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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: UM DESAFIO A LIDAR COM AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA GESTÃO EMPRESARIAL MÔNICA SANTOS ROSA DE JESUS MATRÍCULA - k210604 RIO DE JANEIRO Julho / 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: UM DESAFIO A LIDAR COM AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA GESTÃO

EMPRESARIAL

MÔNICA SANTOS ROSA DE JESUS

MATRÍCULA - k210604

RIO DE JANEIRO Julho / 2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: UM DESAFIO A LIDAR COM AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA GESTÃO

EMPRESARIAL

Apresentação da monografia ao Instituto A Vez do Mestre - Universidade Candido Mendes como requisito parcial para conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Senso” em Gestão de Recursos Humanos.

Por: Mônica Santos Rosa de Jesus

Orientadora Ana Paula Ribeiro

Rio de Janeiro 2009

AGRADECIMENTOS

A minha Orientadora Professora Ana Paula

Ribeiro, pela atenção, amizade e orientação

nesse trabalho.

Aos Professores do Curso de Pós-Graduação

“Lato Senso” em Gestão de Recursos

Humanos, pelos ensinamentos e contribuições

oferecidas no durante esse nosso convívio.

Aos meus pais, pelo eterno incentivo.

A todos que contribuíram de alguma forma para

em minha formação, direta ou indiretamente.

DEDICATÓRIA

A Deus, pois sem sua presença em minha vida,

nada poderia ser conquistado.

A minha mãe Luzia da Silva, pelo amor apoio e

exemplo de vida.

Ao meu esposo, Valdir Carlos de Jesus Junior,

pelo amor, atenção e oportunidade dele estar

presente em meu caminho.

A mais nova criatura da família, a Maria Clara,

que chegará com as benções do Senhor,

dando-nos alegria nesta etapa de nossas vidas.

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece”.

(Filipenses, 4:13)

RESUMO

O objetivo desse estudo é identificar como o recrutamento e a seleção de pessoas pode ser tornar um desafio para lidar com as novas exigências da gestão empresarial. Nesse sentido, será importante lembrar que no atual mundo competitivo, as organizações estão sendo cada vez mais exigentes, buscando candidatos capacitados para que se evitem demissões de modo repentino. Sendo assim, torna-se evidente a busca de pessoas dinâmicas e que tenham potencial eficaz, com o propósito de maximizar a produção e o lucro, e efetivamente alcançar o sucesso empresarial. Portanto, acredita-se que ao lidar com as pessoas, verifica-se que, se ocorrer um trabalho eficaz em Gestão de Recursos Humanos, será viável otimizar o trabalho em grupo, favorecendo de forma direta os resultados e lucros das empresas. Para tanto é de suma importância o trabalho do gestor de Recursos Humanos no processo de recrutamento e seleção na empresa, no momento em que se processa a escolha. Isso contribui para que se alcance a meta maior da organização que se congrega em contratar os melhores candidatos, ou seja, os que atendem ao perfil do cargo em questão. Ressalta-se que o recrutamento é também importante na obtenção dos resultados, e pode ser entendido como prática integrada e implementada revelando impactos positivos, caso contrário, pode gerar impactos negativos. Isso indica que a escolha mais adequada oferecerá oportunidades a empresa para alcançar o sucesso, tendo como alicerce as pessoas que a compõem, não esquecendo que o processo de seleção exige atenção especifica, já que o mesmo irá definir, tanto por formas como estratégias diversas o candidato que deverá preencher a vaga na organização.

Palavras-chave: Recrutamento, Seleção de Pessoas e Gestão Empresarial.

METODOLOGIA

O trabalho tem como metodologia a pesquisa descritiva, que nas

palavras de Vergara (2005) serve para expor características de certa

população ou de um determinado fenômeno.

Para o autor, pode ainda estabelecer correlações entre variáveis e assim

definir sua natureza. Não possui compromisso em explicar fenômenos que

descreve, embora possa servir de fundamento para essa explicação.

Nessa linha de raciocínio, alerta-se que a pesquisa descritiva possui o

propósito descrever características de grupos, estimar a proporção de

elementos numa população específica que tenham algumas características

e/ou comportamentos, servindo para descobrir ou verificar a existência de

relação entre as variáveis.

Sendo o objetivo dessa pesquisa a identificação do processo de

recrutamento e seleção enquanto um desafio exigido para lidar com as novas

exigências da gestão empresarial, deve-se lembrar que o estudo é um

procedimento metodológico de caráter qualitativo, pois pretende se

aprofundar numa temática específica traçando características do fenômeno

estudado. Além disso, segue o caminho determinado para demonstrar a

importância do recrutamento e seleção na gestão empresarial.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................... 08

CAPÍTULO I - A GESTÃO E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO

MUNDO CONTEMPORÂNEO ....................................................................... 12

CAPÍTULO II - O PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

DE PESSOAL ................................................................................................. 21

CAPÍTULO III - LIDERANÇA, COMUNICAÇÃO E APRENDIZAGEM

NA GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS ................................................. 38

CONCLUSÃO ................................................................................................. 56

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 60

ÍNDICE ........................................................................................................... 63

FOLHA DE AVALIAÇÃO

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo a identificar como o recrutamento

e a seleção de pessoas pode ser tornar um desafio para lidar com as novas

exigências da gestão empresarial.

No entanto, de forma específica, procura-se conceituar recrutamento e

seleção de pessoal no ambiente empresarial moderno, mencionando as

vantagens, desvantagens e formas do recrutamento interno e externo, e ainda

tentar explicar as formas estratégicas de recursos humanos para adequar e

capacitar funcionários no atendimento às novas equações de mercado

competitivo.

Nesse caso, será importante observar que ao longo dos anos, a

Administração na área de Recursos Humanos nas empresas vem apontando

que as relações humanas no trabalho são fatores primordiais, para a obtenção

do sucesso empresarial no mercado competitivo.

Este mercado, que aí está, frente às pós-modernidade, elucidado pelo

crescimento da tecnologia virtual, fez nascer à motivação em ampliar

conhecimentos sobre o que acontece quando se lida com pessoas no

desenvolvimento de suas atividades laborais.

Sendo assim, ao lidar com as pessoas, percebe-se que, se houver um

trabalho eficaz em RH, será possível otimizar o trabalho em grupo, favorecendo

de forma direta os resultados e lucros das empresas. Consequentemente, isso

poderia se tornar um desafio, quando se está a lidar com as exigências da

gestão empresarial.

No entanto, não se adequar às novas exigências seria o mesmo que

ficar à mercê do processo que necessita valorizar o potencial humano. Haja

vista, que existe uma carência de profissionais capacitados, já que as

organizações modernas tomaram conhecimento de que elas não são criadas

só pelas máquinas, mas são e necessitam também serem constituídas por

pessoas. Logo, a gestão de recursos humanos possui como referência a

administração das pessoas que participam das organizações e que nelas

desempenham determinados papéis.

Já no recrutamento e seleção pode-se dizer que há dois momentos

distintos, não sendo possível pensar no segundo sem que se tenha antes

solucionado e conhecido o primeiro.

Sendo assim, entende-se que no processo de seleção há uma série de

passos específicos para decidir que recrutados devem ser contratados. Nesse

processo há uma série de passos, nos quais são submetidos os candidatos.

Pode-se dizer em outras palavras que é uma via de duas mãos.

Verifica-se que a organização seleciona os empregados e os candidatos

e a partir desse ponto de vista, a seleção se inicia com uma visita ao escritório

de pessoal ou com um pedido escrito de um formulário de solicitação de

emprego. Do modo que esta recepção inicial seja tratada, iniciando-se a

formação de opinião do candidato sobre o empregador.

Diante desses argumentos surge a relevância do tema a partir do saber

prático unido ao conhecimento teórico obtido por leituras que revelaram como o

processo de mudança é imensamente complexo. Percebe-se que ele requer

um bom planejamento, assim como a aplicação de novas estratégias para

suprir as necessidades oriundas da globalização no mundo moderno.

Foi através dessas informações que surgiu o interesse em se justificar e

falar sobre o tema e em resposta a isso se supõe que o recrutamento e a

seleção de pessoas possa ser realmente um desafio para lidar com as novas

exigências da gestão empresarial, acredita-se que hoje, muitos estudiosos de

administração, são unânimes em atribuir aos recursos humanos valor

essencial, indispensável à adoção de uma política, de valorização do ser

humano.

Esses pressupostos solicitam um ambiente no qual às pessoas

desenvolvem seus direitos em poder explanar pontos de vista, estimulando sua

criatividade, libertando assim, seu pensamento e individualização na busca do

sucesso das organizações, onde essas mesmas pessoas se traduzem em um

recurso eficaz, para ultrapassar o desafio anteriormente mencionado.

Assim, percebe-se que as pessoas podem ser idealizadas em sua

totalidade, mas a elas lhes é permitido exercitar suas habilidades e

capacidades de concepção, comparação, opção, determinação e participação

no ambiente da gestão empresarial.

As pessoas trazem para as organizações suas habilidades,

conhecimentos, atitudes, comportamentos, percepções, entre outros. Sejam

gestores, funcionários, operários e/ou técnicos, as pessoas desempenham

papéis altamente diferentes – os cargos – dentro da hierarquia de autoridade e

de responsabilidade existente na organização.

Ademais, as pessoas são extremamente diferentes entre si. Constituem

um recurso altamente diversificado, em face das diferenças individuais de

personalidade, experiência, motivação, entre outros.

Nessa linha moderna de pensar cabe lembrar que o recrutamento e a

seleção podem ser idealizados como processo complexo, acoplado às

propostas, políticas e metas organizacionais, assim como, ao mercado de

trabalho e, ainda, à situação vigente não só no social como na política

econômica e às necessidades individuais de cada cidadão.

Dessa feita, procurou-se dividir o trabalho em capítulos, que são

precedidos pela introdução que descreve dados significativos em relação ao

conteúdo a ser desenvolvido, como se fosso um ele de ligação para melhor

entendimento do tema apresentado.

O capítulo 1 fala da gestão e do ambiente de trabalho no mundo

contemporâneo, fazendo alguns relatos de autores que descrevem sobre o

assunto nos proporcionando deixar registrado aqui um pouco de experiências

particulares, opiniões e expectativas sobre o rumo das organizações no futuro.

O capítulo 2 mostra o processo de recrutamento e seleção de pessoal e

suas vantagens e desvantagens para o mercado de trabalho, além de outras

questões importantes para que se compreenda de modo simples, alguns

conceitos debatidos nessa nova era de globalização.

O capítulo 3 à participação da liderança, comunicação e aprendizagem,

como ferramentas necessárias às estratégias gerenciais, destacando as

competências de convivência de mudança, junto ao pensamento criativo em

que o líder pode se consagrar um elemento inovador e negociador dentro dos

oito papeis de liderança, preestabelecidos pela literatura pertinente dentro da

gestão dos Recursos Humanos.

Espera-se concluir que realmente é possível nomear dentre certas

características aquelas que melhor poderiam definir a personalidade de um

líder que desempenha um papel inovador no processo de liderança

organizacional.

Cabendo apontar também que todo ser humano possui capacidade de

utilizar estilos diferenciados, que são atitudes e comportamentos que poderão

ser apreendidos no decorrer da vida. Desde que sejam informados os

diferentes modos criativos de compartilhar tomadas de decisões com a equipe,

fazendo-se uma revisão cotidiana das ações e do papel assumido na questão

da liderança inovadora e negociadora.

CAPÍTULO I

A GESTÃO E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL

NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

1.1 Considerações Gerais

Por muitos anos, as organizações foram orientadas a trabalharem em

um modelo de gestão sob rígidas hierarquias. Com o advento da globalização

surgiram constantes mudanças que visavam estimular as organizações

públicas e privadas se conduzirem mediante a um processo de gestão ágil e

inteligente.

Isso implica em capacitar colaboradores (ou seja, pessoas), através do

recrutamento e seleção, alicerçados pelo aprendizado contínuo, com

possibilidades de se adquirir aptidões que atendam as demandas da sociedade

agindo nesse atendimento com ações ativas que visem solucionar e/ou criar

alternativas antecipadamente e de forma eficaz.

Por diferentes razões, um ambiente organizacional está em constantes

transformações. Nele são tratadas relações ligadas a políticas governamentais,

poder, competitividade, avanços tecnológicos, fatores ambientais internos e

externos entre outros.

Assim, o impacto resultante desse quadro pode interferir no modo como

vão ser implementadas e/ou conduzidas essas modificações.

Ao perceber que o mundo está sendo surpreendido pelos avanços

tecnológicos alinhados ao desenvolvimento das telecomunicações,

efetivamente surgem fatores imperativos com a intenção de fazer crescer os

agentes transformadores de modelos de gestão praticados no ambiente

empresarial. O ambiente empresarial pode influenciar ao mesmo tempo fatores

de estímulo e inibição a criatividade e também disseminar o conhecimento

organizacional (GROTTO, 2002).

Para Grotto (2002, p. 116), “partilhar conhecimentos tácitos e explícitos

por meio de práticas formais e informais”. Logo, há de se compreender que o

modelo de gestão pode atuar como fator determinante no ambiente

organizacional.

A propósito observa-se que as novas tecnologias vêm ao longo dos

tempos modificando as estruturas organizacionais e influenciando a

produtividade, tornando mais acessíveis produtos e serviços para um número

cada vez maior de consumidores na sociedade.

Hoje, com o surgimento da “Era do Conhecimento”, manifestam-se

algumas alterações no modo de se trabalhar, bem como nos processos de

produção e perfil do trabalhador, valorizando-se outros recursos, além dos

ativos financeiros e físicos. Portanto, a ampliação de novos conhecimentos

vem sendo apontada como um dos temas de relevância dentro da organização.

Figueiredo (2005) aponta que a implementação de uma nova forma de

gestão necessita de um bom planejamento que dará origem a um conjunto de

iniciativas estratégicas a serem implantadas no momento oportuno. As ações

devem ser delineadas e colocadas em práticas considerando-se os recursos

físicos, financeiros, além dos talentos (pessoas, colaboradores) que a

organização tem disponível.

A partir desse ambiente verifica-se que a comunicação deve operar

como agente facilitador para compreensão, disseminação e realização dos

objetivos da organização.

Consequentemente o meio de entendimento escolhido deverá influenciar

no desenvolvimento e adesão das pessoas, possibilitando que o modelo seja

assimilado, impulsionando integração e criação de uma cultura colaborativa

onde se desenvolva um ambiente participativo buscando-se disseminar novos

conhecimentos para a empresa.

Por esse motivo, acredita-se que a modernização da gestão seja

imprescindível, já que pode promover transformações visando o alcance de

resultados satisfatórios no ambiente organizacional.

1.2 A Evolução nos Modelos de Gestão

Na sociedade contemporânea, o conhecimento representa um dos

elementos mais valorizados e cobiçados no mercado, este é insumo para o

desenvolvimento e sustentabilidade das organizações.

Nesse cenário, de constantes mudanças comportamentais ou

tecnológicas, persiste com cada vez mais freqüente a prioridade de inovação

no sistema organizacional brasileiros.

Na visão de Ponchirolli (2002) as mudanças ocorridas no ambiente

organizacional como a expansão do comércio mundial levou à internalização

das empresas não só para a expansão de mercados, como na questão da

exportação de modelos de gestão, tecnologias e estruturas organizacionais.

No caso das organizações brasileiras (públicas ou privadas) será

possível dizer que há certa importância em se falar sobre a questão buscando

subsídios na literatura pertinente no que diz respeito a evolução dos modelos

de gestão.

Ante ao exposto, percebe-se que as empresas privadas devem buscar

sua sobrevivência e sustentabilidade no mercado e as públicas são motivadas

pela capacidade de cumprir seu dever de fornecer serviços/produtos de

qualidade à sociedade.

Nesse contexto, foram desenvolvidos diversos modelos de gestão dentre

eles o de Pereira (1995) que faz uma análise da evolução dos modelos de

gestão, destacando três níveis conceituais, a saber: as ondas de

transformação, as eras empresariais e os modelos de gestão.

Já Toffler (apud PEREIRA, 1995, p. 24) apresenta cada período com

seus modelos relacionados aos aspectos político, econômico, social,

tecnológico e organizacional, descrevendo também momentos históricos de

evolução da sociedade humana.

O autor fala ainda da Revolução Agrícola chamada de “Era Agrícola”

(até 1750 d.C.), da Revolução Industrial dividida em três períodos, ou seja, 1º

período de 1750 a 1870; o 2º período 1870 a 1950 e o 3º período inicia em

1950, entretanto a Revolução da Informação somente surge a partir de 1970.

A Revolução Agrícola caracteriza a “Primeira Onda”, e se baseava na

economia da terra, e na produção empregavam a força muscular humana e

animal além das fontes renováveis como vento, chuva ente outras. Nessa

época a produção era quase artesanal voltada para a subsistência.

Todavia, a Revolução Industrial foi chamada de “Eras Empresariais”,

destacando os estágios da evolução empresarial, marcando assim, “Segunda

Onda de Transformação”, enfatizando o modelo de gestão próprio, nascendo

as chamadas “Era da Produção em Massa, Era da Qualidade e em

desenvolvimento a Era da Informação ou do Conhecimento”, conforme explica

Maranaldo (apud PEREIRA, 1995, p. 60).

A “Terceira Onda” surge em meio a Revolução da Informação,

consagrando a “Era da Informação”, personalizada pela evolução da

informática, nas tecnologias de comunicação influenciando os modelos de

gestão no cenário empresarial.

Percebe-se que um novo modelo de gestão seria inevitável, os velhos

paradigmas não se adaptam ao mundo globalizado, onde não há lugar para

uma gestão centralizadora, lenta, burocrática e tradicionalista.

O modelo de gestão do conhecimento vem transformando o modo de

gerenciar, ratificando o valor intangível, sinalizando que a disseminação, o

compartilhamento e a inovação são fatores multiplicadores do conhecimento

que contribuem para a valorização da organização.

Para Santos et al. (2001) o modelo de gestão compreende um conjunto

adequado de concepções filosóficas, idéias e ações administrativas que

operacionalizam as práticas gerenciais nas organizações.

Na visão de Rodriguez (2002) o modelo de gestão significa:

a apresentação de forma estruturada e organizada de como ocorre à integração entre os seus sistemas internos, formais e informais que fazem com que seja assegurado o atendimento às estratégias de negócio suportadas pelas pessoas dentro de uma organização formal de poder. (RODRIGUEZ, 2002, p. 156)

O modelo de gestão de uma empresa deve ser claro e conhecido por

todos, visando demonstrar de forma estruturada e organizada como ocorrem os

relacionamentos entre as pessoas da empresa e seu ambiente de atuação.

Por sua vez, o sucesso da implantação de um modelo de gestão está

fortemente baseado na comunicação e harmonização que se dará a integração

das pessoas, no ambiente organizacional e nos processos e nas novas

tecnologias implementadas, segundo Rodriguez (2002).

Para tanto, será necessário se criar um ambiente propício à inovação,

requerendo recrutamento de pessoas, seleção e treinamento contínuo,

procurando deixar claro que o conhecimento dissemina ganhos organizacionais

e pessoais.

Sabe-se, porém, que a união de novos procedimentos demanda tempo,

por esse motivo, as organizações que desejam implementar a gestão no

ambiente organizacional devem criar um ambiente propício facilitando a

integração e socialização entre seus parceiros, colaboradores, clientes entre

outros tipos de relacionamento.

1.3 O Ambiente Organizacional e as Mudanças

De olho no futuro, muitos empresários investiram densamente neste

novo mercado. Descobriram que o departamento de Recursos Humanos, de

diversas organizações, não era capaz suficiente de realizar o processo de

recrutamento e seleção com eficiência e rapidez.

Atualmente, existem empresas especializadas em recolocação de

executivos para multinacionais. Dispõem de um vasto banco de dados com as

mais diversas áreas de atuação, ficando assim seu processo de seleção mais

eficiente e eficaz.

Com o avanço da tecnologia, muitas organizações sofreram um

processo de reengenharia e demitiram um contingente muito grande de

pessoas. Muitos não se enquadravam com a nova estrutura organizacional.

Para Gonçalves e Gonçalves Filho (2001), as empresas saudáveis

geram e usam conhecimentos, interagindo com o ambiente organizacional,

absorvendo informação e transformando-as em conhecimento, usando-as

como base para tomada de decisões e combinações de suas experiências com

valores e regras internas.

Entretanto, a falta de reciclagem foi um dos fatores primordiais nesse

processo. Ante ao exposto, as pessoas viram-se obrigadas a realizar cursos de

aperfeiçoamento para que pudessem se manter no mercado de trabalho.

Embora se tenha conhecimento de que todo o processo de mudança

organizacional precisa de um imenso esforço de todas as pessoas envolvidas.

E assim, necessitam estar em perfeita harmonia não somente com o ambiente

organizacional com o objetivo de produzir mais, mas também de estar bem

consigo mesmo. Cabe lembrar que na realidade isso muitas vezes não ocorre.

Mas segundo explica Rosa (2004), tudo dependerá de como a

organização vai lidar com esse processo de mudança, quanto aos fracassos e

sucessos, não apenas de seu pessoal como da própria resposta empresarial

no mercado, pois isso pode refletir em seu cenário interno.

Cabe ressaltar que o processo de mudança traduz sempre um sentido

de complexidade, requerendo, portanto, planejamento adequado com aplicação

de novas estratégias, suprindo as necessidades exigidas pela atual

globalização.

A partir desse contexto, as organizações a cada dia vêm valorizando

mais o ser humano, ou seja, elas estão avaliando entre outros atributos

funcionais o potencial emocional e intelectual daqueles que pretendem exercer

funções no ambiente organizacional que está em plena fase de mudanças.

Segundo Lovizzaro:

É imprescindível que cada candidato saiba trabalhar em grupo, tenha espírito de liderança, carisma, comunicabilidade e equilíbrio emocional para um bom desempenho profissional, associado ao conhecimento administrativo e técnico. (apud ROSA, 2004, p. 2)

Dentro desta nova visão, torna-se importante criar novos projetos para

adequação de profissionais capacitados, num contexto que destaca a

importância do profissional da área de Recursos Humanos.

1.4 Tendências Empregatícias Futuras: Uma Questão de Gestão Empresarial

Ao longo da história, o emprego e a empregabilidade vêm sendo uma

preocupação para as sociedades trabalhistas. Todavia, a crise capitalista dos

anos 70, fez gerar necessidades de atendimento a novos paradigmas dentro

das organizações. A partir desse momento, surge e demanda de

reestruturação produtiva, devido a exigência de um novo perfil de trabalhador.

A qualificação e requalificação do trabalhador correspondem a uma das

evidências oriundas das transformações surgidas na gestão empresarial.

Efetivamente, deu-se mais valorização ao conhecimento relacionado

diretamente à produtividade, à busca dos mais específicos. Contudo, aquele

que caminha com maior facilidade pelos diversos departamentos e funções

consagra-se o profissional do futuro, sendo mais procurado e valorizado no

mercado atual.

Dessa forma, um profissional que apresente conhecimentos e

habilidades sempre renovados para acompanhar o ritmo veloz das novas

transformações. Em outras palavras, o trabalhador que não procurou ou então,

não sai em busca de uma qualificação constante permanecerá à margem do

mercado de trabalho, sem expectativas de futuro.

Seria nesse sentido, que a idéia de empregabilidade entra em cena já

que ela se relaciona ao conjunto de conhecimentos, habilidades,

comportamentos e relações que fazem o profissional ser imprescindível não

somente para uma, como também para toda e qualquer gestão organizacional.

Hoje, as áreas de Recursos Humanos, além de exigirem competência

técnica dos candidatos, buscam pessoas com habilidades e atitudes mais

específicas às prioridades da empresa que demanda a vaga.

O profissional de RH, sem dúvida se vê obrigado, a interagir com o

solicitante da vaga para perceber a complexidade da mesma, caso contrário

ele não atenderá as condições necessárias de assessorar devidamente aquele

que solicitou o preenchimento da vaga.

Consequentemente, o profissional de RH deve dispor de um conjunto de

elementos a fim de tornar este processo menos subjetivo e mais pragmático.

O contexto de mudança, somente será acompanhado pelas empresas

se existir uma administração direcionada para a gestão de Recursos Humanos,

haja vista, que o prosseguimento de sua particularidade, vem ao longo dos

anos, buscando a excelência que determinará a qualidade acrescentada aos

seus produtos ou serviços, possuindo como fundamento as pessoas motivadas

porém, que tenham alto nível de qualidade pessoal e profissional (DUTRA,

1999).

Karman et al. (1999, p. 154) dizem que nessa realidade empresarial, “a

missão global da gestão dos Recursos Humanos”, é o de fornecer pessoal em

qualidade e quantidades ótimas” para o estabelecimento empresarial.

Logo, em gestão empresarial, a missão dos Recursos Humanos deve

fazer frente ao atual ritmo de transformações impetradas às empresas, fazendo

com esse setor organizacional possa junto a todos os seus colaboradores, se

manterem aptas a enfrentar as futuras mudanças globalizadas.

Nesse sentido, surge a necessidade de alterar esse cenário e, para

tanto, será importante administrar Recursos Humanos de modo mais aberto,

propondo-se planejamento correspondente, ao longo de todo o tempo, em que

o funcionário fizer parte da organização.

Deve-se com isso, levar em consideração que tais recursos são

importantes, não somente em relação ao pessoal que trabalha na empresa,

como para a organização em si.

Será preciso cuidados especiais no momento da escolha, dos

colaboradores, que serão as pessoas que irão integrar a equipe da empresa,

sendo que o primeiro passo a ser formalizado diz respeito ao recrutamento e a

seleção deste pessoal.

Daí a importância de se falar no próximo capítulo em recrutamento e

seleção de pessoal no mercado de trabalho, descrevendo aquilo de importante

com relação a essa questão de um modo geral.

CAPÍTULO II

O PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE

PESSOAL

A cada dia vem se aprimorando no mundo das organizações o processo

de recrutamento e seleção, isso porque antes quando algumas necessitavam

de novas contratações, raramente ofereciam oportunidades de promoção aos

próprios funcionários, até mesmo por desconhecerem o potencial deles.

Diversas empresas colocavam anúncios em jornais indicando vagas por

um determinado período, e com isso, obtinham um grande número de

candidatos em relação às vagas pré-disponibilizadas. A partir daí, davam início

a uma pré-seleção, por meio de entrevistas, testes psicotécnicos e, até

dinâmicas de grupos.

Com isso, a seleção de candidatos era movida pelos interesses da

organização, o que evitava conflitos, entre ela e os profissionais contratados,

certificando-se de que esses indivíduos estariam capacitados ou não para

compor o quadro de funcionários dessa organização. Outras antes de contratar

ou recrutar candidatos externos, procuram realizar pesquisas internas, com a

finalidade de identificar se há um profissional capacitado para preencher a vaga

disponível. Nota-se, que nesse caso, a organização oferece a oportunidade de

promoção aos seus colaboradores.

Neves (2008) aponta que o processo de recrutamento interno, de certo

modo, incentiva a competição sadia entre os funcionários e, assim, eles

procuram dedicar-se cada vez mais, na expectativa de uma possível elevação

de cargo e salário.

Sobre a seleção interna o autor prossegue dizendo que:

torna-se mais viável para a organização, pois o custo com essas contratações acaba sendo praticamente mínimo. Por outro lado, já se sabe do histórico do funcionário, pois o mesmo já vem sendo acompanhado dentro do departamento em que trabalha. (NEVES, 2008, [s.p.])

Entretanto, admite que uma das funções do departamento de RH, dentro

de uma organização, tanto privada, pública ou prestadora de serviços, será

selecionar profissionais capacitados. Esse departamento deve estar atento

para as novas exigências do mercado de trabalho, não deixando que valores

humanos passem despercebidos, conforme aponta Dutra (1999).

Outra função sua é se preocupar em como lidar as novas exigências.

Salienta-se que eles precisam estar num processo constante de

aperfeiçoamento, e nunca esquecer qual o herança fundamental da

organização. Nunca se deve deixar de lado a cultura, esta possui relevância

essencial no processo de seleção de um candidato em potencial. (NEVES,

2008)

Alguns profissionais com experiência nessa área montaram

organizações de recrutamento e seleção para dar apoio, criando a pré-seleção

e, depois encaminhando às organizações apenas os candidatos que se

enquadrassem no perfil adequado às necessidades da empresa.

No dias atuais, já há muitas empresas especializadas em recolocação

de executivos para multinacionais, que dispõem de banco de dados, fazendo

com que esse processo seja mais eficaz.

Sob este novo enfoque as áreas de RH, vem criando projetos modernos,

buscando profissionais através de suas competências. Com isso, elas crescem

e desenvolvem-se de forma natural, aprimorando novos conhecimentos e

experiências, com um olhar no cenário globalizado, o que implica em manter

competitividade no mercado.

Para Ferraz as organizações estão:

ligadas aos fatores fundamentais como a qualificação, a flexibilidade e a produtividade, introduzindo novas formas de gestão de recursos humanos, procurando reformular seu relacionamento com a força de trabalho. (...) objetivando melhorias contínuas de produção e visando atrair os trabalhadores à co-participação dos desafios competitivos contemporâneos. (apud PIZOLOTTO; PICCININI, 2000, passim)

Percebe-se que, elas também tentam promover padrões avançados na

relação de trabalho, dando ênfase a tomada de decisões, a valorização do

capital intelectual, bem como, a mudança dos recursos humanos que abrange

desde a atuação operacional até a gestão estratégica.

Na visão de Gonçalves (1997, p.18) “a execução da maioria das tarefas

que eram característica da área de RH, passou para as demais áreas da

empresa com orientação, suporte e treinamento da equipe”.

O processo de mudança organizacional requer um grande esforço das

pessoas envolvidas e por essa razão é necessário que elas estejam em

sintonia com o ambiente. Muitas vezes, isso pode não acontecer, outras

depende do modo como a organização trabalha o processo de transformação,

já que o mesmo é imensamente complexo, diante das mudanças do mundo

moderno. Em se tratando de processo de recrutamento como um momento no qual

a organização divulga a oferta e oportunidades de emprego, existe todo um

processo a ser elaborado em termos de objetividade, visto que o objetivo maior

da empresa é sem dúvida, o sucesso e crescimento. Entretanto, isso pode

variar conforme a organização (PERES, 2006).

No mundo de hoje, eles se vêem diante de outra situação que merece

ser elucidada. Trata-se da concorrência entre as organizações, que conduz os

empresários a cada dia fazer suas escolhas levando em consideração fatores

como: inovação, qualidade, recursos humanos capacitados e talentosos, e que

se amoldem a nova competição de mercado.

Em virtude disso, algumas organizações modificaram sua forma de

recrutar pessoas. Para Lopes (apud PERES, 2006, [s.p.]), “as organizações de

ponta estabelecem sistemas eficazes de Recrutamento que definem

claramente o perfil das pessoas passíveis de nela alcançarem sucesso”.

2.1 Recrutamento de Pessoas

Para melhor compreensão é preciso buscar a origem do termo militar,

cuja significação seria convocação, convite, sendo que para o serviço militar, a

convocação é obrigatória, diferente das instituições civis, onde não existe a

obrigatoriedade do comparecimento.

Segundo Marras (2000, p. 272), recrutamento consiste em

“um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair

candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargo

numa organização”. Transforma-se em um sistema de informação,

por meio do qual a organização divulga e oferece ao mercado de

recursos humanos (RH), oportunidades de emprego que pretende

preencher.

Em termos de eficiência, faz com que seja recrutado e atraído

um contingente de candidatos suficientes para aprovisionar

adequadamente o processo de seleção.

Todavia, sua função é a de suprir a seleção de matéria-prima

básica (candidatos) para o seu funcionamento. Logo, é no setor do

departamento de RH, dentro de uma organização - seja ela privada,

governamental ou prestadora de serviços -, que se concretizará a

seleção de profissionais capacitados. O ato de contratar bons

funcionários é uma questão que vem desde tempos remotos. Para

Rosa:

Contratar bons profissionais é um desafio há mais de dois mil anos. A primeira tentativa de selecionar pessoas de maneira científica data de 207 a.C., quando os funcionários da dinastia Han, na China, criaram uma longa e detalhada descrição de cargo para funcionários públicos. Mesmo assim, poucas contratações foram satisfatórias (ROSA, 2004, p.109)

Nesse sentido, pode-se observar que com o decorrer do

tempo, o processo de recrutamento e seleção vem se

aperfeiçoando a cada dia. Quando havia necessidade de novas

contratações, raramente as organizações davam oportunidade de

promoção aos próprios funcionários, até mesmo por

desconhecerem o potencial desses elementos.

Muitas delas faziam exposição de anúncios em jornais ou

placas indicando as vagas por um determinado período, obtendo

assim, um número elevado de candidatos às vagas existentes.

Era assim que faziam a pré-seleção, por meio de entrevistas,

testes psicotécnicos e/ou dinâmicas de grupos. Por este motivo, a

importância da seleção de candidatos. Ela flui como interesse da

organização, e para que não haja conflitos, entre ela e os

profissionais contratados e preciso tratar do assunto com especial

atenção.

Cabe lembrar que quanto às necessidades presentes e

futuras do RH da organização o recrutamento consiste nas

atividades relacionadas com a pesquisa e intervenção sobre as

fontes capazes de fornecer à organização um número suficiente de

pessoas necessárias à organização para a consecução dos seus

objetivos.

Portanto, o recrutamento tornou-se uma atividade cujo

objetivo imediato é atrair candidatos, dentre os quais são

selecionados os futuros participantes da organização. O problema

de antecipar a quantidade e a qualidade das pessoas necessárias

às organizações é extremamente importante, portanto requer um

processo especifico para tratar do assunto (BERGAMINI, 1997).

2.2 O Processo de Recrutamento

Determina-se esse processo de recrutamento como um momento no

qual a organização divulga a oferta e oportunidades de emprego, existe todo

um processo a ser elaborado em termos de objetividade, visto que o objetivo

maior da empresa é sem dúvida, o sucesso e crescimento. Entretanto, isso

pode variar conforme a organização.

Atualmente, o processo de recrutamento e seleção deixa de ser somente

baseado na experiência e na capacidade técnica dos candidatos. As

organizações estão cada vez valorizando o ser humano, ou seja, estão

avaliando também seu potencial emocional e intelectual.

Logo, cada candidato deve saber trabalhar em grupo, ter espírito de

liderança, carisma, comunicabilidade e equilíbrio emocional para um bom

desempenho profissional, associado ao conhecimento administrativo e técnico.

(ROSA, 2004).

É importante deixar claro que o início do processo de recrutamento

depende da decisão de responsabilidade de linha (de cada chefe). Em outras

palavras, o órgão de recrutamento não tem autoridade de efetuar qualquer

atividade de recrutamento sem a devida tomada de decisão por parte do órgão

que possui a vaga a ser preenchida.

Na visão desse autor, o recrutamento é uma função de “staff”, ou

melhor, do órgão de seleção, as providências dependem de uma decisão de

linha, que é oficializada através de uma espécie de ordem de serviço, dita

requisição de empregado ou requisição de pessoal.

Conseqüentemente, está se tratando de um documento que deve ser

preenchido e assinado pelo responsável que pretende preencher alguma vaga

em seu departamento ou seção.

Os detalhes envolvidos no documento dependem do grau de

sofisticação existente na área de recursos humanos: quanto maior a

sofisticação, menor os detalhes que o responsável pelo órgão emitente deverá

preencher no documento.

No caso da requisição de empregado, quando o órgão de recrutamento

a recebe, analisa se existe algum candidato adequado disponível nos arquivos.

Caso contrário, deve recrutá-los através das técnicas de recrutamento mais

indicadas em cada caso. Para melhor entendê-las, reservou-se adiante um

item específico.

Em virtude de serem pessoas que formam às organizações, nada mais

justo e adequado do que se investigar os processos de Recrutamento e

Seleção dentro da área de Recursos Humanos, que segundo Bueno 1 (1996),

elas representam a peça fundamental para a vida de toda e qualquer empresa.

A isso se agrega a sua importância de contribuição na obtenção dos

objetivos esperados, sendo primordial saber atrair e ter as pessoas com

condições que possam satisfazer as necessidades de uma organização.

2.2.1 Fontes de Recrutamento

Atualmente, o mundo passa por momentos de novos conhecimentos em

que as informações se atualizam a todo instante, o que obriga as empresas a

investirem cada vez mais em seus colaboradores, visando manterem-se

competitivas no mercado globalizado. Não é diferente com o RH, pois nele está

incorporada a peça fundamental, neste novo foco estratégico, visto que é

responsável pela captação e pelo desenvolvimento de novos talentos dentro da

organização.

Entretanto, o desafio maior está em diagnosticar as fontes supridoras de

recursos humanos, localizadas no mercado de recursos humanos que lhes

interesse especificamente, para nelas concentrar seus esforços de

recrutamento.

Segundo Chiavenato (2001) as fontes de recursos humanos são

conhecidas por fontes de recrutamento, pois passam a representar os alvos

sobre os quais incidirão as técnicas de recrutamento.

Para o autor, como existem diversas fontes supridoras de recursos

humanos interligados, também há fases importantes do recrutamento como: a

1 É Administradora de Recursos Humanos e Pós-Graduada em Gestão de Pessoas.

identificação, seleção e manutenção das fontes que podem ser utilizadas

adequadamente como mananciais de candidatos que apresentam

probabilidades de atender os requisitos pré-estabelecidos pela organização.

Para tanto, torna-se necessário identificar e mapear as fontes de

recrutamento, dentro dos requisitos que a organização exigirá dos candidatos.

Assim, há de se destacar os tipos de pesquisa que são dois: a pesquisa

externa e a pesquisa interna (BOHLANDER, SNELL, SHERMAN, 2003).

a) pesquisa externa - corresponde a uma pesquisa de mercado de

recursos humanos no sentido de facilitar sua análise. Este mercado deve ser

segmentado de acordo com os interesses da organização, ou seja, deve ser

decomposto e analisado conforme as características exigidas pela organização

que visa a atrair e recrutar.

b) pesquisa interna - satisfaz a uma pesquisa sobre as necessidades da

organização em relação a recursos humanos e quais as políticas que a

organização pretende adotar em relação ao seu pessoal. Normalmente, esse

tipo envolve a elaboração de políticas de recrutamento, organização do

recrutamento, listagem de requisitos necessários à força do trabalho, utilização

de meios e técnicas para atrair as fontes de recursos humanos e uma

avaliação do programa de recrutamento em função dos objetivos e resultados

alcançados.

Para Chiavenato (2001) as fontes de recursos humanos se apresentam

diversificadas e, por conseguinte, devem ser diagnosticadas e localizadas pela

empresa que passa a influenciá-las, através de uma multiplicidade de técnicas

de recrutamento, visando a atrair candidatos para atender suas necessidades.

Nesse contexto, o universo de candidatos - aplicados ou disponíveis -

pode se enquadrar no contexto tanto de reais (os que procuram emprego ou

pretendem mudar de emprego), como potenciais (que não estão interessados

em procurar emprego).

Hoje, existe a possibilidade de se ver o mercado de RH constituído por

um conjunto de candidatos, que se enquadram na forma de aplicados ou

empregados (trabalhando em alguma empresa) ou disponíveis

(desempregados). No recrutamento do mercado de RH almeja-se tanto abordar

candidatos reais, como potencias disponíveis e/ou aplicados de sua empresa

ou de outras empresas, e isso depende de vários fatores determinantes.

Entretanto, os candidatos aplicados sejam reais ou potenciais, estão

trabalhando em alguma empresa, logo, há dois meios de recrutamento: o

interno e o externo segundo o entendimento de Chiavenato (2001).

2.2.2 Técnicas de Recrutamento

Técnicas de recrutamento são os métodos através dos quais a

organização aborda ou divulga a existência de uma oportunidade de trabalho.

Várias são as maneiras de se realizar sua aplicação. Dentre elas inclui-se a

consulta aos arquivos de candidatos todos os candidatos que não foram

aproveitados em recrutamentos anteriores, devem ter um curriculum ou uma

proposta de emprego (CHIAVENATO, 1999).

Há também, a apresentação de candidatos por parte de funcionários da

empresa, um sistema de baixo custo, alto rendimento e baixo índice de tempo.

Outra maneira seria a colocação de cartazes ou anúncios na portaria da

empresa, sistema também de baixo custo, mas que dependeria da circulação

de pessoas no local em que fosse exposto.

Ressalta-se que existe viabilidade em se contactar os sindicatos e

associações de classe. Isso poderia ser usado como estratégia de apoio ou

esquema residual do que como estratégia principal.

Até mesmo, os contatos com universidades, escolas, agremiações

estudantis, diretórios acadêmicos, centro de integração empresa-escola

serviriam como veículo para divulgar as oportunidades oferecidas pela

empresa. (CHIAVENATO, 1999)

Os contatos com outras empresas (de mesmo mercado), muitas vezes,

podem gerar novas cooperativas de recrutamento ou órgãos de recrutamento

para que se tenha maior amplitude de ação. Mas são os anúncios em jornais e

revistas que são vistos como a maneira mais eficiente de atrair candidatos.

Nesse caso, prevalece mais a forma quantitativa do que a qualitativa,

por dirigir-se ao público em geral e sua discriminação depende do grau de

seletividade que se pretende aplicar.

De acordo com o autor supracitado, não se pode esquecer as agências

de recrutamento. Estas formam um quadro grandioso de organizações

especializadas em recrutamento de pessoal visando atender pequenas,

grandes ou médias empresas.

Tanto podem se dedicar ao pessoal de indústrias, bancos, pessoal de

vendas, como outros. No entanto, seu custo é muito elevado, apesar de serem

recompensadas pelos fatores de tempo e rendimento ao fim do trabalho.

2.2.3 Recrutamento Externo

É aquele quando, existe certo número de vaga, e a organização procura

preenchê-la com pessoas estranhas, ou seja, com candidatos externos

atraídos pelas técnicas de recrutamento. Ainda assim, incide sobre os

candidatos reais ou potenciais, disponíveis ou aplicados em outras

organizações e pode envolver uma ou mais das técnicas de recrutamento.

•• Vantagens do recrutamento externo

a) traz sangue novo, oxigena talentos, habilidades e expectativas;

b) renova e enriquece o patrimônio humano;

c) incremento de capital intelectual;

d) renovação da cultura corporativa;

e) melhor interação;

f) intensifica e acelera o capital humano (CRUZ, 2004)

Tais situações têm a viabilidade de colocar em evidência “sangue novo”

e “experiências novas” para a organização, assim como, haverá uma

importação de novas idéias, de diferentes abordagens dos problemas internos

da organização.

Em suma, por meio deste tipo de recrutamento a organização, enquanto

sistema deve-se manter atualizada com o ambiente externo estando a par do

que ocorre em outras empresas. Assim sendo, a renovação ocorre

principalmente quando a política é a admitir pessoa com gabarito igual, ou

melhor, do que o que já existe na empresa.

Dessa forma, aproveita os investimentos em preparação e o

desenvolvimento de pessoal efetuado, por outras empresas ou pelos próprios

candidatos. Porém, isso não significa que a empresa deixa de fazer esses

investimentos a partir desse ponto, entretanto, usufrui imediato retorno dos

investimentos já efetuados pelos outros.

•• Desvantagens do recrutamento externo

Grande parte dos autores assinala que este tipo de recrutamento é mais

demorado que o interno. Há de se constatar que o período de tempo

despendido com a escolha e mobilização das técnicas mais apropriadas, ou

seja, com técnicas de recrutamento, apresentação de candidatos, recepção e

triagem inicial, entre outros.

Sendo, bem mais longo, e mais caro, por exigir inversões e despesas

imediatas com anúncios, jornais, honorários de agências, despesas

operacionais relativas a salários e encargos sociais da equipe de recrutamento,

material de escritório, formulários, etc. Talvez, seja este o tipo menos seguro,

devido os candidatos externos serem desconhecidos. Em geral, as empresas

contratam por um período de experiência e probatório.

Chiavenato (2001) aponta que vaga monopolizada dentro da empresa

pode frustrar o pessoal que passa a visualizar barreiras, fora de seu controle,

para seu crescimento profissional.

Em seu entender os empregados podem perceber o monopólio do

recrutamento externo como uma política de deslealdade da empresa com seu

pessoal. O que afetará provavelmente a política salarial da empresa,

influenciando faixas salariais internas, principalmente quando a oferta e a

procura de recursos humanos estão em situação de desequilíbrio.

2.2.4 Recrutamento Interno

Continuando com a linha de pensamento do autor supracitado, pode-se

observa que o recrutamento interno envolve uma determinada vaga, e a

empresa procura preenchê-la através do remanejamento de seus empregados,

que poderão ser promovidos (movimentação vertical) ou transferidos

(movimentação horizontal), ou ainda transferidos com promoção

(movimentação diagonal).

Dessa forma, o recrutamento interno, em seu contexto diz respeito a

transferência de pessoal e com promoções de pessoal; programas de

desenvolvimento de pessoal além dos planos de carreiras de pessoal.

Exige intensa e contínua coordenação e integração do órgão de

recrutamento com os demais órgãos da empresa, estabelecendo uma conexão

entre vários sistemas. Baseia-se em saberes e informações de dados

relacionados com outros subsistemas. Para que funcione bem, será preciso a

coordenação do órgão do RH com os demais órgãos da empresa.

• Vantagens do recrutamento interno

Existe maior índice de validade e segurança – devido o candidato já ser

conhecido, e avaliado por certo período de tempo e submetido aos chefes

envolvidos;

- econômico: dispensa anúncios em jornais, recrutamentos, custos de

atendimento de candidatos e de admissão, e diversos outros;

- rápido: pois dependendo da possibilidade de o empregado ser

transferido ou promovido de imediato, e evita demoras freqüentes;

- fonte poderosa de motivação, pois visa à possibilidade de crescimento

dentro da empresa;

- desenvolve um sadio espírito de competição entre o pessoal: tendo em

vista que as oportunidades serão fornecidas àqueles que realmente

demonstrem condições de merecê-las, entre outros (MARRAS, 2000).

• Desvantagens do recrutamento interno

- exige dos novos empregados condições de potencial de

desenvolvimento para poderem ser promovidos, mas corre-se o risco de que se

a empresa não oferecer oportunidades de crescimento aos empregados,

poderá frustrá-los.

- pode gerar conflito de interesses; pois sucessivas promoções não são

bem vistas, num determinado momento o empregado poderá estacionar e não

terá mais perspectivas dentro da organização;

- não pode ser feita quando o presidente se afasta, assim há uma

conseqüente estagnação do patrimônio humano na empresa.

- pode levar os empregados a uma progressiva limitação às políticas e

diretrizes da organização, ou ainda, poderá levá-los a perda da criatividade e

da atitude de inovação. Exige uma adaptação quando importa padrões de outra

organização (CHIAVENATO, 2001).

2.2.5 Recrutamento Misto

Observa-se que ma empresa nunca faz apenas recrutamento interno ou

externo ambos se completam. Quando se faz um recrutamento interno, o

indivíduo deslocado para a posição vaga precisa ser substituído em sua

posição atual. Se for substituído por outro empregado, o deslocamento produz

uma vaga que precisa ser preenchida. Já ao fazer um recrutamento interno, em

algum ponto da organização surge sempre uma posição a ser preenchida

através do recrutamento externo, a menos que seja cancelada (MARRAS,

2000).

Conseqüentemente, sempre há o recrutamento externo, há um

determinado desafio, há uma oportunidade a ser oferecida ao novo empregado,

sob pena de procurá-las em outra organização que lhe seja melhor.

Hoje, observa-se que muitas empresas têm adotado como solução o

recrutamento misto, ou seja, aquele que aborde tanto fontes internas como

fontes externas de recursos humanos.

2.3 Seleção de Pessoas

Sabe-se que o desenvolvimento tecnológico, tendo como causadores a

globalização, a velocidade das mudanças e transformações ocorridas na

sociedade, entre outros, exige que as organizações se adaptem com maior

rapidez e facilidade a essas mudanças.

Assim, a administração de RH, se apresenta como uma atividade

administrativa bastante complexa, pois lida, com o dinamismo inerente às

pessoas, desde o inter-relacionamento delas, até questões sobre conflitos,

comportamento, motivação, e outros processos psicológicos e psicossociais. É

dita complexa, pois interage com a imprevisibilidade dos seres humanos.

Dentre as diversas funções dos RH está a “Seleção de Pessoal”, que pode ser

considerada, juntamente com o recrutamento, como a primeira e uma das mais

importantes para a empresa. (CARVALHO, 2000)

No entender de Aquino 2, os critérios de seleção foram mudando, e hoje

não basta ter um ótimo currículo, experiência, diploma, curso de informática e

conhecer uma língua estrangeira.

Como boa parte dos candidatos já atende a esses requisitos, os

funcionários de recrutamento avaliam outras qualidades e são levados em

consideração a capacidade de comunicação, a iniciativa e até mesmo a auto-

estima do candidato, atributos que estão sendo bastante valorizados no

mercado profissional. Alguns critérios subjetivos podem definir a contratação.

Na avaliação da equipe de seleção de algumas grandes empresas, o

espírito de iniciativa revela a capacidade de adaptação e de trabalho em grupo.

Valoriza-se também a segurança com que o candidato se expressa nas

dinâmicas de grupo. (AQUINO, 1992)

Chiavenato (2001, p. 221) assinala que seleção “é uma atividade

obstativa, de escolha, de opção e decisão, de filtragem da entrada, de

classificação, e, portanto, restrita”.

2 Mestre em Administração de Empresa e autor de artigos como “A efetividade do processo de seleção de recursos humanos: a pessoa certa no lugar certo” e “Comunicação Organizacional - Fator estratégico em tempos de Internacionalização da Economia”.

O autor acima mencionado, comenta ainda que a seleção visa

solucionar adequação do homem ao cargo e eficiência do homem no cargo.

Suas exigências baseiam-se nas especificações do cargo, com o objetivo de

fornecer maior objetividade e precisão ao processo seletivo, bem como, um

processo de comparação e decisão.

Segundo Chiavenato:

O ponto de partida de todo processo seletivo fundamenta-se em dados e informações da análise e especificações do cargo, uma vez que a finalidade destas é proporcionar maior objetividade e precisão à seleção das pessoas para aquele cargo. Se de um lado, temos a análise e as especificações do cargo a ser preenchido, informando os requisitos indispensáveis ao futuro ocupante do cargo, temos, de outro lado, os candidatos profundamente diferentes, disputando o mesmo emprego. (CHIAVENATO, 2001, p. 222)

Dessa maneira, torna-se necessário investir em alguns pontos

importantes, ou melhor, pontos estratégicos que determinam as bases para a

seleção de pessoas.

• Coletando informações sobre o cargo

a) descrição e análise do cargo - levantamento dos aspectos intrínsecos

(conteúdo do cargo) e extrínsecos (requisitos do cargo exigidos ao ocupante),

neste caso, são importante as informações a respeito dos requisitos e das

características que o ocupante do cargo deverá ter;

b) aplicação da técnica dos incidentes críticos - anotação sistemática e

criteriosa que os chefes diretos devem fazer a respeito de todos os fatos e

comportamentos dos ocupantes do cargo considerado, visando localizar as

características desejáveis e indesejáveis nos futuros candidatos;

c) análise de requisição de empregado – analisa dados na requisição

do empregado, preenchidos pelo chefe direto, descrevendo características e

requisitos que o candidato deve ter;

d) análise do cargo no mercado - trata de um cargo novo, existindo a

alternativa de verificar em empresas similares, cargos comparáveis, ao seu

conteúdo, requisitos e características dos seus ocupantes;

Partindo então destas informações o órgão de seleção tem condições de

convertê-las para sua linguagem de trabalho, sendo possível escolher o

ocupante ideal para o cargo oferecido.

• As Técnicas de Seleção

Utiliza-se a mais adequada ao caso ou a situação. Dentre elas

destacam-se as: entrevistas de seleção: dirigidas (com roteiro), não dirigidas

(sem roteiro ou livres); provas de conhecimentos ou capacidade: gerais (de

cultura geral, de línguas), específicos (de cultura profissional, de

conhecimentos técnicos); testes psicométricos: de aptidões gerais e

específicas; inventários de motivação e de interesses; técnicas de simulação

entre outras.

Para Chiavenato (2001) a escolha das técnicas deve representar o

melhor preditor para um bom desempenho futuro no cargo. A seleção deve ser

tomada como um processo realista de comparação entre duas variáveis qual

seja, os requisitos do cargo e o perfil das características dos candidatos que se

apresentam.

• Entrevista de Seleção

Consiste numa técnica de seleção que mais influencia a decisão final a

respeito do aproveitamento ou não de um candidato a emprego. Deve ser

conduzida com bastante habilidade e tato, com a finalidade de realmente

produzir os resultados esperados. No entanto, possui outras aplicações como:

a triagem no recrutamento, seleção, aconselhamento e orientação, avaliação

do desempenho, desligamento, entre outras.

Basicamente compreende um sistema de comunicação ligado a outros

sistemas em função de cinco elementos fundamentais:

a) a fonte (candidato com características de personalidade, limitações,

hábitos, maneiras de se expressar, historia, problemas, etc., aqui tem origem a

mensagem);

b) o transmissor (instrumento de codificação que transforma a

mensagem em palavras, gestos ou expressões; a capacidade verbal e de

expressão do candidato e do entrevistador relaciona-se com a maneira pela

qual a informação é "codificada" para ser transmitida;

c) o canal (existem pelo menos dois canais - palavras faladas, o mais

importante, e gestos);

d) o instrumento de decifração - entrevistador/entrevistados são meros

"recebedores" da informação, podem por sua vez interpretar ou decifrar as

mensagens de modos diferentes, cada um pode interpretar o que ouve em

termos de suas próprias experiências);

e) o destino (a quem se pretende transmitir a mensagem, no caso, para

o candidato o destino é o entrevistador e vice-versa).

Acredita-se que entrevistar é provavelmente o método mais amplamente

usado em seleção. Pressupõe-se que é universalmente usada na seleção de

pessoal.

Devem ser tomados alguns cuidados com relação à entrevista, para que

se promova o aperfeiçoamento, devendo-se acompanhar as etapas que

ocorrem no desenrolar do processo da entrevista.

De acordo com Chiavenato (2001) as etapas das entrevistas seguem

passos como:

- preparação: as entrevistas de seleção devem ter algum tipo de

preparação ou planejamento, elas não devem ser improvisadas. É importante

que o entrevistador se informe a respeito dos requisitos necessários ao cargo

que se pretende preencher e das características essenciais ao candidato;

- ambiente: o estabelecimento de um ambiente merece um realce

especial. Ele pode ser de dois tipos: o físico: o local da entrevista deve ser

privado e confortável; e o psicológico: o clima da entrevista deve ser ameno e

cordial.

- processamento da entrevista: é a entrevista propriamente dita, consiste

numa etapa fundamental do processo em que se obtêm a informação desejada

por ambos os componentes tanto entrevistador e como candidato;

- encerramento: o entrevistador deve fazer algum sinal claro para

demonstrar o fim da entrevista e o entrevistado deve receber algum tipo de

informação quanto a sua ação futura;

- avaliação do candidato - a partir do momento em que o entrevistado

deixa a sala, o entrevistador deve imediatamente empreender a tarefa de

avaliar o candidato enquanto os detalhes estão frescos em sua memória.

Forma-se a impressão devido aos fatos que o candidato apresenta, e também,

pelo modo como ele se comporta durante a entrevista.

Geralmente, a entrevista serve de instrumento de comparação, usado no

processo de seleção, cujo entrevistador é sempre o fiel da balança que

compara as características oferecidas pelo candidato com os requisitos

exigidos pelo cargo.

CAPÍTULO III

LIDERANÇA, COMUNICAÇÃO E APRENDIZAGEM

NA GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

O presente capítulo visa destacar como os papeis de liderança

inovadora apresentam-se nas organizações modernas. Para tanto, se propõem

enfatizar a necessidade do líder, de ter que se adequar ao momento atual, no

desempenho de sua função, com base em informações próprias, sendo capaz

de solucionar várias situações na busca de resultados satisfatórios.

Por se viver numa época de mudanças e inconstâncias, apesar de tudo,

caberá analisar de forma mais acertada as tomadas de decisões no ambiente

organizacional. No entanto, existem inúmeras opções para solucionar os

possíveis problemas, porém, nem sempre se faz a opção mais acertada.

Seria através desse aspecto que a liderança surge a desenvolver uma

função significativa dentro das organizações, e, por essa razão, todos as

pessoas que estão envolvidas no contexto organizacional, inclusive na área de

RH, devem procurar entender e conhecer um pouco mais sobre essa figura

inovadora, dentro do contexto social de mudanças organizacionais.

Para tanto, deve-se ir além dessas questões, fazendo-se uma reflexão

sobre as três competências básicas exigidas para o desempenho de uma figura

inovadora, entendendo também o conjunto de conhecimentos, habilidades e

comportamentos que possibilitem que sejam gerados resultados positivos.

Todavia, isso requer uma variação de ações que se congreguem junto

as características de produtos e serviços de cada organização. Nessa

abordagem, não se pode esquecer que o papel de inovador constituiu um dos

mais excitantes e, talvez, menos entendido dos oito papeis de liderança,

explicados por Quinn et al. (2004).

Ante ao exposto, procura-se oportunizar uma visão abrangente dos

aspectos interessantes desse assunto, asseverando a importância do seu

conteúdo que possibilita identificar o papel do inovador, tratando sobre as três

competências fundamentais que são: a convivência da mudança e sua

aceitação, o pensamento criativo e a gestão da mudança no ambiente

organizacional.

3.1 O Papel de Inovador

Hoje, no mundo moderno, sabe-se que a mudança é inevitável em todos

os aspectos do ambiente organizacional. Em diferentes casos, a transformação

e a inovação são desejáveis para que haja o funcionamento, o crescimento e a

sobrevivência das organizações. Mas o que interessa mesmo é descobrir

verdadeiramente como administrar tais mudanças.

Segundo Bueno (1996, p.51), “para ultrapassar as suas limitações

individuais, os seres humanos são brigados a cooperarem uns com os outros,

formando assim as organizações”.

Em grande parte das organizações, as pessoas não estão muito

interessadas em trabalhar conjuntamente e menos ainda de se envolverem em

objetivos comuns.

Na visão de Chiavenato (1998, p. 20), “a condição para que exista uma

organização é a seguinte: que haja pessoas capazes de se comunicarem e,

que estejam dispostas a contribuir com ação conjunta, a fim de cumprirem um

objetivo comum”.

Notadamente, a diversidade e a complexidade das organizações, e a

busca da excelência, fizeram surgir a necessidade de se estudar as

organizações sob diversos aspectos. Para um inovador será fácil cogitar que

seus gerentes não tenham grandes oportunidades de apresentaram

capacidades inovadoras ou de até mesmo produzirem ambientes flexíveis e

favoráveis a que se corram riscos, segundo Quinn et al. (2004).

De acordo com Quinn et al., o papel de inovador é:

um dos mais instigantes e menos compreendidos dos oito papéis de liderança. Enquanto um dos dois papéis do modelo de sistemas aberto, seu foco volta-se para a capacidade de adaptação e resposta ao ambiente externo. Engloba a utilização de criatividade e o gerenciamento das transformações e transições organizacionais, proporcionando aos gerentes a oportunidade única de afirmar o valor de cada empregado na organização. (QUINN et al., 2004, p. 331)

Para os autores supracitados as principais competências do inovador

são: convivência de mudança, pensamento criativo e gestão de mudança,

questões que serão estudadas no decorrer desse estudo com maiores

detalhes.

Cabe ressaltar que os gerentes tendem as desempenhar um papel

essencial, tanto na deflagração quanto na prática da mudança organizacional.

Nesse sentido, é necessário que o gerente seja flexível, se proponha a estar

aberto às novas idéias, costumes e a gestão da mudança.

3.2 Aceitação da Mudança

No que diz tange ao processo de aprendizagem há de se frisar que este

implica ou não nas mudanças comportamentais visíveis e mensuráveis. Logo, o

processo de aprendizagem num ambiente organizacional não apenas engloba

a elaboração de novos quadros cognitivos, que permitam uma compreensão

mais acertada do que está acontecendo no ambiente externo e interno. Sendo

possível definir novos comportamentos que comprovam a efetividade de todo

um aprendizado.

As organizações podem não ter cérebros, mas têm sistemas cognitivos e

memória, e ainda estabelecem rotinas, ou seja, criam métodos relativamente

uniformizados para lidar com problemas internos e externos. Todavia, essas

rotinas vêm ao longo do tempo sendo incorporadas, de modo explícito e/ou

inconsciente, na memória organizacional, segundo Quinn et al. (2004).

Para alguns pesquisadores, a mudança comportamental não estabelece

o único indicador de que a aprendizagem ocorreu, mas permite que este

conhecimento possa ser recuperado pelos membros da organização.

Dessa feita, Garvin (apud BUENO, 1996) fez uma apreciação bastante

simples sobre as organizações. Ele as considera capacitadas para criar,

adquirir e transferir conhecimentos e ainda modificar seus comportamentos

para refletir em novos conhecimentos e insights (ter uma verdadeira visa de

futuro ou uma grande idéia).

Já Senge (apud FLEURY & FLEURY, 1995) comenta que o ser humano

vem ao mundo motivado a aprender, explorar e experimentar. Infelizmente a

maioria das instituições da atual sociedade se mostra mias norteada para

controlar do que para aprender. Há, portanto, a recompensa do desempenho

das pessoas em função de obediência a padrões determinados, e não, por sua

vontade de aprender.

Percebe-se que as definições mais frequentes sobre a organização que

aprende, destacam sua capacidade de adaptação as taxas aceleradas de

mudanças, que ocorrem atualmente no mundo.

Nesse contexto, Senge (2002) diz que a adaptabilidade crescente

constitui apenas o primeiro passo no processo de aprendizagem. Para ele o

desejo de aprender vai mais além, deve ser criativo e produtivo.

Para o autor, as organizações devem desenvolver cinco disciplinas

essenciais neste processo de inovação e aprendizagem. Devem apresentar

domínio pessoal, modelos mentais, visões partilhadas, aprendizagem em grupo

e pensamento sistêmico.

Sobre o pensamento sistêmico, ressalta-se que este compõe a quinta

disciplina, que se integra as demais, num conjunto coeso de teoria e prática, o

que impede que cada uma, possa ser olhada de forma isolada, como

modismos desenhados para provocar mudanças organizacionais.

Nesse contexto, deve-se se frisar que os trabalhos de Senge (1990)

foram desenvolvidos a partir de suas pesquisas e experiências com seminários

para grupos de profissionais de empresas.

Sua finalidade não é teorizar sobre o assunto, mas construir guias de

ação que visassem o desenvolvimento da aprendizagem organizacional, por

meio do conhecimento e explicitação dos modelos mentais individuais, de

grupo e construção de projetos coletivos.

Nas origens do conceito de cultura, o processo de aprendizagem

acontece tanto no momento de criação, como no momento de transmissão de

valores aos novos membros. Neste processo se transcreve a história da

organização, as formas de organizar e o significado atribuído ao trabalho, às

relações de poder às relações com o ambiente.

Por sua vez, a mudança nos padrões culturais da organização poderá

ocorrer sob duas formas: mudança revolucionária e a mudança gradual.

Consequentemente, o desafio seria que esta dinâmica da aprendizagem

necessita estar pautada em valores fundamentais, que ofereçam consistência

às práticas organizacionais. Assim sendo, surge à necessidade de que esses

valores sejam sólidos com uma dinâmica de aprendizagem e com inovações

constantes.

Contudo, o desenvolvimento organizacional compreende um processo

de mudança planejada, no qual sua finalidade corresponde a efetividade da

organização. Esta por sua vez, possui noção de temporalidade, perpetuidade e

continuidade, e ainda se deve inclui o fator tempo. Diante disso contata-se a

prevalência do aspecto moral e ético.

Para Schein (apud BUENO, 1996, p. 56) a essência do desenvolvimento

organizacional é “ajudar a organização a tomar consciência de seus processos,

desenvolver atitudes de diagnóstico, de superação e, melhorar suas relações

internas”.

Efetivamente, deve-se ressaltar que itens como qualidade,

produtividade, racionalidade de custos, estratégias entre outros, são meios,

procedimentos e formas pelas quais as organizações objetivam oferecer

produtos bons e competitivos, assegurando a qualidade de vida aos

empregados, assim como o retorno aos acionistas e a satisfação dos seus

clientes.

Dessa forma, percebe-se que no sistema capitalista ocidental é muito

difícil dissociar o homem enquanto recurso da organização, no que se refere a

realização de seus objetivos negociais. Sabe-se, porém, que a satisfação das

partes compreende a garantia da efetividade, da sobrevivência, da

perpetuidade. Nesse sentido, será necessária a parceria com clientes,

fornecedores, acionistas e empregados.

Cabe ainda frisar que qualidade, produtividade e outros itens, não se

obtêm, senão, através de pessoas. Busca-se com isso, o pleno engajamento

do corpo de empregados no processo produtivo, via participação,

envolvimento, comprometimento (QUINN et al. 2004).

Um dos grandes desafios do gerente no papel de inovador consiste na

convivência com mudanças imprevistas e, por vezes, indesejadas. O gestor ao

enfrentar mudanças, precisa pessoalmente estar pronto a adaptações ou a

uma transformação inesperada que talvez não tenha recebido bem, e ao

mesmo tempo, tenha que apresentá-la aos seus funcionários de forma tal, que

os auxiliem em sua adaptação.

Assim sendo, em ambos os casos, poderá haver a necessidade de uma

transformação de atitude com relação à mudança e, um esforço consciencioso

no sentido de abolir a oposição psicológica a ela.

Cabe distinguir que as pessoas não somente trabalham nas

organizações, mas também vivem neste ambiente. A pessoa que trabalha em

período integral logicamente passa mais tempo no ambiente de trabalho do que

se dedicando a qualquer outra atividade.

Ante ao exposto, deve-se estar atento a capacidade de conviver com a

mudança, particularmente quando se trata de ambiente organizacional.

No entanto, as pressões para a mudança em busca de maior

competitividade têm diferentes origens, que podem assim ser sintetizadas:

esforço exportador iniciado nos anos 70; exportação dentro da estratégia da

matriz; clientes locais: montadoras e estatais; mercado interno e escolha

própria. As novas políticas de industrialização e comércio exterior têm impactos

diferenciados.

Para Bennis (1979) a filosofia de desenvolvimento organizacional é:

uma resposta à mudança, uma estratégia educacional complexa orientada para mudar crenças, atitudes, valores e estrutura das organizações, de modo que elas possam adaptar-se melhor a novas tecnologias, mercados e desafios, e à estonteante taxa de mudança. Necessária sempre que nossas instituições sociais competem pela sobrevivência, sob condições de mudança crônica (BENNIS, 1979, p.55).

Nesse aspecto pode-se apontar que a mudança seria a única coisa certa

na realidade de cada indivíduo, organização e sociedade em geral.

As diversas técnicas, auxiliares no processo, podem basear-se no

estudo da estrutura da divisão das tarefas e do poder na organização, mas

também nas características comportamentais de seus membros.

E diante disso, entende-se que a mudança compreenda um processo

contínuo e ambíguo, pois provoca sentimentos difusos de lançar-se ao novo,

ao moderno e, ao mesmo tempo resistência a ela, representada pelo

conformismo de habitar o conhecido.

O grande desafio é, portanto, conseguir o comprometimento das

pessoas, de forma a engajá-las aos novos objetivos que a organização se

propõe.

Para Chiavenato (1997, p. 22) a “cultura significa um modo de vida, um

sistema de crenças e valores, uma forma aceita de interação e de

relacionamento típicos de determinada organização”.

Já Souza (apud BUENO, 1996, p.67) diz que “cultura organizacional é o

conjunto de fenômenos resultantes da ação humana dentro das fronteiras do

sistema”. Para essa autora, a cultura compõe-se de três elementos

interdependentes: preceitos, tecnologia e caráter.

Por essa razão, observa-se nas empresas, um interesse cada vez maior

em implantar o pensamento criativo em seus quadros, no sentido de promover

as inovações indispensáveis à sua sobrevivência e expansão, através do

treinamento da criatividade de seus funcionários, como forma de compensar a

educação anticriativa predominante, atualmente, na maioria das instituições de

ensino. (TAVARES, 2002)

Assim sendo, para a implantação com sucesso do pensamento criativo

nas organizações, primeiramente faz-se necessário que todos os estímulos não

criativos recebidos ao longo do desenvolvimento sejam descartados, e isto só

se consegue através do treinamento. Em segundo lugar, é indispensável, por

parte das organizações, que as mesmas adotem um ambiente onde

verdadeiramente se valorize o pensamento criativo.

3.3 Pensamento Criativo

Quando se pensa em pessoas criativas, lembra-se logo, de seres

humanos, que se julga ostentar uma singularidade única, uma pessoa bem

dotadas, talentosas, e, simplesmente diferente de cada um de nós.

Raramente se pensa na capacidade criativa como algo que se encontra

na população como um todo. Dificilmente, nos vemos estimulados a refletir ou

aprender sobre como somos criativos. Há uma vastíssima gama de

comportamentos e traços de personalidade associada à essa habilidade

criativa (QUINN et al., 2004).

Acima de tudo, o pensamento criativo é uma competência, que todos

podem desenvolver. A criatividade é uma maneira de pensar que envolve a

geração de novas idéias e soluções.

Segundo Lipman, o pensamento criativo é:

essencial e compõe o pensamento de ordem superior, conduz ao julgamento, é orientado pelo contexto, é autotranscendente, sensível aos critérios e implica no julgamento critico, não é apenas sensível, mas orientado pelo contexto; está preocupado com a invenção e a totalidade, controla-se através do objetivo de ir além de si mesmo, transcender-se, assim como através do objetivo de alcançar a integridade. (LIPMAN, 2001, p. 279)

Já Koestler (apud QUINN et al., 2004, p. 96) referiu-se a criatividade

como “um ato de libertação: a derrota do hábito pela originalidade”. Muitos

exercícios de pensamento criativo têm por objetivo ajudar-nos a desenvolver

novas maneiras de ver as coisas e, especificamente, a ultrapassar as nossas

premissas.

Particularmente é importante reconhecer os obstáculos culturais à

criatividade, ou seja, aquelas suposições disseminadas que fazem parte da

nossa cultura social ou organizacional.

Essas barreiras individuais costumam ter uma origem emocional,

resultando de crenças e temores pessoais com relação a correr riscos,

experimentar conceitos novos e/ou procurar convencer ou outros do valor de

cada um deles apresentado. Nesse viés, o pensamento crítico costuma ser

descrito como vertical, seguindo critérios lógicos para subir até alcançar a

resposta correta.

Em contrapartida, visualiza-se o pensamento criativo descrevendo um

movimento lateral, espraiando-se para encontrar inúmeras soluções, segundo

Bono (apud QUINN et al. 2004)

Note também, a necessidade de imaginação e a perspectiva de gerar

muitas idéias. As habilidades relacionadas ao pensamento crítico também

serão necessárias para elaborar um plano de ação exequível.

Na visão de Quinn et al. (2004) o pensamento criativo pode ser usado

para analisar o grau de utilidade das descobertas do processo de pensamento

criativo. Para os autores, o valor desse tipo de pensamento vem

reconhecimento crescente, tanto nas organizações quanto na sociedade como

um todo. Vem se consolidando a idéia de que as competências tanto do

pensamento criativo quanto do crítico serão necessárias para enfrentar os

desafios do século XXI.

As pesquisas indicam que há uma grande diferença entre aqueles que

exibem tendências criativas e os que não; a certeza da própria criatividade.

Quem costuma pensar criativamente tende a se considerar criativo, os demais

se consideram não criativos.

Para focalizar o desenvolvimento da capacidade de pensamento criativo,

vamos examinar as três dimensões da criatividade: as habilidades de domínio,

as criativas e a motivação de tarefas.

a) Habilidades de domínio - são aquelas associadas aos conhecimentos

básicos e especializados indispensáveis ao pensamento criativo. Dentro das

organizações parte do conhecimento varia de uma área para outra.

b) Habilidades criativas - são aquelas que permitem aos indivíduos

associar conceitos até então independentes e a conceber novas maneiras de

pensar. Existe uma vasta gama de técnicas denominadas de “heurística da

criatividade”, englobando desde o uso de analogias até o de imagens mentais.

Trata-se de estratégias individuais que podem ajudá-lo, como inovador, a

desenvolver sua capacidade pessoal de pensar criativamente.

Entretanto, um dos segredos para incrementar as habilidades criativas

seria aprender a romper com nossos pressupostos corriqueiros a respeito das

relações entre ideias e coisas, o que nos habilitará a conceber relações

inusitadas. É particularmente importante reconhecer os obstáculos culturais à

criatividade.

Reconhecer barreiras culturais ao pensamento criativo amplia a

capacidade de pensar de maneira original e desenvolver habilidades criativas.

Essas barreiras individuais costumam ter uma origem emocional, resultando de

crenças e temores pessoais com relação a correr riscos, experimentar opiniões

novas ou procurar convencer ou outros do valor do nosso conceito.

A seguir, dez dos empecilhos individuais mais comuns ao pensamento

criativo: resistência à mudança; medo de errar e de fracassar; incapacidade de

tolerar a ambiguidade; tendência a julgar em vez de produzir juízos;

incapacidade de relaxar ou permitir a incubação de qualquer idéia nova;

tendência à autocrítica excessiva; conformidade; estereotipagem e falta de

informações.

À medida que elas o atrapalham indica o quanto você é prejudicado em

sua capacidade criativa. É vital que os gerentes saibam que o incentivo a esses

entraves nos funcionários também restringe a criatividade deles.

c) Motivação de tarefas - refere-se à existência de um ambiente

organizacional de fomento à criatividade dos empregados. Todo indivíduo tem

o potencial de ser criativo.

A tarefa tem muitos desafios. Empecilhos individuais e culturais com

frequência restringem nossa capacidade de criar ambientes desse tipo. Os

gerentes devem estar cientes desses obstáculos em seu empenho por

aumentar a criatividade no local de trabalho.

Segundo Quinn et al. (2004) uma das estratégias mais eficazes para

despertar e estimular a criatividade dos funcionários é o uso do brainstorms é

uma técnica empregada para gerar novas idéias, e que recorre às suas

competências, pensamentos e conhecimentos.

Isso se traduz num processo para engendrar novos conceitos e, em

seguida, selecionar as melhores por meio de discussões em grupo e uma

votação sistemática. Em geral, é aplicado, quando o problema tem um grande

número de soluções alternativas possíveis, sendo importante saber ouvir as o

que as pessoas têm a dizer, o que promoverá um ambiente seguro para o fluxo

de novas hipóteses sugeridas pelos funcionários.

No entanto, as etapas seguintes devem ser usadas no planejamento de

uma sessão de grupo nominal: confirme se todos concordam com a definição

do problema; peça aos participantes para anotarem todas as ideias que lhes

ocorrerem; adote um esquema circular para que os participantes façam suas

sugestões; depois que todas anotadas, examine-as, uma de cada vez; peça

aos participantes para elegerem as alternativas de sua preferência e, refaça a

votação.

No que se refere aos benefícios organizacionais deve-se lembrar que os

gestores e, principalmente os líderes, precisam reconhecer as vantagens

pessoais do estímulo ao pensamento criativo entre seus colaboradores.

O pensamento criativo pode aumentar a eficácia da unidade por meio de

uma resolução de problemas mais efetiva. Além disso, pode ser empregado

como ferramenta de motivação.

As vantagens não dizem respeito somente aos bons conceitos ou novas

propostas sugeridas pelos funcionários, mas também ao fato de que estes se

sentam melhor como empregados.

Em síntese, ressalta-se que o estímulo ao pensamento criativo pode

acarretar substanciais benefícios à organização, à unidade de trabalho e aos

indivíduos que exercitam suas habilidades criativas.

3.4 Gerenciamento da Mudança

No mundo moderno, será importante falar de mudanças, no que tange o

alcance de metas e objetivos. Ainda que se empreendam essas alterações,

será fundamental que se entenda o conceito de resistência.

Sendo assim, pode-se dizer que a resistência à mudança ocorre com

frequência. Mesmo as transformações necessárias e desejáveis a enfrentam,

como por exemplo, ainda que todos na sua unidade de trabalho concordem

que será importante existir mais comunicação com outras unidades, se houver

a introdução de uma mudança com tal finalidade, pode-se esperar que isso

sofra algum tipo de resistência.

Além da resistência das pessoas, torna-se provável que haja uma

resistência por parte da própria organização. Todos esses movimentos

organizacionais de mudança exigem uma nova dinâmica da organização diante

dela própria.

Nas palavras de Quinn et al. (2004), cinco tipos de mudanças possuem

grandes probabilidades de provocar resistência por parte dos funcionários, na

medida em que estes acreditam que elas afetarão seus comportamentos

profissionais habituais.

Dessa feita, ao se entender tais fontes de resistência, poderá haver

melhores condições de empreender as devidas transformações e implementá-

las de maneira a garantir o sucesso.

Nesse caso é preciso destacá-las como:

a) mudanças que afetem as demandas de conhecimento e competência; b) mudanças associadas a perdas econômicas ou de status; c) mudanças sugeridas por outros; mudanças que envolvem riscos e mudanças que acarretem uma ruptura das relações sociais. (QUINN et al., 2004, p. 353)

Esse registro nos serve como lembrete de que essa resistência deve ser

cuidadosamente planejada. Em geral, torna-se indispensável ponderar

atentamente as consequências da transformação em questão com o objetivo

de se evitar precipitações. O que implica em inúmeros cursos alternativos da

ação, na previsão de suas consequências e na escolha de qual será o mais

apropriado.

Planejar a mudança é o primeiro passo que o gerente deve dar. Kurt

Lewin (apud QUINN et al. 2004) apresentou um modelo, denominado de

análise de campo de força. Para ele:

Há nas organizações forças que fazem pressão pela mudança e outras que lhe opõem resistência. Quando a potencia das primeiras é maior, a mudança ocorre; quando as segundas é que são mais intensas, ela não se dá. Deve-se elaborar uma lista de análise de campo de força a fim de examinar algumas das pressões pela mudança organizacional, chamadas de forças motrizes, e outras contrárias a ela, denominadas de resistentes. (apud QUINN et al., 2004, p. 354)

Nesse contexto, as forças motrizes são: transformação social da

sociedade, aumento da eficiência; custos mais enxutos, pressão pública;

aumento de eficácia, dentre outras. Já as resistentes podem ser: percepção de

ameaças ao poder; limitações de recursos; mudanças nas competências

requeridas; relutância de correr riscos; ruptura de relacionamentos sociais,

dentre outras.

É necessário considerar mais que os itens da lista acima; é preciso

também levar em conta a importância ou força relativa dos itens individuais.

Para que alista fosse mais útil, seria preciso também atribuir pesos ou valores a

cada item.

As etapas seguintes são imprescindíveis para empreender uma análise

de campo de força: liste as forças motrizes e resistentes; examine cada uma e

avalie sua força; identifique aquelas forças sobre as quais você exerce alguma

influência ou controle.

Analise a lista e decida como implementar a mudança. Aumente a

intensidade das forças motrizes; acrescente novas forças motrizes; elimine

algumas das forças de resistência e averigúe se alguma das forças de

resistência pode ser convertida em forças motrizes.

Na implementação da mudança, o planejamento é tão crítico para os

inovadores quanto o processo de planejamento de qual mudança deve ocorrer.

O processo de planejamento costuma receber menos atenção que o

necessário. A má implementação da mudança afetará sua credibilidade; um

descuido na implementação quase sempre redunda em fracasso. (PEREIRA,

1995)

Come feito, os quatro métodos de implementação de mudanças pode

ser entendido como a realidade atual que difere daquela do passado, e exige

novos comportamentos.

A realidade presente tende a pôr em perigo valores arraigados e a

apontar para a necessidade de correr riscos. Em quase todos os grupos, o líder

e os membros colocam a si mesmos em primeiro lugar. Isso é natural. A

maioria das teorias de liderança e mudança parte desse princípio, embora

algumas não se concretizem assim.

As três primeiras abordagens foram identificadas alguns anos atrás por

Chin & Benne (apud QUINN et al., 2004) que as descreviam em:

• persuasão, fornecer argumentos lógicos a favor da mudança;

• imposição, procurar alavancas, tais como a ameaça de demissão ou

de cair no ostracismo;

• participação - usar o diálogo franco e perseguir estratégias ganha-

ganha.

No entanto, há uma quarta estratégia que aparece através de relatos de

Quinn et al. (2004) intitulada “estratégia de transformação”, uma série de

princípios práticos para a introdução efetiva da mudança.

Os autores mostram ainda, que a modificação do comportamento

humano vise refletir o que ele valoriza de fato. O novo comportamento,

baseado em princípios, constitui um desafio às normas.

Os autores supracitados asseveram que a estratégia transformadora só

vai funcionar se formos movidos por motivos internos e adotarmos um foco nos

outros.

E ainda dizem que em no interior de cada ser humano, encontra-se

princípios, propósitos e coragem. Revelam que a capacidade de não só

suportar as pressões do sistema externo como efetivamente modificá-lo. O

homem muda o mundo na medida em que ele muda a si mesmo.

No entender de Terra (2002), desde que o conhecimento tornou-se uma

força motriz para o desenvolvimento social. O autor acrescenta que:

cresce a cada dia a atenção da sociedade para o aumento da importância da informação e do conhecimento. Quanto mais a informação e o conhecimento se tornam importantes fatores de produção para o moderno sistema econômico, mais a sociedade, inevitavelmente, irá demandar uma gestão eficaz destes dois fatores. (TERRA, 2002, p. 29)

Segundo Quinn et al. (2004) até bem pouco tempo atrás, as

organizações se constituíam de um grande número de departamentos, com

direção e interesses diversos, trazendo, dessa forma, uma visão fragmentada.

Frente a essas questões busca-se um maior envolvimento por parte dos

funcionários, onde o discurso que vigora é a necessidade do estabelecimento

de parcerias, através de uma participação mais efetiva nas decisões a serem

tomadas, assim como a prática de inovações em seus processos.

Atualmente, exige-se agilidade, rapidez para a implementação das

mudanças, pois dessa maneira cada organização tem a possibilidade de

melhor êxito frente à concorrência cada vez mais acirrada.

Cabe considerar que uma organização é também uma sociedade

humana, lugar onde as pessoas se inter-relacionam em busca de objetivos

comuns; da mesma maneira, cada empresa tem sua cultura, mesmo quando

localizada em uma mesma região.

Nesse contexto, é importante que se faça uma verificação quanto a

essas variáveis na tentativa da implementação de uma mudança no ambiente

organizacional.

Finalmente, entende-se que dois papéis de liderança sensíveis

envolvem tanto o negociador quanto o inovador. Isso deve ser fruto do

conhecimento de inúmeras habilidades e competências que um gestor deve

ter, no exercício de suas funções dentro das organizações,

Sendo necessário considerar que em certas situações não cabe

somente que se faça a opção por um papel ou outro. Será preciso que se lance

mão de vários papeis ao mesmo tempo, afirmam Quinn et al. (2004).

Todavia, isso implica num desafio que merece reflexão no momento de

se explicar as competências específicas a determinados papéis e, ainda

quando surgir a oportunidade de se mesclar as diversas perspectivas num todo

multidimensional.

Acredita-se, que tanto o negociador quanto o inovador constituem um

modelo de sistema aberto onde há possibilidades de apoio eterno, aquisição de

recursos e crescimento. Mas para alcançar tais objetivos, torna-se necessário

que isso esteja relacionado a insigth, inovação e adaptação.

Dessa forma, caberá ao gestor ou o líder usar o papel de negociador e

inovador, numa visão de futuro, a partir da investigação de novas formas de

romper com o tradicional. Lembrando-se que ao fazer isso estará se correndo

um risco. Mas por ser um considerado um líder dentro da organização deve ter

certeza de que obterá o apoio de todos os envolvidos no processo

organizacional.

Diante dos aspectos abordados algumas considerações são relevantes

acerca do tema. Em princípio, salienta-se que a economia de modo geral induz

á mudança, isto é, requerendo das organizações de um modo geral, uma

postura inovadora e empreendedora, sendo essa uma exigência da tecnologia

da informação.

Não obstante a identificação da necessidade das mudanças, as

organizações do futuro ainda constituem grande incógnita, isto é, identificaram-

se as exigências, apontaram-se os problemas, mas, este procedimento está

por ser executado. Em face de todas essas incertezas presentes

rotineiramente, novas competências fazem-se necessárias às organizações.

Com efeito, os sujeitos envolvidos passam a possuir uma

responsabilidade maior frente a função que desempenham no ambiente no

qual estão inseridos, podendo muitas vezes atingir aos objetivos almejados.

Nesse cenário, numa economia globalizada onde a única certeza é da

incerteza, as organizações que souberem criar conhecimento e, apenas, não

mais gerenciá-los, podendo ser considerado um destaque eminente no campo

da gestão de RH, que tem como elemento importante a liderança inovadora na

figura de um líder.

Sabe-se, que etimologicamente, liderar significa conduzir, e o líder nesse

contexto, será sempre aquele elemento que conduzirá o grupo, em

acontecimentos sem reverter seu rumo.

O estudo de liderança passa também por outro momento, no qual

estudiosos procuram identificar conjuntos de comportamentos que viabilizem a

configuração daquilo que se chamou de habilidade de liderança.

Com fundamento nos conjuntos de comportamentos é que se passou a

agrupar os líderes em diferentes estilos de liderança. Hoje, nota-se que os

profissionais interligados a uma organização, vêm promovendo o

desenvolvimento de diversos recursos com o objetivo de otimizar a qualidade

do ambiente de trabalho (PEREIRA, 1995).

Nessa busca, está parte de indivíduos que ampliam essas atividades,

mas que ao mesmo tempo, conseguem manter uma estreita relação com

outras pessoas, que constituem outra parcela da estrutura organizacional na

qual estão inseridos.

Por esse motivo, o primeiro cuidado a se falar da liderança deve recair

sobre a desconstrução do seu conceito, como sendo somente ligado à postura

hierárquica superior.

È importante frisar que o conceito de líder está, portanto, ligado

diretamente à capacidade de influência de uma pessoa sobre outras, não

somente sobre a posição hierárquica superior.

No estabelecimento das relações entre o comportamento de liderança e

sua eficácia surgiram indicativos tomando-se por base o estilo democrático e o

estilo autocrático.

Nessa temática, há dois estilos conduzem ações voltadas mais para a

realização do trabalho. Nessa listagem ele inclui o planejamento, a formulação

de procedimentos, os padrões de produtividade, enquanto outros procuram

gerenciar oferecendo apoio sob um clima mais aberto, ou até mesmo familiar, e

com isso, colocam seus subalternos e suas necessidades como prioridades

(GONÇALVES, 1997).

Vale dizer, a eles, que fazer as coisas acontecer de maneira rápida e

eficiente, é quase paradoxal. Haja vista, que de um lado, todo líder precisa de

seguidores; e, de outro, meros seguidores não conseguem fazer as coisas

acontecer rápida e eficientemente.

Os grandes líderes são aqueles que encontram o equilíbrio ideal entre

comandar e deixar que outros também tomem decisões. Os melhores líderes

criam as situações, atraem o auditório e brilham no palco.

CONCLUSÃO

Ao término desse trabalho, chega-se a conclusao de que as novas

tendências no processo de recrutamento, seleção, contratação e

desenvolvimento de profissionais de RH, visa a otimizar novos recursos, e que

as empresas modernas têm buscado através de conhecimento agregar novas

formas de gerenciamento e adaptação à Gestão de Recuros Humanos.

O constante processo de mudança do mercado, vemfazndo com as

emrpesas sejam cada vez mais estrategistas. De um lado, essa atitude vem

apresentando resultados como a evolução e integração do profissional,

aumentando o comprometimento com sua carreira e os negócios da

organização. De outro, ela é marcada pela redução de postos de trabalho e,

conseqüentemente do número de colaboradores.

Sabe-se que o profissional hojem possui necessidade em participar do

desenvolvimento das estratégias da empresa, recrutar e selecionar pessoal,

implantar e difundir a altura da empresa e acompanhar as tendências mundiais

da área de RH.

Nesse contexto, acredita-se que os bons profissionais de RH poderão

ampliar seu espaço organizacional desde que adquiram novas habilidades

apartir da gestão do conhecimento, que requer um verdadeiro pensamento

estratégico para focar e atividades, métodos e ferramentas que produzem

círculos virtuosos de criação, organizacional e compartilhamento.

Organizações que compreendem a ese tipo de gestão não como um

projeto, mas como um compromisso desenvolvido e sustentado por

competências, trocas de experiências e planejamnetos estratégicos bem

estruturados podem criar possibilidades em obter novos talentos.

Deve-se entender que a tarefa de recrutar e selecionar profissionais é

estratégica, e que esta atividade deve ser entregue a área de RH, que deverá

estar bem preparada para assumir esse desafio. Logo, não pode ser encarada

como um evento pontual, subjetivo e sem importância.

Para que a organização seja bem sucedida, deve atrair pessoas certas e

no momento exato, a fim de gerar resultados positivos dentro de um sistema de

recrutamento seletivo mais dinâmico.

A regra eficaz no recrutamento e seleção não está apenas na escolha da

pessoa com maior qualificação, mas sim, na busca da pessoa mais adequada

aos requisitos do cargo.

O que falta nesse cenário, é que as pessoas sejam mais criativas,

participativas, envolvidas e determinantes com o futuro. Torna-se relevante

discutir com praticidade as interfaces do caminho a ser percorrido. Novas

formas devem ser instituídas de modo criativo e inovador dentro das

organizações, possibilitando um novo fôlego às empresas, que vê na função do

líder a fio condutor para alcançar novas expectativas gerenciais. Nessa incessante busca de conhecimento, não se pode esquecer a

atuação daquele profissional que executa as tarefas no departamento de RH,

no processo de recrutamento e seleção de pessoas, que demanda analisar

questões de relacionamentos humanos e a partir de novos conhecimentos e

aprendizados no contexto de diversas organizações.

Há de se dizer que quando uma organização concentra seu foco no

processo seletivo, os resultados são evidentes e simples. Sendo importante dar

a devida atenção aos processos seletivos, que começa a partir da contratação

de profissionais especialistas no assunto. É engano pensar que um simples

treinamento pode habilitar um funcionário ou um executivo da organização a

realizar tal atividade.

Vale ressaltar que é através das estratégias de integração do individuo

à organização que os valores e comportamentos vão sendo incorporados e

transmitidos aos novos membros. Essas estratégias codificam os chamados

programas de treinamento e integração de novos funcionários que assumem

formatos e durações diferentes de acordo com cada organização.

Assim, o trabalho a ser desenvolvido pode evidenciar uma proposta em

desvendar como os dogmas, os ritos, consubstanciados nas políticas e práticas

de gestão de pessoas, mediante a relação entre o indivíduo e organização.

Essa comunicação constitui um dos elementos básicos no processo de

criação, transmissão e cristalização do universo simbólico organizacional.

Vale dizer que os modelos mais modernos de gestão da força de

trabalho pressupõem a introdução de novos canais de comunicação entre a

empresa e empregado, na tentativa de melhorar os sistemas de comunicação

nas duas vertentes, ou seja, levar mais informações aos empregados e receber

suas opiniões, sugestões e reivindicações, reforçando e procurando modificar

padrões culturais em certos casos.

Sendo assim, a adoção de uma proposta multidisciplinar dentro de uma

organização é fundamental, pois envolve o trabalho com diferentes categorias

e técnicas de investigação, exigindo do pesquisador a capacidade de extrair os

pontos básicos e necessários para que se possa fazer uma articulação em um

eixo teórico-metodológico, norteador do que se busca alcançar com a proposta

inicial.

Pode-se dizer que atualmente as organizações têm procurado

desenvolver novas formas de trabalho, de comunicação, de estruturas e

tecnologias além de novos vínculos com os diversos agentes com os quais

interagem.

Evidente que muitos são os sinais de que o conhecimento se tornou o

recurso econômico mais importante para a competitividade das empresas e

dos países. Assim, observa-se cada vez mais, que a inovação passa a se uma

missão permanente, utilizando todos os tipos de conhecimentos disponíveis,

sejam eles tácitos ou explícitos, internos ou externos, tangíveis ou intangíveis.

Este se consagra no objetivo principal de uma estratégia organizacional,

onde o posicionamento da empresa pode ser visto à frente de seus

concorrentes, quando determina vantagens mercadológicas, proporcionando a

preferência dos consumidores.

As vantagens, portanto, estão notadamente nos dias atuais centradas no

conhecimento e inovação, e que gerir o conhecimento de forma integrada à

estratégia organizacional é senão o verdadeiro diferencial competitivo.

Finalmente, vale dizer que as expectativas aqui apresentadas não se

esgotam. Não foi intenção do pesquisador, apresentar respostas para muitas

questões e questionamentos, mais foi de interesse discutir alguns tópicos que

traduzem o contexto social, que nega a existência de respostas únicas ou

verdades transcendentes.

O que importa, na verdade, é que cada ser humano, independente de

raça, cor, sexo e valores morais, culturais, sociais e até mesmo éticos possa

fazer parte deste processo de inovação empresarial, numa interação que se

propõe vencer os desafios empreendidos pela atual globalização, bem como,

arrebatar novas respostas e/ou formular outras questões, num processo

dinâmico em conjunto com outros profissionais da área de Gestão de Recursos

Humanos.

Quando se trata de recrutar e selecionar pessoas há de se destacar

também que cada candidato deve ser tratado como um futuro gestor de alto

escalão na empresa, pois só dessa forma há possibilidades de se construir os

alicerces que consolidarão a visão organizacional.

O que realmente interessava seria poder nomear dentre certas

características quais as melhores poderiam definir a personalidade de um líder

que desempenha um papel inovador.

Cabe ainda apontar que todo ser humano possui capacidade de utilizar

estilos diferenciados, que são atitudes e comportamentos que podem ser

apreendidos no decorrer da vida.

Em síntese, será relevante estudar formas criativas e compartilhar as

tomadas de decisões com a equipe, fazendo-se uma revisão cotidiana das

ações e do papel assumido na questão da liderança inovadora.

Acredita-se, assim, ser possível encontrar muito mais evidências sobre

os assuntos aqui abordados, porém, o objetivo maior seria fazer uma reflexão

que abra espaço a novos horizontes e um novo olhar organizacional. Olhar

este, sustentado por uma prática diferente capaz de ser instituída nas futuras

organizações empresariais.

BIBLIOGRAFIA

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ÍNDICE INTRODUÇÃO ............................................................................................... 08

CAPÍTULO I - A GESTÃO E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL NO

MUNDO CONTEMPORÂNEO ....................................................................... 12

1.1 Considerações Gerais ......................................................................... 12

1.2 A Evolução nos Modelos de Gestão .................................................... 14

1.3 O Ambiente Organizacional e as Mudanças ........................................ 16

1.4 Tendências Empregatícias Futuras: Uma Questão de Gestão

Empresarial .................................................................................................... 18

CAPÍTULO II - O PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

DE PESSOAL ................................................................................................. 21

2.1 Recrutamento de Pessoas .................................................................. 23

2.2 O Processo de Recrutamento ............................................................. 25

2.2.1 Fontes de Recrutamento ..................................................................... 27

2.2.2 Técnicas de Recrutamento .................................................................. 28

2.2.3 Recrutamento Externo ......................................................................... 30

2.2.4 Recrutamento Interno .......................................................................... 31

2.2.5 Recrutamento Misto ............................................................................. 33

2.3 Seleção de Pessoas ............................................................................ 33

CAPÍTULO III - LIDERANÇA, COMUNICAÇÃO E APRENDIZAGEM

NA GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS ................................................. 38

3.1 O Papel de Inovador ............................................................................ 39

3.2 Aceitação da Mudança ........................................................................ 40

3.3 Pensamento Criativo ........................................................................... 45

3.4 Gerenciamento da Mudança................................................................ 49

CONCLUSÃO ................................................................................................. 56

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 60

ÍNDICE ........................................................................................................... 63

FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................ 64

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: Recrutamento e seleção: um desafio a lidar com as novas exigências da gestão empresarial.

Autor(a): Mônica Santos Rosa de Jesus

Data da entrega: ___ /___/2009.

Avaliado por: _____________________________ Conceito: ___________