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Universidade de Brasília ITAMAR FERRERIA DE BRITO OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA PRÁTICA DO ESPORTE ESCOLAR Ibititá 2007

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Universidade de Brasília

ITAMAR FERRERIA DE BRITO

OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA PRÁTICA DO ESPORTE

ESCOLAR

Ibititá

2007

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ITAMAR FERREIRA DE BRITO

OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA PRÁTICA DO ESPORTE ESCOLAR

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância de Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar de Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar. Orientador: Profº. Ms. João Danilo Batista de Oliveira

IBITITÁ 2007

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ITAMAR FERREIRA DE BRITO

OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA PRÁTICA DO ESPORTE ESCOLAR

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar pela Comissão formada pelos professores:

Presidente: Professor Mestre João Danilo Batista de Oliveira

Universidade de UEFS e FSBA

Membro: Professor Mestre Cleri Inês Sauer

Universidade de UESC

Salvador (Ba), 04 de agosto de 2007.

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Brito, Itamar Ferreira.

Os Desafios Encontrados Na Prática Do Esporte Escolar . Ibititá, 2007.

25 pagina

TCC (Especialização em Esporte Escolar ) – Universidade de Brasília. Centro de Ensino a

Distância, 2007.

Palavras chave: Esporte, Formação e Novas Tecnologias

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho A Deus, fonte de vida eterna. A meus pais, pelo incentivo e carinho constantes. A minha esposa Manoella pela paciência e apoio incondicional Aos meus filhos queridos que são a minhas fontes de inspiração. E àqueles que me deram força e apoio nessa caminhada.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos aqueles que, direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração deste trabalho e, de modo especial ao professor João Danilo Batista de Oliveira, pelo incentivo constante e pela orientação.

“A grandeza não consiste em receber

honras, mas em merecê-las”.

Aristóteles

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RESUMO

A proposta deste trabalho é relatar analiticamente a minha itinerância no Programa Segundo

Tempo, através de um texto-memorial, relacionando-o com a ajuda das Novas Tecnologias na

minha formação. Fiz a opção pelo memorial por ter vivenciado e coordenado cinco núcleos

desse Programa no município de Ibititá-Ba. A idéia foi vivenciar o cotidiano do curso de

especialização, em companhia dos monitores, e as dificuldades encontradas para oferecer aos

alunos uma forma coerente na prática esportiva. Também relato o papel importantíssimo das

Novas Tecnologias como agente colaborador para o sucesso dessa formação.

Palavras chave: Esporte, Formação e Novas Tecnologias.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO 1

1 – UMA BREVE HISTÓRIA 10

1.1 – OUTRAS PERSPECTIVAS 13

1.2 – O PROGRAMA SEGUNDO TEMPO 15

1.3 – O CURSO 17

CAPITULO 2

2 – AS NOVAS TECNOLOGIOAS E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL 20

2.1 – INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO ESCOLAR 22 CONSIDERAÇÕES FINAIS 23 REFERÊNCIAS 24 FIGURAS 25

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INTRODUÇÃO

A transformação que a sociedade vem sofrendo, com o passar do tempo, provoca reflexões,

análises, questionamentos na área da educação e, conseqüentemente, também na Educação

Física. Não se pode negar que alternativas metodológicas se fazem necessárias para qualificar

a formação do aluno integralmente e encaminhá-lo para um futuro de maior solidariedade.

Nesse sentido, o Programa Segundo Tempo nos “presenteia” com o objetivo de fomentar uma

nova filosofia na prática esportiva. Para tanto, fomos em busca de novos aprendizados e

meios que proporcionem uma visão mais justa e digna na sociedade atual.

Assim, o objetivo deste trabalho é o de proporcionar uma contextualização do Programa

Segundo Tempo, na cidade de Ibititá, como também uma reflexão na questão da Tecnologia

Educacional no Brasil, na formação de profissionais à distância para atuarem no Programa.

Sendo precursora, essa metodologia de ensino traz, assim, a possibilidade de começar a ser

aceita como uma nova metodologia educacional. Enfatizar a necessidade de novos

paradigmas, novas técnicas, bem como novas metodologias de ensino, é uma das

metodologias propostas por estudiosos da área da Educação Física.

O corpo do trabalho encontra-se dividido em duas seções, estruturadas da seguinte forma: Na

primeira seção aborda um relato memorial, no qual descrevo experiências vividas ao longo de

minha existência e as alegrias e tristezas vividas no Programa Segundo Tempo. Na Segunda,

seção faz-se um apanhado da importância das Novas Tecnologias, para a formação

profissional dos agentes que atuam no programa em questão.

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CAPÍTULO 1

1 - UMA BREVE HISTÓRIA

Nasci numa pequena localidade chamada de Pedro Velho, povoado da cidade de Aroeiras, na

Paraíba. Meu pai era agricultor e junto com minha mãe sempre fizeram muitos esforços para

colocarmos na escola. Somos sete irmãos e nossos pais sempre falavam que teriam que formar

a todos nós. Ou seja, uma idéia de que só seriamos “gente” se estudássemos e se tivéssemos à

“bendita formatura”.

Na nossa casa sempre havia vários livros que os meus irmãos mais velhos traziam para casa,

eles estudaram em escolas mais adiantadas.

Cresci com a liberdade de brincar embaixo das árvores, tomar banho num rio que passava

perto da nossa casa, correr atrás dos bois e andava a cavalo, subia montanhas e escalava

rochas. Tínhamos várias brincadeiras todos os dias e, nesse sentido, Ângela Cristina Munhoz

Maluf nos chama a atenção que “é importante à criança brincar, pois ela irá se desenvolver

permeando por relações cotidianas, e assim vai construindo sua identidade, a imagem de si e

do mundo que a cerca” (2003, p20)

Quando chegou o tempo de ir para a escola, eu achei maravilhoso, pois eu sempre via meus

irmãos irem e eu não podia acompanhá-los e só ouvi minha mãe dizer “que no ano que vem

você vai”. Para ir à escola, teria que caminhar uns quatro quilômetros todas as manhãs, mas

não era problema algum, afinal estava indo à escola. O caminho era tranqüilo e esse trajeto

servia de um momento de muitas alegrias já que, durante a caminhada, brincava, corria,

pulava e, às vezes, brigava também. Nessa fase da minha vida, estava partindo para outro grau

de desenvolvimento e nessa perspectiva, Wallon comenta,

É ao sair da idade puramente familiar, por volta dos seis ou sete anos, no início da idade escolar, que começa a ser capaz de procurar um lugar em um grupo cujos membros são livres de aceitar ou não. A partir desse momento, a crianças aprende a conduzir-se como uma pessoa no meio de seus semelhantes, com a vontade dos quais ela poderá ter de se pôr de acordo, resultando daí pra a criança a possibilidade de desenvolver toda uma nova variedade de condutas sociais”. (1975, p.173)

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Estudava na Escola Municipal Cosme e Damião. Nessa escola, uma única professora para

todas as turmas, ou seja, da alfabetização à 4ª série. Depois que entrei na universidade,

descobri que se chama de turmas multsseriada.

Nessa escola, não tínhamos nenhuma atividade de educação física, ou seja, só tinha a hora do

lanche para brincar, interagir com os colegas. Foram quatro anos de muitas alegrias e

tristezas. Eu era muito “chorão”, só bastava não saber fazer uma determinada tarefa, que eu

caia aos prantos. Não me recordo o porquê, não sei se era medo ou angústia, pois acontecia

quase todos os dias. Talvez a falta de brincadeiras, ou brinquedos, na escola contribuía para

minha timidez. Sobre a ludicidade, Kishimoto nos diz que:

É através dos brinquedos e das brincadeira que criança tem oportunidade de densenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo dos adultos, onde ela restabelece seu controle interior, sua auto-estima e desenvolve relações de confiança comsigo mesmo e com os outros. (2005, p 33)

Depois da 4ª série foi estudar em outra cidade paraibana conhecida como Itabaiana, já que na

cidade onde nasci não tinha de ginásio. Agora estava no Colégio Estadual, o maior da cidade.

Foi uma verdadeira revolução na minha vida, sair de uma classe em que estudava desde a

alfabetização com uma única professora, entrar em uma turma sem conhecer ninguém e a

cada cinqüenta minutos entrar um professor ou professora diferente. Mas consegui me adaptar

logo e não tive muitos problemas, sempre fui um aluno esforçado e sempre tirava notas acima

da média. Foi nessa idade de 11 aos 15 anos que comecei a descobrir minhas primeiras

paixões e a maior delas foi por uma professora de educação artística. Como ela era linda!

Também, nessa escola, conheci a disciplina de educação física. O professor daqueles bem

“malhados” disse que, no dia seguinte, era para estamos todos no campo da escola para fazer

atividades físicas. Quando cheguei ao local marcado pelo professor de educação física ele me

pesou, me mediu e depois disse que era para ficar todo mundo em “forma”. Fez alguns

exercícios e formou os times para jogar futebol. Foi um “desastre”. Eu que vinha de toda

minha infância de uma escola do campo, pouco sabia jogar futebol. Então, o professor disse

que eu não precisava fazer atividades de educação física porque eu não sabia jogar bola e para

obter as notas para passar de ano só bastava fazer alguns trabalhos que era o suficiente. Ou

seja, aquele professor tinha na sua concepção de educação física que os alunos precisam

“treinar os corpos para o rendimento, para o espetáculo esportivo, o que significa

naturalizar as experiências em laboratório com seres humanos, equiparando-os com os

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animais.” (SADI, 2004, p.20). Nesse intuito as atividades de educação física voltadas só para

aqueles alunos que já sabiam jogar futebol e os outros estavam excluídos de atividades

esportivas. Essa idéia de ensinamento é totalmente contrária aos ensinamentos de Paulo

Freire, quando ele nos diz que:

É por isso que transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador. Se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar. (p. 25, 1996)

Quando terminei a 8ª série fui estudar o ensino médio em uma escola técnica, em que fiz o

curso de técnico em contabilidade. Nesse curso havia várias disciplinas interessantes, mas

uma em especial me chamou a atenção, eram as aulas de computação. Tínhamos essas aulas,

mas não como mexer em um computador, mas a sua programação (DBASE) era a nossa

linguagem para fazer programas, não existia nenhum computador nessa escola, mas

“aprendíamos” como programá-los.

Nessa escola, também tinha atividades de educação física, mas como eu estudava à noite não

era obrigado a participar de tais atividades. Então, não precisa me preocupar, pois não sofreria

constrangimentos. Mas, nessa escola apareceu um professor de educação física que trabalhava

no Banco do Brasil e queria trabalhar voluntariamente com os alunos daquela escola, na

formação de um time de basquete, pois ele aprendeu a jogar quando adolescente na cidade

natal dele e na nossa cidade não tinha nenhum time de basquete. Professor Elcio, como ficou

marcado para todos os alunos que o conheceram, passou nas salas e fez a proposta para quem

quisesse aprender a jogar basquete. Eu sabia que para jogador de futebol não tinha condições,

mas tinha comigo muita vontade de praticar algum esporte e essa chance não poderia deixar

passar. Em 1987, entrei no projeto para formar o time de basquete do colégio. Sabemos que a

semente plantada para o desenvolvimento dessa atividade esportiva, naquele município,

rendeu e é uma prática em todas as escolas daquela comunidade, atualmente. Esse professor,

apesar de não ser formado em educação, trazia na sua bagagem profissional uma interação no

processo docente da comunicação pedagógica. Ele tinha uma forma de viabilizar um contato

real com os alunos e criava situações positivas na busca de reflexão coletiva. Ele costumava

dizer que o fato de estarmos ali sem obrigação não lhe tirava a responsabilidade de preparar

aquele grupo para a cidadania como seres ativos e participativos na sociedade. Essa idéia nos

lembra Libâneo (apud Medeiros,2004) que diz:

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O sinal mais indicativo da responsabilidade profissional do professor é seu permanente empenho na instrução e educação dos seus alunos, dirigindo o ensino e as atividades de estudo de modo que estes dominem os conhecimen-tos básicos e as habilidades, e desenvolvam suas forças, capacidades físicas e intelectuais, tendo em vista equipá-los para enfrentar os desafios da vida prática no trabalho e nas lutas sociais pela democratização da sociedade. (p. 90).

Passados os três anos de muito estudo atividades esportivas, em dezembro de 1990, prestei

vestibular e fui aprovado para Química Industrial na Universidade do Estadual da Paraíba em

Campina Grande. Cursei dois anos, abandonei o curso, pois trabalha e morava a 80km da

Universidade, não tendo como conciliar. Nesses anos que passei nessa universidade, adquiri

bastante conhecimento e contribuí muito na minha vida futura.

1.1 - OUTRAS PERSPECTIVAS

Em fevereiro de 1996, fui visitar um de meus irmãos na cidade baiana de Ibititá, em pleno

semi-árido nordestino, onde estou até hoje. Em junho de 1998, fui convidado pela diretora do

Colégio Estadual Democrático de Ibititá para dar aulas de química no como professor

contratado pela Prefeitura da cidade. Em 2002, fiz o concurso para professor municipal e fui

aprovado. Neste mesmo ano, também prestei vestibular para Pedagogia na UNEB e fui

classificado entre os melhores, conclui o curso em agosto de 2006.

No percurso como professor, sempre estive em busca de novos aprendizados, participando de

cursos e palestras sempre que era possível. Participei de um curso, em 2000, que foi de

estrema importância na minha formação profissional. Denominado de TV escola e os

desafios de hoje, promovido pela TV Escola em parceria com o MEC para professores das

escolas públicas, esse curso trazia uma abordagem de como os professores deveriam

introduzir as novas tecnologias no contexto escolar e, por ser à distância, nos proporcionou

uma nova visão para a formação profissional, tendo em vista, que à distância não é mais

problema.

Durante a graduação, de 2002 a 2006 no curso de pedagogia foi um novo desafio na minha

vida, eu só fiz esse curso porque era a única opção na micro-região. Como sempre busquei

novos conhecimentos aprendizados e por acreditar que nunca sabemos o bastante encarei o

curso com destreza e perseverança e foi nesse meio de novas teorias que aprendi a gostar da

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pedagogia. As teorias do conhecimento me mostraram muitas que a criança não era um ser

pronto, inacabado, como também, uma folha de papel em branco, como até então acreditava.

A filosofia e antropologia me levaram a pensar o que a educação é hoje, são reflexos de um

ideal dominante a serviço de um grupo privilegiado de tiranos do poder. Entre novas

descobertas, desafios e indignação, algumas disciplinas me conduziram por caminhos bem

interessantes. Foi o caso das Novas Tecnologias da Educação e da Informação por acreditar

que:

As Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação articulam várias formas eletrônicas de armazenamento, tratamento e difusão da informação. Torna-se mediáticas após a união da informática com as telecomunicações audiovisuais. Geram produtos informacionais que têm,como algumas de suas características, a possibilidade de interação comunicacional e a linguagem digital.(MORAN, 2006 p. )

Dessa forma, descobri que as tecnologias permitem, também, um novo encantamento na

escola, ao abrir suas paredes e possibilitar que os alunos conversem com outros alunos no seu

próprio ritmo. O mesmo acontece com professores. Eu via também que os trabalhos de

pesquisa podiam ser compartilhados por outros alunos e divulgados instantaneamente na rede

para quem quisesse. Alunos e professores poderiam encontrar inúmeras bibliotecas

eletrônicas, revistas on-line com muitos textos, imagens e sons, que facilitavam a tarefa de

preparar as aulas, fazerem trabalhos de pesquisa e terem materiais atraentes para

apresentação. Nós, professores, poderíamos estar mais próximo dos alunos, ficava mais fácil

receber mensagens com dúvidas ou sugestões e passar informações complementares para

determinados alunos, podendo adaptar minhas aulas com o ritmo de cada aluno, pode procurar

ajuda com outros colegas sobre problemas que surgirem. Então, o processo de ensino-

aprendizagem poderia ganhar assim, dinamismo, inovação e poder de comunicação.

Percebi também que era necessário saber o lugar em que ocupam as novas Tecnologias para

que possamos dar motivo ao seu uso. O acesso à informação é a principal maneira, hoje, para

que o sujeito possa acumular e produzir conhecimento, para viver num mundo mais

globalizado e contínuo. O trecho abaixo pode ajudar a compreender a reflexão feita.

Na sociedade tecnológica, a escola pode contribuir para formar cidadãos autônomos e conscientes, organizando experiências nas quais os alunos possam trabalhar sua postura critica diante da massa de informações e mensagens que os bombardeiam sem cessar todo dia. (TV na Escola e os Desafios de Hoje, modulo 1 p.29.2000).

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É preciso dar consciência do valor da ferramenta informática, para que o professor também

consiga fazer com que seus alunos percebam esse valor e a utilizem para dar melhores

soluções aos problemas que enfrentarão como cidadãos do mundo.

Ainda durante a formação acadêmica um outro aspecto também me chamou a atenção e

estava diretamente ligada às novas tecnologias, foi a formação de professores à distância. A

fusão de novas tecnologias e formação à distância seria os meus próximos desafios no

desenvolvimento da minha vida, depois da graduação. Mas, em janeiro de 2006, um novo

desafio me foi apresentado.

1.2 - O PROGRAMA SEGUNDO TEMPO

Conheci o Projeto Segundo Tempo, através do Sr Denizar Dourado, que é um cidadão nascido

em Ibititá, mas hoje mora em Brasília, ele trabalha no Ministério dos Esportes. Em janeiro de

2005, em reunião da ANGICO, uma ONG local da qual faço parte, Denizar - que também é

membro da organização - comentou sobre a possibilidade de trazermos o projeto Segundo

Tempo para a cidade de Ibititá. Interessei-me, enquanto entidade, pelo projeto e em março

demos entrada no Ministério dos Esportes, para nossa surpresa o Governo Federal não

liberaria recurso para uma ONG que tivesse menos de três anos e a nossa entidade só estava

com dois anos de existência. Nosso projeto foi arquivado.

Em Janeiro de 2006, o então Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do nosso

município, o Sr. Adailson Paiva, convidou-me para participar do programa Segundo Tempo,

sob o nome Esporte no Campo, pois era promovido pela FETAG-BA (Federação dos

Trabalhadores da Agricultura do Estado da Bahia) e o Ministério dos Esportes. Meu trabalho

era o de coordenar 5 núcleos com 200 crianças cada, na prática de futebol e capoeira.

Teria pela frente um grande desafio, pois nessas localidades o acesso atividades esportivas são

muitos precárias e com pouco material para práticas esportivas de qualidade. Outro grande

desafio era como trabalhar com os monitores nessas ações esportivas, sendo que com a minha

formação de pedagogia teria algumas dificuldades para tratar de atividades com educação

física. Nesse caso teria que “correr” atrás de elementos que me disponibilizasse esses

embasamentos para melhor aplicar os objetivos do programa. O caminho encontrado foi

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buscar cursos que proporcionasse material adequado para trabalhar com os monitores na

prática de educação física com uma visão voltada para a inclusão, compreensão e não a busca

do alto rendimento e da exclusão.

Nesse período, eu estava sempre acessando a internet em busca de informação e

aperfeiçoamento para a minha monografia da graduação. Sempre acessava a diversas páginas

na Web e sempre acessava ao site do MEC e lá encontrei um link para formação à distância,

nesse link encontrei a plataforma e-proinfo, em que estão várias opções de curso e um desses

é de Especialização em Esporte Escolar promovido pela UnB – Universidade de Brasília em

parceria com o Ministério dos Esportes, mas só quem poderia fazer era quem participasse do

Programa Segundo Tempo. Então, foi ai que minha agonia começou. O curso tinha começado

em novembro e já estávamos em fevereiro.

A primeira coisa a fazer era saber como participar do curso mandando e-mail para os

coordenadores do curso e um deles me respondeu que deveria entrar em contato com a UnB

para fazer a inscrição. Ligando para Universidade de Brasília, conversei com a professora

Elza Andrade de Paula, muita sensata, ela me explicou que o curso já havia iniciado desde o

mês de novembro e que a essa altura não teria mais como me matricular nesta turma. Só que

não deixei me abater tentei argumentar com ela que eu precisava deste curso, pois estava

trabalhando no Programa Segundo Tempo e que me esforçaria o máximo possível para

acompanhar a turma. Essa conversa foi no dia 1º de fevereiro. Quando foi no dia 3 deste mês

recebi o e-mail (ver fig.1) que dizia para fazer a inscrição no curso. Preenchi todos os dados

solicitados e encaminhei via fax à coordenação da Unb e no dia 6 do mês corrente um novo e-

mail chegou à minha caixa de entrada, (ver fig.2), uma confirmação que fui inscrito no curso

de pós-graduação em Esporte Escolar. Foi uma alegria imensa, sabia que o desafio só estava

começando, mas valeu a pena correr atrás e que apesar de todas as dificuldades encontradas

finalmente estava matriculado naquele curso.

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1.3 - O CURSO

No mesmo dia, 6 de fevereiro de 2006, recebi as orientações do tutor (ver fig.3) a que já teria

de fazer uma resenha de cada unidade até o final daquele mesmo mês, fiquei apavorado pois

nem os módulos tinha recebido. E também não estava disponível na internet. Foi uma

angústia, mas ele prometeu que até o dia 20 estaria chegando a minha casa e que ele me daria

alguns dias para eu terminar as atividades.

Outro aspecto importante que este curso me proporcionaria era com relação ao tipo de

formação, que não era mais dentro de uma sala de aula, e sim em outro contexto que é

educação à distância, que pode ser definido como um modelo educativo organizado, em que o

teria que desempenhar um papel fundamental, construindo através de minha própria

experiência, o conhecimento. Esse tipo de formação acontece mediante a separação física

entre os atores do processo de aprendizagem (professor e aluno), porém, estabelecendo uma

relação de comunicação e aprendizagem em várias direções. Este modelo de formação se

torna viável através da utilização de tecnologias de comunicação que têm como finalidade

vencer a distância física. E a mediação pedagógica era exercida pelo tutor, através de

diferentes meios de informação e comunicação.

Quando os primeiros módulos Esporte e Sociedade e Dimensões Pedagógicas do Esporte

chegaram, o desafio agora era estudá-los, procurar compreendê-los, pois até então o

conhecimento sobre a educação física escolar era aquela que me foi passado na escola

enquanto aluno e os conteúdos que são culturalmente construídos na prática esportiva. A

visão que tinha do esporte ela aquela que nos é repassada através dos meios de comunicação

de massa, como nos relata Sadi ( 2004)

O discurso televisivo sobre o esporte pode ser verdadeiro ou mentiroso como qualquer outro discurso, mas seu elemento sedutor reside na imagem da perfeição do gesto técnico dos atletas, bastante explorado pela televisão. Recordes, finalizações, dribles e façanhas esportivas são exaltados e repetidos em montagens espetaculares. (p.19).

A partir das leituras do primeiro módulo, comecei a questionar qual o verdadeiro sentido da

prática esportiva e como eu poderia contribuir com esse novo conhecimento no Programa

Segundo Tempo? Em uma das perguntas que o tutor me enviou e que deveria responder na

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avaliação do módulo, ficava clara a evidência de uma preocupação sobre os rumos do esporte

educacional. Relato a seguir a pergunta do tutor:

“É possível observar sinais de realização do Esporte Educacional no seu Município? E na sua escola, em que medida essa perspectiva está sendo atendida? Faça uma comparação no contido no texto (sobre esta questão) e a realidade encontrada em sua cidade e na sua escola”.

Mas, para responder a esses questionamentos só a leitura dos módulos não era suficiente para

me dar respaldo nas repostas propostas. Precisava de um profissional para orientar nas

inquietações, foi ai que entrou o papel do tutor que procurava me auxiliar usando as mais

diferentes formas de contato a distância como, por exemplo, e-mail, telefones.

Talvez o maior desafio desse curso fosse estudar os módulos, refletir sobre os

posicionamentos dos autores e levar para minha prática, junto aos monitores nos núcleos.

Como todos os monitores que atuavam nos núcleos o qual eu coordenava não tinham

nenhuma formação em educação física e assim contrariando o Manual de Diretrizes e

Orientações do Programa Segundo Tempo (2006), no qual se orienta que a qualificação

pretendida dos monitores para atuarem no Programa será o “estudante de graduação

regularmente matriculado em cursos de Educação Física ou Educação, preferencialmente

aquele que tenha cursado o correspondente à primeira metade do curso” (p.11).

Mas eles estavam ali e eu teria que trabalhar com eles. Meu primeiro contato foi conhecer a

forma de trabalhar destes monitores que iria atuar nos núcleos e saber como seriam as aulas

de educação física. Não foi de estranhar, pois a visão que esses monitores têm do esporte e

aquela mesmo que eu tinha antes de começar a estudar os módulos. Então, na primeira

reunião com os monitores, depois que cada um comentou sobre a importância desse projeto

comentei para eles que o objetivo do Programa Segundo Tempo não é a formação de atletas

de alto nível, nem que deveríamos trabalhar com o esporte de rendimento, de onde só os

melhores sobressaem, os objetivos do programa são a inclusão, o respeito à diversidade, ao

companheirismo e que todos passam ter acesso à prática esportiva.

Também frisei com que visão deve enxergar o esporte escolar no Brasil: na busca de uma

nova concepção de esporte, entendendo as possibilidades concretas de atuação dos monitores

e desenhando novas formas de atuação fundamentadas na perspectiva dialética, ou com o

velho olhar do esporte excludente, desigual e exclusivamente de performance. Talvez eles não

levassem muito a sério o que eu disse, na verdade eles nem sabia do que estava falando, pois

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os esportes para eles estavam na vida, e sempre foram bons jogadores de futebol, e por isso é

que estavam ali.

Com o desenvolvimento dos trabalhos e os cadastramentos dos alunos que não fora escolha

nossa, mas sim dos parceiros do programa, no caso, os sindicatos dos trabalhadores rurais, o

critério escolhido foi simplesmente político partidário, ou seja, só foram indicados os filhos

daquelas pessoas que votaram com o presidente do sindicato, contradizendo toda a filosofia

do programa. Nesse caso, a minha missão era ainda maior, teria que mostrar para os

monitores como deveríamos trabalhar com essas crianças e ao mesmo tempo convencer os

parceiros do programa que essa era uma visão distorcida do projeto.

Iniciadas as aulas, o principal objetivo era no planejamento com os monitores, pois eles não deveriam perder o foco de que:

A todo momento em que uma prática pedagógica estiver promovendo o desenvolvimento esportivo que contemple a generosidade e o respeito às regras e adversários, além da tomada de consciência sobre a prática do esporte e sua ideologia, o esporte mostrar-se-á educativo. Não obstante, uma prática excludente e seletiva, que impede crianças, adolescentes e jovens de serem livres e de desenvolver sua autonomia e criticidade, contradiz os atributos educativos, ressaltados por vários autores. (Souza, 2004, p.11)

Sendo assim, precisava-se do empenho e o bom senso deles nesse planejamento. Algumas

resistências aconteceram, como já se podia imaginar, mas mostrando que, dessa forma,

estaríamos propondo uma nova oportunidade para aqueles alunos.

Ao mesmo tempo em que travava essas “batalhas” com os monitores, o tutor me cobrava as

atividades que deveria fazer referente ao segundo módulo que tratava exatamente da

pedagogia do esporte. Ou seja, enquanto lia, resenhava, fichava as unidades do módulo,

também tentava levar para os monitores o que tinha de melhor sobre a prática de educação

física e ao mesmo tempo procurava entender a reação dos monitores com o novo que lhes

propunham. Era para mim um momento de grande desafio, pois nessa trilogia módulo-eu-

monitor, eu, sem dúvida, fui o mais beneficiado.

Os demais módulos 3, 4 e 5, abordavam a escola e a relação direta com o jogos e suas

manifestações. Nas avaliações do módulo 3, tive maior dificuldade, pois solicitava que

planejasse uma atividade, com bola, explicando os objetivos e a metodologia dessa aula.

Fiquei preocupado como fazer tal atividade, não sabia trabalhar os movimentos básicos nas

atividades de educação física nem a metodologia a usar, foi então que busquei orientações

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com o tutor e, não sendo o suficiente, busquei na Web site específicos de universidades que

têm cursos de educação física, como também, procurei por autores que publicaram artigos na

“rede mundial” para me nortearem na solução dessas atividades.

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CAPÍTULO 2

AS NOVAS TECNOLOGIAS E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O uso das tecnologias na minha formação profissional para atuar no Programa Segundo

Tempo não mudou necessariamente a relação pedagógica. Mesmo sabendo que elas podem

servir tanto para uma visão conservadora, individualista, como para uma visão progressista.

Uma pessoa autoritária utilizará a tecnologia para reforçar ainda mais o seu controle sobre os

outros. Por outro lado, uma mente aberta, interativa, participativa encontrará nas tecnologias

ferramentas maravilhosas de ampliar a interação e o seu conhecimento. Que foi nesse sentido

que o uso dessas novas ferramentas me proporcionou uma grande ajuda nos conflitos na

ralação com os monitores que atuaram no programa.

O mundo é hoje movido pela informação muito mais do que pelo dinheiro, que aliás, cada vez

mais freqüentemente, reduz-se a uma informação percorrendo uma complexa teia de

comunicações. A informação torna-se, pois, um bem precioso. O acesso a ela, sua

manipulação, e seu controle são fontes de poder.

Apesar de todas estas vantagens, existem algumas questões nas quais não podemos tornar o

computador, algo brilhante, primeiro porque o volume de informações disponíveis hoje é,

muitas vezes, maior do que a que qualquer ser humano pode absorver. Segundo, porque em

sua maioria, principalmente aquelas disponíveis através da Internet, são inúteis. Terceiro,

porque entre aquelas que podem potencialmente ser úteis, muitas se tornam obsoletas antes de

tornarem-se úteis de fato para aqueles que estão em processo de formação.

2.1 INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO ESCOLAR

Os computadores estão entrando nas organizações de forma inexorável e rápida. É difícil

pensar em funções em que eles não estejam prestes a chegar, exceto nas posições mais

subalternas. Portanto, se a escola tem como missão preparar o aluno para o futuro, não há

futuro sem um teclado de computador à frente. Ensinar os alunos a usá-los faz muito sentido.

Afinal, se isto não for feito, sairão da escola sabendo usá-los apenas os ricos que têm

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computadores em casa e ficam os pobres ainda mais excluídos da sociedade moderna. Dessa

forma,

Apropriação do “saber social” (conjunto e habilidades, atitudes e valores que são produzidos pelas classes, em uma situação histórica dada de relações. “A educação é, antes de mais nada, desenvolvimento de potencialidades e a para dar conta de seus interesses e necessidades). Trata-se de buscar na educação , conhecimentos e habilidades que permitam uma melhor compreensão da realidade e envolva a capacidade de fazer valer os próprios interesses econômicos, políticos e culturais” (LEVY, 1988: p.41)

Ao nos colocarmos diante desta realidade existencialista, olhamos um mundo totalmente

globalizado, sendo levado para um liberalismo exacerbado temos que suscitar o senso crítico

que a educação proporciona e levarmos os alunos a interagir na sociedade, buscando o seu

aphartaid das sociedades dominantes e usar a educação para sua libertação e conseqüente

participação igualitária no mundo globalizado.

A educação cabe hoje o papel norteador para superação das crises do trabalho, transitando do

“homo studioso” para “homo universais”. O computador na escola, uma máquina de evolução

e revolução tecnológica abrangente, fato de uma socialização emergente de uma nova

sociedade, formador dos princípios alocados no interior da construção do conhecimento,

como um todo reflexivo da atividade social.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No século XXI, observamos uma demanda sem precedentes por educação em todos os níveis.

Houve uma generalização da consciência do direito à educação e a convicção de que o acesso

à escola e aos estudos que nela se realizam, é importante para viver bem e progredir ou

contribuir para que o sentido da história seja bem mais justo e harmonioso. A escola perdeu o

monopólio do saber, esse se encontra cada vez mais freqüente fora dela. Saímos do século da

produção, adentramos no século do conhecimento, século que exige uma revisão e

posicionamento, e a abertura dos espaços educacionais de forma a agregar um número maior

de pessoas, todo o contingente humano participando da sociedade da informação.

Tudo isso é possível aos profissionais de educação física, para romperem com as práticas

docentes tradicionais, adequando objetos concebidos para um uso social amplo e ao uso

pedagógico escolar em larga escala.

Nesse sentido o ensino de esportes deve reformulado e transformado em estudos e pesquisas,

para que novas possibilidades de inclusão através da prática de esporte sejam evoluídas. Há

algum tempo, cientistas do esporte e pedagogos da Educação Física têm colaborado neste

tema, estando em contato direto com as novas abordagens científicas de ensino e

desenvolvimento de esporte dentro de uma comunidade continental como a nossa. No entanto,

a inclusão de mais praticantes de esportes perpassa por um novo olhar numa área altamente

enraizada no modelo de performance baseado em movimentos tecnificados.

Muitos dos professores de Educação Física, instrutores e monitores de esporte conhecem o

chamado ensino tradicional ou tecnicista e o identificam como o que ensina as técnicas

esportivas através da pura repetição de movimentos, exercícios, gestos e atitudes. Esta é uma

visão estreita que precisa ser reformulada, pois o esporte comporta hoje uma totalidade de

expressões humanas. Como um dos fatores de inclusão social, o esporte é um poderoso

mecanismo de integração entre crianças e adolescentes, podendo ser considerado como

ferramenta pedagógica na escola (ou fora do contexto escolar) dependendo das ações

desencadeadas pelos professores, instrutores e monitores.

Esse estudo nos propiciou a obtenção de importantes informações relacionadas à educação

física, como também suas manifestações e a importância das Novas Tecnologias da

Informação a favorecer o conhecimento que visem à formação dos sujeitos para a

compreensão do mundo, de tal modo que sejam capazes de interpretar de forma crítica.

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REFERÊNCIAS

KISHIMOTO, Tizuco Morchida ( org): Jogo, brinquedo, brincadira e a educação. – 8ª ed.

São Paulo: Cortez, 2005.

LEVY, Pierre. A máquina universo: criação, cognição e cultura informática. Porto

Alegre: Artes Médica, 1988.

MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. Petrópolis,RJ.

Vozes,2003.

MEDEIROS, Mara: O comportamento ético do esporte: in. Dimensões pedagógicas do

esporte/ Comissão de Especialista de Educação Física [ do Ministério do Esporte] – Brasília/

CEAD, 2004.

MORAN, José Manuel. Textos sobre Tecnologias e Comunicação. Disponível em:

<www.eca.usp.br/prof/moran>. Acesso em 18.02.2006

SADI, Renato Sampaio: Estranhamento com o espetáculo esportivo para massas: mídia,

individualismoe hipercompetitividade: in. Esporte, politica e sociedade: / Comissão de

Especialista de Educação Física [ do Ministério do Esporte] – Brasília/ CEAD,2004

SOUZA, Adriano de: A pedagogia do esporte: in. Dimensões pedagógicas do esporte/

Comissão de Especialista de Educação Física [ do Ministério do Esporte] – Brasília/

CEAD,2004

TV na escola e os desafios de hoje: Curso de Extensão para Professores do Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública. Universidade de Brasília, 2000.

WALLON, Henry. Psicologia e educação da infância. São Paulo: Stampa, 1975.

Manual de Diretrizes e Orientações do Programa Segundo Tempo, 2006

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Fig .1 - e-mail dia 01/02/2006 – solicitação de doc.

Fig. 2 e-mail 06/02/2006 – confirmando minha inscrição no curso

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Fig.3 - Fig. 2 e-mail 06/02/2006 – primeiro contato com o tutor