UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · a escola e a comunidade. A escola...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM GESTÃO PEDAGÓGICA: UMA NOVA PROPOSTA DA ESCOLA CONTEMPORÂNEA Por: Edilde da Conceição Candido Orientador Profª. Mary Sue Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

GESTÃO PEDAGÓGICA:

UMA NOVA PROPOSTA DA ESCOLA CONTEMPORÂNEA

Por: Edilde da Conceição Candido

Orientador

Profª. Mary Sue

Rio de Janeiro

2011

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

GESTÃO PEDAGÓGICA:

UMA NOVA PROPOSTA DA ESCOLA CONTEMPORÂNEA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Administração

e Supervisão Escolar.

Por: . Edilde da Conceição Candido

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por estar sempre

presente em minha vida, a minha

família e aos meus amigos que amo e

que sempre me apoiam em meus

projetos.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho monográfico a todos

os educadores que pela capacitação

permanente buscam alcançar um trabalho

educativo de qualidade.

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RESUMO

O trabalho monográfico aqui apresentado tem como objetivo abordar o

novo perfil da gestão pedagógica exigido pela escola contemporânea, a partir

de novas informações e novos conhecimentos que surgem a cada dia.

O papel social da educação é um fator que empurra e promove esse

novo perfil, provocando a busca por atualização e capacitação, numa proposta

emancipatória da escola para desenvolver e para formar alunos críticos e

cidadãos, com postura ética e responsabilidade social, além de garantir a

implementação do processo de ensino-aprendizagem de forma a atender a

toda comunidade escolar.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta pesquisa foi a leitura de livros, jornais,

revistas, questionários, pesquisa na internet; e a resposta obtida após coleta

de dados, pesquisa bibliográfica e na internet.

Após cada leitura e levantamento de dados, houve uma produção que,

após ser revisada, foi transformada em texto monográfico.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O gestor pedagógico 11

CAPÍTULO II - A função social da escola 19

CAPÍTULO III – Gestão pedagógica e a 27

escola contemporânea

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 38

ÍNDICE 39

8

INTRODUÇÃO

O tema desta pesquisa é gestão pedagógica e a questão central deste

trabalho é a função da gestão escolar na escola contemporânea.

O tema sugerido aqui é de suma importância, por ser, a gestão

pedagógica, uma peça fundamental no processo de transformação educativa,

uma vez que constitui a mediação entre as questões que compõem a escola,

construindo as condições para um trabalho escolar forte, que possibilite mais

dinamismo, menos burocracia e que articule-se nos âmbitos político-

administrativo-pedagógico.

Na educação atual brasileira, a principal função social e pedagógica da

escola é a de assegurar o desenvolvimento das capacidades cognitivas,

operativas, sociais e morais do aluno, desenvolvendo também, o processo de

pensar na formação da cidadania participativa e na formação ética do

indivíduo. Por isso, faz-se necessário a adoção de novas formas de organizar

e gerir; formas essas criativas, para alcançar objetivos sociais e políticos da

escola, adequando-os a estratégias eficazes de organização e gestão.

Para alcançar a democratização da escola, é preciso que se levem em

consideração aspectos políticos e sociais externos à escola, além dos internos,

que viabilizam a discussão sobre a escola de qualidade e a permanência nela.

E saber gerir tais fatores é um importante passo em direção ao êxito, pois

constitui estratégia que pode manter a escola toda integrada, ou seja, a

interação das equipes, dos funcionários, dos professores, a convivência entre

professores, alunos e pais, enfim, no reforço de uma relação participativa entre

a escola e a comunidade.

A escola contemporânea busca atender a demanda social por

democracia, experimentando formas não-autoritárias de exercício do poder, de

intervir nas decisões da organização e definir coletivamente o rumo dos

trabalhos. Então, é importante que se tracem metas que promovam no

ambiente educacional a capacidade das pessoas de determinação, de

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autonomia e iniciativa, articulando a isso a realidade da comunidade em que

este se insere e a qual serve. Segundo Luck (1984), “um objetivo comum do

corpo técnico-administrativo escolar é criar condições favoráveis ao máximo

desenvolvimento das potencialidades da comunidade escolar.” Ou seja, a

escola de hoje é a que oferece oportunidades democratizadoras partindo de

um modelo de sociedade que prioriza a formação do cidadão, mas também do

indivíduo técnico e politizado, numa proposta emancipatória e humanizante.

O olhar crítico para a história da humanidade revela, com muita clareza,

que nenhuma sociedade se constitui bem sucedida, se não favorecer, em

todas as áreas da convivência humana, o respeito à diversidade que a

constitui.

Nenhum país alcança pleno desenvolvimento, se não garantir, a todos

os cidadãos, em todas as etapas de sua existência, as condições para uma

vida digna, de qualidade física, psicológica, social e econômica.

A educação tem nesse cenário, papel fundamental, sendo a escola o

espaço no qual deve favorecer, a todos os cidadãos, o acesso ao

conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade

de apreensão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade e

de sua utilização no exercício efetivo da cidadania.

É no dia-a-dia escolar que crianças e jovens, enquanto atores sociais

tem acesso a diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser

organizados de forma a efetivar a aprendizagem. Para que este objetivo seja

alcançado, a escola precisa ser organizada de forma a garantir que cada ação

pedagógica resulte em uma contribuição para o processo de aprendizagem de

cada aluno.

A educação e o ensino fazem parte de um contexto social e, como esse

contexto é dinãmico, a educação e o ensino também precisam ser. Por tal

motivo, o professor como um agente social, assim como o gestor educacional,

precisam estar sempre atualizando-se. Agir na mudança de comportamentos

não é tarefa das mais fáceis, e para isso, há recursos e estratégias que ajudam

nessa ação transformadora, sendo uma importante e atual, a internet. Cabe

aos agentes escolares buscarem a capacitação tecnológica, pois os alunos já

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chegam à escola com, no mínimo, uma noção básica de como usar

computadores, seja em uso de jogos ou seja nas redes sociais. Aqueles que

não têm ainda este contato com as máquinas, precisam ter a oportunidade no

espaço da escola, de forma democratizada, numa proposta didática e

pedagógica de inserção social, de integração aos grupos de crianças e jovens,

e sendo capaz de cumprir sua função mediadora entre o que se desenvolve de

teorias e o que se faz dela na prática.

Em educação, assim como em todas as áreas, a reflexão anda junto à

ação. Não há como separá-las, uma vez que a primeira melhora a segunda.

Sendo assim, ser um profissional reflexivo é ser consciente de seu papel e de

como este pode criar oportunidades de mudança de comportamento em seus

alunos, além de facilitar o processo de formação de cidadania e de postura

ética frente às questões globais.

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CAPÍTULO I

O GESTOR PEDAGÓGICO

O papel do gestor não se resume em cumprir e fazer cumprir as leis e

regulamentos, as decisões, prazos e desenvolvimento de trabalhos. Eles

devem ser democráticos, opinando e propondo medidas que visem o

aprimoramento dos trabalhos escolares, o sucesso da instituição, além de

exercer sua liderança pedagógica.

A competência administrativa e pedagógica atualmente é representada

pela maneira como os gestores atendem às demandas da sociedade

exercendo sua função de forma satisfatória e favorecendo a educação.

Torna-se necessário, então, que se crie padrões de competência que

inclua domínio de recursos pedagógicos e conhecimentos técnicos, assim

como noções de administração para implantação de um sistema adequado que

inclua critérios de formação profissional, avaliação e seleção, de modo que se

garanta o comprometimento com resultados esperados de desempenho.

O gestor, acima de tudo, precisa ter autoridade, e isso significa ter

controle sobre processos ou pessoas. Explicando melhor, precisa desenvolver

competência nesta área. E competência adquire-se com teoria e com a prática

também. Numa união cotidiana, enquanto exerce suas funções vai se

aprimorando, sem deixar de estar atendendo à demanda de qualificação

contínua.

Esta autoridade evidenciada também aponta para objetivos a serem

alcançados: objetivos escolares. Portanto, ao mesmo tempo que precisa

dominar e controlar os processos, é necessário que também perceba quando e

a quem delegar para obter melhores resultados baseados na cooperação e

colaboração de outros agentes escolares que conhecem a realidade da

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instituição e podem sempre oferecer respostas e alternativas que propiciem o

bom andamento do trabalho pedagógico.

De acordo com Giancaterino (2010), há necessidade de autoridade de

um gestor escolar e que a autoridade deste, está na capacidade de efetuar

movimentos em direção à realização de objetivos escolares.

A escola por sua vez, precisa colaborar com os outros setores da

sociedade, com função de preparar jovens para viver socialmente, familiar e

profissionalmente. E aí que entra o gestor com sua capacidade de prever e

planejar ações que efetuem e tornem possíveis tais metas educativas.

Nos dias atuais como surgem muitas transformações em nossa

sociedade, isso acarreta a necessidade de o gestor manter-se atualizado, a

par das inovações na área educacional, pois a escola precisa acompanhar o

novo, atendendo assim seus alunos.

Essa dimensão de autoridade pedagógica é percebida por papéis que

este desempenha, mas é também atribuída a ele por sua competência, pela

forma como leva seu papel no sentido de realizações. Ou seja, sua autoridade

é referenciada muito mais por sua competência, e não só pelo cargo que

ocupa hierarquicamente falando.

A presença de um diretor, coordenador, supervisor, ou seja, formador

pedagógico que tenha confiança e o respeito da equipe com a qual trabalha é

fundamental. Além disso, o trabalho coletivo bem planejado, influencia no

caminho de formação continuada, de capacitação docente na própria escola

ou fora dela. Os professores com os quais este gestor trabalha precisam estar

em sintonia com seus pensamentos e formas de ação.

Para que a equipe docente esteja motivada a capacitar-se, precisa

haver reconhecimento dessa autoridade pedagógica, além de outros fatores

como: tempo para trabalho coletivo predefinidos, com duração suficiente para

o desenvolvimento de estratégias específicas; organização da rotina, ou seja, o

dia a dia do gestor deve priorizar o planejamento das reuniões formativas e

atividades como observação de aulas, seleção de referências teóricas e

análise dos registros da prática dos professores para que os encontros reflitam

as necessidades dos docentes; sua formação, sua didática e suas teorias

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saber ouvir, se comunicar e se relacionar; e transformação da prática a devem

estar em sintonia com o que há de novo; precisa existir a capacidade partir do

hábito de reflexão sobre melhores formas de levar o aluno a aprender.

Aprofundar teorias com o corpo docente, trocando experiências e

registrando tudo o que acontece em sala de aula é uma opção de formação e

pode acontecer no ambiente da própria escola. Para que isso ocorra, o

formador pedagógico precisa dedicar-se apenas a esta área: a pedagógica.

Porém, ele acaba sempre assumindo outras funções escolares que atrapalham

ou dificultam uma atuação mais específica, ou seja, geralmente, também

dedica-se a resolver problemas que já existem na escola, como indisciplina,

questões burocráticas e administrativas.

Além de todas essas funções, é também encarregado, o gestor

pedagógico, de implementar o projeto político pedagógico - que nem sempre

sai como deveria, pois, a dificuldade de trabalhar com esta pedagogia é muito

grande ainda. Porém , é um bom guia de trabalho, o PPP, pois traz objetivos

de aprendizagem com base em diagnóstico das necessidades de alunos e

professores, facilitando a formação continuada.

Segundo Libâneo (2008), a elaboração e execução do projeto-político-

pedagógico é a melhor demonstração de autonomia da equipe escolar e uma

oportunidade de desenvolvimento profissional dos professores.

A formação continuada é uma atividade coletiva na qual o gestor ocupa

a posição de protagonista. Por isso, desenvolver uma boa relação com os

professores e compartilhar com competência os conhecimentos são

habilidades fundamentais para o bom formador. A essa capacidade de se

relacionar e de se comunicar bem, Antonio Nóvoa dá o nome de tato

pedagógico. Desenvolver a confiança e o respeito é então, primordial para que

se receba queixas e soluções, e assim, se perceba o que está funcionando e

o que precisa ser melhorado.

Apesar de ser um profissional indispensável nas instituições escolares,

na maioria das escolas brasileiras não há a figura do gestor estritamente

pedagógico. Há um funcionário, muitas vezes, que realiza diversas funções, e

entre estas, a da gestão pedagógica. Acumulando funções, fica quase que

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inviável desempenhar uma boa atuação de gestor e de formador, com

características de confiança e respeito, numa busca por melhoria do

atendimento educativo aos alunos e à comunidade escolar como um todo.

Para complementar, é de competência também do gestor provocar a

transformação da prática através da introdução de uma consciência aos

professores daquilo que está dando certo e deve ser mantido, quanto do que

está sendo observado e percebido como ineficaz. Ou seja, que haja a

proximidade do profissional formador a sua equipe de trabalho, observando

sua prática, avaliando o nível de aprendizado, reconhecendo a prática como

um envolvimento de todos, professores, diretores, supervisores,

coordenadores e alunos. Esse também é um caminho de formação

permanente, de desenvolvimento profissional e educacional, incorporando a

formação continuada ao cotidiano escolar e reconhecendo que o tempo usado

pelos docentes para estudo é tão importante quanto o que é empregado na

relação com os alunos. Conforme Luck ( 1996):

“A eficácia do processo educativo centra-se no

professor: seus conhecimentos, suas habilidades e suas

atitudes em relação ao aluno a quem deve incentivar.

Torna-se, pois, de vital importância promover, antes de

mais nada, o desenvolvimento desse professor, orientá-

lo, e assisti-lo na promoção de um ambiente escolar e

processo educativo significativos para o educando.” (p.15)

E, novamente, retorna-se, então, a autoridade do gestor que diz respeito

a um movimento em consonância com os objetivos escolares, onde seja

necessário descentralizar, delegando as funções, dividindo e coordenando

ações importantes; desmistificando um ideal de autoridade com significado

autoritário, ou seja, autoridade em direcionar, em mediar o processo

pedagógico e a formação continuada para os profissionais que atuam

diretamente com o processo de desenvolvimento dos saberes e do

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aprendizado. Autoridade também que diagnostica o que é melhor para o aluno,

que percebe em que ponto do processo é preciso avaliar, quais as

transformações são importantes acontecerem na comunidade escolar na qual

a escola se situa, sendo o referencial na busca sempre pela melhoria da

qualidader do ensino, na solução dos dilemas e problemas decorrentes do

sistema e da demanda social, estimulando sua equipe a trabalhar

coletivamente trocando informações e práticas profissionais bem-sucedidas.

“A gestão da educação e a gestão da escola

aparecem não raras vezes como gestão

democrática, e em alguns casos o próprio termo

gestão pressupõe o adjetivo democrático (...) Nossa

impressão sobre essa mudança de termo é de que

ela não acontece por acaso, simplesmente porque

ela vai ocorrer justamente naquele setor que até o

momento vinha defendendo a administração

profissional e de carreira, o mesmo setor que

durante muitos anos negou-se a analisar a questão

da administração como poder e a organização do

seu aspecto burocrático. (UHLE, 1994, p. 61)

A escola enquanto instituição pertencente a um sistema, precisa estar

organizada em sua administração, tendo uma gestão que acompanhe as

demandas do sistema e da sociedade, por isso, não há como negar que o

gestor pedagógico também precisa estar ciente de sua função burocrática, de

organização a de administração, porém, sem deixar de levar em conta que,

nos dias atuais, é preciso que a escola seja democrática, possibilite a

participação e a comunhão de todos, desenvolva a consciêcia política e a

solidariedade, produzindo espaços de produção cultural, de experiências e de

aceitação do outro, abolindo qualquer forma de preconceito e isolamento,

numa filosofia agregadora. Nesta questão, o gestor pedagógico também age,

pois é sua função dosar esses dois papéis da instituição: espaço político e

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democrático versus espaço organizacional e burocrático,ou seja,é um processo

de mediação. Desempenhar o papel de mediador é algo muitas vezes difícil de

implementar, se não houver a compreensão disto na prática. E, gerir

pedagogicamente na escola atual é saber que se tem o poder de direcionar as

pessoas pelo caminho do conhecimento e da transformação, mas é também

saber gerenciar resistências muitas vezes.

A crise educacional precisa ser pensada pelos educadores , mas

também pelos educandos numa tomada de consciência global, onde todos

compreendam que a melhoria não é função de um segmento apenas, mas de

todos unidos num mesmo objetivo. Cabe ao gerenciador fazer essa tomada de

consciência pedagógica de forma leve e equilibrada, administrando as

oposições que, por ventura, possam existir, e tentando reverter para a busca

de, no mínimo, um consenso na maneira de operacionalizar a escola e as

interações que nela se estabelecem.

O desafio é grande, mas não é impossível. O profissional que organiza

pedagogicamente uma escola não pode ser apenas um funcionário deslocado

de função por não poder mais lecionar,pois essa visão da gestão já se

esgotou, não encaixa mais nos espaços escolares que cobram competência e

criatividade, energia e soluções rápidas. Para este desafio, é preciso que o

gestor seja, antes de tudo, um educador, mas que não seja só um educador,

pois os tempos atuais pedem um gestor-educador competente, visionário,

comprometido com o ideal transformador e emancipatório. E, entende-se que,

para se chegar a esse nível de profissionalização, tem que haver o

conhecimento de seu papel, de sua identidade e de sua história, observando

as tendências educativas, teorias pedagógicas que fluem dia-a-dia, refletindo

sobre o currículo escolar adotado, as legislações que regem a educação

brasileira e até mundial, enfim, ser um verdadeiro avaliador da realidade que

se tem, e de onde se quer chegar.

Diante de tantas contradições e conflitos, pontos de partida e de

chegada serão sempre o foco do gestor. Sabendo o que tem e o que quer, e

aplicando uma forma de ação pautada nos movimentos democráticos e em

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teorias pedagógicas que o instrumentalizem na efetivação de uma prática

beneficiadora e facilitadora da aprendizagem – função principal da instituição

escolar – o caminho ao êxito no gerenciamento e domínio do espaço que lhe

cabe, será mais facilmente encontrado. Porém, para que isso seja possível, é

de fundamental importância que o gestor entenda sua capacitação e

atualização, seus estudos e formação continuada também como um foco que

agirá a seu favor, e, consequentemente, a favor da comunidade escolar como

um todo. Pensando dessa forma, tem a compreensão de si e dos outros

inseridos num universo maior, que não finda em seu gabinete ou em sua sala,

mas que, a partir de constantes interações, pode julgar resultados obtidos,

falhas existentes, correções a serem feitas, estratégias a serem modificadas e

a compreensão de educação não apenas na teoria, mas muito mais na

experiência própria e dos outros com os quais interage.

“O educador e a educadora críticos não

podem pensar que, a partir do curso que

coordenam ou do seminário que lideram,

podem transformar o país. Mas podem

demonstrar que é possível mudar. E isto

reforça nele ou nela a importância de sua

tarefa político-pedagógica.” (FREIRE, p.127)

O exercício da gestão pedagógica na escola contemporânea exige

autoridade, responsabilidade, decisão, disciplina e iniciativa. Além de tudo isso,

sintetizando, também lhe cabe planejar, coordenar, gerir, acompanhar e avaliar

todas as atividades pedagógico-didáticas e curriculares da escola e da sala de

aula, visando atingir níveis satisfatórios de qualidade cognitiva e operativa das

aprendizagens dos alunos. Com relação a formação, vale dizer que, assim

como o professor, é imprescindível ao desempenho satisfatório do gestor

pedagógico, a capacitação específica nesta área, ou seja, formação

profissional que difere da formação docente apenas, e tende muito mais para a

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administração e supervisão, numa perspectiva pedagógica-didática, a fim de

propiciar competência ao lidar com questões de ensino e de aprendizagem.

Sabendo que precisa ter uma especificidade que completa e amplia a

especificidade de cada professor, o gestor pedagógico sabe também que não

é hierarquicamente superior nem inferior aos professores, mas que possuindo

uma liderança, precisa buscar a democratização dos processos educacionais

quanto à dimensão pedagógica destes. Ou seja, é função deste ser atuante e

se aproximar das relações que acontecem em seu ambiente de trabalho, entre

ele e os demais, entre todos.

O gestor pedagógico é, antes de mais nada, um educador. Junto aos

demais profissionais deve realizar um trabalho que tanto permita o acesso à

escolaridade na instituição na qual trabalha, quanto o trabalho efetivo, para

que os que entram na escola, consigam permanecer nela. Assessorando os

professores, os gestores desenvolvem propostas de atuação com relação aos

conteúdos, a metodologia, a avaliação, articulando aos objetivos sociopolíticos

da educação escolar.

O trabalho pedagógico de suporte aos profissionais docentes é de

fundamental importância, pois melhora o desempenho destes quando oferece

a oportunidade de capacitação e de busca de respostas; quando investe nos

recursos didáticos; quando estabelece uma relação de diálogo e quando

entende a função social da escola e de todos os seus membros.

19

CAPÍTULO II

A Função Social da Escola

A história da escola sempre esteve vinculada a do progresso. E ela

cresceu nesta crença, assim como, os professores sempre acreditaram que

lhes cabia a missão de arautos do progresso. Para isso, tiveram então que se

isolar: são bem conhecidos os conselhos de que os professores não se

misturassem com o povo, mas também que não participassem de interesses

de grupos, e se comportassem com isenção. Essa ligação entre dois vértices

de um triângulo, professores e Estado, fez com que se criasse a

marginalização de um terceiro vértice, a família.

Repensar a escola hoje é, antes de mais nada, trazer para o cenário

educacional este terceiro vértice isolado, e, tentar resolver velhos problemas

na esfera social.

A reflexão proposta aqui é a interrogação sobre as relações entre a

escola e a sociedade, sobretudo a partir de uma análise centrada nos

caminhos da profissão docente. A questão de a escola ser a salvadora ou a

reprodutora da sociedade também é pensada e refletida de maneira a alertar

contra o perigo de se ter uma visão unilateral da educação.

Ao longo do século XIX, em paralelo com a emergência de novos

modos de governo e afirmação dos estados-nação, a escola transforma-se

num elemento principal do processo de homogeneização cultural e de

invenção de uma cidadania nacional. Através daatribuição a um dado arbitrário

cultural de todas as aparências do natural, a escola desempenha um papel

central na concessão ao Estado do monopólio da violência simbólica. O

desenvolvimento da escola de massas faz parte de uma dinâmica que se

inscreve nos diversos contextos nacionais, racionalidades e tecnologias de

progresso difundidas a nível mundial. Cria-se uma nova forma de ver a escola:

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alunos grupados em classes graduadas, com uma composição homogênea no

padrão de ensinar

e um número de efetivos pouco variável; professores atuando sempre a título

individual, com perfil de generalistas no ensino primário ou de especialistas no

secundário; espaços estruturados de ação escolar, induzindo a uma pedagogia

centrada essencialmente na sala de aula; horários escolares rigidamente

estabelecidos, que põem em prática um controle social do tempo escolar;

saberes organizados em disciplinas escolares que são as referências

estruturantes do ensino e do trabalho pedagógico. Este modelo escolar impõe-

se como única forma de fazer a escola, excluindo todos os outros possíveis. A

força deste modelo mede-se pela sua capacidade de se definir, não como o

melhor sistema, mas como o único aceitável ou mesmo imaginável. Conforme

Pimenta (2002): “ O específico da escola é ensinar (...) é ampliar a

possibilidade de participação social das camadas populares, pela aquisição

dos conteúdos escolares.”

No decurso da história, a escola foi-se impondo como o meio

privilegiado para educar as crianças, olhadas cada vez mais como futuro, e

não como presente. Monopólio seria a palavra certa para descrever o que a

igreja e depois o Estado fizeram no campo educativo, impossibilitando as

intervenções que poderiam ocorrer de outros agentes sociais. Pouco a pouco

as famílias e mais tarde a sociedade, se viram afastadas da instituição que

educava. Segundo Perrenoud (1986, p. 97):

“A justiça, tal como a escola, também fabrica julgamentos.

Tomemos como variável a explicar, o roubo. A partir das estatísti

cas penais é relativamente fácil estabelecer uma forte correlação

entre a condenação por roubo e os níveis salariais dos condena

dos. Muito bem, mas o que é que podemos daqui concluir? Que

os pobres têm uma maior propensão ao roubo? É a interpretação

mais imediata. Mas podemos imaginar muitas outras.

É provável que a polícia encontre e prenda mais facilmente

os ladrões com poucas posses. É provável também que se consi

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gam mais facilmente provas ou confissões. É provável ainda que

as pessoas com mais posses, tenham mais facilidade para obter

acordos extra-judiciais. Além de que, os pobres não têm dinheiro

para contratar bons advogados.”

Esta analogia põe-nos de alerta sobre o quanto demasiado rápido é o

insucesso. E obriga a escola a repensar a sua própria ação e a forma como

pode contribuir para aumentar ou diminuir as desigualdades sociais.

Este é apenas um exemplo entre muitos outros que procuram pôr em

causa o legítimo direito das comunidades na participação da educação de seus

filhos. Hoje em dia, é impossível imaginar qualquer inovação e mudança que

não passe pelo investimento positivo dos poderes das famílias e das

comunidades, por uma democratização do sucesso através de agentes sociais

na vida das instituições de ensino.

Buscando uma relação bem-sucedida entre escola e sociedade é

necessário estabelecer um molde novo, onde a ação pedagógica seja centrada

na importância da qualidade dos profissionais, investindo na formação deles

para que lá na frente se dê o resultado, ou seja, que nos alunos se perceba

essa transformação e a mudança social tão esperada aconteça de forma

grandiosa e recuperante do tempo perdido. Assim como os gestores sejam

capazes de entenderem tal importância na sua própria formação, na formação

de sua equipe e na formação de seus alunos. Pois é a gestão o maestro de

todo esse processo, mediando o trabalho, dosando o limite entre as relações

que acontecem no âmbito escolar, visando a qualidade de ensino cada vez

mais melhorada. A partir dessas ações, pode-se prever um futuro de objetivos

alcançados, havendo o planejamento, o investimento em conhecimento e

capacitação e esforço profissional para um trabalho coletivo.

O sistema capitalista prega acumulação privada de bens de produção e

de consumo exagerado, tornando nossa sociedade uma sociedade de

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consumo, onde o que vale é ter cada vez mais produtos. Se a escola

acompanha o que acontece na sociedade, se a tendência é a reprodução dos

valores criados pelo grupo, então, na escola também teremos essa ideia, ou

seja, também haverá a reprodução do sistema capitalista no espaço escolar,

provocando diversos problemas para a população, como falta de qualidade na

educação, aumento da violência, sistema de saúde ineficiente, enfim, tornando

os sistemas públicos ineficazes e de péssimo atendimento.

De acordo com estudiosos e teóricos da área, a pedagogia sempre terá

como base filosófica uma concepção de homem e de sociedade, estando

atrelado a isso a conservação dos limites sociais numa busca pela

manutenção das regras, a que os indivíduos, pela educação, assimilam e

respeitam. Havendo esse aprendizado, é certo que haja o equilíbrio e a

preservação da ordem imprescindível para o sistema social funcionar. Ao

mesmo tempo, é pela educação que o homem humaniza-se e rompe com as

barreiras que impedem seu desenvolvimento. Segundo Saviani (2000, p.35):“

“A educação visa o homem, na verdade, que sentido terá a

educação se ela não estiver voltada para a promoção do homem?

Uma visão histórica da educação mostra como esta esteve

sempre preocupada em formar determinado tipo de homem. Os

tipos variam de acordo com as diferentes exigências das

diferentes épocas. Mas a preocupação com o homem é uma

constante.”

Os espaços educativos, principalmente aqueles de formação de

educadores, devem orientar para a necessidade de relações onde haja troca

de experiências, que a interação leve ao aprendizado de uma conduta ética e

de inserção social, não de exclusão. Se a escola é o caminho e

desenvolvimento humano, é certo que deva trabalhar para que seus indivíduos

sejam componentes das mais variadas esferas da sociedade. Portanto,

exclusão social não deve caber no âmbito escolar como prática recorrente,

mas sim como um dos principais objetivos a ser combatido, com fins a

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transformação estrutural de uma sociedade desigual; para desencadear

processos de universalização do nível de instrução da população e a partir

disso, favorecer a participação política de todos.

Um sistema que pregue a igualdade entre homens, sem impor

dominação e dominados, pode contemplar a tão sonhada educação integral do

ser humano. De igual maneira, uma educação de qualidade depende de

termos uma sociedade mais justa, ética e baseada em regras e linhas de

conduta que priorizem a dignidade. Se a conscientização, criticidade e reflexão

do homem em relação ao meio em que está inserido acontecer e for praticado

pela escola, criando um hábito, poderá então ser reproduzida como um valor e

determinar um rumo mais significante para futuramente ser criada uma

geração de indivíduos mais comprometidos, solidários e transformados

educacionalmente para darem continuidade a novos indivíduos que ajam da

mesma forma.

A educação escolar, principal meio de transformação social, não pode

assumir um papel imparcial ou nulo com relação ao sistema existente. É, pela

ideologia vigente, é possível determinar qual escola queremos e qual conceitos

são os mais adequados para instrumentalização dos cidadãos. Essa

adequação é o que vai permitir a superação de uma crise de valores que

contagia nossa sociedade. Também é por essa conscientização pertinente,

que reformula-se e abandona-se posturas ultrapassadas ou que desagradam

os vários segmentos sociais. Só consegue-se chegar a respostas a partir de

paradigmas quebrados, comparações do que se tem com o que se almeja. E

isso vem, logicamente, por um constante pensamento reflexivo.

Segundo Alarcão (2010, p.13):

“ A sociedade da informação, como sociedade aberta e

global, exige competências de acesso, avaliação e gestão da

informação oferecida.

As escolas são lugares onde as novas competências

devem ser adquiridas ou reconhecidas e desenvolvidas. Sendo a

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literacia informática uma das novas competências, de imediato se

coloca uma questão: a das diferenças ao acesso à informação.”

A sociedade atual é a sociedade da informação, então, é a escola atual a

escola da informação também, uma vez que esta acompanha aquela, e vice-

versa. Por este pensamento, vinculam-se outras perspectivas para a função da

escola como um órgão de emancipação,de formação dos vários indivíduos que

agem na estrutura social de maneiras variadas, de capacitação,

desenvolvimento, humanização e perpetuação cultural. Contudo, resolvido o

problema de acesso da população à escola, cabe ressaltar aqui que o tipo de

informação recebida e transmitida é também um ponto fundamental para os

gestores. São eles que precisam estar a par do que a sociedade exige e o que

a escola faz para suprir as exigências.

O desenvolvimento de competências e dos contextos formativos que

permitirão desenvolver quais tipos de informação serão as mais adequadas,

válidas, corretas e pertinentes, exige dos gestores pedagógicos na escola

contemporânea, uma prática atenta e pesquisadora, atuante e próxima,

experimental e visionária, pois é ele quem ditará ou guiará nesse processo

mediatório entre professores e alunos. Portanto,o princípio norteador dessa

ação pedagógica, e para que esta seja bem-sucedida, é uma pessoa

preparada tanto no campo educativo, quanto para vida numa sociedade de

informações, ou melhor dizendo, vocacionada para educar nos tempos de

hoje.

As práticas docentes recebem o impacto das novas informações e das

novas tecnologias da comunicação, provocando uma reviravolta nos modos

mais convencionais de educar e de ensinar e nesse caso, como o gestor está

ligado ao setor educacional e pedagógico, tem que assumir também como sua

essa função de desenvolver habilidades cognitivas e operativas para o uso de

tudo o que caracterizar nossa sociedade atual e tiver um papel assegurado

como informação ao qual o aluno tem direito de acesso. Ou seja, o gestor

vocacionado é o que sabe das informações prioritárias e as desenvolve tanto

em sua equipe de trabalho, como em si mesmo, quanto no corpo discente de

sua escola.

25

Diante da complexidade das relações que são estabelecidas e da

cultural que se produz a partir delas, os educadores escolares precisam

aprender a pensar e a praticar novos conceitos, novas formas de ensinar

aprendendo na prática, indo também em busca do conhecimento. Não basta

dispor dos meios de comunicação, é preciso saber usar e saber por que motivo

devem ser usados. É preciso que aprendam a elaborar e intervir,

operacionalizar e planejar, com foco no aluno, mas sendo consciente de seus

recursos, de seu fundamental processo de busca e aperfeiçoamento

profissional. Ao ampliar seus conhecimentos, melhorando sua prática e tendo

habilidade com a informação que chega a todo momento pela internet ou por

outra mídia, que invade os bancos escolares, o educador de uma forma geral,

estará bem preparado para receber seus alunos e para atendê-los, permitindo

que desenvolvam-se como cidadãos; permitindo estarem prontos para viver em

sociedade, pondo em uso tudo que aprenderam na escola.

Esse profissional consciente de seu papel para construção de um futuro

de qualidade na educação precisa ser capacitado agora e, urgentemente, para

que multiplique suas habilidades, suas potencialidades e contribua para o

crescimento de uma sociedade mais justa e solidária, com padrões éticos e

regras de conduta corretas. Também é necessário que saiba de seu valor e

lute por isso, pois só um profissional que sabe seu valor pode impor a

valorização por parte dos demais.

“ Na missão de promover a inteligência geral

dos indivíduos, a educação do futuro deve, em

simultâneo, utilizar os conhecimentos existentes,

superar as antinomias provocadas pelo progresso

nos conhecimentos especializados e identificar a

falsa racionalidade.” (Perrenoud,1999, p.35)

Na escola, em cada sala de aula, existem alunos que a cada momento

necessitam de atividades diferenciadas para que as dificuldades sejam

ultrapassadas. Para isso o gestor precisa ter uma relação de cumplicidade com

26

todos os professores dando suporte para que sejam realizadas ações voltadas

para essa diferenciação. Para que a escola cumpra realmente com esse papel

social é de suma importância que toda equipe escolar esteja trabalhando em

prol da apropriação de conhecimentos e valores que considerem os períodos

do desenvolvimento e os traços culturais aos quais a comunidade está

inserida. A implementação de ações que visem eliminar a problemática

existente conduzirá o grupo e, consequentemente a escola, a tão sonhada

mudança.

Muitas são as mudanças esperadas para a escola e em meio a todo o

processo de globalização, ansiamos que de fato ela esteja voltada para as

necessidades decorrentes de toda a diversidade encontrada na sociedade.

Essas mudanças visam uma melhoria no espaço físico que atenda a realidade.

Nesse contexto, percebe-se a falta de adaptações de grande porte por parte

da gestão, o que causa uma grande dificuldade em estar acolhendo às

necessidades específicas de cada um. Essas adaptações não são as únicas

soluções para que a escola seja transformada, entre elas pode-se destacar

também a adaptação da estrutura curricular e capacitação adequada de

recursos humanos. Ao pensarmos o ideal de escola, passamos a percebê-la

como lugar que priorize o potencial, a criatividade e a cultura de cada aluno e

ao incorporar estes valores será concebida como flexível, aberta às inovações,

e ajustável às mudanças. Neste sentido nos reportamos aos pressupostos

legais, que são os paradigmas de uma escola que esteja voltada para todos.

27

CAPÍTULO III

GESTÃO PEDAGÓGICA E A ESCOLA

CONTEMPORÂNEA

O mundo moderno está imbuído da lógica científica como o caminho

único, confiável e verdadeiro. E o mundo científico não considera outras

possibilidades de saberes, dificultando as vias de acesso e sufocando

caminhos que busquem outras formas de conhecimento. Essa crise evidente

compõe nossas vidas individuais e coletivas dentro de pressupostos históricos,

políticos, estéticos, sociais, culturais, econômicos e tantos outros presentes na

diversidade do nosso mundo moderno que, talvez, seja mais prudente

considerarmos todas essas perspectivas entrelaçadas para não escorregarmos

em um recorte ou fragmento que desconsidere a pluriversalidade da vida e de

suas experiências sociais. Percebemos como a ciência vem se encorpando ao

longo da história juntamente com a expansão da sociedade capitalista, mas

também o modo como, às margens do sistema, o organismo social vivo e

pulsante se recria no momento em que seus canais de sobrevivência vão se

fechando.

O capitalismo sempre se apresentou como um sistema que consegue

satisfazer, pelo menos, as necessidades básicas. Tal argumento faz sentido na

medida em que se desfrutam os avanços que a humanidade tem adquirido

com a tecnologia confortante: eletricidade, automóveis, aviões, computadores,

etc. Diversos discursos políticos, econômicos, institucionais, midiáticos,

corporativos, fazem circular a ideia de que a ciência tem produzido, produz e

produzirá soluções para o nosso mundo. Não são poucas as vezes em que

ouvimos falar do surgimento de novas tecnologias que irão nos salvar da má

saúde, da má educação, da indigência, etc. Mas fica a dúvida se realmente

este é o desejo da humanidade, pois apesar de tudo, as soluções nem sempre

são eficazes.

28

A gestão educacional e pedagógica pressupões vários fatores que

determinarão sua postura diante das questões ideológicas que visa trabalhar.

Inicialmente, as práticas administrativas e pedagógicas da escola precisam

estar coerentes com as premissas que nortearão o trabalho com os alunos.

Tais práticas formam quase que um espelho do universo das políticas

educacionais que pouco ouvem os elementos da sociedade envolvidos no

processo.

Políticas e reformas que garantam avanços sociais, mas que não

atentem para o perigo do não-reconhecimento dos sujeitos que contribuem

para a educação, não irão efetivamente provocar o desenvolvimento social,

uma vez que, o primeiro está profundamente vinculado ao segundo. A

educação é voltada para a sociedade e está também depende da educação.

Administrar sem considerar o elo existente entre ambas é correr o risco de não

alcançar os objetivos da ação.

Além desses fatores citados acima como importantes, outro ponto

precisam ser considerado na facilitação de uma gestão escolar: o

investimento financeiro. Existem várias questões que suscitam muitas críticas

em relação às verbas dispostas e sua aplicação. Assim como a Constituição,

há outros documentos que garantem tal financiamento, como a LDB e o

FUNDEB. Porém, problemas relacionados a má administração dessas verbas

não permitem que cheguem às escolas e sejam empregadas no que realmente

se faz necessário de recursos para uma boa direção pedagógica e até mesmo

geral.

O administrativo de uma instituição sempre está a serviço do

pedagógico e por issso, ambos têm que estar integrados, de forma que as

informações circulem facilmente, para visualização de qualquer informação que

seja preciso ou para previsões necessárias.

Nos últimos anos tem aumentado muito os avanços na tecnologia das

informações e elas chegam às escolas por questionamentos dos alunos, por

introdução das secretarias de educação ou pela própria demanda social.

29

“É verdade que o mundo contemporâneo – neste momento da

história denominado ora de sociedade pós-moderna, pós-

industrial ou pós-mercantil, ora de modernidade tardia – está

marcado pelos avanços na comunicação e na informática e por

outras tantas transformações tecnológicas e científicas. Essas

transformações intervêm nas várias esferas da vida social,

provocando mudanças econômicas, sociais, políticas, culturais,

afetando, também as escolas e o exercício profissional da

docência.” (Libâneo, p.17)

A Internet é um espaço virtual de comunicação e de divulgação. Hoje é

necessário que cada escola mostre sua cara para a sociedade, que diga o que

está fazendo, os projetos que desenvolve, a filosofia pedagógica que segue, as

atribuições e responsabilidades de cada um dentro da escola. É a divulgação

para a sociedade toda. É uma informação aberta, com possibilidade de acesso

para todos que desejem informar-se, em torno de conhecimentos gerais. Além

da integração com a comunidade local: com as famílias dos alunos, com as

associações, empresas, grupos organizados, igrejas e outras instituições que

estejam localizadas perto da escola. Cada vez é mais importante que a escola

se integre na comunidade local, que crie laços com pessoas e grupos

significativos, que traga os pais para o colégio, que abra seus espaços para

atividades de lazer e culturais, principalmente nos fins de semana e nas férias.

E a página na Internet pode ser um espaço privilegiado de informação e de

comunicação. Não basta só informar quais atividades existem, mas também

criar caminhos de comunicação, principalmente através de e-mail, listas de

discussão, fóruns, blogs, bate-papo(chat).

O fundamental hoje para as instituições educacionais é o desenvolvimento de

capacidades operativas e cognitivas para que o aluno seja crítico e criativo;

capacitação tecnológica para que os trabalhadores possam exercer suas

funções no trabalho de forma mais eficiente e condizente com as exigências

atuais; formação com relação aos conhecimentos gerais indispensáveis a todo

cidadão; responsabilidade, iniciativa, adaptação à máquina e ferramentas de

30

trabalho. E a escola com suas práticas e funções precisa ser repensada. Não é

ela a detentora de todo o saber, o monópolio do conhecimento universal não é

dela, pois a educação acontece em muitos lugares, além do âmbito familiar. É

também na rua, nos clubes, nos sindicatos e em diversos locais que ela

acontece. Por tal motivo, é fundamental que ela desenvolva missão não só de

reprodutora e transmissora do saber, mas que seja também um lugar de

descobertas e de pesquisas. O importante não é a resposta pronta, mas que o

aluno tenha onde buscá-la, que pesquise, que tenha desenvolvido a

capacidade de pesquisar e buscar as informações, analisando criticamente o

que lhe serve e o que pode ser descartado. Sabendo-se que, para esse

trabalho de desenvolvimento do pensamento crítico e de pesquisa, é preciso

que o professor esteja presente como o mediador do processo; e o gestor,

como o agente facilitador dos recursos e do fornecimento de estratégias.

O que está em foco é, portanto, uma formação que ajude o aluno a

transformar-se num sujeito pensante, de modo a saber utilizar seu potencial ao

máximo e no investimento numa combinação bem-sucedida da assimilação

desses conteúdos a partir de capacidades cognitivas e afetivas estimuladas

nos alunos, mas também, instrumentalizadas nos agentes que atuam

diretamente com estes alunos: professores e gestores pedagógicos.

O ensino deve ser encarado como uma ajuda a aprendizagem, porque

sem ela é improvável que os alunos cheguem ao aprendizado significativo, e

aos conhecimentos que são necessários em sua vida pessoal, para que

compreendam sua realidade e para que consigam, além de percebê-la,

atuarem nela. E é aí, neste momento, que entram os elementos constitutivos

da escola, ou seja, eles desempenham o papel de mediadores dos recursos e

das estratégias que permitam isso acontecer da melhor forma possível.

Uma mudança de atitude dos profissionais da escola diante dessa

possibilidade de trabalho implica entendimento da prática interdisciplinar em

três sentidos importantes: como uma atitude propriamente dita, como

organização administrativa e pedagógica, como prática curricular.E é essa

organização interdisciplinar que vai propiciar a elaboração e efetivação do

projeto político pedagógico, além das práticas gestoras escolares.

31

O início deste processo numa busca pela gestão democrática

participativa, contemporânea e afinada com as novas tecnologias que surgem

é a integração dos professores de várias disciplinas e especialistas num

sistema de valores e de ações que garantam um trabalho educativo unificado,

que viabilizado será, a partir de uma organização e negociação gestora. É uma

forma inovadora de se trabalhar com vinculação de saberes, valores e atitudes

alinhavados pela interdisciplinaridade.

Cada escola tem uma situação concreta, que interfere em um processo

de gestão com tecnologias. Se atende a uma comunidade de classe alta ou de

periferia, mesmo com os mesmos princípios pedagógicos, terá que adaptar o

seu projeto de gestão a sua realidade.

Na implantação de tecnologias, o primeiro passo é garantir o acesso e

que as tecnologias cheguem à escola, que estejam fisicamente presentes ou

que professores, alunos e comunidade possam estar conectados. Mesmo

ainda distantes do ideal, temos avançado bastante nos últimos anos na

informatização das escolas. Mas a demanda por novos laboratórios, por

conexões mais rápidas, por novos programas é incessante e isso deixa

também amedrontado o gestor, porque não sabe se o investimento vale a pena

diante da rapidez com que surgem novas soluções ou atualizações

tecnológicas. Neste campo, não convém ir na última moda (a última versão

sempre é a mais cara e uma semelhante, um mínimo inferior, costuma custar

muito menos) nem esperar muito, porque já estamos atrasados nos processos

de informatização escolar.

O segundo passo na gestão tecnológica é o domínio técnico. É a

capacitação para saber usar, é a destreza que se adquire com a prática. Se o

professor só toca no computador uma vez por semana,por exemplo, demorará

muito mais para dominá-lo do que se tivesse um computador sempre a

disposição dele.

O terceiro passo é o do domínio pedagógico e gerencial. O que

podemos fazer com essas tecnologias para facilitar o processo de

aprendizagem, para que alunos, professores e pais acessem mais facilmente

as informações pertinentes. Nesta etapa, costumamos utilizar as tecnologias

32

como facilitação do que já fazíamos antes. Por exemplo: se fazíamos a ficha

de cada aluno manualmente, agora adquirimos um programa que automatiza o

registro desse aluno e o acesso a essas informações a qualquer momento. É

um avanço, mas ainda estamos fazendo as mesmas coisas que antes, só de

uma forma mais fácil.

O quarto passo é o das soluções inovadoras que seriam impossíveis

sem essas novas tecnologias. No exemplo anterior, com a Internet, podemos

não só facilitar o registro do aluno, mas o acesso remoto, o acesso do pai às

notas dos alunos, a comunicação de alunos de várias escolas do mundo

inteiro, a integração telemática dos pais e da comunidade na escola ou da

escola em várias comunidades. A integração da gestão administrativa e

pedagógica se faz de forma muito mais ampla com os computadores

conectados em redes.

Os processos que acontecem durante a aprendizagem implica em uma

nova forma de a escola ter que se organizar, com lugares diferenciados, com

tempos diversificados - porém, isso precisa existir não só para as aulas de

grandes grupos, como também, para os grupos pequenos ou individualizados –

com acesso facilitado tanto a livros e revistas quanto ao mundo virtual com

suas bases de dados, com serviços de pesquisa e de jogos educativos via

internet; com tempos e espaços para a realização de tarefas e interpretação

das teorias concretizando-as, a fim de provocar a contextualização da

aprendizagem, a motivação do alunos pela busca ao saber.

A escola ao determinar uma organização administrativa, pedagógica e

estabelecer a interdependência entre ambas, consegue um trabalho mais

consciente e coeso, com fins a alcançar objetivos traçados em seu

planejamento que, com certeza, vão ao encontro do processo de ensino-

aprendizagem muito mais satisfatório e eficaz, e para que seus alunos tornem-

se cidadãos, além de poderem adquirir habilidades e competências para

realização de seus projetos de vida. Quanto aos profissionais docentes e

especialistas, gestores e coordenadores, a partir de uma visão interdisciplinar

essa instituição educacional facilita a interação de seus membros, a troca de

informações e de estratégias entre eles, as experiências bem-sucedidas

33

podendo ser reconhecidas por todos, e logicamente colocadas em prática com

consenso e conhecimento de todos.

Analisar o preparo e a competência do profissional da educação para

desempenhar suas funções, assim como identificar suas necessidades de

desenvolvimento, é hoje, para o gestor, um dos pontos críticos da gestão

escolar. Aferir a qualidade, analisar as variáveis do ambiente organizacional da

escola que afetam positiva ou negativamente o desempenho dos professores

foram os pontos nela destacados.

A qualificação profissional, tanto inicial como continuada, se faz

necessária, ela dimensiona a competência requerida para que a escola

apresente um serviço de qualidade. Por isso, também a necessidade que o

gestor tem de elaborar plano de formação, buscando na própria rotina da

escola espaços de formação.

Apresenta-se a necessidade do gestor de estabelecer um clima de

respeito mútuo, sensibilizando os envolvidos no processo educacional para

que haja satisfação e prazer no desenvolvimento do projeto pedagógico da

escola, destacando também, que o gestor, por meio das relações

interpessoais, deve valorizar o profissional da educação em sua dimensão

humana, a fim de habilitá-lo para intervir também, em sala de aula, com os

alunos, de forma a humanizá-los, numa postura mais próxima e mais afetiva.

Esta dinâmica de educar o profissional para que, então, este possa educar

também a partir de uma capacitação permanente no próprio ambiente escolar

é uma estratégia funcional, pois se torna, geralmente, significativa e

integradora, ampliando os horizontes intelectuais, mas também psicológicos, e

de conscientização profissional.

A educação tem um desafio que é o de contribuir para a formação

cidadã e de capacitar as pessoas que a frequentam de maneira a conseguirem

resolver os conflitos, problemas e situações do dia a dia. E essa ação

educativa tende a acontecerdinamicamente e dialeticamente, visando o

desenvolvimento entre os seus participantes, de uma consciência sobre a

realidade humana e sobre a sociedade e suas demandas. O que importa, com

relação a isso, porém, não é, tão-somente, essa conscientização, mas também

34

a reflexão, a análise por parte dos professores, no tempo e no espaço,

enquanto realizam suas atividades, objetivando a descoberta de novos

caminhos que levem ás respostas certas para as situações conflitantes, para a

obtenção de respostas e, consequentemente, para a melhor adaptação das

pessoas aos seus respectivos grupos, num contexto social amplo como é o de

nossa sociedade, de diversidade cultural, ideológica e dos valores morais.

Torna-se necessário que professores e gestores analisem

adequadamente seus cotidianos - escolar e vital - para identificação das

dificuldades existentes na escola, e, numa união de propósitos, possam intervir

de maneira a otimizar os resultados pretendiddos pelo planejamento

educacional e pedagógico, e alcançar a ligação e efetivação na prática escolar

entre teoria e prática, ou seja, estabelecendo relações entre o conteúdo do

ensino e a realidade social escolar.

Através da conscientização de uma nova postura, acreditando na

possibilidade de formar a realidade e de acreditar na escola como um espaço

de transformações, de lugar adequado às situações de um bom aprendizado, o

gestor é dos um dos atores que compõem o cenário educacional com a maior

responsabilidade sobre a articulação entre o educando, o educador e o saber.

Ter como prioridade o bom convívio de todos, ajudar a solucionar as

dificuldades que possam ocorrer para os diversos segmentos, ser o elo de

ligação entre esses diferentes elementos que compõem a escola, é tarefa

desse profissional-especialista, que precisa estar preparado para atender a

escola moderna, com suas exigências e diversidades, apoiando-se num ideal

educacional brasileiro que vise a democratização de acesso, a permanência, a

participação, a inclusão e o desenvolvimento de todos, e para uma sociedade

mais justa e igualitária, onde as oportunidades de trabalho, também aconteçam

de forma igual.

35

CONCLUSÃO

A escola contemporânea tem como um dos principais dilemas a

tomada de consciência sobre os porquês das coisas, sobre a implementação

das novas tecnologias, além de cuidar de formar o aluno-cidadão, preparado

para questionar, refletir e filtrar as informações que recebe dentro e fora do

ambiente institucionalizado.

Enquanto sujeitos, só poderemos avançar em qualquer área da vida se

desenvolvermos habilidades e competências imprescindíveis que nos tornem

incluídos socialmente, seja no campo educativo, profissional ou social. À

escola, cabe o papel de fornecer os recursos para que esse desabrochar de

talentos e capacidades aconteça.

Lidando com educandos e educadores, na gestão de uma instituição, o

gestor precisa estar a par do que há de mais moderno sobre as tecnologias

(TICS), sobre a formação de sua equipe de apoio e de trabalho, conhecer sua

clientela, ouvir as reclamações ou sugestões dos pais e responsáveis e dos

professores, encaminhar alunos quando apresentarem dificuldades no

aprendizado ou inadequação no relacionamento com os outros, preparar-se

enquanto líder responsável pelo bom andamento das relações entre os que

compõem a escola, capacitar-se para saber o que precisa ser mudado e o que

precisa repetir, enfim, ter a capacidade de gerir de forma dinâmica,

participando e colaborando nos projetos e nas ações concretas também , e

não só, em serviços burocratizados, como estamos acostumados a perceber o

trabalho deste profissional.

Atualmente, essa escola democrática, globalizada, com diversidade

cultural, que defende a liberdade de pensamento e tem pela diferença respeito

e compreensão, provocou uma mudança de perfil daqueles que cuidam do

bom andamento do trabalho escolar. Aquele diretor escolar, aquele supervisor,

orientador, coordenador, ou sujeito que exercia o papel de dirigir ou gerir a

escola do passado sem interagir no meio e nem com os que fazem parte dele,

já não tem mais lugar. Hoje, a comunidade está descobrindo que tem voz e

que esta pode ser ouvida para atendimento das necessidades dela,

36

contribuindo na construção de uma proposta pedagógica ao lado dos

professores e demais educadores.

Refletir criticamente sobre nossas ações e condutas cotidianas no

espaço-tempo-escola é ampliarmos nossos olhares no intuito de, efetivamente

ver melhor o que precisa ser mudado e o que precisa ser mantido na busca do

sucesso, para desenvolvermos nossos potenciais e possibilidades, e

oportunizarmos situações de desenvolvimento e crescimento àqueles que

estão sob nossa responsabilidade profissional e educacional.

Nesse sentido, acredito que investir na formação continuada dos

educadores e especialistas é tarefa mestra, que conduz a discussões e

validação dos fazeres já praticados, dinamizando relações e levando a

movimentos em prol da busca de soluções pela contribuição de todos, pela

participação democrática no espaço pedagógico, construindo uma identidade

que abrace sonhos, metas, objetivos e desafios que motivem a melhoria da

qualidade de educação a partir da compreensão da realidade de sala de aula e

do entorno dessa escola.

A escola de hoje precisa ampliar suas possibilidades empreendedoras,

posicionar-se a favor do respeito aos indivíduos com suas singularidades, suas

diferenças, agindo pela coletividade e união de todos num mesmo propósito,

que é o de provocar o processo de ensino-aprendizagem eficiente e

emancipador.

Empreender com vistas ao pluralismo, para criação de processos e

culturas novas é fundamental para que este espaço escolar se torne um

espaço vivo, em movimentos positivos e vitais no ensinar e no aprender. Sem

a coragem de ativar novos caminhos, não é possível transformar, pois para

haver mudança, é preciso que haja a confiança nela, além da atuação

consciente e planejada de todos os envolvidos.

Uma nova proposta para esta escola atual requer uma práxis educativa

concreta, objetiva, que se apóie na avaliação e utilize as respostas desta para

resolver os dilemas e vencer os desafios de uma educação que não seja eficaz

ou que deixe falhas. Uma nova proposta que defrontrando-se com as

transformações constantes por que passa a sociedade, saiba quando e como

37

posicionar-se no sentido de modificar os paradigmas das concepções de

ensino-aprendizagem, se assim for necessário.

A função social da escola é incluir a todos no processo de ensinar e

aprender, discutindo problemas de aprendizagem e buscando novos caminhos

para o que já não surte os efeitos desejados. E o gestor associando-se a

esses ideais, somando a colaboração dos vários grupos que vem a fazer parte

do espaço escolar, adotando uma postura de conciliação dos diferentes

olhares e necessidades, e que pretenda chegar a um panorama positivo em

seus resultados, é o personagem que comprometendo-se com a educação de

qualidade, irá tornar real essa nova proposta de uma escola contemporânea

que visa atender o sujeito de forma integral, respeitando suas diferenças,

implementando a interdisciplinaridade em seus projetos e construindo uma

identidade de inclusão, cidadania e ética.

38

BIBLIOGRAFIA

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São Paulo: Cortez, 2010.

CAMPBELL, Selma Inês. Projeto Político-Pedagógico. Rio de Janeiro: Editora

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Edições Loyola, 1985.

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Editora Artmed, 1998.

SOARES, Magda. Linguagem e Escola. 14ª ed., São Paulo: Ática, 1996.

39

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O Gestor Pedagógico 11

CAPÍTULO 2

A Função Social da Escola 19

CAPÍTULO 3

Gestão Pedagógica e a Escola Contemporânea 27

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 38

40

41

42