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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS ANÁLISE DE PROBLEMAS RELACIONADOS A CONSTRUÇÃO CIVIL DECORRENTES DAS INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS. Palhoça 2019

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

ERICK DOS SANTOS

ANÁLISE DE PROBLEMAS RELACIONADOS A CONSTRUÇÃO CIVIL

DECORRENTES DAS INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS.

Palhoça

2019

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ERICK DOS SANTOS

ANÁLISE DE PROBLEMAS RELACIONADOS A CONSTRUÇÃO CIVIL

DECORRENTES DAS INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Engenharia Civil da Universidade

do Sul de Santa Catarina como requisito

parcial à obtenção do título de Engenheiro

Civil.

Orientador: Prof. Paulo Roberto May, MSc.

Palhoça

2019

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ERICK DOS SANTOS

ANÁLISE DE PROBLEMAS RELACIONADOS A CONSTRUÇÃO CIVIL

DECORRENTES DAS INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS.

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi

julgado adequado à obtenção do título de

Engenheiro Civil e aprovado em sua forma

final pelo Curso de Engenharia Civil da

Universidade do Sul de Santa Catarina.

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Agradeço primeiramente a Deus, por me dar saúde. Para ele dedico toda honra e

toda glória.

Em especial ao meu Pai Rinaldo, que sempre esteve do meu lado, desde pequeno

me ensinando, me encorajando, dando conselhos, que sempre foi um amigo nessa caminhada

da minha vida particular e na minha ingressão na faculdade de engenharia civil. Ele que me

dá todo suporte e condição para o meu melhor desenvolvimento como pessoa e profissional.

Meu sentimento e gratidão são imensuráveis.

Agradeço à minha mãe Jucimara que sempre esteve no meu lado, me ajudando em

assuntos que tive dificuldade e sempre incentivou. Ela é exemplo de pessoa que está sempre

feliz com a vida, uma pessoa que sempre procura achar uma solução para qualquer tipo de

problema, que sempre procura ajudar os outros.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha namorada que me dá força, incentivo e me determina para poder

continuar e concluir esse tão sonhado diploma de engenheiro civil, uma pessoa que torce por

mim e que demonstrou por mim o maior e mais sincero amor que pude presenciar.

Ao meu irmão, meu companheiro de todas as horas e de todas as modalidades

possíveis, aquele cara que muitas vezes procura me ajudar e me auxiliar mesmo sem ter o

conhecimento, uma pessoa que sempre poderei contar.

Agradeço aos meus amigos, parceiros de vida. Principalmente ao Rafael que está do

meu lado desde pequeno, que divide todos os momentos, risadas, histórias. Eles fazem meus

dias mais alegres, minha vida mais leve e estão ao meu lado nos momentos bons e ruins.

Ao meu primo Jefferson que sempre foi um irmão, dividindo muitos momentos

principalmente bons, um cara que sempre me protegeu e teve no meu lado quando precisei.

Uma pessoa que irei levar sempre na minha vida.

Não poderia fazer meus agradecimentos sem lembrar dos amigos da faculdade

Felipe, Eder, Euller e Eduardo.

Ao meu professor orientador Paulo May, que não mediu esforços para auxiliar na

conclusão deste trabalho, me tranquilizou e dividiu seu conhecimento comigo.

Agradeço à empresa do meu sogro por permitir a elaboração deste trabalho e

fornecimento dos dados essenciais para a conclusão deste estudo

Parabenizo e agradeço a todos os professores e a UNISUL, por todo apoio

oferecido e ensinamento compartilhado durante esta caminhada. Principalmente aos

professores Claudio Coelho, Marcelo Cechinel, Djan, Helo e José Humberto.

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“Sem dedicação e comprometimento, não se obtém os resultados esperados”

(Santos Erick, 2019).

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RESUMO

O presente trabalho aborda casos de patologias nas estruturas de suporte de telhados devido a

sobrecargas ocasionadas pela instalação de placas fotovoltaicas. Foi abordado na pesquisa

alguns casos que a estrutura chegou ao colapso devido a sobre carga, isso tudo é ocasionado

pelo descaso de empresas que fazem essas instalações e não se preocupam com a parte

estrutural e não passam esse conhecimento para seus clientes. Foi-se estudado um orçamento

de uma instalação média de fotovoltaica para obter alguns dados importantes e avaliar o que

está sendo feito na região de Garopaba sobre o assunto. Ao analisar o orçamento percebeu-se

que a empresa em questão faz um pequeno relato sobre a parte estrutural dizendo que não se

responsabiliza por questões fora a parte da instalação feita. O fato observado é que nas

maiorias dos casos que apresentam problemas, é a empresa que não oferece tal informação

para seu cliente, e o cliente que muitas vezes não se atenta a esse detalhe que pode muitas

vezes ser crucial para o bom funcionamento da instalação e por esse descaso com essa parte

que completa um todo, vem ocorrendo vários casos de patologias ou até rompimento da

estrutura por completo. Para completar o trabalho foram feitos questionamentos para pessoas

que possuem instalações e para as empresas que aplicam essas instalações. O intuito da

pesquisa era analisar como está sendo vista essa parte estrutural na hora da aplicação das

instalações, tanto da parte do contratante quanto da parte do contratado. Assim com a

pesquisa feita pode se observar com está sendo tratada essa situação na região de Garopaba-

SC.

.

Palavras-chave: Garopaba. Instalação fotovoltaica. Cálculo Estrutural.

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ABSTRACT

The present work addresses cases of pathologies in roof support structures due to overloads

caused by the installation of photovoltaic plates. It was addressed in the research some cases

that the structure collapsed due to overload, this is all caused by the neglect of companies that

make these facilities and do not care about the structural part and do not pass this knowledge

to their customers. A budget of an average photovoltaic installation was studied to obtain

some important data and to evaluate what is being done in the Garopaba region on the subject.

When analyzing the budget it was noticed that the company in question makes a small report

on the structural part saying that it is not responsible for issues outside the installation part

made. The fact is that in most cases that have problems, it is the company that does not

provide such information to its customer, and the customer who often does not pay attention

to this detail that can often be crucial for the proper functioning of the facility and Due to this

neglect with such a part of the whole, there have been several cases of pathologies or even

complete disruption of the structure. To complete the work a questionnaire was made for

people who own facilities and for companies that apply these facilities. The purpose of the

research was to analyze how this structural part is being seen at the time of application of the

facilities, both by the contractor and the contractor. Thus with the research done it can be

observed how this situation is being treated in the region of Garopaba- SC.

Keywords: Garopaba. Photovoltaic installation. Structural Calculation

.

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FIGURAS

Figura 1 - Instalação Fotovoltaica ............................................................................................ 18

Figura 2 - Componentes de uma Instalação Fotovoltaica......................................................... 21

Figura 3 - Apoio de Painéis Solares para Telhados Inclinados ................................................ 22

Figura 4 - Detalhamento de Telhado Convencional ................................................................. 24

Figura 5 - Colapso do telhado................................................................................................... 25

Figura 6 - Eternit telhas fotovoltaicas....................................................................................... 26

Figura 7 – Imagem ilustrativa de vidros com fotovoltaica ....................................................... 27

Figura 8 - Organograma da empresa ........................................................................................ 30

Figura 9 - Imagem de Satélite da pousada do Boto .................................................................. 32

Figura 10 - Imagem da faixada frontal da pousada do Boto .................................................... 32

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QUADROS

Quadro 1 – Entrevistas com contratantes de instalações fotovoltaicas .................................... 40

Quadro 2 – Entrevistas com empresas instaladoras ................................................................. 41

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 11

1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 12

1.2 PROBLEMA .................................................................................................................... 12

1.3 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 13

1.3.1 Objetivos Específicos................................................................................................... 13

1.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO .................................................................................... 13

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 14

2 METODOLOGIA ............................................................................................................. 15

3 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 18

3.1 ENERGIA FOTOVOLTÁICA ........................................................................................ 18

3.2 ENERGIA FOTOVOLTÁICA NO BRASIL .................................................................. 19

3.3 PROJETOS DE ENERGIA FOTOVOLTÁICA ............................................................. 20

3.4 COMPONENTES DE UM PROJETO DE ENERGIA FOTOVOLTÁICA ................... 20

3.5 ESTRUTURAS DE APOIO PARA OS PAINÉIS SOLARES ....................................... 22

3.6 ESTRUTURAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................. 23

3.7 PROBLEMAS NOS TELHADOS DEVIDO A INSTALAÇÃO DAS PLACAS

GERADORAS .......................................................................................................................... 24

3.8 INOVAÇÕES NA GERAÇÃO FOTOVOLTÁICA ....................................................... 26

4 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO .......................................................................... 29

4.1 PERFIL DA EMPRESA .................................................................................................. 29

4.1.1 Dados da empresa........................................................................................................ 30

4.1.2 Localização da empresa .............................................................................................. 31

4.2 ÁREA DE ESTUDO - OBRA ......................................................................................... 33

4.3 ANÁLISE DO ORÇAMENTO ....................................................................................... 33

4.4 DESCRIÇÃO DA REFORMA ........................................................................................ 34

4.5 O PROJETO DOS TELHADOS E LAJES ..................................................................... 34

4.6 O PROJETO DAS INSTALAÇÕES FOTOVOLTÁICAS ............................................. 35

4.6.1 PLACAS GERADORAS ............................................................................................ 35

4.6.2 ESTRUTURAS DE FIXAÇÃO .................................................................................. 37

4.6.3 BATERIAS .................................................................................................................. 37

4.6.4 OUTROS EQUIPAMENTOS .................................................................................... 38

4.7 PESQUISA ...................................................................................................................... 38

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4.8 CONCLUSÃO DO ESTUDO DE CASO ........................................................................ 42

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 43

5.1 SUGESTÕES DE NOVOS TRABALHOS ..................................................................... 44

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 45

APÊNDICE A – DECLARAÇÃO DE PERMISSÃO DE USO .......................................... 49

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1 INTRODUÇÃO

A energia fotovoltaica teve seu grande início em 1839 com o renomado físico

francês, Alexandre Edmond Becquerel, desde então outros cientistas vem estudando e

aperfeiçoando essa “descoberta”. No entanto a tecnologia teve seu grande impulsionamento a

partir dos anos 2000, com a necessidade da implantação de uma energia auto renovável. (IST,

2019)

Como a principal fonte de energia no mundo é um recurso não renovável

(petróleo), atualmente os cientistas estão buscando a melhor maneira de substituí-lo.

Historicamente a evolução da engenharia civil teve basicamente uma série de

sucessos, sendo uma área que basicamente só cresce a cada dia que passa desde seus

primórdios. Mas nem tudo na história da construção ocorreu dentro dos conformes, um

exemplo histórico é a torre de pisa na Itália, que foi construída em solo inapropriado e

apresenta uma inclinação em relação a sua base, hoje em dia é um dos principais pontos

turísticos do país. (CBIC, 2019)

A indústria da construção civil brasileira no século vem tendo um crescimento

exponencial, com isso muitos pequenos e grandes investidores vem olhando com “bons

olhos” o mercado, que a cada dia tem alguma inovação a fim de melhorias tecnológicas, para

que as obras sejam cada vez mais rápidas, limpas, organizadas, eficientes, confortável e

segura para os usuários da mesma.

A CBIC (2019) demonstra que no Brasil o setor tem uma grande relevância pra a

economia em geral, abrigando cerca de 12,5 milhões de empregos (aproximadamente 6,5% da

população brasileira) e movimenta cerda de 6,2% do PIB nacional. Segundo o G1 (15/01/18)

o setor movimenta cerca de R$1,1 trilhão por ano e cerca de 25% de todo capital investido na

área volta para o governo como imposto. Sendo assim, a construção civil é de suma

importância para a economia e atrai bons incentivos do governo federal, estadual e de

diversos tipos de investidores.

Para Parisotto (2018) um dos objetivos da construção civil atualmente é a

sustentabilidade das edificações. Buscando atingir este objetivo procura-se obter uma

eficiência energética através de sistemas de energia fotovoltaicas que tem uma grande

importância para otimizar a sustentabilidade de uma edificação. Somado a isto os painéis

solares surgem como mais uma opção para a alimentação energética brasileira, estima-se que

em 2030, 10% da energia gerada no Brasil seja proveniente do Sol. (EJECIV, 2018)

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Tendo em vista que a construção civil brasileira é uma área que atualmente cresce

muito, buscou-se conciliar as duas coisas para obter um melhor desempenho tanto na área da

construção quando na de energia.

Porém muitas empresas atuantes no Brasil não estão tomando os devidos cuidados

na hora do planejamento, projeto e orçamento, quanto na execução dos mesmos. Uma

preocupação atual nesta área é sobre as estruturas que suportam as placas, que são comumente

usadas nos dias de hoje, para que não prejudiquem a estrutura existente e não ofereçam

nenhum tipo de perigo aos usuários no prédio.

O estudo será realizado em obras em andamento e prontas na cidade de Garopaba-

SC, com base nas principais instalações de energia fotovoltaica no Brasil.

Um dos estudos do trabalho foi feito com base em um orçamento de energia solar

para a pousada do Boto em Garopaba, que fica localizada na praia da ferrugem, com o destino

de suprir todas as necessidades energéticas da mesma. Tendo o retorno do investimento

previsto para quatro ou cinco anos.

Garopaba é uma cidade turística que tem um setor da construção muito aquecido,

pois muitos investidores vindos principalmente do Rio Grande do Sul demonstram interesse

em morar em Garopaba por conta de suas belezas naturais.

1.1 JUSTIFICATIVA

De acordo com diversas notícias publicadas, tem ocorrido uma serie de patologias

em estruturas de telhados após a instalação de Sistemas Fotovoltaicos em construções. Um

dos motivos possíveis para este problema, pode ser por conta da sobrecarga de placas

geradoras, que são instaladas sem nenhum estudo prévio da estrutura que irá suportar essa

sobrecarga.

1.2 PROBLEMA

A instalação de sistemas fotovoltaicos tem se expandido de forma exponencial no

Brasil e em diversos países. O projeto de instalação destes sistemas tem sido considerado

muito simples e de fácil projeto. Assim, diversos cuidados não têm sido tomados, dentre estes

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um dos principais é a análise das condições estruturais dos locais onde os sistemas

fotovoltaicos estão sendo instalados. Muitos problemas já têm sido constatados.

Assim o problema de estudo será: As estruturas e locais onde estão sendo

instalados os Sistemas Fotovoltaicos estão sendo analisadas de forma adequada, para verificar

se as mesmas estão preparadas para esta instalação?

1.3 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste trabalho de conclusão de curso é:

Analisar os processos de projeto e instalação de Sistemas Fotovoltaicos em

teclados, sob a visão da engenharia civil.

1.3.1 Objetivos Específicos

• Analisar como estão sendo empregadas as instalações de energia fotovoltaica.

• Estudar os procedimentos que podem ser introduzidos para que essas

instalações sejam feitas de uma maneira segura em relação a parte estrutural.

• Estudar os processos de projeto e instalação de Sistemas Fotovoltaicos;

• Descrever os modelos de Sistemas Fotovoltaicos;

• Propor, se necessário, melhorias.

1.4 LIMITAÇÕES DO TRABALHO

Por ter sido realizado numa organização específica, esse estudo de caso diz

respeito à realidade enfrentada por essa organização, assim os métodos e técnicas em estudo,

novas aplicações, bem como, generalizações merecem um maior aprofundamento para serem

aplicados em outras organizações.

Outra dificuldade está relacionada à compatibilização da terminologia acadêmica

com as práticas da indústria, o que exigiu do autor um esforço para interpretação das

informações recebidas.

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Também deve ser considerado o envolvimento pessoal do autor nos processos de

implantação destes métodos, fator este que sempre terá influência mesmo com todos os

cuidados tomados em buscar uma postura o mais isenta possível na análise e apresentação dos

fatos.

A expansão deste estudo para os demais processos poderá ser realizada em fases

posteriores a conclusão desde Trabalho de Conclusão de Curso.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho de conclusão de curso foi dividido de forma a facilitar o

entendimento do tema proposto, como segue:

• Capítulo I – introdução e justificativa, problema, objetivos geral e específicos,

limitações da pesquisa; estrutura do TCC.

• Capítulo II – Metodologia.

• Capítulo III – Fundamentação Teórica.

• Capítulo IV – Perfil da empresa, Apresentação e Discussão dos Resultados.

• Conclusão - Conclusões e Recomendações para trabalhos Futuros.

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2 METODOLOGIA

Este trabalho de conclusão de curso é uma pesquisa aplicada, com abordagem

qualitativa, sendo que, em relação ao objetivo ela é explicativa, utilizando-se de

procedimentos documentais e de estudo de caso. As técnicas utilizadas para coleta e análise

de dados foram a Análise documental.

De acordo com Lakatos e Marconi (2010, p.65),

Método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior

segurança e economia, permite alcançar o objetivo, conhecimentos válidos e

verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as

decisões do cientista.

Portanto, o embasamento teórico e metodológico existe para dar sustentação ao

trabalho científico.

Esse estudo de caso está buscando analisar os processos de projeto e instalação de

Sistemas Fotovoltaicos em teclados, sob a visão da engenharia civil, o que permite que seus

diversos aspectos estudados possam ser muito úteis para futuros situações em diferentes

instalações semelhantes.

Para a utilização desse método deve se levar em consideração a compreensão de

todos envolvidos no assunto e investigar todos os dados que estão relacionados ao caso.

De acordo com que diz Campomar (1991):

O estudo intensivo de um caso permite a descoberta de relações que não seriam

encontradas de outra forma, sendo as análises e inferências em estudo de casos feitas

por analogia de situações, respondendo principalmente às questões por quê? E

como?

A pesquisa é caracterizada a um método intensivo, quando isso acontece podem

ser descobertos coisas que de outro jeito não apareciam. Um dos principais intuitos do estudo

de caso são a explicação dos fatos ocorridos em um contexto social, relacionadas com

variações sistemáticas, quando ocorre esse tipo de fato deve-se apresentar estudos através de

tabelas, quadros ou gráficos com uma análise que os caracterizam. (FACHIN 2006).

De acordo com Gil (2008, p.54) estudo de caso “Consiste no estudo profundo e

exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado

conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já

considerados”.

Godoy (1995) diz que o estudo de caso consiste em analisar profundamente um

tipo de pesquisa cujo objetivo é descrever uma área em uma situação particular. Pesquisas

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feitas nas instituições para responder o motivo de ocorrerem as mais determinadas situações.

Os dados de um estudo de caso são coletados pelo interessado por uma fonte primaria ou

secundaria da própria analise do problema ou em entrevistas, os dados devem ser coletados

em pesquisas qualitativas, o que não quer dizer que não possa usar a pesquisa quantitativa, vai

depender muito da situação em que vai ser aplicado.

Segundo Triviños (1995), ao desenvolver um procedimento metodológico de

estudo de caso, os acontecimentos são corretos para a área que se está estudando. De acordo

que o resultado do estudo também é importante para outras situações, com medidas

aprofundadas em uma realidade cujo resultado admite-se encaminhar hipótese e soluções em

outras pesquisas com situações similares.

Quando alguém determina por um estudo de caso não se devem generalizar os

resultados encontrados, não se pode tomar nenhuma conclusão que ultrapasse a situação

estudada, por tanto esse método de pesquisa tem uma contribuição limitada para o avanço do

conhecimento. (BERTUCCI, 2009)

Além do estudo de caso foi, também, desenvolvida um estudo bibliográfico que

segundo Marconi; Lakatos (2010, p.166):

toda a literatura já tornada pública em relação ao tema pesquisado, desde

publicações avulsas, boletins, jornais, periódicos, livros, bases de dados etc. Sua

finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito

ou filmado sobre determinado assunto.

Quanto a abordagem do problema, utilizou-se o estudo bibliográfico que segundo

Lakatos e Marconi (2010, p.166), estrutura-se a partir de:

Fontes secundárias que abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao

tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, teses

etc. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi

escrito sobre determinado tema.

De acordo com Gil (2010, p.29), estudo bibliográfico está presente em todas as

pesquisas acadêmicas que são feitas para dar fundamentação teórica ao trabalho. Segundo o

autor, o estudo bibliográfico é elaborado com base em material já publicado.

Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como

livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anis de congressos científicos. Todavia,

em virtude da disseminação de novos formatos de informação, estas pesquisas

passaram a incluir outros tios de fontes, como discos, fitas magnéticas, CDs, bem

como material disponibilizado pela internet.

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Essa classificação de estudo permite que os pesquisadores desenvolvam novas

hipóteses com base nos dados e materiais já publicados. Barros, et al, (2007, p.85), afirma que

essa classificação de pesquisa gera:

a construção de trabalhos inéditos daqueles que pretendem rever, reanalisar,

interpretar e criticar considerações teóricas, paradigmas e mesmo criar novas

proposições de explicação e compreensão dos fenômenos das mais diferentes áreas

do conhecimento.

Trata-se também de um estudo Documental, que segundo Marconi; Lakatos

(2010), é fundamentada em documentos, escritos ou não, estabelecendo o que se denomina de

fontes primárias. Pode ser feita no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou ser feita

depois.

No desenvolvimento desse estudo, também foram utilizados documentos de

arquivos privados, que para Lakatos, et al (2010, p.157-158) são chamados de fontes

primárias. Entende-se por documento qualquer objeto capaz de comprovar algum fato ou

acontecimento (LAKATOS, et al, 2010, p.159).

Classifica-se a referida pesquisa como descritiva, pois segundo Triviños (2009),

permite ao investigador ampliar sua experiência em relação a um determinado problema.

Assim, a esta etapa de uma proposta de implementação de um sistema de gestão de pessoas, a

referida pesquisa enquadra-se como descritiva por apresentar:

A descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, até

mesmo, o estabelecimento de relação entre as variáveis, bem como, a utilização de

técnicas padronizadas de coleta de dados, dentre elas, a aplicação de questionários e

a observação sistemática. (GIL, 2010, p. 42)

Utilizou-se para tanto, a pesquisa descritiva que de acordo com Gil (2010) “tem

como objetivo primordial a descrição de determinadas características de determinada

população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis”.

Trata-se também de uma pesquisa aplicada, que tem como objetivo dar origem a

conhecimentos e contextualizá-los com a realidade da empresa, de forma a ajudar na solução

de problemas específicos, neste estudo a necessidade de um sistema de gestão de pessoas na

referida empresa. Feita a identificação dessa necessidade, a referida pesquisa é de cunho

empírico e enquadra-se como descritiva.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

Um forte embasamento teórico é importante para que o estudo tenha

credibilidade. Assim buscou-se conceitos e opiniões de diferentes autores, que possam

subsidiar os estudos, e as conclusões que forma apresentadas.

Nesse Capítulo estes autores e suas contribuições e principais conceitos são

apresentados.

3.1 ENERGIA FOTOVOLTÁICA

A energia fotovoltaica é resultado de uma transformação da luz solar em energia

elétrica, por meio de placas geradoras que absorvem a radiação da luz solar e fazem essa

conversão por meio da célula fotovoltaica. (FONTES, 2018)

Continua o autor explicando que um dos principais equipamentos que compõe

essas placas é chamado de modulo fotovoltaico, que abriga muitas “células solares” que são

as responsáveis pela transformação direta da luz em energia elétrica. Essas células são feitas

de materiais semicondutores e são divididos em duas camadas, uma positiva e outra negativa,

gerando assim um circuito elétrico. As placas geradoras são compostas por esses módulos

fotovoltaicos, quanto mais módulos ela tiver maior será a sua capacidade de transformação de

energia. Como pode-se ver na figura 1.

Figura 1 - Instalação Fotovoltaica

Fonte: Deivid Oliveira (2017)

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A produção da energia origina-se da movimentação de elétrons em um circuito

elétrico ali conectado, que produção de energia elétrica em corrente continua (CC), todavia, as

residências e os sistemas que energia que utilizamos são de correntes alternadas (CA), sendo

assim nesses sistemas tem que ter em sua composição um inversor para transformar as

correntes em CA.

Concluindo, Fontes (2018) explica que o inversor é considerado o cérebro do

sistema, mas tem algumas outras funções além de converter o tipo de corrente, eles servem

como protetores contra falhas elétricas e geram estatísticas do sistema, porém sua função

principal após a conversão é a troca de energias, a gerada pelas placas com a elétrica das

residências.

3.2 ENERGIA FOTOVOLTÁICA NO BRASIL

Explica Costa (2019) que no Brasil a geração de energia solar ainda está no início

da sua expansão e desenvolvimento, já possuem mais de 20 mil instalações de placas

geradoras em todo o país, com a subida nas tarifas de energia elétrica brasileiras em 2015 e

com alguns incentivos para a geração distribuída como a redução dos valores de instalação de

placas geradoras o país caminha para uma era da geração solar.

Apesar do aumento significativo de instalações de sistemas solares no Brasil, a

representatividade do sistema é muito pequena se comparada com a energia gerada por usinas

hidrelétricas, onde o país tem seu maior produtor de energia, com a principal usina a de

ITAIPU localizada no estado do Paraná. (COSTA, 2019)

Kafruni (2018) alerta que hoje é discutida no Brasil uma reforma no sistema de

produção de energia solar, sobre a parte que é comercializada com a concessionária. Tendo

que as próprias concessionarias querem o reajuste dos coeficientes dessa injeção de energia na

rede e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) quer exatamente o

oposto, para buscar mais incentivos para as instalações continuarem a ter o crescimento

desejado, com essa diferença de propostas a agencia nacional de energia elétrica (ANEEL)

promete resolver o problema ainda este ano.

O diretor-geral do órgão regulador, André Pepitone, diz que é função da Aneel

conciliar os interesses antagônicos. “A inovação está transformando a relação do consumidor

com o setor elétrico. Nos próximos cinco anos, teremos mais mudanças do que as que

ocorreram nos últimos 50”, afirma. O desafio, portanto, é fazer a regulação acompanhar a

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velocidade das transformações. “São 130 novos sistemas de geração distribuída por dia, mas

dentro de um universo de 82 milhões de consumidores conectados às distribuidoras do país,

os 60 mil que recebem créditos são uma gota no oceano”, pondera. (KAFRUNI, 2018)

3.3 PROJETOS DE ENERGIA FOTOVOLTÁICA

De acordo com Souza (2017) normalmente os usuários das residências que tem

interesse em obter o sistema de energia fotovoltaica não tem conhecimento sobre os custos

que o produto retornaria e o quanto seria investido, o fato é que todos desejam o produto pelo

fato de ter uma farta economia em sua conta de energia e o mesmo se pagar dentre 3 a 7 anos

e principalmente com uma baixo custo de manutenção que o equipamento necessita.

Ainda segundo o autor supracitado, um projeto de instalação de energia

fotovoltaica leva em consideração alguns itens, como a energia que a residência consome, a

dimensão da residência, a quantidade de placas que fisicamente poderão ser colocadas, a mão

de obra e alguma reforma sobre a estrutura que suporta a carga geradas pelas placas

geradoras, algumas empresas oferecem esses reparos, outras não incluem essa item em seus

orçamentos.

O maior custo de todo o orçamento está relacionado com os painéis solares, que

tem um alto custo por conta de sua tecnologia, porem outros fatores ainda pesam para o preço

final das instalações como o transporte, armazenamento e “desembaraço burocrático”.

Concluindo, Souza (2017) afirma que hoje existe alguns argumentos que para ser

confeccionado um projeto de instalação fotovoltaica necessita de pelo menos um engenheiro

elétrico e um engenheiro civil, devido a alguns incidentes ocorridos pela parte estrutural das

residências. Porém tendo em vista que não são projetos complexos, um projeto serve de base

para o outro, mas devem ser analisados separadamente devido a chance de encontrar cenários

distintos.

3.4 COMPONENTES DE UM PROJETO DE ENERGIA FOTOVOLTÁICA

Para a NEOSOLAR (2019) um projeto deve ter os seguintes componentes,

apresentados na figura 2:

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1. Placas geradoras: Equipamento responsável pela transformação da luz do

sol em energia, através de células fotovoltaicas;

2. Inversores: Equipamento responsável pela transformação energia gerado

pelo sistema que é em corrente contínua para a recebida e usada na

residência que é corrente alternada e outras funções como proteção do

sistema;

3. Baterias: servem como o pulmão do sistema, conservam energia elétrica;

4. Controladores de carga: São as “válvulas” do sistema, tem a função de

evitar sobrecargas ou descargas nas baterias;

Figura 2 - Componentes de uma Instalação Fotovoltaica

Fonte: NeoSolar (2019)

Essas placas apresentam um valor unitário de peso de aproximadamente 20kg,

sendo assim, em um projeto de pequeno a médio porte que pode ter por volta de trinta painéis

solares, a carga total poderá chegar a 600kg de sobrecarga não calculada em projeto, que por

fim esse tipo de descuido na hora da elaboração desses tipos de instalações, poderá ser

prejudicial para a estrutura como um todo, sendo ela de telhado convencional ou até menos

em terraços.

O projetista tendo em vista o avanço da produção de energia própria no Brasil, já

deve deixar uma margem de segurança prevendo esse tipo de instalação futura, que cada dia

vem sendo mais popular em todas as regiões do país, para evitar acidentes provenientes desses

excessos de cargas. O que não isenta o proprietário e a empresa contratada de fazerem todas

as verificações de segurança na hora de fazer um projeto de energia fotovoltaica desse porte.

Page 24: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

22

3.5 ESTRUTURAS DE APOIO PARA OS PAINÉIS SOLARES

Nas palavras de Flandoli (2018) essas estruturas representem um valor pequeno

para o conjunto da instalação, apesar de ter um papel fundamental para projeto. O objetivo

desse equipamento é de promover segurança para o as placas geradoras, garantir a robustez da

fixação mecânica e maximizar a geração de energia conforme a inclinação.

Ainda para Flandoli (2018), para a instalação em telhados planos o sistema tem

seu melhor desempenho, pois facilita a locomoção do instalador e o posicionamento das

placas de forma para maximizar o aproveitamento da geração de energia. A desvantagem é

que pode ocorrer o acúmulo de água e todas as consequências desse problema e para isso deve

ser feito todos as saídas de águas e a inclinação correta para essa estrutura. Essas estruturas

são metálicas e feitas normalmente com alumínio, o que facilita para a relação do ângulo com

o plano horizontal. Um exemplo é apresentado na figura 3.

Figura 3 - Apoio de Painéis Solares para Telhados Inclinados

Fonte: Flandoli (2018)

Page 25: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

23

Já no caso de telhados inclinados, a estrutura de fixação deve obedecer a

inclinação física já introduzida pelo telhado, o que pode ser uma desvantagem em relação ao

telhado plano, pelo fato de não aproveitar totalmente a luz solar no decorrer do dia. Essa

estrutura é feita com suporte para trilhos do tipo Z, fixados nos caibros.

O principal problema para a estrutura que suportará essa sobre carga, não é o peso

das placas em si, mas sim a carga da incidência dos ventos sobre os painéis que amplia essa

sobrecarga, o que pede a atenção de um profissional capacitado na área para a análise dessa

estrutura, e ainda para estruturas metálicas deve-se tomar o cuidado para o combate a corrosão

do material, afim de evitar patologias. (FLANDOLI, 2018)

3.6 ESTRUTURAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Na concepção de Pereira (2018) o telhado na construção civil é a última parte da

estrutura, tendo como função a proteção do interior de qualquer edificação, de raios solares,

chuva, animais, temperatura e etc, essas estruturas devem ter os seguintes quesitos:

1. Ser impermeável;

2. Resistente;

3. Leve;

4. Ter durabilidade; e

5. Ser de fácil manutenção.

O autor acrescenta que um telhado convencional de madeira tem vários elementos

que juntos dão todos esses quesitos necessários para um bom funcionamento, entre eles temos

os apoios, beiral, telhas, cumieiras, caibro, terça e outros, como visto na figura 4. Eles podem

ser divididos em vários tipos, de uma água onde só há caimento para uma direção, de duas

águas quando divide a casa no meio e temos caimento para os dois lados e, ainda, podemos ter

3,4,5 águas dependendo da disposição da estrutura e das dimensões das edificações.

Page 26: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

24

Figura 4 - Detalhamento de Telhado Convencional

Fonte: Pereira (2018)

Hoje em dia alguns investidores estão aderindo a outra forma de telhado, o

chamado terraço, que é constituído por outra laje superior. As vantagens desse tipo de

estrutura é que o proprietário ganha todo esse espaço para utilização, para acesso de pessoas,

apoiar placas geradoras. As desvantagens são que esse tipo de cobertura precisa de uma boa

impermeabilização e normalmente se tornam um pouco mais caras. (PEREIRA, 2018)

Segundo Eliseu Figueiredo Neto (2019) para calcular a estrutura de um telhado

primeiro tem que ter o conhecimento do peso das telhas e quantas unidades serão necessárias

para total cobertura da edificação, após isso deve-se calcular a inclinação, peso da estrutura e

coberta e ação do vento. Ou seja, um telhado que não foi projetado para receber uma

sobrecarga devido a algum tipo de instalação deve ter suas adequações feitas antes de receber

qualquer equipamento no local, uma vez que a estrutura é calculada para suportar apenas o

peso próprio, ação de ventos e uma carga acidental, a incidência de uma alteração nessa carga

pode ocorrer uma patologia na estrutura e até mesmo vir a colapso.

3.7 PROBLEMAS NOS TELHADOS DEVIDO A INSTALAÇÃO DAS PLACAS

GERADORAS

Algumas empresas de instalação de placas geradoras não estão tomando os

devidos cuidados sobre a estrutura no local.

Page 27: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

25

Tendo vista que o projeto das estruturas, lajes e telhados, levam em consideração

uma margem de segurança sobre o valor do peso próprio, quando colocado a sobrecarga

gerada pela estrutura dos equipamentos para geração e armazenagem da energia fotovoltaica,

essa margem de segurança perde sua validade e qualquer ação adversa de maior intensidade

pode gerar consequências para a edificação.

Segundo Villalva (2019):

Sempre que cai um telhado com um sistema fotovoltaico, antes de colocar a culpa no

vento cabe uma pergunta: foi feita a análise estrutural do prédio e da cobertura antes

da instalação do sistema fotovoltaico? Somando placas e estruturas de fixação, tem-

se tipicamente uma sobrecarga de até 15 kgf/m2 no telhado. Não é pouca coisa.

A figura 5 apresenta o telhado de uma construção, onde ocorreram problemas

após a instalação de equipamentos para geração fotovoltaica.

Figura 5 - Colapso do telhado

Fonte: Villalva (2019)

Além disso, Souza (2017) contempla que existem outros problemas gerados por

empresas duvidosas, que oferecem um preço não condizente com o de mercado. Um deles é a

qualidade dos equipamento implantados na instalação, que muitas vezes não oferece termos

de garantia, outro problema é a mão de obra não especializada, o que muitas vezes se torna o

Page 28: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

26

maior problema nessa situação, completando um material barato e de baixa qualidade, uma

instalação mal feita e cheia de perigo a edificação e a todos os usuários da mesma.

O autor complementa que nessas situações normalmente ocorrem falhas

mecânicas e para a solução dos problemas as empresas respeitadas na área dificilmente

aceitam se envolver tecnicamente com algo perigoso, somente aceitará o serviço se for refeita

a instalação, o que acarretará um custo dobrado para o proprietário.

3.8 INOVAÇÕES NA GERAÇÃO FOTOVOLTÁICA

Algumas empresas vêm se desenvolvendo inovações no ramo de energia

individualizada, como por exemplo, a Eternit, que está lançando as novas telhas fotovoltaicas,

que são feitas de fibrocimento e podem levar vários tipos de cores e acabamentos. A novidade

promete ser muito eficaz e se tornar mais barata que a solução atual que está no mercado, em

consequência evitar muitos tipos de problemas atuais com a sobre carga em telhados

ocasionadas pelo peso das placas solares. (CANAL ENERGIA, 2019)

Figura 6 - Eternit telhas fotovoltaicas

Fonte: Eternit (2019)

De acordo com a reportagem apresentada no Canalenergia (2019), empresa Eternit

cada telha produz 9,16 watts e tem dimensão de 365 x 475 mm. Sendo a capacidade de

produção média mensal de uma única telha de 1,15 kW/h por mês. Segundo avaliação da

empresa, a estimativa é que essa tecnologia seja vantajosa para o consumidor pois permite

Page 29: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

27

entre 10% e 20% de economia no valor total da compra e da instalação das telhas

fotovoltaicas, em relação aos painéis solares montados em cima de telhados comuns. Desta

forma o retorno sobre o investimento previsto ocorre no período de 3 (três) a 5 (cinco) anos,

dependendo do sistema.

Um ponto muito importante é que uma residência pequena irá necessitar, em torno

de, 100 a 150 telhas fotovoltaicas de concreto. Enquanto casas de médio e alto padrão, de 300

a 600 unidades ou mais. O restante do telhado poderá ser feito com telhas comuns,

complementadas com acabamentos. (CANAL ENERGIA, 2019)

Figura 7 – Imagem ilustrativa de vidros com fotovoltaica

Fonte: Ambiente energia (2016)

Em reportagem apresentada no Ambiente Energia (2016), temos outra novidade

na área, que são as tintas fotovoltaicas. Uma starup mineira chamada Sunew lançou sua

própria tinta geradora de energia chamada OPV (“Organic Photovoltaic” ou “fotovoltaica

orgânica”), os produtores afirmam que o material será de baixo custo e terá sua primeira

aplicação no prédio da TOTVS, sexta maior empresa do mundo no desenvolvimento nos

sistemas de gestão. A Startup afirma que com a energia gerada pelo produto será suficiente

Page 30: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

28

para manter 2,5 mil computadores ligados e que os vidros com os produtos custarão cerca de

40% mais caros, porem o investimento deve ser pago em torno de 7 (sete) anos, figura 7.

Essas inovações prometem revolucionar o mercado da geração de energia

individual, com um aumento da eficácia na geração de energia, com uma redução no valor

agregado final de uma instalação, pois apesar de uma telha desse tipo custar mais caro, a

diferença de um orçamento de telhas convencionas e fotovoltaicas não cobre uma instalação

de placas geradoras, ou seja, o produto será mais acessível e principalmente a priori resolverá

o problema de sobrecarga nas estruturas. (Ambiente Energia, 2016)

Page 31: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

29

4 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

Nesse capítulo será feita apresentada inicialmente a empresa exemplo,

demonstrando suas principais características, e posteriormente chegando até a área de estudo,

apresentando o setor onde o estudo foi realizado.

A seguir serão apresentados os estudos e análises do exemplo de orçamento para

instalação da geração fotovoltaica a ser instalada na empresa exemplo.

As características dos projetos estruturais normalmente realizados serão descritos,

as implicações e riscos da instalação de uma geração fotovoltaica será avaliada.

Por fim, serão discutidas propostas de procedimentos a serem padronizados e o

processo prático necessário no desenvolvimento de projetos e construções que possam

suportar a instalação de geração fotovoltaica em seus telhados.

4.1 PERFIL DA EMPRESA

A empresa em estudo é uma pousada na cidade de Garopaba-SC chamada

Pousada do Boto, que fez um orçamento de instalação fotovoltaica para suprir seus gastas

com energia elétrica, porém a estrutura do telhado dela, estava em condições precárias,

necessitando de alguma reforma ou reforço.

O dono da pousada admitiu interesse em possuir os painéis solares há alguns anos,

porém com os orçamentos altos e dado o conhecimento próprio de que precisaria fazer tal

reforma no telhado optou por esperar a melhor oportunidade para fazer o investimento. O

desejo de Sadi com os painéis é devido ao alto custo da energia elétrica cobrado na região que

acaba sendo uma de suas principais despesas devido ao número de condicionadores de ar e de

chuveiros elétricos.

A Pousada do Boto é voltada para o turismo de veraneio, que faz com que seu

funcionamento seja de apenas quatro meses por ano, ficando fechada os outros meses para

manutenção e reformas feitas pelo próprio proprietário. A pousada na alta temporada conta

com apenas 7 (sete) funcionários para atender todas as necessidades básicas.

O proprietário é o Sr. Sadi Battistella, sendo que a pousada foi fundada no ano de

1997 e teve três (3) grandes extensões nos anos de 2001, 2002 e por fim em 2005. É uma

Empresa de pequeno porte, focada na área de hotelaria, voltada principalmente para o turismo

de veraneio. Os principais clientes são solteiros e na faixa de 20 a 30 anos.

Page 32: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

30

Seus principais fornecedores são a Copal, CEASA e fornecedores locais.

Quanto a concorrência, existem inúmeras outras pousadas na localidade que

oferecem o mesmo tipo de acomodações.

Na figura 8 é apresentado o organograma da empresa objeto deste estudo.

Figura 8 - Organograma da empresa

Fonte: O autor (2019).

4.1.1 Dados da empresa

O número de funcionários é de cinco funcionárias que fazem o serviço geral de

limpeza, um funcionário para a manutenção da pousada, dois recepcionistas que garantem a

recepção dos clientes, dois guardas no período da noite que mantém a segurança dos clientes.

A empresa possui uma filial com o nome Pousada Boto Mar à cerca da matriz aonde ocorre

maior seletividade do público, casais e famílias se encontram na filial. Enquanto o público

mais jovem e que busca curtição se encontra na Pousada do Boto. As duas pousadas recebem

públicos de várias regiões do Brasil, mas também recebem um público internacional que vem

da Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.

Na Administração Geral do empreendimento, as decisões são feitas diretamente

pelo proprietário, ele comanda a parte administrativa e coordena o trabalho dos funcionários.

Page 33: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

31

As principais decisões da empresa são tomadas perante o retorno dos funcionários e clientes,

se estão satisfeitos com o trabalho e serviços prestados respectivamente.

O setor de RH fica na responsabilidade do administrador, as contratações são

feitas através de anúncios via jornais. Desse modo, ocorre uma entrevista com o interessado e

verificação se está qualificado ao serviço. Normalmente as funcionárias vem de Porto Alegre-

RS é oferecido moradia acerca de onde irão trabalhar, é oferecido também vale alimentação,

cesta básica, e o valor da passagem de ida e de volta é pago pelo empregador assim que

termina a temporada. As carteiras são assinadas com um termo de dias exatos que serão

trabalhados.

As informações contábeis são adquiridas através de um contador, desta forma são

alocadas em investimentos de curto e longo prazo. Uma das maiores fontes de renda em

Garopaba, são os aluguéis residências. E além de três pousadas, o gerente faz investimentos

mensais em compra de casas ou terrenos. Desta forma com um ativo circulante significativo,

as casas são alugadas anualmente possibilitando uma renda fixa de inverno. E as pousadas

trazendo grande lucro na parte do verão.

A empresa contrata terceiros para a parte de marketing, divulgando a pousada

através de um site confiável. Que traz informações da pousada imagens dos quartos e as áreas

de lazer e de alimentação.

4.1.2 Localização da empresa

A empresa fica localizada na cidade de Garopaba SC, no Bairro Capão, mais

conhecido como Praia da Ferrugem-SC, onde acontece alguns eventos turísticos durante o

verão, sendo o principal deles o Carnaferrugem, que é feito no Hotel Pitaya, situado em frente

a empresa na estrada geral do capão.

A localização da empresa tem como principal interesse atrair o publico jovem do

turismo com a intenção de proporcionar a melhor localização e comodidade aos hospedes em

relação as festas feitas na Praia da Ferrugem, figura 9.

Page 34: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

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Figura 9 - Imagem de Satélite da pousada do Boto

Fonte: Google Maps (2019)

Na figura 10 é apresentada uma imagem da fachada da empresa estudada.

Figura 10 - Imagem da faixada frontal da pousada do Boto

.

Autor: Sadi Battistella (2019)

Page 35: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

33

4.2 ÁREA DE ESTUDO - OBRA

Neste ano o proprietário fez um estudo para fazer uma instalação fotovoltaica na

pousada a fim de ter um melhor aproveitamento no consumo de energia elétrica que é

elevada, tendo em vista que a situação da estrutura do telhado dos blocos é precária foi feita

uma pequena obra de substituição de estrutura (em madeira), foi usado madeira pinus tratado

e em alguns locais foi aumentado a seção das ripas e vigas principais que suportavam a carga

devido ao interesse de instalar as placas geradoras.

Após feita uma visita do dia 18/09/2019 o proprietário revelou também ter feito

uma manutenção em relação a algumas telhas que estavam quebradas ou em estado precário.

Ele ainda afirmou que pretende fazer algumas melhorias na estrutura de toda a pousada para o

melhor funcionamento e segurança para seus hospedes.

A pousada possui o total de 1.575,29m² de área construída sendo em torno de

800m² área útil de telhado, dando a possibilidade de fazer uma grande instalação fotovoltaica.

Abrindo também uma possibilidade de fazer essa instalação com telhas fotovoltaicas.

4.3 ANÁLISE DO ORÇAMENTO

O orçamento foi realizado por uma empresa chamada Oliveira energia solar que já

está a 27 anos no mercado de energia de Garopaba. A empresa foi fundada em 1992 quando o

proprietário Joaquim Rogério de Oliveira se formou técnico em eletrônica.

O orçamento apresenta algumas “vantagens” como por exemplo, rápida

instalação, valorização do imóvel, mínima manutenção, garantia de 5 anos e principalmente a

redução de até 95% do valor na conta de energia.

Após um estudo da empresa sobre as contas de energia da pousada, foram obtidas

algumas informações importantes para o projeto, como o consumo médio de energia, que foi

de 1.019Kwh/mês. Com esse consumo a empresa sugeriu a instalação de 30 painéis solares de

330W que irão gerar uma capacidade de 10Kwp. No entanto o estudo revela que o consumo

de energia da pousada tem um pico considerável no mês de janeiro e fevereiro, motivado pela

alta procurada pela cidade de Garopaba nessas datas.

Os equipamentos oferecidos por esse orçamento são módulos fotovoltaicos de

300,325,335 e 340Wp, inversor, estrutura de suporte de alumínio, cabeamento solar especial

com condutores e conectores, sistema de proteção elétrica contra surto, segura contra perdas e

Page 36: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

34

danos de transporte, projeto do sistema, diagrama unifilar, parecer de acesso junto a

concessionária local e sistema de monitoramento com acesso pelo aplicativo de celular e

navegador de internet.

Além de oferecer garantia dos módulos de 10 anos, dos inversores de 5 anos e da

instalação de 12 meses.

O principal motivo para o orçamento ser de grande porte e com possibilidade de

extensão é o fato de o proprietário estar instalando cerca de 40 condicionadores de ar, que até

então a pousada não possuía. O proprietário vendo a exigência de seus clientes e a atualização

do cenário atual, se viu em necessidade de implantar tais equipamentos e a principal solução

para resolver o aumento considerável na conta de luz, foi a instalação de placas fotovoltaicas.

4.4 DESCRIÇÃO DA REFORMA

Foram feitas algumas reformas na pousada para a obtenção dos painéis solares,

nesse ano de 2019 o proprietário trocou toda a estrutura de madeira do telhado, colocando

madeiras novas tratadas e aumentando algumas seções de vigas e ripas para resistir a sobre

carga da instalação fotovoltaica, além de recentemente ter trocado cerca de 850 telhas que

estavam em péssimo estado.

O proprietário ainda alegou que fez uma pesquisa inicial para a colocação de

telhas fotovoltaicas, porém com a pouca informação e pelo fato de ser um produto muito

recente no mercado, ele preferiu optar pelo “seguro”, que já vem dando resultados expressivos

e está em alta na região. Outro fator que o levou a não optar pelas telhas geradoras foi a falta

de empresas qualificadas na área para tal instalação.

A intenção do proprietário junto com a empresa que forneceu o orçamento é de

avaliar a estrutura nova e chegar a uma distribuição das placas de modo que obtenha uma

melhor insolação e não cause problemas para a nova estrutura empregada na pousada, a fim

de gerar segurança para seus hospedes.

4.5 O PROJETO DOS TELHADOS E LAJES

Neste item deve-se analisar como são projetados os telhados e lajes, em sua forma

tradicional, e os cuidados necessários para a instalação das fontes de geração fotovoltaicas.

Page 37: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

35

Os três principais tipos de cobertura na construção civil brasileira são: telhado

convencional de madeira, laje inclinada e laje plana (terraço).

Na literatura e na prática que os dados necessários para os projetos são os

seguintes, de acordo com cada forma construtiva:

• Para o telhado convencional de madeira o método de cálculo utiliza

basicamente o peso próprio do telhado (estrutura em madeira mais as

telhas), carga de vento e uma carga acidental;

• Na laje inclinada o método de cálculo é semelhante ao convencional,

levando em consideração o peso próprio da laje (normalmente maciça e as

telhas), carga de vento e uma carga acidental;

• Já para a laje plana o método de cálculo é um pouco diferente, levando em

conta também o peso próprio da laje (que pode ser maciça ou pré-

moldada), uma carga de impermeabilização, uma carga devido ao

contrapiso (varia conforme a espessura do contrapiso), umas carga dos

pisos (se o terraço tiver acesso público) e uma carga acidental.

Ou seja nenhum método de cálculo de cobertura leva em consideração uma

sobrecarga devido a placas solares fotovoltaicas, sendo assim a responsabilidade do

engenheiro responsável pelo projeto (fotovoltaico), é verificar se no projeto estrutural foi

deixada alguma margem para a instalação da mesma, caso contrário deve se prever um

reforço estrutural para suportar essa sobrecarga e dar a devida segurança estrutural necessária

para o proprietário.

4.6 O PROJETO DAS INSTALAÇÕES FOTOVOLTÁICAS

Neste item deve-se analisar como são projetadas as instalações fotovoltaicas, em

sua forma tradicional, os materiais e os cuidados necessários para a sua instalação.

4.6.1 PLACAS GERADORAS

As placas geradoras podem ser produzidas a partir de alguns materiais diferente,

sendo o principal deles o silício, que é o responsável por cerca de 80% da produção de painéis

Page 38: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

36

solares do mundo, no entanto ainda pode-se produzir com outros tipos de materiais, como por

exemplo o telureto de cadmio.

Tipos de painéis:

• Silício monocristalino: Esse tipo de material gera uma alta eficiência para os

painéis por conta da alta pureza do silício;

Possui uma eficiência média de 15-22%;

Forma arredondada;

Tamanho padrão de 10x10, 12,5x12,5 e 15x15;

Cor: Azul escuro, cinza ou azul acinzentado;

Vantagens: alta eficiência, ocupa menos espaço físico, vida útil maior que 30

anos e tendem a funcionar melhor em condições de baixa luminosidade;

Desvantagens: alto custo de produção e grande parte do silício não pode ser

aproveitado e deverá ser reciclado.

• Silício policristalino: Esse tipo de material é de fácil produção;

Possui uma eficiência média de 14-20%;

Forma quadrada;

Tamanho padrão de 10x10, 12,5x12,5 e 15x15;

Vantagens: Exige uma quantidade menor de silício, são mais baratos e a vida

útil é maior que 30 anos:

Desvantagens: Eficiência menor e consequentemente menor produção.

• Filme fino: Pode ser feito com 4 diferentes tipos de materiais, silício amorfo,

telureto de cadmio, cobre, índio e gálio seleneto e células fotovoltaicas

orgânicas;

Eficiência média de 7-13% mas podendo chegar a 16%;

Tamanho padrão de 10x10, 12,5x12,5 e 15x15;

Vantagens: produção em massa simples, boa aparência, pode ser flexível e

resistência maior a altas temperaturas;

Desvantagens: exigem muito espaço físico, menor eficiência e vida útil

menor.

Todos os tipos de placas têm em média a mesma faixa de peso de 20kg por painel,

o que vai variar é a quantidade de placas necessárias para a demanda de um tipo para o outro,

o que pode afetar bastante na sobrecarga da estrutura.

Page 39: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

37

4.6.2 ESTRUTURAS DE FIXAÇÃO

As estruturas de fixação podem ser feitas de alumínio anodizado, que gera uma

alta durabilidade e facilidade de instalação tanto em telhados convencionais inclinados,

quanto em lajes planas ou ate mesmo em terrenos planos.

Essas estruturas elas precisam ser aterradas para a segurança da instalação, desta

forma a PHD Solar sugere que a instalação siga os seguintes passos:

• Utilizar os clips de aterramento para “quebrar o anodizado” do Módulo

Fotovoltaico e do trilho/perfil;

• Colocar os clips de aterramento entre o trilho e os Módulos Fotovoltaico

juntamente com o “Inter Clamp” (grampo intermediário);

• Caso haja junção de perfis na linha de módulos, utilizado Jumper de

Aterramento para manter a continuidade elétrica de toda estrutura;

• Colocar o grampo de aterramento ao final de cada trilho após o “End

Clamp” (grampo terminador);

• Utilizar o grampo de aterramento para “quebrar o anodizado” do

trilho/perfil;

• Ligar o cabo verde/amarelo nos grampos de aterramento para fazer as

conexões de aterramento da instalação.

4.6.3 BATERIAS

As baterias em sistemas fotovoltaicos servem exclusivamente para armazenar a

energia produzida pelas placas durante o dia, para o uso da mesma durante a noite e em dias

nublados. Existem cinco principais tipos de baterias utilizadas em instalações solares, que são:

• Baterias estacionarias comuns: Tem a vida útil de 4 a 5 anos, a diferença

dessa bateria é que possui placas mais grossas e suporta descargas mais

profundas;

• Baterias OPzS: São baterias estacionarias ventiladas com eletrólito

líquido, sua vida útil ultrapassa os 10 anos, no entanto precisam de

Page 40: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

38

manutenção mais constante para reposição de água e uma localização

apropriada;

• Baterias VLRA: São reguladas por válvulas, feita de chumbo acido e se

diferencia pela combinação interna de gases;

• Baterias AGM: Vida útil de mais de 10 anos, tem maior resistência a

temperaturas mais elevadas, são totalmente isentas de manutenção, maior

facilidade de carregar e maior potência de arranque comparada as outras

baterias;

• Baterias de gel: vida útil maior que 10 anos, porem esse tipo de bateria é

mais indicado para embarcações.

4.6.4 OUTROS EQUIPAMENTOS

Existem outros equipamentos importantes para a instalação em si que são de suma

importância para o funcionamento, como por exemplo, o cabeamento, inversores, sistema de

segurança, reforços estruturais que são de uso mais padronizado nas instalações.

4.7 PESQUISA

Para obter um conhecimento de “campo” foram buscadas informações com mais

uma empresa que instala geração fotovoltaica na região, além da empresa que fez o orçamento

para a instalação em estudo. Bem como, com proprietários que já instalaram as placas para

geração fotovoltaica em suas propriedades. Com isso foram feitos dois roteiros de perguntas,

um para proprietários de instalações e outro para empresas que prestam esse serviço. O intuito

é de ter uma visão dos dois lados para poder comparar e analisar se tem-se dado a devida

atenção para a parte estrutural nos projetos de instalação.

Questionário para as empresas que fazem instalações na região:

1- Quantas instalações foram feitas na região de Garopaba nos últimos 5 anos?

2- Quantas instalações foram precisas fazer algum tipo de reforço?

3- Quantas instalações foram precisas fazer uma reforma?

4- Alguma instalação apresentou algum tipo de patologia pela sobrecarga?

5- Alguma instalação chegou ao colapso?

Page 41: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

39

6- As pessoas que procuram pelos serviços se preocupam com a estrutura que

suportará a instalação?

A empresa que fez o orçamento para a instalação em estudo respondeu que

quando procurada para fazer algum orçamento, ela faz primeiramente uma visita técnica para

estudo do local e das condições da estrutura para poder dar um parâmetro geral de o que é

preciso ser feito, se isentando da responsabilidade de reforma ou reforço se necessário.

Já a segunda empresa consultada respondeu que as pessoas que a procuram não se

preocupam com essa parte estrutural até algum alerta sobre essa preocupação. Na região de

Garopaba isso não é um fator preocupante pois normalmente são pequenas instalações e não

geram grandes sobrecargas na estrutura, acarretando poucas patologias apesar do descaso com

a parte estrutural. As respostas foram apresentadas no quadro 2.

Questionário para proprietários de instalações fotovoltaicas:

1- A quantos tempo a instalação foi feita?

2- Quantas placas geradoras possui?

3- A quantidade de placa supre a necessidade de energia consumida?

4- Foi feito algum estudo sobre a estrutura do telhado/terraço?

5- Foi preciso algum reforço/reforma para suportar a sobrecarga das placas?

6- Houve alguma patologia posterior a instalação feita?

7- Você indicaria a empresa que fez a instalação para outra pessoa?

Os resultados das perguntas formuladas aos proprietários foram apresentados no

quadro 1.

Ao observar os resultados obtidos pelas perguntas feitas com os proprietários de

instalações fotovoltaica, percebe-se que a maioria das instalações são de pequeno porte por

serem normalmente em residências ou em pequenos edifícios (em Garopaba não é permitido a

construção de edifícios com mais de dois pavimentos), o que significa que a sobrecarga que

ocorre nessas estruturas é baixa e não vem acontecendo casos sérios de patologias.

Outro fato observado foi que seis dos oito proprietários relataram que não foi feito

nenhum estudo prévio sobre a estrutura para fazer a instalação, o que gera uma certa

insegurança em um quadro geral. Apesar de que apenas uma instalação apresentou patologia

na área estrutural, um número pequeno, a julgar o tamanho das instalações e a região em que

foi feito a pesquisa, ele se torna preocupante, pois em cidades grandes o descaso com a parte

estrutural pode ser o mesmo.

Page 42: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

40

Quadro 1 – Entrevistas com contratantes de instalações fotovoltaicas

Entrevista 1 2 3 4 5 6 7 8

A quanto tempo a

instalação foi feita?

10

anos

13

anos 11 anos 5 anos 9 anos

5

meses 3 anos 1 ano

Quantas placas

geradoras possui?

6

placas

3

placas

7 placas

5

placas 10 placas

10

placas 20 placas 8 placas

A quantidade de

placa supre a

necessidade de

energia consumida?

Não Sim

No verão supri a

necessidade, no inverno

preciso arcar com boa

parte que resta

Sim Sim Sim Sim

Quase 100%

da conta de

luz, depende

do mês

Foi feito algum

estudo sobre a

estrutura do

telhado/terraço?

Não Não

Somente para

posicionamento das

placas

Não Sim Não Sim Não

Foi preciso algum

reforço/reforma

para suportar a

sobrecarga das

placas?

Não Não Não Não

Sim, foi feita a

substituição

inteira da

estrutura do

telhado

Não Não Não

Houve alguma

patologia posterior

a instalação feita?

Não Não

Foram trocadas 2 placas

que racharam, não foi

descoberto o motivo

Não Não Não

Apareceram

algumas

fissuras após

a instalação.

Não

Você indicaria a

empresa que fez a

instalação para

outra pessoa?

Sim

Sim,

com

certeza

Sim Sim

Sim Sim Sim Sim

Fonte: O autor, 2019.

Page 43: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

41

Quadro 2 – Entrevistas com empresas instaladoras

Entrevista Empresa 1 (concorrente) Empresa do orçamento

Quantas instalações foram feitas na

região de Garopaba nos últimos 5

anos?

Tive início recente na região de Garopaba. Muitos

orçamentos e estimativas realizadas na região, mas

somente um projeto implementado na região da

ressacada. Participação em outro projeto em Capivari

de Baixo. Outros projetos realizados na região de

Florianópolis, Porto Alegre, Gravataí, entre outros

25 projetos.

Quantas instalações foram precisas

fazer algum tipo de reforço?

Sem casos de necessidade de mudança de capacidade

de carga, em sua maioria são instalações pequenas

Nenhum, mas a engenharia da empresa fez

em todas uma pré análise das condições de

instalação do projeto, inclusive nas questões

estruturais.

Quantas instalações foram precisas

fazer uma reforma?

Somente uma instalação realizada com empresa

parceira. Exigiu a troca do telhado antigo por nova

estrutura metálica com telhado metálico trapezoidal

Até o momento nenhuma

Alguma instalação apresentou

algum tipo de patologia pela

sobrecarga?

Sem problemas por sobrecarga

Nenhuma, pois os projetos são executados

dentro das condições estudadas e com o

acompanhamento dos engenheiros

responsáveis.

Alguma instalação chegou ao

colapso?

Sem casos de colapso Não, todas as instalações atenderam às

expectativas.

As pessoas que procuram pelos

serviços se preocupam com a

estrutura que suportará a

instalação?

O cliente não tem informação sobre este ponto até

conversar com um profissional capacitado. Uma

rápida visita pode já responder a necessidade ou não

de análise aprofundada de engenharia civil

Sim. Para isso é feito uma análise previa e

visita técnica ao local da instalação. Mesmo

porque os serviços e equipamentos, além de

ter uma longa garantia, são também

executados para uma longa durabilidade e

eficácia na produção de energia, tendo em

vista que a energia solar é inesgotável.

1- Fonte: O autor, 2019.

Page 44: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

42

4.8 CONCLUSÃO DO ESTUDO DE CASO

O resultado que se obteve sobre o estudo na área em questão é que ainda tem uma

baixa preocupação em relação a estrutura que suportará a sobrecarga ocasionada pela

instalação fotovoltaica. Com isso ainda vem ocorrendo casos de patologias e colapsos em

estruturas com esse excesso de carga sem nenhum tipo de acompanhamento estrutural.

No entanto percebe-se que algumas empresas já têm o conhecimento desses casos

de colapsos, e já vem se preocupando com essa parte e fazendo estudos relacionados para

melhor aplicação de suas instalações e evitar problemas futuros.

No caso da pousada, a instalação será ainda implantada, mas com todos os

cuidados em relação a parte estrutural, o que dá uma garantia sobre a segurança das

acomodações, pelo fato de o proprietário se atentar a esse detalhe e tomar a providência de

fazer a reforma antes da instalação das placas.

Para finalizar esse estudo, percebe-se pelo quadro 1 de resultados das perguntas

do questionário que a maioria das instalações na região de Garopaba não são de grande porte,

portanto não vem ocorrendo muito problemas significativos pelo fato da sobrecarga ser baixa.

Com tudo ainda se deve sempre fazer esse estudo independente do tamanho da instalação de

modo a proporcionar segurança a edificação.

Sugere-se propor leis e normas que regulem esta necessidade de estudo da

estrutura antes de qualquer modificação na carga aplicada nas estruturas.

Page 45: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

43

5 CONCLUSÃO

Este trabalho foi feito para analisar e entender melhor o motivo de estar ocorrendo

alguns casos de patologias em estruturas de telhado devido a sobrecargas derivadas de placas

fotovoltaicas, que são instaladas sem nenhum estudo prévio sobre a estrutura que a suportará.

Esse assunto é de suma importância para as empresas que prestam esse tipo de

serviço começarem a atender esse ponto estrutural para evitar problemas futuros dessa

natureza e igualmente importante para os proprietários implementam essas instalações em

suas casas ou locais de trabalho, afim de garantir a segurança de sua família, amigos,

funcionários e claro a sua própria segurança.

Os resultados obtidos pelo estudo mostram que ainda tem muita displicência em

relação ao estudo estrutural na hora de contratar e de executar instalações de energia solar,

tanto da parte do contratante quanto da parte da empresa que presta o serviço, por esse fator

ainda vem ocorrendo alguns casos de desabamento de telhados por não suportar o peso

excessivo das placas e muitos casos de patologias mais simples como fissuras.

No entanto o resultado para a região de Garopaba foi considerado positivo.

Estudando um orçamento realizado para uma pousada situada na praia da ferrugem, observou-

se que o proprietário dela, tem conhecimento sobre a parte estrutural e se preparou

previamente para a obtenção da instalação, fazendo assim a reforma geral de sua estrutura do

telhado e se precavendo de possíveis incidentes.

No trabalho foi posto duas citações de autores que se contradizem, FLANDOLI

fala que o fator que causa uma sobrecarga impactante na estrutura é a carga aplicada pelo

vento nas placas, no entanto VILLALVA fala que não adianta colocar a culpa no vento se a

parte estrutural não esta sendo analisada de maneira correta e eficaz. O motivo pela qual foi

posto os dois autores que se contradizem é que a carga do vento tem uma grande importância

na sobrecarga, mas realmente mostrou-se que não esta sendo feita a analise previa da estrutura

já existente, ou seja os dois autores tem partes importantes a serem destacadas mesmo que

distintas uma da outra.

Não só da parte do contratante o resultado foi positivo, ao analisar um orçamento

feito por uma empresa da região, analisou-se que tem uma preocupação em relação a parte

estrutural, mas a empresa não se responsabiliza por essa parte, apesar de fazer alertas caso

necessário para algum reparo. Ao fazer o questionário com essa empresa observou-se que é

uma empresa que já está no mercado a algum tempo na região e conta com engenheiros para

Page 46: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

44

fazer o estudo da parte estrutural da instalação, assim oferecendo para seu cliente uma maior

segurança caso necessário algum tipo de projeto de reforço ou reforma.

Dito isso, mostrou-se que os resultados do trabalho estão dentro do previsto e

foram alcançados, visto que ainda tem muito descaso com essa parte estrutural, mas já tens

pessoas e empresas que estão cientes desses acontecimentos e começam a fazer estudos e se

preparando melhor antes de fazer qualquer modificação em sua edificação.

Servindo este trabalho como um alerta aos instaladores e proprietários.

5.1 SUGESTÕES DE NOVOS TRABALHOS

Neste trabalho não foi abordado a parte elétrica do sistema fotovoltaico, um ponto

importante a ser estudado para entender melhor o funcionamento do sistema como um todo e

analisar de forma geral que tipo de estrutura é a mais adequada para as instalações

fotovoltaicas.

Outro ponto a ser mais aprofundado são as telhas fotovoltaicas, que estão

surgindo e prometem ser um grande concorrentes com os painéis geradores, o que pode

também solucionar o problema de sobrecarga nas estruturas, visto que o peso das telhas

apesar de ser um pouco maior que telhas normais, a diferença entre elas é muito menor que o

peso de placas e o peso fica melhor distribuído em toda a estrutura do telhado.

Estudar a importância de ter um engenheiro civil responsável por essa parte em

cada empresa que fornece esse tipo de instalação.

Page 47: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

45

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48

APÊNDICE

Page 51: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ERICK DOS SANTOS

49

APÊNDICE A – Declaração de Permissão de Uso

Eu Sadi Battistella proprietário da pousada do boto, dou a permissão para o aludo

Erick dos Santos usar dados relativos a pousada para execução de seu trabalho de conclusão

de curso.