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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PROGRAMA MULTIPLICASUS NO RIO DE JANEIRO: UMA INOVAÇÃO DE GESTÃO Silvia Maria de Freitas Faria Orientador Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PROGRAMA MULTIPLICASUS NO RIO DE JANEIRO:

UMA INOVAÇÃO DE GESTÃO

Silvia Maria de Freitas Faria

Orientador

Prof. Jorge Vieira

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PROGRAMA MULTIPLICASUS NO RIO DE JANEIRO:

UMA INOVAÇÃO DE GESTÃO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão Pública

Por: Silvia Maria de Freitas Faria.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço especialmente,

v à minha família pelo colo e amparo;

v à equipe de facilitadores de 2005, Dalva Angelina Ferreira, Leir de Andrade,

Maria Helena de Oliveira, Márcia Mendes e Sônia Lúcia Andrade pela

comunhão e entusiasmo com que abraçamos o MultiplicaSUS;

v à equipe de facilitadores do NERJ e amigos, Ana Maria Magalhães, Claudio

Darbelly Moraes e Ozana Lúcia Pinheiro pelas prestimosas e incansáveis

tarefas na operacionalização e na contribuição artística;

v ao querido mestre, amigo e mentor Valmi Pessanha Pacheco pelos valiosos

ensinamentos em suas aulas e seminários de Atualização sobre o SUS;

v ao caríssimo companheiro e amigo inspirador Rosendo José Dominguez

Rodriguez pela abertura de espaço, estímulo constante para a capacitação,

compreensão e apoio, fundamentais à minha disponibilidade e dedicação;

v ao estimado colega e amigo Marcio Henninger de Araujo pela cobertura e

solidariedade em nossas ausências;

v aos colegas do Suporte-INFO-NERJ que contribuíram gentilmente com

back-ups, disponibilização de arquivos e montagem de equipamentos;

v aos colegas do SAMAP-NERJ que nos apoiaram prontamente com o

deslocamento de materiais;

v aos coordenadores de administração Cícero Magalhães, Roberto Araújo e

Graça Ramos como apoiadores de toda a logística para a realização do

Programa MultiplicaSUS Rio;

v com congratulações à Chefe da Divisão de Gestão de Pessoas, Maria de

Fátima Matheus, que vem estimulando os servidores do Núcleo Estadual do

Ministério da Saúde no Rio de Janeiro para a Programação Anual de

Capacitação;

v ao professor-orientador Jorge Vieira responsável pela abertura deste curso

com aulas-show, que facilmente agregou admiradores em sua platéia;

v ao amor da minha vida que me fortaleceu e me inspirou entre tantas idas e

vindas.

Muito obrigada! Aquele Abraço Amigo!!!

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia ao reencontro eternizado nesta canção:

O Vento

Voe por todo mar e volte aqui Voe por todo mar e volte aqui Pro meu peito... Se você for, vou te esperar Com o pensamento que só fica em você Aquele dia, um algo mais Algo que eu não poderia prever Você passou perto de mim Sem que eu pudesse entender Levou os meus sentidos todos pra você Mudou a minha vida e mais Pedi ao vento pra trazer você aqui Morando nos meus sonhos e na minha memória Pedi ao vento pra trazer você pra mim Vento traz você de novo O Vento faz do meu mundo um novo E voe por todo o mar e volte aqui E voe por todo o mar e volte aqui Pro meu peito...

Jota Quest Composição: Márcio Buzelin

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RESUMO

O PROGRAMA MULTIPLICASUS NO RIO DE JANEIRO:

UMA INOVAÇÃO DE GESTÃO

O MultiplicaSUS é um programa do Ministério da Saúde - MS que

disponibiliza espaços de discussão sobre o Sistema Único de Saúde - SUS

entre seus trabalhadores, como forma de contribuir para o desenvolvimento

institucional, a partir do desenvolvimento individual e coletivo dos seus

trabalhadores. A reflexão do cotidiano permite a visualização dos processos

políticos em curso, a auto-identificação e o reconhecimento dos trabalhadores

como protagonistas dos seus processos de trabalho, estimulando a

aprendizagem contínua e contextualizando a formação em bases sociais,

políticas e tecnológicas, que sustentam o processo de trabalho em saúde. O

programa no Rio de Janeiro, no decorrer dos seus cinco anos, promoveu mais

de 40 (quarenta) espaços de discussão e visitas guiadas com a participação de

mais de 700 (setecentos) trabalhadores do MS e dos seus órgãos vinculados,

contribuindo, com sua prática inovadora e inclusiva, como uma importante

ferramenta de gestão.

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METODOLOGIA

O presente trabalho refere-se à apresentação de uma ferramenta de

inovação de gestão na área de recursos humanos através de várias ações

educativas, informativas e principalmente de discussão e reflexão, voltadas

para os trabalhadores de saúde, que apresentou resultado de grande

satisfação e sentido de valorização dos mesmos.

O Programa MultiplicaSUS do Ministério da Saúde foi pensado e

desenvolvido, em 2003, ainda como Projeto, pelas: Coordenação Geral de

Modernização e Desenvolvimento Institucional (CGMDI) e Coordenação de

Desenvolvimento de Recursos Humanos (CODER), ambas subordinadas à

Coordenação Geral de Recursos Humanos na Secretaria Executiva do

Ministério da Saúde, voltado para os trabalhadores da esfera federal da saúde.

A partir de 2005, com a descentralização para os estados a fim de

alcançar todos os trabalhadores, inicia-se o conjunto de ações desenvolvidas

no Rio de Janeiro, objeto desta monografia.

Estão organizados em capítulos a caracterização do programa,

objetivos, as ações desenvolvidas assim como as etapas e recursos utilizados,

as lições aprendidas, soluções adotadas para a superação dos principais

obstáculos, fatores críticos de sucesso a partir da capacitação pedagógica de

trabalhadores multiplicadores, facilitadores das oficinas aplicadas, até a análise

crítica e avaliação dos participantes no decorrer de cinco anos através de

resultados que qualificam a eficiência e inovação da iniciativa.

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... 4

DEDICATÓRIA ............................................................................................................... 5

RESUMO .......................................................................................................................... 6

METODOLOGIA ............................................................................................................. 7

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9

CAPÍTULO I .................................................................................................................. 12

CARACTERIZAÇÃO DO PROGRAMA .................................................................. 12

OBJETIVOS ........................................................................................................... 12

CAPÍTULO II ................................................................................................................. 18

AÇÕES DESENVOLVIDAS ..................................................................................... 18

ETAPAS E RECURSOS ........................................................................................ 18

CAPÍTULO III ................................................................................................................ 28

EFICIÊNCIA E INOVAÇÃO .................................................................................... 28

RESULTADOS ...................................................................................................... 28

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 44

ANEXOS ........................................................................................................................ 46

ANEXO 1 ................................................................................................................... 47

PLANEJAMENTO/RESUMO - 2008 .................................................................... 47

ANEXO 2 ................................................................................................................... 48

COMUNICAÇÃO ENTRE FACILITADORES .................................................... 48

ANEXO 3 ................................................................................................................... 51

ILUSTRAÇÕES DE DEPOIMENTOS .................................................................. 51

ANEXO 4 ................................................................................................................... 52

TEXTOS DE MOTIVAÇÃO ................................................................................. 52

ANEXO 5 ................................................................................................................... 59

BANCO DE IDÉIAS DINÂMICAS ...................................................................... 59

ANEXO 6 ................................................................................................................... 61

RELAÇÃO DE VIDEOS ........................................................................................ 61

FONTES DE CONSULTAS .......................................................................................... 62

FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................... 63

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INTRODUÇÃO

Muito se tem falado e vivenciado em propostas de melhoria da qualidade

de vida nas instituições públicas visando contribuir no alcance de metas e na

consolidação do objetivo maior da administração pública como a redução de

gastos, de prazos de execução e o aumento de eficiência e eficácia

operacional para melhorar a qualidade dos serviços prestados.

Com o processo de treinamento, capacitação e integração das áreas

torna-se possível garantir o sucesso e envolvimento dos profissionais que além

da técnica necessitam apresentar o comprometimento institucional para a

realização das funções do estado no investimento econômico-social, seja na

saúde, educação ou justiça.

Devido ao envelhecimento da população e ao processo de urbanização

a participação dos gastos públicos no PIB se dá de forma crescente, gerando

uma compensação através da elevação tributária o que agrava o equilíbrio na

satisfação entre usuários e prestadores dos serviços públicos.

Há necessidade, portanto, de qualificar o atendimento público, dentro da

ética e transparência administrativa, através de acompanhamento e avaliação a

fim de se obter economicidade e eficiência nos gastos públicos e mudança

cultural com participação da sociedade no controle e fiscalização das políticas

públicas.

A Qualidade de Vida no Trabalho é uma importante ferramenta que visa

o bem-estar físico e mental dos colaboradores das organizações. Ela abrange

a satisfação com aspectos biológicos, psicológicos, sociais e organizacionais

de acordo com os modelos mais contemporâneos. E isso pode ser medido

analisando o nível de satisfação das variáveis de qualidade de vida no trabalho

(QVT) dos profissionais,

Podemos observar que pesquisas com os trabalhadores, através de

instrumentos próprios apontam para a satisfação nas variáveis biológicas e

satisfação parcial nos fatores sociais. As ações são no sentido de melhorar as

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práticas de QVT implementando programas estruturados com orçamentos

definidos para o desenvolvimento pleno do bem-estar organizacional.

É indiscutível a necessidade de sensibilização e valorização do servidor

público para consolidar o sentimento de pertencimento e comprometimento

junto às ações propostas para atenuar as causas dos problemas existentes na

implantação de políticas públicas.

Questões são colocadas de como informar e atualizar o servidor público

consolidando o desenvolvimento de recursos humanos.

Neste sentido podem-se destacar diversas ações que consolidadas

apresentam a prática saudável da integração e comprometimento no ambiente

de trabalho. Os programas de melhoria da qualidade de vida do trabalhador

estimulam e agregam profissionais, como exemplo, citamos os Programas do

Ministério da Saúde a seguir: Melhoria da Qualidade de Vida do Servidor e

MultiplicaSUS .

O Programa de Melhoria da Qualidade de Vida do Servidor, subordinado

à Coordenação Geral de Recursos Humanos, há mais de 10 anos vem

reunindo servidores no ambiente de trabalho para a prática sistemática de

atividades físicas, terapêuticas, artísticas e educativas durante o período de

trabalho, sem prejuízo às atividades laborativas, com participação voluntária.

O Programa MultiplicaSUS, há mais de 5 (cinco) anos com o propósito de criar

espaços e fornecer mecanismos que pudessem garantir a participação coletiva

e de co-gestão nos processos de trabalho do Ministério da Saúde – gestor

federal do Sistema Único de Saúde – um grupo de trabalho formado por

dirigentes, consultores e trabalhadores, numa adesão voluntária, se reuniram

para a construção de uma proposta alinhada com aquelas necessidades, no

intuito de enfrentar a alienação provocada pela fragmentação dos processos de

trabalho em saúde, especialmente, na esfera federal. Com o propósito, objetivo

e metodologia que traduziam a realidade e necessidade do Ministério de

estimular seus trabalhadores a atuar de forma cada vez mais criativa e

inovadora, e sensibilizá-los para a urgência de uma aprendizagem contínua na

busca de soluções para os problemas organizacionais, iniciou-se a primeira

turma do curso “(Re)Descobrindo o SUS que Temos, para Construirmos o SUS

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que Queremos”, seguido de outras ações que ampliaram e consolidaram os

objetivos de permitir a discussão e reflexão do cotidiano como:

(Re)Conhecendo o MS – visitas guiadas a diversas unidades do Ministério;

SUS em Cena – espaços onde as informações são passadas de forma lúdica;

Capacitações Pedagógicas e Rodas Temáticas – palestras realizadas por

trabalhadores do MS, além de curso a distância com Noções Básicas sobre o

SUS.

Esta monografia objetivando apresentar uma avaliação da aplicação do

curso (Re)Descobrindo o SUS que temos para construirmos o SUS que

queremos aos trabalhadores da esfera federal no Rio de Janeiro, desde 2005,

reúne os resultados percebidos através de depoimentos e avaliação dos mais

de 700 (setecentos) participantes a partir de desdobramento do binômio

conteúdo e metodologia aplicada, reforçando que programas de informação e

educação para trabalhadores, na forma de educação permanente, são agentes

de valorização do trabalhador.

Com a renovação do potencial de recursos humanos no serviço público

de saúde é imprescindível o acolhimento dos novos concursados e contratados

com a apresentação de todas as áreas e integração junto aos servidores ativos

para se obter tanto continuidade como implantação de novas rotinas e

mudanças previstas no programa de inovação gerencial.

Pode-se discutir e criticar que a partir de evidências plenas de satisfação

dos trabalhadores no encontro de respostas a questionamentos muitas vezes

antigos e duradouros – no campo de políticas públicas – estas ações sofrem

dificuldades para se institucionalizar, desprezando-se importante ferramenta

para potencializar o envolvimento de todos os atores sociais: profissionais,

gestores, parlamentares, sociedade civil nos grandes desafios para obtenção

de eficiência e transparência para melhor tratamento do cidadão, no exercício

dos direitos civis, como exemplo, a participação na área fiscal e na mudança

cultural.

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CAPÍTULO I

CARACTERIZAÇÃO DO PROGRAMA

OBJETIVOS

“Pegue os botões de rosa enquanto pode.

O tempo está voando. A estas horas, flores

que hoje riem, amanhã estarão mortas.”

Carpe diem

Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde

muitos trabalhadores da esfera federal não se reconheciam como

trabalhadores e construtores do SUS, desconhecendo o funcionamento do

Sistema. A complexidade do SUS, suas leis e normas e as dificuldades

enfrentadas para sua efetivação, principalmente do ponto de vista dos seus

princípios, fizeram dele um objeto “desconhecido” para alguns dos sujeitos que

nele operam. Assim sendo, desvendar o SUS e simplificar sua complexidade

tornou-se um desafio.

Com a identificação de trabalhadores que não se viam fazendo parte do

sistema nem da sua importância na implementação das referidas políticas,

houve motivação de um grupo de trabalhadores para juntos se mobilizarem

com a proposta de um projeto de informação e conhecimento que pudesse ser

realizada de trabalhador para trabalhador.

O Programa MultiplicaSUS nasce em 2003 no Ministério da Saúde,

como um projeto com a criação de espaços de discussão e reflexão visando

levar ao trabalhador “Noções básicas sobre o SUS”, para os trabalhadores do

Ministério da Saúde em Brasília. A proposta do projeto MultiplicaSUS teve

como primeira estratégia o curso (Re)Descobrindo o SUS, que visou numa

primeira etapa, criar um dispositivo de capacitação de multiplicadores de

conhecimentos sobre o SUS. A partir das demandas surgidas no curso, novas

ações foram incorporadas ao MultiplicaSUS, a exemplo das Rodas Temáticas -

palestras ministradas por especialistas, (Re)Conhecendo o MS - visitas

programadas às diversas áreas do MS, SUS em Cena - atividades lúdicas

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sobre o SUS, Curso Básico sobre o SUS à Distância - informações básicas

sobre o SUS via internet, e (Re)Vendo os Processos de Trabalho para o

Desenvolvimento Institucional, espaço de discussão e reflexão sobre processos

de trabalho.

Um dos marcos do projeto foi à descentralização das suas ações,

ocorrida em setembro de 2005, para os Núcleos Estaduais do Ministério da

Saúde nos 26 estados brasileiros, incluindo Anvisa, Funasa, ANS, Fiocruz,

Instituto Evandro Chagas, Centro Nacional de Primatas e Grupo Hospitalar

Conceição, disponibilizada em três grandes oficinas regionais, como eficiente

estratégia de fortalecimento e consolidação do MultiplicaSUS.

No dia 10 de março de 2006, foi publicada a Portaria n.º 509/GM, que

institucionalizou o MultiplicaSUS como programa do Ministério da Saúde e

atribuiu sua gestão ao Comitê Gestor, coordenado pelo dirigente da

Coordenação-Geral de Modernização e Desenvolvimento Institucional -

CGMDI, com representação de várias áreas do Ministério da Saúde, o que

mais uma vez lhe confere a característica de programa com participação de

todos aqueles que queiram contribuir para a melhoria do SUS, seja para a

reflexão constante dos seus processos, conhecimentos, seja pela integração e

interação permanente de todas as áreas num conciliar de idéias e caminhos

que promovam adesão de todos para a reconstrução, a cada dia, de um SUS

cada vez melhor.

Em 2005, são realizadas algumas turmas, com facilitadores de Brasília

no Rio de Janeiro e em outubro/2005 inicia-se a descentralização das ações

para todos os estados brasileiros realizando a primeira Oficina de Capacitação

Pedagógica no Rio de Janeiro para formação de facilitadores - trabalhadores

que houvessem participado do curso (Re)Descobrindo o SUS que temos para

construirmos o SUS que queremos - para continuidade da etapa regional,

permitindo que mais turmas fossem oferecidas gerando oportunidade de

disseminar o conhecimento e discussão dobre o SUS a mais trabalhadores.

A partir da descentralização das ações do Programa MultiplicaSUS, a

iniciativa de realização do curso “(Re)Descobrindo o SUS que temos para

construirmos o SUS que queremos” com conhecimentos básicos sobre o SUS,

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contempla um conteúdo discutido e construído coletivamente, propiciando uma

visão prático-crítica conectada com o contexto histórico-social do sistema de

saúde do Brasil. A metodologia utilizada é a problematização de Paulo Freire,

que centrada na reflexão do cotidiano, estimula a aprendizagem contínua,

promovendo a valorização dos trabalhadores e enfatizando o trabalho em

equipe.

A proposta para viabilizar a descentralização foi a implementação de 2

turmas piloto ainda em 2005 e a partir destas houve um planejamento anual

com a equipe de facilitadores do Rio de Janeiro estabelecendo uma meta para

2006 de 8 turmas e 200 participantes. O movimento se seguiu e novas metas

foram estabelecidas para 2007 de 20 turmas, 500 participantes, para 2008

outras 10 turmas para 250 participantes e para 2009 foram programadas 7

turmas para 175 participantes.

Os objetivos do (Re)Descobrindo o SUS são de situar os trabalhadores

em relação à organização de saúde na qual estão inseridos, conhecer e

analisar o processo histórico do sistema de saúde no Brasil, identificar o SUS

como um modelo legalmente constituído, seus avanços e dificuldades frente às

principais políticas e diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde. A partir

desses objetivos, espera-se ampliar a motivação e o comprometimento dos

trabalhadores com a instituição, além de propiciar atitudes proativas e

participativas nos seus processos de trabalho.

A iniciativa é voltada para os servidores e colaboradores do Ministério da

Saúde e órgãos vinculados.

No Rio de Janeiro, capital do Brasil por quase duzentos anos, este

público é superior a 20.000 trabalhadores ativos, situação potencializada em

relação aos outros estados. Para permitir implementar os princípios do SUS,

conforme a CF/1988, como principal diretriz houve a descentralização das

unidades federais – PAM’s e Hospitais Federais – a partir de 1996, quando os

trabalhadores federais lotados nestas unidades vivenciaram um desconforto e

descontentamento diante das mudanças. Deste modo, encontramos em todas

as instituições prestadoras de serviços de saúde, trabalhadores desmotivados

e desvalorizados, descrentes nas políticas propostas, necessitando de estímulo

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para juntos caminharem rumo à efetivação e implementação do SUS. Diante da

concentração de unidades no Rio, inclui além das representações federais

ANS, ANVISA, FUNASA, DATASUS, FIOCRUZ, as unidades assistenciais

INCA, INTO, INC e Hospitais Federais – HSE, HGB, HGJACAREPAGUÁ,

HLAGOA, HIPANEMA, HANDARAÍ, representando uma demanda potencial

para muitas ações do curso (Re)Descobrindo o SUS e outras ações do

Programa MultiplicaSUS que promove encontros de no máximo 25 pessoas,

com o requisito de mesclar tanto a categoria profissional como a unidade de

origem do trabalhador, permitindo o intercâmbio e a discussão do sistema

único de saúde em caráter geral e não específico de unidade-fim. Cada

unidade indica 3 participantes de categorias profissionais e escolaridades

variadas. As turmas são compostas por profissionais de saúde desde agentes

de saúde, agentes administrativos, técnicos de enfermagem, médicos,

enfermeiros, odontólogos e outros, inclusive gestores.

A demanda no Rio de Janeiro consta não só trabalhadores da esfera

federal como das esferas estadual e municipal, gerando o critério na formação

das turmas de no mínimo 60% das vagas para o pública federal e pelo menos 1

vaga para participantes sem vínculo, ou seja, não trabalhador do SUS, por

turma. Para exemplificar, os gráficos 1 e 2 apresentam a demanda por vínculo

e por unidade de origem do participante.

Gráfico1

(RE)DESCOBRINDO O SUS NO RIO DE JANEIRO - 2009 148 INSCRIÇÕES - 5 TURMAS REALIZADAS

DEMANDA POR VÍNCULO

FEDERAL61%

SESDEC22%

SMS14%

S/VÍNCULO2%

OUTROS1%

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Gráfico 2

O Programa já contou, ao longo dos 5 anos, com uma equipe de 42

facilitadores – trabalhadores das rede - treinados no Rio de Janeiro, onde 22

atuaram em pelo menos 1 turma do curso (Re)Descobrindo o SUS e o apoio da

equipe central em Brasília na Coordenação-Geral de Modernização e

Desenvolvimento Institucional – CGMDI do Ministério da Saúde - MS,

responsável pelo envio de material didático e da Coordenação de

Planejamento e Desenvolvimento em Recursos Humanos – CODER da

Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Saúde responsável

pela confecção dos certificados.

São os facilitadores que executam as ações, realizando contatos com as

unidades parceiras para cessão de espaço, divulgação com os horários das

turmas para os setores de Recursos Humanos das unidades, recebimento das

fichas de inscrição e montagem das turmas, com confirmação individual de

presença via telefone, requisição de material e comprovação do número de

inscritos para a equipe central em Brasília, confecção do relatório que inclui

avaliação do evento, solicitação e entrega dos certificados, realização de

reuniões para motivação, incentivo, atualização e adesão dos facilitadores,

através da confecção de relatórios de acompanhamento e análise das ações

Demanda 2008

não informado; 1 SMS/S.Gonçalo; 1 SMS/São J. da Barra; 1

DATASUS; 2

SMS/D.Caxias; 2 SMS/Nova Iguaçu; 5

s/vínculo; 7 SMS/Rio de Janeiro; 7

SESDEC; 8 DICON/RJ; 10

HOSPITAIS UNIVERS.; 12

INTO; 13 INCA; 16

HEMORIO; 22 HOSPITAIS ESTADUAIS; 42

HOSPITAIS FEDERAIS; 50

FIOCRUZ; 13

FUNASA; 20

Uni

dade

s

Nº de Inscrições

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realizadas e planejamento de ações futuras, assim como, requisição de apoio

logístico para a Divisão de Administração e Assessoria de Recursos Humanos

do NERJ - Núcleo Estadual do MS no Rio de Janeiro.

Diversas instituições cederam espaço para a realização dos cursos. São

nossos parceiros: NERJ, DATASUS, INCA, Hospital da Lagoa, Hospital dos

Servidores, Hospital Geral de Bonsucesso, Farmanguinhos/FIOCRUZ,

FUNASA, HEMORIO, UNIGRANRIO e SINTRASEF.

Gráfico 3

NOSSOS PARCEIROS52 TURMAS AGENDADAS DE 2005 A 2009

DATASUS; 11

FARMANGUINHOS; 1

SINDICATO; 2

FUNASA; 3

HEMORIO; 4

UNIGRANRIO; 4

NERJ; 9

INCA; 9

HOSP. FEDERAIS; 9

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CAPÍTULO II

AÇÕES DESENVOLVIDAS

ETAPAS E RECURSOS

O verdadeiro amor nunca se esgota.

Quanto mais se dá, mais se tem.

Desde o final de 2005 (outubro e novembro) foram iniciadas as ações do

Programa MultiplicaSUS, descentralizadas para o Rio de Janeiro, a saber:

• Oficina de Capacitação Pedagógica - 24h;

(Ação voltada para o Fortalecimento do Programa, formação de rede de

multiplicadores, promover a valorização dos trabalhadores, disseminar

conhecimentos sobre o SUS, história breve do Programa MultiplicaSUS.

Objetivos:

o Agregar novos multiplicadores para o Programa MultiplicaSUS.

o Favorecer a apropriação da metodologia e referencial pedagógico do

Programa MultiplicaSUS.

o Fomentar a reflexão sobre o papel do facilitador do Programa

o Promover espaço de valorização do trabalho e do trabalhador do

SUS.

Conteúdo:

o Metodologias educativas ativas e críticas: problematização.

o Papel do Facilitador de processos de ensino e aprendizagem com

foco no papel do facilitador do Programa MultiplicaSUS..

Público-Alvo: Trabalhadores de saúde da esfera pública federal.

As inscrições para esta atividade são realizadas mediante um convite

formalizando o compromisso com o voluntariado de acordo com o perfil

esperado de um multiplicador.

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PERFIL DO MULTIPLICADOR

O perfil desejável do multiplicador está identificado inicialmente com o

interesse e a disponibilidade para assumir o papel de instrutor/facilitador de

cursos, ou seja, em ser um educador para a saúde. A experiência anterior pode

contribuir, mas não é fundamental considerando as atribuições da maioria dos

interessados em serem multiplicadores.

Outra característica relevante é a iniciativa, capacidade de organizar,

divulgar e motivar os trabalhadores para participarem dos cursos. Boa

capacidade de articulação com outras áreas da instituição e com outras

instituições, e de fácil relacionamento interpessoal.

O Projeto demanda dedicação de tempo, portanto é desejável a

capacidade de liberar-se das atividades de rotina para dedicação às atividades

do Projeto, o que requer facilidade em planejar e delegar tarefas e negociar

com a chefia.

A formação de multiplicadores prevista neste Projeto de

Descentralização será de formar equipes em cada estado com representantes

de diferentes instituições do Ministério da Saúde. Isso requer capacidade de

trabalhar em equipe e de assumir responsabilidades para além da instituição

que atua.

O compromisso com a manutenção e expansão do Projeto também é um

pré-requisito para mantermos a qualidade conferida ao mesmo. Para tanto,

será imprescindível os atributos de responsabilidade, persistência, paciência,

criatividade e zelo. Como toda ação de educação pressupõe a comunicação, é

fundamental saber ouvir e respeitar as diferenças. Além de estudar, ler, desejar

ampliar os conhecimentos e almejar a qualificação profissional e dos serviços.

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• Curso (Re)Descobrindo o SUS que temos para construirmos o SUS que

queremos – 24h;

Propósito:

• Constituir um espaço de discussão e análise acerca do SUS,

identificando-o como um processo histórico e socialmente construído.

• Espaço onde os trabalhadores do Ministério da Saúde participam de

discussão e reflexão acerca do SUS.

Objetivos:

• Resgatar o lugar e a identidade dos participantes no contexto

organizacional.

• Situar os participantes em relação à organização de saúde na qual

estão inseridos.

• Conhecer e analisar o processo histórico de construção do sistema

de saúde no Brasil.

• Identificar o SUS como modelo legalmente constituído, seu

processo de construção, com os avanços e dificuldades.

• Identificar os desafios contemporâneos do SUS frente às principais

políticas e diretrizes propostas hoje pelo Ministério da Saúde.

Público-Alvo: Trabalhadores de saúde da esfera pública federal.

Conteúdo:

1. História das políticas de saúde no Brasil e a construção do SUS

2. O Sistema Único de Saúde: organização e implementação

3. Gestão Participativa e Controle Social no SUS

4. Diretrizes e Políticas do MS

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

21

• (Re)Conhecendo o MS – visitas ao Centro de Produção de

Medicamentos e à Plataforma Agroecológica de Fitomedicamentos -

Farmanguinhos/FIOCRUZ – 2008 e 2009– 4h.

Objetivos Gerais

• Agilizar os processos de trabalho por meio do conhecimento das ações

realizadas pelas diversas áreas do MS e do reconhecimento da

integralidade das mesmas no SUS;

• Elevar a auto-estima do trabalhador e o compromisso com o trabalho.

Objetivos Específicos

• Fortalecer as relações de cooperação e confiança entre os colegas de

trabalho e as áreas;

• Fomentar o respeito pelas áreas e processos de trabalho dos outros;

• Reconhecer a interdependência das ações e sua finalidade no SUS.

Em 2005, com a formação de 15 facilitadores na Oficina de Capacitação

Pedagógica planejou-se a realização de 2 turmas piloto do curso

(Re)Descobrindo o SUS em formatos diferenciados, uma no Hospital Geral de

Bonsucesso em 5 dias pela manhã, outra no Hospital dos Servidores em 3 dias

consecutivos e integrais.

Em reunião de planejamento anual com a equipe de facilitadores,

estabeleceu-se a meta de 200 participantes em 2006, com o agendamento de

8 turmas do curso (Re)Descobrindo o SUS, priorizando a centralização

geográfica para facilitar o acesso de trabalhadores de todos os bairros do Rio

de Janeiro.

Em 2006, houve a realização de outra oficina pedagógica em julho,

formando outros 15 facilitadores e a realização de 7 das 8 turmas agendadas.

Na reunião de planejamento anual de 2007, estabeleceu-se a meta de 500

participantes pretendendo-se realizar 20 turmas do curso (Re)Descobrindo o

SUS, sendo realizadas 19 turmas, que foram agendadas ao longo do período e

não houve oficina de formação de facilitadores.

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

22

O planejamento de 2008 foi de 5 turmas do curso (Re)Descobrindo o SUS

por semestre, para 250 participantes e uma oficina pedagógica para formação

de 12 facilitadores.

Em 2009, o planejamento inicial foi de 2 turmas por semestre devido à

disponibilidade de apenas um facilitador, havendo a reprogramação para 7

turmas com 175 participantes.

O movimento iniciado em novembro de 2005 com as duas primeiras turmas

descentralizadas reforçou o sentimento de uma ação resposta de tal forma que

se manteve o propósito para novas turmas contando com o apoio estrutural da

equipe de facilitadores. Desta forma, foram planejadas 8 turmas para serem

realizadas em 2006, das quais houve um cancelamento. Em 2007, foram

planejadas 20 turmas, sendo 19 realizadas, com média de 17 participantes. Em

2008, foram realizadas 2 turmas no Rio de Janeiro com 49 participantes e uma

turma em Campo Grande – MS com 24 participantes. Das 7 turmas planejadas

para 2009, 5 foram realizadas.

O quadro 1 mostra o aproveitamento da capacidade de turmas e vagas do

Curso (Re)Descobrindo o SUS oferecidas desde 2005 no Rio de Janeiro.

A eficiência pode ser conferida pela utilização da capacidade oferecida em

93% de inscrições e 70% comparecimento, conforme o quadro 1.

A iniciativa não é movida por qualquer gratificação de cunho monetária e

sim exclusivamente, pela conscientização e valorização das ações que venham

promover melhoria no Sistema Único de Saúde. É uma conquista,

desenvolvermos uma ação de capacitação dentro das instalações públicas,

cujo objetivo final é a melhoria da prestação de serviços públicos à população.

O quadro 2 apresenta o Balanço das Ações do Programa MultiplicaSUS

realizadas no Rio de Janeiro de 2005 a 2009, incluindo eventos como a Oficina

de capacitação pedagógica e o (Re)Conhecendo o MS.

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

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24

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Quadro 2

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A partir da descentralização do programa, em outubro de 2005, com a

capacitação pedagógica de multiplicadores no estado, houve a sensibilização

deste grupo de trabalhadores-multiplicadores, denominados pelo programa de

facilitadores, de tal forma que assumiram o papel proativo de criarem espaços

e permitirem a realização do curso (Re)Descobrindo o SUS, unicamente por

acreditarem nesta iniciativa a fim de contrapor o desamparo que se encontra o

público de trabalhadores na Saúde. O Programa descentralizado conta com a

equipe de facilitadores no Rio de Janeiro e o apoio da equipe central em

Brasília, na Coordenação-Geral de Modernização e Desenvolvimento

Institucional – CGMDI, Sub-Secretaria de Assuntos Administrativos – SAA, da

Secretaria Executiva – SE do Ministério da Saúde - MS, responsável pelo envio

de material didático e a confecção dos certificados é da responsabilidade da

Coordenação de Planejamento e Desenvolvimento em Recursos Humanos –

CODER da Coordenação-Geral de Recursos Humanos – CGRH/SAA/SE/MS.

São os próprios facilitadores que executam as ações, onde a equipe de

facilitadores do Núcleo Estadual no Rio de Janeiro centralizou a

operacionalização, realizando:

• Contatos com as unidades federais parceiras para cessão de espaço –

auditório com infra-estrutura áudio visual e cadeiras móveis, para

realização de cada turma com duração de 24h;

• Contatos com os facilitadores de outras unidades para verificar a

disponibilidade para assumir a condução da turma;

• Divulgação com os horários das turmas para os setores de Recursos

Humanos das unidades federais e solicitação de indicação de até 3

participantes de cada unidade;

• Recebimento das fichas de inscrição e montagem das turmas, com

confirmação individual de presença, via telefone;

• Requisição de material e comprovação do número de inscritos para a

equipe central em Brasília;

• Requisição de apoio logístico para a Divisão de Administração do NERJ

- Núcleo Estadual do MS no Rio de Janeiro – nosso maior parceiro -

para deslocamento do material para o local de realização do evento;

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

26

• Aplicação do curso;

• Confecção do relatório que inclui avaliação do evento;

• Solicitação e entrega dos certificados a posteriori;

Realização de reuniões para motivação, incentivo, atualização e adesão

dos facilitadores, através da confecção de relatórios de acompanhamento e

análise das ações realizadas e planejamento de ações futuras.

Na execução das ações do programa são utilizados recursos humanos,

materiais e tecnológicos.

A utilização de diversos espaços para a realização das oficinas gerou a

necessidade de compra de equipamentos para suporte ao conteúdo

áudiovisual. O processo de compras foi realizado pelo NERJ com recursos

liberados pela CGMDI em Brasília, e foram adquiridos equipamentos e material

de consumo para uso nas oficinas.

Recursos Humanos –

A equipe é composta por 4 facilitadores lotados no NERJ – Núcleo

Estadual do MS no Rio de Janeiro – para a operacionalização das ações

do Programa MultiplicaSUS no Rio de Janeiro, e outros 8 facilitadores

lotados em diversas unidades que se disponibilizam eventualmente para

aplicação das turmas do curso (Re)Descobrindo o SUS. Todos são

voluntários, não atuando exclusivamente no Programa – disponibilizam

parte de sua carga horária. Já atuaram 22 facilitadores, trabalhadores de

saúde, lotados em diversas unidades no Rio de Janeiro.

Recursos Materiais –

Materiais de Consumo:

1. Um CD com o conteúdo teórico e áudio-visual, utilizado em todas

as oficinas, criado e fornecido pela equipe central de Brasília;

2. Um kit individual de material didático composto por: apostila

contendo a programação e os textos utilizados como base de

discussão e reflexão; bolsa de nylon com logotipo do Programa,

crachá com logotipo para identificação, caneta e bloco para

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

27

anotações, broche e camiseta com o logotipo, para divulgação –

brinde - fornecido pela equipe central de Brasília;

3. Materiais diversos para uso em dinâmicas grupais - produzido e

preparado pela equipe de facilitadores do NERJ – Núcleo

Estadual do MS no Rio de Janeiro;

4. Cavalete e bloco para flip-chart, todos os impressos (formulários e

textos) e transporte de todo material até o local do evento são

fornecidos pelo Núcleo Estadual do MS no Rio de Janeiro –

NERJ.

Equipamentos:

1. Caixa de som amplificada com tripé, adquirida com recursos da

CGMDI/SAA/SE/MS;

2. Computador com leitor para DVD e Datashow - cedidos pelo

parceiro anfitrião.

O custo envolvido na iniciativa é de R$40,00 (quarenta reais) por kit,

centralizado em Brasília. De acordo com as metas previstas para o Rio de

Janeiro o montante foi de R$43.560,00 (quarenta e três mil e quinhentos e

sessenta reais) utilizados nos materiais fornecidos pela CGMDI, para formação

de 1089 participantes.

Só o amor constrói para a eternidade.

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

28

CAPÍTULO III

EFICIÊNCIA E INOVAÇÃO

RESULTADOS

As ações descentralizadas do Programa MultiplicaSUS buscam a

otimização dos recursos da própria instituição, tendo como base o voluntariado

na execução das ações, o aproveitamento dos espaços físicos. Dos recursos

usados, apenas os recursos materiais representam custos financeiros

significativos, visto que os recursos humanos e tecnológicos utilizados são da

própria instituição, o que dispensa gastos com locação de instalações físicas,

equipamentos, contratação de profissionais e alimentação. Além disso, a

atuação dos trabalhadores como voluntários gera aprendizado contínuo no

próprio ambiente institucional, característica da educação permanente, que tem

como objetivo a transformação do processo de trabalho.

A partir de 2005 houve o encadeamento das ações em 2006, 2007 até

2009 decorrentes das reuniões de planejamento anuais/semestrais. Das

reuniões de facilitadores decorreu atualização nas metas do período e

definição da escala de facilitadores para as turmas agendadas, além de

discussão do Boletim Eletrônico do Multiplicador e sugestão de participações

em ações paralelas de atualização dos facilitadores como a inscrição em uma

turma piloto do curso à distância “SUS: Cidadania e Saúde”, parceria CGMDI e

DATASUS, para validação do curso, com adesão de 4 facilitadores.

Em 2009, como nos anos anteriores, foi apresentado o Balanço de

Ações do Programa MultiplicaSUS – Rio com a participação de facilitadores e

ex-participantes – facilitadores potenciais – que demonstraram interesse e

sintonia com o perfil do multiplicador, para continuidade e planejamento do

pr´ximo período.

Como mecanismos ou métodos de monitoramento e avaliação de

resultados são utilizados os depoimentos dos participantes antes e depois da

ação, através de 2 instrumentos:

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

29

• Folha de Expectativas. Há no início do curso, a distribuição de um

formulário de expectativas, onde o participante expõe a sua expectativa em

relação ao curso e se auto-avalia, atribuindo uma nota na escala de 1 a 7

em relação aos conhecimentos do SUS. Após o curso, o mesmo formulário

é distribuído para preenchimento da resposta à pergunta: Suas expectativas

foram atendidas? – com a auto-avaliação sobre os conhecimentos do SUS;

• Avaliação Institucional. É subdividida em 10 itens, para avaliar parcialmente

o curso (metodologia, conteúdo e recursos instrucionais), as instalações, a

carga horária, a atuação dos facilitadores, a organização do evento e auto-

avaliação (atendimento de expectativas e apreensão de novos

conhecimentos), e avaliação global do evento;

• Há também uma avaliação chamada Humorômetro, onde é quantificado o

estado de humor do participante em cada dia, se Feliz, Médio ou Triste em

relação ao Curso, ao Grupo e a Si Próprio.

O resultado destas avaliações é acompanhado e analisado a fim de

promover melhoria para as próximas ações. Há propostas para avaliações

trimestrais ou semestrais e um encontro dos participantes de todas as turmas

com o propósito de verificar as mudanças refletidas, ainda não implementadas.

A adesão a outras ações como a visita guiada – (Re)Conhecendo o MS

– nas três edições tanto ao Centro de Produção de Medicamentos como à

Plataforma Agroecológica de Fitomedicamentos em Farmanguinhos –

FIOCRUZ, foi considerada como uma avaliação positiva.

A apreciação da Metodologia e Conteúdo Apresentado do curso foi

unanimemente positiva, o que contribuiu para a divulgação “boca-a-boca” entre

os trabalhadores que participaram de turmas anteriores, sugerindo que seus

colegas de trabalho também participassem com notório suspense, não

comentando detalhes ocorridos no curso para que todos se surpreendessem,

sendo muito gratificante.

A relação abaixo com a síntese das expectativas sinaliza a avaliação

dos participantes de forma qualitativa:

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Red

e de

A

ssis

tênc

ia (

tent

ar e

nten

der

um p

ouco

so

bre)

;

4.

Con

heci

men

to s

obre

ges

tão

dos

recu

rsos

de

saúd

e;

5.

Am

plia

r e

colo

car

em p

rátic

a os

co

nhec

imen

tos

sobr

e o

SU

S.

7 S

im.

O c

urso

foi

exc

elen

te,

cons

egui

r ex

por

todo

s os

con

ceito

s e

dire

triz

es,

polít

icas

e

norm

as d

o S

US

de

man

eira

cria

tiva,

did

átic

a e

com

a p

artic

ipaç

ão i

nteg

ral

de t

odos

. A

s at

ivid

ades

fo

ram

be

m

plan

ejad

as,

orga

niza

das

de

form

a co

m

que

todo

s os

pa

rtic

ipan

tes,

de

di

fere

ntes

ca

tego

rias

prof

issi

onai

s e

ambi

ente

s de

tr

abal

ho

cont

ribuí

ssem

par

a o

apre

ndiz

ado

de c

ada

um,

aprim

oran

do

e bu

scan

do

o co

nhec

imen

to.

O m

ais

impo

rtan

te d

e to

do o

cu

rso

foi

a in

tegr

ação

do

part

icip

ante

, co

m

as

dive

rgên

cias

de

ca

da

ser

hum

ano,

bu

scan

do n

o fin

al d

e tu

do o

mes

mo

obje

tivo:

M

elho

rar

a “S

aúde

” do

nos

so p

aís,

atr

avés

da

tr

oca

de

conh

ecim

ento

s e

busc

a pe

la

mud

ança

(m

elho

ria).

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

32

6.

4,5

anos

Sup

erio

r

28 a

30

/ mar

ço /

2007

2 A

dqui

rir c

onhe

cim

ento

s so

bre

as

prem

issa

s, p

ropó

sito

s e

func

iona

men

to

do S

US

, seu

s pr

inci

pais

pro

blem

as e

dific

ulda

des.

Rep

licar

par

a a

inst

ituiç

ão, n

oçõe

s bá

sica

s do

que

é o

SU

S e

com

o no

s in

serim

os n

ele,

espe

cial

men

te p

ara

novo

s gr

upos

de

trab

alha

dore

s qu

e ne

la in

gres

sam

.

1 P

enso

es

tar

apen

as

inic

iand

o m

eu

apre

ndiz

ado

sobr

e o

cená

rio d

a sa

úde

no

Bra

sil,

que

vai

cont

extu

aliz

ar

o S

US

. O

cu

rso

foi

mui

to r

ico

para

mim

, po

r te

r m

e tr

azid

o in

form

açõe

s e

conh

ecim

ento

s qu

e nã

o po

ssuí

a, p

elas

fac

ilita

dora

s e

troc

a co

m

este

gr

upo

tão

hete

rogê

neo,

o

que

foi

extr

emam

ente

lido

no

proc

esso

. C

om

cert

eza

min

has

expe

ctat

ivas

ini

ciai

s fo

ram

at

endi

das.

M

as,

com

o já

di

sse

isto

fo

i ap

enas

o c

omeç

o. O

bs: Diminui minha nota

porque descobri que tenho mais a aprender

do que acreditava antes do curso.

7.

1 an

o S

uper

ior

28 a

30

/ mar

ço /

2007

6 Q

ue

o cu

rso

trag

a um

ar

cabo

uço

teór

ico-

polít

ico

para

su

bsid

iar

uma

efet

iva

cons

truç

ão d

e sa

bere

s, a

fim

de

gara

ntir

o pr

oces

so

de

educ

ação

pe

rman

ente

, on

de

os

trab

alha

dore

s se

jam

su

jeito

do

se

u tr

abal

ho.

Par

a is

so,

a ho

rizon

taliz

ação

pod

e pe

rmea

r es

se

proc

esso

co

m

uma

disc

ussã

o ab

erta

e

prop

osíti

ca.

Esp

ero

disc

utir

“ges

tão

no S

US

” na

com

plex

idad

e qu

e o

tem

a ap

rese

nta.

E

es

pera

va

uma

part

icip

ação

tr

ansv

ersa

l co

m

os

três

se

gmen

tos

quai

s se

jam

: us

uário

s,

trab

alha

dore

s e

gest

ores

. M

as

inte

ress

ante

co

mo

tem

um

ca

ráte

r m

ultip

rofis

sion

al.

6,00001

Sim

. P

ude

perc

eber

os

dive

rsos

olh

ares

, as

di

vers

as

real

idad

es,

os

dive

rsos

av

anço

s,

retr

oces

sos

e de

safio

s e,

o

que

é m

ais

impo

rtan

te,

a vo

ntad

e e

a fo

rça

dos

trab

alha

dore

s qu

ando

rom

pem

com

a ló

gica

pr

odut

ivis

ta /

eco

nom

icis

ta /

adm

inis

trat

ivis

ta

e pe

nsam

o m

undo

do

trab

alho

, su

a pr

áxis

, o

SU

S a

vid

a.

Sai

o co

nvic

to

que

nós

trab

alha

dore

s,

usuá

rios,

ge

stor

es

– de

vem

os

dar

cont

inui

dade

e

efet

ivid

ade

à po

lític

a de

ed

ucaç

ão

perm

anen

te.

Poi

s as

sim

, po

dem

os c

onst

ruir

um S

US

mai

s hu

man

o,

em d

efes

a da

vid

a at

ravé

s do

enf

rent

amen

to

aos

inte

ress

es

obsc

uros

qu

e in

sist

em

na

tent

ativ

a de

luc

rar

com

o q

ue é

de

dire

ito

univ

ersa

l. E

ntão

dev

emos

dar

mai

s di

as à

vi

da o

u m

ais

vida

aos

dia

s. V

IVA

O S

US

! V

IVA

A V

IDA

!

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

33

8.

25 a

nos

Sup

erio

r 13

a 1

5 / j

un /

2007

5 1.

R

ecor

dar

a hi

stór

ia p

olíti

ca d

o S

US

; 2.

D

iscu

tir

o m

odel

o S

US

e

as

tend

ênci

as

atua

is

do

sist

ema

de

saúd

e;

3.

Iden

tific

ar q

ual o

pap

el d

o M

S e

do

s ge

stor

es e

stad

uais

e m

unic

ipai

s no

si

stem

a de

sa

úde

públ

ica

no

cont

exto

atu

al;

4.

Com

o se

o

finan

ciam

ento

da

s un

idad

es d

e sa

úde

do S

US

; 5.

D

iscu

tir

a va

loriz

ação

do

tr

abal

hado

r X

trab

alho

.

6 S

im.

Tod

os o

s ite

ns q

ue c

oloq

uei

com

o ex

pect

ativ

as f

oram

enf

ocad

as e

for

neci

dos

subs

ídio

s pa

ra o

ent

endi

men

to d

os o

bjet

ivos

do

SU

S.

Sen

ti-m

e es

colh

ida

(ape

sar

de t

er

vind

o es

pont

anea

men

te)

a en

trar

na

“Arc

a de

N

oé”

para

qu

e nó

s pa

rtic

ipan

tes,

de

pr

ofis

sões

, ár

eas

e lo

cais

de

trab

alho

tão

di

vers

os (

mes

mo

send

o to

dos

trab

alha

dore

s da

saú

de)

ajud

emos

a r

econ

stru

ir o

SU

S.

O

SU

S

é em

su

a co

ncep

ção,

pe

rfei

to,

prec

isa

que

faça

mos

a m

áqui

na fu

ncio

nar.

A

dinâ

mic

a de

gru

po d

o cu

rso

foi a

mel

hor

que

já v

i, de

ntre

tod

os o

s cu

rsos

que

fiz q

ue

utili

zara

m a

for

ma

part

icip

ativ

a. P

arab

éns

e m

uito

obr

igad

a.

9.

20 a

nos

P

ós-G

radu

ação

29

a 3

1 / o

utub

ro /

2007

5 -

conh

ecim

ento

de

co

ncei

tos

mai

s re

leva

ntes

e

reso

luçõ

es

atua

lizad

as;

- co

nhec

imen

to

das

prát

icas

na

s di

vers

as u

nida

des

de s

aúde

; -

posi

cion

amen

to

dos

prof

issi

onai

s da

sa

úde

em

rela

ção

aos

prob

lem

as e

vide

ncia

dos.

2 *O

bs:

Apó

s o

curs

o re

aval

io a

not

a in

icia

l: 1,

0 -

Tod

as

as

expe

ctat

ivas

re

laci

onad

as

inic

ialm

ente

fora

m a

tend

idas

.

- C

onsi

dera

ndo

a di

men

são

do c

onte

údo

rela

cion

ado

ao S

US

, en

tend

o qu

e ne

sta

fase

fin

al d

o cu

rso

sint

o-m

e ap

ta p

ara

reco

meç

ar.

10.2

0 an

os

Sup

erio

r

17 a

19

/ out

ubro

/ 20

07

5 -

Con

hece

r a

estr

utur

a,

form

as

de

trab

alho

(ge

stão

), a

ções

de

saúd

e do

S

US

, de

m

odo

a m

ultip

licar

es

te

conh

ecim

ento

na

min

ha U

nida

de.

- A

tual

izaç

ão d

os c

onhe

cim

ento

s

5 -

As

expe

ctat

ivas

fo

ram

at

endi

das,

m

as

deve

ha

ver

de

min

ha

part

e m

aior

pa

rtic

ipaç

ão

nas

deci

sões

a

part

ir de

ho

je.

- A

prof

unda

r m

eus

conh

ecim

ento

s co

m a

bi

blio

graf

ia a

pres

enta

da.

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

34

11.1

7 an

os

Sup

erio

r 26

a 2

8 / s

etem

bro

/ 20

07

2 E

sper

o ab

sorv

er o

máx

imo

poss

ível

e

cola

bora

r no

que

for

prec

iso

para

que

o

curs

o se

ja b

em a

prov

eita

do p

or to

dos.

Pod

er r

epas

sar

algo

de

bom

par

a os

cole

gas

que

não

tenh

am o

port

unid

ade

de r

ealiz

ar o

cur

so.

4 S

im! M

uito

mai

s do

que

esp

erav

a!

For

am

mui

tas

info

rmaç

ões

nova

s,

desc

onhe

cida

s, q

ue a

par

tir d

e ho

je d

ever

ão

ser

mai

s tr

abal

hada

s po

r m

im,

a fim

de

m

elho

r or

gani

zar

toda

s es

tas

info

rmaç

ões.

D

o m

odo

que

tudo

foi

apr

esen

tado

par

ece

ser

tudo

m

uito

cil,

mas

na

pr

átic

a,

fica

real

men

te m

uito

difí

cil,

mas

vam

os t

enta

r.

Não

de

vem

os

desi

stir,

se

m

pelo

m

enos

te

ntar

!

Foi

mui

to b

om c

onhe

cer

as e

xpec

tativ

as e

ex

periê

ncia

s do

s co

lega

s.

12.3

ano

s S

uper

ior

Inco

mpl

eto

15 a

17

/ ago

sto

/ 200

7

2 •

Con

hece

r m

elho

r o

SU

S;

• T

roca

r ex

periê

ncia

s e

vivê

ncia

s co

m

os

outr

os

part

icip

ante

s e

faci

litad

ores

; •

Con

trib

uir

mai

s,

a pa

rtir

dos

conh

ecim

ento

s ad

quiri

dos

no

curs

o;

• T

er

mai

s fa

cilid

ade

em

disc

utir

e fa

lar

sobr

e o

SU

S n

o am

bien

te d

e tr

abal

ho e

fora

del

e.

6 S

im e

mui

to!

Ado

rei

a di

dátic

a, o

mat

eria

l di

dátic

o, o

for

mat

o e

as d

inâm

icas

do

curs

o.

Aqu

i se

apre

nde

“viv

enci

ando

” e

ente

nden

do

o qu

e é

o S

US

, co

mo

esta

mos

ins

erid

os

(ond

e),

o fu

ncio

nam

ento

, en

fim,

conh

ecim

ento

s qu

e m

e aj

udar

ão n

a m

inha

vi

da

prof

issi

onal

e

pess

oal

com

o pe

ssoa

pe

nsan

te e

for

mad

ora

de o

pini

ão c

rític

a. S

ó ag

ora

ente

ndi c

omo

poss

o at

uar

e ex

erce

r a

min

ha c

idad

ania

nes

ta á

rea

tão

com

plex

a e

mar

avilh

osa

que

todo

s ne

cess

itam

. Afinal, mão

s que cu

ram, m

ão de luz.

13.2

7 an

os

Ens

ino

Méd

io

28 a

30

/ nov

/ 20

07

5 F

orm

ação

e

ter

conh

ecim

ento

do

SU

S.

“Que

SU

S é

ess

e?”

7 S

uper

ou

toda

s as

m

inha

s ex

pect

ativ

as.

Por

que

foi

a m

elho

r di

nâm

ica

que

eu

part

icip

ei.

Par

abén

s!

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

35

14.3

2 an

os

Sup

erio

r 17

a 1

9 / o

utub

ro /

2007

7 A

bus

ca é

de

satis

faze

r a

ansi

edad

e (a

nsei

os),

em

te

r o

SU

S

com

o um

pr

odut

o ac

abad

o;

um

serv

iço

com

of

erta

de

qual

idad

e; u

ma

redu

ção

da

viol

ênci

a a

que

se e

xpõe

o t

raba

lhad

or

do S

US

, qu

ando

no

serv

iço

de p

onta

o ag

redi

dos

e m

orto

s, p

or f

alta

de

cond

içõe

s de

tr

abal

ho,

insu

mos

ou

m

edic

ação

. E

u qu

ero

cont

ribui

r pa

ra

ser

valo

rizad

a co

mo

os t

raba

lhad

ores

do

s se

tore

s ec

onôm

icos

da

estr

utur

a de

go

vern

o.

Dur

ante

to

do

exer

cíci

o la

bora

l, se

mpr

e fu

i de

sval

oriz

ada

ou

sube

stim

ada

no

sist

ema

que

dou

gran

de p

rodu

tivid

ade.

Iss

o é

assé

dio

mor

al!

5 O

cur

so é

exc

elen

te, p

reci

sa c

hega

r at

é 90

%

dos

trab

alha

dore

s en

volv

idos

no

(c

om)

sist

ema.

Q

uant

o à

ansi

edad

e es

acal

enta

da,

brot

aram

no

vas

expe

ctat

ivas

,

que

entr

aram

em

con

flito

com

a r

esis

tênc

ia e

os d

esaf

ios

novo

s qu

e br

otar

am n

a m

inha

cabe

ça.

15.2

mes

es

Sup

erio

r 29

a 3

1 / o

utub

ro /

2007

4 1.

A

mpl

iar

conh

ecim

ento

s so

bre

o S

US

; 2.

R

econ

hece

r fr

agili

dade

s e

opor

tuni

dade

s do

S

US

na

at

ual

gest

ão d

o M

S;

3.

Iden

tific

ar

ferr

amen

tas

aplic

ávei

s em

m

eus

limite

s de

at

uaçã

o pr

ofis

sion

al

e vo

lunt

ária

qu

e co

ntrib

uam

par

a a

cons

olid

ação

do

SU

S;

4.

Par

tilha

r co

m

as

dem

ais

expe

riênc

ias

em

Ges

tão

Par

ticip

ativ

a.

5 S

im,

toda

s as

m

inha

s ex

pect

ativ

as

fora

m

cont

empl

adas

pe

lo

curs

o.

No

enta

nto

perc

ebi a

inda

mai

s o

quan

to a

inda

res

ta-m

e

a co

nhec

er.

Ach

o qu

e m

e de

i um

a no

ta

inic

ial a

lta d

emai

s. V

ou c

ontin

uar

aten

ta e

à

disp

osiç

ão

de

novo

s cu

rsos

, fó

runs

e

atua

lizaç

ões.

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

36

1.

2 an

os

Sup

erio

r 13

a 1

5 / j

un /

2007

5 O

S

US

é

cons

ider

ado

com

o um

a gr

ande

con

quis

ta fr

uto

do p

roce

sso

de

rede

moc

ratiz

ação

do

país

e d

o pr

ojet

o R

efor

ma

San

itária

. P

orém

, ai

nda

não

nos

apro

pria

mos

de

le

com

o de

verí

amos

, nó

s ci

dadã

os b

rasi

leiro

s,

e pr

inci

palm

ente

os

pr

ofis

sion

ais

de

saúd

e qu

e at

uam

no

S

US

e

o de

scon

hece

m

em

seus

pr

incí

pios

e

dire

triz

es. E

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Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

37

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38

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Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

Considerados os

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a nota média superior a 5 DEPOIS do curso

es consideram que ampliaram conhecimentos

ltados da Auto-Avaliação e das Expectativa

rticipantes e o alcance dos objetivos do curso.

Gráfico 4

or esclarecer este grau de satisfação com

ixo alguns relatos onde se pode perceber q

o da nota, há uma justificativa e uma ava

umento da nota com atendimento parcial das

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Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

40

Relato 1 - Tempo de Serviço no MS:12 meses

Nível de escolaridade: Superior

Traz a busca de estratégias para a operacionalização e vê a resposta na sua

própria ação diária. Aumento da Nota.

Expectativas ao iniciar o curso / Nota: Antes: 3 Depois: 4,5

“Troca de conhecimentos / Busca de estratégias de operacionalização /

Adequar o conhecimento à prática diária.”

Foram atendidas ao final do curso?

“As minhas expectativas foram atendidas, porém de maneira diferente que eu

imaginava. Julguei que receberia algo que me faltava, algo que eu não

possuía. Para minha surpresa, as estratégias e os conhecimentos que

necessito para “praticar” o SUS no meu dia-a-dia estão em mim: na medida da

minha dedicação, responsabilidade, engajamento e vontade de “ser” o SUS, eu

creio. Obrigada.”

Relato 2 - Tempo de Serviço no MS: 28 anos

Nível de escolaridade: Superior

Embora se refira ao não atendimento de todas as expectativas denota o

aumento de conhecimento e o estímulo para aprofundar. Aumento da Nota.

Expectativas ao iniciar o curso / Nota: Antes: 3 Depois: 6

“Conhecer a forma estrutural e organizacional do SUS; Direitos dos usuários do

SUS em sua plenitude; Deveres dos que prestam serviços ao SUS; Que

serviços o SUS prestam aos seus usuários?”

Foram atendidas ao final do curso?

“Não, nem todas. Entretanto obtive uma visão do SUS e sua amplitude. O

que mais me chamou atenção foi o enfoque da “participação” do grupo e no

controle social. Outro item que despertou minha curiosidade foi o “pacto pela

vida” o qual irei informar com detalhe.”

Relato 3 - Tempo de Serviço no MS: 4,5 anos

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

41

Nível de escolaridade: Superior

Exprime a vontade de multiplicar o conteúdo e valoriza a troca de experiências

obtidas mediante a heterogeneidade da composição da turma. Diminui a Nota.

Expectativas ao iniciar o curso / Nota: Antes: 2 Depois: 1

“Adquirir conhecimentos sobre as premissas, propósitos e funcionamento do

SUS, seus principais problemas e dificuldades. Replicar para a instituição,

noções básicas do que é o SUS e como nos inserimos nele, especialmente

para novos grupos de trabalhadores que nela ingressam.”

Foram atendidas ao final do curso?

“Penso estar apenas iniciando meu aprendizado sobre o cenário da saúde no

Brasil, que vai contextualizar o SUS. O curso foi muito rico para mim, por ter

me trazido informações e conhecimentos que não possuía, pelas facilitadoras e

troca com este grupo tão heterogêneo, o que foi extremamente válido no

processo. Com certeza minhas expectativas iniciais foram atendidas. Mas,

como já disse isto foi apenas o começo. Obs: Diminui minha nota porque

descobri que tenho mais a aprender do que acreditava antes do curso.”

Relato 4 - Tempo de Serviço no MS: 25 anos

Nível de escolaridade: Superior

Relaciona um amplo leque de expectativas e contempla com satisfação o alcance e o

reconhecimento da metodologia. Aumento da Nota.

Expectativas ao iniciar o curso / Nota: Antes: 5 Depois: 6

1. Recordar a história política do SUS;

2. Discutir o modelo SUS e as tendências atuais do sistema de saúde;

3. Identificar qual o papel do MS e dos gestores estaduais e municipais no

sistema de saúde pública no contexto atual;

4. Como se dá o financiamento das unidades de saúde do SUS;

5. Discutir a valorização do trabalhador X trabalho.

Foram atendidas ao final do curso?

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

42

“Sim. Todos os itens que coloquei como expectativas foram enfocadas e

fornecidos subsídios para o entendimento dos objetivos do SUS. Senti-me

escolhida (apesar de ter vindo espontaneamente) a entrar na “Arca de Noé”

para que nós participantes, de profissões, áreas e locais de trabalho tão

diversos (mesmo sendo todos trabalhadores da saúde) ajudemos a reconstruir

o SUS. O SUS é em sua concepção, perfeito, só precisa que façamos a

máquina funcionar. A dinâmica de grupo do curso foi a melhor que já vi, dentre

todos os cursos que já fiz que utilizaram a forma participativa. Parabéns e

muito obrigada.”

Considerado o resultado da Avaliação Institucional, o quadro 3

apresenta a consolidação das avaliações aplicadas no final de cada turma que

aponta para uma aprovação – itens avaliados como Excelente e Bom e

satisfação acima de 90% em média para todos os itens. Observa-se que os

dois itens com menor aprovação referem-se a Carga Horária, com sugestões

de aumento e as Instalações, que ao longo dos variados espaços utilizados

foram encontradas algumas dificuldades.

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

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Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

44

44

CONCLUSÃO

Com as ações do MultiplicaSUS todos os participantes se empenham em

torná-lo um programa em cujo bojo se encontram todos os trabalhadores da saúde

que sonham com um SUS melhor, um SUS que dá certo.

Esta mobilização vem possibilitando a superação das concepções tradicionais

de educação e construindo uma cultura crítica entre os profissionais do MS, capaz

de levar adiante práticas inovadoras e ativas.

Como ilustração tem-se um depoimento enquanto resposta à pergunta:

- Suas expectativas foram atendidas?

“Sim, em parte. A expectativa em ver o SUS acontecer nas unidades

com a agregação maior entre os profissionais continua, mas o curso mexe

com a gente... Nos faz pensar e trocar... renovando nossos desejos, às vezes,

abafados pelo cotidiano.

Acredito em iniciativas assim, no poder de mudança que podem gerar

nas pessoas e instituições.

Aprendi muitas coisas que ainda não conhecia (conteúdo). O

acolhimento entre os membros do grupo, o trabalho em equipe, foram

exercitados com alegria e vontade de aperfeiçoamento, pensando sempre no

usuário dos serviços de saúde. Precisamos transportar esse “clima” para

as unidades e para a formação de todos os profissionais de saúde.”

Um sério obstáculo é a baixa adesão por parte dos gestores, gerando

dificuldade na liberação dos participantes. Como solução e estratégia utiliza-se a

comunicação entre trabalhadores, com a equipe de facilitadores dispersa por várias

unidades, mantendo o reforço da divulgação através de convites por e-mails para os

setores de recursos humanos e diretores, assim como cartazes e divulgação nas

intranets das unidades; a participação em eventos nas unidades com o Minuto

MultiplicaSUS - uma palestra sucinta com a apresentação do programa; a criação de

uma lista de e-mails para divulgação da programação.

A maioria dos participantes se inscreve porque ouviu falar sobre o curso de

uma forma emocionada que os convenceu a participar também. Os participantes

chegam muito curiosos e receptivos diante da “propaganda” que ouviram. Algumas

lições foram aprendidas, como estabelecer critérios para definição do número

Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

45

45

mínimo inscrições, para a realização de turmas e o uso de folha de presença a cada

turno, durante os 3 dias de curso.

Como fatores críticos de sucesso pode-se apontar a superação das

expectativas dos participantes denota que a metodologia utilizada traz resultados

palpáveis assim como a troca de vivências e experiências propiciada pela

heterogeneidade das turmas na construção coletiva do conhecimento, o que

estimula o diálogo entre funcionários e a instituição, possibilitando aos trabalhadores

se identificarem no contexto organizacional, conhecendo as políticas prioritárias e

programas do MS. Este método, participativo e inclusivo, permite o envolvimento das

pessoas e leva o indivíduo ao desenvolvimento de habilidades.

A geração de espaços de criatividade e inovação, focados para a saúde

pública e processos de trabalho do Ministério da Saúde, como o (Re)Descobrindo o

SUS, possibilita desenvolver uma teia de parceiros, contatos e alianças para

desempenhar um bom trabalho público. Este formato de gestão, baseado em redes,

desafia o modelo tradicional e hierárquico de governo para um formato que promove

a cooperação entre colegas de trabalho.

Sabe-se que constantemente novas necessidades serão demandadas pelos

colaboradores do Ministério da Saúde e, com a dinamicidade do programa

MultiplicaSUS, pretende-se contemplá-las, tendo sempre como meta a contribuição

na consolidação desse sistema de saúde plural, equânime e universal.

Ainda que as metas tenham sido atendidas em 70% observa-se que a

aceitação, aprovação pelos participantes foi totalmente gratificante para a equipe

que participa deste projeto.

Atualmente examina-se a possibilidade de inclusão do Programa

MultiplicaSUS na Programação Anual de Capacitação – PAC - na área de

desenvolvimento de Recursos Humanos, para continuidade de suas ações.

Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

46

46

ANEXOS

A fim de dar visibilidade ao trabalho realizado nas oficinas do Programa

MultiplicaSUS no Rio de Janeiro, estão anexados na sequência do desenvolvimento

dos módulos do curso (Re)Descobrindo o SUS que temos para construirmos o SUS

que queremos, o resumo do planejamento, instrumento com exemplo de

acompanhamento e gestão, ilustrações de depoimentos e alguns dos textos que

compõem o material didático utilizado, excetuando-se a apostila.

Anexo 1 >> Planejamento-Resumo - 2008; Anexo 2 >> Comunicação entre Facilitadores; Anexo 3 >> Ilustrações de Depoimentos Anexo 4 >> Textos de Motivação; Anexo 5 >> Banco de Idéias Dinâmicas; Anexo 6 >> Relação de vídeos apresentados – didáticos e motivação.

Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

47

47

ANEXO 1

PLANEJAMENTO/RESUMO - 2008

Curso Descentralizado no Rio de Janeiro

(Re)Descobrindo o SUS que temos

para construirmos o SUS que queremos

Local: DATASUS Facilitadoras: Ana Maria e Silvia Faria.

24/nov 25/nov 26/nov 1. Apresentação – 2. Expectativas; 3. Apresentação do

Conteúdo Apostila; 4. Pacto de

Compromisso de Convivência;

Módulo I [15 slides] Texto: A Folha Dinâmica: Árvore Organograma do MS: Quebra-Cabeça e Continuação do ppt. Vídeo: Hino Nacional

Dinâmica: Vista cansada Módulo III - (Resgate) ppt 3 [20 slides]

Módulo IV – apostila SEM TEXTO Grupos para Discussão:

1. Como você entende a organização do SUS;

2. Qual o papel do MS, Estados e Municípios?

Plenária ppt 4 [11 slides] COM LEITURA DE TEXTO Módulo V - apostila Avanços e dificuldades do SUS

Dinâmica: Notícia do Celso Módulo VI - (Resgate) ppt 6 [10 slides] Módulo VII – apostila Leitura e debate sobre o texto:

• “Diretrizes sobre a Reformulação dos Modelos de Gestão e de Atenção à Saúde - O Papel do MS”

Discussão dos pontos considerados relevantes ppt 7 [18 slides] Video: Pacto pela Saúde [16 min] ppt 8 [19 slides]

A L M O Ç O SEM GRUPOS: Módulo II – apostila

• Você sabia... • Balanço Ações

SUS ppt [10 slides] EM GRUPOS Módulo III - apostila Leitura- período histórico Síntese em Flip-chart Apresentação plenária Vídeo [60 min] – Políticas de Saúde do Brasil

Vídeo: Campanha Doação de Órgãos Módulo V – Discussão e Apresentação em plenária Dinâmica: Cartões Fechamento ppt 5 [18 slides] Módulo VI – apostila SEM TEXTO

• Gestão Participativa Discussão e apresentação em plenária. Material: Cordel Video: HumanizaSUS - PNH

Filmes: Analogia do SUS Dinâmica: LEGO; Discussão: valorização do trabalho em Equipe. Módulo VIII – apostila

• Avaliação: Trabalhar as Expectativas: Plenária. Encerramento: Texto: Precisa-se e distribuição das folhas da árvore

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ANEXO 2

COMUNICAÇÃO ENTRE FACILITADORES

Programa MultiplicaSUS - Rio – 2008

REUNIÃO DE FACILITADORES - 17/julho/2008

OUÇO E ESQUEÇO;

VEJO E RECORDO;

FAÇO E COMPREENDO".

Confúcio

PAUTA:

Parte da manhã:

Informes - reuniões agendadas para agosto/2008;

Estão agendadas 2 turmas do (Re)Descobrindo o SUS, uma na FUNASA 12 a 14 de

agosto (5 inscrições até agora) e outra no HSE 27 a 29 de agosto (nenhum inscrito).

Boletim Eletrônico do Multiplicador;

Apresentamos a situação do MultiplicaSUS nos estados, ressaltamos a incorreção dos

dados do RJ, já solicitada, e evidenciamos que o número de turmas realizadas no RJ é

muito aquém do necessário para sensibilização e conscientização dos servidores ativos

em nosso estado.

Verificação da lista nacional de multiplicadores;

Verificamos que nem todos os facilitadores estão inseridos na lista nacional de e-mails

de multiplicadores, pois não receberam o boletim eletrônico do Multiplicador. Não

sabemos quantos, pois não recebemos nenhum comentário dos facilitadores que

compõem o cadastro de facilitadores do RJ.

Análise do folder;

Discutimos sobre a possibilidade de utilizar o folder na divulgação das turmas

principalmente para os gestores, mas esbarramos na relação de multiplicadores, pois

não sabemos exatamente quantos se disponibilizam...

SUS: Saúde e Cidadania - Curso à Distância;

Recebemos um convite do DATASUS para indicação de 3 nomes para participação da

turma piloto deste curso, com previsão de abertura de turmas em meados de agosto.

Cadastro de Facilitadores do Programa MultiplicaSUS no Rio

Contam 5 facilitadores de 2005, 7 de 2006 e 12 de 2008. Total: 24 facilitadores.

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Refletimos que se todos colaborassem, participando de uma turma do (Re)Descobrindo

o SUS, em dupla, poderíamos oferecer pelo menos outras 12 turmas para o RJ ainda

em 2008.

Recapitula Capacitação Pedagógica:

Convidamos para a reunião (recebemos a confirmação de presença) alguns colegas

que não puderam comparecer na oficina de capacitação pedagógica, em abril, e

preparamos uma apresentação aos moldes da Cap. Pedag. de 8h da Guadalupe.

Preparamos para leitura os textos Quarta Carta - Paulo Freire, Tendências

Pedagógicas, os vídeos e o ppt sobre o perfil do facilitador.

Quarta Carta - Paulo Freire

Vídeos: The Wall e Sociedade dos poetas mortos

Apresentação ppt (perfil do facilitador)

Planejamento 2º semestre

Agendaremos mais uma turma em setembro - local a confirmar;

Providenciaremos outro (Re)Conhecendo o MS - a confirmar local e data;

Confirmados facilitadores das turmas de agosto:

Ana e Silvia - turma FUNASA - 12 a 14 de agosto;

Ana, Claudio e Sônia assumirão a turma do HSE (27 a 29 de agosto).

Parte da Tarde:

Simulação Oficina (Re)Descobrindo o SUS:

Preparamos uma simulação com a leitura da proposição do módulos (apostila amarela)

e reflexões a partir de comentários e apresentação dos slides.

Lembramos que também pensamos em desistir da nossa "1ª turma", em 2005, e hoje

entendemos que se não tivéssemos a 1ª vez, não estaríamos tão à vontade para

participar como facilitador de outras tantas que vieram.

Documento de Referência do MultiplicaSUS

Apostila

Módulos Comentados

Ilustrações

Quando um dia a fortaleza da razão centrada no sujeito for

demolida, também desabará o logos, que sustentou por muito

tempo a interiorização protegida pelo poder, oca por dentro e

agressiva por fora. O logos terá, então, de render-se ao seu outro, seja este qual for.

JÜRGEN HABERMAS

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Trouxemos uma mensagem-ilustração que nos foi enviada pela colega Ozana,

ao apagar das luzes do expediente de 16/julho, que nos traz a reflexão de movimento

dos mares, das ondas que vão e vem, sempre podemos voltar e ocupar um espaço que

em outro momento ocupamos, em nosso caso: o espaço de facilitador do Programa

MultiplicaSUS.

O intuito desta reunião foi o de nos atualizar para continuação das ações deste

programa.

A mensagem:

DOIS JEITOS DE OLHAR

Clarice Lispector

Não te amo mais.

Estarei mentindo dizendo que

ainda te quero como sempre quis.

Tenho certeza que

nada foi em vão.

Sinto dentro de mim que

você não significa nada.

Não poderia jamais dizer que

alimento um grande amor.

Sinto cada vez mais que

já te esqueci.

E jamais usarei a frase

EU TE AMO!!!

Sinto, mas tenho que dizer a verdade,

É tarde demais...

(agora leia de trás para frente!)

Aguardaremos o contato e confirmação de recebimento deste

relato, por e-mail ou pelo telefone.

Aquele abraço!!!!

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ANEXO 3

ILUSTRAÇÕES DE DEPOIMENTOS

Relato 1

Tempo de Serviço no MS: 1 ano/Nível de escolaridade: Especialização

Várias expectativas são elencadas no início do curso e ao final, o relato de

surpresa com a metodologia e

superação das expectativas –

Aumento da Nota.

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ANEXO 4

TEXTOS DE MOTIVAÇÃO

TEXTO 1: A FOLHA No livro A História de Uma Folha, Leo Buscaglia demonstra grande

sensibilidade, em um texto simples e sábio. Leia a adaptação feita para esse exercício com tranqüilidade. Sinta-se a folha.

Deixe extravasar seus sentimentos.

Era uma vez uma folha, que crescera muito. A parte intermediária era larga e

forte, as cinco pontas eram firmes e afiladas.

Surgira na primavera, como um pequeno broto num galho grande, perto do topo

de uma árvore alta.

A folha estava cercada por centenas de outras folhas, iguais a ela. Ou pelo

menos assim parecia.

Mas não demorou muito para que descobrisse que não havia duas folhas iguais,

apesar de estarem na mesma árvore. Alfredo era a folha mais próxima. Mário era a

folha à sua direita. Clara era a linda folha por cima. Todos haviam crescido juntos.

Aprenderam a dançar à brisa da primavera, a se esquentar indolentemente ao sol do

verão, a se lavar na chuva fresca.

Mas Daniel era seu melhor amigo. Era a folha maior no galho e parecia que lá

estava antes de qualquer outra. A folha achava que Daniel era também o mais sábio.

Foi Daniel quem lhe contou que eram partes de uma árvore. Foi Daniel quem explicou

que estavam crescendo num parque público. Foi Daniel quem revelou que a árvore

tinha raízes fortes, escondidas na terra lá em baixo. Foi Daniel quem falou dos

passarinhos que vinham pousar no galho e cantar pela manhã. Foi Daniel quem contou

sobre o sol, a lua, as estrelas e as estações.

Fred adorava ser uma folha. Amava o seu galho, os amigos, o seu lugar bem

alto no céu, o vento que o sacudia, os raios do sol que o esquentavam, a lua que o

cobria de sombras suaves.

O verão foi excepcionalmente ameno. Os dias quentes e compridos eram

agradáveis, as noites suaves eram serenas e povoadas por sonhos.

Muitas pessoas foram ao parque naquele verão. E sentavam sob as árvores.

Daniel contou à folha que proporcionar sombra era um dos propósitos das árvores.

O que é um propósito?-perguntou a folha.

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Uma razão para existir - respondeu Daniel.

-Tornar as coisas mais agradáveis para os outros é uma razão para existir.

Proporcionar sombra aos velhinhos que procuram escapar do calor de suas casas é

uma razão para existir. Oferecer um lugar fresco onde as crianças possam brincar.

Abanar as pessoas que vêm fazer piqueniques, com suas toalhas quadriculadas.

Tudo isso são razões para existir.

A folha tinha um encanto todo especial pelos velhinhos. Sentavam em silêncio

na relva fresca, mal se mexiam. E quando conversavam era aos sussurros, sobre os

tempos passados.

As crianças também eram divertidas, embora às vezes abrissem buracos na

casca da árvore ou nela esculpissem seus nomes. Mesmo assim, era divertido

observar as crianças. Mas o verão da folha não demorou a passar. E chegou ao fim

numa noite de outubro. A folha nunca sentira tanto frio. Todas as outras folhas

estremeceram com o frio. Ficaram todas cobertas por uma camada fina de branco,

que num instante se derreteu e deixou-as encharcadas de orvalho, falseando ao sol.

Mais uma vez, foi Daniel quem explicou que haviam experimentado a primeira geada,

o sinal de que era outono e que o inverno viria em breve.

Quase que imediatamente, toda a árvore, mais do que isso, todo o parque, se

transformou num esplendor de cores. Quase não restava qualquer folha verde. Alfredo

se tornou de um amarelo intenso. Mário adquiriu um laranja brilhante. Clara virou de

um vermelho ardente. Daniel estava púrpura. E a folha ficou vermelha, dourada e

azul. Todos estavam lindos. A folha e seus amigos converteram a árvore num arco-

íris.

- Por que ficamos com cores diferentes, se estamos na mesma árvore? -

perguntou a folha.

- Cada um de nós é diferente. Tivemos experiências diferentes. Recebemos o sol

de maneira diferente. Projetamos a sombra de maneira diferente. Por que então não

teríamos cores diferentes?

Foi Daniel, como sempre, quem falou. E Daniel contou ainda que aquela estação

maravilhosa se chamava outono. E um dia aconteceu uma coisa muito estranha. A

mesma brisa que, no passado, os fazia dançar começou a empurrar e puxar suas

hastes, quase como se estivesse zangada. Isso fez com que algumas folhas fossem

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arrancadas de seus galhos e levadas pela brisa, reviradas pelo ar, antes de caírem

suavemente ao solo.

Todas as folhas ficaram assustadas.

- O que está acontecendo? - perguntaram umas às outras, aos sussurros.

- É isso o que acontece no Outono - explicou Daniel. - É o momento em que as

folhas mudam de casa. Algumas pessoas chamam isso de morrer.

- E todos nós vamos morrer? Perguntou a folha.

- Vamos, sim - respondeu Daniel. - Tudo morre. Grande ou pequeno, fraco ou

forte, tudo morre. Primeiro, cumprimos a nossa missão. Experimentamos o sol e a lua,

o vento e a chuva. Aprendemos a dançar e rir. E, depois, morremos.

- Eu não vou morrer! — exclamou a folha, com determinação. -Você vai, Daniel?

- Vou, sim... Quando chegar meu momento.

- E quando será isso?

- Ninguém sabe com certeza - respondeu Daniel.

A folha notou que outras folhas continuavam a cair. E pensou: "Deve ser o

momento delas". Ela viu que algumas folhas reagiam ao vento, outras simplesmente

se entregavam e caíam suavemente. Não demorou muito para que a árvore estivesse

quase despida.

- Tenho medo de morrer - disse a folha a Daniel. - Não sei o que tem lá

embaixo.

- Todos temos medo do que não conhecemos. Isso é natural - disse Daniel

para animá-la. — Mas você não teve medo quando a primavera se transformou em

verão. E também não teve medo quando o verão se transformou em Outono. Eram

mudanças naturais. Por que deveria estar com medo da estação da morte?

- A árvore também morre?- perguntou a folha.

- Algum dia vai morrer. Mas há uma coisa que é mais forte do que a árvore. É a

vida. Dura eternamente e somos todos uma parte da vida.

- Para onde vamos quando morremos?

- Ninguém sabe com certeza. É o grande mistério.

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- Voltaremos na primavera?

- Talvez não, mas a vida voltará.

- Então qual é a razão para tudo isso? - insistiu a folha. - Por que viemos para

cá, se no fim teríamos de cair e morrer?

Daniel respondeu de seu jeito calmo de sempre:

- Pelo sol e pela lua. Pelos tempos felizes que passamos juntos. Pela sombra,

pelos velhinhos e pelas crianças. Pelas cores do Outono. Pelas estações. Não é razão

suficiente? Ao final daquela tarde, na claridade dourada do crepúsculo, Daniel se foi. E

caiu a flutuar. Parecia sorrir enquanto caia.

- Adeus por enquanto - disse ele à folha.

E, depois, a folha ficou sozinha, a única que restava em seu galho.

A primeira neve caiu na manhã seguinte. Era macia, branca e suave. Mas era

muito fria. Quase não houve sol naquele dia... e foi um dia muito curto. A folha se

descobriu a perder a cor, a ficar cada vez mais frágil. Havia sempre frio e a neve

pesava sobre ela.

E quando amanheceu veio o vento e arrancou a folha de seu galho. Não doeu.

Ela sentiu que flutuava no ar, muito serena. E, enquanto caía, ela viu a árvore pela

primeira vez. Como era forte e firme. Teve a certeza de que a árvore viveria por muito

tempo, compreendeu que fora parte de sua vida. E isso a deixou orgulhosa.

A folha posou num monte de neve. Estava macio, até mesmo aconchegante. Naquela

nova posição, a folha estava mais confortável do que jamais se sentira. Ela fechou os

olhos e adormeceu. Não sabia que a primavera se seguiria ao inverno, que a neve se

derreteria e viraria água. Não sabia que a folha que fora seca e aparentemente inútil,

se juntaria com a água e serviria para tornar a árvore mais forte. E, principalmente, não

sabia que ali, na árvore e no solo, já havia planos para novas folhas na primavera.

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TEXTO 2: VISTA CANSADA

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é

só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar.

Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver.

Parece fácil, mas não é. O que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo

visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o

que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de

um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.

Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe

passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia

de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia.

Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no

seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse

por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o

que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o

espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato,

ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria

mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia, opacos. É por aí que

se instala no coração o monstro da indiferença.

Otto Lara Resende

Texto publicado no jornal "Folha de S.Paulo", edição de 23 de fevereiro de1992.

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TEXTO 3: NOTÍCIA DO CELSO

- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações

sobre um paciente. Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...

- Qual e o nome do paciente?

-Chama-se Celso e está no quarto 302.

- Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem...

- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?

- Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto 302, por favor!

- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.

- Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que posso ajudar?

- Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde do Celso que está

internado há três semanas no quarto 302.

- Ok, meu senhor, vou consultar o prontuário do paciente... Um instante só! Hummm!

Aqui está: ele se alimentou bem hoje, a pressão arterial e pulso estão estáveis,

responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor cardíaco até

amanhã. Continuando bem, o médico responsável assinará alta em três dias.

- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!

- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família!?

- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do 302!

É que todo mundo entra e sai desta merda deste quarto e ninguém me diz porra

nenhuma. Eu só queria saber como estou...

Texto retirado da internet.

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TEXTO 4: PRECISA-SE

Precisa-se de pessoas que tenham os pés na terra e a cabeça nas estrelas, capazes de sonhar sem medo de seus sonhos.

Tão idealistas que transformem seus sonhos em metas e suas metas em realidade. Que nunca abram mão de construir seus destinos e arquitetar suas vidas. Que nunca temam mudanças e saibam tirar proveito delas. Que tornem o seu trabalho, objeto de prazer e uma porção substancial de realização pessoal.

Precisa-se de pessoas com dignidade, que se conduzam com coerência em seus discursos, seus atos, suas crenças e seus valores. Que questionem não pela simples contestação, mas pelas necessidades íntimas de só aplicar as melhores idéias mostrando sua face serena de parceiros legais, sem se mostrar superiores nem inferiores, mas iguais.

Precisa-se de pessoas ávidas por aprender, que se orgulhem de absorver o novo com coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios e criar soluções e de correr riscos calculados sem medo de errar. Que construam suas equipes e se integrem nelas. Que não tomem para si o poder, mas saibam compartilhá-lo. Que não se empolguem com seu próprio brilho, mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto. Que enxerguem as árvores, mas que também prestem atenção à magia da floresta. Que tenham a percepção do todo e da parte. De seres humanos justos, que inspirem confiança nos parceiros, estimulando-os, energizando-os sem receio que lhe façam sombra e sim se orgulhando deles.

Precisa-se de pessoas que criem em torno de si um ambiente de entusiasmo, de liberdade, de responsabilidade, de determinação, de respeito, de amizade, de seres racionais, tão racionais que compreendam que sua realização pessoal está atrelada à vazão de suas emoções.

É na emoção que encontramos a razão de viver.

Precisa-se urgentemente de um novo ser.

Isaac Liberman

(com adaptações)

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Page 60: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Carpe diem Durante a construção e implementação do Sistema Único de Saúde muitos trabalhadores da esfera federal

60 60

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12.

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Reflexão

sobre a

organ

ização

e

implantação do

SUS

Mód. IV

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ANEXO 6

RELAÇÃO DE VIDEOS

Videos Didáticos:

• Hino Nacional.wmv – 14.1MB - SEBRAE

• Políticas de Saúde no Brasil.wmv – 400MB - SGEP-MS-2006

• HumanizaSUS.wmv – 12.8MB - 12ª Conferência Nacional de Saúde -

Política Nacional de Humanização – PNH

• Pacto pela Saúde 2006.wmv – 75.4MB

• Trecho filme The Wall – Pink Floyd

http://www.youtube.com/watch?v=3l1-QbsU5gA&feature=related

• Trecho filme sociedade dos Poetas Mortos

http://www.youtube.com/watch?v=kW__708OGRA&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=2EdWgsTUhmI&feature=related

Videos Motivação:

• Coldplay – The Hardest Part

http://www.youtube.com/watch?v=1Tp0r9197uo&feature=av2e

• Trabalho em Equipe, valorização - Sinergia.wmv – 28.5MB

• Analogia SUS: http://www.youtube.com/watch?v=QxS3zUDtFng

• Cidadania, Participação e Solidariedade -

http://www.youtube.com/watch?v=yUdKS6wi_9o

• Doação de órgãos - http://www.youtube.com/watch?v=k0B6PyIo8ag

• Riverdance – Trabalho em Equipe -

http://www.youtube.com/watch?v=W22gpBv00gg

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FONTES DE CONSULTAS

1. Abrucio, F e Gaetani, F – Os Avanços e as perspectivas da gestão pública

Estadual: Aprendizado, Agenda, Coalizão – CONSAD – São Paulo, 2006.

2. Documento de Referência do MultiplicaSUS – Ministério da Saúde – Brasília

– DF – 2007.

3. Relatórios das Oficinas (Re)Descobrindo o SUS que temos para

construirmos o SUS que queremos – Programa MultiplicaSUS – Rio – 2005

a 2009.

4. Relatório da Oficina de Capacitação Pedagógica – Programa MultiplicaSUS

– Rio – 2007.

5. Relatórios das Oficinas (Re)Conhecendo o Ministério da Saúde – Programa

MultiplicaSUS - Rio – 2008 e 2009.

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Instituto A Vez do Mestre

Título da Monografia:

Autor: Silvia Maria de Freitas Faria

Data da entrega: 22 de agosto de 2010

Avaliado por: Prof. Jorge vieira Conceito: _________