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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA Recuperação das áreas degradadas da Associação de Educação do Homem de Amanhã (AEHDA) utilizando Sistemas Agroflorestais Gabriela Aparecida Custódio Lorena 2018

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA

Recuperação das áreas degradadas da Associação de Educação do Homem de Amanhã (AEHDA) utilizando Sistemas Agroflorestais

Gabriela Aparecida Custódio

Lorena

2018

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GABRIELA APARECIDA CUSTÓDIO

Recuperação das áreas degradadas da Associação de Educação do Homem de Amanhã (AEHDA) utilizando Sistemas Agroflorestais

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Escola de Engenharia de Lorena - Universidade

de São Paulo como requisito parcial para

conclusão da Graduação do curso de Engenharia

Ambiental.

Orientador: Professor Marco Aurélio Kondracki

de Alcântara

Lorena 2018

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIOCONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE

Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Automatizadoda Escola de Engenharia de Lorena,

com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Custódio, Gabriela Recuperação das áreas degradadas da Associação deEducação do Homem de Amanhã (AEHDA) utilizandoSistemas Agroflorestais / Gabriela Custódio;orientador Marco Aurélio Kondracki de Alcântara. -Lorena, 2018. 53 p.

Monografia apresentada como requisito parcialpara a conclusão de Graduação do Curso de EngenhariaAmbiental - Escola de Engenharia de Lorena daUniversidade de São Paulo. 2018

1. Agroflorestas. 2. Sistemas agroflorestais. 3.Recuperação de áreas degradadas. 4. Desenvolvimentosocial. 5. Sustentabilidade. I. Título. II. Kondrackide Alcântara, Marco Aurélio , orient.

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AGRADECIMENTOS

“Agradecer é admitir que houve um minuto em que se precisou de alguém.

Agradecer é reconhecer que o homem jamais poderá lograr para si o dom de

ser autossuficiente”.

Aos que me acompanharam, me auxiliaram, meu eterno agradecimento,

principalmente:

A Deus

AEHDA

A Elektro Redes e grupo Neoenergia

Aos meus pais: Lourdes e Valmir

As minhas irmãs: Marcela e Melina

Aos pequenos: Olivia e Julio

Ao meu namorado: Tiago

Especialista em Sustentabilidade: Renata Koga

Aos amigos, em especial: Amanda Menardo, Laís Nogueira, Samantha Lion,

Gabi Caldas (e Juliana), entre muitos outros.

Professor Marko Alcântara

Professora Jayne Barbosa

Professor Paulo Ricardo

Professora Ana Lúcia Gabas

Professora Aarão Barbosa

Professor Flávio José

Professora Dione

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RESUMO CUSTÓDIO, G.A. Estudo de caso: Projeto de recuperação das áreas degradadas da Associação de Educação do Homem de Amanhã (AEHDA).2018. 51 p. Monografia (TCC) – Escola de Engenharia de Lorena (EEL), Universidade de São Paulo, Lorena, SP.

A crescente preocupação com o meio ambiente e os recursos naturais tem

cada vez mais chamado a atenção das grandes empresas. Essa constante

preocupação com o meio ambiente e a sociedade faz com que as indústrias

busquem participação em projetos sociais e ambientais que tenham como objetivos

recuperar, preservar e expandir a cultura de preservação do meio ambiente a

população.

A Elektro Redes, que atualmente integra o grupo Neoenergia, atua no setor

elétrico brasileiro sendo responsável por levar energia a 20% da população do

Brasil, atualmente em diversos estados como SP, MT, BA, RN, PE. O grupo, que

está em constante expansão de suas linhas de transmissão, atua de forma

consciente e sustentável apoiando projetos que visem a cultura de sustentabilidade.

Em parceria com a Elektro Redes, a Associação de Educação do Homem

de Amanhã (AEHDA) desenvolve projetos que cultivam mudas de árvores nativas

e alimentícias, animais polinizadores retirados de instalações elétricas e atuam na

regeneração de áreas degradas da instituição, sendo eles: Projeto Cuida Colmeia

e o Projeto Meninos Ecológicos.

A partir da necessidade de união dos projetos, surgiu o SAIS - Sistema

Ambiental Integrado Sustentável, que une todos os recursos disponíveis na

Associação, os objetivos dos dois projetos de forma benéfica para ambos e que

busquem recuperar as áreas degradadas da AEHDA, aumentado a biodiversidade

do local e promovendo a cultura de sustentabilidade entre os colaboradores da

associação, além de realizar a compensação das áreas desmatadas pela Elektro

Redes.

PALAVRAS-CHAVE: agroflorestas, sistemas agroflorestais, recuperação de

áreas degradadas, desenvolvimento social, sustentabilidade.

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ABSTRACT

The growing concern with the environment and natural resources has

increasingly attracted the attention of large companies. This constant concern with

the environment and society causes the industries to seek participation and

encourage social and environmental projects that aim to recover, preserve and

expand the culture of preserving the environment of thopulation.

Elektro Redes, currently part of the Neoenergia group, operates in the

Brazilian electricity sector and is responsible for bringing energy to 20% of Brazil's

population, currently in several states such as SP, MT, BA, RN, PE. The group,

which is constantly expanding its transmission lines, acts consciously and

sustainably supporting projects that aim at a culture of sustainability.

In partnership with Elektro Redes, the Association of Education of the Man

of Tomorrow (AEHDA) develops projects that cultivate native and food tree

seedlings, pollinator animals removed from facilities and act in the regeneration of

degraded areas of the institution, such as: Beehive and the Ecological Boys Project.

As a result of the need to unite the projects, SAIS - Integrated Sustainable

Environmental System, which unites all the resources available in the Association,

emerged the objectives of both projects in a way beneficial to both and that seek to

recover the degraded areas of AEHDA, increasing biodiversity of the place and

promoting a culture of sustainability among the employees of the association,

besides realizing the compensation of the areas deforested by Elektro Redes.

KEY WORDS: agroforestry, agroforestry systems, recovery of degraded areas,

social development, sustainability.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Ilustração do Ciclo hidrológico...…………………………….....................20

Figura 2: Ilustração Ciclo do Carbono…...………………………..................……...23

Figura 3: Vertentes do SAIS..................................................................................34

Figura 4: Área definida para plano piloto.........……..……………….......................35

Figura 5: Estrutura dos canteios............................................................................40

Figura 6: Irrigação por micro aspersão..................................................................41

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Potencial poluidor de gases do efeito estufa……………………...............24

Tabela 2: Infraestrutura AEHDA……………………………………………................33

Tabela 3: Espécies para horticultura.......................................................................36

Tabela 4: Diversidade de espécies nativas.............................................................37

Tabela 5: Espécies frutíferas..................................................................................38

Tabela 6: Espécies apícola.....................................................................................38

Tabela 7: Projeção de produção e faturamento da horticultura...............................43

Tabela 8: Projeção de produção e faturamento da flora frutífera.............................43

Tabela 9: Projeção de produção e faturamento e flora apícola...............................44

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LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AEHDA: Associação de Educação do Homem de Amanhã.

APACAME: Associação Paulista de Apicultores Criadores de Abelhas Melificas

Europeias.

EMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

FUNDEMA: Fundação Municipal do Meio Ambiente.

SAIS: Sistema Ambiental Integrado Sustentável.

SAF: Sistemas Agroflorestais.

SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa.

UNESCO: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a

Cultura.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 11

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 13

2.1. Ecossistema ......................................................................................................... 13

2.1.1. Definição .................................................................................................... 13

2.1.2. Características .................................................................................................. 13

2.2. Flora ..................................................................................................................... 14

2.2.1. Plantas nativas .................................................................................................. 14

2.2.2. Horticultura ............................................................................................................ 15

2.3. Fauna ................................................................................................................... 15

2.3.1. Polinizadores .................................................................................................... 15

2.3.2. Abelhas nativas ................................................................................................. 16

2.4. Solos .................................................................................................................... 16

2.4.1. Degradação dos solos....................................................................................... 17

2.5. Ciclos biogeoquímicos .......................................................................................... 19

2.5.1. Ciclo hidrológico ................................................................................................ 19

2.5.2. Ciclo do carbono ............................................................................................... 21

2.5.2.1. Ciclo biológico do carbono ............................................................................. 21

2.6. Crédito carbono .................................................................................................... 23

2.7. Recuperação de áreas degradadas ...................................................................... 24

2.7.1. Métodos de recuperação de áreas degradadas ................................................ 25

2.7.1.1. Semeadura direta .......................................................................................... 25

2.7.1.2. Nucleação ..................................................................................................... 26

2.7.1.3. Plantio de mudas ........................................................................................... 26

2.7.1.4. Agrofloresta ................................................................................................... 27

2.8. Sistema agroflorestal ............................................................................................ 27

2.8.1. O que é o Sistema Agroflorestal (SAF)? ........................................................... 27

2.8.2. Benefícios do Sistema agroflorestal .................................................................. 28

2.8.3. Abelhas nativas em sistemas agroflorestais ...................................................... 29

2.9. Sustentabilidade ................................................................................................... 30

2.10. Gestão Ambiental na empresa .......................................................................... 31

3. OBJETIVOS ............................................................................................................. 32

3.1. Objetivo Geral ....................................................................................................... 32

3.2. Objetivos Específicos ........................................................................................... 32

4. METODOLOGIA ...................................................................................................... 33

4.1. Diagnóstico do local .............................................................................................. 33

4.2. Definição dos objetivos ......................................................................................... 34

4.3. Definição da área para o projeto piloto ................................................................. 34

4.4. Definição de plano de negócio agrário .................................................................. 35

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4.4.1. Horticultura ........................................................................................................ 35

4.4.2. Espécies nativas e exóticas .............................................................................. 36

4.4.3. Mudas frutíferas ................................................................................................ 37

4.5. Plantio de flora apícola ......................................................................................... 38

4.6. Preparo do solo .................................................................................................... 38

4.7. Método de plantio ................................................................................................. 39

4.8. Irrigação ............................................................................................................... 40

4.9. Controle de pragas ............................................................................................... 41

5. CRONOGRAMA ....................................................................................................... 42

6. RESULTADOS ESPERADOS .................................................................................. 43

7. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 46

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1. INTRODUÇÃO

A Associação de Educação do Homem de Amanhã (AEHDA), localizada na

cidade de Araras-SP, juntamente com a empresa Elektro Redes e o Instituto

Elektro, situadas em Campinas-SP, desenvolvem projetos que visam o cultivo de

mudas nativas e alimentícias e o incentivo ao reflorestamento.

O Projeto Meninos Ecológicos é um dos projetos desenvolvidos pela

Associação, em parceria com a Elektro Redes, que tem como objetivo fomentar a

produção de mudas de árvores nativas, de madeiras nobres e alimentícias, por

adolescentes da comunidade local, realizando doações de mudas para campanhas

escolares, órgãos públicos, eventos, incentivando o plantio de árvores e outras

espécies vegetais.

Em parceria com o Instituto Elektro, o Projeto Cuida Colmeia, também

desenvolvido na Associação, cultiva colmeias de abelhas nativas para compensar

aquelas que são retiradas de postes e instalações elétricas durante as

manutenções, e que futuramente são destinadas aos apiários. O projeto também

funciona como uma fonte de trabalho e renda para os jovens de áreas de

vulnerabilidade social de Araras -SP.

Unindo o intuito dos dois projetos, criou-se um novo plano que tem como

objetivo recuperar as áreas degradadas da associação. Foi elaborado um sistema

que atue na recuperação do local, o projeto SAIS (Sistema Ambiental Integrado

Sustentável). O projeto SAIS visa implantar o sistema de agroflorestas na

Associação AEHDA. O projeto tem por objetivo recuperar as áreas degradadas da

Associação, restabelecendo o equilíbrio ecológico do local através da

recomposição da flora e fauna local.

A degradação do meio ambiente impacta diretamente na fauna, flora e solo,

causando um desequilíbrio ecológico que pode acarretar em consequências

irreversíveis ao ecossistema. A migração de animais polinizadores para outros

locais prejudica a polinização, a variabilidade e o melhoramento genético das

espécies vegetais. Com a vegetação deteriorada outros danos podem surgir como

a erosão do solo, a perda de biodiversidade e a alteração do ciclo hidrológico.

Mediante os desafios macro ambientais, que também repercutem em escala

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local, foi escolhida a técnica de recuperação utilizando Agroflorestas, visando

utilizar o máximo dos recursos disponíveis na Associação, bem como uma técnica

de fácil operacionalização, resposta rápida e alta efetividade na recuperação do

solo degradado.

O projeto Sistema Ambiental Integrado Sustentável (SAIS) propõe experimentos

sustentáveis com capacidade de replicação, aproveitando-se de um histórico de

serviços e ações relevantes ao meio ambiente, com intuito de recuperar as áreas

degradadas da Associação evitando prejuízos futuros e utilizando uma metodologia

que traga benefícios ambientais e sociais para a comunidade local.

A Elektro Redes, atual Neoenergia e empresa do grupo espanhol Iberdrola, que

distribui energia elétrica para cerca de 228 cidades no Brasil, está sempre

expandindo suas instalações através da construção de linhas de transmissão e

redes elétricas, sendo necessário a remoção da vegetação das áreas a serem

construídas. A fim de compensar a vegetação removida em suas obras, a

companhia fomenta o Projeto Meninos Ecológicos, que tem foco na produção de

mudas de espécies nativas para distribuição à população em eventos, órgãos

públicos e iniciativas públicas como forma de incentivar o plantio de árvores nativas,

buscando a compensação das áreas desmatadas durante as obras de expansão

do grupo.

A intenção desse trabalho é demonstrar a viabilidade de um projeto no qual

integre as melhores práticas isoladas já experimentadas na AEHDA na cidade de

Araras e consigam conviver em sinergia, gerando uma unidade de diversidade. A

proposta é coerente com a capacidade técnica e de infraestrutura da Associação e

se propõe, ao invés de uma ruptura, um salto qualitativo nas ações de preservação

do meio ambiente.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Ecossistema

2.1.1. Definição

O termo ecossistema foi proposto pela primeira vez pelo ecólogo inglês Sir

Arthur G. Tansley em 1935 (ODUM e BARRET, 2007). E pode-se conceituá-lo

como sendo um conjunto formado pela comunidade biótica e seu ambiente físico,

que atua como um sistema interagindo partes vivas e não vivas de forma a constituir

um sistema ecológico (BRAGA, 2018). Um ecossistema possui dimensões

variadas, que pode ser desde uma floresta inteira e ser denominado como “macro

ecossistema” ou por uma única planta como as bromélias, ou seja, um “micro

ecossistema”. Isso porque as duas dimensões possuem todos os fenômenos e

fatores que delimitam e definem o ambiente dos seres vivos.

Portanto, ecossistema pode ser qualquer ambiente onde há a interação entre o

meio físico (natureza solar, luminosidade, temperatura, pressão, água, umidade do

ar, salinidade), químico (sais minerais, compostos inorgânicos, oxigênio, gás

carbônico) e os seres vivos sendo eles terrestres ou aquáticos, grandes ou

pequenos (RAMOS e AZEVEDO, 2010).

2.1.2. Características

Para definição de um ecossistema é necessário observar quatro

características principais: continuidade, o sistema aberto, a homeostase e a

sucessão ecológica:

Continuidade é a interação de todos os ecossistemas da Terra formando a

biosfera, que é na verdade um grande ecossistema;

Sistema aberto é aquele que se mantém pelo fluxo contínuo de energia;

Homeostase é o estado de equilíbrio dinâmico de todo ecossistema, pela

sua autorregulação;

Sucessão ecológica: a maioria dos ecossistemas formam-se pela longa

evolução, em consequência do processo de adaptação das espécies com o

meio físico e químico (ARAÚJO, 1998).

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O processo de sucessão pode levar anos para a comunidade se estabelecer e

atingir o grau máximo de desenvolvimento e adaptação chamado CLÍMAX, ou seja,

o estágio final de um ecossistema, quando atinge o seu pico de desenvolvimento

(DAJOZ, 1993).

Para atingir o Clímax, a comunidade deve chegar ao seu estado de

estabilidade absoluta, ou seja, atingir o máximo de invariabilidade, garantindo uma

grande diversidade e complexidade de relações tróficas, o consumo total da matéria

orgânica produzida, o que resulta num ambiente equilibrado sem excedentes e rico

em diversidade (CURLEY, 2014).

2.2. Flora

Flora é o termo usado normalmente para indicar a variedade de plantas de

uma determinada área, ou seja, o conjunto de espécies vegetais (plantas,

árvores, etc.) de uma determinada região ou ecossistema específico. Essas

espécies vegetais podem ser classificadas em nativas e exóticas, portanto a

flora de cada local é bastante distinta e está diretamente relacionada com

fatores como temperatura, radiação luminosa, regime de chuva e solo

(SANTOS, 2019).

2.2.1. Plantas nativas

As árvores nativas são aquelas naturais da região onde vivem, ou seja,

árvores que a natureza gerou e fez evoluir em um ambiente sob determinadas

condições. O fato das espécies nativas serem naturalmente adaptadas às regiões

onde ocorrem é muito importante para o equilíbrio ambiental, pois existem

complexas relações dos demais seres vivos com essas árvores e elas são bem

resistentes às condições locais, atuando fortemente no combate ao desmatamento

e conservação do solo (FUNDEMA, 2012).

Cada espécie de árvore nativa possui características próprias e, por isso,

deve ser valorizada pelos diversos benefícios que pode proporcionar. Contribuem

para o equilíbrio ecológico dos ambientes, tem alto valor agregado, muitas espécies

são medicinais, fornecem madeiras de alta qualidade, suas copas fazem sombra,

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são grandes máquinas que auxiliam na purificação do ar que se tornam órgãos

estratégicos ao meio (SPMAU, 2018).

2.2.2. Horticultura

Horticultura é o nome que se dá a ciência agronômica que trata do cultivo de

plantas de horta, pomar, estufa e jardim. Esse cultivo tem quatro divisões

fundamentais: olericultura (cultivo de verduras e legumes), pomologia ou fruticultura

(cultura de plantas frutíferas), e horticultura ornamental (floricultura e paisagismo).

A olericultura é o cultivo de verduras e legumes (BIOMANIA, 2007).

A cadeia produtiva da horticultura envolve a geração de insumos, o plantio,

a colheita e a comercialização (SEBRAE, 2017).

2.3. Fauna

Originado do latim, o termo fauna era usado pelos Romanos para designar

a sua deusa da terra e da fertilidade e também está associado ao termo “Faunus”

que designa o deus romano, assim como ao termo “Fauno” que designa o coletivo

dos espíritos das florestas. Fauna então pode ser entendido como o conjunto de

animais que habitam uma determinada região (floresta, país, ecossistema) em um

determinado período de tempo ( ALMEIDA-b, 2015).

2.3.1. Polinizadores

O polinizador é aquele que promove a transferência de pólen- células

reprodutivas masculinas para o estigma (célula reprodutiva feminina) de outra flor,

pode ser por meio abiótico, ou seja, algo que não tem vida como o vento, gravidade,

água ou biótico, no caso, os animais. Os agentes polinizadores variam de acordo

com as diferentes culturas, como por exemplo, o café que tem como principal

polinizador a gravidade (VILLAS-BÔAS, 2012).

Entre os animais polinizadores pode-se citar: mamíferos (por exemplo:

morcegos, esquilos, macacos e roedores), pássaros (por exemplo: beija-flores,

sanhaços, saíras, cambacicas), moluscos (por exemplo: caracóis que polinizam

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algumas espécies de amarílis) e insetos (por exemplo: baratas, besouros,

borboletas, mariposas, moscas, vespas, abelhas) que polinizam culturas como

maracujá, açaí, macadâmia entre outros (FUNDEMA, 2012).

Na categoria de polinizadores bióticos, as abelhas são os mais importantes

pois muitas delas dependem das flores como fonte de alimento para si ou para sua

cria, além das adaptações morfológicas que fazem com que as abelhas sejam

extremamente aptas à polinização (EMBRAPA, 2017).

2.3.2. Abelhas nativas

As abelhas nativas são aquelas abelhas pequenas, sem ferrão, que

produzem pouco mel, porém recolhem néctar e pólen, que fazem delas os

principais animais polinizadores na natureza. Além disso, diversas características

comportamentais e adaptações morfológicas tornam o animal muito apto à

polinização (APACAME, 2018).

Entre os comportamentos que favorecem as abelhas como polinizadoras

destaca-se a constância floral, isto é, essas abelhas têm o hábito de visitar

seguidamente e por longos períodos de tempo flores de uma mesma espécie de

planta. Além disso, a sua morfologia apresenta pelos e estruturas especiais para

coleta ou transporte de pólen, néctar (VILLAS-BÔAS, 2012).

Das mais de 20.000 espécies de abelhas conhecidas hoje, estima-se que

1700 espécies atuam como polinizadoras, sendo que existem espécies vegetais

que dependem exclusivamente das abelhas para a polinização como é o caso do

maracujá e da abóbora. Das demais espécies estima-se que 87% buscam as flores

para alimentação e ainda há um percentual de espécies parasitas, que não

possuem estrutura morfológica para se alimentar e com isso usam o pólen, o néctar

ou os óleos coletados por outras abelhas para a criação de sua prole. A polinização

é feita, em geral, por abelhas fêmeas das espécies não-parasitas (EMBRAPA,

2017).

2.4. Solos

Indispensável à vida na Terra, o solo é um recurso natural renovável, oriundo

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da decomposição de rochas e indispensável na produtividade agrícola, pois

carrega em sua composição os nutrientes essenciais para as plantas (PENA,

2018).

Principal fonte de água e sais minerais para a maioria das plantas, o solo é

o substrato essencial para o crescimento de seus extensos sistemas de raízes,

garantindo-lhes a fixação. É também o responsável por um grande complexo

físico-químico que fornece nutrientes e água para as plantas.

2.4.1. Degradação dos solos

O processo de degradação do solo pode ocorrer como resultado do mau uso

e conservação por parte das atividades humanas, que normalmente está

associada ao esgotamento de nutrientes ou à remoção da vegetação, por

exemplo. Entre as principais formas de degradação do solo estão:

Desertificação: esgotamento dos solos que ocorre em regiões de clima

árido, semiárido e subúmido, onde a pluviosidade não é baixa e a

evaporação é maior que a infiltração. Esse processo pode se originar

com o clima e a predisposição para a sua ocorrência, os seus principais

fatores associados são as práticas antrópicas, como o desmatamento, as

queimadas, o uso intensivo do solo pela agropecuária, mineração e

irrigação incorreta (E-CYCLE, 2018-a).

Arenização: formação de bancos de areia em solos de consistência

arenosa, em regiões que apresentam climas úmidos e com maiores

volumes de chuva, onde a infiltração e o escoamento da água são

superiores aos índices de evaporação. As causas desse processo estão

ligadas principalmente a remoção da vegetação, que impede que as

chuvas lavem o terreno removendo seus nutrientes (PENA, 2018).

Processos erosivos: processo natural que pode ser intensificado pelas

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práticas humanas e que consiste no desgaste dos solos e das rochas

com posterior transporte e deposição do material sedimentar que é

produzido (LEPSCH, 2011).

Salinização: é o aumento dos sais minerais existentes, a ponto de afetar

a produtividade dos solos. Esses sais minerais apresentam-se na forma

de íons, tais como o Na+ e o Cl- sendo mais comuns em áreas de clima

árido e semiárido, onde as taxas de evaporação são muito acentuadas.

A ocorrência da salinização está relacionada com a prática da irrigação

feita com água com elevado teor de sais (LEPSCH, 2011).

Laterização: é o acúmulo de hidróxidos de ferro e alumínio, alterando a

composição e a aparência dos solos. Esse processo é resultado da

alteração da camada superficial pelo intemperismo químico associado à

sua lavagem exaustiva pela lixiviação. Esse processo é mais comum em

áreas úmidas e quentes de climas tropicais e pode ser intensificado por

queimadas e desmatamentos, pois a vegetação ajuda a proteger os solos

do elevado desgaste proporcionado pela água das chuvas. A laterização

pode ser considerada um problema de degradação ambiental, pois

dificulta a penetração de raízes e diminui a fertilidade (PENA, 2018).

Contaminação: é a alteração química da composição dos solos,

tornando-os impróprios para culturas ou mesmo inférteis. Trata-se de um

problema antrópico causado pelo uso excessivo de agrotóxicos,

defensivos e fertilizantes, pela infiltração de materiais orgânicos

poluentes em áreas de lixões, aterros sanitários, descarte de lixos

eletrônicos, resíduos radioativos e até em cemitérios. Além da

contaminação do solo, esse processo pode afetar a qualidade de vida da

população que vive sobre eles, e até afetar o lençol freático, a vegetação

de uma determinada localidade e a fauna, desequilibrando os

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ecossistemas (BARBOSA, CORRÊA, 2015).

2.5. Ciclos biogeoquímicos

Ciclos biogeoquímicos são fluxos contínuos e cíclicos de elementos

químicos básicos presentes na natureza. Neles ocorrem reações e transformações

químicas desses elementos, variando os estados em que se apresentam no meio

ambiente (ROSA, MESSIAS, AMBROZINI, 2003).

2.5.1. Ciclo hidrológico

O ciclo hidrológico (Figura 1), é o movimento contínuo da água presente nos

oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento

se dá pela força da gravidade e pela energia do Sol, que propiciam evaporação

das águas disponíveis no solo, rios, lagos e oceanos no estado líquido. Na

atmosfera, forma as nuvens que, quando carregadas, provocam precipitações, na

forma de chuva, granizo, orvalho e neve (TUNDISI, 2003).

Nos continentes, cerca de 119 bilhões de m³ de água precipitam por ano

através de diversos caminhos como por exemplo:

13 bilhões de m³ por ano infiltram e entram no solo e nas rochas, podendo

formar aquíferos, voltar as superfícies na forma de nascentes, fontes,

pântanos, ou alimentar rios e lagos;

Flui entre as partículas e espaços vazios dos solos e das rochas, podendo

ficar armazenada, alimentando o lençol freático;

Escoa sobre a superfície, nos casos de saturação do solo chegando até

corpos d’água;

Cerca de 74 bilhões de m³ evaporam por ano nos continentes e 503 bilhões

de m³ evaporam por ano nos oceanos, retornando à atmosfera. Em adição

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a essa evaporação da água dos solos, rios e lagos, uma parte da água é

absorvida pelas plantas. Essas, por sua vez, liberam a água para a

atmosfera através da transpiração. A esse conjunto, evaporação mais

transpiração, dá-se o nome de evapotranspiração;

Já a precipitação dos oceanos representa cerca de 458 bilhões de m³ de água

por ano (UNESCO, 2018).

Figura 1: Ilustração do Ciclo hidrológico

Fonte: IHP-UNESCO (2018)

Ressalta-se que as águas podem se precipitar em forma de chuva, neve ou

granizo e essas águas já passaram por lagos, rios icerbegs e oceanos (MMA,

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2011).

2.5.2. Ciclo do carbono

O Carbono, um dos elementos mais abundantes na Terra, possui duas

formas, uma orgânica, existente nos organismos vivos e mortos, e outra

inorgânica, presente nas rochas, que reserva 99,5 % do carbono existente. Ele

circula pelos oceanos, na atmosfera e no interior da Terra, dividido em dois ciclos

um de longa duração definido "lento" ou geológico, no qual o carbono é

sedimentado e comprimido sob as placas tectônicas, e o ciclo "rápido" ou biológico

(SÓ BIOLOGIA, 2008).

O ciclo do carbono (Figura 2) é diretamente impactado por ações humanas,

uma vez que muitas atividades retiram o carbono armazenado nos depósitos

fósseis numa velocidade superior à da absorção do carbono, potencializando o

aumento das concentrações de CO2 na atmosfera, principalmente durante as

queimadas (ROSA, MESSIAS, AMBROZINI, 2003).

2.5.2.1. Ciclo biológico do carbono

O Ciclo do carbono se inicia com as plantas e outros organismos autótrofos

absorvendo o gás carbônico da atmosfera e utilizando na fotossíntese, o carbono

é devolvido ao meio na mesma velocidade em que é sintetizado pelos produtores,

pois a devolução de carbono ocorre continuamente por meio da respiração durante

a vida dos seres (SÓ BIOLOGIA, 2008).

Este processo se inicia à medida em que as plantas absorvem a energia

solar e CO2 da atmosfera, gerando oxigênio e açúcares, como a glicose, por meio

do processo conhecido como fotossíntese, o qual é o alicerce para o crescimento

das plantas. Por sua vez, os animais e as plantas consomem a glicose durante o

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processo de respiração, emitindo novamente CO2. Com isso, a fotossíntese e a

decomposição orgânica, por meio da respiração, renovam o carbono da atmosfera

(Figura 2). Conforme as reações químicas (FOGAÇA, 2013):

Fotossíntese que ocorre nos seres autótrofos:

6CO2 + 6H2O + energia (luz solar) → C6H12O6 + 6O2

Respiração que ocorre nos seres heterótrofos:

C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6 H2O + energia

Desta forma, a fotossíntese e a respiração, conduzem o carbono de sua fase

inorgânica à fase orgânica e de volta a fase inorgânica, concluindo o ciclo

biogeoquímico. Também faz parte do ciclo biológico a remoção de grande parte do

carbono da atmosfera excedendo os limites da respiração, quando a matéria

orgânica se acumula em depósitos sedimentares que se decompõem em

combustíveis fósseis (AMBIENTE BRASIL, 2018).

As florestas, grande representante da fotossíntese, somam entre 400 e 500

bilhões de toneladas de carbono, ou seja, aproximadamente dois terços da

quantidade presente como dióxido de carbono na atmosfera (700 bilhões de

toneladas). O maior reservatório de carbono são as rochas e sedimentos que

compreendem 99,5% do carbono da Terra, os oceanos correspondem a 0,05% da

reserva, os hidratos de metano 0,014%, os combustíveis fósseis 0,006%, a biosfera

terrestre 0,003% e a biosfera aquática 0,000002% (PACHECO, HELLENE,1990).

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Figura 2: Ilustração Ciclo do Carbono

Fonte: Só biologia (2018)

2.6. Crédito carbono

Créditos de Carbono são “certificados” que correspondem a uma tonelada

de carbono que deixou de ser emitida e que são vendidos para empresas, pessoas

ou países que apresentam uma alta emissão de Gases Efeito Estufa (E-CYCLE,

2018).

Tomando como base no Potencial de Aquecimento Global, todos os gases

de efeito estufa são convertidos em toneladas de carbono equivalente (CO2e), como

apresenta-se na Tabela 1, representa os gases do efeito estufa em forma de CO2.

Assim, quanto maior o potencial de aquecimento global de um gás em relação ao

CO2, maior será a quantidade de CO2 representada em CO2e (GREEN CO2, 2018).

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Tabela 1: Potencial poluidor de gases do efeito estufa

Potencial poluidor de gases do efeito estufa

Gás Equivalente em Ton de Carbono CO2 – Dióxido de Carbono 1

CH4 – Metano 21

N2O – Óxido nitroso 310

HFCs – Hidrofluorcarbonetos 140 – 11700

PFCs – Perfluorcarbonetos 6500 – 9200

SF6 – Hexafluoreto de enxofre 23900

Fonte: MMA (2011)

Nações que promovem redução das emissões de gases do efeito estufa

recebem uma certificação de redução que contará como créditos de carbono com

valor monetário que podem ser comercializados com os países que não reduziram

emissões (RETTMANN, 2018). A partir de acordos internacionais como o Protocolo

de Kyoto determina-se uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir.

Os países, por sua vez, criam cada vez mais, leis que restringem as emissões de

GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de

reduções de emissões estabelecidas, tornam-se obrigatoriamente compradores de

créditos de carbono (CURUPIRA, 2013).

Em contrapartida, indústrias que conseguiram diminuir suas emissões

abaixo das cotas determinadas, podem vender o excedente de "redução de

emissão" ou "permissão de emissões" no mercado nacional ou internacional

(GREEN CO2, 2018).

O protocolo de Kyoto considera também a absorção de CO2 por vegetação

como um método eficiente para compensar emissões, ou seja, países com grandes

áreas verdes são mais eficientes na compensação. Isso se torna um fator

importante para países que possuem condições ambientais favoráveis à gestão

florestal, trazendo consequências positivas de ordem econômica, ambiental e

social também para a comunidade mundial (E-CYCLE, 2018).

2.7. Recuperação de áreas degradadas

O Guia de Recuperação de Áreas Degradadas, publicado pela SABESP

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(2003) define degradação ambiental, como sendo “as modificações impostas pela

sociedade aos ecossistemas naturais, alterando (degradando) as suas

características físicas, químicas e biológicas, comprometendo, assim, a qualidade

de vida dos seres humanos, ou seja, são áreas que após um distúrbio, tiveram

eliminadas sua vegetação e os seus meios de regeneração bióticos.

Essas áreas apresentam baixa (áreas perturbadas) ou até nenhuma

capacidade de voltar ao seu estado anterior (degradadas), ou seja, de se recompor

naturalmente após um ou uma série de eventos oriundo de diversas fontes como

queimadas, desmatamentos, mineração, esgotamento do solo por atividades

humanas entre outras, inviabilizando a aplicação de técnicas como regeneração

natural. (EMBRAPA, 2018).

2.7.1. Métodos de recuperação de áreas degradadas

Para o sucesso na recuperação de áreas degradadas é necessário encontrar e

utilizar princípios ecológicos e silviculturais. Busca-se então, por meio do

conhecimento científico, métodos eficazes de melhorar e nortear os modelos de

recuperação (FONSECA et al. 2001).

2.7.1.1. Semeadura direta

A semeadura direta é o processo de recuperação da área degradada através

do lançamento de grande quantidade de sementes. Tal lançamento pode ser feito

de forma mecanizada, manual ou mista. Nesse processo podem ser utilizadas

sementes de espécies nativas, pioneiras e espécies secundárias (BARNETT E

BAKER, 1991; FERREIRA et al., 2007).

Essa técnica tem como vantagens a versatilidade de aplicação e o baixo

custo, podendo ser utilizada para reflorestar áreas onde outras técnicas não se

tornam viáveis. O plantio, nessa técnica, pode ser realizado em linhas previamente

preparadas, cujo espaçamento entre linhas pode variar de 50 cm a alguns metros

(EMBRAPA, 2017).

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2.7.1.2. Nucleação

A nucleação é o processo de recuperação da vegetação da área degradada

pela união de várias técnicas como: transposição do solo, transposição de galharia,

poleiros naturais ou artificiais, transposição de sementes (ESPÍNDOLA et al., 2006;

SILVA, 2011).

A técnica consiste em formar pequenas "ilhas" de vegetação com espécies

com capacidade ecológica de melhorar o meio ambiente tornando-o atrativo para

outras espécies e para animais, principalmente potenciais polinizadores. Esses

núcleos são ricos em espécies de plantas, microrganismos e animais que no

mesmo ambiente buscam o equilíbrio ecológico através de relações

interespecíficas como mutualismo, inquilinismo, comensalismo, entre outras

interações benéficas ao meio ambiente auxiliando no reestabelecimento ecológico

do local (EMBRAPA, 2018).

A recuperação vegetal se inicia a partir desses núcleos onde posteriormente

a vegetação secundária se expande levando a sucessão natural. Em geral, trata-

se de uma técnica de baixo custo, mão de obra simplificada, tempo e resposta

rápidos (WINER, 2017).

2.7.1.3. Plantio de mudas

O plantio de mudas é a técnica mais utilizada para recuperar áreas degradas

principalmente por atividades agropastoris. O objetivo principal é acelerar o

processo de sucessão natural do local, protegendo o solo de forma rápida, para

evitar prejuízos maiores como erosões, lixiviação e também garantir uma

recuperação da área rápida e efetiva. A grande vantagem deste método é o controle

da densidade de plantio, que, preferencialmente, deve ser semelhante a original,

ou seja, no mesmo ambiente e estágio sucessional. Este método de recuperação

é de fácil operacionalização e de custo reduzido em áreas de fácil acesso o que

torna a técnica ainda mais atrativa (ALMEIDA-a, 2016).

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2.7.1.4. Agrofloresta

Agrofloresta ou SAF é uma técnica de uso da terra na qual se resgata a

forma ancestral de cultivo, ou seja, como o cultivo era feito no passado combinando

espécies arbóreas lenhosas como frutíferas ou madeireiras com cultivos agrícolas

e/ou animais. Essa combinação pode ser feita de forma simultânea ou em

sequências temporais, sendo uma técnica de fácil manejo, viável para áreas com

tamanhos diversos e com muitos benefícios ecológicos e econômicos (IPOEMA,

2016)

2.8. Sistema agroflorestal

O sistema agroflorestal consiste no uso da agricultura sintrópica para

recuperação de área degradadas. A Agricultura Sintrópica consiste em recuperar o

solo através do seu uso, ou seja, com o estabelecimento de áreas altamente

produtivas e independentes de insumos externos, tendo como resposta oferta de

serviços ecossistêmicos, como formação de solo, regulação do microclima e o

enriquecimento do ciclo da água (AGENDA GOTSCH, 2018).

A partir do conceito de sintropia nascem os Sistemas Agroflorestais. Para

Ernest Gotsch, agricultor e pesquisador suíço, as florestas são vistas como um

grande organismo que precisa de alguns componentes essenciais para o seu bom

funcionamento, analogamente ao corpo humano. O consórcio de culturas

comestíveis incorporadas as florestas criam uma relação benéfica ao meio

ambiente, preservando e/ou até aumentando as florestas nativas, melhorando a

qualidade do solo, das culturas comestíveis e até mesmo fazendo ressurgir

nascentes já extintas (ANDRADE, 2018).

2.8.1. O que é o Sistema Agroflorestal (SAF)?

Os sistemas agroflorestais ou SAF são formas de uso ou manejo da terra,

nos quais se combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com

cultivos agrícolas com intuito de restaurar florestas e áreas degradadas. Este

método ameniza limitações do espaço, minimiza riscos de degradação inerentes à

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atividade agrícola e otimiza a produtividade a ser obtida (EMBRAPA, 2014).

A utilização de árvores é fundamental para a recuperação de uma área

degradada e das funções ecológicas, uma vez que possibilita o restabelecimento

de boa parte das relações entre as plantas e os animais. Espécies arbóreas são

inseridas como estratégia para o combate da erosão e o aporte de matéria

orgânica, restaurando a fertilidade do solo. Recomenda-se iniciar um SAF com

plantio de árvores de rápido crescimento, assim garantindo a disponibilidade de

biomassa, o que irá promover a ciclagem de nutrientes e permitir o plantio de

espécies mais exigentes (CI FLORESTAS, 2008).

Espécies frutíferas e hortaliças podem ser introduzidas para comercialização

e uso como adubo verde auxiliando no controle de ervas daninhas. Espécies de

leguminosas arbóreas, que, com a mesma finalidade das anteriores, são podadas,

visando à deposição de material orgânico sobre o solo (ALVES, 2009).

Além de contribuir para a conservação do meio ambiente, os benefícios dos

sistemas agroflorestais despertam o interesse dos agricultores, pois, como estão

aliados à produção de alimentos, permitem oferecer produtos agrícolas e florestais,

incrementando a geração de renda das comunidades agrícolas (EMBRAPA, 2014).

2.8.2. Benefícios do Sistema agroflorestal

A integração da floresta com as culturas agrícolas oferece uma alternativa

para enfrentar os problemas crônicos de degradação ambiental generalizada e

ainda reduz o risco de perda de produção. Nos sistemas agroflorestais, associa-se

a agricultura com árvores, combinando produção e conservação dos recursos

naturais como solos, corpos d’água e áreas florestais. Além de buscar atender às

várias necessidades dos produtores rurais, como a obtenção de alimento, extração

de madeira, cultivo de plantas medicinais, os SAF diversificam a produção

proporcionando uma oferta mais estável de produtos ao longo do ano (ABDO et al,

2008).

Entre outros benefícios que esse sistema traz para o meio ambiente pode-

se citar (CI FLORESTAS, 2008):

. Baixo custos de implantação e manutenção;

. Diversificação na produção aumentando a renda familiar, assim como a

melhoria na alimentação;

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. Melhoria na estrutura e fertilidade do solo devido à presença de árvores

que atuam na ciclagem de nutrientes;

. Redução da erosão laminar e em sulcos;

. Aumento da diversidade de espécies;

. Recuperação de áreas degradadas em curto/médio prazo;

. Recuperação de áreas pequenas;

. Recuperação e estabilidade do ecossistema;

. Método de fácil implantação.

O modelo agroflorestal, criado pelo Suiço Ernest Gotsch, visa compatibilizar

o desenvolvimento econômico da população rural com a conservação do meio

ambiente tornando a área em um grande organismo dotado de relações benéficas

ao ecossistema, sustentável aliando o consórcio de culturas, diferente do modelo

tradicional de cultivo intensivo, como no caso das monoculturas, que trazem

grandes custos ambientais e sociais. No que se refere à questão ambiental, este

modelo provoca perda da biodiversidade, degradação de solos, escassez de água

e energia e contaminação tóxica - que pode afetar o meio ambiente, trabalhadores

e consumidores (ALVES, 2009).

2.8.3. Abelhas nativas em sistemas agroflorestais

Segundo pesquisas da EMBRAPA (2017), existe um benefício mútuo entre

os SAF e as abelhas nativas. Áreas com sistemas agroflorestais biodiversos são

capazes de contribuir para a conservação e reprodução das espécies de abelhas

sem ferrão. Esses sistemas são capazes de manter uma grande diversidade de

insetos polinizadores, sendo uma alternativa para aliar a produção à conservação

da biodiversidade. Além da preservação dos insetos, a presença desses

polinizadores é fundamental para a produtividade das lavouras. Ainda de acordo

com as pesquisas, uma polinização adequada pode aumentar a produtividade e a

qualidade em diversas culturas:

“Comparando os SAFs com lavouras em sistemas pouco

diversos (monocultivos e consórcios, incluindo a integração Lavoura-

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Pecuária-Floresta) os SAFs, por propiciarem maior diversidade

biológica por área com diversos estratos ocupados por diferentes

espécies (ervas, arbustos e árvores), oferecem uma diversidade

muito maior de recursos para abrigo e alimentação da fauna, no

tempo e no espaço, o que atrai e contribui para manter populações

maiores e mais diversas de abelhas. Como a abundância e a

diversidade de polinizadores influenciam a produtividade das

lavouras, ao manter mais abelhas, os SAFs também contribuem para

melhor desempenho das plantações a ele associadas ou daquelas

em seu entorno“ explica Ricardo Camargo, pesquisador da

EMBRAPA.

2.9. Sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade foi iniciado na silvicultura, e significa nunca

colher mais do que a floresta produz em novo crescimento (DALY, 1997).

Sustentabilidade é um tópico fundamental no estudo das grandes indústrias e

empresários, afinal, a escassez de recursos é uma preocupação mundial. Um

marco que despertou essa atenção na política pública global foi o relatório do

Clube de Roma, que previu que muitos recursos naturais cruciais para nossa

sobrevivência seriam esgotados dentro de uma ou duas gerações. Tal

pessimismo é contrário para a política pública que visa sempre melhorias

(WINDSTORM, 2013).

O relatório da Comissão Mundial da ONU sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento, mais conhecido como o Relatório Brundtland, uma das

iniciativas da agenda 21, criticam o modelo de desenvolvimento adotado por

países desenvolvidos e apontam para um uso excessivo de recursos naturais. O

documento propõe um desenvolvimento sustentável que é “aquele que atende às

necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações

futuras atenderem às suas necessidades”. A partir desse relatório o conceito de

sustentabilidade foi reconhecimento e propagado até os dias atuais (WCED,

1987).

A sustentabilidade pode então ser definida como manter o bem-estar

durante um longo período, visando a preservação dos recursos naturais e o que

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será deixado para as gerações futuras focando em três pilares principais: social,

econômico e ambiental. No âmbito social: tornando as atividades desenvolvidas

na sociedade, empresas e grupos em ambientes sustentáveis, saudáveis

favorecendo o bem-estar e as relações humanas; econômico: evitando

desperdícios, reciclando e reutilizando e ambiental: focando sempre na

preservação da natureza e dos recursos naturais (TERA AMBIENTAL, 2014).

2.10. Gestão Ambiental na empresa

A revolução industrial trouxe o estopim do processo de industrialização no

Brasil por volta dos anos 60. A partir daí o país vem apresentando cada vez mais

indústrias e atividades que impactam diretamente no meio ambiente e

disponibilidade de recursos naturais, aumentando também o crescimento da

atividade industrial (DIAS, ZAVAGLIA E CASSAR, 2003).

Esse crescimento exacerbado trouxe a necessidade da criação de órgãos

que monitorem o meio ambiente focando na verificação da poluição industrial e

atuem na preservação de recursos naturais como a Secretaria do Meio Ambiente

(SEMA), Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) entre

outros.

Definiu-se como gestão ambiental empresarial: “ as diferentes atividades

administrativas e operacionais realizadas pela empresa para abordar problemas

ambientais decorrentes de sua atuação ou para evitar que ocorram no futuro”,

conforme Barbieri (2004).

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

O objetivo geral consiste em elaborar um projeto de Sistema Ambiental

Integrado Sustentável (SAIS) no Centro Ambiental Dr. Sérgio Roberto Ieda,

localizada na cidade de Araras, que congregue de modo equilibrado as atividades

de recomposição florestal, preservação da biodiversidade, produção de Alimentos

Naturais, uso equilibrado dos recursos naturais para recuperar as áreas

degradadas do Centro Ambiental Dr. Sérgio Roberto Ieda através da implantação

do SAIS de modo a restabelecer o equilíbrio da fauna e flora local.

3.2. Objetivos Específicos

Mais especificamente, o projeto SAIS deverá abordar os seguintes aspectos:

. Ampliar a oferta e qualidade na produção de mudas nativas, de

madeira nobre e alimentícias;

. Atuação na recomposição florestal do local;

. Recuperação do solo degradado da Associação;

. Recuperação da fauna local;

. Produção de colmeias de abelhas nativas;

. Equilíbrio e preservação da biodiversidade;

. Produção de alimentos orgânicos;

. Produção de lenha e de madeira nobre;

. Contribuir com o banco de carbono.

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4. METODOLOGIA

4.1. Diagnóstico do local

A AEHDA conta com uma área de 28 ha, além de estufas, viveiros, poço

artesiano e outras estruturas (Tabela 2). Na etapa de diagnóstico, foi realizada uma

visita ao local com intuito de conhecer a Associação, a situação das áreas

degradadas e a disponibilidade de recursos e mão de obra para elaboração do

projeto.

Tabela 2: Infraestrutura AEHDA

Área total 28 ha

Tecnologia disponível Irrigação por micro aspersão nas estufas

Irrigação automática nos viveiros e horta

Trator

Sulcador

Enxada rotativa

Roçadeira

Dispositivo para preparo de adubagem

Dispositivo de operação de sementes e

plantio em tubetes

Instalações 1600 m2 de estufas cobertas

Viveiros em pleno sol

Sala de aula para 40 pessoas

Galpão de apoio operacional

Estação de meliponário

Poço artesiano

Capacidade de armazenamento 45 mil mudas em tubetes

25 mil mudas em saquinhos

Capacidade de produção 500 mil mudas por ano

Fonte: AEHDA (2017)

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4.2. Definição dos objetivos

Conhecendo a área de trabalho após o diagnóstico, foram definidas as

principais vertentes do projeto conforme a Figura 3.

Figura 3: Vertentes do SAIS

Fonte: AEHDA (2017)

4.3. Definição da área para o projeto piloto

Para definir as áreas para implantação do projeto piloto, foram escolhidos

pontos com maior grau de degradação. Para iniciar o projeto, foram escolhidas

pequenas áreas que totalizam 1,5 ha conforme Figura 4:

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Figura 4: Área definida para plano piloto

Fonte: AEHDA (2017)

4.4. Definição de plano de negócio agrário

Neste plano foram definidas quais espécies nativas, frutíferas e de

horticultura a serem cultivadas na área designada ao projeto piloto. Levou-

se em consideração a disponibilidade das mudas e o benefício que cada

espécie traz para o solo.

4.4.1. Horticultura

Para os canteiros de horticultura foram selecionadas as espécies

designadas na tabela 3.

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Tabela 3: Espécies para horticultura

Fonte: AEHDA (2017)

As leguminosas, como feijão, desempenham um importante papel na

recuperação do solo pois contribuem para fixação de nitrogênio no solo, composto

essencial ao desenvolvimento das espécies vegetais, que posteriormente serão

utilizados nas raízes das plantas. Na agricultura convencional o nitrogênio é

inserido no solo em forma de adubos nitrogenados (AGEITEC, 2018).

Culturas como beterraba são essenciais para adsorção de potássio no solo,

o que ressalta a necessidade da variabilidade de culturas para manter o equilíbrio

do solo (TRANI; TIVELLI; FACTOR, 2013).

4.4.2. Espécies nativas e exóticas

A Associação produz grande número em variedades de mudas nativas e

exóticas (Tabela 4). As espécies nativas serão escolhidas de acordo com a área a

ser plantada, vegetação ao entorno, condições climáticas e condições das mudas.

ESPÉCIE ProduçãoTotal

Produção

ABOBRINHA 1,50 kg/m2 97,5 kg

BETERRABA 4,00 kg/m2 260 kg

BRÓCOLIS 4,00 Unid 260 unid

CENOURA 2,50 kg/m2 163 kg

COUVE FLOR 4,00 unid 260 unid

FEIJÃO VAGEM 2,20 kg/m2 143 kg

QUIABO 1,80 kg/m2 117 kg

RABANETE 5,00 kg/m2 325 kg

HORTICULTURA

Área de plantio = 65 m² por cultura

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Tabela 4: Diversidade de espécies nativas.

Fonte: AEHDA (2017)

4.4.3. Mudas frutíferas

A AEHDA produz grande número de variedades de mudas frutíferas. As

espécies frutíferas escolhidas para plantio inicial são banana prata anã, banana

nanica, maracujá e palmito australiano (Tabela 5). A escolha levou em

Nome Popular Nome CientíficoAnda Assu Joannesia princeps

Angico Monjolo/Vermelho/Preto Anadenanthera macrocarpa

Cedro Rosa Cedrela fissilis

Araca-Amarelo /Doce Psidium cattleianum

Aroeira Pimenteira/Aroeira Mansa Schinus terebinthifolia

Aroeira Salsa Schinus molle

Dedaleiro Lafoensia pacari

Ipê Branco Tabebuia roseoalba

Ipê Amarelo Tabebuia chrysotricha

Ipê Amarelo Tabebuia ochracea

Ipê Rosa Tabebuia avellanedae

Manaca Da Serra Tibouchina mutabilis

Muricí Byrsonima verbacifolia

Mutambo Guazuma ulmifolia

Oiti Licania salzmannii

Oiti Mirim Licania tomentosa

Paineira Chorisia glaziovii

Pau Brasil Caesalpinia echinata

Pau Formiga Triplaris americana

Peroba Rosa Aspidosperma polyneurom

Uvaia Eugenia pyriformes

Jenipapo Genipa americana

Pau Ferro Caesalpinia ferrea

Sangra D’agua Croton urucurana

Olho De Cabra Ormosia arborea

Mamica De Porca Zanthoxylum rhoifolium

Monjoleiro Acacia polyphylla

Pau D’alho Gallesia integrifolia

Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides

Quaresmeira Tibouchina grandiflora

ESPÉCIES NATIVAS

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consideração a disponibilidade das mudas, bem como a capacidade de adaptação

a ambientes degradados.

Tabela 5: Espécies frutíferas

Fonte: AEHDA (2017)

4.5. Plantio de flora apícola

As espécies de abelhas que serão utilizadas no SAIS são: Jataí

(Tetragonisca sp), Mandaçaia (Melipona quadrifasciata) e Mirim (Plebeia droryana)

que são espécies nativas (Tabela 6), sem ferrão, já criadas no meliponário da

Associação.

Tabela 6: Espécies apícola

Fonte: AEHDA (2017)

4.6. Preparo do solo

O preparo do solo é uma etapa essencial para implantação de um sistema

agroflorestal. Um solo saudável deve estar sempre aerado, com espaço para a

passagem de água e ar entre as raízes e a superfície. Solos compactados implicam

na formação de possas ou na passagem rápida de água pelo local podendo

ESPÉCIE Número Colméias Inicial

MANDAÇAIA 12 colmeiasJATAÍ 25 colmeiasMIRIM 5 colmeias

APICULTURA

ESPÉCIE Número MudasBANANA PRATA ANÃ 300 MUDAS

BANANA NANICA 300 MUDAS

MARACUJA 600 MUDAS

PALMITO REAL AUSTRALIANO

1.200 MUDAS

FRUTICULTURA

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ocasionar a erosão do solo, impactando negativamente o desenvolvimento da

vegetação (GAIA AMBIENTAL, 2015).

Para iniciar o primeiro ciclo de plantio, os locais serão visitados para garantir

que não há resíduos sólidos ou outros resíduos que possam intervir no

desenvolvimento das culturas. Posteriormente o solo será aerado manualmente

com rastelos.

Para finalizar, irrigadores de micro aspersão serão distribuídos ao entorno

dos terrenos, dessa forma estes estarão prontos para receber as mudas.

4.7. Método de plantio

O plantio será realizado intercalando espécies frutíferas, nativas e hortaliças

em 5 canteiros em formato de fileiras intercalando as espécies como ilustrado na

Figura 5. As espécies plantadas em cada área serão diferentes e dependerão da

disponibilidade das mudas no período do plantio.

Árvores nativas serão plantadas nas extremidades estrategicamente para

quebrar os ventos e servirem como aceiros para proteger as demais culturas. O

espaçamento entre as culturas deve ser de:

Horticulturas: de 15 - 30 cm;

Horticultura x frutífera: 50-60 cm;

Horticultura: 50-60 cm;

Frutífera x nativa: 1,0 – 1,5 m;

Nativas: 1,5 m;

A quantidade de fileiras e colunas será variável de acordo com o tamanho

da área trabalhada.

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Figura 5: Estrutura dos canteiros

Fonte: arquivo pessoal

4.8. Irrigação

Para irrigação das áreas de agroflorestas, serão utilizados irrigadores micro

aspersores, que entrarão em funcionamento todas as manhãs, entre sete e nove

horas da manhã, variando seu tempo de funcionamento de acordo com as

condições climáticas do dia, da estação e da necessidade da área. Metodologia

muito utilizada na agricultura, e já existente na Associação para irrigação nos

canteiros de mudas (Figura 6).

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Figura 6: Irrigação por micro aspersão

Fonte: Embrapa (2018)

4.9. Controle de pragas

O controle de pragas será feito através da rotação na associação de cultura,

que segundo pesquisas, ainda em andamento, influenciam diretamente na

propagação de pragas.

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5. CRONOGRAMA

CRONOGRAMA

ITEM/ DATA 1º SEM

2018 2º SEM

2018 1º SEM

2019 2º SEM

2019 1º SEM

2020 2º SEM

2020

Mapeamento das áreas degradadas

Levantamento dos recursos disponíveis

Mapeamento das mudas produzidas

Estruturação do projeto

Desenvolvimento do plano de trabalho

Treinamento da equipe

Cultivo apícola

Plantio de mudas em tubetes e saquinhos

Preparação dos canteiros

Transferência das mudas para o solo

Colheita de hortaliças

Novo plantio de hortaliças

Colheita dos frutos

Avaliação semestral do solo e das culturas produzidas

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6. RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que o projeto atue na recuperação das áreas degradadas definidas

como piloto para a implementação do projeto, recuperando o solo desprovido de

vegetação, melhorando sua qualidade, bem como a qualidade do ar, dos corpos

hídricos que são impactados diretamente pela área e garantindo o retorno da fauna

local.

Tratando-se das culturas inseridas, estima-se ampliar a qualidade e a

quantidade das espécies plantadas principalmente das hortaliças e frutíferas que

apresentam desenvolvimento mais rápido conforme as Tabelas 7 e 8 abaixo

Tabela 7: Projeção de produção e faturamento da horticultura

Fonte: AEHDA (2018)

Tabela 8: Projeção de produção e faturamento da flora frutífera

Fonte: AEHDA (2018)

Para a flora apícola estima-se o aumento do número de colmeias em relação a

ESPÉCIENúmero Mudas

Produção Ano Preço por kg Colheita 1° Ano Valor Colheita 2° Ano Valor

BANANA PRATA ANÃ

300 MUDAS 7.500 kg R$ 2,80 7.500 kg R$ 21.000,00 12.00 kg R$ 33.600,00

BANANA NANICA

300 MUDAS 7.500 kg R$ 2,80 7.500 kg R$ 21.000,00 12.000 kg R$ 33.600,00

MARACUJA 600 MUDAS 6.000 kg R$ 5,00 6.000 kg R$ 30.000,00 4.000 kg R$ 20.000,00

PALMITO REAL AUSTRALIANO

1.200 MUDAS

Faturamento por Ano

R$ 67.200Mais o Palmito

PREVISÃO PRODUÇÃO E FATURAMENTO SISTEMA AGRO FLORESTAL

ESTIMADO 3 ANOS PARA COLHEITA - DEPOIS FAZER NOVO PLANTIO

ESPÉCIE ProduçãoTotal

ProduçãoPreço Unitário

por kgPreço por colheita

Prazo colheitaNúmero

Colheitas Ano

Faturamento por Cultura

AnoABOBRINHA 1,50 kg/m² 97,5 kg R$ 2,00 195.00 60 dias 5 R$ 975,00BETERRABA 4,00 kg/m² 260 kg R$ 1,00 260 90 dias 4 R$ 1.040,00BRÓCOLIS 4,00 Unid/m² 260 unid R$ 2,50 R$ 650,00 100 dias 3 R$ 1.950,00CENOURA 2,50 kg/m² 163 kg R$ 1,50 R$ 244,00 110 dias 3 R$ 732,00

COUVE FLOR 4,00 unid/ m² 260 unid R$ 2,50 R$ 650,00 100 dias 3 R$ 1.950,00FEIJÃO VAGEM 2,20 kg/m² 143 kg R$ 6,00 R$ 858,00 50 dias 6 R$ 5.148,00

QUIABO 1,80 kg/m² 117 kg R$ 3,00 R$ 351,00 150 dias 2 R$ 702,00RABANETE 5,00 kg/m² 325 kg R$ 2,00 R$ 650,00 130 dias 3 R$ 1.950,00

Faturamento por Ano

R$ 14.447,00

PREVISÃO PRODUÇÃO E FATURAMENTO HORTICULTURAÁrea de plantio = 65 m²

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quantidade inicial conforme Tabela 9:

Tabela 9: Projeção de produção e faturamento e flora apícola

Fonte: AEHDA (2018)

Considerando-se o tempo de elaboração do projeto, tempo de plantio e colheita

das culturas envolvidas, o cronograma do projeto será acompanhado até o segundo

ano de implantação para garantir os resultados esperados.

Os primeiros resultados mostraram-se satisfatórios:

. O cultivo apícola está sendo realizado em cativeiro aguardando o plantio de

todas as espécies para soltura;

. As mudas frutíferas, nativas e de horticultura foram semeadas em tubetes e

saquinhos onde 90% dessas germinaram;

Espera-se que a fauna local retorne após o desenvolvimento da agrofloresta,

atuando na polinização e manutenção das plantas, aumentando a variabilidade

genética, consequentemente a qualidade das plantas, do solo e do ar, restaurando

o equilíbrio ecológico da Associação.

Os demais resultados serão observados ao longo do período de dois anos,

tempo determinado para acompanhamento do desenvolvimento do projeto

considerando o tempo de desenvolvimento das culturas.

No âmbito social, espera-se que os jovens da Associação aprendam e

pratiquem a técnica dentro e fora da Associação, disseminando a cultura de

sustentabilidade na sociedade. É esperado a criação de parcerias como institutos

de gastronomia desenvolvendo culinária orgânica a partir dos alimentos produzidos

na agroflorestal em escala comercializável.

ESPÉCIE Número Colméias Inicial Preço Unitário Preço Inicial Meta Primeiro Ano Valor Meta Segundo Ano Valor

MANDAÇAIA 12 colmeias R$ 350,00 R$ 4.200,00 36 colmeias R$ 10.500 109 colmeias R$ 38.150,00

JATAÍ 25 colmeias R$ 250,00 R$ 6.250,00 75 colmeias R$ 18.750,00 225 colmeias R$ 56.250,00

MIRIM 5 colmeias R$ 250,00 R$ 1.250,00 15 colmeias R$ 3.750,00 45 colmeias R$ 11.250,00

OUTRAS 5 colmeias R$ 300,00 R$ 1.500,00 15 colmeias R$ 4.500,00 45 colmeias R$ 13.500,00

R$ 37.500 Segundo Ano R$ 119.150,00

PREVISÃO PRODUÇÃO COLMÉIAS

Primeiro Ano

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7. CONCLUSÃO

Neste trabalho abordou-se o processo de planejamento e implantação de

agrofloresta em uma Associação sem fins lucrativos e com grandes áreas

degradadas da cidade de Araras-SP. Concluiu-se que o desenvolvimento ambiental

pode contribuir para o desenvolvimento social de instituições e capacitação de

jovens da área de vulnerabilidade social.

Todo planejamento foi elaborado de acordo com a disponibilidade de recursos

do local, congregando as melhores práticas da Associação com atitudes

sustentáveis.

Este trabalho foi muito importante para a aplicação do meu conhecimento na

área ambiental, pois me permitiu viver na prática o trabalho do engenheiro

ambiental desde sua fase inicial, além de associar as práticas sustentáveis com fins

sociais, propagando a cultura de sustentabilidade na sociedade.

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