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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
FRANCIELE MARCHEZI MANSARDO
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS
DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVALI SOBRE DIABETE
MELITO
Itajaí, (SC) 2009
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FRANCIELE MARCHEZI MANSARDO
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS
DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVALI SOBRE DIABETE
MELITO
Itajaí SC, 2009
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Cirurgião-Dentista na Universidade do Vale do Itajaí. Orientadora: Prof. Maria Regina Orofino Kreuger
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Folha de Aprovação
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AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus pela vida e família tão maravilhosas.
Aos meus pais Marilene e José pela dedicação, carinho e apoio incondicional para
a realização deste sonho, vocês são meu exemplo de determinação, cumplicidade,
respeito e amor. Muito obrigada, amo vocês.
À professora Maria Regina, professora e orientadora por ter me acolhido neste
trabalho e ter sido uma mãezona, pela sua disponibilidade, apoio, estímulo e confiança na
realização deste trabalho. Tens minha admiração, respeito e carinho pela atenção em
sempre transmitir seus conhecimentos. Muito obrigada!
À professora Elisabete pela dedicação, disponibilidade e paciência com que
sempre me orientou.
Aos professores Nestor e Marcio por terem aceito o convite para fazer parte da
banca.
Aos colegas de curso que voluntariamente concordaram em fazer parte da
pesquisa.
Aos professores do Curso pelo apoio na aplicação dos questionários.
Aos colegas de sala pela amizade.
Aos grandes amigos que fiz aqui e levarei pra sempre comigo.
Aos meus antigos amigos que permaneceram comigo mesmo com toda a distância
provocada pelo destino. O contato é pouco mas o carinho é imenso.
À todos que contribuíram para a realização deste sonho o meu muito obrigado!!
“ Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com
classe e vencer com ousadia. Porque o mundo pertence a quem se atreve, e a vida é
muito para ser insignificante.” Charles Chaplin
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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVALI SOBRE DIABETE MELITO Acadêmica: Franciele Marchezi MANSARDO Orientadora: Maria Regina Orofino KREUGER Data de defesa: setembro de 2009 Resumo:
A capacitação do dentista para a prática cotidiana da Odontologia deve incluir o conhecimento e identificação das enfermidades sistêmicas mais frequentes, bem como sua forma de diagnóstico e tratamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento de alunos do curso de Odontologia da UNIVALI sobre Diabete Melito. Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal. A amostra foi do tipo não probabilística, obtida por conveniência. A coleta de dados foi realizada através de um questionário composto de 10 questões, sendo todas de múltipla escolha. Houve o retorno de 233 instrumentos, o que representa 75,8% da população-alvo. O resultado foi obtido através da comparação das médias do número de acertos para os três grupos. O Grupo 1 era constituído pelos acadêmicos do 1º ao 3º períodos; o Grupo 2 do 4º ao 6º períodos e Grupo 3 do 7º ao 9º períodos. O melhor desempenho obtido foi para a questão sobre os valores que são considerados normais quanto à taxa de glicemia, e a questão sobre os sinais e sintomas da hiperglicemia mostrou o menor número de acertos. De modo geral, a maioria dos alunos, independente do período matriculado, se mostrou com a média do nível de conhecimento mediano. Sugere-se que os conteúdos sobre Diabete Melito sejam enfocados em paralelo às atividades clínicas, pois, desta forma, os alunos estariam integrando conhecimentos teóricos com conhecimentos práticos. Palavras-chave: Diabete Melito, procedimentos clínicos, clínicas odontológicas, hipoglicemia, hiperglicemia.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1 - Questão sobre o nível de conhecimento dos acadêmicos a respeito dos valores que são considerados normais quanto à taxa de glicemia...................................................................................................................19
Gráfico 2 - Questão sobre o nível de conhecimento dos acadêmicos sobre
qual o tipo de patologia que o Diabete Melito é considerado.................................20 Gráfico 3 - Questão sobre o conhecimento dos acadêmicos sobre os
principais sintomas de um paciente com Diabete Melito......................................................................................................................20
Gráfico 4 - Questão sobre o nível de conhecimento dos acadêmicos sobre
as principais complicações do Diabete Melito........................................................21 Gráfico 5 - Questão sobre o nível de conhecimento dos acadêmicos em
relação às principais manifestações orais dos pacientes diabéticos......................23
Gráfico 6 - Questão sobre o conhecimento dos acadêmicos sobre quais são os exames laboratoriais que podem indicar o diagnóstico de diabetes.................22
Gráfico 7 - Questão sobre o nível de conhecimento dos acadêmicos sobre
quais são os sintomas e sinais da hipoglicemia.....................................................24 Gráfico 8 - Questão sobre o nível de conhecimento dos acadêmicos frente aos fatores que podem desencadear hipoglicemia em um paciente durante uma conduta odontológica..............................................................................................25
Gráfico 9 - Análise geral do nível de conhecimento dos acadêmicos sobre
quais são os sintomas e sinais da hiperglicemia ...................................................26 Gráfico10 - Análise geral do nível de conhecimento dos acadêmicos sobre
quais os cuidados odontológicos indicados para o cirurgião-dentista com o diabético..................................................................................................................27
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 07 2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 2.1 Diabete Melito................................................................................................. 2.2 Diabete Melito na Odontologia..................................................................... 2.3 Relatos de estudos sobre Diabete Melito na formação do profissional de Odontologia ....................................................................................................
08 08 11 15
3 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 16 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..................................
18
5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 39
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1 INTRODUÇÃO
A capacitação do dentista para a prática cotidiana da Odontologia deve
incluir o conhecimento e identificação das enfermidades sistêmicas mais
freqüentes e sua forma de diagnostico e tratamento. É necessário, também, que o
cirurgião-dentista seja capaz de reconhecer pacientes com risco de complicações
relacionadas com a prática dentária. O domínio destas competências permite o
desenvolvimento de um plano de tratamento seguro, evitando possíveis situações
de urgência quando da consulta odontológica.
Dentre as enfermidades sistêmicas crônicas mais frequentes, merece
destaque o Diabete Melito (DM) que afeta cerca de 10 milhões de pessoas, no
Brasil, e, destes, 90% são do tipo 2, ou seja, adquirida na idade madura, não
insulino-dependente. (HADDAD, 2007) Considerando-se as condições fisiológicas
destes sujeitos, deve-se ter cuidados especiais nos procedimentos odontológicos,
sendo de fundamental importância o controle de todas as alterações orais
apresentadas nestes pacientes.
Tendo em vista que a freqüência de pacientes com Diabete Melito nas
clínicas odontológicas vem aumentando de forma significante, é primordial que o
futuro cirurgião-dentista receba informações teórico-práticas, durante seu
processo de formação. Ele deve ser, constantemente, estimulado a valorizar e
aplicar os procedimentos básicos, quando do processo de anamnese dos seus
pacientes, durante o curso, para que posteriormente, mediante a internalização
destes conceitos, possa colocá-los em prática na sua rotina clínica.
Sabemos que os conhecimentos referentes ao controle da glicose são
repassados por diferentes disciplinas que compõem a matriz curricular do Curso
de Odontologia da UNIVALI. No entanto, não temos a dimensão de o quanto este
conhecimento foi internalizado pelos acadêmicos. Assim, propusemos esta
pesquisa com todos os alunos do Curso de Odontologia da UNIVALI, com o
objetivo de avaliar o seu nível de conhecimento sobre Diabete Melito na clínica
odontológica.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Diabete Melito
Segundo o Ministério da Saúde, o Diabete Melito está se tornando uma
epidemia do século e já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, de acordo com a Vigitel 2007 a ocorrência média de Diabete Melito na
população adulta (acima de 18 anos) é de 5,2 %, o que representa 6.399.187 de
pessoas que confirmaram ser portadoras da doença. Tem sido considerado um
problema de saúde pública, pois resulta em substancial mortalidade e morbidade
devido às complicações crônicas decorrentes. Afeta 17 em cada 1000 pessoas,
entre os 25 e 44 anos, e 79 indivíduos a cada 1000 em idade acima de 65 anos.
(TOFOLI et al., 2005; SOUSA et al., 2003)
O Diabete Melito é uma doença de natureza crônica, que resulta de uma
perturbação no metabolismo dos carboidratos em virtude de a insulina não
exceder adequadamente seus efeitos metabólicos. Quando o pâncreas deixa de
secretar a insulina, ou é secretada em quantidades insuficientes, a glicose
acumula-se no plasma, produzindo elevação de sua taxa acima dos valores de 70
mg/dl a 99 mg/dl, e o Diabete Melito se instala. Não é uma única entidade, mas
um grupo de desordens metabólicas, é uma doença sistêmica causada pela
deficiência total ou parcial de insulina, causada pelas alterações metabólicas dos
carboidratos, lipídios e proteínas, provocada pela baixa produção do pâncreas, ou
pela falta de resposta dos tecidos periféricos à insulina ou, ainda, pela resistência
das células a sua ação. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005; TOFOLI et al., 2005)
Nos últimos anos, o crescente sedentarismo e os hábitos alimentares pouco
saudáveis tem contribuído para o aumento simultâneo dessa doença que está
relacionada a fatores hereditários e ambientais, como a obesidade, e incide na
população urbana em pessoas que não praticam esportes, após os 45 anos de
idade, prevalecendo o sexo feminino. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005; ORSO;
PAGNONCELLI, 2002)
Existem duas categorias baseadas na fisiologia da doença: Diabete Melito
Insulino Dependente ou Tipo I e Diabete Melito Não Insulino Dependente ou Tipo
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II. O Diabete Melito tipo I ou juvenil é um fenômeno auto-imune e afeta pacientes
que têm em média menos de 30 anos, ocorre em 10% dos diabéticos e é o próprio
organismo que produz substâncias que destroem progressivamente as células do
pâncreas. Está relacionado freqüentemente com a diminuição da produção de
insulina e estes sujeitos têm tendência a cetoacidose e costumam ser pessoas
magras. O Diabete Melito tipo II é um distúrbio heterogêneo caracterizado por
menor secreção de insulina e por redução da sensibilidade tecidual à insulina,
ocorre mais comumente em adultos que ingerem excessivamente açúcar
provocando uma resistência à entrada deste na célula, os portadores não tendem
a cetoacidose, e geralmente são obesos e idosos, afetando 90% dos pacientes
diabéticos. A hiperglicemia neste caso não é causada pela destruição das células
beta, mas representa uma falha das células beta em enfrentarem um aumento na
demanda de insulina, e sua patogenia é uma redução na secreção de insulina
estimulada pela glicose, composta por resistência periférica às ações da insulina.
A herança multifatorial é uma contribuição-chave para o desenvolvimento do
Diabete Melito não insulino dependente. (ORSO; PAGNONCELLI, 2002; MISTRO
et al., 2003)
Em muitos pacientes, o Diabete Melito é descoberto no momento da
hospitalização, em decorrência dos sinais e sintomas de acidose metabólica,
cetose, perda de peso, desidratação e desequilíbrio eletrolítico. Esses eventos, às
vezes, ocorrem inesperadamente e precipitadamente e podem representar
emergências acompanhadas de riscos de vida (RUBIN; FARBER, 1999)
Quando a glicemia atinge valores de 160 a 180 mg/dL, não havendo
insuficiência renal, a glicose passa a ser eliminada pela urina acarretando a urina
doce ou glicosúria que “arrasta” mais água, aumentando o volume de excreção da
urina (poliúria), a qual leva à perda de água devido à diurese, causando no
indivíduo um aumento da sede (polidipsia), e apesar da taxa elevada de açúcar no
sangue, há diminuição do seu nível dentro da célula, o que provoca sensação de
fome e a necessidade de ingerir mais alimentos (polifagia) e não obstante perdem
peso em virtude da utilização eficaz da energia que resulta do metabolismo
defeituoso dos carboidratos. Assim como também podem apresentar sonolência,
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cansaço físico e mental, dores generalizadas, turvação da visão, desânimo,
indisposição para o trabalho, nervosismo, cãimbras, cansaço doloroso nas pernas,
formigamento e dormência. (GREGORI et al., 1999; TOFOLI et al., 2005; KUMAR;
ABBAS; FAUSTO, 2005)
Os pacientes diabéticos apresentam uma tendência mais elevada para o
desenvolvimento de infecções, normalmente de natureza fúngica ou bacteriana e
os principais órgãos alvos são a pele, o trato urinário e as mucosas orais e
genitais. As complicações podem ser crônicas que aparecem tardiamente devido a
um controle glicêmico insuficiente e incluem cegueira, comprometimento de
pequenos vasos sanguíneos que pode levar a uma aterosclerose precoce,
enfartes do miocárdio e tromboses cerebrais. Assim como impotência sexual,
alteração da pressão arterial, insuficiência renal, nefropatia, retinopatia e
neuropatia diabética caracterizada pela parestesia e dor das extremidades,
alterações vasculares que levam à perda de visão, à hipertensão, à falência
cardíaca e a alterações neurológicas. A reparação tecidual do paciente diabético,
quando não compensado, é mais lenta devido à incidência mais freqüente de
infecções e por ele não contar com a esperada participação da insulina nas
reações bioquímicas que acarretam a síntese de mucopolissacarídeos ácidos,
efetuada pelos fibroblastos. (MISTRO et al., 2003; KUMAR; ABBAS; FAUSTO,
2005)
Quando da suspeita de Diabete Melito existem alguns exames que podem
ser solicitados. Um exame que pode ser feito no consultório é o HEMO-
GLUCOTESTE (glicofita), que detecta a presença de glicose no sangue e não a
quantidade. Outro teste é a fita EMES (dextrofix) que faz a dosagem quantitativa
da glicose sanguínea e do pH, esta fita pode ser lida num aparelho digital, também
há a determinação da taxa de açúcar no sangue em jejum. Se este teste der
negativo, mas a suspeita clínica de Diabete Melito é muito forte, recomenda-se o
teste de glicose pós-prandial que é recomendado como um bom procedimento
para a detecção desta doença. O teste de tolerância à glicose, é um teste bem
mais apurado, envolve a determinação de glicose no sangue em jejum seguida por
determinação hora/hora durante três horas após a ingestão de 100 mg de glicose,
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e também pode ser detectada a doença através do exame chamado hemoglobina
glicosilada, que mede a concentração de glicose nos glóbulos vermelhos.
(MISTRO et al., 2003; ZÁRATE; CASTELLANOS; GUZMAN, 2003)
Recentemente foram aprovados pela Associação Americana de Diabete
Melito, novos critérios para o diagnóstico dessa doença, considerando pacientes
diabéticos aqueles que apresentam níveis de glicose no sangue (medidos a
qualquer hora do dia) acima de 200 mg/dl e em jejum, acima de 126 mg/dl. A
glicemia é normalmente mantida em uma faixa bem estreita geralmente entre 70 e
120 mg/dl. (CARDOZO; PARDI, 2003; KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005)
O tratamento pode se basear na dieta alimentar, em exercícios físicos
orientados e no uso de hipoglicemiantes, a dieta e os exercícios são indicados
como tratamento inicial para a redução de peso, pois a obesidade contribui para
perda do controle da glicemia devido à diminuição da responsividade das células
beta. A insulinoterapia é indicada para todos os pacientes com DM tipo I, os
medicamentos mais utilizados para o tratamento do DM tipo II são os
hipoglicemiantes orais como as bisguanidinas, a acarbose e as sulfoniluréias, que
estimulam a produção de insulina pancreática, e ao mesmo tempo, favorecem o
aumento do número de receptores de insulina em alguns tecidos. (TOFOLI et al.,
2005)
2.2 Diabete Melito na Odontologia
O Diabete Melito é considerado um grave problema de saúde pública,
devido ao aumento de sua incidência e por ser uma doença sistêmica. Tem
influência em todo o organismo, inclusive na cavidade oral, por isso, é importante
que o cirurgião-dentista faça parte da equipe multiprofissional que cuida dos
pacientes com Diabete Melito. As manifestações orais observadas nos pacientes
portadores dessa patologia, embora não específicas dessa doença, tem sua
incidência ou progressão favorecida pelo descontrole glicêmico. Um aspecto
importante na relação médico-odontológica desta doença é que o dentista
depende de um adequado controle diabético para o melhor resultado dos
procedimentos. Está demonstrado que o controle diabético por sua vez será mais
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facilitado e mais estável se estão controlados os problemas infecciosos e
inflamatórios na boca, particularmente os periodontais. (ZÁRATE;
CASTELLANOS; GUZMAN, 2003; ALVES et al., 2006)
O Diabete Melito acarreta a obstrução de capilares presentes nos tecidos, o
que assume relevância clínica. A obstrução é o agente causal da gengivite do
diabético; em decorrência dessa obstrução, há uma reação inflamatória gengival
que, por dificultar a higienização, acarreta um aumento quantitativo de
microorganismos, na região. A insulina, por sua vez, participa como catalisador da
biosíntese de ácido hialurônico, que é uma glicoproteína sintetizada pelos
fibroblastos e osteoblastos previamente ao colágeno, e quando a quantidade de
insulina é pequena, a reparação dos tecidos lesados é mais lenta representando
na cavidade bucal um fator que favorece a infecção, pois o meio ambiente é mais
intensamente contaminado. (GREGORI et al.,1999)
O DM está associado à muitas manifestações bucais, como aumento na
incidência e gravidade da inflamação gengival, abcesso periodontal, doença
periodontal crônica, candidose bucal, xerostomia aumentando a susceptibilidade
às ulceras bucais, infecções bacterianas, virais, fúngicas, ardor na mucosa,
glossodínia, queilites, líquen planos, hálito com odor de acetona, retardamento da
reparação dos tecidos bucais,eritema e distúrbios de gustação. O Diabete Melito
leva ao aumento da acidez do meio oral, aumento da viscosidade e diminuição do
fluxo salivar, os quais são fatores de risco para cárie. A doença periodontal é a
manifestação odontológica mais comum em pacientes diabéticos mal controlados,
aproximadamente 75% destes pacientes possuem doença periodontal com
aumento de reabsorção alveolar e alterações inflamatórias gengivais. (SOUSA et
al., 2003; SILVERMAN; EVERSOLE; TRUELOVE , 2004)
Antes de tratar um paciente diabético, o dentista deve determinar em
primeira mão os seguintes tópicos: Tipo de Diabete Melito que o paciente
apresenta; duração do doença; regime medicamentoso; história das complicações
diabéticas; reações adversas associadas com o tratamento; método de controle
metabólico usado; nome do médico responsável; documentação de valores
laboratoriais referentes a testes recentes. Também, o cirurgião-dentista deve
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perguntar sobre, observação do retardo na cicatrização tecidual, patologia
associada, última visita ao médico endocrinologista e tipo e freqüência de controle
glicêmico realizado. (HORLIANA et al., 2005; TOFOLI et al., 2005)
Em geral, as consultas pela manhã são recomendáveis a esses pacientes já
que os níveis endógenos de cortisol são geralmente mais elevados neste horário,
as sessões devem ser de curta duração (menos de duas horas) e o mais
atraumáticas possível para não interferir na dieta. É importante para o dentista
assegurar-se que o paciente tenha se alimentado normalmente solicitando ao
paciente que não faça nenhuma refeição rica em carboidratos antes do
atendimento, e aplicado ou tomado sua medicação habitual para evitar riscos de
hipoglicemia, e dependendo da história médica do paciente, regime de medicação
e procedimento a ser executado, o dentista pode necessitar medir os níveis de
glicose no sangue antes de começar um procedimento, como também diminuir a
ansiedade do paciente procurando não o estressar física e emocionalmente a fim
de evitar uma descarga hormonal podendo descompensar o diabético. O CD deve
medir sua pressão arterial antes e depois da consulta, fazer ausculta cardíaca,
tomar a pulsação antes, durante e após anestesia onde não se deve aplicar
soluções anestésicas que contenham vasoconstritores à base de adrenalina e
epinefrina, aguardar no mínimo 20 minutos se perceber alguma alteração de ritmo
e frequência, suspender o atendimento se depois deste tempo o pulso não
normalizar, avaliar o aspecto geral do paciente. É imprescindível ter cuidado com
o grande risco de infecções, alterações no epitélio, alterações no tecido ósseo,
nefropatia e utilizar antibioticoterapia apenas quando houver infecção. Pacientes
que vão ser submetidos a procedimentos cirúrgicos podem precisar de ajustes nas
doses de insulina e no regime das drogas antidiabeticas orais, e para isso, o
cirurgião-dentista deve consultar o médico deste paciente. Dependendo do grau
de comprometimento orgânico imposto pelo Diabete Melito, estes pacientes estão
sujeitos, no consultório, a diversos acidentes como lipotímia, desmaio,
hipertensão, angina, infarto, tromboembolias, comas hiperglicêmicos e
hipoglicemia. (CARDOZO; PARDI, 2003; HORLIANA et al., 2005)
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Um indivíduo com taxa de açúcar no sangue intensamente alterada
apresenta sinais e sintomas de hiper ou hipoglicemia, a grande diferença entre os
dois casos está na forma de instalação. A complicação mais comum durante o
tratamento odontológico é a hipoglicemia, se os níveis de insulina ou de
medicação antidiabética exceder as necessidades fisiológicas, o paciente pode
experimentar um severo declínio em seus níveis de açúcar no sangue. O risco
máximo de se desenvolver hipoglicemia geralmente ocorre durante os picos da
atividade insulínica, e os sinais e sintomas manifestam-se geralmente quando a
glicemia se encontra ao redor de 60-50 mg/dl ou menos e incluem mudanças de
humor, diminuição da tranquilidade, fome, sede, fraqueza, e podem ser seguidos
de sudorese e taquicardia e se não tratada pode ocorrer insconciência,
hipotensão, hipotermia, coma e morte. No caso dessa emergência, o CD deve ter
alguma forma de açúcar disponível, o tratamento dentário interrompido
imediatamente, se consciente o paciente deve receber alguma forma de glicose
por via oral e caso esteja inconsciente, o serviço médico de emergência deve ser
contactado. Hiperglicemia é a emergência menos comum, é geralmente limitada
aos pacientes insulino-dependentes e ocorre geralmente depois de uma elevação
prolongada da glicose sanguínea, pacientes hiperglicêmicos com glicemias
superiores a 400mg/dl devem ser encaminhados para o médico. A hiperglicemia
severa associada a DM tipo I e tipo II, habitualmente tem um inicio prolongado, por
tanto, o risco de uma crise de hiperglicemia é muito mais baixo durante uma
consulta odontológica. A cetoacidose pode ser desenvolvida com náuseas,
vômitos, dores abdominais e odor de acetona, o manejo de uma hiperglicemia
requer intervenção médica e aplicação de insulina. (CARDOZO; PARDI, 2003;
SOUSA et al., 2003).
O paciente diabético que recebe um bom tratamento médico e esta bem
controlado, sem complicações graves, como doença renal, hipertensão ou doença
coronariana, está apto a receber qualquer tratamento dentário. (SILVERMAN;
EVERSOLE; TRUELOVE, 2004)
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2.3 Relatos de estudos sobre Diabete Melito na formação do
profissional de Odontologia
Grillo e Gorini (2007) caracterizaram 206 pessoas com Diabete Melito tipo 2
cadastradas no ambulatório de uma Unidade Básica de Saúde de Porto Alegre,
com idade maior ou igual a 30 anos. Houve maior prevalência de pessoas do sexo
feminino e na faixa dos 60 aos 69 anos com menos de 5 anos de estudo e com
renda mensal de 1 a 2 salários mínimos. Grande parte dos diabéticos são
hipertensos e possuem dislipidemia, a maioria foi classificado no grupo de pré-
obesos e obesos classe I, II e III. Apresentavam complicações oftalmológicas e até
cegueira, apenas alguns já tiveram infarto agudo do miocárdio, algum tipo de
amputação dos membros inferiores, insuficiência renal e acidente vascular
encefálico e pôde-se verificar que menos da metade não realizava tratamento
medicamentoso. Enfim, constatou-se que muitas vezes a difícil adaptação à
doença é gerada pela falta de motivação, atrelada ao desconhecimento em
relação às complicações da doença e à desmotivação tanto do cliente como do
profissional de saúde.
Barbosa et al. (2007) avaliaram as condições periodontais e sua relação
com o Diabetes Melito através da análise clínica do grau de comprometimento dos
tecidos de proteção e sustentação dentários. Foram examinados 71 pacientes, de
ambos os gêneros, na faixa etária de 31 a 90 anos, portadores de Diabete Melito
Tipo II, atendidos na Clínica de Estomatologia e Hospital Universitário da
Universidade Federal da Paraíba. O índice periodontal comunitário modificado e o
índice de perda de inserção periodontal determinaram as condições periodontais.
Quanto às condições periodontais, 57,8 dos indivíduos apresentaram
sangramento à sondagem, 71,8% presença de cálculo, 3,63% bolsas superficiais
e 2,8% bolsas profundas. Perdas de inserção periodontal maiores que 6 mm foram
observadas em 3,0% dos indivíduos. Não foi observada associação
estatisticamente significante entre diabetes e condições periodontais, embora
indivíduos com diabetes tenham maior susceptibilidade a desenvolverem bolsas
profundas.
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3 MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa se classifica como um estudo descritivo, do tipo transversal,
através da análise de dados primários.
A população-alvo foi constituída pelos alunos do Curso de Odontologia da
UNIVALI do 1° ao 9º períodos, matriculados no primeiro semestre de 2009, que,
segundo dados obtidos junto à Coordenação do Curso, totalizavam 307.
A amostra do tipo não-probabilística foi obtida por conveniência, ou seja,
integraram a pesquisa todos os alunos que, por livre e espontânea vontade,
aceitaram participar da pesquisa.
O instrumento de coleta de dados foi um questionário com 10 questões de
múltipla escolha, contendo 10 alternativas cada, que foi respondido
individualmente. O instrumento foi submetido a um piloto para se analisar a
viabilidade de aplicação, posteriormente, a toda população.
A aplicação do instrumento de coleta de dados ocorreu no decorrer do mês
de março de 2009, mediante agendamento prévio com a Coordenação do Curso.
Os pesquisadores explicitaram os objetivos da pesquisa, em cada turma, bem
como forneceram informações sobre o instrumento. Os alunos que concordaram
em participar da pesquisa tiveram um tempo plausível, em sala de aula, para
responder ao questionário de forma individual e sem consulta a qualquer tipo de
material, totalizando 233 questionários respondidos.
A correção foi feita considerando que cada alternativa valia 0,1 ponto,
totalizando 1 ponto por questão. Após correção de todos os questionários, foi
somado o número de acertos questão por questão e dividido pelo número de
questionários de cada período. Os dados para tabulação foram divididos em três
grupos, sendo o Grupo 1 composto pelo 1º, 2º e 3º período; Grupo 2 pelo 4º, 5º
e 6º período; Grupo 3 pelo 7º, 8º e 9º período, onde foi somada a média de
cada questão dos três componentes de cada grupo e feito a média final.
Após, os dados foram organizados em gráficos, para comparação dos três
grupos constituídos, quais sejam: Grupo 1- do primeiro ao terceiro período; Grupo
2- do quarto ao sexto período; e Grupo 3- do sétimo ao nono período.
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Os resultados foram expressos em médias e com desvio padrão pelo teste
ANOVA (análise de variância). A avaliação estatística foi determinada pelo Teste
de Tukey utilizado para comparações entre grupos onde o nível de significância
estabelecido foi p < 0,05.
Após o término da pesquisa os resultados serão levados ao conhecimento
do coordenador do curso para a disponibilização aos professores e acadêmicos.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa da Univali sob o
número 463/08.
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4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O Diabete Melito é considerado um grave problema de saúde pública devido
ao aumento de sua incidência e por ser uma doença sistêmica. Tem influência em
todo o organismo, inclusive na cavidade oral, por isso, é importante que o
cirurgião-dentista faça parte da equipe multiprofissional que cuida dos pacientes
portadores dessa doença. (ALVES et al., 2006)
Muito embora esta seja uma doença que não é tratada diretamente pelo
cirurgião-dentista, é importante que este profissional conheça essa patologia e
suas manifestações orais, estando preparado para atuar com este tipo de paciente
e, inclusive, para agir em casos de emergências durante o tratamento
odontológico. (ALVES et al., 2006; CARDOZO; PARDI, 2003)
Neste sentido, na anamnese, o cirurgião-dentista deve perguntar ao
paciente sobre o tipo de diabetes, esquema terapêutico, história de complicações
crônicas, observação do retardo na cicatrização tecidual, patologia associada,
última visita ao médico endocrinologista e tipo e freqüência de controle glicêmico
realizado. (HORLIANA et al., 2005)
Considerando-se a importância desta temática para a atuação do cirurgião-
dentista, direcionou-se esta pesquisa à formação do futuro profissional do Curso
de Odontologia da UNIVALI, os quais possuem aulas específicas sobre esta
patologia ministradas nas disciplinas de Fisiologia no 2º período, Patologia Geral
Aplicada no 4º período e Odontologia para Pacientes Especiais no 8º período. A
seguir, então, passaremos a relatar e discutir os resultados obtidos em cada uma
das questões que integraram o instrumento de coleta de dados.
Nesta pesquisa, aceitou-se como correto os valores entre 70 a 120 mg/dl
para definir um sujeito normoreativo, devido aos diferentes valores encontrados na
bibliografia. O que nos indicou que o grupo 1 apresentou menor número de
acertos em relação aos demais grupos (Gráfico 1). Já, os outros dois grupos
apresentaram o mesmo nível de acertos, sendo esta a questão com a maior
19
média. Provavelmente, este resultado se deva ao fato de que os alunos do grupo
1 ainda não tiveram contato com este tipo de conteúdo.
Questão 1
0
2
4
6
8
10
12
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 1: Média de acertos para a questão sobre os valores que são considerados
normais quanto à taxa de glicemia.
Muitos são os autores que consideram que a taxa de glicemia é
considerada normal quando estiver abaixo de 125 mg/dl. (KUMAR; ABBAS;
FAUSTO, 2005; TOFOLI et al., 2005) Porém, Singi (1998) afirmou que diabéticos
são aqueles pacientes que apresentam uma taxa de glicemia superior a 140
mg/dl, a Associação Americana de Diabete Melito considera normorreativo
indivíduos que apresentam glicemia em jejum entre 70 e 99 mg/dl e inferior a 140
mg/dl após sobrecarga de glicose.
O nível de conhecimento dos alunos sobre o tipo de patologia que
caracteriza o Diabete Melito mostrou que os alunos dos Grupos 2 e 3 (Gráfico 2)
foram os que obtiveram melhor índice de acertos. Tal comportamento era o
esperado, pois é a partir do 4º período que os alunos passam a receber
informações específicas sobre essa patologia.
20
Questão 2
4,4
4,64,8
55,25,4
5,65,8
6
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 2: Média de acertos para a questão sobre qual o tipo de patologia que o Diabete Melito é considerado.
O Diabete Melito é um grupo de desordens metabólicas, uma doença
sistêmica crônica causada pela deficiência total ou parcial de insulina ou ainda,
pela resistência das células a sua ação. Está relacionada à fatores hereditários e
ambientais, como a obesidade. (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005; TOFOLI et al.,
2005).
Quanto aos principais sintomas do Diabete Melito, os acadêmicos ao longo
de todo curso apresentaram um conhecimento padrão (Gráfico 3). O maior
número de acertos geral foi encontrado nessa questão, o que nos surpreende,
pois este tema só é abordado na fase intermediária do curso.
Questão 3
6,7
6,8
6,9
7
7,1
7,2
7,3
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 3: Média de acertos para a questão sobre os principais sintomas de um
paciente com Diabete Melito.
21
Os principais sintomas do Diabete Melito são o aumento no débito urinário
(poliúria), sede (polidipsia), aumento excessivo da fome (polifagia) e perda peso
em virtude da utilização eficaz da energia que resulta do metabolismo defeituoso
dos carboidratos. (TOFOLI et al., 2005; KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005).
O Gráfico 4 demonstra que, quando questionados sobre quais as principais
complicações do Diabete Melito, os 3 grupos mostraram médias baixas, com
pouco acerto nas respostas, apesar disso houve um aumento na média no
decorrer dos períodos refletindo, mais uma vez, que os acadêmicos têm
apreendido o conteúdo sobre Diabete Melito.
Questão 4
0
1
2
3
4
5
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 4: Média de acertos para a questão sobre as principais complicações do Diabete Melito.
Segundo Lauda et al. (1998), as complicações mais comuns do Diabete
Melito são: nefropatia, insuficiência renal, retinopatia diabética e neuropatia
diabética caracterizada pela parestesia e dor das extremidades.
Em uma evolução livre, produz, no paciente, sintomas de fraqueza,
lassidão, perda de peso e secundariamente, surgem alterações vasculares que
levam à insuficiência renal, à perda de visão, à hipertensão, à falência cardíaca e
à alterações neurológicas. A reparação tecidual do paciente diabético, quando não
compensado, é mais lenta devido à incidência mais freqüente de infecções
(GREGORI et al., 1999).
22
Comparando as respostas do Grupo 1 com as respostas do Grupo 3,
analise estatística pelo Teste de Tukey demonstrou diferença estatisticamente
significante (p < 0.05).
Quando questionados sobre as principais manifestações orais dos
pacientes diabéticos, houve um aumento no número de acertos ao longo dos
semestres (Gráfico 5), sendo a maior média no grupo 3, talvez isso se deva ao
fato de que nos últimos períodos o contato com pacientes diabéticos é maior,
aumentando o conhecimento com a prática clínica.
Questão 5
0
2
4
6
8
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
eros
Gráfico 5: Média de acertos para a questão sobre as principais manifestações orais
dos pacientes diabéticos.
De acordo com Sousa et al. (2003), dentre as principais manifestações orais
e aspectos dentais dos pacientes com Diabete Melito estão a xerostomia,
glossodínia, ardor na língua, eritema, distúrbios de gustação gengivite, ulcerações
na mucosa bucal, hálito com odor de acetona e retardamento da reparação dos
tecidos bucais. Além disso, leva ao aumento da acidez do meio oral, aumento da
viscosidade e diminuição do fluxo salivar, os quais são fatores de risco para cárie.
A doença periodontal é a manifestação odontológica mais comum em pacientes
diabéticos mal controlados, aproximadamente 75% destes pacientes possuem
doença periodontal com aumento de reabsorção alveolar e alterações
inflamatórias gengivais.
Resultados satisfatórios foram encontrados nas respostas dos 3 grupos em
relação ao nível de conhecimento sobre os exames laboratoriais que podem
indicar o diagnóstico de Diabete Melito (Gráfico 6). Houve pouca diferença na
23
média dos três grupos, sendo encontrado o maior número de respostas corretas
nos grupos 2 e 3 (Gráfico 6); talvez isto se justifica pelo fato de que a medida que
os acadêmicos passam dos períodos iniciais, aumenta o nível de conhecimento,
por receberem conhecimentos sobre estes exames a partir do 4º período do
Curso.
Questão 6
012345678
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 6: Média de acertos para a questão sobre quais são os exames laboratoriais que podem indicar o diagnóstico de Diabete Melito.
Os exames para a detecção do Diabete Melito, segundo Lauda et al. (1998),
são Hemo- glucoteste (glicofita) que detecta a presença de glicose no sangue
porém não sua quantidade, Taxa de Açúcar no Sangue que é feito em jejum,
Teste de Glicose Pós-Prandial que é recomendado quando a suspeita clínica é
muito forte e Teste de Tolerância à Glicose que é um teste bem mais apurado.
Nos indivíduos diabéticos diagnosticados, é importante conhecer o controle
diabético alcançado e o descontrole que puderam experimentar os indivíduos sem
tratamento classificados como não controlados, as duvidas anteriores podem ser
aclaradas através do exame chamado hemoglobina glicosilada, que mede a
concentração de glicose nos glóbulos vermelhos. (ZÁRATE; CASTELLANOS;
GUZMAN, 2003).
Quando questionados sobre quais são os sintomas e sinais da hipoglicemia,
os três grupos apresentaram médias de acertos baixas (Gráfico 7). No Grupo 1
encontramos o maior número de respostas erradas para a questão; provavelmente
isto ocorreu, devido ao fato de que nos primeiros períodos o tema ainda não foi
abordado em sala de aula. O grupo 3, mesmo com uma média baixa, mostrou o
24
maior número de acertos, talvez isso se deva ao fato de que nos últimos períodos
com a grande vivência clínica, o contato com pacientes diabéticos tenha sido
maior do que nos períodos anteriores.
Questão 7
0123
456
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 7: Média de acertos para a questão sobre quais são os sintomas e sinais
da hipoglicemia.
Uma emergência comum durante o atendimento odontológico, nesses
pacientes, é a hipoglicemia, situação em que a glicemia no sangue cai abaixo de
45mg/dl, acompanhada de sinais e sintomas que quando reconhecidos devem ser
imediatamente tratados, fazendo com que o paciente ingira açúcar puro, balas,
chocolate. Os sinais e sintomas podem ser adrenérgicos: mudanças de humor
desmaio, fraqueza, palidez, nervosismo, suor frio, irritabilidade, fome, sede,
palpitações e ansiedade ou neuroglicopênicos: visão turva, diplopia, sonolência,
dor de cabeça, perda de concentração, paralisia, distúrbios da memória,
taquicardia, hipotensão, hipotermia, confusão mental, incoordenação motora,
disfunção sensorial, podendo também chegar à manifestação de convulsões,
estados de coma e morte (CARDOZO; PARDI, 2003)
O nível de conhecimento dos acadêmicos em relação aos fatores que
podem desencadear hipoglicemia em um paciente durante uma conduta
odontológica, apresentou resultados semelhantes à questão anterior (Gráfico 8),
predominando médias abaixo de 5, sendo o Grupo 3 com maior número de
acertos, o que é esperado devido a questão estar relacionada com a prática
clínica, que é maior neste grupo.
25
Questão 8
01234567
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 8: Média de acertos para a questão sobre os fatores que podem desencadear hipoglicemia em um paciente durante uma conduta odontológica.
Antes, durante e depois dos procedimentos odontológicos, devemos dar
atenção a alguns cuidados gerais: redução da tensão com consultas curtas no
meio da manha e técnicas de sedação auxiliar ou uso de tranqüilizantes quando
apropriados. Instruções sobre dieta, redução do risco de infecções com exames
freqüentes e profilaxia. Hipoglicemia é o mais comum problema médico
encontrado em nossos consultórios, pode ser causada por ter tomado excesso de
insulina, ingestão insuficiente, sobredose de hipoglicemiantes orais, pulado
refeições ou lanches, aumento de exercícios sem ajustar a dose de insulina ou
sem comer, consumo de álcool e estress (ORSO; PAGNONCELLI, 2002).
O cirurgião-dentista deve tomar os seguintes cuidados: marcar consultas no
período da manhã solicitando ao paciente que não faça nenhuma refeição rica em
carboidratos antes do atendimento, medir sua pressão artéria antes e depois da
consulta, fazer ausculta cardíaca, tomar a pulsação antes, durante e após
anestesia, aguardar no mínimo 20 minutos se perceber alguma alteração de ritmo
e freqüência, suspender o atendimento se depois deste tempo o pulso não
normalizar, avaliar o aspecto geral do paciente, procurar não estressar física e
emocionalmente o paciente a fim de evitar uma descarga hormonal podendo
descompensar o diabético e pelo mesmo motivo não usar anestésicos que tenham
adrenalina como vasoconstritor (SINGI, 1998).
Hiperglicemia é a crise menos comum emergência e é geralmente limitada
aos pacientes insulino-dependentes e ocorre geralmente depois de uma elevação
26
prolongada da glicose sanguínea; ela é provocada por estresse agudo ou
esquema de tratamento inadequado e como achados clínicos importantes
podemos citar: polidipsia, prurido vulvar, perda de peso, fraqueza, obnubilação,
cetose, cetoacidose, desidratação (pele e mucosas ressecadas), poliúria seguida
de oligúria, hálito cetônico, náuseas, vômitos, taquipnéia, astenia, mialgias, dores
abdominais, febre sugerindo infecção, taquicardia, hipotensão, choque, cefaléia,
sonolência, convulsões, coma (LAUDA et al., 1998; ORSO; PAGNONCELLI,
2002; CARDOZO; PARDI, 2003; SOUSA et al., 2003).
Através da análise geral dos grupos (Gráfico 9), pode-se observar que os
acadêmicos possuem um conhecimento muito baixo sobre os sintomas e sinais da
hiperglicemia. No entanto, apesar de muito baixo, o nível de conhecimento tende
a crescer com o avançar dos períodos, provavelmente, em função de uma
associação do conteúdo teórico com a vivência clínica.
Questão 9
00,5
11,5
22,5
33,5
4
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 9: Média de acertos para a questão sobre quais são os sintomas e sinais da hiperglicemia.
O comportamento das respostas encontradas na questão 10 foi satisfatório
(Gráfico 10), mostrando aumento na média de acertos com o passar dos períodos,
isso nos mostra mais uma vez que esse aumento é fruto do conteúdo sobre a
doença ministrado a partir do 4º período e também da vivência clínica dos
acadêmicos.
27
Questão 10
0
2
4
6
8
10
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Méd
ia d
e ac
erto
s
Gráfico 10: Média de acertos para a questão sobre quais os cuidados odontológicos indicados para o cirurgião-dentista com o diabético.
É importante que o cirurgião-dentista controle os sintomas de ansiedade e
medo, pois levam à liberação de adrenalina, causando aumento na glicemia, a
escolha da solução anestésica local é fundamental para o tratamento do paciente
diabético, os vasoconstritores contendo adrenalina e noradrenalina, podem levar à
alteração das respostas metabólicas, e sempre que possível, devem-se marcar
consultas no período da manhã, devido aos níveis endógenos de corticosteróides
estarem geralmente mais altos. As sessões devem ser de curta duração (menos
de duas horas) e o mais atraumáticas possível para não interferir na dieta do
paciente. (TOFOLI et al., 2005; ALVES et al., 2006).
O método rápido de teste de glicemia antes do atendimento odontológico é
recomendado por ser útil no pré-diagnóstico do Diabete Melito e como prevenção
de complicações durante o tratamento dentário, a determinação de glicemia e de
pressão arterial pré-operatório são fundamentais, onde o glicosímetro e o
esfingnomanômetro deverão fazer parte do arsenal de instrumentos do
consultório, e é imprescindível que o dentista tenha cuidado com o grande risco de
infecções, alterações no epitélio, alterações no tecido ósseo. (SASAKI et al., 2006)
A análise estatística demonstrou diferença estatisticamente significante (p <
0,05) em relação as respostas do Grupo 1 comparadas com as respostas dos
Grupos 2 e 3.
Apesar da variabilidade no valor das médias nas 10 questões, todas
mostraram um aumento no nível de conhecimento dos acadêmicos no decorrer
28
dos períodos, sempre sendo maior a média do Grupo 3 em relação ao Grupo 2 e
este com média maior que o Grupo 1, o que comprova mais uma vez o fato de que
esse conhecimento aumenta quando os mesmos passam a ter aulas sobre o
assunto ministradas e tem uma maior prática clínica, aumentando o convívio com
pacientes portadores desta patologia.
29
5 CONCLUSÃO
De um modo geral, os acadêmicos apresentaram um nível de conhecimento
médio sobre a temática abordada.
Com base nos dados coletados e analisados, pode-se afirmar que o Grupo
3 obteve o maior número de acertos no questionário.
A questão com maior número de acertos foi a questão relativa a os valores
que são considerados normais na taxa de glicemia.
A questão com menor número de acertos foi a questão relativa aos
sintomas e sinais da hiperglicemia.
Sugere-se que os conteúdos sobre Diabete Melito sejam enfocados em
paralelo às atividades clínicas, pois, desta forma, os alunos estariam integrando
conhecimentos teóricos com conhecimentos práticos.
30
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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31
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32
5 APÊNDICE A
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CURSO DE ODONTOLOGIA
QUESTIONÁRIO: AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS
ACADÊMICOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVALI SOBRE DIABETE
MELITO
Período em que está regularmente matriculado:
( ) 1º ( ) 2º ( ) 3º ( ) 4º ( ) 5º ( ) 6º ( ) 7º ( ) 8º ( ) 9º
1. Quais os valores que são considerados normais na taxa de glicemia?
( ) 80 a 120 mg/dL ( ) 60 a 100 mg/dL
( ) 90 a 150 mg/dL ( ) 50 a 120 mg/dL
( ) 100 a 160 mg/dL ( ) 110 a 170 mg/dL
( ) 40 a 100 mg/dL ( ) 60 a 140 mg/dL
( ) 50 a 90 mg/dL ( ) 70 a 110 md/dL
2. A doença Diabete Melito é considerada uma patologia: (Assinale as alternativas
corretas)
( ) infecciosa ( ) auto-imune
( ) metabólica ( ) hereditária
( ) sistêmica ( ) de natureza crônica
( ) inflamatória ( ) relacionada com a obesidade
33
( ) resistência celular à insulina ( ) transmissível
3. Quais são os principais sintomas de um paciente com Diabete Melito?
( ) aumento da sede ( ) insônia
( ) cefaléia ( ) náusea
( ) aumento da fome ( ) irritabilidade
( ) perda de peso ( ) hálito ácido
( ) aumento da diurese ( ) perda do apetite
4. Quais são as principais complicações do Diabete Melito?
( ) hipertensão ( ) aterosclerose
( ) infarto do miocárdio ( ) cegueira
( ) dificuldade de cicatrização ( ) xerostomia (boca seca)
( ) perda de sensibilidade nas extremidades ( ) insuficiência cardíaca
( ) insuficiência renal ( ) aumento de infecções
5. Quais são as principais manifestações orais dos pacientes diabéticos?
( ) necrose pulpar ( ) xerostomia
( ) ardência bucal ( ) hálito cetônico
( ) afta ( ) doença periodontal
( ) aumento da ocorrência de cáries ( ) ulcerações na mucosa
( ) herpes recorrente ( ) hipossalivação
6. Quais são os exames laboratoriais que podem indicar o diagnóstico de Diabete
Melito?
( ) hemograma Completo ( ) exame de urina
( ) hemo-glucoteste (glicofita) ( ) teste de tolerância à glicose (TTG)
( ) eletrocardiograma ( ) hemoglobina glicosilada (HbA1C)
( ) tomografia computadorizada ( ) glicemia em jejum
( ) ultra-sonografia ( ) glicemia pós-prandial (dosagem da
glicose 2 horas após ingestão de dieta
padronizada)
34
7. Quais são os sintomas e sinais da hipoglicemia?
( ) tremor ( ) taquicardia
( ) palidez ( ) sudorese
( ) cefaléia ( ) tontura
( ) fraqueza corporal ( ) fome
( ) confusão mental ( ) sonolência
8. Quais os fatores que podem desencadear hipoglicemia em um paciente durante
uma conduta odontológica?
( ) jejum e anorexia ( ) dose excessiva de insulina
( ) horário da consulta ( ) ansiedade
( ) estresse emocional ( ) duração do atendimento
( ) medo ( ) anestésico com vasoconstritor
( ) ingestão de álcool ( ) atividade física superior a habitual
9. Quais são os sintomas e sinais da hiperglicemia?
( ) fraqueza ( ) coma
( ) náuseas ( ) convulsões
( ) vômitos ( ) sonolência
( ) taquipnéia ( ) cefaléia
( ) taquicardia ( ) hipotensão
10. Quais os cuidados odontológicos indicados para o cirurgião-dentista com o
diabético?
( ) diminuir o risco de infecções ( ) diminuir a ansiedade do paciente
( ) consultas no meio da manhã ( ) escolha adequada da solução anestésica
( ) evitar consultas prolongadas ( ) receitar hipoglicemiante
( ) aferição da pressão arterial ( ) paciente em jejum
( ) determinação da glicemia ( ) usar sempre a sedação
35
36