UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · da empresa/escola depende de seus...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Escola: empresa de cunho comercial ou apenas uma
instituição educacional?
Por: Márcia Vianna de Mattos Barbosa
Orientadora
Prof. Mary Sue Carvalho Pereira
Niterói
2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
2
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Escola: empresa de cunho comercial ou apenas uma
instituição educacional?
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Administrador
e Supervisor Escolar.
Por: Márcia Vianna de Mattos Barbosa
3
AGRADECIMENTOS
....aos professores da Ucam,
especialmente a Nilson Guedes, Geni
Lima e Marta Relvas que me
motivaram e me impulsionaram a cada
vez mais procurar crescer
profissionalmente, procurando o prazer
na Educação e, consequentemente,
transmitindo esse prazer.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia à minha
mãezinha que não teve tempo para
estudar, pois deu à luz a oito filhos e,
mesmo assim, voltou à escola aos 40
anos para terminar o curso Normal, se
dedicando à Educação até se
aposentar; à minha tia Irene que
apoiou a minha mãe na sua escolha e
à minha prima Heloisa que acreditou
em mim; aos meus filhos Pedro e
Marcos que mesmo ainda pequenos
tentam entender os meus dias de
pesquisa e estudo; e, finalmente, ao
meu marido Alexandre que me apóia
quase incondicionalmente, sempre está
ao meu lado e sei que posso contar a
qualquer momento.
5
RESUMO
Baseado na indagação, “Escola: empresa de cunho comercial ou
apenas uma instituição educacional?” Este trabalho se propõe mostrar que a
escola não perde sua identidade por ter um corpo administrativo atuante ou um
profissional de marketing dentro de seu quadro de funcionários; um setor não
pode interferir no outro e os dois precisam caminhar juntos. Assim como numa
empresa convencional, a escola precisa de metas para atingir seus objetivos,
precisa ter um endomarketing bem definido e precisa identificar seu aluno
como um produto final de seu trabalho. Para que as engrenagens dessa
instituição funcionem perfeitamente bem, é necessário que a gestão
pedagógica esteja sempre em consonância com a financeira, pois o sucesso
da empresa/escola depende de seus funcionários, ou seja, todo o grupo que lá
trabalha como secretaria, inspetores e manutenção. Numa escola, não pode
haver somente a parte pedagógica, pois o mercado sempre está pedindo um
diferencial. Mesmo nas escolas públicas, os pais procuram a que tem melhor
conceito. Nas particulares, então, é condição necessária que haja além do
gestor pedagógico, um outro que se direcione para o lado financeiro, mas esse
precisa ter um grande conhecimento na área de gestão de pessoas.
6
METODOLOGIA
Para comprovação da teoria apresentada nesta monografia,
realizou-se estudo de caso em duas instituições, uma na realidade de uma
escola pública e outra em rede privada.
Esta pesquisa de campo teve como base um questionário voltado
para os pais, a fim de saber quais as demandas que ele têm com relação a
uma escola pública e privada (pesquisa feita in loco); a observação e conversa
impessoal sobre o dia a dia dos funcionários e entrevista com os diretores das
referidas escola.
Num primeiro momento é apresentada a introdução com os
questionamentos sobre a escola ser tratada como empresa, que vai sendo
respondida nos capítulos seguintes.
A finalidade é a de demonstrar que o pensamento empresarial não
atrapalha uma escola, ou melhor, só ajuda a atingir o objetivo maior que é o de
ensino-aprendizagem, pois se todos os funcionários estiverem engajados no
bom funcionamento da empresa, tudo transcorre muito melhor.
Foi reservado ao capítulo inicial, um histórico sobre o
desenvolvimento da instituição/escola desde a era jesuítica até a abertura
política com a nova LDB, aprovada em 1996, após alguns projetos
apresentados. Além de mostrar a mudança que a escola sofreu após a
Revolução Industrial.
No segundo capítulo, a explanação foi a respeito do conflito entre
escola e empresa. Por isso, é percebida a necessidade de algumas definições
e esclarecimentos antes de dar continuidade à pesquisa propriamente dita.
Algumas pessoas têm verdadeira aversão quando se fala nesse assunto, mas
o aumento de concorrência, por exemplo, deve provocar automaticamente uma
revisão dos conceitos de gestão.
7
O terceiro capítulo tem a finalidade de mostrar ao leitor desta
pesquisa, que uma escola precisa ter foco no resultado tanto quanto uma
empresa comercial, e isso não descaracteriza o objetivo que a instituição de
ensino tem: o ensino-aprendizagem. Mas, para conseguir manter toda a equipe
coesa, é necessário se programar para explorar as oportunidades e definir as
estratégias para se atingir o desempenho ideal planejado. Para aluno passar
num concurso é preciso que o professor esteja motivado e que a escola
ofereça um local propício ao estudo.
Por sua vez, o último capítulo vem ampliar essa informação com o
detalhamento dos dois estudos de casos, a fim de comprovar que uma boa
gestão (participativa) só leva a resultados positivos, pois é através dessa
gestão (tanto a pedagógica quanto a administrativa) que a escola conseguirá
atingir seus objetivos
SUMÁRIO
8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - A Escola num processo histórico 11
CAPÍTULO II - Escola: empresa ou instituição (definição) 23
CAPÍTULO III – Escola pública e privada – Foco no resultado 26
CAPÍTULO IV – Estudo de casos
31
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
BIBLIOGRAFIA CITADA 45
ÍNDICE 46
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
INTRODUÇÃO
9
Algumas escolas sofrem com a falta de uma administração eficiente,
muitas vezes decorrente do receio de tratá-las como “empresas” que devem
dar resultados.
Em todos os momentos em que a escola aparece na nossa história,
existe a cobrança da sociedade para a formação de um indivíduo que possa
contribuir com o coletivo. Mas essa instituição não podia ser tratada como uma
empresa, já que era “uma extensão da família”. Então, como poderíamos
afirmar que uma escola particular (no passado) tinha o objetivo de lucrar? Se
era uma continuidade do lar, não poderia haver o pensamento nos lucros.
Quando falamos de uma escola privada, essa afirmação ainda é
aceitável hoje em dia (para alguns), mas em escolas públicas é totalmente
rejeitada, já que o objetivo não é o lucro.
Mas será que o único objetivo de uma empresa é o lucro? Bem. Se
assim fosse, as empresas não investiriam em produtos recicláveis, não
tentariam melhorar a segurança de outro produto, entre outras ações que só
geram custos. E o que é lucro? De acordo com a wikipedia, lucro é o retorno
positivo de um investimento feito por um indivíduo ou uma pessoa nos
negócios.
É óbvio que uma empresa comercial precisa lucrar, mas para isso
acontecer ela tem que estar com sua equipe coesa (sabendo suas funções e
se relacionando bem), ter uma boa matéria prima, boas instalações e
constante aprimoramento de seus funcionários.
Parece que dessa forma existe, sim, uma semelhança com a escola.
Precisamos ter uma boa equipe (professores/coordenadores) e sempre se
aprimorando, boas instalações para a matéria prima (aluno) a fim de que o
produto final (aluno formado) seja de qualidade.
Uns vão achar que é um absurdo essa comparação, mas demagogias
a parte, temos que parar com essa ideia de que uma escola/professor precisa
amar seu aluno/profissão.
10
Trabalhamos, sim, no que escolhemos, por afinidade ou prazer, mas
também queremos receber um bom salário por isso. Então, se é necessário ter
frieza (não no sentido denotativo da palavra) para escolher a melhor escola
para trabalhar, também é necessário que o gestor de uma instituição
educacional procure o melhor professor/profissional para seu colégio.
A forma de se conhecer o trabalho do educador não é tão diferente de
um funcionário de uma empresa comercial. É claro que o professor lida com
pessoas, mas qualquer empresa precisa ter contato com seu cliente e, se seu
produto não for de qualidade o cliente não o consome mais. Se a escola não
ensina, o responsável troca de escola.
É claro que se precisamos tratar a escola como uma organização,
devemos quantificar seus resultados. Dessa forma, é necessário buscar meios
de alcançar o objetivo da escola: o processo ensino-aprendizagem.
Ou seja, um bom gestor precisa ter uma visão administrativa da escola,
comparando-a, sim, a uma empresa. E é através desta pesquisa que iremos
traçar alguns pontos importantes para que o gestor perceba a necessidade de
fazer a comparação da escola com uma empresa, incluindo escolas públicas.
Se a finalidade última da educação é a formação de cidadãos, então, a
qualidade da educação precisa estar voltada para esse fim e necessita
sustentar-se em um tipo de gestão que propicie o exercício da cidadania,
promovendo a participação de todos os segmentos que compõem a escola,
além da comunidade local externa, ou seja, deve se sustentar na gestão
democrática
Focar no atendimento ao cliente (pai/aluno/comunidade) é, com
certeza, um dos pontos principais deste estudo. A grande dificuldade está em
conciliar o conhecimento pedagógico com o conhecimento financeiro, mas não
é impossível.
11
CAPÍTULO I
A Escola num processo histórico
A palavra escola vem do grego scholé, que significa “lugar do ócio”. Isso
porque as pessoas iam à escola em seu tempo livre, para refletir. Neste
modelo grego as crianças eram educadas, mas de modo informal, sem divisão
em séries nem salas de aula.
Denominada de paidéia, a educação grega era específica a cada um,
tendo uma educação para os nobres, outras para plebeu e nenhuma para os
escravos. Surge assim, o pedagogo, escravo doméstico que além de conduzir
as crianças nobres à escola, também era responsável pela sua educação.
“Em todas as educações gregas o indivíduo era educado
para a sociedade como um todo. Em Roma a educação
surgiu como na Grécia, comunitária, mas se desenvolveu
de forma diferente, onde a formação do patriarca
agricultor sobressaia sobre o cidadão. Mais tarde surge a
escola primária, como a escola de primeiras letras gregas,
também surge à escola gramáticos, e muito mais tarde a
Lector.” ( BRANDÃO, 1995, p.35)
Se considerarmos o modelo de escola que temos hoje, com professor e
crianças, as primeiras escolas surgiram na Europa no século 12 em instituições
de caridade da Igreja Católica que além de ensinar a ler, escrever, contar, iam
transmitindo as lições do catecismo.
Após mais de três séculos, no início de colonização de nossa pátria, a
escola e sua ampliação pelo mundo estavam sujeitas a expansão do
catolicismo, em especial a Companhia de Jesus, e no Brasil colônia de
Portugal, não foi diferente.
12
1.1 – A Escola no Brasil.
No Brasil, o surgimento da primeira escola se deu em 1549, em
Salvador, e em 1554 na localidade mais tarde conhecida como Estado de São
Paulo, pelos padres jesuítas. Esse ano também marca a data da fundação da
cidade. Nessa escola inicial ensinava-se ler, escrever, matemática e a doutrina
católica.
Todo comentário que se faça sobre a história da educação, no Brasil,
tem que perpassar pela era jesuítica, pois tal época determinou o caminho que
o ensino seguiria. Após este período de defesa do cristianismo católico, dá-se
o período pombalino, onde o Estado assume a responsabilidade sobre o
processo educacional, mas o ensino é insuficiente. Com a vinda da família
portuguesa para o país, a educação ficou voltada para preparar as pessoas a
fim de servirem ao reino.
A partir daí, a educação passa por vários períodos e mudanças como o
período imperial (educação conservadora, mas sem planejamento), período da
Primeira República (descentralização do ensino - reformas educacionais),
período da Segunda República (após a Revolução de 30 – reconstrução da
nação – criação do Ministério da Educação e Saúde), período do Estado Novo
(criação do Senai, regulamentação do ensino secundário, formação
profissional), período da Quarta República (criação da LDB), período Militar
(educadores exilados – obrigatoriedade da profissionalização ao término do 2º
grau) e, por fim, período da Abertura Política (nova LDB).
Até os anos 20, a educação brasileira comportou-se
como um instrumento de mobilidade social. As classes
que detinham o poder econômico e político utilizavam-na
como distintivo de poder. As camadas médias
procuravam-na como a principal via de ascensão social,
prestígio e integração com as classes dominantes. Nesta
13
sociedade, ainda não havia uma função “educadora” para
os níveis médio e primário, razão pela qual eles não
mereceram atenção do Estado, senão formalmente. A
oferta de escola média, por exemplo, era incipiente,
restringindo-se, praticamente, a algumas iniciativas do
setor privado (Romanelli, 1983).
Na transição de uma sociedade oligárquica para urbano-industrial,
redefiniram-se as estruturas de poder, e o esforço para a industrialização
resultou em mudanças substantivas na educação. Estabeleceu-se a
necessidade de elaboração de um Plano Nacional de Educação, através da
Constituição de 1934, que coordenasse e supervisionasse as atividades de
ensino em todos os níveis. Foram regulamentadas as formas de financiamento
do ensino oficial em cotas fixas para a Federação, os Estados e os Municípios,
fixando-se ainda as competências dos respectivos níveis administrativos.
No Brasil, nos anos 80, pelo processo de abertura política e
democratização da sociedade todos os estados da federação se imbuíram do
propósito de elaborar suas propostas curriculares, buscando uma nova relação
com os conteúdos e os saberes. Com a organização da sociedade civil, que
buscava a educação como um direito do cidadão, pautando-se nos propósitos
progressistas reivindicava escola para todos, de boa qualidade e que
atendesse os menos favorecidos.
Implantou-se a gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário, e o
ensino religioso tornou-se optativo. Parte dessa legislação foi absorvida pela
Constituição de 1937, na qual estiveram presentes dois novos parâmetros: o
ensino profissionalizante e a obrigação das indústrias e dos sindicatos de
criarem escolas de aprendizagem, na sua área de especialidade, para os filhos
de seus funcionários ou sindicalizados. Foi ainda em 1937 que se declarou
obrigatória a introdução da educação moral e política nos currículos. Portanto,
paulatinamente, a sociedade brasileira passou a tomar consciência da
14
importância estratégica da educação para assegurar e consolidar as mudanças
econômicas e políticas que estavam sendo empreendidas.
Mas, apesar dessas mudanças, após a Revolução Industrial percebeu-
se a necessidade de mão de obra especializada, criando uma dicotomia na
educação. Educar para o trabalho ou para pesquisa? E em todos os
momentos, a educação teve um “patrão”, dedicando-se à Igreja, ao Estado ou
à sociedade.
Os momentos de crise são propícios para os projetos de mudança,
porém a mudança se constitui um desafio e esse desafio é intenso, pois
implica em novas formas de viver coletivo e também mudança de posturas
individuais. Portanto, não é fácil, uma vez que temos no passado, construções
que nos identificam e nos estimulam ao conservadorismo, embora a
insatisfação da situação presente instigue à mudança.
Nos estudos sobre mudança também se deve dar importância ao
imaginário, o qual faz parte da definição da história e dos processos de longa
duração, onde se podem constatar as dificuldades e a lentidão das mudanças.
Com essas considerações é possível relacionar os processos históricos de
mudança e as reformas educacionais, pois se dão em momentos de crise, e
estão profundamente vinculadas às culturas, e interferem na vida social
cultural e econômica das pessoas, são historicamente construídos. A idéia de
mudança vem acompanhada das perguntas para onde se dirigia a sociedade e
para onde deve dirigir-se agora?
Na sociedade atual, embora se queira dar as costas ao passado, vê-se
nos projetos de políticas, expostos pelos governantes através das leis, uma
recorrência de práticas onde o passado vive no presente:
Ele persiste implacável na memória (coletiva, grupal, individual) e
ressurge com reiterada firmeza: ora imperceptivelmente, no cotidiano privado
de cada um, ora espetacularmente, pelos mecanismos do marketing e da
15
publicidade, ora com a pompa e circunstância, sob a forma do revival político,
dos fundamentalismos e do reaproveitamento cultural.
Essa relação entre a mudança e a permanência, refletindo o presente
através de uma retomada do passado, serve como baliza para as discussões
de projeção sobre o futuro, porque apontam caminhos para um investimento.
1.1.1 – As Mudanças na Estrutura Escolar.
Na escola, por ser um lugar de muitas relações, circula a vida das
pessoas e também há uma rotatividade de muitas pessoas. Os alunos passam
pela escola, constroem relações em um curto espaço de tempo, mas que
marcam sua vida, contribuindo para as decisões que pretendem tomar. Os
educadores se constituem profissionais na relação com seus pares, disputando
poder pela hierarquia dos saberes, ou pela posição que ocupam na
organização das funções no interior da escola e com a comunidade. Outros
profissionais também exercem suas funções de apoio técnico, de serviços
gerais nesse espaço escolar. Por isso, as mudanças de ordem material e
espiritual precisavam se fazer sentir em todas as instâncias do sistema escolar.
Em todas as passagens por mudanças de ordem sócio-política, a
escola não mudou sua característica física (prédio, cadeiras, alunos,
professor). Teve, sim, algumas alterações quanto ao tipo de pedagogia e é
apoiada em uma das tendências pedagógicas que a escola tece o seu futuro,
dependendo da comunidade em que está inserida e o público que deseja
atender.
As teorias pedagógicas devem ser entendidas aqui como aquelas
teorias que buscam:
equacionar, de alguma maneira, o problema da relação
educador-educando, de modo geral, ou, no caso
específico da escola, a relação professor-aluno,
orientando o processo de ensino e aprendizagem”
(SAVIANI, 2005a, p. 1)
16
Algumas características dessas pedagogias como tipo de conteúdo a
ser trabalhado, papel da escola (objetivo no que se refere ao aluno), método
de ensino, relação aluno X professor, tipo de aprendizagem e, principalmente,
qual a ideia principal que deve ser ressaltada para que a escolha do
gestor/diretor/coordenar seja de acordo com o público-alvo da instituição.
O quadro abaixo faz uma síntese das mudanças ocorridas na Escola:
Papel da Escola Conteúdos Métodos
Professor x
aluno Aprendizagem Ideia
principal
Pedagogia Liberal
Tradicional.
Preparação intelectual e moral dos alunos para
assumir seu papel na sociedade.
Conhecimento e valores sociais
são acumulados através dos tempos e
repassados aos alunos como
verdades absolutas.
Exposição e demonstração
verbel da matéria e / ou por meios
de modelos.
Autoridade do professor que exige atitude receptiva do
aluno.
A aprendizagem é receptiva e
mecânica, sem se considerar
as características
próprias de cada idade.
A escola tem por função preparar os indivíduos
para desenvolver
papéis sociais, tendo que aprender a adaptar-se aos valores e
às normas que a
sociedade de classes
impõe, não levando em
conta a desigualdade
social
Tendência Liberal
Renovadora Progressiva.
A escola deve adequar as
necessidades individuais ao meio social.
Conteúdos são estabelecidos a
partir das experiências vividas pelos
alunos frente às situações
problemas.
Por meio de experiências, pesquisas e método de solução de problemas.
O professor é auxiliador no
desenvolvimento livre da criança.
É baseada na motivação e na estimulação de
problemas.
Tendência Liberal
Renovadora não-diretiva
(Escola Nova)
Formação de atitudes.
Baseia-se na busca dos
conhecimentos pelos próprios
alunos.
Método baseado na facilitação da aprendizagem.
Educação centralizada no
aluno e o professor é quem
garantirá um relacionamento
de respeito.
Aprender é modificar as
percepções da realidade.
Tendência Liberal
Tecnicista.
É modeladora do comportamento humano através
de técnicas específicas.
São informações ordenadas numa seqüência lógica
e psicológica.
Procedimentos e técnicas para a transmissão e recepção de informações.
Relação objetiva onde o professor
transmite informações e o
aluno vai fixá-las.
Aprendizagem baseada no
desempenho.
Tendência Progressista Libertadora
Não atua em escolas, porém
visa levar professores e
alunos a atingir um nível de
consciência na busca da
transformação social.
Temas geradores.
Grupos de discussão.
A relação é de igual para igual,
horizontalmente.
Resolução da situação
problema.
Parte de uma
análise crítica
das realidades
sociais, não se
baseia numa
sociedade
capitalista,
tornando-se Tendência Progressista
Transformação da personalidade num sentido
As matérias são colocadas mas
Vivência grupal na forma de auto-
É não diretiva, o professor é
Aprendizagem informal, via
17
Libertária. libertário e autogestionário.
não exigidas. gestão. orientador e os alunos livres.
grupo. assim, um
instrumento de
luta dos
professores ao
lado de outras
práticas
sociais.
Tendência Progressista "crítico social
dos conteúdos ou
"histórico-crítica"
Difusão dos conteúdos.
Conteúdos culturais
universais que são incorporados pela humanidade frente à realidade
social.
O método parte de uma relação
direta da experiência do aluno X saber sistematizado.
Papel do aluno como participador
e do professor como mediador
entre o saber e o aluno.
Baseadas nas estruturas
cognitivas já estruturadas nos alunos.
Então, em que momento estaríamos hoje? Vivemos num país onde há
uma mistura de todas essas tendências, onde Saviani, num artigo (1981),
descreve sobre este conflito que os profissionais da educação vivenciam nesta
época.
Os professores têm na cabeça o movimento e os
princípios da escola nova. A realidade, porém, não
oferece aos professores condições para instaurar a
escola nova, porque a realidade em que atuam é
tradicional. (...) o professor se vê pela pedagogia oficial
que prega a racionalidade e a produtividade do sistema e
do seu trabalho, isto é: ênfase nos meios (tecnicismo).
(...) E não aceita a linha crítica porque não quer receber a
denominação de agente repressor.”
Freitas (1995), ao comentar a tese do Instituto Central de Ciências
Pedagógicas da Rússia a respeito da posição propedêutica da psicologia, da
sociologia e de outras áreas de conhecimento em relação à pedagogia,
enfatiza que:
Essa concepção conduz à compreensão da pedagogia
como se fosse um sistema de teses fundamentadas por
outras ciências. Embora o conhecimento dessas
disciplinas seja fundamental para a elaboração da teoria
educacional e pedagógica e para as recomendações das
práticas, de nenhuma maneira isso quer dizer que se
18
determine o campo da pedagogia por meio de outras
ciências. A pedagogia estuda o processo educacional em
sua totalidade e em sua especificidade qualitativa. Uma
particularidade essencial da pedagogia consiste em que
ela não é uma simples soma dos resultados de outras
ciências. Ela reelabora tais resultados de tal forma que
contribuam para esclarecer os diferentes componentes,
relações e generalidades do processo educacional [...] A
pedagogia, portanto, opera em um nível qualitativo
diferente daquele das ciências individuais que lhe servem
de referência epistemológica tais como a psicologia, a
sociologia e outras. Esse nível qualitativamente diferente
está expresso na própria elaboração da teoria
educacional e pedagógica, em relação dialética com a
prática social multifacetada. Este é o papel de uma
ciência pedagógica (FREITAS, 1995, p. 86-87, grifos do
autor).
É preciso entender que toda prática pedagógica é necessariamente
influenciada por um corpo teórico, ainda que essa teoria não esteja clara para
os sujeitos nela envolvidos; pois, assim como não há prática pedagógica
desinteressada, também não há prática pedagógica infundada. Dessa maneira,
a dimensão dialética existente entre teoria e prática permanece preservada,
pois é fato que toda ação tem uma teoria como eixo.
1.2 – A Escola e o Mercado de Trabalho.
A escola tem como função social “formar o cidadão”, isto é, construir
conhecimentos, atitudes e valores que permitam ao estudante ouvir, pensar,
analisar, questionar, opinar, entender, decidir, resolver, ser ético, solidário e
participativo, o que lhe permitirá ir de encontro aos seus anseios futuros.
19
O papel da escola na vida e na formação das pessoas é crucial e
nessa perspectiva é necessário valorizar a construção da cidadania, a
aprendizagem, a cultura e o saber do estudante e da comunidade e o
aproveitamento significativo do tempo pedagógico. Sem considerar estas
questões, a educação na escola continuará formando pessoas para uma
sociedade e um mercado que não existem mais.
Além da distância entre a escola e o mercado de trabalho, percebe que
saber que o Brasil está na América do Sul ou que balanço se escreve com
cedilha não o ajuda muito. Não. Não estou dizendo que o conhecimento
escolar não é importante. Sim, é. Apenas que é preciso aproximá-lo do
mercado de trabalho e desenvolver competências para esta realidade.
Formar o cidadão é uma grande responsabilidade e precisamos pensar
para além do currículo. Como são processadas as informações
(conhecimento)? Quais são os canais de recepção dessas informações? Qual
a importância destes canais na aprendizagem? E a aula? É didaticamente
criativa? Diferenciada? Utiliza-se a tecnologia? E a pesquisa? Prioriza a
resolução de problemas? Há um comprometimento com uma educação
empreendedora?
Através das leis, percebe-se que as alterações feitas estão sempre se
voltando para o mercado de trabalho. A primeira estrutura organizada do
ensino foi no Estado Novo (Leis Orgânicas – 1942 a 1946), conforme quadro
abaixo:
20
Fonte: Política Educacional (pág. 46) – Antonio Ney – Editora Wak
Época da criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Sesi), que responderia pela formação da mão de obra dos operários das
indústrias. Sem comprometimento com o ensino público. Se no 1º ciclo o aluno
se interessasse pela área comercial, deveria continuar seus estudos até o
ensino superior, sem a opção de alterar sua escolha inicial.
Além do conhecimento técnico, é preciso pesquisar, preparar-se, estar
atento às mudanças, inovar, ser criativo, empreendedor e buscar resultados.
Este é o perfil que o mercado precisa e que deve ser trabalhado para que o
jovem possa exercer a sua cidadania.
A partir da LDB de 20/12/61 foi alterada a estrutura do ensino, dando a
possibilidade a quem cursasse o 1º ciclo pudesse escolher qualquer curso no
Ensino Médio e dar prosseguimento a outro no Ensino Superior de outra área,
além de dar a equivalência aos cursos de Ensino Médio e Profissionalizante.
21
De acordo com o esquema a seguir fica mais claro essa explicação:
Fonte: Política Educacional (pág. 49) – Antonio Ney – Editora Wak
A indústria, o comércio, a sociedade estão sempre em destaque
quando o assunto é Educação, portanto é preciso se preocupar com os alunos
que estamos formando e para quê estamos formando.
Educação empreendedora? Por que não? Além da preocupação com
as competências escolares é preciso colocá-las em sinergia com situações
reais. O educando acumula amplo conhecimento, passa em concursos,
consegue bons empregos, mas não mobiliza o que aprendeu nas situações
reais, não consegue usar o que aprendeu no cotidiano. Esta aproximação deve
22
acontecer, afinal cidadão é aquele que ouve, pensa, analisa, questiona, opina,
entende, decide e resolve.
A sociedade muda junto com o comércio e com a indústria. Por que
somente a escola tem que ficar estagnada, acreditando que no faz-de-conta
existe um lugar para professoras sempre sorridentes, amando seus alunos,
com baixos salários (“porque não é isso que importa”), carteiras enfileiradas,
diretores pensando somente na área pedagógica, etc?
É preciso acordar e perceber o quanto é importante ter um bom
atendimento, fazer propaganda, ouvir seus funcionários, dar feedback sobre os
problemas encontrados, negociar, investir, entre outras coisas que toda
empresa sempre deve fazer e, se a escola não despertar para o novo tempo,
vai ficar para trás.
CAPÍTULO II
Escola: empresa ou instituição (definição)
23
Dentre várias definições da palavra empresa vale ressaltar a da
Wikipédia que “é um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma
atividade particular, pública, ou de economia mista, que produz e oferece bens
e/ou serviços, com o objetivo de atender a alguma necessidade humana”.
Por outro lado, de acordo com a mesma fonte, instituições “são
organizações ou mecanismos sociais que controlam o funcionamento da
sociedade e, por conseguinte, dos indivíduos, mostram-se de interesse social,
uma vez que refletem experiências quantitativas e qualitativas dos processos
socioeconômicos. Organizadas sob a forma de regras e normas, visam à
ordenação das interações entre os indivíduos e entre estes e suas respectivas
formas organizacionais. Com outras palavras, as instituições sociais têm seu
papel fundamental no processo de socialização, ou seja, tem como objetivo
fazer um indivíduo tornar-se membro da sociedade”.
Revendo essas definições poderíamos dizer que a escola se enquadra
em qualquer uma das duas e não somente em instituição. A escola é sim uma
empresa. Uma empresa que tem como objetivo atender uma necessidade
humana, da sociedade.
Enxergar uma organização como empresa tem também
seu lado de enxergá-la como uma organização
responsável que, além de atingir seus objetivos, procura
fazê-lo de forma otimizada. No caso da escola particular,
o conceito pode ser mal compreendido ao considerar o
ensino como uma missão, porém também no caso deste,
ensinar é, além de uma paixão, vocação e missão, a
profissão que garante sua sobrevivência. (Mario Persona,
escritor, PALESTRANTE, professor, consultor de
comunicação estratégica e marketing)
24
Não é possível se pensar numa escola que consiga sobreviver por
muito tempo com a qualidade que o mercado exige se não planejar,
desenvolver estratégias e até mesmo expor sua capacidade para o mercado. É
preciso assumir a educação como negócio e isso acaba sendo uma forma
mais honesta do que tentar cobrir a atividade com uma obra de caridade, onde
todos que ali trabalham o fazem por amor.
Mesmo porque, se há colaboradores e fornecedores, existe uma
responsabilidade financeira para com essas pessoas e empresas. Além disso,
há clientes (os alunos) interessados no sucesso do empreendimento e na sua
continuidade.
A segurança para todos esses componentes que fazem parte da
instituição/empresa está em enxergar uma organização atuando de forma
transparente e de acordo com as práticas de mercado, com ética e
credibilidade.
Os tempos mudaram e a grande maioria está interessada em escolas
fundadas há muitos anos, que oferecem qualidade e seriedade no ensino e
que costumam estar associadas à tradição e aos valores que os pais esperam
que seus filhos encontrem nessas escolas.
Mas é importante notar que os pais de hoje são filhos ou netos de uma
geração que conheceu a existência normalmente de apenas dois tipos de
escolas: religiosas e do governo. Para aquela geração, não eram comuns as
escolas particulares no sentido das de hoje. Porém aquela geração está
passando e essa percepção que seus filhos e netos trazem vai se diluindo até
não sobrar mais nada da percepção do passado. Além disso, o ensino das
escolas mantidas pelo governo caiu muito e para a classe com maior poder de
consumo, apenas dois tipos de escolas permanecem em sua mente no leque
de decisão: a escola particular boa e a escola particular ruim.
Como esse pai ou essa mãe irá conhecer a capacidade de uma
instituição se ela não concorrer ombro a ombro com as outras por um lugar no
25
mercado, expondo e valorizando sua marca e mostrando claramente suas
qualidades? Daí a necessidade da instituição saber ser diferente em um tempo
diferente. Caso contrário, se uma instituição pretende mesmo ser vista como
uma instituição benemérita, sem ser confundida com uma empresa e ser
reconhecida como uma missão, é necessário que procure obter sua receita de
donatários simpatizantes e dirija todo o seu trabalho de ensino aos pobres e
incapacitados de pagar.
Em entrevista a alguns pais de escolas particulares, eles responderam
que buscam uma escola de qualidade que se resume não somente aos
conteúdos curriculares oferecidos, mas a um bom espaço físico, atividades
extras como aulas de teatro, música na Educação Infantil e no 1º segmento da
Educação Fundamental. Mas preferem que o ensino seja mais tradicional no
que se refere ao 2º segmento e ao Ensino Médio, porque estão preocupados
com o Vestibular e/ou a formação profissionalizante.
Já no caso dos pais de escolas públicas, os mesmos responderam que
não é a estrutura que é o fator determinante, mas que o método tradicional é
mais confiável. A busca por cursos profissionalizantes é bem maior nas classes
mais pobres.
Ou seja, os pais não estão procurando o “amor” pela profissão, no
caso dos professores. O que eles buscam são profissionalismo e um serviço
oferecido bem feito.
CAPÍTULO III
Escola pública e privada – Foco no resultado
Parece um absurdo começar a falar sobre foco no resultado em
escolas. Mas, o tempo todo, os gestores das instituições de ensino estão
26
preocupados com o efeito que uma avaliação baixa no IDEB acarretará nas
próximas matrículas. Além do Ideb, ainda existem outras formas de uma
escola ser avaliada e isso faz com que os gestores, coordenadores e
professores se voltem para resultados.
No ano de 2006, no Estado de Minas Gerais, o governo estadual
implantou um sistema de verificação de qualidade no 1º ano, conseguindo
avaliar os alunos quanto à leitura. De acordo com a matéria “Educação com
foco nos resultados”, publicada no site da Secretaria de Educação do Estado:
“Todas as crianças lendo até os oito anos de idade em
Minas Gerais” esse é um compromisso que as redes
municipais e estadual de ensino devem assumir, de
acordo com a secretária de Estado de Educação,
Vanessa Guimarães Pinto. A sugestão foi feita durante a
palestra de abertura do 20º Fórum Estadual da Undime –
União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação –
em Belo Horizonte. Ela falou sobre “Educação, parceria
estado e município”, para uma platéia composta por
secretários municipais de educação, prefeitos e
educadores de vários municípios mineiros. (...)A avaliação
de todas as crianças de oito anos realizada pela
Secretaria de Estado de Educação (SEE) em 2006, um
sofisticado teste que avalia o nível de leitura e escrita,
batizado de Pró-Alfa, é um exemplo de interação que só
acontece em Minas. Todas as crianças foram avaliadas
individualmente e ao mesmo tempo nas duas redes, sem
custos para os municípios. Os resultados foram
encaminhados para os dirigentes municipais e para todos
os diretores das escolas estaduais. A SEE enviou o
resultado já com as orientações para o aprendizado
27
recomendado, no caso das escolas estaduais onde havia
crianças com baixo desempenho. Para Vanessa
Guimarães, esse tipo de avaliação deve ser instrumento
para uma ação imediata. Este ano participam do Pró-Alfa
as crianças de oito anos e aquelas que apresentaram
baixo resultado nos testes de 2006.
O objetivo do foco no resultado é o mesmo, tanto nas escolas
particulares quanto nas públicas: o aprendizado. Se este não acontecer, a
escola não conseguirá se sustentar por muito tempo.
As empresas que transformam o conhecimento em uma ferramenta útil
podem controlar o destino dos concorrentes, inovando e mantendo a
vanguarda do mercado sem que os consumidores sejam obrigados a manter
uma fidelidade, pois os produtos e serviços oferecidos são os melhores, não
precisando de amarras como os concorrentes incompetentes.
Para que todo esse trabalho chegue ao ponto culminante que é o
aluno apreender o conhecimento, é necessário que haja um planejamento, um
projeto que possa guiar os passos do corpo de funcionários. E eles precisam
estar comprometidos.
Outro fator interessante é que as escolas sempre buscam copiar os
concorrentes, já que não sabem que dentro do Marketing não existe o certo e o
errado, mas o que funciona e o que não funciona para cada uma das
empresas existentes.
Esta diferença de percepção também deixa mais claro como a
organização deve ser tratada, o que um concorrente usa pode servir
inicialmente como referência, mas não é viável apenas copiar o que foi feito e
jogar dentro da sua escola, já que não dará certo devido às inúmeras
diferenças existentes entre as empresas.
28
Mas ainda assim muitas organizações teimam em seguir o que os
concorrentes definem, sem se darem conta de que estão deixando os seus
destinos nas mãos das empresas de maior destaque, já que sempre estará
atrás do que a concorrência fez para então aplicar dentro de si.
Diante deste desafio em criar algo novo as empresas também perdem o foco,
já que em certos casos preferem deixar a busca pelas referências já
existentes, partindo para algo que ainda não foi feito, e que requer muitos
estudos e pesquisas, mas que quando estão na vanguarda em um mercado
geram a necessidade de cuidados maiores.
Com estas ações as escolas tem mais facilidade desenvolver um
planejamento dentro de limites com os quais ela consegue lidar, mas que na
maioria dos casos foge ao controle devido à incapacidade das organizações
em conhecerem a si, aos clientes e o mercado como um todo.
Para conseguir dar início e continuidade a um planejamento, o
responsável pela gestão administrativa deve ter como foco o bem estar de
seus funcionários, pois são eles que ajudam a organização a alcançar seus
objetivos. Existem empresas que acreditam que motivam seus funcionários,
mas na verdade estão tratando-os apenas como mais um recurso.
Os funcionários de uma organização podem sentir-se pessoas tratadas
como recursos ou como parceiros:
PESSOAS COMO RECURSOS PESSOAS COMO PARCEIROS
Empregados isolados nos cargos Colaboradores agrupados em equipes
Horário rigidamente estabelecido Metas negociadas e compartilhadas
Preocupação com normas e regras
Preocupação com resultados
Subordinação ao chefe Atendimento e satisfação do cliente
29
Fidelidade à organização Vinculação à missão e à visão
Dependência da chefia Interdependência com colegas e equipes
Alienação à organização Participação e comprometimento
Ênfase na especialização Ênfase na ética e na responsabilidade
Mão de obra executoras de tarefas (ênfase nas destrezas manuais)
Inteligência e talento
Hoje em dia, empresas sem funcionários comprometidos não
conseguem caminhar. Uma escola (assim como uma empresa) trabalha em
cima de projetos e planos. Assim sendo, não se pode conceber uma escola
sem um projeto pedagógico, mas também não se pode esquecer de uma boa
gestão administrativa a fim de que a instituição seja mais competitiva no
mercado.
Gandin diz que o programa, dentro de um plano, é o espaço onde são
registradas as propostas de ação do planejador, visando a aproximar a
realidade existente da realidade desejada. Desse modo, na elaboração de um
programa é necessário considerar quatro dimensões:
"a das ações concretas a realizar, a das orientações para
toda a ação (atitudes, comportamentos), a das
determinações gerais e a das atividades permanentes"
(GANDIN, 1993, p. 36 e 1995, p. 104).
O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois o desejo de
transformar sonhos em realidade objetiva é uma preocupação marcante de
toda pessoa. Em nosso dia a dia, sempre estamos enfrentando situações que
necessitam de planejamento, mas nem sempre as nossas atividades diárias
são delineadas em etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao
contexto de nossa rotina. Entretanto, para a realização de atividades que não
estão inseridas em nosso cotidiano, usamos os processos racionais para
alcançar o que desejamos.
30
As ideias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas
nos dias atuais, mas um dos complicadores para o exercício da prática de
planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso adequado dos
mesmos. Cabe ressaltar que, neste breve texto, não se pretende abordar todos
os níveis de planejamento, mesmo porque, como aponta Gandin (2001, p. 83),
é impossível enumerar todos tipos e níveis de
planejamento necessários à atividade humana. Sobretudo
porque, sendo a pessoa humana condenada, por sua
racionalidade, a realizar algum tipo de planejamento, está
sempre ensaiando processos de transformar suas idéias
em realidade. Embora não o faça de maneira consciente
e eficaz, a pessoa humana possui uma estrutura básica
que a leva a divisar o futuro, a analisar a realidade a
propor ações e atitudes para transformá-la.
Uma boa instituição de ensino deve ter um planejamento tanto de
indicadores pedagógicos para se basear, quanto de indicadores financeiros,
pois o equilíbrio entre os dois gera resultados positivos e garante uma boa
sustentabilidade no negócio. A boa gestão, de uma maneira geral, garante um
diferencial e é capaz de atrair alunos e pais, os quais acabam se identificando
com a marca (de sucesso).
CAPÍTULO IV
Estudo de Casos
4.1 Estudo de Caso - 1
Foi realizado um estudo de caso na escola CIEP 052 – Xxxxxx,
situado no bairro Boa Vista, em São Gonçalo-RJ e serviu como um dos objetos
de estudo, por ser uma instituição pública e poder auxiliar na comparação.
31
Para tanto, ao se analisar toda estrutura da escola, desde a
portaria ao gestor, pode-se perceber que há uma preocupação com o
atendimento aos pais e alunos, com as instalações (boa apresentação), que o
professor seja participativo, entre outras coisas.
Os funcionários são preocupados com o que acontece na escola,
alguns são contratados (e moram na comunidade) e por isso mesmo valorizam
as pessoas que estão envolvidas na instituição.
Na secretaria, optou-se por um horário de atendimento
diferenciado e exclusivo. Durante seis horas o setor abre para atendimento e
as outras duas horas ficam para serviços burocráticos, que não são poucos.
O componente pedagógico é discutido frequentemente nas
reuniões de professores, sempre utilizando como base os medidores de
qualidade de ensino do governo e ficha individual dos alunos.
Durante anos, a escola foi dirigida por pessoas que não se
dedicavam à instituição e, ainda por cima, faziam “rolos” para conseguirem
algum dinheiro em cima do que o governo disponibilizava para a merenda,
serviços extras, etc.
Há sete anos, quando existiam duas residências no terraço do
Ciep, uma para meninos e outra para meninas, a diretora da época (e que
continua no cargo) comprava peças de cama, mesa e banho de qualidade,
eletrodomésticos, entre outros para, que as crianças tivessem uma noção do
que é uma casa de verdade. Essa informação foi colhida através de
funcionários e confirmada pela própria diretora.
A gestão desta escola é participativa e, segundo a diretora Fatima
Nadir, “a participação dá aos funcionários a possibilidade de controlar o próprio
trabalho, porque se sentem responsáveis pelo que fazem, pelos resultados”. E
de acordo com Marques (1987 : 69), “a participação de todos, nos diferentes
níveis de decisão e nas sucessivas faces de atividades, é essencial para
assegurar o eficiente desempenho da organização”.
A participação dos professores nessa escola não diz respeito
somente a festas juninas, formaturas, etc. Eles participam da revisão do PPP e
32
a maioria das reuniões da diretora é aberta aos funcionários, para que possam
opinar a respeito da cozinha, dos projetos, da limpeza, etc.
Comprovadamente, a gestão administrativa participativa, além de
dar certo, dá mais credibilidade e disposição aos funcionários para trabalharem
em projetos que eles mesmos participaram ou opinaram, superando a
acomodação, a alienação, os comportamentos individualistas e estimulando a
construção de espírito de equipe.
É discutindo e analisando os problemas que vivenciam na escola,
que os funcionários conseguem determinar um caminho para superar as
dificuldades que julgarem mais carentes de atenção.
4.2 - Estudo de Caso - 2
O segundo estudo de caso foi realizado no Colégio Xxxx, situado
no bairro de Itaipu-Niterói e por ser uma instituição privada é possível provar
com mais clareza que as escolas são empresas que precisam dar resultados.
Esta instituição possui 19 anos de fundação e a educação infantil é
baseada nos princípios construtivistas, que se estende até o 3º ano do
fundamental I. A partir do 4º ano a base pedagógica da escola passa a ser
sociointeracionalista.
33
Ao se analisar toda estrutura da escola, desde a portaria ao gestor,
é nítido e claro que a preocupação com o atendimento aos pais e alunos é em
primeiro lugar, além disso, tem sempre alguém da área de limpeza mantendo o
ambiente limpo. Com relação aos professores, esses também são muito
participativos.
Os funcionários são preocupados com o que acontece na escola,
mas não porque gostam de estar ali, porém porque precisam. Em alguns casos
existe a valorização, mas é restrita a alguns setores.
Cada setor merece uma análise separada, pois dessa forma é
possível mostrar com mais clareza que a comunicação, a gestão participativa é
de vital importância para a empresa.
Na portaria ficam os inspetores que conhecem melhor os alunos e
seus pais, a fim de que não haja problemas na saída. Entretanto, o ideal seria
que os outros inspetores fizessem um rodízio junto com mais antigo, para que
pudesse substituir a portaria em qualquer horário.
Os eventos da escola são feitos, normalmente, aos sábados e à
noite. Os funcionários da manutenção, inspetores, da secretaria eram todos
convocados e, por mais incrível que pareça, não havia qualquer bônus por
isso. Às vezes um ou outro saía mais cedo ou chegava mais tarde. E o local
que mais sofria era o setor da secretaria, por trabalhar diretamente com o
diretor, pois o mesmo reclamava quando uma das funcionárias precisava de
algumas horas.
Nos “bastidores” só se viam pessoas reclamando, caras cansadas,
mas nenhuma tinha coragem de pedir algo mais ao diretor. Porém, devido aos
desgastes com a secretaria (um dia uma sai mais cedo, outro dia outra entra
mais tarde) aliados a alguns dias de movimento sem o total de funcionárias no
atendimento, o diretor pediu que fosse criado um banco de horas.
Infelizmente, o diretor não aplicou a mesma regra para todos,
pagava as horas extras dos funcionários da Manutenção(limpeza) e dos
inspetores, mas com a secretaria manteve em banco e informou que
aguardassem três meses para o pagamento ou uso dessas horas dentro desse
período.
34
Se por um lado, a secretaria saiu ganhando porque não solicitavam
mais sua presença nos eventos, por outro lado não conseguiam abater suas
horas porque o diretor reclamava quando assim o faziam. As funcionárias
estavam completamente desmotivadas. Sempre que algum pai/mãe de maior
confiança delas chegava na secretaria, elas pediam indicação de emprego.
O reconhecimento desse setor ficou num barco à deriva. O líder
desse setor na verdade é um chefe. Não existe prazer no trabalho quando ele
está por perto, já que nunca acontece um elogio por algo que alguém tenha
feito, além do próprio serviço. Mas se, por um acaso, errar nesse mesmo
ofício, o funcionário é chamado à atenção.
Quanto aos professores, esses são coordenados divididos em
seus próprios segmentos. Enquanto a coordenadora da Educação Infantil tem
um atendimento excelente com os pais, não o reflete nos professores. Já que
se algo acontecer, a mesma se deixa levar pelas acusações dos pais quando
diz respeito ao trabalho do professor e chama a atenção do mesmo na frente
do responsável. Ao invés de, se achar que o educador está errado, falar com o
pai que irá conversar com o professor e dar o retorno posteriormente, sem
demonstrar que concorda que seu professor é o errado.
No primeiro segmento do ensino fundamental, a coordenadora faz
um bom trabalho. Envolve-se nos problemas e não concorda com os pais de
imediato, diz que vai buscar informações e depois dá o retorno. O único defeito
que parece ter é o de exagerar suas ações quando os diretores estão por
perto, o que não seria necessário, pois seu trabalho é bom o suficiente.
Já a coordenadora do fundamental II está sempre muito
preocupada com o que acontece na escola, faz a função de orientadora
educacional, mas não atende todas as ligações dos pais, parece não ter
paciência para tal, mas quando a direção está por perto faz tudo direitinho.
Com isso, os pais reclamam que ligaram e não retornaram e as coordenadores
dizem que não receberam o recado.
Por esse motivo a secretaria criou um caderno de recados para as
coordenadoras, onde as mesmas deverão assinar o ciente na hora do almoço
35
e antes de sair, a fim de poder dar o retorno a todos os pais. Ainda está em
teste, mas parece ser uma boa ideia.
A coordenadora do ensino médio é comum, não procura um
diferencial para o segmento em questão de conteúdo, mas faz o seu “feijão
com arroz”.
O setor da manutenção tem uma carga horária muito puxada, eles
trabalham das 6h30min às 18h, com um intervalo de uma hora para almoço.
Porém, neste caso, seria muito mais produtivo oferecer uma carga horária
menor para novos funcionários e propor uma revisão no salário para redução
da carga horária para os antigos, já que as horas extras são pagas por fora. O
que também evitaria processos futuros. Alguns funcionários ficam sem ter o
que fazer, aproveitando o tempo na cozinha conversando. Por isso o ideal
seria uma escala que ofereceria mais qualidade de vida, mais tempo para a
família, para resolver seus problemas, entre outras coisas.
Com os inspetores, a situação já é outra. Apesar de entrarem no
mesmo horário do pessoal da manutenção, eles não têm sobrecarga de
pessoal e cada um já esta no seu setor. Nos eventos eles fazem escala e
conseguem se resolver.
Os professores, de uma maneira geral, não se sentem
desamparados. A escola oferece material didático, recursos audiovisuais e
boas instalações. Nem todas as salas possuem ar condicionado, mas está
previsto colocar nas salas da educação infantil e até o 2º ano para o ano de
2012.
Além disso, a instituição oferece cursos de aprimoramento para os
professores e demais funcionários proporcionados por uma rede de ensino, do
qual a escola escolheu como apoio didático.
O componente pedagógico é discutido frequentemente nas
reuniões de professores, sempre utilizando como base os medidores de
qualidade de ensino do governo, ficha individual dos alunos e o parâmetro da
rede de ensino.
A gestão desta escola somente é participativa no que diz respeito
ao pedagógico, mas a administração financeira é ainda muito arcaica,
36
acreditando que os funcionários são robôs. Sua linha de pensamento é voltada
para Taylor, onde apenas o trabalho deveria ser estudado e o ser humano era
desconsiderado em seus estudos. Seu foco sempre foi a tecnologia dos
processos e não das pessoas, lembrando, e muito, do diretor desta instituição.
Seu estudo aconteceu em uma época bem propícia, pela
abundante mão-de-obra desqualificada e barata, pela
quase ausência de leis trabalhistas e sindicatos; pelo
aparecimento de indústrias automobilísticas e
crescimento das demais que gozavam de grande poder
econômico. Tinha consigo a convicção de que com a
participação de todos (empregado e patrão) no aumento
da produtividade, todos sairiam ganhando. Sua principal
fonte de inspiração era a máxima eficiência produtiva,
visando à empresa e não ao trabalhador. (CHIAVENATO,
2000).
Mais uma vez, é importante ressaltar que, comprovadamente, a
gestão administrativa participativa, “além de dar certo, dá mais credibilidade e
disposição aos funcionários para trabalharem em projetos que eles mesmos
participaram ou opinaram, superando a acomodação, a alienação, os
comportamentos individualistas e estimulando a construção de espírito de
equipe”.
Como pode ser possível, os mesmos funcionários que são tratados
como robôs, como os da secretaria, sentirem-se seres participantes da escola,
se dificilmente os funcionários são escutados e quando o são, não muda nada.
É como se fala corriqueiramente “entra por um ouvido e sai pelo outro.
A gestão participativa da parte pedagógica funciona perfeitamente
bem, mas e da administrativa? Será que as próprias funcionárias que lidam
com os problemas do dia a dia não têm condições de opinar? Não, o problema
é que esse diretor precisa urgentemente participar ativamente de um dos
cursos de aprimoramento que a própria instituição oferece, porque de
37
financeiro ele entende, mas precisa (no mínimo) de um curso de gestão de
pessoas para conseguir a excelência em qualidade na sua empresa.
A padronização ainda é o método encontrado por ele para o
alcance dos objetivos organizacionais.
“Vimos neste capítulo que o centro educativo pode ser
entendido como uma empresa, sem necessidade de
forçar excessivamente o conceito. [P] É evidente que as
técnicas de gestão utilizadas no centro educativo são
muitas mais, porém não é objectivo destas páginas fazer-
lhe uma revisão exaustiva [P] A nossa intenção consistiu,
preferencialmente, em apresentar um pequeno panorama
da situação para nos centrarmos nos próximos capítulos
em três grandes ferramentas: - finanças - marketing –
controlo de gestão” (Gómez e Jiménez,1992; cit. por
Costa, 2003, p.31)
A padronização não é o problema, mas a solução são as três
ferramentas citadas por Gómez e Jiménez bem aplicadas. Se nas finanças a
escola está bem e também consegue trabalhar bem seu marketing, ótimo. Mas
no controle de gestão, inclui pessoas, funcionários, que devem estar satisfeitos
com o ambiente de trabalho e salário oferecido, precisa ter uma boa gestão de
pessoas. Como convencer um pai de aluno a matricular seu filho na escola se
o funcionário não está satisfeito com a instituição? E esta pergunta pode ser
adaptada a qualquer empresa, como por exemplo, como convencer um cliente
a comprar seu produto se o funcionário não está satisfeito com a empresa?
38
CONCLUSÃO
As escolas não querem ser vistas como empresas e, às vezes, os
administradores de empresas quando assumem a direção de uma instituição
de ensino vêm carregados de preconceitos.
Se por um lado a escola acredita que ao administrador somente
interessam resultados e lucros; o administrador irá explorar a Escola; os
objetivos da Escola são diferentes, não é possível a parceria; a Escola irá se
descaracterizar; o administrador não entende “nada” de Ensino e Pesquisa.
Por outro lado o administrador tem seu preconceito em relação à
escola: a Escola é burocratizada; a Escola é desorganizada; a Escola não tem
os pés no chão; a Escola não quer criar compromissos com o mercado; a
Escola é uma “Torre de Marfim”, inatingível.
39
Essa união parece impossível, mas não é, porque os dois
(pedagógico e administrativo) sabem que o que faz uma instituição de ensino
crescer e se manter em crescimento é a qualidade de ensino do seu produto
principal: a proposta pedagógica, a qualidade do corpo docente e as relações
interpessoais com os alunos e familiares (atendimento).
Obviamente que se houver uma administração ruim, a instituição
vai padecer e seus produtos também, porque o corpo docente não vai
continuar, as relações ficarão estremecidas e, consequentemente, a proposta
pedagógica não será levada adiante.
Basta, dessa forma, fazer convergir os pensamentos, respeitar o
conhecimento de cada área e saber aproveitá-los, a fim de se ter uma escola
com bons serviços educacionais aliados a uma administração efetiva, voltada
para estratégias de aumento de nível de satisfação, gerando a fidelização dos
alunos.
ANEXOS
Anexo 1 >> Internet;
Anexo 2 >> Questionário; Anexo 3 >> Gráficos.
40
ANEXO I
INTERNET
41
ANEXO II
QUESTIONÁRIO
42
PESQUISA SOBRE A ESCOLA IDEAL
1 – Qual é a sua renda familiar?
Até R$ 1500,00 ( ) Acima de R$ 1500,00 ( )
2 - Responda o que mais chama a sua atenção na hora da matrícula
de seu filho:
Conteúdo ( ) Espaço ( ) Extra-classe ( )
3 - Agora responda sobre qual tendência pedagógica prefere para o
segmento de seu filho:
Tradicional ( ) Construtivista ( ) Crítico-social ( )
4 – Para o Ensino Médio, o que escolheria para seu filho:
Profissionalizante ( ) Pré-vestibular ( )
(Todas as perguntas deverão ser esclarecidas antes da resposta)
ANEXO III
GRÁFICO
Pais de alunos entrevistados na escola pública
43
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Até R$ 1.500,00 Até R$ 3.000,00
Conteúdo
Espaço
Extra-classe
Tradicional
Construtivista
Crítico-social
Profissionalizante
Pré-vestibular
Pais de alunos entrevistados na escola privada
0
2
4
6
8
10
12
Até R$ 1.500,00 Até R$ 3.000,00
Conteúdo
Espaço
Extra-classe
Tradicional
Construtivista
Crítico-social
Profissionalizante
Pré-vestibular
44
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
NEY, Antonio. Política Educacional – Organização e estrutura da educação
brasileira. Wak, 2008
MARTINS, José do Prado. Gestão Educacional – uma abordagem crítica do
processo administrativo em educação. Wak, 2010
GIANCATERINO, Roberto. Supervisão Escolar e Gestão Democrática – Um
elo para o sucesso escolar. Wak, 2010
SALGUEIRO, Paulo Fabio. Um outro olhar sobre educação pública –
Conferência Estadual de Educação Pública do Rio de Janeiro. Secr. do
Est. do Rio de Janeiro, 2002
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. 2.ed. Petrópolis:
Vozes, 1994.
_____________. Planejamento como prática educativa. 7.ed. São Paulo:
Loyola, 1994.
Revista Gestão Escolar. Abril, nº 8, Junho/Julho, Ano II
Revista Nova Escola. Abril, nº 222, Maio, Ano 24
http://www.mariopersona.com.br/entrevista_integracao.html
http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/tendncias-pedaggicas-na-prtica-
escolar_07.html
45
BIBLIOGRAFIA CITADA
1 - ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil. Petrópolis,
RJ: Vozes, 1983.
2 – GANDIN, Danilo. Posição do planejamento participativo entre as
ferramentas de intervenção na realidade. Currículo sem Fronteira, v.1, n.
1, jan./jun., 2001, pp. 81-95.
3 - CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: edição compacta. São Paulo:
Atlas, 2000. [Classificação Biblioteca IMES: 331.024 C458R 6ª edição]
4 - BRANDÃO. Carlos R. O que é educação, 33ª Ed. Brasiliense, São Paulo.
1995.
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - A escola num processo histórico 11
1.1 – A Escola no Brasil 12
1.1.1 – As Mudanças na Estrutura Escolar 15
1.2 – A Escola e o Mercado de Trabalho 19
CAPÍTULO II – Escola: empresa ou instituição (definição) 23
CAPÍTULO III – Escola pública e privada – foco no resultado 26
CAPÍTULO IV – Estudo de casos
31
2.1 – Estudo de caso 1 31
2.2 – Estudo de caso 2 33
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44
BIBLIOGRAFIA CITADA 45
ÍNDICE 46
47
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: