UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · a escola e a comunidade. A escola...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
GESTÃO PEDAGÓGICA:
UMA NOVA PROPOSTA DA ESCOLA CONTEMPORÂNEA
Por: Edilde da Conceição Candido
Orientador
Profª. Mary Sue
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
GESTÃO PEDAGÓGICA:
UMA NOVA PROPOSTA DA ESCOLA CONTEMPORÂNEA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Administração
e Supervisão Escolar.
Por: . Edilde da Conceição Candido
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar sempre
presente em minha vida, a minha
família e aos meus amigos que amo e
que sempre me apoiam em meus
projetos.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho monográfico a todos
os educadores que pela capacitação
permanente buscam alcançar um trabalho
educativo de qualidade.
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RESUMO
O trabalho monográfico aqui apresentado tem como objetivo abordar o
novo perfil da gestão pedagógica exigido pela escola contemporânea, a partir
de novas informações e novos conhecimentos que surgem a cada dia.
O papel social da educação é um fator que empurra e promove esse
novo perfil, provocando a busca por atualização e capacitação, numa proposta
emancipatória da escola para desenvolver e para formar alunos críticos e
cidadãos, com postura ética e responsabilidade social, além de garantir a
implementação do processo de ensino-aprendizagem de forma a atender a
toda comunidade escolar.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesta pesquisa foi a leitura de livros, jornais,
revistas, questionários, pesquisa na internet; e a resposta obtida após coleta
de dados, pesquisa bibliográfica e na internet.
Após cada leitura e levantamento de dados, houve uma produção que,
após ser revisada, foi transformada em texto monográfico.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O gestor pedagógico 11
CAPÍTULO II - A função social da escola 19
CAPÍTULO III – Gestão pedagógica e a 27
escola contemporânea
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 39
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INTRODUÇÃO
O tema desta pesquisa é gestão pedagógica e a questão central deste
trabalho é a função da gestão escolar na escola contemporânea.
O tema sugerido aqui é de suma importância, por ser, a gestão
pedagógica, uma peça fundamental no processo de transformação educativa,
uma vez que constitui a mediação entre as questões que compõem a escola,
construindo as condições para um trabalho escolar forte, que possibilite mais
dinamismo, menos burocracia e que articule-se nos âmbitos político-
administrativo-pedagógico.
Na educação atual brasileira, a principal função social e pedagógica da
escola é a de assegurar o desenvolvimento das capacidades cognitivas,
operativas, sociais e morais do aluno, desenvolvendo também, o processo de
pensar na formação da cidadania participativa e na formação ética do
indivíduo. Por isso, faz-se necessário a adoção de novas formas de organizar
e gerir; formas essas criativas, para alcançar objetivos sociais e políticos da
escola, adequando-os a estratégias eficazes de organização e gestão.
Para alcançar a democratização da escola, é preciso que se levem em
consideração aspectos políticos e sociais externos à escola, além dos internos,
que viabilizam a discussão sobre a escola de qualidade e a permanência nela.
E saber gerir tais fatores é um importante passo em direção ao êxito, pois
constitui estratégia que pode manter a escola toda integrada, ou seja, a
interação das equipes, dos funcionários, dos professores, a convivência entre
professores, alunos e pais, enfim, no reforço de uma relação participativa entre
a escola e a comunidade.
A escola contemporânea busca atender a demanda social por
democracia, experimentando formas não-autoritárias de exercício do poder, de
intervir nas decisões da organização e definir coletivamente o rumo dos
trabalhos. Então, é importante que se tracem metas que promovam no
ambiente educacional a capacidade das pessoas de determinação, de
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autonomia e iniciativa, articulando a isso a realidade da comunidade em que
este se insere e a qual serve. Segundo Luck (1984), “um objetivo comum do
corpo técnico-administrativo escolar é criar condições favoráveis ao máximo
desenvolvimento das potencialidades da comunidade escolar.” Ou seja, a
escola de hoje é a que oferece oportunidades democratizadoras partindo de
um modelo de sociedade que prioriza a formação do cidadão, mas também do
indivíduo técnico e politizado, numa proposta emancipatória e humanizante.
O olhar crítico para a história da humanidade revela, com muita clareza,
que nenhuma sociedade se constitui bem sucedida, se não favorecer, em
todas as áreas da convivência humana, o respeito à diversidade que a
constitui.
Nenhum país alcança pleno desenvolvimento, se não garantir, a todos
os cidadãos, em todas as etapas de sua existência, as condições para uma
vida digna, de qualidade física, psicológica, social e econômica.
A educação tem nesse cenário, papel fundamental, sendo a escola o
espaço no qual deve favorecer, a todos os cidadãos, o acesso ao
conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade
de apreensão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade e
de sua utilização no exercício efetivo da cidadania.
É no dia-a-dia escolar que crianças e jovens, enquanto atores sociais
tem acesso a diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser
organizados de forma a efetivar a aprendizagem. Para que este objetivo seja
alcançado, a escola precisa ser organizada de forma a garantir que cada ação
pedagógica resulte em uma contribuição para o processo de aprendizagem de
cada aluno.
A educação e o ensino fazem parte de um contexto social e, como esse
contexto é dinãmico, a educação e o ensino também precisam ser. Por tal
motivo, o professor como um agente social, assim como o gestor educacional,
precisam estar sempre atualizando-se. Agir na mudança de comportamentos
não é tarefa das mais fáceis, e para isso, há recursos e estratégias que ajudam
nessa ação transformadora, sendo uma importante e atual, a internet. Cabe
aos agentes escolares buscarem a capacitação tecnológica, pois os alunos já
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chegam à escola com, no mínimo, uma noção básica de como usar
computadores, seja em uso de jogos ou seja nas redes sociais. Aqueles que
não têm ainda este contato com as máquinas, precisam ter a oportunidade no
espaço da escola, de forma democratizada, numa proposta didática e
pedagógica de inserção social, de integração aos grupos de crianças e jovens,
e sendo capaz de cumprir sua função mediadora entre o que se desenvolve de
teorias e o que se faz dela na prática.
Em educação, assim como em todas as áreas, a reflexão anda junto à
ação. Não há como separá-las, uma vez que a primeira melhora a segunda.
Sendo assim, ser um profissional reflexivo é ser consciente de seu papel e de
como este pode criar oportunidades de mudança de comportamento em seus
alunos, além de facilitar o processo de formação de cidadania e de postura
ética frente às questões globais.
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CAPÍTULO I
O GESTOR PEDAGÓGICO
O papel do gestor não se resume em cumprir e fazer cumprir as leis e
regulamentos, as decisões, prazos e desenvolvimento de trabalhos. Eles
devem ser democráticos, opinando e propondo medidas que visem o
aprimoramento dos trabalhos escolares, o sucesso da instituição, além de
exercer sua liderança pedagógica.
A competência administrativa e pedagógica atualmente é representada
pela maneira como os gestores atendem às demandas da sociedade
exercendo sua função de forma satisfatória e favorecendo a educação.
Torna-se necessário, então, que se crie padrões de competência que
inclua domínio de recursos pedagógicos e conhecimentos técnicos, assim
como noções de administração para implantação de um sistema adequado que
inclua critérios de formação profissional, avaliação e seleção, de modo que se
garanta o comprometimento com resultados esperados de desempenho.
O gestor, acima de tudo, precisa ter autoridade, e isso significa ter
controle sobre processos ou pessoas. Explicando melhor, precisa desenvolver
competência nesta área. E competência adquire-se com teoria e com a prática
também. Numa união cotidiana, enquanto exerce suas funções vai se
aprimorando, sem deixar de estar atendendo à demanda de qualificação
contínua.
Esta autoridade evidenciada também aponta para objetivos a serem
alcançados: objetivos escolares. Portanto, ao mesmo tempo que precisa
dominar e controlar os processos, é necessário que também perceba quando e
a quem delegar para obter melhores resultados baseados na cooperação e
colaboração de outros agentes escolares que conhecem a realidade da
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instituição e podem sempre oferecer respostas e alternativas que propiciem o
bom andamento do trabalho pedagógico.
De acordo com Giancaterino (2010), há necessidade de autoridade de
um gestor escolar e que a autoridade deste, está na capacidade de efetuar
movimentos em direção à realização de objetivos escolares.
A escola por sua vez, precisa colaborar com os outros setores da
sociedade, com função de preparar jovens para viver socialmente, familiar e
profissionalmente. E aí que entra o gestor com sua capacidade de prever e
planejar ações que efetuem e tornem possíveis tais metas educativas.
Nos dias atuais como surgem muitas transformações em nossa
sociedade, isso acarreta a necessidade de o gestor manter-se atualizado, a
par das inovações na área educacional, pois a escola precisa acompanhar o
novo, atendendo assim seus alunos.
Essa dimensão de autoridade pedagógica é percebida por papéis que
este desempenha, mas é também atribuída a ele por sua competência, pela
forma como leva seu papel no sentido de realizações. Ou seja, sua autoridade
é referenciada muito mais por sua competência, e não só pelo cargo que
ocupa hierarquicamente falando.
A presença de um diretor, coordenador, supervisor, ou seja, formador
pedagógico que tenha confiança e o respeito da equipe com a qual trabalha é
fundamental. Além disso, o trabalho coletivo bem planejado, influencia no
caminho de formação continuada, de capacitação docente na própria escola
ou fora dela. Os professores com os quais este gestor trabalha precisam estar
em sintonia com seus pensamentos e formas de ação.
Para que a equipe docente esteja motivada a capacitar-se, precisa
haver reconhecimento dessa autoridade pedagógica, além de outros fatores
como: tempo para trabalho coletivo predefinidos, com duração suficiente para
o desenvolvimento de estratégias específicas; organização da rotina, ou seja, o
dia a dia do gestor deve priorizar o planejamento das reuniões formativas e
atividades como observação de aulas, seleção de referências teóricas e
análise dos registros da prática dos professores para que os encontros reflitam
as necessidades dos docentes; sua formação, sua didática e suas teorias
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saber ouvir, se comunicar e se relacionar; e transformação da prática a devem
estar em sintonia com o que há de novo; precisa existir a capacidade partir do
hábito de reflexão sobre melhores formas de levar o aluno a aprender.
Aprofundar teorias com o corpo docente, trocando experiências e
registrando tudo o que acontece em sala de aula é uma opção de formação e
pode acontecer no ambiente da própria escola. Para que isso ocorra, o
formador pedagógico precisa dedicar-se apenas a esta área: a pedagógica.
Porém, ele acaba sempre assumindo outras funções escolares que atrapalham
ou dificultam uma atuação mais específica, ou seja, geralmente, também
dedica-se a resolver problemas que já existem na escola, como indisciplina,
questões burocráticas e administrativas.
Além de todas essas funções, é também encarregado, o gestor
pedagógico, de implementar o projeto político pedagógico - que nem sempre
sai como deveria, pois, a dificuldade de trabalhar com esta pedagogia é muito
grande ainda. Porém , é um bom guia de trabalho, o PPP, pois traz objetivos
de aprendizagem com base em diagnóstico das necessidades de alunos e
professores, facilitando a formação continuada.
Segundo Libâneo (2008), a elaboração e execução do projeto-político-
pedagógico é a melhor demonstração de autonomia da equipe escolar e uma
oportunidade de desenvolvimento profissional dos professores.
A formação continuada é uma atividade coletiva na qual o gestor ocupa
a posição de protagonista. Por isso, desenvolver uma boa relação com os
professores e compartilhar com competência os conhecimentos são
habilidades fundamentais para o bom formador. A essa capacidade de se
relacionar e de se comunicar bem, Antonio Nóvoa dá o nome de tato
pedagógico. Desenvolver a confiança e o respeito é então, primordial para que
se receba queixas e soluções, e assim, se perceba o que está funcionando e
o que precisa ser melhorado.
Apesar de ser um profissional indispensável nas instituições escolares,
na maioria das escolas brasileiras não há a figura do gestor estritamente
pedagógico. Há um funcionário, muitas vezes, que realiza diversas funções, e
entre estas, a da gestão pedagógica. Acumulando funções, fica quase que
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inviável desempenhar uma boa atuação de gestor e de formador, com
características de confiança e respeito, numa busca por melhoria do
atendimento educativo aos alunos e à comunidade escolar como um todo.
Para complementar, é de competência também do gestor provocar a
transformação da prática através da introdução de uma consciência aos
professores daquilo que está dando certo e deve ser mantido, quanto do que
está sendo observado e percebido como ineficaz. Ou seja, que haja a
proximidade do profissional formador a sua equipe de trabalho, observando
sua prática, avaliando o nível de aprendizado, reconhecendo a prática como
um envolvimento de todos, professores, diretores, supervisores,
coordenadores e alunos. Esse também é um caminho de formação
permanente, de desenvolvimento profissional e educacional, incorporando a
formação continuada ao cotidiano escolar e reconhecendo que o tempo usado
pelos docentes para estudo é tão importante quanto o que é empregado na
relação com os alunos. Conforme Luck ( 1996):
“A eficácia do processo educativo centra-se no
professor: seus conhecimentos, suas habilidades e suas
atitudes em relação ao aluno a quem deve incentivar.
Torna-se, pois, de vital importância promover, antes de
mais nada, o desenvolvimento desse professor, orientá-
lo, e assisti-lo na promoção de um ambiente escolar e
processo educativo significativos para o educando.” (p.15)
E, novamente, retorna-se, então, a autoridade do gestor que diz respeito
a um movimento em consonância com os objetivos escolares, onde seja
necessário descentralizar, delegando as funções, dividindo e coordenando
ações importantes; desmistificando um ideal de autoridade com significado
autoritário, ou seja, autoridade em direcionar, em mediar o processo
pedagógico e a formação continuada para os profissionais que atuam
diretamente com o processo de desenvolvimento dos saberes e do
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aprendizado. Autoridade também que diagnostica o que é melhor para o aluno,
que percebe em que ponto do processo é preciso avaliar, quais as
transformações são importantes acontecerem na comunidade escolar na qual
a escola se situa, sendo o referencial na busca sempre pela melhoria da
qualidader do ensino, na solução dos dilemas e problemas decorrentes do
sistema e da demanda social, estimulando sua equipe a trabalhar
coletivamente trocando informações e práticas profissionais bem-sucedidas.
“A gestão da educação e a gestão da escola
aparecem não raras vezes como gestão
democrática, e em alguns casos o próprio termo
gestão pressupõe o adjetivo democrático (...) Nossa
impressão sobre essa mudança de termo é de que
ela não acontece por acaso, simplesmente porque
ela vai ocorrer justamente naquele setor que até o
momento vinha defendendo a administração
profissional e de carreira, o mesmo setor que
durante muitos anos negou-se a analisar a questão
da administração como poder e a organização do
seu aspecto burocrático. (UHLE, 1994, p. 61)
A escola enquanto instituição pertencente a um sistema, precisa estar
organizada em sua administração, tendo uma gestão que acompanhe as
demandas do sistema e da sociedade, por isso, não há como negar que o
gestor pedagógico também precisa estar ciente de sua função burocrática, de
organização a de administração, porém, sem deixar de levar em conta que,
nos dias atuais, é preciso que a escola seja democrática, possibilite a
participação e a comunhão de todos, desenvolva a consciêcia política e a
solidariedade, produzindo espaços de produção cultural, de experiências e de
aceitação do outro, abolindo qualquer forma de preconceito e isolamento,
numa filosofia agregadora. Nesta questão, o gestor pedagógico também age,
pois é sua função dosar esses dois papéis da instituição: espaço político e
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democrático versus espaço organizacional e burocrático,ou seja,é um processo
de mediação. Desempenhar o papel de mediador é algo muitas vezes difícil de
implementar, se não houver a compreensão disto na prática. E, gerir
pedagogicamente na escola atual é saber que se tem o poder de direcionar as
pessoas pelo caminho do conhecimento e da transformação, mas é também
saber gerenciar resistências muitas vezes.
A crise educacional precisa ser pensada pelos educadores , mas
também pelos educandos numa tomada de consciência global, onde todos
compreendam que a melhoria não é função de um segmento apenas, mas de
todos unidos num mesmo objetivo. Cabe ao gerenciador fazer essa tomada de
consciência pedagógica de forma leve e equilibrada, administrando as
oposições que, por ventura, possam existir, e tentando reverter para a busca
de, no mínimo, um consenso na maneira de operacionalizar a escola e as
interações que nela se estabelecem.
O desafio é grande, mas não é impossível. O profissional que organiza
pedagogicamente uma escola não pode ser apenas um funcionário deslocado
de função por não poder mais lecionar,pois essa visão da gestão já se
esgotou, não encaixa mais nos espaços escolares que cobram competência e
criatividade, energia e soluções rápidas. Para este desafio, é preciso que o
gestor seja, antes de tudo, um educador, mas que não seja só um educador,
pois os tempos atuais pedem um gestor-educador competente, visionário,
comprometido com o ideal transformador e emancipatório. E, entende-se que,
para se chegar a esse nível de profissionalização, tem que haver o
conhecimento de seu papel, de sua identidade e de sua história, observando
as tendências educativas, teorias pedagógicas que fluem dia-a-dia, refletindo
sobre o currículo escolar adotado, as legislações que regem a educação
brasileira e até mundial, enfim, ser um verdadeiro avaliador da realidade que
se tem, e de onde se quer chegar.
Diante de tantas contradições e conflitos, pontos de partida e de
chegada serão sempre o foco do gestor. Sabendo o que tem e o que quer, e
aplicando uma forma de ação pautada nos movimentos democráticos e em
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teorias pedagógicas que o instrumentalizem na efetivação de uma prática
beneficiadora e facilitadora da aprendizagem – função principal da instituição
escolar – o caminho ao êxito no gerenciamento e domínio do espaço que lhe
cabe, será mais facilmente encontrado. Porém, para que isso seja possível, é
de fundamental importância que o gestor entenda sua capacitação e
atualização, seus estudos e formação continuada também como um foco que
agirá a seu favor, e, consequentemente, a favor da comunidade escolar como
um todo. Pensando dessa forma, tem a compreensão de si e dos outros
inseridos num universo maior, que não finda em seu gabinete ou em sua sala,
mas que, a partir de constantes interações, pode julgar resultados obtidos,
falhas existentes, correções a serem feitas, estratégias a serem modificadas e
a compreensão de educação não apenas na teoria, mas muito mais na
experiência própria e dos outros com os quais interage.
“O educador e a educadora críticos não
podem pensar que, a partir do curso que
coordenam ou do seminário que lideram,
podem transformar o país. Mas podem
demonstrar que é possível mudar. E isto
reforça nele ou nela a importância de sua
tarefa político-pedagógica.” (FREIRE, p.127)
O exercício da gestão pedagógica na escola contemporânea exige
autoridade, responsabilidade, decisão, disciplina e iniciativa. Além de tudo isso,
sintetizando, também lhe cabe planejar, coordenar, gerir, acompanhar e avaliar
todas as atividades pedagógico-didáticas e curriculares da escola e da sala de
aula, visando atingir níveis satisfatórios de qualidade cognitiva e operativa das
aprendizagens dos alunos. Com relação a formação, vale dizer que, assim
como o professor, é imprescindível ao desempenho satisfatório do gestor
pedagógico, a capacitação específica nesta área, ou seja, formação
profissional que difere da formação docente apenas, e tende muito mais para a
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administração e supervisão, numa perspectiva pedagógica-didática, a fim de
propiciar competência ao lidar com questões de ensino e de aprendizagem.
Sabendo que precisa ter uma especificidade que completa e amplia a
especificidade de cada professor, o gestor pedagógico sabe também que não
é hierarquicamente superior nem inferior aos professores, mas que possuindo
uma liderança, precisa buscar a democratização dos processos educacionais
quanto à dimensão pedagógica destes. Ou seja, é função deste ser atuante e
se aproximar das relações que acontecem em seu ambiente de trabalho, entre
ele e os demais, entre todos.
O gestor pedagógico é, antes de mais nada, um educador. Junto aos
demais profissionais deve realizar um trabalho que tanto permita o acesso à
escolaridade na instituição na qual trabalha, quanto o trabalho efetivo, para
que os que entram na escola, consigam permanecer nela. Assessorando os
professores, os gestores desenvolvem propostas de atuação com relação aos
conteúdos, a metodologia, a avaliação, articulando aos objetivos sociopolíticos
da educação escolar.
O trabalho pedagógico de suporte aos profissionais docentes é de
fundamental importância, pois melhora o desempenho destes quando oferece
a oportunidade de capacitação e de busca de respostas; quando investe nos
recursos didáticos; quando estabelece uma relação de diálogo e quando
entende a função social da escola e de todos os seus membros.
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CAPÍTULO II
A Função Social da Escola
A história da escola sempre esteve vinculada a do progresso. E ela
cresceu nesta crença, assim como, os professores sempre acreditaram que
lhes cabia a missão de arautos do progresso. Para isso, tiveram então que se
isolar: são bem conhecidos os conselhos de que os professores não se
misturassem com o povo, mas também que não participassem de interesses
de grupos, e se comportassem com isenção. Essa ligação entre dois vértices
de um triângulo, professores e Estado, fez com que se criasse a
marginalização de um terceiro vértice, a família.
Repensar a escola hoje é, antes de mais nada, trazer para o cenário
educacional este terceiro vértice isolado, e, tentar resolver velhos problemas
na esfera social.
A reflexão proposta aqui é a interrogação sobre as relações entre a
escola e a sociedade, sobretudo a partir de uma análise centrada nos
caminhos da profissão docente. A questão de a escola ser a salvadora ou a
reprodutora da sociedade também é pensada e refletida de maneira a alertar
contra o perigo de se ter uma visão unilateral da educação.
Ao longo do século XIX, em paralelo com a emergência de novos
modos de governo e afirmação dos estados-nação, a escola transforma-se
num elemento principal do processo de homogeneização cultural e de
invenção de uma cidadania nacional. Através daatribuição a um dado arbitrário
cultural de todas as aparências do natural, a escola desempenha um papel
central na concessão ao Estado do monopólio da violência simbólica. O
desenvolvimento da escola de massas faz parte de uma dinâmica que se
inscreve nos diversos contextos nacionais, racionalidades e tecnologias de
progresso difundidas a nível mundial. Cria-se uma nova forma de ver a escola:
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alunos grupados em classes graduadas, com uma composição homogênea no
padrão de ensinar
e um número de efetivos pouco variável; professores atuando sempre a título
individual, com perfil de generalistas no ensino primário ou de especialistas no
secundário; espaços estruturados de ação escolar, induzindo a uma pedagogia
centrada essencialmente na sala de aula; horários escolares rigidamente
estabelecidos, que põem em prática um controle social do tempo escolar;
saberes organizados em disciplinas escolares que são as referências
estruturantes do ensino e do trabalho pedagógico. Este modelo escolar impõe-
se como única forma de fazer a escola, excluindo todos os outros possíveis. A
força deste modelo mede-se pela sua capacidade de se definir, não como o
melhor sistema, mas como o único aceitável ou mesmo imaginável. Conforme
Pimenta (2002): “ O específico da escola é ensinar (...) é ampliar a
possibilidade de participação social das camadas populares, pela aquisição
dos conteúdos escolares.”
No decurso da história, a escola foi-se impondo como o meio
privilegiado para educar as crianças, olhadas cada vez mais como futuro, e
não como presente. Monopólio seria a palavra certa para descrever o que a
igreja e depois o Estado fizeram no campo educativo, impossibilitando as
intervenções que poderiam ocorrer de outros agentes sociais. Pouco a pouco
as famílias e mais tarde a sociedade, se viram afastadas da instituição que
educava. Segundo Perrenoud (1986, p. 97):
“A justiça, tal como a escola, também fabrica julgamentos.
Tomemos como variável a explicar, o roubo. A partir das estatísti
cas penais é relativamente fácil estabelecer uma forte correlação
entre a condenação por roubo e os níveis salariais dos condena
dos. Muito bem, mas o que é que podemos daqui concluir? Que
os pobres têm uma maior propensão ao roubo? É a interpretação
mais imediata. Mas podemos imaginar muitas outras.
É provável que a polícia encontre e prenda mais facilmente
os ladrões com poucas posses. É provável também que se consi
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gam mais facilmente provas ou confissões. É provável ainda que
as pessoas com mais posses, tenham mais facilidade para obter
acordos extra-judiciais. Além de que, os pobres não têm dinheiro
para contratar bons advogados.”
Esta analogia põe-nos de alerta sobre o quanto demasiado rápido é o
insucesso. E obriga a escola a repensar a sua própria ação e a forma como
pode contribuir para aumentar ou diminuir as desigualdades sociais.
Este é apenas um exemplo entre muitos outros que procuram pôr em
causa o legítimo direito das comunidades na participação da educação de seus
filhos. Hoje em dia, é impossível imaginar qualquer inovação e mudança que
não passe pelo investimento positivo dos poderes das famílias e das
comunidades, por uma democratização do sucesso através de agentes sociais
na vida das instituições de ensino.
Buscando uma relação bem-sucedida entre escola e sociedade é
necessário estabelecer um molde novo, onde a ação pedagógica seja centrada
na importância da qualidade dos profissionais, investindo na formação deles
para que lá na frente se dê o resultado, ou seja, que nos alunos se perceba
essa transformação e a mudança social tão esperada aconteça de forma
grandiosa e recuperante do tempo perdido. Assim como os gestores sejam
capazes de entenderem tal importância na sua própria formação, na formação
de sua equipe e na formação de seus alunos. Pois é a gestão o maestro de
todo esse processo, mediando o trabalho, dosando o limite entre as relações
que acontecem no âmbito escolar, visando a qualidade de ensino cada vez
mais melhorada. A partir dessas ações, pode-se prever um futuro de objetivos
alcançados, havendo o planejamento, o investimento em conhecimento e
capacitação e esforço profissional para um trabalho coletivo.
O sistema capitalista prega acumulação privada de bens de produção e
de consumo exagerado, tornando nossa sociedade uma sociedade de
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consumo, onde o que vale é ter cada vez mais produtos. Se a escola
acompanha o que acontece na sociedade, se a tendência é a reprodução dos
valores criados pelo grupo, então, na escola também teremos essa ideia, ou
seja, também haverá a reprodução do sistema capitalista no espaço escolar,
provocando diversos problemas para a população, como falta de qualidade na
educação, aumento da violência, sistema de saúde ineficiente, enfim, tornando
os sistemas públicos ineficazes e de péssimo atendimento.
De acordo com estudiosos e teóricos da área, a pedagogia sempre terá
como base filosófica uma concepção de homem e de sociedade, estando
atrelado a isso a conservação dos limites sociais numa busca pela
manutenção das regras, a que os indivíduos, pela educação, assimilam e
respeitam. Havendo esse aprendizado, é certo que haja o equilíbrio e a
preservação da ordem imprescindível para o sistema social funcionar. Ao
mesmo tempo, é pela educação que o homem humaniza-se e rompe com as
barreiras que impedem seu desenvolvimento. Segundo Saviani (2000, p.35):“
“A educação visa o homem, na verdade, que sentido terá a
educação se ela não estiver voltada para a promoção do homem?
Uma visão histórica da educação mostra como esta esteve
sempre preocupada em formar determinado tipo de homem. Os
tipos variam de acordo com as diferentes exigências das
diferentes épocas. Mas a preocupação com o homem é uma
constante.”
Os espaços educativos, principalmente aqueles de formação de
educadores, devem orientar para a necessidade de relações onde haja troca
de experiências, que a interação leve ao aprendizado de uma conduta ética e
de inserção social, não de exclusão. Se a escola é o caminho e
desenvolvimento humano, é certo que deva trabalhar para que seus indivíduos
sejam componentes das mais variadas esferas da sociedade. Portanto,
exclusão social não deve caber no âmbito escolar como prática recorrente,
mas sim como um dos principais objetivos a ser combatido, com fins a
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transformação estrutural de uma sociedade desigual; para desencadear
processos de universalização do nível de instrução da população e a partir
disso, favorecer a participação política de todos.
Um sistema que pregue a igualdade entre homens, sem impor
dominação e dominados, pode contemplar a tão sonhada educação integral do
ser humano. De igual maneira, uma educação de qualidade depende de
termos uma sociedade mais justa, ética e baseada em regras e linhas de
conduta que priorizem a dignidade. Se a conscientização, criticidade e reflexão
do homem em relação ao meio em que está inserido acontecer e for praticado
pela escola, criando um hábito, poderá então ser reproduzida como um valor e
determinar um rumo mais significante para futuramente ser criada uma
geração de indivíduos mais comprometidos, solidários e transformados
educacionalmente para darem continuidade a novos indivíduos que ajam da
mesma forma.
A educação escolar, principal meio de transformação social, não pode
assumir um papel imparcial ou nulo com relação ao sistema existente. É, pela
ideologia vigente, é possível determinar qual escola queremos e qual conceitos
são os mais adequados para instrumentalização dos cidadãos. Essa
adequação é o que vai permitir a superação de uma crise de valores que
contagia nossa sociedade. Também é por essa conscientização pertinente,
que reformula-se e abandona-se posturas ultrapassadas ou que desagradam
os vários segmentos sociais. Só consegue-se chegar a respostas a partir de
paradigmas quebrados, comparações do que se tem com o que se almeja. E
isso vem, logicamente, por um constante pensamento reflexivo.
Segundo Alarcão (2010, p.13):
“ A sociedade da informação, como sociedade aberta e
global, exige competências de acesso, avaliação e gestão da
informação oferecida.
As escolas são lugares onde as novas competências
devem ser adquiridas ou reconhecidas e desenvolvidas. Sendo a
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literacia informática uma das novas competências, de imediato se
coloca uma questão: a das diferenças ao acesso à informação.”
A sociedade atual é a sociedade da informação, então, é a escola atual a
escola da informação também, uma vez que esta acompanha aquela, e vice-
versa. Por este pensamento, vinculam-se outras perspectivas para a função da
escola como um órgão de emancipação,de formação dos vários indivíduos que
agem na estrutura social de maneiras variadas, de capacitação,
desenvolvimento, humanização e perpetuação cultural. Contudo, resolvido o
problema de acesso da população à escola, cabe ressaltar aqui que o tipo de
informação recebida e transmitida é também um ponto fundamental para os
gestores. São eles que precisam estar a par do que a sociedade exige e o que
a escola faz para suprir as exigências.
O desenvolvimento de competências e dos contextos formativos que
permitirão desenvolver quais tipos de informação serão as mais adequadas,
válidas, corretas e pertinentes, exige dos gestores pedagógicos na escola
contemporânea, uma prática atenta e pesquisadora, atuante e próxima,
experimental e visionária, pois é ele quem ditará ou guiará nesse processo
mediatório entre professores e alunos. Portanto,o princípio norteador dessa
ação pedagógica, e para que esta seja bem-sucedida, é uma pessoa
preparada tanto no campo educativo, quanto para vida numa sociedade de
informações, ou melhor dizendo, vocacionada para educar nos tempos de
hoje.
As práticas docentes recebem o impacto das novas informações e das
novas tecnologias da comunicação, provocando uma reviravolta nos modos
mais convencionais de educar e de ensinar e nesse caso, como o gestor está
ligado ao setor educacional e pedagógico, tem que assumir também como sua
essa função de desenvolver habilidades cognitivas e operativas para o uso de
tudo o que caracterizar nossa sociedade atual e tiver um papel assegurado
como informação ao qual o aluno tem direito de acesso. Ou seja, o gestor
vocacionado é o que sabe das informações prioritárias e as desenvolve tanto
em sua equipe de trabalho, como em si mesmo, quanto no corpo discente de
sua escola.
25
Diante da complexidade das relações que são estabelecidas e da
cultural que se produz a partir delas, os educadores escolares precisam
aprender a pensar e a praticar novos conceitos, novas formas de ensinar
aprendendo na prática, indo também em busca do conhecimento. Não basta
dispor dos meios de comunicação, é preciso saber usar e saber por que motivo
devem ser usados. É preciso que aprendam a elaborar e intervir,
operacionalizar e planejar, com foco no aluno, mas sendo consciente de seus
recursos, de seu fundamental processo de busca e aperfeiçoamento
profissional. Ao ampliar seus conhecimentos, melhorando sua prática e tendo
habilidade com a informação que chega a todo momento pela internet ou por
outra mídia, que invade os bancos escolares, o educador de uma forma geral,
estará bem preparado para receber seus alunos e para atendê-los, permitindo
que desenvolvam-se como cidadãos; permitindo estarem prontos para viver em
sociedade, pondo em uso tudo que aprenderam na escola.
Esse profissional consciente de seu papel para construção de um futuro
de qualidade na educação precisa ser capacitado agora e, urgentemente, para
que multiplique suas habilidades, suas potencialidades e contribua para o
crescimento de uma sociedade mais justa e solidária, com padrões éticos e
regras de conduta corretas. Também é necessário que saiba de seu valor e
lute por isso, pois só um profissional que sabe seu valor pode impor a
valorização por parte dos demais.
“ Na missão de promover a inteligência geral
dos indivíduos, a educação do futuro deve, em
simultâneo, utilizar os conhecimentos existentes,
superar as antinomias provocadas pelo progresso
nos conhecimentos especializados e identificar a
falsa racionalidade.” (Perrenoud,1999, p.35)
Na escola, em cada sala de aula, existem alunos que a cada momento
necessitam de atividades diferenciadas para que as dificuldades sejam
ultrapassadas. Para isso o gestor precisa ter uma relação de cumplicidade com
26
todos os professores dando suporte para que sejam realizadas ações voltadas
para essa diferenciação. Para que a escola cumpra realmente com esse papel
social é de suma importância que toda equipe escolar esteja trabalhando em
prol da apropriação de conhecimentos e valores que considerem os períodos
do desenvolvimento e os traços culturais aos quais a comunidade está
inserida. A implementação de ações que visem eliminar a problemática
existente conduzirá o grupo e, consequentemente a escola, a tão sonhada
mudança.
Muitas são as mudanças esperadas para a escola e em meio a todo o
processo de globalização, ansiamos que de fato ela esteja voltada para as
necessidades decorrentes de toda a diversidade encontrada na sociedade.
Essas mudanças visam uma melhoria no espaço físico que atenda a realidade.
Nesse contexto, percebe-se a falta de adaptações de grande porte por parte
da gestão, o que causa uma grande dificuldade em estar acolhendo às
necessidades específicas de cada um. Essas adaptações não são as únicas
soluções para que a escola seja transformada, entre elas pode-se destacar
também a adaptação da estrutura curricular e capacitação adequada de
recursos humanos. Ao pensarmos o ideal de escola, passamos a percebê-la
como lugar que priorize o potencial, a criatividade e a cultura de cada aluno e
ao incorporar estes valores será concebida como flexível, aberta às inovações,
e ajustável às mudanças. Neste sentido nos reportamos aos pressupostos
legais, que são os paradigmas de uma escola que esteja voltada para todos.
27
CAPÍTULO III
GESTÃO PEDAGÓGICA E A ESCOLA
CONTEMPORÂNEA
O mundo moderno está imbuído da lógica científica como o caminho
único, confiável e verdadeiro. E o mundo científico não considera outras
possibilidades de saberes, dificultando as vias de acesso e sufocando
caminhos que busquem outras formas de conhecimento. Essa crise evidente
compõe nossas vidas individuais e coletivas dentro de pressupostos históricos,
políticos, estéticos, sociais, culturais, econômicos e tantos outros presentes na
diversidade do nosso mundo moderno que, talvez, seja mais prudente
considerarmos todas essas perspectivas entrelaçadas para não escorregarmos
em um recorte ou fragmento que desconsidere a pluriversalidade da vida e de
suas experiências sociais. Percebemos como a ciência vem se encorpando ao
longo da história juntamente com a expansão da sociedade capitalista, mas
também o modo como, às margens do sistema, o organismo social vivo e
pulsante se recria no momento em que seus canais de sobrevivência vão se
fechando.
O capitalismo sempre se apresentou como um sistema que consegue
satisfazer, pelo menos, as necessidades básicas. Tal argumento faz sentido na
medida em que se desfrutam os avanços que a humanidade tem adquirido
com a tecnologia confortante: eletricidade, automóveis, aviões, computadores,
etc. Diversos discursos políticos, econômicos, institucionais, midiáticos,
corporativos, fazem circular a ideia de que a ciência tem produzido, produz e
produzirá soluções para o nosso mundo. Não são poucas as vezes em que
ouvimos falar do surgimento de novas tecnologias que irão nos salvar da má
saúde, da má educação, da indigência, etc. Mas fica a dúvida se realmente
este é o desejo da humanidade, pois apesar de tudo, as soluções nem sempre
são eficazes.
28
A gestão educacional e pedagógica pressupões vários fatores que
determinarão sua postura diante das questões ideológicas que visa trabalhar.
Inicialmente, as práticas administrativas e pedagógicas da escola precisam
estar coerentes com as premissas que nortearão o trabalho com os alunos.
Tais práticas formam quase que um espelho do universo das políticas
educacionais que pouco ouvem os elementos da sociedade envolvidos no
processo.
Políticas e reformas que garantam avanços sociais, mas que não
atentem para o perigo do não-reconhecimento dos sujeitos que contribuem
para a educação, não irão efetivamente provocar o desenvolvimento social,
uma vez que, o primeiro está profundamente vinculado ao segundo. A
educação é voltada para a sociedade e está também depende da educação.
Administrar sem considerar o elo existente entre ambas é correr o risco de não
alcançar os objetivos da ação.
Além desses fatores citados acima como importantes, outro ponto
precisam ser considerado na facilitação de uma gestão escolar: o
investimento financeiro. Existem várias questões que suscitam muitas críticas
em relação às verbas dispostas e sua aplicação. Assim como a Constituição,
há outros documentos que garantem tal financiamento, como a LDB e o
FUNDEB. Porém, problemas relacionados a má administração dessas verbas
não permitem que cheguem às escolas e sejam empregadas no que realmente
se faz necessário de recursos para uma boa direção pedagógica e até mesmo
geral.
O administrativo de uma instituição sempre está a serviço do
pedagógico e por issso, ambos têm que estar integrados, de forma que as
informações circulem facilmente, para visualização de qualquer informação que
seja preciso ou para previsões necessárias.
Nos últimos anos tem aumentado muito os avanços na tecnologia das
informações e elas chegam às escolas por questionamentos dos alunos, por
introdução das secretarias de educação ou pela própria demanda social.
29
“É verdade que o mundo contemporâneo – neste momento da
história denominado ora de sociedade pós-moderna, pós-
industrial ou pós-mercantil, ora de modernidade tardia – está
marcado pelos avanços na comunicação e na informática e por
outras tantas transformações tecnológicas e científicas. Essas
transformações intervêm nas várias esferas da vida social,
provocando mudanças econômicas, sociais, políticas, culturais,
afetando, também as escolas e o exercício profissional da
docência.” (Libâneo, p.17)
A Internet é um espaço virtual de comunicação e de divulgação. Hoje é
necessário que cada escola mostre sua cara para a sociedade, que diga o que
está fazendo, os projetos que desenvolve, a filosofia pedagógica que segue, as
atribuições e responsabilidades de cada um dentro da escola. É a divulgação
para a sociedade toda. É uma informação aberta, com possibilidade de acesso
para todos que desejem informar-se, em torno de conhecimentos gerais. Além
da integração com a comunidade local: com as famílias dos alunos, com as
associações, empresas, grupos organizados, igrejas e outras instituições que
estejam localizadas perto da escola. Cada vez é mais importante que a escola
se integre na comunidade local, que crie laços com pessoas e grupos
significativos, que traga os pais para o colégio, que abra seus espaços para
atividades de lazer e culturais, principalmente nos fins de semana e nas férias.
E a página na Internet pode ser um espaço privilegiado de informação e de
comunicação. Não basta só informar quais atividades existem, mas também
criar caminhos de comunicação, principalmente através de e-mail, listas de
discussão, fóruns, blogs, bate-papo(chat).
O fundamental hoje para as instituições educacionais é o desenvolvimento de
capacidades operativas e cognitivas para que o aluno seja crítico e criativo;
capacitação tecnológica para que os trabalhadores possam exercer suas
funções no trabalho de forma mais eficiente e condizente com as exigências
atuais; formação com relação aos conhecimentos gerais indispensáveis a todo
cidadão; responsabilidade, iniciativa, adaptação à máquina e ferramentas de
30
trabalho. E a escola com suas práticas e funções precisa ser repensada. Não é
ela a detentora de todo o saber, o monópolio do conhecimento universal não é
dela, pois a educação acontece em muitos lugares, além do âmbito familiar. É
também na rua, nos clubes, nos sindicatos e em diversos locais que ela
acontece. Por tal motivo, é fundamental que ela desenvolva missão não só de
reprodutora e transmissora do saber, mas que seja também um lugar de
descobertas e de pesquisas. O importante não é a resposta pronta, mas que o
aluno tenha onde buscá-la, que pesquise, que tenha desenvolvido a
capacidade de pesquisar e buscar as informações, analisando criticamente o
que lhe serve e o que pode ser descartado. Sabendo-se que, para esse
trabalho de desenvolvimento do pensamento crítico e de pesquisa, é preciso
que o professor esteja presente como o mediador do processo; e o gestor,
como o agente facilitador dos recursos e do fornecimento de estratégias.
O que está em foco é, portanto, uma formação que ajude o aluno a
transformar-se num sujeito pensante, de modo a saber utilizar seu potencial ao
máximo e no investimento numa combinação bem-sucedida da assimilação
desses conteúdos a partir de capacidades cognitivas e afetivas estimuladas
nos alunos, mas também, instrumentalizadas nos agentes que atuam
diretamente com estes alunos: professores e gestores pedagógicos.
O ensino deve ser encarado como uma ajuda a aprendizagem, porque
sem ela é improvável que os alunos cheguem ao aprendizado significativo, e
aos conhecimentos que são necessários em sua vida pessoal, para que
compreendam sua realidade e para que consigam, além de percebê-la,
atuarem nela. E é aí, neste momento, que entram os elementos constitutivos
da escola, ou seja, eles desempenham o papel de mediadores dos recursos e
das estratégias que permitam isso acontecer da melhor forma possível.
Uma mudança de atitude dos profissionais da escola diante dessa
possibilidade de trabalho implica entendimento da prática interdisciplinar em
três sentidos importantes: como uma atitude propriamente dita, como
organização administrativa e pedagógica, como prática curricular.E é essa
organização interdisciplinar que vai propiciar a elaboração e efetivação do
projeto político pedagógico, além das práticas gestoras escolares.
31
O início deste processo numa busca pela gestão democrática
participativa, contemporânea e afinada com as novas tecnologias que surgem
é a integração dos professores de várias disciplinas e especialistas num
sistema de valores e de ações que garantam um trabalho educativo unificado,
que viabilizado será, a partir de uma organização e negociação gestora. É uma
forma inovadora de se trabalhar com vinculação de saberes, valores e atitudes
alinhavados pela interdisciplinaridade.
Cada escola tem uma situação concreta, que interfere em um processo
de gestão com tecnologias. Se atende a uma comunidade de classe alta ou de
periferia, mesmo com os mesmos princípios pedagógicos, terá que adaptar o
seu projeto de gestão a sua realidade.
Na implantação de tecnologias, o primeiro passo é garantir o acesso e
que as tecnologias cheguem à escola, que estejam fisicamente presentes ou
que professores, alunos e comunidade possam estar conectados. Mesmo
ainda distantes do ideal, temos avançado bastante nos últimos anos na
informatização das escolas. Mas a demanda por novos laboratórios, por
conexões mais rápidas, por novos programas é incessante e isso deixa
também amedrontado o gestor, porque não sabe se o investimento vale a pena
diante da rapidez com que surgem novas soluções ou atualizações
tecnológicas. Neste campo, não convém ir na última moda (a última versão
sempre é a mais cara e uma semelhante, um mínimo inferior, costuma custar
muito menos) nem esperar muito, porque já estamos atrasados nos processos
de informatização escolar.
O segundo passo na gestão tecnológica é o domínio técnico. É a
capacitação para saber usar, é a destreza que se adquire com a prática. Se o
professor só toca no computador uma vez por semana,por exemplo, demorará
muito mais para dominá-lo do que se tivesse um computador sempre a
disposição dele.
O terceiro passo é o do domínio pedagógico e gerencial. O que
podemos fazer com essas tecnologias para facilitar o processo de
aprendizagem, para que alunos, professores e pais acessem mais facilmente
as informações pertinentes. Nesta etapa, costumamos utilizar as tecnologias
32
como facilitação do que já fazíamos antes. Por exemplo: se fazíamos a ficha
de cada aluno manualmente, agora adquirimos um programa que automatiza o
registro desse aluno e o acesso a essas informações a qualquer momento. É
um avanço, mas ainda estamos fazendo as mesmas coisas que antes, só de
uma forma mais fácil.
O quarto passo é o das soluções inovadoras que seriam impossíveis
sem essas novas tecnologias. No exemplo anterior, com a Internet, podemos
não só facilitar o registro do aluno, mas o acesso remoto, o acesso do pai às
notas dos alunos, a comunicação de alunos de várias escolas do mundo
inteiro, a integração telemática dos pais e da comunidade na escola ou da
escola em várias comunidades. A integração da gestão administrativa e
pedagógica se faz de forma muito mais ampla com os computadores
conectados em redes.
Os processos que acontecem durante a aprendizagem implica em uma
nova forma de a escola ter que se organizar, com lugares diferenciados, com
tempos diversificados - porém, isso precisa existir não só para as aulas de
grandes grupos, como também, para os grupos pequenos ou individualizados –
com acesso facilitado tanto a livros e revistas quanto ao mundo virtual com
suas bases de dados, com serviços de pesquisa e de jogos educativos via
internet; com tempos e espaços para a realização de tarefas e interpretação
das teorias concretizando-as, a fim de provocar a contextualização da
aprendizagem, a motivação do alunos pela busca ao saber.
A escola ao determinar uma organização administrativa, pedagógica e
estabelecer a interdependência entre ambas, consegue um trabalho mais
consciente e coeso, com fins a alcançar objetivos traçados em seu
planejamento que, com certeza, vão ao encontro do processo de ensino-
aprendizagem muito mais satisfatório e eficaz, e para que seus alunos tornem-
se cidadãos, além de poderem adquirir habilidades e competências para
realização de seus projetos de vida. Quanto aos profissionais docentes e
especialistas, gestores e coordenadores, a partir de uma visão interdisciplinar
essa instituição educacional facilita a interação de seus membros, a troca de
informações e de estratégias entre eles, as experiências bem-sucedidas
33
podendo ser reconhecidas por todos, e logicamente colocadas em prática com
consenso e conhecimento de todos.
Analisar o preparo e a competência do profissional da educação para
desempenhar suas funções, assim como identificar suas necessidades de
desenvolvimento, é hoje, para o gestor, um dos pontos críticos da gestão
escolar. Aferir a qualidade, analisar as variáveis do ambiente organizacional da
escola que afetam positiva ou negativamente o desempenho dos professores
foram os pontos nela destacados.
A qualificação profissional, tanto inicial como continuada, se faz
necessária, ela dimensiona a competência requerida para que a escola
apresente um serviço de qualidade. Por isso, também a necessidade que o
gestor tem de elaborar plano de formação, buscando na própria rotina da
escola espaços de formação.
Apresenta-se a necessidade do gestor de estabelecer um clima de
respeito mútuo, sensibilizando os envolvidos no processo educacional para
que haja satisfação e prazer no desenvolvimento do projeto pedagógico da
escola, destacando também, que o gestor, por meio das relações
interpessoais, deve valorizar o profissional da educação em sua dimensão
humana, a fim de habilitá-lo para intervir também, em sala de aula, com os
alunos, de forma a humanizá-los, numa postura mais próxima e mais afetiva.
Esta dinâmica de educar o profissional para que, então, este possa educar
também a partir de uma capacitação permanente no próprio ambiente escolar
é uma estratégia funcional, pois se torna, geralmente, significativa e
integradora, ampliando os horizontes intelectuais, mas também psicológicos, e
de conscientização profissional.
A educação tem um desafio que é o de contribuir para a formação
cidadã e de capacitar as pessoas que a frequentam de maneira a conseguirem
resolver os conflitos, problemas e situações do dia a dia. E essa ação
educativa tende a acontecerdinamicamente e dialeticamente, visando o
desenvolvimento entre os seus participantes, de uma consciência sobre a
realidade humana e sobre a sociedade e suas demandas. O que importa, com
relação a isso, porém, não é, tão-somente, essa conscientização, mas também
34
a reflexão, a análise por parte dos professores, no tempo e no espaço,
enquanto realizam suas atividades, objetivando a descoberta de novos
caminhos que levem ás respostas certas para as situações conflitantes, para a
obtenção de respostas e, consequentemente, para a melhor adaptação das
pessoas aos seus respectivos grupos, num contexto social amplo como é o de
nossa sociedade, de diversidade cultural, ideológica e dos valores morais.
Torna-se necessário que professores e gestores analisem
adequadamente seus cotidianos - escolar e vital - para identificação das
dificuldades existentes na escola, e, numa união de propósitos, possam intervir
de maneira a otimizar os resultados pretendiddos pelo planejamento
educacional e pedagógico, e alcançar a ligação e efetivação na prática escolar
entre teoria e prática, ou seja, estabelecendo relações entre o conteúdo do
ensino e a realidade social escolar.
Através da conscientização de uma nova postura, acreditando na
possibilidade de formar a realidade e de acreditar na escola como um espaço
de transformações, de lugar adequado às situações de um bom aprendizado, o
gestor é dos um dos atores que compõem o cenário educacional com a maior
responsabilidade sobre a articulação entre o educando, o educador e o saber.
Ter como prioridade o bom convívio de todos, ajudar a solucionar as
dificuldades que possam ocorrer para os diversos segmentos, ser o elo de
ligação entre esses diferentes elementos que compõem a escola, é tarefa
desse profissional-especialista, que precisa estar preparado para atender a
escola moderna, com suas exigências e diversidades, apoiando-se num ideal
educacional brasileiro que vise a democratização de acesso, a permanência, a
participação, a inclusão e o desenvolvimento de todos, e para uma sociedade
mais justa e igualitária, onde as oportunidades de trabalho, também aconteçam
de forma igual.
35
CONCLUSÃO
A escola contemporânea tem como um dos principais dilemas a
tomada de consciência sobre os porquês das coisas, sobre a implementação
das novas tecnologias, além de cuidar de formar o aluno-cidadão, preparado
para questionar, refletir e filtrar as informações que recebe dentro e fora do
ambiente institucionalizado.
Enquanto sujeitos, só poderemos avançar em qualquer área da vida se
desenvolvermos habilidades e competências imprescindíveis que nos tornem
incluídos socialmente, seja no campo educativo, profissional ou social. À
escola, cabe o papel de fornecer os recursos para que esse desabrochar de
talentos e capacidades aconteça.
Lidando com educandos e educadores, na gestão de uma instituição, o
gestor precisa estar a par do que há de mais moderno sobre as tecnologias
(TICS), sobre a formação de sua equipe de apoio e de trabalho, conhecer sua
clientela, ouvir as reclamações ou sugestões dos pais e responsáveis e dos
professores, encaminhar alunos quando apresentarem dificuldades no
aprendizado ou inadequação no relacionamento com os outros, preparar-se
enquanto líder responsável pelo bom andamento das relações entre os que
compõem a escola, capacitar-se para saber o que precisa ser mudado e o que
precisa repetir, enfim, ter a capacidade de gerir de forma dinâmica,
participando e colaborando nos projetos e nas ações concretas também , e
não só, em serviços burocratizados, como estamos acostumados a perceber o
trabalho deste profissional.
Atualmente, essa escola democrática, globalizada, com diversidade
cultural, que defende a liberdade de pensamento e tem pela diferença respeito
e compreensão, provocou uma mudança de perfil daqueles que cuidam do
bom andamento do trabalho escolar. Aquele diretor escolar, aquele supervisor,
orientador, coordenador, ou sujeito que exercia o papel de dirigir ou gerir a
escola do passado sem interagir no meio e nem com os que fazem parte dele,
já não tem mais lugar. Hoje, a comunidade está descobrindo que tem voz e
que esta pode ser ouvida para atendimento das necessidades dela,
36
contribuindo na construção de uma proposta pedagógica ao lado dos
professores e demais educadores.
Refletir criticamente sobre nossas ações e condutas cotidianas no
espaço-tempo-escola é ampliarmos nossos olhares no intuito de, efetivamente
ver melhor o que precisa ser mudado e o que precisa ser mantido na busca do
sucesso, para desenvolvermos nossos potenciais e possibilidades, e
oportunizarmos situações de desenvolvimento e crescimento àqueles que
estão sob nossa responsabilidade profissional e educacional.
Nesse sentido, acredito que investir na formação continuada dos
educadores e especialistas é tarefa mestra, que conduz a discussões e
validação dos fazeres já praticados, dinamizando relações e levando a
movimentos em prol da busca de soluções pela contribuição de todos, pela
participação democrática no espaço pedagógico, construindo uma identidade
que abrace sonhos, metas, objetivos e desafios que motivem a melhoria da
qualidade de educação a partir da compreensão da realidade de sala de aula e
do entorno dessa escola.
A escola de hoje precisa ampliar suas possibilidades empreendedoras,
posicionar-se a favor do respeito aos indivíduos com suas singularidades, suas
diferenças, agindo pela coletividade e união de todos num mesmo propósito,
que é o de provocar o processo de ensino-aprendizagem eficiente e
emancipador.
Empreender com vistas ao pluralismo, para criação de processos e
culturas novas é fundamental para que este espaço escolar se torne um
espaço vivo, em movimentos positivos e vitais no ensinar e no aprender. Sem
a coragem de ativar novos caminhos, não é possível transformar, pois para
haver mudança, é preciso que haja a confiança nela, além da atuação
consciente e planejada de todos os envolvidos.
Uma nova proposta para esta escola atual requer uma práxis educativa
concreta, objetiva, que se apóie na avaliação e utilize as respostas desta para
resolver os dilemas e vencer os desafios de uma educação que não seja eficaz
ou que deixe falhas. Uma nova proposta que defrontrando-se com as
transformações constantes por que passa a sociedade, saiba quando e como
37
posicionar-se no sentido de modificar os paradigmas das concepções de
ensino-aprendizagem, se assim for necessário.
A função social da escola é incluir a todos no processo de ensinar e
aprender, discutindo problemas de aprendizagem e buscando novos caminhos
para o que já não surte os efeitos desejados. E o gestor associando-se a
esses ideais, somando a colaboração dos vários grupos que vem a fazer parte
do espaço escolar, adotando uma postura de conciliação dos diferentes
olhares e necessidades, e que pretenda chegar a um panorama positivo em
seus resultados, é o personagem que comprometendo-se com a educação de
qualidade, irá tornar real essa nova proposta de uma escola contemporânea
que visa atender o sujeito de forma integral, respeitando suas diferenças,
implementando a interdisciplinaridade em seus projetos e construindo uma
identidade de inclusão, cidadania e ética.
38
BIBLIOGRAFIA
ALARCÃO, Isabel. Professores Reflexivos em uma Escola Reflexiva.7ª ed.,
São Paulo: Cortez, 2010.
CAMPBELL, Selma Inês. Projeto Político-Pedagógico. Rio de Janeiro: Editora
Wak, 2010.
CORDEIRO, Jaime. Didática. 2ª ed., São Paulo: Contexto, 2010.
FREIRE, Wendel. Gestão Democrática. Rio de Janeiro: Editora Wak, 2009.
GIANCATERINO, Roberto. Supervisão Escolar e Gestão Democrática. Rio de
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LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública.15ª ed., São Paulo:
Edições Loyola, 1985.
LUCK, Heloísa. Pedagogia Interdisciplinar. 5ª ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. 4ª ed., São Paulo:
Edições Loyola,1991.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinaridade. Porto Alegre:
Editora Artmed, 1998.
SOARES, Magda. Linguagem e Escola. 14ª ed., São Paulo: Ática, 1996.
39
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O Gestor Pedagógico 11
CAPÍTULO 2
A Função Social da Escola 19
CAPÍTULO 3
Gestão Pedagógica e a Escola Contemporânea 27
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA 38