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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO VEZ DO MESTRE ESTUDO SOBRE O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE Adriana Maria da Costa Rio de Janeiro, Jul. 2005.

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

ESTUDO SOBRE O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE

ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE

Adriana Maria da Costa

Rio de Janeiro, Jul. 2005.

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO VEZ DO MESTRE

ESTUDO SOBRE O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE

ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE

Trabalho monográfico apresentado

com requisito parcial para obtenção do

título de pós-graduado em Educação

Inclusiva, sob a orientação da profª

Mary Sue.

Rio de janeiro, Jul. de 2005.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que é o princípio da minha

existência, minha família, em especial

minha mãe, que é o meu maior exemplo,

de mulher forte dedicada e amiga, e

sempre esteve ao meu lado, me

incentivando em tudo em minha vida.

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RESUMO

O presente trabalho aborda por meio de uma linguagem clara, um estudo

sobre Déficit de Transtorno de Atenção com Hiperatividade, dando

destaque ao comportamento que o doente apresenta dentro de sala de

aula, onde a falta de atenção se torna constante, fazendo com que essa

criança esteja sempre no mundo da lua e seus períodos de agitação

nunca terminem, sendo qualificada como alguém que tem bicho

carpinteiro. Em casa e em ambientes sociais acontece o mesmo. A

situação da família e da própria criança é de extrema tristeza diante das

reclamações dos professores, vizinhos, colegas de sala de aula e até

mesmo dos familiares, que a excluem das comemorações entre eles,

alegando a criança como sendo mal educada e indisciplinada, um

péssimo exemplo para as demais. Isso faz com que ela tenha momentos

de depressões, tornando-se agressiva. Os adolescentes, até buscam

refúgios em drogas como o álcool. A falta de informação leva as pessoas

se afastarem da criança e em muitos dos casos, o pai abandona a família

por não conseguir suportar tudo isso.

A criança começa a ter ajuda de médicos especialistas, por

indicação de alguém que conhece o assunto e que já venha observando

o seu comportamento e então, orienta seus pais para que busquem

ajuda, ou a própria escola, após uma conversa dos professores com os

seus responsáveis. A vida dessa criança começa a mudar.

A família ocupa o espaço principal na recuperação da criança, pois

os pais mudam totalmente a rotina de suas vidas, passando a viver de

acordo com as regras que os médicos impõem para o tratamento da

criança que passa a visitar os consultórios, onde é recomendado o uso

de estimulantes como a Ritalina ou antidepressivos que farão com que

ela consiga ter mais controle sobre as coisas que faz como, por exemplo,

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esperar a sua vez na hora de responder os exercícios, ter a hora para as

tarefas escolares, conseguir prestar atenção às aulas, etc. Já os

familiares de crianças com TDAH que não tomam consciência do caso, a

situação pode se tornar mais grave à medida em que a criança vai se

tornando adulta, podendo ser mais complicado o tratamento com

pessoas adultas.

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METODOLOGIA

A metodologia tem como destino fazer a conscientização dos pais,

professores, profissionais da escola, a respeito do Déficit de Transtorno de

Atenção com Hiperatividade, informando-os de que se trata de uma doença e

que embora não pareça, pode trazer ao portador grandes problemas, caso não

seja descoberta logo.

O retardamento do tratamento do TDAH, por motivo de alguns pais não

aceitarem a doença do filho, alegando ser normal na faixa etária em que ele

esteja inserido, ou por falta de cultura e orientação, pode levar o portador, a

grandes problemas de relacionamentos, e na fase adulta, a perda constante de

emprego, pela falta de atenção e a distração que a doença proporciona ao

doente, pois esse tipo de comportamento apresentado por ele é feito no

cérebro, onde os impulsos não conseguem ser inibidos, levando-o a agir dessa

forma.

Após observações e constatações de que a criança seja portadora de

TDAH, geralmente, isso se dá na escola, é preciso começar um tratamento,

buscando ajuda de médicos especialistas no assunto. Nos casos em que a

doença esteja começando a se manifestar, é necessário o uso de remédios

como a Ritalina, já os casos em que a doença esteja bastante avançada, é

necessário de um complemento para a Ritalina, como os antidepressivos para

auxiliar no tratamento. Mudanças após o início de um tratamento começarão a

acontecer, tanto na vida do portador, como na vida de seus familiares, que

terão que se adaptar com a situação em que a família esteja inserida, levando

em conta que tudo o que tiver que ser feito será para o bem estar do doente e

de todos que com ele convive.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I

Definindo o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade

CAPÍTULO II

Avaliação profissional

CAPÍTULO III

A busca por um melhor comportamento

CONCLUSÃO

ANEXOS

BIBLIOGRAFIA

ÍNDICE

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INTRODUÇÃO

Desde o século XIX, a escola tem se tornado uma atividade obrigatória e

a busca pelo aumento de escolaridade passou a ter um papel fundamental com

a finalidade de ascensão social. É também nesse período que os problemas

gerados pelo fracasso escolar e suas dificuldades começam a serem bastante

visíveis, sendo considerados como algo de muita importância e até mesmo

como uma doença.

Dentre as inúmeras causas desse fracasso estão: a falta de incentivo dos

pais para com os estudos do filho, o trabalho na idade infantil, a fome e também

o de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Doença ainda pouco

conhecida, mas que atinge a miríade de uma população em período escolar,

trazendo grandes dificuldades na adaptação escolar, familiar e social para o

indivíduo portador do transtorno.

O presente trabalho pretende preencher uma lacuna sobre o assunto,

levando em conta: O que se entende por TDAH, o papel dos pais e professores

após obterem orientações de psiquiatras e psicólogos para que com isso

possam ajudar no tratamento da criança portadora, a busca de esclarecimentos

sobre as causas do transtorno, a maneira mais adequada de combater os

preconceitos e mitos que surgem a respeito da doença, a ajuda na melhora de

comportamento da criança doente.

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CAPÍTULO I

DEFININDO O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO

COM HIPERATIVIDADE

No início esse transtorno era tido como específico de criança, devido os

sintomas de hiperatividade, que era considerado para esse tipo de diagnóstico

e que possuía uma melhora durante a adolescência.

Hoje sabemos que embora o TDAH tenha sofrido uma melhora devido o

uso de medicações, em muito dos casos, mais de 60%, os sintomas continuam

na vida adulta.

O Transtorno de Déficit de Atenção é conhecido como uma doença

responsável em fazer com que o doente se torne uma pessoa incapacitada de

manter sua atenção a uma determinada situação ou atividade em que estiver

participando por um período de tempo considerado normal, mesmo que essa

atividade seja algo que venha trazer interesse para a criança doente.

A Hiperatividade acontece quando o doente apresenta uma mudança

bastante excessiva em seu comportamento, isto é, ao ser desenvolvida a

doença, a pessoa passa a ter cada vez menos controle de suas ações,

tornando-se muito agitada, inquieta, agindo involuntariamente.

Existem casos em que o doente pode apresentar em seu quadro clínico

como sendo portador do Transtorno de atenção sem que nele seja manifestado

a Hiperatividade.

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1.1- Síndromes de TDAH no DSM-IV

Pela definição, existem quatro tipos de síndromes de Déficit de Atenção com

Hiperatividade:

· Do tipo combinado – quando o critério da falta de atenção estiverem sido

preenchido nos últimos seis meses.

· Do Transtorno de Atenção com Hiperatividade – quando a falta de atenção

está presente, mas o critério de hiperatividade e impulsividade não tenham sido

manifestados nos últimos seis meses.

· O TDAH predominando a hiperatividade e a impulsividade – quando se faz

presente a hiperatividade e a impulsividade sem manifestação da falta de

atenção nos últimos seis meses.

· TDAH – quando se é especificado de outra forma, se houver sintomas de

TDAH com impulsividade, que não satisfaçam os critérios para o Transtorno de

Déficit de Atenção com Hiperatividade.

Esses sintomas são mais encontrados em crianças com idade escolar,

mas nem todos os sintomas do DSM-IV são discriminativos e não predizem em

igual o seu comprometimento.

Os avaliadores Mota e Schachar ao usarem entrevistas semiestruturadas

e escalas de classificações do comprometimento e ao avaliarem critérios de

DMS-IV em 218 crianças, desenvolveram um algoritmo com base na análise

ROC e perceberam que precisavam de pelo menos uma característica em cada

um dos agrupamentos, tendo no 1º agrupamento, as dificuldades que o doente

tem em manter a atenção em tarefas ou em evitar tarefas que requeiram um

esforço mental mantido. No 2º agrupamento, o doente não consegue prestar

atenção quando alguém fala diretamente com ele, não consegue seguir

instruções, tem dificuldades em organizar tarefas, fala excessivamente.

Os sintomas de Déficit de Atenção tende a variar na medida em que a

criança cresce.

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Em relação ao tipo de sexo, tanto as meninas quanto os meninos que

possuem Transtorno de Atenção com Hiperatividade, também apresentam a

impulsividade, o desempenho acadêmico a função social, as habilidades

motoras finas, a escolaridade dos pais e ou a depressão dos mesmos.

O comprometimento intelectual foi mais elevado nas meninas, o nível de

hiperatividade mais baixo e a exteriorização dos comportamentos.

Nos casos em que a população não buscava o acompanhamento

médico, as meninas com o transtorno apresentavam níveis de falta de atenção

mais baixos do que os meninos sem acompanhamento e que apresentavam o

transtorno e baixa interiorização.

1.1.1- Causas de TDAH

Nosso cérebro é um órgão responsável por infinitos comandos que

auxiliam no comportamento do ser humano. A parte do cérebro conhecida como

região fronto orbital e que se encontra alojado na parte detrás da testa, tem

como função, inibir certos tipos de comportamentos executados pelo ser

humano. Esse órgão age como se fosse uma espécie de freio inibidor, ele

consegue manter a nossa atenção por um tempo necessário.

Na pessoa portadora de TDAH, isso não acontece, a região fronto orbital

torna-se incapaz de inibir os impulsos, fazendo com que o doente não tenha o

controle de sua atenção, desviando-a sempre. Esse tipo de comportamento faz

com que a pessoa seja vista como se estivesse sempre no mundo da lua. A

agitação também se dá devido a falta de inibição, levando-a ter um

comportamento fora do normal sendo considerada como alguém que vive com

bicho carpinteiro.

Os neurotransmissores de portador de TDAH não conseguem fazer

sintonia com outras células, originando a falta de comunicação de uma célula

para outra, sendo, portanto, o maior responsável por esse tipo de

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comportamento indesejável e que tanto preocupa pais e professores da criança

doente.

Muitas das vezes, a doença pode manifestar-se dentro do ventre

materno, devido o excesso de ingestão de bebidas alcoólicas, o uso de cigarros

e também o uso de cocaína pela gestante, acarretando grandes complicações

no parto e na formação do feto. Após nascer, o bebê passa a ser portador do

transtorno, sendo que ocorre a possibilidade de desenvolver mais a

hiperatividade.

Existem situações em que aproximadamente 25% dos parentes em 1º

grau de portadores de TDAH tenham também o transtorno.

Os pais dessas crianças apresentavam déficit em sua maioria, nas

funções sociais e psicológicas e não mostravam diferenças significativas nas

medidas laboratoriais de atenção sustentada, na memória, na flexibilidade

cognitiva, na codificação ou na impulsividade.

Há uma semelhança no desenvolvimento do transtorno nos parentes de

meninas e meninos, sendo mais comuns nos parentes de 1º e 2º graus.

Casos em que a mãe esteja grávida de gêmeos, a situação é mais grave

a hiperatividade e a impulsividade aumenta de maneira linear em relação ao

número de sintomas de falta de atenção, uma das crianças nascem com os

sintomas da doença, sendo provável que a outra criança apresente o

transtorno, isso acontece com 80-90% dos casos.

Em situações de gêmeos idênticos em que um deles já tenha sido

diagnosticado como portador do transtorno, a probabilidade de que o outro seja

portador é de 79%, tornando-se ainda mais grave. Já nos casos de gêmeos

bivitalinos a capacidade de que ambos sejam portadores é de 32%.

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1.1.2- Características de TDAH

Essa criança nunca se cansa ou dificilmente se cansa, vive sempre muito

agitada, mexendo constantemente com as mãos e com os pés.

Na escola anda de um lado para o outro, pula, sobe, desce, abandona

sempre a cadeira, nos momentos em que deveria ficar sentada.

Os deveres escolares, nunca são feitos corretamente mesmo que ela

tente fazê-los, não consegue, pois para o portador de TDAH tudo é motivo de

distração sempre se perde na lição que esteja fazendo. Quando consegue

realizar a tarefa, esta é feita de forma muito rápida e malfeita, sendo motivo de

zombaria dos outros colegas de classe, que o qualificam como alguém

preguiçoso, relaxado, etc.

O material escolar ou qualquer objeto que tenha acesso, nunca fica no

lugar devido, quase sempre é usado como instrumento para fazer barulhos.

O portador de TDAH apresenta sempre muitas dificuldades. Em casa não

consegue organizar nem mesmo o quarto onde dorme, fazer as refeições à

mesa é impossível, pois sempre se levanta da cadeira para observar alguma

coisa que desperte sua atenção na rua ou na televisão.

Nos grupos de amigos tanto da escola quanto no social, quase sempre é

excluído, pois devido a grande agitação que possui, não consegue esperar a

vez de participar de atividades como, por exemplo, a hora de fazer uma

pergunta ou de respondê-la.

Por apresentar esse tipo de comportamento, o portador acaba

desenvolvendo o estress ou passando por grandes momentos de depressões,

chegando em alguns casos a buscar refúgio bebendo compulsivamente ou

usando outros tipos de drogas que podem causar um efeito mais drástico a si

próprio.

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1.1.3- A família do portador de TDAH

O ambiente familiar de uma criança portadora de TDAH é um ambiente

extremamente estressante, se for comparado ao da criança não portadora. Por

causa da doença, a família acaba montando um quadro de negatividade, de

profundas angústias psicológicas.

Pais tornam-se mais susceptíveis a serem menos carinhosos, menos

encorajadores com o filho doente, fazendo com que o filho apresente um

espírito de rebeldia, teimosia gerando um enorme conflito e alterando cada vez

mais o seu problema.

Estudos observaram que o relacionamento do filho de menos idade,

portador de TDAH, com sua mãe, apresentou muito mais interação, pois a

criança encontrava-se à busca de mais atenção, ajuda e conversa. Esse tipo de

relação teve mais interação do que a relação da criança dita normal com sua

mãe.

A mãe do portador de TDAH possui mais controle sobre o

comportamento do seu filho, ela se envolve mais no autocontrole, mas tudo isso

se torna bastante desgastante.

No decorrer do tempo, essa mãe passa a apresentar um alto grau de

estresse, e seu filho se torna cada vez menos submisso, mais negativo e

menos capaz de concordar com as diretrizes impostas por ela. O fato de

todo esse retrocesso se dá pelo motivo de que a mãe através da afetividade

que tem com o filho impõe algo para ele que acaba respondendo de forma

contrária, pelo fato de o portador do transtorno não aceitar receber ordens.

Diferente da mãe, o pai devido à posição que apresenta em casa como

chefe ou pela postura diante da força que se é imposta ao filho, o respeito que

atribui diante do medo, é capaz de impressionar a criança, tornando a situação

um pouco melhor. A negatividade que a criança apresenta no relacionamento

com a mãe, passa a ser melhor na relação com o pai, conseguindo com a ajuda

dele realizar as tarefas por ele impostas.

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Alguns pais ao lidarem com a rebeldia do filho acabam apresentando um

certo “fracasso”, sentindo-se impotentes, deixando o esforço em ajudar o filho

de lado perdendo até a auto-estima e quando há casos em que o pai se separa

da mãe por não conseguir enfrentar o problema que assola a família passando

toda a responsabilidade para a mãe.

Em relação aos irmãos do portador de TDAH, a situação causa cansaço,

pois o doente possui comportamentos inapropriados, onde muita das vezes

grita muito e sempre faz argumentações, sendo uma criança constantemente

conflitante.

CAPÍTULO II

AVALIAÇÂO PROFISSIONAL

A criança portadora de TDAH e que ainda não tenha sido diagnosticada

por um especialista, passa a ter um comportamento diferente, tanto em casa

como na escola. Em casa esse tipo de comportamento observado pelos pais é

nomeado como natural para a idade do filho, e que só com o passar do tempo,

a criança obterá melhora com o amadurecimento.

Na escola, os professores após constantes observações do

comportamento desse aluno, acabam percebendo que a mudança se dá para

pior, elevando a falta de atenção e agitação dentro de sala de aula.

A maioria dos pais, após a observação dos professores a respeito do

transtorno apresentado pelo filho, não buscam auxílio profissional ou só se dão

conta da gravidade do problema, quando assistem pela televisão, relatos das

mães de crianças portadora do transtorno e acabam se identificando como

sendo também uma delas, devido o quadro apresentado pelo filho, só assim é

que vão em busca de ajuda dos profissionais específicos para o caso do seu

filho.

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“Geralmente, os pais ligam para a nossa clínica de TDAH,

após me assistirem ou me ouvirem num programa de

televisão ou rádio ou depois de lerem uns artigos

desesperados por ajuda, agora que finalmente fazem

idéia do que pode estar errado com seu filho”.

(BARKLEY,Russel A, TDAH, 2002, p.132)

Ao procurar ajuda, os pais devem ser orientados a levarem seus filhos

para fazerem um check-up, eles devem evitar fazerem uma avaliação

neurológica, pois casos de epilepsia são bastante raros em crianças com

diagnóstico de TDAH.

O médico e chefe da neuropsiquiatria infantil da Santa Casa e vice-

presidente da Associação Brasileira de Neuropsiquiatria Infantil (Abenepi) diz

que:

“A grande dificuldade por que passam pais e crianças

portadoras de TDAH é o diagnóstico correto”.

(BARBIRATO, Fábio. Revista O Globo, 13-02-05.p.20).

Há casos em que o diagnóstico afirma que a criança seja portadora de

TDAH, então os médicos passam medicamentos para TDAH. Depois de um

tempo, descobre-se que a criança é portadora de um outro transtorno e fazia

uso de remédios que não traziam nenhum efeito para o seu problema. Isso se

dá devido ser o TDAH diagnosticado como clínico, não sendo então necessário

fazer exames.

Diante da situação citada acima, podemos ressaltar a história de Thiago

Neves Ferreira de Almeida que foi diagnosticado sem apresentar eficácia.

Quando tinha 14 anos, cursando a 7ª série, não conseguia se concentrar

nos estudos, nem ficar quieto na cadeira foi diagnosticado como portador de

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TDAH, fazendo o uso de Ritalina, por alguns meses onde só obteve piora no

tratamento. Resolveu por conta própria, suspender a medicação.

“O ano seguinte foi duro, levei aos troncos e barrancos,

mas fui aprendendo a lidar com as dificuldades. Repeti o

primeiro ano do ensino médio e no ano seguinte, passei

direto. Eu amadureci e superei a fase”.

(ALMEIDA, Thiago. entrevistado, revista. O Globo, 13-02-

05. p. 21).

O estudante Thiago tinha sido diagnosticado como portador de TDAH,

mas a síndrome que ele possuía era Asperger que tem como sintomas:

dificuldades em socializar-se, o tom da voz é sempre muito alto, sem

oscilações, dificuldades em atender o que o outro diz. Acontece também o

transtorno bipolar que leva a criança a tempestades comportamentais e a um

aumento no interesse pela sexualidade.

É de extrema importância que pais de crianças com TDAH, ao

encontrarem um especialista no assunto, possam fazer as seguintes perguntas:

· Você é licenciado?

· Você atende crianças com TDAH freqüentemente?

· Você se considera bem informado sobre o transtorno?

· Que tipos de tratamentos para o TDAH você emprega de rotina?

· Existem queixas contra sua pessoa?

2.1- Profissionais da escola

Pais de crianças observadas comportalmente pela escola e assim

citadas como em constantes desatenção e agitação, antes de tomar alguma

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providência a respeito de tratamento, devem pedir ajuda de outros profissionais,

caso esses façam parte da escola, para que assim possam fazer um

levantamento sobre o desempenho dessa criança, se ela está sendo afetada

pela doença ou por qualquer outro problema que esteja relacionado ao

aprendizado.

Professores precisam ser orientados sobre o TDAH, como devem lidar

com os sintomas e como devem reforçar os comportamentos adequados.

Um sistema de sinais privados deve ser desenvolvido pelos professores

com a criança, com a finalidade de sinalizar o comportamento adequado ou

inadequado e orientar como os professores devem lidar com os

comportamentos especiais.

É preciso que a comunicação com a criança com TDAH, ocorra por meio

de um vocabulário com sentenças breves e fáceis de compreender em função

das dificuldades em torno da atenção.

Deve haver uma rotina constante e previsível em que possa ficar bem

claro o que se espera do aluno, como o uso de cartazes espalhados pela sala

de aula indicando as regras de comportamento e o que se quer que o aluno

realize durante a aula. É importante que o professor introduza em suas aulas

algumas novidades e alterne nas rotinas que também são necessárias a fim de

tornar o estudo mais prazeroso.

O professor precisa em muitas situações, agir como sinalizador nas

trocas de tarefa, supervisionando os deveres de casa, a agenda, fazendo

anotações para os pais. Apesar de todas essas medidas, o professor precisa ter

muito cuidado para que o TDAH não se torne um pretexto da criança no

comportamento em que ela apresente, diminuindo no esforço em que ela é

capaz de ter.

Na pré-escola temos o relato da professora O’ Brien a respeito de um

dos seus alunos que possui o transtorno:

Sam explodiu para dentro da sala. Mexeu no material de todas as mesas

de atividades, mas não ficou sentado tempo suficiente para completar nenhuma

delas. Cinco minutos depois de ter entrado na sala, gritou: “O que é que eu

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posso fazer agora?” Brincou com os brinquedos que não estavam incluídos nas

atividades planejadas. Na hora da arrumação, fez barulho, andou de um lado

para o outro e resistiu à mudança de atividade. Durante o trabalho de grupo

esteve irrequieto, interrompendo os trabalhos, e finalmente, se levantou e ficou

andando pela sala. Quando a mãe de Sam veio buscá-lo no final da aula, falei

que tinha sido um dia muito difícil, mas que eu faria o melhor possível para

ajudá-lo a ter um bom ano, disse que estava contente de Sam estar em minha

sala. Eu estava dizendo a verdade, mas fiquei preocupada imaginando o quanto

Sam aprenderia neste ano, e se eu teria paciência e preparo para controlar

adequadamente seu comportamento desafiador. Sabia que era necessário

conseguir uma parceria com seus pais e aplicar estratégias práticas para obter

sucesso.

Testes psicológicos de inteligência, de habilidades de aprendizado e de

outras áreas do desenvolvimento psicológico devem ser aplicados pelo

professor.

”Existem um boom de diagnósticos malfeitos e a escola não anda

ajudando muito, primeiro por não ter profissionais com especialização

específica no assunto, e segundo por ser pouco motivadora, o que provoca na

criança a postura indisciplinada e a dificuldade de atenção”.

(RAMAL, Andréa, doutora em Educação, revista O Globo, 13-02-05, p.1).

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2.1.1- Psicólogos ou psiquiatras avaliam

Antes de buscarem ajuda desses profissionais, pais de crianças com o

transtorno podem fazer um questionário em casa sobre as dificuldades

apresentadas pelo filho, com a intenção de ajudá-lo quando estiver na presença

do profissional em uma consulta.

No questionário deve estar contido as preocupações do seu filho em

casa, na escola, na vizinhança, com os colegas e em outras áreas em que

possam estar presentes os problemas como: na saúde da criança, seu

desenvolvimento motor, mental no comportamento anti-social, etc.

Quanto maior o número de informações contidas a respeito da criança,

menor será a possibilidade de erros no diagnóstico, na formulação de questões

e na forma em que se deve ocorrer o tratamento ajudando o profissional a fazer

uma melhor apreciação a respeito da criança.

No momento da entrevista, o profissional deve observar a aparência, o

comportamento e a habilidade de desenvolvimento do paciente.

As informações coletadas pelo especialista não devem causar muita

importância, tanto para ele, quanto para os pais do doente, pois a maioria das

crianças ao serem consultadas, apresentam um comportamento bastante fora

do normal. Algumas séries de perguntas são feitas a essas crianças durante a

consulta como forma de ajudar no trabalho desse profissional como:

· A razão pela qual ele esteja fazendo visitas a esse profissional.

· Seus hobbies favoritos.

· O nome da escola, professores, matérias que eles mais gostam.

· Como acham que são aceitos pelos outros na escola, etc.

Nos casos em que o doente é uma criança pequena, alguns

examinadores preferem deixá-las bem à vontade, brincando, desenhando ou

andando pelo consultório durante a entrevista, outros acham melhor que as

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crianças realizem o preenchimento de espaços em brancos em séries de

sentenças de fichas organizadas por eles.

Pais da criança doente, também passam por entrevistas, caso um deles

não possam participar, devem mandar por escrito todas as preocupações e

opiniões a fim de serem avaliadas ajudando também no tratamento.

2.1.2- Os diagnósticos a respeito de TDAH

Ao coletar informações a respeito da criança com TDAH e de sua família,

o profissional provavelmente faz um diagnóstico. Esse passo dado por ele

refere-se à regras do DSM-IV; que agem fazendo uma diferenciação entre os

transtornos que a criança poderia apresentar, daqueles que ela aparenta não

possuir. Depois, diante das informações contidas durante uma consulta, esse

profissional poderá detectar com mais precisão o tipo de transtorno que aquela

criança possa apresentar.

É necessário o uso de escalas para fazer o controle do comportamento

da criança, sendo de uso tanto dos paios como dos professores.

Muitos pais costumam ter uma reação contrária da que seria necessária

quando recebem o diagnóstico a respeito do filho como sendo portador de

TDAH, dificultando a situação, por acharem que a forma correta para ajudar o

filho seria o uso de métodos de correção comportamental ou através de

aconselhamento. Muita das vezes, isso acontece quando os pais só se dão

conta do problema do filho, através de outras pessoas ou pelos pais dos

colegas do seu filho, sendo os últimos a saberem. Isso torna a situação

dificultosa, pois esses pais acabam contribuindo para a inadequação da

avaliação, apresentando inconsistência nas regras estipuladas, oferecendo

modelos inadequados e um alto índice de ansiedade no desempenho que

acaba piorando o prognóstico.

Certos pais, talvez por terem mais acesso a livros e outros tipos de

informações, ou até por já terem em sua família casos de TDAH, possuem uma

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visão mais ampla a respeito do transtorno, outros não. Os pais que se dão

conta da doença do filho por intermédio de outras pessoas, fazem suas próprias

reavaliações a respeito da informação obtida.

Há casos em que os pais são mais esclarecidos, tornam a situação mais

amena. Ao serem informados sobre o problema do filho, buscam auxílio de

profissionais especializados no assunto para que medidas sejam tomadas no

tratamento da criança.

Assim que a doença é descoberta, o que acontece com todos os pais,

sem exceção, é o sentimento de tristeza, tornam-se aflitos pelas mudanças

repentinas de comportamentos atribuídas pelo filho e também sobre mudanças

em que a família terá que fazer para melhor acomodar o filho doente.

Esse tipo de sentimento para alguns pais torna-se passageiro, pelo fato

de que, a conscientização acaba acontecendo e ajudando e muito na luta pelo

progresso do filho no tratamento, mas existem também aqueles que não

conseguem fazer com que o sentimento ruim termine, mesmo diante de uma

notícia de uma melhora no quadro clínico do filho.

De certo, é importante que esses pais busquem relacionar-se com outros

pais de crianças com TDAH participando de grupos de terapia, para que

experiências sejam trocadas e com isso possam crescer diante das

informações adquiridas sobre a doença do filho e assim ajudá-lo em sua

recuperação.

2.1.3 – Conselhos dos psicólogos

O aconselhamento para criança com TDAH se torna difícil, devido às

características que a leva ser diagnosticada como portadora, fazendo com que

ela não seja uma boa candidata, pois a hiperatividade, a impulsividade, a falta

de atenção, o mau comportamento, e o esquecimento impedem que o fato

aconteça, tornando complicado fazer alguma coisa para a criança em um

consultório médico.

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Quando se trata de trabalhar com o jovem com TDAH, é preciso que ele

esteja periodicamente em contato com um profissional no decorrer do seu

crescimento.

A consulta pode não ser enquadrada como aconselhamento psicológico

ou psicoterapeuta em seu sentido restrito. Aquele que aconselha, pode

desempenhar várias funções como: alguém que apóia o doente moralmente,

educa a respeito do TDAH, torna-se um mediador e ajustador, no plano global

de tratamento.

Um bom relacionamento entre a criança portadora com o médico e o

psicoterapeuta é importante, para que o tratamento tenha um bom andamento.

Com a ajuda do terapeuta, a criança pode amenizar os conflitos com os pais,

relacionados aos exercícios escolares, para as crianças aos10 anos, o uso do

carro, para os adolescentes aos 18 anos e os afazeres domésticos, para

qualquer idade.

O beneficiamento através do processo de monitoramento, o e

supervisionamento pela criança se dá, de acordo com a idade dela. A criança

de doze anos se beneficia mais que a criança de seis anos.

Nos relacionamentos com os profissionais, algumas crianças vêem as

consultas como algo embaraçoso em seu problema, outras, tem o terapeuta

como a única pessoa que a trata bem.

Alguns jovens possuem um comportamento totalmente fechado, quando

estão na presença de adultos, evitando falar muito a respeito de sua vida

pessoal, respondendo o mínimo possível quando se é feito alguma pergunta,

enquanto outros são bem mais abertos e francos diante de adultos que lhe

demonstram simpatia.

O aconselhamento para os pais se dá, quando os médicos deixam bem

claro que eles precisam jogar fora todo o sentimento de culpa pela doença do

filho.

O profissional explica que o TDAH tem uma base hereditária, que

ninguém da família pode mudar, mas que os pais devem aprender, praticar,

reforçar maneiras corretas de pensar, até que essas novas idéias se tornem

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habituais, agindo assim, esses pais diminuem as dores e as culpas durante a

jornada que passará com o filho doente.

È preciso que esses pais também tenham, a idéia de que o filho não é o

culpado por possui o déficit, e que o mesmo não veio ao mundo para torná-los

infelizes.

Após terem sido ensinados a verem o filho de maneira diferente, os pais

precisam aprender a enxergar e a aceitar a doença do filho, já que não pediram

para ter um filho assim, mas se o tiveram, precisam fazer de tudo para ajudá-lo

em suas atividades diárias como, por exemplo, cozinhar, dirigir, lavar roupa e

também nas tarefas mais difíceis como, ir a reuniões escolares, consultar o

terapeuta, passar por constrangimentos nas reuniões familiares, etc.

O tratamento com psicólogos e terapeutas, ajudam os pais a se livrarem

dos problemas relacionados a depressão, alcoolismo, personalidade anti-social,

distúrbios de ansiedade e até TDAH no adulto. Ele auxilia no ajuste individual

dos pais e na estabilidade no casamento e na família, que proporcionará mais

apoio e estrutura para a criança com TDAH.

È muito útil que os adultos façam a terapia cognitiva, que leva as

pessoas que se encontram com as emoções bastante afetadas, extremamente

perturbadas com alguma coisa, a fazerem um exame profundo do que pensam

do mundo, da vida e delas mesmas, tornando os seus raciocínios e suas

perspectivas mais realistas, voltando a repensar a realidade e aos poucos,

sentirem-se bem melhores.

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CAPÍTULO III

A BUSCA POR UM MELHOR COMPORTAMENTO

A criança quando pequena, aprende atender e a obedecer a seus pais

adquirindo, portanto, uma atitude básica de cooperação social, aprendendo

então com os adultos o que é absolutamente essencial ao seu desenvolvimento

e a sua adaptação social na fase adulta. Quando a criança não consegue

aprender nada disso, agindo de forma contrária ao que foi ensinado, costuma a

ter um comportamento agressivo, teimoso, sendo causa de causa rejeição na

escola e no meio social, e em alguns dos casos, podendo se tornar até um

criminoso no futuro.

Existe uma forma de se evitar tudo o que atrapalha o desenvolvimento

normal dessa criança, como, por exemplo, fazer com que os pais dentro de

casa evitem tratar o filho como “coitadinho”, e sim com o máximo de

normalidade o possível.

O respeito mútuo entre pais e filhos, a cooperação nos trabalhos diários,

a apreciação por parte dos pais no desenvolvimento do filho, um

relacionamento de amizade e de amor, ajudam na melhora do comportamento

da criança.

Pais e professores devem colaborar para o crescimento da criança

portadora de TDAH, construindo com ela sua auto-estima, aceitando e

reconhecendo o lado positivo de sua personalidade. Quando prometerem

alguma coisa para a criança, mantenham sempre a promessa para não

causarem desapontamento nessa criança. A franqueza e a transparência são

muito importantes quando um adulto deseja que essa criança faça alguma

coisa.

Ao se tratar de ambiente escolar pouco estruturado, cabem aos

professores usarem algumas estratégias para ajudarem o aluno dentro da sala

de aula como: evitar manter muitos estímulos que possam tirar a atenção da

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criança como figuras nas paredes da sala, cores muitos chamativas dentro da

sala, evitar ter janelas na sala que fiquem voltadas para parquinhos, pátios ou

lugares em que se fazem presentes constantemente pessoas. Na sala de aula,

o professor deve colocar a criança em um lugar distante desses “venenos” que

só atrapalharão sua melhora.

Em Atividades realizadas em grupo é de extrema importância que o

professor encaixe o portador de TDAH em um grupo menor ou dê a ele a

preferência de realizar um trabalho individual, para que com isso, possa ser

evitado a falta de atenção, na medida em que o grupo for aumentado.

No lar, pais de portadores devem reservar pelo menos vinte minutos

diários para dar atenção somente ao filho doente, uma atenção especial, devem

deixar o filho escolher o que quer fazer, levando em conta certos limites, mas

deixando que a criança tenha o total controle das brincadeiras por ela

escolhida.

Para que se possa assumir esse tipo de compromisso com o portador é

muito importante que esses pais não estejam perturbados, ocupados ou com

hora marcada depois do compromisso com o filho, tornando a qualidade de

atenção que eles reservaram para a criança pobre demais.

A criança fica muito contente quando após cada brincadeira, escuta o

relato de tudo o que aconteceu pelos seus pais, vendo com isso o interesse que

os pais tem por ela e pelas coisas que ela faz.

Se no momento da brincadeira, a criança, passa a ter um comportamento

irregular, se dispersando olhando para algum lugar por um determinado

momento, os pais devem dizer para a criança que o momento especial acabou

se retirando do local, dizendo que só voltarão a brincar, quando ela melhorar o

comportamento.

Em situações onde pais e filhos apresentam um bom relacionamento,

pode ser percebido pelos pais que o filho doente gosta de suas companhias,

acontecendo casos em que o filho pede aos pais que fiquem um tempo maior

que o estipulado com ele brincando.

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Durante uma ou duas semanas, os pais devem treinar a obediência dos

filhos.

Nos momentos em que os pais estejam muito atarefados, devem ocupar

a criança com pequenas tarefas como: pegar a toalha no armário, pegar o lápis

em cima da mesa. Ao decorrer as tarefas executadas pela criança, os pais

devem fazer elogios, com o intuito de surpreender o filho e também ficarem

surpresos com a bondade do filho para com eles.

Ao ser apresentado melhoras, novas etapas podem ser estabelecidas

pelos pais, evitando, portanto, um número muito grande de objetivos, um

padrão de qualidade muito alto e tarefas que busquem a complexidade no ato

de sua realização.

Mudanças drásticas devem ser feitas em relação às cobranças dos

exercícios escolares. Ao invés de imporem regras de estudo, os pais devem

deixar que a criança tome decisões no seu ritmo de estudo, eles devem

perguntar de que forma o filho acha que o estudo fica mais fácil para ela, devem

fazer um planejamento de estudo junto com ela, estabelecendo a quantidade de

tempo que ela possa se dedicar aos estudos, o horário mais propício para que

isso aconteça, quais as matérias a serem estudadas, etc.

É importante que os pais estabeleçam os intervalos durante o período de

estudo, de modo que não deixem a criança muito tempo em uma única tarefa,

sendo necessário então, dividir as tarefas por etapas como, por exemplo, um

resumo feito de um livro deve ser dividido por etapas pelos pais e monitorados.

A orientação e a supervisão dos pais para que a criança sempre se

lembre daquilo que foi combinado no que se trata da execução do planejamento

feito por pela criança deve ser constante.

Alguns autores afirmam que o discurso interno do indivíduo desempenha

um papel fundamental na regulamentação da Atenção (Gordon, 1991; Hallowell

e Ratey, 1999). Estratégias do pensamento para guiar o comportamento do

indivíduo portador de TDAH são necessárias, pois elas parecem apresentar

uma deficiência nessa habilidade, isso se dá por meio de treino da auto-

instrução, cuja finalidade é ensinar a criança um tipo de comportamento verbal

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que module o seu próprio comportamento e que possa acarretar o aumento do

seu auto-controle. Esse tipo de treinamento é implementado em estágios por

terapeutas:

1º A modelagem de auto-afirmações feita de forma verbal na realização

de tarefas. O objetivo para que a tarefa seja realizada deve ser definido, os

critérios mais relevantes devem ser postos em destaques, a descrição de

estratégias para a resolução devem ser resolvidas, os resultados após a

avaliação se não forem vistos como de sucessos, o terapeuta deve selecionar

uma abordagem alternativa e fazer o desenvolvimento do mesmo processo.

2º A realização da mesma tarefa pelo paciente, com a orientação do

terapeuta nas estratégias verbais, com uma certa medida necessária para guiá-

lo.

3º A mesma tarefa é novamente feita pelo paciente que se instrui em voz

alta.

4º As instruções verbais são desfeitas, o paciente regula sua conduta por

meio de um discurso interno e faz a tarefa.

Infinitas tarefas podem ser utilizadas como meio de ensinar a auto-

instrução como: o uso de jogos para crianças ou mudanças no comportamento

em que o paciente esteja acostumado a utilizar, para que se torne um

participante ativo no aprendizado.

O uso de treinos é muito útil na diminuição dos comportamentos

impulsivos e atenuam as dificuldades na manutenção da atenção da criança,

por isso, é importante que os pais ao ajudarem o filho doente na busca de um

comportamento melhor, possam colaborar, juntando-se aos professores e

terapeutas na luta contra o TDAH.

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3.1- O auto- controle do portador de TDAH

O ser humano é capaz de inibir ou retardar suas respostas, dando tempo

para falar com ele mesmo. Bronowski aponta que todas as outras espécies não

utilizam a linguagem para a comunicação. Os seres humanos são os únicos

seres capazes de desenvolverem a linguagem para se comunicarem com eles

mesmos.Podemos observar isso nas crianças, pois acontece uma evolução em

seu falar quando bebê, evoluindo para o falar em tom alto quando brinca com

ele mesmo durante o último ano na pré-escola, depois, para o falar com ele

mesmo, sem que os outros ouçam, quando já maiores durante os anos iniciais

da escola.

Finalmente, a criança fala com ela mesma e com a voz de sua mente,

para que nada do que se diga seja detectado.

Na medida em que a criança evolui em seu discurso direcionado a

apenas outras pessoas, para o discurso dirigido a ela mesma, fica em seu

interior, que o ato apenas de descrever as coisas, pode dar direções e

instruções a si mesma.

Com isso, a criança pode falar do mundo, dela mesma e também

conduzir e controlar o comportamento através de instruções dirigidas que

conduzem seu próprio comportamento liberta do controle dominador, dos

eventos de valores imediatos que se encontram a sua volta.

O autodiscurso tem como finalidade, nos auxiliar para que possamos

permanecer em nosso próprio curso ou direção, orientando-nos para que

possamos de uma outra vez, agir de forma melhor ao depararmos com uma

tarefa, já que formularemos algumas instruções para serem seguidas, baseadas

em nossas experiências iniciais.

Podemos nos sentir encorajados a passar com segurança por situações,

mesmo que sejam desagradáveis, atingindo as recompensas associadas às

gratificações.

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Pais ao tentarem ajudar o filho na busca de um bom comportamento,

precisam fazer com que o problema apresentado tenha uma mudança, isto é, o

comportamento anterior apresentado pela criança, tem de ser substituído pelo

que os pais querem que ele se comporte como, por exemplo, ao invés de

reclamar do filho que não recolhe os brinquedos, melhor dizer que ele recolherá

os brinquedos no momento em que os pais pedirem, isso faz com que o plano

de controle do comportamento da criança fique bem claro.

A criatividade da criança portadora de TDAH deve fluir, deve estar

relacionada as opções possíveis existentes para o controle do comportamento e

seus objetivos. Quanto mais investimentos e menos críticos forem os pais,

melhor será a conduta no controle.

É de grande valia que os pais listem opiniões com o objetivo de ajudar no

controle do filho como:

· Deixar a mente livre para imaginar coisas que agradam o filho e que

estas estejam relacionadas ao seu objetivo.

· Pensar como seus próprios pais teriam lidado com o problema

apresentado por você.

· Pensar como seus melhores amigos fariam diante do seu problema.

· Escrever em uma folha de papel a palavra opções sublinhada, depois

escrever todas as opções possíveis e as soluções que outras pessoas possam

ter, mesmo que não as utilizem, etc.

Após fazerem essa listagem, pais devem colocar em prática o que foi

escrito, se os problemas serão facilmente conduzidos, não esquecer de que a

avaliação deve ser justa e razoável.

Crianças com TDAH vivem o momento e sempre apresentam problemas

de antecipação para o futuro. Sempre que houver um controle do tempo da

criança pelo adulto, a criança pode tornar-se frustrada e a imposição feita no

sentido de realizar uma tarefa pode ser uma grande luta.

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A criança portadora precisa aprender a coordenar o seu horário como: o

tempo para assistir a televisão, para fazer as lições de casa, pois essas

transações de atividades ocorrem em tempos semelhantes a cada dia escolar.

Para o portador de TDAH, essa mudança pode ser mais intrusiva, devido

às mesmas não aprenderem a antecipar as coisas que acontecerão no futuro

muito bem, fazendo associação entre conseqüências que já aconteceram com

as que estão acontecendo no momento.

A sinalização dos pais e a reorganização dos eventos são muito

importantes para que a criança perceba que o que ela faz agora pode ser mais

recompensado se ela puder adiar um pouco. Essa forma de conciliar os elos

artificiais entre o comportamento atual da criança e as recompensas tardias é

denominada como Princípio de Premark, tendo como base David Premark.

De acordo com esse princípio, qualquer comportamento ou atividade que

tenha sido realizada com freqüência pode ser usado como forma de

recompensar aquele comportamento ou atividade que acontece com menos

freqüência.

A estratégia de quando/então, deve ser dominada pelos pais, objetivando

negar o acesso a atitude de entretenimento até que a criança realize um

trabalho que não seja de seu agrado, mas que para ela, seja necessário, como:

a criança após fazer os exercícios de casa, poderá assistir televisão. Com essa

intenção, os pais devem recompensar o filho para que as atividades habituais

disponíveis como privilégios sejam conquistadas.

As escolas também precisam fazer reformulações nos problemas

apresentados pela criança, através de objetivos que auxiliarão tanto os

professores como todos os profissionais da escola, para que possam ajudar a

criança, determinando de forma clara e útil, o que se deseja obter com ela. Os

pais devem fazer um planejamento antecipado, visando reduzir todas as

dificuldades no desenvolvimento do problema.

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3.1.1 – Ajuda nos relacionamentos com os amigos

Serão citados abaixo, alguns fatos que diariamente foram relatados em

clínicas para portadores de TDAH.

“Andréa ligou outro dia e disse que não queria que

levássemos Bobby à sua casa para as festas deste ano.

Na verdade, ele não é bem vindo em nenhum jantar da

família – a não ser que aprenda a se “comportar”. Fiquei

chocada _ ela é a minha própria irmã.”

“Estávamos realmente esperando que a colônia de férias

fosse uma boa experiência para Samantha e tentamos

explicar a líder do grupo o que ela poderia esperar de

nossa filha. Quando ela nos disse que Samantha era

muito disruptiva ara permanecer no grupo, tudo o que

pudemos pensar foi “Por que não poderíamos ter

trabalhado juntos nisso”?

“Tentamos mantê-la longe dessas coisas, mas as crianças

são cruéis. O que você diz à sua filha quando ela chega

novamente à você, com lágrimas nos olhos e quer saber

por que ela é a única em sua classe de pré-escola que

não foi convidada para a festa de aniversário”?

(PHELAN,Thomas.W.PH.D,2005. p 28).

Os problemas relacionados no contato de grupos de amigos pelo portador

de TDAH, mais angustiante que ele possa enfrentar.

Para os adultos, o valor da amizade na vida é muito grande, e saber que

existem crianças que não gostam do seu filho, é algo que traz muita tristeza

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para os pais. Esse tipo de procedimento por parte das outras crianças faz com

que o portador de TDAH se isole e sua auto-estima fica cada vez mais baixa.

Pais precisam trabalhar com a criança, com o intuito de resolver os

problemas em casa e também contar com a ajuda de profissionais para que

façam o mesmo na escola.

O sentimento de solidão na escola pode ser relembrado no filme “O

Pimentinha”, quando o personagem Denis, conta a sua mãe que chegará mais

cedo da escola, porque precisava de alguém ao seu lado, isso faz com que a

mãe se ajoelhe e chore com o filho aos braços.

Esse tipo de sentimento apresentado pela mãe do Pimentinha, é o

mesmo que passam os pais de crianças com TDAH, dor, angústia, diante da

rejeição que o filho passa diante dos colegas.

Ocorre uma grande dificuldade de relacionamento da criança com TDAH

e outras crianças, pois a hiperatividade deixa o doente muito agitado, não

conseguindo de forma alguma conter o seu controle, tornando-se uma criança

com uma má reputação diante dos vizinhos e dos colegas de sala de aula.

A criança com TDAH vive o momento, não se importa com nada que

tenha valor social como: cooperar com os colegas, dar a vez quando for

preciso, manter alguma promessa feita, etc. Essa criança não é capaz de

enxergar quer o seu egoísmo e egocentrismo de momento pode fazer com que

os amigos acabem se afastando dela.

A tentativa de ajudar a criança com TDAH a buscar um bom

relacionamento com os amigos pode ser um grande desafio para os pais, e em

algumas das vezes, pode ser uma tentativa sem sucesso.

Pelo fato de nem sempre estarem presentes nos contatos do filho com os

amigos, os pais não podem ajudar o filho a inibir aqueles desejos impulsivos ou

que por algum momento possa parar e pensar como irá se comportar.

Especialistas em problemas associados ao TDAH recomendam que os

pais tentem trabalhar com o filho, boas habilidades sociais, ajudando a criança

a lidar com as provocações que podem encontrar no dia-a-dia, fazendo um

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planejamento de contatos positivos com os amigos em casa e na comunidade,

buscando ajuda para os problemas com os colegas da escola.

Mesmo que a interação social do filho não seja mantida, pais devem

tentar mantê-la, com a família, seguindo os seguintes itens:

1- Estabelecer um programa caseiro de recompensa.

2- Escrever os comportamentos do filho em uma placa que será

colocada na porta do armário, sem torná-la muito óbvia.

3- Monitorar o comportamento do filho durante a brincadeira.

4- Sempre que quiser uma chance de observar seu filho brincando com

outras crianças, aproveite a oportunidade para parar o que estiver

fazendo e chamar o seu filho.

5- Reservar alguns minutos durante a semana, para rever com o filho

novas habilidades que se deseja trabalhar na semana.

6- Gravar em vídeo as interações do seu filho com os irmãos e com

outras crianças da vizinhança.

Dentro de um grupo de amigos, é bastante freqüente a presença da

provocação, que pode aparecer apenas como forma de testarem o controle

emocional da criança provocada, como forma de testar a criança que provoca,

quanto a força de ligação entre as duas, ou para lidar com os confrontos

sociais.

A provocação se faz mais freqüente, no grupo onde se encontram

apenas meninos, pois eles gostam de ver o quanto o provocador pode contar

com a criança provocada em sua crise futura, em que o provocado é chamado

para ser um suporte de intercâmbio com outras crianças.

Existem pais que aconselham o filho a lidar com a provocação,

simplesmente ignorando-a, mas na maioria das vezes, apenas ignorar não dá

resultado algum.

Psicólogos verificaram ao fazerem uma pesquisa que, a melhor forma de

lidar com as provocações de outras crianças é responder de forma adaptativa,

isto é, a criança provocada deve sorrir ou rir dela mesma, tornando a

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provocação uma piada, aceitando a provocação, tentando dar a situação, um

tom de humor, como por exemplo, o portador de TDAH ao ser chamado de

estúpido, responde com forma de piada: “Não sou estúpido, na verdade tive a

chance de aprender duas vezes o que você já aprendeu do mesmo modo”.

O psicólogo Milich e seus colegas verificaram, que essa seria a maneira

mais eficaz de reagir a provocações, do que apenas ignorá-las ou ter que agir

com raiva e hostilidade.

Uma criança portadora de TDAH, não é muito popular no sentido de

cultivar amizades. Para os pais, o melhor objetivo é encorajar as amizades

como, por exemplo, o filho convidar os colegas de classe a irem a sua casa

após a aula ou nos fins de semana. Pais devem planejar coisas para que o filho

faça como, por exemplo, jogar vídeo game, alugar uma fita de vídeo, ir ao

cinema, desde que os pais supervisionem o que o filho esteja fazendo,

monitorando suas atividades de perto e observando sinais de interações que

possam estar fugindo dos seus controles, fazendo o possível para romper

relações do seu filho com amigos agressivos, etc.

A busca em estabelecer contatos positivos para o filho na comunidade,

não é um desafio muito legal para os pais, mas com um certo esforço, eles

podem tentar inscrever o filho em algum tipo de atividade comunitária, que

esteja de acordo com a faixa etária da criança.

No geral, crianças que participam desses tipos de atividades

demonstram sentimentos positivos em relação a outras crianças, acabando

gostando muito delas.

Os problemas na escola podem ser bem maiores, devido o tempo

estruturado de aula ser intercalado com os períodos não estruturados ou com

brincadeiras livres, diferentes expectativas de comportamentos das crianças

que da escola fazem parte. Por isso, é recomendado que os pais se ocupem do

papel de desenvolver melhor o comportamento do filho na sala de aula, não se

preocupando se o filho estiver recebendo algum tipo de assistência educacional

especial, apenas peça ao professor que designe responsabilidades especiais

ao seu filho, na presença de outras crianças.

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Ajudar a uma criança com TDAH em seus problemas de relacionamento

com os amigos pode ser uma tarefa bastante árdua, portanto, é importante que

esses pais, busquem oportunidades para criar situações nas quais o seu filho

possa ter uma boa chance de contato positivo com os amigos.

3.1.2 – O comportamento do adolescente com TDAH

As alterações físicas, emocionais e mentais do adolescente com TDAH

pode em muito dos casos resultar em discussões entre ele e seus pais, levando

o terror para os adultos que convivem com ele.

O adolescente durante esse período tem muito trabalho a fazer, ele deve

passar do momento de constante dependência que possuía dos pais durante a

infância, para ter de se igualar aos pais durante a fase adulta.

Na intenção de buscar a independência, esse adolescente tenta

descobrir o que ele é, e a que ele está proposto, como, por exemplo, como

fazer amizades verdadeiras, o que quer fazer de sua vida, como acalmar seus

desejos sexuais irresistíveis, etc.

O adolescente com TDAH passa pela mesma transformação porque

passam os ditos normais, mas são menos maduros socialmente e

emocionalmente, do que quando eram crianças.

O desejo de independência que o portador de TDAH possui, é o mesmo

que o adolescente normal, só que o portador pode se encontrar menos

preparado para que isso aconteça, ele passa por alguns desafios como, por

exemplo, o uso de bebidas alcoólicas, uso de drogas, atividade sexual, como

qualquer adolescente dito normal ,mas que para ele, pode ser um tanto quanto

dramático, acarretando o insucesso escolar, a busca do isolamento social,

constantes depressões e uma baixa auto-estima , isso leva o adolescente com

a ajuda de seus familiares a ter ajuda de profissionais de saúde mental.

Nas pesquisas recentes por Gwenyter Edwards, feitas com famílias de

adolescentes não portadores, sobre o índice de discussões em família, o

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resultado obtido foi que as discussões entre pais e adolescentes com TDAH

são bem mais freqüentes do que as de adolescentes ditos normais e seus pais.

Muitos conflitos entre portadores de TDAH adolescentes com seus pais,

podem estar relacionados a questão de: roupas que os adolescentes usam, o

volume alto do som escutado por ele, briga com os irmãos, a bagunça que

fazem em casa, a hora em que costumam ir para a cama, as péssimas notas

tiradas nas provas, etc.

A preocupação dos pais com os filhos é algo natural, ainda mais quando

os filhos são adolescentes e portadores de TDAH. A intervenção dos pais com

os filhos tende a ser mais pacífica, quando existe entre eles um relacionamento

razoavelmente bom, quando possuem facilidades em resolverem problemas

juntos, quando se divertem juntos, Para ajudar nesse tipo de relacionamento é

preciso que os pais adotem seguintes regras:

· Entender o desenvolvimento do adolescente e o impacto do TDAH

sobre ele.

· Desenvolver uma atitude de enfrentamento e expectativas razoáveis.

· Monitorar e reforçar regras a serem cumpridas dentro de casa e na rua,

com os pais trabalhando em conjunto como equipe.

· Estabelecer regras claras de comportamento para dentro de casa e

para a rua.

· Comunicar-se positiva e eficientemente.

· Resolver problemas de discordância mútua.

· Utilizar ajuda profissional de forma sábia.

· Manter o senso de humor e tirar férias de seu filho adolescente

regularmente.

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3.1.3 – Os medicamentos podem ajudar

A busca por um médico de confiança, quando se quer ter um

ajustamento por remédios, é importante.

Dúvidas são muitas, pois os pais sempre perguntam, se com o uso de

medicamentos o comportamento do seu filho pode mudar? Quanto tempo o

filho terá que fazer uso desses medicamentos? Será que o filho não vai se

viciar em outros tipos de drogas que farão mal a ele? Etc.

A preocupação que os pais apresentam pelo tratamento com drogas é

intensificada, devido alguns mitos que relatam a respeito dessas medicações

como por exemplo, -o uso de estimulantes é perigoso e não deve ser usado por

crianças, esse mito foi gerado nos anos 80 e 90, nos Estados Unidos, por uma

campanha publicitária que abordava o fato de que o uso de estimulantes como

a Ritalina ser uma droga perigosa.

A forma mais eficaz para que os médicos pudessem receitar aos

pacientes menores de idade o uso de Ritalina, era antes de tudo, pedir que os

pais assinassem um formulário certificando-se de que a droga não era perigosa,

tal fosse, não seria indicada por ele.

-Estimulantes como a Ritalina (metilfenidato), causam câncer. As

pessoas devem ter lido ou ouvido que a Ritalina ou qualquer outro estimulante

causa câncer em humanos. Nunca houve relato algum de nenhum fabricante a

respeito disso, tanto em crianças, como em adultos. Esse mito a respeito do

câncer se deu devido a um estudo simples feito em cobaias de laboratório

criadas para desenvolverem tumores hepáticos, onde foram utilizadas doses

três vezes a mais de medicamentos recomendadas aos seres humanos, mas as

cobaias já eram predispostas a desenvolverem os tumores, mesmo não sendo

medicadas com Ritalina.

-Estimulantes podem ser usados apenas por crianças novas. Os

estimulantes podem ser usados em qualquer que seja a idade, desde que a

pessoa apresente TDAH. Em décadas anteriores, o mito de que esse

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medicamento não poderia ser utilizado durante a puberdade, devido ser o

motivo da perda de sua eficácia.

Existem uma série de medicamentos que podem ser usados no

tratamento de TDAH como o Norpramin, o Tofranil e Tryptanol/Elavil.

Primariamente, esses medicamentos foram desenvolvidos para tratar pessoas

com depressão, entretanto, também começaram a serem utilizados para o

tratamento de TDAH, em crianças com ansiedade ou pânico, crianças com

problemas de urinar na cama e outras com o transtorno do sono, isto é, o terror

noturno. Esses medicamentos são utilizados quando a criança com TDAH

apresenta uma certa tolerância ao uso de estimulantes ou não exibe respostas,

apresenta depressão e ansiedade ligadas ao TDAH.

Tanto essas drogas, como outras, fazem mudanças de humor do seu

usuário e alteram o comportamento, modificando a química cerebral em regiões

específicas.

Pode-se observar as alterações que o uso dos medicamentos causam ao

paciente portador de TDAH, poucos dias após o início do uso, em outros casos,

essa alteração só acontece após várias semanas.

A criança portadora de TDAH que faz uso desse tipo de droga apresenta

progressos leves a moderados na capacidade de prestar atenção e controlar os

impulsos, isso faz com que elas se tornam menos impacientes ou hiperativas,

menos facilmente irritáveis, menos ansiosas e preocupadas aumentando a

alegria e o entusiasmo.

Para que os sintomas de TDAH sejam alterados, é preciso que combine

o uso da droga com um dos estimulantes, obtendo melhores resultados.

Tanto os estimulantes, como os antidepressivos tricíclicos, são tomados

por via oral uma ou duas vezes, mas somente os antidepressivos, são

eliminados com facilidades do organismo, se alojando na corrente sanguínea

por um longo prazo, tendo significado de que a droga é útil, sua durabilidade

será o dia todo e levará semanas para que a criança abandone a medicação,

caso seja necessário.

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O Wellbutrin(Bupropiona), é um antidepressivo novo, utilizado por

portadores de TDAH, adultos e crianças, apresentando algum tipo de benefício

ao usuário. È uma medicação que não possui nenhum tipo de relação química

com tricíclicos ou outros antidepressivos, mas como os demais, o seu uso

requer vários dias para que seja acumulado na corrente sanguínea, até que o

seu efeito possa ser observado. Esse tipo de droga pode causar convulsões, se

usada em altas doses e por crianças que já apresentam histórias prévias de

convulsões. Pode também acontecer de ao ser utilizada, a pessoa apresentar

inchaços, erupções cutâneas, irritabilidade, perda de apetite e dificuldades em

pegar no sono.

A clonidina é uma droga utilizada no tratamento de hipertensão em

adultos e que apresenta benefícios no tratamento de TDAH. Ela é capaz de

produzir alterações no comportamento e no humor, sendo um benefício para as

crianças portadoras de TDAH, que apresentam problemas com os estimulantes.

Existem transtornos em que a clonidina também é utilizada, mas que

causam enxaqueca, esquizofrenia, transtorno do pânico, etc.

Em crianças com TDAH, a clonidina pode ser capaz de reduzir a

hiperatividade motora e a impulsividade observadas com o transtorno, pode

tanto aumentar a cooperação da criança em tarefas e ordens como a tolerância

à frustração.

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CONCLUSÃO

Ao se tratar de Déficit de Transtorno de Atenção com Hiperatividade,

podemos concluir que falamos de uma doença que mexe com o cérebro do

portador, impedido que o mesmo consiga inibir seus impulsos nervosos,

fazendo com que os nervos ajam involuntariamente, levando o portador a ações

onde a falta de atenção é muito grande e a distração se dá, mesmo quando não

se tem nada que o atraia.

Uma doença que para muitos ainda é novidade e que por isso pode ser o

motivo de acharem natural tal comportamento da criança, ainda mais se a fase

em que ela se encontre pode lhe proporcionar isso. O perigo acontece nesses

casos, pois os pais deixam passar só procurando ajuda quando o caso está

avançado, isto é, quando a doença atinge a fase da adolescência ou a fase

adulta sem que se tenha ainda orientações de especialistas para que os

medicamentos possam ser usados, tornando-se complicado a vida desse

doente, no trabalho pela falta de concentração, e por não conseguir parar em

um único emprego.

Portanto, é muito importante que os pais, ao observarem

comportamentos além do normal em seu filho, busquem logo obterem

informações sobre o que possa estar se passando com ele, para que um

tratamento possa ser iniciado, com remédios mais fracos, para crianças que

estejam iniciando a doença, ou em doses mais fortes, para casos mais graves,

tendo com certeza de que se for seguido de maneira correta, o tratamento terá

resultado eficaz mais cedo.

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ANEXOS

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BIBLIOGRAFIA

SCHWARTZMAN, José Salomão. Transtorno de Déficit de Atenção. SP:

Mackenzie, 2001.

ROHDE, Luís A. P. e BENCZIK, Edyleine B. P. Transtorno de Déficit de

Atenção/Hiperatividade: O que é? Como ajudar? Porto Alegre: Artmed, 1999.

TOPCZEWSKI, Abram.Hiperatividade: Como lidar? SP: Casa do

Psicólogo, 1999.

BARKLEY, Russel. A. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.

SP: Artmed, 2002.

PHELAN, Thomas.W. e Ph.D.Transtorno de Déficit de Atenção e

Hiperatividade: Sintomas, Diagnósticos e Tratamento, Crianças e Adultos. SP:

M.Books, 2005.

RODRIGUES, Cássio. TOMITCH, Lêda M. B. e colaboradores.

Linguagem e Cérebro Humano: Contribuições Multidisciplinares. Porto Alegre:

Artmed, 2004.

REVISTA O GLOBO. Somos todos hiperativos? Rio de Janeiro, 12 fev.

2005. 18.20.21 p.

GOLDSTEIN, Sam e GOLDSTEIN, Michael. Hiperatividade: como

desenvolver a capacidade de atenção da criança. SP: Papirus, 1994.

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ATIVIDADES CULTURAIS

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação “Lato Sensu”

Título da monografia: Estudo sobre o Déficit de Transtorno de Atenção

com Hiperatividade

Data de entrega: 23/07/05

Rio de janeiro, 23 de julho de 2005.

ÍNDICE

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INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 9

DEFININDO O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM

HIPERATIVIDADE

1.1- Síndromes de TDAH no DSM-IV 10

1.1.1 - Causas de TDAH 11

1.1.2- Características de TDAH 13

1.1. 3 - A família do portador de TDAH 14

CAPÍTULO II 15

AVALIAÇÃO PROFISSIONAL 17

2.1 – Profissionais da escola 20

2.1.2 – O diagnóstico a respeito de TDAH 21

2.1.3 – Conselhos dos psicólogos 22

CAPÍTULO III 25

A BUSCA POR UM MELHOR COMPORTAMENTO

3.1 – O auto controle do portador de TDAH 29

3.1.1 – Ajuda nos relacionamentos com os amigos 32

3.1.2- O comportamento do adolescente com TDAH 36

3.1.3- Os medicamentos podem ajudar 38

CONCLUSÃO 41

ANEXOS 42

BIBLIOGRAFIA 43

ATIVIDADES CULTURAIS 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 45

ÍNDICE 46