UNIVERSIDADE DE BRASíLIA -...

17
UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - UnB DEPARTA!1ENTO DE SOCIOLOGIA MESTRADO EM SOCIOLOGIA Disciplina: Tópicos especiais em teoria soci ológica o CAKPO DA CltNcU DA lNFORtlAç&o UASILBUl Aluno: Rubén Urbizagastegui Alvarado Matricula: BS/7010B Brasília, Dezembro de 1987

Transcript of UNIVERSIDADE DE BRASíLIA -...

Page 1: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - UnB

DEPARTA!1ENTO DE SOCIOLOGIA

MESTRADO EM SOCIOLOGIA

Disciplina: Tópicos especiais em teoria sociológica

o CAKPO DA CltNcU DA lNFORtlAç&o UASILBUl

Aluno: Rubén Urbizagastegui Alvarado

Matricula: BS/7010B

Brasília, Dezembro de 1987

Page 2: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

1. J NTRODUCÃO

A "Ciência da Informação" t em sido definida como uma disciplina que

estuda as propriedades, estrutura e compor t amento da literatura fazendo-se enfa

se no seu carÁter multidisciplinar; no espaço geral das Ciências, seria uma da.

integrantes da Ciência Social no mesmo nível que a sociologia, antropologia, lia

guística , psicol ogia, história, economia e outras.

Esta forma de entendimento tem s ido enfatizada por diversos autores

como HARMON (1970), BELKIN (1969) e GOFFMAN (1978).

Introduzida no país a partir de 1934 com a criação do primeiro curso

de formação de especiali stas na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, reforçou­

-se em 1970 com a criaçio do primeiro curso de pós-graduação no IBlCT e ate 1980

ampliou-se seu campo de operação com a formação de 6 cursos de pós-graduaçÃo co

mo especificado na TABELA 1.

A fim de escoar a produção intelectual desta área e assim garantir

a produção e reprodução do campo de atuação criaram-se t ambem 6 revistas de b!

blioteconomia; ligadas a Escolas, Feder ações ou Associações de BibliotecÁrio.:

Ciência da Informação - 1972

Revista da Escola de Biblioteconomia da UFHG - 1972

Revista de Biblioteconomia de Brasília - 1973

Revista Brasileira de Biblioteconomia e DocumentaçÃo - 1973

Estudos Avançados em Biblioteconomia e Ciência da InformaçÃo, 1982

Cadernos de Biblioteconomia

Além de outros Boletins Tecni cos ou Informativos ligados a associ,!

çoes:

Palavra-Chave

Boletim da ABDF

Esta produção intelectual e seu e scoamento pelas revistas de Biblio

teconomia tem sido objeto de analise em duas oportunidades: NEVES & MELO (1983)

que analisam o período 1972 - 1979 e FORESTl & MARTINS (1987) que estudar.. o

período 1980 - 1985; isto ê, a produção intelectual do período de formação e

consolidação dos cursos de pÓs-graduação em ciência da Informação e

nomia.

Biblioteco

o fato de existirem cursos de pós-graduação. revista. espec ializada.

e produção intelectual não seriam suficientes para afirmar que ex iste um campo

de atuação. um campo científico, uma prática científica nesta área? E se assim

fosse, qual ê a esturtura deste campo científico? Quem monopoliza

da autoridade científica? • prática

Page 3: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

º ~_D Í1

18

EL

II :1 '~tro' d

, pél"9rJduIÇ50 em

Ciln

d. d

. I"'ormlç!o I B

iblioteconomia

Innlrviçfo InIcio

CU

r10

Á

reat de concentrlçlo tlt'''L

L''l tlf.. ·tpttfu..lt~

la

ler

1970 M

ntrld

o em

Cib

lci. di Inform

lçlo A

dm

iniurO

lç5o de liu

em

ll d. inform

.ç$o (1977) ei tu

tt· .... dA.. r ... f-""~

__

__

___

__

__

_ -'-"Tr.m

lnrn

ci. d. in

lorm

.çio (19701

lff~l.)

Bi~liol~'1! ed~~çi~ (1976) .. _--

~H,rf_ O.l.. ~UJt.. :.ti.

UFM

G

1976 M

estrado em lJib

lioteconomil

tAdm

ini m

.çio

de SiblioteC

ls' B

iblio

leu

c infO,m!!i~ HPtci.li~._1 ~9!~) __

_ ~'lt~~y~~ ,JF

II6

---

--

McIO

dOIQ

9i. d

o tmin

o em

Bib

tiottcO

t\Om

i. -------

PuCC

1977

Mestuldo em

Bib

lioteconomil

UFPB

197B

M

ettrldo em B

iblioteconomll

UnS

1978 Me"~ado ;m

-Bib

li-õteconomil ;

---

-D

ocumentaçio

us, 1

97

1

1980

--

----_._--

Mtstrado em

Cifnc

J. di C

omun

icação -

opção Biblio

teconom

i. D

outorado em

CiE

nci. d. C

omun

icaçSo -

opção Bib

liote

con

om

ia

(1971·1982)

Educaç50 em

Bib

liote

con

om

ia (1982) P

laneja

mento e .d

min

ittraç30 de serviçOI d

e b

ibliotecas, arqu

ivOI e in

lorm

açio t 19821

Siuenuts de bibl;OI~CaI pub

licu

(1978)

PI.nejamento:o;ganinç-,oeidm

Tnittr'ç.áo d

e-

TI .

, .

" serl/iços de inlorm

.tção (1978) ... ell,~ ~

de J31{.tw~"l","--,!

Recurso

s e técnicas de docum

entação e 'h

J,4.L

do<. il'l.l.' l,-ol.

inlorm

;lÇão cjenti~i~l.!.!78)

(/"~}

_

Page 4: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

o objetivo deste trabalho é explicitar ainda que esquemá ticamente se

o coceito de "campo ci entífi co" como formulado por pierre Bourdieu pode ser 8pl!

cada à Ciência da Info rmação brasileira e se a partir desta aplicação pode ser

identificado a estrutur a des te campo científico com seus agentes e instituiçõ ••

e a dinâmica de suas relações. Busca r -se-á pois ainda Que t entativamente. res

postas para as questões l evantadas.

2. A NOcAo DE CAMPO CIENT(nCO EM BOURDJEU

Para Bourdieu a ciênc ia é um campo socia l como qualquer outro campo.

seja político. religioso ou erudito. com suas relações de força e monopolios,

suas lutas e estratégias. seus int eresses e lucros. mas onde todas essas car.cte

rísticas revestem formas espec íficas. Assim o campo científico ê o lugar, o

espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em jogo nessa luta ê o mo

nopólio da autoridade cient ífica , entendida como capacidade de falar e agir leai

ti mamente. e que é outorgada a um agente determinado. mas onde o próprio funcio

namento do campo produz e supõe uma f orma específica de inter es se.

Esta forma de ver a ciência r ompe com a imagem de "comunidade cient!

fica" equilibrada e sem cofl itos e dos ethos da ciência conforme postulado por

Merton ( ) e onde o universalismo. o comunitari smo . o desinteresse e o cetici.

mo organizado, explodem para dar lugar a uma luta concor r encial pelo monopolio

da autoridade científica de finida como compe tência. prestígio, reputação, reco

nhecimento. autoridade, ce l ebridade , etc. e onde estão implícitos um j ogo de in

teresse e compromissos ci entíficos.

BOURDIEU ( ) sugere que qualquer pes soa que atinge a catego ria de

intelectual ou cientista, na sua chegada encontra ja uma ciência. uma ordem ci

entífica estruturada em lutas ocorridas anteriormente a sua chegada; essa a rde.

es taria estruturada de:

a) uma "ciência oficial" entendida como o conjunto de recursos cien

tificos herdados do passado e que existem num ~e~'ct"."d"0O-__ o=b:.joe~t"iCvc."d~o=

(na forma de instrumentos, obras. instituições. etc.) e num e.ta

do incorporado (na forma de hábitos, c i entíficos, formas de pe~

cepção, apreciação e ação da ciência)

b) conjunto de instituições encarregadas de assegurar:

b.l. a producão e circulação dos bens científicos (c ent roade pe,!

quisa)

b.2. a reprodução e circulação dos produtores e consumidores do.

produtos científicos (Sistema de ensino)

c) instancias de consagração, que compreende uma série de institui

ções Que mamtém e reprodu zem a competência científica:

Page 5: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

e . l. sistemas de editoração, que compreende as revistas científl

~, que apenas publicam artigos segundo oa principios determin~

dos pela ciincia oficial, e exe r cell uma censura (pela "seleçÃo"

determinado pelos critérios dominantes) sobre as produções here

tieas, rejeitando ou desencorajando a intenção de publicar, pela

definição do que é ou não é publicável.

e.2. academias , associações, sistemas de premiaçÃo, que resgua~

dam e r efo rçam a continuidade da autoridade científica legit!

ma.

Sendo que qualquer pessoa chega à ciênc ia (já estabelecida em lut.s

anteriores) através de uma pessagem pelo sistema de ensino - que qualifica I de.!

qualifica os agentes - o campo cientifico é sempre o lugar de uma luta desigual

ent re agentes desiqualmente dotados de capital cultural, e portanto, com capac!

dades t ambém desiguais, para se apropriarem do trabalho científico produzido p~

10 conjunto dos agen t es concorrentes, acionando o conjunto dos meios de prod~

ção científica di sponíveis . Portanto, em qualquer campo c i entífico evidenci..­

- se uma oposição desigual entre agentes dominantes e agentes dominados. Os do

minantes ocupam as posições mai s elevadas na ordem científica estruturad~e na

estrutura de distribuiçÃo do capital científico , e, tendell a ado tar est ra tégias

de conservação visando assegurar a perpetuação da ordem estabelecida com a qual

compactUBlllj os dominados são pretendentes ã "sucessão" e possuem um capital ci

entifico cuja importância esta em relação a importância dos recursos científi

cos acumulados no campo ; estes novatos tendem a adotar estratégia s de sucessÃo

ou subversão :

a) estratégias de sucessão, para asseguarar os lucros prometido. ã aqueles que realizam inovações dentro dos limites permitidos p!

la "ciencia oficial", e

b) estratégias de subversão. procurando uma redifiniçÃo completa

dos conceitos da "ciência oficial" (principio de legitill8ção da

dominação). Esta estratégia é custosa e demais arriscada ja que

tem cont ra si toda a lógica do sistema.

Como se vê, as estratégias que opõem dominantes e pretendentes são

autagônicas e opostas em sua lógica e no seu principio; os interesses que os ~

tivam e OB meios que acionam para satisfazer esses intere.ses depende. de sua

pos içÃo no campo, isto é, do campital cientifico possuido e do poder que este

capital cultural lhes confere sobre o sistema de produçÃo e circulação da ciea

cia e sobre OB lucros que produz.

BOURDIEU sugere também que o campo da produção científica deriva

sua estrutura específica da oposição dial é tica existente entre o campo da pTod~

ção da ciência enquanto sistema de produção de bena culturais - e os in.trume~

tos de apropriação destes bens destinados a um público de produtores de bens

culturaia que produzem para outros produtores de bens culturais, e, o campo da

Page 6: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

industria cul tural organizado visando l evar os bens cu ltu rais produzidos aos

não-produtores des t es he ns c ulturais (grande púb lico ) e que podem se r recruta

dos tanto nas frações não-inle l ectuais da c l asse dominante quanto nas es f eras

cultivandas das c l asse s dominadas . Este campo da produção científica t ende a

produz ir também suas proprias normas de produção e 0$ critérios de ava liação de

se is produtos e obedecem a Lei da Concorrênc ia para o "reconhecimento cultural ll

concedido pelos grupos de pares que sendo c l i entes privil egiados são também e

ao mesmo tempo concorrentes .

A auto r idade cientí fica é então , um capital soc ial que assegura um

poder sobre os mecan i smos cons titutivos do campo e pode ser convert i do em ou

tras espéc i es de cap ita l. é urna espécie pa rt icu l ar de capita l que pode se r BCU

mulado . transmitido e reconvcrtido em outras especies. Acumular cap ital neste

sent ido é fazer um n01lle própr io conhec ido e reconhecido, marca que di s tingue

seu portador, um va lor distintivo. Esta acumu l acão come ça com um capital ini­

cial que é o títu l o escolar. passa pela pós - graduação . o doutoramente, etc. e

assegu ra acesso a cargos admin i strativos . comissões gove r namentais . obtenção de

recursos para pesqui s a, bol sas de estudo , convites , consul toria s,

etc.

di st i nções,

No di ze r de Boudieu "a definição do que esta em jogo na luta cientí

fica, faz parte da l uta c i en t ífica: os dominantes são aque l es que conseguem i .

por uma def inição da c i ênc ia segundo a qual a realização ma i s perfe it a consiste

em ter ser e f azer aquilo que e l es têm, s ão e fa zem". Assim na luta pela au

to ridade cientí f i ca os produto r es de ciência t~m como c lientes seus próprio.

concor rentes , e um produtor só pode e spera r r econhecimento do "va l or" de seus

produtos, dos outros produtores, qu e sendo seus concorren t es são os me nos incl!

nados a r econ hecê- l os sem discussão ou exame . Portanto, somente os produtores

engajados no me smo jogo detêm os meios de se apropriarem simbólicamente da

obra científica e de avaliar seus méritos .

Nesta luta, o qu e esta em jogo éopoder de impo uma definição de ci

ê nc ia que mais este ja de aco rdo com int eresses espec íf icos; a definição mais

apropriada será a que permita ocupa r legítimamente a posição dominante e a que

assegure a mais a lta posição na hierarquia dos valores c i entíficos .

Esquemã ticamente a est rutura do campo científico pode ser desenha­

da como na Figura I a inda que correndo o risco reducionista que es tes modelos

impl i cam:

Page 7: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

Fig. 1. Estrutura do campo científico

o campo da produção da ciência somente se constitui como s istema

de produção de bens simbó l icos que produzem apenas para outros produtores de

bens simbólicos . através da ruptura com o público dos não-produtores de bens

s i mbólicos ou seja com as fr ações não cu lt ivadas , não inte l ectuali zadas das

c l asses dominantes .

I sto se produziria por um processo de fechamento em si mesmo. Os

produtores inte l ectua i s isolam-se na indiferença ou na hostilidade em relação

ao público que consome seus produtos; des ta mane ira - pe lo i solamento - a pr~

dução intelectual se libera da censura e autocensura impostas ou sugerida s pela

r e l ação e confronto com um púb li co alheio ã produção intelectua l, e tende a g~

rar e obedecer ã lógica própria de sue funcionamento : a procura da

cu ltural.

di stinção

I sto sign i fica que quando os diversos prod utores se defrontam . a

compe t ição se desenvo l ve em nome de sua pretensão ã or t odoxia ou ao monopolio

da manipulação l egítima de uma c l asse determinada de bens simból icos , já que

todo ato de produção cultural implica em pretensão à l egitimidade cultural, já

que quando esses criadores são r econhecidos, o que se esta reconhec ido é a s ua

pretensão ã ortodoxia. O me lhor exemp l o deste fato é que as r e jeições e aprov~

ções se expressam na liguagem da excomunhão recíproca.

Quanto mais o campo c i entífico estive r em condições de fun cionar co

mo o campo de uma concorrência pe la legi timidade cultural, tanto mais a prod~

ção c i entifica pode e deve orientar-se para a procura das distinções cultural

mente pertinent es : busca dos t emas. t écn i cas , métodos , etc. que são dotado. de

"valor" na economia específ i ca do campo por serem capazes de permitir 8 existên

cia cultural dos grupos que os produzem. i,e. de outorgar-lhes um valor propri~

mente cultural atribuindo-lhes "marcas de distinção" reconhecidas pelo campo c~

mo culturalmente pertinentes e portanto s ucetioviüs de ·gerem percebidas e reco

nhec idas enquanto tais . em função das taxonomias culturais disponíveis em um

de t erminado estâgio de um dado campo. Deste modo é a própria lei do campo que

envolve os intelec tuais na dialética da di st incão cultural: a pr ocura a

quer preço de Eualquer s inal de diferença capaz de livrâ-Ios do anonimato. Esta

Page 8: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

mesma lei que i mpõe a busca da distinção. i mpõe também os limites dentro dos

qua i s tal procura deve exe r cer sua ação l egiti mamente.

Esse " sentido público" do produto criado, pelo qual o autor é dis

lingUido, ê cons tituido em um processo de circulação e consumo da produção cie~

tífica determinado pe l as re l ações obj e tivas entre as instâncias e os agentes

que ne le estão envo l vidos . As relações socia is na s quais se produz esse " sen

t ido público" . são comandadas pela posição rela tiva que os agentes ocupam na e.!

trutura do campo c i entífico. Em cada uma destas re lações (autor - editor, edi

tor - crít ico, autor - cr íticos, e tc .) cada agente mobiliza a rep resentação que

t em do outro termo da re l ação bem como a representação da definição social de

sua posição objetiva no campo; des ta maneira a lógica de funcionamento do ca.

po científico ê a condição que possibilita e favorece a tendênc ia para uma in

ter rogação axiomática que já esta presen te na doxa.

Essa procura da distinção cultura l (que exprime i nteresse) aprese~

t a sempre uma dupla face porém intimamente ligadas:

a) político , no sentido de uma luta pela ob t enção de créditos, r.

cursos financeiros, instrumentos de pesquisa, etc.

b) int e l ec tua l, no sentido de impor uma definição da "ciência" s,!

gundo os i nteresses políticos.

Estes inves t imentos políticos e c i entificos , que são opostos e complementares

se organizam e f unc i onam em base da taxa méd ia de lucro, que o c ientista obte

ria no campo c i entífico ; assim a tendência dos pesquisadores a se concentrar

nos problemas considerados como os ma i s impor tant es se explica pelo fato de que

uma de scoberta referentes a essas questões trazem um lucro simból ico mais impo~

t ante; a competição ass im desencadeada t em t odas as cnances de dete rminar uma

baixa nas taxas médias do l uc ro simbólico , gerando então uma migração dos pe~

quisadores a assuntos, métodos ou t écnicas me nos prestigiadas, ma s em torno

das quais a competição é me nos intensa. t. pois; o campo cientifico, que desi.

na a cada pesquisador, (em função da posição que ele ocupa nesse campo) seus

problemas indi ssociave l mente políticos e c i entificos, e seus métodos e es tratê

gia política e c i entificos; isto faz com qu e não haja escolha científica que

não seja ao mesmo tempo WIlél estratégia pOlÍtica de investimento otij 'et'ivamente' o~j

entada para a maximização do lucro c i entí f i co , i.e . a obtenção do reconhecime~

to dos pares concorrentes.

o s ist ema da Industria Cultural obedece fundamentalmente, ao.

rativos da concorrência pela conquista do mercado e evidenc ia uma posição

o rdinada dos produtores de bens simbólicos aos detentores dos instrumento.

produção e difu são ; assim os produtos veiculizados pela industria cultural

imp.!

sul!.

d.

.e riam de tipo "méd io" pelo fato de que as obras assim produzidas encontram-a. de

finidas por um público méd i o que comanda as escolhas técnica. e estética.. E.

te tipo médio de pr oduto produzido r esulta de:

Page 9: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

a) um sistema de produção den om inado pela procura de rentabil idade

dos investimentos e da ext e nsão mãxima do püb l ico . e

b) o r esultad o de transações e compromissos e ntre as dife r entes ca

tegorias de age nt es envolvidos em um campo de produçÃo

e socia l me nte diferenciada .

técnica

Tais transações envolvem os detentores dos meios de produção e os

produtor es cu lturais bem como os próprios produtores, que são l evados a l ançar

mão do pode r que lhes confere sua competência espec ífica em est ratégias que

lhes assegurem i nteresses materiais e simbó l icos muito dive r gentes.

Resumindo, um ator social se utili zando do habitus. estabe l ece uma

mediação com uma situação ou campo social. estruturando assim uma prà t ica. A

prática é então . uma rel ação dialética en tre urna situação e um habitus.

HABITUS

CAMPO

é um sistema de disposições duráveis

produto de um longo processo de aprendizado

produto do contato dos agentes socia is com diversas

de es truturas sociais

modalidade.

urna matriz de percepçao . de apreciação e de açao que se realiza

em determinadas condições soc iais

orienta as práticas individua is e co l et i vas

oficio . capita l de técnicas . de r e ferências, conjunto de crençal •

. é um espaco socia l que possui uma. estrutu ra própria

autõnoma em relacao a outros espaços sociais

re l ativamente

possui disputas e herarquias internas

possui princípios inerentes cuj os conteüdos estruturam as rela

cões que os atores estabe l ecem entre si no seu interior

são produ to de um longo e lento processo de especiali zação e de

automatização

cada campo soc ial implica uma. forma dominante de capita l

é o espaço onde se trava . entre 05 agentes uma l uta concorr enei.l

decorrente de r elações de poder ex i sten t es em seu inter ior.

para que um campo funcione. é prec i so. que ha ja objetos de dhp~

tas e pessoas porntas para disputa r o jogo. dotadas de habituI - ---que impliquem no conhecimento e r econhecimento das l e is i manentes

do jogo , dos objetos de di s putas. etc.

Page 10: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

3. O CAMPO DA CI[NCIA DA lNFOR~çAo BRASILEIRA

Aplicando-se o conce it o de "campo científico" de BOURV IEU à Ciência

da lnfo~ção Brasileira . ent~ndc-se que qualque r bibliot~cãrio uma graduado na

Unive r sidade . ~ n contrará na sua chegada ao campo da Bibli otecnonomia , uma orde.

científica estruturada em lutas ante rio res , se essa chegada fosse hoje encont ra

ria o segui nt e :

1. Uma "Biblioteconomia Oficia l"

1.1. Uma biblioteconomia obj etiva: um conj unto de ins tituições onda

se exerce a práti ca da Biblioteconom ia.

Bibl ioteca ~ac i onal

Bib liotecas de Unive r sidades

Bibl iotecas Públicas

Bibliotecas Escolares

Bibli otecas dos Mi nistérios

Bibl iotecas de I nstituições de Pesquisa

Bibli otecas de entidades privadas

1.2 . Uma Bibl ioteconomia incorporada: um conjunto de formas de pe!

cepção e hábitos científicos correntes na práticas da bibliot e­

conomia :

Seleção e aquisiçâo de pub licações

Classi fi caçÃo, ca talogação e indexação

Di ss~minação

Estudo de usuários

Organi~ação e administração de sistemas de informaçÃo

Documentação/informação científica

2. Conjunto de i ns titu içoes encarregadas de assegurar:

2. 1. A produçâo intelectual dos bibliotecários e a circulação de

suas idéias: isto estaria assegurada basicamente pelos cursos

de Pós-graduação na área , mostrados na TABELA 1 e que são:

lBICT/UFRJ-ECO- Ins tituto Brasi l eiro de Info~ção e. Ciência

e Tecnologia, em convênio com a Escola de Comunicação da Uni

versidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade de Brasília, Departamento de Biblioteconomia

Un iversidade Federal de Minas Cerais. Escola de Bibliotecono

mia

Univers idade de são Paulo. Escola de Comunicação e Arte

Universidade Feder a l da Paraíba. Departamento de Bibliot eco

nomia

Pontifica Universidade Ca tó.lica de Campinu. Escola de 8i

bl ioteconomia

Page 11: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

2.2. A reproducão e circulacão dos produtores e consumidores da ai

blioteconomia; isto estaria a s se gurada basicamente pelas Esc~

las de graduacão em Biblioteconomia e que espalhadas pelo paÍl

atingiu a quantia de 34 e scolas. além dos 6 cursos de

duação me nci onados anteriormente

pôs-gr.!

3. Instâncias de consagracão. encarregadas de manter e reproduzir a

competência científica:

3.1. As revistas ci entíficas da ár ea: Es tas são 6:

Ciência da Informacão

Revista da Escola de Biblioteconomia da UFHG

Revista de Biblioteconomia de Brasília

Revista de Biblioteconomia e Documentacão

Estudos Avancados em Biblioteconomia e Ciência da InformaçÃo

Cadernos de Biblioteconomia

3.2. Sistemas de Premiação

a) Prêmio: Bibliotecário do ano. instituída pela Associacão d.

Bibliotecários do Distrito Federal-ABDF

b) Prêmio: "Trabalho Publicado". instituída pela ABDF em con

vênia com O instituto Nacional do Livro para premi

ar a melhor monografia. dissertacão ou tese apareci

da no ano.

c) Assoc iacões: O país Coi regionalzada em 10 regiões onde

atuam la a ssoc iacões de Bibliotecários, com objet!

vos e funcões definidas em estatutos. A União de.

tas associações forma a Federacão Brasileira de ~

sociações de Bibliotecários - FEBAS

d) Conselho Brasileiro de Biblioteconomia. ôrgão do Misistério

de Educação. com a função de normatizar e dar pareceres ao

questões inerentes à área.

Além destas instâncias realiza-se a cada dois anos o Congresso Ira

sileiro de Biblioteconomia e Documentação. que permite encontros e discusõe. de

tôpicos específicos. Começam a aparecer também outros encontros estaduais ou ~

gionais de Bibliotecários como os de Pernambuco e a RegiÃo Sul-riograndense.

e qualquer campo científico é um espaço de luta concorrencial pelo

domínio da autoridade científica. é lôgico pensar que os dominantes se apoder ..

das mais altas herarquias na ordem científica estabelecida. para a partir da

lí, impor um conceito de "biblioteconomia" que mais se ajuste a seus interesses;

portanto, é lôgico pensar também que estes estarÃo presentes Coa0 integrantes do

corpo doscente de professores dos cursos de pós-graduaçÃo especialmente e f.zen

do parte também do corpo editorial das revistas especializadas, estas duas carac

terísticas farÃo também com que sejam os maiores produtores de bens

escoadas atra~~8 das revistas especializadas.

simbÓlicoa

Page 12: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

A TABELA 2 ap re s ~nta o corpo do scente dos cu r sos de pós- grad uação e lD

Bib li o t economia, es t es são os in t e l ectuais dom inantes. Quando confrontados com

a TABELA 4 de a ut ores ma is produtivos no pe L"íodo 19 72-85 se obs e r va que quase

a t ota lidade dos autores ma i s produ tivos são tambem int egrantes do corpo doscen

te dos cu rsos de pós - graduação da área t a nto no pe ríodo de 1972-79 , quan to de

1980-85 ; das Esco l as de Bibli o t economia.

Quando se compa r a a TABELA 3 dos i nteg r antes do Com i t ê Editorial da s

r evistas especia li zadas ",m Bib l iot ec onomia , com a TABELA 4 de Autores ma is pr~

dutivos no pe ríodo 1972-85 , ve rifi ca- se novame nte que quase a tota lidade dos au

tores ma is produtivos formam par te também do co rpo Editorial das r evis tas esp!

cia li za dos, f a to es te que lhes ga rante ace sso ã publicação de seus trabalho s e à

rej e i ção ou disuação/d e sencorajamcnto dos dominados pela impos ição de censuras

através da " se l eção" daquilo que pode o u não pode se r publicado; sendo que s o

aprovarão pa ra publi cação aqueles traba lhos que reforçam seus interesses intele~

tuais . Nota-se ainda que aque l es que estão no topo da he rarquia (os maiores pr~

dutores) são necessar i a m~nte part e do Comitê Editorial das r ev i s t as de bibl iote

co nomia.

4. CONCLUSÕES

Embora de senvolvida muito esqucmãt i camcnte, verificou-se que o con

ce ito de " campo cientifico" de BOURD IEU, pode se r de grande ajuda para c ompree!!.

de r a prãtica c i entífic a da ciência da informação ; ele pe rmite i dentifi ca r a e s

trutura da "Biblio t economia Oficial " criada , m:lnt ida e r e fo r çada pelos intelec

tuais domina ntes e pe r cebe r a forma como es t es inte l ectuais dominantes se apr~

priam tanto das escolas de pós-graduação corno dos comitês editoriais das rev i s

ta s especializadas, e através delas , se projetam também como os mais produtivos

na área de atuação. ~ necessário esc l arecer que não esta em questão a "qualid.!

de" do produto gerado por estes intelectuais , mesmo porque este é um trabalho

apenas de procura de indícios que pode nos l eva r a um trabalho mais sério.

Page 13: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em
Page 14: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

;:' "'< ., ;;; > " . ' t~

~ ~

~ ~

, l , " o •

" • o • ~ ~ o , l!' ~ ú" ~

~ • , ~

" ~" t C

." b ,

I i:

I ~

'" ,

Page 15: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

< ~

~ .. • ~ t

~ ~

! •

o •

~:l' ~i ~\ i;§

~~ t~ · ' · ~ .~ ., " .

" • .. ~.

" ~ , , ) , "

Page 16: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

TABELA 4

. A

uto

res maia

Pro

du

tivo

. no perío

do

1972-85

Au

toru

m

,;, p

rod

utivos

(1972·79)

",U

TO

RE

S

N.

·~ "IrT

ICO

S

CA

LC

ElilA

, P

aulo

Torra

.. , •

.•.... , .

...

......

. . FO

:'l!i!::CA.

Ecson

Nery

.............

..

. o •••••••

V:E

I!\II. ,'n

a Soleua~e

...•.•

•..

••••

.••

••

•.•••

• t'C

LKE

, IIr'1a M

ar,a 11 .

................. , .•

•••••

RU

$5

0.

LJura

G.

Morer'lo

..................... .

GO;

.~[S

. H

afl;)r Esp

anha

••...

..•.••••••

••.•

.••

CM

"'M.H

O.

111);2"';1

cc

O.

. .••..

..•

••.•

.•..•

.•

cr,,· ... 'A!.h

O.

Maria

Lourd

es a ......• o

. .........

.

r.';,>A;'IN

O.

Ma

ria lIu

au

sta

N ..

..........

.....

. . C

U:.H

II. Mt,;r.~o

!3.~SIOS

...•......•

...•...•

.•

. :)!I:jO

I;LlfR

. N

.llh:ll'e

............•.....

..•••

• !'.~(.Ir. ~ !!'·i't.O

R. J

.n,ce

.......••.

...

•.

••.•

•.•

•.

•. iM

f'.C,F!...

Ll'yla

C. a .

............•........•.•. :.;,t,C

IIO.

!::S,ller.,:da

Ma

ria , ....•

. ,' •.. , •..•

•••

uaA

GA

, G

,!da M~r

ia

........ , .. , ...........

.. . F!U

Z,\ M

/II,/si.

M.

, .•..........•

.• ', .•

.••.•

. GII~CIII.

Ma

rill t.(.c;.

A:·., .•...•• , .•.. , •.. o •

••

GO

IlLVES

, Nitc~a

A.

R,

.....• , •

.•..•

...•

••• !.E

MO

S.

Afltb

nio

Ao B

, .,., ... , ..

.•.•.

•...• ",.

L:y,II,

Ete:vina

.. . .... ' ••

•••

•••

•..•

. M

IIV\N

OA

. IIn

~bn

io

.. "."", ........... ,.

, ••• N

OC

F.,,.t. M

illon

....... , .

.•.• , •• ' •.

•.•••.•

•• S

AnA

CE

vIC.

lelloo ......

..

..•.••••• , ...

..•...•

:,S

SU

!l:ÇA

O.

Jand

lra B

........... o

. ....

...... ..

aOT

l:lI·!O.

T,

1t l. G ...

........•

..• , •

.•.•

...... C

IIMI'O

S.

AS

lé"o

....•

... , ..

.•••••

•••

••..

10 9 7 7 6 • 5 5 5 5 5 5 5

• • • • ,. '. '. '. " • • o C

NtV

I\LH

O,

Ma

riO M

arth

. . ...

.•..•

• '.

...

...

.. J

CIII.s

nN

I;T,

Yone

S.

......... ...... .........

..

., FE

.nnE

trlA,

Ma

ria Luiza Ao

G,

.....

........

.....

. 3

FtCU

EtrlE

OO

, N

icc ...

•...

. ,.,,'.

.....

..

......

3 F

IGU

F.1RED

O.

R.

C ..

... "

., .....

..... ,,'..... 3

For~TES.

L. G

..... ,., •.

.•.•... "

"

•• ,......

. 3

L(N

TI:'(O

. No~mia

......... , .. , •.• ,.

, .•..... "

3 N

!;GR

AO

. M

ay

e .•

..• , .•.

..

•.

....

• ,., .•

••.•

. , 3

PA

r,AN

HO

S,

Wauda

M.

M,

R •

• ",.............

. 3

pn

lCE

, O

. d

e

So

ila ,."

••••

...

•.. ",."

•.•• ,.

3 S

I\MB

AQ

UY

. L

Q

•.•

", •• , ......

.... , .... ",.,

3 V

ICE:'<ITI:'<I!. A

bne

r L

C •

•••

• , •• , •

••• , •• ".:' , ••

• 3

TO

I.l d

e

auto

res: 3

8

r."n

: ~~~:. /"~~ ... ::'~;~i. ~

.C·,k"::Vl~~.;:r~~:':i-;. D~~tlZ:: 0-,.

Lil~'

(.2) 1983.

,.. 2 ..

Au

tor" ma"

pro

du

tivos

(19

80

-85

)

AIJT

OIU

S

N. D

I: AJlT

lCO

S

KR

EM

ER

, Ju

nn

elt.

M •

••••••. O

L'V

EliM

. S

i.ôlS M

arqu

es ., .....

....... .

RO

Onr.D

O. Jlllim

o .....

..•

•••••

. ,., • CUN

I~A. M

utilO

BôlJ;IOS

... " •••••

•.•.•

CA

LDE

IRA

. P

aulo da

Te

rra

..

.., .....

.. ,., •.••

• FIG

UE

tnF.D

O.

Nice

I{.enezu d •

..

. " •. , .•

•••••.

F:UZA

. M

arys

i. M

elh

eiros

.'. , , , ••.•

•• ' .' ,

MU

(LL

ER

. S

uzana P

,nheiro

Ma

ch,d

o

..•

... "

••.• TA

RG

INO

. M

aria

das G

raças .....•

• , ••••

...

VIE

IRA.

Ann

a do

Sole

da

ce ...•

.. " .....

..•• , •

. A

R(I(U

O.

nill M

ar!, R

o:!risues

Herm

n d •

.•

. ".

9t.R

ílET

O,

I\ldo

(le

Alb

uq

ue

rqu

e .. "

....

. , .•.

. " FE

r.rV-Z,

Tefez

,no

Ara

nte

s ...•

..... , •••..

.•• ,. "~AGA.L

HAES. ~3

ria H

elen

. d

e A

nd

rad

e,., ......

OU

ER

HO

FER

, C

ecilia A

lves

.....

. ,., ••••••••• ,.

TA

RA

PA

NO

FF

. K

lra ••••

•••• " •• ' •••

••••• , ••• ,. A

ND

RI\D

E.

Mori.

Te

rnin

ha D

i.s d

e ., •••• "

.•..

Aíl,\U

JO.

Walkirla

To

letlo

d

e ".

, •••••..•

.••• ,.

OR

ITO.

Ecna

Maria

To

tre"o

.....•

""

••••

. o. , C

M,'.P

OS.

Carlll;)

Ma

ria ......

....

..........

... .

CA

iWI\!.H

O,

Ma

ria L

ou

rde

s B

. • ••••• , •• , ••••••

CA

SA

NO

VI\,

Vera

Luci,

de

Carva

lho

••••

•• ,.' •••

CI\V

I\LCA

NT

I. C

ord

'lia R

otl.linh

o .

...

.. ,.,., ....

FER

RE

IRA

, 0

61ia V

alério

......... , •• "

•••..•

• '

FERR

Em

A,

GlÓ

ria Isa

bel

Sa

ttam

ini

, •••• , ••••

.••• FL

USSE

R.

Vlclo

r .....•.........

.• , •• , • , •..•

•.

GO

:.1ES

. H

lJcar Espanh

a ..

.... ,

.,., •• , •••

•. o •

LEt.:O

S.

An

tOnio ~

senor

Briquet

d •• ", •••.

.••. L

!~'.A, R

el,na C

fli, M

on

ten

esro

d •

• ,. '"

., .•.• ,. ~ItA

CEOO,

Neusa

Dias

do

, •• , ..

.......

..... ,."

M

I,nTE

LET

O,

Resln.

Ma

ri ••.•

•••

. ", ••• , •••

••• M

OST

AFA

, S

oI.n

B'

Pu

nto

l ••• ,.

, ••••••

•••••. "

PA

SQ

UA

RE

LLI. M

aria

Lui:1

R

iso , ..

............ . PO

BL

AC

ION

. O

inah A

iuia

r ••••••••• ',., •

• , ••• , SO

UZ

A,

Franc

isco das

Ch

esa

, d ••••

• , ••••••••.

To

tal d •

• u

tor •• : 3

5

10 9 9 8 7 7 5 5 5 5 4 4 '. • 4 4 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

Page 17: UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - ainfo.cnptia.embrapa.brainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146307/1/O-Campo... · espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em

5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BELKI N. N.J . ROBERTSON. S. E. In [urma t ion Science and The phemenon

of informati on. JASIS, 27(4) :197-204 , 1976-

HOUDIEU, P. A economia dos trocas simból ica s. 2a . ed. são Paulo .

Per spec tiva , 1982 .

BOURDIEU , P. Questões de sociol ogia. Rio de Janeiro . Marco Ze r o ,

1983.

BOURDIEU, P. Sociologia . são Paul o . Ativa, 1983 .

FORESTI, N.A . B. & MARTINS . M. S.M. Revistas brasi l e iras de Biblio

t economia , Docume ntação e Ciênc ia da Informação : produtividade

de autores no pe ríodo 1980 a 1985. R. Esc. Bibliotecon . UFHG . ,

Be l o Horizonte , 16(1) : 54-71, ma r. 1987.

GOFFMAN, W. In[ormation science : di sc ip l ine or di sappearance.ASLIB

Proceed ings, 22 (12):189-195, Dec . 1970.

HARMON . G.

l35-241.

On the evolution of information sc i ence. JASIS . 28(2):

Dec . 1971.

MARTINS , C.B . Estrutura e ator: a teoria da práti ca em Bourdieu.

Brasília , UnS/Dept9 . de Sociologia , 1987 (Seri e sociol ógica. 63) .

MERTON . R. O e thos da ciência. IN : Sociolo'gia : t eoria e es t r utura.

são Paulo, 1989 .

NEVES . F . l. & MELO , K. das G. de L. Revis tas bras ile iras de s i

blioteconomia e Documentação na decada de 70. Cadernos de Bi

bli ot economia. Arquivologia e Documentação . Li sboa, 2:21-33.

1983.