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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO DE PESSOAS NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Por: Vanessa de Souza Matos Franca
Orientador
Profa. Aleksandra Sliwowska
Niterói
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO DE PESSOAS NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial
Por: Vanessa de Souza Matos Franca
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AGRADECIMENTOS
A Deus, ao meu marido Alexandre
Carvalho Franca, aos meus pais
Francisco Vanderlei de Matos e Marisa
de Souza Matos, aos meus irmãos
Denise de Souza Ferreira e Laert de
Souza Ferreira, aos meus colegas de
curso Patrick Salgueirinho, Felipe
Feres e Bruno Bueno.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho ao meu marido
Alexandre Carvalho Franca e aos meus
pais Francisco Vanderlei de Matos e
Marisa de Souza Matos.
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RESUMO
O mundo passa, cada vez mais rápido, por mudanças e as
organizações precisam se adaptar a elas de forma rápida. As empresas podem
ter o melhor planejamento estratégico, mas no fim precisam das pessoas para
atingir seus objetivos. São as pessoas que possuem conhecimentos e
experiências, acumulados na própria empresa ou fora dela, que são aplicados
na operação do negócio empresarial.
Nesse contexto, a Gestão de Pessoas se torna cada vez mais
importante. Principalmente em uma empresa pública, do setor bancário, onde
os resultados esperados só podem ser alcançados com o comprometimento de
seus colaboradores. Este trabalho procura mostrar como a Caixa Econômica
Federal faz a gestão de seus mais de 80 mil funcionários, identificado os
princípios, as políticas e os processos de Gestão de Pessoas adotados pela
empresa.
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METODOLOGIA
Este trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, através
de leitura de livros e artigos publicados sobre o tema Gestão de Pessoas.
Procurou-se fazer uma correlação da teoria com a prática na empresa Caixa
Econômica Federal; para isso, a pesquisa bibliográfica estendeu-se aos
manuais normativos e às publicações internas daquela instituição, que foram
gentilmente cedidos para a elaboração deste trabalho.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O QUE É GESTÃO DE PESSOAS 09
1.1 Um Breve Histórico da Gestão de Pessoas 12
1.2 Tendências para o Futuro em Gestão de Pessoas 14
CAPÍTULO II - A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 19
2.1 A História da Caixa Econômica Federal 20
2.2 Estrutura Organizacional 22
CAPÍTULO III – A GESTÃO DE PESSOAS NA CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL 25
3.1 Os Princípios de Gestão de Pessoas na Caixa Econômica Federal 25
3.2 As Políticas de Gestão de Pessoas na Caixa Econômica Federal 26
3.3 Os Processos de Gestão de Pessoas na Caixa Econômica Federal 27
3.3.1 O processo de agregar pessoas na Caixa Econômica Federal 28
3.3.2 O processo de aplicar pessoas na Caixa Econômica Federal 30
3.3.3 O processo de recompensar pessoas na Caixa Econômica Federal 31
3.3.4 O processo de desenvolver pessoas na Caixa Econômica Federal 32
3.3.5 O processo de manter pessoas na Caixa Econômica Federal 33
3.3.6 O processo de monitorar pessoas na Caixa Econômica Federal 35
CONCLUSÃO 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39
ÍNDICE 41
8
INTRODUÇÃO
Com a globalização e a alta competitividade do mundo atual,
marcado por mudanças constantes e rápidas, o conhecimento é um bem de
grande importância nas organizações. Estas precisam estar cada vez mais
preparadas para se adaptarem e se desenvolverem a fim de garantir sua
sobrevivência. Considerando que boa parte do conhecimento se traduz na
experiência das pessoas que trabalham nas empresas, a Gestão de Pessoas
se firma como um processo de extrema importância nas organizações. Cada
vez mais empresas reconhecem o valor do capital humano para a obtenção de
resultados, pois são as pessoas que estão diretamente ligadas à dinâmica
organizacional e por isso são capazes de manter a vantagem competitiva.
A literatura já discute amplamente a importância da gestão de
pessoas. Surgiu o interesse de estudar sua aplicação no contexto específico
de uma empresa pública, inserida no mercado, focada em resultados. Assim, o
presente trabalho tem como objetivo principal identificar o modelo de Gestão
de Pessoas da Caixa Econômica Federal e correlacioná-lo com a teoria já
desenvolvida nessa área.
O trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas,
realizada por busca em sites da internet, livros, artigos científicos e publicações
internas da Caixa Econômica Federal.
O trabalho está dividido em cinco sessões, incluindo esta
introdução, que é a primeira. Na segunda sessão foi apresentado o
fundamento teórico sobre o tema Gestão de Pessoas, onde se abordou o que
é Gestão de Pessoas, o histórico e desenvolvimento da teoria de Gestão de
Pessoas e as tendências para o futuro em Gestão de Pessoas. Na terceira
sessão, foi apresentada a Caixa Econômica Federal, sua história, como ela
funciona e quem são os responsáveis por suas decisões estratégicas. Na
quarta sessão foram identificados quais são os princípios, as políticas e os
9
processos de gestão de pessoas na Caixa Econômica Federal. Por último, a
quinta sessão apresenta a conclusão desse trabalho.
CAPÍTULO I
O QUE É GESTÃO DE PESSOAS
Quanto mais sofisticados se tornam os negócios, em qualquer de
suas dimensões – tecnologia, mercado, expansão e abrangência – mais seu
sucesso fica dependente de um padrão de comportamento coerente com
esses negócios. Num modelo de gestão de pessoas estrategicamente
orientado, sua missão prioritária consiste em identificar esse padrão de
comportamento coerente com os negócios da organização (FISCHER, 2002).
Entende-se por gestão de pessoas a maneira pela qual as
empresas se organizam para gerenciar e orientar o comportamento humano no
trabalho. Por isso, as empresas definem princípios, estratégias, políticas e
práticas ou processos de gestão. Através desses mecanismos, implementa
diretrizes e orienta os estilos de atuação dos gestores em sua relação com os
colaboradores (FISCHER, 2002).
A gestão de pessoas nas organizações é a função que permite a
colaboração eficaz das pessoas para alcançar os objetivos organizacionais e
individuais (CHIAVENATO, 1999).
Tudo aquilo que interfere de alguma maneira nas relações
organizacionais pode ser considerado um componente do modelo de gestão
de pessoas. O comportamento organizacional é resultado das relações
pessoais , interpessoais e sociais que ocorrem na empresa e a gestão de
pessoas significa orientação e direcionamento desse agregado de interações
humanas. Os componentes formais de um modelo de gestão de pessoas se
definem por princípios, políticas e processos que interferem nas relações
humanas no interior das organizações (FISCHER, 2002).
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Por princípios entendem-se as orientações de valor e as crenças
básicas que são adotados pela empresa; a gestão de pessoas deverá seguir,
respeitar e reforçar esses valores na cultura da organização. As políticas
estabelecem diretrizes de atuação que buscam objetivos de médio e longo
prazo para as relações organizacionais; em geral, são orientadoras e
integradoras dos processos especificamente voltados para gestão de pessoas.
Processos são cursos de ação previamente determinados, que não
ultrapassam os limites dos princípios de gestão, e visam alcançar os objetivos
traçados, orientados por políticas específicas; são exemplo: plano de cargos e
salários, de capacitação e sucessão, a administração de carreiras e a
avaliações de desempenho, de performance e de pessoal (FISCHER, 2002).
Integra também a gestão de pessoas de uma organização o estilo
de gestão dos gerentes diretos das equipes de trabalho, ou seja, a maneira
pela qual o gestor atua ao estabelecer limites ou estimular determinados
padrões de comportamento. Pela orientação dos processos de capacitação
gerencial ou a divulgação dos perfis de comportamento desejados a empresa
procura intervir no estilo gerencial praticado por suas chefias dando coerência
ao modelo; isso porque conflui para o gerente todo o processo de gestão de
pessoas, é ele quem dá vida às ferramentas de gestão quando as coloca em
prática e sua inadequação põe em risco todo o modelo de gestão adotado pela
a empresa (FISCHER, 2002). Para que os objetivos da gestão de pessoas
sejam alcançados, é necessário que os gerentes tratem as pessoas como
elementos básicos para a eficácia organizacional (CHIAVENATO, 1999).
Os objetivos da gestão de pessoas são variados e podem ser
assim enumerados:
a) A organização a alcançar seus objetivos e cumprir sua missão.
Não se pode imaginar uma área de RH de uma empresa que não conheça os
negócios da organização. O principal objetivo da gestão de pessoas é ajudar a
organização a atingir sua metas, objetivo e realizar sua missão (CHIAVENATO,
1999).
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b) Proporcionar competitividade à organização. Isso significa
saber empregar as capacidades e habilidades dos colaboradores. É função da
gestão de pessoas fazer com que as forças dos empregados sejam mais
produtivas para beneficiar clientes, parceiros e os próprios empregados
(CHIAVENATO, 1999).
c) Proporcionar à organização empregados bem treinados e
motivados. Dar reconhecimento às pessoas e não apenas dinheiro constitui o
elemento básico da motivação humana. Quando as pessoas percebem justiça
nas recompensas que recebem, elas melhoram seu desempenho. E a melhor
forma de fazer isso é tornar claros os objetivos empresariais e o modo como
eles são medidos (CHIAVENATO, 1999).
d) Aumentar a auto- atualização e a satisfação dos empregados
no trabalho. Para que sejam produtivos os empregados devem sentir que o
trabalho é adequados às suas capacidades e que estão sendo tratados de
forma igual. Para os empregados, o trabalho é a maior fonte de identidade
pessoal, pois eles despendem a maior parte de suas vidas no trabalho.
Empregados satisfeitos não são necessariamente os mais produtivos, mas
empregados insatisfeitos tendem a se desligar da empresa, a faltar com
frequência e a produzir menos e em pior qualidade do que empregados
satisfeitos. A felicidade na organização e a satisfação no trabalho são fortes
determinantes no sucesso organizacional (CHIAVENATO, 1999).
e) Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho.
Qualidade de vida no trabalho é um conceito que se refere aos aspectos da
experiência do trabalho, como estilo de gerência, liberdade e autonomia para
tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no trabalho, horas
adequadas de trabalho e tarefas significativas. Um programa de qualidade de
vida no trabalho procura estruturar o trabalho e o ambiente de trabalho no
sentido de satisfazer a maioria das necessidades individuais do empregado e
tornar a organização um local desejável e atraente (CHIAVENATO, 1999).
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f) Administrar a mudança. Os gestores de pessoas devem saber
lidar com as mudanças se querem realmente contribuir com sua organização e
saber administrá-las junto aos empregados. (CHIAVENATO, 1999).
g) Manter políticas éticas e comportamento socialmente
responsável. Toda a atividade da administração de recursos humanos deve ser
aberta, confiável e ética. As pessoas não devem ser discriminadas e seus
direitos básicos devem ser garantidos. Tanto as pessoas quanto as empresas
devem seguir padrões éticos e de responsabilidade social; e a
responsabilidade social não é uma exigência apenas para as organizações,
mas também para as pessoas que nela trabalham (CHIAVENATO, 1999).
Encontra-se diferentes modelos de gestão de pessoas em
diferentes contextos históricos ou setores empresarias. (FISCHER, 2002). Os
nomes como departamento pessoal, departamento de relações industrias,
recursos humanos, desenvolvimento de talentos, capital humano ou capital
intelectual, são utilizados para descrever o departamento relacionado com a
gestão de pessoas. Cada nome reflete uma maneira de lidar com as pessoas
(CHIAVENATO, 1999). A seguir, passaremos a uma análise histórica da
mudança do conceito de gestão de pessoas.
1.1 Um Breve Histórico da Gestão de Pessoas
O departamento de Recursos Humanos surgiu no século XIX,
com a necessidade de contabilizar o registro dos trabalhadores, as faltas e os
atrasos. Os chefes de pessoal tinham como características a inflexibilidade, o
estrito seguimento das leis e eram conhecidos por serem frios, principalmente
na hora de demitir os funcionários. A administração operava à base da força e
era ditatorial (VISCAINO & ESTORK, 2004).
Nessa fase, que podemos chamar de fase contábil, os
responsáveis se preocupavam principalmente com os custos da organização.
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Os trabalhadores eram vistos sob um enfoque contábil; A organização
comprava a mão de obra e, em contrapartida, as entradas e saídas dessa
conta deviam ser registradas contabilmente. Essa foi a fase pioneira da gestão
de pessoas, que permaneceu até o início da década de 1930 (VISCAINO &
ESTORK, 2004).
As grandes organizações começaram a investir em estudos e
pesquisas no campo da psicologia organizacional e da sociologia do trabalho,
entre outros, para que os chefes de pessoal olhasse para os trabalhadores de
outra forma, não como simples objetos da empresa, mas como seres
humanos. Na década de 1920, o movimento das relações humanas trouxe um
novo desafio ao chefe de pessoal, pois o novo modelo de administrar teve
como base de mudança a relação entre os empregados e os empregadores. A
nova forma de administrar preocupava-se com o indivíduo e suas
necessidades, pois acreditava-se no aumento da produtividade pela eliminação
de conflitos e seus respectivos custos (VISCAINO & ESTORK, 2004).
O movimento continuou a evoluir, passando para um outro
estágio: o Behaviorismo, que também era fundamentado no comportamento
humano, porém existia singeleza e empirismo, pois entendia-se que a simples
satisfação no trabalho geraria eficiência (VISCAINO & ESTORK, 2004).
Em 1945 surgiram os primeiros estudos sobre a liderança, a
democracia no trabalho e a motivação humana. Neste novo contexto começou
a ser valorizada a função de cuidar do pessoal, ou seja, o chefe de pessoal
deveria se preocupar ainda mais com o empregado e com a organização, pois
nessa época surgiram as questões legais e sindicais. O chefe de
pessoal passou a ser um gerente de pessoal, mas ele continuava diretamente
ligados às relações burocráticas, cumprindo e fazendo cumprir as regras e
normas. Essa período pode ser considerado a fase legal e foi da década de
1930 à década de 1950. Foi nesse período que, no Brasil, o então presidente
Getúlio Vargas criou a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT (VISCAINO
& ESTORK, 2004).
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Na década de 1950 iniciou-se a transformação do departamento
pessoal. Foi nesse período que a função de gerente de pessoal passou a ser
chamada de gerente de recursos humanos. Na década de 1960 foi criada a
denominação gerente de relações industriais, para que as organizações
pudessem distinguir aquele que cuidaria dos aspectos administrativos daquele
que cuidaria das questões humanas. Foi a fase tecnicista, onde a burocracia
era sinônimo de praticidade. Os trabalhadores ganharam mais força e
representou também um avanço nas relações entre capital e trabalho. Nessa
fase, a área de recursos humanos passou a comandar os serviços de
recrutamento e seleção, treinamento, cargos e salários, higiene e segurança,
benefícios e outros (VISCAINO & ESTORK, 2004).
Entre 1965 e 1985 temos a fase administrativa. Nesse período
ocorreu uma revolução nas bases trabalhadoras, com a implementação do
movimento sindical chamado de novo sindicalismo. O então chamado gerente
de relações industriais voltou a ser denominado gerente de pessoal e,
posteriormente, gerente de recursos humanos. Mudou-se a ênfase dos
procedimentos burocráticos e operacionais para uma ênfase mais humanista,
voltada para os indivíduos e suas relações (VISCAINO & ESTORK, 2004).
No meio da década de 1980 teve início a fase estratégica, que foi
marcada pela colocação dos primeiros programas de planejamento estratégico
ligados ao planejamento estratégico central das organizações. Nesse período o
gerente de recursos humanos foi reconhecido por diversas organizações como
diretoria, em nível estratégico, e não mais funcionário de terceiro escalão.
(VISCAINO & ESTORK, 2004).
1.2 Tendências para o Futuro em Gestão de Pessoas
No futuro, o ritmo de mudança será cada vez mais intenso.
Tecnologia, globalização, demografia e outros fatores influenciarão as
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estruturas organizacionais e culturais. Nesse contexto, três cenários
organizacionais podem ser descritos: grandes corporações transformam-se em
mini-estados e assumem papéis proeminentes na sociedade; a especialização
promove redes de colaboração; e a agenda ambiental força mudanças cruciais
na estratégia de negócios (PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007).
Essas mudanças radicais nos modelos de negócios acarretarão
novos desafios que serão enfrentados pelas empresas: a) o desaparecimento
da fronteira entre o trabalho e a vida pessoal, à medida que as empresas
assumem maiores responsabilidades pelo bem-estar social de seus
empregados; b) a aplicação de técnicas rigorosas de avaliação dos
profissionais para controle e monitoramento da produtividade e do
desempenho; e c) o crescimento da importância do capital social e dos
relacionamentos como impulsionadores do sucesso no negócio
(PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007).
A gestão de pessoas poderá seguir três caminhos ou por todos,
com a coexistência de modelos dependendo da empresa ou país:
• A gestão de recursos humanos terá uma mentalidade proativa e
orientada para a estratégia de negócios e se tornará o coração da empresa; o
departamento de recursos humanos desempenhará um papel novo e mais
abrangente em termos de gestão de pessoas, incorporando e influenciando
vários outros aspectos do negócio (PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007);
• O departamento de recursos humanos se tornará o direcionador
da agenda de responsabilidade social corporativa
(PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007);
• O departamento de recursos humanos será visto como
transacional e quase inteiramente terceirizado. Dessa modo, assumirá uma
nova forma fora da empresa e o recursos humanos internos será focado
basicamente em recrutamento (PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007).
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No cenário em que as grandes corporações se tornam mini-
estados, as empresas tornam-se importantes provedoras de serviços a seus
empregados. A gestão de pessoas irá abranger vários aspectos diferentes de
suas vidas, incluindo, muitas vezes, habitação, saúde e a educação de seus
filhos. As políticas de gestão de pessoas Irão se focalizar na retenção dos
empregados, porém será cada vez mais difícil atrair e reter o talentos para o
alto escalão. A consolidação das empresas em grandes corporações terá
influência sobre questões culturais, haverá um grande foco na evolução da
cultura corporativa com processos rigorosos de recrutamento para assegurar
que os novos empregados se encaixam nos ideais corporativos; a equipe será
levada ao aprendizado obrigatório da cultura corporativa e a programas de
desenvolvimento. O comprometimento, o desempenho e a produtividade dos
empregados serão medidos sistematicamente; os líderes terão acesso às
métricas e às bases de dados das pessoas, diariamente atualizadas; isso
permitirá um sinal de alerta rápido para comportamentos não alinhados e para
desempenho abaixo do padrão estabelecido. A tecnologia permeará todos os
âmbitos das atividades de negócio e de lazer e, por isso, a linha entre trabalho
interno e externo será frequentemente confundida com a tecnologia, cuja
plataforma básica será fornecida pelos empregadores, o que também permitirá
aos empregadores terem acesso à informações adicionais sobre as
preferências de seus empregados (PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007).
O gestor de pessoas ocupará uma posição importante no
conselho executivo da empresa e precisará de competências financeiras,
analíticas, de marketing e de gestão de riscos para medir o impacto do capital
humano em suas empresas e para atrair e reter os melhores talentos
(PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007).
No cenário em que a agenda ambiental força mudanças cruciais
na estratégia de negócios, as pessoas Irão procurar empregadores com fortes
credencias ambientais ou sociais e os departamentos de recursos humanos
Irão desempenhar um papel central no desenvolvimento do programa de
responsabilidade social corporativa. Será esperado que os empregados
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suportem os valores e os objetivos corporativos em torno da agenda sócio-
ambiental. O departamento de recursos humanos passará a se chamar
Pessoas e sociedade, sendo seu líder um membro sênior da equipe executiva
da empresa. As viagens para reunião com clientes e colegas serão
substituídas por soluções tecnológicas que reduzam a necessidade de
encontros pessoais; as empresas globais para promover a integração de suas
equipes de trabalho ao redor do mundo, desenvolverão redes sociais virtuais
para toda a operação e base de clientes. As empresas Irão oferecer aos
empregados opções corporativas de transporte entre trabalho e residência,
para minimizar a necessidade de usos de carros; com isso, várias empresas
Irão preferir transferir suas atividades dos grandes centros para ficarem mais
perto do local de residência de seus empregados
(PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007).
O CEO que será responsável por orientar a estratégia de gestão
de pessoas, acreditando que as pessoas, seus comportamentos na
organização e seus papéis na sociedade têm conexão direta com o sucesso ou
fracasso da empresa. O CEO trabalhará com uma equipe composta de
especialistas de recursos humanos, de marketing, de responsabilidade social
corporativa e gestão da informação que conduzirá o programa de
responsabilidade social. O gestor de pessoas e sociedade irá desenvolver
soluções inovadoras nos momentos de recessão, como transferir empregados
para projetos/ estágios temporários em outras organizações, nas quais eles
possam desenvolver competências e contribuir com a sociedade como um
todo, trazendo-os de volta de acordo com a melhora do ambiente econômico
(PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007).
Já no cenário em que a especialização promove redes de
colaboração, as organizações reconhecem que seus empregados e suas
redes de relacionamento são fundamentais para o sucesso; as empresas
buscam promover e sustentar esses relacionamentos pessoais; isso é feito
mediante incentivo aos empregados para que tenham conectividade e
desenvolvam comportamentos colaborativos. As associações profissionais
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crescerão em importância e assumirão várias responsabilidades previamente
assumidas pelos empregadores, como recrutamento de talentos, planos de
saúde e pensões, desenvolvimento e treinamento. Os trabalhadores,
geralmente, serão membros das associações profissionais e acessam
oportunidades por meio de portais mantidos por essas associações; os
contratos de emprego serão flexíveis para permitir alterações no quadro
funcional e rápidas mudanças de direção. Os trabalhadores serão
categorizados e remunerados por sua especialização técnica; isso cria uma
necessidade maior de os trabalhadores terem uma participação pessoal no
sucesso da empresa com direito a planos de participação acionária e bônus
relacionadas a entregas de projetos. O recrutamento se tornará uma função do
departamento de suprimentos e será fundido com a gestão de contratos e
acordos de preços, requeridos pela rede de parceiros da cada empresa. O
gestor de recursos humanos será o diretor de suprimento de pessoas e deverá
se articular com redes especializadas e associações para atrair os talentos
necessários pelo menor preço (PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2007).
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CAPÍTULO II
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Antes de analisarmos a gestão de pessoas na Caixa Econômica
Federal, iremos conhecer um pouco mais a empresa.
A Caixa Econômica Federal foi criada em 1861 e, desde então, é o
principal agente de políticas públicas do governo federal. É uma empresa
100% pública que atende não apenas clientes bancários, mas também todos
os trabalhadores formais do Brasil por meio do Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS), do Programa de Integração Social (PIS), do Seguro-
Desemprego, de programas sociais, além dos usuários das unidades lotéricas
(CAIXA, 2011).
Exerce um papel fundamental na promoção do desenvolvimento
urbano e da justiça social do país, ao priorizar setores como habitação,
saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços (CAIXA, 2010).
Atualmente a missão da Caixa consiste em: “Atuar na promoção da
cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como instituição
financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado
brasileiro.” (CAIXA, 2011).
A atuação da Caixa se estende aos palcos, salas de aula e pistas
de corrida ao apoiar inúmeras iniciativas artístico-culturais, educacionais e
desportivas. No esporte, a Caixa é a patrocinadora oficial do atletismo
brasileiro; por meio das Loterias, a Caixa patrocina o Comitê Paraolímpico
Brasileiro (CPB) e os atletas do paradesporto que mais destacaram segundo
critérios definidos pelo CPB; a Caixa iniciou também patrocina a ginástica
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brasileira sendo a patrocinadora oficial da ginástica artística brasileira, da
ginástica rítmica e de trampolim; também patrocina a luta olímpica. No campo
da cultura, a Caixa patrocina eventos e projetos artísticos em todo o país e
mantém os Centros Culturais Caixa nas cidades de Brasília, São Paulo, Rio de
Janeiro, Curitiba, Recife e Salvador, com uma programação contínua que
conta com galerias, exposições, teatros e museus, além de projetos de
inserção social voltados para escolas públicas (CAIXA, 2011).
A Caixa é o maior banco público da América Latina. Sua base de
clientes atualmente é de mais de 51 milhões de pessoas entre correntistas e
poupadores de todas as faixas de renda (CAIXA, 2011).
A Caixa está presente em todas as regiões brasileiras com uma
ampla rede de atendimento. São mais de 36,2 mil unidades, que chegam a
5.467 municípios, com mais de 6 mil unidades próprias, entre agências, postos
e salas de autoatendimento, além de aproximadamente correspondentes
bancários entre lotéricas e postos Caixa Aqui (CAIXA, 2011).
No cenário empresarial, ela detém 48% do capital da CAIXA
Seguros (ex-Sasse). É a patrocinadora da Fundação dos Economiários
Federais - FUNCEF, que trata das aposentadorias de seus empregados, o
segundo maior fundo de pensão do Brasil (CAMPOS, 2003).
2.1 A História da Caixa Econômica Federal
Fundada em 12 de janeiro de 1861, na cidade do Rio de Janeiro,
pelo Imperador Dom Pedro II, a CAIXA tinha como missão conceder
empréstimos e incentivar a poupança popular. Um dos objetivos do imperador
era inibir a atividade de outras empresas que não ofereciam garantias aos
depositantes e ainda concediam empréstimos a juros exorbitantes. A
Instituição atraiu príncipes, barões e escravos que, ávidos por comprarem suas
cartas de alforria, nela depositavam seus recursos (CAMPOS, 2003).
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Em 1874 a Empresa começou sua expansão, instalando-se nas
províncias de São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.
Somente em 1969, mais cem anos depois, aconteceria a unificação das 22
Caixas Econômicas Federais, que passaram a atuar de forma padronizada
(CAMPOS, 2003).
As carteiras Hipotecárias e de Cobrança e Pagamentos surgiram em
1934, durante o Governo Vargas, quando tiveram início as operações de
crédito comercial e consignação (CAMPOS, 2003).
As Loterias Federais começaram a ser operacionalizadas pela
CAIXA em 1961, representando um importante passo na execução dos
programas sociais do Governo, já que parte da arrecadação é destinada à
Seguridade Social, ao Fundo Nacional de Cultura, ao Programa de Crédito
Educativo e entidades de prática esportiva, dentre outros (CAMPOS, 2003).
A década de 70 marcou a implantação e regulamentação do
Programa de Integração Social - PIS, além da criação e expansão da Loteria
Esportiva em todo o país. Nesse período, a CAIXA assumiu a gestão do
Crédito Educativo e passou a executar a política determinada pelo Conselho
de Desenvolvimento Social, através do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento
Social – FAS (CAMPOS, 2003).
Com a extinção do Banco Nacional de Habitação - BNH, em 1986, a
Empresa se transformou na maior agência de desenvolvimento social da
América Latina, administrando o FGTS e tornando-se o órgão-chave na
execução das políticas de desenvolvimento urbano, habitação e saneamento.
Em 1990, a Instituição foi incumbida de centralizar quase 130 milhões de
contas de FGTS que se encontravam distribuídas em 76 bancos. O desafio foi
vencido e, em 1993, ela efetuou o pagamento de cerca de 72 milhões de
contas inativas (CAMPOS, 2003).
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2.2 Estrutura Organizacional
A Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira sob a forma
de empresa pública, criada nos termos do Decreto-Lei no 759, de 12 de agosto
de 1969, vinculada ao Ministério da Fazenda, com sede e foro na capital da
República, prazo de duração indeterminado e atuação em todo o território
nacional (BRASIL, 2008).
Instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional e auxiliar da
execução da política de crédito do Governo Federal, a Caixa submete-se às
decisões e à disciplina normativa do órgão competente e à fiscalização do
Banco Central do Brasil (BRASIL, 2008).
Os órgãos de administração da Caixa são: o Conselho de
Administração e a Diretoria, constituída pela Presidência, pelo Conselho
Diretor, Vice-Presidência responsável pela gestão de ativos de terceiros e
Vice-Presidência responsável pela administração ou operacionalização das
loterias federais e dos fundos instituídos pelo Governo Federal, nestes
incluindo o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que
compartilham a representação orgânica e a gestão da Caixa (BRASIL, 2008).
O Conselho de Administração é o órgão de orientação geral dos
negócios da Caixa, responsável pela definição de diretrizes, desafios e
objetivos corporativos e pelo monitoramento e avaliação dos resultados da
Caixa, composto por sete conselheiros: cinco indicados pelo Ministro da
Fazenda, dentre eles o Presidente do Conselho; o Presidente da Caixa, que
exerce a Vice-Presidência do Conselho; e um conselheiro indicado pelo
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão (BRASIL, 2008).
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A Presidência é o órgão de administração responsável pela gestão e
representação da Caixa, a quem compete, entre outras atribuições, propor ao
Conselho de Administração o modelo de gestão, inclusive de pessoas, os
desafios e os objetivos corporativos e o plano estratégico da Caixa, além de
coordenar e supervisionar os trabalhos das Vice-Presidências (BRASIL, 2008).
O Conselho Diretor é órgão colegiado responsável pela gestão e
representação da Caixa, composto pelo Presidente da Caixa e por nove Vice-
Presidentes, nomeados e demitidos pelo Presidente da República, por
indicação do Ministro da Fazenda, ouvido o Conselho de Administração
(BRASIL, 2008).
Ao Conselho Diretor compete, entre outras atribuições, aprovar e
apresentar ao Conselho de Administração as políticas, as demonstrações
contábeis, as propostas orçamentárias e respectivos acompanhamentos
mensais de execução, a prestação de contas anual, o sistema de controles
internos; elaborar proposta de plano de implementação do plano estratégico da
Caixa; aprovar os limites de alçadas, a arquitetura organizacional e o modelo
de funcionamento das Vice-Presidências e da Auditoria Interna; decidir sobre a
criação, instalação e supressão de unidades internas e agências, escritórios,
representações, dependências e outros pontos de atendimento no País
(BRASIL, 2008).
Além dos Vice-Presidentes que integram o Conselho Diretor, são
nomeados e demitidos pelo Presidente da República, por indicação do Ministro
de Estado da Fazenda, ouvido o Conselho de Administração, dois Vice-
Presidentes, que respondem exclusivamente pela administração de ativos de
terceiros e pela administração ou operacionalização das loterias federais e dos
fundos instituídos pelo Governo Federal, nestes incluído o FGTS. Esses Vice-
Presidentes não integram o Conselho Diretor e não respondem pelas demais
atividades da Caixa e deliberações daquele Colegiado (BRASIL, 2008).
O Estatuto da Caixa dispõe ainda sobre o Conselho Fiscal,
integrado por cinco membros efetivos e respectivos suplentes, escolhidos e
24
designados pelo Ministro da Fazenda. Dentre os integrantes do Conselho
Fiscal, pelo menos um membro efetivo e respectivo suplente são
obrigatoriamente indicados pelo Ministro da Fazenda, como representantes do
Tesouro Nacional (BRASIL, 2008).
Ao Conselho Fiscal compete exercer as atribuições atinentes ao seu
poder de fiscalização, consoante a legislação vigente, entre as quais: fiscalizar
os atos dos administradores e verificar o cumprimento de seus deveres legais
e estatutários; opinar sobre a prestação de contas anual da Caixa e dos fundos
e programas por ela operados ou administrados, fazendo constar do seu
parecer às informações complementares que julgar necessárias ou úteis;
examinar as demonstrações financeiras semestrais e anuais da Caixa e as de
encerramento do exercício social dos fundos e programas por ela operados ou
administrados, manifestando sua opinião, inclusive sobre a situação
econômico-financeira da Caixa (BRASIL, 2008).
Compõem a CAIXA, ainda, oito órgãos colegiados estatutários,
como segue: o Conselho de Gestão de Ativos de Terceiros; o Conselho de
Fundos Governamentais e Loterias; o Comitê de Auditoria; o Comitê de Risco;
o Comitê de Prevenção Contra os Crimes de Lavagem de Dinheiro; o Comitê
de Compras e Contratações; o Comitê de Avaliação de Negócios e
Renegociação e a Comissão de Ética (BRASIL, 2008).
25
CAPÍTULO III
A GESTÃO DE PESSOAS NA CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL
Para entender a gestão de pessoas na Caixa Econômica Federal,
analisaremos os princípios, as políticas e os processos que norteiam a questão
na empresa, tendo em mente os conceitos definidos no capítulo 1.
3.1 Os Princípios de Gestão de Pessoas na Caixa Econômica Federal
Os princípios que norteiam a gestão de pessoas na Caixa estão
definidos no Código de Ética da Caixa. Este código sistematiza os valores
éticos que norteiam a condução dos negócios da Caixa e orientam as ações e
o relacionamento com os interlocutores tanto internos quanto externos (CAIXA,
2010).
Os princípios definidos no código são: respeito, honestidade,
compromisso, transparência e responsabilidade (CAIXA, 2010).
Por respeito entende-se que as pessoas na Caixa são tratadas com
ética, justiça, respeito, cortesia, igualdade e dignidade. Não são aceitas
atitudes preconceituosas relacionadas à origem, raça, gênero, cor, idade,
religião, credo, classe social, incapacidade física e qualquer outra forma de
discriminação. A Caixa orienta a preservação da dignidade dos dirigentes,
empregados e parceiros, em qualquer circunstância, com a determinação de
eliminar situações de provocação e constrangimento no ambiente de trabalho
26
que diminuam o amor próprio e a integridade moral das pessoas (CAIXA,
2010).
O princípio de honestidade define que serão oferecidas
oportunidades iguais nas transações e relações de emprego. Não admite-se
qualquer relacionamento ou prática desleal de comportamento que resulte em
conflito de interesses e que estejam em desacordo com o mais alto padrão
ético. Também não admite-se práticas que fragilizem a imagem da Caixa e
comprometam seu corpo funcional (CAIXA, 2010).
O código de ética define que a empresa tem compromisso com o
cumprimento das leis, normas e regulamentos internos e externos que regem a
instituição. Há compromisso também com a melhoria das condições de
segurança e saúde no ambiente de trabalho para preservar a qualidade de
vida dos que nele convivem (CAIXA, 2010).
As relações da Caixa com os segmentos da sociedade e com os
empregados são pautadas no princípio de transparência e na adoção de
critérios técnicos. A empresa oferece aos empregados oportunidades de
ascensão profissional, com critérios claros e do conhecimento de todos. A
empresa valoriza a comunicação interna para disseminar informações
relevantes relacionadas aos negócios e às decisões corporativas (CAIXA,
2010).
A responsabilidade as ações e a gestão dos recursos da empresa,
inclusive os recursos humanos. O princípio garante também proteção contra
qualquer forma de represália ou discriminação profissional a quem denuncia as
violações do código de ética da empresa (CAIXA, 2010).
3.2 As Políticas de Gestão de Pessoas da Caixa Econômica Federal
27
As políticas de gestão de pessoas da Caixa estão definidas na visão
de futuro e nos desafios estratégicos da empresa.
Em sua visão de futuro a Caixa diz que “se destacará na gestão de
pessoas, reconhecidas em seu mérito, capacitadas e com desenvolvido
espírito público” (Caixa, 2005). Percebe-se que é política da Caixa capacitar os
empregados e reconhecê-los por seus méritos, dessa forma evitando as
promoções por indicação política e de empregados não qualificados.
Um dos desafios estratégicos da Caixa é ser uma das melhores
empresas para trabalhar. A empresa reconhece que ter um bom clima
organizacional vai além de oferecer uma relação estável de emprego, plano de
saúde, oportunidades de aprendizagem. Entende que conhecer as
expectativas dos empregados é fundamental para criar esse ambiente
estimulante e saudável e assume isso como um desafio (CAIXA, 2005).
3.3 Os Processos de Gestão de Pessoas na Caixa Econômica Federal
CHIAVENATO (1999) define seis processos básicos de gestão de
pessoas: agregar pessoas, aplicar pessoas, recompensar pessoas,
desenvolver pessoas, manter pessoas e monitorar pessoas.
Agregar pessoas envolve os processos utilizados para incluir novas
pessoas na empresa; inclui o recrutamento e a seleção de pessoas
(CHIAVENATO, 1999).
Aplicar pessoas engloba os processos utilizados para desenhar as
atividades que as pessoas Irão realizar na empresa, orientar e acompanhar
seu desempenho; inclui o desenho organizacional e desenho de cargos,
análise e descrição de cargos, orientação de pessoas e avaliação de
desempenho (CHIAVENATO, 1999).
28
O processo de recompensar pessoas envolve os processos
utilizados para incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades
individuais mais elevadas; inclui recompensas, remuneração e benefícios e
serviços sociais (CHIAVENATO, 1999).
Desenvolver pessoas envolve os processos utilizados para capacitar
e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal; inclui o treinamento e
desenvolvimento das pessoas, programas de mudanças e desenvolvimento de
carreiras e programas de comunicação (CHIAVENATO, 1999).
O processo de manter pessoas engloba os processos utilizados
para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades
das pessoas; inclui administração da disciplina, higiene, segurança e qualidade
de vida e manutenção de relações sindicais (CHIAVENATO, 1999).
E por fim, o processo de monitorar pessoas envolve os processos
utilizados para acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar
resultados; inclui banco de dados e sistemas de informações gerenciais
(CHIAVENATO, 1999).
3.3.1 O processo de agregar pessoas na Caixa Econômica Federal
Por ser uma empresa pública, a primeira etapa no processo de
agregar pessoas é a realização de um concurso público. A Caixa convoca o
candidato aprovado por ordem de classificação dos pólos de seleção para
prover cargo inicial da carreira administrativa. Quando convocado, o candidato
deve comprovar que possui os requisitos previstos no edital do concurso
público. Além dessa comprovação, o candidato faz os exames médicos
admissionais. Por determinação legal, 5% das vagas abertas são destinadas a
candidatos portadores de necessidades especiais (CAIXA, 2011).
29
O candidato que não atende à convocação, que não comprova
todos os requisitos previstos no edital, que não aceita ser admitido na unidade
indicada pela Caixa, que os exames admissionais concluem pela
impossibilidade de aproveitamento no cargo objeto de provimento, que não
realizam os exames médicos admissionais e que não é constatada deficiência
física quando ele se declarou portador de necessidades especiais é eliminado
do processo de seleção e admissão (CAIXA, 2011).
Ao ser admitido, o empregado participa do Programa de Integração
e Ambientação à Caixa, onde o empregado é apresentado à empresa e recebe
instruções básicas sobre sua rotina de trabalho, segurança da informação e
prevenção a crimes de lavagem de dinheiro (CAIXA, 2011).
O candidato é admitido a título de experiência por um período de 90
dias. Nesse período ele passa por duas avaliações de rendimento: uma entre
25 a 40 dias após sua admissão e a segunda vinte e cinco dias após a
primeira. Essas avaliações são feitas pela chefia imediata do empregado, pelo
empregado orientador, por um outro empregado da equipe e pelo próprio
empregado. O empregado orientador e o terceiro empregado devem ter mais
de 365 dias de efetivo exercício na Caixa. As duas avaliações devem ser
realizadas pelas mesmas pessoas. O empregado deve atingir pelo menos 60%
de aproveitamento nas duas avaliações e a chefia imediata deve apresentar
feedback ao final de cada avaliação para informar ao empregado seu
desempenho e para orientá-lo quanto aos fatores necessários de
aprimoramento. Atingindo a pontuação mínima, o contrato de experiência
converte-se em contrato de trabalho por tempo indeterminado (CAIXA, 2011).
Quando o empregado não atinge a pontuação mínima nas
avaliações e há indicação da chefia imediata pela não manutenção da relação
de emprego, a gerência regional de pessoas realiza entrevista com a chefia
imediata e com o empregado para apurar o interesse do empregado em
permanecer na Caixa, o item ou os itens da avaliação em que o empregado
obteve pontuação ou média insatisfatória, o desempenho do empregado na
unidade durante o período de experiência, o motivo da indicação para rescisão
30
do contrato de trabalho, a complexidade das tarefas, a motivação do
empregado e as expectativas do empregado. Após as entrevistas, a gerência
regional de pessoas analisa os dados e decide de manutenção ou não do
contrato de trabalho. Caso haja indicativo de manutenção, o empregado pode
ser realocado em outra unidade e nova avaliação é feita (CAIXA, 2011).
Além da admissão, o processo de agregar pessoas também ocorre
na Caixa, quando da realização de processos seletivos internos para a
ocupação de cargos com função gratificada nas unidades. As unidades podem
recrutar pessoas de unidades diferentes para assumir o cargo; nesse caso, os
gestores das unidades estão agregando pessoas para suas equipes.
Todos os processos seletivos para cargos de função gratificada são
publicados e divulgados num portal próprio com acesso disponível a todos os
empregados. As etapas, a duração, a metodologia, os instrumentos, os
parâmetros e os critérios de avaliação são definidos pela unidade contratante e
são publicados no informe do processo (CAIXA, 2011).
3.3.2 O processo de aplicar pessoas na Caixa Econômica Federal
A análise e descrição dos cargos na Caixa está contida no Plano de
Cargos e Salários (PCS). O PSC define estrutura salarial e as atribuições dos
cargos efetivos e os divide em carreira administrativa e carreira profissional
(CAIXA, 2011).
Os cargos da carreira administrativa são: Técnico Bancário Novo e
Técnico Bancário Superior Novo. Os cargos da carreira profissional são:
Administrador de Rede de Comunicações, Advogado, Arquiteto, Engenheiro,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Telecomunicações e
Médico do Trabalho (CAIXA, 2011).
31
Além do PCS, a Caixa possui o Plano de Funções Gratificadas
(PFG), que traz as descrições, especificações, níveis remuneratórios,
condições de acesso e movimentação nas funções de confiança (CAIXA,
2011).
3.3.3 O processo de recompensar pessoas na Caixa Econômica Federal
O pagamento do salário é o ato fundamental no processo de
recompensar pessoas. Na Caixa a remuneração mensal pode compreender o
salário-padrão (relativo ao cargo da carreira administrativa ocupado pelo
empregado) e função de confiança (relativa a função gratificada ocupada pelo
empregado em caráter efetivo ou eventual) (CAIXA, 2008).
A promoção pode ser por merecimento ou antiguidade. Por
promoção entende-se a ascensão funcional caracterizada pela elevação a
nível profissional superior na carreira ocupada pelo empregado, sem alteração
de atribuições e do nível de complexidade e responsabilidade. A promoção por
merecimento ocorre com base em critérios de mérito e competência, apurados
a partir da avaliação de desempenho. A promoção por antiguidade é concedida
com base no tempo de serviço a cada dois anos de efetivo exercício (CAIXA,
2008)
Um dos benefícios que são disponibilizados aos empregados é o
plano de previdência complementar patrocinado pela Caixa, FUNCEF. Ao
aderir o plano, o empregado contribui mensalmente com um percentual do seu
trabalho para formar um fundo destinado a prover uma renda vitalícia ao
empregado ou a seu dependente, em caso de falecimento. A Caixa também
32
faz uma contribuição no plano mensalmente, no mesmo valor que o
empregado (CAIXA, 2006).
Anualmente a Caixa distribui parte de seus lucros aos seus
empregados como reconhecimento que os resultados atingidos são
conseqüência direta da dedicação e produtividade dos empregados. A
participação nos lucros e resultados é atribuída ao empregado em função de
sua contribuição para os resultados alcançados (CAIXA, 2006).
3.3.4 O processo de desenvolver pessoas na Caixa Econômica Federal
A Universidade Corporativa Caixa é o principal instrumento para
viabilizar a educação corporativa na empresa, na formação de profissionais
detentores de múltiplas competências, focadas na natureza do negócio. A
Universidade Corporativa Caixa orienta, facilita e prove processos de educação
continuada. Tem a missão de fomentar o aprendizado e o desenvolvimento
contínuo das competências das pessoas para o alcance de resultados
sustentáveis pela empresa (Caixa, 2008).
A Universidade Corporativa Caixa proporciona o auto-
desenvolvimento e o compartilhamento de conhecimento utilizando-se de
ações educacionais presenciais, a distancia, mistas e em serviço (CAIXA,
2008).
Além do desenvolvimento de ações educacionais através da
Universidade Corporativa Caixa, a Caixa concede benefícios com a finalidade
de capacitar seus empregados. Um desses benefícios é a Licença para
Estudos Especializados, onde o empregado se afasta de suas atividades de
trabalho, com autorização da empresa e mantendo sua remuneração, para
33
participar de cursos de pós-graduação stricto sensu ou eventos externos de
longa duração (CAIXA, 2006).
A empresa mantém o Programa de Elevação de Escolaridade, que
consiste num incentivo financeiro para a graduação, pós-graduação lato senso
e mestrado profissional (sem afastamento do trabalho). Este benefício cobre a
mensalidade do curso de graduação, com um limite de valor, e até 70% do
valor total dos cursos de pós-graduação ou mestrado (CAIXA, 2006).
Depois que a Caixa entrou no mercado internacional, a empresa
criou um incentivo aos empregados para o estudo de línguas estrangeiras. O
incentivo corresponde ao pagamento de 4 semestres consecutivos de um
curso de idioma estrangeiro (CAIXA, 2006).
A empresa estimula o empregado a se desenvolver. Ela mantém
registrado, em sistema próprio, o currículo de cada empregado. No currículo
são registradas as ações de treinamento e desenvolvimento realizadas pelo
empregado, sejam de educação formal ou modalidade complementar. O
currículo subsidia a designação de cargo em confiança e a participação em
processos seletivos internos (CAIXA, 2008).
A Caixa disponibiliza aos seus empregados um canal de ouvidoria
para que eles se manifestem suas opiniões, reclamações, sugestões, elogios
ou denúncias sobre processos, rotinas, sistemas e serviços da empresa. Os
registros feitos pelos empregados são respondidos pelas áreas pertinentes em
até cinco dias úteis (CAIXA, 2006).
3.3.5 O processo de manter pessoas na Caixa Econômica Federal
A Caixa proporciona aos empregados, aposentados, pensionistas e
respectivos dependentes plano de saúde com cobertura de assistência
medica, hospitalar, odontológica, psicológica, fisioterápica, fonoaudiológica,
34
terapêutica ocupacional e nutricional, serviço social, remoção terrestre e aérea
e adiantamento assistencial, mediante pagamento de mensalidade
correspondente a 2% da remuneração-base do empregado e participação de
20% nas despesas (CAIXA, 2006).
No item segurança e qualidade de vida, um dos benefícios
oferecidos pela Caixa à seus empregados é a garantia da remuneração do
empregado afastado por licença médica ou acidente de trabalho, pagando ao
empregado um complemento entre a remuneração-base e o valor do benefício
pago pelo INSS, quando este é menor que o salário do empregado (CAIXA,
2006).
Ainda neste item, a Caixa concede aos empregados um auxílio
alimentação/refeição e um auxílio cesta-alimentação mensalmente, com
crédito feito na forma de vale ou cartão, para refeição em restaurantes ou
compra de alimentos em supermercados e similares (CAIXA, 2006).
Atualmente o valor total dos benefícios é R$774,24 (setecentos e setenta e
quatro reais e vinte e quatro centavos).
Para os empregados fumantes que querem tratar do tabagismo, a
Caixa oferece o custeio parcial para tratamentos médicos e terapêuticos por
profissionais e entidades credenciadas e especializadas (CAIXA, 2006).
A Caixa oferece gratuitamente o serviço de Educação e Orientação
Nutricional, que consiste em ações de educação e orientação nutricional nas
unidades da Caixa, conduzidas por um profissional de nutrição (CAIXA, 2006).
Por determinação legal, a Caixa realiza periodicamente o Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, uma avaliação que
indica o que é preciso fazer para manter a saúde e prevenir doenças. O
PCMSO tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos
agravos à saúde relacionados ao trabalho e constatação da existência de
doença trabalho ou danos irreversíveis à saúde do empregado. A Caixa amplia
o programa e inclui exames e rotinas que não são obrigatórios por lei (CAIXA,
2006).
35
A Caixa realiza o programa de reabilitação ocupacional que visa
assegurar as condições para reinserção do empregado ao ambiente de
trabalho, após período de afastamento por motivo de doença ou acidente de
trabalho. A empresa mantém também o Programa Qualidade de Vida Caixa,
que tem como missão promover a valorização das pessoas e estimular a
adoção de um estímulo de vida saudável, gerando um ambiente de trabalho
harmonioso e produtivo, com reflexos na sociedade (CAIXA, 2011).
A empresa estimula a prática da ginástica laboral, com o objetivo de
promover a saúde e o bem-estar físico e mental dos empregados e equipes no
ambiente de trabalho, mediante ações integradas que estimulam a aquisição
de hábitos saudáveis, diminuir o sedentarismo e as doenças relacionadas ao
trabalho como as LER/DORT, estresse, ansiedade e depressão, e contribuir
para a melhoria do relacionamento interpessoal nas unidades (CAIXA, 2011).
Todo ano, a Caixa custeia a vacinação contra gripe a empregados e
aposentados, pensionistas e adolescentes aprendizes (CAIXA, 2011).
Outro programa promovido no campo da saúde pela Caixa é o
Programa de Promoção da Saúde da Mulher e do Homem, que consiste no
custeio anual de consultas e exames para rastreamento precoce do câncer de
colo de útero, de mama e de próstata em empregados da Caixa (CAIXA,
2011).
Periodicamente a Caixa realiza uma pesquisa sobre o clima
organizacional. O objetivo dessa pesquisa é fazer um diagnóstico corporativo
do clima organizacional para subsidiar o planejamento e a implementação de
ações para melhoria do clima no ambiente de trabalho pelo gestor e pela
equipe. A gestão do clima organizacional faz parte do Plano Estratégico da
Caixa e busca promover um ambiente de trabalho que propicie o bem-estar, a
identificação dos empregados com a Caixa e a melhoria da produtividade das
equipes (CAIXA, 2010).
36
3.3.6 O processo de monitorar pessoas na Caixa Econômica Federal
O processo de monitorar pessoas na Caixa ocorre de forma direta
pela atuação da chefia imediata do empregado. A chefia imediata acompanha
o trabalho e os resultados alcançados pelo empregado. Quando o empregado
participa de processos seletivos internos, geralmente seu gestor é consultado
sobre o desempenho do empregado para subsidiar o processo de escolha.
Além do monitoramento pela chefia imediata, periodicamente ocorre
a avaliação de competências, que é o momento formal de análise do
desempenho do empregado. A análise é feita comparando-se o
comportamento do empregado com os comportamentos descritos nas
competências desejáveis. A não apresentação de um dos comportamentos
com a frequência prevista indica uma oportunidade de desenvolvimento na
competência e a superação das competências indicam pontos fortes,
subsidiando decisões gerenciais para o melhor aproveitamento dos potenciais
do empregado (CAIXA, 2011).
A avaliação de competências pode ser feita por até quatro tipos de
atores: o próprio empregado, por meio da autoavaliação; o gestor imediato,
que avalia o empregado diretamente subordinado; a equipe, quando o
empregado ocupa função de chefia e é avaliado pelos membros de sua
equipe; e os pares, que são os empregados que ocupam o mesmo cargo ou
função gratificada (CAIXA, 2011).
O resultado da avaliação de competências fornece subsídios à
Caixa para reconhecer e valorizar os pontos fortes, priorizar ações de
desenvolvimento corporativo e identificar empregados num processo seletivo
que possuem as competências necessárias para ocupar a função de confiança
objeto da seleção. Para o gestor, o resultado da avaliação de competências
fornece elementos para o feedback; para estabelecer junto com o empregado
as ações de desenvolvimento e aperfeiçoamento; distribuir atividades
conforme a competência de cada empregado; e indicar empregados para
37
grupos de trabalho e projetos. Para o empregado é uma oportunidade para
utilizar o resultado da avaliação como insumo para a trajetória profissional e
identificar oportunidades de desenvolvimento e seus pontos fortes (CAIXA,
2011).
CONCLUSÃO
A Caixa Econômica Federal é uma empresa pública, presente em
todo o país, que possui mais de 80 mil funcionários. É uma empresa do setor
bancário, altamente competitivo, que precisa de resultados sustentáveis para
sua manutenção no mercado.
Hoje é imprescindível que toda empresa que busque um diferencial
no mercado atue na modernização da gestão, fazendo com que a área de
recursos humanos deixe de ser meramente um departamento da instituição e
passe a assumir sua importância no planejamento estratégico. Por isso, uma
das Vice-Presidencias da Caixa é a Vice-Presidencia de Gestão de Pessoas,
pois a Caixa entende que para alcançar seus objetivos precisa do
comprometimento de seus colaboradores.
Para conseguir esse comprometimento, a Caixa mantém bem
definidos seus princípios, suas políticas e seus processos de Gestão de
38
Pessoas e busca sempre a participação dos empregados para a construção
desses princípios, políticas e processos.
Por ser uma empresa pública, a Caixa não possui flexibilidade para
a renovação de seu quadro funcional, pois para a contratação é necessário
concurso público e a demissão ocorre em casos específicos após um processo
administrativo. Por isso, a Gestão de Pessoas é essencial para a manutenção
de seus negócios.
A tendência é que a Caixa busque cada vez mais difundir sua
cultura e os ideais corporativos para fazer com que seus empregados estejam
cada vez mais comprometidos com a organização. Cada vez mais a tecnologia
estará presente em seus negócios e haverá estímulo que seus empregados a
utilizem em seus momentos de lazer, com a criação de uma rede social para
estes se relacionarem também fora do trabalho. Os benefícios serão ampliados
e, principalmente na área de educação, estendidos às famílias dos
empregados, com intuito de reter os talentos (muitas pessoas continuam
prestando concursos para outras empresas públicas, mesmo após começarem
a trabalhar na Caixa). A empresa estará cada vez mais preocupada com a
agenda sócio-ambiental; haverá a promoção de vários projetos sociais e
incentivo a participação dos empregados nesses projetos; haverá incentivo
também para que cada agência e área de apoio crie seus projetos. No campo
ambiental, os programas de racionalização do consumo papel, água e energia
serão ampliados e os empregados serão conscientizados que a participação
de cada um é fundamental para o cumprimento dos objetivos da agenda sócio-
ambiental.
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Caixa Econômica Federal – CEF. Capítulo I e Capítulo IV. Disponível em <
http://www.caixa.gov.br/acaixa/estrutura_organizacional.asp>. Acesso em: 13
de nov. 2011.
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CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Caixa – O banco que acredita nas pessoas.
Brasília, 2011. Disponível em:
<http://www.caixa.gov.br/acaixa/index.asp?pagina=1>. Acesso em: 13 de nov.
2011.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Código de ética da Caixa. Brasília, 2010.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL . Educação Corporativa. Brasília, 2008.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Estrutura de cargos efetivos. Brasília, 2011.
40
CAIXA ECONÔMICA FEDRAL. Estrutura de funções gratificadas. Brasília,
2011.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Gestão de compentências na Caixa.
Brasília, 2011.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Gestão de Segurança e Saúde no
Trabalho. Brasília, 2011.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Gestão do Clima Organizacional. Brasília,
2010.
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CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Regulamento Pessoal. Brasília, 2008.
CAMPOS, José Soares. Gestão de pessoas em busca de resultados. 2003.
85f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão
Empreendedora) – Universidade de Fortaleza, Fortaleza, 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos
humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Editora Campos, 1999.
FISCHER, André Luiz. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de
gestão de pessoas. In: FLEURY, Maria Tereza Leme. As pessoas na
organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.
PRICEWATERHOUSECOOPERS. Gestão de pessoas no futuro: O futuro do
trabalho em 2020. São Paulo, 2007. Disponível em:
<http://www.pwc.com/br/pt/estudos-pesquisas/gestao-pessoas-no-futuro.jhtml>.
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VISCAINO, Cassiana Cristina Lorenzon; ESTORK, Leandro Augusto. Gestão
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organizações empresariais. Revista Científica Eletrônica de Ciências
Contábeis, São Paulo, mai. 2004. Disponível em:
41
<http://www.revista.inf.br/contabeis03/pages/revista.htm>. Acesso em: 02 nov.
2011.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
02
AGRADECIMENTO
03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
O QUE É GESTÃO DE PESSOAS 09
1.1 – Um Breve Histórico da Gestão de Pessoas 12
1.2 – Tendências para o Futuro em Gestão de Pessoas 14
42
CAPÍTULO II
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 19
2.1 – A História da Caixa Econômica Federal 20
2.2 – Estrutura Organizacional 22
CAPÍTULO III
A GESTÃO DE PESSOAS NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 25
3.1 – Os Princípios de Gestão de Pessoas na Caixa Econômica Federal 25
3.2 – As Políticas de Gestão de Pessoas na Caixa Econômica Federal 26
3.3 – Os Processos de Gestão de Pessoas na Caixa Econômica Federal 27
3.3.1 O processo de agregar pessoas na Caixa Econômica Federal 28
3.3.2 O processo de aplicar pessoas na Caixa Econômica Federal 30
3.3.3 O processo de recompensar pessoas na Caixa Econômica
Federal 31
3.3.4 O processo de desenvolver pessoas na Caixa Econômica
Federal 32
3.3.5 O processo de manter pessoas na Caixa Econômica Federal 33
3.3.6 O processo de monitorar pessoas na Caixa Econômica
Federal 35
CONCLUSÃO 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39
ÍNDICE 41