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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PROGRAMA MESTRE DE PRODUÇÃO Por: Wagner dos Anjos Carvalho Orientador Prof.ª Ana Claudia Morrissy Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PROGRAMA MESTRE DE PRODUÇÃO

Por: Wagner dos Anjos Carvalho

Orientador

Prof.ª Ana Claudia Morrissy

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PROGRAMA MESTRE DE PRODUÇÃO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Logística

Empresarial.

Por: Wagner dos Anjos Carvalho

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AGRADECIMENTOS

....a Deus por ter me capacitado, aos

amigos desta Pós-Graduação, que

sempre estiveram juntos nos bons e

maus momentos, à DeMillus S.A. por

fornecer os dados necessários à

execução deste trabalho e aos Srs.

Molina, Diva e Paulo Alcântara pelo

incentivo e contribuição à execução

deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

...dedica-se esta monografia a minha

esposa Niviane, que junto comigo privou-

se de várias coisas para que eu

realizasse este sonho, aos meus pais pela

dedicação e carinho, minha filha Rayssa

que com seu sorriso me estimula a

prosseguir, aos meus irmãos e a todos

que poderia citar mais estão em meu

coração.

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RESUMO

Determinar quanto produzir de cada SKU exige uma série de

informações que são relevantes para a execução do mesmo como: determinar

o que será programado, o que será recolhido e níveis de prioridade. Isso é

possível através de informações que são coletados de Sistemas de

Faturamento e de Demanda. Essas informações são de suma importância para

determinar qual o modelo que deverá diminuir ou aumentar a demanda

projetada, programar a sua morte, lançar uma cor nova, remodelar, oferecer

como promoção entre outras opções que podem ser definidas baseadas nas

informações geradas do Sistema de Faturamento. Por isso, adquirir o perfil da

demanda de cada mix num horizonte de planejamento visa compatibilizar os

recursos produtivos da empresa definindo a estratégia de operação do setor

produtivo e logístico.

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METODOLOGIA

Para execução deste trabalho monográfico, serão utilizadas pesquisas

bibliográficas, artigos referentes ao escopo do estudo e dados históricos

cedidos e autorizados pela empresa DeMillus S.A., assim como referenciá-los,

tratá-los e extrair os seus conteúdos que possam identificar sugerir e solucionar

questões que ocorrem dentro deste habitat.

A contribuição deste trabalho tem a intenção de não divergir dos

assuntos apresentados. Baseia-se em autores renomeados cujos pensamentos

estão apoiados na linha de pesquisa, os que são de suma importância para

execução de trabalho.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................... 9

CAPÍTULO I – PPCP ............................................................................ 10

1.1 Planejamento Mestre de Produção .................................................... 10

1.1.1 Material Requeriment Planning (MRP) ....................................... 12

1.2 Equações ........................................................................................... 13

1.3 Horizonte de Planejamento ................................................................ 15

1.4 Classificação dos Modelos (CAD) ..................................................... 16

1.5 Stock Keeping Unit (SKU) .................................................................. 18

CAPÍTULO II – PROCESSO DE PROJEÇÃO ......................... 19

2.1 Demanda ........................................................................................... 19

2.1.1 Comunicação com o Mercado .................................................... 20

2.1.2 Poder de Influência ..................................................................... 21

2.1.3 Prometer Prazos ......................................................................... 21

2.1.4 Priorização e Alocação ............................................................... 21

2.2 Planejamento, Predição e Previsão ................................................... 21

2.3 Processo de Previsão de Vendas ...................................................... 22

2.3.1 Trabalhar com Fatos e Não Apenas com Opiniões .................... 24

2.3.2 Conhecer os Produtos e Seus Usos ........................................... 24

2.3.3 Analisar os Dados Históricos ...................................................... 25

CAPÍTULO III – PROJEÇÃO ............................................................ 26

3.1 Processo de Projeção da Demanda .................................................. 26

3.1.1 Cadastro de Lançamentos e Cores Novas ................................. 26

3.1.2 Geração dos Arquivos ................................................................ 28

3.1.3 Preparação dos Arquivos ........................................................... 28

3.1.4 Preparação do Tijolo Rígido ....................................................... 29

3.1.5 Preparação do Tijolo Oco ........................................................... 31

3.1.6 Preparação do Produtos a .......................................................... 32

3.1.7 Preparação do Mix Cor ............................................................... 34

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3.1.8 Preparação do Mix Tamanho ..................................................... 34

3.2 Cálculos das Necessidades – Boneco ............................................... 36

CONCLUSÃO ........................................................................................... 40

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS ................................................ 41

FOLHA DE AVALIAÇÃO ..................................................................... 43

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INTRODUÇÃO

No âmbito do Planejamento existe a hierarquia de planejamento que

está classificada em três níveis, são eles: estratégico, tático (PMP) e o

operacional (Produção). O estratégico trata a longo prazo direcionar, segundo

as estimativas de vendas e a disponibilidade de recursos financeiros e

produtivos, às metas mais amplas sendo determinado pela diretoria.

O tático trata a médio prazo, nas previsões de vendas ou nos pedidos

colocados já confirmados, assumindo o compromisso de fabricar e montar bens

e/ou serviços.

O operacional trata a curto prazo, de verbos como comprar, fabricar ou

montar cada item necessário à montagem do produto final.

Os dois últimos estão ligados a decisão estratégica tomada pela diretoria

em função do mercado. O estratégico fala a língua do financeiro buscando nas

decisões transformar intenções em realidade e cabe ao tático e ao operacional

alcançar esses objetivos.

No capítulo I é definido o PMP e sua estrutura, como o MRP faz parte do

planejamento, as equações para os cálculos das necessidades e prioridades, o

horizonte de planejamento e como ele é visto a pequeno, médio e longo prazo,

as classificações dos modelos e a definição de SKU.

No capítulo II trataremos de alguns conceitos como planejamento,

predição e previsão, a demanda e como ela está ligada as áreas da empresa,

como é a comunicação do mercado com a empresa, as influências, as

promessas de entregas, prioridades e alocações, o processo de previsão de

vendas e sua estrutura, o tratamento dos dados e conhecer os produtos.

No capítulo III é apresentado o processo de planejamento realizado pela

DeMillus S.A. e como é feito o cadastro dos modelos, os arquivos gerados, a

preparação, as funções de cada arquivo e como são aplicados aos cálculos de

necessidades.

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CAPÍTULO I – PPCP

Iniciaremos o capítulo fazendo uma definição de alguns termos que são

aplicados a produção, como o PMP necessita de uma série de procedimentos

estruturados para chegar ao seu objetivo e a lógica dos cálculos.

1.1 Planejamento Mestre de Produção

A cobertura do PMP normalmente cobre um horizonte de planejamento

de 6 a 12 meses de produção, em base semanal e está ligado a outros planos

de outras funções dentro da empresa como marketing, vendas, engenharia,

finanças e manufatura. E segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2007) o PMP:

É uma declaração de quantidades planejadas que dirigem os

sistemas de gestão detalhada de materiais e capacidade, e

essa declaração é baseada (da visão de demanda, presente e

futura que temos) e dos próprios recursos com os quais a

empresa conta hoje e vai contar no futuro (CORRÊA, GIANESI

& CAON, 2007, p. 202).

Existe também uma definição para PMP em que a American Production

and Inventory Control Society (APICS), na sua 7ª edição de 1992, diz que o

PMP é:

Uma declaração do que a empresa espera manufaturar. É o

programa antecipado de produção daqueles itens a cargo do

programdor-mestre. O programador-mestre mantém esse

programa que, por sua vez, torna-se uma série de decisões de

planejamento que dirigem o planejamento de necessidade de

materiais (MRP). Representa o que a empresa pretende

produzir expresso em configurações, quantidades e datas

específicas. O programa-mestre não é uma previsão de

vendas, que representa uma declaração de demanda. O

programa-mestre deve levar em conta a demanda, o plano de

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produção (ou S&OP), e outras importantes considerações,

como solicitações pendentes, disponibilidade de material,

disponibilidade de capacidade, políticas e metas gerenciais,

entre outras. É o resultado do processo de programação-

mestre. O programa-mestre é uma representação combinada

de previsões de demanda, pendências, o programa-mestre em

si, o estoque projetado disponível e a quantidade disponível

para promessa (CORRÊA, GIANESI & CAON, 2007, apud

APICS, 7ª edição, 1992).

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1.1.1 Material Requeriment Planning (MRP)

O planejamento das necessidades de materiais surgiu decorrente das

necessidades do mercado e se refere a produtos acabados, atendendo a uma

demanda dependente. Ou seja, a quantidade de tecido que irá utilizar depende

do número de peças que confeccionar.

Planejamento Mestre

de Produção

Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP)

Programação do Chão-de-Fábrica

(SFC)

Controles da Produção

“Rough-cut Capacity Planning”

(RCCP)

Programa de Montagem Final

(FAS)

Planejamento das

Compras

“Bill of Material” Listas Técnicas

Planejamento das Necessidades de Capacidade (CRP)

Níveis de Estoques

Figura 1 – Programa Mestre de Produção (Adaptado de MARTINS, 2006, p 330)

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Sem os recursos tecnológicos fica praticamente impossível unir todas as

informações necessárias para fabricar uma centena ou milhares de produtos

devido ao número de peças ou componentes que o constitui. Não precisamos ir

longe para percebermos a extensão dessa dificuldade, imaginemos controlar

os estoques disponíveis, as entregas previstas, as compras em andamento,

com seus respectivos prazos de entrega e perspectivas de atrasos.

Nos meados dos anos 60, os computadores de grande porte chamados

mainframes gastavam horas senão toda uma noite processando as alterações

de um dia. O produto era desassociado em seus itens gerando uma lista de

materiais, também conhecida de lista técnica ou BOM (Bill of Material).

Essa quebra pode ser associada a uma espinha que irá vincular itens

comuns a vários produtos analisando a disponibilidade de estoque e indicando

os materiais que estão na falta. Portanto, o MRP baseia-se na emissão de

ordens de uma demanda calculada a partir do programa de montagem.

1.2 Equações

As equações que definem as necessidades que a produção ou a

programação tem de recolher ou programar podem seguir a seguinte estrutura

que chamamos de cascata e cada cascata olha para um processo anterior.

Equações Básicas (a nível de Produto Acabado)

Est. em Proc.

Prog Pri PrfAPA

R Ei Ef

D

#1 Ef = Ei + R - D ou R = D + Ef - Ei

#2 Prf = Pri+ Prog - R ou Prog = R + Prf - Pri

Figura 2 - Equações Básicas (Adaptado pelo Autor, 2010)

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DREE IF −+= IF EEDR −+= (1)

RogPP RIRF −+= Pr RIRF PPRog −+=Pr (2)

Onde:

EI – Estoque inicial do período;

EF – Estoque final do período;

D – Demanda no período;

R – A ser recolhido durante o período;

PRI – Estoque em processo no início do período;

PRF – Estoque em processo no final do período;

PROG – A ser programado durante o período.

A demanda (D) é descrita por uma série de demandas semanais Di

relativas a um horizonte de 24 semanas. O período a ser programado, abrange

as quatro primeiras semanas (D1, D2, D3 e D4), o estoque final desejado (EF)

está composto pelas demandas das semanas seguintes até a S14 (D5, ..., D14) e

o estoque em processo final (PRF) está composto das últimas quatro semanas

(D15, ..., D18).

Então temos:

iF EEDR −+= (3)

145 ...DDEF += (4)

iEDDDDR −+++++= 145411 ...... (5)

RIRF PPRog −+=Pr (6)

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iEDDDDR −+++++= 14541 ...... (7)

1815 ... DDPRF ++= (8)

RIi PEDDDDDDog −−++++++++= 181614541 .........Pr (9)

Para efeitos de dar prioridades no recolhimento, será definido o R0, que

está contido no R1, e não leva em consideração a composição do estoque final.

iEDDR −++= 410 ... (10)

Seguindo o mesmo raciocínio, temos o Prog0, então:

RIPRog −= 00Pr (11)

RIi PEDDog −−++= 1410 ...Pr (12)

Isso significa que se a produção não recolher (R0) os modelos ou o setor

de planejamento e controle de produção não programar (Prog0), fatalmente

haverá falta deste produto.

E uma outra programação como segunda prioridade (que contém o

Prog0) que cuida do R1, mas ignora a composição do processo final, chamado

de Prog p/R1:

RIPRRpog −= 11/ Pr (13)

RIi PEDDDDRogp −−+++++= 145411 ....../Pr (14)

1.3 Horizonte de Planejamento

O horizonte de planejamento pode ser definido a partir de três períodos

que são definidos como: curto, médio e longo prazo. Onde podem ocorrer

mudanças nos modelos, equipamento, instalações e entre outras. Que estará

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previsto no faturamento e no desembolso para o seu cumprimento,

possibilitando estimar também o lucro.

1.4 Classificação dos Modelos (CAD)

A correta identificação de cada um dos materiais e serviços controlados

pela empresa possibilita uma eficiente gestão de estoque.

Existe uma classificação que é adotada por algumas empresas que seguem

por grupos ou famílias, subgrupos, classes, números seqüenciais e dígitos de

autocontrole.

Cada empresa pode ter sua própria classificação independente de

atuarem no mesmo ramo, mas podem acontecer exigências de clientes

importantes que trazem boa margem de contribuição assim como uma norma.

Planejamento do Processo

Planejamento estratégico da capacidade

Plano agregado

Plano mestre de produção - MPS

MRP

Programação chão-de-fábrica

Programação semanal (pessoal e clientes)

Programação diária pessoal e clientes

Figura 3 – Estrutura geral do sistema PPCP para manufatura e serviços (Adaptado pelo Autor, 2010).

Longo Prazo

Médio Prazo

Curto Prazo

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No mundo da indústria de confecção cada peça tem a sua característica

e modelagem e uma classificação dessas peças passa ser a linguagem

universal dentro do âmbito fabril, tático e estratégico.

Cód Inicial Descrição

016 Biquini026 Calça078 Sutiã

Figura 4 - Códigos Iniciais (Adaptado pelo Autor, 2010)

CAT Cod 1 Clas. Cod 2 Tipo Cod 3 Conceito

Ling 1 Lingerie

S 1 SuperiorS 1 Sutia sem AroSA 2 Sutia com AroPU 3 Push-UpSus 4 SustentacaoBu 5 BustiéSE 6 EspumadoTC 7 Taca CPE 8 Push-Up Espumado

Figura 5 - Classificação dos Modelos (Adaptado pelo Autor, 2010)

Para uma melhor visualização da classificação dos modelos, segue um

modelo cadastrado conforme classificação DeMillus:

Modelo Cod 1 Cod 2 Cod 3 CAT Clas. Tipo Colecao

078014 1 1.1 1.1.6 Ling S SE Maternal

Figura 6 - Exemplo de classificação (Adaptado pelo Autor, 2010)

Pela classificação, podemos dizer que é uma lingerie superior (Sutiã) e

possui bojo espumado.

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1.5 Stock Keeping Unit (SKU)

De acordo com Accioly, Ayres e Sucupira (2008), por definição:

Um SKU é uma unidade de controle de estoque e, por intuição,

associamos SKU a um item ou código de estoque, mas a

definição é um pouco mais sutil (ACCIOLY, AYRES &

SUCUPIRA, 2008, p.38).

Essa sutileza também pode ser refinada no site do Wikipedia (2010), em

que menciona que:

O termo Stock Keeping Unit (SKU), em português, Unidade de

Manutenção de Estoque está ligado à logística de armazém e

designa os diferentes itens de estoque, estando normalmente

associado a um código identificador (Dias, 2005, p. 194)

(WIKIPÉDIA, 2010, acesso: 25/07/2010).

O SKU permite que o mesmo item seja estocado tanto num armazém

que esteja localizado no Oiapoque e outro no Chuí, mas como as empresas

possuem suas unidades fabris uma numerosa quantidade de itens que pode

chegar a centenas ou milhares.

Fica claro que, gerenciar todos esses SKU’s requer ferramentas que

auxiliem de modo rápido e simples a localização onde quer que ele esteja.

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CAPÍTULO II – PROCESSO DE PROJEÇÃO

Projetar as quantidades que serão vendidas parece uma tarefa fácil, mas

como fazê-la sem conhecer a demanda, a histórica e o comportamento?

Neste capítulo apresentarei alguns conceitos e metodologias que podem

ser aplicados no processo de projeção.

2.1 Demanda

A forma como a empresa desenvolve sua habilidade em prever o futuro

é muito importante quando dispõe de ferramentas que possam antecipar a

demanda futura com alguma precisão. As informações de vendas e as que

expliquem o seu comportamento e variações podem influenciar na forma de se

determinar como será a demanda futura e todas essas informações são

relevantes a esse processo. E dessa forma Corrêa, Gianesi e Caon (2009)

descrevem que:

Gestão da Demanda que a área de venda/marketing insere as

informações do mercado no processo de planejamento. Ela

inclui várias atividades, como previsão, cadastramento de

pedidos, promessa de data de entrega, serviço ao cliente.

Distribuição física e outras atividades que envolvem contato

com os clientes. (CORRÊA, GIANESI e CAON, 2009, p. 143)

A gestão da demanda requer esforços de algumas áreas da empresa e a

figura abaixo demonstra como essas áreas estão fortemente ligadas a ela:

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2.1.1 Comunicação com o Mercado

Trazer informações dos clientes e do mercado para a empresa, de forma

contínua e permanente geralmente é negligenciado pelo pessoal de vendas

(vendedores e representantes) que mantém o contato com os clientes, mas

esses colaboradores não podem ser acusados de tal negligência.

São poucas as empresas que atribuem esta atividade a função dos

vendedores e que acabam desperdiçando uma fonte inestimável de

informações.

Previsão de demanda

Promessa de prazos

Priorização e alocação

Comunicação com o

mercado

Influência sobre o mercado

Gestão de demanda

Figura 7 – Principais elementos da gestão de demanda (Extraído de CORRÊA, 2009, p. 237)

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2.1.2 Poder de Influência

Influenciar a demanda é fundamental para a empresa e isso pode se dar

através da demanda já existente onde podemos negociar parcelamentos de

entrega ou por meio de promoção e propaganda. Essa influência tem que ser

conhecida e levada em conta nas previsões de vendas futuras.

2.1.3 Prometer Prazos

Está ligada ao tipo de produção que a empresa irá adotar se para

estoque, encomenda ou montagem contra pedido e é importante para garantir

desempenho e confiabilidade de entregas.

2.1.4 Priorização e Alocação

É uma decisão de responsabilidade da área comercial. Caso ocorra de

não haver produtos suficientes, recursos e/ou materiais para atender a

determinados pedidos é aí que entra a decisão de escolher quais os clientes

que serão atendidos em total ou parcial e os que entrarão numa fila de espera.

2.2 Planejamento, Predição e Previsão

Será conceituada abaixo, cada uma das palavras do título acima

entendendo o seu significado para uma melhor compreensão:

• Planejamento: processo lógico que descreve as atividades necessárias

para ir do ponto no qual nos encontramos até o objetivo definido;

• Predição: processo para determinação de um acontecimento futuro

baseado em dados completamente subjetivos e sem uma metodologia

de trabalho clara;

• Previsão: processo metodológico para determinação de dados futuros

baseados em modelos estatísticos, matemáticos ou econométricos ou

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ainda em modelos subjetivos apoiados em uma metodologia de trabalho

clara e previamente definida.

2.3 Processo de Previsão de Vendas

O processo de previsão de vendas é na verdade um tiro no escuro e o

que quero dizer é que nunca conseguimos acerta em uma previsão os 100% e

isso se dá pelo erro nas previsões, sazonalidade e outros fatores que a

influenciam. E como já mencionado, existem padrões de demanda que devem

ser adequadas às informações dos produtos como média, tendência linear,

tendência não linear e estacional (sazonal).

Mais segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2009), o sistema de previsão de

vendas:

É o conjunto de procedimentos de coleta, tratamento e

análise de informações que visa gerar uma estimativa

das vendas futuras, medidas em unidades de produtos

(ou famílias de produtos) em cada unidade de tempo

(semanas, meses etc.). (CORRÊA, GIANESI e CAON,

2009, p. 243).

Será ilustrado um fluxograma genérico de um sistema de previsão de

vendas inicialmente tratando de dados estatísticos, dados históricos de vendas

e outras variáveis que ajudem a explicar as variações de comportamento

anteriores como: clima, renda per capita, volume de produção, entre outras.

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Dados de variáveis que expliquem as vendas

Dados históricos de vendas

Informações que expliquem

comportamento atípico

Tratamento estatístico dos dados de vendas e outras

variáveis

Informações da conjuntura econômica

Informações de clientes

Decisões da área comercial

Informaões de concorrentes

Outras informações do mercado

Outras informações do mercado

Reunião de PrevisãoComprometimento das áreas envolvidas

Tratamento das informações disponíveis

Previsão de vendas

Figura 8 – Fluxograma de previsão de vendas (Extraído de CORRÊA, 2009, p. 245)

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2.3.1 Trabalhar com Fatos e Não Apenas com Opiniões

O modelo de previsão de vendas deve ser elaborado com base em

dados históricos e fatos que demonstrem realmente o que ocorreu num período

ou e tem a probabilidade de ocorrer no futuro. Embora essa informação seja de

grande valor para tomada de decisão sempre escutamos opiniões, que não

estão pautadas em nenhuma fundamentação.

Por exemplo, quando alguém diz: “Os clientes aceitam um prazo de

entrega de 30 dias!” Ou quando alguém diz: “Se baixarmos o preço em 5% as

vendas aumentarão em 10%!”, então devemos perguntar: Quais clientes?

Quando disseram isso? Em que circunstância? Como chegamos a tal

conclusão? Esse efeito se daria de maneira uniforme em todos os segmentos

do mercado?...

Sair do acho para evidência torna confiável a formação da base de

dados com ênfase nos fatos e na documentação das hipóteses, e claro que

isso requer uma mudança de cultura.

2.3.2 Conhecer os Produtos e Seus Usos

Temos que concordar que para determinar uma boa previsão de vendas

é fundamental conhecer os produtos e como os clientes o usam, e conhecer os

produtos ajudam a entender os dados que os mesmos fornecem com as

vendas e como se comportam em razão de possíveis sazonalidades.

Outra consideração importante que está ligado ao produto é o seu ciclo

de vida, onde uns são mais longos, outros mais curtos, outros ainda que já

nascem com data prevista para ser retirados do mercado, isto é, com morte

programada.

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2.3.3 Analisar os Dados Históricos

A coleta dos dados históricos de vendas é o ponto de partida para

elaboração da previsão e esses dados podem esconder eventos relevantes

que expliquem comportamentos atípicos das vendas, produtos que estiveram

na falta, cores mais pedidas, tamanhos mais solicitados entre outras variáveis

que podem servir de bússola para o planejamento. E tomando como

aprendizado para o futuro os dados históricos, com algum tipo de distorção,

deve ser expurgado para que possamos tratá-los estatisticamente.

Figura 9 – Ciclo de vida do produto (Adaptada de Martins, 2006, p. 73)

Introdução Crescimento Maturidade Declínio

Vendas

Tempo

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CAPÍTULO III – PROJEÇÃO

Neste capítulo será apresentado o processo de planejamento que

acontece na DeMillus S.A., este processo consiste em projetar as demandas

para os lançamentos, cores novas e os demais produtos que são ofertados no

catálogo assim como as promoções, brindes e pré-lançamentos.

3.1 Processo de Projeção da Demanda

O processo de projeção da demanda é basicamente o processo em que

se determinam as quantidades que cada modelo possivelmente irá vender

distribuída por um mix de cor e tamanho utilizando um protótipo do catálogo,

chamado de boneca, que será lançado mais a frente.

Tudo começa com o setor de modelagem, que é o setor responsável

pela criação dos modelos, remodelagem e apresentação dos mesmos numa

reunião. Nesta reunião, chamada de reunião de modelos novos é definida os

modelos que serão lançados ou aguardarão para um futuro lançamento. Com a

definição dos modelos, é preparada uma ata desta reunião que é distribuída

aos participantes e a outras pessoas que estão envolvidas direta e

indiretamente a realização deste projeto.

Então, o processo de projeção da demanda para os lançamentos, cores

novas, inclusão de tamanhos, modelos remodelados (com nova modelagem),

modelos cancelados e outros está distribuído em quatro etapas que estão

classificadas em: cadastro, preparação dos arquivos, projeção e fechamento

dos arquivos.

3.1.1 Cadastro de Lançamentos e Cores Novas

Inicialmente apresentaremos três planilhas, em Excel, fundamentais

para início do cadastramento, são elas:

• Arquivo CAD (cadastro);

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• Arquivo Lançamento;

• Arquivo Atualização.

O arquivo CAD é um dos arquivos principais do processo de projeção, é

nele que são inseridas todas as informações cadastrais do produto assim como

o valor do seu custo unitário.

Obs Modelo Cod 1 Cod 2 Cod 3 CAT Clas. Tipo Coleção MP Emb Temp Frete CVU09-17 016074 1 1.2 1.2.6 Ling I FD Brilho 1.05 0.06 6.09 0.24 2.99 09-17 016075 1 1.2 1.2.4 Ling I B Brilho 1.17 0.06 5.45 0.24 2.94 09-17 074074 1 1.1 1.1.6 Ling S SE Brilho 3.07 0.46 11.81 0.24 6.95 09-17 093074 4 4.1 4.1.3 Extr BL Brilho 4.61 0.49 12.85 0.24 8.80

Figura 10 - Arquivo CAD (Adaptado pelo Autor, 2010)

Podemos dizer de uma forma simples e objetiva que, o arquivo CAD é

como se fosse um tipo de cartório de registro onde informamos a data de

nascimento do modelo (data de lançamento – coluna Obs), o nome (código do

modelo – coluna modelo), o tipo (sexo – coluna tipo) e a coleção (a família –

coluna coleção).

O arquivo lançamento apresenta a partir do cadastro efetuado acima,

uma equivalência entre o lançamento e outro produto que tenha uma

similaridade, nele são imputadas as informações do modelo, como: o tipo, a

coleção, os custos e o mais importante a demanda projetada para o

lançamento do 1º e o 2º catálogo que foram determinados pela diretoria da

empresa.

Equivalente 1er Cat 2o CatC# Modelo Tipo Colecao CVU Equiv. Tipo Colecao QTD Lan QTD Lan MCT09-17 016074 FD Brilho 3.16 016708 B Romance 15 7.5 38.92 09-17 016075 B Brilho 3.32 016708 B Romance 10 5 24.39 09-17 074074 SE Brilho 6.29 074067 SE Goldy 12 6 102.99 09-17 093074 BL Brilho 8.83 093500 BL Blusa DM 6 3 47.80

Figura 11 - Arquivo Lançamento (Adaptado pelo Autor, 2010)

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O arquivo Atualização é a bússola para cadastro dos modelos nos

arquivos que serão mencionadas a frente, ele é o dedo duro que indica se o

modelo foi ou não cadastrado.

Mes 10-09 C17C# Modelo CAT Clas. Tipo Coleção Cad Produtos a (3 pastas) Lanc M. Cor M. TamC17 016074 Ling I FD Brilho 016074 016074 016074 016074 016074 016074 016074C17 016075 Ling I B Brilho 016075 016075 016075 016075 016075 016075 016075C17 074074 Ling S SE Brilho 074074 074074 074074 074074 074074 074074 074074C17 093074 Extr BL Brilho 093074 093074 093074 093074 093074 093074 093074

Figura 12 - Arquivo Atualização (Adaptado pelo Autor, 2010)

3.1.2 Geração dos Arquivos

Esta etapa da projeção é o momento em que são gerados os arquivos

do sistema (Estatística de Faturamento e Campanha de Vendas), e neles estão

contidas todas as informações de vendas dos modelos por SKU.

Esses arquivos possuem uma particularidade em que dependendo da

data de geração, podemos estar no início de uma campanha ou no meado e

isso pode distorcer a estatística.

O EF e o CA que estiverem com essa situação, é projetado uma

quantidade para aquela campanha e com isso temos uma noção de quanto

aquela campanha vai se comportar até o seu fechamento.

3.1.3 Preparação dos Arquivos

A preparação dos arquivos busca através dos dados gerados na seção

anterior, abastecer cinco planilhas em Excel com essas informações e para

ajudar no entendimento da lógica vamos adotar a coleção Brilho que foi

lançada na campanha 17/2009 e servirá de base para nosso estudo. As

planilhas preparadas são as bases do trabalho de projeção e são descritas

abaixo:

• Preparação do Tijolo Rígido;

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• Preparação do Tijolo Oco;

• Preparação dos Produtos a;

• Preparação do Mix Cor;

• Preparação do Mix Tamanho.

3.1.4 Preparação do Tijolo Rígido

O tijolo rígido é o arquivo que faz toda a separação estatística das

quantidades de peças faturadas por modelo, categoria e coleção que

aconteceram numa campanha fechada ou projetada, através dos canais de

vendas. E ele é usado para abastecer o arquivo Produtos a com os dados de

catálogo e atacadinho que são uns dos canais de vendas aplicados pelo

DeMillus.

Para montar o tijolo Rígido é necessário transformar o arquivo EF de txt

para xls e colá-lo na pasta IN (informação). Como a planilha já está preparada

com fórmulas, ela faz toda a separação por canal de venda, coleção, margem

de contribuição, veiculação e etc.

1.00 1.00 1.00 1.00Ano 2009 C 17 5971 1,343,435 242,804 30,712 1,700,754

Valor para Projecao > 1,625 1,656,506QTD

Modelo Cod 1 Cod 2 Cod 3 CAT Clas. Tipo Coleção CVU C E M Tot

016074 1 1.2 1.2.6 Ling I FD Brilho 2.99 19,261 0 0 19,261016075 1 1.2 1.2.4 Ling I B Brilho 2.94 12,489 0 0 12,489074074 1 1.1 1.1.6 Ling S SE Brilho 6.95 13,457 0 0 13,457093074 4 4.1 4.1.3 Extr BL Brilho 8.80 7,174 0 0 7,174

Figura 13 - Tijolo Rígido (Adaptado pelo Autor, 2010)

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Campanha 2009 19

Controle>>>> 1.00 1.00 1.00

1,291 12,089 5,456

CAT Cod 1 Clas. Cod 2 Tipo Cod 3 Conceito QTD Fat L MCT

Ling 1 Lingerie 990 77% 9,105 75% 4,283 79%

Ling S 1.1 Superior 429 43% 5,301 58% 2,568 60%S 1.1.1 Sutia sem Aro 109 26% 940 18% 476 19%SA 1.1.2 Sutia com Aro 118 27% 1,485 28% 675 26%PU 1.1.3 Push-Up 24 6% 370 7% 167 6%Sus 1.1.4 Sustentacao 74 17% 971 18% 510 20%Bu 1.1.5 Bustié 28 7% 354 7% 190 7%Es 1.1.6 Espumado 63 15% 991 19% 459 18%TC 1.1.7 Taca C 12 3% 190 4% 92 4%

Ling I 1.2 Inferior 445 45% 3,011 33% 1,328 31%C 1.2.1 Calca 38 8% 234 8% 97 7%CB 1.2.2 Calca Baixa 46 10% 291 10% 129 10%CC 1.2.3 Calca Cavada 53 12% 356 12% 167 13%B 1.2.4 Biquini 100 23% 571 19% 255 19%T 1.2.5 Tanga 43 10% 208 7% 99 7%FD 1.2.6 Fio Dental 83 19% 477 16% 211 16%CN 1.2.7 Cinta 26 6% 424 14% 150 11%CS 1.2.8 Calca Short 56 13% 449 15% 219 17%

Ling O 1.3 Outros 116 12% 793 9% 386 9%AN 1.3.1 Anagua 5 4% 37 5% 12 3%CL 1.3.2 Cinta Liga 8 7% 32 4% 17 4%FX 1.3.3 Faixa 1 0% 6 1% 2 1%Cor 1.3.4 Corselete 2 2% 45 6% 12 3%MD 1.3.5 Modelador 13 11% 293 37% 140 36%CS 1.3.6 Camisete 15 13% 179 23% 79 20%Ext 1.3.7 Extensor 74 63% 201 25% 124 32%

Extr 4 4.1 Roupa externa 43 3% 552 5% 219 4%Ves 4.1.1 Vestido 0 0% 0 0% 0 0%Cal 4.1.2 Calca 0 0% 0 0% 0 0%BL 4.1.3 Blusa 19 44% 302 55% 136 62%Col 4.1.4 Collant 0 0% 0 0% 0 0%Out 4.1.5 Outros 0 0% 0 0% 0 0%Pe 4.1.6 Calcado 24 56% 251 45% 83 38%Pr 4.1.7 Praia 0 0% 0 0% 0 0%

Figura 13.1 - Percentual por Categoria (Adaptado pelo Autor, 2010)

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Campanha 2009 19 Percentual de participaçãoo por Coleção

Controle >>> 1.00 1.00 1.00

1,291,299 12,090 5,457 100% 100% 100%

Catalogo Valores Catalogo %Colecao QTD Pc Fat MR$ MCT MR$ QTD % Fat % MCT %

Brilho 45,609 484.4 219.4 3.5% 4.0% 4.0%

Figura 13.2 - Percentual por Modelo (Adaptado pelo Autor, 2010)

Campanha 2009 19 Percentual de participacao por Modelo

Controle >>> 1.00 1.00 1.00

1,291,299 12,090 5,457 90% 91% 90%

Catalogo Valore s Catalogo %Modelo Tipo Colecao QTD Pc Fat MR$ MCT MR$ QTD % Fat % MCT %

016074 FD Brilho 14,050 89.5 39.6 1.1% 0.7% 0.7%016075 B Brilho 13,767 87.7 39.4 1.1% 0.7% 0.7%074074 SE Brilho 11,045 181.6 86.2 0.9% 1.5% 1.6%093074 BL Brilho 6,747 125.6 54.2 0.5% 1.0% 1.0%

Figura 13.3 - Percentual por Coleção (Adaptado pelo Autor, 2010)

3.1.5 Preparação do Tijolo Oco

O tijolo oco é o arquivo em que estão contidas as estatísticas de

quantidades de peças faturadas por modelo, cor e tamanho que aconteceram

numa campanha fechada ou projetada. Ele é usado para abastecer os arquivos

de Mix Cor e Mix Tamanho que são os acontecimentos estatísticos do

mercado.

A preparação do arquivo é muito parecida com o do tijolo rígido, temos

que transformar o arquivo CA de txt para xls e aplicar alguns algoritmos que

ajudem mais a frente quando tivermos que buscar as informação para

preenchimento dos arquivos de Mix Cor e Mix Tamanho.

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46,929 400 2,000 400

Ano C# Modelo Cor Tam SKU Mod-Cor Qtde Fat. % Fat. % Cor % Tam09 17 016074 20 PP 01607420PP 01607420 2,203 15.23 100 15.2309 17 016074 20 PE 01607420PE 01607420 5,672 39.21 100 39.2109 17 016074 20 ME 01607420ME 01607420 4,267 29.50 100 29.5009 17 016074 20 GR 01607420GR 01607420 1,712 11.84 100 11.8409 17 016074 20 EG 01607420EG 01607420 610 4.22 100 4.2209 17 016075 20 PP 01607520PP 01607520 1,472 10.35 100 10.3509 17 016075 20 PE 01607520PE 01607520 4,390 30.88 100 30.8809 17 016075 20 ME 01607520ME 01607520 5,485 38.58 100 38.5809 17 016075 20 GR 01607520GR 01607520 2,469 17.37 100 17.3709 17 016075 20 EG 01607520EG 01607520 400 2.81 100 2.8109 17 074074 20 40 0740742040 07407420 1,864 16.46 100 16.4609 17 074074 20 42 0740742042 07407420 4,783 42.24 100 42.2409 17 074074 20 44 0740742044 07407420 1,863 16.45 100 16.4509 17 074074 20 46 0740742046 07407420 1,055 9.32 100 9.3209 17 074074 20 48 0740742048 07407420 1,051 9.28 100 9.2809 17 074074 20 50 0740742050 07407420 708 6.25 100 6.2509 17 093074 20 40 0930742040 09307420 1,565 22.60 100 22.6009 17 093074 20 42 0930742042 09307420 3,049 44.03 100 44.0309 17 093074 20 44 0930742044 09307420 1,414 20.42 100 20.4209 17 093074 20 46 0930742046 09307420 897 12.95 100 12.95

Figura 14 - T ijolo Oco (Adaptado pelo Autor , 2010)

3.1.6 Preparação do Produtos a

Este arquivo é o local onde serão projetadas as quantidades de

demanda de cada modelo que será lançando e os modelos que estão ativos no

catálogo DeMillus.

O arquivo produtos a abriga em seu conteúdo cinco pastas que auxiliam

no processo que está ocorrendo, assim como totalizar os mixes de cores e

tamanhos e as promoções vinculadas à campanha.

A preparação do arquivo produtos a é bem ampla, pois temos que

renomear o nome das campanhas, cadastrar os modelos de lançamentos,

verificar os somatórios, incluir colunas de campanhas novas e verificar algumas

formatações.

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Totais >> 52 50 46 18 52 35 26Sub-Totais >> 52 50 46 18 19 15 13

Bon Bon BonModelo CAT Tipo Coleção C17 C18 C19 C01 C17 C02 C05

016074 Ling FD Brilho 19.3 17.5 14.1 5.7 19.3 12.8 9.0016075 Ling B Brilho 12.5 11.8 13.8 4.3 12.5 7.6 6.0074074 Ling SE Brilho 13.5 13.9 11.0 5.5 13.5 9.9 7.0093074 Extr BL Brilho 7.2 7.0 6.7 2.1 7.2 4.6 4.0

Figura 15 - Produtos a (Adaptado pelo Autor, 2010)

Contole de MIX Demanda VD Catálogo1.00 1.00 1.00

400 400 400 52 35 26Modelo CAT Tipo Coleção PCP Setor C17 C02 C05 F Grade C17 C02 C05016074 Ling FD Brilho a 26-C 100 100 100 1.0 19.3 12.8 9.0016075 Ling B Brilho a 26-C 100 100 100 1.0 12.5 7.6 6.0074074 Ling SE Brilho a 23-X 100 100 100 1.0 13.5 9.9 7.0093074 Extr BL Brilho a 22-Y 100 100 100 1.0 7.2 4.6 4.0

Figura 15.1 - Pasta de Modelos a (Adaptado pelo Autor, 2010)

Importar do MIX Tam400 400 400 2 43 0 0

Modelo Cor Tam. Coleção MIX 17 MIX 02 MIX 05 Prom 14 Prom 15 Prom 16 Prom 17016074 20 PP Brilho 13.93 13.93 13.93 0.00 2.09 0.00 0.00016074 20 PE Brilho 41.69 41.69 41.69 0.50 6.25 0.00 0.00016074 20 ME Brilho 28.55 28.55 28.55 0.00 4.28 0.00 0.00016074 20 GR Brilho 11.59 11.59 11.59 0.00 1.74 0.00 0.00016074 20 EG Brilho 4.25 4.25 4.25 0.00 0.64 0.00 0.00016075 20 PP Brilho 10.00 10.00 10.00 0.00 1.39 0.00 0.00016075 20 PE Brilho 33.00 33.00 33.00 0.50 4.17 0.00 0.00016075 20 ME Brilho 38.00 38.00 38.00 0.00 2.85 0.00 0.00016075 20 GR Brilho 15.00 15.00 15.00 0.00 1.16 0.00 0.00016075 20 EG Brilho 4.00 4.00 4.00 0.00 0.42 0.00 0.00074074 20 40 Brilho 14.00 14.00 14.00 0.00 1.68 0.00 0.00074074 20 42 Brilho 32.00 32.00 32.00 0.50 3.84 0.00 0.00074074 20 44 Brilho 24.00 24.00 24.00 0.00 2.88 0.00 0.00074074 20 46 Brilho 12.00 12.00 12.00 0.00 1.44 0.00 0.00074074 20 48 Brilho 10.00 10.00 10.00 0.00 1.20 0.00 0.00074074 20 50 Brilho 8.00 8.00 8.00 0.00 0.96 0.00 0.00093074 20 40 Brilho 24.63 24.63 24.63 0.00 1.48 0.00 0.00093074 20 42 Brilho 37.55 37.55 37.55 0.50 2.25 0.00 0.00093074 20 44 Brilho 25.17 25.17 25.17 0.00 1.51 0.00 0.00093074 20 46 Brilho 12.65 12.65 12.65 0.00 0.76 0.00 0.00

Figura 15.2 - Pasta de Itens a (Adaptado pelo Autor, 2010)

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3.1.7 Preparação do Mix Cor

O arquivo mix cor abriga o valor percentual da cor que foi faturada para

cada modelo e cor ofertada no catálogo. O mix cor pode nos fornecer

informações valiosíssimas que ajudam na projeção da cor e como cada uma se

comporta em determinada campanha, e de fato as estatísticas mostram que

podemos ter várias conclusões como: quão bom foi o lançamento de uma cor

nova, a influência da sazonalidade em uma determinada cor e se o tamanho da

foto no catálogo foi significativo.

A preparação do mix cor é feita buscando no tijolo oco a informação

percentual de modelo-cor da campanha.

400% 400% 400%

Bon Bon Bon

Modelo Cor Coleção Tipo Modelo-Cor C17 C02 C05016074 20 Brilho FD 01607420 100% 100% 100%016075 20 Brilho B 01607520 100% 100% 100%074074 20 Brilho SE 07407420 100% 100% 100%093074 20 Brilho BL 09307420 100% 100% 100%

Figura 16 - Arquivo de Mix Cor (Adaptado pelo Autor, 2010)

3.1.8 Preparação do Mix Tamanho

O mix tamanho é o arquivo que abriga o valor percentual do tamanho

que foi faturado para cada modelo e cor ofertado no catálogo.

Os mixes de tamanho e cor são riquíssimos em informações, são várias

as análises que poderíamos fazer mais citarei apenas algumas que possam

ilustrar a realidade das consumidoras, por exemplo: se não houver faltas de

alguns modelos apresentam uma distribuição normal bem explícita, o tamanho

em uma das extremidades que apresente um percentual elevado pode

significar que aquele modelo necessite de um tamanho novo, a partir de um

número de campanhas o modelo apresenta um comportamento estável entre

outras análises.

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A preparação do arquivo é bem parecida com a do mix cor a diferença é

que trazemos o percentual de modelo/cor/tamanho (SKU).

Abaixo serão apresentadas todas as planilhas que foram citadas acima,

cada uma apresenta um formato e estrutura diferente uma da outra, mas no

final as informações são compiladas e fornecidas a uma planilha mestre que

efetua todos os cálculos.

Essa planilha mestre está escorada nas equações da seção 1.2 e é

chamado de Boneco. O nome boneco foi dado pensando num clássico do

cinema o filme Frankenstein, como o arquivo passou por várias cirurgias

(modificações) e uniu vários processos para integrá-lo nada mais apropriado

que batizá-lo com esse nome.

Além da demanda projetada ele contempla pedidos de grandes lojistas

(Leader, Marisa, Lojas Americanas e etc.), pequenos lojistas e dealers.

BonModelo Cor Tam SKU Coleção C17 C02 C05 C17 C02 C05 Rev Dinam C17

016074 20 PP 01607420PP Brilho 100% 100% 100% 14% 14% 14% 14% 13% 13%

016074 20 PE 01607420PE Brilho 100% 100% 100% 42% 42% 42% 42% 39% 39%

016074 20 ME 01607420ME Brilho 100% 100% 100% 29% 29% 29% 29% 34% 34%

016074 20 GR 01607420GR Brilho 100% 100% 100% 12% 12% 12% 12% 10% 10%

016074 20 EG 01607420EG Brilho 100% 100% 100% 4% 4% 4% 4% 3% 3%

016075 20 PP 01607520PP Brilho 100% 100% 100% 10% 10% 10% 10% 8% 8%

016075 20 PE 01607520PE Brilho 100% 100% 100% 33% 33% 33% 33% 31% 31%

016075 20 ME 01607520ME Brilho 100% 100% 100% 38% 38% 38% 38% 41% 41%

016075 20 GR 01607520GR Brilho 100% 100% 100% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

016075 20 EG 01607520EG Brilho 100% 100% 100% 4% 4% 4% 4% 4% 4%

074074 20 40 0740742040 Brilho 100% 100% 100% 14% 14% 14% 14% 13% 13%

074074 20 42 0740742042 Brilho 100% 100% 100% 32% 32% 32% 32% 31% 31%

074074 20 44 0740742044 Brilho 100% 100% 100% 24% 24% 24% 24% 29% 29%

074074 20 46 0740742046 Brilho 100% 100% 100% 12% 12% 12% 12% 13% 13%

074074 20 48 0740742048 Brilho 100% 100% 100% 10% 10% 10% 10% 8% 8%

074074 20 50 0740742050 Brilho 100% 100% 100% 8% 8% 8% 8% 6% 6%

093074 20 40 0930742040 Brilho 100% 100% 100% 25% 25% 25% 25% 17% 17%

093074 20 42 0930742042 Brilho 100% 100% 100% 38% 38% 38% 38% 31% 31%

093074 20 44 0930742044 Brilho 100% 100% 100% 25% 25% 25% 25% 32% 32%

093074 20 46 0930742046 Brilho 100% 100% 100% 13% 13% 13% 13% 20% 20%

Figura 17 - Arquivo de Mix Tamanho (Adaptado pelo Autor, 2010)

MIX Cor MIX Boneco

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36

3.2 Cálculos das Necessidades – Boneco

Com os dados imputados nos arquivos que foram mencionados acima, é

o momento de fazermos todos os cálculos necessários para recompor o

estoque, atender as prioridades, emitir e recolher através de um horizonte de

planejamento e a política de estoque determinada pela diretoria.

O boneco é o arquivo que faz todas essas contas e fornece a informação

para os programadores do PCP, os chefes da confecção e ao estoque de todos

os SKU’s que devem atender a demanda do mercado.

O arquivo é gerado semanalmente para visualizar as semanas que estão

iniciando assim com as demandas que ela está trazendo. A preparação é feita

colando os arquivos que foram supracitados, os pedidos dos pequenos e

grandes lojistas colocando-o para processar.

Na página seguinte serão apresentadas as figuras das pastas que

compõem o arquivo Boneco. A figura 18 é chamada de pasta Painel, essa

pasta mostra todo o horizonte de planejamento, o número de dias úteis que

serão trabalhados na semana e a quantidade produzida em cada uma.

A figura 19 é a pasta Calendário, é a pasta que completa a pasta painel

e nela está contida todas as campanhas e semanas do ano e a quantidade de

dias úteis disponíveis em que a produção tem para trabalhar. Lembrando mais

uma vez que cada campanha consome 13 dias úteis.

A figura 20 é a pasta Modelos a, é a pasta que faz todo os cálculos do

recolhimento e do número de lote que devem ser cadastrados para atender a

todo o horizonte de planejamento.

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37

Parametros

Fator de Dealer

1.10

Increm

enta as QTD projetadas para a VD de maneira de refletir a demanda dos Dealers

Fatores de Sazonalidade

C17

C18

C19

C01

C02

C03

C04

C05

C06

Catálogo 01

C17

1.00

1.00

0.80

0.43

Catálogo 02

C02

1.00

1.10

1.10

Catálogo 03

C05

1.00

0.92

Tabela de mensalizacao das campanhas

S1

S2

S3

S4

S5

S6

S7

S8

S9

S10

S11

S12

S13

S14

S15

S16

S17

S18

4950

5152

531

23

45

67

89

1011

1213

C17C18

3C19

35

5C01

33

52

C02

35

5C03

54

04

C04

15

52

C05

45

4C06C07

Recolhimento por dia

155

155

155

155

155

155

155

155

155

165

165

165

165

165

165

165

170

170

Dias de Producao

65

53

05

55

55

40

55

55

54

Cap Semanal

930

775

775

465

0775

775

775

775

825

660

0825

825

825

825

850

680

Limite de Cap. RS

930

Limite de Cap. R1

2945

Limite de Cap. R1+R2

6045

Fator grade 1

S1-S4

Fator grade 2

Ef

Fator grade 3

Ef

Dem

anda do M1 >

0.13

Estoque Final>

1.00

RS >

1.00

Determina qual e a fracao da grade considerado como demanda no periodo

0.045

Horizonte PCP

S1

S2

S3

S4

S5

S6

S7

S8

S9

S10

S11

S12

S13

S14

S15

S16

S17

S18

14.00

Recolhimento (semanas) >

13.05

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

1.00

0.05

0.00

0.00

0.00

0.00

4.00

Processo Final (semanas) >

4.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.95

1.00

1.00

1.00

0.05

4.00

Tecido Tinto (semanas)>

4.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.95

8.00

Tecido Cru (semanas)>

2.95

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

6.00

Fio (semanas)>

6.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

Determina o estoque final (medido em

fracoes de demandas futuras) de forma de respeitar a restricao de capacidade

RS >>

832

� ���( (((2>> 2>>2>>2>>Recolhimento esperado na primeira sem

ana

Progr S >>

125

85%

Emissão de Ofc´s para o processo p/ Atender RS

R0r >>

832

Recolhimento da Produção Urgente

Demanda das próximas 4 semanas ( 49, 50, 51 e 52 )

Progr 0r >>

125

Emissão de Ofc´s para o processo p/ Atender R0 - Urgente

R1r >>

2,945

155,000/dia

Recolhimento da Produção para as próximas 4 sem

. R0 + R1/

Demanda de Vendas p/ as próximas 9 semanas - A

Progr 1r >>

1,735

91,338

/dia

Emissão de Ofc´s para o processo p/ Atender R0 + R1 + R2 /

Demanda de Vendas p/ as próximas 13 semanas - A

R2r >>

3,100

155,000/dia

Recolhimento da Produção de + 4 semanas após o R1

Progr 2r >>

1,700

85,023

/dia

Emissão de Ofc´s para o processo para atender o R3 (+ 4 semanas após o R2)

Figura 18 - Pasta Painel (Adaptado pelo Autor, 2010)

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38

28

2930

3132

3334

3536

3738

3940

41

4243

4445

4647

4849

5051

5253

12

34

56

78

910

1112

1314

1516

1718

1920

2122

2324

2526

2728

29

C11

115

53

C12

122

55

1

C13

134

54

13C14

141

54

3

13C15

152

55

1

13C16

164

45

13C17

175

44

13C18

181

55

2

13C19

193

55

13C01

013

35

2

13C02

023

55

13C03

035

40

4

13C04

041

55

2

13C05

054

54

13C06

065

53

13C07

071

55

2

13C08

084

54

13C09

091

45

3

13C10

102

55

1

13C11

114

54

11C12

121

0C13

13

0C14

14

0C15

15

0C16

16

0C17

17

Vendas

55

55

55

55

54

55

55

45

54

55

55

55

33

55

55

54

05

55

65

45

54

55

65

54

55

55

55

5

Produção

55

55

55

55

54

55

55

45

54

55

55

55

33

55

55

54

05

55

55

45

54

55

55

54

55

55

55

5

Figura 19 - Pasta Calendário (Adaptado pelo Autor, 2010)

Camp

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39

458

> Modelos

R1

R2

1.00

1.00

1.00

Dias

1920

Sem=

4936700

33900

33800

1527

1019

1153

831972

2945000

3100000

C17

C01

C04

C17

C01

C04

Mod

elo

Cod 1

Cod 2

Cod 3

CAT

Clas.

Tipo

Coleção

PCP

Setor

C17

C02

C05

F Grade

C17

C02

C05

Pc /Lote

R0

R1

R2

R1

R2

R1

R2

016074

11.2

1.2.6

Ling

IFD

Brilho

a26-L

100

100

100

1.0

21.4

12.8

10.7

9634,962

73,936

41,425

770

432

4122

016075

11.2

1.2.4

Ling

IB

Brilho

a26-L

100

100

100

1.0

13.5

7.6

6.7

9619,160

42,434

25,339

442

264

2313

074074

11.1

1.1.6

Ling

SSE

Brilho

a23-X

100

100

100

1.0

14.2

9.9

7.1

1821,945

51,221

29,537

2,846

1,641

150

82093074

44.1

4.1.3

Extr

0BL

Brilho

a22-Y

100

100

01.0

7.7

4.6

0.0

1810,995

24,976

6,740

1,388

374

7319

Figura 20 - Pasta de Modelos a (Adaptado pelo Autor, 2010)

Contole de PREV

EsDeman

da VD Catalogo

Lotes no Mes

Lotes por dia

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CONCLUSÃO

Ter a disposição da produção as ferramentas e os conceitos para a

projeção da demanda e aplicá-las a um plano mestre de produção, torna a

empresa mais competitiva e com o conhecimento dos seus clientes e produtos.

O estudo estatístico também é fundamental na projeção da demanda, pois

deixam em seu caminho informações importantes que podem ser interpretadas

de acordo com o período estudado.

Ter também o conhecimento do passado para projetar o futuro é o que

garante a confiabilidade das informações que serão projetadas assim como a

certeza de que as quantidades projetadas estejam dentro dos desvios

aceitáveis. Desde que não haja nenhuma variação no mercado que afete

agressivamente os resultados.

Por isso, quando as empresas tentam visualizar o futuro é fundamental

conhecer os seus produtos, avaliar o comportamento de cada um de acordo

com o período e aplicar a criatividade nos lançamentos buscando o sucesso e

permanência do mercado.

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41

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

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CORRÊA, Luiz C.; GIANESI, Irineu Gustavo Nogueira; CAON, M.

Planejamento, Programação e Controle da Produção: MRP II/ERP, conceitos,

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CORRÊA, Luiz C.; GIANESI, Irineu Gustavo Nogueira. Just Ii Time, MRP II e

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GONÇALVES, Fábio. Excel Avançado 2003/2007: Forecast Análise e Previsão

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LIDDELL, Mike; O Pequeno Livro Azul da Programação da Produção. Espírito

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto A Vez do Mestre.

Título da Monografia: O Programa Mestre de Produção.

Autor: Wagner dos Anjos Carvalho.

Data da entrega: 19/08/2010 Protocolo:

Avaliado por: Ana Claudia Morrissy Conceito: