UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Por: Francisca Vilma Viana de Freitas...
Transcript of UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Por: Francisca Vilma Viana de Freitas...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
TEMA
DISLEXIA E OUTRAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Por: Francisca Vilma Viana de Freitas
Orientador
Prof. Dayse Carla Genero Serra
Rio de Janeiro 2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
TÍTULO
DISLEXIA, SUAS CARACTERÍSTICAS E POSSÍVEIS
INTERVENÇÕES
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
psicopedagogia
Por: Francisca Vilma Viana de Freitas
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço, muito especialmente, a
Deus Todo Poderoso, criador do céu e
da terra, por me conceder a graça e a
sabedoria necessárias, para concluir
este curso. A Ele, toda honra e toda
glória para todo o sempre,
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu esposo e
minha filha pelo apoio a mim concedido
ao longo do curso.
Divido com vocês mais este título.
Aos meus professores pela atenção,
dedicação e contribuição para tornar
possível a realização deste trabalho.
5
RESUMO
Apesar de ser uma área de estudos recente, a psicopedagogia vem
alavancando com um auto índice de contribuição para atenuar os transtornos
de aprendizagem. Quando o assunto é pertinente a problemas de
aprendizagem, não adianta inserir aula particular e outros subsídios no
currículo da criança. Tal atitude não passa de manobra para mascarar o
transtorno o que seria altamente prejudicial ao discente, pois a ausência de
intervenção, não só estaria abortando a possibilidade desse aluno desenvolver
suas habilidades de aprendizagem, como também viabilizando o
desenvolvimento de um grau mais acentuado do problema. Faz-se necessária
uma investigação para que, a partir dos dados coletados, haja a intervenção
profissional para identificar a origem do problema e buscar um diagnóstico que
venha atenuar os transtornos de aprendizagem desses indivíduos,
possibilitando-lhes dispositivos que lhes direcionem a estratégias mais eficazes
na busca e aquisição do conhecimento.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada na elaboração desta pesquisa acadêmica
fundamenta-se em coleta de dados científicos extraídos de obras publicadas
por profissionais competentes, pesquisadores e estudiosos dos transtornos de
aprendizagem, em especial, a dislexia, portais oficiais de internet de
associações, jornais e artigos publicados em revistas científicas.
A intenção é direcionar um estudo dirigido para um público que tem sua
atenção voltada para pesquisas sobre o tema dislexia e outras dificuldades de
aprendizagem, suas causas, limitações, interferências, conseqüências e
possíveis soluções.
O trabalho em questão pretende ainda, focar as dificuldades que as
pessoas portadoras de dislexia enfrentam no seu cotidiano e, a importância da
cumplicidade da família do disléxico com o professor e outros profissionais da
área competente.
7
SUMÁRIO
Resumo 5
Metodologia 6
Introdução 8
Capítulo I 11
A aquisição do Conhecimento e sua relação intrínseca com o poder
Capítulo II 16
Transtornos de Aprendizagem Específicos:
Características, Principais Sintomas e Possibilidades de Intervenções
2 . 1 - Dislexia: Transtorno da Leitura 18
2. 2 - Discalculia: Transtorno da Matemática 24
2.3 - Disgrafia: Transtorno da Expressão Escrita 29
CAPÍTULO III 31
A importância da parceria entre família de portadores de Transtornos de
Aprendizagem e profissionais competentes
Conclusão 41
8
INTRODUÇÃO
Dentre os transtornos de aprendizagem mais pesquisados, a dislexia
se sobressai, recebendo uma atenção especial. Até mesmo em nível de
material, podemos encontrar uma diversidade de publicações que nos servem
de bases para estudos e pesquisas. O que me motivou a escolher o tema
dislexia, foi perceber as dificuldades apresentadas no aprendizado de
determinados alunos, seja em escola pública ou particular.
Os transtornos de aprendizagem não escolhem classe social. Por
conseqüência da falta de esclarecimento do problema, as crianças com
transtornos são incompreendidas, podendo até mesmo em alguns casos,
serem intituladas de preguiçosas e desinteressadas para com os estudos e,
esse mal entendido não acontece somente dentro da sala de aula por parte de
alguns educadores, mas também pela família. Este equívoco, geralmente,
causa um mal estar e, por conseguinte, contribui para que a criança se sinta
desamparada e, consequentemente, triste e deprimida, o que pode acarretar
alguns desenvolvimentos de defesas, como por exemplo, a agressividade.
Faz-se necessário e urgente, que os órgãos responsáveis pela
elaboração de projetos educacionais do nosso país, organizem planejamentos
que visem esclarecimentos dos transtornos da aprendizagem, não somente ao
corpo docente das instituições de ensino, mas também aos pais de alunos
portadores de transtornos de aprendizagem em geral. Assim sendo, teremos
maiores expectativas quanto ao futuro acadêmico desses alunos, pois a partir
de esclarecimentos objetivos e direcionados, professores e pais podem com
mais clareza identificar os mais tenros sinais das dificuldades de aprendizagem
específicas e, conseqüentemente, buscar ajuda imediata junto ao profissional
competente.
É de extrema importância, que na pré-escola os professores e pais
façam o monitoramento de perto do progresso de leitura das crianças, pois é
9
na pré-escola que na maioria das vezes encontramos o momento adequado
para identificarmos as características das crianças vulneráveis à dislexia.
Considerando que a criança se encontra em um ambiente público diferenciado
e se defronta com normas específicas que tendem ensinar habilidades as
quais são necessárias à leitura, dividindo esse espaço com outras pessoas que
juntas comungam a mesma experiência. Neste momento, as crianças passam
a carregar sobre si a responsabilidade de ser alunos e as expectativas sobre
seus desempenhos na aprendizagem são demasiadamente grandes. Porém,
há um fator importante que não deve ser esquecido, é que essas crianças vêm
de níveis sociais diferentes e isso pode ser um quesito decisivo no ritmo de
aquisição da aprendizagem, devendo ser valorizado pelo educador.
As crianças, em geral, são diferentes, e é importante identificar a
situação em que exatamente se encontram os alunos na aquisição da leitura,
se são alunos que avançaram ou reduziram o ritmo a um processo que não
lhes pareça confortável. É válido ressaltar, que, por via de regra, não são os
alunos que, necessariamente, têm que adequar-se ao ensino, mas é o ensino
que tem que adequar-se ao potencial de aprendizagem dos alunos.
É aconselhável que no início da pré-escola seja realizado um
monitoramento do progresso da criança, para no final do ano letivo ser
identificadas as habilidades de leitura que essa criança adquiriu e, se
realmente as domina. É notório o comportamento de algumas crianças quando
chegam à escola no que se refere às experiências adquiridas no meio social
em que vivem. Algumas delas possuem um nível de familiaridade com as
palavras, bastante adiantado, as letras não lhes são estranhas, tendo em vista
que livros, revistas, jornais fazem parte do cotidiano de suas famílias, enquanto
outras, não possuem o mínimo de experiência com esses materiais no período
da pré-escola, isso acontece pelo fato de suas famílias não possuírem o hábito
de exercitarem a leitura e, consequentemente, não incentivarem seus filhos a
desenvolverem tal hábito com os livros.
10
Muitos especialistas recomendam que seja realizada uma triagem
durante o segundo semestre do último ano da pré-escola com a intenção de
detectar dificuldades fonológicas e problemas de leitura, em geral, pois nesse
período as crianças já terão passado por um semestre de ensino formal e
normalmente desenvolvido níveis de capacidades fonológicas. Essa avaliação
deverá ser realizada por um profissional que tenha conhecimento sobre leitura
e dislexia, pois a partir do resultado da avaliação, o profissional definirá se
essas crianças estão aptas ou não para a leitura diagnosticando suas
habilidades e dificuldades.
11
CAPÍTULO I
A AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO E SUA RELAÇÃO
INTRÍNSECA COM O PODER
...Deus é a essência de toda fonte de sabedoria.
Por Ele foram feitas todas as coisas
e sem Ele nada poderia ser feito
Existem algumas teorias, as quais afirmam que uma característica que
surge ainda em tenra idade, é a curiosidade. Aos 3 anos de idade, o ser
humano já é capaz de construir as primeiras conjeturas em relação à sua
existência. Quando chegamos a este mundo trazemos conosco uma
característica intrínseca que é a aprendizagem. Logo no primeiro dia de vida
aprendemos a mamar e emitir sons, em seguida engatinhamos, falamos as
primeiras palavras e começamos a andar, dentre muitas outras coisas que
nos permitem sinalizar que estamos garantindo o nosso espaço aqui na
terra. Aprendemos a partir desses acontecimentos e através de pesquisas,
de teorias sobre o funcionamento psíquico, que é inerente ao homem a
tendência nata da aprendizagem e a construção do conhecimento e que,
esse processo acontece de forma natural e voluntária na vida do homem.
Quando a criança não consegue atingir esses objetivos, ou pelo menos
alguns deles, podemos logo perceber que alguma coisa não está correta,
portanto, é necessário investigar o motivo dessa lacuna.
Quando nasce uma criança as expectativas dos pais em relação a ela
são muito grandes, muitos chegam até mesmo a aliviar suas frustrações
sobre essa criança, uma dessas frustrações é a realização profissional.
Desde muito cedo começam as pressões para que a criança se empenhe
para fazer um excelente ensino fundamental, em seguida o ensino médio,
12
para então iniciar a tão sonhada faculdade. Alguns não dão opção de
escolha para que o filho escolha o curso de sua preferência, antes querem
que o filho seja aquilo que eles quiseram ser mas não conseguiram.
Consequentemente, o filho carrega sobre si a árdua responsabilidade de
realizar o sonho dos seus pais, enquanto o seu próprio sonho não tem
chances de realiza-se. Assim sendo, aqueles que conseguem levar até o fim
a idealização dos pais, finalizando o curso superior, formam-se e,
infelizmente, uma grande parcela, torna-se profissionais frustrados,
trabalhando apenas para ganhar dinheiro, mas não têm satisfação
profissional, pois não são vocacionados para a atividade que exercem.
Além da imaturidade dos pais em querer que seus filhos sejam o que
eles não conseguiram ser, tem a pressão psicológica da mídia que sinaliza
de todas as formas que as pessoas só serão aceitas na sociedade pós-
moderna se estiverem de acordo com seus paradigmas, os quais incluem,
beleza e alto nível de escolaridade. Á medida que o tempo avança, essas
exigências ficam cada vez mais agressivas e irracionais. Atualmente, quem
possui apenas o curso superior de graduação não está mais inserido dentro
dos padrões impostos pela mídia, faz-se necessário que o indivíduo
concorra a uma vaga no mestrado, depois doutorado e, por fim, o apogeu
da cultura, ou seja, o pós-doutorado, com domínio, em no mínimo, duas
línguas estrangeiras. Só depois de toda essa corrida frenética é que os
ilustres cidadãos e cidadãs estarão dentro dos paradigmas, particularmente,
estabelecidos pela sociedade hodierna, no que tange a padrões de cultura.
Além da classe social considerada abaixo da linha da pobreza,
residentes das periferias, comunidades carentes e residentes dos sertões do
nosso país, tem o público constituído por portadores de dificuldades de
aprendizagem, que olhando pela ótica dos aspectos elencados pela mídia,
para viabilizar a inserção desses indivíduos dentro do grupo seleto da
sociedade pós-moderna, não resta dúvidas que as suas chances são
praticamente nulas, visto que, a maioria das crianças pertencentes ás
13
famílias que estão abaixo da linha pobreza ainda não têm acesso às escolas
e quando têm, essas instituições são de uma precariedade extrema. Dentro
do mesmo contexto, estão as crianças pertencentes às famílias pobres que
estão inseridas no grupo de crianças portadoras de dificuldades de
aprendizagem específicas. Por um lado as famílias dessas crianças não
possuem condições financeiras para custear um acompanhamento
psicopedagógico, por outro lado, a ausência de esclarecimento nas escolas
em que essas crianças estudam e, ainda, por parte da família que não
possui conhecimento para discernir entre as dificuldades dos filhos e uma
indisposição para estudar. Essas crianças, lamentavelmente, estão
condicionadas ao eterno anonimato, fora da tão sonhada inclusão social.
Assim sendo, reporto-me a Maria Lúcia Lemme Weiss:
“Aspectos sociais estão ligados à perspectiva da sociedade em que estão
inseridas a família e a escola. Incluem, além da questão das oportunidades, o da
formação da ideologia em diferentes classes sociais. A busca do conhecimento
escolar, recorte do acervo de uma cultura, servirá para que? Permitirá uma
definição de classe? Permitirá uma ascensão social? Será um meio para
melhoria das condições econômicas? Responde a uma expectativa de classe?”
(Weiss, Maria Lúcia Lemme, 2008, 13ª Edição, P. 25).
Entende-se que a imposição pela busca frenética da aquisição do
ápice da cultura, muitas vezes não propicia uma corrida prazerosa, mas a
busca do cumprimento de um dever midiático e, consequentemente, o
cumprimento do dever midiático alavanca o desejo do homem pelo poder,
levando-o a um processo de alienação, isso porque é patente que na língua
servidão e poder se confundem inelutavelmente, visto que, o poder tem
origem no discurso, conhecimento e poder estão relacionados; ambos
dependem um do outro, porém, não é possível negar que o poder limita a
liberdade humana. Essa limitação é facilmente observada na diferenciação
do ensino; na sacralização das escolas particulares, a maioria, devidamente
preparada para instruir o corpo docente, tanto no que se refere à seleção do
14
corpo discente, como tecnologicamente, e a segregação dos alunos pobres
nas escolas públicas com total precariedade e abandono. Assim sendo, é
permitido afirmar que a língua funciona como um dos elementos divisor de
águas do poder, com autonomia para distinguir as camadas sociais entre a
elite e a massa e o nível de cultura adquirida por uma pessoa, é o que
define o seu valor e a que classe social ela pertence.
Entende-se que a ganância pelo poder através da linguagem, não
seja um fator que surgiu atualmente, mas algo existente desde a fundação do
mundo, pois é evidenciado que o poder é o ápice do objetivo do ser humano,
haja vista, o episódio descrito na Bíblia Sagrada, quando a serpente através de
seu discurso subversivo enganou Eva, esposa de Adão. Afirmam as Sagradas
Escrituras que quando Deus criou o homem e a mulher, Ele os colocou no
Jardim do Édem e lhes deu o direito de comer de tudo que ali havia, exceto do
fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, no entanto, isso não
bastou. A possibilidade de ser como Deus e adquirir o poder que somente a
Ele pertencia, fez com que Eva não medisse as conseqüências vindouras e,
depois de ouvir o discurso maquiavélico da serpente decidiu, não somente
comer do fruto proibido, mas dá-lo também ao seu marido.
Vale ressaltar, que esse logro que envolve o poder através da
linguagem e do conhecimento é facilmente notado através do monopólio que a
psicologia possui em detrimento das outras especialidades, ou mais
especificamente, a psicopedagogia. Foi notória em uma aula ministrada por um
profissional de psicologia, a forma como ele ergueu barreiras que segregam as
atribuições do psicopedagogo. Foi a partir dessa abordagem que ficou mais
evidenciada as pretensões que a psicologia tem de possuir o controle exclusivo
sobre o funcionamento psíquico, inclusive, no que compete à aquisição da
linguagem, como do aprender e como aprender, identificar os transtornos de
aprendizagem e propor estratégias para minimizá-los.
Não sei se propositadamente, mas a maioria dos livros selecionados
para realizar a leitura sobre o tema escolhido dos transtornos de
aprendizagem, para a concepção e elaboração deste trabalho, em nenhum
15
momento foi encontrada uma abordagem que nomeasse o psicopedagogo
como mediador entre a criança e as dificuldades de aprendizagem específicas,
exceto os materiais específicos de psicopedagogia, ou seja, esse profissional
foi totalmente excluído da literatura em questão.
A psicologia afirma através do Conselho Federal, em artigo de
divulgação nacional (CFP, 1999), que a psicopedagogia, em particular, a
parcela representada pela ABPp, não pode ser profissão, tendo em vista,
algumas características que impediriam esse processo. Dentre os quais estão
estabelecidos: características de formação, atuação, base teórica, técnicas
utilizadas e interesses pelo mercado, afirma ainda em suas conjeturas, que
especialização não pode ser considerada uma profissão acusando a prática
psicopedagógica de utilizar conhecimentos psicológicos, inviabilizando sua
autenticidade e especificidade, tendo como principal argumento a que não é
possível a construção de uma nova teoria nas condições propostas pela
psicopedagogia e, que seus interesses eram meramente escusos, com a
pretensão de galgar exclusivamente mercado de trabalho ao avocar sua
profissionalização, valendo-se da insuficiência das instituições de ensino
brasileira.
Estudos apontam que apenas uma pequena minoria de psicólogos
brasileiros escolhe a área escolar como instrumento de trabalho, devido aos
baixos salários e condições desfavoráveis de trabalho, antes optam pela área
clínica, deixando uma lacuna na área pedagógica. Esse repúdio inerente à
psicologia sobre a proposta de profissionalização da psicopedagogia é, a olhos
vistos, uma das formas mais nítidas e singulares do poder através da tentativa
exclusivista e monopolizadora do conhecimento. Isto posto, reporto-me a
Roland Barthes com a seguinte descrição em seu livro Aula:
“A língua é o objeto em que se inscreve o poder, desde toda a eternidade
humana”. (BARTHES Roland, 2007, P. 12).
16
CAPÍTULO II
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICOS:
CARCTERÍSTICAS, PRINCIPAIS SINTOMAS E
POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÕES
Os Transtornos de Aprendizagem Específicos, “São diagnosticados
quando os resultados em testes padronizados e individualmente administrados
de Leitura, Matemática e Escrita estão substancialmente abaixo da média,
interferindo no rendimento escolar ou nas AVD’s que exijam estas habilidades”
(DSM IV-R). • Leitura: dificuldades significativas no reconhecimento de palavras e
compreensão leitora;
• Escrita: comprometimento das habilidades para escrever ortograficamente
e produzir textos;
• Matemática: dificuldades na realização de operações aritméticas e
resolução de problemas.
Considerações Importantes:
• O grau de comprometimento refere-se ao comparativo com idade, nível
de escolaridade e cognição;
• Descarta-se diagnóstico na presença de RM;
• O aparecimento do transtorno poderá ser em função de múltiplos fatores,
apesar de origem biológica;
• Em presença de déficit sensorial, as dificuldades devem exceder às que
são consideradas para o diagnóstico;
• Comorbidades são muito comuns em Transtornos de Aprendizagem -
TDAH; Ansiedade; Conduta.
17
Importante diferenciar Transtorno das Variações Normais nas realizações
escolares:
• Deve se fazer presente desde o início da Escolarização;
• Persistência, mesmo com atendimento especializado;
• Desconsiderar as Dificuldades Evolutivas e/ou Secundárias;
• Histórico Familiar;
• A etiologia é indefinida, e são total ou parcialmente irreversíveis, portanto
a origem biológica. Não tem cura;
• Atualmente considera-se a junção de causas genéticas e adquiridas.
Pesquisas apontam para:
• Padrões de transmissão que se encaixam em modelo de herança. Por
isso um transtorno de alta herdabilidade;
• Diferenças entre crianças com transtorno e típicas, na ativação de áreas
cerebrais durante a leitura;
• Anomalias estruturais em cérebros de pessoas com o transtorno.
Sintomas Preditivos:
• Fala ininteligível;
• Imaturidade fonológica;
• Dificuldades em aprender o nome das letras e os sons do alfabeto;
• Dificuldades em instruções;
• Dificuldades em compreender a fala e material lido;
• Dificuldades em lembrar letras ou números em seqüência.
18
2. 1 - DISLEXIA: TRANSTORNO DA LEITURA
Dislexia: Definição da British Dyslexia Association:
É uma combinação de capacidades e dificuldades que
afetam o processo de aprendizagem interferindo nas áreas
de leitura, ortografia e escrita. Fraquezas concomitantes
podem ser identificadas nas áreas de processamento de
velocidade; memória de curto prazo; sequencialização;
percepção auditiva e/ou visual; linguagem falada e
habilidades motoras. Está particularmente relacionada ao
domínio e uso da linguagem escrita, o que pode incluir
capacidade alfabética, numérica e musical. (FARREL,
Michael, 2008, p.29).
• A dislexia é persistente;
• Raramente diagnosticada antes do final da Pré Escola;
• De 4 em 5 casos estão associados à Discalculia e Disgrafia;
• É um problema de linguagem, e não de deficiência intelectual;
• Dificuldades de reconhecimento de sons e sua organização em
seqüência para formar palavras; converter letras em código fonético;
• A grande maioria dos disléxicos ao ouvir uma palavra pode saber o seu
significado, mas não consegue ler corretamente a mesma.
Os principais sintomas na dificuldade da leitura são:
• Substituições na forma: p/b/q/d; e/a/o; m/n e no som: f/v; t/d; c/g;
• Confusões das letras com formas semelhantes - u/n, ou palavras
visualmente semelhantes e pequenas;
• Inversões das letras: prato/parto e das sílabas: telefone/tefelone;
• Aglutinações como davontade; acasa; mais oumenos;
• Segmentações como em bora; a quele;
• Omissões diversas - letras; sílabas e palavras;
19
• Problemas com a leitura - lentidão; medo de ler em voz alta; soletração
leitura incidental; utiliza palavras vagas;
• Erros em palavras semanticamente relacionadas - gato em vez de cão.
Os principais Sintomas na Escrita e Ortografia são:
• Evitar em escrever;
• Dificuldades em copiar do quadro, preferindo fazer de um material em sua
mesa;
• Estilo de escrita manual e postural inadequada;
• Erros em terminações: er; ar; or;
• Problemas com ortografia de palavras familiares;
• Troca de sons como s ou ss ou z;
• Tende a escrever foneticamente: sauvar ao invés de salvar;
• Omite o final das palavras ou na seqüência errada.
Como identificá-la:
• Traçar um perfil dos tipos de erros que o aluno comete - leitura e
ortografia;
• Verificar como lê;
• Que tipo de leitura prefere - silenciosa ou em voz alta; e se tem melhor
performance em uma delas;
• Se a pessoa reluta em tarefas de escrever;
• Como é sua postura corporal e manual ao escrever.
Alterações que podem estar associadas:
• Fonológicas: relacionar os sons da fala a mudanças de significado;
compreender que quando um som da fala é modificado em uma palavra,
seu significado muda. Dificuldades em recordar sons da fala - memória e
identificação;
• Percepção e Processamento Auditivo: perceber a diferença de sons
semelhantes em diferentes velocidades. Precisamos enquadrar o que
20
ouvimos em determinada categoria, portanto ha necessidade da
percepção exata do som. Ex: ba/pa;
• Percepção e Processamento Visual: convergência - habilidade para boa
leitura; acomodação - capacidade de ajustar o foco e rastreamento
capacidade em examinar uma linha impressa de palavra para palavra, de
linha para linha;
• Coordenação Motora englobam habilidades finas e amplas;
• Memória de Curto Prazo ou Memória de Trabalho: tendem a menos
recursos de recuperação dos fatos; baixo desempenho em recordar
palavras; instruções; seqüência de números ou letras;
• Seqüencialização nos permite reproduzir a ordem seqüencial de eventos;
• Dificuldades em seqüenciar informações e eventos cronológicos;
• Dificuldades em semelhanças, diferenças, rimas, canções;
• Esquema Corporal e lateralidade;
• Decomposição de palavras;
• Dificuldades de atenção e concentração;
• Atraso de linguagem;
• Dificuldades de memorização;
• Imaturidade global;
• Incidência familiar;
Tipos de Dislexia:
• Dislexia Lexical ou Visual: impossibilidade em realizar leituras por
localização, isto é, a que utilizamos para ler palavras familiares -
reconhecimento de palavras;
• Dislexia Fonológica ou Auditiva: impossibilidade de reconhecimento de
sons, isto é, o recurso que utilizamos para ler palavras desconhecidas ou
pouco freqüentes - leitura por associação;
• Dislexia Mista: problemas para operar tanto com a rota fonológica, quanto
com a lexical.
Para o leitor disléxico, as acomodações representam o
ponto que o liga a seus pontos fortes e, no processo,
21
permitem a ele atingir seu potencial. As acomodações por
si só não produzem o sucesso. As acomodações crescem
em importância à medida que o disléxico progride na
escola. Sem dúvida a mais importante acomodação que se
deve oferecer para o disléxico é a provisão de tempo extra.
A dislexia rouba tempo da pessoa; as acomodações lhe
devolvem esse tempo. Estudos realizados durante as duas
últimas décadas confirmam a necessidade absoluta
“fisiológica” que os disléxicos têm de tempo extra.
(SHAYWITZ,Sally, 2006, p.235).
O indivíduo portador de dislexia que apresenta dificuldades fonológicas
deverá ser incentivado a conscientizar-se e valorizar os seguimentos de sons
que possibilitam significados na fala e utilizá-los na linguagem oral. Deve ser
estimulado a praticar os sons que geralmente não os observa, como por
exemplo, início e final de palavras. Esse argumento é importante para que seja
reconhecida a diferença entre palavras singular e plural, quando seguidas de
“s”. Para facilitar ainda mais a compreensão desse aluno é possível utilizar
recursos como figuras de vários objetos juntos e outra com um único objeto da
mesma espécie, diferenciando a quantidade.
No caso da dificuldade originada por processamento auditivo, é
importante verificar se o aluno apreende mais o conteúdo das aulas
ministradas, através de artifícios nas modalidades cinestésica, como mímica e
dramatização, na visual, com recursos de mapas, ilustrações, vídeos, marca
texto para sinalizar as partes mais importantes de um texto, no aspecto tátil
utilizar métodos com objetos para o aluno manusear. Vale ressaltar a
importância de o aluno habituar-se a gravar as aulas ministradas, pois isso
favorece como um suporte para reforçar a aprendizagem.
Para as dificuldades com a coordenação motora é necessário incentivar
o aluno a utilizar a escrita cursiva por ser mais espontânea e controlável do
22
que as letras de fôrma. Assim, poupa o aluno de primeiro aprender escrever
com letras separadas para depois substituí-las por letras cursivas, Seria neste
caso, uma perda de tempo.
Tratando-se da memória de curto prazo é importante oferecer ao aluno
a oportunidade de optar pelo meio mais prático, em sua opinião, que o
auxiliariam na memorização de forma mais confortável. É o aluno que vai
identificar as condições e os ambientes que propiciam melhor forma de
concentração para beneficiar-se de meios para aquisição de sua
aprendizagem. Em todo caso, é aconselhável ao aluno não tentar efetuar duas
tarefas ao mesmo tempo e optar por locais sossegados para realização das
mesmas, evitando assim, distrair-se com facilidade. Aconselha-se ainda, a
utilizar anotações em agendas, diários e programas de computadores,
ferramentas que irão auxiliá-lo no resgate das informações armazenadas na
memória.
O primeiro e mais importante passo para uma criança disléxica aprender
a ler é o diagnóstico e quanto mais prematuramente for descoberto, melhor. As
crianças que recebem ajuda na fase inicial da pré-escola, têm mais chances de
se tornarem leitores eficientes. O professor deve estar antenado com esse
aluno a fim de observar quando ele não está acompanhando o rítmo dos
outros colegas e, identificar o momento adequado para fazer alterações no
processo da aquisição da leitura como, aumentar ou diminuir a aceleração do
seguimento proposto, encontrar alternativas que possibilitem suas chances de
sucesso na prática da leitura. Neste caso, é necessário que o professor utilize
meios que sirvam de ganchos para envolver o discente no conteúdo da aula
ministrada, evitando que ele se distraia.
A prática constante da leitura e a repetição são fatores de grande valia
no cotidiano de um aluno disléxico.
Segundo Sally, Os pontos essenciais para um programa de intervenção
precoce são:
23
Ensino sistemático e direto em:
Consciência fonêmica – perceber, identificar e manipular os
sons da linguagem oral.
Fônica – como as letras e os grupos de letras representam
os sons da linguagem oral.
Pronunciar as palavras (decodificação).
Ortografia.
Leituras de palavras à primeira vista
Vocabulário e conceitos.
Estratégias de compreensão de leitura.
Prática na aplicação dessas habilidades na leitura e na
escrita.
Treinamento em fluência.
Experiências lingüísticas enriquecedoras: ouvir, falar sobre
um determinado assunto e contar histórias.
(SHAYWITZ,Sally, 2006, p.196).
24
2. 2 - DISCALCULIA: TRANSTORNO DA MATEMÁTICA
Discalculia: Definição:
Discalculia é uma condição que afeta a capacidade de
adquirir habilidades matemáticas. Os aprendizes com
discalculia podem ter dificuldade para compreender
conceitos numéricos simples, não possuem compreensão
intuitiva de números e têm problemas para aprender fatos e
procedimentos numéricos. Mesmo que produzam a
resposta correta ou usem o método correto, eles fazem
isso mecanicamente e sem confiança.
(Farrell, Michael, 2008, p. 73).
Dificuldades características encontradas na discalculia:
• Capacidade para realização de operações aritméticas acentuadamente
abaixo do esperado para idade, inteligência e nível de escolaridade;
• Medição se dá por meio de testes individuais padronizados de cálculo e
raciocínio matemático;
• Normalmente está associado ao Transtorno da Leitura ou Escrita;
• Mais visível no 3º ou 4 º ano;
Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, os sintomas mais freqüentes são:
• Erro na formação de números que freqüentemente ficam invertidos;
• Dislexia;
• Inabilidade para somas simples;
• Inabilidade para reconhecer sinais operacionais;
• Dificuldades em ler corretamente o valor de números com vários dígitos;
• Memória;
• Transporte de números para o local certo na realização de cálculos;
• Ordenação inapropriada dos números;
Dificuldades associadas que podem estar presentes:
25
• Lingüísticas: compreender ou nomear termos, operações ou conceitos
matemáticos; transpor problemas escritos em símbolos matemáticos;
• Perceptuais: reconhecer ou ler símbolos numéricos ou aritméticos,
agrupar objetos em conjunto; alinhar mal os símbolos - ponto decimal;
• Atenção: copiar corretamente números ou cifras; lembrar de somar
números “levados” e observar sinais; substituir um número por outro,
inversão de número (6 e 9);
• Matemáticas: seguir seqüências; contar objetos; realizar cálculos simples
ou aprender a tabuada.
Habilidades e Experiências Não-Verbais:
• Noções de números elementares (0 à 10);
• Produção de novos números;
• Falar a respeito e criar padrões de utilização;
• Compreender que somar é combinar dois grupos de objetos, e que
diminuir é retirar/ separar;
• Noções de quantidade; ordem; tamanho; espaço; distância;
• Conceitos de classificação; seriação; peso; volume; posição;
• Hierarquia;
• Raciocínio;
• Cálculo das 4 operações;
• Percepção de figuras e formas - detalhes, semelhanças e diferenças;
• Espaço - acima/embaixo, primeiro/último/entre etc;
• Ordem e seqüência - primeiro/segundo; dias da semana/mês/estações;
ordem dos números.
Tipos de Discalculia:
• Discalculia espacial: tem relação com a dificuldade de avaliação e
organização visuoespacial;
• Anaritmetria: abrange confusão em procedimentos aritméticos, como, por
exemplo, confundir operações escritas, como adição, subtração e
26
multiplicação;
• Discalculia léxica: - alexia, refere-se à confusão diante da linguagem
matemática e sua relação com símbolos;
• Discalculia gráfica – agrafia, refere-se a dificuldades para escrever os
símbolos e dígitos indispensáveis na efetuação dos cálculos;
• Discalculia practográfica - dificuldade na capacidade de manipular objetos
concretos ou graficamente ilustrados.
De acordo com Farrell, intervenções gerais para a discalculia:
Os aspectos gerais do bom ensino, assim como
intervenções mais específicas, ajudam os alunos com
discalculia. Os problemas de atenção podem incluir
dificuldade para prestar atenção a todos os elementos de
um cálculo. O aluno pode não acompanhar as explicações
do professor. Ele pode não conseguir verificar seu trabalho
de forma confiável. Às vezes, as dificuldades de atenção
são criadas ou exacerbadas pelo estresse ou ansiedade
em relação à matemática. Ao ensinar a classe ou um grupo
de alunos, é importante que o professor esteja seguro de
que o aluno está prestando atenção, por exemplo,
chamando pelo seu nome. Se as explicações forem
divididas em pequenas etapas, será mais fácil para o aluno
prestar atenção, desde que o propósito e o contexto das
etapas estejam claros para ele. Tranqüilizar o aluno e tentar
tornar prazerosa a aprendizagem da matemática, talvez
pelo uso de jogos, ajuda a reduzir a ansiedade e permite
que ele relaxe e, portanto, se concentre e preste mais
atenção. Quando a ansiedade em relação à matemática for
muito grande, o tutoramento individual pode ajudar a
garantir um sucesso inicial e reduzir a ansiedade de não
fazer bem a tarefa.
27
O aluno pode experimentar dificuldade em adaptar
conhecimentos existentes, não conseguindo aplicar
procedimentos não adaptados à tarefa em questão. Por
exemplo, para somar fisicamente diferentes números de
itens (como 2, 3, 4) a 6 itens existentes, o aluno conta a
partir de 1 todas as vezes, em vez de adaptar a maneira de
contar partindo do 6.
Com relação à generalização das habilidades matemáticas,
o aluno pode aprender uma abordagem em uma situação,
com um conjunto de itens, mas não aplicá-la à outra
situação, com itens diferentes, algo que a maioria das
outras crianças faria. Em geral, praticar e aplicar bastante a
abordagem em diferentes contexto ajudará a gravar os
conceitos e termos matemáticos.
O aluno pode ter dificuldade em aplicar aprendizagens
matemáticas, tais como ser capaz de contar dinheiro, em
situações práticas, como pagar com dinheiro em uma loja.
O ensino estruturado de diferentes estratégias,
acompanhado de prática, pode ajudar a adaptar
conhecimentos. Da mesma forma, o aluno pode ser
ensinado a aplicar abordagens e habilidades a diferentes
situações. O professor, primeiramente, assegura-se de que
as habilidades estão estabelecidas e, então, introduz
gradualmente as demandas extras para aplicar o
conhecimento e a habilidade em circunstâncias diferentes.
Por exemplo, usar dinheiro em compras pode começar com
a compra de um único item com preço conhecido, pago
com a quantia exata de dinheiro. Isso permitirá que o aluno
lide melhor com as demandas sociais de fazer compras.
Mais tarde, a tarefa se tornará progressivamente mais
complicada, por exemplo, exigindo troco.
28
Outro aspecto importante é, sempre que possível, o
professor tornar o trabalho relevante e significativo. O
tempo dedicado a explicar por que algum aspecto da
matemática precisa ser aprendido e como pode ser usado
é um tempo bem empregado. Vínculos com os interesses e
passatempos do aluno são motivadores.
O uso de aparelhos concretos faz com que o aluno
vivencie e compreenda o que está sendo feito. O aluno
com discalculia pode necessitar de prática com o uso de
itens concretos por mais tempo do que a maioria dos
alunos. Quando estiverem sendo usado métodos mais
abstratos, lembretes concretos ainda serão úteis para
algumas tarefas. Eles podem incluir linhas de números,
uma caixa com formas físicas identificadas pelo nome e
assim por diante.
As abordagens multissensoriais em que são utilizados de
maneira especial os estilos visuais, auditivos e cinestésicos
podem facilitar a aprendizagem. Por exemplo, quando o
aluno tiver um modo sensorial preferido de aprendizagem é
preciso assegurar que esse seja um dos modos sensoriais
estimulados pelo professor.
(Farrell, Michael, 2008, p. 79).
29
2.3 - DISGRAFIA: TRANSTORNO DA EXPRESSÃO ESCRITA
A disgrafia é à incapacidade pertinente de recordar a grafia das letras. Ao
tentar recordar este grafismo, o aluno escreve muito lentamente, as letras são
ilegíveis porque são muito unidas.
Características:
• Habilidade para escrita acentuadamente abaixo do nível esperado
considerando idade, inteligência e escolaridade;
• Existem poucos testes para esta medição, portanto deve ser realizado por
meio da análise de uma boa mostra de produções escritas e comparar
com os padrões normas - ditados, cópia e textos espontâneos;
• O transtorno é evidenciado por dificuldades na capacidade de compor
textos escritos.
Sintomas Observados:
• Erros de gramática e pontuação das frases;
• Má organização dos parágrafos;
• Múltiplos erros ortográficos;
• Caligrafia excessivamente ruim;
• O diagnóstico não é dado apenas por erros ortográficos ou caligrafia ruim;
• Mais visível no 3º ano e comumente associado aos transtornos de leitura
e matemática.
Para realizar a intervenção, é necessário utilizar
estimulação linguística global e atendimento individualizado
complementar à escola.
Os pais e professores devem evitar repreender a criança.
Elogiar o aluno sempre que conseguir realizar uma
conquista.
Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.
30
Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos
cadernos e provas.
Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma
positiva
(http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/disturbios.htm#Disgrafia)
31
CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA ENTRE FAMÍLIA DE
PORTADORES DE TRANSTORNOS DE
APRENDIZAGEM E PROFISSIONAIS COMPETENTES
Segundo Shaywitz
Embora o pai ou a mãe não deva se tornar o professor da
criança, pode tornar-se aquele que mais ajuda. Com uma
pequena ajuda, bom humor e as sugestões encontradas
aqui, você pode ajudar a acelerar o progresso de seu filho.
Na maior parte dos casos, recomendo fortemente aos pais
que não ensinem a seus filhos todas as regras fônicas ou
um currículo completo de leitura. Ensinar a ler é uma tarefa
complexa e que deve ser executada por um profissional.
Tenha em mente que seu filho está em sala de aula por
talvez seis horas diárias. Você o encontra depois da
escola, quando ele está cansado e menos receptivo à
aprendizagem e quando você também não está com muita
energia ou paciência. Recomendo que você trabalhe com
seu filho de 15 a 20 minutos umas poucas noites por
semana; esse trabalho deve ser divertido, e não uma
obrigação para ambos. Em sua maioria, os finais de
semana devem ser usados para diversão, e não para
recuperar conteúdos.
Concentre-se em reforçar o que seu filho aprendeu. A
escola é o lugar onde a aprendizagem de algo novo deve
ocorrer; sua casa é o local ideal para a prática e para o
reforço. A escola ajuda seu filho a construir os modelos
32
neurais necessários para a leitura; a prática caseira
fortalece e solidifica o modelo. Tente coordenar qualquer
atividade de leitura como o que seu filho está aprendendo
na escola. A meta é reforçar e fortalecer o que ele está
aprendendo. As crianças se saem melhor quando podem
concentrar-se em um procedimento ou uma abordagem de
cada vez. Trabalhe em harmonia com o professor de seu
filho.
Você deve reforçar algumas habilidades básicas que
tornarão a leitura mais compreensível e mais agradável.
Como a maior parte dos comportamentos, a maneira que
lemos reflete os hábitos que desenvolvemos durante o
ensino e a prática. Se incentivar determinados
comportamentos, você poderá ter um papel importante
para garantir que seu filho desenvolva bons hábitos de
leitura. Um dos mais importantes é aprender a pronunciar
as palavras, e fazê-lo cedo. Quando a criança se deparar
com uma palavra de que não esteja certa, incentive-a a
tentar pronunciá-la. Você pode começar perguntando a ela
sobre o primeiro som da palavra. Por exemplo, se a palavra
for mat, você pode dizer com certo exagero: “A primeira
letra é mmm. Qual é o som da letra mmm?” Repita o
processo com o último som, “t”, e depois com o som
intermediário ”aaaa”. Quando a criança conseguir articular
os três sons, peça a ela para combiná-los rapidamente e
dizer mat. Pergunte se o som está bem para ela. A palavra
tem sentido na história? Então ela estará praticando bons
hábitos de leitura, primeiramente decodificando uma
palavra desconhecida e depois verificando se sua
pronúncia está correta. Ao ensiná-la a fazer essas
perguntas automaticamente, você também estará
33
incentivando sua independência como leitor e construindo
sua confiança.
Fale com a professora de seu filho e pergunte quais os
sons e estratégias que estão sendo trabalhados e o que
você pode fazer para ajudar a praticá-las.
(SHAYWITZ, Sally, 2008, p.163).
Seria maravilhoso, se a condição social da maioria das mães deste país,
lhes oferecesse a oportunidade de poder acompanhar e interferir no processo
de desenvolvimento educacional escolar dos seus filhos. Existem alguns
fatores que, infelizmente, impossibilitam a participação na construção do
desenvolvimento desse processo É válido ressaltar, que na sociedade
hodierna, em que a desigualdade social é a olhos vistos e a má distribuição de
renda é imperativa no país, as mulheres não têm escolhas quanto a deixarem
os seus lares e saírem em busca de meios que venham ajudar na manutenção
da casa. Os baixos salários que os homens pertencentes à classe baixa da
sociedade recebem não permitem que suas esposas se responsabilizem
somente pelas tarefas da casa e educação dos filhos, mas são fatores que
justificam a ausência da mãe dentro do lar. O analfabetismo, também é um
fator que impede que os pais utilizem meios para ajudar os filhos no
desenvolvimento educacional.
Assim sendo, quem mais sofre com essa ausência são as crianças, pois
não podem usufruir da presença materna, pois quando essas mães retornam
para suas casas no final de uma jornada de trabalho, na maioria das vezes já
encontram os filhos dormindo e mesmo que ainda estejam acordados, essas
mães não dispõem de tempo para lhes dar atenção, visto que, ainda lhes
espera a segunda jornada de trabalho, ou seja, vão preparar o jantar e cuidar
do restante dos afazeres domésticos. Ainda dentro desses fatores negativos,
existe a negligência de determinados pais que por pura ignorância cultural
acham que estudar não é tão importante assim, justificam suas negativas com
exemplos de pessoas próximas, que estudaram e não conseguiram bons
34
empregos e continuam morando na mesma comunidade, vivendo igualmente
como quem não tem estudo.
Isto posto, conclui-se que as tarefas escolares dos filhos, não estão
inseridas na lista de prioridades dos pais que, nem mesmo têm a sensibilidade
de perceberem alguma dificuldade nos filhos e, ainda que, essa possibilidade
por mais remota que seja venha existir, é preferível ignorá-la, visto que, não
possuem recursos para intervir na investigação da dificuldade, isso porque, na
maioria das vezes, são pessoas analfabetas ou com um grau de instrução
muito baixo. Vale acentuar, a necessidade de promover programas de
conscientização para os pais, objetivando esclarecer não somente as
dificuldades educacionais que os filhos enfrentam, como também, viabilizar
métodos que facilitem a forma de ajudá-los e, consequentemente,
conscientizá-los que, é responsabilidade prioritária, acompanharem a vivência
escolar de seus filhos, focando a necessidade da troca de informação entre
pais e professores para que haja progresso no aprendizado dos filhos.
De acordo com Toomey, 1993, referência abordada por Snowling
A prática de enviar os livros para casa para os pais
ouvirem seus filhos ler tem se difundido muito na Grã-
Bretanha. Entretanto o fato de os pais ouvirem ou
compartilharem essa atividade com os filhos pouco faz
para ajudar as crianças que correm um risco maior de
apresentar deficiências de leitura. Os pais daqueles leitores
pouco competentes em geral não sabem a importância que
a sua ajuda pode ter, nem como melhor proporcioná-la. Em
contraste, estudos de treinamento dos pais envolvendo
explicação e exemplo, e também monitoração e correção,
têm comprovado melhorar a competência dos leitores
deficientes e também o seu entusiasmo com relação à
leitura.
35
(Snowling, Margaret, 2008, p.227).
A tarefa de ter os pais como aliados no desenvolvimento da
aprendizagem requer além de boa vontade, a clareza de como realizar essa
ação, pois é necessário todo cuidado para que estes, por não estarem
capacitados para lidar com essa nova realidade venham não intencionalmente,
cometer erros que possam desestruturar ainda mais o desenvolvimento do
processo. É nessa hora que os professores devem estar atentos às
dificuldades dos pais e iniciar um programa de estrutura e orientação para
primeiro prepará-los e, posteriormente atribuir-lhes a responsabilidade de
cooperadores no desenvolvimento da aprendizagem dos seus filhos.
Essa disposição da escola em reconhecer que os pais das crianças com
transtornos de aprendizagem podem contribuir com a aprendizagem dos filhos,
pode ser percebida também como um processo de inclusão da família junto à
instituição, ora distanciada por não se sentir capaz e pela cultura aquisicionada
pela sociedade de que somente a escola é responsável pela educação dos
filhos.
Os pais das crianças com deficiências de aprendizagem
são frequentemente aqueles que têm pouco contato com
os professores. Eles não se sentem seguros em tratar com
as escolas ou em ajudar na educação de seus filhos, e
tendem a ser percebidos de maneira negativa pelos
professores. Em geral, esses próprios pais tiveram
dificuldades para aprender a ler e a escrever, e sua
ansiedade com relação a seus filhos pode ser mesclada de
culpa sobre sua própria inadequação na alfabetização. A
experiência de conseguir ajudar seus filhos levanta o seu
próprio moral.
Na verdade pode haver obstáculos consideráveis na
comunicação com esses pais, e tanto os professores
36
quanto os pais podem responsabilizar uns aos outros por
isso. Se as escolas quiserem evitar a crescente
desigualdade, dedicando a maior parte da sua atenção aos
pais mais acessíveis, elas têm de aceitar o fato de que é
necessário buscar ativamente os pais inamistosos.
(Snowling, Margaret, 2008, p.229).
A escola deve investir nessa interação com os pais, eles precisam saber
que são úteis e que a sua ajuda é importante para melhor desempenho dos
filhos. Com essa responsabilidade atribuída pela escola, passam a despertar
em si mesmos, habilidades que antes julgavam não existir por se considerarem
ineficientes. Com essa atitude os professores estarão não só ajudando a
levantar a auto-estima desses pais como também conquistando excelentes
aliados para juntos granjearem possibilidades que norteie o caminho para o
sucesso dos seus alunos.
É necessário que o professor também esteja preparado para enfrentar os
obstáculos impostos por algumas famílias dos alunos, pois não é uma tarefa
fácil conseguir conscientizá-las das suas responsabilidades como parceiros no
desenvolvimento educacional dos seus filhos, visto que, como já dito antes,
existe a cultura de que a escola é responsável pela educação, tendo em vista,
que é paga para exercer esse papel e, geralmente, a culpa do insucesso é
depositada sobre o profissional da educação.
Quando os pais trabalham em tempo integral ou se
deslocam, as escolas devem questionar se seria possível
para eles freqüentar algumas reuniões. O professor ou
outro pai ou mãe pode mantê-los informados sobre as
reuniões das quais não puderam participar, ou em alguns
casos os parceiros, os avós ou irmãos mais velhos podem
ir em seu lugar. Se os pais não podem ficar durante uma
hora, suas necessidades são tratadas primeiro, para que
37
eles possam sair mais cedo.
Ao considerar os pais com probabilidade de cooperar com
o programa os professores perceberam ser útil
superestimar em vez de subestimar sua disposição de
participar. Muitas vezes os pais que eles acham que não
cooperarão, na verdade, o fazem, desde que se conquiste
sua confiança. Também é importante tolerar um certo
índice de desistência. Às vezes os pais desistem, e os
professores precisam entender que nem eles nem os pais
precisam se sentir culpados caso isso aconteça. Em vez
disso, os professores precisam garantir aos pais que seus
filhos continuarão o programa na escola.
Quando são identificadas as crianças que devem participar
do programa, o professor da classe pode entrar em contato
com os pais individualmente ou, como alternativa,
organizar um encontro inicial com os pais e mães. Nesta
reunião, os professores precisam perguntar e discutir os
horários adequados para as reuniões semanais, e se os
pais desejam participar. Neste estágio, muitas escolas
acham conveniente deixar os pais de grupos anteriores
relatarem suas experiências.
Os cinco pontos mais importantes a serem discutidos com
os pais nas primeiras reuniões são:
- o fato de que falta a seus filhos confiança na leitura e na
escrita;
- a ajuda e o incentivo diário dos pais quase certamente vai
estimular a confiança e acelerar o progresso;
- os pais são cuidadosamente orientados através de um
programa estruturado de ajuda doméstica;
- sua atenção será atraída às dificuldades específicas de
seus próprios filhos;
- no final das oito semanas, seus filhos serão novamente
38
testados para que os pais possam julgar o seu progresso.
(Snowling, Margaret, 2008, p.230 e 231).
Em geral, as crianças vêem os pais como seus super-heróis e sentem-se
muito mais seguros quando percebem que estes, estão de alguma forma, no
controle de seus problemas e participam ativamente na busca de soluções.
Assim sendo, o sucesso da escola em conquistar a confiança dos pais para
firmarem uma parceria objetivando mitigar as dificuldades de aprendizagem
enfrentadas pelos filhos, é uma barreira ultrapassada que abre as portas para
o início de novas conquistas, pois os pais são as pessoas mais indicadas para
fornecerem informações importantes sobre o dia a dia dessas crianças,
possibilitando aos professores, meios que os auxiliem no processo de
desenvolvimento de habilidades e competências.
Diante do exposto, conclui-se que com essa nova aquisição todos serão
beneficiados; a escola por contar com o apoio e dedicação da família, os pais,
por estarem elucidados os procedimentos sentir-se-ão mais seguros em
relação à instituição, pois serão um elo entre os filhos e os professores e
podem contribuir diligentemente para o desenvolvimento da aprendizagem dos
filhos, e os filhos estarão mais receptivos às técnicas que medeiam as suas
dificuldades com a aprendizagem e mais acessíveis para uma relação de maior
estreitamento com os professores.
Muitos professores quando encaminham o aluno ao
psicopedagogo o fazem com o intuito de melhor auxiliá-lo,
e não desistindo dele.
Por outro lado, muitas vezes ouvi professores comentarem
que encaminharam o aluno ao psicopedagogo, buscando
uma parceria que os ajudasse a encontrar a melhor
maneira de ensinar, e que, no entanto, não receberam
nenhuma orientação. O profissional ignorou o pedido e a
importância do professor.
39
É essencial que o psicopedagogo tenha em mente essa
demanda e estabeleça com o professor uma relação de
troca. Ele tem muito a contribuir no diagnóstico
psicopedagógico e é personagem fundamental no
processo de intervenção. O inverso também é verdadeiro:
o professor deve lembrar que o psicopedagogo muito pode
ajudar na difícil tarefa de ensinar.
Quero acrescentar que é inconcebível, profissionais da
educação assumirem uma postura onipotente de auto-
suficiência. Buscar parceria com outras áreas do
conhecimento, ao contrário de indicar isenção, significa
maturidade pessoal e profissional.
(Bossa, Nadia A., 2007, p.15 e 16).
Embora muitos não concordem, o professor exerce na escola também o
papel de membro da família do aluno, haja vista, que nos primeiros dias de
aula a criança reconhece nesse profissional a tia ou o tio e esse registro
permanece na mente da criança até a fase adulta, em especial, se essa
permanecer na mesma escola por todos os períodos do jardim, fundamental e
médio. Conclui-se que sendo um professor consciente e dedicado, ele vai
conhecer todo o histórico da vida desse aluno, visto que, estão juntos por todo
ano e não é possível eximir-se de um envolvimento afetivo participando, ainda
que indiretamente, cada um do dia a dia do outro.
A priori, a relação professor-aluno-professor deve constituir-se de
solidariedade, respeito e amizade, partindo do princípio que não é concebível o
desenvolvimento de nenhum tipo de aprendizagem, em um ambiente hostil.
Cabe ao professor conservar uma atitude de cordialidade e de respeito,
promovendo uma estrutura que facilite a aprendizagem.
40
È importante salientar a importância da contribuição do professor, junto
ao psicopedagogo, sendo que, como citado anteriormente, conhece o histórico
acadêmico, as dificuldades e as habilidades do seu aluno, portanto, é um elo
importante na colaboração de informações para realização do diagnóstico. O
psicopedagogo, como profissional capacitado para realizar o diagnóstico e o
tratamento dos problemas de aprendizagem escolar, precisa reconhecer no
professor a capacidade de identificar quando o aluno está à margem do
fracasso escolar e socorrê-lo quando esse pede ajuda, buscando desmistificar
o conceito de que a criança não aprende porque é desinteressada e intervir
com o diagnóstico possibilitando a esse aluno motivos para acreditar que é
capaz e que pode superar os obstáculos impostos pelos transtornos da
aprendizagem.
41
CONCLUSÃO
É importante salientar que a falta de estrutura nas escolas e a
desvalorização do professor, são fatores que contribuem para o aumento do
fracasso escolar. É necessário o reconhecimento desse profissional no que diz
respeito a salários dignos, infra-estrutura e cursos de capacitação, ferramentas
necessárias que o habilitam para o bom desempenho de sua função.
Uma das maiores frustrações dos pais é descobri que têm um filho com
transtornos de aprendizagem, esses se sentem impotentes, pois não sabem
como ajudá-lo, e, se recorrem às escolas, os professores também não
dispõem de conhecimentos específicos dos problemas, para esclarecerem
suas dúvidas, visto que não foram instruídos para lidar com os respectivos
transtornos. As universidades dentro de seus cursos de capacitação
profissional, não oferecem disciplinas que capacite o professor a lidar com as
diferentes situações de dificuldades de aprendizagem de seu alunato. Essa
complexidade leva os pais a culparem a escola e a escola a culpar os pais pela
omissão de socorro, ficando o aluno no meio dessa confusão com todos os
prejuízos possíveis, por não encontrar suporte que venha atenuar suas
dificuldades. Dificuldades essas que o levam a um estado depreciativo de
isolamento, ao sofrimento, ao silêncio e ao sentimento de derrota por não
conseguir aproximar-se intelectualmente de seus pares.
É dentro desse contexto que a escola, necessariamente, deve deixar de
lado a imparcialidade e instaurar dentro da instituição métodos eficazes
capazes de prevenir a reestruturação do processo de aprendizagem em seus
aspectos mais inclusivos, visando com essa atitude evitar traumas
ocasionados pelos embaraços dos transtornos de aprendizagem e, evitando
também a evasão escolar, pois em um determinado momento de suas vidas
acadêmicas, essas crianças se cansarão de esperar por ajuda e acabarão
desistindo da escola, preferindo, por falta de opção, incorporar adjetivos
grosseiros atribuídos a elas, erroneamente, como desinteressadas,
42
ininteligentes e que não possuem compromisso com o desenvolvimento
escolar.
Isto posto, compreende-se que sendo professores e pais bem
informados, ambos podem interferir na relação do aluno com o desempenho
na aprendizagem, buscando novos métodos que venham contribuir para a
inclusão desse educando na sala de aula. Considerando, que a identificação
das causas dos problemas de aprendizagem escolar exige uma intervenção
especializada, vale acentuar, a necessidade que a escola possui em
compreender a importância das atribuições de um psicopedagogo dentro da
instituição, e que esse profissional dentro de suas especialidades, tem muito a
contribuir para o desenvolvimento e construção de métodos que servirão de
pontes para uma educação de qualidade de crianças portadoras de transtornos
de aprendizagem específicos, e, também possibilitando aos pais e educadores
caminhos que levem à compreensão de como trabalhar com essas crianças,
promovendo dessa forma, uma vida acadêmica de sucesso para esses
discentes.
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SALLY, Shaywtitz. Entendo a Dislexia. Atmed 2006. MARGARET, Snowling & JOY, Stackhouse. Dislexia, Fala e Linguagem. Atmed 2004. MICHAEL, Farrel. Dislexia e outras dificuldades de aprendizagem específicas. Artmed 2008. WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica Uma visão diagnóstica dos problemas de aprenzagem. 13ª ed. Lamparina 2008. BOSSA, Nadia A. Dificuldades de Aprendizagem o que são? Como tratá-las? Artmed 2000. BARTHES, Roland. Aula. 13ª ed. Cultrix 1980. Estatuto da Criança e do Adolescente – Prefeitura do Rio de Janeiro – Assistência Social.