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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Desafios na Gestão de Projetos de TI
Por: Anna Paula Dias Ferreira Neves
Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves
Rio de Janeiro 2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Desafios na Gestão de Projetos de TI
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista gestão de projetos.
Por. Anna Paula Dias Ferreira Neves
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família pelo incentivo e apoio nas
horas de dedicação ao curso compreendendo as
minhas ausências.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia a minha família e a todos
que ajudaram para que esse trabalho fosse
concluído.
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo mostrar sugestões e também algumas
soluções para os principais desafios e problemas encontrados no
gerenciamento de projetos de TI, desafios estes que afetam diretamente o
desempenho dos projetos nas empresas. Tem como objetivo geral identificar
as principais dificuldades e problemas que um gerente de projetos se depara
ao gerenciar projetos de TI. Serão descritas sugestões de como o gerente de
projetos deve implementar no seu dia a dia para aumentar a probabilidade de
desempenho no gerenciamento de projetos.
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METODOLOGIA No mercado existem opções de metodologia para o gerenciamento de projetos,
como as propostas pelo instituto americano Project Management Institute
(PMI), que conta com nove áreas de conhecimento: escopo, tempo, custo,
risco, aquisições, qualidade, recursos humanos (incluindo código de conduta
de ética do PMI), comunicação e integração. Esta metodologia integra ainda o
Project Management Body of Knowledge (PMBOK), no qual são descritas
técnicas, passos importantes e metodologias de sucesso no gerenciamento de
projetos.
Há ainda a britânica Prince2, utilizada por instituições públicas e privadas na
Europa, que sugere um controle eficiente dos recursos de um projeto e facilita
o cumprimento dos prazos. Já o europeu International Project Management
Association (IPMA) foca na avaliação das potencialidades do gerente de
projetos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Os desafios no gerenciamento de projetos de TI 10
CAPÍTULO II
As áreas no gerenciamento de projetos e seus desafios 14
CAPÍTULO III
Vencendo os desafios no gerenciamento de projetos de TI 28
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
BIBLIOGRAFIA CITADA 36
ÍNDICE 37
ANEXOS 38
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INTRODUÇÃO
Para fazer um paralelo entre os desafios e as práticas e para superá-los na
gerência de projetos, pode-se descrever uma realidade comum aos gerentes:
uma espécie de ciclo de vida dos problemas que surgem nos projetos. O que
fazer, que atitude tomar, que postura assumir? Essas dúvidas emergentes
devem ser tratadas logo, de forma precisa e suficiente para solucionar o
problema em questão. Os problemas são os mais variados possíveis. Há uma
tendência natural do cliente, a empresa e a equipe tenderem a por a culpa por
tudo que acontece no projeto ou no gerente. O gerente de projeto tem que ser
dinâmico e sábio o suficiente para lidar com situações novas e inusitadas a
todo o momento. Ele deve ter firmeza para tomar decisões certas nas horas
certas. As suas decisões têm que ser precisas, tomadas no tempo certo e
levando em consideração todos os aspectos que cercam o ambiente do
projeto. Alguns desafios mais comuns no gerenciamento de projetos de TI são:
o levantamento e o controle de escopo, cumprimento de prazos, controle dos
custos, a criticidade dos riscos, a boa comunicação entre as partes
interessadas entre outras áreas da gestão de projetos de TI.
O Gerenciamento de projetos
Por funcionarem e receberem influências do meio externo, como exemplo
mudança na legislação tributária e a competição, as empresas têm a
necessidade de gerenciar seus projetos utilizando melhores práticas. Essas
forças geram a necessidade das organizações criarem novos projetos de
melhorias de seus produtos e serviços, melhoria de processos, entre outros.
Os projetos podem também ser criados em função da necessidade de se
atingir o plano estratégico da corporação.
O gerenciamento de projetos consiste na utilização e aplicação de
conhecimentos, técnicas, metodologias na condução de projetos. Esta
disciplina tem um alcance amplo no sentido de incluir o gerenciamento de
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tempo, custos, qualidade, escopo, comunicação, recursos humanos, risco e
integração.
O PMBOK
O Conjunto de conhecimento das melhores práticas de gerenciamento de
projetos é compilado no compêndio intitulado PMBOK, o qual se propõe a
orientar as corporações no exercício do gerenciamento de projetos.
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CAPÍTULO I
OS DESAFIOS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)
1.1. As principais dificuldades e problemas no gerenciamento de projetos
de TI.
A filosofia de que pensando positivo tudo dará certo não se aplica ao
gerenciamento dos projetos de TI. É raro tomar conhecimento de projetos que
deram totalmente certo sem ultrapassar o tempo previsto ou ter de
desembolsar mais que o acertado.
Uma vez que todo o planejamento do projeto está feito em torno de uma data
definida, um atraso no início do projeto, causado por fatores comuns como
composição de equipe do projeto, requisitos ainda não fechados ou orçamento
não liberado, deveria alterar facilmente essa data. O que ocorre, na prática, é a
definição da referida data, impulsionada por uma expectativa de conclusão do
projeto por parte do cliente e que por sua vez reflete diretamente nas áreas
decisórias das empresas. Assim, se o gerente do projeto já inicia o seu
trabalho com atividades em atraso, a ação primordial que ele deve tomar nessa
situação é documentar muito bem o fato e deixar tanto o cliente quanto a
diretoria da empresa ciente do problema, além de procurar definir um
tratamento de ajuste que possa reverter essa situação ao longo do projeto e
implementá-lo o quanto antes. Calcular o investimento e o tempo com mais
consciência é o passo seguinte. Porém, segundo especialistas, o segredo está
antes de equipe, custos e prazos – encontra-se no planejamento do escopo.
O mercado expande e a necessidade por melhorias nos resultados dos
projetos de TI também. Porém, os gerentes, administradores, coordenadores
e/ou líderes que atuam com projetos ainda têm uma função árdua. Eles têm
dificuldade de entender que sozinhos não darão conta de todos os detalhes e
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algo que pode ser essencial é ter uma pessoa apenas para fazer o controle e
medição dos resultados.
A primeira grande dificuldade em um projeto é montar a equipe do projeto.
Essa dificuldade aparece em função de fatores como qualificação do integrante
para o projeto. O curioso é que o mesmo fator que atrai, pode tirar o integrante
da equipe devido à sua escassez no mercado. Assim, não é raro um
integrante, vislumbrado com outra proposta, deixar o projeto no meio da sua
execução. A motivação da equipe é um remédio para isso e o gerente precisa
impedir que algo atinja essa motivação, protegendo sua equipe de toda a
pressão vinda do cliente e da diretoria da empresa.
E se o projeto tem objetivos nebulosos? Para projetos cujos objetivos ainda
não estão claramente definidos, comumente caracterizados quando o cliente
ainda não apresenta a verdadeira noção do que pretende realizar, é
fundamental que o gerente do projeto procure entender claramente qual será o
resultado final, uma vez realizadas todas as atividades previstas, e a seguir
buscar alinhar sua visão do projeto à do cliente, explicitando todos os pontos
duvidosos ou ainda sem definição.
Outro problema ocorre em projetos que tem requisitos mal definidos, ou onde
as regras ou especificações não se encontram bem determinadas com
ambigüidades ou incompletas. Nesse caso, cabe ao gerente do projeto
descobrir quais são esses pontos e ao fazer a lista de riscos, apontar de forma
clara que determinadas atividades estão com as regras de execução em aberto
e que isso pode impactar nos prazos do projeto. Ao se fazer a lista de risco o
gerente pode identificar o tratamento certo para esse risco (mitigar, evitar,
transferir ou aceitar) ou simplesmente pode tratar essas regras pendentes
como pré-requisitos para que o projeto continue a partir deste determinado
ponto.
O mais comum dos problemas enfrentado em todos os projetos é a constante
mudança de escopo. Seus efeitos podem gerar até o alargamento dos
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objetivos do projeto, e, portanto, devem ser analisados por completo. Uma
regra básica para o gerente é entender que toda mudança, por menor que
seja, gera algum impacto para o projeto, seja um re-planejamento que deverá
ser feito, um prazo que vai ter que aumentar, um acréscimo na alocação de
horas da equipe, etc...
Será mais prático para o gerente lidar com esse tipo de problema se ele
elaborar um fluxo de mudanças bem definido, documentando toda e qualquer
mudança e suas respectivas conseqüências para o projeto, inclusive medindo
os pesos das mudanças em termos de esforço, prazo e custo, e apresentá-lo
ao cliente para que este fique alinhado aos impactos gerados. Dessa forma, o
gerente irá evitar que o seu projeto vá para o vermelho.
O gerente em um projeto sempre se posiciona no meio de três eixos: o cliente,
a equipe e a sua diretoria. Toda a comunicação e negociação ocorrida no
projeto, obrigatoriamente passa pelo gerente do projeto, que tem a
responsabilidade de manter um discurso único durante todo o projeto sem
deixar informações desencontradas ou perdidas. As falhas de comunicação
que ocorrem no projeto aos poucos vão desviando os objetivos do projeto.
Os fatores mais comuns que contribuem para os problemas de comunicação
são:
• Diferentes tipos de personalidade das pessoas;
• Ambiente normalmente com muito stress, o que altera o humor das
pessoas e gera um alto índice de conflito;
• Às vezes, os objetivos da diretoria com relação ao esperado pelo projeto
diferem dos objetivos esperados pelo cliente;
A melhor forma de se tratar com problemas de comunicação é o gerente
conhecer e mapear a personalidade de cada uma das pessoas envolvidas no
projeto para poder tratá-las individualmente, sempre trabalhando e
desenvolvendo o ponto fraco de cada uma delas, especialmente aquelas que
são negativistas e têm predisposição para facilitar o fracasso do projeto.
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O gerente deve também criar uma ambiente de trabalho com espírito de equipe
onde se facilite a comunicação entre os membros da equipe, cliente e diretoria
da empresa. Desta forma ele vai reduzir a incerteza e manter visível e no
mesmo lugar as opiniões de todos.
Ainda ocorre o medo de errar, que é nocivo para quem precisa assumir riscos
e deve ser combatido por uma postura por parte do gerente que encoraje os
membros da equipe a terem disposição para assumir esses riscos e terem
pensamentos criativos. Um dos grandes destruidores da criatividade é a
possibilidade de retaliação ao membro da equipe caso cometa um erro. O
gerente de projeto deve transmitir segurança para os membros da equipe,
além de criar um ambiente onde seja possível errar sem retaliações. Todo
projeto é uma novidade, uma coisa nova, então não faz sentido se trabalhar
com uma equipe que realiza as atividades sempre da mesma maneira, sem
criar, sem inovar.
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CAPÍTULO II
ALGUMAS ÁREAS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE TI E SEUS DESAFIOS
2.1. O levantamento e controle de escopo.
O escopo precisa ser claramente definido e acordado através de um processo
formal. Existe o escopo explícito, descrito em um documento, e o implícito,
associado às expectativas e desejos do cliente. Controlar as expectativas ou
desejos não é tarefa técnica, requerendo grande habilidade de comunicação.
Cabe ao gerente do projeto envolver o cliente no processo de gerenciamento
de escopo, em todas as suas fases, tornando-o co-responsável pelo sucesso
do projeto. O cliente deve participar da definição, das revisões, dos pontos de
controle, da prototipação e dos testes. Desta maneira estará sempre envolvido
com os resultados, podendo explicitar seus desejos o mais cedo possível. Por
garantia, tudo deve ser registrado e assinado, como intuito de evitar
discordâncias futuras devido a desejos e expectativas mal compreendidos. A
preocupação de todo gerente de projeto é garantir o cumprimento do escopo
acordado, mesmo que haja mudanças ao longo do projeto. As mudanças
fazem parte do processo e são inevitáveis. O importante é deter controle sobre
elas. Pode ocorrer falta de controle por parte do gerente de projetos, mas isso
ocorre em um processo de comunicação e não nos mecanismos de
acompanhamento do escopo.
É comum o cliente solicitar mudanças e quem as executa faz isso, mas acaba
deixando de lado outras atividades em andamento. O cliente não percebe que
seus pedidos perturbam o desenvolvimento do projeto e afetam a
produtividade e qualidade, com conseqüências nos prazos e nos custos.
Estabelecer uma linha de comunicação única entre as partes interessadas e
formalizar todas as informações relevantes, incluindo cada solicitação de
alteração e seu respectivo impacto no projeto é a chave para vencer os
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desafios que ocorrem no levantamento e controle de escopo. Seguindo a teoria
de Pareto, deve-se sempre buscar a simplicidade, procurando resolver os
problemas gerais e mais importantes com o menor esforço.
A elaboração de um escopo detalhado, claro e conciso é fundamental para
garantir a satisfação do cliente e a eficácia do trabalho realizado e para evitar
que o projeto se desvie do seu curso. O escopo deve definir os objetivos a
serem alcançados. Um grande desafio é identificar exatamente o que deve ser
feito. Um escopo bem definido e bem controlado aumenta significativamente as
chances de sucesso nos projetos de TI. Muitas vezes não é possível garantir
que o escopo definido é realmente o escopo que o cliente espera receber, por
isso a importância do detalhamento dos objetivos.
O escopo é o “foco” do projeto. O escopo deve especificar seu produto
principal e respectivos elementos subsidiários, ou seja, as entregas ao longo
do projeto. Pode ser descrito como “A soma dos produtos e serviços a serem
fornecidos por um projeto”.
Dentre as áreas de conhecimento do guia PMBOK, sem dúvida uma das mais
importantes para a determinação do sucesso de um projeto é o gerenciamento
de escopo. Avançar o projeto sem uma boa definição e um bom controle do
escopo é um passo na direção do fracasso.
Sem uma definição clara do escopo do projeto e controle eficiente do mesmo,
poderão ocorrer situações imprevistas relacionadas ao prazo, custo e
qualidade, sendo este um problema que poderá trazer prejuízos à empresa e
ao cliente.
As mudanças fazem parte do processo e geralmente são inevitáveis, se
necessário é preciso fazer uma definição de um controle de mudanças de
escopo que irá permitir a garantia dos objetivos pré-definidos. É um grande
desafio para o gerente de projetos controlar e gerenciar estas mudanças de
forma tal que preserve o escopo inicial, mas isso levará a adquirir habilidade
fundamental para o sucesso do projeto como um todo.
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CAPÍTULO II
ALGUMAS ÁREAS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE TI E SEUS DESAFIOS
2.2. O cumprimento dos prazos.
O não cumprimento de prazos está entre os principais problemas no
gerenciamento de projetos de TI conforme pesquisa no Anexo I.
O Gerenciamento do Tempo ou Prazo em Projetos, que o PMBOK define como
sendo “os processos necessários para realizar o término do projeto no prazo
estimado”, normalmente tem destacada influência para o êxito dos projetos e,
portanto, na grande maioria deles, demanda cuidados constantes de gestão,
desde o planejamento até a entrega final.
Assim, como não poderia deixar de ser, requer disciplina e controle eficiente,
para permitir corrigir em tempo hábil os possíveis problemas com prazos,
objetivando impedir que se tornem graves e, muitas vezes, irreversíveis no
decorrer da execução dos projetos.
É importante destacar algumas questões importantes sobre as estimativas de
tempo e a necessidade de, cada vez mais, buscar evitar ou, pelo menos,
minimizar os atrasos nas entregas dos projetos.
A gestão do tempo em projetos e sua importância são incontestáveis, exigindo
índices altos de acertos e que, portanto, as estimativas referentes às atividades
fiquem dentro de margens de erro cada vez menores.
Os atrasos na conclusão dos projetos são normalmente danosos aos mesmos,
pois, além de quase sempre comprometer o custo, retardam a entrega dos
seus produtos e, conseqüentemente, a disponibilidade de iniciar a utilização
dos mesmos ou de entrarem em operação.
Uma pergunta que muitos gerentes de projeto se fazem é: "Por que nenhum
projeto consegue terminar no prazo previsto?".
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Embora essa questão, conforme colocada acima, seja apenas um paradigma
da execução de projetos, o que se observa na prática é que não deixa de ser
uma verdade que um número significativo de projetos realmente é concluído
com atraso. Num estudo feito pelo Standish Group Internacional, avaliando
projetos de TI, foi levantado que 88% dos projetos apresentam atrasos no
cronograma, sendo que, a média do atraso em relação ao cronograma inicial é
de 222% (PMNETWORK, abril/2002).
O problema com o prazo de execução é que está essencialmente ligada uma
“previsão” feita, que pode ser “prazo previsto”, “prazo estimado”, “prazo
planejado”, etc. Estas previsões são feitas durante a fase de planejamento do
projeto, ou seja, antes da execução efetiva do projeto. Sabemos que as
“previsões”, como o próprio nome indica, estão sujeitas a não ocorrerem 100%
da forma esperada e que, mesmo para os mais experientes planejadores, o
acerto total é pouco provável de ocorrer.
Não obstante, para elaborarem-se os planejamentos, será sempre
imprescindível estimar-se os prazos das atividades. Portanto, devemos
procurar fazer previsões com altas probabilidades de ocorrer, visando obter os
maiores índices de acertos possíveis. Uma situação é estimar 15 dias para
execução de uma atividade e esta vir a ser realizada em um, dois ou três dias
a mais; bem diferente seria levar, por exemplo, 25 a 30 dias ou mais para
executá-la.
Não é uma novidade para os profissionais de planejamento a afirmação de que
as durações planejadas, normalmente, apresentam distorções com relação às
durações reais realizadas durante o projeto. Alguns fatores contribuem para
isto, tais como:
• Trabalhos executados com informação equivocada ou mesmo de forma
errada, que precisam ser refeitos, implicando em tempo adicional para
concluir as atividades;
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• Considerar um recurso sendo utilizado durante um determinado tempo
ou período e, na prática, o tempo de utilização real ou eficaz ser inferior
ao esperado;
• Estimar-se um tipo de recurso e na hora utilizar-se outro, por exemplo,
quando um profissional experiente que estava previsto para executar
uma determinada atividade é substituído, seja por qual for o motivo, por
outro menos experiente ou que possui um perfil menos adequado;
• Contingências não previstas no planejamento (greves; atrasos na
entrega de materiais, equipamentos ou ferramentas; chuvas, geadas e
outros fenômenos meteorológicos não previstos);
Não se devem esperar acertos constantes nas estimativas de tempo. Aliás, ao
contrário, conforme já foi dito, como são em sua essência “previsões”, elas
estarão sempre mais propensas a falhas, que acertos.
Por isto, o controle e a monitoração ininterrupta são essenciais, para
possibilitar a percepção dos desvios em tempo hábil e atuar em suas
correções. Isto demanda, certamente, dedicação e aplicação das equipes, de
seus planejadores e gerentes de projeto, na busca para encontrarem em
conjunto as soluções mais apropriadas, para atender a cada tipo e situações
de seus projetos.
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CAPÍTULO II
ALGUMAS ÁREAS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE TI E SEUS DESAFIOS
2.3. O gerenciamento dos custos.
O gerenciamento dos custos é outra área um tanto desafiadora, pois quando o
assunto é dinheiro todos os envolvidos no projeto podem ganhar ou perder e
isso leva a muitos conflitos. O controle de custos em um projeto é importante
para que o gerente de projetos possa garantir que tem as rédeas do orçamento
nas mãos. Os custos são referentes aos recursos (humanos, equipamentos,
serviços, materiais e facilidades) que são relacionados a um centro de custos
dentro da empresa executora do projeto. O orçamento do projeto é a soma de
todos os valores acumulados dos pacotes de trabalho do projeto. Ele é
organizado a partir dos custos previstos de cada pacote de trabalho ou grupo
de atividades que o compõem, dispostos no cronograma do projeto. Assim em
qualquer momento do projeto, é possível calcular a partir do orçamento o
quanto estava previsto gastar, o quanto foi realmente gasto e o quanto foi
agregado ao projeto, em valor financeiro. O gerente de projeto deverá estar
atento as seguintes questões:
• Se houve alguma mudança significativa no projeto que alterou o seu
orçamento inicial;
• Se a mudança foi aprovada e gerou a aprovação de um novo
orçamento;
• Se o projeto está dentro do novo orçamento;
• Se as estimativas de custos feitas na fase de planejamento ainda são
válidas;
• Se o projeto terminará dentro do orçamento;
• Se algo está sendo feito para garantir que o orçamento aprovado não
será extrapolado.
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Em um orçamento os custos estimados devem ser agrupados de forma a
explicitar, da melhor maneira possível, o custo total do projeto dentro do
cronograma fixado. Caso o projeto exceda o tempo e conseqüentemente
aumente os custos deve-se ter um plano de ação para contornar a situação.
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CAPÍTULO II ALGUMAS ÁREAS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE TI
E SEUS DESAFIOS
2.4. A criticidade dos riscos.
Os projetos de Tecnologia de Informação possuem características marcantes,
que os diferencia dos demais – são projetos onde o controle sobre as
incertezas e as indefinições é um forte fator de determinação do sucesso ou do
fracasso do empreendimento.
O risco não é um problema, mas sim a possibilidade de algo que poderá
ocorrer no futuro. O risco é tratado como uma probabilidade de um fato vir a
acontecer e qual seu efeito sobre o projeto. Os resultados podem ser
negativos, como aumento dos custos, ou positivos, como atraso de
cronograma que propiciou a chegada de uma nova tecnologia mais eficiente e
barata. O risco é parte de qualquer atividade e não pode ser eliminado. As
principais fontes de riscos em projetos de TI são a tecnologia, o hardware, o
software, as pessoas (clientes e fornecedores; usuários e equipe de TI), os
prazos e os custos.
Segundo o PMBOK, o gerenciamento de riscos é composto de seis processos:
• Planejar o gerenciamento de riscos
• Identificar os riscos
• Realizar a análise qualitativa dos riscos
• Realizar a análise quantitativa dos riscos
• Planejar a resposta a riscos
• Monitorar e controlar os riscos.
Dentro dessa análise dos riscos é que o gerente de projetos poderá
estabelecer o quão críticos eles são e quanto podem afetar o andamento ou
até mesmo a conclusão do projeto. Normalmente, só é reconhecida à
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existência de um risco quando ele significa uma ameaça para o sucesso do
projeto, podendo ser aceito se estiver em equilíbrio com o benefício que pode
ser ganho ao se aceitar o risco. Se por um lado um pequeno risco não irá
pressionar as barreiras técnicas, de cronograma e custos do projeto, podem
haver outras metas como a satisfação do cliente, por exemplo. Todos os
projetos terão um risco associado a eles ou então não seriam projetos.
Nos projetos existem umas séries de incertezas quanto ao cronograma, ao
custo e a qualidade do produto final, mas como podem ser gerenciadas?
O gerenciamento de risco é o meio pelo qual estas incertezas são
sistematicamente gerenciadas para garantir que os objetivos (prazo, custo e
qualidade) do projeto sejam alcançados. É importante ressaltar que os
objetivos do projeto não se limitam apenas a tríplice restrição.
A ação sistemática de trabalhar nos riscos do projeto é o grande diferencial,
pois o enfoque e a continuidade aumentam a capacidade de identificação,
controle e redução dos riscos.
Os princípios de gerenciamento do risco podem ser aplicados a todos os
aspectos do negócio e a todos os ramos de atividade, não ficando limitado ao
mundo dos projetos ou mesmo da área de engenharia ou tecnologia.
A importância do gerenciamento de risco agora é evidente no mundo todo.
Uma gestão mais eficiente dos riscos, por exemplo, poderia ter evitado
grandes prejuízos a acionistas e investidores nestes tempos de crise
financeira.
Muitos gerentes de projetos já chegaram à conclusão que a gestão de risco é a
ferramenta que lhe permite se sobressair perante outros, pois proporciona
capacidade de tomar ações sobre circunstâncias quais levariam o projeto a
comprometer seus objetivos.
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Em uma visão mais abrangente poderíamos dizer que o papel principal do
gerente de projetos é gerenciar riscos. O gerente de projetos trabalha para
evitar o risco do cronograma atrasar, risco do custo ficar além do esperado,
risco do produto ser entregue com falhas.
Mesmo com a responsabilidade maior sob gerente de projeto, o gerenciamento
do risco é uma atividade da equipe, pois permeia todos os outros planos e
ações do projeto, entretanto é de sua responsabilidade liderar e manter a
gestão de risco como cultura operacional do projeto e levar a alta
administração à importância de se gerir riscos.
O gerenciamento de risco, mais do que estabelecer margens de risco deve
influenciar as decisões e planejamento do projeto. Podemos entender que
metodologicamente os planos do projeto são as entradas para o processo de
gestão do risco, mas o gerenciamento do risco é bem mais complexo do que
isso.
Na gestão moderna de projetos, os gerentes de projeto têm tratado o
gerenciamento de risco de forma burocrática e procedimental, onde a gestão
de risco se reduz a (1) identificar o risco, (2) desenvolver respostas ao risco e
(3) controlar os riscos. O gerente de projeto deve entender que gerir risco é
estar além de uma lista de possíveis problemas com suas probabilidades e
impactos.
O gerenciamento dos riscos analisa os resultados do planejamento, as
pessoas e as condições do projeto e de forma crítica trabalha para encontrar
os pontos fracos que possam comprometer a entrega do projeto.
O processo de gerenciamento de riscos deve ser contínuo e recorrente durante
todo o projeto, tendo como resultado a atualização do plano de gerenciamento
de risco no final de cada fase. Assim será possível a avaliação dos riscos de
cada fase e as suas conseqüências no projeto, bem como garantir que novos
problemas sejam rapidamente identificados e avaliados.
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Sempre que o planejamento do gerenciamento de riscos é iniciado é
importante ter em mente algumas questões e considerações que o tornarão
mais consistente e eficaz. Mais do que seguir a clássica abordagem de gestão
de risco é importante pensar que apesar de existir um padrão mínimo, como
questões contratuais ou legais, o gerenciamento de risco deve ser
personalizado a cada projeto. O processo de gerenciamento do risco é cíclico é
repetível durante todo o projeto. Sempre que um novo ciclo do projeto for
iniciado o gerente de projetos deve considerar:
• Todos os passos e processos estão presentes?
• Os passos estão na ordem correta?
• Os passos têm igual importância?
• O processo está bem estruturado?
• O processo é iterativo?
• O processo é contínuo?
• O processo começa logo na fase inicial do projeto?
• O processo é atualizado a cada fase do projeto?
É incrível como muitas empresas, com suas metodologias próprias ou não,
deixam de contemplar todos os passos fundamentais na gestão de risco ou
quando estes existem são tratados de forma displicente a ponto de não
serem tratados com a mesma importância e formalidade, assim deixam de
ser alternativas consistentes de mitigação e contingenciamento dos riscos.
Por exemplo, quando a gestão de risco é tratada como sendo a
identificação do risco propriamente dito.
A prática da gestão de risco tem demonstrado que a ausência de alguma
etapa no processo ou até mesmo a priorização de uma etapa em
detrimento de outra tem levado a uma menor eficácia, o que muitas vezes
induz a equipe e até mesmo os executivos da companhia a não dar o
devido valor à gestão de riscos.
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Outro ponto que tem desvalorizado a gestão de risco é o comprometimento
da liderança do projeto com a gestão dos riscos. A implementação de cima
para baixo onde os processo de gerenciamento de risco são considerados
durante o processo de decisão, assim toda a equipe se sentirá motivada e a
cultura de gestão de risco irá permear por todo o grupo de trabalho do
projeto. Sem um compromisso formal e efetivo da gestão do projeto, nos
seus diversos níveis, a equipe não sentirá a especial importância em uma
prática diária à gestão de risco. Em se falando de gestão de risco o
exemplo do time de liderança do projeto é fundamental.
Por último, a melhor e mais eficiente maneira de gerenciar os possíveis
riscos do projeto é através da experiência adquirida. Nenhuma metodologia
ou processo irá substituir a lições aprendidas em projetos anteriores. O
conhecimento adquirido com projetos anteriores tem se mostrado uma
excelente ferramenta de gestão de risco e deve ser aproveitada pelo
gerente de projetos e sua equipe.
A gestão dos riscos deve buscar a crítica constante, considerar todas as
perspectivas possíveis, valer-se das lições aprendidas e, por mais
pessimista que possa parecer, levar em conta que se algo pode dar errada,
vai dar - A lei de Murphy deve ser o mantra da gestão de risco.
Hoje, os gerentes de projetos possuem qualificação e ferramentas para
uma gestão de riscos efetiva. Eles têm uma visão mais ampla do projeto e
conseguem vislumbrar tanto questões de negócio quanta questão técnicas,
e o mais importante: A alta administração da organização tem dado
poderes para tal.
Durante a execução de um projeto novos riscos, pequenos ou grandes
aparecerão. O sucesso do projeto virá através do gerenciamento constante
dos riscos que deve ser feito durante toda a vida do projeto.
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CAPÍTULO II
ALGUMAS ÁREAS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE TI E SEUS DESAFIOS
2.5. A boa comunicação entre as partes interessadas.
A comunicação é uma das habilidades mais necessárias e menos estudadas e
adquiridas, saber se comunicar bem faz toda a diferença. Ter uma boa
comunicação em um projeto não é tarefa fácil, pois como a equipe é composta
de pessoas diferentes por natureza ocorrerão conflitos. O PMBOK lista cinco
processos no gerenciamento das comunicações:
• Identificar as partes interessadas
• Planejar as comunicações
• Distribuir informações
• Gerenciar as expectativas das partes interessadas
• Reportar o desempenho
Ao se identificar às partes interessadas é importante documentar as
informações relevantes relacionadas aos seus interesses, envolvimento e
impacto no sucesso do projeto. O gerente de projeto no processo de
planejamento determina as necessidades de informações das partes
interessadas no projeto e define uma abordagem de comunicação. Ao longo de
todo o ciclo de vida do projeto é executado o processo de distribuição das
informações onde o gerente deve colocar as informações necessárias à
disposição das partes interessadas, conforme o que foi planejado. Uma tarefa
difícil é gerenciar as expectativas das partes interessadas, pois terá de atender
às suas necessidades e solucionar as questões que forem surgindo.
Finalmente chega-se ao reporte de desempenho no qual se coleta e distribuem
informações sobre a performance, inclusive relatórios de andamento, medições
de progresso e previsões.
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Há diversos motivos pelos quais a comunicação cessa. Todo gerente de
projeto deve estar familiarizado com esses motivos para identificá-los nos
outros e no próprio comportamento, e para esforçar-se em solucioná-los
sempre que ocorrerem. Em várias equipes, esses comportamentos se
manifestam porque o gerente do grupo os apresenta em si mesmo ou tolera-os
nos outros. Até que alguém com autoridade entre em cena, identifique o
problema de comunicação, e assuma pelo menos uma responsabilidade
parcial pela sua identificação, esses maus hábitos de comunicação persistirão.
A comunicação no trabalho do projeto é o que mantêm tudo e todos unidos. A
falta de comunicação, ou a comunicação deficiente é a causa importante de
conflitos e atrasos.O gerente de projeto deve dedicar muita atenção a ela antes
de começar o trabalho do projeto. Deve-se verificar:
• Quem precisa saber?
• O que precisa saber?
• Quanto precisa saber?
• Com que freqüência deve ser informado?
O foco de interesse em toda comunicação é o gerente de projetos. O qual
deverá decidir as regras básicas que vai impor a todos os envolvidos para
obter um retorno imediato sobre a posição prevalecente no trabalho em
progresso. O monitoramento e o acompanhamento eficazes do projeto
dependem de uma boa comunicação entre o gerente e a equipe e as partes
interessadas. É necessário um retorno imediato sobre:
• Progressos atuais das tarefas em atividade
• Problemas encontrados em relação ao trabalho
• Problemas antecipados em relação ao trabalho esperando para ser feito
• Dificuldades técnicas encontradas
28
CAPÍTULO III
VENCENDO OS DESAFIOS NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE TI
3.1. Controlando as mudanças nos projetos de TI.
As mudanças acontecem em qual quer projeto e devem ser controladas antes
que tomem conta da situação. Por mais cuidado que se tenha no planejamento
é certo que alguns aspectos do problema produzirão surpresas inesperadas.
Poucos projetos terminam exatamente conforme o planejado. Cronogramas e
orçamentos rígidos raramente funcionam e, uma vez que as mudanças são
inevitáveis, controlar seu impacto é um aspecto importante no gerenciamento
de um projeto.
Uma mudança descontrolada pode afundar o projeto. Mudanças menores
aparecem durante o monitoramento eficaz e são controladas por uma reação
imediata e pela aplicação de medidas corretivas. As mudanças importantes
são muito mais graves e requerem uma investigação mais profunda antes de
permitir sua implementação. Essas mudanças podem vir de qualquer lugar. Um
cliente ou um usuário final pode solicitar uma mudança por causa de
alterações em suas necessidades ou no ambiente em que opera. Um problema
técnico grave pode indicar uma mudança importante, obrigando a um
replanejamento do projeto e modificando os objetivos.
Toda mudança que possa criar uma atividade de replanejamento e afetar o
prazo total do projeto que havia sido programado deve ser controlada de modo
formal. Entre os elementos básicos do controle das mudanças a serem
considerados, podemos mencionar:
• A fonte da solicitação da mudança
• Os benefícios de fazer a mudança
• As conseqüências de não fazer nada nesse momento
• O impacto do custo de fazer a mudança e as conseqüências sobre o
orçamento operacional
• As conseqüências sobre as restrições do projeto
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• O efeito sobre as necessidades de recursos
• Se haverá um aumento ou uma diminuição nos riscos do projeto
• As conseqüências sobre os objetivos e o escopo do projeto
As mudanças importantes podem ter um efeito desmotivador sobre a
equipe, a menos que seja algo que todos consideram necessário conforme
os interesses do projeto.
O cliente e o patrocinador devem aprovar todas as mudanças importantes
antes de tomar providências para replanejar. Na maioria das situações, é
necessário algum trabalho para examinar soluções alternativas e seu
impacto sobre o cronograma antes de se chegar a um acordo com o cliente.
A prestação de contas em um ambiente de projeto requer que o gerente de
projeto tenha um conhecimento contínuo do que está acontecendo e o que
irá acontecer em seguida. É necessário identificar prontamente todos os
problemas que interfiram nos progressos. O gerente de projeto deve ser
imediatamente alertado de mudanças potenciais no plano que sejam
notadas como resultado dos trabalhos em andamento. Poderá estabelecer
regras básicas para um sistema de alerta imediato, isso pode evitar que
grande parte do trabalho seja refeita e reduzir o risco de precisar replanejar,
causando atrasos ao projeto. É importante reunir-se com a equipe e
aprovar as regras básicas de modo que todos concordem que não lhes será
pedido para fazer coisas que considerem desnecessárias. O gerente de
projeto precisa ter em mente que ao manter todos da equipe motivados em
atingir os objetivos do projeto no prazo, dentro do orçamento e com a
qualidade desejada pelo cliente terá como conseqüência o sucesso do
projeto.
30
CAPÍTULO III
VENCENDO OS DESAFIOS NO GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE TI
3.2. Fatores críticos de sucesso nos projetos de TI.
Fatores críticos de sucesso são meios de identificar o progresso no sentido de
um resultado bem-sucedido, dois tipos são relevantes: fatores do processo e
do projeto.
Os fatores críticos de sucesso do processo são aqueles associados à
estratégia utilizada para alcançar o sucesso. Entre eles incluem ferramentas,
técnicas, processos e procedimentos usados para definir, planejar, executar e
concluir o projeto no prazo e dentro do orçamento.
Alguns fatores críticos de sucesso que podemos destacar são:
• É indicado um patrocinador que mantém seu apoio e o compromisso em
relação ao projeto
• Os interessados são consultados regularmente e mantidos informados
da posição do projeto
• É formada uma equipe adequada e são utilizados os conhecimentos
técnicos corretos
• Existe um plano elaborado e programado cuidadosamente e que é
mantido atualizado.
• Toda equipe entende os procedimentos de controle para o
monitoramento e o acompanhamento dos progressos.
• São mantidos os processos de aprovação e assinatura do projeto
• Os riscos do projeto são revistos e monitorados regularmente
• Os problemas do projeto são resolvidos prontamente no nível adequado
• Existe uma boa comunicação entre as partes interessadas
Os fatores surgem da lista de resultados e benefícios especialmente se esses
começam a dar frutos antes da conclusão do projeto. É necessário identificar
aqueles que permitam produzir facilmente algumas medidas e defina como
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mensurar os progressos. Embora o orçamento seja considerado como um fator
de mensuração, é apenas uma maneira de medir o progresso e nem sempre
significa o sucesso do projeto. Seja quais forem os fatores críticos de sucesso,
o gerente de projeto deve se certificar de que sejam aceitos por seus principais
interessados em especial pelo cliente e patrocinador e dessa forma possa usá-
los como um meio de medir o desempenho do projeto.
3.3. Estimando o tempo das atividades na elaboração de cronogramas.
A utilização de metodologias eficientes e boas práticas são imprescindíveis
para se atingir um índice satisfatório no cumprimento de prazos nos projetos.
Ao estimar o tempo das atividades na elaboração de cronogramas podemos
verificar que quanto maior for o tempo gasto com planejamento em todas as
fases do ciclo de vida do projeto, maiores as chances de sucesso do mesmo.
Assim, elaborar a programação do projeto ou o cronograma do projeto, como é
mais conhecido, é uma atividade que deve demandar tempo e esforço
condizentes com sua importância para os projetos.
O cronograma deve ser elaborado com criterioso cuidado e a partir de
previsões que sejam as mais fundamentadas possíveis, o que nem sempre
ocorre porque muitas vezes os cronogramas são elaborados considerando
marcos contratuais, de faturamento ou de entrega ou pré-acordados, sem que
seja feita uma análise adequada, para verificar a viabilidade real da sua
execução.
Nestes casos, os planejamentos esboçam muito mais um desejo ou uma meta
a ser perseguida, ou até mesmo imposta, não sendo necessariamente uma
estimativa consciente e viável de ser alcançada e o seu cumprimento pode
tender a ser um insucesso.
Quanto mais audaciosos forem os prazos estimados em um projeto, tanto
maior será a possibilidade de haverem atrasos. Portanto, deve-se evitar
considerar no planejamento prazos excessivamente justos e/ou arrojados.
32
Um equívoco bastante comum quando se elabora um cronograma é quanto à
disponibilidade considerada para os recursos do projeto. Na prática, verifica-se
que o tempo real de produção, em um dia normal de trabalho, é em torno de
60% a 75%. Diversas atividades pessoais, fisiológicas e profissionais
(reuniões, treinamentos, participação em eventos, etc.), dentre outras,
impedem uma dedicação integral das pessoas nos projetos.
O gerente de projetos pode fazer algumas considerações e ações importantes
que podem ser úteis para auxiliar nos planejamentos e estimativas dos projetos
conforme listado abaixo:
• Examinar e consolidar bem o escopo antes de estimar os prazos do
projeto;
• Não tentar enganar a si mesmo e nem a outros, fazendo planejamentos
inviáveis que sabe que não podem ser realizados;
• Não aceitar o impulso de estimar os prazos do projeto com base no
prazo desejado;
• Verificar informações históricas de outros projetos anteriores e similares,
para ter como base ao estimar os prazos de um novo projeto;
• Os recursos considerados no projeto devem possuir disponibilidade real
• A elaboração do cronograma deve envolver preferencialmente toda a
equipe e representar um consenso geral; depois de concluído, o mesmo
deve ser bem divulgado, para se tornar do conhecimento de todos os
envolvidos e contar com o comprometimento dos mesmos.
• Procurar envolver ao máximo também o cliente, não só no
planejamento, como também na execução do projeto;
• Obter o máximo de informações inerentes às condições para a
execução do projeto (cultura de trabalho do cliente, suas normas de
segurança, de projeto, de obra e outras praticadas; acordos sindicais
vigentes no local da execução do projeto; calendário religioso e outros
costumes, regionalidades ou leis locais que possam afetar o
desenvolvimento do projeto);
• Analisar e considerar no planejamento os riscos do projeto;
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• Monitorar a execução do projeto e adequar o cronograma sempre que
for preciso;
• Promover ações efetivas, envolver e incentivar a equipe para recuperar
o cronograma, quando forem identificados atrasos.
A duração desejada do projeto não deve determinar as previsões de duração
individuais das atividades. As soluções e formas estratégicas para redução do
prazo do projeto, para atender ao requerido pelo patrocinador ou pelo cliente,
por exemplo, poderão vir a serem trabalhadas posteriormente, se necessário,
após serem concluídas as estimativas dos tempos de durações das atividades
do projeto e ficar bem conhecidos seus caminhos críticos.
O gerente deve ter um controle da execução das atividades do projeto que é
uma função essencial na gestão do projeto visando controlar a evolução do
mesmo, monitorando continuamente durante toda sua trajetória, a quantidade
já realizada e o tempo gasto na execução, comparando com a quantidade
ainda a realizar e o prazo restante para concluir. Isto possibilitará identificar-se
a necessidade de tomadas de ações corretivas, quando forem verificados ou
desvios negativos virem a ocorrer, em relação ao que foi planejado.
O processo para monitoramento e controle do projeto deve contemplar as
atividades relacionadas abaixo, que deverão ser executadas ciclicamente,
durante toda a duração do projeto.
É uma tarefa em que cabe toda a equipe do projeto se empenhar e contribuir
para que todas as atividades deste ciclo sejam executadas com perfeição, de
forma a proporcionar que as otimizações no planejamento possam ser
realizadas corretamente e venham a retornar os resultados esperados.
34
CONCLUSÃO
As diversas variações de escopos, metas e objetivos, não só dos clientes e
patrocinadores, mas necessariamente também das partes interessada,
concomitantemente com a diversidade de fatores e nuanças envolvidas, as
possibilidades de estratégias, critérios e diretrizes a adotar, que concedem aos
projetos terem identidades únicas, tornam as estimativas de tempo dos
projetos um desafio constante.
Requer utilizar-se muita “arte”, para se domar esse verdadeiro mosaico de
perspectivas e os seus obstáculos naturais. Para tal, se faz necessário
associar toda a experiência adquirida nessa atividade a metodologias
consistentes, para superar as adversidades inerentes ao exercício da mesma.
Assim, devemos ter consciência que não há verdades absolutas, nem critérios
definitivos e infalíveis a serem adotados nos projetos de TI. As ações visando
ampliar a capacitação e o aperfeiçoamento dos planejadores, para atualização
dos conceitos e premissas a serem consideradas, deve ser uma preocupação
constante nas empresas.
Para que uma corporação tenha sucesso na aplicação dos conhecimentos de
gerenciamento de projetos é necessário atingir o plano estratégico. Portanto, a
corporação precisa escolher a melhor metodologia na aplicação dos conceitos
e técnicas de gerenciamento de projetos. Foram descritas neste documento
algumas sugestões práticas para que o gerente de projetos vença os desafios
apresentados. Essas sugestões precisam ser adaptadas ao contexto da
corporação, pois os desafios são enormes, e o apoio pequeno.
35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Baucaui, A.; Borba, D.; Silva, I.; Neves, R. Gerenciamento do Tempo em Projetos, 2ª.
ed. Rio de Janeiro: FGV: 2007. 166 p.
Berkun, Scott. A arte do Gerenciamento de Projetos, 1ª. Ed, São Paulo: ARTMED,
2008.
Cleland, David; Ireland, Lewis. Gerência de Projetos, Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso, 2002.
PMI, Guia PMBOK®® / Um guia do conjunto de conhecimentos em Gerenciamento de
Projetos – Quarta Edição © 2008 Project Management Institute, Four Campus
Boulevard, Newtown Square, PA 19073-3299 EUA
Longo, Orlando; Dias, Paulo Roberto; Barbosa, Christina; Abdollahyan, F.
Gerenciamento de Custos em Projetos, 2ª. ed. Rio de Janeiro: FGV: 2008. 146 p.
WebGrafia – Que desafios o gerente de projetos encontra no seu caminho?
http://gerenciapratica.blogspot.com/2008/04/que-desafios-o-gerente-de-projetos.
Acessado dia 03/11/2009 às 22h30min.
WebGrafia – Os desafios do gerenciamento de projetos.
http://www.itweb.com.br/noticias/
Acessado dia 12/12/2009 às 20h30min.
WebGrafia – Gestão de projetos:os desafios e suas soluções
http://computerworld.uol.com.br/gestao/
Acessado dia 03/01/2010 às 23h30min.
WebGrafia – Práticas do gerenciamento de projetos
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u536020.shtml
Acessado dia 12/01/2010 às 20h30min.
WebGrafia – Problemas típicos em gerenciamento de projetos.
http://www.administradores.com.br/artigos/problemas_tipicos_em_gerenciamento_de_
projetos
Acessado dia 15/01/2010 às 21h30min.
36
BIBLIOGRAFIA CITADA
1 – PMI Guia PMBOK®® / Um guia do conjunto de conhecimentos em Gerenciamento
de Projetos – Quarta Edição © 2008 Project Management Institute, Four Campus
Boulevard, Newtown Square, PA 19073-3299 EUA
37
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO 1
Os desafios do gerenciamento de projetos de TI 10
1.1 – As principais dificuldades e problemas no gerenciamento de
projetos de TI 10
CAPÍTULO 2
Algumas áreas do gerenciamento de projetos de TI e seus desafios 14
2.1 – O levantamento e controle de escopo 14
2.2 – O cumprimento dos prazos 16
2.3. – O gerenciamento dos custos 19
2.4 – A criticidade dos riscos 21
2.5 – A boa comunicação entre as partes interessadas 26
CAPÍTULO 3
Vencendo os desafios no gerenciamento de projetos de TI 28
3.1 – Controlando as mudanças nos projetos de TI 28
3.2 – Fatores críticos de sucesso nos projetos de TI 30
3.3 – Estimando o tempo das atividades na elaboração
de cronogramas 31
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
BIBLIOGRAFIA CITADA 36
ÍNDICE 37
ANEXOS 38
38
ANEXO 1
WEBGRAFIA
http://gecorp.blogspot.com/2008/03/falta-de-cumprimento-de-prazos-0.html
Acessado dia 20/02/2010 às 19h45min
Falta de cumprimento de prazos é o principal problema dos projetos nas empresas
O não cumprimento de prazos (66%), falhas de comunicação (64%) e mudanças constantes de
escopo (62%) lideraram a lista dos principais deficiências apontadas pelo 5º Estudo de
Benchmarking em Gerenciamento de Projetos Brasil, realizada anualmente pelo Project
Management Institute (PMI), organização internacional sem fins lucrativos responsável pelo
desenvolvimento das práticas em gerenciamento de projetos no mundo.
Realizado com profissionais de 184 empresas dos mais diversos segmentos (entre elas
Petrobrás, Nestlé, Vale, Votorantim, Lojas Renner, Natura, Gerdau, IBM, HP e BNDES), o
estudo revelou também que 78% das organizações relataram ter problemas de prazo em seus
projetos, 64% de custo, 44% problemas de qualidade e 39% insatisfação do cliente. Em
contrapartida, as empresas pesquisadas afirmaram que os benefícios mais claros obtidos com
o gerenciamento de projetos foram o maior comprometimento com objetivos e resultados
(81%); a disponibilidade de informações para tomada de decisão (78%); e o aumento da
satisfação do cliente (75%), seja ele interno ou externo.
Uma comparação com os resultados da primeira edição do estudo, realizado em 2003
demonstra os grandes avanços na área de gestão de projetos e seus benefícios para as
empresas que passaram a investir em metodologias sólidas para gerir seus projetos. Em 2003,
por exemplo, 72% das organizações pesquisadas afirmaram ter prazos prorrogados em seus
projetos. Em 2007 esse índice baixou para 66%. O dado mais significativo, no entanto, fica por
conta do retrabalho, que caiu de 72% em 2003 para apenas 26% no último levantamento.
Para o coordenador geral do estudo, Américo Pinto, um aspecto que merece destaque é a
mudança na cultura organizacional das empresas apontada pela pesquisa. “Em 2006, 20% das
organizações relataram algum nível de resistência interna importante em relação à gestão de
projetos. Em 2007 este número caiu para 17%, o que significa a valorização da gestão de
projetos realizada de forma profissional, revela Pinto.
Profissionais na área – Na sua avaliação, a gestão de projetos deixou de ser encarada como
”gestão de problemas” para assumir papel cada vez mais estratégico nas organizações em
diversos segmentos. “Para evitar desperdícios, orçamentos onerosos e projetos que sempre
39
duram mais tempo do que o previsto, as empresas estão despertando para a importância do
desenvolvimento e a capacitação de pessoas qualificadas na gestão de projetos”, afirma
Américo.
Segundo o Estudo de Benchmarking do PMI, as habilidades mais valorizadas pelas
organizações são liderança (89%), comunicação (78%) e conhecimento técnico em gestão de
projetos (75%). Por outro lado, comunicação (53%), gestão de conflitos (42%) e capacidade
para integrar as áreas (35%) são as habilidades que as empresas consideram mais deficientes
nos gestores de projetos. “Isso denota que as organizações estão reconhecendo a importância
do Gerente de Projetos e valorizando-o como profissional dedicado a esta atividade”, analisa o
coordenador do PMI.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Versátil Comunicação Estratégica
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ANEXO 2
WEBGRAFIA
http:// www.clicrbs.com.br/zerohora/
Acessado dia 15/11/2009, às 22h30min.
O desafio de gerenciar projetos
Entrevista: Marco Antônio Kappel Ribeiro, presidente do Project Management Institute (PMI-
RS)
No rastro da consolidação do conceito de qualidade nas empresas, as técnicas de
gerenciamento de projetos vêm ganhando terreno. E não só em grandes companhias.
Pequenos negócios que prestam serviços para empresas maiores precisam cada vez mais
demonstrar o uso de técnicas de organização de projetos para garantir a pontualidade na
entrega das propostas. Presidente do Project Management Institute (PMI) no Estado, entidade
que promove evento na Capital neste mês (www.pucrs.br/eventos/pmi), o engenheiro Marco
Antônio Kappel Ribeiro destaca a capacitação na área:
- Quem já está envolvido com qualidade nas empresas sabe que se elas não tiverem uma
certificação têm dificuldade em competir no mercado. O gerenciamento de projetos completa
esse esforço.
Zero Hora - Para que serve o gerenciamento de projetos?
Marco Antônio Kappel Ribeiro - As empresas acabaram entendendo que, para um projeto ser
concluído dentro de um prazo, atendendo a todas as funcionalidades, precisa ser organizado,
planejado, ter uma metodologia. Muitas vezes, as organizações fazem isso tocando de ouvido.
Na hora em que tiveres uma norma especificando os projetos - um cronograma, um orçamento
- , haverá mais profissionalismo na condução de projetos.
ZH - Qual é o perfil do profissional de gerenciamento de projetos?
Ribeiro - Até um tempo atrás, a maior parte dos profissionais vinha da área de Tecnologia da
Informação (TI). Mas hoje várias áreas estão envolvidas. O pessoal da engenharia representa
entre 30% e 40% de filiados.
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ZH - Em uma pequena empresa, como determinar quem é mais indicado para se
responsabilizar pelo gerenciamento de projetos?
Ribeiro - Para começar, é bom ter um gerente com perfil mais generalista. Não é bom escolher
alguém muito especializado na área técnica. O gerente de projeto precisa ter uma visão mais
ampla. Ele terá de se envolver nas partes técnica, administrativa, de recursos humanos.
Precisa entender tecnicamente a atividade, montar a equipe, avaliar o desempenho dos
integrantes.
ZH - Como conciliar a necessidade de qualificação em algo tão específico à realidade de
pequenos negócios, nos quais, muitas vezes, todos fazem de tudo?
Ribeiro - Um esforço importante das empresas nesta área passa pela criação de um escritório
de gerenciamento de projetos. É uma célula dentro da organização que vai identificar os
padrões, as melhores técnicas, normas e modelos a serem adotados em um projeto. E não é
necessariamente várias pessoas se envolvendo. Pode ser uma pessoa aglutinando os
esforços, como ocorre na área de qualidade. Entre todas as habilidades de um gerente de
projetos, a de mais peso é a habilidade interpessoal. Sem capacidade de se comunicar, será
uma dificuldade.
Frase
"As empresas acabaram entendendo que, para um projeto ser concluído dentro de um prazo,
precisa ser organizado, planejado, ter uma metodologia.”