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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A MOTIVAÇÃO E A SUA INFLUÊNCIA NO TRABALHO Por: Jorgina da Silveira Gomes Orientadora Profª. Mary Sue de Carvalho Pereira Rio de Janeiro 2003

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A MOTIVAÇÃO E A SUA INFLUÊNCIA NO TRABALHO

Por: Jorgina da Silveira Gomes

Orientadora

Profª. Mary Sue de Carvalho Pereira

Rio de Janeiro

2003

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A MOTIVAÇÃO E A SUA INFLUÊNCIA NO TRABALHO

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como condição prévia para a conclusão do

Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em

Reengenharia e Gestão de Recursos Humanos.

Por: Jorgina da Silveira Gomes

Rio de Janeiro

2003

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo dom da

vida, ao corpo docente do Projeto “A Vez do

Mestre”, em especial, à professora Mary Sue que

com profissionalismo e paciência esteve sempre

solicita aos meus questionamentos, à amiga

Sônia Cerqueira, pela força e companhia às

aulas, à amiga Elisabete Pacheco pelo carinho e

colaboração e as pessoas que, direta e

indiretamente, contribuíram para a confecção

deste trabalho acadêmico.

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DEDICATÓRIA

Dedico essa monografia aos meus pais, meus

primeiros professores na universidade da vida.

Também ao meu marido que tanto colaborou para

a confecção desse Trabalho.

Jorgina da Silveira Gomes

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RESUMO

A presente monografia sobre a motivação e a sua influência no

trabalho, se constitui em um estudo com o objetivo de identificar os fatores

da falta de motivação das pessoas no desempenho das suas atividades

profissionais, buscando fundamentos teóricos com base em pesquisas de

vários autores dessa área.

Visando demonstrar que o desempenho dos profissionais motivados é

funcional e qualitativamente superior ao das pessoas que trabalham

desmotivadas, analisa-se a influência das condições pessoais e ambientais

no processo de motivação para o trabalho; a importância da valorização do

ser humano como uma forma de estimular a motivação; uma reflexão sobre

a motivação, trabalho e qualidade de vida, com uma breve exposição da

evolução do trabalho. E ainda uma correlação entre a prática profissional e

as teorias motivacionais, destacando-se: as de Mcgregor que apresenta um

conjunto de suposições na Teoria X e na Teoria Y; Maslow com a Teoria da

Hierarquia das Necessidades Humanas; Herzberg com a Teoria dos Dois

Fatores, referente à satisfação e insatisfação no trabalho, as Teorias de

Processo da Motivação e algumas considerações sobre a motivação e a

desmotivação.

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METODOLOGIA

A elaboração deste trabalho monográfico baseou-se em pesquisas

bibliográficas, tendo como referência diversos autores com vasta experiência

e vivência no assunto. No decorrer do curso foi detectada a necessidade de

adequar a teoria à prática do programa desenvolvido, sendo posteriormente

feito um registro monográfico, de maneira gradual, garantindo a motivação

para a realização do trabalho.

As pesquisas realizadas proporcionaram o aprimoramento e a

avaliação de conceitos e conteúdos, buscando uma qualificação no

desenvolvimento do curso.

A monografia foi adequada à realidade do mercado para melhor

atender as expectativas de quem possa vir a consultá-la.

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SUMÁRIO

INTRODUCÃO.............................................................................08

CAPÍTULO I

MOTIVAÇÃO E TRABALHO.......................................................10

CAPÍTULO II

COMO MOTIVAR PARA O TRABALHO....................................19

CAPÍTULO III

CONDIÇÕES PARA A MOTIVAÇÃO..........................................33

CAPÍTULO IV

TEORIAS MOTIVACIONAIS.......................................................36

CAPÍTULO V

CONSIDERAÇÕES SOBRE A MOTIVAÇÃO E A

DESMOTIVAÇÃO .......................................................................45

CONCLUSÃO..............................................................................49

BIBLIOGRAFIA...........................................................................51

ANEXOS......................................................................................53

ÍNDICE.........................................................................................54

FOLHA DE AVALIAÇÃO............................................................56

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INTRODUÇÃO

O ser humano se movimenta por diversos motivos e emprega uma

energia diferente em cada tarefa que realiza, levando estudiosos à reflexão

sobre as razões que levam as pessoas a agirem desta ou daquela maneira,

às vezes desanimados, desmotivados, fazendo as coisas “por fazer” ou ao

contrário com ânimo, alegria, satisfação e motivação.

As pessoas se motivam ou se desmotivam em função do significado

do trabalho que têm de realizar, sendo este significado percebido dentro de

um contexto, de acordo com os objetivos e podendo mudar durante a

atividade.

O profissional que tem conhecimento do valor do seu trabalho para a

empresa, percebe com clareza a possibilidade de prazer na atividade a ser

cumprida, reagindo, diante de uma tarefa, diferentemente, daquele

profissional que é inseguro quanto aos rumos da empresa, por desconhecer

a sua missão, vivenciar constantes alterações de projetos e planos, não

participando dos momentos decisivos na organização.

Diante do exposto, é necessário conhecer as variáveis pessoais que

influem no interesse e na motivação com que os profissionais desempenham

suas tarefas, bem como as mudanças ocorridas no transcurso da atividade,

e as condições que o clima organizacional apresenta, contribuindo para a

motivação ou desmotivação dos profissionais.

Sendo assim, o desenvolvimento deste trabalho se inicia com a

respectiva introdução, apresentando após os capítulos da seguinte forma:

No capítulo I, será feita uma análise da motivação e do trabalho,

apresentando a evolução do trabalho e alguns aspectos da motivação.

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No capítulo II, será feita uma abordagem sobre como estímulo à

motivação, através da valorização do ser humano e elevação da auto-

estima, autodesenvolvimento e autodescobrimento.

No capítulo III, será feita uma breve reflexão sobre as condições da

motivação para o trabalho, através da análise das variáveis pessoais,

características da natureza humana e a interação social. E as variáveis

ambientais de acordo com o clima organizacional e o estabelecimento de

metas.

No capítulo IV, será feita uma correlação entre as práticas

profissionais e as teorias motivacionais, destacando-se: Mcgregor, Maslow,

Herzberg.

No capítulo V, serão apresentadas considerações sobre a motivação

e a desmotivação.,

E finalmente a conclusão.

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CAPÍTULO I

MOTIVAÇÃO E TRABALHO

“Saber algo sobre a motivação, compartilhar

experiência e animar-se mutuamente é bom começo

para saber motivar.”

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A importância do trabalho para o homem é indiscutível, uma vez que

através dele a pessoa se sente útil à sociedade e à vida, sendo portanto,

uma rica fonte de satisfação e prazer.

O trabalho possui uma fonte potencial de motivação sobre as

pessoas, as organizações e as outras esferas da vida, sendo esse potencial

traduzido pelo trabalhador.

1.1 - A Evolução do Trabalho

Dentre outras definições, trabalho é a ação transformadora da

realidade, visto que desenvolve habilidades, facilita a aprendizagem e o

aperfeiçoamento, dirigindo as ações para finalidade consciente na luta pela

sobrevivência ou ainda é toda atividade humana intencional que acaba na

produção de um bem ou de um serviço que tem valor de uso e valor de

troca.

O ato de trabalhar teve início com os nômades, através da agricultura,

sendo essa a primeira forma organizada de trabalho. O artesanato surge

com a confecção de ferramentas necessárias ao trabalho agrícola e ao

comércio.

A ascensão dos burgueses e o crescente interesse pelas artes

mecânicas e pelo trabalho em geral, dá origem a novos mercados,

empreendimentos, invenções, novas ciências, máquinas e instrumentos. O

aperfeiçoamento das técnicas transformam a vida social e econômica,

determinando a passagem do feudalismo para o capitalismo, nascendo o

proletariado, modificando, assim, o conceito das relações trabalhistas.

A Revolução Industrial constitui o marco decisivo para o processo de

desenvolvimento humano, trazendo mudanças significativas na forma de

entender e executar o trabalho, acarretando mudanças e a reestruturação

dos hábitos de trabalho.

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A partir dessa nova perspectiva, cria-se outra maneira de

sobrevivência e conduta humana, bem como novo conceito de emprego.

Inicialmente os empregos eram essencialmente atividades e não

eram fixos, predominando mutação das tarefas. A transição para empregos

modernos aconteceu gradativamente, em lugares e tempos diferentes.

Na era industrial “a maior parte do espaço humano mantinha-se

disponível, sobretudo para a interação social, livre das representações da

organização formal”( Ramos, 1983 – p 124)

O progresso tecnológico não escondeu a questão social,

intensificando as explorações do trabalho e condições subumanas de vida,

com extensas jornadas de trabalho, sem direito a férias ou garantia a

velhice, doença e invalidez; inscrição de mulheres e crianças como mão-de-

obra mais barata; condições insalubres, com ambiente mal-iluminado e sem

higiene; empregados mal pagos, vivendo mal alojado e em promiscuidade.

Através dos tempos, o trabalho vem passando de uma concepção de

sobrevivência, em busca de meios para satisfazer as necessidades básicas,

para uma atividade vital para todo Ser Humano, essencial à vida e à própria

felicidade humana.

Hoje em dia todos os aspectos da vida das pessoas e da sociedade

são influenciados direta ou indiretamente pelo processo de globalização

onde, até os atos mais simples que as pessoas realizam para sobreviver

acabam sendo manifestação deste novo capitalismo.

Cada indivíduo vive hoje numa sociedade mundial. As pessoas se

alimentam, se vestem, moram, são transportadas, se comunicam, se

divertem por meio de bens e serviços mundiais, utilizando mercadorias

produzidas pelo capitalismo globalizado.

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Por qualquer ângulo que se olhe percebe-se que cada indivíduo vive

atualmente numa sociedade global, como canta Gil.

“...antes o mundo era pequeno

porque Terra era grande

hoje mundo é muito grande

porque Terra é pequena

do tamanho da antena parabolicamará “

GilbertoGil ( Parabolicamará)

Esse processo de modernização implica na eliminação de uma grande

quantidade de profissionais menos qualificado, em favor da entrada de uma

quantidade bem menor de pessoal técnico mais qualificado. Com a utilização

de uma quantidade menor de mão-de-obra, passa a ocorrer um declínio

acentuado no número de empregado em todo o mundo industrializado.

Analisando os efeitos das novas tecnologias, o cientista social Adam

Schaff afirma: ”Por um lado, a automação e a robotização provocam um

grande incremento da potencialidade e da riqueza social. Por outro lado, os

mesmos processos reduzem às vezes de forma espetacular, a demanda de

trabalho humano.” ( Schaff – 1990 p 27)

A globalização tem contribuído para tornar a noção de sucesso cada vez

mais imprecisa.

O crescimento do desemprego e da miséria é um efeito extremamente

perverso da globalização na economia. Esse fenômeno do desemprego é

estrutural, uma vez que decorre de uma crise econômica passageira,

característica própria do sistema capitalizado.

As empresas buscam novas e mais avançadas tecnologias, procurando

aplicá-las à produção, com a finalidade de poupar mão-de-obra, alcançar

maior produtividade e assim vencer a concorrência. Para isso buscam a

qualidade, que a princípio é algo muito interessante, mas para alcançá-la é

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preciso mais do que palavras, é necessário planejamento, processos bem

gerenciados, pessoas comprometidas e muito esforço.

Às vezes o trabalho é cansativo, mas dá sentido à vida, pois define a

identidade pessoal e o crescimento humano, dando status. Esse é um tipo

de relação conflituosa, entre o homem e o trabalho, mas a partir do momento

em que o trabalhador toma conhecimento desse conflito ele tenta achar o

ponto de equilíbrio, buscando uma melhor condição de trabalho, adquirindo

bem-estar pessoal, a partir dessa relação harmônica entre trabalho e outras

esferas da vida.

É interessante observar que a conquista de melhores salários, prêmios e

recompensas, representa perdas para aqueles que não foram contemplados,

levando as pessoas a uma disputa permanente, numa luta insaciável por

enriquecimento e status mais elevado. Porém, existe a consciência do

orgulho do trabalho bem feito, quando o executor da tarefa poderá obter uma

satisfação interior, cujos benefícios serão mais profundos e duradouros.

Sendo assim, o reconhecimento, através de valores monetários não é o

único, nem talvez o mais importante. Existe a satisfação pessoal sentida

quando se aplica os talentos e capacidades.

Percebe-se, hoje, início do século XXI , que o mundo do trabalho busca

um equilíbrio que combine a emotividade com a atividade profissional.

É inegável a influência das teorias motivacionais que prevaleceram

durante o século XX, nas diferentes organizações, pois até, então, não se

questionava o modelo de sucesso, movido pela obsessão econômica e

tecnológica. Atualmente com a tendência de maior flexibilização do

emprego, os conceitos de sucesso no trabalho, tornaram-se uma questão

problemática, gerando nos indivíduos tensão, ansiedade, incerteza,

insegurança e conseqüentemente, maior preocupação com a qualidade de

vida, envolvendo relacionamento, família e outras atividades profissionais

não inseridas no sistema formal de emprego, cabendo aos lideres, gestores

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e especialistas em recursos humanos a criação de novos padrões na gestão

do trabalho, de maneira que as pessoas possam reencontrar o significado, a

segurança e estabilidade em suas vidas.

Cada organização exige um perfil dos seus profissionais relativo a

conhecimentos técnicos, funcionais e habilidades interpessoais.

1.2 - A Motivação para o Trabalho

Motivação é uma força interna que ativa o comportamento humano,

um impulso que faz o indivíduo agir de acordo com os desejos e

necessidades que estejam ligados com a intenção de atingir a um objetivo.

A palavra motivação é formada por MOTIVO+ AÇÃO , sendo motivo

algo que pode fazer mover, ativando o comportamento, são os sonhos,

desejos, projetos e metas.

A motivação é um processo intrínseco, mas pode ser provocada

através de estímulos que possibilitem o prazer, a satisfação de uma

necessidade ou desejo.

Entre os vários tipos de motivação humana existem as básicas ou

primárias que não são aprendidas, chamadas impulsos, sendo os motivos

adquiridos, desenvolvidos por aprendizagem, exercícios ou maturação. Há

ainda os motivos para eliminar situações perigosas de segurança e

sobrevivência.

Geralmente os gerentes já possuem suas próprias teorias sobre como

motivar seus subordinados para melhorar o desempenho no trabalho. Por

Exemplo:

Controle do comportamento das pessoas com punições e ameaças;

Incentivos econômicos, dinheiro;

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Considerações sociais, tentando assegurar felicidade, apoio mútuo e

prazer aos grupos

Responsabilidade e oportunidades como forma de se tornarem mais

qualificadas e competentes.

1.2.1- Motivação e Recompensas Intrínsecas e Extrínsecas

São relacionadas ao desempenho e a satisfação. Sendo as extrínsecas

resultantes do que vem à mente quando se pensa em recompensa,

referindo-se ao contexto e ao aspecto material do trabalho:

Salários

benefícios adicionais

condições de trabalho.

Em contrapartida as intrínsecas estão ligadas à natureza do trabalho,

compreendendo:

Realização pessoal

Interesse pelo trabalho

Desejo de cumprir a missão

Ex.: dedicação a esportes, jogos, quebra-cabeça

Há sugestões de que os resultados intrínsecos integrados aos

extrínsecos sejam elementos importantes de programas de melhoria da

produtividade da organização.

1.2.2 - Motivação e Contrato Psicológico

Para que as organizações atinjam suas metas com sucesso é

necessário que empreguem pessoas para executarem os serviços. As

pessoas por sua vez trabalham para satisfazer suas necessidades pessoais.

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Deste modo é estabelecida uma relação recíproca, chamada contrato

psicológico, de ligação entre o indivíduo e a organização, de acordo com as

expectativas de cada um.

Esses contratos não garantem necessariamente a eficácia do

desempenho dos indivíduos e a organização, pois devem ser considerados

outros fatores, tais como:

Maneira como a organização trata os empregados;

Os valores e normas que atuam dentro da organização;

A base do poder e as disposições institucionais utilizadas pela

organização;

Basicamente as empresas têm três bases de poder à sua disposição:

coerciva, remunerativa e normativa.

Base do poder Característica

Coerciva Controle através de ameaça e punição;

tendência a manter os membros alienados

Participação mantida pela força

Exemplo: filiação a sindicatos

Remunerativa Participação e desempenho em troca de incentivos

econômicos,

tendendo a evocar participação calculista

Relacionamento extrínseco caracterizado pela

expressão “hoje ganhei meu dia”

Normativa Uso de recompensa e incentivos simbólicos como

prestígio, reconhecimento e respeito, trazendo um tipo

de recompensa moral para os integrantes,.

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É importante reconhecer que as pessoas são seres complexos,

podendo ser motivadas por coisas diferentes em momentos diferentes.

1.2.3 - Qualidade de Vida no Trabalho

O envolvimento com a qualidade de vida, nasce de diferentes

perspectivas, seja nos indivíduos seja nas empresas, mas principalmente

vem da necessidade de mudança para melhor, da busca de melhor

utilização da energia potencial de pessoas e organizações, da incorporação

de novos paradigmas, onde competitividade e felicidade sejam possíveis.

Através de estudos, foi verificado que o trabalho não dependia só da boa

estruturação do processo mas também do comprometimento e do bom

relacionamento entre as pessoas.

Qualidade de vida pode ser definida como satisfação das

necessidades individuais do ser humano. Relacionando a qualidade de vida

e motivação para o trabalho, considerando os motivos humanos de

sobrevivência, segurança, participação, auto-realização e perspectivas de

futuro.

O indivíduo busca constantemente satisfazer suas motivações através

do trabalho, almejando ter qualidade de vida. Sendo assim, espera-se que o

trabalho:

Ofereça recursos necessários para a sobrevivência com dignidade;

Facilite a convivência em grupos sociais e de referencia profissional;

Favoreça oportunidade de aproveitamento pleno do potencial,

desenvolvimento intelectual e profissional, enfrentar e vencer

desafios, participar ativamente da construção do próprio caminho.

A soma do esforço de pessoas resulta em grupos produtivos e numa

empresa de alta competitividade.

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CAPÍTULO II

COMO MOTIVAR A PESSOA PARA O TRABALHO

“ O único ativo da empresa é a imaginação humana.”

Fred Moody

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O ser humano se move por diversos motivos empregando uma

energia diferente em cada tarefa que realiza, e só se motiva quando percebe

claramente a possibilidade de prazer naquilo que faz

2.1 – Valorizando Ser Humano

O grupo pode ser definido como uma associação ou reunião de

pessoas unidas para um fim comum e a empresa como uma associação de

pessoais ,ou uma única pessoa, para exploração de um negócio. Sendo

assim, para o funcionamento de uma empresa é essencial a motivação de

uma pessoa ou um grupo de pessoas que se reunam visando atingir um

objetivo, não importando a tecnologia, a quantidade de equipamentos ,

máquinas, processos matéria-prima e capital, pois essas coisas não tomam

a iniciativa de criar e gerir a empresa e para serem usadas dependem da

ação do indivíduo. Logo não havendo interesses pessoais , não há empresa.

Como grupo social e de personalidade singular, a empresa é

comparada a um ser vivo, devendo ser respeitada como tal .

Entre os deveres inatos da personalidade jurídica, o mais nobre é o

de possibilitar o desenvolvimento humano.

As organizações precisam proporcionar aos cidadãos, que dela

participam, meios eficazes para a busca da própria felicidade.

Quando o foco e a ênfase dos planos da empresa é deslocado da

produção para a satisfação das necessidades dos clientes, também um

importante passo precisa ser dado na direção da valorização de seus

próprios funcionários.

Ao colocar o cliente como o centro das preocupações, as empresas

percebem que para melhorar o atendimento, necessitam fazer uma revisão

de seus métodos internos.

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Máquinas e projetos podem ser controlados e igualados, mas a

realidade mostra que as diferenças pessoais ressurgem e influem,

diferenciando aquilo que foi planejado para ser igual, conclui-se, então, que

o sistema gerencial não pode ignorar a variedade do comportamento

humano.

Um dos problemas encontrados pela empresa é a dificuldade de

relacionamento, causada muitas das vezes pela incapacidade das pessoas

de aceitarem a diversidade. O sucesso é impossível se este problema não

for solucionado. São os conflitos entre colegas, chefes e subordinados, e

mesmo entre setores, que inibem a iniciativa, comprometem a produtividade

e respondem por trabalhos executados .

Percebe-se hoje que o esforço das empresas para desenvolver a

qualidade de seus produtos e serviços, exige uma missão social maior, ou

seja, um trabalho de desenvolvimento de seu potencial humano; elevação do

nível de educação e treinamento contínuo dos funcionários; um

relacionamento aberto; integração de conhecimento e competências,

valorização da prontidão em participar, lealdade ao grupo e solidariedade.

A Criatividade, o talento na solução de problemas e a capacidade de

adaptação a novos métodos e tarefas, exigem uma nova postura gerencial e,

sobretudo, um papel menos rígido na hierarquia.

O enfoque estratégico, tático e operacional se concentra pessoa a

pessoa, grupo a grupo por toda a empresa, havendo o envolvimento o

comprometimento e a participação de todos no destino da organização,

planejando, fazendo e melhorando, seja a tarefa individual ou o processo

maior

Algumas características relevantes à valorização do ser humano.

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Ü Incentivo à manifestação de idéias e opiniões no trabalho.

É preciso um acordo entre a instituição como um todo e as pessoas

que nela trabalham, no sentido de buscarem o desenvolvimento mútuo, pois

não é com um toque de mágica que se transforma uma organização. Todos

têm o dever de agir para obtenção do objetivo.

O desenvolvimento humano, com sua moderna abordagem, utiliza

novos e antigos instrumentos para que todas as pessoas dêem sua

contribuição para o sucesso da organização.

O indivíduo passa grande parte de sua vida no ambiente de trabalho.

Sendo assim, necessita de ser tratado como um ser humano integral, com

liberdade para criticar e expressar suas opiniões, através dos meios

adequados sem se sentir ameaçado, e ser ouvido em todos os processos

importantes da empresa.

Cabe ao gerente adotar a atitude de ouvir o que pensam os seus

subordinados, inibindo o medo, demonstrando interesse e esforço para

corrigir os problemas detectados.

É importante o incentivo à manifestação de novas idéias, assim como

o aproveitamento da criatividade para resolução de problemas, bem como o

constante aperfeiçoamento das atividades. O desafio é saber extraí-las e

aproveitá-las. A princípio, parece ser fácil para todos expressar os seus

talentos, dar vazão àquilo que o torna diferente dos outros, mas muitas

vezes a organização não dá espaço para o desenvolvimento da criatividade

e participação dos profissionais.

Algumas soluções deixam de ser tomadas por não serem bem

colocadas, por isso:

Defina bem sua idéia, pois ela deve ter um sentido lógico

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Mostre os benefícios para o desenvolvimento do trabalho e para a

empresa;

Liste as possíveis objeções e prepare-se para defender a sua idéia,

caso necessário;

Escolha o momento certo, para colocar a sua idéia, ou seja for

detectado, mas ainda não se tornou uma crise.

Ü Incentivo à Participação no Trabalho

A participação por parte do pessoal de apoio às vezes não ocorre

porque nunca foi solicitada ou os mesmos não têm conhecimento dos

processos da organização, seus negócios e clientes ou porque

desconhecem as técnicas mais adequadas para análise e solução dos

problemas.

Para que todos possam contribuir, é preciso criar a cultura da

participação , passando as informações necessárias, certificando-se de que

elas estejam bem claras e compreensíveis para todos os envolvidos.

É necessário um gerenciamento transparente e receptivo às críticas e

sugestões. É preciso estabelecer um processo de compartilhamento de

informações, onde o acesso às mesmas seja assegurado e incentivado,

havendo a divulgação de todas as informações, seja de natureza geral sobre

os planos e atividades como as específicas necessárias ao pleno

desenvolvimento das atividades funcionais. Também deverá ser incentivado

um processo de troca de informações entre as diversas áreas ou setor da

empresa. O Objetivo maior a ser alcançado é o nivelamento de informações

entre o corpo funcional, base indispensável à democratização das decisões,

mobilizando e comprometendo todos os envolvidos com o resultado. O

funcionário se sente participante, valorizado e motivado, não só por ter a

liberdade de manifestar suas idéias e opiniões, mas principalmente pelo grau

de decisão e responsabilidade na execução de seu trabalho.

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É preferível uma decisão bem pensada, analisada e amadurecida,

que leve um tempo maior para ser tomada, do que uma decisão rápida,

imediata, sem reflexão e participação dos envolvidos, podendo futuramente

vir a ser revista.

O desenvolvimento da atividade em grupo permite o aprofundamento

do seu conteúdo pela troca ou complementação de conhecimentos e

informações entre os participantes envolvidos no processo.

Uma equipe informada e envolvida estará sempre trabalhando

melhor, com mais responsabilidade e envolvimento do que fariam se

houvesse um trabalho individual e disperso. Com isso, os resultados obtidos

terão maior substância e compromisso de todos, valorizando canais de

integração na organização.

Equipe sucedida é a que sabe identificar e aproveitar as diferenças de

seus integrantes para aumentar o rol de alternativas de forma que todos

trabalhem em conjunto, buscando o êxito e a melhoria dos resultados.

Com o avanço da tecnologia a humanidade começou a exigir

variedades de opções e tratamento personalizado, provocando revoluções,

também quanto a liberdade individual, a valorização da individualidade e o

reconhecimento da diversidade do ser humano.

Nas organizações, isto se reflete tanto na demanda crescente por

soluções personalizadas por parte dos clientes, como na percepção de que

cada empregado tem características diferentes, e precisa ser tratado como

tal, tendo em vista a maior produtividade e também o seu bem-estar.

Conviver com a diversidade, perceber a individualidade, aceitar

formas de comportamento social, passam a ser exigências da vida pessoal e

profissional e diversas táticas são empregadas para identificar as

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características das equipes a fim de manter o grupo coeso e eficiente.

Dentre elas destacam-se:

a montagem de uma equipe pequena;

a definição das metas comuns;

o conhecimento de cada participante

a intercomunicação adequada.

Geralmente distingui-se uma boa equipe pela união, pela própria

organização, pelo apoio mútuo ou até mesmo por ser pequena. Já seus

membros, que são todos indivíduos com personalidade e gostos diferentes;

desejos e necessidades em constante mudanças podem ser conhecidos

como: o pensador, o organizador, o realizador, o que veste a camisa; o

controlador e a analisador, de acordo com as características de cada um.

Ü Desenvolvimento Humano

Partindo do princípio de que no trabalho todos almejam a plena

realização, dando o máximo de suas energias, é preciso incentivar o

aprimoramento para obtenção do progresso de cada um.

Deming (1982) afirma que “80% dos problemas cuja culpa é atribuída

às pessoas, são na realidade falhas do sistema cujo gerenciamento é de

responsabilidade da administração da organização.”

É necessário verificar freqüentemente o nível de desenvolvimento do

funcionário, indicando-o para cursos de treinamento, possibilitando, dessa

forma a aquisição de habilidades e conhecimentos necessários à execução

da tarefa, preparando-o para possível transferência ou promoção.

O desenvolvimento pessoal é acima de tudo, autodesenvolvimento.

Isso significa assumir responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento. A

organização é responsável pelo provimento de condições que propiciem o

desenvolvimento de cada um, mas à pessoa cabe o esforço extra, pessoal,

para aproveitar e buscar oportunidades de crescimento, resultando na

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aquisição, expansão ou reformulação de conhecimentos, habilidades e

atitudes, de forma planejada para o aperfeiçoamento do desempenho atual

e, ao mesmo tempo, preparação para posição de maior responsabilidade.

Ü Rodízio Interno no Trabalho

Grandes empresas estão investindo na rotatividade de pessoas, pelas

diferentes áreas, habilitando-as à realização de várias tarefas, com

freqüentes alterações, de acordo com a necessidade ou intervalo

estabelecido, para que elas percebam as várias nuanças dos setores;

aumentem o grau de generalização, melhorando a flexibilidade, e

capacitando-os para a adaptação às mudanças, evitando o tédio. E a

frustração ao exercer continuamente o mesmo trabalho.

As pessoas têm suas características próprias e querem mostrar que

estão dando o melhor de si dentro da empresa, o papel do líder é conseguir

aproveitar ao máximo os potenciais, alocando o funcionário ao tipo de

trabalho onde tenha melhores rendimentos para a empresa, mas também se

sintam melhor, incentivando o aperfeiçoamento de cada um dentro da

equipe, ajudando cada qual a definir seus próprios padrões e metas

pessoais atuais e futuras. Talvez, o maior obstáculo à implantação do

sistema de rodízio, seja quanto as pessoas que não consigam realizar

satisfatoriamente nenhuma tarefa, executando de forma inadequada várias

funções, em vez de apenas uma de modo correto.

As pessoas dão a dimensão de suas próprias potencialidades.

Portanto, a rotatividade e a relocação interna são opções saudáveis,

constantes e ininterruptas, e a organização tem que desempenhar o seu

papel convidando e estimulando seus empregados a ingressarem nesses

processos.

Essa movimentação interna estimula as pessoas a investirem no

próprio desenvolvimento, proporcionando crescimento pessoal, provocando

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a motivação, desenvolvendo um ambiente de competitividade entre os

funcionários e dando à organização mobilidade e flexibilidade para mudar,

dependendo da oportunidade do negócio.

Há também a vantagem da rapidez e economia na substituição de

pessoas que se ausentam temporária ou permanentemente, com maior

segurança, pois as pessoas já estão treinadas, capacitadas e imbuídas dos

valores da organização, além de promover uma maior lealdade à empresa.

O indivíduo tem a oportunidade de encontrar o lugar adequado ao seu perfil,

onde possa satisfazer as suas necessidades de valorização e conhecimento

do maior número possível dos processos da empresa, trazendo nova

dinâmica e idéias.

É necessário o planejamento de ações para melhor identificar o

potencial de desenvolvimento de cada um para não conduzir a sérios

problemas de adaptação. Também não pode ser a única opção, pois limita a

renovação e o enriquecimento saudável da entrada de novos colaboradores.

É importante que cada colaborador tenha pleno conhecimento sobre:

A empresa;

A missão;

A estruturação da organização;

Qual é o seu negócio;

trabalho que irá realizar;

Como essas posturas influirão no destino da organização.

Quando o pessoal é informado sobre a importância de seu trabalho,

principalmente em relação ao processo de atendimento ao cliente externo,

suas atividades passam a ter ligação com os objetivos da empresa. O

funcionário passa a ter uma visão do seu trabalho dentro de um quadro

referencial mais amplo e da missão que envolve várias outras pessoas. As

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possibilidades de realização pessoal aumentam a partir da consciência do

significado que suas atividades têm nos destinos da organização.

O grande desafio é deixar claro e divulgar constantemente os

princípios e valores da empresa.

Ü Socialização Organizacional

A chamada socialização organizacional, ou seja a integração social

para adaptar as experiências profissionais anteriores e interiorizar a cultura

da nova organização, tem início afetivo no processo de admissão,

adaptação, educação e nos treinamentos. Sendo :

Treinamento: Processo instantâneo de passagem do conhecimento

relativo às técnicas necessárias para o trabalho.

Educação: Processo contínuo que garante o desenvolvimento

humano em todos os aspectos da vida.

O processo de educação tem como objetivo aumentar o

potencial dos seres humanos da empresa. Isso vai muito além de técnicas

que busquem uma qualidade momentânea. É um processo que garante a

utilização plena da inteligência em qualquer circunstância.

Um dos papéis do gerente é sem dúvida, o de conduzir

pessoas e esta é uma função educativa. O gerente que vê os outros como

pessoas, e não apenas como instrumento de produção, passa a exercer

função educativa que permite o desenvolvimento dos subordinados como

pessoas.

“Ensinar a aprender” quer dizer desenvolver a capacidade de

aprender. Isto pode ser muito mais lucrativo do que simplesmente repassar

técnicas. A tecnologia vem evoluindo tão rápido que é bastante questionável

o investimento de tempo e dinheiro em uma atividade que brevemente será

substituída.

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Precisa-se buscar, também o desenvolvimento nas pessoas da

criatividade e da inteligência, palavras-chave, atualmente nas empresas.

É necessário o desenvolvimento de um plano de educação e

treinamento de modo que os seguintes objetivos sejam atingidos:

Tornar o empregado o mais competente em sua função, ser o número

um.

Dar ao empregado conhecimento de processos e técnicas para a

identificação e solução de problemas.

Dar ao empregado condições de bem-estar tornando-o mais feliz e

consequentemente a sua família.

Cabe aqui algumas considerações sobre o treinamento:

As pessoas têm que desejar serem treinadas;

treinamento é um meio para atingir a um fim;

Todo treinamento precisa ser acompanhado de aplicação prática;

Utilizar, sempre que possível, instrutores internos

Todo treinamento é de responsabilidade total da chefia do

empregado.

Ü Avaliação de desempenho

Voltando aos tempos de criança, resgata-se cenas de freqüente

avaliação do tipo:

“ Ótimo trabalho, filho. Parabéns!

“ Não faça mais isto!”

“ Continue assim. Você está no caminho certo!”

“ Precisamos melhorar isso!“

Que ensinamentos pode-se tirar desta analogia?

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A avaliação precisa ser um processo natural e contínuo, sendo vista

como um instrumento de melhoria do desempenho, cujo objetivo é fazer

alcançar as metas estabelecidas e desenvolver os colaboradores ao longo

de todo o ciclo, permitindo a identificação de falhas e adequação à

necessidade.

A avaliação é o resultado da análise comparativa entre o desempenho

esperado e o realizado. É preciso avaliar também os recursos colocados à

disposição dos colaboradores, sejam eles pessoais, materiais, tecnológicos

ou financeiros.

O processo precisa ser participativo e os critérios discutidos entre a

administração e os empregados com base na metodologia trazida pela área

de recursos humanos.

Ü Remuneração , Reconhecimento e Estímulo

Salário e outros benefícios financeiros podem estimular o aumento do

desempenho profissional. Por isso é necessário:

avaliar os níveis de salários na empresa para sua manutenção, de

acordo com as possibilidades orçamentária de forma que seja

condizente com as condições de existência humana e nunca abaixo

do nível médio dos salários pagos pelo mercado.

fornecer plano de benefícios adequado à realidade, como auxílio-

doença, seguro-saúde e plano de previdência, com o objetivo de

manter profissionais competentes.

As promoções com as conseguintes alterações salariais, são formas

de reconhecimento e satisfação e serão sempre vinculadas à qualidade de

trabalho ao desenvolvimento profissional, considerando o fato de que , caso

os salários não sejam aceitáveis poderão desmotivar as pessoas.

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Elogios sinceros dão às pessoas um senso de vitória, fazendo com

que elas sintam que contribuíram de maneira valorosa, mesmo quando

errarem é preciso ser apontado o porquê e onde houve o erro, indicando a

resolução do problema e como melhorar sem humilhar, pois, reconhecendo

no funcionário os pontos fracos e fortes, fazendo críticas honestas,

construtivas e oportunas estará estimando o melhor empenho na próxima

situação.

“Erro não é errar: é nada aprender com ele.” É produtivo incentivar a

aprendizagem a partir de um erro.

A valorização do ser humano, o autodesenvolvimento, as realizações

pessoais, e a importância do serviço que as pessoas executam constituem

as principais fontes para o reconhecimento e a análise do trabalho na

organização.

É preciso desenvolver um programa de reconhecimento e estímulos

cobrindo, pelo menos, a política de incentivos, a avaliação de

desenvolvimento e a rotatividade interna de pessoal.

2.2 – Estimulando a Motivação

“A motivação é um desejo interno que nasce no interior de cada ser,

assim como um rio que brota de um subsolo desconhecido, cuja água corre

com energia, desbravando florestas e alimentando comunidades. É a força

natural da motivação, dando a direção ao rio, fazendo-o viver, agir, criar e

realizar.”

De que maneira as pessoas desenvolvem esse desejo interno?

Acreditando em si mesma, no seu valor, superando o medo, pois

ele gera estresse, pânico, passividade e ansiedade, acabando

com planos e objetivos;

Desenvolvendo a autoconfiança

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Crescendo com os fracassos e erros

E na vida profissional?

Aceitar os desafios, por serem oportunidades para sair da rotina e

aumentar o conhecimento;

Ter orgulho das realizações, comemorando cada vitória;

Visualizar o sucesso

Ser flexível, procurando sempre que possível adaptar os objetivos

de maneira que se ajustem aos seus valores e necessidades.

E mais, conhecer a si próprio. Aqui vale lembrar o Filósofo Sócrates

“conhece-te a ti mesmo”.

A busca do autoconhecimento, certamente conduz ao

autodesenvolvimento e ambos, provavelmente, permitirão o entendimento da

automotivação e a motivação de outras pessoas e a partir daí, contribuir ,

por meio de estímulos, para que tal motivação realmente conduza à ação

que a empresa espera.

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CAPÍTULO III

CONDIÇÕES DA MOTIVAÇÃO PARA O

TRABALHO

“O sucesso chega para aqueles que

têm certeza do sucesso, e

consequentemente caminham na direção dele.”

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Algo que pode ajudar a compreender a motivação é a observação do

comportamento de cada pessoa.

3.1 - Condições Pessoais da Motivação

Dentre os seres vivos o ser humano é o único racional, sendo o seu

maior privilégio o de possuir o sentido da vida e plena consciência de si

mesmo.

Com raciocínio, pensamento, compreensão, vontade, imaginação e

interesse o ser humano domina, controla, cria, conquista e transforma a

natureza.

O ser humano possui o livre-arbítrio, podendo optar por aquilo que

melhor lhe convém, pelas melhores coisas que a vida proporciona, sendo

necessária a vontade, que é um dos fatores principais, indispensável, para a

concretização dos objetivos propostos, quer seja na vida pessoal, social, ou

profissional.

Onde houver a vontade e o interesse, haverá a perspectiva de

sucesso e da motivação, gerando a ação dinâmica e persistente.

3.2 – Condições Ambientais da Motivação

O ambiente de trabalho tem grande importância na motivação dos

funcionários, podendo fazer com que as pessoas se sintam bem ou

insatisfeita e desmotivadas. Busca-se a satisfação quanto a liderança e ao

desenvolvimento de trabalhos em equipe, evitando o desvio da atenção dos

funcionários para outras coisas.

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O Indivíduo reage em função de suas necessidades motivacionais,

sentimentos, crenças e valores, normas interiorizadas, atitudes, habilidades,

cultura, contexto físico e social, o sistema contratado de relações e o tempo.

Em situações de trabalho, compartilhados pelas pessoas, há

atividades predeterminadas a serem executadas, bem como interações e

sentimentos, tais como: comunicação, cooperação, respeito e amizade.

O processo de interação humana implica necessariamente a

comunicação, mesmo que haja intenção contrária. O simples fato de estar

em presença do outro modifica o contexto perceptivo de cada um,

promovendo a interação que é a emissão e recepção de mensagens de

cada participante da situação conjunta.

“... no processo de adaptação ( de modificação) à natureza e de

interação de indivíduo a indivíduo, no processo de criação incessante

das condições para a sua própria vida, os homens desempenham

funções e assumem posições que os diferenciam e relacionam uns com

os outros de forma regular e determinada. Criam, pois sistemas de

interação social.” ( Cardoso - 1971)

Assim sentimentos positivos de simpatia provocarão aumento da

interação e cooperação, repercutindo favoravelmente nas atividades e

ensejando maior produtividade.

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CAPÍTULO IV

TEORIAS MOTIVACIONAIS

“ Criar o objetivo, determinar-se a ele,

acreditar nele, este é o ponto de

partida para alcançar os resultados desejados.”

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“O campo da administração de empresa continuará agitado até

conseguirmos formar organizações que sejam mais coerentes com as

aspirações humanas, que vão além de ter casa e comida.” ( Peter Senge)

4.1 - Conjunto das Suposições de Mcgregor

Douglas Mcgregor que formulou a Teoria Y admite que o homem não

é naturalmente contrário ao trabalho, dependendo do trabalho ser uma fonte

de satisfação e recompensa, enquanto a Teoria X estabelece para o homem

um comportamento passivo e resistente as mudanças, contrariando o

pressuposto na Teoria Y.

Algumas características das teorias de Gregor.

Teoria X Teoria Y

Direção e controle rígido Gerente proporciona condições para

criar oportunidade para as pessoas;

dar orientação ; remover barreiras e

encorajar o crescimento

Pessoas vistas como: preguiçosas,

desprovidas de ambição e de desejo

de assumir responsabilidade;

egocêntricas, com tendência a agir

contra a organização.

Pessoas orientadas para o

crescimento e desenvolvimento’;

Responsáveis

Resistência à mudança Favoráveis à mudanças

Visão negativa da natureza humana Possibilidade de avaliação mais

realista dos requisitos das tarefas,

das pressões de tempo e dos climas

organizacionais.

Gerência autoritária Gerência participativa

Não confiança no subordinando Confiança no subordinado

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É natural que as pessoas busquem o sucesso, o bom relacionamento

e o poder, mas além disso elas podem querer ser as melhores naquilo que

fazem e não apenas visando o dinheiro que ganharão com o trabalho. É a

busca da competência.

4.2 - Hierarquia das Necessidades de Maslow

A Teoria da Hierarquia das Necessidades Básicas de Maslow,

amplamente divulgada e conhecida, tem servido de base para estudos da

motivação humana, nas situações variadas de vida no lar, no trabalho e na

sociedade

Maslow e Herzberg, são dois autores que procuraram identificar os

níveis de necessidades das pessoas.

Segundo Maslow “ os indivíduos apresentam uma hierarquia de

necessidades que devem ser satisfeitas e estão dispostas em cinco níveis

básicos”, propondo ainda que só após a satisfação das necessidades mais

baixas surge o interesse pelas de nível superior.

Logo, satisfeitas as necessidades primárias, ou seja respiração,

alimentação, repouso, abrigo e sexo, relacionadas à sobrevivência e à

preservação da espécie, o indivíduo passa a se preocupar com a segurança

e abrigo e tão logo perceba que está livre do perigo, passa a se preocupar

com suas necessidades sociais de amigos, afeto, relacionamento

interpessoal. Após a satisfação das necessidades fisiológicas e de

segurança, torna-se importante a participação e interações sociais e

posteriormente as de auto-estima. Quando alcança o sucesso, prestígio,

relacionamento e autonomia volta-se para satisfazer as necessidades de

auto-realização pessoal.

Caso as necessidades de nível inferior deixarem de ser atendidas,

novamente o indivíduo se direcionará para sua satisfação.

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Tentativas foram feitas para relacionar a teoria de Maslow com as

exigências dos funcionários, sendo:

O reconhecimento e a identificação das necessidades individuais com

o propósito de motivar o comportamento é o principal valor da teoria de

Maslow. Os gerentes podem tentar influenciar o comportamento dos

subordinados, apelando para as necessidades insatisfeitas, porém as

pessoas são diferentes, satisfazendo os interesses e necessidades de

acordo com os níveis em que estão , não sendo possível a motivação de

todas as pessoas da mesma forma. Nesse sentido Maslow enfatiza que os

gerentes precisam ser flexíveis e capazes de adaptar incentivos sob medida

para cada funcionário e, além disso, relacionar as necessidades dos

profissionais envolvidos e não apenas as suas próprias necessidades,

visando aumentar a contribuição e participação das pessoas, bem como o

total aproveitamento do potencial da motivação de cada um.

4.3 - Fatores Motivacionais de Herzberg

Frederick Herzberg desenvolveu a Teoria dos dois Fatores numa

abordagem de Motivação-Higiene, sugerindo que a motivação é composta

de duas dimensões, não relacionadas.

Ü Fatores Higiênicos – são aqueles que desmotivam, caso deixem de

existir, mas não garantem motivação caso existam. Precisam ser

Fisiológicas

Segurança

Sociais

Auto-estima

Auto-realização

Ligadas a salários e benefícios

Segurança física e no trabalho, auxílio-doença, planos de previdência, período de folgas, proteção contra injustiças.

Participação, amizade, prestabilidade a colegas e superior hierárquico

Reconhecimento, elogio, perspectivas de promoções

Execução de trabalhos gratificastes, utilizando habilidades pessoais

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pelomenos satisfatórios para não desmotivarem, pois podem impedir

a satisfação, mas não influenciam o crescimento e desenvolvimento

dos empregados, tais como:

Salário

Condição de trabalho

Segurança ( física ou de manutenção do emprego)

Política da empresa ( premiação aos melhores)

Relacionamento ( competição x cooperação)

Status ( satisfação por pertencer à empresas)

Exemplo: O clima organizacional, seguro e saudável por si só, não irá

motivar os funcionários a trabalhar melhor, mas contribui, deixando-os

satisfeitos o bastante para que outros fatores possam motivá-los. Sendo

que, se as condições de trabalho não forem satisfatórias, as pessoas ficam

desmotivadas impossibilitando o funcionamento de outros elementos

motivadores.

Segundo Herzberg existem cinco fatores-chaves que motivar a equipe,

caso os fatores de higiene forem satisfeitos.

Trabalhos interessantes ou que apresentem desafio;

Responsabilidade pelas tarefas e deveres realizados;

Sensação de se Ter alcançado algo que valeu a pena;

Reconhecimento pelo trabalho realizado, pelo empenho e pelo

desempenho;

Possibilidade de desenvolvimento pessoal, transferencia de cargo e

promoção.

Ü Teoria dos Fatores Motivadores – são aqueles cuja presença gera

satisfação, mas a sua ausência pode gerar grande insatisfação. São

eles:

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Relacionamento, através de elogios em público, sorriso de

agradecimento e mesmo um tapinha nas costas.

Responsabilidade, pois dá maior poder para a pessoa;

Possibilidade de crescimento, porque ninguém fica numa empresa

onde sabe que não terá oportunidades.

Segundo Herzberg o trabalho, em si, é o principal motivador no clima

organizacional, sendo as outras influências de importância secundária.

4.4 - Teorias de Processos da Motivação

Pesquisas têm indicado que as pessoas variam consideravelmente no

modo como reagem, aos mesmos aspectos de seus trabalhos, que

necessidades diferentes podem estar em ação ao mesmo tempo e que pode

haver outros fatores influenciando a motivação, além das necessidades

insatisfeitas.

Embora necessitem, ainda, de um aprofundamento por parte dos

estudiosos foram desenvolvidas outras teorias para explicar mais

plenamente o processo de motivação.

Teoria das Expectativas – este modelo supõe essencialmente que a

motivação é uma função de três componentes:

Expectativa de esforço-desempenho - um esforço maior trará um

melhor desempenho

Percepção de desempenho-resultado - o bom desempenho trará

certos resultados e recompensas;

Valor ou atração de uma certa recompensa para a pessoa -

valorização do resultado acreditando que o esforço adicional levará a

um melhor desempenho, consequentemente à obtenção de

recompensa ou maiores resultados.

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Havendo a possibilidade de uma recompensa, através de promoção

ou uma gratificação para o desempenho de uma tarefa especial, que precise

ser bem feita, com utilidade para administração. O indivíduo se dispõe a

trabalhar mais, de acordo com as preferências, ou seja baseado na valência.

Ao passo que se o trabalhador não tiver a consciência do tipo de atividade

que a administração quer, a dedicação pode ser vista como perda de tempo.

Trabalhar muito bem, por exemplo, pode ser um comportamento para se

conseguir promoção.

Principais implicações da teoria das expectativas:

O indivíduo precisa desejar as recompensas ou resultados, logo o

gerente precisa identificar resultados de valor e não supor os

desejos do funcionário ou atribuir às pessoas suas próprias

necessidades.

Percepção de que a diferença no comportamento real implica em

diferença no resultado ou recompensa.

percepção de que o esforço resulta em bom desempenho.

A teoria da expectativa pressupõe que as pessoas se comportem de

maneira racional, pesando todas as alternativas que lhes forem propostas.

Diante das limitações quanto a capacidade de processamento das

informações e da complexidade da interação entre as expectativas,

instrumento e preferências pessoais, algumas pesquisas sugerem que a

teoria não explica, completamente, conforme o esperado, a variação do

esforço aplicado no trabalho.

Teoria da Motivação pelo Caminho-Meta : o enfoque básico dessas teorias é

o exame da motivação e modo como um diagnóstico pode influenciar a

administração do desempenho.

A teoria sugere que as pessoas serão motivadas a produzir quando

perceberem que seus esforços as levarão a um bom desempenho A

gerência, no sentido de motivar, pode esclarecer o caminho-meta,

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examinando as expectativas, utilidades e instrumentalidades percebidas

pelos subordinados em situações diferentes.

Teoria do Estabelecimento de Metas: esta teoria apresenta íntima relação

com a teoria das expectativas, uma vez que apresenta a idéia de que o

estabelecimento de metas pode ser causa do bom desempenho, ou seja as

intenções conscientes dirigem o pensamento e as ações, motivando para a

realização das tarefas e os gerentes devem:

estabelecer metas claras e específicas para seus subordinados

fazer metas desafiantes, mas que não sejam consideradas

impossíveis;

envolver o subordinado no estabelecimento de metas quando for

possível.

4.5 - Teoria da Motivação Baseada no Meio Ambiente

Relativa as maneiras de como o comportamento pode ser mantida ao

longo do tempo.

Teoria do condicionamento e esforço operante : Na teoria de Skinner a

suposição básica é que o comportamento humano é determinado e mantido

pelo ambiente da pessoa. Assim, a teoria do reforço sugere que a

recompensa por certo comportamento, bem sucedido, leva a repetição do

mesmo.

Hoje, é de consenso geral que o bom desempenho, quando

recompensado, leva à satisfação que por sua vez, mantém o bom

desempenho.

Através do elogio, reconhecimento, remuneração ou promoções,

dependentes de certos comportamentos, os administradores podem

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aumentar a probabilidade de manutenção dos comportamentos preferidos

por longo tempo, extinguindo os comportamentos indesejáveis.

Estudos que enfocam a modificação do comportamento

organizacional sugerem que o processo possa ser eficaz para tecnologias

emergentes.

Teoria da Comparação Social: examina como as pessoas vêem a realidade

baseados nas próprias experiências, sugerindo que as atividades em relação

ao trabalho serão construídas com base tanto na situação atual do trabalho

quanto no comportamento passado, ligados ao trabalho atual. Ao invés de

conflitar com as teorias motivacionais anteriores pode ser usada para

ampliar a capacidade de entender os níveis de desempenho e satisfação

dos funcionários.

Teoria da Equidade : baseada na comparação entre os próprios resultados

com os das outras pessoas, interna e externamente, que estejam na mesma

situação. Sugere que as pessoas super-recompesadas tendem a produzir

mais, podendo, também aumentar o resultado das outras pessoas.

Teoria do intercâmbio- basicamente procura explicar o comportamento do

grupo em termos de recompensas trocadas e os custos incorridos nas

diversas interações. É causado por incentivos de vários tipos quando os

resultados excedem o nível de expectativa.

A falta de recompensa pode parar o comportamento, desencadeando

o fracasso da empresa. Daí a motivação para a entrada no processo de

intercâmbio, pois a organização tem algo que o indivíduo quer e vice-versa.

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CAPÍTULO V

CONSIDERAÇÕES SOBRE A MOTIVAÇÃO

“Proclame com vigor para você mesmo:

eu sou um vencedor!”

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Apesar das pesquisas e teses sobre a motivação, não se encontrou

até o hoje, uma fórmula que transforme um indivíduo desanimado,

desinteressado, apático, num alegre colaborador. Sendo assim, procura-se

entender que fatores podem conduzir os profissionais à produtividade

motivada, ou seja ao prazer de fazer, fazendo bem feito.

5.1 - Considerações Sobre a Motivação

Os indivíduos tendem a ser mais fortemente motivados pela

recompensa ou expectativa do que pela punição ou medo;

A compensação monetária é importante para satisfazer certas

necessidades, mas além do nível de subsistência a quantia paga

não é necessariamente tão importante quanto as recompensas

não monetárias.

A eficiência da recompensa ou punição diminui rapidamente a

mediada que existe distanciamento entre as mesmas e ação a que

se referem.

Além de um certo ponto, a pressão para melhorar o desempenho

é ineficaz.

Os indivíduos diferem em relação a importância da satisfação das

necessidades e suas atitudes, que também mudam com o tempo e

as circunstancias.

5.2 - Considerações sobre a desmotivação

O que desmotiva:

A incerteza sobre o futuro da empresa e do país.

Constantes alterações no rumo dos projetos.

Ausências de metas ou a falta de acompanhamento na sua

realização.

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Pouco reconhecimento de valor, com afeto ou melhoria de condição.

Estagnação em desenvolvimento profissional

Tratamento desigual para potenciais similares

Não aproveitamento dos talentos

Inibição de criatividade

Chefias medíocres e prepotentes

Ambiente de trabalho sob uma competitividade insalubre

Administrações políticas com privilégios

Certamente que outros fatores contribuem para a insatisfação das

pessoas no ambiente de trabalho, conduzindo à depressão , desânimo, e

tristeza que para serem eliminados dependem do interesse das

organizações em identificá-los, não apostando somente na força de

vontade do trabalhador de reverter o quadro da própria desmotivação,

após um simples treinamento.

É preciso pensar, antes de tratar a pessoa física, em melhorar a

pessoa jurídica, verificando que males a afetam ; se há condição de

reconstruir, trazendo de volta a esperança que a fez nascer; se os

momentos produtivos da época da fundação poderão ser revividos; se o seu

planejamento é estratégico e exeqüível e se alguém luta para a empresa

sobreviva.

Não deixar desmotivar, talvez seja atualmente importante para

recuperar a alegria e reduzir o estresse nas organizações.

Não há lugar para os desmotivados que estão habituados a dar

respostas do tipo “depois eu faço”, “Amanhã eu vou”, ”não vale a pena”, “é

tarde demais”, fulano é o culpado”, “isto pode esperar”, “não luto contra o

destino”.

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Motivação, autoconhecimento, vitória, determinação, sucesso,

felicidade quer dizer “vou já”, “eu quero”, eu posso”, sou dono do meu

próprio destino.

É imprescindível a manutenção da automotivação para a conquista do

bem-estar pessoal e profissional.

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CONCLUSÃO

A motivação para o trabalho não se restringe às ações unicamente

externas, são considerados, também os aspectos individuais e intrínsecos.

O trabalho gratificante, provido de sentido, em que o funcionário

conheça suas atribuições, sendo responsável pelo que faz, com

possibilidades de desenvolver, criar e exercer seu próprio potencial é o que

motiva em primeiro lugar.

Além dos fatores acima citados são prioridades para a motivação a

elaboração de uma política de pessoal abrangente, com uma atitude

inovadora, dinâmica envolvendo desde a seleção de pessoal, treinamento,

aperfeiçoamento, avaliação, avaliação de desempenho, a promoção,

programas de qualidade de vida e benefícios.

A questão salarial só se torna preponderante quando as demais

necessidades não encontram sua satisfação. A inexistência de uma política

de pessoal e incentivos adequados desviam a atenção dos trabalhadores em

relação à instituição, desmotivando o indivíduo para o trabalho.

Este trabalho relaciona as mais importantes teorias motivacionais,

bem como as condicionantes pessoais e ambientais para a motivação, a

importância da valorização do ser humano como forma de estimular a

motivação e , consequentemente o comprometimento do indivíduo com o

trabalho, sendo o comprometimento o resultado da aprovação, da aceitação

e do empenho em adotar algo que se julgou necessário e construtivo, ou

seja, as vantagens usufruídas foram compensadoras. Ao atingir este ponto

dificilmente haverá retrocesso.

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Porém precisa ficar claro que ninguém motiva ninguém. O máximo que

se pode fazer é criar condições para a liberação e aproveitamento da

motivação, a maior fonte de energia do ser humano.

“Nada lhe posso dar que não exista em você mesmo, não posso abrir-

lhe outro mundo além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso

dar, a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu ajudarei a tornar

visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.” ( Hermam Hesse)

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BIBLIOGRAFIA

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ANEXOS

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO..............................................................................................08

CAPÍTULO I - MOTIVAÇÃO E TRABALHO ................................................10

1.1 – A evolução do trabalho ........................................................................11

1.2 – A motivação humana para o trabalho...................................................15

1.2.1 – A motivação e recompensa Intrínseca e extrínseca ......................16

1.2.2 – A motivação e Contrato Psicológico ..............................................17

1.2.3 – A motivação e qualidade de vida ...................................................18

CAPÍTULO II – COMO MOTIVAR A PESSOA PARA O TRABALHO.........19

2.1 – Valorizando o ser humano ..................................................................20

2.2 - Estimulando a motivação .....................................................................31

CAPÍTULO III – CONDIÇÕES DA MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO....33.

3.1- Condições pessoais da motivação .......................................................34

3.2 – Condicionantes ambientais da motivação ..........................................34

CAPÍTULO IV – TEORIAS MOTIVACIONAIS .............................................36

4.1 – Conjuntos de Suposições de Douglas Mcgregor .................................37

4.2 – Hierarquia das necessidades de Maslow ............................................38

4.3 – Fatores Motivacionais de Herzberg .....................................................39

4.4 – Teorias de Processo da Motivação .....................................................41

4.5 – Teoria da motivação baseada no Meio Ambiente ...............................43

CAPÍTULO V- CONSIDERAÇÕES SOBRE A MOTIVAÇÃO E

DESMOTIVAÇÃO.........................................................................................45

5.1 – Considerações sobre a motivação.......................................................46

5.2 – Considerações sobre a desmotivação .................................................47

CONCLUSÃO................................................................................................49

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................51

ANEXOS........................................................................................................53

ÍNDICE ..........................................................................................................54

FOLHA DE AVALIAÇÃO..............................................................................55

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação “Lato Sensu”

Monografia: A Motivação e a sua influência no Trabalho

Por: Jorgina da Silveira Gomes

Data da Entrega: .........../........../...........

Avaliada por: ........................................................................Grau: .............