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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Centro de Ciências Sociais Aplicadas CECIESA Gestão Curso de Administração Estágio Supervisionado MARIA LUIZA BOOZ SÁ AVALIAÇÃO DA ÁREA COMERCIAL DA R & S FACHETES Balneário Camboriú 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA – Gestão

Curso de Administração

Estágio Supervisionado

MARIA LUIZA BOOZ SÁ

AVALIAÇÃO DA ÁREA COMERCIAL DA R & S FACHETES

Balneário Camboriú

2010

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MARIA LUIZA BOOZ SÁ

AVALIAÇÃO DA ÁREA COMERCIAL DA R & S FACHETES

Balneário Camboriú

2010

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – ênfase Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Manuel Carlos Pinheiro da Gama, MSc.

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MARIA LUIZA BOOZ SÁ

AVALIAÇÃO DA ÁREA COMERCIAL DA R & S FACHETES.

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Marketing da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Administração

Balneário Camboriú, 01 de dezembro de 2010.

_________________________________

Prof. MSc. Manuel Carlos Pinheiro da Gama

Orientador

___________________________________

Prof. MSc. Marcio Daniel Kiesel

Avaliador

___________________________________

Prof. MSc. Carlos Marcelo Ardigó

Avaliador

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário (a): Maria Luiza Booz Sá.

Área de Estágio: Administração.

Professora Responsável pelos Estágios: MSc. Lorena Schröder.

Supervisor da Empresa: Schirley Elizabeth Booz Sá.

Professor orientador: MSc. Manuel Carlos Pinheiro da Gama.

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: R & S Indústria de Calçados Ltda.

Endereço: Rua José Marcelino Franco, 143 – Bairro: Jardim São Paulo. São João

Batista. CEP: 88240-000.

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administração

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Schirley Elizabeth Booz Sá,

Proprietária.

Carimbo do CNPJ da Empresa: 05.825.727/0001-21

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 01 de dezembro de 2010.

A Empresa R & S Fachetes, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de

Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pela

acadêmica Maria Luiza Booz Sá.

___________________________________

Responsável pela Empresa

Schirley Elizabeth Booz Sá

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..."Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence

a quem se atreve... A vida é muito para ser insignificante."...

Charles Chaplin

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me dar forças e esperanças, principalmente

nos momentos em que a vida mais nos confronta.

Aos meus pais, Ramon e Schirley, pelo apoio, pelas palavras de conforto e também

pelos momentos difíceis que juntos enfrentamos, tudo que sou hoje é sem dúvida

fruto da educação que vocês me deram e, eu te amo é muito pouco para expressar

tudo o que sinto por vocês.

Agradeço ainda minha vó Maria Elizabeth, pelas noites e finais de semanas em que

se fez tão dispostas a me ajudar na construção deste trabalho e pelo incentivo na

busca dos meus ideais.

Obrigada Schirley pela oportunidade de estar desenvolvendo meu estágio junto a R

& S Fachetes e pelo apoio constante no desenvolvimento deste.

Ao professor Manuel Carlos Pinheiro da Gama pela sua ajuda junto ao

desenvolvimento desta monografia e também, por acreditar em mim, que seria

possível cumprir em apenas um semestre esta monografia.

Aos professores Márcio Daniel Kiesel e Carlos Marcelo Ardigó pelos ensinamentos

e contribuições acrescentadas ao longo do curso.

Aos amigos conquistados no decorrer do curso, agradeço imensamente pelo apoio

e por todos os momentos de alegrias compartilhados. Vocês certamente serão

inesquecíveis!

Muito obrigada a todos!

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RESUMO

O objetivo dominante neste trabalho é a avaliação da área comercial aplicada à empresa R & S Fachetes, que tem atuação no mercado de componentes para indústria calçadista feminina, para tanto, avaliou o setor de vendas, de forma a diagnosticar todos os procedimentos desde a recepção do pedido de compras dos clientes até a entrega de seus produtos, descrevendo todos os processos para que esse fim seja atingido, identificou ainda os indicadores para a área operacional comercial da empresa. A partir da definição dos objetivos específicos procurou-se levantar os pontos fracos e fortes para propor estratégias e ações comerciais a fim de melhorar a competitividade da empresa R & S Fachetes, a abordagem da pesquisa também identificou todos os processos da área de vendas, identificando e analisando os principais concorrentes, e finalmente, sugeriram-se estratégias de vendas para a empresa através do planejamento da área de vendas. Para a realização destes propósitos usou-se como metodologia de pesquisa observação participante, sendo esta complementada pela pesquisa documental. Como principais resultados obtiveram-se a identificação do panorama da empresa, e a partir destes resultados os processos da área administrativa, produtiva e comercial, as ações de marketing desenvolvidas, de maneira que, através desses, foi possível a elaboração de um conjunto de ações a serem implantadas para que se alcance os resultados pretendidos. PALAVRAS-CHAVE: Administração, marketing, vendas.

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ABSTRACT

The overriding goal in this work is the evaluation of the commercial company applied to the R & S Fachetes, which has operations in the footwear industry components for women, and therefore proposes to evaluate the sales department in order to diagnose all the procedures from the receipt of customer purchase order to delivery of its products, describing all processes to that end is reached, further identifies the indicators for the operational area of commercial enterprise. From the definition of the specific objectives sought to raise the strengths and weaknesses and propose strategies for stock trading in order to improve the competitiveness of the company's R & S Fachetes, the approach to research also identifies all processes in the sales area, identifying and assessing major competitors, and finally, suggests strategies for selling the company through the planning of field sales. To achieve these purposes it's used as participant observation research methodology, which is complemented by documentary research. The main results to identify the company's outlook, and from these results, the processes of the administrative, production and trade, the marketing activities undertaken, so that, through these, it was possible to prepare a set of actions to be implemented for achieving the desired results.

KEY WORD: Management, marketing, sales.

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LISTA DE FIGURAS / GRÁFICOS / QUADROS

Figura 1 Área de produção da empresa R & S Fachetes 20

Figura 2 Controle de qualidade e embalagens dos fachetes 21

Figura 3 Escritório 21

Figura 4 Conceitos centrais de marketing 24

Figura 5 Quatro elementos do composto de marketing 29

Figura 6 Estrutura dos quatro P´s 30

Figura 7 Exemplos de canais de distribuição para produtos industriais e

de consumo

34

Figura 8 Responsabilidades da administração de venda 53

Figura 9 Organograma da empresa 66

Figura 10 Fluxograma da empresa 67

Figura 11 Calçados Moschem 71

Figura 12 Discover Shoes Componentes 72

Figura 13 Empresa Radan Componentes 73

Figura 14 Radan Componentes 73

Figura 15 Empresa Viratec 74

Figura 16 Empresa Klaby 75

Quadro 1 Sinopse da evolução das definições de marketing 23

Quadro 2 Exemplos de diferentes ferramentas de comunicação 37

Quadro 3 Formas de segmentação de mercado 46

Quadro 4 Processo de venda 49

Quadro 5 Etapas de planejamento e administração de força de venda 57

Quadro 6

Quadro 7

Quadro 8

Quadro 9

Comparativos concorrentes.

Comparativo de vendas e produção 2008/2009.

Vendas e produção 2010.

Conjunto de ações propostas

76

77

79

84

Gráfico 1 Demanda alcançada em 2008 78

Gráfico 2

Gráfico 3

Demanda alcançada em 2009

Comparativo das vendas em 2008, 2009 e 2010

79

80

12

Gráfico 4 Evolução das vendas em 2008, 2009 e 2010

81

13

SUMÁRIO

4

RESULTADOS OBTIDOS........................................................................

64

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 15

1.1 Tema ........................................................................................................ 16

1.2 Problema da pesquisa ............................................................................. 16

1.3 Objetivo geral da pesquisa ...................................................................... 17

1.3.1

1.4

1.5

Objetivo específico da pesquisa ..............................................................

Justificativa ..............................................................................................

Contexto do ambiente de estágio ............................................................

17

17

18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 22

2.1 Marketing Conceitos e fundamentos ........................................................ 22

2.2 Administração de Marketing ..................................................................... 27

2.3

2.3.1

2.3.2

2.3.3

2.3.4

Mix de Marketing ......................................................................................

Produto .....................................................................................................

Ponto de Distribuição ...............................................................................

Preço ........................................................................................................

Promoção .................................................................................................

29

31

33

34

35

2.4 Conceito de mercado, potencial de mercado, potencial de vendas e

previsão de vendas ..................................................................................

39

2.5 Segmentação de mercado ....................................................................... 43

2.6 Vendas ..................................................................................................... 47

2.7 Administração de vendas ......................................................................... 51

2.8 Organização e estruturação da força de vendas ..................................... 54

3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ................................................................. 60

3.1 Tipologia de pesquisa .............................................................................. 60

3.2 Sujeito do estudo ..................................................................................... 61

3.3 Instrumentos de pesquisa ........................................................................ 62

3.4

3.5

Limitações da pesquisa............................................................................

Apresentação dos dados..........................................................................

62

63

14

4.1 Descrição da estrutura da empresa.......................................................... 64

4.2 Estrutura funcional.................................................................................... 64

4.2.1 O processo administrativo........................................................................ 65

4.3 O processo comercial e produtivo............................................................ 67

4.4

4.5

Pesquisa documental................................................................................

Ações de marketing desenvolvidas..........................................................

77

81

5 ANÁLISE DE RESULTADOS E PROPOSIÇÃO ..................................... 83

5.1 Análise de resultados................................................................................ 83

5.2 Proposição da reestruturação da área de vendas.................................... 84

5.3 Estrutura de vendas.................................................................................. 85

6

6.1

CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................

Proposições para trabalhos futuros..........................................................

86

87

REFERÊNCIAS........................................................................................ 88

15

1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem por objetivos o estudo da área comercial da empresa R &

S Indústria de Calçados Ltda. (R & S Fachetes), localizada em São João Batista

em Santa Catarina.

A empresa acima mencionada opera em uma cidade que é Polo Calçadista (capital

catarinense do calçado) por isso deve e busca estar sempre antenada, atualizada e

voltada às novas tendências da moda e da estação no calçado feminino.

Com três anos apenas de vida, a empresa veio suprir uma parte do mercado

interno para produção de um calçado mais politizado e com uma melhor qualidade

atendendo a demanda da moda brasileira.

Segundo dados do SINCASJB (2010), a economia no setor de componentes para

calçados teve um aumento de 25% no primeiro semestre de 2010, somente na

cidade de São João Batista isto corresponde a 9,5%, sendo que a mesma possui

25 empresas responsáveis pela formação destes dados, e que possuem em média

20 funcionários por empresa diretamente envolvidos na fabricação dos

componentes para calçados.

Com um aumento significativo de concorrentes em São João Batista no mesmo

segmento, a empresa necessita rever seu conjunto de ações perante seus clientes,

para que consiga dar continuidade a seus negócios, bem como a fidelização dos

mesmos.

Assim sendo, através de uma análise da organização e estruturação da força de

venda a empresa poderá desenvolver um novo modelo para a sua área comercial

com o objetivo de estabelecer novas metas visando o aumento da sua participação

no mercado.

16

A concorrência hoje em São João Batista está bastante acirrada, são muitos

fornecedores de componentes para calçados, vindo de vários estados. E para

enfrentar a concorrência, será preciso identificar qual estratégia é mais adequada.

1.1 Tema

Ao analisar a empresa R & S Fachetes, tema da presente pesquisa percebe-se na

sua formação inicial uma trajetória de organização salutar enquanto Recursos

Humanos, Maquinários, Mão de obra, Matéria-prima e Produção, devendo ainda

alcançar um patamar superior ao atual da sua área de vendas.

Portanto a área de vendas nas pequenas organizações passa a ser preponderante

para o sucesso da empresa, conforme Baker (2005), um plano estratégico de

vendas preocupa-se principalmente com vantagem competitiva, isto é estabelecer,

construir, defender e manter vantagem competitiva, levando em conta atual posição

da empresa, aonde ela quer estar no futuro, suas capacidades e o ambiente

competitivo que enfrenta devendo o planejador, aprender a usar os vários

processos e técnicas disponíveis que o ajudem a dar um sentido às tendências

externas e a entender os modos como a empresa reage a elas.

Estas tendências externas afetam a administração de vendas e ao mesmo tempo

impulsiona a enfrenta-las, elevar a empresa a respostas, indo ao encontro das

tendências e ao mesmo tempo alavancando as vendas.

Portanto o planejamento de vendas quando idealizado e usado com bom senso

pode dar uma significativa contribuição á realização dos objetivos propostos.

1.2 Problema

A partir das dificuldades encontradas pela empresa R & S Fachetes em seu

departamento comercial se fez necessário desenvolver um estudo que foi limitado

à criação de um novo plano de vendas para a ampliação de seu mercado e

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fidelização dos clientes já pertencentes a sua carteira, juntamente com os

potencias clientes.

Por ser uma pequena e nova organização e por ainda não ter um mercado fiel, a

empresa quer levar até os potenciais clientes a tendência, as cores e os modelos

das estações futuras, levando-os a aliar o produto da empresa ao produto do

cliente, o que contagiará o público feminino vindo a alavancar a venda da empresa.

Portanto, como a R & S Fachetes poderá estruturar sua área de vendas para

ampliar sua atuação no mercado?

1.3 Objetivo Geral

O objetivo principal deste trabalho é analisar a área comercial da R & S Fachetes

identificando pontos fortes e fracos para propor estratégias e ações comerciais

para a organização.

1.3.1 Objetivos Específicos

Para que se possa atingir o objetivo geral proposto, foram definidos os seguintes

objetivos específicos:

Descrever todos os processos operacionais da área de vendas;

Identificar o potencial de mercado para a empresa;

Mapear os concorrentes na perspectiva da competitividade;

Desenvolver um planejamento para a área de vendas.

1.4 Justificativa

Visualiza-se a importância da força de vendas que constituem um fator de sucesso

de uma empresa, com isso este estudo se faz importante na empresa R & S

Fachetes, pois a mesma necessita identificar, diagnosticar e elaborar um

procedimento que permita avaliar a ampliação da carteira de clientes perante a

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estrutura da força de vendas. Sendo que a pesquisa tem por objetivo a implantação

de um novo modelo de gestão na força de vendas, pois a mesma não possuí um

departamento comercial que ela possa competir o mercado fortemente, apenas

está montado para atender os clientes já fidelizados e não possui um departamento

que consiga prospectar novos mercados, com isso fica fraco perante a

concorrência que já tem formado este departamento e está invadindo o mercado de

atuação da R & S Fachetes.

É através do plano de vendas que será direcionado e controlado as atividades de

vendas da empresa. Para concretizar de forma proativa seus esforços de venda

para atingir suas metas, a empresa através de seus departamentos constituídos e

dos levantamentos elaborados para conhecer o mercado de atuação nos aspectos

de dimensão da demanda do setor calçadista levando a estruturação da empresa

para atingir o maior mercado possível.

Outro aspecto importante será para que seja colocado em prática todo o

aprendizado adquirido pela acadêmica no período de duração do curso, na vivência

entre a teoria e a prática. Este estudo se faz necessário para a acadêmica, pois dá

a ela uma base não somente enquanto acadêmica, mas para a vida profissional,

reunindo peças chaves para o conhecimento, fator determinante para se destacar

perante os demais profissionais.

1.5 Contexto do ambiente de estágio

A empresa R & S Indústria de Calçados Ltda. (R & S Fachetes) está situada na

cidade de São João Batista, polo calçadista do estado de Santa Catarina e atua

desde janeiro de 2008 no ramo de componentes para calçados. Tem como

fundador o senhor Ramon Sá, que já atua no ramo calçadista há mais de vinte

anos. O principal produto da empresa é o fachete, uma capa para revestir o salto

do sapato feminino. A empresa prioriza a qualidade de seus produtos e o prazo de

entrega.

A empresa R & S é a única fornecedora do fachete na cidade e tem como meta

atingir todas as empresas de calçados que fazem uso deste material. A empresa

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possui concorrentes do Rio Grande do Sul que fornecem para algumas empresas

da cidade e por tal motivo ainda não conquistou 100% dos fabricantes de calçados

locais. Sendo assim sua principal meta de curto prazo é adquirir esta fatia de

mercado atendida por estes fornecedores.

Seu mix de produtos é muito amplo, afinal a cada coleção são desenvolvidos vários

tipos de fachetes. Em todas as coleções, que são lançadas semestralmente, as

cores pretas, café e natural permanecem por serem cores básicas e as demais

cores são criadas conforme a tendência da estação. Para saber exatamente quais

serão as tendências para as futuras estações são feitas pesquisas de tendências

internacionais, por meio de importação de materiais fotográficos, mídia impressa e

material on-line em sites de vários países e em revistas de modas.

Em relação ao comportamento do consumidor seus clientes entre outros são

Raphaella Booz, Suzana Santos, Parô e Lia Line. Cada um deles desenvolve pelo

menos duas coleções ao ano e sua frequência é em cada troca de estação, no

caso inverno e verão, onde a produção da empresa varia de acordo com os

pedidos encaminhados pelos clientes.

Por se tratar da produção de um componente para calçados, a produção da

empresa depende diretamente da demanda da clientela, ou seja, não existe

estocagem do produto. Os pedidos chegam até a empresa somente após as

fábricas venderem suas coleções. Os mesmos chegam através de e-mail, fax ou os

próprios clientes os levam até a empresa. Estes são separados por lotes de

produção.

Os custos são calculados através de uma tabela que contém os componentes

utilizados para a fabricação do fachete, os impostos federais, estaduais e

municipais, as despesas fixas, a depreciação e manutenção das máquinas e taxas

bancárias.

A empresa possui uma cadeia enxuta de canais de distribuição. A maioria dos

clientes é visitada pessoalmente, onde é oferecido sua gama de produtos. O único

20

lugar onde a empresa expõe seus produtos é dentro de sua própria estrutura, onde

ela possui um showroom.

A composição do quadro de funcionários da empresa é estabelecida por uma

gerente e uma secretária na parte administrativa. Já na produção ela possui um

gerente, onze auxiliares de produção, uma revisora e um motorista. A divisão de

carga horária é feita na base de oito horas e meia diárias, totalizando por mês 220

horas trabalhadas, de segunda a sexta-feira.

Para o processo produtivo a empresa faz uso de maquinários elétricos manuais,

conduzidos pelos auxiliares de produção divididos no processo de corte, lixação,

montagem, logo após retorna ao corte e vai para a área da dublagem, conforme

figura 1.

Figura 1: Área de produção da empresa R & S Fachetes. Fonte: Pesquisa aplicada.

Após este processo, passa para o controle de qualidade e por fim é separado por lotes e embalado. A distribuição é feita pela empresa, sendo que a mesma possui veículo próprio para entrega aos clientes, conforme figura 2.

21

Figura 2: Controle de qualidade e embalagens dos fachetes. Fonte: Pesquisa aplicada.

As instalações da área administrativa estão formatadas em uma única sala, que

compreende: administração geral, vendas, financeiro e recursos humanos;

conforme figura 3.

Figura 3: Escritório. Fonte: Pesquisa aplicada.

22

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta etapa do trabalho, são demonstrados os fundamentos e conceitos de

marketing, administração de marketing, os compostos do marketing, conceitos de

mercado, potencial de mercado, potencial de vendas e previsão de vendas,

segmentação de mercado, vendas, administração de vendas e a organização e

estruturação da força de vendas.

2.1 Marketing conceitos e fundamentos

O marketing nas definições de Kotler (1998), Las Casas (2001) e Richers (2000), é

iniciado através das necessidades e desejos encontrados no ser humano. A

necessidade humana é algo complexo, que incluem necessidades básicas como

roupas e comidas, necessidades estas que seriam em âmbito geral, mais possuem

também as necessidades sociais e as individuais, que seriam de auto realização.

Já o desejo é um objetivo que satisfaça uma necessidade.

Atualmente, o marketing é de interesse em diversos tipos de organização, tanto

para organizações lucrativas quanto para as não lucrativas, de empresas privadas

a públicas, de grande a micro porte, de políticos até as nações.

Dentro da realidade descrita por Richers (2000), observa-se que muitas pessoas

pensam em marketing apenas como promoção e vendas de produtos. A razão

dessa confusão é que todo dia há um bombardeamento em comerciais de

televisão, anúncios em jornais, mala direta e telemarketing para vendas. Enfim,

alguém está sempre tentando vender algo.

Em La Casas (2001, p. 20) observa-se que o “marketing sempre foi praticado, uma

vez que em qualquer época da comercialização as variáveis do composto

mercadológico sempre foram utilizadas, variando apenas seu grau de utilização,

muitas vezes imposto pelo desenvolvimento tecnológico do período”.

23

No quadro 1, são apresentadas, na ordem cronológica, as etapas da evolução das

definições conceituais de marketing.

AUTOR ANO DEFINIÇÃO DE MKT

1. American Marketing

Association

1960

"O desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do

produtor ao consumidor ou utilizador.”

2. Ohio State University

1965

"O processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos

e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção,

tranco e distribuição física de bens e serviços”.

3. Kotler e Sidney Levy

1969

"O conceito de marketing deveria abranger também as instituições não lucrativas”.

4. Willian Lazer

1969

"O marketing deveria reconhecer as dimensões societais, isto é, levar em conta

as mudanças verificadas nas relações sociais”.

5. David Luck

1969

"O marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transações de mercado.”

6. Kotler e Geraldo Zaltaman

1969

"A criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a

aceitabilidade das ideias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição

e pesquisa de marketing.”

7. Robert Bartls

1974

"Se o marketing é para ser olhado como abrangendo as atividades econômicas e não

econômicas, talvez o marketing como foi originalmente concebido reapareça em breve

com outro nome.”

8. Robert Haas

1978

"É o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço,

criar a demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir essa

demanda."

9. Robert Haas

1978

MARKETING INDUSTRIAL - "É o processo de descoberta e interpretação das

necessidades, desejos e expectativas do consumidor industrial e das exigências para

as especificações do produto e serviço e continuar através de efetiva promoção, distribuição, assistência pós-venda a

convencer mais e mais clientes a usarem e continuarem usando esses produtos e

serviços".

10. Philip Kotler

1997

É o processo de planejamento e execução desde a concepção, preço, promoção e

distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de

pessoas e de organizações.

Quadro 1. Sinopse da evolução das definições de marketing. Fonte: Cobra (1997, p. 27).

24

Pode-se observar que a evolução do marketing se dá desde muito tempo, em 1965

a Ohio StateUniversity definiu o marketing como: “o processo na sociedade pelo

qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviço é antecipada ou

abrangida e satisfeita através da concepção, promoção e distribuição física de bens

e serviços”.

Logo após, em 1969 começou então uma discussão sobre o marketing passar a

abranger as empresas não lucrativas ou então limitar-se às atividades que

resultavam em transações de mercado.

Dentro do processo da evolução, Kotler (1998, p. 27) amplia seu conceito e o

define novamente como: “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual

indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e

troca de produtos de valor com outros”. Esta definição é baseada em alguns

conceitos centrais que seriam eles: necessidades, desejos e demandas; produtos

(bens, serviços e ideias); valor, custo e satisfação; troca e transação;

relacionamento e redes; mercados; e empresas e consumidores potenciais.

Seguindo a definição acima pode-se analisar esta linha de raciocínio através da

seguinte figura:

25

Figura 4. Conceitos Centrais de Marketing. Fonte: Adaptado de Kotler (1998).

Dentro do contexto exposto, pode-se dizer então que marketing é um processo que

visa através da satisfação das necessidades das partes envolvidas numa relação

comercial através da troca de bens e serviços por dinheiro.

Em Dias; et al (2004) o conceito de marketing pode ser entendido também como a

função empresarial que cria continuamente valor para o cliente e gera vantagem

competitiva duradoura para a empresa, por meio da gestão estratégica das

variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição.

Por outro lado, Lamb (2004, p. 6), define marketing da seguinte maneira:

“Marketing é o processo de planejamento e execução da concepção, do preço.

Promoção e distribuição de ideias, mercadorias e serviços para criar trocas que

satisfaçam os objetivos individuais e das organizações”.

Necessida-des,

desejos e demandas

Produtos (bens,

serviços e ideias)

Valor, custo e

satisfação

Troca e Transações

Relaciona-mentos e

redes

Mercados

Empresas e consumi-

dores potenciais

26

No contexto acima descrito pode-se concluir que o marketing também como algo

que supre as necessidades lucrativamente, e envolve a identificação e satisfação

das necessidades humanas e sociais. Ele pode ser usado para tornar

necessidades particulares em oportunidades de negócio.

Segundo a American Marketing Association (apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 4) o

marketing é definido como: “Uma função organizacional e um conjunto de

processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os

clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que

beneficie a organização e seu público interessado”.

Marketing é conceitualmente descrito em diferentes dimensões, sendo que de

acordo com Futrell (2003), o marketing envolve um conjunto diversificado de

atividades direcionadas a ampla gama de bens, serviços e ideais. Tais atividades

envolvem o desenvolvimento, a determinação de preço, a promoção e a

distribuição de bens e serviços que atendam os desejos de consumidores e

usuários industriais. Portanto as atividades de marketing são importantíssimas

tanto para as empresas individualmente como para a economia como um todo.

Ampliando o conceito, temos a seguinte definição:

“Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade” Las Casas (2001, p.26).

Dentre todas as definições acimas mencionadas a definição de Kotler (1998) sobre

marketing é a mais objetiva, simplificada e abrangente, ela tem embasamento em

conceitos que vão ao encontro de bons relacionamentos entre empresas,

mercados e consumidores.

27

2.2 Administração de Marketing

No sentido geral os princípios e conceitos básicos de marketing e sua estratégia de

administração são ferramentas relevantes para qualquer empresa, dando suporte

para o desenvolvimento das mesmas; Porém a vulnerabilidade às forças do

mercado faz com que as estratégias antes planejadas sejam estudadas novamente

mediante a realidade apresentada no momento.

Em Kotler (1998) a administração de marketing é o processo de planejamento e

execução da concepção, preço, promoção e distribuição de ideias, bens e serviços

para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.

Segundo esta definição analise-se que a administração de marketing envolve os

processos de análise, planejamento, implementação e controle; bens de serviços e

ideias; e que sua determinação é atingir a satisfação de ambas as partes

envolvidas.

Sua preocupação é com as ações a serem executadas sobre o produto, no preço,

na distribuição e comunicação, pretendendo sempre satisfazer os clientes e

consumidores e ainda proporcionar lucro para as organizações.

Acrescenta ainda Kotler e Keller (2006), que pode-se ver a administração de

marketing como a arte e a ciência da escolha de mercados-alvos e da captação,

manutenção e fidelização de clientes por meio da criação, da entrega e da

comunicação de um valor superior para o cliente.

A administração de marketing acontece quando pelo menos uma parte em uma

relação de troca potencial procura maneiras de obter as respostas desejadas das

outras partes.

Kotler (1993, p. 5) diz que: “a administração de marketing preocupa-se não apenas

em descobrir e ampliar a demanda, mas também em mudá-lo ou mesmo reduzi-la.

28

Assim a administração de marketing procura afetar o nível, a duração e a natureza

de demanda, de forma tal que ajude a organização a alcançar seus objetivos”.

A administração de marketing atualmente vem sendo utilizada em grande força nas

áreas que possuem contato com o consumidor, aonde sua tarefa envolve os

recursos de administração de marketing específicos como pesquisa de marketing,

propaganda e venda.

Segundo La Casas (2001) a administração de marketing é uma ciência normativa

que envolve criação e oferta de valores para estimular a transação desejada e que

a principal atividade de um administrador de marketing é buscar informações em

seu ambiente e, à luz dessas informações, adaptar o programa de composto de

marketing para satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores visados.

De acordo com Dias; et al (2004) a administração de marketing é o conceito que

resume a função do marketing e é entendida com o processo de planejamento,

execução e controle das estratégias e táticas de marketing, visando otimizar os

resultados para os clientes e os stakeholders da empresa. Sendo desmembrada

em duas grandes áreas de responsabilidades: estratégica e operacional.

Na abordagem de administração de marketing segundo Crocco; et al (2006) o

conjunto de tarefas que os administradores de marketing devem desenvolver sob o

conceito de marketing: preocupa-se com as ações que podem e devem ser

executadas no produto, no preço, na distribuição e comunicação. Visando

satisfazer clientes e consumidores, ao mesmo tempo, propiciar lucro para as

organizações ou pessoas que elaboram a oferta.

Para que a administração de marketing seja bem sucedida ela precisa ser

constituída das seguintes tarefas: desenvolvimento de estratégia e plano de

marketing, captura de oportunidades de marketing, conexão com os clientes,

desenvolvimento de marcas fortes, desenvolvimento das ofertas ao mercado,

entrega de valor, comunicação do valor e sucesso de longo prazo.

29

A denominação sobre administração de marketing citada em Las Casas (2001) é a

que melhor define o contexto das empresas de pequeno porte, neste contexto

alinha-se pontualmente com a proposição da empresa foco desta pesquisa.

2.3 Mix de marketing

Em Futrell (2003) observa-se que o composto de marketing, ou composto

mercadológico, de uma empresa é formado por quatro elementos principais –

produto, preço, ponto de distribuição e promoção – que são usados pelo gerente de

marketing para comercializar bens e serviços. E é de responsabilidade do gerente

de marketing decidir como melhor utilizar cada um dos quatro elementos que

formam o mix de marketing.

Em Dias; et al (2004) também encontra-se esta afirmação, onde ele refere-se ao

gerente de marketing como o profissional responsável pelas decisões relativas às

quatro variáveis do composto de marketing.

Segundo Cobra (1997) o marketing-mix, ou composto de marketing

aportuguesando a expressão é apresentado em quatro funções básicas. Onde

todos os elementos do composto foram criados e estabelecidos para atender ao

mercado-alvo, ou seja, o consumidor.

Complementando ainda em Cobra (1997) o composto mercadológico em forma dos

4ps tem cada elemento interdependente que pode ser exclusivo. Contudo, a prática

revela uma inter-relação constante entre os 4ps.

Figura 5: Quadro elementos do composto de marketing. Fonte: Futrell, (2003, p. 37).

Composto de marketing

Produto Preço Praça Promoção

30

De maneira sucinta Crocco; et al (2006), define o composto mercadológico como

um conjunto de ferramentas que propiciam as ações de marketing; é formado por

produto, praça, preço e promoção, conforme figura 6.

Figura 6: Estrutura dos quatro Ps. Fonte: Adaptado de Kotler (1999).

No quadro acima, as quatro etapas das decisões de mix de marketing, portanto

são: na etapa um é definir o objetivo estratégico do produto, suas forças e

fraquezas, na etapa dois uma analise detalhada do mercado alvo, seu tamanho e

Mix de Marketing

Produto

• Variedade de produtos

• Qualidade

• Desing

• Características

• Nome da marca

• Embalagem

• Tamanhos

• Serviços

• Garantias

• Devoluções

Preço

• Preço nominal

• Descontos

• Concessões

• Prazo para pagamento

• Condições de crédito

Promoção

• Promoção de vendas

• Propaganda

• Força de vendas

• Relação Públicas

• Marketing direto

Praça

• Canais

• Cobertura

• Variedade

• Pontos-de-venda

• Estoque

• Transporte

31

potencial. Na etapa três, realiza-se a pesquisa das necessidades do cliente, o que

ele quer realmente. E na etapa quatro como será feita a colocação deste produto

no mercado como: ponto de venda, transporte e estoque.

Porem não se deve analisar só sob estes conceitos, mas levar também em conta a

conveniência, custo e lucro da empresa.

2.3.1 Produto

Produto é o foco da ação mercadológica. Do ponto de vista de Simões (1983) o

produto é tudo aquilo que a empresa cria, desenvolve e comercializa visando à

satisfação do cliente.

Segundo Leduc (1973, apud SIMÕES, 1983, p. 139) “Produto é tudo aquilo que um

consumidor recebe quando faz uma compra”. Já para Luck (1975, apud SIMÕES,

1983, p. 139) “é qualquer objeto ou serviço oferecido à venda por seu produtor”,

enquanto pra Gracioso (1971, apud SIMÕES, 1983, p. 139) a classificação de

produto se dá pela “soma de conhecimentos e facilidades de um produtor,

traduzidos em termos de utilidade e satisfação para o consumidor”.

Para Kotler (1999), um produto é a oferta ao mercado em si, especialmente um

produto tangível, sua embalagem e um conjunto de serviços que o comprador irá

adquirir com a compra.

Produtos podem ser definidos como o objeto principal das relações de troca que

podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou jurídicas, visando

proporcionar satisfação a quem os adquire ou consome (LAS CASAS, 2001).

Os produtos são a essência de qualquer organização. Sejam bens, serviços,

pessoas, lugares ou ideias, as organizações precisam de um produto para

oferecer. Em geral, é oferecido aos clientes um pacote de atributos que podem

incluir o próprio produto, a sua embalagem e o nome da marca, o serviço que apoia

o desempenho do produto, a prontidão, as relações efetivas e as corteses com a

clientela, uma garantia adequada, entre outros (CZINKOTA; et a; 2001).

32

De acordo com Futrell (2003, p. 38), “o produto é um conjunto de atributos

tangíveis e intangíveis, incluindo até mesmo embalagens, cor e marca, além de dos

serviços e até mesmo a reputação da empresa vendedora”.

Na classificação dos produtos, ainda em Futrell (2003), é mencionado que existem

dois tipos de produto, os de consumo que são produzidos para a compra e uso

pessoal por consumidores e os produtos industriais, que são vendidos

principalmente para uso na produção de outros produtos.

Segundo Cobra (1997, p. 28) “um produto ou serviço somente é dito certo ao

consumidor quando atende as necessidades e desejos de seus consumidores-

alvos”. Um produto certo deve ter:

- Qualidade e padronização: em termos de características, desempenhos e

acabamentos.

- Modelos e tamanhos: que atendam as expectativas e necessidades.

- Configuração: a apresentação do produto em termos de apresentação física,

embalagem, marca e serviço.

Acrescenta Crocco et al. (2006) que o produto são as características potenciais que

o fazem possuir um valor de troca. Entre estas características estão o design do

produto, a embalagem, as cores, etc.

Em Dias et al. (2004) observa-se que as decisões do produto englobam a

identificação de oportunidade de lançamento de produtos e serviços, a adequação

destes às necessidades e desejos dos clientes, a formulação das estratégias de

produto e linhas de produtos (como diferenciação, posicionamento etc.) e a

administração do ciclo de vida do produto, entre outras.

Em relação ao produto Kotler (1999), afirma que para qualquer negócio a base é

possuir um produto ou serviço. Uma empresa tem por objetivo oferecer algo de

maneira diferenciada e melhor, para que o mercado potencial venha a preferi-lo e

até mesmo pague um preço mais alto por ele.

33

Portanto então considera-se como o conceito que melhor expressa o contexto dos

objetivo da pesquisa, é o de Kotler (1999) um vez que, em se tratando de produto

pronto, acabado e lançado no mercado atual o produto deve oferecer algo mais.

2.3.2 Ponto de distribuição

De forma clara e objetiva Cobra (1997), define que o ponto de distribuição significa

levar o produto da forma mais acessível e rápida possível ao mercado consumidor.

O mesmo autor afirma ainda que para o ponto de distribuição o produto ou serviço

só tem utilidade se posicionado junto ao seu mercado consumidor. A escolha do

ponto para o produto ou serviço relaciona-se com a escolha do canal de

distribuição: atacado, varejo ou distribuidor, ao transporte e ao armazém.

Em Kotler (1999), a definição para ponto de distribuição seriam as atividades que

tornam o produto prontamente disponível e acessível no mercado-alvo.

Crocco et al. (2006) afirma esta colocação acima dizendo ainda que a distribuição

esta relacionada a localização física e logística envolvida para fazer um produto

chegar às mãos dos consumidores.

Segundo Dias et al. (2004, p. 9), “as decisões para a distribuição englobam a

escolha dos canais de vendas e distribuição para que o produto esteja no lugar

certo, no momento certo, e o cliente possa realizar a compra e satisfazer a sua

necessidade”.

Futrell demonstra na figura 7 os exemplos de possíveis canais de distribuição para

os produtos industriais e de consumo:

34

Produtos de consumo

Produtos industriais

Figura 7: Exemplos de canais de distribuição para produtos industriais e de consumo. Fonte: Futrell, (2003, p. 37.)

Portanto, no contexto da distribuição, Cobra (1997) e Dias et al. (2004), definem

que o ponto de distribuição se torna um preceito para uma estratégia de grande

importância a ser definida. Um vez que engloba muito mais que pontos de venda,

afirmam ainda que o produto tem que estar no lugar certo, no momento certo para

o cliente realizar a sua compra e satisfazer a sua necessidade.

2.3.3 Preço

O preço é parte fundamental no composto de marketing, pois muitas vezes ele

costuma ser o ponto chave na decisão das compras. Muitos clientes compram os

produtos pelo preço, por ser mais acessível, e estarem mais adequados a sua

situação financeira.

Pode-se constatar esta afirmação em Futrell (2003) que refere o preço como o

valor de um produto que possa atrair o comprador no sentido de trocar o dinheiro

ou outra coisa que tenha valor pelo produto.

Fabricante

Varejista Consumidor

Atacadista Varejista Consumidor

Fabricante

Industrial

Atacadista Industrial

35

De acordo com Dias et al. (2004, p. 9), “as decisões de preço que envolvem a

seleção da estratégia de preço que gere vantagem competitiva e diferenciação

para cada produto ou linha de produto, bem como maximize o retorno para a

empresa e para os parceiros do canal de distribuição”.

Segundo Cobra (1997), o preço deve ser ajustado às condições de custo de

fabricação e de mercado.

Crocco et al. (2006) afirma que o preço são as variáveis que refletem o custo do

produto para o consumidor, como o preço propriamente dito, condições de

pagamento, entre outras.

Kotler (1999), diz ainda que a formação do preço se dá pelo preço do produto, junto

com outros encargos como entrega, garantia e etc.

Quanto ao preço o produto deve ser certo, deve estar no seu ponto certo e deve

transferir a posse no preço certo. O preço pode ser considerado segundo Cobra

(1997), como posto na fábrica; posto no cliente; atacadista, varejista ou distribuidor;

líquido com desconto ou bruto sem desconto; desconto por quantidade, por

condição de pagamento etc.

Para as empresas, acompanhar ou seguir a concorrência e subordinar o preço à

diferenciação do produto, são as formas encontradas pelas empresas para a

criação dos preços. A concorrência que muitas veze agi de forma desleal no

desenvolvimento de seus preços faz com que os preços sejam reajustadas de

forma intensa para se adaptarem as exigências do mercado e dos clientes.

2.3.4 Promoção

A comunicação no âmbito de marketing é todo e qualquer esforço realizado para

persuadir as pessoas a comprarem determinado produto ou a utilizarem

determinado serviço. As formas pelas quais ela se efetua tomam nomes diversos:

36

propaganda, publicidade, promoção de vendas venda pessoal e relações públicas

(SIMÕES, 1983).

De acordo com Dias; et al (2004), promoção são aquelas relativas aos

investimentos em estratégias e atividades de comunicação (propaganda, marketing

direto, relações públicas, publicidade, eventos, seminários) e promoção de vendas

(sorteios, prêmios ao consumidor, descontos de preços, brindes e outros).

Para Kotler (1999, p. 49), “as atividades de comunicação, como propaganda,

promoção, mala direta e publicidade, servem para informar o mercado-alvo,

persuadi-lo ou lembrá-lo da disponibilidade e dos benefícios do produto”.

Na promoção, o administrador de marketing deve preocupar-se com as várias

formas, que sejam eficientes, para informar aos consumidores a respeito dos seus

produtos, serviços ou formação da própria imagem da empresa (LAS CASAS,

2001).

No composto promocional do produto ou serviço para Cobra, (1997, p. 28),

“compreende-se como promoção a publicidade, as relações públicas, a promoção

de vendas, a venda pessoal e o merchandising”.

Cobra (1997), afirma ainda que a promoção deve comunicar o produto ou serviço

ao mercado, estimulando e realizando a venda, isto é, a transferência de posse.

Para Crocco et al. (2006) “a promoção é o processo de comunicação ativa dos

atributos e benefícios de um produto para o mercado-alvo pretendido. Para tanto,

envolve a criação e veiculação de programas de propaganda, relações públicas,

além da venda pessoal”.

O processo de comunicação envolve um comunicador, uma mensagem e um

receptor. O comunicador é quem tem algo a dizer. A mensagem significa o que se

tem a dizer e o receptor é aquele que recebe a mensagem (LAS CASAS, 2001).

37

Segundo Futrell (2003), a promoção, como parte do composto de marketing,

aumenta as vendas da empresa ao passar informações sobre o produto para

clientes potenciais. Os quatro elementos básicos do esforço promocional de uma

empresa são:

Venda pessoal;

Propaganda;

Publicidade;

Promoção de vendas.

Já para Kotler (1999), enquadram-se cinco categorias de promoção que são

responsáveis pela comunicação que fazem chegar à mensagem ate o público-alvo.

As cinco categorias são: propaganda, promoção, relações públicas, força de venda

e marketing direto.

Para se melhor analisar estas categorias são demonstradas no quadro 2:

Propaganda

Promoção de

vendas

Relações

Públicas

Força de

venda

Marketing

direto

Anúncios impressos e

eletrônicos

Concursos, jogos,

sorteios.

Press kits

Apresentaçõ

es para

vendas

Catálogos

Programação visual

da embalagem

Prêmios e brindes

Palestras

Reuniões

para vendas

Mala direta

Encartes dentro da

embalagem

Amostras

Seminários

Programas

de incentivo

Telemarketing

Em cinema

Feiras e

convenções

Relatórios

anuais

Amostras

Compras pelo

computador

Brochuras e panfletos

Exposições

Doações

filantrópicas

Feiras e

convenções

Compras pela

TV

Pôsteres e cartazes Demonstrações Patrocínios Fax

Continua

38

Catálogos telefônicos

Cupons

Publicações

E-mail

Reprodução de

anúncios para uso

restrito

Descontos

Relações na

comunidade

Correio de voz

Outdoors

Financiamento com

juros baixos

Lobby

Sinalização

Entretenimento

Comunicação

da identidade

Display em pontos-de-

venda

Concessões de

troca do produto

antigo

Revista da

empresa

Material audiovisual

Programas de

vantagens pela

continuidade de uso

Eventos

Símbolos e logos Venda casada

Videoteipe

Quadro 2: Exemplos de diferentes ferramentas de comunicação: Fonte: Kotler (1999, p. 138).

Sendo que além de informar as pessoas sobre a existência do produto, a promoção

também informa os consumidores sobre: os atributos, as vantagens e os benefícios

do produto; onde comprá-lo, e a comparação do preço versus valor.

Sendo assim sabe-se que se usando as ferramentas de comunicação necessárias

as mensagens chegam até ao seu público-alvo conforme o desejado.

39

2.4 Conceitos de mercado, potencial de mercado, potencial de vendas e

previsão de vendas.

A American Marketing Association (AMA) formulou duas definições de Mercado: “A

soma das forças ou condições dentro das quais os compradores e vendedores

tomam decisões que resultam na transferência de bens e serviços” e “A demanda

agregada dos compradores potenciais de um produto ou serviço”. (SIMÕES, 1983)

Simões (1983) seguindo a linha de raciocínio de Kotler diz que todos os indivíduos

e organizações que são clientes efetivos e potenciais para um produto ou serviço

formam um mercado.

Um mercado é qualquer indivíduo, grupo de indivíduos ou organizações que

queiram, estejam habilitados ou sejam capazes de adquirir o produto de uma

empresa (CZINKOTA; et al, 2001).

Segundo Kotler (1998) o termo mercado pode ser entendido como o local onde os

compradores e vendedores se reuniam para realizar transações, entretanto para o

profissional de marketing, mercado consiste em todos os consumidores potenciais,

dos quais compartilham das mesmas necessidades ou desejos específicos,

estando dispostos e habilitados para realizar trocas as quais satisfaçam suas

necessidades e desejos.

O calculo que representa a capacidade de um mercado de determinada área ou a

de um ramo de atividades em absorver uma quantidade específica de vendas de

um produto é a definição de Cobra (1991) para potencial de mercado.

Potencial de mercado para Stanton e Spiro (2000) é o total esperado de vendas de

um determinado produto ou serviço de toda uma indústria de um determinado

mercado, num período de tempo estabelecido.

40

A capacidade total de um mercado em absorver determinado produto, a uma dada

situação econômica é a definição mais objetiva de potencial de mercado para Las

Casas (2001).

Potencial de mercado é aquele decorrente de uma medida de probabilidade, de

oportunidade e de necessidade correlacionada com determinado produto. É,

portanto, um dado relativo. Constitui a parte da oportunidade que um ramo de

atividade pode conquistar; ele se refere ao setor de atividade (SIMÕES, 1983).

Pode-se observar em Dias et al. (2004) que o termo potencial de mercado é

comumente empregado para representar quanto um setor de negócios ou uma

empresa poderá vender seus produtos ou qual é a oportunidade de vendas que o

mercado em análise apresenta. Entende-se então que potencial de vendas é um

número absoluto que reflete o quanto determinado setor de negócios, pela sua

tendência histórica e/ou pesquisa de mercado, poderá vender (ou quanto

determinado setor de negócios/segmento poderá consumir).

A Associação Americana de Marketing (LAS CASAS, 2004, p. 79) define o

potencial de mercado como sendo:

Vendas esperadas de um bem, um grupo de bens ou de um serviço, para todo um ramo industrial, num mercado e durante um período determinado. Portanto entendesse o potencial como a máxima capacidade de um mercado absorver um específico produto.

Já quanto ao potencial de vendas Dias et al. (2004) reflete quanto determinado

setor de negócios, por sua tendência histórica e/ou pesquisas de mercado, poderá

vender (ou quanto determinado setor de negócios/ segmento poderá consumir). Ele

representa a demanda total esperada para as vendas.

Potencial de vendas refere-se à participação máxima (ou percentual) de potencial

de mercado que uma empresa individual pode razoavelmente esperar atingir.

Quando se fala do potencial de vendas de uma empresa deve-se especificar o

produto, o mercado e o período do tempo (STATON E SPIRO, 2000).

41

Potencial de vendas, como definiu Erickson (1972, apud SIMÕES, 1983), é “a

oportunidade relativa de vender um determinado produto, numa dada área”. O

potencial de vendas exprime a oportunidade para vender (SIMÕES 1983).

A parcela do potencial de mercado que uma empresa pode razoavelmente esperar

obter é a afirmação usada por Cobra (1991) sobre o conceito de potencial de

vendas.

Sabe-se que o potencial de mercado traduz a capacidade máxima de absorção de

mercado em certo momento, já o potencial de vendas enfatiza o desejo de uma

empresa em participar fortemente de determinado potencial de mercado.

Prever significa ver com antecedência, antever, estimar o futuro. A previsão de

vendas segundo Simões (1983) exprime aquilo que a empresa deverá e procurará

vender dentro de determinado prazo. A previsão de vendas é o fato gerador de

uma série de fenômenos em cada setor da empresa. Diríamos até que em torno

dela gira uma série de ações capitais como:

Compra e estoque de matéria-prima;

Preparação de mão-de-obra industrial;

Compra de máquinas e equipamentos;

Ações financeiras para ampliar o capital de giro ou para utilização da linha

de crédito;

Preparo de recursos comerciais que acionem o produto com maior liquidez.

Para a previsão de vendas Dias et al. (2004) faz um comparativo com o potencial

de vendas, pois ambas referem-se a um número absoluto obtido a partir dos dados

históricos de vendas da empresa. Correlacionando as vendas com uma ou mais

variáveis, será possível fazer a previsão de vendas futuras. A importância da

previsão de vendas para a empresa é vital, uma vez que ela não apenas orienta o

plano de marketing em todo o seu aspecto quantitativo, onde detalha por

região/filial, produto, vendedor e cronograma, como também é peça fundamental

para as áreas de produção e financeira.

42

Salienta Las Casas (2004), que uma previsão de vendas deve ser feita com

cautela, pois o impacto por ela causado nos demais departamentos da empresa é

bastante expressivo e influencia os setores da produção, recursos humanos,

finanças e a maioria dos outros departamentos da empresa. Afirma o autor ainda

que a previsões de vendas podem ser feitas por produto, por região e mercado ou

por cliente.

Sabe-se que para vendas, a previsão de demanda é fundamental para quase todas

as tomadas de decisão. A escolha dos territórios, os representantes e vendedores

contratados e seus desempenhos, o estabelecimento das quotas, têm na previsão

de vendas uma informação fundamental a ser considerada. Sendo que a previsão

de vendas, segundo Castro e Neves (2005) é o que a empresa pretende atingir

durante determinado período, considerando o ambiente e seu programa de

marketing.

Conforme Stanton e Spiro (2000), a previsão de vendas é uma estimativa de

vendas em dinheiro ou em unidades que uma empresa espera alcançar durante um

período de tempo especificado, num determinado mercado e segundo um plano de

marketing proposto. A previsão pode ser feita para toda uma linha de produtos ou

para itens individuais da linha. As vendas podem ser previstas para o mercado total

da empresa ou para segmentos do mercado.

O autor acima mencionado completa afirmando que existem três métodos que

podem ser usados para prever as vendas de um determinado produto. I) Métodos

de pesquisa, que se baseiam na opinião de especialistas, como vendedores,

executivos de vendas e os clientes que tomarão as decisões de compra. II)

Métodos matemáticos, são aplicadas técnicas matemáticas e estatísticas a dados

históricos para prever vendas. III) Métodos operacionais, através deste são obtidas

informações sobre a capacidade da empresa e sobre o requisito financeiro para

elaborar uma previsão de vendas.

Sabemos que é o potencial de vendas que proporciona a base e a linha que

conduzirá a venda. Por isso é importante levantar conforme o item a ser

43

comercializado a sua potencialidade de atendimento ao mercado (já criado ou a ser

criado) o potencial que a empresa pode fornecer para o tanto que espera vender

(mercado específico ou geral) para incremento do faturamento, ou seja, venda x

lucro.

2.5 Segmentação de mercado

Segundo Crocco et al. (2006), se faz necessário entender o mercado e saber como

atingi-lo de maneira eficaz. Compreender que os consumidores são diferentes e,

portanto, exigem produtos diferentes para atendê-los. Mas, quando se identifica no

mercado grupos de consumidores com características semelhantes chama-se

então de segmentação de mercado.

Desta forma Cobra (1997), afirma que para que uma segmentação seja utilizada

ela precisa possuir os seguintes requisitos: ser especificamente identificada e

medida, pois, precisa ser claramente definida, precisa evidenciar um potencial

adequado, no qual será uma oportunidade de mercado, ser economicamente

viável, necessita reagir aos esforços do marketing e ser estável, para que o produto

permaneça no mercado.

Então Cobra (1997, p. 72) observa que: “com a chamada curva de experiência

aplicada à produção e ao marketing que mostra uma correlação entre redução de

custos e a economia de escala, surgiu então à necessidade da segmentação de

mercado, que é a tarefa de identificar grandes quantidades de pessoas que

constituem os mercados-alvo”.

Quando um mercado é subdividido em partes menores, que guardam as suas

características básicas, dizemos que o conceito de segmentação de mercado foi

aplicado. Segmentar significa dividir, fragmentar. Os critérios para segmentar ou

fragmentar deverão estar apoiadas em informações acerca de mercado total que

se objetiva dividir e de suas peculiaridades (COBRA, 1991).

44

O segmento de mercado é uma parcela do mercado dotada de uma

homogeneidade obtida através de características comuns de demanda. O conceito

de segmentar está envolvido com a ideia de setorizar através de critérios de

afinidade, de reunir gamas de características (SIMÕES, 1983).

A separação de mercados em grupos distintos baseada em características

homogêneas (semelhantes) é chamada de segmentação de mercado, e é crítica

para atingir consumidores que têm necessidades diferentes de um produto. Definir

segmentos específicos para se direcionar com composto de marketing customizado

pode criar uma vantagem competitiva distinta para a empresa (CZINKOTA et al;

2001).

Baker (2005), afirma que o princípio básico da segmentação de mercado é o que

os mercados não são homogêneos e que comercialmente faz sentido diferenciar

ofertas de marketing para diferentes grupos de clientes. Os mercados se

fragmentam e a tecnologia proporciona maior variação na produção.

Segmentação pode ser definida como: o processo de agregação de consumidores

com características homogêneas, diferenciadas de outros grupos, com o objetivo

de planejar programas de marketing que se aproximem mais da satisfação de

desejos e necessidades do grupo ou grupos escolhidos como mercado-alvo (LAS

CASAS, 2001).

As decisões sobre a definição de como os segmentos de mercado serão

abrangidas pelo programa de marketing da empresa, bem como serão

estabelecidas as fronteiras para este segmento, são essenciais para qualquer

estratégia de segmentação. O determinante principal de qual estratégia de

segmentação escolher – marketing de massa, de produto diferenciado e marketing

direcionado – é primariamente a natureza do mercado, ou mercados, que a

empresa pretende servir (SANDHUSEN, 2000).

As análises para a segmentação são os pontos orientadores para a formulação

estratégica. A segmentação pode ser de caráter quantitativo ou qualitativo. Existem

45

cinco tipos de segmentação: demográfica, geográfica, psicográfica, por benefício e

por volume (SIMÕES, 1983).

Uma série de variáveis ou de descritores pode ser usada para descrever os

segmentos de mercado e os dados necessários para as variáveis vêm de uma

diversidade de fontes. As variáveis específicas utilizadas para segmentar mercados

consumidores e as fontes de informações do descritor são: demográfica (idade,

renda, ocupação, nível de instrução, sexo e nacionalidade), geográfica (regiões

geográficas), psicográficas (classe social, estilo de vida e características

psicológicas como atitude, interesse, opinião e valores), por benefícios procurados

(preferências do consumidor por um atributo ou características específicas do

produto), por situação (situação ou ocasião da compra) e por comportamento ou

utilização (fidelidade a um produto, modo de utilização e os padrões de utilização)

(CZINKOTA, et al; 2001).

Segundo Dias (2004) segmentação de mercado é o processo de dividir mercados

em grupos de consumidores potenciais com necessidades e/ou características

semelhantes e que provavelmente terão comportamento de compra semelhante.

Os autores consideram ainda que o processo de segmentação de mercado é feito

através de pesquisas, para que se consiga o melhor resultado no agrupamento

desejado, ou seja, o segmento-alvo. Esta segmentação pode ser dividida em seis

tipos, a demográfica que estuda a população e suas características, a

socioeconômica que identifica as variáveis como classe social, renda, escolaridade,

ocupação profissional, posse de bens entre outras, possui também a segmentação

geográfica que divide as localizações a serem estudadas, a segmentação de

benefícios, os quais são procurados pelos clientes e por fim a segmentação por

grau de utilização, que detecta a frequência de uso do produto.

De acordo com Crocco (2006), é possível definir segmentos específicos para

empresas que destinam seus produtos para outras empresas, e as possíveis

formas de segmentação para este mercado, conforme quadro 3 são:

46

Quadro 3: Formas de segmentação para o mercado. Fonte: Adaptado, Crocco, 2006.

Todas estas variáveis podem ser combinadas umas com outras, de modo que a

empresa obtenha o melhor resultado de seu programa de segmentação.

Crocco et al. (2006), chama atenção para a necessidade de entender o mercado e

as diferenças entre os consumidores, afim de que se possa criar e oferecer os

produtos certos para os consumidores certos. Quando, além das diferenças, nota-

se também as semelhanças, é possível unir essas pessoas com necessidades e

desejos parecidos e criar um grupo de consumidores específico, que é o processo

de segmentação de mercado.

Segmentar o mercado, oferecendo estes produtos, é um processo que exige

eficácia nas atividades, como a identificação precisa, ser economicamente viável,

ter como origem informações seguras e precisas.

Formas de segmentação Ação de segmentação

Atividade industrial

Os diferentes tipos de setores industriais

possuem níveis distintos de exigência quanto à

quantidade e ao nível de serviço proporcionado

por seus fornecedores.

Aplicação ao produto

Sendo que um mesmo produto pode ter

aplicações distintas dentro de uma mesma

indústria.

Localização

Sendo que a empresa especializa-se em

atender somente determinada região.

Configuração do processo de compra

Segmentada pela função das formas pelas

quais os clientes buscam adquirir seu produto.

Importância do cliente

Quando ocorre uma disparidade muito grande

no tamanho dos clientes de uma empresa.

Utilização do produto em mercados de

componentes originais ou de peças de

reposição

Se uma empresa produz bens que são

utilizados nestes dois mercados, tanto os níveis

de exigência de qualidade quanto os canais de

distribuição são diferentes, o que pode propiciar

a diferenciação dos respectivos compostos

mercadológicos.

47

A segmentação é necessária não apenas para atender diferencialmente os

consumidores, mas fazer isso de maneira que a empresa tenha possibilidades, ou

seja, atender um grupo de pessoas traz possivelmente um bom resultado, e

falando não só economicamente, mas também em facilidade de produção, e no

processo de venda, é um processo mais fácil. A segmentação também pode ser

feita devido á outros fatores como localização, importância de cliente, dentre

outros.

2.6 Vendas

Diferentes tipos de vendas são citados pelos autores, que possuem como objetivo

satisfazer os clientes individualmente, de acordo com suas necessidades

específicas, por meio de diferentes estratégias e formas. Este tópico abrange estes

tipos e a forma como são compostos.

A venda no varejo é composta pela venda de bens ou serviços a consumidores,

para seu uso pessoal e não comercial. Existem três tipos de vendedores para este

tipo de venda, o vendedor de loja, o vendedor direto, que faz vendas pessoalmente

e não trabalha num endereço fixo e o vendedor de telemarketing (FUTRELL, 2003).

Na venda para atacado os distribuidores como podem ser chamados, compram

produtos de fabricantes e outros atacadistas e os vendem a outras organizações.

Estas vendas podem ser feitas para varejistas que compram itens e revendem aos

consumidores. Podem ser vendidos para serem usados na fabricação de outros

bens e serviços ou então são vendidos para operação de uma organização, como

suprimentos (FUTRELL, 2003).

Outro tipo seria o mercado organizacional que é composto por todas as

organizações que compram produtos para usá-los como parte componente da

produção de outros produtos, como suprimentos operacionais ou para revenda.

Esse mercado pode ser dividido em três principais setores: as empresas

comerciais, os governos (federal, estadual e municipal) e as instituições

(CZINKOTA, et a; 2001).

48

Os mercados para produtos e serviços, locais ou internacionais, adquiridos por

empresas, órgãos governamentais e instituições (como hospitalar) para

incorporação (por exemplo, ingredientes ou componentes), para consumo (por

exemplo, materiais de processo, material de escritório, serviço de consultoria), para

uso (por exemplo, instalação ou equipamento) ou para revenda são consideramos

como Mercado industrial por Hutt e Sieh. (2002)

As empresas adquirem bens industriais para compor ou facilitar o processo de

produção ou para usá-los como componentes na produção de outros bens ou

serviços (HUTT, 2002).

Mercados industriais compostos por outras empresas ou instituições são

caracterizados por um número menor de compradores e geralmente estão

concentrados geograficamente, se comparados a empresas que vendem para

consumidores finais (CASTRO E NEVES, 2005).

Vender é o processo de ajudar seus clientes potenciais e atuais e seus

companheiros de trabalho a valorizá-la e a seus serviços e produtos.

O consumidor está tornando-se cada vez mais exigente. Com a tendência a um

maior consumo, ele passa a exigir mais de seus fornecedores. Além disso, existe

maior conscientização de seu próprio papel de consumidor. Nesta conjuntura, o

departamento de vendas de uma empresa desempenha papel essencial na

adaptação à nova tendência, principalmente quanto ao esclarecimento, orientação,

informação aos clientes e no pós venda. O vendedor passa a ser um assessor e o

departamento de vendas um prestador de serviço. Como a concorrência está

ficando cada vez mais acirrada as empresas esforçam-se em colocar no mercado

melhores serviços e melhores produtos. Assim, o departamento de vendas também

é importante vetor do departamento de marketing (LAS CASAS, 2004).

A venda é definida por Weitz (2004 apud CASTRO E NEVES, 2005) como um

processo de comunicação pessoal em que um vendedor identifica e satisfaz às

49

necessidades de um comprador para o benefício de longo prazo de ambas as

partes.

Segundo Czinkota (2001 apud CASTRO E NEVES, 2005), venda é a comunicação

verbal direta concebida para explicar como bens, serviços ou ideias de uma pessoa

ou empresa servem às necessidades de um ou mais clientes potenciais.

Para Futrell (2003) a venda constitui apenas um dos muitos componentes do

marketing. Sendo que a venda pessoal refere-se à comunicação pessoal de

informações para persuadir um prospect (cliente potencial) à compra algo – um

bem, um serviço, uma ideia ou outra coisa – que atenda suas necessidades

individuais. O profissional de vendas costuma trabalhar com prospects ou clientes

no sentido de examinar suas necessidades e prestar atendimento pós-venda, a fim

de garantir a satisfação em longo prazo.

Entre as principais ocorrências que afetam a forma de vender estão às aceleradas

revoluções tecnológicas e organizacionais, adicionadas à globalização. O conceito

de globalização mudou a forma com que as empresas prospectam seus

consumidores (LAS CASAS, 2004).

Existem 10 etapas importantes que formam o processo de venda, conforme

demonstra o quadro 4:

Processo de venda Ações do processo

Prospecção

Localizar e qualificar prospects.

Pré-abordagem

Conseguir entrevistas; determinar o objetivo da

visita de vendas; desenvolver o perfil do cliente;

o programa de benefícios para o cliente e as

estratégias de apresentação de vendas.

Abordagem Visitar o prospect e iniciar a apresentação de

vendas personalizada.

Continua

50

Apresentação

Descobrir mais necessidades; relacionar os

benefícios do produto às necessidades, usando

demonstração, dramatização, recursos visuais e

afirmações comprovadas.

Fechamento tentativo

Pedir a opinião do prospect durante e depois da

apresentação.

Objeções

Descobrir as objeções.

Superar objeções Responder satisfatoriamente às objeções.

Fechamento tentativo

Pedir a opinião do prospect após superar cada

objeção e imediatamente antes do fechamento.

Fechamento

Conduzir o cliente à conclusão lógica de

compra.

Acompanhamento e serviço

Servir o cliente após a venda.

Quadro 4. Processos de venda. Fonte: Futrell (2003, p. 27).

O processo de venda para Castro e Neves (2005) é uma sequência de etapas que

os vendedores utilizam para a realização da venda. Destes passos sete são

reconhecidos como os formadores do processo de vendas, e são eles: prospecção,

que são as diferentes técnicas para identificar os clientes potenciais, pré-

abordagem, que seria a preparação para a visita ao cliente, abordagem, seria

então no começo da visita, apresentação da venda, onde acontece a apresentação

dos produtos ofertados e seus benefícios, lidar com objeções e superar resistência,

o vendedor procura as melhores respostas para as objeções e da ênfase aos

benefícios que o produto oferece, o fechamento, são os métodos de solicitação do

pedido e por fim o atendimento pós-venda, os vendedores procuram continuar

enfatizando a satisfação dos clientes mesmo após o fechamento da venda.

51

O departamento de vendas desempenha papel essencial na adaptação das

empresas à tendência ao esclarecimento, orientação e informação aos clientes. O

vendedor passa a ser um assessor e o departamento de vendas um prestador de

serviços (LAS CASAS, 1993).

O processo de vendas abrange diversos mercados, como mercado para produtos e

serviços, mercados industriais, dentre outros, onde em todos é necessário o

processo de vendas, que parte da ideia de ajudar os clientes com o que eles

querem, com lucratividade para a empresa produtora, representantes, varejistas,

etc.

Para adquirir um produto, as pessoas usam necessidades ou desejos como

motivos, já as empresas, adquirem produtos para utilizar na fabricação de seus

próprios. Devida á grande dimensão do mercado atual, e o grande número de

ofertas, os clientes passaram á exigir mais de seus fornecedores, tanto na parte

econômica, na busca de preços e prazos melhores, quanto nos fatores qualidade

ou prazo de entrega, dentre outros.

No processo atual de vendas, é necessário que os supostos vendedores,

entendam dos produtos, estejam por dentro das novas tendências, boa orientação,

informação para que seja dada máxima atenção aos clientes e principalmente pós-

venda, pois devido á grande concorrência, as empresas precisam estar sempre

atentas á satisfação dos clientes, tanto na hora da venda, ou em outras situações,

como eventuais reclamações, sugestões, á fim de que o cliente se sinta bem

atendido e retorne.

2.7 Administração de vendas

A Associação Americana de Marketing, através de seu comitê de definição, em

1948, definiu administração de vendas como “o planejamento, direção e controle de

vendas pessoal, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, providências de

recursos, delegação, determinação de rotas, supervisão, pagamento e motivação,

à medida que estas tarefas se aplicam a força de venda” (LAS CASAS, 1993).

52

Stanton e Spiro (2000) afirmam que inicialmente a administração de vendas tinha

uma atuação simplificada, focando suas principais atividades no recrutamento e

seleção da força de vendas e, posteriormente, no treinamento, supervisão e

motivação dessas pessoas.

Pode-se observar que a administração de vendas no setor industrial ganha muita

importância e torna-se claramente uma quinta variável do composto de marketing,

pois segundo Castro e Neves (2005), devido às características dos clientes e do

processo de compras destes.

Administração de vendas não somente trata da força de vendas, mas também se

ocupa com inovação, pesquisa, planejamento, orçamento, preço, canais,

promoções, produção e até localização de fabricas (LAS CASAS, 1993).

O controle do fluxo de vendas é tarefa de administração de vendas. Para tanto, é

preciso que a empresa possua um sistema de informações de vendas e de

marketing compatível com suas necessidades e desafios de mercado (COBRA,

1991).

De acordo com Castro e Neves (2005) para a administração de vendas, entender o

comportamento do consumidor é especialmente importante porque lida diretamente

com o consumidor e necessita entender muito detalhadamente quais as etapas do

processo de compra e quais as características de cada uma delas para que seja

possível modelar eficazmente.

Na figura 8, pode-se perceber o encadeamento das responsabilidades da

administração de vendas, bem como seu processo, comunicação, coordenação e

integração.

53

Figura 8: Responsabilidades da administração de vendas Fonte: Stanton e Spiro (2000, p. 13).

A Administração de vendas é a organização estruturada com o objetivo de planejar,

orientar, assessorar e controlar o trabalho de vendas. O processo administrativo

será estabelecido em função dos alvos a serem atingidos e de conformidade com a

política escolhida. Cabe a administração moldar o caráter operacional do trabalho

de campo, consoante os interesses mercadológicos (SIMÕES, 1983).

Segundo Cobra (1991) que o desenvolvimento da administração de vendas inicia-

se de fora para dentro da empresa. Inicialmente o vendedor visita os clientes em

potencial, criando para cada cliente uma ficha cadastral a qual relaciona todas as

informações necessárias do cliente, desenvolvendo também um relatório e um

mapa de visitas por vendedor. Incluem também a estatística de vendas e o estudo

da curva ABC de clientes, oportunizando com esses a maximização das

informações a serem processadas referentes aos clientes.

Comunicação, Coordenação e

Integração

Planejamento estratégico

Organização da força de vendas

Recrutamento, seleção,

assimilação

Treinamento e desenvolvi-

mento

Motivação e supervisão

Avaliação do desempenho

54

Tão importante quanto controlar e administrar a força de vendas é administrar

vendas, ou melhor, controlar os processos burocráticos que cercam a venda. Ate

que o cliente receba e aceite a mercadoria constante em seu pedido, a venda é

apenas um compromisso de compra e venda sem grande valor legal, a menos que

o pedido conste de um contrato formal. A venda precisa ser bem administrada e

controlada para minimizar custos e maximizar o lucro (COBRA, 1991).

Conforme já mencionado, a administração de vendas abrange planejamento,

recrutamento, seleção, delegação, supervisão, dentre outros tópicos importantes. A

força de vendas, na maioria das empresas, é um dos setores que deve ter máxima

atenção dos diretores, disponibilidade de recursos para eventuais treinamentos,

promoções e eventos que proporcionem motivação aos vendedores, á fim de que

estes, que são a imagem da empresa no mercado, representem a empresa da

melhor maneira possível diante dos clientes.

A preocupação também abrange outros pontos importantes como, pesquisa,

planejamento, promoções, controle de fluxo de vendas, marketing, dentre outros. O

trabalho de vendas deve começar fora da empresa, onde os vendedores trazem

dos clientes, reclamações, tendências e sugestões, afim de que a empresa invista

nestas informações para atender da melhor maneira os mesmos.

O conceito de vendas não se define apenas á cuidar bem do cliente, mas também

se direciona á tratar de assuntos burocráticos, e principalmente, tem como grande

objetivo, maximizar o lucro, e diminuindo custos.

2.8 Organização e estruturação da força de vendas

O grande dilema da maioria das organizações reside em como montar uma equipe

de vendas que aperfeiçoe seus esforços de marketing e de vendas. O que

prevalece como regra para a estruturação da força de venda são de um lado os

desafios de mercado, e de outro, os custos operacionais. A estruturação da força

de vendas varia enormemente de uma empresa para outra. Deve-se considerar

55

sempre o tipo de mercado e o tipo de venda realizada para se configurar o tipo de

força de venda adequado (COBRA, 1991).

Stanton e Spiro (2000) definem a questão da organização e estruturação da força

de vendas como uma estrutura funcional de atividades as quais envolvem um

grupo de pessoas, cujo objetivo é combinar essas atividades de modo que as

pessoas consigam melhores resultados do que se estivem trabalhando

individualmente.

Os autores acima mencionados afirmam ainda que relaciona-se a organização da

força de vendas com o planejamento estratégico de modo que, para se ter sucesso

organizacional é necessário que ambos atuem como complementares.

Segundo princípios básicos de organização de um departamento, “a forma deve

acompanhar a função”, ou seja, a partir das funções empresariais é que se

determina o tipo de estrutura mais adequada (LAS CASAS, 1993).

Compete ao gerente, no momento em que estabelece a estratégia de vendas,

determinar o tipo de esforço a ser dispendido. De acordo com a natureza do

esforço e a seleção dos canais de distribuição, será fixado se a força de venda será

própria ou não. A força de venda própria da empresa permite uma ação mais

direta sobre o mercado, com um controle mais efetivo da clientela, embora o custo

operacional tenda a ser mais elevado. Já na força de venda não própria, através de

representantes, distancia a empresa do seu mercado (SIMÕES, 1983).

A força de venda também é considerada uma variável do composto de marketing, é

fundamental que a força de venda esteja totalmente integrada com os outros

elementos do mix marketing (produto, preço, praça e promoção) para produzir o

maior impacto possível (CASTRO E NEVES, 2005).

Segundo Futrell (2003), para que uma força de vendas consiga operar ela precisa

coordenar inúmeros grupos e atividades em interação ou interdependentes. Para

tomar decisões quanto ao projeto e à estrutura de uma força de venda, devemos:

56

Examinar nossos clientes em cada mercado;

Determinar os tipos de funções de vendas necessários para servir um

mercado;

Definir as atividades que os profissionais de venda devem desempenhar em

cada função;

Planejar as funções de venda em torno dos clientes;

Estabelecer a estrutura organizacional da força de venda, que inclui as

várias funções e os territórios geográficos das vendas.

Conforme Goodworth (1999) afirma que a estrutura do departamento de vendas de

uma empresa depende de alguns fatores para alcanças o sucesso: produto ou

serviço á ser comercializado; dimensão da empresa, especificidades, grau

tecnológico. Clientes, dispersão geográfica dos atuais clientes, clientes-alvo e

modelos de organização da equipe de vendas.

Para a perfeita organização da força de vendas, conforme Futrell (2003), é preciso

que as atividades sejam realizadas pelos próprios vendedores da empresa, além

da participação do gerente de vendas para recrutar, selecionar, treinar, motivar,

supervisionar, avaliar e controlar a equipe.

O autor ainda afirma que devido ao grau de dificuldade das tarefas, é necessário

que os vendedores possuam algum grau de especialização, sendo que o objetivo

desta ideia é que o vendedor concentre suas forças em tarefas específicas,

resultando em um melhor desempenho, diferente de serem generalistas.

Outra característica da forma de organização de Futrell (2003) é o grau de

centralização, onde as decisões são tomadas nos níveis mais altos da hierarquia

da empresa. O autor também cita a disseminação de controle, onde esta se refere

ao número de indivíduos subordinados de cada gerente da empresa, sendo que

quanto maior este número for maior é a disseminação de controle.

57

No quadro 5 pode-se observar a relação das etapas para o planejamento e

administração de força de vendas, sendo que com ele se consegue organizar as

ações dos gestores de vendas.

Quadro 5. Etapas de Planejamento e Administração de Força de Vendas. Fonte: Castro e Neves (2005, p. 34).

Futrell (2003) cita exemplos de estruturas da organização de vendas, sendo estas:

Especialização geográfica: onde os vendedores recebem uma área

geográfica e são responsáveis pelas atividades e contas desta área;

Organização de Vendas de Produto: onde os vendedores são responsáveis

por produtos ou linhas específicas;

Planejamento e Organização

Estratégica da Força de vendas

- Análise de necessidades do

comprador e compreensão do papel

de vendas em marketing.

- Análise ambiental da concorrência

da concorrência e benchmarking.

- Potencial de vendas e definição

das quotas.

- Organização de vendas: desenho

de território, especialização de

vendas e número de vendedores.

- Definição do “formato de entrada”

da força de vendas – análise do

modo de governança (interno,

externo) e remuneração.

Implementação da força de

vendas

- Administração de clientes e

informações;

- Gerenciamento do território:

recrutamento e seleção dos

agentes de vendas.

- Gerenciamento do território:

treinamento e motivação.

Controle da força de vendas

- Administração de conflitos.

- Controles e auditoria de

vendas.

58

Organização de Vendas de Mercado: Cada vendedor é responsável por

atender as necessidades de clientes específicos;

Organização de Vendas Funcional: este tipo se refere á necessidade de

várias atividades no processo de vendas, onde pode haver eficiência pelo

fato de ter vendedores especializados na realização destas.

Stanton e Spiro (2000) afirmam que a forma mais usada para dividir as

responsabilidades do departamento de vendas é segmentação da força de vendas

segundo algum tipo de especialização. A direção deve analisar fatores como as

habilidades da força de vendas, avaliações de mercado e de clientes e natureza do

produto.

No processo de organizar da força de vendas, segundo Stanton e Spiro (2000) o

sistema de especialização mais utilizado é a organização geográfica, onde a força

de vendas é agrupada pelos territórios geográficos, é o tipo menos especializado e

mais generalizado de força de vendas. Esta divisão por território pode ser feita por

cidade, região, estado ou qualquer outra forma territorial (LAS CASAS, 1993).

Para Las Casas (1993), quando a empresa opera sua organização por cliente, ela

vai determinar um número de clientes a certos vendedores, que ficaram

responsáveis pelo seu atendimento e venda. Esta divisão pode ser feita de forma

bastante variada, podendo ser por tamanho, tipo de indústria ou tipo de

intermediário.

E quando a organização faz o processo de organização por produto, que

normalmente acontece quando a empresa possui diferentes produtos em sua linha,

neste caso são indicados diversos administradores e vendedores para cada um

deles, pois, devido às diferenças técnicas, poderão exigir atendimentos e

conhecimentos específicos (LAS CASAS, 1993).

Resumindo, os autores concordam entre sim diante de aspectos como os cuidados

necessários na hora da análise dos clientes, no treinamento e especialização dos

59

vendedores, e principalmente no bom atendimento e atenção necessária aos

clientes.

A organização e estruturação da força de vendas é vista por Staton e Spiro (2000)

como uma estrutura de atividades envolvendo pessoas e combinando essas

atividades para conseguir melhores resultados aliando variáveis do composto de

marketing para que esta força de venda esteja totalmente integrada com o produto,

preço, praça e promoção. Segundo Castro e Neves (2005) a decisão de qual

modelo a empresa opta, deverá ser norteada na busca de um impacto melhor e

maior possível, portanto, os autores acima descritos fazem da questão da

organização e estruturação da força de vendas um conjunto de questões

fundamentais para a operação das estruturas funcionais.

60

3 METODOLOGIA

O presente capítulo tem por objetivo apresentar a metodologia utilizada na

elaboração deste estudo, que irá determinar as formas de procedimentos para o

desenvolvimento da pesquisa.

A palavra método é de origem grega e, segundo Ruiz, (1996, p. 137) significa que o

conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação

dos fatos ou na procura da verdade.

Confirmando este contexto, Parra Filho e Santos (2003, p. 212), descreve que: “O

método de nada mais é do que o caminho a ser percorrido para atingir-se o objetivo

proposto”.

Por outro lado, segundo Hegenberg (1976, apud LAKTATOS E MARCONI, 2000, p.

45) método é o “caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que

esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado”.

Dessa forma, para a obtenção dos objetivos almejados neste estudo, a

metodologia significa o processo e a forma da pesquisa a ser desenvolvida

buscando alcançar os objetivos proposto no presente trabalho.

3.1 Tipologia de Pesquisa

O enfoque do presente estudo apresenta para o desenvolvimento da pesquisa a

abordagem exploratória descritiva de análise qualitativa e quantitativa, pois,

considerando que o presente estudo é o primeiro que a empresa está vivenciando

que irá descrever seus métodos e processos na busca de alternativas para a

proposição de variáveis no que diz respeitos aos problemas enfrentados pela

empresa.

61

Quanto à utilização da pesquisa exploratória, a mesma procura conhecer as

características de um fenômeno para procurar explicações das causas e

consequências do fenômeno, conforme conceituados por Richardson (1989).

Segundo Malhotra (2001), a pesquisa exploratória pode ser definida como um tipo

de pesquisa que tem como principal objetivo o fornecimento de critérios sobre a

situação-problema enfrentada pelo pesquisador e sua compreensão.

Barros (2007) afirma que no tipo de pesquisa descritiva, não há interferência do

pesquisador, isto é, ele descreve o objeto de pesquisa. Procura descobrir a

frequência com que um fenômeno ocorre, sua natureza, características, causas,

relações e conexões com o fenômeno. Neste tipo de pesquisa os fatores são

observados, registrados, analisados, classificados e interpretados (ANDRADE,

1999).

Goldenberg (2000) cita a importância da integração de uma pesquisa quantitativa e

qualitativa, por permitir ao pesquisador realizar um cruzamento de suas

conclusões, obtendo assim, maior confiança quanto à eficácia e resolução do

problema, provando assim, que, esses dados não são produtos de um

procedimento específico ou de alguma situação particular.

A autora ainda afirma que enquanto os métodos quantitativos indicam uma

população de objetos de estudo comparáveis, que fornecerá dados que podem ser

generalizáveis, os métodos qualitativos deverão observar, diretamente, como a

organização experimenta, concretamente, a realidade pesquisada.

3.2 Sujeito de estudo

Por se tratar de uma pesquisa desenvolvida junto à empresa, direcionada ao setor

de vendas, a empresa apresenta-se como o sujeito deste estudo. Sendo ainda

abordados os profissionais envolvidos nos setores, os gestores da empresa.

62

Segundo Ferrari (1974) os sujeitos da pesquisa são os elementos, pessoas ou

organizações, que estão implicados diretamente no processo de obtenção de

dados. Podem-se constituir de grupos, instituições ou sociedades.

3.3 Instrumento de pesquisa

Para o desenvolvimento do presente trabalho foram desenvolvidos dois

procedimentos operacionais para a obtenção das informações necessárias aos

objetivos da presente pesquisa.

No primeiro momento foi realizada a observação participante, que segundo Parra

Filho e Santos (2003) é definido como a forma de se obter com exatidão as

informações através de se observar e descrever os elementos que compõe o

sujeito de estudo seja ele um grupo social ou uma organização. O observador deve

estar atendo às frequências com que os fatos ocorrem, bem como a sua duração.

Devem ser feitos anotações dos fatos observados para que se mantenha a

fidelidade da ocorrência visando à integridade do conjunto de informações.

Em uma segunda etapa foi feita uma pesquisa documental, aonde são investigados

documentos da organização a fim de se levantar as informações e registros das

operações elaboradas pela organização, segundo Cervo (1983) a pesquisa

documental descreve e compara usos e costumes, tendências, diferenças,

resultados e outras características.

Desta forma, pode-se concluir que as proposições acima dão validade científica ao

desenvolvimento da presente proposta de relatório de estágio, uma vez que

contemplam as normas institucionais para a formulação de pesquisas acadêmica

científica.

63

3.4 Limitações da pesquisa

O grande fator limitador que se evidencia na presente pesquisa é que a mesma foi

desenvolvida na organização, sendo, portanto, de utilização limitada à própria

empresa, não devendo ser considerada para outras organizações.

3.5 Apresentação dos dados

A apresentação dos dados obtidos através das ferramentas acima citadas foram

tabulados utilizando para tanto a planilha eletrônica, Excell da Microsoft®, sendo

ainda apresentados em forma de gráficos resultantes da tabulação. Por outro lado

os dados qualitativos apresentados através de forma descritiva no programa

Microsoft Word®.

64

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA

Neste capítulo serão apresentados os resultados das pesquisas através das

informações coletadas no período de setembro e outubro de 2010, realizadas com

a observação participante no contexto da empresa, bem como nas analises dos

documentos da empresa, na perspectiva da pesquisa documental.

Primeiramente são apresentados os dados da empresa obtidos através da

observação participante, para demonstrar os processos nela incorridos. Em

seguida são relatados os dados obtidos com a entrevista semiestruturada, na qual

é descrita a estrutura da empresa.

4.1 Descrição da estrutura da empresa

Para compreensão dos processos na empresa, é apresentada toda sua estrutura

da organização abrangendo os processos da área administrativa, comercial e

produtiva.

4.2 Estrutura funcional

A R & S Fachetes atua há quase três anos no mercado de componentes para

calçados, atendendo basicamente empresas do ramo calçadista feminino adulto, os

quais buscam no seu trabalho qualidade, diferença de preços, condições de

pagamento e prazo de entrega.

Atualmente possuí dezesseis colaboradores, distribuídos na área administrativa

duas colaboradoras, sendo uma gerente administrativa que também atua na área

comercial da organização e uma secretária. Na produção conta com treze

colaboradores, um gerente de produção, onze auxiliares e uma revisora. Destaca-

se que essa distribuição física também é feita pela empresa, existindo então uma

motorista que faz as entregas aos clientes.

65

4.2.1 O processo administrativo

De maneira geral, os processos administrativos da empresa se dão de forma

bastante simplificada. Analisando primeiramente a questão administrativa, as

atividades decorrentes deste setor são desenvolvidas pela gestora e por uma

auxiliar administrativa as quais recebem remuneração pela execução dessas.

As questões financeiras como cobrança e pagamentos são todas executadas pela

própria empresa. Dessa forma, o cliente ao optar pela R & S Fachetes para a

fabricação de fachetes para seus calçados pode optar forma que melhor se encaixa

a sua empresa, uma vez que a R & S Fachetes trabalha com as seguintes

condições de pagamento: à vista, 45 ou 60 dias; parcelamento com cheques ou

boleto, variando o prazo médio de acordo com o cliente e o montante do pedido e a

necessidade do cliente.

Em relação a folha de pagamento, os proventos estão de acordo com os direitos do

trabalhador previstos em lei, existindo a possibilidade de a empresa conceder um

adiantamento de salário de 30% todo o dia quinze de cada mês.

Para uma melhor visualização é apresentado na figura 9 à descrição do

organograma funcional da empresa.

66

Figura 9. Organograma da empresa. Fonte: Pesquisa Aplicada (2010).

Gerencia Administrativa

Administração Finanças Compra

Gerencia de Produção

Produção

Supervisor

Operacional

Controle de qualidade

Expedição

67

4.3 O processo comercial e produtivo

Por ser uma empresa fornecedora de componentes, as atividades desenvolvidas

pelo setor produtivo depende do desempenho do departamento de vendas, não

existindo a possibilidade de antecipação do trabalho, sendo que a produção só

consegue colocar em prática suas atividades mediante recebimento de pedido dos

clientes.

Com relação aos aspectos do modelo da operação comercial da empresa, através

da observação participante, foi possível identificar o caminho, ou fluxograma, das

solicitações de compra dos clientes e seu percurso desde o recebimento da

solicitação de compra a expedição da mesma. Demonstrando de forma clara todos

os processos que ocorrem dentro da empresa.

Desta forma, na figura 10, é apresentado o fluxograma do processo comercial.

Figura 10: Fluxograma da empresa. Fonte: Pesquisa Aplicada (2010).

Cliente

Vendas

Aprovado

Produção e qualidade

Faturamento Expedição

Não

aprovado

Finanças

68

O atendimento ao cliente é feito pessoalmente, e é neste momento que a empresa

apresenta e recebe informações sobre as tendências e inovações na área para as

próximas coleções. Esse contato e a troca de informações permite o

desenvolvimento de produtos de maior qualidade e exclusividade para o cliente.

Entre o contato com o cliente, a informação, o desenvolvimento e entrega de

amostras a empresa necessita de um prazo de três dias úteis para que a primeira

etapa deste processo seja concluída.

Após apresentação das amostras, e as definições dos clientes, fazendo a

aprovação das mesmas, é feito o custo de venda do produto por par.

Geralmente, após 20 dias da entrega das amostras e acerto das coleções, inicia-se

o fluxo de compra dos clientes, após os mesmo receberem os pedidos de seus

clientes eles encaminham a R & S Fachetes os produtos que irão precisar para a

construção de seu produto final. Os pedidos chegam até a R & S Fachetes através

de e-mail, fax ou os clientes entregam em mãos a área comercial da empresa.

Com a chegada dos pedidos, os mesmo são digitados no sistema de P.C.P.

(planejamento, controle da produção) da empresa, é feito a conferência de preço,

condição de pagamento e prazo de entrega. Após este processo então é

encaminhado para a aprovação de crédito, caso o cliente possua alguma

irregularidade a área de vendas entra em contato com o mesmo para que se possa

resolvê-lo. Para então poder colocar o pedido em produção. Esta etapa do

processo entre avaliação e liberação do pedido leva no máximo um dia para ser

concluída.

Quando o pedido está aprovado é encaminhado para a produção com as suas

devidas ordens, é visto se não existe nada em estoque, após então o que se faz

necessário produzir é encaminhado ao corte, em seguida passa para a lixação, em

seguida passa-se cola e é feito à montagem do fachete, que então é prensado para

firmar a forma do produto, em seguida é cortado na guilhotina, dublado e

encaminhado ao controle de qualidade. Esta é a parte mais demorada do processo,

leva em torno de seis dias desde o início de sua fabricação até a conclusão do

69

mesmo. Dessa forma, nesta etapa é concluída a fase de produção e qualidade.

Após aprovação do controle de qualidade e liberação para a entrega dos pedidos,

as ordens de produção são encaminhadas ao faturamento, que verifica novamente

a digitação dos pedidos, os preços e prazos do cliente. Após tudo conferido, é

realizada a emissão da nota fiscal constando todas as referências, cores, preços de

cada produto existente no pedido do cliente. Juntamente com a demonstração da

condição de pagamento que será feita.

Em seguida da emissão da nota fiscal, a mesma é encaminhada para a expedição,

onde se encontram os pedidos de cada cliente devidamente separado e organizado

por lotes a serem entregues aos mesmos. A entrega se faz com o carro próprio da

empresa a todos os clientes, sem custo adicional. Finalizando então todas as

etapas do processo demonstradas no fluxograma, a empresa solicita aos clientes

um prazo mínimo de sete dias úteis e o prazo máximo de dez dias úteis, para então

concluir totalmente este processo.

A empresa instalou no ano de 2010 um sistema de informação onde possui

registrado o banco de dados de todos os seus clientes ativos que hoje alcança um

número de 26 empresas. Neste sistema também então os pedidos recebidos e que

estão em produção e suas posições de entrega, e a interface de crédito dos

clientes. Estão lançados no sistema ainda os pedidos das matérias primas feitas

aos fornecedores da R & S Fachetes, juntamente com as contas a pagar.

O departamento comercial da R & S Fachetes é composto por duas colaboradoras,

uma auxiliar administrativa que é responsável pelo recebimento e confirmação de

recebimento, digitação das ordens de produção e conferência dos preços, data de

entrada, condição de pagamento dos pedidos, passar aos clientes o andamento e

posição de entrega dos pedidos solicitados pelos mesmos. A auxiliar gera

semanalmente os relatórios de contas a receber e de contas a pagar para que a

gestora possa se organizar para fazer as cobranças e os pagamentos que se

fazem necessários. Após os pagamentos e os recebimentos a auxiliar também faz

constar no sistema a baixa das notas, para que se possa controlar melhor o fluxo

70

de caixa da empresa. Já a gestora é responsável pela visitação aos clientes,

quando é feita a demonstração dos produtos, conforme já mencionado.

Possui ainda uma gerente comercial que desenvolve as visitas e os demais

procedimentos para saber quanto à satisfação do cliente sobre sua entrega,

qualidade, e para novos desenvolvimentos. Estas visitas são feitas semanalmente.

É também função desta gestora, toda a pesquisa de tendências de moda, como já

exposto anteriormente para o desenvolvimento de produtos. A mesma ainda cuida

da área financeira, sendo, os pagamentos e recebimentos e do setor de recursos

humanos.

A empresa não possui nenhum representante comercial atuando no mercado além

da gerente comercial. Desde a sua fundação, a empresa conquistou uma carteira

fidelizada de clientes formada por produtores de calçados femininos instalados nos

municípios de São João Batista, Nova Trento e Canelinha.

Dentre as empresas situadas no Vale do Rio Tijucas existem nove fabricas de

calçados femininos que são clientes potenciais para a empresa.

Esses clientes potenciais, atualmente, são atendidos por concorrentes do Rio

Grande do Sul, da região do Vale do Rio dos Sinos, considerado o maior polo

calçadista feminino do país, dessa forma, esses concorrentes pela sua expertise,

desenvolveram maior poder de influência e barganha no mercado. Na pesquisa

foram identificados sete concorrentes que atendem algumas empresas de São

João Batista.

Uma das empresas concorrentes no ramo é a Calçados Moschem, situada em Três

Coroas - RS, que está atuando no mercado comercial desde abril de 1978, conta

com a experiência de profissionais com mais de três décadas atuando no ramo de

componentes para calçados. Possui uma produção média diária de 15.000 pares

de capas de fachete contando com vinte colaboradores diretos.

71

Possui um corpo administrativo com profissionais capacitados que estão à

disposição de dúvidas, questões, sugestões e reclamações; tudo no intuito de

realizar um trabalho conjunto, o que é fundamental para uma boa negociação e

para a satisfação de seus clientes. Na figura 11 é demostrando as instalações da

empresa:

Figura 11: Calçados Moschem. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

Possui em seu site uma área demonstrativa de seus maiores clientes, e um link

para contato através de e-mail, possui também o mapa de como chegar até a

empresa, endereço e telefone para contato e alguns de seus produtos também se

encontram em exposição.

Outro concorrente que se destaca é a Discover Shoes Componente que é uma

indústria de componentes para calçados, especializada em fachetes, viras, solas

de couro. Além do fachete tradicional de couro eles ainda usam como matéria

prima o recouro, cortiça, madeira, EVA e metais. Situada na cidade de

Sapiranga/RS, atua em todo o estado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São

Paulo e Minas Gerais. Sua produção diária é de 30 mil pares, sendo que possui

sessenta funcionários.

72

A empresa conta com uma grande estrutura, numa área de 3,5 hectares, tendo em

sua linha de produção um prédio de 3.299 m². Envolvida com o lazer de seus

colaboradores, conta com um campo de futebol e dois vestiários equipados, além

de um projeto de um futuro quiosque para, após os jogos, receber os clientes e

fornecedores.

Possui em seu site uma área restrita de atendimento aos seus clientes e

demonstração de seus produtos. Apresentam também todos os dados de seus

representantes comerciais, e os dados da empresa para contato. Conforme figura

12:

Figura 12: Discover Shoes Componentes. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

Como terceira maior concorrente, situada em Campo Bom no Rio Grande do Sul

encontra-se a Radan Componentes, sendo esta concorrente o de maior atuação

dentro de São João Batista, pois, possui um trabalho de contato com clientes mais

forte do que as outras concorrentes. Atua desde 1993 no mercado, trazendo a cada

estação novidades para seu estilo. Conta com a participação de trinta

colaboradores diretos, que produzem diariamente 20 mil pares de fachete.

Dedicação, qualidade e agilidade são marcas registradas no atendimento

personalizado desta empresa.

73

A sua estrutura física é demonstrada na figura 13:

Figura 13: Empresa Radan Componentes. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

Em seu site possui o demonstrativo de alguns de seus produtos, seus contatos e

de seus representantes, e ainda disponibiliza um link de orçamentos onde o cliente

potencial ou já fidelizado pode descrever sua necessidade para que a empresa

entre em contato com o mesmo.

Figura 14: Radan Componentes. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

74

Outra empresa que faz parte das concorrentes da R & S Fachetes é a Viratec, tem

sua sede em Campo Bom-RS, e foi fundada em 8 de dezembro de 2008 com o

intuito de oferecer ao mercado calçadista a solução em capas de salto e vira.

Possui uma equipe, composta por profissionais que atuam há mais de 30 anos

neste ramo, a empresa está capacitada com uma sólida estrutura, equipe está

formada por 20 pessoas, que produzem dez mil pares por dia. Tecnologia,

inovação de maquinário e processos especiais são os principais itens para atender

a demanda do atual e exigente mercado. Como todas as empresas está sempre

buscando as tendências através de pesquisa, para ter contato com o que há de

mais moderno neste segmento.

Tem seus produtos fabricados em sola de couro e recouro. E possuem opções de

processos como: tingimento na cor desejada, inserção de materiais como cortiça e

madeira, aplicação de estampa e gravação a laser, ou conforme for a solicitação do

cliente.

Figura 15: Empresa Viratec. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

75

Em seu site possui a sua localização demonstrada por um mapa, tem seus dados

para contatos, mais não demonstra seus representantes, conforme a figura n.15

possui alguns produtos em exposição.

A Klaby também é uma empresa especializada na fabricação de componentes para

calçados, e possui duas sedes, sendo a matriz em Três Coroas e a filial em Novo

Hamburgo, está no mercado desde 1991 e se destaca por continuar conquistando,

em toda sua trajetória, a confiança e satisfação de clientes, fornecedores e

colaboradores. Possui uma produção diária de dez mil pares, e tem uma média de

20 funcionários diretos. Além de atender no Brasil, vende seus produtos também

no Mercosul e na Europa. Conta com uma equipe de profissionais altamente

capacitados que estão em constante aperfeiçoamento.

Seu site possui apenas informações da empresa como o histórico, missão, visão e

localização e dados para contato. É um site mais simples do que o dos outros

concorrentes como se pode observar n.16:

Figura 16: Empresa Klaby. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

As outras duas empresas concorrentes que possuem clientes em São João Batista

são Coufab, que possui sua sede em Novo Hamburgo, que além de trabalhar com

76

o fachete tradicional possui uma linha diferenciada, nomeada como maderela, que

é produzida em recouro. A Coufab produz diariamente de cinco a sete mil pares por

dia, e conta com a ajuda de dez funcionários. A Coufab não possui site.

E a empresa Dimari, situada em Três Coroas, produz cerca de cinco mil pares por

dia, e possui dez funcionários. Esta empresa também não possui sites.

No quadro n.6 pode-se observar a comparação entre os concorrentes existentes.

Os dados para a construção desta tabela foram extraídos através de uma pesquisa

informal com profissional do setor bastante entrosado com este mercado.

NOME DA

EMPRESA

CIDADE

SEDE

No DE

FUNCIONÁ-

RIOS

PRODUÇÃO

DIÁRIA

REGIÕES

ATENDIDAS

R & S Fachete S. J. Batista 11 6 mil pares S.J.Batista –

SC.

Calçados

Moschem

Três Coroas 20 15 mil pares RS e SC.

Discover

Shoes

Componentes

Sapiranga 60 30 mil pares RS, SC, SP e

MG.

Radan

Componentes

Campo Bom 30 20 mil pares CE, RS, SC,

SP e China.

Viratec Campo Bom 20 10 mil pares RS, SC e SP.

Klaby Três Coroas e

Novo

Hamburgo

20 10 mil pares RS, Mercosul

e Europa.

Coufab Novo

Hamburgo

10 5 a 7 mil

pares

RS e SC.

Dimari Três Coroas 10 5 mil pares RS e SC.

Quadro 6: Comparativos concorrentes. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

77

Analisando os dados, observa-se que o maior fabricante de fachete das oito

analisadas é a Calçados Moschem, mais não é ela a que concorrente diretamente

no mercado de São João Batista com a R & S Fachetes. A empresa que ocupa

esta posição é a Radan Componentes, a única das sete empresas gaúchas que

possui um escritório fixo na cidade, e que faz o mesmo trabalho de visitações

semanais que a empresa em estudo faz.

4.4 Pesquisa documental

Através da pesquisa documental é demonstrado o desenvolvimento anual da

empresa tendo como base o número de pares de fachetes vendidos mensalmente.

Buscou-se analisar os anos de 2008 e 2009, sendo que, no decorrer do ano de

2008 foram vendidos 163.333 mil pares. No ano de 2009, o montante de fachetes

vendidos elevou-se para 457.515 mil pares.

VENDAS - 2008 QUANTIDADE

JANEIRO INÍCIO

FEVEREIRO 5580

MARÇO 4247

ABRIL 9767

MAIO 10696

JUNHO 17277

JULHO 20266

AGOSTO 9771

SETEMBRO 13073

OUTUBRO 20434

NOVEMBRO 38446

DEZEMBRO 14076

TOTAL 163.633

VENDAS 2009 QUANTIDADE

JANEIRO 14989

FEVEREIRO 31335

MARÇO 24904

ABRIL 38132

MAIO 32428

JUNHO 40835

JULHO 50173

AGOSTO 37879

SETEMBRO 38517

OUTUBRO 46723

NOVEMBRO 58321

DEZEMBRO 43279

TOTAL 457.515

78

Quadro 7. Comparativo de venda e produção 2008/2009. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

Analisando o ano de 2008, foi possível identificar que os meses de maior baixa nas

vendas são maio e dezembro. Estes dois meses foram relacionado como os de

baixa, por causa da sazonalidade do mercado, sendo que estes são os meses de

troca de estação e promoções nas lojas. Isto ocorre, pois as empresas de

componentes trabalham sempre um mês a frente de seus clientes, sendo que para

eles os meses de baixa são junho e janeiro. Já os meses de alta são março e

outubro, onde as empresas se encontram no auge das vendas, no meio das

coleções.

No gráfico nº 1 são apresentados os resultados de venda obtidos no ano de 2008.

Gráfico 1: Demanda alcançada em 2008. Fonte: Pesquisa aplicada (2010)

Comparando os dados apresentados no ano de 2009, a empresa alcançou

expressiva elevação nas vendas. Isto foi possível devido a uma promoção feita nos

meses de sazonalidade, a alguns clientes foi dado um prazo maior de pagamento e

a outros 5% de desconto. Sendo que neste período a empresa se tornou a única

fornecedora de fachetes da cidade, já que seu único concorrente com sede em São

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

VENDA 2008 - PARES

pares

79

João Batista encerrou suas atividades, resultando num aumento na base de

clientes.

No gráfico nº 2 são demonstrados os resultados de vendas do ano de 2009.

Gráfico 2: Demanda alcançada em 2009. Fonte: Pesquisa aplicada (2010)

Quadro 8. Venda e produção de 2010. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

VENDA 2009 - PARES

pares

VENDAS - 2010 QUANTIDADE

JANEIRO 22.783

FEVEREIRO 47.002

MARÇO 37.356

ABRIL 56.132

MAIO 64.188

JUNHO 92.230

JULHO 87.411

AGOSTO 89.657

SETEMBRO 98.900

OUTUBRO 54.184

TOTAL 649.843

80

Já em 2010 o aumento nas vendas e na produção diária se dá devido a conquistas

de novos clientes e a reativação de outros, conquista essa que ocorreu através da

feira de componentes e também através de visitas feitas aos clientes do antigo

concorrente que fechou no ano de 2009 conforme citado anteriormente. Sem

contar que 2010 trouxe o fachete como tendência fortíssima na moda calçadista,

sendo assim os clientes desenvolveram mais linhas usando intensamente o

produto, colaborando para um aumento significativo nas vendas da R & S

Fachetes.

E para os dois meses que ainda faltam para fechar o ano à empresa faz uma

previsão de ainda produzir cerca de setenta e cindo mil pares, fechando o ano com

aproximadamente setecentos e vinte mil pares.

Gráfico 3: Comparativo vendas em 2008, 2009 e 2010. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

2008

2009

2010

81

Gráfico 4: Evolução das vendas em 2008, 2009 e 2010. Fonte: Pesquisa aplicada (2010).

Pode-se notar que o mercado calçadista batistense é amplo, e possui um potencial

de compra bastante expressivo, conforme observado no gráfico n. 4 o crescimento

no mercado de fachete é bastante relevante, sendo que para isto se tornar

realidade é necessário o um continuo desenvolvimento de ações de marketing e

um trabalho diferenciado com os clientes potenciais e já fidelizados, para que se

possa aumentar ainda mais a demanda.

A empresa analisa sua previsão de vendas através de sua capacidade de produção

que hoje é de seis mil pares dias mediante o número de colaboradores e

maquinário que a empresa possui, não considera nenhum tipo de histórico de

vendas para criar esta meta diária.

4.5 Ações de comunicação marketing desenvolvidas

Em relação às ações de marketing desenvolvidas pela empresa, percebe-se que a

maior das ações realmente desenvolvida é a exposição na SEINCC, feira de

componentes e máquinas para calçados que ocorre no mês maio em São João

Batista. Em 2010 foi o primeiro ano que a empresa expos na feira e através dela

conquistou dois novos clientes e recomeçou seu trabalho com três clientes que se

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

2008

2009

2010

82

encontravam inativos. A empresa gastou em torno de cinco mil reais para expor na

feira, contanto com locação do espaço e montagem do stand, aluguel de móveis,

alimentação e bebidas e os materiais como tabela de cor, cartão de visita e

amostras.

Outra forma encontrada pela empresa para demonstrar seus produtos aos seus

clientes e potenciais clientes é através do show room da empresa, onde durante

toda a coleção os modelos de fachetes desenvolvidos para a estação que se está

sendo trabalhada no momento ficam em exposição.

83

5 ANÁLISE DE RESULTADOS E PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

No presente capítulo são analisados os resultados, bem como a indicação do

conjunto de ações para a empresa R & S Fachetes para atingir os objetivos

propostos neste trabalho.

5.1 Análise do resultados

De maneira geral percebe-se que a área de vendas da empresa encontra-se, de

forma geral, bastante positiva, embora não tenha um planejamento estruturado

para o desenvolvimento de suas ações consegue atingir as necessidades de

negócios que a empresa requer. De acordo com o crescimento observado ao longo

do período analisado, pode-se afirmar que algumas ações foram se adequando a

empresa para que a mesma conseguisse aumentar sua participação no mercado,

ou até mesmo entrar em novos mercados e clientes potenciais. Porém, atualmente

percebe-se que a falta de um planejamento e a sobrecarga de atividades em

apenas na gestora, no caso a gerente administrativa, poderá comprometer as

ações de longo prazo, gerando dificuldades no desenvolvimento da empresa.

Ao analisar a empresa, um elemento marcadamente positivo em seu processo é o

atendimento e o comprometimento da empresa com seus clientes, sendo que,

todas as informações de tendência e desenvolvimento de coleção são

fundamentais e servindo de base para um atendimento diferenciado para cada

cliente, sem contar nas visitas semanais abordando temas específicos como

controle de qualidade, entrega ou novos desenvolvimentos para reforços de linhas,

entre outros. Acredita-se assim, que a empresa possui um padrão de atendimento

de qualidade, proporcionando ao cliente a satisfação de ser bem atendido.

Com relação ao corpo administrativo, percebe-se que a inexistência de vendedor

externo e de auxiliar administrativo, ou até mesmo a divisão de tarefas na parte

administrativa da empresa acarreta uma carga de trabalho excessiva, ocasiona um

acumulo de serviços sobre a gestora que acaba não conseguindo executar suas

tarefas diárias de uma forma adequada. Com isso, faz-se necessário a

84

reestruturação da área de vendas e uma elaboração de um conjunto de ações de

marketing para se obter uma maior efetividade das vendas da empresa.

5.2 Proposição da reestruturação da área de vendas

Em vista do contexto de informações apuradas na presente pesquisa, as

proposições sugeridas visam atender as necessidades imediatas da empresa de

acordo com a sua estrutura física e sua capacidade, de modo que possibilitem a

empresa a sua implantação imediata.

As ações propõem melhorias a curto e longo prazo, busca incentivar a ampliação

da participação da empresa para obter uma maior demanda de clientes,

fomentando assim os resultados de venda.

O quadro 9 demonstra o conjunto de ações a serem implantados para que se

alcance os resultados pretendidos.

Quadro 9: Conjunto de ações propostas. Fonte: Pesquisa desenvolvida (2010).

Ação

Responsável

Período

Investimentos

Contratar mais uma auxiliar administrativa para a divisão de serviços.

Gerente

Administrativa

Novembro 2010 R$800,00 mensais

Criação de um site

Gerente

Administrativa

Janeiro 2011 R$5000,00

Exposição na FIMEC, feira de componentes para calçados no Rio Grande do Sul.

Gerente

Administrativa

Abril 2011 R$5500,00

85

As ações propostas visam além de incentivar as vendas, busca ainda uma maior

exposição mercadológica da empresa, possibilitando uma maior participação junto

ao seu público alvo. De forma que, o número de vendas efetivadas apresente uma

elevação, e que se conquistem os clientes potenciais existentes em São João

Batista.

5.3 Estrutura de vendas

Percebe-se que má organização na estruturação da força de vendas poderá

acarretar em um perca de participação de mercado. Sendo assim, esse problema,

demonstra que a empresa não consegue atender de uma melhor forma a expansão

de sua demanda e se encontra estrategicamente vulnerável com relação aos

concorrentes do Rio Grande do Sul, uma vez que estes tem presença na cidade.

Com a contratação de profissionais para o operacional interno a gestora deverá ter

mais tempo para atuar no mercado atual. Dentre as funções desenvolvidas a

prospecção de sete novos clientes localizados em São João Batista, com quem

ainda não possuí relação comercial, os quais correspondem com os objetivos da

empresa de forma primordial, pois, seria interessante até mesmo para os clientes

poderem ter a empresa a sua disposição e tão perto para qualquer resolução de

eventuais dúvidas ou problemas. Sendo que a empresa também irá precisar ter

uma atenção redobrada com estes clientes até conseguir uma fidelização total dos

mesmos, pois se faz necessário suprir o atendimento e a qualidade que os mesmo

tinham em seus produtos que são comprados de outros fornecedores.

Já para alcançar a sua meta de longo prazo, que seria a de entrar no mercado

calçadista gaúcho a empresa poderia contar com a contratação de um comercial,

que teria o conhecimento do ramo, ele trabalharia como representante terceirizado,

sendo que somente receberia sobre o que conseguisse vender.

86

6 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mercado calçadista feminino catarinense vem se desenvolvendo e crescendo

cada vez mais, sendo reconhecido nacionalmente como o segundo maior pólo

calçadista feminino do país. E esse crescimento está fazendo com que as

empresas trabalhem com mais inovação, a busca por qualidade, e produtos com

diferencial, fazendo uso de novas tecnologias e tendências internacionais. Sendo

assim as empresas de componentes precisam estruturar-se, buscando dedicar-se,

ter criatividade fazendo uso de tendências da moda atual dentro do calçado

feminino para poder alcançar os objetivos propostos.

A R & S Fachetes, de acordo com o desenvolvimento da pesquisa, foi possível

avaliar a sua estrutura, seu expertise e know how no setor calçadista, conclui-se

que a mesma alcança negócios com fabricantes de calçados de expressivo valor.

Neste contexto, atende o mercado regional de São João Batista, e apresenta

condições de competitividade em outros arranjos produtivos locais calçadistas,

desta forma foi possível desenvolver um conjunto de ações que possa aumentar

seus resultados operacionais.

Outra consideração relevante é que a empresa deve consolidar ainda mais sua

posição mercadológica na cidade, uma vez que é a única fornecedora de fachete.

O estudo feito procurou demonstrar como é possível a empresa expandir e

alavancar seus negócios, para tanto é proposto uma reorganização da estrutura

administrativa organizacional e também na área comercial da empresa. Os

investimentos estão adequados com a realidade e porte da empresa.

Portanto, acredita-se que o desenvolvimento deste projeto dentro de suas linhas

propostas, objetivos realistas, atividades sendo desenvolvida, a partir do momento

que se tem identificando as “situações problemas” a empresa R & S Fachetes,

através dos seus administradores e colaboradores alcançarão os melhores

resultados possíveis, vindo a tornar-se o que almejam: no ramo de fachetes

87

aumentar a quantidade de clientes resultando então no aumento das vendas e de

sua produção diária.

Assim este trabalho trouxe vários conhecimentos, novos saberes para a acadêmica

e também suporte necessário para a empresa em estudo, alcançar a consolidação

da sua capacidade competitiva, a fim de ganhar forças para criar uma nova

estrutura, ter criatividade e possuir as melhores ações para conquistar o mercado

que se apresenta, gerando consequentemente maiores vendas, lucros e mais

empregos.

6.1 Proposição para trabalhos futuros

Em vista da evolução vivenciada pela empresa, propõe-se, como indicações para

trabalhos futuros, a abertura de espaço para o desenvolvimento e aplicação de

pesquisa em áreas como estruturação da produção, custos e área financeira.

Buscando através dessas a análise e proposição de melhorias das áreas

relacionadas.

88

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