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UNIVERSIDADE DE BRASíLIA - UnB
DEPARTA!1ENTO DE SOCIOLOGIA
MESTRADO EM SOCIOLOGIA
Disciplina: Tópicos especiais em teoria sociológica
o CAKPO DA CltNcU DA lNFORtlAç&o UASILBUl
Aluno: Rubén Urbizagastegui Alvarado
Matricula: BS/7010B
Brasília, Dezembro de 1987
1. J NTRODUCÃO
A "Ciência da Informação" t em sido definida como uma disciplina que
estuda as propriedades, estrutura e compor t amento da literatura fazendo-se enfa
se no seu carÁter multidisciplinar; no espaço geral das Ciências, seria uma da.
integrantes da Ciência Social no mesmo nível que a sociologia, antropologia, lia
guística , psicol ogia, história, economia e outras.
Esta forma de entendimento tem s ido enfatizada por diversos autores
como HARMON (1970), BELKIN (1969) e GOFFMAN (1978).
Introduzida no país a partir de 1934 com a criação do primeiro curso
de formação de especiali stas na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, reforçou
-se em 1970 com a criaçio do primeiro curso de pós-graduação no IBlCT e ate 1980
ampliou-se seu campo de operação com a formação de 6 cursos de pós-graduaçÃo co
mo especificado na TABELA 1.
A fim de escoar a produção intelectual desta área e assim garantir
a produção e reprodução do campo de atuação criaram-se t ambem 6 revistas de b!
blioteconomia; ligadas a Escolas, Feder ações ou Associações de BibliotecÁrio.:
Ciência da Informação - 1972
Revista da Escola de Biblioteconomia da UFHG - 1972
Revista de Biblioteconomia de Brasília - 1973
Revista Brasileira de Biblioteconomia e DocumentaçÃo - 1973
Estudos Avançados em Biblioteconomia e Ciência da InformaçÃo, 1982
Cadernos de Biblioteconomia
Além de outros Boletins Tecni cos ou Informativos ligados a associ,!
çoes:
Palavra-Chave
Boletim da ABDF
Esta produção intelectual e seu e scoamento pelas revistas de Biblio
teconomia tem sido objeto de analise em duas oportunidades: NEVES & MELO (1983)
que analisam o período 1972 - 1979 e FORESTl & MARTINS (1987) que estudar.. o
período 1980 - 1985; isto ê, a produção intelectual do período de formação e
consolidação dos cursos de pÓs-graduação em ciência da Informação e
nomia.
Biblioteco
o fato de existirem cursos de pós-graduação. revista. espec ializada.
e produção intelectual não seriam suficientes para afirmar que ex iste um campo
de atuação. um campo científico, uma prática científica nesta área? E se assim
fosse, qual ê a esturtura deste campo científico? Quem monopoliza
da autoridade científica? • prática
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o objetivo deste trabalho é explicitar ainda que esquemá ticamente se
o coceito de "campo ci entífi co" como formulado por pierre Bourdieu pode ser 8pl!
cada à Ciência da Info rmação brasileira e se a partir desta aplicação pode ser
identificado a estrutur a des te campo científico com seus agentes e instituiçõ ••
e a dinâmica de suas relações. Busca r -se-á pois ainda Que t entativamente. res
postas para as questões l evantadas.
2. A NOcAo DE CAMPO CIENT(nCO EM BOURDJEU
Para Bourdieu a ciênc ia é um campo socia l como qualquer outro campo.
seja político. religioso ou erudito. com suas relações de força e monopolios,
suas lutas e estratégias. seus int eresses e lucros. mas onde todas essas car.cte
rísticas revestem formas espec íficas. Assim o campo científico ê o lugar, o
espaço de uma luta concorrencial sendo que O que esta em jogo nessa luta ê o mo
nopólio da autoridade cient ífica , entendida como capacidade de falar e agir leai
ti mamente. e que é outorgada a um agente determinado. mas onde o próprio funcio
namento do campo produz e supõe uma f orma específica de inter es se.
Esta forma de ver a ciência r ompe com a imagem de "comunidade cient!
fica" equilibrada e sem cofl itos e dos ethos da ciência conforme postulado por
Merton ( ) e onde o universalismo. o comunitari smo . o desinteresse e o cetici.
mo organizado, explodem para dar lugar a uma luta concor r encial pelo monopolio
da autoridade científica de finida como compe tência. prestígio, reputação, reco
nhecimento. autoridade, ce l ebridade , etc. e onde estão implícitos um j ogo de in
teresse e compromissos ci entíficos.
BOURDIEU ( ) sugere que qualquer pes soa que atinge a catego ria de
intelectual ou cientista, na sua chegada encontra ja uma ciência. uma ordem ci
entífica estruturada em lutas ocorridas anteriormente a sua chegada; essa a rde.
es taria estruturada de:
a) uma "ciência oficial" entendida como o conjunto de recursos cien
tificos herdados do passado e que existem num ~e~'ct"."d"0O-__ o=b:.joe~t"iCvc."d~o=
(na forma de instrumentos, obras. instituições. etc.) e num e.ta
do incorporado (na forma de hábitos, c i entíficos, formas de pe~
cepção, apreciação e ação da ciência)
b) conjunto de instituições encarregadas de assegurar:
b.l. a producão e circulação dos bens científicos (c ent roade pe,!
quisa)
b.2. a reprodução e circulação dos produtores e consumidores do.
produtos científicos (Sistema de ensino)
c) instancias de consagração, que compreende uma série de institui
ções Que mamtém e reprodu zem a competência científica:
e . l. sistemas de editoração, que compreende as revistas científl
~, que apenas publicam artigos segundo oa principios determin~
dos pela ciincia oficial, e exe r cell uma censura (pela "seleçÃo"
determinado pelos critérios dominantes) sobre as produções here
tieas, rejeitando ou desencorajando a intenção de publicar, pela
definição do que é ou não é publicável.
e.2. academias , associações, sistemas de premiaçÃo, que resgua~
dam e r efo rçam a continuidade da autoridade científica legit!
ma.
Sendo que qualquer pessoa chega à ciênc ia (já estabelecida em lut.s
anteriores) através de uma pessagem pelo sistema de ensino - que qualifica I de.!
qualifica os agentes - o campo cientifico é sempre o lugar de uma luta desigual
ent re agentes desiqualmente dotados de capital cultural, e portanto, com capac!
dades t ambém desiguais, para se apropriarem do trabalho científico produzido p~
10 conjunto dos agen t es concorrentes, acionando o conjunto dos meios de prod~
ção científica di sponíveis . Portanto, em qualquer campo c i entífico evidenci..
- se uma oposição desigual entre agentes dominantes e agentes dominados. Os do
minantes ocupam as posições mai s elevadas na ordem científica estruturad~e na
estrutura de distribuiçÃo do capital científico , e, tendell a ado tar est ra tégias
de conservação visando assegurar a perpetuação da ordem estabelecida com a qual
compactUBlllj os dominados são pretendentes ã "sucessão" e possuem um capital ci
entifico cuja importância esta em relação a importância dos recursos científi
cos acumulados no campo ; estes novatos tendem a adotar estratégia s de sucessÃo
ou subversão :
a) estratégias de sucessão, para asseguarar os lucros prometido. ã aqueles que realizam inovações dentro dos limites permitidos p!
la "ciencia oficial", e
b) estratégias de subversão. procurando uma redifiniçÃo completa
dos conceitos da "ciência oficial" (principio de legitill8ção da
dominação). Esta estratégia é custosa e demais arriscada ja que
tem cont ra si toda a lógica do sistema.
Como se vê, as estratégias que opõem dominantes e pretendentes são
autagônicas e opostas em sua lógica e no seu principio; os interesses que os ~
tivam e OB meios que acionam para satisfazer esses intere.ses depende. de sua
pos içÃo no campo, isto é, do campital cientifico possuido e do poder que este
capital cultural lhes confere sobre o sistema de produçÃo e circulação da ciea
cia e sobre OB lucros que produz.
BOURDIEU sugere também que o campo da produção científica deriva
sua estrutura específica da oposição dial é tica existente entre o campo da pTod~
ção da ciência enquanto sistema de produção de bena culturais - e os in.trume~
tos de apropriação destes bens destinados a um público de produtores de bens
culturaia que produzem para outros produtores de bens culturais, e, o campo da
industria cul tural organizado visando l evar os bens cu ltu rais produzidos aos
não-produtores des t es he ns c ulturais (grande púb lico ) e que podem se r recruta
dos tanto nas frações não-inle l ectuais da c l asse dominante quanto nas es f eras
cultivandas das c l asse s dominadas . Este campo da produção científica t ende a
produz ir também suas proprias normas de produção e 0$ critérios de ava liação de
se is produtos e obedecem a Lei da Concorrênc ia para o "reconhecimento cultural ll
concedido pelos grupos de pares que sendo c l i entes privil egiados são também e
ao mesmo tempo concorrentes .
A auto r idade cientí fica é então , um capital soc ial que assegura um
poder sobre os mecan i smos cons titutivos do campo e pode ser convert i do em ou
tras espéc i es de cap ita l. é urna espécie pa rt icu l ar de capita l que pode se r BCU
mulado . transmitido e reconvcrtido em outras especies. Acumular cap ital neste
sent ido é fazer um n01lle própr io conhec ido e reconhecido, marca que di s tingue
seu portador, um va lor distintivo. Esta acumu l acão come ça com um capital ini
cial que é o títu l o escolar. passa pela pós - graduação . o doutoramente, etc. e
assegu ra acesso a cargos admin i strativos . comissões gove r namentais . obtenção de
recursos para pesqui s a, bol sas de estudo , convites , consul toria s,
etc.
di st i nções,
No di ze r de Boudieu "a definição do que esta em jogo na luta cientí
fica, faz parte da l uta c i en t ífica: os dominantes são aque l es que conseguem i .
por uma def inição da c i ênc ia segundo a qual a realização ma i s perfe it a consiste
em ter ser e f azer aquilo que e l es têm, s ão e fa zem". Assim na luta pela au
to ridade cientí f i ca os produto r es de ciência t~m como c lientes seus próprio.
concor rentes , e um produtor só pode e spera r r econhecimento do "va l or" de seus
produtos, dos outros produtores, qu e sendo seus concorren t es são os me nos incl!
nados a r econ hecê- l os sem discussão ou exame . Portanto, somente os produtores
engajados no me smo jogo detêm os meios de se apropriarem simbólicamente da
obra científica e de avaliar seus méritos .
Nesta luta, o qu e esta em jogo éopoder de impo uma definição de ci
ê nc ia que mais este ja de aco rdo com int eresses espec íf icos; a definição mais
apropriada será a que permita ocupa r legítimamente a posição dominante e a que
assegure a mais a lta posição na hierarquia dos valores c i entíficos .
Esquemã ticamente a est rutura do campo científico pode ser desenha
da como na Figura I a inda que correndo o risco reducionista que es tes modelos
impl i cam:
Fig. 1. Estrutura do campo científico
o campo da produção da ciência somente se constitui como s istema
de produção de bens simbó l icos que produzem apenas para outros produtores de
bens simbólicos . através da ruptura com o público dos não-produtores de bens
s i mbólicos ou seja com as fr ações não cu lt ivadas , não inte l ectuali zadas das
c l asses dominantes .
I sto se produziria por um processo de fechamento em si mesmo. Os
produtores inte l ectua i s isolam-se na indiferença ou na hostilidade em relação
ao público que consome seus produtos; des ta mane ira - pe lo i solamento - a pr~
dução intelectual se libera da censura e autocensura impostas ou sugerida s pela
r e l ação e confronto com um púb li co alheio ã produção intelectua l, e tende a g~
rar e obedecer ã lógica própria de sue funcionamento : a procura da
cu ltural.
di stinção
I sto sign i fica que quando os diversos prod utores se defrontam . a
compe t ição se desenvo l ve em nome de sua pretensão ã or t odoxia ou ao monopolio
da manipulação l egítima de uma c l asse determinada de bens simból icos , já que
todo ato de produção cultural implica em pretensão à l egitimidade cultural, já
que quando esses criadores são r econhecidos, o que se esta reconhec ido é a s ua
pretensão ã ortodoxia. O me lhor exemp l o deste fato é que as r e jeições e aprov~
ções se expressam na liguagem da excomunhão recíproca.
Quanto mais o campo c i entífico estive r em condições de fun cionar co
mo o campo de uma concorrência pe la legi timidade cultural, tanto mais a prod~
ção c i entifica pode e deve orientar-se para a procura das distinções cultural
mente pertinent es : busca dos t emas. t écn i cas , métodos , etc. que são dotado. de
"valor" na economia específ i ca do campo por serem capazes de permitir 8 existên
cia cultural dos grupos que os produzem. i,e. de outorgar-lhes um valor propri~
mente cultural atribuindo-lhes "marcas de distinção" reconhecidas pelo campo c~
mo culturalmente pertinentes e portanto s ucetioviüs de ·gerem percebidas e reco
nhec idas enquanto tais . em função das taxonomias culturais disponíveis em um
de t erminado estâgio de um dado campo. Deste modo é a própria lei do campo que
envolve os intelec tuais na dialética da di st incão cultural: a pr ocura a
quer preço de Eualquer s inal de diferença capaz de livrâ-Ios do anonimato. Esta
mesma lei que i mpõe a busca da distinção. i mpõe também os limites dentro dos
qua i s tal procura deve exe r cer sua ação l egiti mamente.
Esse " sentido público" do produto criado, pelo qual o autor é dis
lingUido, ê cons tituido em um processo de circulação e consumo da produção cie~
tífica determinado pe l as re l ações obj e tivas entre as instâncias e os agentes
que ne le estão envo l vidos . As relações socia is na s quais se produz esse " sen
t ido público" . são comandadas pela posição rela tiva que os agentes ocupam na e.!
trutura do campo c i entífico. Em cada uma destas re lações (autor - editor, edi
tor - crít ico, autor - cr íticos, e tc .) cada agente mobiliza a rep resentação que
t em do outro termo da re l ação bem como a representação da definição social de
sua posição objetiva no campo; des ta maneira a lógica de funcionamento do ca.
po científico ê a condição que possibilita e favorece a tendênc ia para uma in
ter rogação axiomática que já esta presen te na doxa.
Essa procura da distinção cultura l (que exprime i nteresse) aprese~
t a sempre uma dupla face porém intimamente ligadas:
a) político , no sentido de uma luta pela ob t enção de créditos, r.
cursos financeiros, instrumentos de pesquisa, etc.
b) int e l ec tua l, no sentido de impor uma definição da "ciência" s,!
gundo os i nteresses políticos.
Estes inves t imentos políticos e c i entificos , que são opostos e complementares
se organizam e f unc i onam em base da taxa méd ia de lucro, que o c ientista obte
ria no campo c i entífico ; assim a tendência dos pesquisadores a se concentrar
nos problemas considerados como os ma i s impor tant es se explica pelo fato de que
uma de scoberta referentes a essas questões trazem um lucro simból ico mais impo~
t ante; a competição ass im desencadeada t em t odas as cnances de dete rminar uma
baixa nas taxas médias do l uc ro simbólico , gerando então uma migração dos pe~
quisadores a assuntos, métodos ou t écnicas me nos prestigiadas, ma s em torno
das quais a competição é me nos intensa. t. pois; o campo cientifico, que desi.
na a cada pesquisador, (em função da posição que ele ocupa nesse campo) seus
problemas indi ssociave l mente políticos e c i entificos, e seus métodos e es tratê
gia política e c i entificos; isto faz com qu e não haja escolha científica que
não seja ao mesmo tempo WIlél estratégia pOlÍtica de investimento otij 'et'ivamente' o~j
entada para a maximização do lucro c i entí f i co , i.e . a obtenção do reconhecime~
to dos pares concorrentes.
o s ist ema da Industria Cultural obedece fundamentalmente, ao.
rativos da concorrência pela conquista do mercado e evidenc ia uma posição
o rdinada dos produtores de bens simbólicos aos detentores dos instrumento.
produção e difu são ; assim os produtos veiculizados pela industria cultural
imp.!
sul!.
d.
.e riam de tipo "méd io" pelo fato de que as obras assim produzidas encontram-a. de
finidas por um público méd i o que comanda as escolhas técnica. e estética.. E.
te tipo médio de pr oduto produzido r esulta de:
a) um sistema de produção den om inado pela procura de rentabil idade
dos investimentos e da ext e nsão mãxima do püb l ico . e
b) o r esultad o de transações e compromissos e ntre as dife r entes ca
tegorias de age nt es envolvidos em um campo de produçÃo
e socia l me nte diferenciada .
técnica
Tais transações envolvem os detentores dos meios de produção e os
produtor es cu lturais bem como os próprios produtores, que são l evados a l ançar
mão do pode r que lhes confere sua competência espec ífica em est ratégias que
lhes assegurem i nteresses materiais e simbó l icos muito dive r gentes.
Resumindo, um ator social se utili zando do habitus. estabe l ece uma
mediação com uma situação ou campo social. estruturando assim uma prà t ica. A
prática é então . uma rel ação dialética en tre urna situação e um habitus.
HABITUS
CAMPO
é um sistema de disposições duráveis
produto de um longo processo de aprendizado
produto do contato dos agentes socia is com diversas
de es truturas sociais
modalidade.
urna matriz de percepçao . de apreciação e de açao que se realiza
em determinadas condições soc iais
orienta as práticas individua is e co l et i vas
oficio . capita l de técnicas . de r e ferências, conjunto de crençal •
. é um espaco socia l que possui uma. estrutu ra própria
autõnoma em relacao a outros espaços sociais
re l ativamente
possui disputas e herarquias internas
possui princípios inerentes cuj os conteüdos estruturam as rela
cões que os atores estabe l ecem entre si no seu interior
são produ to de um longo e lento processo de especiali zação e de
automatização
cada campo soc ial implica uma. forma dominante de capita l
é o espaço onde se trava . entre 05 agentes uma l uta concorr enei.l
decorrente de r elações de poder ex i sten t es em seu inter ior.
para que um campo funcione. é prec i so. que ha ja objetos de dhp~
tas e pessoas porntas para disputa r o jogo. dotadas de habituI - ---que impliquem no conhecimento e r econhecimento das l e is i manentes
do jogo , dos objetos de di s putas. etc.
3. O CAMPO DA CI[NCIA DA lNFOR~çAo BRASILEIRA
Aplicando-se o conce it o de "campo científico" de BOURV IEU à Ciência
da lnfo~ção Brasileira . ent~ndc-se que qualque r bibliot~cãrio uma graduado na
Unive r sidade . ~ n contrará na sua chegada ao campo da Bibli otecnonomia , uma orde.
científica estruturada em lutas ante rio res , se essa chegada fosse hoje encont ra
ria o segui nt e :
1. Uma "Biblioteconomia Oficia l"
1.1. Uma biblioteconomia obj etiva: um conj unto de ins tituições onda
se exerce a práti ca da Biblioteconom ia.
Bibl ioteca ~ac i onal
Bib liotecas de Unive r sidades
Bibl iotecas Públicas
Bibliotecas Escolares
Bibli otecas dos Mi nistérios
Bibl iotecas de I nstituições de Pesquisa
Bibli otecas de entidades privadas
1.2 . Uma Bibl ioteconomia incorporada: um conjunto de formas de pe!
cepção e hábitos científicos correntes na práticas da bibliot e
conomia :
Seleção e aquisiçâo de pub licações
Classi fi caçÃo, ca talogação e indexação
Di ss~minação
Estudo de usuários
Organi~ação e administração de sistemas de informaçÃo
Documentação/informação científica
2. Conjunto de i ns titu içoes encarregadas de assegurar:
2. 1. A produçâo intelectual dos bibliotecários e a circulação de
suas idéias: isto estaria assegurada basicamente pelos cursos
de Pós-graduação na área , mostrados na TABELA 1 e que são:
lBICT/UFRJ-ECO- Ins tituto Brasi l eiro de Info~ção e. Ciência
e Tecnologia, em convênio com a Escola de Comunicação da Uni
versidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade de Brasília, Departamento de Biblioteconomia
Un iversidade Federal de Minas Cerais. Escola de Bibliotecono
mia
Univers idade de são Paulo. Escola de Comunicação e Arte
Universidade Feder a l da Paraíba. Departamento de Bibliot eco
nomia
Pontifica Universidade Ca tó.lica de Campinu. Escola de 8i
bl ioteconomia
2.2. A reproducão e circulacão dos produtores e consumidores da ai
blioteconomia; isto estaria a s se gurada basicamente pelas Esc~
las de graduacão em Biblioteconomia e que espalhadas pelo paÍl
atingiu a quantia de 34 e scolas. além dos 6 cursos de
duação me nci onados anteriormente
pôs-gr.!
3. Instâncias de consagracão. encarregadas de manter e reproduzir a
competência científica:
3.1. As revistas ci entíficas da ár ea: Es tas são 6:
Ciência da Informacão
Revista da Escola de Biblioteconomia da UFHG
Revista de Biblioteconomia de Brasília
Revista de Biblioteconomia e Documentacão
Estudos Avancados em Biblioteconomia e Ciência da InformaçÃo
Cadernos de Biblioteconomia
3.2. Sistemas de Premiação
a) Prêmio: Bibliotecário do ano. instituída pela Associacão d.
Bibliotecários do Distrito Federal-ABDF
b) Prêmio: "Trabalho Publicado". instituída pela ABDF em con
vênia com O instituto Nacional do Livro para premi
ar a melhor monografia. dissertacão ou tese apareci
da no ano.
c) Assoc iacões: O país Coi regionalzada em 10 regiões onde
atuam la a ssoc iacões de Bibliotecários, com objet!
vos e funcões definidas em estatutos. A União de.
tas associações forma a Federacão Brasileira de ~
sociações de Bibliotecários - FEBAS
d) Conselho Brasileiro de Biblioteconomia. ôrgão do Misistério
de Educação. com a função de normatizar e dar pareceres ao
questões inerentes à área.
Além destas instâncias realiza-se a cada dois anos o Congresso Ira
sileiro de Biblioteconomia e Documentação. que permite encontros e discusõe. de
tôpicos específicos. Começam a aparecer também outros encontros estaduais ou ~
gionais de Bibliotecários como os de Pernambuco e a RegiÃo Sul-riograndense.
e qualquer campo científico é um espaço de luta concorrencial pelo
domínio da autoridade científica. é lôgico pensar que os dominantes se apoder ..
das mais altas herarquias na ordem científica estabelecida. para a partir da
lí, impor um conceito de "biblioteconomia" que mais se ajuste a seus interesses;
portanto, é lôgico pensar também que estes estarÃo presentes Coa0 integrantes do
corpo doscente de professores dos cursos de pós-graduaçÃo especialmente e f.zen
do parte também do corpo editorial das revistas especializadas, estas duas carac
terísticas farÃo também com que sejam os maiores produtores de bens
escoadas atra~~8 das revistas especializadas.
simbÓlicoa
A TABELA 2 ap re s ~nta o corpo do scente dos cu r sos de pós- grad uação e lD
Bib li o t economia, es t es são os in t e l ectuais dom inantes. Quando confrontados com
a TABELA 4 de a ut ores ma is produtivos no pe L"íodo 19 72-85 se obs e r va que quase
a t ota lidade dos autores ma i s produ tivos são tambem int egrantes do corpo doscen
te dos cu rsos de pós - graduação da área t a nto no pe ríodo de 1972-79 , quan to de
1980-85 ; das Esco l as de Bibli o t economia.
Quando se compa r a a TABELA 3 dos i nteg r antes do Com i t ê Editorial da s
r evistas especia li zadas ",m Bib l iot ec onomia , com a TABELA 4 de Autores ma is pr~
dutivos no pe ríodo 1972-85 , ve rifi ca- se novame nte que quase a tota lidade dos au
tores ma is produtivos formam par te também do co rpo Editorial das r evis tas esp!
cia li za dos, f a to es te que lhes ga rante ace sso ã publicação de seus trabalho s e à
rej e i ção ou disuação/d e sencorajamcnto dos dominados pela impos ição de censuras
através da " se l eção" daquilo que pode o u não pode se r publicado; sendo que s o
aprovarão pa ra publi cação aqueles traba lhos que reforçam seus interesses intele~
tuais . Nota-se ainda que aque l es que estão no topo da he rarquia (os maiores pr~
dutores) são necessar i a m~nte part e do Comitê Editorial das r ev i s t as de bibl iote
co nomia.
4. CONCLUSÕES
Embora de senvolvida muito esqucmãt i camcnte, verificou-se que o con
ce ito de " campo cientifico" de BOURD IEU, pode se r de grande ajuda para c ompree!!.
de r a prãtica c i entífic a da ciência da informação ; ele pe rmite i dentifi ca r a e s
trutura da "Biblio t economia Oficial " criada , m:lnt ida e r e fo r çada pelos intelec
tuais domina ntes e pe r cebe r a forma como es t es inte l ectuais dominantes se apr~
priam tanto das escolas de pós-graduação corno dos comitês editoriais das rev i s
ta s especializadas, e através delas , se projetam também como os mais produtivos
na área de atuação. ~ necessário esc l arecer que não esta em questão a "qualid.!
de" do produto gerado por estes intelectuais , mesmo porque este é um trabalho
apenas de procura de indícios que pode nos l eva r a um trabalho mais sério.
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