Universidade do Minho - gpi.uminho.pt 40º Aniversário da Universidade... · nasceu de uma...

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1 Universidade do Minho 40º Aniversário da Universidade do Minho 17 de fevereiro’ 2014 www.uminho.pt Universidade do Minho 1974-2014 edição e propriedade Reitoria da Universidade do Minho Largo do Paço 4704-553 Braga T: +351 253 601 109 F: +351 253 601 105 E: [email protected] coordenação editorial Felisbela Lopes edição

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Universidade do Minho

40º Aniversário da Universidade do Minho

17 de fevereiro’ 2014

www.uminho.pt

Universidade do Minho 1974-2014

edição e propriedade

Reitoria da Universidade do Minho

Largo do Paço

4704-553 Braga

T: +351 253 601 109

F: +351 253 601 105

E: [email protected]

coordenação editorial

Felisbela Lopes

edição

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Paula Mesquita

GCII - Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem

fotografia

Nuno Gonçalves

tradução

Ana Lúcia Andrade | BabeliUM - Centro de Línguas da UMinho

design

Nicolau Moreira

GCII - Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem

impressão

Multitema, S.A.

tiragem

2500 exemplares

periodicidade

Anual

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ÍNDICE

06 LIVRO: UNIVERSIDADE DO MINHO - 40 ANOS

10 40 MOMENTOS

12 OS RAPAZES DOS TANQUES

14 A PALAVRA AOS REITORES

20 VOAR MAIS ALTO

26 UM DE NÓS

32 CULTURALMENTE

38 PRÉMIOS

50 CRONOLOGIA 2013

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UMinho: 40 anos

Celebrar os quarenta anos da Universidade do Minho significa reconhecer a maturidade da

Instituição e a consolidação do percurso que tem sido o seu.

Na história da universidade europeia, quatro décadas representam um instante nos muitos

séculos da sua complexa construção.

Embora possa ser ousado afirmar que estes foram 40 anos diferentes, o facto é que o

mundo, a Europa e Portugal mudaram profundamente desde o dia 17 de fevereiro de 1974,

quando tomou posse a Comissão Instaladora da Universidade do Minho.

Num tempo em que o tempo passou a passar muito mais depressa, revisitar os últimos 40

anos implica registar como marco essencial a Revolução de 25 de Abril e as profundas

alterações que provocaram na sociedade portuguesa o fim da Guerra Fria e o advento da

globalização, os prodigiosos desenvolvimentos tecnológicos e a omnipresença dos sistemas

de informação, ou a evidência e a tomada de consciência de que a humanidade está a

interatuar com a Terra em moldes não sustentáveis.

Foi um tempo em que a Universidade se transformou em resultado de transformações de

que também foi agente, atuando em prol da sociedade que deve servir e ajudar a evoluir

para patamares mais avançados de bem estar e de desenvolvimento.

Por tudo isto, celebrar os 40 anos da Universidade do Minho é reconhecer o rasgo político

dos responsáveis pela sua criação, a visão de quem a planeou inicialmente e a foi

reajustando ao percurso dos tempos, a energia e a perseverança de quem a construiu,

enfim, o trabalho de todos que emprestaram o seu talento e esforço a este grande projeto.

O resultado é ser hoje a Universidade do Minho uma das 100 melhores universidades do

mundo com menos de 50 anos. O resultado é uma Instituição reconhecida

internacionalmente, que orgulha Portugal e que tem um enorme impacto na região onde está

implantada.

Celebrar quarenta anos do projeto da Universidade do Minho é reafirmar a crença no seu

futuro, independentemente das dificuldades conjunturais com que vá sendo confrontada. É

reafirmar a crença na Universidade como Instituição, a profunda crença na relevância da

educação, da investigação e do saber como elementos essenciais da construção do nosso

futuro comum.

ANTÓNIO M. CUNHA

Reitor da Universidade do Minho

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LIVRO:

UNIVERSIDADE DO MINHO

40 ANOS

O livro que se apresenta sobre a Universidade do Minho, por ocasião do seu 40º aniversário,

nasceu de uma proposta da Fundação Carlos Lloyd Braga sobre a realização de um projeto

de investigação subordinado à história da Instituição.

Os contactos iniciais com o então presidente da Fundação, Professor Luís Couto Gonçalves,

permitiram firmar os eixos essenciais do projeto: o estudo do objeto no quadro das dinâmicas

socio-históricas que o atravessam; o apoio financeiro à investigação e a sua inserção no

CITCEM. Afastada a ideia de se tratar de uma história no sentido literal da universidade ou

de um estudo laudatório sobre a Instituição e seus fundadores, os fins do projeto ficaram

claros para a equipa então constituída, para o levar a efeito: Márcia Oliveira (investigadora),

Rita Ribeiro (Departamento de Sociologia, ICS); Maria Manuel Oliveira (EA); Henrique

Barreto Nunes (Conselho Cultural), Fátima Moura Ferreira (Departamento de História, ICS).

Deste modo, pretende-se dar a conhecer os contextos que marcam a trajetória da

Universidade do Minho, partindo das expressões que espelham o modo como foi pensada

e ideada, revisitando os registos fundacionais e as etapas de construção e de

consolidação, mostrando como neste percurso confluem escalas espaciais várias - região,

país, europa e mundo. E igualmente, como se entrecruzam tempos, segundo ritmos e

intensidades diferenciados, que transcendem o tempo objetivo dos 40 anos da

Universidade do Minho.

Revolvidos os espaços arquivísticos da universidade, levantada informação sistematizada,

dispersa e maioritariamente não tratada, foi possível organizar núcleos documentais sólidos

– um contributo para o futuro arquivo histórico da Universidade do Minho. Somam-se

pesquisas realizadas em outras instituições (Sociedade Martins Sarmento; Arquivo Alfredo

Pimenta; Arquivo Distrital de Braga; Arquivo do Ministério da Educação…) que se traduziram,

no seu conjunto, na criação de um corpus documental amplo, composto de vários tipos de

registo. Em paralelo, o lançamento de um arquivo oral sobre a história da Universidade, em

que se cruzam memórias e histórias das cidades (Braga e Guimarães), a partir de um

conjunto de entrevistas, narrativas individuais e testemunhos (aproximadamente 50, número

em aberto) permitiu gravar a história da Universidade do Minho “a várias vozes” - entre

protagonistas da Instituição ligados ao seu governo, representantes dos funcionários, dos

estudantes, das escolas, políticos e outras personalidades...

O livro físico estende-se por sete capítulos, estrutura que pretende corporizar, por um lado, a

marca identitária da instituição, na perspetiva dos seus mentores fundacionais e, por outro

lado, evidenciar as dinâmicas que atravessam os ciclos de expansão e de consolidação, até

ao presente.

O I capítulo situa o nascimento da UMinho no quadro da Reforma da Educação de

Veiga Simão e no plano de expansão e diversificação do ensino superior. Trata-se do

capítulo mais histórico, em que, a pretexto da criação das Universidades Novas, se

reconstituem algumas das dinâmicas políticas, sociais e económicas que atravessam

este projeto, à escala de Portugal continental e da região do Minho, entre os meados

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dos anos 60 e o final do Marcelismo. A Revolução do 25 de Abril, cerca de 2 meses

após a tomada de posse do 1º reitor Carlos Lloyd Braga e da Comissão Instaladora (17

de fevereiro de 1974), inaugura um tempo conturbado na vida da Instituição, matéria

que enforma o II capítulo. Mostra-se aqui que o nascimento da Universidade é

largamente potenciado pela conjuntura histórica refletida, entre outras vertentes, nas

ideações do modelo universitário, no legado da Universidade de Lourenço Marques,

mas também nas resistências do passado que se colocavam às Univers idades Novas e

que se conservam sob novas roupagens.

Os capítulos III, IV e V abarcam a trajetória da UMinho dos anos 80 ao presente, articulando-

a com as mutações que perpassam a ordem internacional e que se refletem,

substancialmente, nos desafios que se colocam à instituição universitária no século XXI.

São, assim, examinados os ciclos de expansão e de consolidação da UMinho, que

correspondem aos reitorados de Lúcio Craveiro da Silva, João de Deus Pinheiro, Sérgio

Machado dos Santos e Licínio Chainho Pereira. A partilha da matriz identitária que

marca o governo da universidade durante este período constitui um traço emblemático

da história da instituição. Entre os vetores nodais abordados no III capítulo, salientam -

se: o planeamento das instalações definitivas (GEID/GID); a assunção de uma

estratégia de desenvolvimento de um modelo de universidade baseado numa estrutura

de saberes completa e inovadora e centrado na investigação e na internacionalização.

O novo ciclo de reitores é analisado sob o prisma das transformações que marcam as

políticas do ensino superior, das tendências globais aos seus reflexos nacionais – o que

constitui o IV capítulo. Entre alguns dos eixos mais relevantes em análise, apontam-se: o

RJIES e a nova orgânica universitária; o papel e o financiamento da ciência, investigação e

desenvolvimento na sociedade de conhecimento; o Processo de Bolonha e a criação do

espaço europeu de ensino superior; a universidade sob a égide do mercado: avaliação,

acreditação e rankings. Dão corpo a este novo ciclo os reitorados de António Guimarães

Rodrigues – que representam o fim de uma linhagem e os desafios de mudança – e os de

António Cunha enquanto símbolo da maturidade da Instituição: um reitor filho da casa.

Os universos e as culturas académicas corporizam o V capítulo. Este é o espaço dedicado ao

mapeamento dos saberes, desde os tempos fundacionais até ao presente, através das

unidades orgânicas de ensino e investigação: as Escolas e os Institutos. Igualmente é

reservado à comunidade académica nos seus vários corpos – Estudantes, Docentes e

Funcionários – e aos símbolos e ritos da UMinho.

Os dois capítulos finais foram pensados a partir de duas expressões inaugurais da

universidade idealizada como uma instituição singular, a saber: o modelo matricial e o relevo

reservado à cultura em termos do projeto – compreendendo os respetivos desenvolvimentos,

até ao presente. O capítulo VI é dedicado inteiramente aos espaços, instalações e campi

universitários. Mostra como os modelos e as narrativas da universidade, ao longo das suas

três fases de projeto/construção, se materializaram nas diferentes morfologias que pontuam

as malhas e edifícios dos polos universitários, Gualtar e Azurém. Problematiza, ainda, a

relação da Universidade com as cidades – Guimarães e Braga.

O capítulo VII reflete a articulação entre o passado e o presente, na perspetiva da história da

Instituição. Dito de outro modo, evidencia como a instituição se apropriou da história das

cidades e dos seus edifícios para se projetar simbolicamente, partindo do espírito do lugar: o

Largo do Paço. Apresenta as primeiras unidades culturais – Biblioteca e Arquivo Distrital de

Braga; Campo Arqueológico/Unidade de Arqueologia; Museu Nogueira da Silva; Unidade de

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Educação de Adultos – e a criação do Conselho Cultural, símbolos de uma Instituição que

valoriza a cultura como parte integrante do seu património e projeto. O capítulo termina com

a exposição sobre as novas unidades culturais e os desafios atuais.

Do exposto, depreende-se a distância que separa o manancial informativo e documental

recolhido que ultrapassa, em larga medida, os limites do livro físico. Importa, por isso,

destacar o contributo do novo presidente da Fundação, Professor Carlos Couto, à ampliação

do projeto. Este contributo traduziu-se na ideia de produção de um livro expandido sobre a

UMinho, que parte do livro físico e é projetado para acolher desenvolvimentos ulteriores

sobre o mesmo, a sedear no RepositóriUM; no apoio à operacionalização de um Arquivo

Digital aos materiais do projeto; e na realização de uma exposição temática sobre a história

da UMinho.

Por último, uma palavra de reconhecimento e agradecimento a todos aqueles que têm

colaborado neste projeto, a titulo individual e/ou institucional.

FÁTIMA MOURA FERREIRA (Professora do Departamento de História e Coordenadora do Livro sobre a Universidade do Minho)

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40 MOMENTOS

11/08/1973 - Universidade do Minho é criada pelo Decreto-Lei n.º 402/73. Carlos Lloyd Braga

é nomeado primeiro reitor (17 dez.)

17/02/1974 - Tomada de posse da Comissão Instaladora, que contou com o ministro da

Educação Nacional, José Veiga Simão

10/1975 - Início das aulas, algumas lecionadas no Largo do Paço e no edifício da Rua D.

Pedro V

02/1976 - Publicação do primeiro Regulamento Interno Provisório

19/12/1977 - Nascimento da Associação Académica

27 e 28/10/1978 - Reunião do Conselho da Europa no Salão Medieval e na Casa Nogueira

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da Silva

06/05/1979 - Encontro das Universidades Portuguesas no Bom Jesus

07/1980 - Joaquim Barbosa Romero assume a função de reitor em exercício

25/11/1981 - Lúcio Craveiro da Silva é o primeiro reitor eleito em Portugal

08/05/1982 - Reunião de reitores das universidades europeias

1983 - Primeiros mestrados da UMinho nas áreas de Educação, Informática e Tecnologia

Têxtil

27/11/1984 - Tomada de posse do reitor João de Deus Pinheiro

30/05/1985 - Criação, em regime experimental, do Senado universitário

22/03/1986 - Primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva coloca a primeira pedra no campus de

Gualtar

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29/05/1987 - Tomada de posse de Sérgio Machado dos Santos, que assumiu a função de

reitor em exercício desde 1985

09/1988 - Os cursos são redistribuídos pelos campi de Gualtar e Azurém, conforme decisão

do Senado universitário

1989 - Inauguração das primeiras instalações dos campi de Gualtar (17 de fevereiro) e

Azurém (24 de novembro)

17/02/1990 - Doutoramento Honoris Causa a Cornelio Sommaruga, Eurico Dias Nogueira,

Émile Noel e Eurico Teixeira de Melo

1991 - Aumento de 24,8% no número de alunos, o maior crescimento de sempre

1992 - Assinatura de um convénio de cooperação entre as universidades da região Norte de

Portugal e da Galiza

1993 - Universidade ultrapassa os 10.000 alunos

17/02/1994 - Doutoramento Honoris Causa a José Veiga Simão, com a presença de Manuela

Ferreira Leite, ministra da Educação, e Pedro Lynce, secretário de Estado do Ensino

Superior

29/11/1995 - Criação da Associação de Funcionários

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1996 - Consolidação dos programas de cooperação e mobilidade e adesão ao programa

COLUMBUS de cooperação com a América Latina

1997 - Avaliação da Associação das Universidades Europeias é favorável à UMinho e ao

potencial do seu modelo organizativo

20/07/1998 - Tomada de posse do reitor Licínio Chainho Pereira

23/07/1999 - Criação da Fundação Carlos Lloyd Braga

02/05/2000 - Inauguração do Complexo Pedagógico III do campus de Gualtar com a

presença do Presidente da República Jorge Sampaio

08/10/2001 - Aula inaugural do curso de Medicina com a presença do primeiro-ministro

António Guterres e dos ministros Mariano Gago e Júlio Pedrosa

22/07/2002 - Tomada de posse do reitor António Guimarães Rodrigues

20/11/2003 - Lançamento do RepositóriUM

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07/2004 - Integração da Escola Superior de Enfermagem

2005 - Doutoramento Honoris Causa a Joaquim Chissano, antigo Presidente da República de

Moçambique, com a presença de Jorge Sampaio e Mário Soares

2006 - Inauguração do SpinPark, nas Caldas das Taipas

2007 - Primeiros alunos no âmbito do programa MIT Portugal nas áreas de Engenharia de

Conceção e Processos Avançados de Fabrico e Sistemas de Bioengenharia

23/07/2008 - Visita de José Ramos-Horta, Presidente da República de Timor-Leste

27/10/2009 - Tomada de posse de António M. Cunha, primeiro reitor eleito pelo Conselho

Geral

07/06/2010 - Cerimónia de investidura do primeiro Provedor do Estudante, António Paisana

11/04/2011 - Doutoramento Honoris Causa a Joseph Gonnella, Marcel de Botton e Michel

Maffesoli

14/07/2012 - Inauguração do campus de Couros, em Guimarães

2013 - UMinho entre as 100 melhores universidades do mundo com menos de 50 anos,

melhor universidade portuguesa no top 400 do ranking Times Higher Education e a melhor da Europa em desporto universitário

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2014 - Comemorações dos 40 anos da UMinho

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OS RAPAZES DOS TANQUES

Num tempo de serviço militar obrigatório, as forças da EPC [de Santarém] e dos três

regimentos de Cavalaria que afluíram à Baixa de Lisboa constituíam um fresco impressionante

da sociedade portuguesa de então. Estão lá, de armas na mão, homens do Minho e Trás-os-

Montes ao Algarve, à Madeira, aos Açores, a Cabo Verde.

Há entre eles filhos de camponeses, de operários, de pequenos comerciantes e funcionários,

e filhos-família. Descendentes de militares que acompanharam Gomes da Costa no golpe de

28 de Maio de 1926 e estiveram depois com Salazar na consolidação do Estado Novo e da

ditadura, lado a lado com um neto do homem que em nome dos “sentimentos de

humanidade” desafiou o mesmo Salazar, concedendo passaportes a milhares de judeus em

fuga da perseguição nazi.

Dali sairão bombeiros, guardas e oficiais da GNR e da PSP, três generais, vários coronéis, um

embaixador de Portugal, um presidente de Assembleia Municipal e dirigente de topo de uma

das centrais sindicais, um presidente de Grândola Vila Morena, motoristas, vendedores,

serralheiros, torneiros mecânicos, pedreiros, carpinteiros, bancários, empregados de

escritório, agricultores, comerciantes, empresários, técnicos de contas, informáticos, médicos,

engenheiros, juristas e funcionários forenses, professores.

Os filhos frequentarão, quase todos, o ensino universitário. São hoje psicólogos, advogados,

engenheiros, professores, informáticos. Vários, no desemprego. Alguns, já no estrangeiro.

(…)

Não são poucos os entrevistados da coluna da EPC que confessam terem tomado consciência

da grandeza do acto apenas no próprio terreno. (…) Surpresa ou talvez não, o mesmo

testemunho nos chega do lado dos que integravam as forças pró-governamentais. “Mil anos que

um indivíduo viva, a imagem do povo a apoiar-nos não desaparece”, diz-nos o furriel Clemente,

chefe de carro do primeiro M47 que se juntou a Santarém. Sensação semelhante nos descreve o

furriel Branco (de um dos dois carros que nunca se renderam), ao dizer-nos que ainda hoje sente

um “formigueiro” quando pensa naqueles dias e na “euforia” nunca vista da população.

Imagens de 1974 cruzam-se com memórias e juízos de hoje, numa revisitação de oficiais,

sargentos, cabos e praças ao “dia inicial, inteiro e limpo” (Sophia). O excerto escolhido

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sublinha o caráter nacional e popular das forças que ao derrubarem a ditadura, abriram

caminho para o fim da guerra colonial e a instauração da liberdade em Portugal – dois dos

valores que os protagonistas de então apontam como o melhor legado do “seu” 25 de Abril.

Sobre o Livro

Os Rapazes dos Tanques. Histórias na primeira pessoa dos cavaleiros que em 1974

derrubaram a ditadura.

Adelino Gomes e Alfredo Cunha (fotografia) | Porto Editora

Lançamento em 25-março-2014, Terreiro do Paço, Lisboa

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A PALAVRA AOS REITORES

JOÃO DE DEUS PINHEIRO 1984 – 1985

Um tempo de “mangas arregaçadas”

Ter participado no lançamento da UMinho a partir de 1974 foi uma experiência única,

enriquecedora e motivo de orgulho. Desde logo, por haver tido como mentores académicos

brilhantes Carlos Lloyd Braga, Joaquim José Barbosa Romero ou Lúcio Craveiro da Silva,

sem esquecer Santos Simões e Pinto Machado.

Foram tempos de “mangas arregaçadas” em que todos faziam o que era preciso, sem olhar a

horários, estatutos ou dificuldades. Docentes houve que deram meia dúzia de disciplinas

diferentes no mesmo semestre, com cargas horárias superiores a 20 horas semanais, para

que outros pudessem “partir para doutoramento”. Funcionários que trabalhavam ao fim de

semana para dar vazão ao volume de trabalho. Orgulhosos da sua casa.

No que me diz respeito, a tudo me entreguei com pleno entusiasmo e sem limitações: aulas,

investigação, Conselhos Científico e Pedagógico, Gabinete das Instalações Definitivas,

Planeamento do Crescimento da Instituição, concursos e atribuição de bolsas, Círculo

Universitário, Vice-Reitoria e Reitoria e tantas outras funções académicas fora da UMinho.

Foi exaltante e, deixem que vos diga, não nos “caíram os parentes na lama” por andarmos

quase de porta em porta a pedir estágios para os nossos finalistas de engenharia. Foi

preocupante a (felizmente ultrapassada) “guerra” entre Braga e Guimarães. Fo i uma luta a

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edificação dos novos campi nas duas cidades com qualidade exemplar e custos pela

metade de instituições congéneres... Foi exemplar a decisão dos ilustres mentores

supracitados terem exigido que os júris de agregação tivessem composição idêntica aos

equivalentes em Lisboa, Porto ou Coimbra.

Excelência foi sempre o determinante da UMinho e assim foi continuando a crescer com

dirigentes, docentes e funcionários de elevado calibre de que destaco a orientação sábia de

Sérgio Machado dos Santos e, agora, com um antigo aluno ao leme.

É importante reafirmar que queremos que a UMinho continue no topo do “ranking” da

criatividade, dedicação e excelência. A bem, sobretudo, dos seus alunos.

E repito sem hesitação: - é uma honra ter sido parte desta nossa UMinho!

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SÉRGIO MACHADO DOS SANTOS 1985 – 1998

A Universidade do Minho 40 anos depois

Numa retrospetiva dos 40 anos de vida da Universidade do Minho sobressai, desde logo, o

facto e privilégio de esta instituição ter sido concebida como uma instituição genuinamente

Nova, dotada de uma visão estratégica ímpar para a época, consubstanciada num plano de

desenvolvimento ambicioso e bem delineado, e de uma liderança institucional motivadora

com reconhecida capacidade para inovar.

De entre os fatores determinantes para a conceção e prossecução desse plano destaco as

apostas feitas pela Comissão Instaladora, sob a liderança do Prof. Carlos Lloyd Braga, na

política de captação e formação de recursos humanos qualificados e na organização

institucional da investigação, que constituíram as sementes para o desenvolvimento de uma

verdadeira Universidade de Investigação, bem como no planeamento de uma oferta

educativa e de uma organização do ensino inovadoras, antecipando diversos aspetos

centrais ao processo de Bolonha, o que, juntamente com o modelo matricial da Universidade,

lhe conferiu desde o início um perfil muito próprio e prestigiante.

São muitos os marcos históricos que assinalam a evolução vertiginosa da Universidade.

Relembrando esses marcos elejo, como especialmente marcante pela sua importância

estratégica e pelas dificuldades inerentes à captação de financiamento, o arranque das

instalações definitivas em 1985/86 com o “lançamento da primeira pedra” das instalações em

Braga e em Guimarães, que constituíram o ponto de partida para o desenvolvimento dos

campi de Gualtar e Azurém, especificamente concebidos com o objetivo de proporcionar

ambientes interdisciplinares de ensino e investigação adequados aos tempos presentes e

futuros.

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A preocupação com a permanente definição de uma linha de rumo clara, partilhada com

empenho pela comunidade académica, e o cuidado com os instrumentos operacionais para o

seu desenvolvimento, têm-se mantido ao longo da vida da instituição, constituindo-se como

polo agregador de vontades e capacidades que projetou a Universidade do Minho aquém e

além-fronteiras. Estou convicto que, no atual contexto asfixiante para o ensino superior, o

potencial e dinâmica institucionais adquiridos vão ser determinantes para ultrapassar as

dificuldades do presente, numa afirmação de resiliência que é característica da instituição

universitária há mais de nove séculos.

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LICÍNIO CHAINHO PEREIRA 1998 – 2002

Universidade do Minho: quatro décadas de compromisso com a Ciência, Educação e

Cultura

Foi em 17 de fevereiro de 1974 que tomou posse, no Salão Medieval do Largo do Paço, a

Comissão Instaladora da Universidade do Minho (CIUM), presidida pelo seu primeiro Reitor

Prof. Carlos Lloyd Braga, na sequência do Decreto-Lei nº 402/73 de 11 de agosto, concebido

pelo Prof. J. Veiga Simão, então Ministro da Educação Nacional, destinado a expandir e

diversificar o ensino superior. Dez semanas depois eclodiu o 25 de Abril que viria repor a

legalidade democrática na sociedade portuguesa.

Numa primeira fase, a nova Universidade do Minho (UMinho) viveu momentos de alguma

incerteza programática e estratégica, face à nova realidade política e social que levou alguns

anos a encontrar um espaço de equilíbrio. Basta dizer que Portugal conheceu, num curto

período de seis anos, seis governos provisórios e seis governos constitucionais.

As primeiras medidas da CIUM centraram-se de imediato na procura de espaços e no

recrutamento e formação de recursos humanos, ao mesmo tempo que negociava o seu

programa de desenvolvimento com os sucessivos novos ministérios de Educação em

Lisboa. Apenas a partir de 1982 - em que uma revisão constitucional veio a abolir o

chamado Conselho da Revolução - a UMinho conseguiu da tutela a necessária estabilidade

e alguns meios para o desenvolvimento da sua missão e gestão, condições que viriam a

concretizar-se em pleno após a publicação da Lei da Autonomia das Universidades

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portuguesas, em 1988. Os anos 90 representaram, porventura, a época de ouro do

desenvolvimento estruturante da UMinho, com a possibilidade de novas candidaturas a

financiamentos das instalações e a projetos internacionais, na sequência da adesão de

Portugal à Comunidade Europeia, em 1986, de que se salientam os programas Ciência,

Praxis XXI, Feder, Programa-Quadro de IDT, PRODEP, ERASMUS, entre outros.

Como marcos de especial significado no meu mandato de Reitor, gostaria de salientar a

assinatura do contrato de desenvolvimento, em 17 de fevereiro de 2000, entre a UMinho e o

Governo, relativo às instalações e funcionamento da Escola de Ciências da Saúde, que

permitiu o arranque do novo curso de Medicina em outubro de 2001, uma legítima aspiração

que nascera ainda antes da tomada de posse da CIUM.

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ANTÓNIO GUIMARÃES RODRIGUES 2002 – 2009

2002-2009 Uma Universidade numa Região

A expressão da perspetiva da Reitoria em princípios e vetores de missão serviu de moldura e

orientação para o desenvolvimento da estratégia, iniciativas, projetos e ações. “Uma

Universidade numa Região” é o lema que melhor traduz esse pensamento. Defendeu a

perspetiva universal e completa, “Universidade sem Muros”, transpondo o espaço local,

regional, ou mesmo nacional. Ativamente comprometida com a Região, e agente

incontornável de desenvolvimento.

Assumiu as Escolas como pilares, para com elas construir a Universidade. Considerou ser

sua responsabilidade atuar como facilitadora, inquietando, configurando oportunidades, lendo

e interpretando a conjuntura, correndo riscos. Numa palavra, exigindo participação e

responsabilização a todos os níveis.

Foi crítico garantir instalações: Escola de Ciências da Saúde (ECS) e Direito, e suprir o

incumprimento do contrato-programa da ECS.

Alguns processos exigiram grande envolvimento, e foram ditados por imperativos legais:

SIADAP - Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública,

Processo de Bolonha, Estatutos.

Conceberam-se suportes estratégicos:

Pró-reitoria para a Qualidade; Sistemas de Informação; Comunicação, Informação e Imagem;

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Conselho Estratégico; Conselho de Escolas.

Desenvolveram-se projetos emblemáticos: RepositoriUM e Política de Acesso Livre, Instituto

Confúcio, Orquestra de Música.

Garantiu-se o reconhecimento da UMinho como “first mover”: Avaliação pela EUA (European

University Association); Virtual; Casa do Conhecimento. Estruturaram-se ofertas formativas

que aguardavam a sua oportunidade: Filosofia, Estudos Orientais, Música. Integrou-se a

Escola Superior de Enfermagem, preservando o ensino politécnico.

Promoveu-se um estatuto de maioridade para a Associação Académica da Universidade do

Minho, como parceira priveligiada da UMinho.

A Universidade avança de forma consolidada naquilo que a academia constrói em

recato, no dia-a-dia. Pretendeu-se garantir uma Universidade inconformada, criativa e

responsável. Pretendeu-se fomentar uma cultura exigente, crítica e participativa. Tê-lo

porventura conseguido terá sido mais importante do que a listagem de realizações.

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VOAR MAIS ALTO

As atividades no domínio da cooperação internacional contribuem de diferentes formas para a

aquisição das qualificações atualmente exigidas pelo mercado de trabalho.

A Universidade do Minho preocupa-se em criar enquadramentos diversificados e

complementares de mobilidade internacional para que os seus estudantes possam beneficiar

desta oportunidade única, mas também para potenciar a internacionalização dos campi,

acrescentando-lhes uma dimensão internacional e multicultural de extensão e valor

incalculáveis e consolidar a posição da UMinho como IES de referência internacional.

A mobilidade internacional é um dos mecanismos mais bem-sucedidos na preparação dos

estudantes para trabalharem e viverem num mundo global, tornando-os mais capazes e

competitivos, permitindo-lhes alargar os horizontes académicos e profissionais, e voar mais

alto!

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BÁRBARA ANDREZZA FERREIRA

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil

Licenciatura em Gestão

A integração foi fácil e correspondeu a algo melhor até do que eu estava à espera. As

diferenças culturais existem, apesar de a língua ser a mesma, mas a integração foi

excelente, as pessoas são recetivas e acolhedoras e todos os brasileiros em geral têm a

mesma opinião que eu.

A ideia de vir para a Universidade do Minho resultou do facto de ter família cá e da

universidade onde estudo ter convénio com a UMinho. Então a escolha foi fácil. As

condições oferecidas pela UMinho são excelentes e os professores são todos muito bons.

Há diferenças ao nível de infraestruturas: penso que aqui são melhores do que no Brasil.

Apesar de ser mais frio, viver aqui é muito interessante, pois, além do amadurecimento

pessoal por viver longe dos meus pais, conheci gente de todo o mundo, com culturas

diferentes.

A experiência é muito boa. Estou até a pensar ficar por cá, quem sabe.

26

MOHAMMED ALLAM ITMA

An Najah National University, Palestina Doutoramento em Arquitetura

Na verdade, esta não é a minha primeira estadia num país europeu. Por isso, não tive

dificuldade em adaptar-me. Encontrei pessoas muito amáveis e uma paisagem natural

fantástica. Não me sinto um estranho, porque o tempo, a cultura e até a comida não diferem

muito de outros países mediterrânicos. Gostei especialmente de estar em Guimarães. Como

doutorando em Arquitetura, achei a cidade maravilhosa, com um centro histórico de interesse

para todos os arquitetos. Além disso, é um espaço com pouco movimento e sossegado em

relação às grandes cidades. É um lugar perfeito para estudar e relaxar.

Escolhi Portugal, porque foi-me recomendado pelos meus colegas académicos da Palestina.

Tive oportunidade para estudar noutros países, mas escolhi a Universidade do Minho,

porque tem um excelente historial académico e um bom ranking a nível mundial. Li também

bastante sobre os Arquitetos Portugueses e os seus trabalhos mais conhecidos, que me

poderiam ajudar na minha área de estudo. Por isso, fiquei cada vez mais interessado em

estudar e melhorar os meus conhecimentos de arquitetura aqui.

A Escola de Arquitetura tem todas as instalações necessárias: um bom lugar para trabalhar,

computadores, biblioteca, entre outros. O meu supervisor, professores e administradores

foram muito gentis e prestáveis, e as instalações e atividades em geral da universidade foram

de encontro às minhas expetativas, ou talvez mesmo as tenham superado.

27

SÉRGIO RIBEIRO

Nankai University, China

Mestrado em Estudos Interculturais Português/Chinês: Tradução, Formação e Comunicação

Empresarial

O choque cultural inicial existe sempre, mas, passada essa primeira fase de adaptação, tudo

decorre bem. Correu tudo de acordo com a minha expetativa. A maior surpresa mesmo foi a

noção que eu tinha do país e que felizmente, me surpreendeu pela positiva.

Escolhi a Nankai University, porque, para além de ter protocolo com a UMinho, é uma

universidade de prestígio. Considero-a uma pequena cidade, com condições muito boas.

Dentro da universidade existe tudo o que possamos precisar, desde lavandarias, correios,

supermercados, clínicas, entre outros. É uma instituição muito boa, que acolhe muito bem os

alunos estrangeiros e as aulas foram sempre de alta qualidade. É, seguramente, uma

experiência a repetir.

28

RITA MARIA PEIXOTO

Chalmers University os Technology, Suécia

Mestrado Integrado Engenharia Biológica

A experiência de estudar na Suécia está a ser uma etapa de crescimento pessoal, social e

académico e permite-me conhecer novas realidades e culturas.

Uma semana antes das aulas, o Chalmers International Reception Committee organiza

várias atividades para os novos alunos estrangeiros. Desde sauna, jantares temáticos,

festas, jogos de futebol, “tram race” (percorrer a cidade e tirar fotografias a locais e fazer

determinadas ações), visitas à universidade, tudo ajuda na adaptação. Os semestres são

divididos em dois períodos de apenas dois meses cada e intercalados com uma semana de

exames. Esta organização origina uma maior carga de trabalho comparativamente com a

UMinho, mas o método de ensino é muito semelhante. Escolhi a Chalmers, porque, para

além das aulas serem lecionadas em inglês, há um enorme leque de escolhas de unidades

curriculares e as condições são fenomenais. É muito frequente ter aulas em empresas, que,

de algum modo, estão conectadas à universidade. Por exemplo, já tive aulas na BIOTECH.

Os suecos são extremamente pontuais - se a aula começar às 8h, os alunos estão na sala às

7h45 - e, embora o sueco seja difícil, todos falam bem inglês. Em dezembro, anoitece às 15h

e amanhece às 9h. Foi o que mais me custou. Portugal e Suécia são países muito diferentes.

Socialmente, nós, portugueses, somos muito abertos e acolhedores, enquanto os suecos são

mais reservados, mas, mais organizados.

29

UM DE NÓS

É nos seus estudantes que a Universidade do Minho encontra o seu maior património. Nos

que o foram, nos que o são. Nestas páginas, recolhemos quatro depoimentos que refletem

diferentes tempos, diferentes percursos, diferentes lugares. Todos evidenciam um traço em

comum: são um de nós. E todos temos grande orgulho neles.

30

CACILDA MOURA

“O meu percurso como estudante da UMinho seria certamente diferente se não tivesse sido

eleita Presidente da Associação Académica”

Um percurso de 35 anos

Entrei na Universidade do Minho, como aluna da Licenciatura em Ensino de Física e

Química, no ano de 1979.

A UMinho, da década de 80 do século passado, era uma criança que dava os primeiros

passitos, no caminho de se tornar na instituição madura e pujante que hoje conhecemos.

Com cerca de um décimo dos alunos que atualmente a frequentam, tive aulas no edifício da

Rua D. Pedro V, onde atualmente é a sede da Associação Académica, nos pavilhões verdes

da Rodovia (os mesmos pavilhões que ainda hoje se encontram no campus de Azurém) e na

Rua Abade da Loureira. O que mais me marcou desse tempo foi o espírito de inovação

patente não só no tipo de cursos oferecidas pela UMinho, mas também na organização da

própria Instituição.

O meu percurso como estudante da UMinho seria certamente diferente se não tivesse sido

eleita Presidente da Associação Académica em 1981. A presidência da AAUM permitiu-me

conhecer a UMinho de uma forma diferente e deu-me a possibilidade, e o privilégio, de

conviver e de trabalhar com pessoas que muito contribuíram para a minha formação. De toda

essa gente, não posso deixar de destacar a equipa reitoral da altura: o saudoso Prof. Lúcio

Craveiro da Silva, Reitor, um homem de uma cultura e de um humanismo extraordinários, com

quem aprendi a importância do diálogo e da confiança nos outros; o Prof. Sérgio Machado do

Santos e o Prof. João de Deus Pinheiro, vice-reitores, com quem aprendi a importância do

empenho, do rigor, da organização e do pragmatismo no trabalho que desenvolvemos, e com

quem também aprendi que as decisões difíceis são sempre solitárias.

Hoje continuo na UMinho fazendo parte do corpo docente do Departamento de Física. O

período em que fui presidente da AAUM foi de tal modo rico que essa experiência continua a

ajudar-me hoje, nas diversas situações que um docente universitário tem de enfrentar.

31

A UMinho de hoje é bem diferente da UMinho do meu tempo de estudante. Na altura

destacava-se por ser uma universidade inovadora em termos de organização, de projetos

ensino e de interação com a indústria da região. Hoje é uma Universidade de referência, e

portanto de excelência, fruto do empenhamento de todos aqueles que, de formas diferentes,

e muitas vezes anonimamente, contribuíram e continuam a contribuir com o seu trabalho,

com o rigor e com pragmatismo, no cumprimento da missão da UMinho.

32

ANTÓNIO MURTA

“Já somos uma das três Universidades de topo em Portugal”

A UMinho é “Casa” para muitos de nós.

Casa é onde um se sente - em Casa.

Em primeiro lugar, cabe referir o extraordinário contributo da UMinho para o

desenvolvimento da região. Há 40 anos a nossa região era muito diferente – mais pobre,

menos inscrita no Mundo, mais longe de tudo. Hoje somos (UMinho) chamados a contribuir

ainda mais e melhor para o desenvolvimento do País. Já somos uma das três Universidades

de topo em Portugal (na maior parte das disciplinas). Gosto de pensar que a muito curto

prazo deveríamos estar claramente destacados das demais na Transferência de

Conhecimento e Criação de Valor Direto na Economia. Abarco assim também a Área das

Humanidades, com particular tónica para a Inovação Social.

Um segundo ponto que não é possível esquecer é o sensacional legado de Mariano Gago

como Ministro da Ciência. Os índices de produção científica, tanto quantitativos como

qualitativos, subiram para patamares onde nunca tinham estado. Há razões objetivas para

falar da mais bem educada e treinada geração de portugueses. Cumpre-nos agora focar

maior atenção na translação do Conhecimento para a Economia.

Somos pois chamados a criar empresas de base de Conhecimento – de Braga e de

Guimarães para o Mundo. Para endereçarmos os problemas do desemprego precisamos

de mais referências como a Bosch e a Farfetch. Temos cada vez mais exemplos

inspiradores de que é possível, a partir do “sítio errado”, criar valor e inscrever marcas-líder

no Mundo.

Precisamos de mais atitudes de investimento e menos de consumo, só assim

ultrapassaremos os 50% de exportações no PIB. A ciência e a tecnologia podem ajudar –

muito. Precisamos também de mais “vistas de Mundo” e menos “vistas curtas”. Também aqui

a Universidade rasga horizontes. Precisamos de criar emprego qualificado nas mais diversas

áreas para continuar o legado de Gago e fazê-lo crescer numa espiral virtuosa.

33

Dizia outro António (Gedeão) que o sonho comanda a vida. E comanda mesmo. As coisas

são planos, antes de reais, e sonhos, antes de planos. Outro grande escritor, Gonçalo

Tavares, fala “d’aqueles-que-acreditam-nos-traços” como uma classe de homens – por

exemplo, os de ciência e engenharia. Pertenço, por vocação, a essa classe. Falei dos meus

sonhos. Que daqui a 40 anos a UMinho seja, sempre, única, completa, social,

contemporânea e inscrita – na nossa região e no Mundo.

34

SARA OLIVEIRA

“Aprendi que é possível ser sempre melhor; aprendi que nada se faz sem trabalho”

Devo à Universidade do Minho uma boa parte daquilo que sou. A frase pode parecer

exagerada – garanto que não.

Também não estou a tentar ser simpática – já fiz as cadeiras todas (embora a nota de

Semiótica continue aqui atravessada).

Chamo-me Sara. Tenho 31 anos. É incrível que já tenha esta idade, quando me parece tão

recente o primeiro dia à volta do Prometeu, à procura do local das matrículas. Foi há quase

14 anos.

Estive 5 anos em Braga. 5 anos a somar calorias na Montalegrense, a queimar pestanas na

véspera dos exames, a acabar trabalhos em cima da hora, a improvisar jantares com latas

de conserva, a crescer em conversas longas nas escadas do CP1. A crescer. Com a Ana, a

Luísa, a Glória e a Rita.

Aprendi que é possível ser sempre melhor; aprendi que nem sempre somos os melhores

(semiótica…); aprendi que nada se faz sem trabalho e, sobretudo, que nada se faz sem

ajuda, sozinha. Também aprendi que gin tónico é a melhor bebida do mercado, mas isso já

devem imaginar.

Chamo-me Sara Antunes de Oliveira. Sou jornalista da SIC. É incrível dizer isto, mesmo que

já tenham passado quase 9 anos.

Tenho a certeza que não estaria aqui se não fosse a UMinho. Porque me deu um estágio,

onde eu escolhi; porque me deu ferramentas para sobreviver a 6 meses de desconhecido;

porque me ensinou a analisar, a escolher, a comunicar, mais do que a escrever offs ou

peças, ou a cortar th’s e digest’s. (eu também não fazia a mínima ideia do que isto queria

dizer).

35

Da UMinho trouxe métodos de trabalho, coragem para enfrentar as provas mais difíceis,

vontade de fazer. Trouxe a experiência da revista ComUM e do GACSUM. Trouxe espírito

crítico, horizontes mais abertos, tolerância nas diferenças, resiliência, disciplina, valores

profissionais.

Tenho orgulho em dizer que estudei na Universidade do Minho. Tenho a Ana, a Luísa, a

Glória e a Rita. Tenho a SIC. E tenho-me a mim, feita pessoa crescida, mais que jornalista.

Melhor, só com um 16 a Semiótica.

*Este texto foi escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico e mesmo em cima do prazo.

Acho até que rebentei um bocadinho o prazo. E quase me senti de novo na UMinho.

36

HUGO SOBRAL

“As razões que na altura me fizeram escolher a UMinho são as mesmas que hoje a

continuam a diferenciar”

Gostaria de dar os meus sinceros parabéns à Universidade do Minho pelos seus 40 anos.

Tive a oportunidade e o privilégio de ser aluno da Universidade há precisamente 20 anos e

recordo com grande emoção e satisfação os anos que lá passei.

As razões que na altura me fizeram escolher a Universidade do Minho (para frequentar o

curso de Relações Internacionais) são as mesmas que hoje a continuam a diferenciar no

panorama académico nacional: ousadia, inovação e abertura à região, ao país e ao mundo.

Recordo também profissionais dedicados e exemplares, serviços de qualidade, que faziam

dos estudantes o centro da atividade académica. E como não podia deixar de ser recordo

também as amizades feitas e as atividades extracurriculares como o trabalho no Centro de

Estudo do Curso de Relações Internacionais (CECRI) ou na Assembleia Geral da

Associação Académica da Universidade do Minho, que foram para mim tão formadores

quanto o próprio curso.

Ao longo destes anos, o maior mérito da Universidade do Minho foi ter-se conseguido

consolidar de forma gradual como um projeto de qualidade, que lhe conferiu uma centralidade

académica em Portugal e um cada vez maior protagonismo na cena internacional.

Recordo por fim a estátua a Prometeu à entrada da Universidade (foi erigida quando era

aluno na Universidade), símbolo da humanidade e da inteligência, que se atreveu a roubar o

fogo aos deuses para o entregar aos homens, e que me parece uma bela metáfora e um

bom lema para o que deve ser uma Universidade.

Parabéns UMinho!

Saudações Académicas

37

Ao longo do último ano, vários eventos culturais invadiram os espaços da Universidade do

Minho e das cidades de Braga e de Guimarães. Porque apostar na cultura é também uma

forma de consolidar e enaltecer a nossa identidade, eis o universo mais “cultural” desta

Casa...

38

CULTURALMENTE

(1)

Concertos dos 60 anos de carreira do maestro António Vitorino d’Almeida. Contaram com a

Orquestra Académica da UMinho, sob direção do próprio homenageado.

(2)

A Sé de Braga foi palco do XVIII Concerto de Natal “Puer Natus Est”, promovido pelo Coro

Académico da UMinho.

(3)

Enterro da Gata juntou as bandas Kaiser Chiefs, Buraka Som Sistema, Deolinda, Mónica

Ferraz, The Gift, José Malhoa, entre outros.

(4)

Exposição “500 Anos da Misericórdia de Braga” na Reitoria da UMinho.

39

(5)

Exposição “Absoluto”, de Nadir Afonso, no Museu Nogueira da Silva.

(6)

Museu Nogueira da Silva inaugurou exposição “Do que nos lembramos quando nos

lembramos de nós”, integrada no festival “Encontros da Imagem”.

(7)

“Momentos rurais”, exposição de Rui Pires, numa parceria entre a Casa Museu de Monção e

o mestrado em Comunicação, Arte e Cultura.

(8)

Exposição “Anuária” reúne os melhores trabalhos realizados em 2012/13 pelos alunos do

mestrado integrado em Arquitetura.

40

(9)

Exposição “Fernando Távora – Modernidade Permanente”, em Guimarães, coordenada pelo

arquiteto Siza Vieira.

(10)

23º aniversário da Tuna Universitária do Minho no Theatro Circo.

(11)

Alunos da licenciatura em Teatro apresentam a sua primeira produção “Animais de

Linguagem”, baseada na peça “Os Figurantes”, de Jacinto Lucas Pires.

(12)

Performance neuro-audiovisual em torno do músico Adolfo Luxúria Canibal, com parceria da

UMinho, através do engageLab e do Centro de Computação Gráfica, e da RUM - Rádio

Universitária do Minho.

(13)

Recital do poema “Invitation to Wine”, de Li Bai, no âmbito da iniciativa “Aveleda ao Encontro

da Cultura Chinesa”, copromovida pelo Instituto Confúcio.

41

(14)

Performance “Duas Páginas”, de José Maria Vieira Mendes, interpretada pelos alunos do

curso de Teatro, no âmbito do Festival de Outono.

(15)

Vencedores do University Fashion, uma gala organizada pela Associação Académica.

(16)

Iniciativa “Poesia Trifásica + Terra (com Neutro?)”.

42

PRÉMIOS

Foram muitos os prémios que a Universidade do Minho recebeu ao longo de 2013. Aqui,

fazemos uma seleção, que privilegia a diversidade de áreas, de projetos, de iniciativas...

Trata-se apenas de uma pequena amostra da excelência da investigação que fazemos em

permanência. Que é reconhecida a diversos níveis. No país e no estrangeiro.

43

INSTITUCIONAIS

Arquitecturas Film Festival

A curta-metragem “Panorama”, realizada por Francisco Ferreira e João Rosmaninho, da

Escola de Arquitetura, foi distinguida com o prémio de Melhor Curta-metragem Nacional de

Ficção.

Bolsa D. Manuel de Mello

O vencedor foi Hélder Novais e Bastos, investigador do Instituto de Investigação em Ciências

da Vida e Saúde. O trabalho estuda o impacto clínico das diferentes linhagens filogenéticas

do agente patogénico da tuberculose.

Concurso Future Ideas

Ricardo Moreira, mestrando em Engenharia Biomédica, foi distinguido na European

Innovation Thesis Competition, na categoria Saúde, com a tese sobre uma nova válvula

mitral para o coração.

Conferência Internacional da Sociedade Portuguesa para a Educação em Engenharia

A equipa que integra Anabela Alves, do Departamento de Produção e Sistemas, ganhou o

prémio Best Poster Award com o artigo “Lean Engineering education: bridging-the-gap

between academy and industry” na 1ª Conferência Internacional da Sociedade Portuguesa

para a Educação em Engenharia.

Congresso Radio Research

Teresa Costa Alves, doutoranda do Ciências da Comunicação, foi distinguida pela secção de

Rádio da Ecrea, em Londres, pelo seu trabalho sobre o significado do silêncio na narrativa

radiofónica.

44

HIV Meeting Point 13

Clara Simões, da Escola Superior de Enfermagem, em colaboração com Ariana Araújo e

José Costa, farmacêuticos hospitalares, venceram o prémio de melhor trabalho científico.

EuroSpine - Sociedade Europeia da Coluna

Miguel Oliveira e Joana Silva-Correia, sob coordenação de Rui L. Reis, do 3B’s, foram

distinguidos pelos contributos científicos no domínio da regeneração do disco intervertebral.

ICPR22 - Best Paper Award

Rui Lima e Carla Rocha, do Departamento de Produção e Sistemas, e Diana Mesquita, aluna

de doutoramento do Instituto de Educação, foram distinguidos pela International Foundation

for Production Research, com o artigo “Professionals’ demands for production engineering:

analysing areas of professional practice and transversal competences”.

IFIP Silver Core Award

A International Federation for Information Processing homenageou Isabel Ramos, do

Departamento de Sistemas de Informação, pelos serviços prestados na área da Informática.

International Conference on Big Data Management and Cloud Computing

Sasmita Mohanty, doutoranda em Marketing e Estratégia, foi premiada com o Young

Investigator Award e o Best Paper Award, pelo trabalho “Marketing Challenges for the

Emerging Services of Big Data Technologies and Solutions”.

International Conference on Biomedical Engineering

Carlos Faria, doutorando de Engenharia Biomédica, ganhou o prémio Best Student Paper

Award, com o trabalho intitulado “Robotic Assisted Deep Brain Stimulation Neurosurgery: first

steps on system development”.

International Instrumentation and Measurement Technology Conference

Cátia Silva, investigadora do Instituto de Polímeros e Compósitos, foi distinguida com o Best

Paper Award.

45

International Symposium on Fiber Reinforced Polymers for Reinforced Concrete

Structures

A equipa CAPSULUM, orientada por Miguel Azenha, do Departamento de Engenharia Civil,

foi distinguida na categoria Competition for the prediction of the behaviour of a CFRP

strengthened reinforced concrete beam e Joaquim Barros foi coautor do melhor poster.

International Workshop on Environment and Alternative Energy

Ângela Abreu, do Centro de Engenharia Biológica, fez a melhor comunicação num Workshop

Internacional promovido pela NASA e pela Agência Espacial Europeia.

L’Oréal Brandstorm Wildcard

A equipa Neat Plus, de três alunos do mestrado em Finanças, venceu o concurso L’Oréal

Brandstorm Wildcard 2013. Em Paris, representou Portugal na competição final, realizada a

nível mundial.

VI Fórum Ibérico de Úlceras e Feridas

Rui Pereira, João Cainé, Fernando Petronilho, Maria Manuela Machado e Maria Rito,

docentes da Escola Superior de Enfermagem, premiados com Melhor Comunicação Oral

pelo trabalho “Evidência & Investigação em Feridas: contributos para uma prática clínica

avançada”.

Microsoft Imagine Cup

Ana Ferraz, doutoranda em Engenharia Eletrónica e Computadores, venceu a maior

competição internacional de tecnologia com fins sociais, promovida pela Microsoft, com o

trabalho “For a Better World”.

Prémio A. Lopes de Oliveira

Marta Lobo de Araújo, do Departamento de História, foi distinguida pelo município de Fafe,

pela sua obra “Filha casada, filha arrumada: a distribuição de dotes de casamento na

Confraria de São Vicente de Braga (1750-1870)”.

Prémio APP Jovem Investigador

A Associação Portuguesa de Psicologia atribuiu o prémio a Ana Pinheiro, investigadora do

46

Laboratório de Neuropsicofisiologia.

Prémio Career Award

António Pouzada, professor aposentado do Departamento de Produção e Sistemas, foi o

homenageado durante a 6th International Conference on Advanced Research and Rapid

Protottyping.

Prémio CEGOC

BAL – Bateria de Avaliação da Leitura, trabalho desenvolvido no âmbito do projeto

“Investigação e Avaliação de Leitura no 1º ciclo: desenvolvimento de inventários de leitura” e

coordenado por Iolanda Ribeiro, da Escola de Psicologia, foi o vencedor do prémio.

Prémio Grunenthal Dor

O Prémio de Investigação Clínica foi entregue pela Fundação Grünenthal ao trabalho

“Preditores pré e pós-cirúrgicos da administração de analgesia de resgate após

histerectomia”, no qual estão envolvidos Patrícia Pinto, Vera Soares e Armando Almeida, da

Escola de Ciências da Saúde.

Prémio Idea Puzzle

Distinguiu Ana Cardoso, do Programa Doutoral em Tecnologias e Sistemas de Informação,

sob orientação de João Álvaro Carvalho, do Departamento de Sistemas de Informação, pelo

trabalho “A study of the dynamics of civil movements enabled by information and

communication technology”.

Prémio Isabel Themido

O prémio atribuído pela Associação Portuguesa de Investigação Operacional foi atribuído a

Cláudio Alves, Pedro Brás, José Valério de Carvalho e Telmo Pinto, do ALGORITMI. Este

último investigador recebeu também uma distinção pela sua dissertação “Métodos heurísticos

para o problema de posicionamento de figuras irregulares”.

Prémio Jovem Investigador Prof. João Martins

A Associação Portuguesa de Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional atribuiu a

distinção a Paulo Flores, do Departamento de Engenharia Mecânica.

Prémio de melhor dissertação de Psicologia Básica

47

O prémio foi atribuído pela divisão de Análise do Comportamento da American Psychological

Association à doutoranda Ana Catarina Castro.

Prémio Melhor Tese Ibérica de Doutoramento em Sistemas e Tecnologias de

Informação

José Luís Cardoso da Silva, aluno do Programa Doutoral em Informática, MAP-i, venceu a 1ª

edição do Prémio da Associação Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação.

Prémio de Mérito à Investigação da UMinho

O prémio foi atribuído a Nuno Sousa, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da

Saúde, pelos seus serviços distintos em prol da saúde, nomeadamente na área das

neurociências.

Prémio Ordem dos Engenheiros

O prémio de melhor trabalho para a indústria, desenvolvido por finalistas do curso em

Portugal, foi entregue a Cristiana Alves, do Mestrado Integrado em Engenharia de Materiais.

A orientação foi da Professora Sandra Carvalho, do Departamento de Física.

Prémio Professor José Luís Encarnação

Nuno Alexandre Silva, do mestrado em Engenharia Informática, foi distinguido pelo artigo

“Interactive High Fidelity Visualization of Complex Materials on the GPU”.

Prémio Professor Rosário Oliveira

Hugo Silva e Joana Peralta, do Departamento de Engenharia Civil, e Ana Nóbrega, do

Departamento de Engenharia de Polímeros, apresentaram o melhor artigo na 2ª

conferência internacional WASTES.

Prémio Santa Casa Neurociências

A equipa do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde, liderada por António

Salgado, foi distinguida com um dos galardões, o Prémio Melo e Castro, atribuído a

48

trabalhos sobre lesões vertebro-medulares traumáticas.

Prémio Simbiontes

A Associação Viver a Ciência distinguiu a melhor curta-metragem sobre

neurodesenvolvimento infantil, da autoria de Adriana Sampaio, do Laboratório de

Neuropsicofisiologia, Sara Cruz doutoranda de Psicologia e Luís Jorge.

Royal Society of Chemistry - Self-Assembly of Biopolymers

Eugénia Nogueira, Ana Preto e Artur Cavaco-Paulo apresentaram o melhor trabalho

científico: “Characterization of a new peptide as membrane anchor for the incorporation of

ligand targeting into liposomes”, na conferência em Bristol.

Young Scientist Award

Manuela Gomes, do Departamento de Engenharia de Polímeros, recebeu da TERMIS -

Tissue Engineering International & Regenerative Medicine Society - o principal prémio de

carreira em engenharia de tecidos e medicina regenerativa para jovens cientistas

europeus.

INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

Prémio Agricultura

A FermentUM, conhecida por produzir a cerveja artesanal “Letra”, venceu o prémio de start-

up do ano no setor agroindustrial. O galardão foi entregue pela ministra da Agricultura e do

Mar.

49

Prémio Jovem Empreendedor

A ANJE distinguiu a spin-off BnML - Behavioral & Molecular Lab pelo desenvolvimento de um

modelo inovador que avalia eficazmente a potencialidade de moléculas no combate a

doenças neuropsiquiátricas e neurodegenerativas.

Prémios PME Inovação COTEC-BPI

A UMinho recebeu a Menção Honrosa do Prémio “Casos Exemplares de Cooperação

Universidade-Empresa”, pela colaboração com a empresa Iberomoldes.

Prémio SpinUM

O projeto “NANOPAINT - Design your Technology”, dos promotores José Ferreira, José da

Rocha, Juliana Oliveira, Senen Lanceros-Mendez e Sylvie Ribeiro, foi o vencedor da 5ª

edição do concurso.

World Technology Awards

O projeto “t-words”, que ajuda a combater problemas de literacia nas crianças, é dos

investigadores Cristina Sylla, Sérgio Gonçalves, Pedro Branco e Clara Coutinho, do

EngageLab, e venceu na categoria Entertainment.

DESPORTIVOS

Campeã Nacional Universitária de Atletismo, Salto em Comprimento

Sónia Manuela Marques

Campeão Nacional Universitário de Karaté

João Meireles - 67Kg

Campeã Nacional Universitária de Karting

Sílvia Valente

Campeões Nacionais Universitários de Kickboxing

Pedro Vasconcelos -74Kg; Remi Ferreira +94Kg

Campeões Nacionais Universitários de Natação

Luís Vaz (100m e 400m livres);

Nuno Alves (100m Bruços e 200m Estilos)

Campeões Nacionais Universitários de Taekwondo

50

Ana Coelho - 49Kg; Tiago Almendra - 54kg; Ana Lopes - 57Kg;

Rui Bragança - 58Kg; Nuno Costa - 63Kg; Beatriz Fernandes - 67Kg;

João Ferreira - 68Kg; Jean Fernandes - 80Kg; Pedro Rodrigues - 87Kg;

José Fernandes (Dan Masculino); Ana Coelho e Miguel Rodrigues (Dan Pares Mistos)

Campeões Nacionais Universitários Ténis

Alexandre Silva (Individual);

Alexandre Silva e Francisca Matos (Pares Mistos)

Campeã Nacional Universitária de Tiro com Arco

Ana Machado (Indoor e Outdoor)

Equipa Campeã Nacional Universitária

Andebol Masculino

Equipa Campeã Nacional Universitária

Futsal Feminino

Equipa Campeã Nacional Universitária

Futsal Masculino

Equipa Campeã Nacional Universitária

Futebol 7 Masculino

Equipa Campeã Nacional Universitária

Futebol 11 Masculino

Equipa Campeã Nacional Universitária

Voleibol Feminino

Equipa Campeã Nacional Universitária

Bodyboard

Equipa Campeã Nacional Universitária

Karting

Equipa Campeã Nacional Universitária

Taekwondo

Equipa Campeã Nacional Universitária

Xadrez

51

Campeão Europeu Universitário de Taekwondo

Júlio Ferreira -74kg

Campeonato Europeu Universitário de Taekwondo

Medalha de Bronze

Ana Coelho - 49Kg; Ana Lopes - 57Kg; Rui Bragança - 58Kg; Beatriz Fernandes - 67Kg; João

Ferreira - 68Kg; José Fernandes - 74Kg

Equipa Campeã Europeia Universitária

Andebol Masculino

Equipa Vice-campeã Europeia Universitária

Futsal Feminino

52

CRONOLOGIA 2013

Todos os dias, nos diversos espaços da UMinho, há vários acontecimentos que merecem um

destaque especial. É com eles que se faz a história da nossa Universidade. É através deles

que criamos e recriamos a nossa Instituição. Fazemo-lo todos juntos: professores,

investigadores, trabalhadores não docentes e estudantes. É esta a comunidade que tece fios

que nos unem para lá dos lugares e dos tempos. Eis aqui alguns pedaços da nossa vida.

53

JANEIRO

Universidade do Minho com Certificação de Qualidade

A Agência da Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) certificou, por seis anos, o

Sistema Interno de Garantia de Qualidade da UMinho (SIGAQ-UM), em concordância com a

fundamentação e recomendação da Comissão de Avaliação Externa.

Nuno Peres lidera participação portuguesa em projeto do Grafeno

A Comissão Europeia escolheu o consórcio do Grafeno, que envolve as universidades do

Minho, Porto, Aveiro e Lisboa e INL como um dos primeiros projetos FET Flagships. Tem um

financiamento de 500 milhões de euros e a missão de gerar crescimento económico e

emprego na Europa.

Rede Casas do Conhecimento inicia atividades

A inauguração decorreu em videoconferência, ligando os cinco locais da Rede: a UMinho e os

concelhos de Fafe, Paredes de Coura, Vieira do Minho e Vila Verde. Na sessão, intervieram o

reitor da UMinho e os presidentes dos municípios e descerraram-se as placas identificativas.

Em julho, a rede alargou-se ao município de Boticas.

Tomada de posse da presidência da Associação Académica

Os novos órgãos de governo da Associação Académica tomaram posse a 11 de janeiro,

tendo assumido a presidência Carlos Videira, do mestrado em Direitos Humanos. A sessão

contou com o reitor António M. Cunha, diversas autoridades e estudantes.

BabeliUM com 13 cursos de línguas estrangeiras

A UMinho é pioneira no ensino superior em Portugal na introdução de cursos livres de

línguas e culturas estrangeiras. O BabeliUM nasceu a 26 de setembro de 2009, Dia Europeu

das Línguas. Além de projetos de formação e promoção do multilinguismo e das culturas,

presta serviços de tradução e interpretação.

FEVEREIRO

54

Tomada de posse da direção da AAEUM Francisco Pimentel Torres, antigo aluno de Engenharia de Produção de Sistemas e fundador

da rede social Pioneiros da Universidade do Minho, assumiu, a 8 de fevereiro, a presidência

da Associação de Antigos Estudantes da UMinho, substituindo Ricardo Capote.

Colóquio Internacional de Segurança e Higiene Ocupacionais - SHO

O evento reuniu cerca de 350 participantes de vários países e mais de 200 comunicações e

posters. Contou com a presença de Jesus Divasson, diretor-geral do Trabalho do Governo

de Aragão e Ralf Giercke, da VDSI - uma das maiores associações europeias de peritos em

Engenharia de Segurança.

XXXIX Aniversário da Universidade do Minho

A sessão solene decorreu a 20 de fevereiro. Nos dias 17 e 18 realizaram-se os concertos

comemorativos e no dia 19 os Encontros UM, com Alberto Amaral, presidente da A3ES;

Sérgio Machado dos Santos, membro executivo do Conselho de Administração da A3ES; e

Licínio Lima, do Instituto de Educação.

Curso de Piloto Particular de Helicóptero

A Academia de Ciências Aeronáuticas da UMinho (UMASA) juntou ao conjunto da oferta

formativa o curso de Piloto Particular de Helicóptero PPL (H). As sessões teóricas decorrem

em horário pós-laboral, no campus de Gualtar, e a componente prática no aeródromo

municipal de Braga.

Livro sobre os 100 anos da Escola Superior de Enfermagem

A obra “Escola de Enfermagem de Braga - Das suas origens à integração na Universidade do

Minho” reproduz um século de existência da instituição, identificando os factos marcantes, os

contextos e os atores, numa perspetiva cronológica e multifacetada.

MARÇO

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Escola de Direito única na cooperação FCT/CAPES

A Escola de Direito foi a única instituição portuguesa com projeto em Direito aprovado no

programa de cooperação e intercâmbio Brasil/Portugal, através de financiamento da

Fundação para a Ciência e Tecnologia/Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior.

RoboParty’2013

O Grupo de Automação Controlo e Robótica do Departamento de Eletrónica Industrial e a

spin-off SAR Lda. receberam, no pavilhão desportivo do campus de Azurém, a 7ª edição da

RoboParty. Cerca de 450 jovens aprenderam a construir robôs móveis e autónomos.

Minho em feiras nacionais de ensino superior

A FUTURÁLIA decorreu na FIL, em Lisboa, entre 13 e 16 de março. A QUALIFICA realizou-

se entre os dias 26 e 29 de abril, na Exponor, no Porto. Os certames representaram

importantes oportunidades de divulgação da oferta graduada e pós-graduada da UMinho.

Reitor aprova Fundo Social de Emergência

Esta iniciativa envolve a Reitoria, os Serviços de Ação Social, a Associação Académica e o

Provedor do Estudante e pretende apoiar alunos em situações pontuais de dificuldade

económico-social. Durante o primeiro ano ajudou cerca de 40 estudantes.

ABRIL

Projeto “A minha Escola de Ciências” O projeto da Escola de Ciências desenvolve parcerias com uma rede de escolas secundárias

de toda região do Minho com o objetivo de implementar núcleos dinamizadores de iniciativas

multidisciplinares que fomentem nos alunos o gosto pelas áreas científicas.

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Debate sobre Iniciativa Norte 2020

O Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

reuniu na Reitoria da UMinho, com o ponto único na ordem de trabalhos de debater a

Iniciativa Norte 2020 e as suas consequências na programação e governação regional das

políticas públicas.

Salas de estudo abertas 24h por dia

Em colaboração com a Associação Académica, os Serviços de Documentação e o Gabinete

de Apoio ao Ensino passaram a disponibilizar salas com boas condições de estudo a todos

os alunos da Universidade, em funcionamento 24 horas por dia.

UMinho integra consórcio para a investigação agrária

As universidades do Minho, de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Coimbra assinaram um

protocolo com vista à constituição de um consórcio para a Promoção e Competitividade da

Investigação Agrária. O objetivo é responder às necessidades do setor em Portugal e

alavancar a sua promoção e competitividade.

Campanha de Dádivas de Sangue

Em cooperação com o Instituto Português do Sangue e o Centro de Histocompatibilidade da

Região Norte, a UMinho promoveu mais uma campanha de Dádivas de Sangue e Recolha

de Sangue para Análise de Medula. A UMinho é, desde 2002, a instituição de ensino superior

que mais dadores inscritos fornece.

MAIO

Prémios e Bolsas de Excelência

A UMinho distinguiu, com uma bolsa de valor idêntico ao da propina anual, 71 estudantes.

A fechar a cerimónia, foi entregue o 1º Prémio Literário Karingana Wa

Karingana/Universidade do Minho à moçambicana Margarida Francisco, pelo seu conto “O

sonho de Marília”.

57

Concurso “Chinese Bridge”

O Instituto Confúcio, em colaboração com a Embaixada da China em Lisboa, recebeu a 12ª

edição do Concurso de Língua Chinesa para Alunos Universitários. Em julho, decorreu

também a 6ª edição da competição para alunos pré-universitários. A experiência permite aos

melhores representarem o País na final mundial, na China.

Festa da Ciência

A 3ª edição da Festa da Ciência integrou workshops, construções 3D, sessões hands-on,

concursos, palestras e exposições, num total de 27 atividades. Participaram 1500 alunos dos

ensinos pré-escolar, básico e secundário, ao longo de três dias.

Iniciativa nacional “7 Dias com os Media”

O projeto do Grupo Informal de Literacia para os Media reforçou e refletiu sobre a relação

entre os media e a sociedade, numa era em que as tecnologias e plataformas digitais

possibilitam a expressão quase generalizada dos cidadãos no espaço público. O Centro de

Estudos de Comunicação e Sociedade da UMinho recebeu dois debates.

JUNHO

UMinho entre as melhores universidades do mundo

“THE 100 Under 50” colocou a UMinho em 76º do top 100 mundial das universidades com

menos de 50 anos. Ficou, também, pelo segundo ano consecutivo, entre as 400 melhores do

mundo no ranking geral Times Higher Education, que avalia criteriosamente as universidades

nas suas missões de ensino, investigação, transferência de conhecimento e

internacionalização.

58

13ª Gala do Desporto

Um momento importante do calendário institucional que celebra os êxitos desportivos,

individuais e coletivos, alcançados ao longo do ano letivo. Teve também lugar a cerimónia de

encerramento da 18ª edição do Troféu Reitor. É a competição desportiva de maior prestígio e

tradição intramuros.

Apresentação pública do Conselho Geral da UMinho

A apresentação pública dos 23 elementos do Conselho Geral realizou-se a 3 de junho, no

Salão Nobre da Reitoria, após cerimónia de tomada de posse dos Membros Externos eleitos.

Foi eleito presidente deste órgão colegial Álvaro Laborinho Lúcio.

Centro Avançado de Formação Pós-Graduada Inaugurado

O edifício resulta da reabilitação da antiga Fábrica Freitas & Fernandes, de interesse

patrimonial, no âmbito do projeto CampUrbis e da Capital Europeia da Cultura 2012.

Pretende fomentar ofertas de ensino pós-graduado inovadoras e promover a formação

multidisciplinar orientada às necessidades do tecido económico regional e nacional.

JULHO

Apresentação do Relatório de Sustentabilidade

O Relatório aborda as principais atividades inerentes à missão da UMinho: a geração, a

divulgação e a aplicação do conhecimento e inclui uma análise integrada dos impactos da sua

atividade em termos económicos, sociais e ambientais na região Noroeste de Portugal.

Secretário de Estado da Cultura no ADB

A visita do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, ao Arquivo Distrital de

Braga enquadrou-se no âmbito do protocolo assinado entre as duas instituições em 2012 com

vista à reconversão e requalificação do complexo histórico-monumental do Largo do Paço.

59

Verão no Campus

A sexta edição do Verão no Campus, destinada a alunos do ensino secundário, realizou-se

de 22 a 26 de julho. O projeto promovido em Braga e Guimarães reuniu cerca de duas

centenas de jovens num conjunto de atividades de ensino não formal nas áreas das ciências,

ciências sociais, ciências da saúde, engenharia, letras e artes.

UMinho divulga lista de prémios escolares

As Bolsas de Excelência da UMinho, o Prémio Caixa Geral de Depósitos, o Prémio Almedina

e outras distinções de mecenas ou empresas são prémios escolares de excelência que

permitem recompensar os alunos que se esforçam por ser os melhores no conhecimento, ao

longo do seu percurso universitário.

Challenges 2013

A 7ª edição da Conferência Internacional de TIC na Educação estruturou-se em três eixos:

ambientes emergentes; o digital e o currículo; e avaliação digital. Foi organizada pelo Centro

de Competência em TIC na Educação e contou com mais de 300 participantes de todo o

mundo.

AGOSTO

Spin-off Betweien forma jovens empreendedores

A Betweien é única spin-off nacional especializada em fomentar o empreendedorismo junto

de alunos dos ensinos básico e secundário, tendo criado um videojogo educativo. Em

parceria com o vencedor do programa “Ídolos”, lançou “O Planeta Limpo do Filipe Pinto”,

ferramenta pedagógica que inclui CD, DVD, livro e jogo.

Abertura do curso de Engenharia Física

O Mestrado Integrado em Engenharia Física junta as competências existentes nos

departamentos de Física, Informática e Eletrónica Industrial da UMinho e possibilita a

colaboração com o Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia. O curso permite aos

alunos aceder a tecnologias de ponta na área de micro e nano fabricação.

60

Keep Solutions guarda arquivo da Presidência da República

O arquivo da Presidência da República passou a ser gerido por um software criado pela spin-

off da UMinho. O arquivo inclui a correspondência dirigida ao Presidente da República e

cônjuge, os conteúdos audiovisuais, o espólio intermédio e o arquivo histórico, iniciado em

1911.

Série sobre fibras na RTP2

O projeto Fibrenamics produziu a série “O Extraordinário Mundo das Fibras” e organizou

também 12 workshops, uma conferência mundial, parcerias com mais de 100 empresas, um

concurso de ideias e criou produtos, como o ProtechDry, eleito Produto do Ano 2013 para

incontinentes.

SETEMBRO

UMinho produz filmes para os municípios do Ave

O conjunto de 18 filmes produzido pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade

pretende promover cada município individualmente - Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães,

Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão e Vizela, e

todo o território da CIM do Ave, num objetivo de marketing territorial com identidade

partilhada.

Presidente da República visita AvePark

O Presidente da República visitou o Parque de Ciência e Tecnologia das Caldas das Taipas, em

Guimarães, e conheceu uma mostra de spin-offs da Universidade do Minho, designadamente a

Bn’ML, New Textiles, Critical Materials, EXVA, Biomode, Geojustiça e ainda a Stemmaters.

61

ABC/UMinho apresenta equipa de Andebol

A apresentação da equipa sénior de Andebol para a época desportiva 2013/2014 decorreu na

Reitoria, e contou com o presidente do ABC, Luís Teles, o reitor, António M. Cunha, o vice-

reitor, José Mendes, o administrador dos Serviços de Ação Social, Carlos Silva, e os

conhecidos atletas Aurora Cunha e Cândido Barbosa.

Cerimónia de acolhimento aos novos alunos

Realizou-se a 16 de setembro, contando com as intervenções do reitor e do presidente da

Associação Académica e várias atuações de grupos culturais. Neste âmbito, o projeto

“Tutorias por pares” da Escola de Psicologia e da AAUM permitiu beneficiar os novos alunos

no seu processo de adaptação e integração à Universidade.

OUTUBRO

Jornadas sobre Crescimento Inteligente na Eurorregião

A organização coube à Fundação Centro de Estudos Eurorregionais, que junta as seis

universidades do Noroeste Ibérico, em colaboração com a Xunta de Galicia e o Agrupamento

Europeu de Cooperação Territorial Galiza e Norte de Portugal.

StartPoint@UM

A iniciativa da AAUM proporcionou o contacto direto entre a comunidade e o mercado de

trabalho, propiciando a divulgação de oportunidades, o desenvolvimento de competências e

o networking dos participantes. Decorreu também mais uma edição do Empreenda Minho e o

2º Encontro de Jovens Investigadores da UMinho.

62

Lions Clube de Braga atribui 50 bolsas

Os promotores pretenderam envolver a sociedade civil em causas solidárias e apoiar os

estudantes da UMinho em situações adversas. Apoiaram também a exposição “Pintar UM

Mundo Melhor”, com obras criadas pelos artistas do Enterro da Gata e leiloadas a favor do

Fundo Social de Emergência da UMinho.

Cerimónia de acolhimento aos novos alunos estrangeiros

Mais de 400 estudantes de 50 países chegaram à UMinho através dos programas de

mobilidade. Pela primeira vez, vieram alunos da Palestina, Jordânia, Síria, Arménia,

Bielorrússia, Ucrânia, entre outros, fruto de consórcios Erasmus Mundus – PEACE e

ELECTRA, que a UMinho integrou.

NOVEMBRO

Membro honorário da Ordem dos Engenheiros

Esta distinção deve-se ao esforço e à capacidade demonstrada pela UMinho e a Escola de

Engenharia, no ensino de engenharia de qualidade ligado à sociedade e à indústria,

consubstanciada na inovação, e na dinamização de empresas.

10 anos do RepositóriUM

Foram apresentados uma exposição e o livro Uma Década de Acesso Aberto na UMinho e

no Mundo, com contributos de alguns dos maiores impulsionadores dos avanços do Acesso

Aberto, proporcionando uma panorâmica atual do Open Access no mundo.

Investidura do Reitor da Universidade do Minho

A cerimónia de investidura do reitor António M. Cunha realizou-se a 18 de novembro, no

Salão Medieval da Reitoria. A sessão solene contou com as intervenções do Ministro da

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Educação e Ciência, Nuno Crato, do Presidente do Conselho Geral, Álvaro Laborinho Lúcio,

e do Presidente da AAUM, Carlos Videira.

Hospital dos Bonequinhos

A 7ª edição da iniciativa do Núcleo de Estudantes de Medicina criou um espaço de

proximidade entre crianças do pré-escolar e toda a envolvente da prática médica onde, num

ambiente tão descontraído como didático, os mais pequenos esquecem preconceitos e

medos.

I Encontro de Presidentes dos Conselhos Gerais

Realizou-se na UMinho, seis anos após o Regime Jurídico das Instituições do Ensino

Superior ter implementado o Conselho Geral como órgão colegial máximo de governo nas

universidades.

DEZEMBRO

Abertura da Biblioteca Nuno Portas

A biblioteca integra o fundo documental doado pelo Arquiteto Nuno Portas, especializado nos

domínios de arquitetura e urbanismo. O valioso espólio bibliográfico e documental fica no

edifício da Escola de Arquitetura e enriquece o património da UMinho.

64

ICVS celebra 10 anos

Membro do laboratório associado ICVS/3B’s, tem três domínios de investigação

(microbiologia e infeção, neurociências e ciências cirúrgicas), que envolvem 200 cientistas de

vários países. É um dos centros de excelência nesta área. Faz parte do cluster de saúde do

Norte de Portugal, envolvendo o Centro Clínico Académico, vários hospitais, o INL, o

AvePark, entre outros. Participa numa extensa rede nacional e internacional de parcerias e

projetos.

Parceria com Bosch recruta engenheiros e bolseiros

A parceria permite a criação de empregos altamente qualificados na região e corrobora a

forte aposta da multinacional no talento português. O recrutamento de 35 engenheiros e 59

bolseiros centra-se em novos produtos e soluções que abrirão perspetivas à mobilidade

automóvel.

UMinho/AAUM é a melhor da Europa em desporto

A Universidade do Minho/Associação Académica da UMinho está no topo do Desporto

Universitário Europeu. Entre as mais de 400 academias que participaram nos campeonatos,

a UMinho/AAUM lidera com 45 pontos, seguida das academias de Split (Croácia) e de

Valência (Espanha).

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“Queremos universidades a formar homens; universidades de trabalho e de criação;

universidades na procura da verdade; universidades espaços de reflexão;

universidades com independências de pensamento.” – Ministro da Educação Nacional,

Veiga Simão, na cerimónia de tomada de posse do reitor e Comissão Instaladora da

Universidade do Minho.

[in Primeiro de Janeiro, 18/02/1974]

“A Universidade do Minho deve ser uma instituição aberta, a qual, inserida num dado

meio, se deve preocupar com os problemas desse meio. E a recíproca é também

verdadeira. Não deve o meio desinteressar-se dos problemas da sua Universidade”.

(…) E se esta deve ser a atitude de qualquer universidade, muito mais o deverá ser

quando a Universidade tem um vincado carácter regional, indiscutivelmente o nosso

caso, pois é a primeira Universidade Portuguesa que tem o nome de uma região e não

de uma cidade.” – Reitor Carlos Lloyd Braga

[in Diário do Minho, 18/02/1974]