UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA THALITA ALMEIDA …
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
THALITA ALMEIDA COELHO
O PROJETO SESC IDOSO EMPREENDEDOR: A INTERVENÇÃO DO
SERVIÇO SOCIAL NA GARANTIA DA INCLUSAO SOCIAL
PALHOÇA
THALITA ALMEIDA COELHO
O PROJETO SESC IDOSO EMPREENDEDOR: A INTERVENÇÃO DO
SERVIÇO SOCIAL NA GARANTIA DA INCLUSAO SOCIAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social, da Universidade de Santa Catarina para a obtenção de título de Bacharel em Serviço Social. Orientadora: Professora Mestra Vera Nicia Fortkamp de Araújo
PALHOÇA
THALITA ALMEIDA COELHO
O PROJETO SESC IDOSO EMPREENDEDOR: A INTERVENÇÃO DO
SERVIÇO SOCIAL NA GARANTIA DA INCLUSAO SOCIAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social, da Universidade de Santa Catarina para a obtenção de título de Bacharel em Serviço Social.
Palhoça, 10 de novembro de 2008.
_________________________________________________ Prof. Msc e Orientadora Vera Nicia Fortkamp de Araújo
Universidade do Sul de Santa Catarina
_________________________________________________ Prof. Drª Regina Panceri
Universidade do Sul de Santa Catarina
_________________________________________________ Prof. Msc Maria Izabel da Silva
Dedico este trabalho aos meus
amados pais, pela força e carinho
que me dedicam ao longo da vida,
e a meu noivo pelo grande
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por todas as bênçãos que me concedeu.
Aos meus pais, pela vida, por compartilhar as alegrias e tristezas,
pela doação de acreditar no meu sonho, por incentivar nos momentos que
pensei em recuar e por me ensinar que através da luta é que alcançamos as
grandes vitórias.
Aos meus avôs, pelo exemplo de vida e de força. Por me fazerem
acreditar que a realização de um sonho é possível e que somente a
experiência nos prepara para ultrapassar qualquer obstáculo.
Ás minhas irmãs e cunhados, pelo carinho e apoio, pelos sorrisos
retirados da minha face nos momentos difíceis e por estarem sempre
presentes.
Aos meus familiares, por fazerem parte da minha vida,
participarem do meu crescimento e torcerem constantemente pela minha
vitória.
Ao meu noivo pelo qual devota grande admiração, pelos
momentos de paciência e por me dar incentivo e amor nos momentos que
tanto precisei. Amo-Te!
Aos Meus sogros, pelo acolhimento e carinho!
Aos meus amigos, pelas palavras de incentivo, por compartilhar as
tristezas, alegrias, expectativas, conquistas e diferenças. Aprendemos juntos,
crescemos. Tornamos-nos cúmplices e sabemos que quando há verdade no
sentimento, temos uma vida inteira para continuarmos amigos.
Aos colegas de academia pela convivência e amizade durante todo
o curso. Que cada um tenha um caminho de sucesso a seguir a partir de
agora, e que guardem na memória os momentos de tantas gargalhadas,
tantas conversas e de tantos sonhos.
A minha orientadora Prof. Mestra Vera Nicia Fortkamp de Araújo,
que tanto admiro, por acolher como minha orientadora, por contribuir para
meu crescimento, e por fazer parte dessa etapa da minha vida. Considero-te
uma verdadeira amiga!
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A Assistente Social do SESC - Estreito, Simone Machado Vieira,
por compartilhar suas experiências e dedicação durante o estágio obrigatório
realizado no ano de 2008.
Ás Estagiário, amigas, que juntas contribuíram para o meu
aprendizado. Muito Obrigada!
Um agradecimento todo especial aos meus amigos (idosos) do
SESC, especialmente do Projeto SESC Idoso Empreendedor, que me
receberam de braços abertos e que contribuíram de forma inexplicável para
realização desse trabalho. Vocês são grande exemplo de dedicação!
Aos professores participantes da banca examinadora, que aceitam
o convite de contribuírem de forma grandiosa neste trabalho.
Gratidão a cada professor que participou da minha vida
acadêmica, e de alguma forma contribuiu para meu crescimento pessoal e
futuramente profissional.
RESUMO
O Presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como foco, abordar a
intervenção do Serviço Social junto ao Projeto SESC Idoso Empreendedor
com o objetivo de estudar as questões do envelhecimento e relatar a prática
de estágio realizado junto ao Projeto SESC Idoso Empreendedor. Utilizou-se
de pesquisa bibliográfica para a fundamentação teórico-metodológicas,
Técnico-operativo e ético-político do Serviço Social. Enfatizou o idoso na
contemporaneidade e seu processo de envelhecimento, a inclusão social
através da aprendizagem em informática e o empreendedorismo social.
Apresenta-se a instituição, onde se realizou estágio curricular obrigatório,
dando ênfase aos projetos que lá já existem na área de Assistência a pessoa
idosa. Através do estudo realizado, constatou-se que os idosos a partir do
processo de inclusão digital, procuram resgatar sua autonomia, auto-estima,
inclusão social, encontrar habilidades que são de grande importância para
seu processo de envelhecimento. Desta forma, o Projeto SESC Idoso
Empreendedor, através das técnica de grupo e da inclusão social, busca
tornar os idosos participantes, criativos e produtivos contribuindo assim em
uma maior inclusão social.
Palavra Chave: Envelhecimento. Inclusão Social. Autonomia.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Gráfico Projeção de Crescimento da População de 60 Anos ou
Mais idade, Segundo o Sexo – Brasil 2000 / 2020 ................................................. 24
Figura 2 – Gráfico Expectativa de Vida no Brasil.................................................... 25
Figura 3 – Gráfico Faixa de Idade Populacional no Brasil ...................................... 26
Figura 4 – Grupo Canadá - Sala de Informática 2007 ............................................ 45
Figura 5 – Sala de Informática- Grupo Portugal...................................................... 46
Figura 6 – Sala de Informática -2008 - Projeto Idoso Empreendedor .................... 47
Figura 7 – Sala de Informática................................................................................ 48
LISTA DE SIGLAS
SESC - Serviço Social do Comércio
CAE - Centro de Atividades Estreito
GRUPATI - Grupo de Atualização para a Terceira Idade
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11
2 APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO ................... 13
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SESC............................................................ 13
2.2 O SESC EM SANTA CATARINA .............................................................. 14
2.3 OS GRUPOS DE IDOSOS NO SESC: CENTRO DE ATIVIDADE
DO ESTREITO- CAE................................................................................. 16
3 ABORDANDO ALGUNS ASPECTOS DO PROCESSO DE
ENVELHECIMENTO NA CONTEMPORANEIDADE ................................ 21
3.1 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO .................................................. 21
3.2 O ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO ........................................................ 29
3.3 O ENVELHECIMENTO PSICOLÓGICO ................................................... 32
3.4 O ENVELHECIMENTO SOCIAL ............................................................... 33
4 A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL COM OS
GRUPOS DE IDOSOS DO PROJETO SESC IDOSO
EMPREENDEDOR.................................................................................... 37
4.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O EMPREENDEDORISMO SOCIAL........... 37
4.2 PROJETO IDOSO EMPREENDEDOR ..................................................... 39
4.2.1 Enfocando a Autonomia Segundo o Pensamento de Alguns
Autores..................................................................................................... 41
4.2.2 Inclusão Digital ........................................................................................ 43
4.2.3 O Idoso e a Informática........................................................................... 45
4.2.3.1 Grupo Portugal .......................................................................................... 46
4.2.3.2 Será que consigo? .................................................................................... 47
4.2.3.3 Mundo Virtual ............................................................................................ 48
4.3 A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL A PARTIR DA PRÁTICA
JUNTO AO PROJETO IDOSO EMPREENDEDOR .................................. 51
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 57
REFERENCIAS......................................................................................... 58
ANEXOS ................................................................................................... 62
11
Anexo A – Caderno de Atividades do Projeto SESC Idoso
Empreendedor ......................................................................................... 63
Anexo B – Power-Point de Apresentação do Projeto SESC
Idoso Empreendedor............................................................................... 79
Anexo C – Formulário de Participação de Interesse no
Projeto SESC Idoso Empreendedor....................................................... 86
Anexo D – Acompanhamento e Desenvolvimento do Projeto
SESC Idoso Empreendedor.................................................................... 89
Anexo E – Avaliação ............................................................................... 91
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1 INTRODUÇÃO
Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como tema norteador o
Projeto SESC Idoso Empreendedor, relatando a prática de Estágio curricular
obrigatório realizada no ano de 2008.
Estamos presenciando uma sociedade que ao longo dos anos está
envelhecendo, e a sociedade não se deu conta da magnitude dessa questão.
A figura do idoso para muita gente continua sendo aquela, sentado na
cadeira de descanso como se nada tivesse a fazer da vida, levando o idoso a
ter a sensação de que não é mais de utilidade.
O processo de envelhecimento é natural a todo ser humano, e as
mudanças decorrentes a ele, muitas vezes está relacionada a exclusão social
deste indivíduo. Desta forma, todas essas mudanças, influenciam para que o
idoso se isole.
Contudo, novos desafios ao idoso vêm sendo apresentados, com o
crescimento do mundo tecnológico a sociedade vem se transformando, cada
vez mais a dividindo em quem consegue e não consegue acompanhar seu
processo de evolução.
Optou-se em realizar este trabalho, pois se acredita que o idoso
tenha esse potencial, descrevendo a trajetória exercida durante a prática de
estágio curricular obrigatório realizado no SESC (Serviço Social do
Comércio), unidade Estreito, no decorrer do ano de 2008 (dois mil e oito),
com os grupos do Projeto SESC Idoso Empreendedor, onde teve o maior
interesse, devido ser uma forma inovadora do trabalho que o Serviço Social
realiza nestes Grupos de Idosos.
O Projeto SESC Idoso Empreendedor, através da inclusão digital,
busca a inclusão social da pessoa idosa, despertando a troca de
experiências, habilidades, autonomia, descoberta de talentos, viagem ao
mundo proporcionando uma maior auto-estima, Projetos e qualidade de vida.
O Projeto possibilita ao idoso encontrar novas amizades, a
contatar com seus famílias e amigos distantes, participando do novo contexto
social, tornando-se capaz e contribuindo para a sociedade.
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O Objetivo deste trabalho é aprofundar e relatar estudos sobre a
questão do envelhecimento, e inclusão social, através da busca de cidadãos
participativos, e de que forma a isto e o mundo informatizado pode influenciar
em um envelhecimento com maior qualidade de vida.
Para tal, foi necessário o uso da metodologia com base em
pesquisas bibliográficas, para fundamentar com a prática exercida. O
Trabalho está organizado em três dimensões. No primeiro momento será
apresentada a instituição SESC, sua história, natureza e as atividades na
unidade Estreito com o grupo de idosos do Projeto SESC Idoso
Empreendedor. Em um segundo momento será abordado alguns aspectos
sobre o processo de envelhecimento na contemporaneidade. Em um terceiro
momento será apresentado o Projeto SESC Idoso Empreendedor, onde será
relatada toda a prática exercida durante o estágio curricular obrigatório.
Desta forma, acredita-se que este Trabalho contribuir para o
crescimento pessoal e profissional da Estagiária e acadêmica de Serviço
Social, que devido a pouca experiência de estágio na área do Idoso, sentiu a
necessidade de estudar o mesmo. Espera-se também, que este trabalho
venha contribuir para a orientação e informação para novos acadêmicos e
estagiários de Serviço Social na área do idoso.
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2 APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SESC
Para conhecermos a história de implementação do SESC, faz-se
necessário, principalmente apresentar um breve estudo, o que também veio
facilitar a inserção no espaço institucional para o exercício da prática
profissional.
Para tanto, realizou-se leituras em diversos trabalhos de conclusão
de curso de estagiários do curso de Serviço Social, no qual passamos a
transcrever segundo Garcia (2008 p. 36):
O SESC – Serviço Social do Comércio foi criado em 13 de setembro de 1946, na cidade do Rio de Janeiro, através do Decreto lei n° 9.853, pelo então presidente General Eurico Gaspar Dutra. Surgiu em um momento marcado por transformações importantes a nível econômico, social e político do país.
Com o término da II Guerra Mundial, se agravou ainda mais o
problema do subdesenvolvimento no Brasil, o período que se antecedeu ao
SESC, foi marcado pelo crescimento dos centros urbanos e pelo
desenvolvimento do processo de industrialização. Segundo Mazzuco (1995)
com a expansão da produção industrial, ocorre a urbanização e a exploração
da força de trabalho, acompanhadas por um declínio salarial intenso.
Em conseqüência do processo de industrialização, muitos
migrantes vieram para os centros urbanos, superando a capacidade de
absorção de força de trabalho pelas indústrias. Problemas de infra-estrutura,
transportes e abastecimento somados aos problemas de alimentação, saúde,
assistência médica e educacional, constitui em um problema social e político.
Como resultado dos problemas ocasionados pelo processo de
industrialização e como alternativa para harmonizar e apaziguar a relação
entre o capital e o trabalho, os representantes das classes produtoras
elaboraram a “Carta da Paz Social” em Teresópolis, em 1945.
Foi em decorrência da “Carta da Paz Social”, que o Serviço Social
do Comércio surgiu e resultou na ação de empresários e organizações
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sindicais sob o comando de João Daudt de Oliveira, com o objetivo de
contribuir para a valorização do trabalhador com oferecimento de atividades
visando atender “as necessidades sociais urgentes” dos trabalhadores do
comércio, procurando enfrentar seus problemas, reduzir ou aliviar suas
dificuldades maiores e “criar condições de seu progresso”.
Reconhecendo os problemas sociais como “problemas de massa e
como problemas de estrutura”, o idealizador do SESC definia a ação do
Serviço Social como instrumento de, não apenas, alívio de situações
individuais desfavoráveis, mas também de transformação e progresso social.
2.2 O SESC EM SANTA CATARINA
O SESC em Santa Catarina foi fundado em Florianópolis no dia 29
de setembro de 1948, por Charles Edgar Moritz. A partir de 1959 o SESC
começou a implantar outros centros de atividades no Estado.
O CAE – Centro de Atividades Estreito foi fundado em 1964 na
Rua Heitor Blum n.º 270, e transferido em 22/07/1994 para suas instalações
atuais que se localiza no mesmo bairro, porém, na Rua Santos Saraiva n°
289, Estreito – Florianópolis – SC.
A face política da Entidade corresponde ao modelo de composição
jurídico-privada, sendo caracterizado como entidade privada de interesse
público, organizada e gerida por representantes do empresariado do
comércio de bens e serviços, destinado à clientela comerciária e seus
dependentes.
A instituição é uma organização prestadora de serviços, criada,
mantida e administrada pelo empresariado do comércio. O SESC tem em
função mesmo dessa origem, valores maiores que orientam sua ação, tais
como estímulo ao exercício da cidadania, o amor à liberdade e à democracia
como principais caminhos da busca do bem-estar individual e coletivo.
Tem como objetivos:
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• Fortalecer, através da ação educativa, propositiva e
transformadora, a capacidade dos indivíduos para buscarem,
eles mesmos, a melhoria de suas condições de vida;
• Oferecer serviços que possam contribuir para o bem-estar de
sua clientela e melhoria de suas condições de vida além de
contribuir para o aperfeiçoamento, enriquecimento e difusão da
produção cultural.
O Serviço Social do Comércio tem como finalidade contribuir para
a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores no comércio e seus
dependentes, no âmbito de suas áreas de ação, para o desenvolvimento
econômico e social, participando do esforço coletivo para assegurar melhores
condições de vida para todos.
A missão do SESC é investir em ações de excelência nas áreas
da educação, cultura, lazer, saúde e assistência, mantendo o caráter social e
educativo para a melhoria da qualidade de vida, preferencialmente da classe
comerciária.
Sua política institucional corresponde a seus objetivos, porém,
estas como outras instituições, indiretamente influenciada pelas decisões
políticas e econômicas do país. Muitas decisões governamentais acabam por
refletir em ajustes estruturais na instituição, e torna mais complexa a maneira
de cumprir sua missão.
Sendo assim, tais reflexos da sociedade capitalista, que resultam
na exclusão social, surgem necessidades expressas em direitos e que por
sua vez são contemplados por efetivas políticas públicas e sociais.
As políticas no âmbito Nacional que estão relacionadas à
instituição são as seguintes:
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394;
• Política Nacional do Idoso – Lei n° 8.842;
• Estatuto do Idoso – Lei n° 10.741;
• ECA – Estatuto da Criança e adolescente – Lei 8.069 de 13 de
Julho de 1990, de acordo com as alterações dadas pela Lei nº
8.242, de 12 de Outubro de 1991.
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Em relação às políticas estaduais e municipais, o SESC se faz
representar nos Conselhos Estaduais e Municipais do Idoso, Conselho
Municipal de Educação, Conselho Estadual de Saúde, Conselho Estadual de
Segurança Alimentar, Conselho Estadual de Turismo.
Os recursos e as fontes do SESC são oriundos da contribuição via
tributação das empresas do comércio e através de parcerias sociais e redes
de apoio.
O Fluxo de comunicação é estabelecido da área técnica para
gerência da unidade, da área técnica para administrativa e central de
atendimentos, da área técnica da unidade para DPS (área técnica do
Departamento Regional) e sucessivamente.
As demandas características do SESC são provenientes dos
comerciários, seus dependentes e a comunidade em geral tendo como
respostas projetos focados à população mais vulnerável.
As ações compreendem: Promoção da Inclusão Social, Educação,
Assistência, Saúde, Cultura e Lazer. Os serviços são prestados nas
Unidades, mas também com muitas atividades nas comunidades. São
realizadas também assessorias e orientação às empresas e a grupos de
idosos na grande Florianópolis que compreende 12 distritos e 88 bairros
sendo um deles o bairro Estreito.
O âmbito da ação da organização do SESC é a nível nacional,
respeitando as diversidades regionais em cada estado, município, e bairro
onde se estabelece os centros de atividades, como também as necessidades
locais. Vejamos a seguir as ações do SESC, Unidade Estreito- Florianópolis -
Santa Catarina.
2.3 OS GRUPOS DE IDOSOS NO SESC: CENTRO DE ATIVIDADE DO
ESTREITO- CAE
Para situarmos o SESC/Unidade Estreito, fomos investigar, a
respeito deste distrito sobre algumas de suas características e do número de
grupos de idosos.
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O bairro Estreito, pertencente à Cidade de Florianópolis, se
localiza no Continente na porção ocidental do município e atualmente conta
com 7.378 habitantes, conforme dados do IBGE de 2007, dentre a população
do Bairro Estreito, 995 são pessoas acima de 60 anos. É importante ressaltar
que, de acordo com o Conselho Municipal do Idoso de Florianópolis,
atualmente existem 104 grupos de Idosos incluindo o bairro Estreito.
Caracteriza-se por ser uma área com uma grande infra-estrutura comercial
crescente.
Na condição de apresentar as ações do Serviço Social no
SESC/Unidade Estreito, observa-se que a tônica das ações de intervenção
profissional do Serviço Social é com grupos.
O Centro de Atividades Estreito/CAE foi pioneiro em
desenvolvimento com trabalhos de grupos em Santa Catarina, completando
em 2007 seus 30 anos de existência. O primeiro grupo a se formar na
unidade foi o Grupo de Convivência – Amizade, este continua bastante ativo,
temos ainda hoje, várias participantes que o fundaram para relembrar a
trajetória do grupo.
O Serviço Social do SESC/Estreito caracteriza-se pelo trabalho
com Grupos, como podemos constatar abaixo e que pontuamos a seguir de
acordo com seus objetivos:
• Projeto SESC Idoso Empreendedor – Caracteriza-se por uma
ação diferenciada que utiliza as tecnologias (Internet e
computador) como ferramenta para promover a inclusão social
e a cidadania. Resgatando o ser socialmente produtivo que há
em cada um, a sua auto-estima e possibilitando a descoberta
de novas habilidades. O Projeto tem duração de 6 a 10 meses;
• GRUPATI – Grupo de Estudos e Atualização da Terceira Idade
– Tem por objetivo realizar estudos, reflexões, debates e
vivências com profissionais de diversas áreas onde o idoso
interage de forma direta no processo de construção de
atualização social;
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• Grupos de Convivência (Amizade e Felicidade) – O objetivo é
trabalhar as relações interpessoais, estimulando e valorizando
a participação mais efetiva do idoso.
• Grupo Expressão Vital – Objetiva estimular o desenvolvimento
interpessoal, resgatar a auto-estima e proporcionar momentos
de descobertas sobre si e do mundo. Utilizando como
instrumento de sensibilização diversas modalidades de arte;
• Grupo de Voluntárias – O objetivo é oportunizar a realização de
ações sociais, dando para suas vidas e de outras pessoas um
novo significado por meio do trabalho social voluntário;
• Projeto Encontro Marcado – Encontros mensais com a Terceira
Idade com o objetivo de possibilitar a formação de agentes
multiplicadores. Este projeto não foi iniciado este ano, porém
tem-se intenção de iniciar no ano de 2009;
• Socialização Grupal (Intergrupos) – Consiste na realização de
ações realizadas com todos os grupos já existentes na unidade
e que tem por objetivo a integração destes com a comunidade;
• Projeto Era Uma vez - Atividades Inergeracionais – Propiciar
condições para que o idoso sinta-se atuante, valorizado e
consciente do seu papel no contexto familiar e na sociedade;
• Projeto Encontros e Reencantos – O projeto visa recriar
experiências por meio da visitação a espaços que fizeram parte
de suas vidas em momentos de lazer. Passeios e visitas de
estudos em áreas naturais contextualizando as mudanças e
impactos sociais ambientais;
• Projeto Viver bem a Idade que se Tem- Proposta aberta a
comunidade em que cada participante escolhe as oficinas que
deseja freqüentar. São oferecidas atividades relacionadas ao
entretenimento, o desenvolvimento da criatividade, exercício da
cognição, da memória e da autonomia;
• Crescer Cidadão – O objetivo é promover ações sócio-
educativas que despertem nos adolescentes a importância do
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seu protagonismo, contribuindo para que estes se tornem
agentes multiplicadores e articuladores na comunidade;
• Dividir para Somar- Busca-se através dessa atividade valorizar
as habilidades que os idosos acumulam durante diferentes
etapas da vida, criando oportunidade para que possam
disseminar os conhecimentos através da realização de uma
ação social concreta. O idoso vira “professor” e ensina aquilo
que possui habilidades para outros idosos.
Conforme o exposto, e de acordo com a experiência vivida na
realização do estágio curricular, constata-se que o trabalho social que o
SESC realiza com os idosos, está voltado, como no crescimento pessoal, na
melhoria da auto-estima, no crescimento e aperfeiçoamento de sua
aprendizagem, no desenvolvimento da criatividade, buscando desta forma
uma melhor qualidade de vida.
Observa-se que as atividades desenvolvidas nestes grupos, a
partir de seus objetivos, são de cunho de auto-ajuda e as ações levam a uma
transformação social, mostrando novos caminhos, definindo outras
estratégias de ação.
Percebe-se, na intervenção profissional do Serviço Social nos
grupos, no decorrer dos debates provocados que muitos questionam e
refletem sobre a sociedade capitalista vigente, e que os idosos são aqueles
que geraram riquezas para o país através da força de trabalho, também
refletem sobre como dar um outro sentido para a sua existência e a uma nova
finalidade para a vida, na perspectiva da solidariedade dentre outros.
O Serviço Social no SESC/Estreito como podemos examinar
desenvolve ações de coordenação, planejamento e organização de
atividades com grupos, realiza estudos para o levantamento de dados e de
pesquisas sobre a demanda e necessidades da clientela; presta assessoria
para entidades que coordenam Grupos de Idosos articulando-se junto a
redes e instituições de atendimento social.
Segundo Trindade (2001, p. 07):
O Serviço Social na sua condição de intervenção nas relações sociais utiliza-se de instrumentos e técnicas aplicáveis para a eficiência da ação. A partir da inserção do Serviço Social nas estruturas institucionais prestadoras de Serviços Sociais que criem
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condições necessárias, que venham produzir efeitos, que atendam as necessidades da população alvo vinculado as diversas políticas sociais.
Quanto a representação do SESC/Estreito em espaços de defesa
e garantia de direitos, contemplados nas políticas sociais, tem assento no
Conselho Municipal do Idoso de Florianópolis.
Iamamoto (1998, p. 124) afirma que:
A municipalização das políticas públicas vem redundando em uma ampliação do mercado profissional de trabalho. Abriram-se novos canais de ingerência da sociedade civil organizada na formulação, gestão e controle das políticas sociais, representando uma ampliação das possibilidades de trabalho. Um dos mecanismos privilegiado foram os conselhos de saúde, Assistência Social e Previdência, nos níveis nacional, estadual e municipal [...].
Como podemos constatar o profissional de Serviço Social
contribui, através do exercício profissional, ocupando o espaço público, em
conselhos de direitos, se posicionando com ética e com compromisso na
defesa e na garantia de direitos da população com o qual trabalha.
Quanto à intervenção do Serviço Social nos grupos de Idosos do
SESC – Estreito acontece a partir de um acervo de conhecimentos sobre o
processo de envelhecimento nos seus variados aspectos como em situações
que envolvem o isolamento social da pessoa idosa nas relações inter-
geracionais sempre estimulando a participação social em grupos e a
valorização de potencialidades, contribuindo assim para a concretização da
cidadania do idoso usuário no SESC. Então, no próximo capitulo, iremos
abordar alguns conhecimentos indispensáveis sobre aspectos do processo
de envelhecimento, dentre os quais, o envelhecimento biológico, psicológico
e social.
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3 ABORDANDO ALGUNS ASPECTOS DO PROCESSO DE
ENVELHECIMENTO NA CONTEMPORANEIDADE
Vivemos em uma sociedade que vem se modificando ao longo da
história, em vários aspectos, dentre eles está o número muito elevado de
pessoas que envelhecem com o passar dos anos. Faz-se necessário o
pensar constante da profissão do Serviço Social na contemporaneidade, nos
desafios que são postos, em que os profissionais são desafiados a enfrentar
as várias expressões da questão social. Dentre eles estão à violência, a
desigualdade e a exclusão social principalmente da pessoa idosa, dentre
outros.
3.1 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
O processo pelo qual as pessoas envelhecem, é assunto para
muitos pesquisadores e estudiosos, encontramos então em vários autores
que dizem ser uma perda contínua das funções orgânicas e que existem
diferenças de um individuo para outro. Isso quer dizer que o processo de
envelhecimento é próprio de cada um, embora tenha que ser visto no sentido
do coletivo perante a sociedade no geral.
O envelhecimento é um processo natural a todo ser humano. É um
fenômeno dinâmico e progressivo que resulta em modificações morfológicas,
funcionais, bioquímicas e psicológicas.
Salgado (2007, p. 68), afirma que:
O Envelhecimento é um processo multidimensional, ou seja, resulta da interação de fatores biológicos, psicoemocionais e socioculturais. Executando a razão biológica que tem caráter processual e universal, os demais fatores são composições individuais e sociais, resultado de visões e oportunidades que cada sociedade atribui aos seus idosos.
O Processo de envelhecimento é caracterizado, como coloca o
autor, como um processo multidimensional, no qual ocorre uma variação de
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mudanças biológicas, sociais, psicológicas ao ser humano, que serão aqui
estudadas.
De acordo com Santos (2003, p. 01), sobre o conceito de
envelhecimento cabe relembrar que esse é um processo que ocorre durante
o curso de vida do ser humano, iniciando-se com o nascimento e terminando
com a morte.
Desde que nascemos, estamos envelhecendo com o passar de
cada dia, nunca somos os mesmos, o envelhecimento não ocorre somente na
aparência física mas em todas as células do corpo.
Conforme Hayflick (1997, p. 04), o envelhecimento não é a mera
passagem do tempo. É a manifestação de eventos biológicos que ocorrem ao
longo de um período.
Quando envelhecemos, conseguimos identificar uma pessoa idosa
quando vemos, devido às mudanças ocorridas na aparência física, que são
facilmente notadas.
É importante destacar o conceito de velhice, como afirma Neri
(2001, p. 69) “a velhice é a última fase do ciclo vital e é delimitada por
eventos de natureza múltipa, incluindo, por exemplo, perdas psicomotoras,
afastamento social, restrição em papéis sociais e especializações cognitivas”.
A percepção de que a velhice inclui perdas é devido às mudanças
que ocorrem na aparência física e que é associado a desgaste,
enfraquecimento, doença, que de certa forma interfere na auto-estima do
idoso, podendo causar inúmeros problemas sociais e psicológicos, porém,
tais eventos não atingem a todos, por isso não ser possível delimitar uma
idade para quando se inicia.
Para Goldman (2000, p. 20):
A velhice, enquanto fenômeno social, há que ser compreendida como resultante de um conjunto de determinantes econômicos, sociais, políticos e ideológicos que ocorrem na correlação de forças e contradições engendradas pelo modo de produção capitalista A s teorias marxiana e marxista contemplam a análise crítica articulando os conceitos de totalidade e historicidade.
Então, a compreensão sobre a velhice, vem se modificando ao
longo da evolução da sociedade, e está depende de fatores além dos sociais,
e que condicionada ao econômico, político e outros, como mostra a história.
Ainda Neri (2001, p. 69) ressalta que:
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Os idosos são populações ou indivíduos que podem ser assim categorizados em termos da duração do seu ciclo vital. Segundo convenções sócio-demográficas atuais, idosos são pessoas com mais de 60 anos, nos países em desenvolvimento, e de mais de 65, nos países desenvolvidos.
Sabe-se que tais demarcações são para efeito de legalização de
direitos que constam nas políticas de atenção as pessoas que chegam a
esses limites de idades, como é o caso brasileiro.
Segundo Goldman (2000, p. 14):
O debate acerca das chamadas teorias do envelhecimento traz a tona inúmeras divergências que procuramos assinalar na descrição da categoria Terceira Idade. Entretanto, não seria equivocado afirmar que tais teorias reproduzem o embate presente no interior das ciências sociais.
É através da Gerontologia ¹ que iremos estudar o processo de
envelhecimento analisando os fatores biológicos, psicológicos e sociais que
ocorrem com o ser humano ao envelhecer. Em linhas gerais o
envelhecimento biológico compreende as mudanças no processo físico, como
olhos, ouvidos, dentes, pele, cabelos, unhas etc. Mudanças na aparência que
podem sei vistas a olho nu, cada organismo humano apresenta de forma
diferenciada.
No entanto, o envelhecimento psicológico refere-se ao idoso e sua
auto-aceitação ao envelhecer, suas mudanças de comportamento perante a
sociedade.
O envelhecimento social compreende á comportamentos e
desempenho do idoso na sociedade, assumindo novos papéis sociais, além
de estarem numa sociedade que muitas vezes apresenta-se preconceituosa.
Tais fatores serão detalhados mais adiante.
No Brasil, a população com pessoas acima de 60 (sessenta) anos
vem crescendo ao passar dos tempos, conforme o IBGE (2007), dentre a
população brasileira, 19 milhões são idosos.
Segundo Neri (2001, p. 54.)¹ Gerontologia é o campo multi e
interdisciplinar que visa a descrição e a explicação das mudanças típicas do
processo do envelhecimento e de seus determinantes genético-biológico,
psicológicos e socioculturais. Interessa-se também pelo estudo das
características dos idosos, bem como das várias experiências de velhice e
envelhecimento ocorrendo em diferentes contextos socioculturais e históricos.
24
Abrange aspectos do envelhecimento normal e patológico. Compreende a
consideração dos níveis atuais de desenvolvimento e do potencial para o
desenvolvimento.
De acordo com Lerhr (apud FERRARI, 2004, p. 8), ressalta que
pertencemos a uma sociedade em estado de envelhecimento, isso ocorre
devido à diminuição do ritmo de nascimentos, que resulta no crescimento da
população idosa. Veja no Gráfico a seguir, a projeção de crescimento da
proporção da população idosa no Brasil, dentre os anos de 2000 a 2020.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Total Homem Mulher
Figura 1 – Gráfico Projeção de Crescimento da População de 60 Anos ou Mais idade, Segundo o Sexo – Brasil 2000 / 2020 Fonte: Veras (2003, p. 11)
O gráfico acima mostra a Projeção do crescimento da população
idosa nos anos de 2000 a 2020 no Brasil, onde é possível observar um
crescimento elevado no número de idosos de ambos os sexos, tendo um
maior número de crescimento as pessoas acima de 60 (sessenta) anos do
sexo feminino.
25
De acordo com Hayflick (1997, p. 07), longevidade é o período de
tempo no qual se pode esperar que um animal viva, dadas as melhores
circunstâncias.
O aumento gradativamente da longevidade ocorre devido ao
declínio da mortalidade infantil e a diminuição da mortalidade em adultos, no
qual de certa forma influência no aumento da expectativa de vida desses
idosos. De acordo com Bagnato (2000 , p. 01) apresenta os gráficos:
Figura 2 – Gráfico Expectativa de Vida no Brasil Fonte: IBGE (2000)
O gráfico mostra que a expectativa de vida do ser humano está
aumentando no decorrer dos anos, e podemos analisar que no ano de 2000
os idosos do sexo feminino têm uma expectativa de vida de
aproximadamente 78 (setenta e oito) anos, enquanto os homens de 72
(sessenta e dois), ou seja, as mulheres vivem mais do que os homens. Isso
nos revela que a população idosa está crescendo gradativamente.
26
Figura 3 – Gráfico Faixa de Idade Populacional no Brasil Fonte: IBGE (2000)
O gráfico exposto acima mostra que no ano de 2020, teremos mais
pessoas acima de 80 anos do que pessoas de 0 a 4 anos de idade, sendo
então, uma previsão do aumento da longevidade no Brasil.
De acordo com Veras (2003, p. 9), a longevidade humana
estendeu-se a limites até então inimagináveis, colocando a questão do
envelhecimento da população como um dos maiores desafios das agendas
sociais contemporâneas
Ainda Veras (2003, p. 15), afirma que viver é uma aspiração
natural de qualquer sociedade, mais é importante que se consiga agregar
qualidade há esses anos adicionais de vida.
Não adianta viver muito e não viver bem, a expectativa de vida dos
idosos aumentou gradativamente, não há políticas públicas suficientes que
possibilitem ao idoso uma melhor qualidade de vida.
Sendo assim, na contemporaneidade exige-se que criem ações
sociais que ampare os idosos fazendo com que tenham mais conhecimentos
sobre as Leis que os asseguram sobre direitos a ter vida com dignidade.
Vamos encontrar na Lei Federal nº 8.842 de 4 de Janeiro de 1994, no
27
Capítulo I da Finalidade, art 1º: a Política Nacional do Idoso, qual assegura
sua integridade social, autonomia, integração e participação efetiva na
sociedade.
Segundo Dourado (2006 apud LENOIR, 1989) coloca que:
A velhice é tomada atualmente como um problema social, mais essa transformação não deve ser encarada apenas como decorrência do aumento demográfico da população idosa. Um problema social é fruto do cruzamento de fatores muito mais complexos do que simplesmente o resultado do mau funcionamento da sociedade.
Trata-se aqui da questão social que compreende um conjunto de
fatores completos e problemáticos, econômicos, políticos e sociais na
constituição do sistema capitalista. Na sociedade capitalista os cidadãos (ãs)
idosos são considerados improdutivos e se não produzem, seu papel social
não é reconhecido, pois não é mais visto como útil a sociedade, o que leva o
idoso ao isolamento.
Contudo existem políticas que asseguram aos idosos direitos, mas
nem sempre são informados e nem sequer chega ao seu conhecimento de
que elas existem. Cabe ao profissional de Serviço Social das
“responsabilidades gerais do Assistente Social, participação na elaboração e
gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de
programas sociais” (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 1993, p.
20), conscientizarem a população quanto aos seus direitos, de ter uma
velhice respeitada, embora, ainda nos deparamos com preconceitos
referentes a velhice, associa-se o idoso à pobreza, como incapaz,
dependente, dentre outros.
Portando, a incorporação dos princípios éticos no seu fazer
profissional, na intervenção, com destaque para a “defesa intransigente dos
direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo”, deve ser mantido
no cotidiano profissional e institucional ao tratarem o segmento populacional
idoso.
De acordo com Ferrari (2004, p. 07):
Entender a velhice e aprender a valorizá-lo implica também no conhecimento de determinados valores éticos e morais que são fundamentais para sua compreensão e, sobretudo, para com o trato com o idoso, considerando principalmente que no mundo atual muitas conquistas da intervenção cientifica abriram ao homem novas possibilidades de intervenção, inclusive em sua própria vida,
28
exigindo assim uma avaliação ética destas intervenção para que o homem seja sempre respeitado [...]
Sendo assim, esses valores éticos e morais, estão relacionados ao
que é bom para o individuo e para a sociedade, buscando constituir direitos e
deveres, para que haja um bom relacionamento de respeito e de dignidade.
Para muitos a velhice é um período longo que muitas vezes é
entendido como o fim, e os idosos acabam se excluído socialmente, achando
que não é de mais utilidade. A velhice sempre existiu e o ser humano precisa
aprender a vivê-la da melhor forma, usufruindo-a e explorando-a.
Conforme Santana e Sena (2003, p. 45):
Com o crescente envelhecimento da população, começa a se formar, gradativamente, uma nova imagem sobre o envelhecer, atribuindo ao mesmo novo significado e valores que se contrapõem àqueles criados e reproduzidos socialmente durante muito tempo.
Felizmente, na atualidade constatamos algumas visões
diferenciadas referentes à velhice, deparamo-nos com instituições que
oportunizam aos idosos atividades distintas na área cultural, lazer e na saúde
além de prestar informações quanto ao processo de envelhecimento fazendo
com que os mesmos descubram sua identidade pessoal.
Ao mencionarmos o idoso na contemporaneidade, é necessário
perceber, conforme Brites (1997, apud SALES, 2000, p. 12)
O homem, ser social e histórico, ao objetivar-se, sempre pela mediação da consciência, atribui valor as coisas, a comportamentos e atitudes, a sentimentos etc. Ou seja, o homem é um ser sócio histórico que valora.
São seres que ao longo de suas vidas construíram o seu espaço
social, e com o processo de envelhecimento o idoso perdeu seu espaço
como cidadão, associado a improdutividade.
Não podemos permitir que tais visões sejam minimizadas, na
contemporaneidade, mas que o envelhecimento, a ética e sinais de
solidariedade sejam uma prática a ser exercida por toda a sociedade. O
Serviço Social como profissional do social, tem na sua história, o agente
principal do gestor, e executor das políticas públicas, que atua diferentemente
com a população usuária e neste caso a população idosa, defendendo e
garantindo direitos expressos na Política Nocional para o Idoso.
30
3.2 O ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO
O aspecto biológico do desenvolvimento humano é um processo
continuo e progressivo que autores confirmam que se dá a partir da
fertilização. Com o passar do tempo vai gerando uma diminuição da eficiência
do funcionamento de todos os órgãos, e de forma desigual, variando de
pessoa para pessoa.
O envelhecimento biológico então está associado a mudanças que
ocorrem no ser humano em seu processo de desenvolvimento ao longo de
sua existência.
Segundo Neri (2001, p. 63) afirma que:
A idade biológica é um indicador do tempo que resta a um individuo para viver, num dado momento da sua vida. O envelhecimento biológico ou senescência é, assim, o processo que preside ou determina o potencial de cada individuo para permanecer vivo, o qual diminui com o passar dos anos.
O envelhecimento faz parte do ciclo de vida do ser humano,
naturalmente decorre das mudanças como, branqueamento dos cabelos,
mudanças na postura corporal, força, pele, unhas, audição, visão entre
outros, são alguns exemplos que iremos citar no decorrer do trabalho.
Hayflick (1997, p. 165) afirma que o crescimento do cabelo do
couro cabeludo diminui, mas em regiões adjacentes – orelhas, narinas e
sobrancelhas - o cabelo pode sofrer um surto de crescimento contínuo.
Além disso, ocorrem mudanças na cor e no crescimento dos fios
dos cabelos; surge a calvície, normalmente decorrentes nos homens, já o
branqueamento dos fios ocorre em ambos os sexos e, é considerado como
um fator mais notável da velhice, mas tal fato não ocorre em todas as
pessoas.
De acordo com Hayflick (1997, p. 166) em mais de cinqüenta
medições das mudanças associadas à idade, um grupo de pesquisadores
descobriu que o branqueamento do cabelo era o indicador mais confiável do
processo de envelhecimento. Porém, tal indicador do processo de
envelhecimento em idades mais avançadas não se constitui como o mais
confiável, já que encontramos pessoas de ambos os sexos com fios de
31
cabelos brancos na faixa dos 20 (vinte) anos, por outro, na fase da
denominada juventude.
Em relação à altura, os idosos diminuem conforme o tempo,
mesmo sendo dificilmente notadas. Já a alteração em relação ao peso, de
acordo com Haflick (1997, p. 158), em alguns estudos, mostra que há um
aumento de peso na meia-idade e diminui na velhice.
De modo geral, a profundidade e circunferência do tórax
aumentam com o passar da idade, em ambos os sexos, além do crescimento
de alguns ossos da bacia, em algumas pessoas. Há modificações também no
crânio, parecem ficar mais espessos e maiores, isso ocorre na maioria dos
idosos.
Conforme Hayflick (1997, p. 138);
Após os 65 anos, a força no antebraço e nos músculos das costas diminui. A força, medida pela capacidade de rodar uma manivela durante um período de tempo, diminui após os 50 anos, mais a boas razões para acreditar que isto deve a redução da coordenação, e não a perda de força.
Contudo, a falta de coordenação motora é o responsável pelas
quedas, que muito acontece com os idosos, ocasionando grandes acidentes
e quebra de ossos importantes para a movimentação do mesmo.
Além dos cabelos, outro fator que mostra mudanças ao envelhecer
é a pele, sua descoloração, o aparecimento de rugas e seu desgaste,
refletem sobre a idade ou saúde da pessoa. Segundo Haflick (1997, p. 160),
a pele é o que mais observamos quando olhamos para uma pessoa. Ė por
todas essas razões que o envelhecimento, dos seres humanos é identificado
pela pele.
Para Haflick (1997, p. 161):
Embora haja algumas divergências, acredita-se que as rugas características da velhice sejam causadas pela perda de uma proteína chamada colágeno. [...] o enrugamento da pele é induzido pelo crescimento excessivo de outra proteína chamada elastina.
Além deste, as rugas aparecem também devido ao desgaste, pois
podem ser causadas por expressões faciais contínuas do dia dia, como sorrir
ou franzir a testa, que acabam se localizando na testa, ao redor da boca e
olhos. Soma-se ainda, a exposição contínua ao sol, as regiões climáticas em
que vivem, entre outros.
32
Ao envelhecer, notamos mudanças também relacionadas a falta da
visão. Conforme Hayflick (1997, p. 169), a principal descoberta em relação a
visão é que o cristalino fica mais espesso e mais pesado com a idade,
reduzindo a capacidade de foco.
O principal sinal pode ser a incapacidade de ler, e focalizar
imagens, sendo o remédio lentes de aumento. Além deste, há também a
formação da catarata, que de acordo com Hayflick (1997, p. 169):
[...] é provocada por uma mudança na estrutura protéica do cristalino, é considerada uma doença, embora alguns acreditam que, se para uma pessoa que vive o suficiente, sua ocorrência é inevitável. Esse é um dos vários exemplos que ilustram a dificuldade de distinguir entre algumas mudanças normais da idade e doença.
A catarata é a principal causa de cegueira nos idosos, quando
diagnosticada a única solucão eficaz é a cirurgia, para que haja a
preservação da visão, uma vez que não possui tratamento clínico, deve ser
realizada a partir do momento em que há perda da qualidade de vida e
limitação das atividades diárias.
Hoje, através do SUS (Serviço Único de Saúde), é possivel realizar
a cirurgia de catarata, mas nem sempre sao feitas com urgência sendo que
ter uma visão ampla e boa é uma necessidade para que o idoso continue
realizando suas atividades diárias, sinta-se seguro para viver a vida
tranquilamente.
O que também pode dificultar as atividades diárias dos idosos é a
falta de audição.
Para Hayflick (1997, p. 167), as mudanças sensorias associadas a
idade podem ser relacionadas á degeneração em algumas células e produtos
celulares que compõem o próprio órgão do sentido.
A maioria dos idosos tem problemas com a audição, mas muitas
vezes essa “surdez”, está relacionada com a produção normal de cera que se
localiza nas estremidades dos ouvidos. Essa falta de audição, na maioria das
vezes causa aborrecimento, por parte dos idosos e da sociedade em geral.
Por isso faz-se necessário uma visita periódica ao Otorrino, onde,
é possível detectar e solucionar, o problema com mais rapidez, sendo muitas
vezes realizadas cirurgias, ou colocação de aparelho auditivo, o que traz ao
33
idoso mais tranqüilidade para a realização de suas atividades diárias e o
convívio social.
Envelhecer amedronta muitas pessoas, pois em geral desejam ter
uma vida longa, mas não querem envelhecer, influenciadas pelos meios de
comunicação que enaltecem a juventude de todas as formas e a velhice
como desprezo, pois vivemos em uma sociedade preconceituosa e que
desvaloriza o idoso, ocasionando efeitos psicológicos, levando ao idoso, a
perda nas interações sociais.
34
3.3 O ENVELHECIMENTO PSICOLÓGICO
O envelhecimento psicológico pode ser compreendido, de acordo
com Neri (2001, p. 65), de duas maneiras;
Um é análogo ao significado de idade biológica, e refere-se á relação que existe entre a idade cronológica e as capacidades, tais como percepção, aprendizagem e memória, as quais prenunciam o potencial de funcionamento futuro do individuo. O segundo uso do conceito de idade psicológica tem relação com o senso subjetivo de idade. Este depende de como cada individuo avalia a presença ou ausência de marcadores biológicos, sociais e psicológicos do envelhecimento em comparação com outras pessoas de sua idade.
No primeiro momento compreende-se que ao envelhecer a pessoa
idosa tende a buscar a percepção de deterioração das mudanças ocorridas
no processo de envelhecimento, que é associado à incapacidade de
aprendizagem, memória, percepção e outros.
Segundo Nascentes (2004, p. 70), afirma que:
A memória, as lembranças, tem um papel fundamental em nossas vidas: elas nos permitem criar elos e significados ao longo do tempo. Ė a memória que nos informa o que somos e, portanto, atribui significados para o que somos e nos possibilita imaginar o que seremos. Ora, se todos têm uma grande história da nossa vida, sempre feita de muitas outras histórias menores, como peças de um mosaico – de nada adiantaria constituí-la, tecê-la se nos fosse negado a capacidade de lembrá-la, de reconstruí-la e de certa forma revivê-la por intermédio da memória, por essa lógica muito própria de como as lembranças se organizam.
A memória busca a construção e reconhecimento da identidade do
que viveram no passado, fatos que, ao envelhecer, se perdidos o idoso perde
sua identidade individual ou coletiva. Não conseguindo lembrar-se de alguns
momentos, faz com que o idoso se sinta angustiado, imperfeito, incapaz. Isso
também ocorre quando os idosos se sentem incapazes de criar coisas novas,
aprender coisas novas, fazer coisas diferentes. Felizmente, contamos com
instituições como o SESC que se preocupam com a qualidade de vida dos
idosos, buscando sempre instigar a memória, inclusão social, autonomia dos
mesmos.
Ao se olhar no espelho a pessoa idosa se sente diferente, as
mudanças associadas ao corpo, às limitações que surgem ao envelhecer,
como realizar atividades físicas, ou até mesmo rotineiras, como fazer tarefas
35
de casa, são fatores que fazem com que o idoso se sinta rejeitado e isolado,
perante a sociedade. Muitas vezes a pessoa idosa se sente tímido por achar
que não é, mas capaz de realizar suas atividades do dia dia.
De acordo com Gatto (1996, p. 110), afirma que:
É mais provável que supere certas doenças se tiver acesso a um tratamento; é mais provável que não sinta os efeitos do preconceito e do isolamento se tiver amigos e familiares que os respeitem; é mais provável que não sinta a perda da juventude como algo destruidor, se tiver assimilado outros valores e interesses ao longo da vida, é mais provável que não sinta a proximidade da morte de forma tão ameaçadora se teve uma vida mais satisfatória e produtiva.
Sendo assim, pensar que a velhice é a idade da espera da morte,
pode causar grandes problemas psicológicos, um deles é a depressão,
causada muitas vezes pelo abandono das famílias, exclusão social,
sedentarismo, falta de produtividade entre outros. Para alcançar um bom
envelhecimento é estar em convívio social, sempre estar integrado,
trabalhando o uso da memória, do aprendizado, da criatividade, construindo e
fortalecendo amizades.
3.4 O ENVELHECIMENTO SOCIAL
Ao pensar sobre o envelhecimento social, nos remonta
primeiramente se esta pessoa idosa cidadã contou e conta com uma rede de
proteção social que se tornou viável desde a sua infância, como ter
alimentação, moradia, educação, saúde entre outras necessidades. A vida
social das pessoas e principalmente a rede de apoio social via políticas
sociais que desfrutamos, tem grande resultado no modo, e em que sociedade
viveu e como seremos na velhice.
O estudo do envelhecimento social está relacionado às questões
do comportamento da sociedade capitalista, de como percebe a pessoa idosa
quanto a sua relevância social e produtiva, e do idoso ao envelhecer, no
modo como se relaciona com o momento presente com motivação,
realização, entusiasmo, mesmo frente às diversidades.
36
Os aspectos sociais do envelhecimento também podem estar
associados a perda dos seus cônjuges e ficar só, sem companhia e quem os
cuide, a perda de seus amigos que vão falecendo, ou encontram-se limitados
na sua locomoção, por enfermidades crônicas. Ocorre que a pessoa pode
sentir-se muito solitária, sem poder usufruir da companhia de outras pessoas
que tiveram um grande significado em suas vidas.
Por outro lado, aqueles que procuram novos grupos, mantêm-se
socialmente ativos, com elevada auto-estima, intelectualmente produtivos,
atualizados buscando se relacionar e interagir. Mostram assim condições de
descobrir-se como agente de mudanças na velhice.
Siqueira (2002, p. 54), afirma que “os conceitos principais dessa
teoria incluem as questões do significado social, das realidades sociais e das
relações sociais no envelhecimento, das atitudes perante a idade e o
envelhecer, dos eventos da vida e sua temporalidade”.
Atitudes que podem ampliar sua capacidade de viver, recriar,
redimensionar, novas situações e desafios, de participação no contexto
cultural em que vivem.
Néri (2001, p. 67), coloca que:
A idade social diz respeito á avaliação do grau de adequação de um indivíduo ao desempenho dos papeis e dos comportamentos esperados para as pessoas de sua idade, num dado momento da história de cada sociedade. Dessa forma, as experiências de envelhecimento e velhice podem variar no tempo histórico de uma sociedade, dependendo de circunstancias econômicas e sociais que determina quem e porque será chamado de velho e como será tratado por uma sociedade.
No aspecto social, na sociedade em que vive esses idosos, a
perda de papéis, é uma problemática observada com mais freqüência.
A inserção de papéis em função de valores que agora já não é
mais de trabalhador que produz isto pode ocorrer a perda de seu poder de
decisão, o que resulta em perda da autonomia, do poder de decidir sobre sua
vida, tornando-se dependente de sua família. Medidas devem ser tomadas,
para evitar que o envelhecimento social leve ao isolamento.
Há séculos passados, a velhice era considerada como um status
social, o número de idosos era menor e em relação a isso eram mais
valorizados pelos mais jovens, pois eram símbolos de respeito, experiência
37
de vida. Mas com o passar do tempo isso foi se modificando. De acordo com
Moragas (2004, p. 11):
[...] surgem às revoluções industriais, o conhecimento não se apóia mais a experiências, mais sim a ciência que permite a aplicação da energia, a tecnologia e o maquinário para beneficio da maioria da população. Na vida social, a experiência perde o valor e o progresso se fundamenta na educação universal, na difusão dos conhecimentos e na inovação.
A partir dessas transformações do mundo do trabalho, surge o
preconceito contra o idoso, o jovem predomina nesta sociedade de
exploração e exclusão social, a experiência de vida é trocada para o poder
social da inovação e de novas tecnologias.
Ainda segundo Moragas (2004, p. 12) que afirma:
Surge o “idadismo” que – como todo “ismo”, racismo, fascismo, nacionalismo- implica numa exclusão do outro para beneficio próprio; que neste caso se concretiza no preconceito do conflito entre gerações: o que uma geração consegue, o faz em detrimento da outra, numa visão conservadora e pouco realista da dinâmica econômica e social.
O preconceito é muito presente na sociedade capitalista em que
vivemos, considerada como um problema social, a velhice está associada a
perdas, doenças e a morte ao que não tem valor, fazendo com que o idoso se
exclua socialmente.
De acordo com Santana e Sena (2003, p. 46):
Ao velho é atribuído um conjunto de representações, significados e aspectos simbólicos. Esses elementos do imaginário social criam, reforçam e reproduzem idéias, pensamentos e imagens que contribuem para o processo de discriminação social dos indivíduos envelhecidos. O imaginário, socialmente construído, reflete as construções humanas em uma determinada sociedade, em um determinado tempo histórico.
O idoso ao chegar nessa etapa da vida, a aposentadoria, sofre
muita discriminação por parte da sociedade. A pessoa idosa ao deixar de
trabalhar, ou seja, se aposenta do trabalho, provoca, perante tal fato muitas
vezes a visão de incapaz, de dificuldades na aprendizagem, inadequado para
um ambiente inovador, conforme as exigências da sociedade que não só
valoriza o trabalho como fonte de renda.
Moragas (2004, p. 12) afirma que:
Atingida esta idade, o trabalhador se converte em aposentado sem um papel social reconhecido e aceito e, o que é pior, em uma sociedade que valoriza o trabalho como fonte de status econômico e social, o aposentado não produz, é um passivo que desperdiça
38
recursos públicos através das aposentadorias, o que acarreta uma avaliação negativa.
Não nos parece que o idoso deixa de ser um trabalhador ativo e
perde seu papel de quem contribui economicamente, e passa a ser
considerado como um problema social.
Porém muitos não se dão conta que o idoso é um consumidor em
potencial e que ainda contribui para a manutenção de necessidades de seus
familiares mesmo aposentados. Pois em muitos casos é quem mantém a
família. Sabe-se que no Brasil a um número expressivo de idosos chefes de
família, então é necessário que se destrua a imagem de inativo e se construa
percepções.
Devido ao aumento do número de idosos no país considerando
que houve uma melhoria da qualidade de vida, o que deve ser efetivado pelo
governo é ter que investir mais em políticas públicas que assegurem uma
vida com dignidade, já que produziram e contribuíram para a sociedade, com
sua força de trabalho.
Segundo Milnitzky, Sung e Pereira (2004, p. 60):
Com relação à cidadania, buscamos desenvolver questões sobre o desconforto causado pela discriminação, e suas razões, e pela falta de consciência da sociedade sobre os problemas e as particularidades vivenciadas pelos idosos. Discutimos, inclusive, se a própria existência de uma legislação especifica voltada ao idoso não é um fator de reconhecimento do desrespeito a sua cidadania e dignidade ou, ao invés, é um instrumento necessário para que o segmento idoso consiga reivindicar a efetivação dos seus direitos, ou seja, o direito de ter direitos. Também, foram abordados os meios para que a situação atual de desrespeito ao idoso se modifique, dentre os quais, aspectos que envolvam o direito a informação e ao exercício da cidadania pelo idoso.
E para isso, os direitos da pessoa idosa devem ser efetivados,
para que se inclua socialmente, e passe a exercer um papel ativo,
contribuindo para a formação e a constituição de cidadãos sociais, tirando
aquela idéia que o idoso não tem autonomia, que ele precisa de quem lute e
fale por ele. Presenciamos atualmente, um novo vivenciar para os idosos,
com algumas instituições que de alguma forma oportunizam aos idosos ter
seus momentos de integração, de lazer, saúde buscando possibilitar
qualidade de vida e inclusão social, neste mundo marcado pelo desemprego
e violência, violação de direitos de crianças, adultos e idosos.
39
Portanto, é importante a união na construção uma nova sociedade
em que todos se aceitem e respeitem uns aos outros lutando por si mesmo e
igualmente por todos em todas as etapas da existência humana, e nas
formas como são manifestadas.
Queremos ressaltar que é possível integrar gerações, através de
ações educativas, de possibilitar uma aprendizagem, que haja o
compartilhamento de vivências e experiências entre ambos, resumindo assim
um papel social que a sociedade capitalista e neoliberal de consumo, tanto
faz para excluir.
É por falar de possibilidades de aprendizagem, passaremos a
abordar no próximo capítulo o relato da prática de Estágio Obrigatório,
realizado no Projeto SESC Idoso Empreendedor, que proporcionam aos
idosos, conhecimentos básicos de informática e futuros empreendimentos
sociais.
40
4 A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL COM OS GRUPOS DE
IDOSOS DO PROJETO SESC IDOSO EMPREENDEDOR
4.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O EMPREENDEDORISMO SOCIAL
Para inicio deste capítulo e para termos uma visão mais ampla do
que é o Projeto SESC Idoso Empreendedor, faz-se necessário
aprofundarmos nosso estudo sobre empreendedorismo social.
De acordo com Leite (2002, apud OLIVEIRA, 2004, p. 12), o
empreendedorismo social é umas das espécies do gênero de
empreendedores. [...] São empreendedores com uma missão social, que é
sempre central e explicita.
Então, o empreendedorismo social inicia-se através de uma idéia
diferenciada de ação social que passa por um processo de maturação, logo
pode ser dividida em várias outras idéias.
Segundo Rouere e Pádua (2001, apud OLIVEIRA, 2004, p. 12):
Constitui a contribuição efetiva de empreendedores sociais inovadores cujo protagonismo na área social produz desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e mudança de paradigma de atuação em benéficos de comunidades menos privilegiadas.
O empreendedorismo social tem como foco o coletivo, ou seja, a
sociedade em geral, que produz bens e serviços em busca de soluções de
problemas sociais para uma melhor qualidade de vida.
Ser um empreendedor social muitas vezes confunde muita gente,
certamente se perguntar a alguém o que vem a cabeça quando se fala em
empreendedorismo social, logo vem em mente, mobilizar um grande grupo á
arrecadar donativos, dentre outros, para doar á alguma instituição ou um
grupo de pessoas carentes, sendo que empreender socialmente é fazer a
diferença, fazer com que as pessoas mudem a situação em que vivem, e a
partir daí tornem-se multiplicadores do que aprenderam.
Para melhor visualizarmos, vejamos o quadro no qual Oliveira
(2004, p. 14), coloca como pode ser o perfil de um empreendedor social:
42
Tabela 1 – Perfil do Empreendedor Social Segundo Edson Marques Oliveira
CONHECIMENTOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS POSTURAS
Saber aproveitar as oportunidades Ter competência gerencial Ser pragmático e responsável Saber trabalhar de modo empresarial para resolver problemas sociais
Ter visão clara Ter iniciativa Ser equilibrado Ser participativo Saber trabalhar em equipe Saber negociar Saber pensar e agir estrategicamente Ser perceptivo e atento aos detalhes Ser ágil Ser criativo Ser crítico Ser flexível Ser focado Ser habilidoso Ser inovador Ser inteligente Ser objetivo
Ser visionário Ter senso de responsabilidade Ter senso de solidariedade Ser sensível aos problemas sociais Ser persistente Ser consciente Ser competente Saber usar forças latentes e regenerar forças pouco usadas Saber correr riscos calculados Saber integrar vários atores em torno dos mesmos objetivos Saber interagir com diversos segmentos e interesses dos diversos setores da sociedade Saber improvisar Ser líder
Ser inconformado e indignado com a injustiça e desigualdade Ser determinado Ser engajado Ser comprometido e leal Ser ético Ser profissional Ser transparente Ser apaixonado pelo que faz (campo social)
Fonte: Oliveira (2004, p. 14)
De acordo com o perfil do empreendedor social apontado por
Oliveira (2004), ser empreendedor, é ser inovador, capaz de criar novos
paradigmas, isto não significa que tenha sempre que criar coisas novas, ao
contrário, é ser transformador capaz de transformar, aperfeiçoar, reinventar,
adaptar idéias já existentes, além disto, o empreendedor precisa ter
conhecimento, habilidade e atitudes a fim de explorar, aprender e melhorar
aquilo que será empreendido.
Para Dees (1998, apud PESSOA, 2005, p. 01):
[...] os empreendedores sociais têm o papel de agentes de mudanças no setor social por: adotar uma missão de gerar e manter valor social (não apenas valor privado); reconhecer e buscar implacavelmente novas oportunidades para servir tal missão; engajar-se num processo de inovação, adaptação e aprendizado contínuo; agir de modo arrojado sem se limitar pelos recursos disponíveis; e exibir um elevado senso de transparência para com seus parceiros e público e pelos resultados obtidos.
43
Assim, o objetivo de um empreendedor social, é através de ações
diferenciadas e inovadoras, buscar a inclusão social, a multiplicação de
conhecimentos, a fim de causar uma transformação social.
4.2 PROJETO IDOSO EMPREENDEDOR
Este projeto surgiu a partir da necessidade de algumas idosas
participantes do GRUPATI (Grupo de Estudos e Atualização da Terceira
Idade), que através de uma oficina realizada na sala de informática, sentiram
a necessidade de entrar no mundo informatizado. Diante do entusiasmo
demonstrado, a Assistente Social Simone Vieira Machado juntamente com a
também Assistente Social Selma Junkes tiveram a idéia de construir um
projeto que utilizasse técnicas de grupo a tecnologia de informática,
buscando a valorização dos idosos como cidadãos socialmente produtivos
através do empreendedorismo social.
A partir daí, deu-se inicio ao Projeto SESC Idoso Empreendedor,
elaborado pelas assistentes sociais Simone Machado Vieira e Selma
Junckes.
O lançamento do Projeto ocorreu em Julho do ano de 2007, no
SESC- Estreito como projeto piloto no Estado.
Segundo Garcia (2007, p. 46):
O projeto tem como objetivo despertar habilidades, participação, descoberta de talentos e valorização de potencialidades, permitindo que o idoso exerça atividades que levam em conta seus interesses e que possam atender suas necessidades e expectativas.
Ė em busca desses objetivos que o idoso participa do Projeto
Idoso Empreendedor, valorizando seu potencial, tornando-se participativo,
produzindo novos conhecimentos de informática, ou seja, desenvolvendo sua
inclusão digital/social.
O Projeto foi logo colocado em prática, primeiramente, o Serviço
Social convidou seus idealizadores e os demais idosos que já participavam
de outras atividades do SESC. Através de divulgação mais ampla via meios
de comunicação, não demorou muito para que fossem preenchidos 06
grupos com todas as vagas dos 12 (doze) computadores, disponibilizados na
“sala de informática” do SESC- Estreito, e ainda com uma lista de espera.
44
O referido Projeto tem duração em média de seis a nove meses,
sendo dois encontros semanais com tempo de 2 horas. Os Grupos foram
gerados a partir de dois elementos:
♦ Elemento motivador no qual se refere ao computador;
♦ E o elemento impulsionador que é o Portal SESC Idoso
Empreendedor.
O meio utilizado para inserir o idoso a temática da informática se
relaciona através da utilização do portal, no qual coincide publicações na área
da gerontologia, jogos de memória e raciocínio, temas abordados sobre
envelhecimento, o espaço interativo do idoso que contempla também a
história de vida de cada participante do grupo.
Desde 2007 já participaram 06 (seis) grupos em média com 86
integrantes. Cada grupo escolheu um nome de um país para nomear seu
grupo, com o objetivo de reforçar a abrangência do projeto que permite que
os idosos façam uma viagem no mundo virtual. Sendo eles: Grupo Brasil,
Canadá, Alemanha, Portugal, França e Itália.
Atualmente contamos com 04 (quatro) grupos, são eles: Egito,
África do Sul, Grécia e Áustria no qual se situam no andamento e finalização
do Projeto. Conta com 2 (duas) estagiárias de Serviço Social, sendo
designadas como tutoras.
Para maior desenvolvimento dos grupos, o Projeto tem seu ciclo
dividido em quatro partes:
a) Grupo Idoso Empreendedor - Conta com o apoio do tutor para
a atuação do projeto. São realizados encontros duas vezes na
semana, onde é dividido em duas etapas; a primeira com
inclusão digital e a segunda com debates temáticos;
b) Laboratório de Oportunidades – Espaço privilegiado para
reforço e aprendizagem, experimentação e a integração inter e
intragrupal. Funciona como um espaço interativo e de
conhecimento, não havendo uma metodologia específica,
atendendo a necessidade do idoso naquele momento;
45
c) Encontros de Formação para o empreendedorismo- Idosos de
grupos diferentes se reúnem bimestralmente para debater,
socializar e adquirir novos conhecimentos;
d) Oficinas de Habilidades – Período de passagem para novas
etapas norteadas pela reflexão, descoberta, criação de
possibilidades e desdobramento do Projeto Social que será
trabalhado como foco de coletividade.
O Projeto SESC Idoso Empreendedor, através da aprendizagem
em informática, faz com que seus participantes viagem no mundo virtual,
conhecendo diversas e distantes localidades, buscando novos desafios e
projetos de vida.
Os Grupos do Projeto SESC Idoso Empreendedor implementados
no SESC- Estreito, apresentam diversidade nos seus objetivos propostos e
principalmente pela sua aceitação social constituindo-se em um espaço de
convivência privilegiado, de relações de sociabilidade, em que educação e
lazer caminham juntos, seguindo, sobretudo as necessidades de seus
participantes.
Portanto, a intervenção do Serviço Social encontra na execução de
suas ações o vínculo com as políticas destinadas a garantia de direitos a
população idosa, conforme preconiza a Política Nacional do Idoso Lei nº
8.842, de 4 de Janeiro de 1994, no seu art. 1º. ”A Política Nacional do Idoso
tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso criando condições
para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na
sociedade” (BRASIL, 1994). Com isso o Serviço Social do SESC, presta
atenção e apoio a este segmento populacional, conferindo a dimensão sócio-
educativa, oferecendo as condições necessárias para desenvolver sua
autonomia em decisões como a entrada no mundo virtual, que veio gerar o
Projeto SESC Idoso Empreendedor.
No próximo item, iremos abordar um estudo sobre a autonomia
segundo o pensamento de alguns autores.
4.2.1 Enfocando a Autonomia Segundo o Pensamento de Alguns
Autores
46
Enfocar a autonomia como um principio fundamental a ser
reconhecido, tanto no Código de Ética do Assistente Social, como na Política
Nacional do idoso, é um pressuposto teórico que procurávamos concretizar
no desenvolvimento de nossa prática de intervenção profissional.
Buscando assim preservar e desenvolver junto as pessoas idosas
dos grupos do Projeto SESC Idoso Empreendedor em que intervimos, “a
autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais”. Tal
reconhecimento sobre autonomia, fomos buscar vários autores.
É importante conceituarmos autonomia, do ponto de vista da
psicologia em Neri (2001, p. 10):
O cerne do conceito de autonomia é a noção e o exercício do autogoverno. O conceito inclui também os seguintes elementos: liberdade individual, privacidade, livre-escolha, autogoverno, auto-regulação e independência moral, liberdade para experienciar o self e harmonia com os próprios sentimentos e necessidades.
No Projeto SESC Idoso Empreendedor, o idoso tem a autonomia
de expressar sua opinião quanto a questões abordadas durante o
desenvolver do Projeto. Além da autonomia que requer o poder de decisão
não só individual, como em grupo para questões referentes a discussão do
nome do grupo, como também do tema do Projeto Social, o idoso teve
autonomia para tais decisões.
Do Serviço Social, é de fundamental importância conceituar a
autonomia nos termos de Netto (1984, p. 10) “define autonomia como a
capacidade de decisão, de comando; e independência, como a capacidade
de realizar algo com seus próprios meios.”
Ainda segundo Netto (apud EVANS, 1984, p. 11):
Chama-se autonomia o estado de ser capaz de estabelecer e seguir as próprias regras e diz que, para um idoso, a autonomia é mais útil que a independência como um objetivo global, pois pode ser restaurada por completo, mesmo quando o individuo continua dependente.
Sendo a autonomia ou autogoverno do idoso um fator que modifica
o olhar da sociedade perante o processo de envelhecimento, pois muitos
acreditam que ao chegar a certa idade, este fica impossibilitado de se
autogovernar, ou seja, administrar sua vida sem que ninguém interfira.
47
Na pedagogia, fomos movidos pelo pensamento de Paulo Freire,
que inclui a ética, no respeito a autonomia.
De acordo com Freire (1996, p. 66);
O respeito a autonomia e dignidade de cada um é um imperativo ético a não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. Precisamente porque éticos podemos desrespeitar a rigorosidade da ética e resvalar para a sua negação, por isso é imprescindível deixar claro que a possibilidade de desvio ético não pode receber outra designação senão a de transgressão.
Sabe-se que muitos filhos infantilizam seus pais idosos com
atitudes de que não tem condições de decidirem sobre si próprios, o que
incomoda e tumultua as relações que poderiam ser de respeito e mais
amistosas, preservando a autonomia.
Para o profissional de Serviço Social, está bem claro em seu
Código de ética Profissional (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL,
1997, p. 17) em um de seus princípios fundamentais: “O reconhecimento da
Liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes –
autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais.”
Para Araújo (2004, p. 55):
A autonomia do cidadão (a) representa a sua capacidade de poder responder constantemente as necessidades existenciais, especiais, culturais, políticas, econômicas e sociais, daí precisar, para a sua usufruirão, de segurança pessoal e contar com a condição de assegura mento pelo Estado, no campo dos direitos humanos.
E é assegurando a autonomia na independência e a valorização do
idoso como cidadão produtivo que vigora a auto-estima que estes tem uma
melhor qualidade de vida, que o SESC através de seus profissionais adota
como princípios ao realizar seu trabalho social com grupos de idosos como o
do Projeto Idoso Empreendedor.
Assim destaca Araújo (2004, p. 80):
A vivência em grupo provoca transformações, na medida em que seus membros interagem entre si, em situações diversas que podem ser criadas pelas formas interna ou externas como aquele que tem alguma vinculação institucional.
Portanto é na vivência em grupo que os idosos tem a oportunidade
de desenvolver e manter sua autonomia, nas decisões, nas opiniões,
contribuindo também para que em grupo tomem decisões diante de
determinadas situações que surgem.
48
Sendo assim, no item seguinte iremos abordar a questão idoso e a
informática, ou seja, a inclusão digital.
4.2.2 Inclusão Digital
O Projeto SESC Idoso Empreendedor, utiliza como meio para a
obtenção da inclusão social o intercâmbio e o conhecimento estimulando o
idoso como um ser participativo e criativo e que é possível a inclusão digital.
Segundo Kachar (2007, p. 01):
A tecnologia invadiu as casas, empresas, instituições de todos os tipos, a sociedade como um todo está se tornando informatizada. Os recursos da imprensa, rádio, TV, telefone, fax, vídeo, computador e Internet são disseminadores de culturas, valores e padrões sociais de comportamento. Cada vez mais o ser humano cria dependências pelos recursos eletrônicos, que passam a coexistir no dia a dia de todos. Com isso as mudanças transparecem nas diversas dimensões de viver na sociedade tecnologizada. Esses artefatos fazem com que a comunicação seja intermediada pela máquina e não pela voz humana.
Portanto, com o aumento do acesso a informatização e das
tecnologias, as pessoas mais idosas tem dificuldade em se relacionar com
esse avanço tecnológico, pois eles vêem o computador como algo
desconhecido, e muitas vezes acabam ignorando essa “nova era”
tecnológica.
Isso acaba gerando mais um elemento de exclusão social de
idosos, pois não se importando com esse novo universo tecnológico,
perdendo a oportunidade de estar sempre atualizado, por dentro das
informações sociais.
Contudo, devido a falta de conhecimentos, o medo de lidar com o
computador, o tamanho da fonte que se encontram os sites as cores sem
contraste, a falta de habilidade e delicadeza ao pegar o mouse são
justificativas para que levam o idoso a desistir de conhecer o universo
informatizado.
De acordo com Sá (1999, apud KACHAR, 2007, p. 02):
Vendo a tecnologia instalando-se cada vez mais no processo de vida das pessoas, a decisão é enfrentar, pois a alternativa é
49
adentrar esse mundo ou ficar excluído. Acompanhar a evolução tecnológica e os progressos na comunicação, para diminuir o isolamento, sentir-se parte integrante deste novo mundo.
Contudo, muitos idosos, vêem a necessidade, de conhecer este
universo da informatização, que também passa a compor a sua vida, que não
está estagnada no tempo, mas que ele se permite incluir nos avanços da
comunicação.
50
4.2.3 O Idoso e a Informática
Figura 4 – Grupo Canadá - Sala de Informática 2007. Fotógrafo: Thalita Almeida Coelho
Além disto, o mundo virtual estimula a socialização, podendo
ajudar a superar os problemas de depressão, solidão, desamparo. Casos
muito comuns no processo de envelhecimento.
51
4.2.3.1 Grupo Portugal
Figura 5 – Sala de Informática- Grupo Portugal Fotógrafo: Thalita Almeida Coelho
A ilustração fotográfica mostra que a geração de mais idade que
além de estarem em grupo, são participantes do Projeto SESC Idoso
Empreendedor, aprendendo e entrando no mundo informatizado, conhecendo
o mundo digital.
Identificamos em Filizola e Rose (2007, p. 02) que:
Para as gerações atuais a Internet é um modo de se conectar com o mundo, conhecer pessoas novas, resolver questões cotidianas, fazer pesquisas, etc. As gerações mais velhas poderiam tirar o mesmo proveito da Web. Muitos idosos sentem-se sozinhos e po-deriam usufruir da Internet para conhecerem pessoas como eles e mesmo para coisas mais práticas como efetuar pagamentos e acessar informações bancárias.
Durante a realização do Estágio Obrigatório com os grupos do
Projeto SESC Idoso Empreendedor, foi possível constatar que, a maioria dos
idosos que participam do projeto, quando sente que estão aprendendo, a
viajar no mundo virtual como enviando e-mail para os colegas, realizando
52
tarefas no Word dentre outros, tem uma melhora na sua auto-estima. Tal
constatação vem estimulando a sempre estar atualizado e a participar de
outras atividades, sendo assim idosos mais participativos e integrados no
mundo virtual.
4.2.3.2 Será que consigo?
Figura 6 – Sala de Informática -2008 - Projeto Idoso Empreendedor Fotógrafo: Thalita Almeida Coelho
Podemos perceber através do registro fotográfico o idoso
participando do Projeto SESC Idoso Empreendedor na sala de informática,
disponibilizado pelo SESC-CAE, no qual acompanhamos o seu
desenvolvimento, sendo que estes são bem participativos e persistentes
diante de suas dificuldades.
53
4.2.3.3 Mundo Virtual
Figura 7 – Sala de Informática Fotógrafo: Thalita Almeida Coelho
A internet apresenta-se como mecanismo fundamental para
incentivar os idosos a assumir a responsabilidade pelo seu próprio
aprendizado e se tornarem ativos na busca pelo novo.
Conforme Oliveira (2006, p. 04):
A Internet é considerada como um dos exemplos contemporâneos mais promissores e ativos do uso do computador, como suporte para ações educacionais e para a construção de conhecimento. As idéias veiculadas ganham espaços para a divulgação sem fronteiras.
A internet no Projeto SESC Idoso Empreendedora é utilizada para
a realização de pesquisas, sobre diversos assuntos, onde utilizamos diversos
54
textos referentes ao envelhecimento, ao Estatuto, dicas de saúde e através
deste realizamos debates, seminários em grupos dentre outros.
Durante o exercício da prática profissional foi possível notar que a
maioria dos idosos, no processo de aprendizagem da informática apresenta
dificuldades, e que estas foram remetidas através de poucas informações,
com cuidado de ser um acúmulo, para que pudessem manter o entusiasmo.
De acordo com Zajieck (1999, apud OLIVEIRA, 2006, p. 08) refere-
se especificamente à aprendizagem do uso da Internet pelos idosos. Ele
chama a atenção sobre os cuidados referentes à dificuldade dos idosos em
lembrar a seqüência da ação efetuada, na informática.
Contudo, uma maior proporção dos idosos possui dificuldades
também em memorizar a função de cada ícone. Faz-se necessário passar as
informações repetidamente para que possam entender o seu processo, e
qual a sua função.
Muitas vezes o uso de apostilas, pode confundir os idosos, por
possuir uma linguagem muito técnica. No Projeto SESC Idoso Empreendedor
a estratégia encontrada foi sempre passar as informações através de passos,
em que eles possam anotar e mais tarde se tiver dúvidas buscar orientação e
esclarecimento junto as tutoras.
Para facilitar, na aprendizagem, como já falado anteriormente,
oferecemos os horários de Laboratório de Oportunidades, que funciona como
um reforço de aprendizagem, onde o idoso fora do horário dos encontros
costumeiros pode tirar dúvidas sobre uma dificuldade individual.
Sendo assim, o idoso deve buscar instituições como o SESC, que
oferece através do Projeto SESC Idoso Empreendedor, a inclusão do idoso
no mundo informatizado proporcionando uma viagem virtual, para se atualizar
e ser um idoso participativo.
Podemos dizer que durante o desenvolvimento e
acompanhamento do Projeto SESC Idoso Empreendedor, por meio das
atividades de inclusão digital procuramos promover a idéia do
empreendedorismo social, que tem como princípio, a participação social
destes idosos.
Contudo, as atividades, até a elaboração do Projeto Social, estão
embasadas no caderno de atividades (em anexo A), onde a cada encontro
55
procuramos disponibilizar o uso da informática juntamente com as atividades
relacionadas ao empreendedorismo social.
O uso da tecnologia no Projeto Idoso Empreendedor, possibilita
que os idosos despertem em si, suas habilidades, sua participação,
descubram seus talentos, valorizando seu potencial de forma mais
participativa na sociedade, sendo idosos empreendedores. Cada grupo
busca, através da elaboração de Projetos Sociais, objetivos próprios,
mostrando que estão socialmente produtivos e criativos. Sendo assim cabe
aqui citarmos alguns dos Projetos Sociais elaborados pelos grupos que já
passaram pelo Projeto Idoso Empreendedor e que foi apresentado por
ocasião do encerramento dos grupos, que tem um determinado tempo de
duração.
• Projeto Empreendedores Pioneiros- Através de doações, e parcerias com entidades fornecedoras, buscam arrecadar peças de computadores, afim de serem doados para participantes dos grupos do Projeto Idoso Empreendedor que não possuem condições de comprar um computador;
• Projeto Multiplicadores de Conhecimentos- Multiplicar conhecimentos na área da informática é o objetivo dos participantes. A idéia inicial é incentivar outros idosos a utilizarem o computador, e desta forma, despertar para novos projetos de vida;
• Projeto Atividades Lúdicas- Através do resgate da cultura vivida em suas infância, buscam trazer a tona brincadeiras de rua, cantigas de roda e parlendas , tentando resgatar essas brincadeiras através de crianças.
Afirmando que o Projeto Idoso Empreendedor se conecta ao
projeto profissional do Serviço Social, pois foi por meio da intervenção que
está se reconhecendo o quanto os idosos se expandem como indivíduos
sociais.
Estes Projetos elaborados pelos próprios participantes dos grupos
do Projeto Idoso Empreendedor tal fato, fazem com que os idosos, sintam-se
incluídos socialmente, assumindo posições criativas perante a sociedade e
que o Serviço Social ao dar sua contribuição, posiciona-se a favor da gestão
democrática destes.
E o acesso a informática, a inclusão digital deve ser assegurado ao
idoso, como um direito bem como deve ser garantida sua autonomia e
56
independência na execução de atividades de sua vida cotidiana, além de
proporcionar-lhes a melhoria de sua qualidade de vida, e a sua imagem
perante a sociedade.
No próximo item, estaremos abordando a intervenção profissional,
que podemos considerar como um trabalho de síntese entre conhecimentos
adquiridos no período de formação acadêmica e ação, voltada para o
enfrentamento de questões que exigem respostas técnicas e políticas,
embasadas na ética.
57
4.3 A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL A PARTIR DA PRÁTICA JUNTO AO
PROJETO IDOSO EMPREENDEDOR
O exercício da prática profissional é constituído das demandas que
se instituem nas relações de trabalho cotidiano da instituição campo de
estágio, que vai imprimir os rumos das ações profissionais.
Como afirmam os autores da Capacitação em Serviço Social e
Política Social, do módulo 5, 2001, em relação às exigências
contemporâneas para o exercício profissional, passam por três dimensões:
● Consistente conhecimento teórico-metodológico, que propicie
aos profissionais uma compreensão clara da realidade social e
a identificação das demandas e possibilidades de ação
profissional que esta realidade apresenta;
● Realização do compromisso ético-político estabelecido pelo
Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais
(CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 1993),
fundados nos valores democráticos e humanistas da
participação política –liberdade, igualdade, justiça social- e nos
valores de cidadania;
● Capacitação técnico-operacional, que possibilite a definição de
estratégias práticas na perspectiva de consolidação teórico-
prática de um projeto profissional compromissado com os
interesses e necessidades do usuário, na defesa dos direitos
sociais, com a ampliação da esfera pública na construção de
uma cidadania social, capaz de realizar e impulsionar os
direitos, mediante o fortalecimento da consciência de classe e
da humanização política, sindical e comunitária.
A Prática profissional cujas atividades de intervenção integram o
exercício profissional teve seu princípio durante o estágio curricular
obrigatório com inicio no mês de fevereiro de 2008. Neste mesmo dia, a
Assistente Social do CAE apresentou-nos aos Idosos, participantes dos
grupos do Projeto SESC Idoso Empreendedor (Brasil, Canadá, Portugal,
Alemanha, Itália e França), com as demais estagiárias do Curso de Serviço
58
Social da Universidade do Sul de Santa Catarina e da Universidade Federal
de Santa Catarina que iriam acompanhar o grupo durante seu processo de
desenvolvimento.
Na primeira semana de estágio, realizamos somente a
observação, que segundo Neto (1994, p. 59), conceitua como:
A técnica de observação se realiza através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado para obter informações sobre a realidade dos atores sociais em seus próprios contextos. O observador enquanto, parte do contexto de observação, estabelece uma relação face a face com os observados.A importância desta técnica reside no fato de podermos captar uma variedade de situações ou fenômenos que não são obtidos por meio de perguntas, uma vez que observados diretamente na própria realidade, transmite o que há de mais imponderável e evasivo na vida real.
Através da observação, foi possível analisar o perfil de cada grupo
e de cada participante do Projeto, além de orientar as estagiárias quanto ao
andamento de cada grupo, pois os mesmos já haviam iniciado suas
atividades alguns meses antes da nossa inserção na dinâmica institucional.
A partir da segunda semana da realização do Estágio Curricular
Obrigatório, iniciamos as atividades com os grupos. De acordo com
Magalhães (2003, p. 50):
O grupo é um importante instrumento de apoio no trabalho desenvolvido pelas instituições. Requer habilidades e treino profissional. O uso deste instrumento permite o atendimento de um maior número de pessoas. A criatividade e a observação mostram-se como fatores de relevância no manejo das situações grupais.
Essa técnica instrumental de trabalho profissional utilizada pelo
assistente social- o grupo- é a face das atividades desenvolvidas no SESC,
pois é através do processo grupal que os participantes do Projeto SESC
Idoso Empreendedor buscam a valorização como cidadãos participativos.
Para que haja um desenvolvimento e participação, sensibilização,
apresentação, acolhimento por parte de todos que compõem os grupos, faz-
se necessário dinamizar os encontros. Militão (2000, p. XVI), afirma que:
Dynamis é uma palavra que significa força, energia, ação [...] seu objetivo é ensinar as pessoas comportamentos novos através da dinâmica de grupo, ou seja, em substituição através da discussão e de decisões em grupo, em substituição de métodos tradicionais sistemáticos de conhecimento.
Ė importante aqui exemplificar a dinâmica utilizada para
acolhimento, e apresentação do grupo realizada no primeiro momento da
59
atividade durante o primeiro dia de encontro dos Grupos Egito, África do Sul,
Grécia e Áustria que iniciaram no segundo semestre deste ano.
A dinâmica de apresentação consiste no processo inicial de
conhecimento do grupo e da proposta de forma mais detalhada. Neste
primeiro contato, fez-se um círculo com as cadeiras e iniciou-se o encontro
com a apresentação de cada participante do grupo, expondo um pouco mais
sobre sua vida, detalhando o que gosta de fazer nas horas vagas. Logo que
todos contam um pouco sobre sua história, faz-se uma reflexão, colocando
para o grupo que o objetivo da dinâmica é proporcioná-los um maior
entrosamento, através da apresentação, que é fundamental para os
encontros.
Após pede-se para que se abra no computador uma apresentação
do Projeto Idoso Empreendedor (Anexo B), para que possam sanar todas as
dúvidas existente perante ao Projeto. Ainda no primeiro momento do
encontro, aplica-se um formulário (Anexo C), que possibilitou termos maiores
informações quanto a dados pessoais dos participantes do Projeto Idoso
Empreendedor.
Cabe também ao Profissional, organizar, elaborar os encontros de
intergrupos, encontro realizado uma vez ao mês, tendo como objetivo
proporcionar maior integração dos idosos de todos os grupos de Atividades
do SESC - Estreito, realizando palestras com diversos profissionais de
diferentes áreas, dinâmicas de integração, acolhimento, participação,
descontração entre outras.Podemos exemplificar a dinâmica utilizada como o
encontro de intergrupos do mês de Setembro, realizado no auditório do SESC
– Estreito. Foi confeccionada em pequenas tiras de papel, uma frase
indicando uma mímica. Essas frases com mímicas foram divididas em 5
(cinco) grupos, esses grupos formavam cada um com 6 integrantes com
mímicas iguais.Solicitamos que cada participante retirasse uma tira de papel
e em silêncio, fazendo a mímica tentasse localizar o colega que estaria
fazendo a mesma mímica, logo formariam um pequeno grupo de seis
pessoas. Assim que todos localizaram seu grupo de mímicas, fez-se uma
reflexão colocando o objetivo da dinâmica que é proporcionar que todos se
conheçam visando uma maior integração entre os grupos que ainda não se
conhecem.
60
No segundo momento, apresentamos aos idosos, de forma
detalhada e prática os componentes básicos do computador, como o monitor,
CPU, estabilizador dentre outros. Além disto, o processo de desligar e ligar o
computador, e o conhecimento básico do teclado.
Mediante isso, as estagiárias e a Assistente Social têm um papel
de educador. Para Freire (1998, p. 65):
Este é um saber fundante da nossa prática educativa, da formação docente, o da nossa inconclusão assumida. O ideal é que, na experiência educativa, educandos, educadoras e educadores, junto, ˝convivam˝ de tal maneira como este como os outros saberes de que falarei que eles vão virando sabedoria. Algo que não nos é estranho a educador e educadores.
Através deste papel educador, passamos conhecimentos de
informática, buscando a inclusão digital destes idosos, além de orientar
quanto à elaboração e execução de Projetos Sociais.
Cada grupo tem um movimento diferenciado, desta forma, faz-se
necessário, organizar e planejar os encontros de acordo com o andamento
dos grupos.
Panceri (2006, p. 01), afirma que:
Planejar significa formular estratégias, ferramenta indispensável para a conquista do sucesso de qualquer setor da vida, seja, no ambiente profissional ou pessoal. Planejar é o processo que se destina a produzir um ou mais futuros desejados. Seguindo este parâmetro, para planejar é necessário definir políticas e processos de implementação de equipamentos e atividades e seus respectivos prazos.
Em busca, de solucionar ou minimizar problemas decorrentes
durante a semana, realiza-se a discussão do planejamento das ações
profissionais toda sexta-feira, entre as estagiárias de Serviço Social e a
supervisora de campo de estágio, além de colocarmos o ocorrido durante a
semana, quando a profissional de Serviço Social por algum motivo não pôde
estar presente. Cabe as estagiárias e a supervisora de campo de Serviço
Social, elaborar estratégias e usar da criatividade e propor atividades
diferenciadas aos grupos do Projeto Idoso Empreendedor.
Além disto, para melhor sistematizar as práticas de intervenção e
de controle das estagiárias e da Assistente Social, utiliza-se um relatório
técnico, a fim de relatar as atividades realizadas com os grupos do Projeto
61
SESC Idoso Empreendedor, que serve de parâmetro interno de verificar se
os objetivos foram atingidos e de avaliação das metas.
De acordo com Magalhães (2003, p. 60):
O relatório é a descrição ou relato do que foi possível conhecer por meio de estudo, ou seja, um parecer ou exposição dos fundamentos de um voto ou de uma apreciação ou, ainda qualquer exposição pormenorizada de circunstâncias, fatos, ou objetos.
Por meio do relatório, também é possível relatar todas as
informações observadas durante os encontros. Ė uma documentação técnica
com acesso a todas as estagiárias e da supervisora de campo de Serviço
Social, onde a partir desses relatos podemos desvendar problemas
observados e criar soluções criativas.
E para Iamamoto (1998, p. 20), esse é um dos maiores desafios
enfrentados pelo profissional:
[..] é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim ser um profissional propositivo e não só executivo.
Então, é muito comum o profissional de Serviço Social ter que
enfrentar esse desafio, isso acontece muito no Projeto SESC Idoso
Empreendedor, quando realizamos debates, discussão de alguns textos que
o grupo acaba se dispersando e levando o debate para outro foco, o não
previsto pelas estagiárias. Cabe ao profissional ser criativo e elaborar uma
abordagem que faça o grupo voltar ao foco discutido, assim voltando ao foco
da atividade proposta.
O Projeto SESC Idoso Empreendedor, lança muitos desafios para
o profissional de Serviço Social, e para ter um controle do andamento do
Projeto às estagiárias junto com a Assistente Social, elaboraram um
questionário (Anexo D) para acompanhar o desenvolvimento do Projeto.
Para Marsiglia (2001, p. 26), o questionário é um instrumento de
pesquisa constituído por uma série ordenada de perguntas referentes ao
tema.
Este instrumento de trabalho, foi aplicado durante os encontros do
Projeto SESC Idoso Empreendedor, assim foi possível ter mais clareza
perante as dificuldades encontradas pelos idosos em seu processo de
aprendizagem, também quanto ao andamento do Projeto SESC Idoso
62
Empreendedor, dando a oportunidade de colocar suas opiniões e sugestões
perante a metodologia e didática do Projeto.
Outra forma de os idosos expor suas contribuições para a melhor
execução do Projeto Idoso Empreendedor, é através da avaliação (Anexo E).
Para Magalhães (2003, p. 41), “a avaliação [...] efetua-se num
contexto profissional especifico, cujos objetivos imediatos irão direcionar os
critérios a serem adotados no desenvolvimento da ação.”
Então, para fins da avaliação, realiza-se, para intensificar, o
Projeto SESC Idoso Empreendedor o que podem ser melhorado durante a
próxima execução das atividades propostas do Projeto, atribuindo às
contribuições e opiniões dos participantes para que possamos realizar
mudanças a partir da participação dos grupos, onde falam sobre seus
desejos e necessidades, conforme já expresso anteriormente.
Como podemos constatar o assistente social na sua intervenção
profissional é requisitado a responder as demandas institucionais de seus
usuários, voltados a implementação de Programas e metas, o que viabiliza a
realização do Trabalho do Assistente Social.
O Trabalho Profissional que tem o compromisso cotidiano de
imprimir a ética, através de suas práticas primando pela democracia
participativa do idoso empreendedor, enfatizando a sua autonomia como um
principio fundamental.
63
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso, teve como
principio a prática de estágio curricular obrigatório realizado no SESC-
Unidade Estreito, onde fez-se um estudo sobre o processo de
envelhecimento e relatou-se a prática realizada, tendo como base o Projeto
SESC Idoso Empreendedor.
Vivemos em uma sociedade, ainda preconceituosa, que
desacredita que o idoso tem capacidade de aprender, de ser criativo,
autônomo, dentre outros, devido ao seu processo de envelhecimento que
causa tantas dificuldades. Por muitas vezes a imagem da pessoa idosa, é
vista pela sociedade de forma geral como aquele que não possui mais
capacidade de cuidar de si, porém não é o que se constata com aqueles que
participam do Projeto SESC Idoso Empreendedor.
Existem Leis que asseguram ao idoso seus direitos sociais, mas
nem sempre são colocadas em prática. Faz-se necessário que profissionais
de Serviço Social entre outros, busquem soluções para a efetivação destas
políticas garantidas em Leis, assim os idosos teriam uma vida mais digna
com qualidade de vida.
Durante a realização da prática de estágio foi possível observar
que os idosos participantes do Projeto SESC Idoso Empreendedor tem seu
diferencial, são idosos que buscam novo aprendizado, e sua inclusão social,
pois cabe aqui ressaltar, a importância que a convivência em grupo lhes
proporciona, sendo que o computador, aquele que no início causava tanto
medo, passa a ser um momento de distração, de cultivar amizades, de sorrir,
pois é uma etapa que já está vencida.
Assim, através do estudo realizado, podemos concluir que a
informática é um ótimo recurso para a inclusão social, além disto, eleva a
auto-estima e qualidade de vida dos idosos. Simplificando, nota-se que os
idosos ao entrarem no mundo informatizado se sentem importantes e
capazes, buscando outras atividades.
Sendo assim, este trabalho vem á contribuir para um melhor
esclarecimento sobre o processo de envelhecimento, e de que forma
64
podemos intervir para que haja um envelhecimento com respeito e dignidade
de cidadãos participativos.
Neste estudo ora realizado, foi possível entender a relevância da
intervenção do Serviço Social no SESC – Estreito, no Projeto SESC Idoso
Empreendedor, em que conscientizamos a prática de estágio, por isso
recomenda-se que se amplie por unidades para acadêmicos de
Universidades desenvolverem sua prática profissional.
Diante deste contexto, propõe-se maior divulgação do Projeto
Idoso Empreendedor. Em que possa proporcionar a pessoa idosa maior
autonomia, criatividade e maior qualidade de vida.
Que a autonomia e persistência das pessoas idosas no Projeto
Idoso Empreendedor, seja uma constante a ser estimulada, pelo Serviço
Social, oportunizando a estes a continuarem o processo de desenvolvimento
de seu potencial, mostrando a eles próprios quanto são capazes.
65
REFERÊNCIAS
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69
SOUZA, P.C. Revolução informacional e serviço social: notas para uma articulação teórica promissora. In: Rauna R. (Coord.). Mutações societárias e gestão de políticas urbanas. Rio de Janeiro: DP&A, 1990. TRINDADE, Rosa Lúcia Prédes. Associação brasileira de ensino e pesquisa em serviço social. Brasília: Grafline, 2001. VERAS, Renato. A Novidade da agenda social contemporânea: a inclusão do cidadão de mais idade. A Terceira Idade, v. 14, n. 28, São Paulo, 2003.
71
Anexo A – Caderno de Atividades do Projeto SESC Idoso Empreendedor
ATIVIDADE 01 – ACOLHIMENTO, DINÂMICA E APRESENTAÇÃO DA
TURMA E COMPUTADOR
Objetivos:
Possibilitar o entrosamento e integração do grupo e apresentar os
componentes do computador.
Ferramentas:
• Apresentação do computador;
• Hardware software;
• Componentes básicos;
• Ligar e desligar;
• Periféricos.
Desenvolvimento:
Neste primeiro contato inicia-se o encontro com a dinâmica, cujo
objetivo é apresentação e a interação entre os componentes do grupo. O bom
entrosamento grupal será fundamental para os encontros.
No segundo momento do encontro apresentar as ferramentas do
computador. Para melhor compreensão trazer as ferramentas para contato
manual para contato manual e visual. Exemplo: computador desmontado,
placa mãe, hardware etc.
No terceiro momento explorar a máquina com suas partes e
funções. Trabalhar ligar e desligar o computador e conhecer o uso do teclado.
72
ATIVIDADE 02 – ESCOLHA DO NOME DO GRUPO, DIGITAÇÃO DE
TEXTO E SALVAR DOCUMENTO
Objetivo:
Identificar o grupo, construir suas “historias de vida”, socializar as
experiências e treinar digitação.
Ferramentas:
• Formatação: maiúscula e minúscula, voltar, apagar, mudar de
linha, acentuação e pontuação;
• Criar Pasta;
• Salvar documento.
Desenvolvimento:
Os grupos devem ter nomes de países, que são sugeridos pelos
próprios componentes. Faz-se uma votação entre os nomes sugeridos e o
mais votado é o escolhido.
No segundo momento, elaborar o texto “história de vida” para
inserir no portal do Sesc Idoso Empreendedor.
73
ATIVIDADE 03 - FORMATAÇÃO DO TEXTO “HISTÓRIA DE VIDA”
Objetivo:
Aprender a utilizar as ferramentas do Word.
Ferramentas:
Formatação através da barra de Menus:
• Alinhamento: centralizar, alinhar a esquerda, alinhar a direita,
justificar;
• Espaçamento entre linhas;
• Alterar cor, modelo e tamanho da fonte;
• Efeitos especiais;
• Estilos de fonte;
• Selecionar (Mouse, Editar, Ctrl Shift e setas de direção);
• Zoom.
Desenvolvimento:
Aula técnica.
74
ATIVIDADE 04 - “QUEM SOMOS”
Objetivo:
Elaborar o perfil do grupo.
Ferramentas
• Ferramentas do Word.
Desenvolvimento:
Os integrantes construirão um texto, falando sobre a história do
grupo, (a escolha do nome e do país que dá nome ao grupo, os objetivos e
expectativas, o que buscam e que já conquistaram e os laços construídos).
75
ATIVIDADE 05 – “A BOA VIDA DEPOIS DOS 60”
Objetivo:
Mostrar que o idoso ainda pode ser ativo e produtivo, treinar
digitação, formatação e salvar documentos.
Ferramentas:
• Texto (www.sitemedico.com.br);
• Word.
Desenvolvimento:
Leitura do texto pelo grupo (para tornar mais dinâmico dividir a
leitura em parágrafos). Digitar a opinião sobre o texto e socializar com o
grupo.
76
ATIVIDADE 06 – “AMIZADE”
Objetivo:
Despertar a importância da amizade como um fator importante e
determinante para longevidade.
Ferramentas:
• Texto: “Os Bons Amigos”
(http://www.maisde50.com.br/artigo.asp?id= 6595);
• Word;
• Inserir figuras;
• Exercitar a formatação através da barra de ferramentas padrão
e de formatação;
• Salvar documento.
Desenvolvimento:
Leitura do texto pelo grupo (para tornar mais dinâmico dividir a
leitura em parágrafos). Digitar a opinião sobre o texto, inserir figura referente
ao tema e socializar. Exercitar formatação de texto e salvar documento.
77
ATIVIDADE 07 – CRIAÇÃO DE CONTA DE E-MAIL
Objetivo:
Utilizar a correspondência virtual.
Ferramentas:
• Hotmail.
Desenvolvimento:
Criação da conta de e-mail e ensinar a acessar o Hotmail com o
login e senha. Orientar o grupo a ler e enviar e-mails através de PARA, CC,
CCO e adicionar contatos.
78
ATIVIDADE 08 MESSENGER (MSN)
Objetivo:
Utilizar a conversa virtual
Ferramentas:
• MSN.
Desenvolvimento:
Ensinar a acessar o MSN, adicionar os contatos uns dos outros,
para conversarem entre si.
79
ATIVIDADE 09 - CARTÃO E ANEXAR ARQUIVOS
Objetivo:
Ensinar Bordas e Sombreamento, Anexar arquivos e integração do
grupo através do envio de e-mails.
Ferramentas:
• Word;
• Hotmail.
Desenvolvimento:
Criação de um cartão para os colegas utilizando o recurso bordas
e sombreamento. Anexar o cartão e enviar por e-mail para o colega.
80
ATIVIDADE 10 - TABELA
Objetivo:
Criar e manipular tabelas para dispor o texto em formatos de linhas
e colunas.
Ferramentas:
• Word;
• Exercitar copiar e colar através do Editar, do Mouse, Ctrl C e
Ctrl V.
Desenvolvimento:
Criação de uma tabela básica exercitando o uso da tecla TAB.
Exemplo: uma tabela com nome, telefone, data de aniversário, e-mail e
endereço dos componentes dos grupos.
81
ATIVIDADE 11 - DINÂMICA, CONCEITO DE NAVEGAÇÃO NA INTERNET,
JOGOS VIRTUAIS
Objetivo:
Integração do grupo, conhecer a ferramenta de navegação através
dos jogos.
Ferramentas:
• Navegador de Internet
Desenvolvimento:
No primeiro momento inicia-se o encontro com uma dinâmica.
Apresentar o site escolhido explicando basicamente o que é navegar e como
se faz, deixando o grupo explorar o site.
Recursos:
• Sugestão de dinâmica: a troca de um segredo
(www.formador.com.br).
• Site de jogos: www.sol.eti.br.
82
ATIVIDADE 12 - PESQUISA NA INTERNET PARA LEVANTAMENTO DE
CONTEÚDO E CRIAÇÃO DE TEXTO
Objetivo:
• Fazer o uso da ferramenta para adquirir conhecimentos;
• Exercitar a ação selecionar, copiar e colar;
• Registrar sua opinião sobre os assuntos pesquisados;
• Socializar e discutir sobre os temas.
Ferramentas:
• Internet;
• Word.
Desenvolvimento:
Serão sugeridos sites direcionados a idosos, com conteúdos
diversificados para pesquisa. Os idosos terão a opção de escolher o assunto
que mais lhe interessar dentro dos sites relacionados. Selecionando os itens
mais interessantes, copiando e colando no Word. Imprimir este material para
levar para casa, onde pesquisarão em revistas, jornais e outros, acerca do
tema escolhido para a montagem de um texto.
Socialização dos temas e a escolha de um único tema para inserir
no portal do Sesc Idoso Empreendedor.
Recursos:
Sites sugeridos:
83
• www.serasa.com.br/guiaidoso;
• www.projectotio.net;
• www.velhosamigos.com.br;
• www.riototal.com.br/feliz-idade;
• www.maisde50.com.br;
• vivatranquilo.com.br/terceira_idade;
• www.idademaior.com.br;
• www.portaldafamilia.com.br;
• www.portaldaterceiraidade.com.br;
• www.saudeemmovimento.com.br
Sugestão para apresentação:
Incentivá-los a apresentar de forma criativa com cartazes, música,
colagem etc. para melhor aproveitamento da atividade, realizar em um local
fora da sala de computação.
84
ATIVIDADE 13 - PESQUISA NA INTERNET ATRAVÉS DO GOOGLE,
EXERCITAR O USO DE CORRESPONDÊNCIA VIRTUAL
Objetivo:
• Aprimorar o uso da internet.
• Integração do grupo através da troca de e-mail.
Ferramentas:
• Internet
Desenvolvimento:
Cada componente do grupo vai sugerir um assunto de seu
interesse para ser pesquisado por outro colega através do Google.
Selecionar, copiar e colar os itens mais interessantes e enviar em anexo para
o colega.
85
RESUMO CONTEÚDO TÉCNICO
Editar textos: Digitação, abrir um novo documento, desfazer e refazer ações,
seleção de textos através do comando editar (selecionar tudo e com o
mouse), na seleção usando as SHIFT, CTRL e as setas de direção. Na
digitação, o uso das principais teclas enter, backspace e delete, caps lock,
shift e tab.
Formatação de textos: Formatação de caracteres, maiúsculas e minúsculas,
formatação de parágrafo, bordas e sombreamento, formatação de fonte (tipos
de fonte, tamanho e cor).
Salvar documentos nas respectivas pastas.
Barra de ferramentas Padrão: explorar as principais funções.
Barra de ferramentas Formatação: explorar as principais funções
Copiar e colar: Exercitar copiar e colar através do Editar, do Mouse, Ctrl C e
Ctrl V.
Inserir tabelas: comando de tabela básica
Internet: pesquisa, correspondência virtual e MSN.
Textos de cidadania:
Sugestão de Temas:
• Mitos e Verdades na Terceira Idade;
• Saúde na Terceira Idade;
• Sonhos.
86
Para melhor andamento das aulas:
• Utilizar dinâmicas;
• Para debates de temas dispor a turma em círculo;
• Incentivar a participação de todos nos debates;
• Fazer uma ginástica laboral quando a atividade em frente ao
computador for mais longa.
87
Anexo B – Power-Point de Apresentação do Projeto SESC Idoso
Empreendedor
PROJETO SESC IDOSO EMPREENDEDOR
O projeto mais criativo que podemos empreender é o de nossa própria vida.”
Gutemberg de Macedo
Hoje começo uma nova etapa em
minha vida!
88
Sempre é tempo
de aprender!!
Sou persistente e
quero novos
projetos de vida.
É isso aí!
Como funciona o projeto?
• o participante é convidado a discutir e pesquisar assuntos relacionados com o seu dia a dia.
• Dinâmicas, atividades de integração, leitura e pesquisa acontecem sempre.
• O uso do computador vai estar sempre vinculado a um tema ou assunto.
• Um Tutor será o apoio e orientador em todos os encontros.
Será que vou conseguir?
89
Entenda um pouco sobre o que cada participante vai aprender:
Após encontros de apresentação e
integração,
uma das primeiras ações é
aprender a ligar e desligar
o computador, depois como
guardar (salvar) os trabalhos
produzidos.
O próximo passo éaprender a digitar a sua história de vida que será inserida no Portal SESC Idoso
Empreendedor
90
Aos poucos o participante irá
aprender a criar seu e-mail e comunicar-se com pessoas de qualquer parte do
mundo.
Durante todo o projeto haverá oportunidade de
interagir com os colegas do seu e de
outros grupos.
O intercâmbio éfundamental
91
O Projeto quer incentivar o maior contato do idoso
com seus familiares, seja aqui
perto ou longe.
O projeto não vem para trazer solidão ou afastar o idoso do mundo. A proposta através das diferentes ações incentiva a integração e
intercâmbio sempre.
92
O computador pode ser muito útil na vida das pessoas. Veja algumas coisas que
podem ser feitas:
�Comunicar-se com pessoas de diferentes lugares;
�Manter-se atualizado tendo acesso a revistas e jornais;
�Usar como instrumento de trabalho e de entretenimento;
�Produzir textos, sons, imagens, vídeos, ...
Como deve ser a sua participação
nos encontros?
Interessado
Questionador
Curioso
Persistente
Solidário
93
�O respeito à opinião dos colegas e Tutor é fundamental;
�A paciência e o interesse em ajudar aqueles que tiverem necessidade de apoio;
�Assiduidade e freqüência;
�Participação constante no Laboratório de Oportunidades, principalmente no caso de faltas.
�Zelar pelos equipamentos
O que não pode faltar:
O sucesso da sua participação
no Projeto Idoso Empreendedor
depende de Você.
Você está sendo convidado a ser um Empreendedor Social
Vamos lá?
BOA SORTE!
94
Anexo C – Formulário de Participação de Interesse no Projeto SESC
Idoso Empreendedor
PROJETO SESC IDOSO EMPREENDEDOR
UNIDADE: ESTREITO
Solicitamos a sua colaboração preenchendo o formulário abaixo.
Estes dados são importantes para maior conhecimento do grupo.
Obrigado!
Dados Pessoais
Nome completo: ___________________________________________________
Como Gosta de ser Chamado: ________________________________________
Data de Nascimento: _______________________________________________
Endereço: _______________________________________________________
Rua: ______________________________________________________
nº ________________________________________________________
Bairro: __________________________
Cidade: __________________________
CEP: ____________________________
Telefone:_________________________
95
Contato Caso de Emergência:
Nome: _______________________________________ Telefone: ___________
Qual sua escolaridade? _____________________________________________
( ) Aposentado ( ) Pensionista ( ) Trabalhando atualmente
( ) Outros. Informar: _______________________________________________
Profissão:
Renda Salarial
( ) Até 2 salários mínimos
( ) De 2 salários mínimos até seis 6 salários mínimos
( ) Acima de 6 salários mínimos
Informações Gerais
Como teve conhecimento do projeto?
________________________________________________________________
Possui conhecimento de Informática ? ( ) Sim ( ) Não
Tem computador em casa? ( ) Sim ( ) Não
O que motiva você a participar do projeto ?
Já participava de alguma atividade do SESC?
Possui e-mail?
97
Anexo D – Acompanhamento e Desenvolvimento do Projeto SESC Idoso
Empreendedor
PROJETO SESC IDOSO EMPREENDEDOR
ACOMPANHAMENTO DE DESENVOLVIMENTO
1 Como tem sido a sua participação e envolvimento nas atividades?
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular
2 Tem freqüentado o atendimento nas monitorias?
( ) Sim. Quantas vezes? ____________________________________________
( ) Não. Por quê? _________________________________________________
3 Qual sua opinião sobre o projeto até esse momento?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
4 Quais suas principais dificuldades?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
98
5 O que você espera / gostaria de aprender participando do projeto?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
6 Estamos aprimorando a didática e metodologia adotada
constantemente, contamos com as suas sugestões para melhorar nosso
trabalho:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Se desejar, preencha seu nome: ________________________________________
99
Anexo E – Avaliação
Prezado Participante do Projeto Idoso Empreendedor
Objetivando avaliar o desenvolvimento do projeto estamos realizando uma
pesquisa para identificar as principais contribuições e mudanças a partir da
participação nos grupos.
AVALIAÇÃO
1 ASPECTOS HUMANOS:
a) No cotidiano do grupo, como foram os encontros, houve participação de
todos na realização das atividades?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
b) O que você(s) acham que poderia ser melhor ou ainda falta em relação a
recursos humanos (monitores, palestrantes, professores e outros) para
facilitar o processo de aprendizagem?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
100
________________________________________________________________
2 ASPECTOS CULTURAIS:
a) Na sua opinião, cite aspectos positivos em relação ao Projeto Idoso
Empreendedor?
b) Você enfrentou alguma barreira ou desafio para participar do projeto?Cite
qual é:
3 ASPECTOS SOCIAIS:
a) No seu ponto de vista, como o grupo lidou com as dificuldades de
relacionamento interpessoal?Quanto às divergências o grupo procurou
resolver de que maneira?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
b) A realização do Projeto Social (ação empreendedora) foi significativa para
você?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
c) Existe algum tema que vocês tenham dificuldade e gostariam de ter mais
informações ou que fosse abordado nos encontros?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________