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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL: UM ESTUDO SOBRE SEU
SURGIMENTO E SUAS ATUAIS ATRIBUIÇÕES
POR: GISELLE COUTINHO FERREIRA
ORIENTADORA: GENI LIMA
RIO DE JANEIRO,
2009.
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇAO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL: UM ESTUDO SOBRE O SEU SURGIMENTO
E SUAS ATUAIS ATRIBUIÇÕES
• OBJETIVO: Analisar o contexto de surgimento da Orientação
Educacional e suas atuais atribuições.
Orientação Educacional e Pedagógica
Giselle Coutinho Ferreira
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AGADECIMENTOS
Ao meu bom Deus que me permitiu chegar até aqui.
À minha família que tem me apoiado nessa caminhada
da minha vida.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a
realização desse trabalho.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta pesquisa a todos que me apoiaram e jamais
permitiram que eu desistisse dos meus sonhos.
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EPIGRAFE
Eu ainda acredito
Num futuro mais bonito,
Que o novo é bem vindo
E o amor é infinito.
Eu ainda acredito
Que nem tudo está perdido,
Que o sorriso é sagrado
[...]
Eu ainda acredito
No carinho ao invés do grito,
Na doçura dos meninos
Que no fundo todos somos.
Eu ainda acredito
Nos heróis adormecidos,
Nessa força que revolta
E nos faz ficar erguidos
Cada vez que nos sentimos
Derrotados ou punidos.
[..]
(Jorge versilo)
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METODOLOGIA
A metodologia que embasa o presente estudo é de ordem
bibliográfica. Através de uma pesquisa exploratória, onde se destacam os
autores Candau, Grinspun, Giacaglia e Libâneo.
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RESUMO
Este estudo tem por objetivo apresentar uma análise sobre os
elementos históricos que contribuíram para a determinação das práticas atuais
da Orientação Educacional. Promove uma análise sobre o contexto de
surgimento dessa profissão, abordando a relação entre teoria e prática ao
longo de toda a sua trajetória no Brasil. Frisando, ainda, os aspectos que
devem ser observados atualmente no campo de atuação do Orientador
Educacional.
PALAVRAS – CHAVE: Orientação Educacional, teoria/prática, atualidade.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - O CONTEXTO DE SURGIMENTO DA 12
OREIENTAÇÃO EDUCACINAL
CAPÍTULO II - A RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA 19
NO COTIDIANO DA ORIENTAÇAO EDUCACINAL
CAPÍTULO III - AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO ORIENTADOR 24
EDUCACIONAL
CAPÍTULO IV – AS ATUAIS ATRIBUIÇÕES DA ORIENTAÇÃO 36
EDUCACIONAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS 44
ÍNDICE 46
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INTRODUÇÃO
Na trajetória da Orientação Educacional, seu significado foi sendo
construído na dimensão de seu contexto histórico, com o qual mantém estreitas
relações. Daí a necessidade de resgatar o contexto de surgimento desse
profissional para que haja uma real compreensão de sua prática.
Compreender em que momento foi sentido a necessidade de
surgimento do profissional de Orientação Educacional nos ajudará a refletir
sobre o processo de evolução do nosso sistema educacional até o modelo que
temos atualmente. Permitirá ainda, observamos os fatores sociais que
possibilitaram o surgimento desse profissional enquanto elemento
indispensável em uma unidade escolar, já que o Brasil foi o primeiro país no
mundo a ter a Orientação Educacional proclamada obrigatória através de
documento legal.
Somente a partir dessa análise histórica poderemos compreender o
caminho percorrido até as práticas atualmente atribuídas ao profissional da
Orientação Educacional.
A Orientação Educacional inicialmente tinha uma representação
neutra no processo educacional, estando destinada a auxiliar os alunos em sua
formação moral, religiosa e cívica.
No entanto, é questionável até que ponto tal posicionamento trazia um
real comprometimento com a esfera pedagógica e com a formação do cidadão.
Nesse sentido, é valido nos questionarmos em que contexto social foi
percebido a necessidade do Orientador no ambiente escolar e a que
necessidades ele buscava atender nos diferentes momentos de sua história.
Apenas dessa forma poderemos estabelecer comparações com a
situação atual em que a prática da orientação se fortalece pelo viés da
educação, estando cada vez mais comprometida no intuito de favorecer e
promover os meios necessários para que se efetive uma educação de
qualidade em todos os níveis e modalidades de ensino.
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Atualmente a Orientação Educacional passou a desempenhar um
papel muito significativo junto à educação. Visto que, hoje não mais por
imposição legal, já que a atual lei, 9394/96, não traz mais a obrigatoriedade da
Orientação, mas, por ter conquistado o seu espaço, o Orientador tem o seu
lugar junto aos demais profissionais da educação.
No entanto, a equipe técnico-pedagógica que atua nas escolas é
formada por um grande número de especialistas oriundos das diferentes
habilitações do curso de pedagogia. E o fato de terem formação acadêmica
semelhante e de atuarem no mesmo espaço visando interesses comuns, torna
importante uma delimitação clara das atribuições de cada profissional.
Em contra partida, o desconhecimento das atribuições e de seus
limites claros pode gerar expectativas infundadas quanto ao desempenho de
cada especialista.
Pelos motivos expostos acima, visando a melhor compreensão do
papel da Orientação Educacional, faz-se importante a explicitação das
atribuições constituídas historicamente para esse profissional. Encima dessa
temática, visando principalmente contribuir para o fortalecimento da identidade
dos que trabalham como orientadores educacionais e para a busca de um
cotidiano que una a prática a uma base teórica, através de uma constante
reflexão do educador sobre sua prática e para o despertar do pensamento
crítico e da cidadania, é que esse trabalho foi desenvolvido.
No primeiro capítulo, O contexto de surgimento da Orientação
Educacional, faço uma breve analise da trajetória histórica dessa profissão,
dando ênfase a seu contexto de surgimento no Brasil.
No capítulo dois, A relação entre teoria e prática no cotidiano da
Orientação Educacional, investigo as influências sofridas pela Orientação
Educacional no decorrer do tempo e as perspectivas teóricas-práticas a que foi
submetida.
No terceiro capítulo, As áreas de atuação do Orientador Educacional,
pesquiso as principais áreas de atuação do profissional da orientação
Educacional na atualidade e as preocupações mais pertinentes a cada área.
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No quarto e último capítulo, As atuais atribuições da Orientação
Educacional, verifico suas atribuições relevantes hoje, no contexto educacional
Brasileiro.
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CAPÍTULO l
O CONTEXTO DE SURGIMENTO DA ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL
Do ponto de vista institucional a trajetória de surgimento da Orientação
Educacional tem início pela área da Orientação Vocacional, sendo todo o seu
procedimento voltado para a escolha de uma profissão ou ocupação.
De acordo com Grinspun (2006), em todos os países que
implementaram a Orientação Educacional nas escolas a característica
marcante era a Orientação Vocacional. Tendo esta uma concepção que se
configurava no aconselhamento que marcou significativamente toda a sua
trajetória.
Em relação à organização escolar, ela surge, nas escolas, em 1912, em
Detroit, nos Estados Unidos, porém sua característica básica era atender à
problemática vocacional e social dos alunos.
1.1- A Orientação Educacional no Brasil
No Brasil, as primeiras experiências datam da década de 20. Sendo
que, em sua implementação, a orientação educacional teve uma grande
influência da orientação americana, em especial o aconselhamento, e também
da Orientação Educacional francesa.
Em 1942, pela Reforma Capanema, o Brasil foi o primeiro país no
mundo a ter a Orientação Educacional proclamada obrigatória através de
documento legal. A Lei Orgânica do Ensino Industrial instituiu o serviço de
orientação educacional.
De acordo com GRINSPUN (2006),
“Ela aparece na década de 20, quando também surge todo um movimento em prol da educação do povo. O governo estava
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interessado em dar educação para todas as pessoas. A educação então representaria para o povo uma ascensão social, pela via da escolaridade, abafando, dessa forma, os descontentamentos com a grave crise social e política da década de 20” (GRINSPUN, 2006, P. 23).
Dessa forma, foi sendo configurado um ambiente propicio à
Orientação Educacional, enquanto ela poderia tanto contribuir para melhoria de
seu povo, quanto encontrar espaço nas reformas que começavam a surgir no
país. Estando fundamentada em um referencial basicamente psicologizante.
As transformações sociais e econômicas foram gradativamente
ampliando e modificando o papel da escola e do individuo dentro dela e da
sociedade. Na busca da consciência de que há uma intencionalidade no
processo educativo.
“Tem sido uma preocupação constante dos educadores, hoje, e em
especial dos orientadores educacionais, analisar a serviço de quem serve a orientação educacional. Na medida em que essa especialização sofreu uma transformação em seus conceitos, parece-nos necessário refletir sobre essa área, partindo dos próprios conceitos que a caracterizam em seus diferentes momentos histórico” (GRINSPUN, 1986, P. 96).
Segundo Grinspun (2008), para que haja uma compreensão das
atividades desenvolvidas atualmente pelos orientadores, temos que nos deter
aos diferentes períodos em a Orientação foi desenvolvida e o que era esperado
dos orientadores em cada período.
Inicialmente houve uma fase em que se achava que a Orientação por
si resolveria todos os problemas que envolvessem direta ou indiretamente os
alunos. Nesta fase o ajustamento era a palavra determinante, havendo
modelos a serem alcançados. Outra fase poderia se chamada de objetiva,
onde a Orientação era considerada prestadora de serviços de várias ordens,
afim de não permitir que os alunos incorressem em problemas.
Nesta fase a Orientação estaria sempre atenta esclarecendo com
objetividade as situações emergenciais, procurando mostrar a necessidade de
dominar conceitos e normas, prevenindo problemas posteriores. Nesse
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momento o conceito chave era a prevenção. A orientação educacional buscava
se adiantar em todas as circunstancias para que não se instalassem conflitos.
Seguindo esta linha de análise, atualmente na orientação vivemos a fase
crítica, em que se procura ajudar o aluno como um todo, considerando seus
conflitos e o significado dos mesmos junto ao momento histórico que vivemos.
Dessa forma, estando ao lado do aluno, fazendo-o se perceber enquanto
agente de sua própria história de vida.
A evolução do conceito de Orientação Educacional no Brasil está
vinculada a cinco períodos marcantes (GRINSPUN, 2008):
• Período Implementador (de 1920 a 1941);
• Período Institucional (de 1942 a 1960);
• Período Transformador (de 1961 a 1970);
• Período Disciplinador (de 1971 a 1980);
• Período questionador (a partir de 1980).
No período Implementador, o conceito de Orientação Educacional era
importado e apresentava uma concepção nitidamente vocacional. Sendo o
objetivo básico da orientação a seleção para o treinamento profissional. Tendo
como estratégia as técnicas psicométricas. Essas técnicas eram importadas
principalmente dos Estados Unidos. Houve tentativas de adaptar as técnicas ao
contexto brasileiro, porém sem realmente uma efetivação significativa. O
resultado dos testes aplicados era devolvido aos alunos sob a forma de perfis
profissionais.
“A Orientação Educacional Métrico-Profissional, conforme conceituação nesse período estava intimamente relacionada com as oportunidades profissionais existentes na sociedade brasileira e contribuía, com empenho, para o desenvolvimento do modelo sócio-econômico existente, adequando, da melhor forma possível, o jovem estudante às profissões disponíveis” (BONFIM, 1981, P.21).
O período Institucional caracterizou-se pelo surgimento da Orientação
Educacional na legislação brasileira. Nesse período ocorreu toda a exigência
legal da Orientação nas escolas com grande esforço do Ministério da Educação
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e Cultura para dinamizá-la e os cursos que cuidavam da formação de
orientadores educacionais.
De acordo com Bonfim (1981), a Orientação Educacional, nesse
período em que é instituída por lei, no Brasil, buscava, com bases científicas,
alcançar o desenvolvimento integral da adequação da personalidade do
educando, visando o seu ajustamento pessoal, escolar e social. Não tendo em
vista a formação da personalidade do aluno em função de princípios morais e
religiosos, e nem mesmo a sua adequação ao exercício da profissão.
Estando, nessa fase, o sucesso do orientador dependendo
diretamente da sua compreensão da escola como um sistema social, a fim de
determinar o tipo de ajuda que deveria oferecer e ainda como oferecê-la. As
contradições da própria sociedade não eram questionadas e as atividades da
orientação eram marcadas por um cunho assistencial.
No início da década de 60 surge um movimento com o objetivo de
transformar a orientação importada em uma orientação necessária à realidade
brasileira, assinalando assim o surgimento de um novo período na orientação
educacional, denominado período transformador. Nessa fase cria-se a
profissão do orientador educacional no Brasil, sistematizada pela Lei de
Diretrizes e Bases n 4024 de 1961, que buscava delinear um campo próprio
para a orientação Educacional, além de reafirmar a sua obrigatoriedade e
estabelecer normas para a formação desse profissional.
Em 1968, a Lei 5562 preceitua em seu artigo primeiro, que a
Orientação Educacional seja realizada de maneira a integrar os elementos que
exercem influência na formação do individuo, preparando-o para p exercício
das opções básicas. Passando então a ser inserida no programa geral da
escola, com o objetivo de favorecer a existência de um ambiente educativo
saudável, pela interação das várias funções e papéis dos que formavam a
comunidade escolar.
Ainda nesse período, por meio do parecer n 252, de 12 de maio de
1969, estabeleceu-se a formação do orientador educacional em nível fé
graduação, como uma das habilitações do curso de pedagogia.
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Em 1971, com a Lei n 5692, tem inicio o período Disciplinador. Nessa
fase, observa-se o surgimento de uma ênfase de adaptação às necessidades
sociais e à formação profissional. No artigo 10 da referida lei, o
aconselhamento vocacional, em cooperação com os professores, a família e a
comunidade escolar, veio fazer brotar uma nova fase na Orientação
Educacional. Nesse momento o exercício da função de orientador educacional
põe em destaque a orientação vocacional detalhando-a desde a caracterização
da comunidade, da escola e da clientela, ao processo de sondagem de
interesses, aptidões e habilidades, à informação profissional, ao
acompanhamento pós escolar e a integração entre escola, família,
comunidade.
Nesse momento, surgem várias correntes ou concepções de
orientação educacional. Segundo Bonfim (1981), é uma fase em que vamos
encontrar uma abordagem:
“Que se preocupava em propiciar oportunidades de individuação da educação, visando a garantir a todos os alunos condições de formação de uma personalidade crítica e objetiva, favorecendo o desenvolvimento de cada aluno no sentido da construção saudável de sua autonomia” (p.29).
Passando a Orientação Educacional a ser vista como responsável
pelo desenvolvimento das relações interpessoais e, por isso, passível de ser
estendida a todos os níveis de ensino. Surgindo dessa forma uma nova
estratégia de trabalho, em que a Orientação estava centrada no professor e
enfatizava-se o envolvimento de toda a equipe educativa.
Essa perspectiva de Orientação Educacional foi a precursora de todo
o movimento crítico a se desencadear na década de 80, começam a surgir os
questionamentos dos profissionais com relação tanto à ideologia que regia a
prática da Orientação Educacional, como as próprias teorias e instrumentos
utilizados. Tendo início assim o Período Questionador.
O Período Questionador se configurou como um momento de parada
e reflexão que retrata as inquietações pelas quais passou a Orientação
Educacional na busca por um espaço próprio, específico e definido no campo
educacional. Havendo nesse período uma busca intensa por uma análise
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critica do papel do orientador educacional nas escolas, bem como por uma
caracterização do próprio serviço de Orientação Educacional no processo
educativo.
Nesse momento os orientadores, enquanto trabalhadores, organizam-
se de maneira mais objetiva através dos sindicatos, fortalecendo sua relação
com os demais profissionais da educação.
O papel do orientador educacional enquanto trabalhador foi
amplamente discutido, desvelando seu compromisso político e pedagógico. A
pratica dos orientadores ia sendo diferenciada de acordo com as possibilidades
e espaços conquistados.
Dessa forma, toda a prática da Orientação ia se debruçando nesta
concepção de educação como um ato político, estando intrinsecamente
relacionada com as mudanças ocorridas no núcleo da sociedade. Discutia-se a
questão do trabalho não pelo caminho da sondagem de aptidões individuais,
mas pelas questões sociais e pelo significado do próprio trabalho.
A partir de 1990, no dizer de Grinspun (2008) “inúmeros são os fatores
que nos mostram um novo momento vivido por esta área” (p.25). Houve a
extinção da Federação Nacional de orientação educacional (FENOE), e, em
uma tentativa de unificação dos trabalhadores de educação, a criação de uma
entidade nacional, a Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação.
De acordo com Grinspun, foi precipitada a extinção de um órgão para o
fortalecimento de outro, pois estes não seriam excludentes, mas
complementares.
Surge nesse momento, para muitos, uma grande insegurança em
relação ao espaço ocupado pelo orientador educacional, em termos de prática
e de mercado de trabalho. Segundo Grinspun:
“A prática que virá esta sendo construída, uma vez que os orientadores têm que buscar – sem o apoio específico de sua categoria em termos de órgão de classe _ a especificidade requerida no trabalho com os demais educadores” (2008, p.25).
Porém, de acordo com a autora, a orientação nunca deixará de existir
embora sua prática deva relacionar-se com o novo contexto, social, político e
histórico que iremos experienciar, e, ainda, não deixará de existir, pois nunca
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deixará de existir a educação, e elas estão ligadas a tal ponto que o próprio
conceito etimológico de educação se compromete, enquanto educare, com
orientação, isto é, refere-se a orientar, guiar, conduzir o indivíduo. (Ibidem,
p.26).
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CAPÍTULO ll
A RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA NO
COTIDIANO DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
A Orientação Educacional caminha de acordo com a educação,
sofrendo as mesmas influências desta no decorrer do tempo, sendo submetida
à mesma perspectiva teórico-prática a qual a educação é submetida.
Durante um longo período a escola teve como função ensinar o aluno
que, por sua vez, tinha a função de aprender. Se nesse processo alguma coisa
desse errado, a causa era de inteira responsabilidade do aluno, precisando ele
de um acompanhamento para a resolução de seu problema. E nesse contexto
é que aparecia a função do orientador, tendo esse profissional apenas que
fazer com que o aluno a se encaixasse no sistema.
Com o tempo, a educação passa a sofrer grande influência de outras
instâncias da sociedade, por exemplo, dos meios de comunicação. Nesse
contexto o aluno passa a perceber com mais clareza a sua posição de sujeito,
fazendo sua história, sua formação. E a orientação educacional passa a ter
uma amplitude de ações nessa prática pedagógica, sendo um profissional que
respeita o senso comum, aprecia o conhecimento científico, e esta ciente de
que seu exercício só é possível porque existe uma teoria que lhe permite
desenvolver sua proposta pedagógica (GRINSPUN, 2002, p.48).
Para Grinspun (2008) podemos interpretar a teoria como um pensar,
um raciocinar, a partir de determinados princípios e pressupostos; a prática
seria a realização, a ação e os resultados.
São muitas as formas de conceber a relação entre teoria e prática.
Havendo um grupo de teóricos que percebe uma relação de unidade entre
teoria e prática e outro uma visão dicotômica. Candau (1990) identifica dois
agrupamentos responsáveis pela visão dicotômica e pela visão de unidade.
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A primeira forma esta centrada na separação entre teoria e prática,
estando esses componentes totalmente isolados, até opostos. Dessa maneira,
os teóricos pensam e os práticos executam. Na visão associativa os pólos não
são opostos, mas justapostos, teoria e prática são indissociáveis da práxis,
definida, de acordo com Vasquez, como:
“Atividade teórico-prática, ou seja, tem um lado ideal, teórico, e um
lado material, propriamente prático, com a particularidade de que só
artificialmente, por um processo de abstração, podemos separar,
isolar um do outro” (VASQUEZ, 1977, apud GRINSPUN, 2008).
Na visão de Grinspun, o educador trabalha a relação entre teoria e
prática de três formas distintas. Na primeira as duas áreas separadamente,
justapostas, onde o professor estuda as teorias e posteriormente efetiva a sua
prática. Na segunda forma é a concepção de que a prática significa a aplicação
da teoria pedagógica. Tendo de um lado as abordagens teóricas e do outro o
resultado dos estudos realizados. A terceira forma seria o tratamento conjunto
e integrado da teoria com a prática. O pensar e o agir estariam juntos. Nessa
forma última o educador desenvolve uma práxis criadora, na medida em que a
vinculação entre o pensar e o agir se fazem presentes em termos de unicidade.
A produção intelectual no Brasil já conta com um considerável número
de pesquisas sobre a evolução teórico-prática da educação, mas na prática
não há o devido entendimento do que propõem as teorias. Sendo necessária
uma pesquisa junto ao movimento da Educação brasileira para captar a
concretude da relação teórico-prática do fenômeno educativo. Para a
construção de uma prática educativa que de fato contemple a união entre teoria
e prática, é necessária a realização de pesquisas sobre o processo educativo,
que não se distanciem da educação construída no dia-a-dia das relações entre
os agentes pedagógicos da escola.
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2.1- As tendências pedagógicas e a Orientação Educacional
Da mesma forma que a educação acompanha o perfil que
determinada época lhe impõe, na Orientação educacional ocorre igual
procedimento. Sobre isso Grinspun (2008), traz que cada linha teórica acabou
definindo a prática educativa do orientador dentro do âmbito da escola.
Veremos a seguir alguns pontos dessa orientação a partir das tendências
educacionais contemporâneas destacadas por Libâneo (1996), relacionando as
teorias não-críticas e críticas da educação.
Na educação tradicional a orientação se caracteriza como terapêutica
e psicológica, estando destinada aos alunos problemáticos com o objetivo de
ajustá-los aos modelos apresentados pela família, pela escola e pela
sociedade. Nessa abordagem teórica o problema, tanto da aprendizagem,
como da conduta, era sempre uma questão referente ao aluno, desprezando as
variáveis que interferiam nesse contexto.
Na educação renovada progressivista o orientador tinha como função
auxiliar o desenvolvimento cognitivo dos alunos, identificando-o através de
testes específicos e trabalhando em termos individuais.
Na renovada não-diretiva a orientação esta relacionada à afetividade,
tendo nesse momento a função de facilitadora de mudanças.
A educação tecnicista apresenta uma linha funcionalista, com ênfase
nas técnicas de seu processo. Com a preocupação principal de identificar as
aptidões dos alunos para um determinado mercado de trabalho.
Na educação libertária a orientação tinha a função de assessorar o
professor na medida em que era o catalisador do grupo junto aos alunos. A
orientação discutiria as formas de poder, as questões da relação do poder com
as classes trabalhadoras, subsidiando a formação dos alunos para a vivencia
grupal e a consciência da participação crítica na sociedade.
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Na libertadora a orientação possui o papel de captar o mundo real dos
alunos, sendo que estes devem ser percebidos como sujeitos históricos,
concretos e reais. A orientação trabalhava questionando concretamente a
realidade das relações do homem com a natureza e com os outros homens,
visando a uma transformação, sendo, por isso, considerada uma educação
crítica. Nessa tendência o educador e os educandos se posicionam como
sujeitos no processo de ensino aprendizagem. Sob essa ótica, uma perspectiva
política também constitui um fundamento da educação.
Na educação crítico-social dos conteúdos a educação prepara para o
mundo e suas contradições, fornecendo instrumental, através da aquisição do
conteúdo e da socialização. A orientação procura valorizar o aluno e sua
experiência em um contexto cultural para posteriormente confrontá-lo com os
conteúdos e modelos apresentados pelo educador. Nesse contexto, orientador
procura ser um mediador nessa busca, auxiliando o aluno na busca pela
autonomia, ajudando-o dessa forma a compreender as realidades sociais
enquanto sujeito de sua história.
Na concepção de educação fundamentada em uma abordagem
construtivista, a orientação teria a função de promover os meios para a
aquisição do conhecimento por parte do aluno, procurando resgatar sua
realidade cultural e ainda promover o desenvolvimento e aquisição do
conhecimento. Nessa prática pedagógica acreditasse que todo conhecimento
provem de uma prática social e que o conhecimento é um empreendimento
coletivo, não podendo, portanto ser produzido na solidão do sujeito.
A orientação acompanhou a evolução teórico-prática da educação. No
caso das teorias acríticas, a orientação também fez seu papel acrítico em sua
concepção de educação e na metodologia empregada. A Orientação procurava
identificar as aptidões dos alunos e seu possível ajustamento na escola, família
e na sociedade. Estando comprometida com o aluno problema e as situações
de desajustamento do mesmo nas instituições, enfatizando sempre os
aspectos individuais.
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Hoje, na predominância das teorias críticas, o comprometimento da
orientação está relacionado à dimensão coletiva que favorece o
desenvolvimento do aluno. O orientador educacional tem como objeto
“a articulação currículo-sociedade, homem-natureza, homem-sociedade,
escola-trabalho, escola-vida e, como ação fundamental, a leitura crítica
permanente da sociedade e do mundo em que vivemos” (Ibidem, p.50).
A Orientação Educacional busca compreender a teoria e a prática em
uma relação de mutualidade, de dependência e de reciprocidade. Objetivando
auxiliar na construção de uma prática emancipatória, encontrando na teoria a
função de mediação.
Toda atividade realizada na orientação deve ser dirigida pela
integração entre teoria e prática, englobando os aspectos do campo cognitivo e
os valores da própria prática. Essa junção é que vai direcionar a ação da
Orientação Educacional, que deve partir do cotidiano da escola para o
conhecimento de sua realidade, e assim buscar o conhecimento teórico e
retornar ao cotidiano, para um real conhecimento e melhor avaliação para nele
intervir.
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CAPÍTULO III
AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO ORIENTADOR
EDUCACIONAL
A Orientação Educacional deve ser estabelecida como um processo
dinâmico, contínuo e sistemático, que está presente em toda a vida acadêmica
do educando, considerando o seu desenvolvimento global, de forma
harmoniosa e equilibrada.
A função de orientar fica a cargo do orientador educacional,
profissional formado em pedagogia, habilitado ou pós-graduado em Orientação
Educacional.
No plano de ação do orientador educacional, deve ser observado que,
em virtude de mudanças sócio econômicas ocorridas na sociedade brasileira, a
escola teve que reformular suas funções tradicionais, redefinir o seu papel e
criar novos serviços, aumentando-se, assim, o número de pessoas envolvidas
no processo educativo assim como o nível de complexidade dessa instituição.
Assim, acabou gradativamente por assumir a responsabilidade pelo
desenvolvimento integral do educando em seus diferentes aspectos: físico,
intelectual, social emocional, moral, vocacional, profissional, enfim, os aspectos
em relação aos quais a criança e o adolescente se desenvolvem, enquanto
nela permanecem (GIACAGLIA, 1997, p. 11).
Como o aluno passa um grande número de horas na escola, e como
esta instituição é, ou ao menos deveria ser a instituição mais bem aparelhada
para exercer influencia sistemática e científica na educação dos jovens,
espera-se dela atualmente mais que a transmissão de conhecimentos.
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Enquanto uma função complementar ao processo de ensino-
aprendizagem, a Orientação Educacional é:
“Atualmente concebida, por especialistas como um processo sistemático e contínuo que se caracteriza por uma assistência profissional realizada por meio de métodos e técnicas pedagógicas e/ou psicológicas, exercida direta ou indiretamente sobre os alunos, levando-os ao conhecimento de suas características pessoais e do ambiente sócio-cultural, a fim de que possam tomar decisões apropriadas às melhores perspectivas de seu desenvolvimento pessoal e social” (Ibidem, p. 11).
Dessa forma, a Orientação torna-se cada vez mais necessária ao
processo de ensino-aprendizagem, concluindo-se que a educação não pode se
esgotar unicamente na relação entre professor e aluno. Impondo-se entre nós
não como um recurso adicional para o aprimoramento da escola, mas, sim,
como uma necessidade para responder às demandas do desenvolvimento
pessoal e social do aluno.
Dadas à necessidade e a importância que a Orientação Educacional
assume nas escolas brasileiras, conhecendo suas atribuições legais e
alertando sobre os processos éticos que devem reger seu comportamento
profissional, ao iniciar o exercício de suas funções, o Orientador Educacional,
conforme a época e as condições de trabalho, precisa conhecer as
características da escola e da comunidade; os fundamentos para a formulação
de objetivos em educação; estratégias adequadas a sua atuação, bem como
instrumentos e técnicas úteis para essas tarefas.
A seguir veremos algumas áreas de atuação do profissional de
orientação educacional na atualidade.
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3.1- A Orientação Educacional e a família do aluno
A Orientação Familiar é uma das atribuições do orientador educacional
de acordo com o decreto que regulamenta sua profissão. De acordo com a
legislação vigente, a Orientação educacional será exercida em cooperação
com a família, cabendo ao orientador educacional participar no processo de
integração entre escola, família e sociedade.
A criança, de modo geral, se desenvolve na instituição familiar que é
encarregada de prover recursos necessários a sua sobrevivência; da
assistência na área da saúde; ministrar-lhe os primeiros ensinamentos e de
propicia-lhe uma base afetiva. A escola, por sua vez, esta incumbida de realizar
a instrução formal das crianças e dos jovens. Surge então, como condição
básica para que possam ser cumpridas as finalidades educacionais, a
necessidade do conhecimento mútuo entre ambas para a compatibilização das
expectativas e para a integração entre as duas instituições.
Como elemento de ligação entre a escola e a família o orientador
educacional deve manter uma comunicação constante com a família,
respeitando seus valores e procurando obter sua colaboração, já que ambos
têm como objetivo o bem estar, o desenvolvimento e a formação do educando.
Ao planejar o trabalho na área de Orientação Familiar, é necessário
levantar um conjunto amplo de informações para caracterizar as famílias, seus
valores e suas expectativas. Com o conhecimento dos dados básicos haverá
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maior facilidade para manter um canal e um fluxo permanente de informações
entre a Orientação Educacional e a família e vice-versa.
“O conhecimento da família e uma comunicação efetiva entre ela e a escola, além de condições básicas para a realização de uma Orientação Familiar eficiente, são essenciais para a busca de uma unidade de princípios de atuação entre ambas as instituições” (Ibidem, p.57).
A atuação da escola em relação ao aluno é bastante ampla e
diversificada não se atendo apenas aos aspectos de aprendizagem de
conteúdos escolares. São inúmeros os aspectos em que é necessário haver
concordância de princípios e de atuação entre a família e a escola, cabendo ao
orientador trabalhar diversos temas, dentre eles, tudo o que se refere à
execução das tarefas escolares e às atividades extracurriculares.
Principalmente nos tempos atuais, muitos pais sentem-se inseguros
para educar seus filhos e em nome de teorias mal entendidas, adotam atitudes
muito permissivas temendo causar problemas para os filhos. Outros optam por
atitudes extremas e opostas, e ainda há outros que alternam tratamentos
rigorosos e permissivos, conforme a situação.
A criança necessita na sua educação de uma orientação segura e do
estabelecimento de limites para o seu comportamento.
A discussão sobre essa temática pode ser útil para alertar os pais
sobre a necessidade do estabelecimento de limites e para dar parâmetros aos
que necessitam de orientação. A falta do estabelecimento de limites e de
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disciplina no lar tem reflexos no comportamento do aluno na escola e no seu
rendimento escolar.
A eficiência do trabalho na área de orientação familiar depende, em
grande parte do conhecimento da comunidade e das famílias dos alunos. Boa
parte dos dados necessários é encontrada na caracterização da comunidade
que faz parte do Projeto Político Pedagógico e nas fichas dos alunos que ficam
na secretaria da escola.
Podem ser utilizadas diferentes estratégias para o levantamento de
informações, dentre essas, destacam-se as reuniões as entrevistas solicitadas
pelos pais ou pelo Orientador Educacional, cursos e palestras promovidas pela
escola.
Na maior parte das situações é difícil manter um contato individual e
sistemático com todas as famílias dos alunos, sendo a reunião com pais ou
responsáveis o recurso mais prático e mais freqüente de interação entre escola
e família.
Considerando-se, pois, a freqüência com que ocorrem essas reuniões
e a importância que assumem, é importante atentar para alguns pré-requisitos
que assegurem a elas maior eficácia. Dentre esses se destacam: boa
organização e planejamento, periodicidade, datas, duração e escolha de
horários favoráveis à presença do maior número possível de pais;
pontualidade, elaboração de pautas contendo temática de interesse geral,
convocação por escrito e local adequado.
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A elaboração de festas escolares e de atividades extra classe, embora
não seja responsabilidade do Orientador Educacional, constituem uma
oportunidade de manter contato com os pais e a comunidade, facilitando assim
a sua atuação.
É importante mostrar que as relações entre escola e família não se
restringem a punições ou recriminações mútuas. Antes devem se basear no
cooperativismo e na interatividade.
A partir das informações colhidas de várias fontes e do convívio com
as famílias o Orientador Educacional terá a oportunidade de conhecer os pais e
saber do interesse, das capacidades e da disponibilidade deles para colaborar
com as atividades da escola a fim de colaborar com o processo de ensino
aprendizagem de seu filho.
3.2- A Orientação Educacional e a integração do aluno à
escola e à sociedade
O aluno que ingressa na escola irá passar nela muitas horas do
dia e muitos dias de sua vida. Portanto é importante que a mesma se
constitua em um ambiente interessante e agradável que, além da
formação intelectual favoreça o desenvolvimento sadio do educando.
Entretanto, por outro lado, ela pode vir a se tornar um meio hostil onde
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problemas preexistentes se agravam e/ou onde sérios problemas têm
inicio.
Dessa forma, a adaptação do aluno ao ambiente escolar e ao
meio social no qual está inserido deve ser foco da ação do orientador
educacional, tendo em vista que a adaptação do individuo ao meio
interfere diretamente na sua produtividade. Em grande parte,
experiências positivas ou negativas vivenciadas na escola irão refletir-se
por toda a vida do educando.
Costuma ocorrer, com freqüência, a existência de estudantes
que, por pertencerem a minorias de algum tipo, são rejeitados pelos
colegas. Com relação a essa situação de discriminação, o orientador
educacional deve recorrer a técnicas como o aconselhamento, para
ajudar a enfrentar situações difíceis que irão vivenciar, na escola e na
vida em geral. Entretanto, não basta dar apenas assistência às vitimas
de discriminação, ele deve, também, aproveitar a situação para orientar
os que exercem a discriminação.
Se não for dada a devida atenção a tais problemas, eles
poderão contribuir para a deterioração das relações no ambiente
escolar.
A atuação do Orientador Educacional deverá ser preventiva.
Estratégias como palestras, filmes, leituras, intercâmbios, visitas e
discussões em grupo sobre a diversidade de costumes, religiões,
crenças, etnias, classes sociais, etc., existentes entre pessoas devem
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ser empregadas para desenvolver o respeito à tolerância do aluno
quanto às diferenças individuais.
Estudantes com falta de base ou com dificuldade de
aprendizagem também requerem atenção especial para que esses
problemas não dêem origem a desajustamentos em relação à escola.
Tanto os defasados dos demais em conteúdo ou em ritmo de
aprendizagem quanto os superdotados podem apresentar dificuldades
de adaptação ao sistema escolar e, dificilmente as escolas estão
preparadas para lidar de modo adequado com esses alunos. De modo
geral, a seleção dos conteúdos e do ritmo do processo de ensino
aprendizagem tem como base a capacidade média da classe, e, por
esse motivo, acabam não sendo adequados para os menos aptos e
também não representam desafios para os superdotados, o que leva ao
desinteresse e a falta de motivação para o estudo. Em cooperação com
os professores, o Orientador Educacional deve procurar identificar tais
estudantes para buscar desenvolver suas potencialidades e canalizá-las
tanto em benefício do próprio aluno como de seus colegas e da escola
como um todo.
É necessário que o orientador educacional tenha sempre em
mente, para melhor compreender o comportamento de seus alunos que,
principalmente na adolescência, a determinação do comportamento
sofre a influencia da necessidade e a busca pela aceitação. Giacaglia
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(1997) fala sobre essa busca pelo pertencimento a um grupo que
influencia no comportamento dos jovens.
“Dois motivos mostram-se particularmente importantes na determinação desses comportamentos. São os motivos de afiliação e o gregário. O adolescente deseja “pertencer” ao grupo do qual faz parte e, muitas vezes, para conseguir se integrar chega a comportamentos extremos para chamar a atenção” (Ibidem, p.90).
Ao buscar a solucionar os conflitos existentes o primeiro foco do
orientador deve ser a busca pelo que desencadeou o conflito.
Cabe ao Orientador Educacional, com o auxílio dos demais
educadores, o desafio de fazer da escola um ambiente adequado e
agradável para todos e, sobretudo, fazer dela uma instituição educativa,
no sentido mais amplo do termo.
3.3- A Orientação Educacional e o desenvolvimento físico e
emocional do aluno
A função precípua da escola é o ensino, porém ela tem
assumido, cada vez mais, a responsabilidade pela educação integral do
aluno. Esse contexto não deixa de ser legitimo, pois, no dizer de
Giacaglia:
“O individuo que aprende é um ser complexo que se desenvolve não só no aspecto intelectual, como também, e concomitante, no afetivo-
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emocional, físico-motor, social, sexual, vocacional, enfim, em todos os aspectos de sua personalidade” (Ibidem, p.99).
Por essa razão e também porque dificuldades ou problemas
nessas áreas poderão afetar o rendimento escolar do aluno, o
Orientador Educacional não pode desconsiderá-las no seu trabalho.
A escola deve atentar para a problemática de seus alunos e
estar preparada para lidar, da melhor maneira possível como ela.
Crianças e adolescentes costumam lidar com conflitos não só do ponto
de vista interno de suas frustrações ou complexos, mas também em
relação aos colegas que podem usar tais problemas para agredi-los
aumentando a proporção do problema.
Além da ajuda que o Orientador Educacional possa dar a esses
alunos, é necessário, às vezes, estabelecer contato com médicos,
psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, de um lado, e com
professores e pais de outro.
Mesmo estudantes sem problemas especiais de saúde
precisam ser orientados sobre doenças e higiene pessoal. Da mesma
forma ocorre com relação às doenças. Em caráter preventivo, O
orientador Educacional poderá sugerir campanhas diversas sobre saúde
e higiene, na escola, em conjunto com professores de áreas afins e, se
for o caso, com membros da equipe técnica ou outros pessoas da
comunidade.
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Dentre os aspectos do desenvolvimento do educando, uma
área que merece grande atenção é a orientação sexual-afetiva. Jovem e
crianças necessitam de assistência nesses aspectos da educação e,
dificilmente, encontram na família e em outras instituições, orientação
útil e adequada. Existindo a necessidade de que o Orientador
Educacional procure se informar sobre a filosofia e a posição da escola
e da comunidade, sobre as expectativas dos pais, a programação dos
professores e as necessidades dos alunos a fim de programar as
intervenções mais adequadas.
Ao tratar de temas complexos, com múltiplas implicações, é
importante que o orientador educacional esteja bem preparado para lidar
com eles, atualizando-se constantemente e, solicitando auxílio de
especialistas.
Além da saúde física do aluno, há que se considerar, também o
emocional. Considerando a complexidade e a problemática familiar,
agravada pelas crises sócio-econômicas que afetam a família, a
freqüência de alunos com problemas emocionais tem aumentado
gradativamente. A tendência natural de crianças e adolescentes é
demonstrar que estão passando por problemas através de seu
comportamento. Nesse contexto, muitos alunos apresentam
comportamentos agressivos, de revolta ou de apatia. Outros se mostram
tímidos ou superprotegidos. É necessário que o Orientador educacional
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juntamente com os professores esteja preparado para orientar os alunos
de acordo com cada situação.
Crianças e jovens podem apresentar sinais indicativos de
sintomas psicossomáticos relacionados à escola ou/e a problemas
familiares. Expressando, por meio de sintomas físicos, a existência de
conflitos emocionais.
Dificilmente, tais alunos conseguirão superar, sozinhos esses
problemas, que acabam por interferir tanto na saúde mental como no
desempenho escolar do aluno. Sendo extremamente relevante um
trabalho do Orientador Educacional no sentido de lidar da melhor
maneira possível, com essas situações tão comuns nas escolas, e que,
muitas vezes, são ignoradas ou negligenciadas.
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CAPÍTULO IV
AS ATUAIS ATRIBUIÇÕES DA ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL
Como vimos anteriormente, a Orientação Educacional sofreu
uma evolução gradativa em sua prática. Sendo influenciada por
diferentes linhas teóricas, essas que acabaram definindo a atuação do
orientador no âmbito da escola.
Atualmente, as tendências críticas são predominantes no
cenário educacional. Havendo o comprometimento da Orientação com
uma formação que contemple os diferentes aspectos do
desenvolvimento humano.
De acordo com GRINSPUN (2008),
“À medida que se procura novos caminhos para a educação, para que sua construção ocorra de forma mais coerente e de acordo com o principio da realidade de homem e sociedade de hoje, é natural que se busque também um novo olhar para a função orientadora no cotidiano escolar” (ibidem, p. 50).
Hoje, a Orientação Educacional è entendida como um processo
continuo e dinâmico, estando integrada em todo o currículo escolar sempre
encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e
equilibradamente em todos os aspectos.
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Através de uma ação integrada com o corpo docente e os demais
agentes da comunidade escolar, a Orientação Educacional deve estabelecer
um processo cooperativo. Devendo mobilizar a escola, a família e a criança
para a investigação coletiva da realidade na qual todos estão inseridos.
O Orientador deverá cooperar com professor através de um constante
contato e auxiliando-o na tarefa de compreender o comportamento das classes
e dos alunos em particular. Mantendo os professores informados quanto às
atitudes da Orientação Educacional junto aos alunos. Esclarecendo a família
quanto às finalidades e o funcionamento da escola, e assim atrair os pais para
escola para que participem de forma ativa, desenvolvendo trabalhos de
integração entre pais, professores e filhos.
No que diz respeito à legislação que rege a prática do orientador
educacional, iremos destacar e comentar algumas atribuições presentes na
resolução do CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇAO – CONSELHO PLENO
– N 1, DE 15 DE MAIO DE 2006.
• Planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação
de projetos e experiências educacionais escolares e não escolares.
Cabe ao orientador, desenvolver projetos que possam contribuir para a
elaboração e implementação do projeto político pedagógico da escola, de tal
forma que se faça agente mediador entre o trabalho escolar e a prática social
global, almejando sempre a emancipação dos alunos enquanto sujeitos
históricos.
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• Atuar com ética e compromisso, tendo em vista uma sociedade justa,
equânime e igualitária.
O Orientador deve agir na sua prática, a partir de ideais e convicções pessoais,
aliados a valores como respeito, solidariedade e humanismo, de forma que seu
trabalho contribua para o desenvolvimento de uma sociedade que rompa com
as barreiras sociais existentes.
• Reconhecer e respeitar a diversidade de necessidades do educando,
assim como promover a aprendizagem em espaços não-escolares.
O orientador não deve possuir uma visão homogeneizadora, que vê todos os
educandos como iguais. Ao contrário, deve reconhecer as complexidades
individuais de cada um, buscando ações que atendam a todos, em suas várias
demandas.
• Promover e facilitar as relações entre escola, família e comunidade.
A promoção da relação harmoniosa entre as instituições envolvidas no
processo educacional, é uma das principais funções do educador, pois esta
dimensão coletiva favorece o desenvolvimento do aluno.
• Identificar e intervir de forma investigativa e positiva na realidade sócio-
educacional e econômica.
A busca de informações a respeito do contexto em que a escola e seus alunos
estão inseridos é fonte necessária e fundamental para uma intervenção real e
eficaz.
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• Estudo das relações entre sociedade x sociedade contemporânea.
A compreensão da sociedade e suas constantes transformações proporciona
uma reflexão acerca do papel da educação dentro da mesma, dando base para
um processo de questionamentos e atitudes, que resulta na busca de
mudanças.
• Utilizar com propriedade, instrumentos próprios para a construção de
conhecimentos pedagógicos e científicos.
Sendo a educação um processo político, cabe ao orientador dentro da escola
trabalhar com a realidade, buscando superar o senso comum, através do
conhecimento científico, procurando analisar o cotidiano escolar, relacionando-
o com o cotidiano de fora da escola.
No entanto, o Orientador em sua prática cotidiana precisa conhecer a
realidade da escola, para promover um projeto que atenda as demandas dos
educandos, da família da escola e de todos os envolvidos e inseridos no
processo educativo. Devendo assumir uma postura firme, quando necessário,
sem intimidação, criando um clima de cooperação na escola.
O orientador educacional não pode fazer e dar soluções a todos os
problemas que ocorrem no âmbito da escola, mas deve ter ciência de que é um
profissional habilitado e capaz de planejar, e através deste planejamento,
atender as necessidades e demandas, de forma a alcançar resultados
positivos.
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Mas para alcançar tais objetivos, ele necessita estar preparado,
através de recursos que possibilitem sua prática, que tem como um dos pilares
o planejamento e o ato de planejar, definido por Josi (2003) como:
“Planejar significa estabelecer objetivos bastante amplos, descobrir a realidade social concreta, observar recursos disponíveis (humano, materiais e financeiro), determinar uma metodologia (prática) viável e que unifique os diferentes recursos, estabelecer um tempo mínimo e máximo para a execução das etapas, viabilizar itens, que permi0tam a efetivação deste plano inicial” (JOSI, 2003, P.85).
O planejamento educacional pressupõe propostas de trabalho e
habilidades específicas que o Orientador Educacional deve conhecer. Sendo
fundamental no desenvolvimento de um trabalho pedagógico de qualidade a
clareza de objetivos, tarefas e componentes do processo de
ensino/aprendizagem. Devendo o planejamento conter elementos e etapas, os
quais fundamentem o seu sucesso, como: pesquisa / reflexão, aplicabilidade /
clientela, previsão / organização, objetividade, coerência, flexibilidade, recursos
materiais, questões norteadoras, avaliação e feedback.
A Orientação Educacional não pode se basear em ações
improvisadas, por isso a importância do planejamento. Este feito com a
participação de todos os atores educacionais, é sempre ideal, sendo seu
sucesso fundamentado na realidade e em acontecimentos do percurso. (JOSI,
2003).
Nesse contexto, o Orientador Educacional é de suma importância, pois
possibilita a execução do planejamento de forma abrangente, por conhecer
individualmente todas as particularidades envolvidas nesse processo e manter
contato com todos os agentes da comunidade escolar.
Para tanto cabe ao Orientador viabilizar articulações no processo de
ensino aprendizagem, promovendo abertura no interior da escola, para que
professores, alunos, família e comunidade, possam como um todo, estudar,
discutir e avaliar tudo o que faz parte do trabalho pedagógico na sua totalidade.
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Desta forma o Orientador Educacional estará comprometido com a
construção de uma sociedade democrática, visando à superação do trabalho
fragmentado dentro da estrutura educacional.
Fazendo-nos compreender a importância do Orientador Educacional
na esfera escolar, como alguém que quando exerce de forma plena e
consciente o seu papel possibilita o enfrentamento das dificuldades através de
ações reais.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos na trajetória da Orientação Educacional – história,
origens, teorias/práticas – a questão de orientar existiu em diferentes
momentos, sendo interpretada de acordo com as finalidades a ela destinadas.
A Orientação ao longo de sua trajetória teve que se adequar e
incorporar a realidade social de seu tempo. O que não a impedia de buscar
mudanças na esfera política a fim de afetar o social.
Atualmente, temos um mundo em que o conhecimento é cada vez
maior e as informações chegam rapidamente. Existem novas tecnologias que
assinalam mudanças irreversíveis, fazendo com que surja um novo contexto
social/cultural, histórico/político.
O aluno de hoje faz parte desse novo tempo, e, portanto a Orientação
Educacional deve considerar e acompanhar tais mudanças ao definir sua
prática.
Neste tempo, em que há espaços diferenciados para a produção do
conhecimento, é preciso que a Orientação Educacional se debruce sobre a
análise e reflexão do que temos e para onde queremos chegar. É necessário
contemplar o quadro onde se insere a educação de nosso tempo, verificar e
constatar tal realidade e dela participar e interferir da melhor maneira possível.
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Para tal, não devemos permitir rupturas, em termos de analise e
estudos, entre os conhecimentos advindos da prática e os conhecimentos ditos
científicos. A escola deva se preocupar com todos esses aspectos, sob o risco
de fragmentar um processo que se dá como um todo.
É necessária a existência de cuidados para não se manter discursos
com ausência de prática. O momento atual é de se trabalhar nas escolas os
valores, a capacidade de se posicionar diante do que se apresenta, tendo em
vista a diversidade atual.
Ao analisar as questões da educação, e o papel da Orientação
Educacional dentro dela, se nos utilizarmos apenas do viés do conhecimento e
das teorias da educação sem integrar todos os agentes e variáveis que fazem
parte dessa relação, não se conseguirá superar os problemas da escola e dos
alunos. Há que se estabelecer uma relação de parceria, buscando uma
estrutura que nos permita pensar em uma pedagogia prática e transformadora,
que não se esgote no seu fazer, mas que busque a realização em um conjunto
de fazeres, vivencias e saberes.
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44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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da Produção Literária (1940-1980), Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro,
UFRJ, 1981.
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dezembro de 1996.
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maio de 2006.
CANDAU, Vera Maria (org.). Rumo a uma nova didática. Petrópolis: Vozes,
1990.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia, saberes necessários à prática
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GRINSPUN, Mirian P. S. Z. A Orientação Educacional e o Contexto Social. Rio
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GRINSPUN, Mirian, P. S. Z. A Orientação Educacional: conflitos de paradigmas
e alternativas para a escola-3 ed. Ampl. – São Paulo: Cortez, 2006.
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45
GRINSPUN, Mirian P. S. Z. (Org) A Prática dos Orientadores Educacionais- 6
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JOSI, Maria Raineldes. Didática Geral: um olhar para o futuro. Campinas, SP:
Alínea, 2003, 3 ed.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê, São Paulo: Cortez,
1996.
MORAIS, Maria de Lourdes Cysneiros de. Orientação Educacional: O ontem, o
agora... e o depois???
-
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I–O CONTEXTO DE SURGIMENTO 12 DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
1.1 - A Orientação Educacional no Brasil 12
CAPÍTULO II – A RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA 19
NO COTIDIANO DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
2.1-As tendências pedagógicas e a Orientação Educacional 21
CAPÍTULO III - AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO ORIENTADOR 24
EDUCACIONAL
3.1- A Orientação Educacional e a família do aluno 26
3.2-A Orientação Educacional e a integração do aluno à sociedade 29
3.3 - A Orientação Educacional e o desenvolvimento físico e emocional 32
CAPÍTULO IV – AS ATUAIS ATIBUIÇÕES DA ORIENTAÇÃO 36
EDUCACIONAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44
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