UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “ … · psicologia social e do comportamento...
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “ LATO SENSU ”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LIDERANÇA COMO AGENTE INDISPENSÁVEL NA
MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE DA EQUIPE
BIANCA DA SILVA FREIRE
ORIENTADOR
MARCELO SALDANHA
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LIDERANÇA COMO AGENTE INDISPENSÁVEL NA
MOTIVAÇÃO E PRODUTIVIDADE DA EQUIPE
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Cândido Mendes como requisito
parcial para obtenção do grau de especialista em
Gestão Empresarial
Por: Bianca da Silva Freire
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que estiveram
comigo nesta jornada: professores,
familiares e amigos.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia a
quatro pessoas importantes
na minha formação: minha mãe Sueli,
minha avó Maria de Lourdes, minha tia Vera Lúcia e minha
madrinha Rosangela.
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RESUMO
As empresas atuais necessitam de líderes capazes de trabalhar e facilitar
a resolução de problemas em grupo, capazes de trabalhar junto com os
colegas e liderados, ajudando-os a identificar suas necessidades de
capacitação e a adquirir as habilidades necessárias e, ainda, serem capazes
de ouvir o que os outros têm a dizer, delegar autoridade e dividir o poder.
Neste contexto, AMORIM (2005) diz que as organizações, independentemente
de serem grandes ou pequenas, buscam pessoas que não apenas somem
uma pequena parcela a seus resultados, mas que também saibam lidar com
outras em sinergia, criando um clima positivo, que favoreça os resultados
organizacionais como os de seus membros. Essas pessoas são chamadas de
diferentes formas, mas a mais instigante e atraente talvez seja quando os
chamamos de “líderes”. É pensando neles que surgi a seguinte questão: “O
líder realmente pode ser um agente que motiva e aumenta a produtividade sua
equipe tornando-se então indispensável para ela.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 10
CAPÍTULO II 20
CONCLUSÃO III 34
ANEXOS 35
BIBLIOGRAFIA 40
ÍNDICE 43
FOLHA DE AVALIAÇÃO 45
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INTRODUÇÃO
Poderíamos afirmar que nossa sociedade se caracteriza por ser uma
sociedade de organizações. O homem nasce em uma organização, é educado
por organizações, passa grande parte de sua existência trabalhando em
organizações, e quando está em momentos de lazer, ele paga, joga, diverte-se,
reza e termina por morrer em organizações.
A teoria contemporânea da administração enfatiza a natureza das
organizações como sistema, nos quais tudo está interligado (Abordagem
Sistêmica). Enfatiza também que a eficácia da pratica gerencial depende das
características particulares da situação à qual está sendo aplicada (Abordagem
Contingencial).
Até a década de 60 o chefe servia para controlar ou ensinar as tarefas aos
funcionários – o bom chefe era aquele que tinha o pessoal na palma da mão –
porém as empresas, a partir da década de 70, passaram a necessitar mais da
contribuição intelectual de seus funcionários. Principalmente no fim dos anos
80, com a evolução da concorrência criou a necessidade de funcionários mais
dedicados – o novo bom chefe, agora chamado de líder, é aquele que
consegue estimular os funcionários, "vender" os objetivos à equipe, criar um
bom clima.
Portanto, a liderança é necessária em todos os tipos de organização
humana, principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos.
Ela é igualmente essencial em todas as demais funções da administração: o
administrador precisa conhecer a motivação humana e saber conduzir as
pessoas, isto é liderar. Há distinção entre o conceito de liderança como uma
qualidade pessoal (combinação especial de características pessoais que fazem
de um individuo um líder) e de liderança como função (decorrente da
distribuição da autoridade de tomar decisões dentro de uma empresa).
Portanto, o grau que um indivíduo demonstra qualidade de liderança depende
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não somente de suas próprias características, mas também das características
das situações na qual se encontra.
Com a globalização, avanços tecnológicos principalmente na área de
comunicação, com as constantes mudanças no mercado e concorrência
acirrada das empresas, vemos que a liderança tem seu lugar de importância
garantido, pois o comportamento de liderança envolve funções como planejar,
dar informações, avaliar, arbitrar, controlar, recompensar, estimular, punir etc.
E isso deve ajudar o grupo a atingir os seus objetivos, ou seja, suas
necessidades.
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CAPÍTULO I
A DINÂMICA DO COMPORTAMENTO DA LIDERANÇA
A liderança tem sido o tema de pesquisas importantes nos campos da
psicologia social e do comportamento organizacional desde a década de 1930.
Embora houvesse muitos livros e artigos ilustrando a “boa” liderança antes
desse período, tais obras eram, principalmente, teorias filosóficas ou sugestões
com poucos ou nenhum dado para sustentar seus pontos de vista
(BOWDITCH, 1992, p. 117). Décadas de análise acadêmica deram-nos mais
de 350 definições de liderança. Literalmente, só nos últimos setenta e cinco
anos foram feitas milhares de investigações empíricas ( BENNIS E NAUSS
1998, p. 4). A liderança ocorre dentro de uma situação específica e reflete um
relacionamento dinâmico entre indivíduos que buscam alcançar objetivos. Sem
liderança, as organizações seriam compostas por grupos desordenados de
indivíduos com falta de unidade de direção. (TREWATRA, 1982, p. 452). Este
assunto tem sido muito estudado, mas pouco entendido, diz Amorim (2005,
p.7). Com a mesma opinião, Bowditch (1992, p. 118) afirma que os termos líder
e liderança, freqüentemente usados na literatura sobre o comportamento
organizacional e nas conversas do dia-a-dia, tem gerado grandes mal-
entendidos sobre seu verdadeiro significado.
Stoner (1995, p. 344), diz que a liderança é um processo de dirigir e
influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo,
distribuído em três aspectos; o primeiro, envolve outras pessoas, o segundo
envolve uma distribuição desigual de poder entre os liderados, e o terceiro, os
membros do grupo e a capacidade de usar diferentes formas de poder para
influenciar de vários modos o comportamento dos seguidores. Selecionamos
mais alguns conceitos de autores consagrados na área de conhecimento, são
eles:
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a) Processo de influência no qual os indivíduos, com suas ações, facilitam o
movimento de um grupo de pessoas rumo a metas comuns ou
compartilhadas, (ROBBINS, 2001, p.371).
b) É a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do
processo da comunicação humana para consecução de um ou mais
objetivos específicos, (CHIAVENATO, 2001, p. 157).
c) Liderança é a realização de metas por meio da direção de colaborados,
(MAXIMIANO, 2004, p. 303).
1.1- Estilos de Liderança
Chiavenato (1993, p.177) descreve teorias que analisam a liderança em
termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus
subordinados. São as formas pelas quais o líder desempenha sua influência. A
liderança é vista como um fenômeno social, que ocorre em grupos sociais. O
estudo que explica a liderança por meio de estilos de comportamento, sem se
preocupar com características de personalidade, nos leva a três estilos de
liderança: autocrática, liberal (laissez-faire) e democrática. Portanto, para
salientar e fixar bem as diferenças entre os vários estilos de liderança,
abordamos alguns tipos de liderança para facilitar a compreensão.
Consequentemente, cabe ao líder escolher o tipo que mais condiz com a sua
personalidade. O autor descreve cada uma da seguinte maneira:
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Quadro: 1.1 Os três estilos de liderança
De acordo com Pinheiro & Macieira (2000), a liderança autoritária,
aquela que determina as idéias e o que será executado pelo grupo/equipe, e
isso implica na obediência por parte dos liderados. O líder é extremamente
dominador e pessoal nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro do
grupo. Para alguns o comportamento é condenável, mas, o seu uso tem
provado certa eficiência em algumas circunstâncias e com certo tipo de
pessoas lideradas. Por exemplo, um grupo/equipe relutante no cumprimento de
seus deveres e que não quer colaborar nem assumir responsabilidades. Na
liderança democrática, o líder determina com o grupo/equipe, as diretrizes,
permitindo esboçar as técnicas para alcançar os objetivos desejados. É
impessoal e objetivo em suas críticas e elogios. Para ele, o grupo/equipe é o
centro das decisões. Acredita-se que a ação do líder democrático é de suma
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importância para progresso da organização. Enfim, a liderança liberal, o líder
participa o mínimo do processo . dá total liberdade ao grupo para traçar
diretrizes. Apresenta alternativas ao grupo/equipe.
Numa análise, Idalberto CHIAVENATO (2001), enfatiza:
Os grupos submetidos à liderança autocrática
apresentaram a maior quantidade de trabalho produzido.
Sob a liderança liberal não saíram bem quanto à
quantidade e quanto à qualidade. Com a liderança
democrática, as equipes apresentaram um nível
quantitativo de produção equivalente à liderança
autocrática, com a qualidade de trabalho
surpreendentemente superior. (p.162).
Existe uma diferença entre o conceito de liderança como uma qualidade
pessoal (conjunto de características especiais pessoais que torna um indivíduo
um líder) e de liderança como função (decorrente da distribuição da autoridade
de tomar decisões dentro de uma empresa) o nível em que um indivíduo
demonstra qualidade de liderança não depende somente de suas próprias
características, mas, dos momentos no qual se encontra.
A influência da liderança informal passou a ser constatada a partir da
Teoria das Relações Humanas sobre o comportamento das pessoas. Maslow,
após realizar a Experiência de Hawthorne, obteve mérito ao demonstrar a
existência de líderes que representam as normas e expectativas do grupo,
garantindo assim, controle do comportamento. (CHIAVENATO, 1993, p.172).
Os estilos de liderança colocam dois comportamentos – autocrático e
democrático – em posições contrárias de uma escala, Tannenbaum e Schimidt
desenvolveram a idéia de uma régua dos estilos de liderança, dentro da qual a
autoridade do gerente e a liberdade dos integrantes da equipe combinam-se.
Conforme a autoridade no líder cresce, a autonomia do liderado diminui, e vice-
versa, MAXIMIANO (2004, p. 315), ver quadro 2.2 abaixo:
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Quadro 1.2: Modelo de liderança de Tannenbaum e Schimidt
Fonte: MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. TGA: da revolução urbana à
Maximiano (2004, p.317) descreve que, cada estilo engloba diferentes
comportamentos que podem ser eficazes ou ineficazes, dependendo da
situação. Analisando a liderança orientada para o líder, percebe-se que os
comportamentos são voltados ao modelo autocrático de uso de autoridade.
Percebe-se que o líder tem mais preocupação com a tarefa do que com o
grupo/equipe que a executa. No entanto, a liderança orientada para os
liderados compreende que os comportamentos classificam-se dentro do
modelo democrático. Em suma, o líder acredita que o processo administrativo
deve procurar criar um clima em que os liderados sintam-se confortáveis.
1.1.1– Abordagem da Liderança Situacional
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Essa abordagem, conhecida também como contigencial, é uma visão
complexa da liderança que examina os estilos, as habilidades e os talentos e
as necessidades de uma situação (MONTANA,CHARNOV, 199, P. 230).
Bateman (1998, p.343) diz que, segundo defensores da abordagem situacional,
não existem traços e comportamentos universalmente importantes. Eles
acreditam que os comportamentos eficazes variam de uma situação para outra.
O líder deve primeiro analisar a situação e depois decidir o que fazer. Em
outras palavras, olhar antes de liderar.
Wilhelm (1996, p.224) lembra que a medida que o ritmo da mudança no
contexto das organizações é de contínua aceleração, valores fundamentais e
sólidos se tornam cada vez mais imprescindíveis para orientar o
comportamento da liderança, tais valores como: inteligência básica, energia
pessoal, capacidade e vontade de crescer constantemente, visão, curiosidade
contagiosa, boa memória e capacidade de fazer com que os seguidores se
sintam bem consigo mesmos, cria possibilidade de tomada de decisão com
relação às diretrizes e procedimentos.
1.1.2 - Características dos Comportamentos na Liderança
Segundo Robbins (2001, p. 372), existem três variáveis fundamentais
que facilitam o entendimento da liderança: características do líder,
características do seguidor, e comportamento do líder, analisados no contexto
da liderança. Observe o quadro 2.3 abaixo:
Variáveis fundamentais da liderança
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Fonte: ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São
Paulo: Saraiva, 2001, p.372.
A liderança depende de variáveis no líder, nos subordinados e na
situação. Ela é função dos objetivos pessoais, da situação e dos valores das
pessoas (CHIANEVATO 2001, p.159). O que liga o líder aos seguidores é a
existência de uma tarefa ou missão. Sem esse componente não há liderança,
apenas influência ou popularidade (MAXIMINIANO, 2004, p. 310). O líder deve
estar preparado para lidar com as diversidades, com diferentes perfis
comportamentais existentes em sua equipe, estilos inerente à personalidade de
cada ser, fazendo disso um grande aliado para a gestão, e não um fator
complicador. Uma característica comum do líder, afirma Lacombe (2003, p.
350), é confiar em si. Ainda na óptica do autor, o líder deve ser inteligente, de
bom julgamento, discernimento, imaginação, habilidade em aceitar
responsabilidades, senso de humor, personalidade equilibrada e senso de
justiça. Amorim (2005, p.24) incrementa dizendo que: “construir confiança é
tratar todos com respeito, dignidade, confiança compartilhando informações,
poder envolvendo todos usando valores essenciais como justiça, integridade e
responsabilidade.” Diz, Blanchard & Hersey (1986, p. 151), expor exemplos de
pesquisas que confirmam a tese, os estilos de comportamento básico de líder
podem ser eficazes ou ineficazes, observando cada fato. O mesmo autor
comenta que a maior parte dos lideres tem um estilo de liderança primário e
secundário. Expõem o estilo de liderança primário de um líder como modelo
comportamental mais frequente para influenciar as atividades das pessoas.
Declara MILERIS (JORNAL DO COMMERCIO. Comportamentos essenciais do
líder. Wilson Mileris - Seu dinheiro, 31/05/2005), que em seu comportamento,
o líder, deve fazer parte da equipe, não se colocar no papel de superior e sim
de parceiro, dividindo as tarefas e sendo cúmplice de seu time e vice-versa.
Um bom líder precisa conhecer as metas pessoais dos seus liderados e alinhá-
las com as metas corporativas, para de forma interligada alcançar um objetivo.
Segundo Bateman (1998, p.348), para ser um bom líder é preciso aprender a
fazer as coisas que os lideres fazem: os comportamentos de liderança que
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foram discutidos. Tudo isto é mais fácil falar do que fazer, mas distingue os
líderes das pessoas comuns. O modo como o líder se comporta influencia as
atitudes e desempenho das pessoas. MAXIMIANO (2004) diz que algumas
pessoas são lideres não por causa de suas habilidades, mas porque gostam de
liderar. (312).
1.1.3 - Liderança como um fenômeno de influência interpessoal
A liderança é um fenômeno social que decorre dos relacionamentos
entre pessoas de um dado grupo. A influência é uma força psicológica, uma
transação interpessoal na qual uma pessoa age de modo a modificar o
comportamento de outra, de algum modo intencional. A influência envolve
conceitos como poder e autoridade. O poder é o potencial de influência de uma
pessoa sobre outras. A autoridade é o poder legítimo, isto é, o poder que tem
uma pessoa em virtude do seu papel ou posição em uma estrutura
organizacional (CHIAVENATO, 2001, p. 157).
Enfatizando o assunto, Fela MOSCOVICI (2003) considera:
Relações interpessoais e clima de grupo influenciam-se
recíproca e circularmente, caracterizando um ambiente
agradável e estimulante, ou desagradável e avesso, ou
neutro e monótono. (...) a liderança e a participação eficaz
em grupo dependem essencialmente da competência
interpessoal do líder e dos membros. (p.35)
Segundo Hersey & Blanchard (1986, p.67), sem a competência
interpessoal ou ambiente psicologicamente seguro, a empresa (equipe)
transforma-se num território rico em desconfiança, gerando conflitos
intergrupais (individuais), etc., por conseqüência diminui o sucesso para
resolução de problemas.
Washington SOUZA (2007) afirma no seu artigo que:
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Influência é a arte de levar o liderado a lugares que ele
jamais iria sozinho. Partindo dessa premissa, podemos
identificar que em muitas situações os colaboradores têm
uma capacidade infinita e podem melhorar a todo instante
seus resultados, mas não conseguem. No entanto,
quando estão sob a influência de um líder, os resultados
fluem naturalmente, pois esse líder não faz nada mais do
que encorajá-los,, ressaltar suas qualidades, procurar
treinar suas deficiências e mostrar os caminhos a serem
trilhados. Pronto, os resultados aparecem.
Segundo TRECKER (1974, p.25), o líder deve conhecer os membros de
sua equipe. Estabelecer um bom ambiente de trabalho, baseado na amizade e
confiança mútuas, pois, sem relacionamento não pode haver influência. E
saber com clareza os objetivos e expô-los com nitidez, mostrando assim que
direção tomar. Com estes comportamentos cria-se estima e respeito entre os
liderados, de tal forma que se conscientizam de que cada um é capaz e
competente na execução da tarefa que lhe foi designada. Essa capacidade é
chamada de competência interpessoal e torna funcional o exercício da
autoridade. (MUNICUCCI, 1997, p.188). Amorim (2005,p.71) afirma que o líder
deve buscar transmitir suas idéias e crenças a sua equipe, com clareza e
precisão para compartilhar conhecimentos e experiências.
1.1.4 - Liderança como um processo de redução da incerteza de uma
equipe
O ponto em que uma pessoa demonstra qualidade de liderança depende
não somente de suas próprias características, mas também do ambiente da
situação na qual se encontra. A escolha do líder é essencial para que o grupo
caminhe para os objetivos pré-estabelecidos. É ele que dará maior assistência
e orientação. Escolhido o líder, o grau de incerteza do grupo tende a baixar,
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entendendo-se que o líder é o tomador de decisão (CHIAVENATO, 2001,
p.158).
1.1.5 - Liderança como uma relação funcional entre líder e os liderados
A relação entre líder e subordinados repousa em três generalizações:
a) A vida para cada pessoa constitui uma contínua luta para satisfazer
necessidades, aliviar tensões e manter o equilíbrio.
b) A maior parte das necessidades individuais, em nossa cultura, é satisfeita
por meio de relações com outros indivíduos ou grupos sociais.
c) Para todas as pessoas, o processo de usar relações com outros indivíduos
é um processo ativo – e não passivo – de satisfazer necessidades. Em
outros termos, a pessoa não espera passivamente que a relação capaz de
proporcionar-lhe os meios de satisfazer uma necessidade ocorra
naturalmente, mas ela própria procura os relacionamentos adequados para
tanto, ou utiliza aqueles relacionamentos que já existem com o propósito de
satisfazer suas necessidades individuais (CHIAVENATO, 2001, p. 158).
AMORIM (2005, p.35) reforça que: ”não há líder sem liderados,
subordinados, funcionários ou colaboradores. O nome não importa. O que
importa é que não há líder se não houver pessoas que o sigam, que o ouçam e
o apóiem na sua ação gerencial.”
A liderança depende de variáveis no líder, nos subordinados e na
situação. Ela é função dos objetivos pessoais, da situação e dos valores das
pessoas (CHIAVENATO, 2001, p. 159). O que liga o líder aos seguidores é a
existência de uma tarefa ou missão. Sem esse componente não há liderança,
apenas influência ou popularidade (MAXIMINIANO, 2004, p. 310).
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CAPÍTULO II
A LIDERANÇA COMO AGENTE INDISPENSÁVEL NA
MOTIVAÇÃO
2.1 – Compotamento do Líder na Organização
O comportamento organizacional é um campo de estudos que investiga o
impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento
dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para
promover a melhoria da eficácia organizacional. Ele estuda três determinantes
do comportamentos das organizações: indivíduos, grupos e estrutura (ROBINS
2002, p. 6). Todas as organizações possuem pessoas, e é parte do trabalho do
executivo (líder) dirigir e coordenar essas pessoas. Motivar os funcionários,
dirigir as atividades dos outros, escolher os canais mais eficientes de
comunicação ou resolver os conflitos entre os subordinados: Este é o
comportamento de um líder( IBID, p. 2).
2.1.2 - As responsabilidades do líder nos resultados
“Fazer acontecer”. Essa atitude deve ser o ponto de partida para se
discutir sobre as posturas e hábitos de um líder. Ele busca atingir sempre os
melhores resultados. Para isso, precisa de uma equipe comprometida, e
principalmente motivada, pois sozinho não será capaz de resolver todos os
problemas e realizar as tarefas do dia-a-dia. Liderar é diferente de oprimir e
coagir. É fazer com que a equipe seja participativa e busque alcançar os
objetivos. Ao líder cabe a missão de gerar os resultados pretendidos pela
organização por meio de pessoas, ressaltando como condição básica para o
desempenho do papel da liderança, que o modelo a ser seguido tenha foco nas
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pessoas, em seus potenciais e desempenhos, servindo como alavanca de
oportunidades e resultados para a organização (GUIMARÃES, 2005).
2.1.3 - Comunicação como ferramenta para evitar fragmentação da
informações
A comunicação tem quatro funções básicas dentro de uma equipe ou
uma organização: controle, motivação, expressão emocional e informação
(FREMAN 1995, P. 276).
a) Controle: A comunicação age no controle do comportamento das pessoas
de diversas maneiras. As organizações possuem hierarquias e orientações
formais que devem ser seguidas pelos funcionários. Quando estes são
informados que devem, por exemplo, comunicar qualquer problema de
trabalho principalmente ao seu superior imediato, ou seguir à risca suas
instruções de trabalho, ou adequar-se às políticas da empresa, a
comunicação informal também controla o comportamento. Quando um
grupo de trabalho hostiliza ou reclama com um membro que está
produzindo demais (e, assim, fazendo com que o resto do grupo pareça
preguiçoso), esses indivíduos estão se comunicando informalmente e
controlando o comportamento do colega.
b) Motivação: A comunicação facilita a motivação por esclarecer os
funcionários o que deve ser feito, avaliar a qualidade do seu desempenho e
orientar sobre o que fazer para melhorá-lo. O estabelecimento de metas
específicas, o feedback do processo em relação a elas e o reforço do
comportamento desejável estimulam a motivação e requerem a
comunicação.
c) Expressões emocionais: A comunicação que ocorre dentro do grupo é um
mecanismo fundamental para que seus membros expressem suas
frustrações ou sentimentos de satisfações. Ela fornece o meio para a
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expressão emocional de sentimentos e de atendimento das necessidades
sociais.
d) Informação: Por fim, relacionada como facilitadora de tomadas de
decisões, a comunicação transmite ao grupo o que precisa para tomar
decisões. Ela transmite dados para identificação de alternativas.
2.1.4 - Desenvolver habilidades eficazes
O líder precisa entender o histórico de seus subordinados, como eles se
comportavam desta ou daquela maneira. No entanto, obter a compreensão do
passado não é suficiente para desenvolver a habilidade do subordinado: prever
os seus passos é mais um nível. Para um líder eficaz não basta apenas
compreender e prever o comportamento, precisar desenvolver habilidades que
lhe permitam dirigir, modificar e controlar os comportamentos (HERSEY 1986,
p. 105). Na atual conjuntura o líder está cada vez mais moderno utilizando a
inteligência emocional como sua principal ferramenta. Agente que investe em
suas habilidades, assume riscos e responsabilidades por acontecimentos
diários, são atualizados e flexíveis, resolvem conflitos, toleram frustrações e
sabe exatamente o seu papel. (MARCHESINI,2002, p.41).
2.2 - Processo da Motivação
“A motivação pode ser descrita como o processo de estimular um
indivíduo para tomar ações que levarão ao preenchimento de uma necessidade
ou a realização de uma meta desejada”. (MONTANA & CHARNOV, 1999,
p.203).
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Ao se referir a motivação, deve-se ter o cuidado de
compreender como ela se manifesta em cada indivíduo,
pois cada pessoa representa um mundo diferente, com
estímulos diferentes, pensamentos, ações
comportamentos ou seja, tem características e hábitos
pessoais próprios. Desta maneira, a motivação é vista e
absorvida consciente ou inconscientemente de forma
diferente para cada indivíduo, assim, não se pode
presumir que a motivação possa dar os mesmos
resultados em outros. (SOBRINHO &ALMEIDA, 2002,
p.34).
Almeida (2007) diz que não é possível criar necessidades em alguém. A
motivação surge a partir das necessidades particulares de cada pessoa. Elas
não costumam ficar motivadas por muito tempo pelo mesmo fator motivacional.
É por este motivo que o líder deve estar em constante avaliação do grau de
motivação dos seus liderados, pois o foco de satisfação das necessidades
mudam constantemente, juntamente com objeto da motivação. Montana &
Charnov (1999, p.205), diz que conforme Maslow, as necessidades não
satisfeitas são fontes de motivação. Um bom exemplo é quando se tem desejo
de prosperar, se estuda e aprende o máximo possível para satisfazer essa
ambição.
Também afirma que existem cinco sistemas responsáveis por parte de
nosso comportamento. Em escalas hierárquicas do imaturo ao maduro, se
dividem em necessidades fisiológicas pois, vem preocupação em sobreviver.
Depois a segurança, ao evitar prejuízos, mantendo-se seguro. O terceiro é o
ato de pertencer, desejo normal do ser humano de ser aceito e apreciado. A
estima, motivando a pessoa a contribuir com os esforços do grupo em troca de
várias formas de recompensa que o reconhecimento pode trazer. E enfim, a
auto-realização, satisfação pessoal, conquista. Abaixo temos o quadro 2.4 em
pirâmide representando o sistema:
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Pirâmide de Maslow - Hierarquia das Necessidades
Fonte: MONTANA & CHARNOV, Administração. 1999, p.203.
CHIAVENATO, (1994, p.380) descreve as necessidades fisiológicas
como vegetativas, relação com a fome, o cansaço, o sono, o desejo sexual e
etc. É um ciclo que diz respeito à sobrevivência do indivíduo e da espécie. São
pressões fisiológicas que o levam à busca da satisfação. Quanto à
necessidade segurança, leva o desejo de estabilidade, proteção do perigo real
ou imaginário, físico ou abstrato.
No que concerne às necessidades sociais, estas se refletem na vida
social do indivíduo. São necessidades de aceitação mútua entre pessoas que
se dá pela associação, pela participação, por parte de colegas e amigos, pelo
amor e afeto. Esse acontecimento dar-se quando as necessidades mais
básicas (fisiológicas e de segurança) encontram-se relativamente satisfeitas.
Já as necessidades de estima, dizem respeito às atividades
relacionadas à afetividade, como a pessoa se auto-avalia, ou seja, sua
percepção com relação a sua auto-avaliação e auto-estima. É o
reconhecimento de conduta ou de caráter moralmente bons, que envolvem a
auto-apreciação, a auto-confiança, a necessidade de aprovação social e de
reconhecimento, de status, prestígio e de consideração. No entanto, a carência
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dessas satisfações, desses desejos, dessas necessidades podem causar
sentimentos de inferioridade, dependência, desamparo e desânimo na pessoa.
Contudo, as necessidades de auto-realização, que são as que estão no
pináculo, ponto mais elevado da pirâmide, são as necessidades que levam o
indivíduo a realizar o seu próprio potencial, sua meta, desenvolvida ao longo de
sua carreira através de sua potencialidade.
2.2.1 - Teoria da Higiene-motivação de Herzberg
Teoria da motivação mais voltada ao trabalho e realizações do mesmo,
em meio as investigações, que o levou a concluir que essas necessidades
eram bastante similares às sugeridas por Maslow, Herzberg descobre que os
sistemas de necessidades que correspondem aos níveis de estima e auto-
realização de Maslow são como fontes diretas de motivação para se trabalhar
com eficácia, e a necessidade de pertencer especificamente ligada à área de
relacionamento entre supervisor/líder e subordinado/liderado e às situações
relacionadas com as satisfações pessoais. Para ele, essas necessidades são
chamadas de fatores de motivação ou satisfação. Os sistemas das
necessidades inferiores, em especial as necessidades fisiológicas e de
segurança, foram chamados por ele de fatores de higiene ou insatisfação,
como mostra o quadro 2.5 (MONTANA & CHARNOV, 1999, p.207):
Fatores de Herzberg
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De acordo com Cecília BERGAMINI (1996), e as próprias palavras de
Herzberg, esses dois fatores podem ser assim compreendidos:
Resumindo, os fatores de higiene satisfazem os anseios
do homem de evitar aborrecimentos. ‘não gosto de ser
tratado dessa maneira; não quero sofrer privações por
causa de um baixo salário, relações interpessoais más
causam aborrecimento’. Em outras palavras desejam que
suas vidas sejam higienicamente limpas. Os fatores
motivadores por outro lado tornam as pessoas felizes com
seus serviços porque atendem à necessidade básica e
humana de crescimento psicológico; uma necessidade de
se tornar mais competente. (p.124).
Lamcobe & Heilborn (2003, p.332) diz que, os fatores realmente
motivadores operam no sentido positivo, com possibilidade de aumentar a
produtividade e os resultados, no entanto, os fatores higiênicos tendem a
exercer influência no sentido de impedir situações negativas.
Marchesini (2002, p.42), discute a questão de motivar ou não o liderado,
pois, existe muita dificuldade para se fazer tal façanha e se justifica pelo fato de
que motivar é uma questão muito pessoal. E conclui que é possível criando
condições e ambientes que estimulem a motivação pessoal dos integrantes da
equipe. Amorim (2005, p.27), esclarece que existem pelo menos dois tipos
diferentes de motivação: a intrínseca e a extrínseca. A primeira é a motivação
que cada um exprime a partir de nossas carências e expectativas, conduzindo
à ação. A outra é o resultados dos estímulos ambientais a que somos
submetidos. As ações do líder podem ser grandes estimuladores do
comportamento no desempenho da equipe.
2.3 - Equipe versus Grupo: qual a diferença?
27
Grupos e equipes não são a mesma coisa, diferença, pois, o grupo de
trabalho é o que se interage para compartilhar informações e tomar decisões
na qual irá ajudar a cada membro do grupo em sua área de responsabilidade,
porém não tem a oportunidade de se engajarem em um trabalho coletivo que
venha requerer reforço conjunto. Com isso percebemos que o grupo não gera
sinergia positiva que possa criar um nível geral de desempenho maior do que a
soma das entradas (ROBBINS 2002, P. 250).
As equipes já geram uma sinergia positiva por disporem do esforço
coordenado, resultando em um nível de desempenho maior do que a soma das
entradas individuais, isto tem refletido em grandes empresas na quais tem sido
reestruturados os processo de trabalho em torno de equipes. A utilização de
equipes gera um potencial para a organização melhorar seu desempenho.
Somente chamar um grupo de equipe não faz com que o desempenho venha a
mudar (OPI, 250).
As equipes geralmente superam os indivíduos quando as tarefas a
serem realizadas exigem conhecimentos específicos, discernimento e
experiência. As equipes fazem com que as organizações trabalhem com mais
eficácia e eficiência e são mais flexíveis e sensíveis a eventos variáveis do que
os grupos, pois a melhoria dos processos é um dos ingredientes das equipes
(ROBBINS 2001, p. 272).
Para que as equipes venham obter uma sinergia positiva não existe
mágica, o que ocorre nas equipes eficazes é que possuem características
comuns. Com isto se sobressaem, melhorando o desempenho organizacional
(ROBBINS 2002, p. 250).
Diferenças entre grupos de trabalho e equipes
28
2.3.1 - Tipos de Equipes
As equipes podem ser classificadas com base em seus objetivos. A mais
comumente que encontrados em uma organização são as equipes de solução
de problema, as equipes autogerenciadas, as equipes multifuncionais e as
equipes virtuais (Opi, p. 251).
2.3.1.1 -Equipes de solução de problemas
São grupos de 5 a 12 funcionários do mesmo departamento, que se
reúnem algumas horas por semana para discutir formas de melhorar a
qualidade, a eficiência e o ambiente de trabalho. Este tipo de equipe os
membros trocam idéias e oferecem sugestões sobre o processos e métodos de
trabalhos que podem ser melhorados (ROBBINS 2002, P. 251).
Uma das aplicações mais comuns das equipes de solução de
problemas durante a década de 80 foram os círculos de qualidade. Estes
círculos são grupos de trabalho com 8 a 12 membros, entre funcionários e
chefes, que detém uma área de responsabilidade. Se encontravam uma vez
por semana para discutir sobre eventuais problemas de qualidade, buscavam
investigar a gênesis do problema e encontrar uma solução viável (OPI, 190).
Como funciona um típico círculo de qualidade
29
2.3.1.2 - Equipes de trabalhos autogerenciadas
A equipe que abordamos anteriormente estava no caminho correto, mas não
conseguia envolver os funcionários nas decisões e processos relacionados
com trabalho, isso fez com que viessem a ser testadas equipes realmente
autônomas, que podiam não apenas solucionar os problemas mais também
implementar soluções e assumir responsabilidade pelos resultados (IBID, p.
252).
Entram em cena as equipes de trabalho autogerenciadas, grupos de
funcionários, geralmente entre 10 e 15 pessoas que trabalham relacionados
ou interdependentemente e assumem muitas responsabilidades de seus
antigos supervisores. A função destas equipes está em planejar,
desenvolver um cronograma de trabalho, delegar tarefas aos membros e
controlar coletivamente o andamento do trabalho e demais atividades que
envolvem a tomadas de decisões operacionais. Grandes empresas como
30
Xerox, General Motors, PepsiCo, Hewlett-Packard, implementaram as
equipes autogerenciada (IBID, p. 253).
Apesar de algumas instituições elogiarem e implantarem este tipo de equipe,
há outras organizações que as descartam, pois, alegam não funcionar
durante o processo de “Downsing “. Pesquisas apontam que as equipes
autogerenciadas não tem sido muito eficazes e uniformemente positivas. A
inconsistência dos resultados das pesquisas mostra-nos que para se obter
resultado positivo as equipes autogerenciadas dependem de cada situação
(IBID, p. 253).
2.3.1.3- Equipes multifuncionais
São equipes formadas por funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de
diferentes setores da empresa que se juntam para cumprir uma tarefa.
Algumas empresas utilizam uma força – tarefa (equipes multifuncionais
temporárias), de maneira semelhante. Os comitês são outro exemplo de
equipe multifuncional. Este tipo de equipe representa uma forma eficaz de
permitir que pessoas de diferentes áreas de uma empresa ou até de
diferentes empresas, possam trocar informações, desenvolver novas idéias,
solucionar problemas e coordenar projetos complexos (IBID, p. 253).
Este tipo de equipe não é fácil de se administrar. Os primeiros passos de
desenvolvimento costumam ser bem trabalhosos e demorados, pois leva
algum tempo para que se desenvolva confiança e o espírito de equipe, por
haver pessoas com diferentes históricos, experiência e perspectivas (IBID, p.
253).
2.3.1.4 - Equipes virtuais
31
As equipes virtuais são as que utilizam a tecnologia da informação para
desenvolver um trabalho. Ë peculiar a este tipo de equipe, permitir que as
pessoas colaborem on-line, utilizando meios de comunicação como redes
internas e externas, videoconferência ou correio eletrônico (IBID, p. 253).
As equipes virtuais podem fazer tudo que outras equipes fazem: podem
reunir-se por alguns dias para a solução de um problema, alguns meses
para a conclusão de um projeto ou permanentemente. Porém há três fatores
básicos que diferenciam as equipes virtuais daquele tipo face a face que
são:
Ø Ausência de gestos não verbais ou para verbais;
Ø Contexto social limitado;
Ø Capacidade de superar as limitações de tempo e espaço.
As equipes virtuais possuem menor empatia e interação direta entre seus
membros, e uma deficiência é a falta de troca pessoais que ocorre em
algumas discussões (IBID, P. 254).
Apesar de umas intempéries viáveis, as equipes virtuais são capazes de
trabalhar mesmo que seus membros estejam separados por milhares de
quilômetros e diferentes fusos horários, permitindo que venham a se
coadunar.
2.3.2 - Distribuição de papéis nas equipes
Em uma equipe eficaz, os membros sistematicamente desempenham
certos papéis que contribuem não somente para alcançar objetivos atuais
estabelecidos, mas também para melhoria contínua do trabalho da equipe em
longo prazo (QUICK 1995, p. 51).
As equipes possuem necessidades diferentes, e as pessoas devem
ser para elas selecionadas tendo em vista essa diversidade e assegurando
que todos os papéis sejam preenchidos (ROBBINS 2002, p. 257) .
32
Existem papéis mais comuns e úteis na constituição de uma equipe que
incluem apoio, confrontação, moderação, mediação, harmonização,
sintetização e observação do processo (QUICK 1995, p. 51).
As equipes bem sucedidas possuem pessoas para todos os papéis, que são
selecionadas de acordo com suas habilidade e preferências. Há equipes que
os membros possuem vários papéis. Olhando pelo lado administrativo, isto é
prejudicial, pois, há necessidade de identificar os pontos fortes de cada
colaborador, para que possa ocorre um ajuste aos estilos preferidos pelos
membros (ROBBINS 2002, p. 258).
Papéis fundamentais nas equipesFonte: Baseado em Mãrgerison, C. e
McCann, D.Team Management: Practical New Approaches
(Condon: Mercury Books, 1990)
O quadro 2.11 demonstra como é a distribuição de papéis nas
equipes, mostrando-nos que necessário que cada membro da equipe venha ter
33
uma função especifica isto corrobora para harmonizar as preferências
individuais, isto aumentam as chances de as equipes trabalharem em conjunto
(ROBBINS 2001, p. 276).
34
Capítulo III
CONCLUSÃO
O presente estudo teve como objetivo demonstrar a importância do líder
dentro do ambiente de trabalho, mais precisamente liderando equipe. Com a
ajuda dos conhecimentos teóricos abordados nesta obra a partir das definições
de lideranças citadas por alguns autores. Analisando também os estilos e
abordagem de liderança situacional, observando também a relação
interpessoal, comportamentos, responsabilidades, influência e poder
formalmente adquirido, constatamos que o desempenho do líder que tem
como meta motivar e aumentar a produtividade de sua equipe e este fato só
ocorre no momento que o líder busca no grupo respostas para que assim
possa direcionar e alcançar os objetivos.
35
ANEXOS I
36
37
38
39
40
BIBLIOGRAFIA
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RETI, Andrea Huggard. A Leve-me ao seu líder. IN MELHOR GESTÃO DE
PESSOAS.s-e. São Paulo: Segmento, p.31-32
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO
INTRUÇÃO
CAPÍTULO I
A dinâmica do comportamento da liderança 10
1.1 – Estilos de liderança 11
1.1.1 – Abordagem da Liderança Situacional 14
1.1.2 – Características dos comportamentos na liderança 17
1.1.3 – Liderança como um fenômeno de influência interpessoal 18
1.1.4 – Liderança como um processo de redução da incerteza de uma
equipe 18
1.1.5. – Liderança como uma relação entre líderes e os liderados 19
44
CAPÍTULO II
A liderança como agente indispensável na motivação 20
2.1 – Comportamento do líder na organização 20
2.1.1 – As responsabilidades do líder nos resultados 20
2.1.2 – Comunicação como ferramenta para evitar fragmentação das
informações 20
2.1.3 – Desenvolver habilidades eficazes 21
2.2 – Processo da motivação 22
2.2.1 – Teoria da Higiene-motivação de Herzberg 25
2.3 – Equipe versus grupo: qual a diferença? 26
2.3.1 – Tipos de equipes 28
2.3.1.1 – Equipes de solução de problemas 28
2.3.1.2 – Equipes de trabalhos autogerenciadas 29
2.3.1.3 – Equipes multifuncionais 30
2.3.1.4 – Equipes virtuais 30
2.3.2 – Distribuição de papéis nas equipes 31
CONCLUSÃO 34
ANEXOS 35
BIBLIOGRAFIA 40
ÍNDICE 43
45
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da Entrega:
Avaliado por: Conceito: