UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Da Unidade Escolar referida e do NIMA,...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INTERDISCIPLINARIDADE
FACILITANDO A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
NO ENSINO MÉDIO
DA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO
VIRGINIA MARIA CASTILHO RIBEIRO DE SOUZA
ORIENTADOR
PROFa. FLÁVIA CAVALCANTE
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INTERDISCIPLINARIDADE
FACILITANDO A ORIENTAÇÃO EDUCACIONA
NO ENSINO MÉDIO
DA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em
Orientação Educacional e Pedagógica
Por: Virginia Maria Castilho Ribeiro de Souza
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela
oportunidade desse Curso, na proteção
do Mestre dos mestres, Cristo Jesus.
Sou grata pelo carinho e incentivo
permanentes de Ana Carolina, minha
filha, de meus familiares entre eles,
Avelino Neto, Olga Maria; de meus
amigos Janete e Nélio, Dulce, Janete,
Dulcinea, e, em especial, de Antonio,
companheiro de todas as horas.
Agradeço à minha orientadora, a
professora Flavia Cavalcante, a todos
os meus professores, a toda Faculdade
Integrada A Vez do Mestre.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a meus
pais, Walter e Virginia (in memoriam);
à Ana Carolina, minha filha, a todos
os meus familiares e amigos, em
especial, a Antonio.
Ao meu mestre em Design,
prof. José Luiz Mendes Ripper
Aos meus queridos alunos do
Ensino Básico da rede estadual do Rio de
Janeiro e aos meus colegas no
magistério.
5
RESUMO
A presente proposta temática visa o desenvolvimento do Ensino Médio
na rede pública estadual no Rio de Janeiro. Mostra como a
interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade estão sendo elaboradas e
aplicadas no cotidiano escolar. Assim como trilhas lúdicas que facilitem a
escolha profissional de adolescentes e estudantes no Rio de Janeiro, RJ.
Deve contemplar a diversidade cultural e sócio-econômica dos estudantes, a
partir das próprias raízes familiares.
A criatividade inerente à arte deve ajudar a sinalizar habilidades
específicas, observando-se a gama variada de valores cognitivos e sociais.
Esta obra destina-se a pré-vestibulares comunitários a serem designados após
a sua publicação. Instalando-se como atividade complementar pedagógica de
caráter interdisciplinar. Estes espaços da Educação Comunitária devem reunir
pesquisas ações de médicos psiquiatras, psicopedagogos, psicólogos,
arteterapeutas, psicomotricistas, fonoaudiólogos, em especial, entre outros
áreas afins.
6
METODOLOGIA
Trata-se de uma pequisa ação qualitativa, de caráter etnográfico. Foram
elaborados questionários para entrevistas junto a psicólogos e psicopedagogos
colaboradores no Projeto das Classe Comunitárias pré técnico e pré
profissionalizante da PUC Rio, pela Vice Reitoria Comunitária. Assim como
foram feitas entrevistas a professores. Da Unidade Escolar referida e do NIMA,
Núcleo Intedisciplinar de Meio Ambiente, na PUC Rio.
Houve a leitura de livros, jornais, revistas especializadas. A pesquisa de
campo foi instalada no Colégio Estadual Professor Antônio Maria Teixeira
Filho, de Julho de 2014 a Julho de 2015. O Colégio localiza-se na Zona Sul do
Rio de Janeiro, no bairro do Leblon. Situa-se em uma área designada como
nobre, pelas normas de zoneamento da cidade, com boa estrutura básica
urbana, tendo sistema de transporte coletivo. A modalidade de Ensino
contempla o Ensino Médio Inovador, Ensino Médio Regular e Projeto
Autonomia.
Foram realizadas uma série de oficinas como atividade complementar
pedagógica para a instalação e verificação da pesquisa. Em turma do Projeto
Autonomia, no turno da manhã, regida pela professora Dulce Eringer Tinoco
Borges. O Projeto é supletivo com duração de dois anos, previsto para turmas
com cerca de vinte jovens, entre 17 e 20 anos. Contamos com vinte e quatro
estudantes, com aulas realizando-se de 2ª. à 6ª. Feira, de 8h às 11h. O plano
de Curso propõe uma relação estreita de conteúdos com a realidade no mundo
do Trabalho.
As fontes básicas são Leonardo Boff em A Carta da Terra, e a
consciência planetária. Um olhar de dentro. (In Consciência Planetária e
religião. S. Paulo: Ed. Paulinas, 2009), Eliana M. Virgili Filgueiras Leiro em
Linguagem, cultura e identidade: uma leitura intertextual de Paulo Freire e
Mikhail Bakhin (Mestrado em Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie,
S. Paulo, 2006), Beth Brait em Bakhtin - Outros Conceitos-Chave por (org.,
7
2005), Paulo Freire, na Pedagogia da Esperança (2000) e em Medo e
Ousadia, o cotidiano do professor (2011), Celso Antunes, em Marinheiros e
Professores (2010), Adriana Klisys e Edi Fonseca em Brincar e Ler para Viver,
um guia para estruturação de espaços educativos e incentivo ao lúdico e à
leitura, Instituto HedgingeGriffo, S. Paulo (2008), Sebastião Salgado, fotógrafo
brasileiro no filme O sal da terra; em Lev Vygotsky e o Sociointeracionismo
(2011), Howard Gardner nas Múltiplas Inteligências (2005), Jacob Levy Moreno
e a Sociodramatização (1997), Marta Relvas, em Que Cérebro é esse que
chegou às escolas? As bases neurocientíficas da aprendizagem (2012), Ana
Mae Barbosa e a Importância da Educação Artística, (1975), Lucinda Camargo
em Orientação Profissional (2012), Félix Guattari em As Três Ecologias (2000),
Humberto Maturana, em Emoções e Linguagem na Educação e na Política e
em Ciência, cognição e cotidiano (2011), Milton Santos por Uma Globalização
mais Humana (2009; a obra da Secretaria de Educação no Curso Básico,
Formação de Professores no Ensino Médio / MEC (2013).
A visão desta Unidade Escolar visa “... a construção de uma sociedade
justa, quanto à sua natureza; solidária, quanto à sua organização; a serviço da
vida e da esperança, quanto à forma de agir.” A metodologia da presente
pesquisa segue a do Projeto Político Pedagógico do Colégio Professor
Antonio Maria: contextualizada, interativa e multidisciplinar, “...onde a
aprendizagem tem significado para o aluno, atendendo a Grade Curricular
determinada pelo MEC, para 2013. O mundo do trabalho será também um
forte elemento a ser focado, especialmente pela clientela a ser atendida – O
Ensino Médio.
O debate sobre as questões de nosso tempo é destacado dentro do
currículo, transversalmente, incluindo situações onde os alunos tenham
contato com profissionais de diversas áreas de conhecimento.” (extraído do
PPP da Unidade Escolar).Nesta unidade, estou na função de Professora
articuladora pedagógica, trabalhando no S.O.P., Setor de Orientação
Pedagógica e Educacional. Junto à coordenadora pedagógica, professora Ana
Maria Lima. A escola está reinagurando o pré vestibular comunitário em sua
unidade, neste mês de Maio de 2015.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 12
CAPÍTULO I - Orientação Educacional:
conceitos e significados 18
1.1 Orientação Vocacional: descrição
das funções na escola
1.2 Breve Histórico da Orientação Educacional
/ Profissional 19
1.3 Projeto de Vida: uma busca ecológica. 21
1.3.1 Projeto Político Pedagógico, PPP 22
1.3.2 Projeto de Vida nas escolas
do Ensino Médio. 26
CAPÍTULO II - Desenvolvimento Criativo:
percepção e representação 31
2.1 Da Prática em Sala de Aula. 35
2.2 Da Cultura e Teologia. 36
2.3 Da Função Social da Arte 37
2.4 Oficina dos Saberes:
Língua e Estilo. Linguagem. 38
2.5 Desenvolvimento Criativo: 40
uma proposta metodológica.
2.5.1 A Contação de Histórias 43
2.5.2 Da Poesia 44
2.5.3 A Teoria dos Papéis no Psicodrama. 45
2.6 Associando Conceitos 47
9
2.6.1 A Teoria das Múltiplas Inteligências. 47
CAPÍTULO III – Das Oficinas SIMEC 52
no Projeto Autonomia
3.1 Trabalho e Jogo na Pedagogia Freinet 52
3.1 Conceiito do Fortalecimento 53
no Ensino Médio da rede estadual.
3.2 Oficinas SIMEC ou SISMédio. 57
CONCLUSÃO 86
BIBLIOGRAFIA 90
ANEXOS 92
ÍNDICE 109
10
INTRODUÇÃO
A presente investigação incentiva a reflexão sobre a importância da
interdisciplinaridade como modalidade básica no Ensino Médio da rede
estadual no Rio de Janeiro. A influência desta formação já visando a
Universidade, e / ou Cursos técnicos profissionalizantes, o próprio mercado de
trabalho. Esta construção do projeto de vida de adolescentes, no Ensino
Médio, promove a elaboração da consciência de cidadania. Pensando-se que
somente em esforço conjunto, uma sociedade pode evoluir, em todos os
setores, do primário ao terciário.
A pesquisa evidencia e influência das artes integradas, do visual ao
cênico, associando-as às literárias como linguagem para ajudá-los a
idealizarem e concretizarem metas, pela confluência de dois direitos do
cidadão: o direito à educação e o direito ao trabalho (MEC 2000) 1.
Compreende-se uma linguagem em sua concretude quando ela é presente no
cotidiano de cada pessoa. Como somos seres sensíveis antes de qualquer
outra instância, a Arte privilegia nosso entendimento básico de mundo,
enquanto espectadores e protagonistas de nossas ações.
A grande maioria dos estudantes e professores da rede pública de
ensino passa por um difícil momento. As condições em que trabalham são
muito difíceis e a possibilidade de mudança parece distante. Alguns
desanimam, outros adoecem. O desânimo, a falta de motivação, a
desesperança parece prevalecer. Este quadro acaba repercutindo no Projeto
de Vida destes alunos. Poucos acreditam no valor da escola como
instrumento eficaz tanto para a convivência harmônica desses jovens com o
meio ambiente e com seus pares, quanto para a sua inserção sócio-produtiva
à sociedade brasileira.
O olhar atento para a modalidade da interdisciplinaridade no Ensino
Médio pode favorecer um diálogo mais consistente e pertinente entre os
professores. E destes, com os alunos, como consequência. Deve promover a
autoimagem mais apurada e a elevação da autoestima de ambas as partes.
11
Espera-se uma comunicação mais efetiva entre os professores e destes com
os alunos, também pelo maior aprofundamento de conteúdos com menos
elementos. A associação das linguagens nas diversas áreas deve ser
facilitada. O entrelace das disciplinas por área de conhecimento deve
demonstrar que tudo está interligado, todos os saberes estão relacionados.
Enfatiza-se portanto, a importância do diálogo entre o corpo docente, o corpo
discente e de um para o outro:
O diálogo é a confirmação conjunta do professor e dos alunos no ato comum de conhecer e reconhecer o objeto de estudo. Então, em vez de transferir o conhecimento estaticamente, como se fosse posse fixa do professor, o diálogo requer uma aproximação dinâmica na direção do objeto (FREIRE, 1986)2
A teoria das múltiplas inteligências indica que todos temos habilidades e
competências para ocuparmos papéis sociais dignos. A função social da Arte,
a de apurar a nossa consciência crítica eleva a natureza de nossos
sentimentos, despertando a acuidade intelectual. Esta visão é compartilhada
nas Classes Comunitárias pré Técnicas e pré Profissionais (CCPTs), na PUC
Rio. Aí surgiu meu interesse em pesquisar, a partir de um trabalho voluntário
do qual participei durante três anos. Este projeto é coordenado pelo Prof. Dr.
José Braz de Carvalho, atualmente professor emérito em programas de Pós
Graduação no Departamento de Educação, nesta Universidade. A atividade
integra o planejamento da Vice Reitoria Comunitária em uma de suas ações,
realizando-se há mais de dez anos.
O projeto acontece em pré Vestibulares Comunitários ligados em rede à
PUC Rio, situados nas zonas sul, norte, oeste, baixada fluminense. A disciplina
Projeto de Vida, uma das oferecidas na Formação para os Educadores
Comunitários, abordou aspectos como futuro, projeto de vida, mercado de
trabalho, inclusão social, desafios e concretizações. Constatou-se a
necessidade de se aprofundar em pesquisa questões individuais e coletivas
que se dão ao longo deste processo. As principais perguntas dos jovens são
referentes ao autoconceito, autoestima, autoimagem a desenvolverem. O
desafio é como ajudá-los a elaborar o foco neste questionamento, vendo-se
em ação para formarem um projeto de vida pessoal e profissional consistentes.
12
A linguagem das artes integradas (visuais, musicais, cênicas), relacionadas à
literatura, com jogos e brincadeiras, deve facilitar perguntas e reflexões ao
adolescente, acerca de adversidades sociais. O foco é o próprio contexto
social em que vivem, enfatizando-se as suas representações sociais. Os laços
familiares devem ser evidenciados.
Os objetivos são estimular o pensamento crítico e a atitude responsável
e sensível dos estudantes no Ensino Médio da rede pública no Rio de Janeiro.
Visando a elaboração de seu Projeto de Vida: a nível pessoal, em sua
formação de cidadãos, assim como vocacional, preparando-os de modo coeso
para o ingresso na Universidade ou, em Cursos Técnicos profissionalizantes.
Desenvolver a esperança para o ingresso feliz no Mundo do Trabalho, pela
dinâmica do diálogo nas vivências interdisciplinares, facilitadas pela linguagem
das Artes integradas à literatura. Como uma forma de restituir a esse
segmento a esperança e o sonho, ainda possíveis, de uma educação de
qualidade.
Entre os objetivos específicos deve-se favorecer mais espaço de troca
de experiências e de discussão entre os professores do Ensino Médio da rede
pública. Como consequência, com seus alunos, pela interdisciplinaridade. A
intenção é favorecer um espaço livre de expressão e comunicação entre os
docentes e discentes, propiciando ao alunado um olhar mais consistente rumo
ao ingresso na Universidade assim como em Cursos Técnicos
profissionalizantes. Visando a entrada e a sustentabilidade mais elaboradas no
mundo do Trabalho.
Visa-se oferecer a vivência prática e o conhecimento teórico sobre as
várias opções do mercado de trabalho, através do uso das diversas linguagens
artísticas, favorecendo uma comunicação mais eficaz também no momento de
uma entrevista para emprego, despertando-lhes o sentido do trabalho em
equipe. A ação traz um número considerável de atividades lúdicas possíveis
de se trabalhar em sala de aula. Deve-se estimular o olhar crítico e estético
sobre o meio ambiente, no sentido pessoal, coletivo e nas relações com a
natureza ao redor. Procura-se desenvolver a consciência ecológica dos
professores participantes de modo que esta seja despertada em seus alunos.
13
As possíveis contribuições para o meio acadêmico e para a classe do
magistério são a aceleração do desenvolvimento humano, meta básica na
Educação. Assim como a democratização efetiva do conhecimento como meio
de sustentabilidade ambiental. Olha-se também para a conscientização da
responsabilidade em relação ao meio ambiente, pelas quatro ecologias: a
espiritual, a pessoal, a coletiva, a da natureza ao nosso redor. O foco é a
socialização da noção de totalidade, de holos.
Espera-se a aceleração do processo de Inclusão digital e social pelo
corpo discente. Se as medidas propostas são suficientes ou estão sendo
tardiamente implementadas, no momento isso não é relevante de nenhum
modo. Importa saber que uma formação visando a cidadania e a
profissionalização implica em uma educação básica excelente. Deseja-se
contribuir para a superação das posturas radicais que alimentem as relações
de poder no contexto escolar.
O Problema. O mercado de trabalho apresenta contextos diferentes por
escalas sociais. A realidade de cada lugar e região apresenta características
próprias a serem desveladas. Fatores como a autoestima, autoimagem e
autoconceito muitas vezes não são relevantes em testes de aptidões. Tal fato
pode dificultar a aproximação do sujeito de seu mundo, de suas raízes que o
sustentam e embasam. Pode-se criar um projeto de vida profissional sem as
estratégias vitais, ou necessárias, para se atingir o objetivo final.
Atualmente, a principal demanda no mundo do trabalho é indicada no
caderno de emprego dos jornais impressos. Ou as empresas de Recursos
Humanos captam recursos no modo online, cadastrando currículos que serão
avaliados. Os remetentes receberão convites online para se comunicarem com
possíveis empregadores. Os trabalhadores são procurados, em primeiro lugar,
por suas potencialidades pessoais de empreendimento e liderança, pelo
conhecimento de línguas estrangeiras e informática. Não mais somente por
formação. Pode a arte, pela linguagem própria do psicodrama, ajudar o sujeito
a definir problemas, selecionar estratégias que o auxiliem em sua escolha
profissional? A adolescência caracteriza-se pela busca de identificação com
14
seus pares. Como ajudar o jovem a revelar a sua vocação profissional? Como
favorecer a visão de que somente o trabalho em equipe pode resultar em
sucesso para todos os envolvidos? Indicando premissas coerentes com regras
inerentes a cada ambiente profissional?
A hipótese apresentada nesta investigação é a de que a educação
estética representada pelo interação entre artes e literatura, jogos e
brincadeiras associados às ciências da natureza e matemáticas contribui para
o equilíbrio emocional e clareza no raciocínio. A interdisciplinaridade no Ensino
Médio deve promover o diálogo mais regular e próximo entre os docentes,
desenvolvendo a confiança recíproca quanto às possibilidades de
reorganização conjunta.. As relações entre esses serão mais nítidas,
preparando os alunos de modo mais eficaz para a leitura de Mundo. Os
discentes devem ser mais beneficiados como efeito dessa vivência: devem
adquirir uma leitura de mundo mais nítida, mais próxima da realidade saudável
nos espaços de trabalho. O projeto de vida do jovem deverá estar mais coeso
e coerente, permeado de premissas para condições dignas de convívio social.
O individuo deverá estar mais apto para a leitura de sua autoimagem e
autoconceito. Logo, deverá ter mais oportunidades para reconhecer sua
vocação profissional. Desenvolvendo suas habilidades e estratégias para o
ingresso no mundo do trabalho. O ser humano é antes de tudo um ser
sensível impulsionado pelo sensório motor. O intelecto nutre-se desta junção.
Portanto é necessário a qualquer indivíduo o seu reconhecimento interior,
desde a mais tenra idade, em especial na adolescência, período de crises
intensas e ricas. O pensamento deve se tornar mais criativo e social como uma
consequência natural.
A transformação da subjetividade à objetividade no trabalho deve ser
favorecida pela linguagem literária, com recursos cênicos oriundos do
psicodrama. Esta linguagem foi desenvolvida por Jacob Levy Moreno. Médico
psiquiatra, criador da teoria dos papéis sociais revividos no teatro, com o fim da
socialização dos indivíduos em geral. Esta estratégia deve potencializar o
protagonismo do jovem em sua escolha profissional, ao narrar um simples
15
texto, contar uma poesia. A espontaneidade revelada pelo gesto criador é
destacada. O planejamento das metas a serem cumpridas a curto, médio e
longo prazo deve ser favorecido por este reconhecimento.
No Capítulo Primeiro descreve-se o surgimento do Campo de
Orientação Educacional como a sistematização de estudos e pesquisa
aplicada, em Boston (EUA). Refere-se a sua instalação na SEEDUC Secretaria
de Estadual de Educação no Rio de Janeiro. Descreve-se a disciplina Projeto
de Vida em Unidade Escolar da rede, visando a preparação do alunado para o
trabalho em equipe e para o ingresso no mundo do trabalho.
No Capítulo Segundo desenvolve-se o conceito de Criatividade pelas
Artes integradas (visuais, musicais e cênicas) relacionadas à Literária. Aborda-
se o significado de autoestima, autoimagem, assim como dehabilidades e
competências de tipos de inteligência. Destacam-se técnicas de comunicação
pessoal através da apresentação de poesias, perfomances.
No Capítulo Terceiro sinalizam-se estratégias da SEEDUC para o
fortalecimento do Ensino Médio. Relata-se a aplicação da teoria apresentada,
em turma do Projeto Autonomia, modalidade supletivo. Com Fichas Roteiros.
16
CAPÍTULO I
Orientação Educacional: conceitos e significados
1.1 Orientação Educacional, descrição das funções na Escola
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através de sua Secretaria de
Estado de Educação, dispõe das seguintes atribuições e funções para o cargo
de Orientador Educacional. De acordo com o Plano Nacional de Educação,
pela Lei no. 55973.
Descrição Sumária. Coordenar o planejamento, divulgação, execução e
avaliação das atividades pedagógicas no âmbito de sua competência e de
acordo com o projeto pedagógico da escola, viabilizando desta forma a
melhoria do processo de ensino aprendizagem. Trabalhar em parceria com o
Coordenador Pedagógico que administra a relação com os professores e
direção escolar.
Principais atribuições. Participar da articulação e organização de dados da
comunidade escolar, para suporte do Projeto Pedagógico; promover de
orientação para o trabalho, contribuindo para a articulação entre o projeto
pedagógico e as potencialidades do alunado; contribuir no processo de
integração escola / família / comunidade; participar das reuniões do Conselho
de Classe, propondo alternativas para a melhoria do processo educacional;
Divulgar, junto ao corpo docente, de atividades de formação continuada, tendo
em vista o aperfeiçoamento do processo pedagógico e suas articulações com
o mundo do trabalho; contribuir para o acesso e a permanência de todos os
alunos na escola, intervindo com sua especificidade de mediador na realidade
do aluno; coordenar, junto com os professores, o processo de sistematização e
divulgação das informações sobre o aluno para o conhecimento dos
professores, pais e, em conjunto, discutir encaminhamentos necessários;
colaborar com a comunidade escolar na criação, organização e funcionamento
das instâncias colegiadas, tais como: Associações de Apoio, Conselhos
17
Escolares, Grêmio Estudantil e outros, incentivando a participação e a
democratização das relações na Unidade Escolar; contribuir para o
desenvolvimento da auto-estima do aluno, visando à aprendizagem e a
construção de sua identidade pessoal e social; participar junto com a
comunidade escolar no processo de elaboração, atualização do Regimento
Escolar e utilização deste, como instrumento de suporte pedagógico;
coordenar o processo de escolha de representantes de turma (aluno) com
vistas ao aperfeiçoamento do processo ensino aprendizagem; coordenar a
elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos,
programas e outros, objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno,
no que se refere ao processo ensino-aprendizagem, bem como, o
encaminhamento dos alunos a outros profissionais, se necessário; participar
da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, junto aos
Professores, Coordenadores e demais educadores, visando reduzir os índices
de evasão e repetência, qualificando o processo ensino-aprendizagem; visar o
redimensionamento da ação pedagógica, coordenando junto aos demais
especialistas e professores, o processo de identificação e análise das causas,
acompanhando os alunos que apresentem dificuldades na aprendizagem;
coordenar o processo de orientação profissional do aluno, incorporando-o à
ação pedagógica; realizar e/ou promover pesquisas e estudos, emitindo
pareceres e informações técnicas, na área de Orientação Educacional;
desenvolver o trabalho de Orientação Educacional considerando a ética
profissional.
1.2 Breve Histórico da Orientação Educacional / Profissional
A pesquisa da professora brasileira Lucinda Carmargo, em sua obra
Orientação Profissional 4 detacou a primeira formação que se conhece neste
campo: surgiu entre 1905 e 1908, nos Estados Unidos, através do professor e
advogado Frank Parsons. Ele foi exemplo de indivíduo que explorou muito bem
seus dons e vocacionou-se de modo interdisciplinar. Foi o responsável por
Curso de treinamento para professores se capacitarem como Orientadores
Vocacionais. Parsons ministrou aulas de francês e matemática em escolas
18
públicas. Assim como lecionou Direito na Universidade de Boston. No século
XIX surge a Revolução Industrial com profundas transformações
socioeconômicas. Parsons viu a necessidade de uma melhor adequação ao
mundo do trabalho. O novo contexto surge extremamente técnico e mecânico.
O trabalhador necessitava de um profundo autoconhecimento, assim como de
uma qualificação bastante grande.
Esta apropriação seria suficiente ao jovem candidato à empregabilidade,
no início do século XX. O sujeito ao término de um curso técnico ou superior,
fazia escolhas com relativa facilidade. Referiam-se claramente as funções
operacionais, determinando-se muito bem as etapas de uma carreira.
Geralmente os empregos estavam mais liberados para os candidatos
qualificados onde permaneciam para toda a vida. Parsons concluiu que, com a
aquisição de conhecimentos específicos, bem direcionados e ajustados à sua
personalidade, o jovem conseguiria se ajustar bem às demandas do mercado
de trabalho. Delinea-se aí a missão do orientador vocacional.
Parsons intuiu o elo natural entre corpo, razão e emoção para o
desenvolvimento de habilidades e competências. Porém, um século depois, as
expectativas transformaram-se, evoluíram com a pós modernidade. Ao longo
dos séculos XX e XXI, houve outras revoluções industriais, incluindo a
tecnológica. Surge a demanda da humanização nas várias áreas profissionais,
pois a rapidez nas relações de trabalho já não sustenta mais a permanência
em uma função, emprego. Visualizam-se aqui as necessidades do cuidado que
irá gerar a Neurociência, campo de estudos e pesquisa surgido no século XX.
A área acadêmica Neurociência Cognitiva foca o estudo científico das
estruturas biológicas inerentes à cognição. Busca identificar as bases neurais
dos processos mentais e suas implicações no comportamento do sujeito. O
jovem ao escolher uma profissão e cursos de formação, deve estar em
constante aprimoramento, atualizando-se também com tecnologias. Estas
devem ser cada vez mais transdisciplinares, relacionando os vários saberes
nas Áreas Humanas, Técnico Tecnológicas, Exatas, Biomédicas. Todas devem
19
provocar olhares comuns, universalizantes, mantendo as características
específicas de cada uma.
Sabemos também que biologicamente os sistemas cerebrais tanto da razão quanto da emoção estão intimamente interligados. E que por mais que uma pessoa pense que sua mente está sendo treinada para a racionalidade, esta jamais deixará de ser influenciada pela emoção. Sendo sim, podemos afirmar que existe um elo anatômico entre Corpo, Razão e Emoção. (RELVAS, 2012)5
O orientador vocacional deve trabalhar com o psicólogo, caso não tenha
esta formação, visando o estímulo à flexibilidade e maleabilidade no jovem. O
processo de escolhas deve incluir a observação prolongada em situações
problema diversificadas. Desenvolve-se a atitude criativa, através da
apreciação artística. Em nosso país, a capacidade de fazer escolhas ainda não
é privilegiada, por uma globalização mais voltada para informações,
desvinculadas muitas vezes de uma comunicação mais efetiva e real.
(CAMARGO, Lucinda)6
1.3 Projeto de Vida: uma busca ecológica
“Eu me sinto bem depois de me exercitar. E quando percebo melhorias na aparência,
isto melhora a minha autoestima” (Emily, 16 anos)
“Quando durmo pouco, não consigo me concentrar em nada” (Rodrigo, 19 anos)
“Por volta de umas duas da tarde, estou tão cansada que quase durmo no meio de uma
conversa” (Cristina, 19 anos).
A primeira função do Orientador Educacional, segundo o nosso Estatuto
da rede estadual, é: “Coordenar o planejamento, divulgação, execução e
avaliação das atividades pedagógicas no âmbito de sua competência e de
acordo com o projeto pedagógico da escola, viabilizando desta forma a
melhoria do processo de ensino aprendizagem.”
Precisamos conhecer o Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar,
em suas vertentes básicas e os atores em questão, o nosso alunado. O que os
jovens perguntam, o que sentem, o que pensam, para onde estão
caminhando? Do ponto de vista pessoal ao projeto de vida profissional. Qual a
20
sua ecologia pessoal, a partir de suas raízes, seus familiares, sobretudo, dos
seus responsáveis?
Como posso conversar com meus pais?
Fiz um grande esforço para contar a meus pais como eu me sentia mas não consegui me expressar direito. Eles nem me deixaram terminar. Foi tão difícil criar coragem para me abrir com eles. E acabou sendo um desastre total! (Rosa). 7
1.3.1 Do Projeto Político Pedagógico, PPP (2013 a 2015).
“Apresentação. O Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira
Filho foi fundado em fundado em Março de 1979 pelo então governador do
Estado, Floriano Faria Lima, através do decreto no. 2341 de 24 de Janeiro de
1979, como um Centro de Estudos Supletivos (CES). Para atender aos alunos
no sistema de módulos não presencial, de 5ª. à 8ª. série do Ensino
Fundamental. A partir de Agosto de 1992, através do Decreto no. 17680 de 3
de Agosto de 1992, do governador Leonel de Moura Brizola, foi extinto o CES
e criada a Escola Estadual de Ensino Supletivo Professor Antonio Maria
Teixeira Filho, com o objetivo de atender aos alunos em regime serial,
presencial, da 1ª à 8ª. série do então 1º. Grau.
No ano de 1998, no governo Marcello Alencar, por determinação da
Secretaria de Estado de Educação, foi implantado o ensino de 2º. Grau, atual
Ensino Médio, presencial. Foi mantido o Ensino Supletivo nas Fases I a IV, e
Classe de Alfabetização, no horário noturno e Ensino Regular de 5ª.à 8ª.
séries, nos três turnos.
Através do Decreto no. 27805 de 23 de Janeiro de 2001, foi a escola
transformada em Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira Filho, com
publicação no DO no. 17 de 24 de Janeiro de 2001, com efeitos retroativos a
partir do ano letivo de 1998. Atualmente, a Escola funciona com Ensino Médio
Inovador no 1º. E 2º. Turnos, Ensino Médio Regular no turno da noite e Projeto
Autonomia nos turno da manhã.
21
Justificativa. A Escola é uma instituição dinâmica e os documentos que
nos norteiam devem ser atualizados periodicamente. A revisão do Projeto
Político Pedagógico foi proposta pela direção do Colégio , através da
professora Silvia Cristina da Silva, diretora geral e das diretoras adjuntas,
professoras Corina Góes e Rita McCord (a profa. Rita não integra mais esta
unidade escolar). As mudanças foram realizadas pela Coordenadora
Pedagógica, a professora Ana Maria Pereira dos Santos Lima e pelos demais
docentes. 8
Breve recorte. A História tem memória e conta a sua história. “Do
metadesign. Entendendo-se metadesign, como o planejamento que vai além
da forma aparente, consideramos o pensamento do biólogo chileno e educador
Humberto Maturana. Este faz referência à energia enraizada na natureza (a
pessoal, a coletiva e a da grande natureza ao nosso redor). O autor indaga:
(...) se somos humanos versus máquinas, ou máquinas versus intrumentos do design humano? (...) As máquinas são instrumentos de projetos humanos. Mas, hoje em dia, quando falamos tanto de progresso, ciência e tecnologia como se progresso, ciência e tecnologia fossem, em si mesmos, valores a serem venerados.
(...) Penso que a questão que nós seres humanos devemos enfrentar não é sobre a relação entre a biologia e a tecnologia, nem sobre a relação entre a arte e a tecnologia, nem sobre a relação entre conhecimento e realidade, nem mesmo se o metadesign molda ou não os nossos cérebros. Penso que a questão que precisamos definir é sobre os nossos desejos e sobre se queremos ou não sermos responsáveis pelos nossos desejos (MATURANA, Humberto). 9.
Podemos então observar que as várias áreas do conhecimento,
simultaneamente, vêm abordando e sugerindo uma nova compreensão do real,
tentando restituir-nos uma atitude diante do sagrado como um espaço
intocável, inviolável em sua essência. Em nossa sociedade como um todo,
prevalece a fragmentação reforçada pela unilateralidade, evidenciada pela
visão mecanicista e racionalista, dualista originada a partir de algumas das
idéias concebidas (e relativizadas ao extremo) no Renascimento e na Reforma
protestante.
22
Na atualidade, a individualidade tem sido constantemente confundida
com individualismo. O ser humano tem sido o centro do próprio universo,
esquecendo-se do próximo, em toda a circunstância. As conseqüências têm
sido dolorosas, em medida grande. Cresce a necessidade de se ter um
contato direto com a Origem presente em toda natureza, que faz o Universo
inteiro funcionar, evidencia-se na entrevista concedida por Eveline Carrano,
psicóloga clínica, arteterapeuta, arte educadora. 10 Eveline ao refletir sobre o
tema, Evasão ou Reprovação no Ensino Básico da rede pública, e os campos
inerentes, Saúde e Educação, mostrou como a integração do homem com a
sua própria essência e a da grande Natureza à nossa volta, facilita a plenitude
do ser humano,pela interação de todas as suas funções psíquicas e
somáticas.11
A Educação como prática de liberdade e como um problema de desejo. Ao
relembrarmos o educador brasileiro Paulo Freire, em sua obra A Educação
como prática de liberdade, podemos considerar que nossa maior necessidade
ainda seria essa: praticar o diálogo social, através de todas as formas de
conhecimento para que nosso estudo seja vivo, tornando nossa comunicação,
uma práxis real.
O diálogo pertence à natureza do ser humano enquanto ser de comunicação. O diálogo sela o ato de aprender, não sendo individual, embora tenha uma dimensão individual. (FREIRE, 1987)12
Tudo pulsa no Universo, seja mineral, vegetal ou animal, a vida pulsa
dentro de nós. Para podermos nos aproximar do corpo como expressão e
discurso, vamos evidenciar três tipos de conceitos sobre linguagem: a
linguagem sonora ou dos sons, silêncios, entonações, melodias, ritmos,
percussões; a linguagem corporal ou dos gestos, posturas, tipos de
movimentos; a linguagem verbal, enquanto discurso escrito / oral.
Principalmente a última tem sido vista por nossa sociedade ocidental,
em especial, como uma confirmação do homem simbólico, surgido com a
transformação do homem de Neardenthal em Homo Sapiens: foi quando seu
23
cérebro se expandiu, sua boca se diferenciou da conformação simiesca, seu
aparelho fonador se modificou e surgiu a capacidade de articular as palavra,
rumo à geração dos atuais cem bilhões de neurônios. A linguagem verbal,
escrita e falada seria a sua maior representação? A interação das várias
linguagens expressivas pode gerar mensagens que facilitem a leitura de
conflitos, das mais variadas origens. Essa visão é o foco da ação no Espaço
Pedagógico e na Orientação Educacional, nesta Unidade Escolar.
Da Avaliação e construção do Conhecimento. A dinâmica na sala de
aula nos mostra quatro linhas didáticas a interagirem: a monodisciplinaridade,
a interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade e a transdisciplinaridade. A
primeira contempla os conteúdos de uma disciplina apresentada por um único
regente. Este a relaciona com as demais matérias, do ponto de vista de sua
própria formação. Já a interdisciplinaridade deve promover o diálogo entre dois
regentes e os respectivos conteúdos; o produto desta troca será apresentado
ao alunado, dentro de cada disciplina, de modo pertinente ao caráter de cada
componente curricular.
A terceira, a multidisciplinaridade propõe a mesma comunicação mas
agora entre três ou mais regentes de disciplinas diferentes. O fruto desta
interação é aplicado em cada um dos componentes curriculares, também
particularmente. Já a transdisciplinaridade deve gerar vários olhares conjuntos,
como nos outros três percursos porém há um novo produto a ser aplicadao,
comum a todas as disciplinas envolvidas. Os contrários opõem-se e se
impregnam mutuamente. Assim cada um deles é condição para que exista o
outro e, no seu movimento, cada um se converte no outro (CURY, 1985). 13
Diga-me com quem andas que te direi quem és: ... na avaliação! Este
destaque reflete o pensamento e a ação da professora Dulce Borges, do
Projeto Autonomia na Unidade Escolar referida. A docente se fundamenta na
pesquisa da autora Jussara Hoffman. Ests nos sinaliza o perigo de nos
fecharmos em nossos próprios conceitos, além de ignorarmos a riqueza de
conteúdos e valores que cada estudante nos traz.
24
Minhas investigações sobre avaliação sugerem fortemente que a contradição entre o discurso e a prática de alguns educadores e, principalmente a ação classificatória e autoritária, exercida pela maioria, encontra explicação na concepção de avaliação do educador, reflexo de sua história de vida como aluno e professor. Nós viemos sofrendo Nós viemos sofrendo a avaliação em nossa trajetória como alunos e professores. É necessária a tomada de consciência dessas influências para que a nossa prática avaliativa não reproduza, inconscientemente, a arbitrariedade e o autoritarismo que contestaram pelo discurso. Temos de desvelar contradições e equívocos teóricos dessa prática, construindo um “ressignificado” para a avaliação e desmitificando-a dos fantasmas de um passado ainda muito em voga. (HOFFMAN, 2009) 14
1.3.2 Projeto de Vida nas escolas
A disciplina Projeto de Vida nas escolas de Ensino Médio Inovador é fruto de
uma parceria da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro com o Instituto
Ayrton Senna. Esta seção apresenta o Caderno do Protagonista com orientações de
aula para o 1º. semestre do 2º. ano do Ensino Médio. O objetivo é a autodescoberta
das habilidades e competências do estudante, incentivando o seu protagonismo, na
escola e na vida. Esta exposição complementa e esclarece o contexto, objetivos e
metas das Oficinas dos Saberes, realizadas em turma do Projeto Autonomia,
descritas no capítulo seguinte.
O Ensino Médio Integral tem como meta colaborar para a permanência maior
do jovem na escola, minimizando o abandono dos estudos. A situação do alunado em
nosso Ensino Básico, veio se agravando ao longo dos últimos quinze anos, a partir do
segmento Ensino Fundamental; segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PnaD), em 2011: somente 50,9% dos jovens de 15 a 17 anos continuam
a freqüentar o segmento do Ensino Médio. E a pergunta é: Por que os demais 49,1%
de jovens desistem da escola?
Algumas pesquisas e estudos vêm sendo desenvolvidos nas últimas décadas para buscar essa resposta. O que se descobriu é que ninguém deixa de atribuir relevância e importância à escola, mas mesmo assim, muitos jovens acham que não vale a pena continuar estudando. O que eles estão perdendo? O que a escola poderia fazer para evitar o abadono? O que poderia ser feito para que eles retornassem às salas de aula?15
25
A parceria realizada entre a SEEDUC e o Instituto Ayrton Senna busca ajudar
a ressignificar propósitos da existência pessoal e pré profissional dos alunos, numa
parceria mais estreita entre família e equipe escolar. Estão ocorrendo muitas
mudanças no âmbito do Mundo do Trabalho; entre estas, uma vem revolucionando
nossa cultura: a proposta de participação de várias pessoas na gestão. Participação
como o próprio nome diz, significa fazer parte de uma ação, no sentido de construí-la.
Para tanto, precisamos conhecer nossas raízes (nossa família nuclear e a imediata),
dialogando com nossos parceiros de trabalho escolar.
Autogestão: conceito. Os desafios sempre foram muitos, no passado, hoje e
serão no futuro. A organização do tempo é um bem precioso a ser estudado,
apreendido e preservado. Necessita-se perceber que somos uma rede de
acontecimentos, somos interdependentes, em conexão de laços muitas vezes,
invisíveis O tempo todo, direta ou indiretamente. Na Família imediata, na Escola, na
Universidade, no Trabalho, na Sociedade em geral, em todos os continentes; este
fato é demonstrado pela Física: o bater de asas de uma borboleta em um continente,
pode provocar terremotos em outro. Como foi exposto em Exposição recente no
Centro Cultural do Banco do Brasil, centro do Rio de Janeiro, RJ. “Se liga nessa!”, um
misto de Artes e Ciências, em Abril deste 2015. O que se dirá de nossos sentimentos,
idéias e ações?
Ler metalinguagens. Afirmamos também que, leitura e mundo, são linguagens. Estamos dizendo que uma operação de conhecimento acerca de algo é, na relação eu – outro, uma tradução de linguagem. (...) Recordamos que o próprio sentido do prefixo meta, segundo Aurélio Buarque de Holanda, em seu Dicionário da Língua Portuguesa, (4ª. Edição, 2009) remete-nos à sua etimologia grega que significa: mudança, posteridade, além, transcedência, reflexão, crítica sobre (...). (CHALUB, Samira) 16
Do mapa para 2015, um teste. Texto dirigido aos alunos. Nesta trilha, trata-se
do primeiro passo para se visualizar para onde cada um quer ir e o que deve fazer ao
empreender esforços. Cada participante deve preencher o quadro a seguir, com a
sua escolha, em cada questão. Exemplo: colocar como meta a convivência com
quem mais os fazem felizes (relacionando quem são essas pessoas). E quais os
objetivos a serem concretizados neste ano, para suas vidas ganharem mais sentido,
26
consistência. Lembrando-se de que integrará um time: toda a turma será dividida em
grupos de quatro a seis estudantes, designados como time. Tal como acontece em
treinamentos de Recursos Humanos nas empresas, no mundo do trabalho.
Quadro dos desejos e sonhos para 2015. Pode ser desenhado dentro do
contorno da palma de sua mão, como numa seqüência de história em quadrinhos. A
ser desenvolvida com desenhos figurativos ou abstratos, valendo o “boneco palito”
para representar personagens; além de texto escrito, de modo sintético. Pode incluir
referências poéticas, breves.
Pergunta no. 1: O que gostaria de alcançar no que se refere aos projetos
pessoais? O que posso fazer para que isto aconteça?
Pergunta no. 2: O que espero conquistar, em termos de aprendizagem na
escola? O que posso fazer para que isto aconteça?
Pergunta no. 3: O que sonho para mim como um todo? O que posso fazer para
que este sonho se transforme em realidade?
Pergunta no. 4: O que desejo para minha família? O que está ao meu alcance
de ser feito para que esse desejo aconteça?
Pergunta no. 5: O que pretendo fazer, pensando no bem comum?
Pergunta no. 6: O que pretendo aprimorar e realizar junto com o meu time, no
projeto que estamos desenvolvendo nas aulas de Projeto de Vida? Estas perguntas
são sugeridas na apostila da disciplina Projeto de Vida. 17
Mapa na Escola. O texto prossegue abordando a definição da situação do
aluno, nos componentes curriculares, para um melhor desempenho e colaboração
com seu time, e em sua turma. A auto avaliação refere-se a: 1) Mando bem e posso
ajudar 2) Preciso de ajuda!
Ainda não sei! Monte um quadro, incluindo as disciplinas abaixo, para facilitar
a leitura da situação al. E se organizar para prosperar, ajudando a prosperarem.
(“Uma mão lava a outra e juntas, lavam o rosto!”, ditado popular).
27
Os componentes curriculares são: Biologia; Física; Matemática; Química;
Filosofia; Geografia; História; Sociologia; Arte; Educação Física; Língua Português /
Literatura; Língua Estrangeira (Inglês); Língua Estrangeira (Espanhol); Ensino
Religioso; Letramento em Língua Portuguesa; Letramento em Matemática;
Laboratórios de Iniciação Científica e Pesquisa; Projeto de Vida; Cultura Corporal;
Cultura e Uso de Mídias; Cultura e Arte.
O que fazer para melhorar minha autogestão? O vital para o mundo do
trabalho não é mais dominar uma função apenas seguindo procedimentos. É preciso
saber se comunicar, ser criativo, ser conectado, ser flexível e maleável, respeitar a si
próprio e aos outros, trabalhar de forma colaborativa, com muita iniciativa. Para tudo
isto, é preciso uma atitude protagonista, não mais coadjuvante (ator de primeira linha,
na vida!). Com autogestão. Lembrando-se que quando estudamos juntos, crescemos
como indivíduos parceiros e assim, como estudantes!
Dizer aos alunos que se organizem em grupos de estudos, a partir de quadros
a serem feitos por eles. Com os textos:
Eu posso ajudar meus colegas nos estudos dos seguintes componentes:
Eu preciso de ajuda nos componentes:
... e esses colegas podem me ajudar:
Das atitudes de Ouro para melhorar os estudos:
A) Buscar sentido no que se estuda. Procurar perceber as relações entre todas
as disciplinas, em determinado objeto de estudo. Buscar as conexões com o
mundo, no dia a dia. Quais os valores que nos motivam a seguir em frente?
B) Valorizar-se. Produzindo pensamentos inteligentes e seguros para sentir-se
vivo, promovendo a vida em abundância. Buscar fontes seguras para serem a
base desta ação. Afirma-se a vida na superação das dificuldades. Identifique
seus medos, escrevendo sobre eles. Pesquise exemplos de pessoas, ao longo
de suas vidas, deram testemunhos de perseverança e ajuda ao próximo. E de
como seus próprios problemas foram sendo resolvidos. Como agiram? Leia
sobre a vida de Madre Teresa de Calcutá. Européia, passou a maior parte de
28
sua vida na Índia, cuidando de pessoas em situação de risco. Assim como
sobre a vida de Mahatma Gandhi, líder indiano que conduziu seu país para sair
da condição de colonizado.
C) Manter-se motivado. Escreva sobre o que o mantém com olhar esperançoso
e pleno de boas expectativas. E o que o deixa triste. Leia na Bíblia Sagrada,
da tradição cristã, Mateus 25, 31 – 46. Jesus destaca certos atos que nos são
vitais para superarmos nossos conflitos e dificuldades. Escreva sobre metas
semanais a serem realizadas, na vida pessoal e nos estudos.
Por fim, em seus times, cada grupo deve eleger um líder e vice
lider. Deverão mudar a liderança a cada oito semanas, para se desenvolver o
protagonismo e cada um aprender com o outro. Pela escuta e observação do
colega. Pelo diálogo dos prós e contras para se alcançar as metas designadas
pelo time. Esses exemplos foram retirados da apostila Projeto de Vida;
O que se demonstra, através desse trajeto, é o acompanhamento
possível que o educador faz de seu aluno, num período regular de aplicação,
com registros de avaliação elaborados pelos próprios estudantes. Inclue-se a
pesquisa sobre o modo como eles gostariam de ser avaliados. O que deve
resultar é uma prática vinculada à realidade, considerando-se os discentes em
suas necessidades concretas, assim como a importância do envio de seus
registros aos pais e responsáveis. Visando-se o fortalecimento da parceria
família e comunidade escolar na construção do Conhecimento, além de mais
colaboração para a entrada dos alunos no mercado de trabalho.
29
CAPÍTULO II
Desenvolvimento criativo: percepção e representação
“Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo”.
Se é triste ver meninos sem escola,
mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar,
Com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.”. Carlos Drummond de Andrade
extraído do texto “Sala de aula é lugar de brincar?” in www.ufrgs.br/faced/extensao/brincar)
Deus não é o caminho contrário.
A Felicidade consiste em amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao
irmão como amo a mim mesmo, porque amar a Deus e ao próximo me leva a
habitar em Deus e a usufruir da Sua Presença em mim. A posse de Deus é a
posse da Felicidade
(SOUZA, Carmadelio Silva de e NOGUEIRA, Maria Emmir Orquedo. 2009).18
O objetivo geral desta pesquisa é uma reflexão sobre a
interdisciplinaridade, utilizando o espaço dos jogos e brincadeiras em sala de
aula, para o aproveitamento escolar. Um componente curricular em destaque,
entre outros, refere-se à Cultura e Teologia, pela disciplina Educação
Religiosa. Realizam-se com a linguagem das artes integradas à literatura da
Língua Portuguesa. Apresenta-se a Contação de histórias, poemas, com
recursos básicos da técnica do psicodrama. Descrito pelo médico psiquiatra
Jacob Levy Moreno, na primeira metade do século XX.
O “brincar de ler”, nas entrelinhas da vida, a partir da leitura formal da
escola, desde a alfabetização, pode ampliar nossa visão de mundo, desde
cedo. O segmento em foco é o Ensino Médio, na faixa etária de 15 a 18 anos.
Dois professores da Língua Portuguesa foram entrevistados com as seguintes
questões: Por que a ludicidade com jogos e brincadeiras poderia favorecer o
hábito da Leitura? E aprimorar a Escrita, como consequência?. O primeiro é
30
docente em nossa rede estadual e municipal no Rio de Janeiro. Emmanuel
Tavares Macedo nos esclarece:
Porque os jogos e brincadeiras (especialmente se voltados para a contação / leitura de histórias infanto-juvenis ou ainda participação de peças teatrais) mexem com o espírito lúdico da criança, com o seu imaginário, despertando nela o desejo de descobrir outros mundos, outras realidades encantadoras através da leitura. Afinal, o lúdico se refere ao movimento corporal e mental do ser humano; e a criança não fica mais numa posição passiva, quer também participar do jogo social da leitura. Sente-se, ainda, impelida ao ato da escrita, pois que ela começa a se sentir mais criativa e deseja ser, agora, também, protagonista da criação lúdica.
A qualidade da autoimagem que o sujeito elabora ao longa da vida está
diretamente relacionada à autoestima. Desde os primeiros anos de vida. O
protagonismo ressaltado pelo prof. Emmanuel nos remete ao valor inestimável
da história de vida de cada indivíduo. Que é única e singular. Mostra-nos a
necessidade básica de nos apropriarmos de nossa história de vida para uma
construção saudável de valores que nos devem orientar pela vida afora. A pré
adolescência e adolescência em sua construção social e histórica é o início de
uma expansão gradativa de laços da educação básica. Estes, ao mesmo
tempo, devem ser relacionados com os pais e responsáveis como uma base
segura para o seu especial e particular desenvolvimento espiritual, mental,
emocional e físico.
A referência à origem etimológica das palavras, em meio a recursos
lúdicos, é o foco do texto “Sala de aula é lugar de brincar?”. Esse é o título de
artigo da professora Tânia Ramos Fortuna.19 A relação escola / ludicidade é
enfatizada pelo sentido da palavra grega schola. Esta originalmente significava
ócio. Foi desdobrada como ócio dedicado aos estudos. Em latim ludus
inicialmente referia-se à escola, jogo, diversão infantil. Ócio também em latim
nos conduz à folga, repouso, trabalho mental agradável. Em inglês, o termo
game inclui jogo com regras. A correspondência em francês é jeu. Aplica-se a
31
diversos sentidos: brinquedo, brincadeira, jogo, representação. Tais
significados nos direcionam a uma gama rica de possibilidades da leitura pelo
viés da arte. Essa favorece os jogos e brincadeiras, por seu caráter dinâmico,
em renovações por composições criativas. O temo brincadeira nos orienta para
a imaginação criadora como forma de se apreender a realidade
prazerosamente, alegremente. Visando a leveza de situações muitas vezes,
drásticas e contundentes, sem deixar o contexto que originou uma tensão ou
conflito, por exemplo. Pode-se brincar a qualquer momento, sem regras pré
estabelecidas. Fortuna se dirige ao pensamento de Winnicott.
Nas palavras de Winnicott, a brincadeira estabelece o elo entre a realidade interna e externa do sujeito, mantendo-o o íntegro (1982:164). Para este autor, através da brincadeira a criança começa a permitir aos outros que tenham uma existência independente. De que outro modo a criança faz amigos (e inimigos)? A brincadeira fornece uma organização para a iniciação de relações emocionais e assim propicia o desenvolvimento de contato sociais. (WINNICOTT, id.:163). 20
Vê-se aqui a oposição de sentidos entre competição e concorrência. Um
jogo em várias situações implica em competição e deste modo, pode não
colaborar para o aperfeiçoamento da personalidade, da matriz de uma
identidade. A criação de vínculos nas relações afetivas pode ser então
dificultada. Há várias correntes que promovem os jogos à base da cooperação,
onde “todos ganham”. Entre elas, destaca-se a de Jacob Lévy Moreno (18 de
maio de 1889 - 14 de maio de 1974); foi um filósofo, psicólogo, médico e
psiquiatra turco-judeu nascido na Romênia. Criou a teoria e prática do
psicodrama desnvolvendo os jogos teatrais, organizados para terapias de
grupo. A importância da criatividade e da espontaneidade foram destaque.
A improvisação em brincadeiras tornaram-se marca registrada para o
bom fluxo nos vários grupos. “Brincar de ler” com recursos cênicos e
dramáticos, envolvendo a poesia e suas instalações, pode ser uma atividade
muito agradável. Para se superar dificuldades em Leitura, colaborando em
melhorias na comunicação. A expressão do meio teatral, “passar os textos”
32
(ocorre durante os ensaios dos espetáculos) favorece o diálogo solto e mais
informal. O próprio ato facilita a ligação afetiva entre os participantes.
A autoimagem e a alteridade podem facilitar alianças a serem
apropriadas ao longo da vida. Não serão mais uma ameaça, mas sinal de
cooperação, condizente com um vida rica em afetos conciliatórios. A vida é
dinâmica e assim, nossos sentimentos e atitudes de apoio mútuo se fortalecem
nesse rumo. Fortuna diz que o ato de jogar transforma em força o que seria
apenas uma fragilidade exposta. Desde que haja a participação ativa do
sujeito, trazendo-se para esta representação várias situações cotidianas.
Aqui se faz uma relação com o campo teológico, compreendendo-se que
os rituais de uma religião, por exemplo, nos ajudam a visualizar nossos medos,
angústias, revelando necessidades básicas de transcendência, de modo
artístico, geralmente envolvendo o cênico musicado. Tal fato ocorre nas várias
muitas tradições culturais e povos. A participação ativa do indivíduo nesse
meio pode potencializar habilidades e competências para elaborar dificuldades.
Por meio da Fé transmitida pelo ritual que celebra o êxito de muitas gerações
antepassadas, trabalhada em ações coletivas A esperança é manifesta em
ações comunitárias, como, por exemplo:
(...) Bases Bíblícas da Imago Dei servem para sustentar essa nova espiritualidade que se converte não mais num movimento de ascese para o mundo da abstração distante. Mas descobre aqui e agora, no palco da natureza e da História, o lugar de vivência da espiritualidade cuidadora, da Terra e da Vida. (PROENCA, Paulo Sérgio) 21
. Podemos trazer textos sagrados, das várias tradições para trabalhar a
noção de Deus Uno, abençoadora de cada fazer humano. Dramatizando-os,
musicando-os para revelar nossa condição de guardiâes planetários na Carta
da Terra (BOFF, 2009) 22: (...) oferecer princípios e valores para novo
paradigma que signifique um novo acordo entre Terra e humanidade, com uma
consciência verdadeiramente planetária.
Esta ação deve promover responsabilidades ao pré adolescente.
favorecendo seu avanço em situações pessoais, escolares. Félix Guattari em
sua obra As três Ecologias (1993)23, como psicanalista e escritor, mostra o
33
entrelace entre os aspectos pessoal, o coletivo e a grande natureza à nossa
volta. Futuramente, este percurso facilitará também o ingresso do adolescente
e do jovem no mundo do Trabalho. Pode apoiar a sua integridade e incintá-lo a
um nível alto de autoestima, sempre visando a nossa humanização. Para uma
caminhada menos solitária, mais leve, compreendendo-se o mundo como uma
rede dinâmica de laços visíveis e invisíveis (nosso mundo interno).
2.1 Da prática em sala de aula
Segue o segundo comentário acerca do auxílio da ludicidade, com jogos
e brincadeiras para a formação do hábito da Leitura. E esta, promovendo a
Escrita, no 7º. Ano do Ensino Fundamental. De Dulcinéa Vieira Gama, docente
em Língua Portuguesa e Literatura na Rede Estadual do Rio de Janeiro,
Resposta de acordo com minha experiência no processo de ensino e aprendizagem. Durante minha prática docente, sempre percebi nos alunos um grande desinteresse pela leitura e consequentemente a dificuldade com a escrita já era rotineira nesse segmento. Como a leitura de qualquer livro (mesmo com temas indentificados com os discentes) não os motivava, eu resolvi me apoderar de outras linguagens, que não somente a verbal. Assim, cada leitura era acompanhada de todo um projeto lúdico que tinha os mais variados recursos de sedução. De acordo com o enredo, personagens, lugares, o texto poderia trazer infinitas possibilidades de envolvimento através de jogos, filmes, pinturas, desenhos, exposições, músicas.
O resultado foi maravilhoso, os alunos se apaixonaram pelas histórias, elas não eram mais chatas e tediosas. Eles entravam dentro das histórias e passavam a vivê-las. Porque o livro, agora, não é apenas uma coisa de papel com capa, com muitas folhas escritas que não acabam mais...O livro passa a ser "vivo", as personagens, os lugares, as histórias passam a pertencer ao leitor, porque a lucidade é a ponte que conduz ao encontro prazeroso com a leitura. Há que se perceber que tendo o leitor atravessado essa ponte, no outro lado vai encontrar uma coisa que não tem "cura" que é a paixão pela leitura.
Observa-se que a fantasia e o desenvolvimento da linguagem
relacionam-se intimamente através da representação. Winnicott nos trouxe o
termo “objeto ou elemento de transição”. Este pode significar um objeto, um
sentimento, a lembrança de uma pessoa. Em nossos jogos teatrais a situação
34
lúdica nos mostra que a sua privação (momentânea ou não) não danificará
nossa saúde emocional ou física. Não devemos nos limitar ao prazer ou
desprazer de uma determinada situação. A vida é dinâmica, fonte contínua de
entrelace e sucessão de conquistas, amizades. Toda experiência pode
estimular a um autoconceito positivo. Isto se refletirá no cuidado com o outro.
Trazendo-nos a sensação de que sempre podemos contar uns com os
outros, independente de situação adversas.
Vê-se que a imaginação criadora em exercícios diretivos no ensino e
aprendizagem da Leitura pode favorecer o convívio social. Em um entrelace
entre a memória recente (o que está sendo apresentando em determinado
momento pelo professor) e a antiga Essa envolve o ensino de valores no
ensino formal em todas as tradições. O conceito de cognitivo se expande,
dando mais ênfase ao conhecimento elaborado em parcerias, ao pensar
coletivo, a partir do individual. A memória passa a ser um lugar seguro onde o
sujeito se reconstrói internamente em situações de conflito.
Pode-se apreender a valoração de todo acontecimento como um bem
necessário para se ultrapassar obstáculos. Vamos nos recordar com mais
facilidade de que a leitura de mundo deve ser feita numa valorização de
nossas próprias raízes, num encontro com as do coletivo. Ou seja, estar em
um espaço escolar deve nos remeter ao desenvolvimento humano. Neste,
todos os saberes, em todos os campos, podem e devem nos devolver ao
sentido de uma vida plena, onde o afeto entre todos os seres prevaleça.24
2.2 Da Cultura e Teologia
A intenção é demonstrar que a educação pode ser laica porém não
deveria ser laicista. Reconhecer que espírito precede a matéria poderia ser a
linha mais usual em nossa educação pública. Já há mais professores
assumindo a função de Docente na disciplina Educação Religiosa. Esta deve
ter um olhar teológico, contemplando a variedade das religiões enquanto
linguagens. O entrelace da ética com a estética enfatiza os novos ares da
Educação, ecoando também no trabalho do professor Cleber Diniz Torres.
Abre uma porta incomum aos que pensam que a teologia se esvazia nos
35
discursos em torno da Bíblia. Sua dissertação de mestrado na Universidade
Metodista de S. Paulo, 2006, em Ciências da Religião, gerou o livro Teologia e
poesia: a dimensão religiosa na poesia de Vinicius de Moraes (2014)25: (...)
coisa mais linda e cheia de graça” que torna nosso trabalho teológico “mais
lindo por causa do amor.
Poderemos ver gerações derrotadas pela ausência de valores que
transcedem o limite da materialidade. Em todos os países, como se tudo
acabasse num “aqui e agora”. A contribuição das artes integradas, isto é, a
reunião das artes visuais, musicais e cênicas aperfeiçoa nossa sensibilidade,
também na promoção da Teológia. Mas são linguagem, com históricos
próprios que delineam a cultura de um povo. Que sejam um instrumento, mídia
para favorecer a nossa transcendência, sem ser um fim para si próprias.
Há três teólogos na tradição Cristã com olhares do Cuidado e
Espiritualidade, em nosso cenário brasileiro. Leonardo Boff, professor, em sua
obra A Carta da Terra, e a consciência planetária. Um olhar de dentro.26; José
César Figueiredo Junker, o professor e pastor presbiteriano, em seu livro
Cuidado e Espiritualidade27 E o Cônego Marcos William Bernado (PUC Rio),
professor e padre, em sua publicação, Por que a religião?28
2.3 Da Função Social da Arte
A arte deve trabalhar a nossa consciência crítica sobre nós mesmos e
da realidade ao redor. Essa é a sua principal função social. Evidencia a
principal característica na inteligência humana, a da representação: colocar
uma coisa no lugar de outra coisa, para se falar da mesma coisa. Pode-se
relacionar arte, vida e educação como a base para o discurso
sociointeracionista defendido por Vygotsky.
Vygotsky enfatizava o processo histórico-social e o papel da linguagem no desenvolvimento do indivíduo. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. Para o teórico, o sujeito é interativo, pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com o meio, a partir de um processo denominado mediação. (RABELLO, Elaine e PASSOS, José Silveira) 29
36
A obra de Vygotsky foi amplamente divulgada no Ocidente por Wertsch
(1993), Este é um destaque no artigo Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZDP) (FINO, 2007) Três temas sobressaem em seus textos: a) o
uso de um método biológico ou de desenvolvimento; b) a afirmação de que os
processos sociais fazem emergir as mais elevadas funções mentais do
indivíduo; c) a afirmação de que os elementos culturais são mediadores da
interação entre os indivíduos. Favorecem os processos sociais e psicológicos
humanos.
Robert Saunders (1988) indicou a importância do método que os
professores utilizam em sala de aula, para o processo da elaboração do
pensamento dos alunos. A educação criadora favorece o diálogo entre os
pensamentos divergente (base da arte) e convergente (o analítico,
classificatório). Portanto, os docentes são os colaboradores diretos, de modo
consciente ou não, para a estimulação de diversos produtos mentais, em seus
alunos.
2.4 Oficina dos Saberes: Língua e Estilo. Linguagem
A Língua é um sistema: um conjunto organizado e opositivo de relações, adotado por determinada sociedade para permitir o exercício da linguagem entre os homens. (...) Em sentido amplo, pode-se entender por linguagem qualquer processo de comunicaçao (LIMA, 1998)30
Ana Mae Barbosa (1975, 2003) diz que para se incentivar o pensamento
criativo deve haver fluxo entre aspectos emotivos e cognitivos. Daí a
importância do método que vai orientar esta seleção. Deve fazer fluir ao
máximo, o diálogo entre os lados direito (o da espontaneidade, criatividade) e o
esquerdo (o da análise combinatória, da classificação). O indivíduo, na
proposta presente, deverá se mobilizar por situações problema, com vazios ou
desarmonias. Para buscar e investigar componentes até organizá-los de modo
peculiar, pertinente à sua própria demanda.
37
Cérebro Esquerdo, Cérebro Direito. Cultura e Civilizações. A
apropriação da língua mãe, em nosso caso, a língua Portuguesa, é fator
essencial para a obtenção de empregos qualificados. Os indivíduos com maior
desenvoltura da expressão, comunicação verbal e escrita, são os primeiros a
serem escolhidos. Em qualquer área de atuação, o domínio da língua materna
é o primeiro filtro em uma entrevista de emprego.
(...) nunca houve tantos iletrados à saída da escola. Nunca houve tantos adolescentes incultos, ignorantes do que os homens conquistaram pelo pensamento, das belezas que eles criaram, das sutilezas que lançaram face ao destino e a eternidade, Duas razões conjugam-se para explicar este lamentável resultado: deixou-se de se ensinar tanto as sutilezas de sua língua materna – no nosso caso o Francês que já foi tão elogiado por sua beleza e clareza – como as leis do pensamento.
Embora se escolarize os adolescentes até os 16 anos e se possa dar a eles todas as bases indispensáveis – sem as quais o cérebro voltaria a ser o que foi há vinte mil anos – são depois abandonados ao vago, ao incerto, a um vocabulário pobre, a uma sintaxe hesitante, a uma lógIca fluida, a uma curiosidade que já tem por objeto um quotidiano mais terra a terra. (ISRAEL, Lucien, 1998) 31.
Todo sujeito é prejudicado socialmente sem ferramentas lexicais e
conhecimentos literários por lacunas na comunicação verbal, nas modalidades
escrita e oral. A intenção pode ser rica de fundamentos porém terá restrições
em estruturá-los e apresentá-los. Olson (1986) indica que os meios impressos
são uma das principais mídias para aquisição do vocabulário e construção de
sentido. A percepção falha das sutilezas linguísticas limita em excesso a
apreensão do seu próprio universo e a compreensão do outro. Logo, a
interação diminui e também as oportunidades de empregos mais qualificados.
Em 2014, a média de desempenho dos alunos da rede pública estadual
nas avaliações da Língua Portuguesa foi em torno de 43%, pelo Sistema de
Avaliação Bimestral Saerjinho. Um dos fatores prováveis para estas falhas na
aquisição da língua mãe pode ser o meio ambiente em que o alunado transita.
Uma das consequências é a limitação excessiva quanto ao se quer ser em
projetos de vida. A situação se agrava pois a capacidade de sonhar é fator que
também nos diferencia dos animais. Constata-se a necessidade de se
vivenciar algo que inclua estas questões tão essenciais no dia a dia dos
38
adolescentes. Ações diferenciadas que promovam a leitura facilitam aos
alunos da rede pública mais possibilidades de sucesso. O psicodrama ao gerar
grupos de convivência, em diferentes formações favorecem mudanças
significativas de atitudes e comportamentos. Espera-se o amadurecimento
gradativo dos participantes e o interesse maior pela prática da leitura. Com a
complexidade progressiva do pensamento, as próprias escolhas vocacionais e
profissionais devem ser mais qualificadas e evidenciadas.
A motivação para projetos de vida consistentes deve incluir palestras de
vários profissionais, nos meios técnicos, científicos e empresariais para ilustrar
as várias opções em suas decisões.
A língua representa conquista imensa e decisiva sobre a animalidade, é a grelha da leitura do mundo, dos outros e de si mesmo, o instrumento de representação, de exploração, de elucidação dos fenômenos. Língua pobre, indivíduo solitário, cortado das raízes do saber, privado de sentido crítico, incapaz de contribuição na ordem intelectual, vítima de todos os sofismas. Língua rica, densidade da pessoa, grande visão dos problemas, gozo intelectual com obras primas da literatura e filosofia, do destino. Que fazer? (ISRAEL, 1995) 32.
2.5 Desenvolvimento criativo: uma proposta metodológica
No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas... Então Deus disse: façamos o homem à nossa imagem...(Genesis, 1:1-2, 26).
Das Oficinas. As atividades que se desenvolveram no Projeto
Autonomia seguiram o formato oficina: são ações que se caracterizam pela
prática com fundamentação teórica. Os exercícios são de autopercepção e
heteropercepção, a partir do corpo físico, buscando-se o alinhamento de mente
e corpo. Dá-se o alongamento combinando-se com a respiração ritmada. A
intenção é aproximar o indivíduo de seu pré consciente para se trabalhar a
imaginação criadora, despertando a intuição, pelo relaxamento físico. Deve-se
instalar uma música de fundo, suave. A explanação verbal deve contemplar
temas do imaginário pessoal e coletivo, favorecendo-se a percepção das
raízes culturais. A riqueza da presença das origens deve propiciar o
39
reconhecimento de habilidades e competências. O desenvolvimento da
produção textual, escrita e verbal, deve acontecer como conseqüência natural
do processo. Instiga-se a curiosidade e sabedoria inerente aos jovens ao
perceberem como a vida é dinâmica Iinclui-se a observação prolongada de
obras de arte, estimulando-se a atitude criativa em todas as atividades de
apreciação artística. Por três a cinco minutos, são contempladas obras como
fotografias de trabalhadores, por várias categorias de atuação. Vai-se delinear
o perfil da população nacional, por regiões, e mundial, através da expressão
plástica. A seguir, expressam-se as sensações percebidas verbal, sonora,
plástica, corporal e / ou dramaticamente. Com a contação de histórias, poesias
feitas pelos alunos, como num sarau literário.
A seguir, relacionam-se e se identificam os elementos encontrados nas
obras produzidas. Referem-se os aspectos emotivos e cognitivos da expressão
de cada forma realizada. Os conhecimentos técnicos e analíticos não são
aprofundados neste momento. Busca-se a espontaneidade das reações diante
das imagens apresentadas. O objetivo é a relação imediata entre o
observador e a obra, na percepção / sensação e intuição.
O momento final é a partilha, entre o dinamizador e os jovens, por grupo
de atuação. Dá-se a reflexão dos elementos específicos determinantes da
sensação. Relacionam-se as categorias para a classificação posterior e
aprofundamento de pesquisa, junto a psicólogo e profissionais dos vários
campos observados. As operações mentais de análise e síntese propiciam os
comentários e conclusões.
Do modelo. O processo criador seguido baseia-se em três etapas, numa
sequência: percepção (sensibilização ao problema, exploração de
possibilidades, incubação e iluminação); expressão (elaboração); reflexão
(verificação). Tudo se dá na forma de situação problema. No início, traz-se
algum ponto relativo ao conhecimento, como uma ilustração do contexto a
seguir. Será o eixo na ordem das atividades. Cada uma destas, na sequência,
vem na forma de situação problema. Para se favorecer contribuições das
40
raízes culturais e cognitivas do próprio aluno33 Refere-se também o solving
problem ajustado ao processo artístico, sendo a sua forma operacional.
(TAVARES, Ana Mae Tavares Bastos, 2003)34
O primeiro estágio do processo, a percepção, deve incluir a (re) leitura
de valores de vida. Trazê-los a um nível mais consciente. O ser humano
conectado com o seu projeto de vida poderá assumir uma atitude interna de
abertura para o mundo, no qual arriscará revelar-se e a reescrever seu próprio
destino (CURY, 2007).35 Conceitos como causa e efeito, ordem, harmonia,
elementos inerentes a formas de expressão e percepção das gramáticas visual
e cênica são elaborados. Tais como formas ponto, linha, plano, espaço, cor,
textura. E a sensorial, corporal, espacial, temporal e intuitiva.
A leitura conjunta desses componentes deve favorecer as duas outras
etapas, a expressão e a reflexão. Ellis Paul Torrence (1915 – 2003) foi um
psicólogo americano, nome de destaque no estudo da criatividade. Ele
sintetizou qualidades do campo afetivo como pré-requisitos do processo
criador. Entre essas estão a disposição de arriscar, autopercepção,
autodiferenciação (percepção da própria personalidade como diferente das
demais), autoconfiança e mutualidade nas relações interpessoais (equilíbrio
entre a busca excessiva e rejeição patológica). Estes elementos podem ser
relacionados às características reconhecidas por Guilford36
Sensibilidade a problemas -- capacidade para reconhecer a
existência de um problema.
Fluência - capacidade de produção rápida.
Originalidade - capacidade de produzir respostas raras.
Elaboração – capacidade de compor as partes.
Redefinição – capacidade de reorganizar unidades.
41
Guilford observou que a análise e síntese não são habilidades
separadas, mas interrelacionam-se, atuando de acordo com a demanda, às
vezes pelo pensamento convergente, outras pelo divergente. No trabalho
presente, as duas competências são observadas distintamente, visando-se o
estímulo maior destas operações mentais.
2.5.1 A Contação de Histórias
A Contação de Histórias se apresenta como um estimulo à criatividade,
ludicidade e espontaneidade. O essencial é partilhar a fantasia e o
conhecimento através do mundo mágico do faz-de-conta, seja nos contos de
fada, mitos, lendas, fábulas ou contos populares. Assim como pela produção e
apresentação de poemas. A espontaneidade é a capacidade que o sujeito tem
de dar respostas inovadoras que despontam de seu íntimo. Renova-se assim
o repertório das expressões, evitando-se o engessamento da personalidade.
Para J. L. Moreno, é a capacidade de dar um resposta nova a uma situação
antiga 37
A criatividade é a abertura do sujeito para o ato criador, isto é, toda a
ação que promova uma transformação integradora ao seu
autodesenvolvimento. O conceito de liberdade foi relacionado a esses dois por
Moreno, considerados como linhas de uma mesma figura ou processo.
Ao futuro lego apenas o meu passado. Dito assim, como nos entrelaços desses apontamentos, tudo se faz permanentemente presente. Porque as pessoas
não são feitas apenas de corpo e alma. São feitas sobretudo de histórias. (Frei Beto, em Minas de Ouro, Rocco, 2011).
Segue uma reflexão entre cultura e civilização, seus significados e como
podem se relacionar:
Nenhuma formação prescinde da educação do espírito, porque esta é que vai formar o homem, despertando a sensibilidade, os valores éticos para a
conscientização do ser humano e seu relacionamento, (...) A cultura vai fornecê-la, através da Literatura, como fonte de conhecimentos e informação. E a poesia é primeira manifestação literária, pela poesia que se iniciam todas as Literaturas.
(CARVALHO, P., 1998)
42
A alma do povo, segundo Câmara Cascudo são os contos populares
que temperam o leite materno. Como conseqüência, o folclore alimenta o
inconsciente e consciente coletivos, ressaltando o imaginário do homem
comum. Monteiro Lobato também bebeu dessa fonte. Agora vou contar pra
vocês uma história bem comprida, dizia D. Benta, uma dos personagens
centrais de sua obra. Revelava vários tipos de nossos mitos. Lembramos aqui
das cenas gostosas da infância que pareciam saídas da Via Láctea: Emília,
Pedrinho, Narizinho, Visconde de Sabugosa, Saci, tio Barnabé, onça pintada e
fadas. O escritor combinava os mais variados componentes delineando com
um toque de mestre, o herói ou heroína dos contos de fada ou lendas.
2.5.1.1 Da Poesia
Pode-se compreender melhor uma pessoa, se observamos o modo
como se apropria da Língua mãe, por exemplo. Pensando-se o idioma nativo
como o conjunto de valores transmitidos e refletidos, consciente ou
inconscientemente, na família, na comunidade de bairro ou nas relações
profissionais. Espelha nossas formações. Vamos considerar a Poesia como a
Arte em Movimento onde nossos sentimentos podem dançar soltos no papel,
ou numa instalação dramatizada. Revelando nossas ideias. Diz o professor
Ramon Ramos:
A forma de um poema – partindo do sentido do formato tem a ver com o jeito de arrumar palavras, versos, estrofes. Ou seja, é o modo de escrever que caracteriza o estilo de cada escritor, seja poeta ou não. Para isso, cada grande escritor não deve ser reproduzido por outros, uma vez que esta é a sua maior assinatura. Quando falamos de forma ou estética, falamos de necessariamente sobre linguagem. Assim separamos a noção de linguagem (como se diz) da noção de conteúdo (do que se diz) sendo a primeira mais valorizada do que a segunda (mesmo esta não devendo ser menosprezada). Isso significa que o valor dado a um poeta / escritor mais pela sua linguagem do que pelo seu conteúdo. 38
43
A voz do Poema. A simples escolha de um poema, conto, crônica,
romance ou artigo de opinião já revela uma escolha, “uma voz” segundo o prof.
Ramon Ramos. Este indica uma singularidade da prosa: a evidência clara de
quem é o narrador personagem, o narrador observador, entre outros tipos que
se apresentam de acordo com o enredo. Mas na poesia, nem sempre isto isso
se dá. Por quê?
O prof. Ramon afirma que “o poeta nunca é a voz do poema” (p 20). A
pessoa do poema se chama Eu Lírico e não o poeta. Há uma grande dose de
sentimentos na situação poética, mas está se usando o sentimento
apresentado para se criar, ilustrar uma condição. Não significa ali a sua
própria vida, na íntegra, não é um “diário”. O professor Ramon esclarece em
seu texto que a exposição é feita pelo EU, pronome pessoal reto, como a voz
poética (a que se diz no poema) no entanto não é a do autor. Quem o
representa, apenas revela uma parte de seus sentimentos e ideias. A serem
estudadas num conjunto, num contexto recorrente e bem mais extenso. O eu
lírico conteria várias personas (máscaras) simbolizando sentimentos coletivos
O eu lírico varia em cada poema. É a partir de determinado enredo,
contexto, tema que se constitui essa identidade. Por isso o bom autor é
sempre original e singular por poetizar várias realidades de que se torna
observador. Daí a sua arte, em mesclar afinidades suas, com determinadas
situações, com um eu coletivo (que vem a ser o eu lírico). Esta condição
favorece aos estudantes participantes de saraus ou dramatizações, a releitura
da sua própria realidade, vinculada a um painel geral, pluralizando os sentidos.
O poeta brasileiro Ferreira Gullar enfatiza um ponto de vista 39: devemos
separar o eu lírico com o personagem de um poema autobiográfico. Este tem
um enredo descritivo da identidade do autor. A plasticidade dos versos que a
narram constituem o eu lírico, como para dar a licença poética onde vale a
narrativa, mas não o juízo de valor. Prevalece o qualitativo, subjetivo, além da
objetividade trazida pela revelação clara da identidade do autor.
44
2.5.2 A Teoria dos papéis no Psicodrama
A escolha de uma história e dos papéis de personagens já indica um
trajeto; a opção indicada, em determinado momento; reflete possibilidades de
projeto de vida, habilidades a surgirem. Vamos associar os contextos da
Contação de histórias a estratégias do psicodrama elaborado por J. L. Moreno.
Este elaborou o sociodrama para leitura de competências, interesses de temas
em dinâmicas de grupo. Estes podem ser provisórios ou mais permanentes. O
conceito de papel é extenso e vai além do aspecto social, sendo pertinente a
todas as extensões da vida. O “papel” veio da linguagem do teatro,
investigado por Moreno. O Jogo dos papéis relaciona-se aos vários papéis
assumidos ao longo de nossas vidas. Trata-se de um comportamento
experimental.
Moreno analisa a palavra papel como a forma de funcionamento no
momento específico em que se reage a uma situação especifica, na qual utras
pessoas, objetos ou fatores estão envolvidos. A atuação ocorre pela percepção
de outros papéis, todos apreciáveis. Para o autor, todo papel é uma síntese de
elementos particulares, singulares, ou seja, tem contornos próprios, individuais.
Assim como cada um desses papéis é pertinente a um coletivo.
A relação com o outro revela o papel, indicando-se aprendizados por
aquecimento e mimético. A matriz da identidade do sujeito gesta o surgimento
dos vários papéis que o apresentarão em sua história de vida. Constitui a base
psicológica para o seu desempenho. De acordo com a autora Lucinda
Camargo, 40 Moreno define três tipos de papéis: os psicossomáticos, os
sociais, os psicodramáticos.
Papéis psicossomáticos, de origem biológica, ajudam a criança a
explorar o corpo; Também definidos como fisiológicos. São os papéis iniciais
aos quais os demais vão se reunir compondo o cacho de papéis.
Papéis sociais são os que contribuem para a formação da sociedade,
tais como os papéis de mãe, filho, professor, aluno, juiz, jogador, cliente,
padre. São os papéis que representamos no contexto social cotidiano, nos
45
quais a função de realidade predomina. Suas manifestações dependem
daqueles papéis básicos anteriormente desenvolvidos, por exemplo, os papéis
familiares.
Papéis psicodramáticos sinalizam o contexto psicológico; correspondem
à função mais individual da vida psíquica. Assim são denominados os papéis
(contrapapéis e papéis complementares) que surgem no contexto
psicodramático. Para Moreno, são esses papéis que, levados à ação dramática
terapêutica permitem insigths mais profundos. Por meio deles, pode-se
personificar coisas reais ou irreais que interagem com seus complementares
(co-atores), reproduzindo aspectos seus e do grupo, permitindo, assim, aos
que assistem, verem-se ali representados.
2.5.3 Associando conceitos
O modelo metodológico presente vai considerar a criatividade como
aspecto base de nossa personalidade, pela plasticidade cerebral. Essa se
exerce sobre aptidões inatas. Segundo Relvas (2007) é a denominação das
capacidades adaptativas do Sistema Nervoso Central (SNC), sua habilidade
para modificar sua organização estrutural própria e funcionamento.
(TARCITANO, 2012) 41
Este percurso envolve atividades artísticas como as visuais, cênicas e
musicais, relacionadas à produção literária, em especial. Também está
aplicado a resolução de problemas matemáticos com a forma de situações
problema, vivenciadas em cada etapa do processo criativo. Para introduzir a
arte como linguagem de interação nas diversas disciplinas, como as Oficinas
descritas no Capítulo Três mostram. Falaremos aqui da teoria das Múltiplas
Inteligências como uma das bases desta proposta.
46
2.5.3.1 Teoria das Múltiplas Inteligências
Letícia Strehl, Teoria da Múltiplas Inteligências de Howard Gardner:
breve resenha e reflexões críticas 42. defende que devem ser considerados os
fundamentos biológicos da inteligência além dos aspectos sociais. Entre as
sete inteligências enumeradas por Howard Gardner, a inteligência lingüística, a
inteligência interpessoal, a inteligência intrapessoal; a inteligência
lógicomatemática, a inteligência musical, a inteligência espacial e a inteligência
corporal cinestésica, apenas as três primeiras são revistas. São as mais
pertinentes ao estudos da Ciência da Informação, ao se aprofundar funções da
Comunicação no ensino e aprendizagem. Gardner diz:
(. . .) existem evidências persuasivas para a existência de diversas competências intelectuais humana relativamente autônomas abreviadas daqui em diante como inteligências humanas. Estas são as estruturas da mente do meu título. A exata natureza e extensão de cada estrutura individual não é até o momento satisfatoriamente determinada, nem o número preciso de inteligências foi estabelecido. Parece-me, porém, estar cada vez mais difícil negar a convicção de que há pelo menos algumas inteligências, que estas são relativamente independentes umas das outras e que podem ser modeladas e combinadas numa multiplicidade de maneiras adaptativas por indivíduos e culturas. (Gardner, 1994)43
O que é uma inteligência? Uma competência intelectual humana deve
apresentar um conjunto de habilidades para a resolução de problemas, de
acordo com o seu contexto. Estudos sobre inteligência e cognição demonstram
que há pontos mais consistentes ou competências intelectuais variadas com
trajeto próprio. Por aspectos neurofisiológicos relacionados aos sociohistóricos.
Não há uma relação apenas e globalmente aceita de inteligências
humanas. E sim uma teoria de inteligências múltiplas com uma variedade de
habilidades apreciadas pelas culturas humanas. Sobre as inteligências
podese dizer:
Mais de um sistema sensorial realizam as ações, em proporções
variadas.
Podem ser relativamente generalizadas. Deve-se evitar comparações
pois cada tipo possui peculiaridades próprias, pela origem de cada sentido,
cada um com determinada função. Associa-se a códigos e linguagens.
47
Acontece em potencial podendo ser uma realização a qualquer
instante. Pela motivação e tempo adequados à sua instalação. Seu valor é
relativizado pois depende da uso empregue / demanda.
2.5.4 Plano de Ações – Matemática 360º.
As Oficinas interdisciplinares, instaladas como atividade complementar
pedagógica no C. E. Prof. Antonio Maria Teixeira Filho, contempla a
Matemática associada à Biologia, Física, Químia, Geografia e Arte. Que pode
utilizar poemas sufis ou da narrativa de Malba Tahan para introduzir teoria e
prática de exercícios. Este trajeto é visto em um dos planos de Ações da
Seeduc Rio RJ. Trata-se da Matemática 360º e seu O Cardápio de Ações
inclue:
Gincana de Matemática: a) realização em sala de aula ou auditório:
com jogos de adivinhação / perguntas e respostas entre grupos de
estudantes de uma mesma turma ou série, a respeito de conteúdos
do SAERJINHO.
b) com aplicação em sala de aula ou laboratório de informática de
jogos ou programas interativos, entre estudantes de uma mesma
turma, que envolvam resolução de problemas, raciocínio lógico ou
cálculo matemático (incluindo, por exemplo, xadrez, dominó, dama,
etc).
Mostra “Matemática no dia a dia” – Apresentações por
meio de experimentos envolvendo a Matemática, porém diretamente
relacionados aos componentes: Biologia, Física, Químia, Geografia e
Arte que necessitem da utilização de cálculos matemáticos ou
raciocínio lógico.
PECHA KUCHA – Apresentação de um evento público,
relacionado à Matemática, no qual os estudantes mostram vinte
imagens, sobre a aplicação da Matemática no cotidiano ou o
desenvolvimento de outras atividades propostas no Cardápio de
48
Ações, com duração de vinte segundos para apresentação de cada
imagem, de modo que a apresentação não exceda seis minutos de
duração.
Multiplicando água – Atividades envolvendo Matemática e
o uso constante de água. É importante que essa atividade seja
trabalhada em conjunto com o (s) professor (es) que estão atuando
no desenvolvimento do projeto, da unidade escolar, de
Conscientização do Uso da água, proporcionando uma intervenção
no ambiente escolar ou domiciliar.
Alô, Galera! – Aplicação de uma atividade envolvendo a
Matemática que possa ser monitorada por mediadores da tecnologia
que adote o celular como ferramenta pedagógica, podendo ser
divulgada pela internet.
Torneio – Torneio entre as turmas das unidades escolares
com jogos em que se apliquem conceitos matemáticos.
Oficinas de Artes – Oficinas de Desenho Geométrico
preferencialmente com professores de Artes, para produção de
Cestaria Indígena, Tear Manual, Tangran, análise e produção de
obras do Movimento Cubista, etc.
Debatemática – Debate entre estudantes e professores
sobre o tema “Matemática na visão do estudante”. Para
instrumentalizar o estudante para este debate, sugere-se que o
professor de Memática dialogue com o professor regente de Língua
Portuguesa. A meta é a produção de redação.
Cinemateca – Realizando-se em sala de aula ou auditório.
Exibição de filmes e vídeos demonstrem a aplicação da Matemática
no cotidiano, ou que despertem a curiosidade e o interesse pela
Matemática. Após a exibição deverá ser realizado um debate.
(sugestão de videos: www.youtube.com/istoematematica).
49
Jogateca – Os estudantes deverão criar e testar jogos
envolvendo conteúdos matemáticos ou de raciocínio lógico. Os jogos
deverão ser testados por grupos diferentes de daqueles estudantes
que os criaram. Pode acontecer em eventos especiais, envolvendo
toda a unidade escolar.
Matemúsica – Festival de Música preferencialmente
organizado com professores de Língua Português e / ou Artes. Os
estudantes deverão criar canções, paródias ou paráfrase, explorando
a intertextualidade para explicar fenômenos matemáticos.
Amigos da Matemática – Selecionar estudantes que se
destacam no componente curricular Matemática, para atuarem como
monitores, no contraturno, auxiliando colegas (podendo ou não ser
da mesma série / ano) na resolução de exercícios da área, mediante
estímulos oferecidos pela unidade (certificados, mural de destaques,
premiações tangíveis à unidade escolar).
Aprendendo a aprender Matemática – Para inspirar os
estudantes a estudar Matemática, o professor pode incentivá-los a
buscar os famosos como Salman Khan (inventor da Khan Academy),
Bill Gates e outros, sobre a sua experiência com a Matemática. A
partir disso, pode promover a gravação de vídeos ou exposição, em
algum evento escolar, de depoimentos e dicas de estudantes que
aprenderam a gostar de estudar Matemática. Estes podem ser
postados na internet.
Esta é uma das Ações da Secretaria de Educação
http://neuro.ufabc.edu.br/graduacao/neurociencia/ (SEEDUC). O objetivo é a
melhoria da qualidade do ensino, por diferentes ações, tal como vem
ocorrendo ao longo dos últimos anos. E portanto, do desempenho escolar dos
estudantes fluminenses, onde este projeto piloto Matemática 360º se instalou
inicialmente. A meta é multiplicá-lo nas outras escolas da rede estadual. A
50
ação foi fundamentada no Currículo Mínimo, documento único para a Rede
Estadual de Ensino.
O Currículo Mínimo é a base curricular implementada em todas as
unidades escolares. Descreve as competências e habilidades pertinentes a
cada componente curricular. Há a formação continuada dos professores,
equipes de suporte junto à gestão escolar, de acompanhamento pedagógico
próximo para se sustentar tais ações. Realiza-se o Sistema de Avaliação
Externa, visando o apoio a ações pedagógicas e a evolução da qualidade na
Rede de Ensino Básico.
51
CAPÍTULO III
Das Oficinas SIMEC, aplicação no Projeto Autonomia
3.1 Trabalho e jogo na Pedagogia Freinet
O Tateamento experimental numa concepção matemática. Freinet propõe a educação pelo trabalho entre a intelectualidade e manipulação, pensamento e ação; o desenvolvimento do pensamento até o lógico e inteligente a partir de ocupações materiais. (Scheffer,1998) 44
O trajeto descrito das Atividades Matemática 360º vão ao encontro da
Pedagogia Freinet. Este propõe três etapas para se obter o valor educativo do
trabalho: a observação, em seguida a expressão, depois a experimentação; a
soma dos três estágios produz o valor educativo.
A vida cotidiana deve estar constantemente relacionada ao estudo, para
Freinet. A harmonia, a eficiência, a felicidade acontecem no trabalho quando
há prazer, alegria. A atmosfera na sala de aula deve ser observada como a
base para o sucesso escolar. Para tanto, a Pedagogia Freinet nos acena com
o trabalho-jogo como uma opção para o crescimento de uma classe com
disciplina, ordem, harmonia e sinceridade ao serviço do poder vital (poder da
vida, a vida renascendo e formando um ser). (SCHEFFER, 1998)
A educação de base na Pedagogia Freinet enfatiza como mérito: a
citação ao real e aos fenômenos da vida, a liberdade no contexto de uma
organização cooperativa, a iniciativa e a criatividade, e em especial, o clima de
colaboração. A aritmética e a geometria são o campo por excelência da
experiência tateada (FREINET, 1978).
A aritmética com lições deverá ser trocada pela aritmética corrente
presentes na vida familiar e social, segundo Freinet revisto por Scheffer (1996,
p. 84). No início as crianças solucionam problemas da vida para depois,
trabalharem problemas semelhantes. Os conceitos referidos em Matemática
360º, nas Oficinas SIMEC, baseados na Pedagogia de Freinet podem ser
relacionados à teia da vida descrita por Fritjof Capra, por Pierre Weil e Gilles
52
Deleuze; esse três autores integram a pesquisa de Gabriella Rangel,
Professora de Educação Física e de Educação Inclusiva, psicomotricista,
especialista de educação em saúde, que acrescenta:
(...) é através da dinâmica e análise do movimento psicomotor no campo teórico do Psicomotricista Relacional André Lapierre, que se favorece uma revisão da importância do lúdico na educação infantil e o reconhecimento do jogo da criança na arte de viver de cada um de nós, criando-se laços de afetividade e noções de interdependência e autonomia no processo do ser ecológico. (RANGEL, 2010).
Gabriella afirmou desse modo, o surgimento e desenvolvimento da
consciência analítica por meio da ludicidade como ponte para o crescimento
saudável. Foi em uma de suas exposições em Psicomotricidade e Meio
Ambiente no SESC, em Madureira, Rio RJ, na Oficina “Teia da Vida: Jogo da
Vida e Jogo da Criança”.
A Pedagogia de Freinet destaca como fontes de interesse: a referência
ao real e aos elementos da vida, a liberdade no quadro de uma organização
cooperativa, a iniciação e criação, e o clima de colaboração. Coloca a
exerimentação pessoal como base principal da aquisição do conhecimento
matemático. A origem etimológica desta palavra é: matema = técnica, tica =
conjunto, em latim. Relacionando-a ao termo em grego: tecné = arte. E arte
implica no fazer: intelectualidade e manipulação, pensamento e ação.
3.2 Conceito do Fortalecimento no Ensino Médio da rede estadual.
O Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do
Ministério da Educação (Simec) é um portal operacional e de gestão do MEC,
que trata do orçamento e monitoramento das propostas on-line do governo
federal na área da educação. É no Simec que os gestores verificam o
andamento dos Planos de Ações Articuladas em suas cidades.
As oficinas que se apresentam nesse Capítulo III são instrumento de
avaliação da presente proposta temática. Em nosso C. E. Prof. Antonio Maria
Teixeira Filho, realizadas no período de Agosto de 2014 a Maio de 2015.
Segue abaixo a fundamentação teórica que embasa a iniciativa do SISmédio
ou SIMEC. Descrita na Apresentação da obra citada.
53
Organização do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio.. Dos
Fundamentos Básicos. A apresentação abaixo refere-se a um dos volumes
que embasam esta Ação. É obra da Secretaria de Educação Básica. Formação
de professores do ensino médio, Etapa II - Caderno I : Organização do
Trabalho Pedagógico no Ensino Médio / Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica; [autores : Erisevelton Silva Lima... et al.]. – Curitiba :
UFPR/Setor de Educação, 2014, pág. 5). Com base nesta visão, foram
implementadas as oficinas interdisciplinares que se seguem. No Projeto
Autonomia, como atividade complementar pedagógica.
“Caro Professor, Cara Professora
Com vistas a garantir a qualidade do Ensino Médio ofertado no País foi
instituído por meio da Portaria Ministerial nº 1.140, de 22 de novembro de
2013, o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Este Pacto
contempla, dentre outras, a ação de formação continuada dos professores e
coordenadores pedagógicos de Ensino Médio por meio da colaboração entre
Ministério da Educação, Secretarias Estaduais de Educação e Universidades.
Esta ação tem o objetivo central de contribuir para o aperfeiçoamento da
formação continuada de professores a partir da discussão das práticas
docentes à luz das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio – DCNEM (Resolução CNE/CEB n° 2, de 31 de janeiro de 2012). Nesse
sentido, a formação se articula à ação de redesenho curricular em
desenvolvimento nas escolas públicas de Ensino Médio a partir dessas
Diretrizes.
A primeira etapa da Formação Continuada, em conformidade com as
DCNEM, trouxe como eixo condutor “Os Sujeitos do Ensino Médio e a
Formação Humana Integral” e foi composta pelos seguintes Campos
Temáticos/Cadernos: Sujeitos do Ensino Médio e Formação Humana Integral;
Ensino Médio e Formação Humana Integral; O Currículo do Ensino Médio,
seus sujeitos e o desafio da Formação Humana Integral; Organização e
Gestão do Trabalho Pedagógico; Avaliação no Ensino Médio; e Áreas de
Conhecimento e Integração Curricular.
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Nesta segunda etapa, dando continuidade ao eixo proposto, as
temáticas que compõem os Cadernos de Formação do Pacto são:
Organização do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio e Áreas de
Conhecimento do Ensino Médio, em consonância com as proposições das
DCNEM, considerando o diálogo com o que vem sendo praticado em nossas
escolas, a diversidade de práticas e a garantia da educação para todos.
A formação continuada propiciada pelo Pacto auxiliará o debate sobre a
Base Nacional Comum do Currículo que será objeto de estudo dos diversos
setores da educação em todo o território nacional, em articulação com a
sociedade, na perspectiva da garantia do direito à aprendizagem e ao
desenvolvimento humano dos estudantes da Educação Básica, conforme meta
estabelecida no Plano Nacional de Educação. Destacamos como ponto
fundamental que nesta segunda etapa seja feita a leitura e a reflexão dos
Cadernos de todas as áreas por todos os professores que participam da
formação do Pacto, considerando o objetivo de aprofundar as discussões
sobre a articulação entre conhecimentos das diferentes disciplinas e áreas, a
partir da realidade escolar.
A perspectiva de integração curricular posta pelas DCNEM exige que os
professores ampliem suas compreensões sobre a totalidade dos componentes
curriculares, na forma de disciplinas e outras possibilidades de organização do
conhecimento escolar, a partir de quatro dimensões fundamentais:
a) compreensão sobre os sujeitos do Ensino Médio considerando suas
experiências e suas necessidades;
b) escolha de conhecimentos relevantes de modo a produzir conteúdos
contextualizados nas diversas situações onde a educação no Ensino Médio é
produzida;
c) planejamento que propicie a explicitação das práticas de docência e
que amplie a diversificação das intervenções no sentido da integração nas
áreas e entre áreas;
d) avaliação que permita ao estudante compreender suas
aprendizagens e ao docente identificá-las para novos planejamentos. Espera-
se que esta etapa, assim como as demais que estamos preparando, seja a
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oportunidade para uma real e efetiva integração entre os diversos
componentes curriculares, considerando o impacto na melhoria de condições
de aprender e desenvolver-se dos estudantes e dos professores nessa etapa
conclusiva da Educação Básica. Secretaria da Educação Básica Ministério da
Educação”.
Seguem-se as fichas roteiros das Oficinas SIMEC.
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3.3 Oficinas SISMÈDIO, no C. E. Prof. Antonio Maria Teixeira Filho
Colégio Estadual Professor Antonio Maria SISMÈDIO Caderno no. 1 Professoras: Dulcinea T. E. Borges Virginia Maria C. R. de Souza Rio de Janeiro, 11 / 08 / 2014 : _”Quem sou eu?”
TEMA Quem sou eu? (Em busca da “Formação humana integral”). O reconhecimento do eu e do outro – Respeito às diferenças TÍTULO (livre, cada participante ) MATERIAIS Lápis, caneta pilot, papel, barbante, música de fundo. TÉCNICAS (ex: desenho, pintura, escultura, cinema, vídeo, etc). Relaxamento psicofísico, escrita criativa. DESENVOLVIMENTO A oficina realizou-se com uma turma do Projeto Autonomia, turno da manhã, em seu segundo módulo, regida pela profa. Dulce. Com 7 alunos de uma turma de 20? Foi validada uma pesquisa prévia sobre o significado do nome de cada aluno. Solicitada pela professora no início do ano letivo corrente. Aquecimento: 1ª. Fase: Apresentação individual:
Quem são vocês? Quem quer continuar estudando após o término deste Curso? Quem vai para o ensino universitário? Ou para o ensino técnico-
profissionalizante? Quem vai apresentar quem? (Cada aluno é convidado a apresentar um
colega). Cada participante foi convidado a escrever e / ou ilustrar seu nome em tarja.
De um lado, o primeiro nome; do outro, uma palavra que resuma o seu trajeto nos estudos, sendo uma meta para o ano seguinte.
2ª. Fase: e de nosso trabalho com eles Apresentação de quem somos. 1. Explicar a nossa visão sobre ética e cidadania, num mundo de
globalização, para o grupo. Destacar-se a importância de autoconhecimento para se definir uma identidade pessoal e coletiva. Das marcas de posturas tanto positivas, como negativas por não potencializarem talentos naturais. Ou adquiridos. De como é possível trabalhar o sentimento sermos iguais e nos respeitarmos em nossas de diferenças. Faremos um acordo para trabalharmos sempre descalços.
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Em um ritual lento, silencioso (atenção aos nossos próprios gestos) e respeitoso (não ridicularizar, ironizar o colega se alguém estiver com uma meia furada, por exemplo). Deve-se descalçar e guardar os sapatos e meias em lugar adequado até o fim da oficina.
2. Distribuir um modelo de caderno que chamaremos de “Amigo virtual” ou AV. Com quem irão dialogar. Será tecido como se fosse um diário. Cada um fará o seu a partir de folhas recicladas, elaborando uma capa de acordo com a sua imaginação criadora. As páginas poderão ser coladas ou presas por barbante, através de furos. Ou com grampos. Após cada oficina, este caderno deverá ser preenchido, em casa, com o relato objetivo e / ou subjetivo do que apreendeu desta vivência. Simboliza a nossa presença com eles no dia a dia. Se quiserem, poderão dar um nome próprio ao “Amigo Virtual”.
3. Firmar um “contrato de trabalho” incluindo regras de horário das oficinas e intervalo. Outras como desenvolver a escuta: quando um colega falar, olharemos para ele, em silêncio para compreendermos o que ele tem a dizer.
4. Entregar a ficha de identificação para ser preenchida e devolvida a seguir “Quem sou eu?” Quem sou eu? 1. Nome completo
_______________________________________________ 2. Nome ou apelido pelo qual gosto de ser chamado
___________________ 3. Tenho esse nome porque
_______________________________________ 4. Se eu fosse uma flor eu seria
____________________________________ 5. Se eu fosse um bicho eu seria
___________________________________ 6. Se eu fosse uma pedra preciosa eu seria
__________________________ 7. Idade _______________ Data de nascimento
_____________________ 8. Lugar (cidade) em que nasci
____________________________________ 9. Endereço completo de onde moro
________________________________ 10. Moro com (todas as pessoas da casa)
____________________________ 11. Escola onde estudo
___________________________________________ 12. Há quanto tempo estou nesta escola
_____________________________ Estou no (módulo / ano) ________________ no Projeto Autonomia. Data / /
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Assinatura ____________________________________________________
Foto 1 Foto 2 Foto 3 Foto 4 Foto. 5 3ª. Fase: (com música – o que se repetirá em todas as oficinas)
1. Propor andar descalço, de vários jeitos, observando e sentindo cada parte da
sola dos pés, os calcanhares, o arco, os dedos, cada um dos dedos em separado. Observar os próprios pés e, depois, e depois os pés dos outros. Semelhanças e diferenças. (lembrar que nenhum de nós é melhor ou pior, é apenas diferente). Fazer movimentos em conjunto com o fio do rolo de barbante (lembrar ao grupo de que “somos uma rede invisível, muitas vezes, mas sempre real, concreta pois estamos em contínua interação).
2. Explicar o primeiro exercício de respiração, o dos três tempos (inspirando até encher os pulmões de ar, sentindo-os crescer; segurar a respiração, jogar o ar dos pulmões para a barriga e, depois, para os pés. Só então começar a soltar o ar, bem devagar, pela boca. Produzir sons que venham espontaneamente à lembrança. Como onomatopeias, sons na natureza, no contexto urbano.
4ª. Fase: Compartilhar Comentar tudo o que foi vivido Premissa básica: “O mundo não é só do jeito que a gente enxerga.” Será distribuída uma música como a de Dominguinhos e Manduka “Quem me levará sou eu” que refere a individualidade, a solidariedade e a outras realidades. Conclusões Pessoais (preenchimento breve nos cadernos comuns. Como base do que irár para o AV “Amigo Virtual”)_________________________________________________ __________________________________________________________________
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______ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Referências Bibliográficas CAMARGO, Lucila. Orientação profissional – Uma experiência profissional. São Paulo, SP: Summus editorial / Editora Ágora. Referências Musicais Música clássica Beethoven, Mozart. Dominguinhos e Manduka “Quem me levará sou eu”. Quem me levará sou eu. (Letra Dominguinhos / música Manduka) A vida não é só aquii Repare Amigos a gente encontra O mundo naquela estrada Que distância nos levará As coisas que eu tenho aqui Na certa terei por lá (...)
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Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira Filho SISMÈDIO Caderno no. 2 ”Vida em sociedade – Trabalho e lazer – Políticas Públicas para os jovens” Professoras: Dulcinea T. E. Borges Virginia Maria C. R. de Souza Rio de Janeiro, 25 / 09 / 2014
TEMA ”Vida em sociedade – Trabalho e lazer – Políticas Públicas para os jovens” TÍTULO (livre, cada participante ) MATERIAIS Lápis, caneta pilot, papel, barbantes cortados em tiras de 2,5 m, duas caixas de leite vazias de um litro, com abertura pequena (1 x 2 cm)., vendas para os olhos, caneta esferográfica com tampa. TÉCNICAS Relaxamento psicofísico, escrita criativa, desenho, recorte e colagem DESENVOLVIMENTO
A. Aquecimento. 1ª. Fase. Após tirar os sapatos e colocá-los em lugar adequado, pedir um feedback da oficina anterior, dialogando sobre o que registraram no caderno designado como amigo virtual. 2ª. Fase. Caminhar refletindo. Instrução: “Conversei ou não comigo mesmo?”. Quem fez, pode parar, quem não fez continua andando e se perguntando o motivo de não ter feito. Ao se chegar a uma resposta, parar. Fazer uma roda, coneentrar-se na respiração profunda, e se sentar no chão. Ou em cadeiras. Pergunta: “Quem quer contar o que escreveu?”. Lembrar das responsabilidades, direitos e deveres. 3ª. Fase. Prestar atenção à respiração, caminhar, sentar-se nas cadeiras, sentindo os pés firmes no chão. Fazer movimentos de espreguiçar, rotação com os ombros, joelhos, pernas, mãos (música ao fundo, suave. Sendo opcional). Darem-se as mãos, olharem-se e soltarem as mãos devagar. Jogo de visualização: fechar os olhos; imaginar-se caminhando em lugar calmo, num dia de sol, com verde ao redor. Reparar nos detalhes e trazer um objeto deste espaço. Voltar lentamente ao ponto de partida, abaixar a cabeça devagar, abrindo os olhos devagar. Levantar a cabeça.
B. Ação. Instrução. “Vamos lembrar de todos os fatos importantes de nossa vida e selecionar alguns (dirigir os pensamentos). Quando estiverem prontos, sentem e esperem”.
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Nossa Linha do Tempo
Descrever os fatos mais marcantes de sua vida que lhe vieram à lembrança.
De 1 a 6 anos……………………………………………………… Dos 7 aos 10 anos ………………………………………………… Dos 11 aos 15 anos ………………………………………………..
Intervalo (opcional).
C. Aquecimento. Após os exercícios de andar, concentrar-se na respiração e alongar, estimular a turma a retornar a trabalhar em grupo.
D. Ação. Jogo desafio da garrafa. Explicação da atividade, lembrando que tanto para o trabalho como para o lazer, sempre vivemos em sociedade. E que esta deve estar harmonizada para determinados objetivos. Proposta: “Vocês topam uma brincadeira para trabalharmos em equipe? Explicações para a execução do jogo e regras deverão estar bem claras. Instrução. “Cada equipe com as pessoas unidas pelo barbante, vai tentar colocar uma caneta dentro da caixa.” Jogo do guiar e ser guiado. O clássico andar em duplas, estando um com os olhos vendados. Sendo guiado pelo outro, sem vendas. Reflexão. Em pequenos grupos, com apoio do texto “Estatuto da Juventude (2013) e da PEC da Juventude (Proposta de Emenda Constitucional no. 65)”. Reflexão sobre convívio, respeito, solidariedade, responsabilidade e comprometimento com o bem estar próprio e do outro. Anotar os pensamentos surgidos no grupo.
E. Compartilhar. Comentar o que perceberam para viver em sociedade, visando alcançar um objetivo; importância das diferentes formas de comunicação para trabalhar em equipe; importância da perseverança, do empenho, do bom humor, da solidariedade, da criatividade, da obediência às regras. O grupo deve relembrar os fatos descritos na infância (fichamento). Comentários finais. Conversa como AV em casa, conversando com os pais ou responsáveis, professores, amigos sobre o convívio. Escrever como se sentiu depois de todos os diálogos e vivências.
Foto 1 Foto 2 Foto 3 Foto 4 Foto. 5
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Conclusões Pessoais (preenchimento breve nos cadernos comuns. Como base do que irá para o AV “Amigo Virtual”)__________________________________________________ _________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Referências Bibliográficas CAMARGO, Lucila. Orientação profissional – Uma experiência profissional. São Paulo, SP: Summus editorial / Editora Ágora, 2008. Estatuto da Juventude (2013) e da PEC da Juventude (Proposta de Emenda Constitucional no. 65) Referências Musicais Música clássica Beethoven, Mozart. New wave, diversos.
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Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira Filho SISMÉDIO Casderno no. 3 ”Viver é escolher” Professoras: Dulcinea T. E. Borges Virginia Maria C. R. de Souza Rio de Janeiro, 01 / 12/ 2014
TEMA “ Viver é escolher” TÍTULO (livre, cada participante ) MATERIAIS Lápis, caneta pilot, papel, barbante, recortes de jornais sobre classificados e matérias sobre profissões, papel sulfite, caneta, fichas das profissões, álbum seriado, caneta hidrográfica. TÉCNICAS Relaxamento psicofísico, escrita criativa, desenho, recorte e colagem DESENVOLVIMENTO
F. Aquecimento. 1ª. Fase. Após caminhar, respirar e alongar, levá-los a pensar a pensar nas profissões que conhecem: “Quem se lembra, de imediato, de mais de três profissões que conhecem? De cinco? De seis? 2ª. Fase. Anotar e agrupar as profissões que conhecem em função do átomo social *. Trazer recortes de classificados de emprego. Matérias extraídas de revistas especializadas (Guia das Profissões (Ed. Abril). Conversar sobre elas em grupo.
“Átomo social é conhecido como a menor parte desse sistema complexo, ou seja, é a representação individual de uma única conexão e suas interações diretas, tendo como foco principal as relações sociais de um único indivíduo.” (Wikipédia).
G. Ação. Adivinhe o que faz o... (utiliza-se um jogo de fichas com nome das profissões a descrição da função do profissional). Dividir os estudantes em grupos de dois a trÊs integrantes. Distribuir as fichas igualmente entre os grupos. Cada grupo lê todas as suas fichas e escolhe três delas para fazer um painel. A partir daí, irá ensaiar e dramatizar por mímica, de maneira que outros grupos possa adivinhar. Se o grupo que fez a mímica não conseguir que os demais descubram, perderá ponto. A intenção é que todos saiam ganhando e não haja grupo perdedor.
H. Intervalo (5 a 10‟).
I. Aquecimento. Após caminhar, respirar e alongar. Jogo de motivação. “Vamos brincar de ser jornalistas?”. “Topam?”.
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J. Ação “Aula de jornalismo”. Relembrar com o grupo de programas televisivos com apresentadores que apreciam (Ana Maria Braga, outros). O modo isento de emoções como falam com os entrevistados. Como num trabalho científico (em compromisso de pesquisa) mas sempre de modo afetuoso. A missão dos “repórteres” será entrevistar os pais ou responsáveis, conforme o roteiro a seguir:
Roteiro de entrevistas com os pais ou responsáveis
1. Identificação: nome, idade, profissão. É alfabetizado? Até que idade estudou? Começou a trabalhar muito cedo? Que função exerceu até agora? Por que mudou de função? Mudou muito de emprego? Que empregos teve? Acha que é bem sucedido no trabalho? Gostaria de continuar estudando?
2. Família: tem um (a) companheiro (a)? Quem é? O (A) companheiro (a) também trabalha? Em quê? Gosta que o (a) companheiro (a) trabalhe? Número de filhos, idade de filhos. Têm filhos que trabalham? Começaram a trabalhar com que idade? O que fazem? Eles continuam estudando?
3. Motivação: O que o pai acharia de um programa de Orientação Profissional? O que esperariam que seu filho aprenderia em um projeto como este? O que pensa que pode fazer para seu filho colocar em prática o que está aprendendo na escola, Ensino Médio? E em projeto de Orientação Profissional?
Data / / Assinatura ____________________________________________________
K. Compartilhar. Explicar o motivo da entrevista com os pais e responsáveis. Buscar envolvê-los num programa de Orientação Profissional. Como o Estado vem aplicando nas escolas.
L. Comentários finais. Conversa como AV em casa, conversando com os pais ou responsáveis, professores, amigos sobre o convívio. Escrever como se sentiu depois de todos os diálogos e vivências.
Foto 1 Foto 2 Foto 3 Foto 4 Foto. 5
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Conclusões Pessoais (preenchimento breve nos cadernos comuns. Como base do que irá para o AV “Amigo Virtual”)__________________________________________________ _________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Referências Bibliográficas SIMEC Caderno 3. Páginas 15 a 18. 33 a 35. CAMARGO, Lucila. Orientação profissional – Uma experiência profissional. São Paulo, SP: Summus editorial / Editora Ágora, 2008. Referências Musicais Música clássica Beethoven, Mozart. New wave, diversos.
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Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira Filho SISMÈDIO Caderno no. 4 ”O que ficou de tudo isso” Professoras: Dulcinea T. E. Borges Virginia Maria C. R. de Souza Rio de Janeiro, 01 / 12/ 2014
TEMA ”O que ficou de tudo isso” TÍTULO (livre, cada participante ) MATERIAIS Lápis, caneta pilot, papel, papel pardo, folhas sulfite, caneta esferográficas, barbante, furador, grampeador, recortes de revistas especializadas em profissões, recortes de fotos de viagem e espaços culturais. TÉCNICAS Relaxamento psicofísico, escrita criativa, desenho, recorte e colagem DESENVOLVIMENTO
A. Aquecimento. 1ª. Fase. Caminhar, respirar e alongar, ao som de música suave. Fizeram a entrevista? Como foi o momento da entrevista? Os pais (ou seus responsáveis) estavam relaxados, descansados ou bravos, impacientes? Não quiseram dar entrevista? Quem foi mais gostoso de entrevistar (pai ou mãe) ? Por quê? 2ª. Fase. Quem quer comentar a entrevista?
B. Ação. Sob orientação no álbum seriado, fazer uma redação com texto “jornalístico”. Com som baixinho, o grupo escreverá o primeiro texto. Respirar, ler e discutir o levantamento das profissões. Desenhar Árvore das profissões por área (comércio, indústria, serviços, técnica, biológicas, humanas, exatas, tecnológicas, saúde, turismo, telecomunicações, construção, arte, transporte, computação, educação, agricultura). Destacar as disciplinas, matérias e habilidades necessárias para os vários cursos. Dividir em grupos com profissões iguais ou semelhantes. Buscar outras profissões que eles escolherem entre aspectos existentes no jogo das profissões. Jogo dramático em grupos, montar uma história com as profissões levantadas. Escrever a história, contar. Escolha para a encenação, esquetes teatrais de 5 a 7 minutos. Teatro espontâneo.
C. Compartilhar. Conversar com o grupo da importância de se ir ao teatro, cinema, ler, pois as artes reproduzem a sociedade como um todo. Refletem, por vários aspectos, o cotidiano pessoal e profissional.
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Falar de espiritualidade, da importância da Fé como aspecto da existência humana que nos incentiva a evoluir. A importância dos grupos relacionais nas comunidades religiosas. Referir filmes e obras que cuidam deste campo. Incluir a perspectiva de viagens para aperfeiçoamento, em vários sentidos. Conversa com o AV. Escrita criativa: pensar no seu futuro. O que gostaria de ser? O que gostaria de estudar? Como imagina dividir o tempo entre profissão e lazer? O que pensa sobre qualidade de vida? Quais os sonhos? Quais as dificuldades da realidade? Como pensa em vencê-las? Escrever.
Foto 1 Foto 2 Foto 3 Foto 4 Foto. 5 Conclusões Pessoais (preenchimento breve nos cadernos comuns. Como base do que irá para o AV “Amigo Virtual”)__________________________________________________ _________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Referências Bibliográficas SIMEC Caderno 4. Páginas 15 a 18. 33 a 35. CAMARGO, Lucila. Orientação profissional – Uma experiência profissional. São Paulo, SP: Summus editorial / Editora Ágora, 2008. Referências Musicais Música clássica Beethoven, Mozart. New wave, diversos.
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Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira Filho
SISMÉDIO Etapa II - Caderno I Professoras: Dulcinea T. E. Borges Virginia Maria C. R. de Souza
Rio de Janeiro, 09/ 02 / 2015 Etapa II - Caderno I - Organização do trabalho pedagógico no Ensino Médio “Refletir sobre os principais problemas da escola, seus impactos e propor ações para resolvê-los (p.32)”.
TEMA Vencendo Limites.
ASSUNTO: Efeito borboleta. O pensamento ajuda a organizar a ação. Geometria Espacial, Aritmética / teoria das Múltiplas Inteligências (ARMSTRONG, Thomas. Inteligências múltiplas na sala de aula. Prefácio Howard Gardner. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001), incluindo-se relações intrapessoais e interpessoais: liderança e troca de lideranças, competição / concorrência / cooperação. TÍTULO (livre, para cada participante. Será inserido no caderno Amigo Virtual, A. V.). MATERIAIS Cd player, música de Gabriel, o pensador, sons da naureza; papéis, lápis, canetas, tapete (tecido ou papelão flexível) e o próprio corpo. Texto “O vôo dos gansos”. Vídeo “A lição dos gansos” YouTube. TÉCNICAS – Dinâmica de grupo com conscientização corporal. DESENVOLVIMENTO A oficina realizou-se com a turma do Projeto Autonomia, turno da manhã, em seu terceiro módulo, regida pela profa. Dulce. A atividade foi vivenciada por cinco alunos da Turma Autonomia. Estou como professora articuladora pedagógica nesta Unidade e atividade SIMEC.
A. Aquecimento. 1ª. Fase. Caminhar, respirar. Escutando música de Gabriel, o Pensador. Refletir sobre o que “conversou com o A. V.” O que pensou sobre o seu futuro, os sonhos, as dificuldades que levantou. Assistir ao vídeo “A lição dos gansos”. Distribuir texto referente. Comentários em roda. 2ª. Fase. Em roda, no chão ou em cadeiras. “Quem quer falar?” Falar sobre as dificuldades, da atenção e criatividade que abre espaço para abrirmos limites.
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B. Jogo “eu gosto de…” Assinale os itens com que se identifica. Música………………………………………………….…..( ) Trabalhar com sons em geral………………………………( ) Dançar………………………………………………………( ) Desenhar tudo o que vejo…………………………………..( ) Tirar um som legal no violão, guitarra, outros……………..( ) Tocar na banda do colégio………………………………….( ) Cantar, declamar ou escrever poesias…………………….( ) Cantar………………………………………………….….( ) Trabalhar com crianças…………………………………...( ) Trabalhar em casa…………………………………………( ) Escrever……………………………………………………( ) Trabalhos manuais…………………………………………( ) Marcenaria…………………………………………………( ) Brincar de teatro……………………………………………( ) Trabalhos artísticos………………………………………....( ) Cuidar da natureza………………………………………….( ) Cuidar de plantas e árvores…………………………………( ) Criar animais………………………………………………..( ) Viver na praia……………………………………………….( ) Viver no campo……………………………………………...( ) Trabalhar com idosos………………………………………...( ) Mexer com agricultura……………………………………….( ) Pescar………………………………………………………... ( ) Estudar e estudar muito………………………………………( ) Morar em cidades pequenas…………………………………..( ) Produzir alimentos…………………………………………….( ) De família grande……………………………………………...( ) Trabalhar à noite……………………………………………….( ) Fazer pesquisas…………………………………………………( ) Ensinar………………………………………………………….( ) Trabalhar em grupo (s)…………………………………………( ) Trabalhar sozinho……………………………………………….( ) Promover a saúde………………………………………………..( ) Praticar esportes em geral……………………………………….( ) Trabalhar com animais…………………………………………..( ) Cozinhar………………………………………………………….( ) Viver rodeado de amigos………………………………………...( ) Enfrentar desafios………………………………………………..( ) Ler muito………………………………………………………....( )
Ao término, dividir o grupo por semelhanças de objetivos (eu quero). No
grupo, trocam as folhas. Depois de lidas, um ajuda o outro a pensar na realização dos sonhos. Listar atitudes que ajudam a concretização dos sonhos em grupo. Abrir para comentários.
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C. Formar um grupo com cinco voluntários. Dar-lhes um problema para ser solucionado. Utilizando apenas o próprio corpo e o tapete. A proposta exclue a indicação de qualquer estratégia a ser seguida. Deve-se apenas monitorar o grupo. Do lado de fora do tapete, uma aluna foi a observadora do grupo. Seu papel era de sinalizar a correção no percurso. A orientação dada foi que todos ocupassem um espaço sobre o tapete, com os pés dentro do tapete. Teriam que, juntos, inverter e virar o tapete de forma a continuarem todos sobre o tapete. Aplicou-se aí a noção de frações. O grupo como um todo representou um numero inteiro ou 1/1. A forma geométrica foi alterada na medida em que os alunos se movimentavam sobre o tapete. Destacam-se a relação entre o desenho geométrico e a aritmética. A atividade foi duplicada, com outros movimentos, por alunos que haviam apreciado a situação. De modo bastante criativo. O segundo grupo teve uma outra percepção do conjunto, resolvendo o problema de um modo mais fácil que o apresentado anteriormente. A reflexão que fizemos em grupo foi: “A vitória de um é sempre consequência dos sonhos e dos atos de todas as pessoas envolvidas em determinado contexto. O somatório é a concretização de sonhos possíveis.” D. Compartilhando: cada um comenta a atividade, passando a construir seu texto sobre a experiência vivenciada ou observada. E. Atividade extraclasse: cada membro deve relatar ao a. v. (amigo virtual) como foi a atividade. Texto A lição dos gansos. (extraída de Wikipédia)
Chegou-me às mãos, a seguinte história de um autor desconhecido:
“Quando um ganso bate as asas, cria um „vácuo‟ para o pássaro seguinte. Voando numa formação em V, o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha.”
Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade, podem atingir seus objetivos mais rápido e facilmente.
“Sempre que um ganso sai da formação, sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho. Rapidamente, volta para a formação, aproveitando a “aspiração” da ave imediatamente à sua frente.”
Lição: Se tivermos tanta sensibilidade quanto um ganso, permaneceremos em formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos disporemos a aceitar a sua ajuda, assim como prestar a nossa aos outros.
“Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente, um outro ganso assume o lugar, voando para a posição de
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ponta”.
Lição: É preciso acontecer um revezamento das tarefas pesadas e dividir a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras.
“Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente e aumentar a velocidade.”
Lição: Precisamos nos assegurar de que o nosso “grasno” seja encorajador para que a nossa equipe aumente o seu desempenho.
“Quando um ganso fica doente, ferido, ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim, eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás de um outro bando.” Lição: Se nós tivermos bom senso tanto quanto os gansos, também estaremos ao lado dos outros nos momentos difíceis.
Gostaria que você pensasse bem nestas lições dos gansos. Leia com atenção, reflita sobre cada item, transponha-os para a sua realidade, mostre ao seu pessoal e discuta com ele. Até com os gansos podemos aprender!
Sucesso!
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Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira Filho SISMÉDIO Caderno no. 4 Professoras: Dulcinea T. E. Borges
Virginia Maria C. R. de Souza Rio de Janeiro, 23 / 02 / 2015
Etapa II - Caderno IV - Linguagens “Discussão sobre práticas de linguagem presentes na vida dos estudantes do Ensino Médio (p.21)”.
TEMA Linguagem na Educação Ambiental, produção literária. Com Artes. ASSUNTO: Condição feminina na Sociedade e natureza no mundo atual - Coesão e Coerência TÍTULO (livre, para cada participante. Será inserido no caderno Amigo Virtual, A. V.). MATERIAIS Lápis, caneta pilot, papel, lápis de cor, lápis de cera, flores, espuma vegetal, copinhos de café, tesoura, barbante, música de fundo. TÉCNICAS Desenho, pintura, escultura, vídeo. Relaxamento psicofísico, escrita criativa. DESENVOLVIMENTO A oficina realizou-se com a turma do Projeto Autonomia, turno da manhã, em seu terceiro módulo, regida pela profa. Dulce. Com 14 membros de uma turma de 24 alunos. Estou como professora articuladora pedagógica nesta Unidade e atividade SIMEC. Fizemos um relaxamento psicofísico com exercícios de alongamento e respiração. Escutamos música com Gabriel, o Pensador. Ação 1. Breve retrospectiva das atividades desenvolvidas. Numa tira de papel, cada um escreve uma palavra sobre o seu futuro profissional (sem detalhes). Cada um fala sua palavra que será anotada num flip chart ou no quadro. Fazemos com eles, as associações de idéias. 2. Em grupos com as palavras, levantadas na atividade anterior, discutem o futuro. Abrir espaço para uma expressão poética, seja escrita, falada, pintada…
3. Retomam a linha do tempo e preenchem com missão, objetivos, estratégia e planejamento, por período.
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2ª. Fase: Fazer uma mini-ikebana (arranjo floral, nome hindu). Apresentar-lhes o material e demonstrar-lhes como se faz. Refere-se aos elementos sol, lua e terra, com três flores e ramos verdes. Enquanto fazem, contar ao grupo a lenda da origem do Ikebana. “Em certo dia, o príncipe hindu Sidarta Gautama, posteriormente conhecido como Buda, passeando pelas ruas de seu reinado, observou uma flor caída ao chão. Era tão linda que o príncipe desejou que muitas outras pessoas também a admirassem, e ficassem felizes com esta apreciação do belo, em qualquer momento de seu dia, mesmo dentro de casa. E criou o arranjo denominado ikebana. Significa prolongar a vida do arranjo floral”. 2. Os alunos devem fazer um desenho de observação do arranjo. E depois irem simplificando a forma. Devem retirar o máximo possível de elementos, deixando apenas um ou dois que indiquem o movimento principal das linhas do arranjo inicial (se for vertical, ou horizontal, ou diagonal, entre outros). 3. Fazer uma escrita criativa (poesia, resenha, etc) relacionando o arranjo à condição feminina na sociedade. O texto pode ser realista ou idealizado. Ação 3. Compartilhando: cada um comenta a atividade, apresentando os textos e desenhos. Comentar a necessidade do tempo necessário para a contemplação do belo no dia a dia e da intervenção feminina para o acolhimento necessário na vida. Pessoal e profissional. Citam-se profissões adequadas à sua natureza. Em gerações passadas e atualmente. Ação 4. Atividade extraclasse: cada membro deve relatar ao a.v. (amigo virtual) como foi a atividade.
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Colégio Estadual Professor Antonio Maria SISMÉDIO Caderno no. 4 Professoras: Dulcinea T. E. Borges Virginia Maria C. R. de Souza Rio de Janeiro, 06 / 03 / 2014 Etapa II - Caderno IV - Linguagens Ciências Matemáticas e da Natureza / Artes
TEMA (ou campo) Ciências Matemáticas e da Natureza, interagindo pela Linguagem das Artes.
ASSUNTO: FRAÇÔES
Objetivos Específicos de Matemática: Compreender frações; identificar
números decimais; reconhecer a porcentagem como forma fracionária. TÍTULO (livre, cada participante ) Sugestão inicial: "Está faltando alguém!" OBSERVAÇÃO: A oficina presente é uma adaptação de atividade do Projeto Autonomia (o antigo Telecurso 2º. Grau apoiasdo pela Fundação Roberto Marinho; este foi desdobrado e atualizado por uma equipe multidisciplinar de docentes concursados no Estado. Visa a cumprir o Ensino Médio em dois anos, tendo a linguagem das artes como fio condutor de cada uma das disciplinas cursadas). Problematização Atividade que instiga o interesse e a curiosidade pela aula, propiciando ao grupo um momento de reflexão sobre o conteúdo que será trabalhado. Permite, assim, diagnosticar o conhecimento prévio do grupo acerca do tema da aula, ao mesmo tempo que dirige a atenção ao foco estabelecido no planejamento. Pontos Importantes:
Para a construção desse momento, faz-se necessário assistir à teleaula e consultar os materiais didáticos, identificando os conteúdos e habilidades trabalhadas na aula a ser vivenciada. A atividade planejada para o momento da problematização não deve ultrapassar 10 minutos.
Pode ser realizada por meio de questionamentos orais ou escritos, imagens, pequenos textos, desafios, situações problema, gincanas, seminários, etc. Lembrar que esse momento é inicial não exigindo assim “respostas certas” já que o conhecimento está sendo construído. MATERIAIS Lápis, caneta pilot, papel, barbante, música de fundo. TÉCNICAS (ex: desenho, pintura, escultura, vídeo, etc). Relaxamento psicofísico,
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escrita criativa. DESENVOLVIMENTO A oficina realizou-se com a turma do Projeto Autonomia, turno da manhã, em seu terceiro módulo, regida pela profa. Dulce. Com 12 alunos em uma turma de 24. Estou como professora articuladora pedagógica nesta Unidade e na atividade SIMEC. Fizemos um relaxamento psicofísico com exercícios de alongamento e respiração. Com música ao fundo de “sons da natureza”. Pediu-se que a turma escrevesse frases soltas e desenhos cegos (sem olhar para o papel, a princípio), ao escutar a música instrumental. Após alguns segundos, olhassem o desenho e o desenvolvessem. Após, apresentação em painel coletivo. (Em até dez minutos). 1º Chamar a turma toda e colocá-la num círculo;
2º Contar o número alunos;
3º Traçar várias sugestões no quadro. Ex. gostos musicais, quantos alunos
gostam de funk, pagode, rock, MPB, etc.
4º Sugerir que cada aluno identificado com o gosto musical (sugerido pelo
professor) se retire da roda, o quantitativo de alunos que se retiram
determinará a fração existente em cada problemática.
Registrar as informações / observações dos alunos no quadro ou em um cartaz, individualmente ou em grupo.
Criar estratégias para que os alunos participem de forma dinâmica, utilizando materiais diversos como figuras, recortes de revistas e jornais. Questionamentos: Em quais situações na teleaula houve necessidade do uso de frações? Em quais situações do nosso cotidiano as frações estão presentes? Citar alguns exemplos e pedir outros à turma. Ex: Troco de Passagem / Cortar um Bolo / Dosagem de Remédio
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Trabalhando com carga tributária. Trazer exemplos de impostos que pagamos e
quanto isso representa no preço do produto.
Ex: Gasolina – 18% de imposto
Leite – 8% de imposto , etc.
Concentração, destreza e memória. Atividades que procuram estimular ou m
as habilidades. Essas atividades podem utilizar as experiências que as pessoas tiv
durante suas vidas. E reafirmar seu valor pessoal ao lembrar aquilo que já fizeram.
Exemplo:
1. Lojas e categorias
Fornecer a cada participante uma folha de papel branco pedindo-lhes que co
nome de um tipo diferente de loja, p ex.: loja de sapatos, armazém, oficina m
padaria, etc.
diferente. Depois monte o estoque das lojas, com os produtos adequados, desenha
ou recortados de revistas.
Variações
a) Colocar o nome de uma cor em cada folha e colar objetos da cor sugerida.
b) Colocar o nome de outras categorias de objetos nas folhas, p ex móveis, roupa
c) Transformar em frações o somatório dos objetos que estão em cada uma das d
Folhas.
2. Natureza:
a) Reconhecer figuras geométricas na natureza (casco da tartaruga, colméia, e
Identificá-las desenhando-as de memória.
Compartilhando. Atividade extraclasse: anotar no a.v. (amigo virtual) as lembra
trazidas em cada atividade.
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Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira Filho SISMÉDIO Etapa II - Caderno III - Ciências da Natureza Professoras: Dulcinea T. E. Borges
Virginia Maria C. R. de Souza Rio de Janeiro, 08 / 04 / 2015
Ciências da Natureza / Artes “Planejar e realizar atividade de ensino interdisciplinar (p.28)”.
TEMA (ou campo) Educação Ambiental: "As Três Ecologias": pessoal, coletiva e ambiental. Interdisciplinaridade: Ciências da Natureza com Organização do Trabalho no Ensino Médio. ASSUNTO: Sociedade e natureza no mundo atual - Coesão e Coerência TÍTULO (livre, cada participante ) Sugestão inicial: "Posso caminhar por aqui" MATERIAIS Lápis, caneta pilot, papel, barbante, música de fundo. TÉCNICAS (ex: desenho, pintura, escultura, cinema, vídeo, etc). Relaxamento psicofísico, escrita criativa. DESENVOLVIMENTO A oficina realizou-se com a turma do Projeto Autonomia, turno da manhã, em seu terceiro módulo, regida pela profa. Dulce. Com 12 alunos em uma turma de 24. Estou como professora articuladora pedagógica nesta Unidade e na atividade SIMEC. Durante três encontros em semanas não seguenciais, cada um com 45 minutos. Primeiro dia Fizemos um relaxamento psicofísico com exercícios de alongamento e respiração. Com texto sobre “Tempo” (Eclesiastes no. ?) e música da MPB “Tempo, tempo, tempo!” (autor?) ou”Sinal Fechado” (Gonzaguinha, cantada por Maria Betânia e Chico Buarque). Apresentou-se o tema da Educação Ambiental, referindo-se “As três ecologias, a pessoal, a coletiva e a da grande natureza”, referindo a obra de Félix Guattari (citar) Cada participante escolheu um assunto em jornal do dia, livremente. Recortou-o e o colou em uma folha formato A3 (29,7 x 42 cm). No sentido horizontal ou vertical (opcional). Foi convidado a ampliar a imagem por desenho figurativo ou abstrato. E a fazer uma escrita critativa sobre sua elaboração, sem ler a matéria referente, num primeiro momento. Apenas observando sua produção e, no máximo, o título que havia.
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Partilha: Comentou-se o processo, pedindo-se a atividade extraclasse, de diálogo com o av (amigo virtual) sobre a atividade realizada. Segundo dia Fizemos um relaxamento psicofísico com exercícios de alongamento e respiração. Fizemos a retosprectiva da oficina anterior, desta série de três. Escutando a música “Meus oito anos” com Adriana Calcanhoto. Pediu-se que a turma anotasse frases soltas da letra desta música, que lhes chamem a atenção. Como: “por que o tempo passa?” “por que você é Flamengo e meu pai,
Botafogo?”, “por onde os filhos saem?”, “quanto é mil trilhões vezes infinito?”
“quem é Jesus Cristo?” “por que a Terra roda?” “por que você se pinta?”, “por
que os dentes caem?”, “por que o sangue corre?” “como é feita a neve?” “como
é que se escreve „revéillon‟?”, “o que signfica „impávido colosso?“, “por que os
dedos murcham quando estou no banho?”, “onde estão meus primos?”, “por
que a lua é branca?”, “por que deitar agora?”, “por que o tempo passa?”, “por
que a gente espirra?”, “por que os ossos doem enquanto a gente dorme?”, “por
que as ruas enchem quando está chovendo?”, “por que deitar agora?”, “por
que as cobras matam?”, “por que o santo incorre?”, “por que o fogo queima?”,
por que a gente espirra?” “do que é feita a neve?”, “uel, uel, Gabriel...”,
Cada partipante deve escolher uma frase da letra, comentando-a verbalmente e por desenho. Escrita criativa. Ação Introduzir o texto técnico comentando que os espaços humanos interagem e se relacionam com a natureza por técnicas e, assim pelo trabalho. Tanto a cultura indígena como a cultura urbana buscam „construir paisagens‟, isto é, interagir com a bela „Obra de Deus‟, com a Sua Arte ao nosso redor, disposta em árvores, folhas, flores, frutos, entre outros elementos. Instrução. Cada grupo de 4 a 6 pessoas fica com uma parte do texto abaixo. Faz a leitura interna (cada integrante do grupo lê um trecho), comentando e resumindo a idéia central, o argumento do texto. Modo verbal e escrito (alguém é escolhido ou escolhe ser o redator). Ao término, um leitor, de cada grupo, compartilha o texto com toda a turma.
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“A incorporação da natureza aos espaços deu-se com as novas técnicas e o trabalho. Com isso, reduziu-se a dependência humana com relação ao mundo natural. Entre outras ações, os grupos domesticaram plantas e animais, mudaram o curso de rios e ocuparam suas várzeas, passaram a extrair e utilizar recursos minerais E, em boa medida desenvolveram novas maneiras de prever efeitos de fenômenos naturais e prevenir-se. Por outro lado, passou a ocorrer o uso mais intensivo e integrado dos recursos naturais, tanto renováveis como os não renováveis. Mas sobre quais bases humanas ocorrem as ações humanas? (...) A Terra pode ser vista assim, como uma gigantesca máquina natural integrada, um enorme sistema subdividido em sistemas naturais menores, ou subsistemas: a atmosfera (camada de ar que envolve o planeta), a litosfera (rocha superfície terrestre) e a hidrosfera (universo das águas); é com a união dessas três unidades que ocorre a vida – a biosfera, a esfera da vida. O que permite a existência e o funcionamento dessa máquina é a energia proveniente da energia solar. Ela dá origem aos climas, à distribuição das águas, à formação do relevo. Conforme o geógrafo David Drew, entre a entrada e a saída nesses sistemas, a energia flui e acumula-se nos elementos por períodos mais longos (no caso do petróleo) ou mais curtos (como nos solos e nos animais). Vale lembrar que os sistemas naturais são parcialmente vinculados entre si (...)”. Da Hidrosfera: cerca de 70% da superfície terrestre está coberta pelos oceanos. (...) O Brasil dispõe de cerca de 12% da água doce do mundo embora o acesso o acesso de grupos e indivíduos a esse recurso dependa de uma série de fatores. Entre eles, as condições econômicas e sociais ou a existência de infraestrutura e serviços.” (p. 220). Partilhando. As mediadoras abriram o espaço para comentários gerais, lembrando o grupo de dialogar com o av (amigo virtual) sobre a oficina realiazada. Terceiro dia Fizemos um relaxamento psicofísico com respiração e alongament, com música new wave. Foi solicitado ao grupo que relembrássemos a oficina anterior, verbalmente. Aquecimento. LINHA DO TEMPO FUTURO.
1. É apresentado ao grupo o esquema abaixo (no flip chart) Descrição dos meus projetos e estratégias para alcançá-los.
Dos 16 aos 20 anos ................................................................................................. Dos 21 aos 30 anos.................................................................................................. Dos 31 aos ..............................................................................................................
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Ação. 2. Juntos, fazemos a retrospectiva da atividade desenvolvida na oficina anterior. A seguir, numa tira de papel, cada um escreve uma palavra sobre o seu futuro profissional (sem detalhes). Cada um fala sua palavra que será anotada num flip chart ou no quadro. Fazemos com eles, as associações de idéias. 3. Em grupos com as palavras, os estudantes discutem o futuro. (em até 15 minutos). 4. Retomam a linha do tempo e a preenchem com missão, objetivos, estratégia e planejamento, por período. Individualmente. 5. Psicodrama interno adaptado. “Vamos para o futuro”. Em folhas de papel sulfite, vamos escrever uma carta para este colega a quem você não vê há vinte anos, portanto idade em torno de trinta e cinco anos. Este colega está muito bem, tem uma boa profissão e constituiu família e quer muito saber de você. Instrução: “Você vai escrever uma carta para ele contando o que aconteceu na sua vida durante todos esses anos e como você está agora. Antes, contemple a colagem de uma paisagem (natural ou construída) ampliada por desenho (é a elaboração que você fez, em ofcina anterior). Pode agora fazer outro desenho que ilustre a sua etapa atual de vida e fazer o texto da carta. Compartilhar Estimular missão extraclasse: fazer uma autoavaliação visando à avaliação final na próxima oficina. Se quiserem, podem conversar mais com o av (amigo virtual).
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Colégio Estadual Professor Antonio Maria Teixeira Filho SISMÉDIO Etapa II - Caderno V Professoras: Dulcinea T. E. Borges Virginia Maria C. R. de Souza
Rio de Janeiro, 26/ 05 / 2015 Etapa II - Caderno V – Matemática o no Ensino Médio
“ 1) Analisar um conjunto de atividades realizadas pelos estudantes e identificar tipos de pensamentos matemáticos (p. 14). 2) Elaborar projeto de trabalho coletivo e interação entre os diversos componentes curriculares (p.23)”.
TEMA O olhar matemático na humanização. Em busca de significados. O despertar de uma nova consciência. Reconhecendo o verdadeiro propósito de vida e contribuindo para a transformação do mundo”.
ASSUNTO: Celebração dos sentidos. Efeito borboleta II. O pensamento ajuda a organizar a ação. “O Pensamento indutivo na Matemática: raciocínios plausíveis, presentes no ato da criação matemática, na formulação intuitiva de novas conjecturas, a serem validadas posteriormente.” (Observatório do Ensino Médio – Matemática; Caderno V, Etapa II - SIMEC. Autores: Iole de Freitas Duck Maria Cristina Bonomi, Viviana Giampaoli, Ana Paula Jansen, Ítalo Modesto Dutra).
“Teoria das Múltiplas Inteligências” (ARMSTRONG, Thomas. Inteligências múltiplas na sala de aula. Prefácio Howard Gardner. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001), incluindo-se relações intrapessoais e interpessoais: liderança e troca de lideranças, competição / concorrência / cooperação). TÍTULO (livre, para cada participante. Será inserido no caderno Amigo Virtual, A. V.). MATERIAIS Cd player, música MPB ou new wave, sons da natureza; papéis, lápis, canetas, tapete (tecido ou papelão flexível) e o próprio corpo. Texto “O vôo dos gansos”. Vídeo “A lição dos gansos” YouTube. Notebook, Datashow. TÉCNICAS – Dinâmica de grupo com conscientização corporal. DESENVOLVIMENTO A oficina realizou-se com a turma do Projeto Autonomia, turno da manhã, em seu terceiro módulo, regida pela profa. Dulce. A atividade foi vivenciada por cinco alunos da Turma Autonomia, na 1ª. Parte (ilustrada pelas fotos nas cadeiras). Estou como professora articuladora pedagógica nesta Unidade e atividade SIMEC. A profa. Dulce elaborou a atividade "Cadeiras e corpo" descrita abaixo e ilustrada pelas fotos em anexo, vivenciando-a com sua turma. No Projeto Autonomia. Nossa contribuição para o SIMEC foi o desdobramento desta, com dinâmicas sucessivas. Com a teorização.
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A. Aquecimento. Aquecimento: Um breve relaxamento Todos formam um grande círculo, uma música new age ou clássica toca ao fundo, numa altura que não atrapalhe a escuta das orientações do dinamizador. Pedir a todos que possam fechar os olhos e voltar sua atenção para a música. Pouco a pouco, pedir que percebam seu corpo, tentando deixar os pés paralelos e os braços junto ao corpo. Voltar sua atenção para respiração, inspirar e expirar... sentir o ritmo das batidas do coração, inspirar e expirar...
A cada inspiração elevar os ombros e, a cada expiração, deixá-los cair... repetir esse movimento três vezes, quem achar necessário poderá emitir um som no momento da expiração. Elevar os braços na inspiração e baixá-los na expiração. Para finalizar esse momento de relaxamento e introspecção, sentir o corpo acordado, imaginando um fio que o puxa a partir do alto da cabeça, alinhando a coluna e abrir os olhos bem devagar.
Caminhar, respirar. Escutando música instrumental. 1ª. Fase. Ação A Sentando-se em roda, algum participante deve ler a ponderação: “Infinito enigmático da Matemática. Por que quando olhamos para o horizonte, lembramos de retas? Porque não sabemos o fim e onde elas começam... Ou seja, é como a Matemática da vida... Não sabemos onde parar e como parar. Tudo ao nosso redor tem fim? Será que tudo é como o infinito? O nosso cotidiano é como a matemática... quando resolvemos o „x‟ da questão. E o continuar dependerá de cada um, ou melhor, do seu próprio ponto de vista! Nunca parando, sempre pensando no que faremos amanhã!” (Texto extraído da dissertação “Práticas pedagógicas para o Ensino dos Números Irracionais”. Sônia Cristina da Cruz Mendes MS em Educação Matemática, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ, 2012). Comentários em roda. Refletir sobre o que “conversou com o A. V.” O que pensou sobre o seu futuro, os sonhos, as dificuldades que listou. As trilhas possíveis neste momento. Relembrar de “A lição dos gansos”, o vídeo e o texto estudados na Oficina no. 6. 2ª. Fase. Ação A Em roda, nas cadeiras. Em um grupo de cinco alunos, um ficou como observador, monitorando os movimentos corretos do grupo; quatro deitaram-se, com a lombar sobre as cadeiras, com as pernas no chão, e as cabeças na perna do colega ao lado (fotos em anexo). Gradativamente, as cadeiras foram sendo retiradas uma a uma, pelo monitor, permanecendo todos em posição semelhante à inicial. O grupo se auto sustentou. Ação B “Quem quer falar?” Falar sobre as dificuldades, da atenção e criatividade que favorece soluções para problemas.
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3ª. Fase. Ação A Iniciar-se o “Jogo das profissões conhecidas”. Compõe-se de fichas com o nome das profissões e a descrição da função dos profissionais. Os participantes devem ser divididos em quatro grupos e cada um recebeu um certo número de fichas que deveriam ser lidas e debatidas, deixando evocar espontaneamente o que cada um sabia sobre a profissão (s) apresentada (s). Depois o grupo deveria escolher um traço marcante em uma delas e dramatizá-la. Compartilhando: pedir a todo o grupo que durante a semana procurasse se informar e levantar mais dados sobre essas profissões. Devem escrever no AV o que apurassem. “Apurar” é a palavra a ser utilizada como relação com o meio jornalístico (levatamento de fatos e dados). O objetivo é aprofundar o raciocínio intuitivo, observando-se uma realidade dada, condensando-se o pensamento. Chegando a uma síntese. O trajeto deve caracterizar o pensamento indutivo, nosso foco nesta oficina. 2º. Dia A. Aquecimento Caminhar, respirar. Escutando música instrumental. 1ª. Fase. Ação A Sentando-se em roda, projetar as fotos realizadas na dinâmica anterior. Os participantes devem observar as posições assumidas e representa-las pelo “boneco palito”. Com linhas apenas. Reduzir cada movimento feito a um tipo de polígono. Apresentar-lhes opções no flip charter: triângulo, linha poligonal aberta; triângulo, linha poligonal fechada; quadrilátero, linha poligonal aberta; quadrilátero, linha poligonal fechada. Conclusão: trazer os conceitos. Polígono é uma figura geométrica formada por uma linha poligonal fechada. O menor polígono é o triângulo. Comentários em roda. Ação B
Exibir o filme “Cristais d‟agua”. Do efeito de nossas palavras sobre as moléculas d‟água isoladas por cientista japonês, Dr. Massaru Emoto www.conhecimento-espiritual.net.br/artigos/a-palavra-humana.php
Cristais de Água - a prova que as palavras podem significativamente afetar e influenciar. Até mesmo o corpo humano é composto 70% de água.
Masaru Emoto nasceu em Yokohama no Japão no mês julho do ano 1943. Graduou-se pela Universidade Municipal de Yokohama e obteve seu título de Doutor em Medicina Alternativa na Open International University. Dr. Emoto acredita que as emoções humanas são capazes de alterar a estrutura dos cristais de água. Quando a água recebe um tratamento com emoções positivas (amor, gratidão, alegria) os cristais formados são magníficos, já quando o tratamento é feito com envio de emoções negativas (raiva, ódio, rancor) os cristais formados são irregulares. Com a forma de molécula de rio com águas poluídas.
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Quando nós tratamos água com amor e gratidão, ela retribui nos oferecendo os cristais com as formas mais belas já imaginadas.
Repercussão
O trabalho do Dr. Masaru Emoto comprova que a água está profundamente conectada à consciência individual e coletiva dos seres humanos, fornecendo uma nova luz ao precioso poder da água e a sua importância para a evolução humana.
O seu próximo passo foi propagar os resultados obtidos. Emoto empreendeu viagens pela Europa e nos Estados Unidos onde palestrou para centenas de milhares de pessoas. Ele também lançou livros de sucesso, como por exemplo: O Milagre da Água e A Mensagem Escondida na Água.
Como já era de se esperar, a maior parte da comunidade científica, que é controlada pelos governantes, desprezou esses estudos e acusou o cientista japonês de heterodoxo e não confiável.
Conclusão
O ser humano é composto 70% de água, assim como o planeta Terra. Se a raça humana como um todo enchesse seus corações de Amor e Gratidão, poderíamos estar vivendo em um cenário completamente diferente.
Palavras são expressões do espírito. Água reflete nosso espírito. Quando nos deixamos levar para estados de raiva, frustração e ódio, a água dentro de nós retribui tristeza e sofrimento.
Quanto mais nos aproveitarmos dos recursos do planeta Terra e continuar a poluir indiscriminadamente o meio ambiente e os oceanos, mais raiva, hostilidade e guerra estaremos gerando contra nós mesmos.” Compartilhando. Comentário em roda. Refletir sobre o que “conversou com o A. V.”
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CONCLUSÃO
A estrutura do Ensino Médio na rede pública, no Rio de Janeiro está
contemplando transformações, em seus serviços de Orientação Educacional e
Pedagógica. O alunado apresenta um perfil desafiador, muito rico em suas
múltiplas demandas, tanto a nível socioeconômico como de indagações
pessoais, em todos os segmentos.
A escola, buscando estimular novas práticas e olhares nos diversos
campos de atuação, promove a criatividade e o autoconhecimento. Desse
modo otimizam-se as várias relações a nível pessoal, coletivo e com o meio
ambiente da Grande Natureza. Esta pesquisa tem como eixo o olhar sempre
renovador de nosso grande educador Paulo Freire. Em meio a tantas outras
contribuições.
Faço uma homenagem aqui a uma das maiores educadoras brasileiras
com quem tive a honra e a alegria de conviver: a professora Merise Santos de
Carvalho, doutora em Educação pela UFRJ. Foi colaboradora incansável do
Projeto das Classes Comunitárias pré Técnicas e pré Profissionalizantes da
PUC Rio. Companheira de valor inestimável de seu esposo, o professor José
Carmelo Brás Lima, Coordenador geral do Projeto. Neste trajeto, fui sua aluna
na disciplina Língua Portuguesa pela Produção Literária. Vi a importância do
brincar e ler, numa viagem cotidiana. O essencial é de fato “invisível aos olhos”
como nos dizia Saint Exupéry, em sua obra O Pequeno Príncipe.
Aprendi com Merise a mergulhar com mais profundidade, na importância
da escuta de cada estudante, à minha frente. A questão da
interdisciplinaridade que apresento e defendo no presente trabalho, ganhou
destaque desde a orientação de Mestrado que tive com o professor José Luiz
Mendes Ripper, na PUC Rio, de 2003 a 2005. A professora Merise descortinou
outros horizontes alargadores, quando indicou a muitos, pontos de vista vitais
na Educação. São suas as palavras referentes a Paulo Freire:
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Devemos chamar a atenção dos professores da rede pública e particular de ensino para a vida e a obra de um grande educador brasileiro mais conhecido no exterior do que no Brasil; reavivar a esperança nesses educadores brasileiros no papel fundamental da profissão que exercem, por mais difícil que sejam as condições em que a exercem. (DE CARVALHO, Merise Santos, 2008).
Merise e seu esposo, o professor José Carmelo vivenciarm a história
verdadeira da experiência chilena com o pensamento e a metodologia de
Paulo Freire, há quarenta anos atrás. Ela as apresentou em seminários, como
novas alternativas de se pensar a educação brasileira e de se agir sobre ela
com os pés fincados em nossa realidade, com a cabeça encharcada do nosso
chão, mas com o coração repleto de sonhos possíveis, como ele o fez. (DE
CARVALHO, Merise Santos, 2008).
Merise nos deixou um legado de amor, solidariedade, sensibilidade,
incentivo ao partir para Deus, em outubro do ano passado. Ela muito O serviu,
em sua Fé Cristã Católica Apostólica Romana, inspirando sonhos, a tantos
quantos convivessem com ela. Não falava de religião. Exalava Esperança,
somente. (...) Nesse esforço de inserção nacional da
educação brasileira – sonho possível por ele realizado – enfatizar o valor da arte, da consciência ecológica, da sensibilização e do brincar no desenvolvimento humano de nosso aluno, para que possa existir não só uma convivência pacífica e harmônica entre ele e seu meio ambiente, entre ele e seus colegas de escola e de jornada na vida, como também para que se possa garantir sua inserção sócio-produtiva à sociedade brasileira. (DE CARVALHO, Merise Santos, 2008).
Estaríamos nos relacionando com espontaneidade, criatividade e,
portanto, com flexibilidade e maleabilidade, nos vários espaços sociais? Essa
é uma questão que muito instiga o pensamento de várias pessoas. Em vários
lugares deve haver cada vez mais canções e contos que tragam a simplicidade
de ritmos e palavras do imaginário popular. Espera-se ver a Educação como
um instrumento que se desenvolve por muitos braços, pela linguagem das
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artes integradas; gradativamente, a interdisciplinaridade vai ganhando a
aceitação dos gestores e professores em nosso Ensino Médio público.
Reunindo experiências e vivências dos docentes, nos vários componentes
curriculares. Nossas raízes culturais emergem ao estudarmos as
manifestações literárias do folclore infantil reunindo cantigas e brincadeiras-
de-roda, assim como expressões plásticas de mandalas florais com bambu,
desenho, pintura, recorte e colagem, argila, escultura com sucatas.
Colaborando para novos olhares nas Ciências da Natureza e Matemáticas,
entre outras disciplinas.
A dicotomia educação e avaliação passa por mudanças positivas, no
Ensino Médio da rede pública. Os docentes estão percebendo a necessidade
urgente de avaliarem os estudantes com olhares renovadores. As múltiplas
inteligências descritas por Howard Gardner inspiram muitos professores das
ciências humanas, matemáticas e da natureza. Os códigos e linguagens das
várias disciplinas devem ser interrelacionados. Como consequência, está se
percebendo aos poucos, as arbitrariedades geradas por métodos
impressionistas ou por comparações (HOFFMANN, 2009).
O trajeto aqui narrado incluiu uma leitura básica: Uma flor para um
mundo melhor, destacando-se a necessidade de também lidarmos com a
beleza natural em nosso dia a dia, fazendo canteiros em nossas escolas.
Refere-se a ética relacionada à estética cujo estudo desperta pesquisas
acadêmicas como a da profª. Eunice Yoshiuro. É Doutora em Artes pela
Universidade de São Paulo - USP, Escola de Comunicações e Artes (1992) ; o
tema de sua tese é a Estética de Mokiti Okada, filósofo japonês (1882 –
1955), criador do estilo Sanguetsu na Academia de Ykebana (arranjos florais
vivos).
A função desta estética é trazer beleza a todo ambiente, incluindo
presídios. Para que a harmonia da grande Natureza nos inspire sonhos
possíveis de apaziguamento. Essa ação ressoa na reflexão de Leonardo Boff,
teólogo brasileiro e escritor: se o ser humano quiser ser feliz, deve desenvolver
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a topofilia, o amor ao lugar onde mora e onde constrói o seu jardim. O Feng-
shui é a arte de bem construir a casa e o jardim (...) significa „vento e água‟.(...)
(BOFF,1999, p.186). Boff nos apresenta Beatriz Bartoly, uma das principais
conhecedoras desta filosofia no Brasil. Ela nos diz:
O Feng-shui nos remete para uma forma de zelo carinhoso – nos diríamos cuidadoso e terno – com o banal de nossa existência, que no ocidente, por longo tempo, tem sido despresigiado e menosprezado: cuidar das plantas, dos animais, arrumar a casa, cuidar da limpeza, da manutenção dos aposentos, preparar os alimentos, ornamentar o cotidiano com a prosaica, e, ao mesmo tempo, majestosa beleza da natureza.
Porém mais do que as construções e as obras humanas é a sua conduta e a sua ação, que é o alvo maior desta filosofia de vida, pois mais do que os resultados, o Feng-shui visa o processo. É o exercício do embelezamento que importa, mais do que o belo cenário que se alcança através dele. O valor está na ação e não na construção, na conduta e não na obra.” (BARTOLY. 1999) 45
Boff afirma que a filosofia Feng-shui visa o sujeito mais do que o objeto:
o destaque deve ser dado à pessoa, mais do que ao ambiente e a casa em si.
A beleza deve ser decorrente da expressão e elevação do interior do indivíduo,
ela deve desenvolver a percepção do ambiente, refinando a sua visão interna e
externa, captando os fluxos energéticos e os ritmos da natureza. Boff conclui:
Face ao desmantelamento do cuidado e à grave crise ecológica atual, a milenar sabedoria do Feng-shui nos ajuda a refazer a aliança de simpatia e amor para com toda a natureza. Essa resconstrói a morada humana sustentada sobre o cuidado e suas múltiplas ressonâncias. (BOFF, 1999)
Esta prática filosófica rege a visão do presente trabalho. Espera-se que
um novo olhar para o meio ambiente, através da transformação do
pensamento, favoreça uma nova percepção, atentos às relações culturais
instituídas por valores e crenças presentes em nossa sociedade brasileira. Em
especial de nosso Estado do Rio de Janeiro, tão rico por múltiplas heranças e
vivências.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Apostila de Língua Portuguesa, Escola Parque, prof. Ramon Ramos, 2013.
BARBOSA, Ana Mae T. B. Teoria e prática da educação artística. São Paulo: Cultrix, 1975. BERNARDO, M. W. Por que a religião? Ela está aí. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2014. BOFF, L. Saber Cuidar, ética do humano, o cuidado com a terra. Ptrópolis, RJ: Vozes, 1999, p. 186 CAMARGO, Lucila. Orientação Profissional, uma experiência psicodramática. S. Paulo: Agora, 2006. CHALUB, Cristina. Funções da Linguagem. São Paulo: Ática, 1999. CURY, Augusto. Maria, a maior Educadora da História. S. Paulo: Ed. Paz e Terra, 2007, CURY, Carlos Roberto Jamil. Educação e contradição: elementos metodológicos para uma teoria crítica do fenômeno educativo. São Paulo: Cortez, 1985 in Avaliação: mito e desafio, uma perspectiva construtuvista. Porto Alegre: Mediação, 2009, p. 80, 42ª. edição. FREIRE, Paulo. Medo e Ousadia, o cotidiano do professor SP: Editora Paz e Terra, 1987. ____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997 GUATTARI, Félix. As Três Ecologias. Campinas: ed. Papirus, 1993. HOFFMAN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: mito de desafio, uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2009. ISRAEL, Lucien. Cérebro direito, cérebro esquerdo. Lisboa: Instituto Piaget, 1995, 2007. JUNKER, José César Figueiredo. Cuidado e espiritualidade no contexto da crise ecológica. S. Paulo: Fonte Editorial, 2012. MATURANA, Humberto. Ciência, cognição e vida cotidiana. Belo Horizonte: ed. UFMG 2001.
SOUZA, Carmadelio Silva de e NOGUEIRA, Maria Emmir Orquedo. Deus é a Felicidade. Edições Shalom. Aquiraz, Brasil, 2009. SOUZA, Virginia Maria C. R. de, Design em Trabalhos Lúdicos para Arteterapia em Educação e Saúde, 2005, pág. 36 e 37. Dissertação de Mestrado em Design, PUC Rio, 2005.
90
TORRES, Cleber Diniz. Teologia e Poesia. A dimensão religiosa da cultura na poesia de Vinicius de Moraes. São Paulo: Fonte Editorial, 2014.
91
Índice de anexos
1. Entrevistas a psicólogos de Educação Comunitária
2. Proposta de Atividade em “Projeto de Vida” na
PUC Rio. Evento aberto: PUC por um dia 2015.
3. Carta de docente em Educação Religiosa no
Estado do Rio de Janeiro a D. Orani Tempesta,
Cardeal de nossa Arquidiocese
92
Entrevistas a psicólogos de Educação Comunitária
Primeira Entrevista
Respostas da pedagoga Rosilene Menezes46: foi Coordenadora de Projetos
no SENAI FIRJAN, na Faculdade SENAI por 20 anos. Coordenadora da
disciplina Projeto de Vida nas Classes Comunitárias pré Vestibulares e pré
Técnicas da PUC Rio, desde 2008
1. A adolescência caracteriza-se pela busca de identificação com seus pares.
1.1 Como ajudar o jovem a revelar a sua vocação profissional? Em um
mundo de trabalho que não admite fragilidades e imperfeições? 1.2 Como
favorecer a visão de que somente o trabalho em equipe pode resultar em
sucesso para todos os envolvidos? 1.3 E que é o nosso mundo interior que
ditará premissas coerentes com regras inerentes ao mundo do trabalho?
1.1 – Quando se fala de vocação profissional, há uma série de
fatores envolvidos, trata-se de uma questão complexa. Tomando
como referência os estudos do norte americano Howard Gardner
sobre múltiplas inteligências, que concluiu que o cérebro do homem
possui oito tipos de inteligência e que a maioria das pessoas possui
uma ou duas inteligências desenvolvidas, já se tem uma dimensâo
da complexidade do problema. Para Gardner, algumas pessoas já
nascem com determinadas inteligências e outras inteligências, as
experiências vividas podem contribuir para o seu desenvolvimento. E
pode acontecer de uma pessoa nascer com uma inteligência e se as
condições ambientais (escola, família, região onde mora) não
oferecerem estímulos para o desenvolvimento das capacidades,
dificilmente ela terá essa inteligência desenvolvida.
Neste sentido, parece que se forem oferecidas condições (processo
contínuo) que propiciem o autoconhecimento, o conhecimento
contextualizado do mundo do trabalho e as possibilidades de
formação, o jovem poderá buscar, analisar avaliar informações,
identificar suas potencialidades para fazer escolhas conscientes.
Lembrando que se trata de um processo em constantes mudanças.
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Quanto às questões: “Em um mundo de trabalho que não admite
fragilidades e imperfeições? 1.2 Como favorecer a visão de que
somente o trabalho em equipe pode resultar em sucesso para todos
os envolvidos? 1.3 E que é o nosso mundo interior que ditará
premissas coerentes com regras inerentes ao mundo do trabalho”?
Eu penso que essas questões precisam ser contextualizadas, pois
em atividades que envolvem inovações, pesquisas de novos
materiais, produtos, etc., a “não certeza”, a possibilidade de aprender
com o erro, a investigação, a análise de lições aprendidas são
estratégias incentivadas.
Penso, ainda, que mais do que incentivar o trabalho em equipe, é
necessário trabalhar na perspectiva de empoderamento,
autoconhecimento, ética e cidadania.
2. O mercado de trabalho apresenta contextos diferentes por escalas sociais.
A realidade de cada lugar e região apresenta características próprias a
serem desveladas. Fatores como a autoestima, autoimagem e autoconceito
muitas vezes não são relevantes em testes de aptidões. 2.1 Tal fato pode
dificultar a aproximação do sujeito de seu mundo, de suas raízes que o
sustentam e embasam?
2.1 O mundo do trabalho, com a utilização intensa de novas tecnologias
e novas formas de organização do trabalho vem assumindo
características, entre elas: a não demarcação das tarefas a partir dos
postos de trabalho e a não definição de tarefas prescritas a
indivíduos, passando a valorizar o trabalho cooperativo em equipe; a
polivalência e rotação de tarefas (de fabricação, manutenção,
qualidade, controle de qualidade e gestão de produção) e uma visão
de conjunto dos processos de trabalho.
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Essas características requerem, do profissional, capacidades de: resolver problemas inesperados que perturbam o desenvolvimento
normal da produção; buscar estratégias inovadoras o que pressupõe
um exercício reflexivo e interativo do sujeito com sua equipe.
Nas formas de organização do trabalho as competências valorizadas
são: Discernir, julgar, planejar, intervir, resolver problemas, propor
soluções; Capacidade de pensar, decidir, tomar iniciativa,
responsabilidade de criar, fazer, antever e inspecionar a qualidade;
Polivalência e multifuncionalidade.
Pelo que tenho acompanhado, principalmente, no segmento
indústria, a busca é mais por competências (mobilização de
conhecimentos, atitudes e habilidades) construídas do que identificar
se o profissional tem ou não aptidões habilidades.
3. Atualmente, a principal demanda no mundo do trabalho é indicada no
caderno de emprego dos jornais, impressos e digitais. Os trabalhadores são
procurados, em primeiro lugar, por suas potencialidades pessoais de
empreendimento e liderança, pelo conhecimento de línguas estramgeiras e
informática. Não mais por formação. 3.1 Pode a arte, pela linguagem
própria do psicodrama (o teatro terapêutico) ajudar o sujeito a definir
problemas, selecionar estratégias que o auxiliem em sua escolha
profissional?
3.1 – O que precede o uso de estratégias, dinâmicas e recursos didáticos,
etc. é o planejamento (objetivo, conteúdo programático, recursos,
estratégias, avaliações) e este por sua vez tem como referência, o perfil
profissional de competências (as competências mapeadas). Assim, todo
recurso pode ser utilizado se ele estiver alinhado ao objetivo e contribuir
para a formação da competência.
4. Como o sistema S (Senai, Senac, Sesi), o Pronatec está colaborando com
a orientação vocacional e profissional dos adolescentes?
95
As Unidades do SENAI, para seus cursos, realiza uma atividade de informação
profissional a RIP - Reunião de Informação Profissional e desenvolve, também,
o programa chamado de Terças Sem Dúvidas.
O “Terça Sem Dúvidas” é uma iniciativa, que acontece desde 2010 em todas
as Unidades do SENAI no Estado e que já movimentou diversos participantes
com orientação profissional, palestras sobre os cursos oferecidos pelo Sistema
FIRJAN e visitas guiadas às oficinas.
O projeto Terças sem Dúvidas tem o objetivo de oferecer aos jovens a chance
de conhecer as oportunidades do mercado de trabalho e auxiliar a escolha das
profissões.
No site do Sistema Firjan: pela busca pode encontrar informações do Terça
Sem dúvidas. Veja uma avaliação de uma Jovem num dos Programas.
“Programa orienta jovens para o mercado de trabalho” Para Josiane de Souza, 16 anos, a palestra foi muito interessante. “Não fazia a menor ideia de todas as áreas da indústria naval e petroquímica, muito menos tantas oportunidades que existem nessas áreas”, disse.
Délcio José de Araújo, 43 anos, concordou. “Essa é a oportunidade da nossa região despontar. Não podemos mais reclamar que não há oportunidade em São Gonçalo. O momento é de buscar qualificação para atender às demandas do mercado”, afirmou.
Segunda Entrevista
Maria da Glória Hissa, psicóloga clínica e professora nas Classes Comunitárias pré- técnicas PUC Rio, relacionadas ao Depto. de Educação PUC Rio.
1. A adolescência caracterizase pela busca de identificação com seus
pares. Como ajudar o jovem a revelar a sua vocação profissional? Em
um mundo de trabalho que não admite fragilidades e imperfeições?
Como favorecer a visão de que somente o trabalho em equipe pode
resultar em sucesso para todos os envolvidos? E que é o nosso mundo
interior que ditará premissas coerentes com regras inerentes ao mundo
do trabalho?
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Considerações O jovem precisa ser estimulado para a percepção de suas potencialidades,
interesses, habilidades, características pessoais e maneira de ser. As
informações sobre o mundo do trabalho sempre em transformação podem
ajudá-lo a se fortalecer frente às exigências que surjam no cotidiano. A
importância do trabalho realizado em equipe precisa ser mostrada e o valor
das individualidades deve ser preservado.
2. O mercado de trabalho apresenta contextos diferentes por escalas sociais.
A realidade de cada lugar e região apresenta características próprias a serem
desveladas; Fatores como a autoestima, a autoimagem e autoconceito muitas
vezes não são relevantes em testes de aptidões. Tal fato pode dificultar a
aproximação do sujeito de seu mundo, de suas raízes que o sustentam e
embasam?
Considerações As identificações com o meio são construídas ao longo da vida e sofrem
influências do contexto onde o indivíduo está inserido – família, escola,
ambiente social, econômico e cultural. A aproximação do sujeito com seu
mundo precisa ser favorecida através a utilização recursos próprios de cada
realidade.
3. Atualmente, a principal demanda no mundo do trabalho é indicada no
caderno de emprego dos jornais. Os trabalhadoares são procurados em
primeiro lugar por suas potencialidades pessoais de empreendimento e
liderança, pelo conhecimento de língua e informática. Não mais por
formação. Pode a arte, pela linguagem própria do psicodrama (o teatro
terapêutico) ajudar o sujeito a definir problemas, a selecionar estratégias
que o auxiliem em sua escolha profissional?
Considerações
O psicodrama é um recurso que possibilita sobremaneira a ampliação da
autopercepção e a interação entre as pessoas que dele participam. É
97
pertinente sua utilização para a seleção, escolha e decisão de um caminho
profissional e a construção de um projeto de vida que traga satisfação.
4. Como o sistema S (Senai, Senac, Sesi), o Pronatec está colaborando
com a orientação vocacional e profissional dos adolescentes?
Considerações Cada instituição do Sistema S tem estratégias de informação sobre o mundo
do trabalho que podem facilitar a escolha dos jovens. O Pronatec informa os
objetivos dos cursos oferecidos. O fundamental é que os jovens se
comprometam com a busca de informações para integrá-las ao conhecimento
que têm sobre si mesmos para tomar decisões mais seguras sobre a carreira
profissional a seguir.
PUC por um dia 2015
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Proposta para a OFICINA
“Linha da Vida - planejando a vida profissional” Mediação: Virginia Maria Castilho Ribeiro de Souza, professora de Artes na rede estadual do Rio de Janeiro RJ. Mestre em Design PUC Rio (2005), especializada em Arteterapia em Educação e Saúde, especializanda em Orientação Educacional e Pedagógica (UCAM Univ. Cândido Mendes / AVM Faculdade Integrada A Vez do Mestre). Supervisão: Maria da Glória Hissa, psicóloga clínica, psicopedagoga e professora no Projeto Pronatec PUC Rio.
Objetivo Geral
Nossa vivência visa a apropriação gradativa de um Projeto de Vida
profissional consistente. A partir do autoconhecimento e de possibilidades
reais no Mercado de Trabalho.
Público alvo ou participantes Estudantes do segundo e terceiro anos do C. E. Prof. Ernesto Faria, em
torno de 30 alunos. Assim como outros visitantes que queiram participar.
Metodologia
Apresentação de dois textos:
Rubem Alves
“Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles...” Leonardo Boff, com o tema “Coragem para existir”, em que se destaca o
trajeto de Dom Evaristo Arns em seus 90 anos, relacionado com a cultura e
educação de povos indígenas, tema de pesquisa do autor. Na intenção de se
alimentar a espontaneidade necessária para a expressão e comunicação de
nossos afetos, idéias. Como base na construção de um Projeto de Vida
profissional coerente. A turma deve comentar o argumento principal do texto,
por texto escrito e desenho livre.
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Desenvolvimento.
1. Relaxamento psicofísico, com foco na respiração como uma grande
auxiliar na disciplina das emoções. auxiliar na disciplina das emoções.
2. Leitura de reflexão de Rubem Alves:
“ Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas
para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a
terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar
desconhecido.”
“Quem sou eu?” “O que gosto de fazer?” “O que não gosto?”
3. Registro em desenho e escrita criativa da reflexão apresentada.
4. Apresentação de Classificados do “Globo”. Solicitação à turma que
busquem, em até 20 minutos todos os serviços envolvidos no
classificado escolhido, entre primários, secundários e terciários. Estarão
divididos em grupos com 4 a 5 pessoas. Colagem em cartolina.
5. Registro de seu foco no ENEM e carreira profissional visada. Por escrito
e individualmente.
6. Comentários do trajeto e conclusões pessoais. Em círculo
7. Será entregue ao grupo um questionário para suas reflexões e pesquisa.
Orientando-os ao planejamento básico para escolha de suas vidas
profissionais.
Reflexões orientadoras para a oficina Por Maria da Glória Hissa É fundamental que os jovens tenham amplas informações sobre o mundo do trabalho e os cursos existentes para que possam identificar possibilidades, fazer escolhas e traçar seus passos em direção ao futuro. Precisam conhecer as diversas possibilidades que devem ser ampliadas com visitas às instituições, assistindo palestras, buscando depoimentos de profissionais, pesquisando na Internet, assistindo filmes etc. Conhecimento do mundo – O que é preciso conhecer?
Conhecer as profissões que existem – quais são as profissões existentes? O que se estuda na faculdade, qual o currículo? Que
100
qualificações o profissional precisa ter? Como é o ambiente que ele trabalha? Quais são as tarefas que ele pode desempenhar? Quais são as possibilidades de emprego e de retorno financeiro?
Conhecer o que a sociedade precisa – como são as necessidades da
sociedade por determinada mão-de-obra? Como é o mercado de trabalho? Qual a possibilidade de expansão das profissões?
Sugerir que a partir do que já haviam pensado e com o que acrescentaram com a oficina, vejam o que ainda precisam para se decidir. Ajuda pensar e buscar respostas para perguntas tais como:
O que desejo da minha profissão? Estou bem informado sobre as profissões que me interessam? O que a profissão que estou pensando tem a ver comigo? Como quero que seja minha vida no futuro? O que preciso planejar para alcançar meus objetivos de vida? O que vou fazer para transformar meu sonho em realidade?
Ideias complementares
O que vou fazer depois do Ensino Médio? Do que gosto e por que gosto? O que vou estudar e onde? Qual o campo profissional de meu interesse? Quais são minhas habilidades? Tenho jeito ou facilidade para o
quê? O que é preciso fazer para começar a trabalhar? Quais são as profissões que oferecem mais oportunidades de
trabalho atualmente?
Programação e condições de realização
A oficina foi prevista para o dia 10 de Abril, às 11h, com a duração de hora e
meia.
Recursos necessários: 10 mesas e 30 a 40 cadeiras em local coberto.
Material a ser utilizado: 40 lápis de desenho e caneta, 10 caixas de lápis cera ou de cor, jornais de classificados, 40 canetas esferográficas, 10 cartolinas de cores variads, 100 folhas de papel ofício, 20 tesouras de ponta arredondada, cola branca (10 frascos pequenos), copinho de café descartável, textos impressos dos textos referidos, com cópia para os participantes (40). CARTA da professora Teresa Prior, docente no Ensino Básico da Rede Pública do Estado do Rio de Janeiro. Nas modalidades de Ensino Regular e EJA (jovens adultos).
101
Sobre a situação atual do Ensino Religioso em nossa rede estadual.
Rio de Janeiro, 04 de fevereiro de 2013 Excelentíssimo Arcebispo Dom Orani João Tempesta A Paz de Jesus!
Escrevo em nome dos professores de Ensino Religioso do Estado do
Rio de Janeiro.
O Salmo da Liturgia de hoje (“Tende piedade de mim, Senhor, porque
vivo atribulado...”) descreve bem o nosso sentimento de impotência,
perplexidade e tristeza que nos acomete. Somos professores concursados
desde 2004 e desde então cada um de nós, em suas respectivas escolas,
desenvolve um trabalho cujo objetivo é favorecer o crescimento do aluno em
todas as dimensões, através da reflexão sobre os conteúdos religiosos e da
troca de experiências de fé. E, assim, propiciar uma forma eficiente de se
aprofundar na busca de Deus, educando os alunos nos princípios da liberdade,
solidariedade, justiça e paz. Sempre houve uma aceitação de nossa disciplina
por parte dos alunos e da direção.
Percebemos que ser professor de Religião é uma missão que Deus nos
confiou e isso muito nos alegra. Entretanto, em fevereiro de 2012, chegou às
Escolas uma resolução que “nos tirou o chão”. Ficou decidido pela Secretaria
Estadual de Educação, que não poderíamos mais lecionar nas turmas comuns
às outras disciplinas. Da noite para o dia fomos excluídos da grade curricular,
apagaram as nossas turmas oficiais e foram montadas novas turmas, novo
horário, num total desprezo a nós e aos alunos.
Para melhor explicação segue trecho da carta do prof. Sebastião.
“Sobre a presunção pejorativa da SEEDUC quanto ao Ensino Religioso, Língua
estrangeira e aos alunos: descaso com a Educação... O que se pode esperar
de quem não cuida respeitosamente dos mestres de sua sociedade? Hoje se
menospreza isso, amanhã aquilo e depois tudo poderá ser transformado em
EAD (Ensino à distância).”
Carmen Santiago, professora de Ensino Religioso, escreveu no Jornal
Testemunho de Fé: “Face às instruções da Secretaria para as aulas de Ensino
Religioso em 2012 fica evidente a postura discriminatória que busca a extinção
102
da disciplina nas escolas oficiais, na formação da criança e do jovem carentes
de modelos e de significados. O Ensino Religioso constitui um dos pilares da
educação integral. Contudo, esse direito está sendo violado, assim como o do
professor. Não há como ser discípulo de Cristo e ser escravo do medo.”.
Alguns testemunhos sobre a importância do Ensino Religioso nas
Escolas:
Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid, Jornal AVOZ DO PASTOR: “
Torna-se inadiável oferecer às crianças, adolescentes e jovens a educação
religioso, pois é impossível formar uma nova geração com caráter, bons
costumes e amadurecimento da personalidade, se não houver uma formação
que lhe sirva de suporte e, ao mesmo tempo, de iluminação... Concluo,
dirigindo-me a todos os professores de Ensino Religioso. Assumam a sua
tarefa, não apenas em cumprimento à lei, mas por amor a Deus e ao próximo.
Ofereçam, generosamente aos alunos o auxílio de seus conhecimentos, para
que eles percorram, com retidão, o caminho que leva à plenitude da vida.”
Dom Eurico dos Santos Veloso, arcebispo emérito da Arquidiocese de
Juiz de Fora: “Nós queremos um cidadão que olhe para cima, mas que
também tenha o pé no chão e que olhe para o seu próximo, sabendo tornar
próximo aquele que está longe também... O mundo inteiro em dar na escola
uma dimensão de paz. Como se pode dar a dimensão da paz sem falar do
religioso que está em cada um de nós?”
Dom Nelson Francelino Ferreira, Bispo auxiliar do Rio e animador do
Ensino Religioso nas escolas: “O Ensino Religioso nas escolas constitui uma
exigência da concepção antropológica aberta à dimensão transcendental do
ser humano: é um aspecto do direito à educação. Sem esta disciplina, os
alunos estariam privados de um elemento essencial para a sua formação e
desenvolvimento pessoal, que os ajuda a atingir uma harmonia vital entre a fé
e a cultura.”.
Dom Filippo Santoro, Arcebispo da Arquidiocese de Taranto, Itália, ex-
bispo de Petrópolis: “É inegável que o Ensino Religioso não deve ser entendido
como alusivo a uma “religião genérica”, aconfessional, indefinida, já que tal
“religião” não existe. Seria pura abstração mental, sem correspondência na
103
realidade da vida e da sociedade humana. E se o estado quisesse administrar
essa forma de ensino genérica, esta sim seria contra a laicidade do próprio
Estado porque ele não possui uma religião própria, mas deve respeitar as
formas religiosas que se encontram na sociedade.”
Claudio Fonteles, ex-procurador geral da República-2003 a 2005:
“Querem estabelecer que a república laica não tolera o tratamento de assuntos
religiosos, confinados, então, à consciência individual das pessoas e
inaceitáveis à difusão pública... Estado laico não é estado ateu. Não é estado
que proíba a abordagem de temas religiosos no cotidiano das pessoas que
nele vivem. O estado laico, justo porque democrático e plural, garante a
convivência pacífica e respeitosa dos que professam os mais variados credos,
inclusive daqueles que não possuem credo. Ele, insisto, respeita a convicções
religiosas e sua livre expressão.”
Constituição de 1988, Art. 210 par 1º: “ O Ensino Religioso, de
matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.
Lei Estadual nº 3459/2000 de 14 de setembro de 2000: “O Ensino
Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do
cidadão e constitui disciplina obrigatória, dos horários normais da escola
pública, na Educação básica, sendo disponível na forma confessional de
acordo com as preferências manifestadas pelos responsáveis ou pelos
próprios alunos a partir de 16 anos, inclusive, assegurado o respeito à
diversidade cultural e religiosa do RJ, vedadas quaisquer formas de
proselitismo.”
Carlos Dias, autor do Projeto de Lei nº 1233/2000, do Ensino Religioso
nas escolas públicas do Estado do RJ:”A Educação Religiosa cumpre um
insubstituível papel social desde as primeiras civilizações. Na Antiguidade,
todas as atividades sociais, econômicas e culturais eram também religiosas...
Na realidade, todos tememos o analfabetismo tecnológico de nossos jovens,
mas tememos ainda mais formar jovens despreparados para a vida, que não
tenham desenvolvido a capacidade de pensar, inaptos para o exercício da
liberdade e da justiça, da convivência dos limites, privados da indispensável
104
abertura ao próximo e do contato com Deus. Como bem notou Toynbee, é
necessário uma „revolução do coração” de modo que possamos reintroduzir a
justiça e a solidariedade.”
Dom Orani,em nome de todos os professores de Ensino Religioso a
nossa gratidão, o nosso carinho e a nossa esperança.
Atenciosamente,
Profa. Teresa Cristina
NOTAS
1 MENEZES, Rosilene Ferreira de Almeida, Cenário da educação profissional no Brasil in Classes comunitárias pré-técnicas e pré-profissionais: bases para a escolaridade e a trabalhibilidade permanentes / José Carmelo Brás de Carvalho e Merise Santos de Carvalho (org.) Rio de Janeiro: editora PUC Rio, 2009, p. 33. 2 FREIRE, Madalena. A Paixão de Conhecer o Mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983, p. 125. 3 http://download.rj.gov.br/documentos/10112/449642/DLFE- 50886.pdf/MinutadeEditalOrientadorEducacionalcomcarimbo2.pdf 4 CAMARGO, Lucila. Orientação Profissional, uma experiência psicodramática. S. Paulo: Agora, 2006, p.31
5 RELVAS, Marta, Que Cérebro é esse que chegou às escolas? As bases neurocientíficas da aprendizagem. Rio de Janeiro: editora WAK, 2012, p. 19 6 CAMARGO, Lucinda, op cit, 2008, pág 45 7 Extraído e desenvolvido a partir de Os jovens perguntam – respostas práticas, vol. 1 – seções Família / Sua identidade / Dentro e fora da escola. Direitos reservados à Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Pennsylvania, 1989, 2011.
105
8 Extraído do Projeto Político Pedagógico do C. E. Prof. Antonio Maria Teixeira Filho, 2013 a 2015. 9 MATURANA, Humberto. Ciência, cognição e vida cotidiana. Belo Horizonte: ed. UFMG 2001, p.133.
10 Mestrado na área de Psicologia Social e da Personalidade (FGV – RJ). docente na AVM, Faculdade Integrada A Vez do Mestre, sob a chancela da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, RJ.
11 Extraído de SOUZA, Virginia Maria C. R. de, Design em Trabalhos Lúdicos para Arteterapia em Educação e Saúde, 2005, pág. 36 e 37. Dissertação de Mestrado em Design, PUC Rio, 2005.
12 FREIRE, Paulo. Medo e Ousadia, o cotidiano do professor SP: Editora Paz e Terra, 1987, p. 74 in op cit.
13 CURY, Carlos Roberto Jamil. Educação e contradição: elementos metodológicos para uma teoria crítica do fenômeno educativo. São Paulo: Cortez, 1985 in Avaliação: mito e desafio, uma perspectiva construtuvista. Porto Alegre: Mediação, 2009, p. 80, 42ª. Edição. 14 HOFFMAN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: mito de desafio, uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2009, p. 14 15 Extraído de PROJETO DE VIDA, apostila, Ensino Médio Inovador. SEEDUC Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro / Instituto Ayrton Senna, 2º. ano 1º. semestre 2015, p.4.
16 CHALUB, Cristina. Funções da Linguagem. São Paulo: Ática, 1999:6 in SOUZA, Virginia Maria C. R. de. Design em Trabalhos Lúdicos para Arteterapia em Educação e Saúde, dissertação de Mestrado em Design. PUC Rio, 2005, p.35.
17 Projeto de Vida - Apostila Ensino Médio Inovador. SEEDUC Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro / Instituto Ayrton Senna, 2º.ano 1º. semestre 2015:5-6. 18 SOUZA, Carmadelio Silva de e NOGUEIRA, Maria Emmir Orquedo. Deus é a Felicidade. Edições Shalom. Aquiraz, Brasil, 2009, p. 43,44. 19 Pedagoga. Especialista em Jean Piaget. Mestre em Psicologia Educacional. Professora de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenadora geral do Programa de Extensão Universitária “Quem quer brincar?” . www.ufrgs.br/faced/extensao/brincar. 20 WINNICOTT, in op cit. 21 Pósfacio prof. Dr.Paulo Sergio Proença. In Cuidado e Espiritualidade no contexto da crise ecológica./ José Figueiredo Junker. S. Paulo: Fonte Editorial, 2012 (contracapa).
106
22 BOFF, Leonardo, Carta da Terra, 2009, págs. 15 e 16 in Cuidado e Espiritualidade no contexto da crise ecológica / José Figueiredo Junker. S. Paulo; Fonte Editorial, 2012, p. 30. 23 GUATTARI, Félix. As Três Ecologias. Campinas: ed. Papirus, 1993. 24 Texto extraido do trabalho Sala de aula é lugar de brincar, apresentado para obtenção do Grau de Pós Graduada Lato em Orientação Pedagógica e Educacional. Na disciplina Psicologia do Desenvolvimento, regida pela profa Dra. Virginia G. Schindhelm. Autoras: Vania Maria Melo Vieira e Virginia Maria C. R. de Souza. Em 08 / 01 / 2014. AVM Faculdade Integrada A Vez do Mestre, Rio de Janeiro, RJ. 25 TORRES, Cleber Diniz. Teologia e Poesia. A dimensão religiosa da cultura na poesia de Vinicius de Moraes. São Paulo: Fonte Editorial, 2014 (contracapa). 26 BOFF, Leonardo, Carta da Terra, 2009, págs. 15 e 16 in Cuidado e Espiritualidade no contexto da crise ecológica / José Figueiredo Junker. S. Paulo; Fonte Editorial, 2012, p. 27 27 JUNKER, José César Figueiredo. Cuidado e espiritualidade no contexto da crise ecológica. S. Paulo: Fonte Editorial, 2012, p. 11. 28 BERNARDO, M. W. Por que a religião? Ela está aí. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2014. 29 RABELLO, Elaine, PASSOS, José Silveira. Vygotsky e o desenvolvimento humano, disponível em <http://www.josesilveira.com em 10 / 07 / 2015.
30 Acerca da amplitude e complexidade dos problemas da linguagem em geral e os do nosso idioma nacional em particular, cf. Antonio Houaiss, Língua e a língua portuguesa, na Revista do Brasil, ano 5, no. 12 / 90. Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro / Rio Arte / Fundação Rio, p 14 – 4.
31 ISRAEL, Lucien. Cérebro direito, cérebro esquerdo. Lisboa: Instituto Piaget, 1995, 2007, p. 87, reimpressão. Coleção Epigénese, Desenvolvimento e Psicologia 32 ISRAEL, Lucien, op cit 1995, p. 89 33 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997, p. 32.
34 BARBOSA, Ana Mae T. B. Teoria e prática da educação artística. São Paulo:
Cultrix, 1975
35 CURY, Augusto. Maria, a maior Educadora da História. S. Paulo: Ed. Paz e Terra, 2007, p. 17 36 Apud NOVAES, 1977,p.19 / Apud KNELLER, 1973, p. 53
107
37 L. Moreno, Quem sobreviverá? Fundamentos da sociometria, psicoterapia de grupo e sociodrama in CAMARGO, Lucila. Orientação Profissional, uma experiência psicodramática. S. Paulo: Agora, 2006, p.31
38 Apostila de Língua Portuguesa, Escola Parque, prof. Ramon Ramos, 2013, p. 20,
39 Ferreira Gullar, apud RAMOS, Ramon, op cit, p 20. 40 CAMARGO, L. Orientação profissIonal, uma experiência psicodramática. S. Paulo: ed. Agora, 2008, p. 38. 41 TARCITANO, Luiz Antonio Costa. Neuroplasticidade cerebral e aprendizagem in RELVAS, Marta Pires (org). Que Cérebro é esse que chegou às escolas? Rio de Janeiro: WAK editora, 2012, p. 311 42 Breve resenha Seminário sobre Ensino de Comunicação e Informação, UFRGS 2000/2. 43 GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a Teoria das Múltiplas Inteligências. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994, p. 7) in STREHL , Letícia. Teoria das Múltiplas Inteligências, breve resenha e reflexões críticas. 44 Nilce Fátima Scheffer. Professora do Departamento de Ciências Exatas e Informática da URJ – Campus de Ezechim – RS mestre em Educação Matemática. In Pedagogia Freinet. Teoria e Prática / Mariza Del Cioppo Elias (org) – Campinas SP: Papirus, 1996 (Coleção Práxis, 1998, p. 83).
45 BARTOLY. B. in BOFF, L. Saber Cuidar, ética do humano, o cuidado com a terra. Ptrópolis, RJ: Vozes, 1999, p. 186. 46 MENEZES, Rosilene Ferreira de Almeida. Graduação em Pedagogia (Puc Rio). Mestrado em Ciências da Engenharia de Produção (COPPE / UFRJ). Especialização por Normalização, Formação e Certificação por Competências pela OIT. Assessoria em Programas de Educação Profissional.
108
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 12
CAPÍTULO I - Orientação Educacional:
conceitos e significados 18
1.1 Orientação Vocacional: descrição
das funções na escola
1.2 Breve Histórico da Orientação Educacional
/ Profissional 19
1.3 Projeto de Vida: uma busca ecológica. 21
1.3.1 Projeto Político Pedagógico, PPP 22
1.3.2 Projeto de Vida nas escolas
do Ensino Médio. 26
CAPÍTULO II - Desenvolvimento Criativo:
percepção e representação 31
2.1 Da Prática em Sala de Aula. 35
2.2 Da Cultura e Teologia. 36
2.3 Da Função Social da Arte 37
2.4 Oficina dos Saberes:
Língua e Estilo. Linguagem. 38
2.5 Desenvolvimento Criativo: 40
uma proposta metodológica.
2.5.1 A Contação de Histórias 43
2.5.2 Da Poesia 44
2.5.3 A Teoria dos Papéis no Psicodrama. 45
109
2.6 Associando Conceitos 47
2.6.1 A Teoria das Múltiplas Inteligências. 47
CAPÍTULO III – Das Oficinas SIMEC 52
no Projeto Autonomia
3.1 Trabalho e Jogo na Pedagogia Freinet 52
3.1 Conceiito do Fortalecimento 53
no Ensino Médio da rede estadual.
3.2 Oficinas SIMEC ou SISMédio. 57
CONCLUSÃO 86
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 90
ANEXOS 92
110
FOLHA DE AVALIAÇÃO NOTA