver estes problemas

complexos de negócios com seus mecanismos cada vez mais acessíveis e

simplificados.

Hoje a inteligência dos negócios pode ser trabalhada com mecanismos e

ferramentas de TI como se estivéssemos utilizando um grande especialista. As

principais ferramentas que podem atender a estes cenários são conhecidas

como ferramentas de Business Intelligence (BI).

Durante todos os anos em que a TI não acurava que precisava se alinhar

ao negócio, gerou dados e mais dados em sistemas transacionais que

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atendiam às operações. Se por um lado este fato gerou um grande vácuo de

informações de nível mais alto nestes sistemas, por outro, a quantidade de

dados gerados resultou numa grande massa pronta para ser minerada, de

forma que pudesse enfim gerar informações para dar apoio ao negócio.

Como o projeto/produto/serviço se encaixa no conceito anterior

O INTUS atua no cerne do problema de falta de informações gerenciais

nos sistemas transacionais: transformando dados em informações, alimentando

o processo em que a informação se transforma em inteligência, de forma que

esta possa permitir tomada de ações.

Este processo prevê a utilização de técnicas, algoritmos e metodologias

especiais para transformação destes dados não padronizados e não confiáveis

em um conjunto de dados organizado e confiável.

Assim, o ciclo de vida de nossa solução de BI passa pelos marcos DADOS

-> INDICADORES -> INFORMAÇÃO -> INTELIGÊNCIA -> AÇÃO.

De forma mais detalhada, os marcos chave deste processo no INTUS

podem ser mais bem descritos palas fases: Busca de DADOS (Bases de dados

institucionais, distribuídas, externas, dados de fontes não padronizadas

(arquivos texto, planilhas etc.) -> Processos de busca, limpeza e

padronização de dados - > Armazenamento em Armazéns de dados ->

Mineração de dados -> Geração de INDICADORES -> Dados organizados em

INFORMAÇÃO -> Aquisição de INTELIGÊNCIA através das informações ->

AÇÕES baseadas na inteligência do negócio.

O Papel do INTUS é recolher os dados nas fontes de informações mais

heterogêneas, trabalhando-os, aprimorando-os, padronizando-os e

transformando-os em dados inteligentes, e estes em inteligência do negócio.

De posse desta inteligência do negócio em suas mãos - de forma intuitiva e

fácil de manusear - os gestores de todos os níveis podem tomar ações para

seu negócio.

O INTUS disponibiliza, portanto, informações mais seguras e disponíveis

mais rapidamente.

O INTUS une as lacunas entre dados e inteligência.

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Para atender a todo este processo o INTUS é, na verdade, formado por

um conjunto de ferramentas que atendem a todas estas fases: módulos

integrantes do pacote INTUS. Estes módulo podem funcionar de forma

integrada ou de forma verdadeiramente independente.

Estes módulos são: Architect: Ferramenta para leitura, preparação,

transformação e transferência dos dados e para criação dos metadados. DBA:

Cadastro e registro de inúmeras fontes de dados de origem e destino das

informações. Administrator: Controle de segurança de acesso às informações.

CubeView: Visualização de estruturas de dados manipuláveis em várias

dimensões. Analysis: Ferramenta para análise e manipulação interativa dos

dados e informações. Dashboards: Ferramenta gráfica para montagem de

painéis visuais com informações estratégicas agrupadas por tópicos de

interesse.

A quem se destina - quem é o alvo e como deve utilizar

A ferramenta é direcionada a um público que – por incrível que pareça -

ainda sofre com a escassez de ferramentas para suas necessidades: gestores

públicos ou privados que atuam em qualquer nível da informação:

coordenadores, gerentes, diretores ou presidentes. Ou seja, gestores que não

tem tempo a perder com processamentos e cálculos complexos, que precisam

da informação confiável, padronizada e centralizada: base para qualquer

tomada de decisão.

Este tipo de público precisa de ferramentas ágeis, práticas e instintivas.

Benefícios - vantagens que podem ser obtidas

A grande vantagem que a ferramenta oferece é a possibilidade de trazer

um conjunto de informações agregadas, que – antes da implementação do

INTUS – só eram possíveis de ser conseguidas através de longos trabalhos

manuais em planilhas que precisavam ser constantemente manipuladas e

atualizadas. Com o uso do INTUS, a informação necessária para o gestor

passa a ser padronizada, atualizada automaticamente, rapidamente

disponibilizada e confiável, pois o processo de limpeza dos dados garante que

a informação mostrada passou por um confiável processo de organização.

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Diferencial competitivo - o que diferencia este caso de outros

O INTUS é uma ferramenta desenvolvida para o usuário que não tem

tempo a perder, que precisa de foco e agilidade.

Por ser uma ferramenta baseada na WEB, a possibilidade de acesso

rápido e descomplicado se multiplica para quem precisa de rapidez: construir

cenários de análise, gráficos e dashboards, é tarefa que pode ser executada

com poucos cliques do mouse.

Todos os módulos de interação com o usuário seguem este conceito: fácil

acesso às informações e inúmeras possibilidades de tratamento e

manipulação.

Além das características da ferramenta, a ECO Sistemas possui um

grande diferencial em relação às outras consultorias em relação a BI:

possuímos uma metodologia própria de desenvolvimento das análises de BI,

uma equipe especialista nestes processos e uma equipe de consultores focada

no negócio de nossa área de atuação, tornando as consultas, análises,

relatórios e dashboards verdadeiros produtos de informações consolidadas.

Em outras palavras, em vez de oferecer apenas uma consultoria para

desenvolvimento de visões gerenciais para uma ferramenta de BI, a ECO

Sistemas utiliza o seu cabedal de 19 anos de atuação na área de saúde para

agregar ao produto as fontes de informações que apenas os especialistas nos

dados poderiam trazer.

O INTUS é - portanto - um produto que agrega em si ferramentas e

informações para apoio à decisão. As informações oferecidas são baseadas

em conjuntos de dados pincelados estrategicamente por quem conhece a

fundo, tanto a veracidade, quanto a importância de cada informação.

Citações de Cliente e/ou usuários (mínimo 2)

Nome: Ricardo Nogueirão

Cargo: Superintendente de Atenção Especializada da Secretaria Municipal de

Saúde de Nova Iguaçu

Empresa: Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu

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Citação: O Intus aumentou a eficiência no controle de índices relacionados à

prestação de serviços oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Nova

Iguaçu, à medida que diminuiu drasticamente os esforços de levantamento de

dados e tornou mais rápido o acesso às informações necessárias para o

planejamento e execução de ações.

Nome: Cíntia Ferrini

Cargo: Superitendente de Controle e Avaliação da Secretaria Municipal de

Saúde de Campos dos Goytacazes

Empresa: Secretaria Municipal de Saúde de Campos dos Goytacazes

Citação: Incorporei o uso do Intus ao meu processo de tomada de decisão por

concentrar de forma simples as informações essenciais para o controle e

avaliação da Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Campos.

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Anexo 3: Projeto BI - Visões UPA

Neste case desenvolvido para UPA, apresentamos o objetivo dos

indicadores extraídos e variadas visões dos resultados encontrados.

1) Tempo Médio

Possibilitar a visão de evolução de tempo médio em uma dada frequência em um período especificado, especificando a frequência em minutos.

UPA1 UPA2 UPA3 UPA4 UPA5UPAn

2) Tempo de Atendimento das UPAs

3) Índice Fluxométrico

De grande valia para o gestor da unidade, este índice mede a tendência da

Unidade analisada em acumular atendimentos. Aferido de 15 em 15 minutos,

este índice indica a razão entre entradas e saídas de pacientes no período. A

Tem

po d

e A

tend

imen

to

Unidade de Medida Peso %

Valor Desejado (N˚ cnf

Unidade de Medida)

Regra de Valores % Valor da Medição

Tempo entre Acolhimento e

Classificação de Risco 15% 10 minutos

Treal < 10 minutos 100% Treal = 10 minutos + X% 100% - X% Treal > 20 minutos 0%

Tempo entre Classificação de Risco e

Atendimento 20% 10 minutos

Treal < 10 minutos 100% Treal = 10 minutos + X% 100% - X% Treal > 20 minutos 0%

Tempo do Atendimento 20% 10 minutos Treal < 10 minutos 100% Treal = 10 minutos + X% 100% - X% Treal > 20 minutos 0%

Tempo Paciente Sem Risco 10% 40 minutos

Treal < 40 minutos 100% Treal = 40 minutos + X% 100% - X% Treal > 80 minutos 0%

Tempo Paciente Com Risco 30% 30 minutos

Treal < 30 minutos 100% Treal = 30 minutos + X% 100% - X% Treal > 60 minutos 0%

Tempo de Remoção 5% 6 horas Treal < 6 horas 100% Treal = 6 horas + X% 100% - X% Treal > 12 horas 0%

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quantidade de pacientes resultante pode, muitas vezes, superar a capacidade

projetada para as condições mínimas de conforto desejadas aos pacientes.

No caso das UPAs, existem duas capacidades padronizadas: as que

suportam cerca de 50 ou 70 pacientes aguardando atendimento.

Este indicador será assim simbolizado:

Indica acúmulo do número de pacientes

Qat= (Qtd Pacientes

Acolhidos – Qtd Saída de Pacientes

15 / 15 minutos

Tipo 1 = Qtd pacientes em espera > 60 (*)

Tipo 2 = Qtd pacientes em espera > 80 (*)

Indica estabilidade no número de pacientes

Indica redução do número de pacientes

N˚ Indicador Pacientes / min = Qat /15

(*) ultrapassados os valores estabelecidos, o fundo deverá piscar como sinalização auxiliar

PAINEL GERAL DAS UPAS

4) Atendimento e Remoção

UPA 1 UPA 2 UPA 3

3,5 0,6 2,0

UPA 4 UPA 5 UPA n

4,5 4,5 4,5

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Demonstrar a visão de quantidade de atendimento e remoção.Especificar o

percentual de remoção de cada unidade e da rede

Descrição Detalhada Remoções das UPAs Finalidade Acompanhar as remoções e gerenciar

os encaminhamentos Frequência Atualização 6 / 6 horas Fórmula Fonte de Dados Filtros UPA, unidade encaminhada, clínica de

origem, risco Meta Forma de Apresentação Grade e gráfica

5) Pedidos e Prescrições

Possibilitar análise de pedidos e prescrições de medicamentos e exames,

além de procedimentos ambulatoriais.

Descrição Detalhada Pedidos e prescrições realizadas Finalidade Acompanhar os gastos x procedimentos Frequência Atualização Diária Fórmula Fonte de Dados Filtros UPA, médico, procedimento, medicamento,

custo médio do procedimento Meta Forma de Apresentação Grade

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6) Medicamentos

Visualização de saldos de insumos, além de vencidos a a vencer em um

período parametrizado

Descrição Detalhada Insumos em estoque Finalidade Gerenciar o estoque da Unidade visando

minimizar as perdas Frequência Atualização Diária Fórmula Fonte de Dados Filtros Unidade, Insumo, prazo de validade, valor

em estoque Meta Forma de Apresentação Grade

7) Recursos Humanos

Possibilitar análise de escala e frequência das unidades.

Descrição Detalhada Recursos Humanos Finalidade Gerenciar a força de trabalho disponível na

unidade Frequência Atualização 4 / 4 horas Fórmula Fonte de Dados Filtros Unidade, especialidade, escala, freqüência Meta Forma de Apresentação Grade

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Anexo 4: Reportagens

Abaixo a repercussão do BI na mídia

1) Clipping 1 “Sérgio Cortês, a dengue, a BI e o geoprocessamento no Rio

Posted by empreendersaude in Case, Gestão, Inovação on

12/05/2011

Caros,

Um interessante caso de inovação em saúde pública, através do uso de

software focado em reduzir a morbimortalidade dos pacientes de dengue, no

Rio de Janeiro, através do uso de Business Inteligence para realizar a análise e

georeferenciamento dos casos. Um exemplo de como soluções inovadoras

podem beneficiar a população e gerar boas oportunidades de negócios.

Atenciosamente,

Fernando Cembranellli

Equipe EmpreenderSaúde

Business Inteligence como arma de saúde pública contra a

dengue”

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2) Clipping 2

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3) Clipping 3

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4) Clipping 1

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CHAVES, M. Saúde e sistemas. 2a ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas; 1978.

DAVENPORT, Ecologia da informação: porque só a tecnologia não basta para

o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura; 1998.

GOMEZ, Mng de. O objeto de estudo da Ciência da Informação: paradoxos e

desafios. Ciência da Informação, 19(2):117-122;jul.-dez.1990.

PRIMAK, Fabio Vinícius da silva – Decisões com BI Rio de janeiro: Ed. Ciência

Moderna Ltda. 2008

Brasil - Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Coleção Progestores –

Para entender a gestão do SUS, 4 Ciência e Tecnologia em Saúde / Conselho

Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007.

Brasil - Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Coleção Progestores –

Para entender a gestão do SUS, 4 Indicadores básicos para a saúde no Brasil:

conceitos e aplicações / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. –

Brasília: CONASS, 2007.

Cadernos FGV Projetos, Gestão & Saúde | ano 2 | nº 3 | abril 2007

Ministério da Saúde. Política nacional de informação e informática em saúde

(proposta versão 2.0). Brasília; 2004. Disponível em

http://w3.datasus.gov.br/APRESENTACAO/PoliticaInformacaoSaude29_03_20

04.pdf

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Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Fundação

Oswaldo Cruz. A experiência brasileira em sistemas de informação em saúde -

volume 2. Brasília:Editora do Ministério da Saúde;2009.

Ministerio da Saude, Secretaria-Executiva, Area de Economia da Saude e

Desenvolvimento - Avaliacao de tecnologias em saúde: Ferramentas para a

Gestao do SUS . – Brasilia : Editora do Ministerio da Saude, 2009.

110 p. : il. – (Serie A. Normas e Manuais Tecnicos)

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1. BATISTA EO. Sistemas de informação: o uso consciente da tecnologia para

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2. BRANCO, Maf. Informação e saúde – uma ciência e suas políticas em uma

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3. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria da Administração. 5 ed. São

Paulo: Makron Books, 1997

4. MORAES IHS. Política, tecnologia e informação em saúde – a utopia da

emancipação. Rio de Janeiro: Editora Casa da Qualidade; 2002.

5. KIMBALL R, Reeves L, Ross M, Thornthwaite W. The data warehouse

lifecycle toolkit. New York: John Wiley & Sons, Inc.;1998.

6. PRIMAK, Fabio Vinícius da silva – Decisões com BI Rio de janeiro: Ed.

Ciência Moderna Ltda. 2008

7. SIMON, Herbert A. Comportamento Administrativo. 2 ed. Rio de Janeiro:

FGV, 1970.

8. SINGH, H. Data warehouse: conceitos, tecnologias, implementação e

gerenciamento. Rio de Janeiro: Editora Makron Books; 2001.

9. VASCONCELLOS , Moraes IHS, Cavalcante, MT. Política de saúde e

potencialidades de uso das tecnologias de informação. Saúde em Debate.

set/dez-2001

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8

CAPÍTULO I - A INFORMAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE -

QUAIS SÃO, COMO FUNCIONAM E SEUS OBJETIVOS.............................. 13

1.1 Informação Pública ................................................................................... 13

1.2 Informação em saúde ............................................................................... 14

1.3 Sistemas de Informação ........................................................................... 14

1.4 Indicadores em saúde ............................................................................... 19

1.5 Tecnologia da Informação ......................................................................... 22

CAPÍTULO II - GESTÃO EM SAÚDE E TOMADA DE DECISÃO .................. 25

2.1 Gestão de dados e informações ............................................................... 25

2.2 Tomada de Decisão .................................................................................. 27

2.2.1 Elementos da Decisão ............................................................................ 28

2.2.2 Fases do processo da tomada de decisões ............................................ 29

2.2.3 Classificação das decisões ..................................................................... 29

2.2.4 Racionalidade das decisões ................................................................... 32

CAPÍTULO III BI – BUSSINESS INTELIGENCE ............................................. 33

3.1 Bussiness Intelligence (BI) ......................................................................... 33

3.1.1 Data Warehouse ..................................................................................... 33

3.1.2 Data Mart ................................................................................................ 34

3.1.3 Data Mining ............................................................................................. 34

3.1.4 Ferramentas OLAP ................................................................................. 34

3.1.5 Modelo de Dados .................................................................................... 35

3.2 Histórico do Bussiness Inteligence ............................................................ 35

3.3 Conceitos do Bussiness Intelligence .......................................................... 36

3.4 A utilização do Business Intelligence ......................................................... 36

CONCLUSÃO .................................................................................................. 40

ANEXOS .......................................................................................................... 45

Anexo 1: Pesquisa da Infraestrutura de TI em Saúde nos Municípios ............ 45

Anexo 2 : Melhor Projeto de apoio à Decisão - Vencedor ASSESPRO 2010 . 46

Anexo 3: Projeto BI - Visões UPA .................................................................... 52

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Anexo 4: Reportagens .................................................................................... 56

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 61

BIBLIOGRAFIA CITADA .................................................................................. 63

ÍNDICE ............................................................................................................. 64