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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS RUDINEI GOEDERT ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUAS TÉCNICAS DE INFORMAÇÃO PARA TOMADA DE DECISÃO Biguaçu 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

RUDINEI GOEDERT

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUAS TÉCNICAS DE INFORMAÇÃO PARA TOMADA DE DECISÃO

Biguaçu

2007

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RUDINEI GOEDERT

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUAS TÉCNICAS DE INFORMAÇÃO PARA TOMADA DE DECISÃO

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis na Universidade do Vale do Itajaí, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof ª. M.Sc. Marialene Pereira

Biguaçu

2007

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RUDINEI GOEDERT

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUAS TÉCNICAS

DE INFORMAÇÃO PARA TOMADA DE DECISÃO

Esta monografia foi apresentada como trabalho de conclusão de curso de Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Itajaí e aprovada pela banca constituída pelo orientador e membros abaixo.

Biguaçu, 20 de julho de 2007

Professores que compuseram a banca:

Profª. Marialene Pereira

(Orientador)

Prof. Crisanto Soares Ribeiro

(Membro de Banca)

Prof. Luiz Carlos Wisintainer

(Membro de Banca)

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“Não é somente o acúmulo de conhecimento que é importante,

mas também o modo pelo qual esse conhecimento é

utilizado para produzir idéias e novas soluções”.

Samuel A. Kirk.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, a minha família e amigos por todos estes anos que

me apoiaram, a cada hora de minha árdua batalha pelas vezes que o desanimo se

abateu sobre mim.

Agradeço especialmente aos professores que me ajudaram a aperfeiçoar cada vez

mais no decorrer do curso de graduação, enviando-me críticas e sugestões para

meu futuro sucesso.

Todo esse agradecimento seria sempre pouco. Foram luzes nos dias, mantendo-me

firme na conclusão do meu curso.

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RESUMO

O objetivo da presente monografia é aplicar as técnicas de análises das demonstrações contábeis sobre as demonstrações da empresa Ferrodura Ltda, verificando assim a importância para os gestores nas suas tomadas de decisões sobre as informações obtidas. Para confirmação da eficiência do uso das técnicas da análise das demonstrações contábeis na tomada de decisão, aplicou-se os índices por meio de fórmulas para posterior interpretação das informações obtidas através das técnicas de Análise Vertical e Horizontal, Indicadores Econômico-Financeiros, Sistemas de Análise de Dupont nos períodos de 2004 à 2006. A partir das informações extraídas foram elaborados relatórios sobre a situação da empresa, com destaque aos pontos fortes e fracos. Observou-se que o capital próprio é totalmente representado por dívidas, mas possui recurso financeiro suficiente para cobrir essas dívidas e a queda da margem líquida é ocasionada pela queda do lucro líquido. Com a comparação dos índices da presente empresa perante os índices de empresas do mesmo ramo, percebeu-se a sua competitividade com as demais empresas em atividade. Dessa forma ressalta-se assim a importância da aplicação das análises enquanto instrumento de avaliação e evidenciação de informações úteis para a tomada de decisão perante a realidade da empresa. Palavras – Chaves: Demonstrações Contábeis. Análise dos Índices. Análise Horizontal. Análise Vertical. Índices Padrão.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 9

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 10

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................. 11

1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 12

1.3.1 Objetivo Geral....................................................................................................................... 12 1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................................ 12

1.4 SUPOSIÇÕES ........................................................................................................................ 12

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................... 13

2. CONTABILIDADE GERENCIAL ..................................................................................... 16

2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE FINANCEIRA .......................... 18

3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................................... 21

3.1 BALANÇO PATRIMONIAL................................................................................................. 22

3.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ....................................... 23

3.3 DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS OU PRJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) OU

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)......................... 24

3.4 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR) .......... 25

4. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS........................................................ 27

4.1 TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................ 28

4.1.1 Indicadores Financeiro-Econômico..................................................................................... 28 4.1.2 Sistema de Du Pont ............................................................................................................... 38 4.1.3 Índice Padrão ........................................................................................................................ 39

4.2 ANALISE VERTICAL E ANALISE HORIZONTAL........................................................... 41

4.2.2 Análise Horizontal ................................................................................................................ 42

5. METODOLOGIA................................................................................................................. 44

6.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA...................................................................................... 44

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6.2 ESTUDO DE CASO ................................................................................................................... 45

6.2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ................................................................................ 45

6.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................................ 46

6. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA EMPRESA DE

COMERCIALIZAÇÃO VAREGISTA DE FERRAGENS E FERRAMENTAS ..................... 47

6.1 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES..................................................................................... 48

6.1.1 Análise dos Índices de Liquidez da Ferrodura Ltda ......................................................... 49 6.1.2 Análise dos Índices de Endividamento da Ferrodura Ltda .............................................. 50 6.1.3 Análise dos Índices de Atividades da Ferrodura Ltda ...................................................... 52

6.1.4 Análise dos Índices de Rentabilidade da Ferrodura Ltda..................................................53

6.2 SISTEMA DE DU PONT....................................................................................................... 54

6.3 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DA FERRODURA LTDA ................................. 56

7. ANÁLISE E COMPARAÇÃO COM OS ÍNDICES PADRÃO........................................ 61

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 63

8.1 GENERALIDADES ............................................................................................................... 63

8.2 LIMITAÇÔES ........................................................................................................................ 64

8.3 RECOMENDAÇÔES ............................................................................................................. 64

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 65

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – COMPARAÇÃO ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE FINANCEIRA....................................................................................................................................................... 19

QUADRO 2 - SISTEMA DU PONT .................................................................................................................... 39

QUADRO 3 - BALANÇO PATRIMONIAL DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 À 2006. .... 47

QUADRO 4 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 À 2006. ............................................................................................................................ 48

QUADRO 5 - ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 À 2006. .................................................................................................................................................................. 49

QUADRO 6 - ANÁLISE DOS ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 À 2006.................................................................................................................................................... 51

QUADRO 7 - ANÁLISE DOS ÍNDICES DE ATIVIDADES DOS PERÍODOS DE 31 DEZEMBRO DE 2004 Á 2006. .................................................................................................................................................................. 52

QUADRO 8 – NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO 2004 Á 2006....................................................................................................................................................................... 52

QUADRO 9 - ANÁLISE DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO 2004 Á 2006. ......................................................................................................................................................... 53

QUADRO 10 - ANÁLISE DA TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 À 2006. ............................................................................................................................ 55

QUADRO 11 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL NOS ANOS DE 2004, 2005 E 2006................................................................................................................................................. 57

QUADRO 12 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO NOS ANOS DE 2004, 2005 E 2006. .............................................................................................. 59

QUADRO 13 – ANÁLISE COMPARATIVA DOS ÍNDICES PADRÃO E DOS ÍNDICES DA EMPRESA FERRODURA LTDA NO ANO DE 2004............................................................................................................ 61

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1 INTRODUÇÃO

A contabilidade organiza-se como uma ferramenta de planejamento e controle com a

qual gera acompanhamento das movimentações patrimoniais buscando técnicas de

escrituração, de análise, de auditoria contábil e de contabilidade gerencial para oferecer

informações por meio de seus relatórios. Dessa forma pode-se concluir que a contabilidade,

como conhecimento, desenvolveu-se por meio da necessidade do gestor do patrimônio

conhecê-lo, controlá-lo para mensurar os resultados obtidos em sua atividade econômica -

financeira.

Entende-se por relatórios contábeis as diversas formas de evidenciar as informações

geradas por meio da escrituração. Entre esses relatórios encontram-se as demonstrações

contábeis que evidenciam as informações de forma resumida, ordenada, padronizada e com

uma finalidade específica adquirindo uma maior homogeneidade. Isto auxilia os usuários

possa analisá-las e estabelecendo base de comparação, segundo seus diversos interesses. Essa

padronização atualmente no Brasil é exercida pela lei 6.404/76 e pelas Normas brasileiras de

Contabilidade visando atender aos usuários externos, ambas amparadas no Princípio

Fundamental de Contabilidade que norteia o estudo do objetivo da Ciência Contábil, o

Patrimônio.

Entretanto não se pode definir a contabilidade somente como um instrumento de

controle patrimonial e como um sistema de informação. Estando inserida no campo das

ciências sócio-econômicas registra, controla e analisa o patrimônio sob um aspecto mais

amplo. Assim a contabilidade busca comparar o patrimônio com o ambiente social e

econômico no qual está inserido por meio da entidade, ou seja, com a diversidade de agentes

que interagem entre si e com o patrimônio.

Neste contexto propõe-se como tema deste trabalho à discussão sobre a composição da

Análise das Demonstrações Contábeis e suas Técnicas de Informação Para Tomada de

Decisão.

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1.1 JUSTIFICATIVA

Com base na necessidade dos gestores por novas informações acerca do patrimônio

das entidades a contabilidade, enquanto ciência, procura dinamizar forma de evidenciá-las.

As atuais demonstrações contábeis não fornecem informações quanto de riqueza foi

adicionado aos insumos adquiridos de terceiros, pela entidade e quanto os agentes

colaboradores para este processo geraram desta riqueza.

O Balanço, com base na lei 6.404/76 que demonstra a situação Patrimonial e

Financeira da empresa em dado momento, fornece informações que podem ser extraídas em

diversos grupos de contas. Estas são classificadas em ordem decrescente de grau de liquidez

e serve como elemento para disponibilizar conhecimento sobre a atual situação econômica e

financeira da empresa.

A Demonstração de Resultado do Exercício, contida na lei 6.404/76, traz o enfoque do

proprietário ou gestor do patrimônio, pois para ele à parte da riqueza gerada e distribuída a

terceiros, gastos com empregados, por exemplo, constitui em despesas redutoras do lucro

almejado.

Propondo um enfoque mais amplo, a Análise das Demonstrações Contábeis pretende

evidenciar, além do planejamento, do controle, da avaliação de desempenho e da tomada de

decisão na empresa, a parte do acompanhamento mensal dos indicadores escolhidos. Pois por

meio desse acompanhamento pode-se ter seguramente, uma visão real das operações e do

patrimônio empresarial, seja em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais ou

financeiros. Além desta função, espera-se que as técnicas de análise das demonstrações

contábeis e suas informações para tomadas de decisão possam detectar os pontos fortes e os

pontos fracos propondo alternativas de curso futuro a serem tomados pelos gestores da

entidade.

Porém, como em todo o estudo em fase de desenvolvimento, surgem divergências

acerca de forma de evidenciação de alguns itens que irão compor a demonstração do

resultado. Nesse contexto percebe-se a necessidade da realização de mais pesquisas sobre as

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técnicas de análise das demonstrações contábeis para tomada de decisão, buscando analisar

mais o entendimento sobre suas diferentes formas de tomada de decisão e verificar qual se

identifica melhor com as atuais demonstrações contábeis, conforme determina o Princípio

Fundamental de Contabilidade e com as normas e práticas contábeis utilizadas, adequando-se

ainda à necessidade do contexto em que as empresas se encontram.

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A importância da análise das demonstrações contábeis como ferramenta é um dos

elementos mais importantes para tomada de decisão. O estudo vem direcionando para a

certificação de sua eficiência e de que forma os gestores devem proceder e auxiliar sua

empresa por meio da Análise da Demonstração Contábil. Assim propõe-se nesta pesquisa os

seguintes questionamentos:

As informações fornecidas pela Análise das Demonstrações Contábeis são importantes

para utilizar na tomada de decisão da empresa?

As informações extraídas das técnicas de análise das demonstrações contábeis

possibilitam a verificação da situação econômica e financeira da empresa e permitirão se

detectar a existência de algum ponto que possa prejudicar em sua continuidade?

As técnicas da Análise Das Demonstrações Contábeis aplicadas na empresa

informam-se sobre o ciclo operacional? De que forma o giro desse ciclo está sendo

administrado? É adaptado ao seu ramo de atividade?

Por meio das técnicas de análise das demonstrações contábeis é possível comparar

empresas com o mesmo porte e atividade e identificar a capacidade competitiva com o

mercado em que atua?

Diante do exposto, tem-se como problema considerar quais os critérios na avaliação e

Análise das Demonstrações Contábeis como instrumento de evidenciação para tomada de

decisão, em virtude da diversidade de estruturas propostas.

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1.3 OBJETIVOS

Nesta seção apresentam-se os objetivos do trabalho de conclusão de curso.

1.3.1 Objetivo Geral

Diante do tema, tem-se como objetivo aplicar e analisar as técnicas de Análise das

Demonstrações Contábeis como instrumento de evidenciação para tomada de decisão por

parte dos gestores, em virtude da diversidade de estruturas propostas.

1.3.2 Objetivos Específicos

Conceituar as técnicas de análise das demonstrações contábeis;

Verificar quais os indicadores utilizados nas técnicas de análise das demonstrações

contábeis geram informações confiáveis para tomada de decisão;

Aplicar as técnicas de análise na empresa objeto de aplicação da pesquisa prática;

Efetuar a comparação dos índices extraídos da empresa analisada com os índices

padrões do seu ramo de atividade;

1.4 SUPOSIÇÕES

Partindo do conhecimento de caso e caracterizado por uma pesquisa qualitativa, foram

recomendadas algumas suposições. Isso confirmam as propostas em mecanismo estatístico e

não comprometer em apenas testagem. Em tendência de um enfoque mais amplo, assim foi

proposto:

Conforme as informações adquiridas das análises das demonstrações contábeis,

verificou-se que são confiáveis, porque se refere ao conhecimento dos índices

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buscados nas demonstrações contábeis da empresa, representado pela atual situação

econômico-financeira de seu patrimônio existente e de suas transações ocorridas num

determinado período.

Conforme a demonstração de fórmulas específicas, como o prazo médio de estocagem

que mostra quanto tempo, em média, a mercadoria ou produto permanece no estoque

na empresa, pelo prazo médio de cobrança, na qual, especifica de quanto em quanto

tempo a empresa leva a receber o pagamento e pelo prazo médio de pagamento a

fornecedores que demonstra qual a necessidade de compra de matérias-primas pela

entidade, analisa-se se o ciclo operacional da empresa está sendo bem administrada

conforme sua rotatividade.

Por conseqüência da demonstração dos índices padrões, que são indicadores utilizados

pelas entidades e que são comparados por estatísticas dos percentuais retiradas dos

índices de várias entidades que compõem o mesmo ramo de atividade, pode-se

verificar qual é a situação da empresa, certificando – se seu desempenhando e

competitividade no mercado de trabalho.

Um dos objetivos da empresa que é a rentabilidade pode ser verificada pela margem

de lucro decorrido sobre as vendas que, no entanto compara o lucro com as vendas

líquidas da empresa, pelo giro do ativo que compara as receitas líquidas com o ativo

médio e pelo retorno sobre o investimento que é a margem multiplicada pelo giro.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O tema desta monografia baseou-se na certificação da eficiência da análise das

demonstrações contábeis para a tomada de decisão por parte dos gestores de empresas, bem

como a confiabilidade e a credibilidade em estimar projeções futuras, garantindo ou não

sucesso e continuidade a entidade. Também ficou evidente a possibilidade de comparar os

quocientes extraídos das técnicas utilizadas para análise, com quocientes de outras empresas

do mesmo ramo de atividade, comparando se grau de competitividade no mercado.

Esta pesquisa é formada de capítulos distribuídos em seqüência lógica e cadenciada,

por ordem de conteúdo e grau de dificuldade, redigida de forma simples e objetiva para que se

tenha um bom entendimento.

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No primeiro capítulo encontra-se a introdução desta pesquisa, seguindo da definição

do problema, os objetivos gerais e específicos e as suposições, servindo de guia para o

desenvolvimento bem aprimorado deste estudo.

No segundo capítulo complementou-se a revisão teórica demonstrando os conceitos e

objetivos que compõe a eficiência desta pesquisa. Verificaram-se as características da

contabilidade gerencial e a importância desta para a administração de uma empresa. Sendo

sugeridos alguns tópicos para que as informações gerenciais atinjam seus objetivos, e um

quadro comparativo identificando as diferenças entre contabilidade gerencial com a

contabilidade financeira.

Já no capítulo três demonstraram-se quais demonstrações contábeis são exigidas pela

lei das S.A. e quais são utilizadas para fins gerenciais, conhecendo de maneira geral quais as

características e importância de cada uma. No entanto não são apresentadas todas as

demonstrações.

O quarto capítulo observou-se os conceitos e objetivos da análise das demonstrações

contábeis, bem como as informações resultantes da utilização das técnicas de análise e a

importância destas para os gestores tomarem suas decisões.

O quinto capítulo relata a metodologia aplicada ao trabalho, bem como o tipo de

pesquisa escolhido e os procedimentos metodológicos utilizados na elaboração de estudo de

caso.

Já no capítulo seis foi apresentado os resultados adquiridos da aplicação da prática das

técnicas de análise das demonstrações contábeis da empresa Ferrodura Ltda, que serviu de

base para o estudo de caso. Na qual foram elaborados relatórios que identificaram sua posição

econômica financeira.

O capítulo sete foi realizado a comparação do índice padrão com o índice da empresa

analisada como determinada no estudo de caso. Na qual foram elaborados relatórios que

identificam sua posição e crescimento em relação ao mercado.

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No capítulo oito trata das considerações finais, que por meio do estudo de caso

confirmou algumas suposições impostas no início do trabalho e outras que não se verificou

totalmente corretas.

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2. CONTABILIDADE GERENCIAL

O propósito deste capítulo é apresentar breves descrições no que tange a contabilidade

gerencial de maneira expositiva oferecendo um melhor entendimento deste conteúdo, o que

abrange: as características da contabilidade, os sistemas de informação, a contabilidade

gerencial versus a contabilidade financeira, as atitudes e características do contador que atua

na área gerencial.

Com o surgimento, a cada segundo, de nova informação, a economia está, cada dia em

constante evolução. Interpretar seu desenvolvimento é fundamental e necessário para

assegurar a continuidade de uma entidade. Isso é devido à grande competitividade e à

dificuldade que estabelece o mercado, que reforça a importância da contabilidade gerencial

para auxiliar a administração na escolha de melhores hipóteses em suas transações.

A contabilidade tem como principal objetivo o registro de todas as operações ocorridas

em uma entidade, com a finalidade de fornecer a diversos usuários informações adequadas.

Pode ser considerados os externos, como no caso acionistas, governo e qualquer um outro e

internos, no caso, os administradores que utilizam as informações contábeis para verificar o

desempenho da empresa e, com isso, aplicar as políticas e planejamento futuro.

Conceitualmente existem várias informações de entendimento para o conhecimento de

contabilidade gerencial. Há o conceito oriundo da Ciência administrativa que define

contabilidade gerencial segundo Iudícibus (1998, p.21) da seguinte forma:

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

Neste contexto pode-se inferir que a contabilidade gerencial é um sistema de técnicas

que tem por objetivo planejar, controlar, avaliar identificar, analisar e comunicar a

informações geradas por uma entidade útil a administração para a tomada de decisões.

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Para as informações gerenciais atingirem seu objetivo em uma entidade devem conter

as seguintes características: fornecer os dados essenciais, serem mais objetiva possível, serem

precisa, abrangentes e ágeis, pois o administrador necessita desses requisitos para manter-se

bem informado para ajudá-lo num passo decisivo que é a tomada de decisão na busca de

melhores resultados possíveis para sua empresa.

Outro objetivo essencial utilizado pela contabilidade gerencial para tomada de decisão

é os sistemas de informações gerenciais (SIG), pois é por meio destes que se torna possível

analisar as informações contábeis que ocorrem em uma entidade.

Sistema de Informação Gerencial é o processo de transformação de dados em

informação. É quando esse processo está voltado para a geração de informação que é

necessário e utilizá-lo no processo decisório da empresa.

Cabe aos contadores gerenciais a construção desse sistema com qualidade, elaborando-

se um estudo básico de acordo com a necessidade da informação. Para que seja um sistema de

informação vivo, precisa do apoio da administração da entidade, devendo ser considerado

como um produto que esteja disponível para o consumo. Com isso os consumidores é que

determinam a necessidade da informação.

Para atender plenamente todas as exigências o sistema de informação precisa planejar

atentamente a produção de seus relatórios sendo necessário o conhecimento contábil dos

usuários para a construção destes com enfoques diferenciados para os diferentes níveis.

Portanto é necessário estar atualizado sobre a passagem da cada período garantindo um maior

controle e melhor confiabilidade na informação gerada.

A importância da informação na entidade é considerada como um capital precioso.

Com isso ela assume uma nova realidade, um recurso cuja gestão e aproveitamento estão

relacionados aos recursos de produção materiais e financeiros. Estes são fatores importantes

que estão diretamente ligados como um instrumento de gestão e que levam o fator essencial

do negócio ao sucesso.

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Para que tenha validade permanente sistema de informação contábil dentro de uma

empresa, deve apresentar três pontos básicos, conforme determina Padoveze (2000):

operacionalidade, integração e o custo da informação.

A Operacionalidade significa que as informações são reunidas, armazenadas e

processadas de forma que todas as pessoas envolvidas com a informação contábil devem

saber e sentir que estão operando com dados reais, significativos, práticos e concretos. Isso

significa a construção e a utilização de relatórios concisos com informação objetiva para

quem os utiliza e de fácil entendimento por quem os utiliza, não permitindo nenhuma dúvida,

não possibilitando questionamento sobre a falta de informação. No entanto devem ser

elaborados com base na necessidade dos usuários.

A Integração de dados significa que todas as áreas de gerenciamento, principalmente

da informação contábil, devem utilizar-se de um mesmo e único sistema de informação. Não

existe a necessidade de utilização de vários sistemas de informação dentro de uma mesma

empresa, como no caso a utilização de um sistema para contabilidade de custo, outro só para

financeiro, outro só para orçamento e assim por diante. Dessa maneira o dado é navegado por

todos segmentos do sistema contábil, por meio de um lançamento de forma originalmente

registrada, não havendo necessidade de reclassificação para outros sistemas e nem a

reintrodução de algum sistema de outro setor ou departamento da empresa.

O Custo da informação significa que sistema de informação gerencial deve apresentar

uma relação de custo abaixo dos benefícios que os sistemas podem oferecer. A informação

contábil é analisada com relação entre custo versus benefício que ocorre na empresa, ou seja,

caracteriza-se pela verificação do custo-beneficio, não devendo apresentar-se abaixo do

beneficio e nem oferecer acima do que a entidade possa pagar.

2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE FINANCEIRA

Os procedimentos que existem na contabilidade gerencial e financeira são elaborados

por diferentes razões e para diferentes usuários que tenham acesso a essas informações. No

entanto há a existência de grande similaridade entre as partes.

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A contabilidade financeira tem por objetivo controlar e apurar o resultado do

patrimônio da empresa, pelo qual transmitem informações aos usuários externos que

acompanham a evolução das entidades tais como entidades financeiras, debenturistas,

acionistas entre outras que estão fora da organização. Uma de suas funções é a utilização da

escrituração contábil por meio dos métodos das partidas dobradas.

A contabilidade gerencial tem por objetivo transmitir informações extraídas de dados

contábeis diretamente aos administradores das empresas para que eles possam tomar decisões

mais rápidas e concretas, tais como fixar o preço de venda de um produto, quais produtos lhe

dão lucro ou prejuízo, entre outras.

Quadro 1 – Comparação entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

FATOR CONTABILIDADE

GERENCIAL

CONTABILIDADE

FINANCEIRA

Usuários dos Relatórios Externos e Internos Internos Objetivo dos relatórios Facilitar a análise financeira para as

necessidades dos usuários externos

Objetivo especial de facilitar o

planejamento, controle, avaliação de

desempenho e tomada de decisão

internamente.

Forma dos relatórios Balanço patrimonial, demonstração

dos resultados, demonstração das

origens e aplicação de recursos e

demonstração do patrimônio

liquido.

Orçamento, contabilidade por

responsabilidade, relatórios de

desempenho, relatórios de custos,

relatórios especiais não rotineiros para

facilitar a tomada de decisão

Freqüência dos relatórios Anual, trimestral e ocasionalmente

mensal.

Quando necessário pela administração

Custos ou valores utilizados Primeiramente históricos (passados) Históricos esperados (previstos)

Bases de mensuração usadas

para quantificar os dados

Moeda corrente Várias bases (moeda corrente, moeda

estrangeira – moeda forte, medidas físicas,

índices etc.)

Restrições nas informações

fornecidas

Princípios contábeis geralmente

aceitos.

Nenhuma restrição, exceto as

determinadas pela administração.

Arcabouço teórico e técnico Ciência contábil Utilização pesada de outras disciplinas,

como economia, finanças, estatísticas,

pesquisa operacional e comportamento

organizacional.

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Característica da informação

fornecida

Deve ser objetiva (sem viés),

verificável, relevante e a tempo.

Deve ser relevante e a tempo, podendo ser

objetiva, possuindo menos verificabilidade

e menos precisão.

Perspectiva dos relatórios Orientação histórica Orientada para o futuro para facilitar o

planejamento, controle e avaliação de

desempenho antes do fato (para impor

metas), acoplada com uma orientação

histórica para avaliar os resultados reais

(para o controle posterior do fato)

FONTE – PADOVEZE (2000, P. 31).

Com isso os administradores gerenciam o desempenho da mesma analisando se foram

cumpridas suas metas previstas. No Quadro 1, apresentado acima, são mostradas algumas

características da contabilidade gerencial e da contabilidade financeira ilustrada por

PADOVEZE (2000, p.31).

Conforme é demonstrado no Quadro 1 esta comparação é de muita importância para a

contabilidade gerencial porque apresenta de forma bem concebida as características e a

relação que há entre a contabilidade financeira e a gerencial, equiparando a diferenciação

destas duas áreas na contabilidade. Por isso nota-se que os resultados da contabilidade

financeira são de grande importância para a gerencial. Esta utiliza esses resultados para

examinar e analisar profundamente como passar para os gestores a informação com eficiência

e eficácia, para que possam avaliar, planejar e controlar o desempenho necessário e tomar

decisões adequadas para a empresa.

No capítulo a seguir são evidenciadas as demonstrações contábeis utilizadas para

análise devida o importante conhecimento da informação gerada para a contabilidade

gerencial. Seus resultados servem para se obter informações suficientes para a tomada de

decisão.

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3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Neste capítulo se comenta sobre as características e objetivos das demonstrações

contábeis, evidenciados de acordo com as normas e procedimentos da Lei das Sociedades

Anônimas, que são muito importante para a sua tomada de decisão. Além dessa lei, é

apresentado outro tipo de demonstração que hoje é indispensável para o empreendedor e

principalmente para a análise que é o Fluxo de Caixa.

A contabilidade nem sempre atinge sua finalidade, que é transmitir informações sobre

os fenômenos ocorridos na empresa. Como é um instrumento que registra de forma analítica e

cronológica todos os dados que ocorrem num determinado período, utiliza-se de uma técnica

expositiva chamada de informes contábeis, mais conhecida como relatórios contábeis com o

objetivo de informar os usuários de forma resumida todos os fatos que ocorrem na empresa

para sua tomada de decisão.

Entre os mais importantes desses relatórios estão as Demonstrações Contábeis

também conhecidas por Demonstrações Financeiras. A diferença é uma questão de

terminologia, pois os contadores preferem chamá-la de Demonstrações Contábeis e a Lei das

Sociedades por Ações considera-as como Demonstrações Financeiras.

Conforme estabelece a Lei das Sociedades por Ações que ao fim de cada exercício

social (ano), a diretoria deverá elaborar, com base na escrituração contábil, as seguintes

demonstrações contábeis:

Balanço Patrimonial;

Demonstração do Resultado do Exercício;

Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstrações das Mutações

do Patrimônio Líquido;

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

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3.1 BALANÇO PATRIMONIAL

O saldo que cada grupo e subgrupo apresenta em todas as contas de uma empresa a

cada período, (seja mensal, trimestral, semestral e anual) é demonstrado por meio de um

Balanço Patrimonial. Esse tipo de demonstração é padronizado para qualquer tipo de empresa,

facilitando, para quem o analisa o relatório, captar rapidamente a atual situação econômica-

financeira que se passa na empresa.

Balanço Patrimonial é uma demonstração que tem por objetivo apresentar os bens e

direitos de uma empresa, como também suas obrigações em certa data. Esse balanço

representa, bem resumidamente os elementos que compõem o patrimônio, apresentando de

forma equacional, comparando uma igualdade e principalmente o equilíbrio que existe entre

os componentes, seja este positivo ou negativo. Com isso tem-se a informação de quanto é a

riqueza que a empresa possui de patrimônio bem como também em recursos, origens e

aplicações.

Diante disso fica bem salientado que o balanço patrimonial é elaborado segundo os

Princípios Contábeis geralmente aceitos. Mas nada impede que gerencial e internamente, se

construam balanços com critérios de avaliações alternativas (PADOVEZE, 2000).

As estruturas de um balanço patrimonial são compostas da seguinte forma: Ativo,

Passivo e Patrimônio Líquido. No lado esquerdo fica a coluna denominada Ativo, que

compõem os bens e direitos da empresa, ou seja, suas aplicações. No lado direito fica a coluna

denominada Passivo e Patrimônio Líquido, que compõem as obrigações e os recursos da

própria empresa, ou seja, suas origens.

Segundo Iudicibus (1998, p.41), “No ativo estão classificados todos bens e direitos de

propriedade de uma empresa, mensuráveis em dinheiro, representando benefícios presentes ou

futuros para as mesmas”.

As contas classificadas no ativo ou em qualquer outro grupo, são distribuídas em

ordem decrescente de grau de liquidez, ou seja, quanto à transformação desses bens e direitos

mais rapidamente em dinheiro. Sendo assim representam-se as aplicações de recursos como

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Ativo Circulante, que são valores agregados a caixa, banco, etc., Ativo Realizável em longo

Prazo e Ativo Permanente, que se classificam em Imobilizado Investimento e Diferido, como

terrenos, máquinas e equipamentos, móveis e utensílio, etc. e que passaram por vários ciclos

operacionais.

É evidente que Assaf Neto (2002) considera o Passivo tudo aquilo identificado nas

obrigações da empresa perante a terceiros e que seus valores estão supostamente investidos

nos ativos, ou seja, todas as fontes externas de recurso. São classificadas em curto prazo e em

longo prazo.

As contas do passivo são constituídas em cada grupo conforme o grau de exigibilidade

de uma empresa. As origens de recursos que são compostas por Passivo Circulante como

fornecedores, impostos a pagar, contas a pagar, etc., e Passivo Exigível em Longo Prazo no

caso de empréstimo e financiamentos entre outras.

Patrimônio Líquido, conhecido também por capital próprio enquanto sua continuidade

é considerada como o recurso próprio da empresa quando aplicados nos empreendimentos, ou

seja, são as exigibilidades com os seus proprietários ou acionistas. Esses recursos são

classificados como capital social e suas reservas de capital, lucros ou prejuízos acumulados,

etc.

Com isto visualiza-se que os proprietários devem, sempre que possível investir na

empresa, com o objetivo de participar na distribuição de dividendos. Essa distribuição ocorre

num determinado período, em que a empresa atingiu a sua meta desejada que é a geração de

lucros. Com isto uma parte é distribuída como dividendos e a outra reinvestida no negócio.

3.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

A Demonstração do Resultado do Exercício é o resumo do movimento que ocorre de

certas entradas e saídas no balanço. São os aumentos ou reduções causado pelo patrimônio

líquido das operações da empresa que foram registradas em determinado exercício social.

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De acordo com Assaf Neto (2002, p.75):

a demonstração do resultado visa fornecer de maneira esquematizada os resultados. O lucro (prejuízo) é resultado de receitas, custos e despesas incorridas pela empresa no período e apropriadas segundo o regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses valores pagos ou recebidos.

A demonstração do resultado do exercício é apresentada de forma dedutiva colunar

(vertical), iniciando-se da receita bruta subtraindo-se as despesas e chegando em aos

resultados lucros ou prejuízos.

Essa forma de demonstração retrata apenas o caráter econômico (relacionado a

riqueza) e não o financeiro (relacionado ao dinheiro). Quer dizer não importa se uma receita

ou despesa tenha reflexo em dinheiro, mas apenas que repercute seu patrimônio líquido, o

qual é gerada por receitas e despesas que afetam a riqueza do proprietário. Por exemplo, no

caso da depreciação é um tipo de despesa que não ocorre desembolso, ocorridas através de

investimentos oriundos das receitas devidas sem a entrada de recursos monetários.

3.3 DEMONSTRAÇÕES DOS LUCROS OU PRJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) OU DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)

A demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados ou demonstração da mutação do

patrimônio líquido, apresentam explicações sobre o que ocorreu durante o exercício social de

uma empresa, independentemente de suas variações dentro do patrimônio líquido, com

objetivo de registrar e divulgar as primeiras destinações do resultado. Na verdade enquanto a

demonstração do resultado identifica a formação do lucro do exercício, as demonstrações dos

lucros ou prejuízos acumulados ou demonstrações das mutações do patrimônio liquida

identifica as alterações analisadas nos lucros acumulados da sociedade.

A seguir são apresentadas algumas diferenças entre DLPA e DMPL:

a DLPA é obrigatória por Lei.

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a DMPL não é obrigatória. Porém a demonstração do lucro ou prejuízo acumulado

poderá ser incluída na demonstração da mutação do patrimônio líquido se elaborada e

publicada pela empresa.

a DLPA revela de fato as variações que ocorrem no lucro acumulado na empresa.

a DMPL revela todos os movimentos ocorridos durante o exercício social em todas as

contas que compõem o patrimônio liquido. Compõem-se essa demonstração os acréscimos e

reduções verificados na conta de lucros ou prejuízos acumulados.

a DMPL é mais abrangente e completa que a DLPA.

Segundo Walter (1984) estas destinações correspondem:

ao Imposto de Renda na forma de provisão;

aos empregados, administradores e titulares de partes beneficiárias, de acordo com o que

prever o estatuto na forma de participação do lucro;

ao fundo, associação, fundação ou cooperativas dos empregados, se estiver previsto no

estatuto.

3.4 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR)

As Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos é um tipo de demonstração

que ocorre quando feita a comparação entre dois balanços consecutivos que identifica as

variações ocorridas na parte financeira da empresa em certo período. Tem por objetivo a

identificação clara dos fluxos financeiros, por meio das quais aumentam ou reduzem seu

capital circulante líquido (CCL), surgindo no caso uma origem de recurso se ocorrer um

aumento do capital circulante líquido ou uma aplicação de recurso no caso de haver uma

diminuição do capital circulante líquido.

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Identifica-se nesse tipo de demonstração qual a política financeira praticada pelos

administradores em um determinado exercício, qual o volume dos recursos financeiros

gerados da operação do proprietário e de terceiros e qual a forma de aplicação destes bens e

direitos assim como a redução de suas obrigações.

Dessa maneira pode-se definir que capital circulante líquido é a diferença existente

entre ativo circulante menos passivo circulante, representando ou não uma folga financeira. E

ainda pode-se observar que os aumentos ou reduções representam ingresso de recursos

externos, ou seja, saídas de recursos para fora da empresa. Basicamente em uma conta do

ativo ou a diminuição de uma conta do passivo utilizando recurso, no caso o caixa da empresa

mais precisamente o dinheiro, ocorrerá uma aplicação. Caso contrário se ocorrer a diminuição

do ativo e o aumento do passivo, pressupõe-se uma liberação de recurso, mais precisamente

conhecido como uma origem.

Conforme Matarazzo (1998, p.51 e 52), menciona que:

Através da DOAR é possível conhecer como fluíram os recursos ao longo de um exercício. Quais foram seus recursos obtidos, qual a participação das transações comerciais no total de recursos gerados, como foram aplicados os novos recursos etc. Enfim, a DOAR visa permitir a análise dos aspectos financeiros da empresa, tanto no que diz respeito ao movimento de investimento e financiamentos quanto a rentabilidade à administração da empresa sob o ângulo de obter e explicar compativelmente os recursos.

No próximo capitulo, comentará a importância da análise das demonstrações

contábeis, assim como um relato profundo que se dispõem este trabalho, que são as

utilizações de suas técnicas, fator considerado indispensável pelos gestores, pois auxilia na

informação através de dados eficiente e preciso para sua tomada de decisão.

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4. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Neste capítulo é apresentados a importância de Análise das Demonstrações Contábeis

e conseqüentemente o esclarecimento de suas principais técnicas: análise dos indicadores

financeiros-econômicos, análise de rentabilidade pelo método de Dupont e análise horizontal

e vertical. Por meio de dados extraídos pela análise de balanço, obtém-se informações para

serem utilizadas no processo de tomada de decisão.

A análise das demonstrações contábeis surgiu desde as antigas civilizações e nem se

tinha conhecimento da origem de tais peças, no caso a existência da moeda, pois era

considerada necessária nos primórdios da contabilidade. Só ocorria a preocupação de anotar e

verificar a troca de bens que ocorriam naquela época, com a necessidade de controlar as

perdas e o crescimento dos bens.(MARION, 2002).

A importância da análise de balanço ou financeira ocorreu definitivamente por volta

da metade do século XVIII. Na época gerou benefício aos bancários, que já passavam a

conceder empréstimo as empresas. Com isto solicitavam destes tomadores os balanços para

analisar e confrontar os valores que tinham a receber ou a pagar com a finalidade de não

ocorrer muito risco. (MARION, 2002).

A análise de balanços no Brasil passou a ser mais utilizada por volta na década de 70.

A análise de balanços consistia em ser uma técnica muita prática e mostrou desde logo um

instrumento de muita utilidade, porque geravam grande número de informações sobre a

empresa por meio de suas ferramentas utilizadas. (MATARAZZO, 1998).

Essas ferramentas por si abrangem vários usuários, sejam credores, investidores em

geral, agências governamentais, acionistas e principalmente a parte gerencial, pois é uma

fonte que serve para avaliar se a empresa possui crédito, se têm condições de pagar a dívida,

quanto gerou de lucro, quanto evoluiu, se demonstra ser bem administrada e como tem uma

visão de controle em sua continuidade. Com isso percebe-se que a finalidade da análise é

transformar as informações geradas em conclusões que servirão de auxílio para sua tomada de

decisão.

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Segundo Padoveze (2000) verifica-se que a análise das demonstrações contábeis é

uma ferramenta que acompanha e evidencia as tendências, controlando uma visão real sobre

os patrimônios e suas operações avisando, de imediato, as medidas preventivas e corretivas se

assim forem concluídas e exigidas pelos indicadores. Dessa forma percebe-se que é

importante, não só ter o conhecimento de sua empresa, mas sim de todas outras existentes,

como analisar qual a situação econômica-financeira de seus concorrentes e fornecedores,

visando assim sua posição competitiva.

Dentro dessa linha conceitual percebe-se que o objetivo da análise das demonstrações

contábeis é entender a interpretação e indicação das informações numéricas existentes com

preferência entre dois ou mais períodos, avaliando uma análise crítica sobre seu patrimônio e

suas mutações ocorridas, por meio de uma avaliação da atividade lucrativa de maneira que

possa auxiliar e verificar se os objetivos dos investidores, acionistas, sócios ou

administradores foram concretizados.

4.1 TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O desenvolvimento da análise das demonstrações contábeis ocorreu de forma que

passou a ser utilizado nas técnicas originadas das diversas áreas do conhecimento, tais como

matemática, estatística e contabilidade. Conforme Marion (2002), essas técnicas estão em

constante evolução e aperfeiçoamento, comprovando, no decorrer dos tempos, a validade e a

eficácia de sua aplicação.

As principais técnicas utilizadas na análise de balanços serão apresentadas a seguir,

com um enfoque voltado detalhadamente sobre a informação necessária para seus gestores.

4.1.1 Indicadores Financeiro-Econômico

Índice é a relação entre contas ou grupos de contas das demonstrações contábeis,

objetivando a situação financeira ou econômica da empresa (MATARAZZO, 1998). É

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utilizado para comparar o desempenho e a situação de uma entidade ao longo do tempo de

acordo com a profundidade de que se deseja analisar.

Os índices de situação financeira dividem-se em índices de liquidez, endividamento e

atividade, enquanto que o índice de situação econômica divide-se em índice de rentabilidade.

4.1.1.1 Índices de Liquidez

Os índices com base na situação financeira da empresa indicam que a partir do

confronto dos ativos circulantes com as dívidas, mostram quão sólidas são as bases

financeiras da empresa, ou seja, se são utilizadas para medir a capacidade de pagamento,

verificando as condições de saldar suas obrigações, sendo avaliado no longo prazo, no curto

prazo ou em um prazo imediato.(MATARAZZO, 1998).

Se uma empresa em análise verifica que possui bons índices de liquidez no período,

significa que tem boa capacidade de cumprir com suas obrigações geradas no exercício, ou

seja, suas dívidas.

Quanto ao índice de liquidez geral (LG), seu objetivo é demonstrar a capacidade de

pagamento a longo prazo, somando tudo que se transformar em dinheiro em curto e longo

prazo, relacionando com todos que obteveram em dívida de curto e longo prazo. (MARION,

2002). A fórmula é a seguinte:

Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo = AC + RLP

Passivo Circulante + Exigível Longo Prazo PC + ELP

Indica quanto a empresa possui no ativo circulante mais realizável a longo prazo para

cada R$ 1,00 Real da dívida total. (MATARAZZO, 1998). Este índice não deve ser analisado

isoladamente, pois deve considerar dos outros indicadores, aprecia-los em uma série de anos e

compará-los com os índices do mesmo ramo de atividade.

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O índice de liquidez corrente (LC), é um índice financeiro considerado mais

importante. É muito utilizado porque avalia qual a capacidade que a empresa cumpre suas

obrigações de curto prazo. Significa o que existe de recursos no ativo circulante que são

superiores junto a terceiros, mostra que as entradas em caixa devem ser equivalentes às

saídas. A fórmula para análise é a seguinte:

Liquidez Corrente =_Ativo Circulante__= _AC_

Passivo Circulante PC

Conforme Marion (2002) é importante realçar alguns aspectos limitativos da liquidez

corrente:

O índice não revela a qualidade dos itens no ativo circulante, ou seja, não certifica se

os estoques estão avaliados ou obsoletos e se os títulos a receber são realmente recebíveis.

O índice não revela a sincronização entre recebimento e pagamento; não identifica se

o recebimento ocorrerá no mesmo tempo para pagar as dívidas que vencerão. Com isso nota-

se que a maior parte das obrigações em curto prazo fica para o próximo mês, enquanto que as

de recebimentos ocorrerão dentre de noventa dias.

Conclui-se assim com este índice para cada R$ 1,00 Real de divida, quanto existirá em

direitos que se reverterá em dinheiro, ou seja, verifica se o ativo circulante tem valores

suficientes para cobrir as dividas de curto prazo e se possibilita de uma folga.

O índice de liquidez seca (LC), possui uma pequena diferença com relação ao índice

de liquidez corrente. Elimina sua conta estoque no ativo circulante, porque se trata de um item

que possui menor liquidez no ativo. (GITMAN, 1997). Seu cálculo é demonstrado com a

seguinte fórmula:

Liquidez Seca = _Ativo Circulante - Estoque_ = _AC - ESTOQUE_

Passivo Circulante PC

Essencialmente a liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamento

mediante a utilização das contas do disponível e valores a receber. Demonstra quanto a

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empresa possui de ativo circulante sem os estoques para cada R$ 1,00 Real de dívida no

passivo circulante e qual a sua porcentagem da dívida a entidade pagaria por ações se parasse

sua atividade. Este indicador apresenta uma posição real e conservadora da liquidez da

empresa, em um determinado momento. É um índice muito utilizado pelos

banqueiros.(IUDÍCIBUS, 1998).

O índice de liquidez imediata (LI), determina quanto que a empresa dispõe de

imediato para pagar suas dívidas a curto prazo, conforme a formula a seguir:

Liquidez Imediata = _Disponibilidade (caixa,banco, aplicação curto prazo)

Passivo Circulante

Para efeito de análise é um índice sem muito realce, pois relaciona dinheiro disponível

com valores que vencerão em datas mais variadas possível, embora a curto prazo. Assim tem-

se contas que vencerão daqui a cinco ou dez dias, como também as que vencerão daqui a

trezentos e sessenta dias e que não se relacionam com a disponibilidade imediata (MARION,

2002).

6.1.1.2 Índice de Endividamento

Avalia o endividamento de uma entidade. É considerado um quociente muito

importante, e se divide em dois tipos: pela quantidade da divida e pela qualidade da divida.

A avaliação da quantidade da divida verifica qual o nível de endividamento da

empresa com relação às fontes de recurso que ela possui, demonstrando a atual situação do

capital próprio com relação ao capital de terceiros, buscando evidenciar, de forma mais

eficiente a aplicação de seus recursos (IUDÍCIBUS, 1998).

Segundo Marion (2002, p. 105-106), na análise de endividamento existe a necessidade

de detectar as seguintes características:

Empresas que recorrem às dívidas como um complemento dos capitais próprios para

realizar aplicações produtivas em seu ativo (ampliação, expansão, modernização etc.). Esse

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endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão

gerar recursos para saldar o compromisso assumido;

Empresas que recorrem às dividas para pagar outra dívida que estão vencendo por não

gerarem recursos para saldar seus compromissos, recorrem a empréstimos sucessivos.

Permanecendo esse círculo vicioso a empresa será candidata à insolvência e

conseqüentemente à falência.

Por meio da analise da qualidade da dívida percebe qual a composição que a entidade

possui no endividamento, com o objetivo de verificar se os capitais de terceiros vencerão em

curto ou longo prazo. A obtenção de uma dívida a alternativa mais concreta é utilizar recurso

em curto prazo para financiar o ativo circulante e recursos de longo prazo para financiar o

ativo permanente.

Dessa maneira conclui-se que os empréstimos de curto prazo são mais onerosos que os

de longo prazo. Na tomada por empréstimos à qualidade não é boa, ainda mais quando a

empresa não possui dívida concentrada a curto prazo.

A seguir são apresentadas algumas formulas para calcular o endividamento das

entidades:

participaçâo de terceiros sobre capital próprio ou recursos totais

_________Capital de terceiros________ = ___PC + ELP___

Capital de Terceiros + Capital Próprio PC + ELP + PL

Esta fórmula apresentada representa o quanto dos recursos originaram-se de capital de

terceiros e qual a porcentagem do ativo está sendo financiado pelo capital de terceiros.

garantia capital próprio ao capital de terceiros

Aplica-se a seguinte fórmula:

___Capital Próprio____ = ____PL____

Capital de Terceiros PC + ELP

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Neste índice identifica-se para cada R$ 1,00 Real de capital de terceiros que a empresa

possuir, quanto este gerará de capital próprio como garantia.

composição do endividamento

___Capital Próprio___ = ____PL____

Capital de Terceiros PC + ELP

Esse tipo de índice representa quanto o capital de terceiros de uma empresa vencerá a

curto ou longo prazo, demonstrando em quais fontes está mais especificado o vencimento da

divida.

Com isso verifica-se que para se ter uma boa atuação na captação de recursos é

necessário a quantidade e a qualidade da dívida. Neste caso a empresa que possui

endividamento altíssimo, qualitativamente não é muito boa, porém se utilizar recurso em

longo prazo obtém-se uma boa qualidade. Caso contrário, se a empresa obtiver endividamento

e financiar suas dívidas em curto prazo, não possibilita tempo necessário para gerar mais

circulante para saldar seu compromisso. (MATARAZZO, 1998).

6.1.1.3 Indices de Atividades

São utilizadas com o objetivo de medir a velocidade com que a empresa recebe suas

vendas, paga suas compras e renova seus estoques, expressa relacionamento dinâmico que

influencia muito na riqueza e na rentabilidade, geralmente apresentado em dia, meses ou

períodos maiores de tempo. (IUDÍCIBUS, 1998).

Para Marion (2002) deve-se analisar alguns pontos para o cálculo dos índices de

atividades: o que envolve o Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) não deve

considerar só as vendas a prazo, mas sim o total de suas vendas. Para um cálculo mais

específico do PMRV o total das vendas considerado é as receitas brutas, excluindo-se as

devoluções, incluindo IPI, ICMS etc. E o total das duplicatas a receber deverá retirar a

Provisão Devedora Duvidosos e as duplicatas descontadas. Quando se utilizar o cálculo Prazo

Médio de Pagamento das Contas (PMPC), deve-se tomar cuidado com o valor das compras,

pois este não vem destacado na Demonstração do Resultado do Exercício. Então, recomenda-

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se que não se utilize desse índice caso a empresa não possua vendas e compras regulares no

decorrer do ano, isso não refletirá sua real situação.

O prazo médio de recebimento das vendas demonstra em si quantos dias a empresa

leva para receber suas vendas. (IUDÍCIBUS, 1998). È obtido por meio da formula:

PMRV = 360 DIAS X DUPLICATAS A RECEBER

VENDAS LIQUIDAS

O prazo médio de pagamento das compras determina quanto tempo a empresa leva

para pagar suas compras. É calculado com a seguinte formula:

PMPC = 360 DIAS X FORNECEDORES

COMPRAS

O prazo médio de renovação de estoques ou giro de estoques tem o objetivo de

obter a informação de quanto tempo a empresa demora para vender seu estoque, com a

determinação da seguinte fórmula:

PMRE = 360 DIAS X ESTOQUES

CUSTOS DAS VENDAS

O posicionamento de atividade relaciona as contas da empresa, quanto tempo que

demora para vender, receber suas vendas e pagar suas dívidas, considera o índice positivo

quando o seu resultado demonstrado pela formula a seguir for igual ou inferior a um.

PA = PMRE + PMRV

PMPC

Por meio destas informações, certifica-se quanto melhor alcançar a situação do ciclo

operacional da empresa, quando o resultado que obtiver por meio da soma do PMRE +

PMRV for igual ou inferior ao PMPC, passaria a ter uma folga financeira maior e com isto

venderia seu produto antes mesmo de efetuar o pagamento com seus fornecedores. No entanto

isso ocorrerá também se a reposição de seu estoque for imediata.

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Para calcular a necessidade de capital de giro (NCG) não se deve só utilizar os índices

de atividades e sim outros componentes como as contas cíclicas, que são que compõem o

ativo circulante e o passivo circulante, no caso duplicatas a receber, estoques, fornecedores,

salários a pagar e impostos a recolher.

Um aspecto que os administradores ou gestores de empresa devem tomar atitude para

melhorar o ciclo operacional e a necessidade de capital de giro é a redução do prazo de

recebimento de clientes e o aumento do prazo de pagamento aos seus fornecedores.

6.1.1.4 Índices de Rentabilidade

Conforme Matarazzo (1998), os índices de rentabilidade que se destacam nesse grupo,

mostram qual é a rentabilidade dos capitais investidos, ou seja, quanto que renderam de

investimento, qual o beneficio econômico que trouxe para a empresa. Informalmente conclui-

se que o objetivo da rentabilidade então é calcular a taxa de lucro, isto é, comparar o lucro em

valores absolutos com valores que guardam alguma relação com o mesmo.A combinação de

índices do ativo é que gera receita para a empresa. Na verdade o ativo significa investimentos

realizados pela empresa a fim de obter receita e, por conseguinte o lucro. Assim pode-se obter

a Taxa de Retorno de Investimento, que representa o poder de ganho da empresa, ou seja,

quanto que ganhou por real investido.

Segundo Marion (2002, p. 141-142), ao se comparar lucro com ativo ou lucro com

patrimônio líquido deve considerar dois aspectos:

Muitos conceitos de lucros poderão ser utilizados: lucro líquido, lucro operacional,

lucro bruto etc. é imprescindível que o numerador seja coerente com o denominador. Se for

utilizado o lucro liquido no numerador, deve ser utilizado o ativo total no denominador.

Utilizando o lucro operacional no numerador, deve ser utilizado o ativo operacional no

denominador, e assim sucessivamente.

Tanto o ativo como o patrimônio líquido, utilizados no denominador para cálculo da

taxa de retorno, poderia ser o médio. Pega-se o saldo inicial de cada conta soma com o saldo

final e divide-se por dois.

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A taxa de retorno sobre investimento (TRI), do ponto de vista empresa é obtida pela

seguinte fórmula:

TRI = LUCRO LIQUIDO

ATIVO TOTAL

Este índice verifica quanto que a empresa ganhou de poder para cada R$ 1,00 real

investido e qual será o tempo que ela levará para obter de volta este investimento,

caracterizado pelo payback (tempo médio de retorno). Calcula-se dividindo 100% pela taxa de

retorno de investimento.

A taxa de retorno sobre patrimônio líquido do ponto de vista dos proprietários,

possui a seguinte fórmula:

TRPL = ____LUCRO LÍQUIDO____

PATRIMONIO LÍQUIDO

Significa que por meio desta formula, consegue-se avaliar quanto que a empresa ganha

para cada R$ 1,00 real investido e qual o payback do proprietário em seus investimentos.

Por meio desse quociente fica evidente que a taxa de rendimento do capital próprio

pode ser comparada com outros tipos de rendimentos do mercado, por exemplo, ações,

caderneta de poupança, etc.. Isso ocorre de fato par comparar se o rendimento que a empresa

gerou foi superior ou inferior aos investimentos disponíveis no mercado.

Na analise da taxa de retorno sobre investimento segundo Gitman (1997), a taxa de

retorno sobre investimento analisa ampla e profundamente os dados da administração na

obtenção de lucro a empresa, de forma que estes sejam aplicados em seus ativos disponíveis,

estoques, imobilizados, etc.

Entretanto existe uma enorme dificuldade para identificar quais itens serão

considerados para cálculo desta taxa. Os analistas de modo geral, utilizam o lucro líquido

sobre o ativo total para calcular a taxa de retorno sobre o investimento, conforme a fórmula a

seguir:

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TRI = LUCRO LIQUIDO

ATIVO TOTAL

Nesse tipo de índice percebe-se qual foi a porcentagem que ocorreu de lucro sobre os

investimentos no ativo e qual será e qual será seu tempo para conseguí-lo novamente.

Para melhor aperfeiçoamento sobre a rentabilidade da empresa, a taxa de retorno

dividiu-se em:

O giro do ativo verifica quantas vezes a empresa vende seu ativo, ou seja, verifica o

total das vendas em relação ao total dos investimentos. O correto é que se deve vender mais

que os investimentos do ativo.

GIRO DO ATIVO = _____VENDAS____

ATIVO TOTAL

Conforme Marion (2002, p. 166) a taxa de retorno sobre investimentos pode ser obtida

pela multiplicação da margem de lucro pelo giro do ativo. As empresas que ganham mais na

margem, normalmente ganham no preço e as empresas que ganham mais no giro, visam

quantidade. Então a rentabilidade de uma empresa é obtida por meio de uma boa conjugação

entre preço e quantidade, ou seja, entre margem e giro.

A margem do lucro líquido analisa o lucro da empresa no período, com relação as

vendas. Considera-se quantos centavos ganha para cada R$ 1,00 real vendido. De fato quanto

maior for sua margem líquida melhor.

MARGEM DE LUCRO = _LUCRO LÍQUIDO_

VENDAS

De modo geral as empresas que investirem em ativos elevados, têm maior

probabilidade de ganhar na margem que consiste em tratar qual de suas vendas foram mais

esporádicas. Caso contrário as empresas que possuem grande quantidade do ativo em valores

menores ganhará no giro, por ocorrer maior rotatividade nas vendas.

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38

A seguir será comentado sobre a formula de Du Pont, pois é uma ferramenta muito

utilizada que contribui para analisar qual foi o retorno de seus investimentos para um maior

auxilio na tomada de decisão.

4.1.2 Sistema de Du Pont

O sistema de DUPONT é muito interessante para a taxa de retorno de investimento,

porque verifica quais itens estão contribuindo para a queda ou a alta taxa de retorno.

Segundo Gitman (1997) este tipo de sistema permite que a empresa decomponha em

dois componentes, lucro sobre as vendas e eficiência no uso dos ativos. Isto possibilita qual

seria a melhor forma para avaliar os componentes do ativo, originando no crescimento no

lucro.

No entanto para Padoveze (2000), o método de Dupont conjuga, além deste

anteriormente comentado, a estrutura de capital que é o mínimo de recurso próprio utilizado

para financiar o ativo, obtendo assim um rendimento máximo no capital próprio investido

pela empresa, conforme quadro a seguir.

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QUADRO 2 - SISTEMA DU PONT

Fonte: Gitman (1997).

As informações retiradas para utilização do sistema de Dupont são a demonstração do

resultado do exercício e o balanço patrimonial em si. Relaciona a margem líquida com o giro

do ativo e com a própria taxa de retorno sobre investimento. A multiplicação da margem com

o giro resulta na taxa de retorno de investimento.

4.1.3 Índice Padrão

De acordo com Matarazzo (1998, p.193):”a análise de balanço através de índices só

adquire consistência e objetividade, quando os índices são comparados com padrões, pois do

contrario, as conclusões se sujeitam apenas a opinião do analista de balanço.”

A medida estatística utilizada para comparação do índice padrão é a mediana. É o

valor que colocados os elementos em ordem crescente, metade fica acima de si e metade

abaixo de si.

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40

É mais importante saber solucionar quais índices são mais apropriados para o

conhecimento da situação de uma determinada entidade, de acordo com a profundidade de

que se deseja analisar, do que uma grande quantidade de índices calculados aleatoriamente.

Dessa forma, para avaliar melhoras de quocientes, encontrados a partir das fórmulas

utilizadas de medidas aritméticas, faz-se necessária a média aritmética desses índices padrões.

Porém, para chegar a esses índices padrões, são utilizados todos os índices existentes dividos

pela quantidade destes, e por meio da moda verifica-se os índices que mais se repetem, e por

meio da mediana, considera-se o índice de meio como metade, 50% dos indicadores maiores

para cima e 50% dos indicadores menores para baixo (MARION,2002).

As empresas calculam índices a partir das demonstrações contábeis financeiras,

índices que serão comparados com os de outras empresas do mesmo ramo de atividade,

permitindo dessa forma avaliar a potencialidade de seus índices em relação às demais

empresas.

De acordo com Marion (2002), se analisarmos o balanço de oito empresas do mesmo

ramo de atividade, e que se seus índices de liquidez estivessem entre 1,25 e 1,35, poderia

dizer que a metade se equivaleria a 1,30. (1,25 + 1,35) /2. Para situar melhor a situação da

empresa poderia dividir ainda em quatro intervalos, 1,00 + 1,10 que equivaleria a metade de

1,5 e 1,40 + 1,60 que equivaleria 1,50. Tomando como referencia a mediana de 1,30 entre os

intervalos de 1,05 e 1,50 conclui-se: então abaixo de 1,05 estão 25% das piores empresas

deste ramo no que tange a liquidez da corrente (conceituando-se como ruim). Entre 1,05 e

1,30 se obtém 25% das empresas que são melhores, considerando que existem piores.

(conceituando-se como razoável). Entre 1,30 e 1,50, verifica-se que 50% de empresas piores e

que 25% são melhores (conceituando-se como satisfatório). Por último as que possuem índice

superior à 1,50, estando como 25% das melhores empresas (conceituando-se como bom).

A planilha de índices padrões, mesmo aplicada em balanços reais, não expressam

totalmente a realidade, pois varia a cada ano, servindo para avaliar índices aproximados a

realidade, na qual possibilita a visualização desmembrada da situação econômica financeira

(Marion, 2002).

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4.2 ANALISE VERTICAL E ANALISE HORIZONTAL

As principais características de análise de uma empresa são a comparação de valores

obtidos em certo período com períodos anteriores e o relacionamento desses valores com

outros fins. Dessa forma conclui-se que um critério básico que norteia a análise de balanços é

a comparação, pois é indispensável ao conhecimento da situação de uma empresa, que é a

análise vertical e horizontal.

4.2.1 Analise Vertical

A análise vertical caracteriza-se os estudos das tendências na empresa, ou seja, baseia-

se em valores percentuais das demonstrações financeiras, e esse percentual que obtém de cada

conta demonstra sua real importância no conjunto relativa de cada elemento patrimonial e de

resultado. Permite também avaliar a estrutura da composição dos itens e sua evolução no

tempo.

A análise tem por objetivo mostrar a importância de cada conta com relação a

demonstração financeira a que pertence por meio da comparação com padrões do ramo ou

com percentuais da própria empresa em anos anteriores e permite inferir se existem itens fora

das proporções normais.

Essa ferramenta é muito importante, porém sua análise deve ser elaborada com

cuidado. Os percentuais que obtiver deverão ser analisados em conjunto com os dados da

análise horizontal e os seus respectivos indicadores.

Este indicador pode ser entendido de duas formas:

Para cada R$ 1,00 real aplicado no ativo, quanto corresponderá sua aplicação no ativo

permanente e com relação aos ativos totais, quanto em percentual são aplicados no ativo

permanente.

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No balanço patrimonial, aplicando-se a análise vertical, observa-se qual é a

participação de cada conta patrimonial do ativo e passivo com relação ao seu ativo total ou

passivo total. Para se calcular sua análise vertical, aplica-se 100 % para o ativo total, os

demais valores serão relacionados de maneira percentual com o ativo total. Na demonstração

do resultado do exercício deve-se considerar 100 % da receita operacional bruta ou a receita

líquida. Fica a critério de qual deve ser mais apropriados. Os demais elementos da

demonstração do resultado serão relacionados à receita operacional.

Este quociente mostra qual percentual será representado pela despesa da entidade com

relação as vendas, ou melhor pode-se concluir que para cada R$ 1,00 real de venda quanto

que ele pagou com despesa de venda. Demonstra também quanto que captou de recurso bem

como a destinação deste.

4.2.2 Análise Horizontal

O objetivo da análise horizontal é mostrar a evolução de cada conta das demonstrações

financeiras, e comparar entre si para retirar conclusões sobre a evolução da empresa.

Segundo Iudícibus (1998) a principal finalidade da análise horizontal é detectar o

crescimento que ocorreu na conta de balanços e com a demonstração entre dois períodos,

buscando identificar as tendências.

Sendo assim, deve-se ter cuidados com a análise vertical ao retirar conclusões sobre a

análise horizontal, porque todos os elementos vão ser analisados com os demais instrumentos

de análise.

Para efetuar a aplicação do cálculo são utilizadas as informações disponíveis no

balanço patrimonial como também na demonstração do resultado do exercício, desde que

ocorra sua comparação entre dois ou mais períodos, na qual se divide o saldo de uma conta

em certo período pelo saldo da conta de períodos anteriores. Assim tudo que passar a R$ 1,00

real, significa que ocorreu uma variação positiva, ou seja, um aumento de seu patrimônio

relacionado com períodos anteriores.

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A análise horizontal mostra de fato o que ocorreu com cada conta das demonstrações

contábeis, evidenciando a locação de seus recursos, de modo que identifique quais

investimentos foram positivos e verificar quais foram negativos para a empresa. Por exemplo,

que não tenha muita vantagem investir por acaso no ativo permanente com financiamentos à

curto prazo. (Iudícibus, 1998).

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5. METODOLOGIA

No processo de desenvolvimento o homem busca conhecer os fenômenos naturais ou

produzidos por ele próprio que ocorrem a sua volta. No princípio por meio de simples

observação, o homem desvendava alguns fenômenos e passava este conhecimento, adquirido

empiricamente e baseado na sua experiência pessoal, para outras pessoas de maneira informal

e muitas vezes sem uma certa racionalidade. Este vem a ser o conhecimento popular ou

também conhecido como senso comum.

Com o passar dos tempos o homem passou a observar os fenômenos de forma

sistematizada, racional e utilizando-se de métodos que pudessem comprovar cientificamente a

natureza destes fenômenos. Este é o chamado “Conhecimento Cientifico” no qual Fachin

(1993, p. 23) define:

“Ele se caracteriza pela presença do acolhimento metódico e sistemático dos fatos

da realidade sensível. Por meio da classificação, da comparação, da aplicação dos

métodos, da análise e síntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou do

universo, princípios e leis que estruturam um conhecimento rigorosamente válido e

universal”.

Neste sentido, serão evidenciadas as características da monografia, de modo que possa

explicar a escolha do tipo da pesquisa bem como seleção da entidade e dos procedimentos

metodológicos que tornaram possível a aplicação prática do objetivo de estudo.

6.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Para ordenar a pesquisa, tornou-se como base da classificação de Gil (1996), que

estrutura em quatro aspectos: quanto à natureza, quanto à forma, quanto aos objetivos e

quantos aos procedimentos.

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Quanto à natureza, será do tipo aplicada, porque neste caso pretende-se aplicar

técnicas de análise das demonstrações contábeis e conseguir informações para serem

utilizadas pelos gestores em suas decisões de negócios.

Quanto à forma, é qualitativa, pois mediantes os resultados das análises serão retirados

índices que se relacionarão com os existentes em outras empresas do mesmo ramo de

atividade, analisando-se assim suas perspectivas no mercado. Também por não ser necessário

o uso de procedimentos e técnicas estatísticas.

Quanto aos objetivos, é de forma exploratória, porque terá o gestor de forma clara e

explicativa, o conhecimento geral da atual situação que se passa sua empresa, por meio das

informações que são obtidas através das técnicas de análises contábeis.

Quanto aos procedimentos, será de dois tipos: bibliográfico inicialmente e também

documental. Bibliográfica porque fará uso de materiais já publicados como revista, livros,

artigos periódicos e com material disponibilizado na Internet. E documental, pois se trata de

documentos oficiais que são, no caso as demonstrações contábeis da empresa em estudo.

6.2 ESTUDO DE CASO

Preferiu-se neste trabalho por implementar um estudo de caso por se tratar de uma

pesquisa que tem por objetivo o estudo de uma unidade que será analisada profunda e

intensamente. E também por se encontrar o maior número de informações detalhadas,

mediante um mergulho profundo e exaustivo em um objetivo delimitado que é o problema da

pesquisa e é precedida pelo próprio problema, proposição orientadora do estudo e por algum

esquema teórico.

6.2.1 Caracterização da Empresa

Optou-se pela escolha de uma empresa intencionalmente dentro de uma vasta relação

de empresas das mais diversificadas atividades operacionais. A seleção foi feita por meio de

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pesquisa na empresa em que executo serviços “RG Contadores Associados”, a qual

disponibiliza várias demonstrações contábeis dos mais diversificados ramos de atividade.

A empresa Ferrodura Ltda chamada assim nesta pesquisa por falta de autorização de

uso da razão social por parte dos proprietários, constituída no ano de 1983, localizada na rua

Geremias Eugenio da Silva, número 156, bairro areias, CEP: 88113-160. Atua no ramo de

atividade na comercialização varejista de ferragens e ferramentas, ou seja, comércio de ferro e

prestadora de serviços.

A escolha se deu por se tratar de forma mais clara e objetiva apresentação de suas

demonstrações contábeis. Também por não se tratar de uma indústria, pois não era o objetivo

de pesquisa deste trabalho e por representar uma parcela minoritária no contexto dos

negócios.

6.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A análise das demonstrações contábeis da empresa selecionada será executada a partir

da aplicação dos índices por meio de fórmulas para posterior interpretação das informações

obtidas, juntamente com suas recomendações.

As técnicas de análise, tais como: Análise Vertical e Horizontal, Indicadores

Econômico-Financeiros, Sistemas de Análise de Du Pont e alguns outros índices existentes se

possível, serão analisados no período de três exercícios 2004 à 2006, sendo colocados num

campo com avaliação comparativa e verificando a potencialidade de cada índice apresentado

em relação às empresas do mesmo ramo de atividade, obtidas no site www.infoinvest.com.br

na internet.

Por último serão analisadas todas as informações obtidas, relacionando-se os pontos

negativos e positivos durante a exposição da pesquisa. A partir destes pontos, foram

recomendadas posições a serem tomadas para aprimoramento do desempenho da empresa em

questão.

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6. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA EMPRESA DE COMERCIALIZAÇÃO VAREGISTA DE FERRAGENS E FERRAMENTAS

Conforme estabelecidas pelas normas contábeis, as demonstrações que por sua vez são

representadas por dados deverá ser transformado em informações para os gestores concluírem

um passo eficiente na sua tomada de decisão.

A seguir no Quadro 3, será demonstrada o Balanço Patrimonial da empresa Ferrodura

Ltda dos períodos de 2004 à 2006.

A T I V O 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

C I R C U L A N T E 1 . 4 6 7 . 8 6 2 , 1 4 1 . 5 1 0 . 4 6 8 , 4 4 1 . 6 6 5 . 5 1 7 , 2 6 D I S P O N I B I L I D A D E S 2 2 8 . 8 4 1 , 2 6 2 3 3 . 7 7 2 , 4 1 1 2 8 . 0 3 1 , 0 1

C a ix a 4 4 . 7 6 2 , 4 1 4 2 . 2 1 9 , 9 9 7 6 . 7 2 4 , 0 8 B a n c o s 5 3 . 8 2 5 , 2 5 1 1 1 . 0 3 5 , 7 0 1 3 . 4 6 9 , 2 4 A p l ic a ç õ e s d e L iq u id e z Im e d ia t a 1 3 0 . 2 5 3 , 6 0 8 0 . 5 1 6 , 7 2 3 7 . 8 3 7 , 6 9

D I R E I T O S R E A L I ZÁ V E I S 1 . 2 3 7 . 6 8 1 , 5 1 1 . 2 7 5 . 3 3 8 , 7 3 1 . 5 3 3 . 3 1 5 , 8 1 C lie n t e s a R e c e b e r 4 1 4 . 8 4 0 , 7 1 2 2 4 . 1 1 6 , 7 8 4 6 1 . 2 6 8 , 2 0 Im p o s t o s a R e c u p e ra r 6 5 . 4 9 8 , 0 5 6 2 . 2 4 1 , 0 7 1 . 6 4 9 , 0 3 A d ia n t a m e n t o s 5 . 1 6 0 , 1 3 7 . 0 1 0 , 5 8 7 . 4 7 7 , 2 0 E s t o q u e s 7 5 2 . 1 8 2 , 6 2 9 8 1 . 9 7 0 , 3 0 1 . 0 6 2 . 9 2 1 , 3 8

D E S P E S A S A N T E C I P A D A S 1 . 3 3 9 , 3 7 1 . 3 5 7 , 3 0 4 . 1 7 0 , 4 4 S e g u ro s a A p ro p ria r 1 . 3 3 9 , 3 7 1 . 3 5 7 , 3 0 4 . 1 7 0 , 4 4

R E A L I ZÁ V E L A L O N G O P R A ZO 6 . 8 7 8 , 8 1 - 6 2 . 2 4 1 , 0 7 Im p o s t o s a re c u p e ra r 6 . 8 7 8 , 8 1 - 6 2 . 2 4 1 , 0 7

P E R M A N E N T E 6 9 8 . 1 0 2 , 8 9 8 3 4 . 2 5 7 , 4 0 7 4 9 . 8 4 6 , 2 0 I N V E S T I M E N T O S 4 9 . 8 6 8 , 0 0 4 9 . 8 2 8 , 0 0 4 9 . 8 2 8 , 0 0

In ve s t im e n to s 4 9 . 8 6 8 , 0 0 4 9 . 8 2 8 , 0 0 4 9 . 8 2 8 , 0 0 I M O B I L I ZA D O 6 4 8 . 2 3 4 , 8 9 7 8 4 . 4 2 9 , 4 0 7 0 0 . 0 1 8 , 2 0

Te rre n o s 1 7 5 . 0 8 6 , 3 9 1 8 7 . 0 8 6 , 3 9 2 1 2 . 0 8 6 , 3 9 E d ifíc io s e C o n s t ru ç õ e s 3 1 9 . 5 1 3 , 9 5 3 1 9 . 5 1 3 , 9 5 3 1 9 . 5 1 3 , 9 5 V e íc u lo s , M ó ve is e M á q u in a s 4 7 5 . 1 7 5 , 5 1 6 7 8 . 8 5 8 , 1 3 6 9 7 . 6 0 7 , 7 0 ( - ) D e p re c ia ç ã o A c u m u la d a (3 2 1 . 5 4 0 , 9 6 ) (4 0 1 . 0 2 9 , 0 7 ) (5 2 9 . 1 8 9 , 8 4 )

T O T A L D O A T I V O 2 . 1 7 2 . 8 4 3 , 8 4 2 . 3 4 4 . 7 2 5 , 8 4 2 . 4 7 7 . 6 0 4 , 5 3

2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

C I R C U L A N T E 6 1 6 . 9 2 1 , 6 7 6 1 2 . 9 3 2 , 0 2 8 5 2 . 9 9 4 , 8 1 O b rig a ç õ e s Tra b a lh is t a s 7 8 . 1 4 5 , 3 7 8 3 . 4 3 4 , 7 9 1 0 0 . 0 6 3 , 9 6 O b rig a ç õ e s S o c ia is 1 4 . 4 0 0 , 3 9 1 4 . 7 1 4 , 0 9 1 7 . 3 9 2 , 0 9 O b rig a ç õ e s Trib u t á ria s 5 6 . 3 8 3 , 6 4 6 9 . 7 2 0 , 4 9 9 8 . 1 6 4 , 4 5 F o rn e c e d o re s 4 2 4 . 9 9 2 , 3 1 3 8 2 . 6 6 2 , 5 4 5 9 2 . 0 9 2 , 2 9 F in a n c ia m e n t o s 4 2 . 9 9 9 , 9 6 6 1 . 6 7 7 , 6 7 4 1 . 2 2 8 , 1 1 O u t ra s C o n t a s a P a g a r 4 2 . 9 9 9 , 9 6 7 2 2 , 4 4 4 . 0 5 3 , 9 1

E X I G ÍV E L A L O N G O P R A ZO 2 3 . 3 3 3 , 3 9 - - F in a n c ia m e n t o s 2 3 . 3 3 3 , 3 9

P A T R I M Ô N I O L Í Q U I D O 1 . 5 3 2 . 5 8 8 , 7 8 1 . 7 3 1 . 7 9 3 , 8 2 1 . 6 2 4 . 6 0 9 , 7 2 C A P I T A L S O C IA L 1 0 0 . 0 0 0 , 0 0 1 0 0 . 0 0 0 , 0 0 1 0 0 . 0 0 0 , 0 0

C a p it a l S o c ia l D o m ic i l ia d o s n o P a ís 1 0 0 . 0 0 0 , 0 0 1 0 0 . 0 0 0 , 0 0 1 0 0 . 0 0 0 , 0 0 L U C R O S / P R E J U Í ZO S A C U M U L A D O S 1 . 4 3 2 . 5 8 8 , 7 8 1 . 6 3 1 . 7 9 3 , 8 2 1 . 5 2 4 . 6 0 9 , 7 2

L u c ro s A c u m u la d o s 1 . 4 3 2 . 5 8 8 , 7 8 1 . 4 3 2 . 5 8 8 , 7 8 1 . 6 2 1 . 5 9 3 , 8 2 L u c ro s / P re ju íz o s d o E x e rc íc io 1 9 9 . 2 0 5 , 0 4 (9 6 . 9 8 4 , 1 0 )

T O T A L D O P A S S I V O 2 . 1 7 2 . 8 4 3 , 8 4 2 . 3 4 4 . 7 2 5 , 8 4 2 . 4 7 7 . 6 0 4 , 5 3

P A S S I V O

QUADRO 3 - BALANÇO PATRIMONIAL DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 À 2006.

Fonte: Adaptado do Balanço Patrimonial da Empresa Ferrodura Ltda.

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48

O Quadro 4, a seguir será demonstrada a Demonstração do Resultado do Exercício da

empresa Ferrodura Ltda dos períodos de 2004 à 2006.

2004 2005 2006

01 - RECEITAS OPERACIONAIS 6.027.635,91 5.014.753,89 5.706.489,11 Venda de Mercadorias 5.678.843,97 4.638.545,65 5.303.227,67 Prestação de Serviços 348.791,94 376.208,24 403.261,44

02 - DEDUÇÕES DA RECEITA (1.079.822,02) (894.714,57) (1.009.170,89) Impostos Incidentes (1.079.822,02) (884.150,40) (990.442,09) Mercadorias Devolvidas (10.564,17) (18.728,80)

03 - RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 4.947.813,89 4.120.039,32 4.697.318,22 04 - CUSTOS OPERACIONAIS (3.627.892,51) (2.769.686,12) (3.451.292,14)

Custo das Mercadorias Vendidas (3.560.568,33) (2.649.944,73) (3.283.093,50) Custo dos Serviços Prestados (67.324,18) (119.741,39) (168.198,64)

05 - RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 1.319.921,38 1.350.353,20 1.246.026,08 06 - DESPESAS OPERACIONAIS (886.808,23) (996.352,52) (1.147.130,88)

Despesas Administrativas (886.808,23) (996.352,52) (1.147.130,88) 07 - RESULTADO FINANCEIRO (15.465,43) 638,86 (12.104,00)

Resultado Financeiro (15.465,43) 638,86 (12.104,00) 08 - RESULTADO NÃO OPERACIONAL 13.653,23 87.983,99 -

Resultado c/ Alienação de Bens Móveis 13.653,23 87.983,99 - 09 - RESULTADO A. DA PROV. P/ CSLL E IR 431.300,95 442.623,53 86.791,20 10 - PROVISÃO P/ CSLL E I. RENDA (194.139,63) (193.418,49) (183.775,30)

Provisão p/ Imposto de Renda (121.364,56) (123.588,02) (119.051,30) Provisão p/ Contribuição Social (72.775,07) (69.830,47) (64.724,00)

11 - RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 237.161,32 249.205,04 (96.984,10)

Contas

QUADRO 4 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO

DE 2004 À 2006.

Fonte: Adaptado da Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Ferrodura Ltda.

A empresa Ferrodura Ltda conforme disponibilizados a cada período do exercício

obteve os seguintes valores de Compras de Mercadorias, calculado mediante fórmula:

CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final.

2004 = R$ 3.829.726,38

2005 = R$ 3.250.647,56

2006 = R$ 3.808.021,21.

6.1 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES

Este tipo de técnica tem como objetivo aplicar os cálculos e analisar os índices,

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49

verificando o desenvolvimento da empresa Ferrodura Ltda e fazendo a comparação com o

padrão, ajudando dessa maneira para que se conclua uma análise mais completa, porque

avalia o grau de competitividade com relação a outras entidades do mesmo ramo de atividade.

6.1.1 Análise dos Índices de Liquidez da Ferrodura Ltda

No Quadro 5, será apresentada a análise dos índices de liquidez da Ferrodura Ltda dos

períodos de 2004 à 2006 .

2004 2005 2006

a) LIQUIDEZ GERAL ( LG ):Ativo Circulante + Realizável Longo PrazoPassivo Circulante + Exigível Longo Prazo

b) LIQUIDEZ CORRENTE ( LC ):Ativo Circulante

Passivo Circulante

c) LIQUIDEZ SECA ( LS ):Ativo Circulante - Estoques

Passivo Circulante

d) LIQUIDEZ IMEDIATA ( LI ):LI = Disponibilidade 0,37 0,38 0,15

Passivo Circulante

LC =

LS =

2,39 =LG =

1,95

0,71

2,38

1,16

=

=

=

2,46

0,86

2,03

2,46

QUADRO 5 - ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 À 2006.

Fonte: Autor

Analisando a Liquidez Geral verificou-se que a empresa obteve uma pequena

diminuição neste índice, pois apresentou um quociente de 2,39 em 2004 e que em 2006

passou para 2,03 evidenciando uma diminuição de 0,84 pontos percentuais. Essa diminuição

ocorreu devido ao aumento das obrigações e fornecedores, no entanto para cada R$ 1,00 de

dívida a empresa tem R$ 2,03 de investimento à longo prazo, ou seja, consegue pagar todas as

dívidas e dispõem de uma folga de R$ 1,03.

Na Liquidez Corrente, concluiu-se que houve um aumento no índice entre o ano de

2004 e 2005 passando de 2,38 para 2,46, e que desses dois anos com relação a 2006 ocorreu

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50

uma diminuição, passando para 1,95, causado pelo crescimento do passivo circulante. Mas

mesmo ocorrendo esse aumento em 2006, para cada R$ 1,00 que possuir de passivo

circulante, existem R$ 1,95 que se transformaram em dinheiro.

Observando-se a Liquidez Seca nos três exercícios, no primeiro ano a empresa tinha

disponível e direitos realizáveis à curto prazo suficiente para cobrir parte de suas dívidas, ou

seja, indicava uma cobertura de 11,60% em 2004 no ativo circulante. Nos dois exercícios

seguintes a situação se reverteu, a empresa não possuía condições para liquidar suas dívidas à

curto prazo apenas com a disponibilidade e direitos realizáveis de curo prazo e a sua posição

em 2005 indicava uma cobertura de 86% e em 2006 de 71% apenas do passivo circulante.

Analisando-se a Liquidez Imediata, percebeu-se uma redução, causado pela

diminuição do disponível. Esse índice que em 2004 representava um quociente de 0,37 e em

2006 atingiu 0,15, diminuindo em 59,46%.

Observou-se que a administração financeira da Ferrodura Ltda vem acompanhando

com grande objetividade e eficiência a situação que se apresenta, pois apesar de ter um

aumento do ativo, houve um decréscimo em todos os índices de liquidez, o que demonstra

menor segurança financeira.

6.1.2 Análise dos Índices de Endividamento da Ferrodura Ltda

No Quadro 6, será apresentada a análise dos índices de endividamento da Ferrodura

Ltda do período de 2004 à 2006.

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51

2004 2005 2006

a) PART. CAPITAL TERCEIROS SOBRE RECURSO TOTAL ( PCT/RT )PCT = Passivo Circulante + Exigível à Longo Prazo X 100 28,39 26,14 34,43

Capital Terceiros + Capital Próprio

b) GARANTIA CAP. PRÓPRIO AO CAPITAL TERCEIROS ( GCP/CT )GCT= Capital Próprio 2,48 2,83 1,90

Capital Terceiros

d) GRAU DE ENDIVIDAMENTO ( GE ):Passivo Circulante X 100

Passivo Circulante + Exigível Longo Prazo100,00 100,00 96,36 =

=

=

GE =

QUADRO 6 - ANÁLISE DOS ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004

À 2006.

Fonte: Autor

Analisando-se os índices de endividamento da empresa Ferrodura Ltda, observou-se

que houve acréscimo no endividamento no ano de 2004 com relação ao ano de 2006,

ocorrendo maior utilização de capitais de terceiros. Devido a esse fato a empresa não obteve

um resultado favorável porque não obteve capital próprio suficiente para cobrir os capitais de

terceiros, que eram representados por volta de 34,43% do passivo total. Em conseqüência,

para cada R$ 1,00 de capital de terceiros a empresa possui R$ 1,90 de capital próprio como

segurança, ou seja, demonstra novamente uma dependência financeira com relação ao uso e

capitais de terceiros.

Verificando-se mais precisamente, a empresa aumentou ainda mais a sua dívida à

curto prazo, pois no exercício de 2004 representava 96,36% das dívidas totais, e em 2006

representaram 100%, ou seja, o capital próprio é totalmente representado por dívidas. Como a

empresa possui um endividamento exuberante, e uma liquidez corrente financeira considerado

boa, neste caso específico, caso de a empresa possuir um índice de endividamento de 100%,

não seria certamente considerado de qualidade muito ruim ocorridas à curto ou à longo prazo,

pois consegue ainda pagar suas dívidas.

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52

6.1.3 Análise dos Índices de Atividades da Ferrodura Ltda

No Quadro 7, será apresentada a análise dos índices de atividade da Ferrodura Ltda

dos períodos de 2004 à 2006.

2004 2005 2006

a) PRAZO MÉDIO RENOVAÇÃO ESTOQUES ( PMRE )PMRE = 360 x Estoques 74,64 112,70 106,65

Custo Mercadoria Vendida

b) PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS ( PMRV )PMRV = 360 x Duplicata à Receber 30,18 27,92 26,26

Vendas Líquidas

CICLO OPERACIONAL 104,82 140,62 132,91

c) PRAZO MÉDIO PAGAMENTO DA COMPRAS ( PMPC )PMPC = 360 x FORNECEDORES 39,95 44,72 46,08

COMPRAS

d) POSICIONAMENTO DE ATIVIDADE ( PA )PA = PMRE + PMRV 2,62 3,14 2,88

PMPC

CICLO FINANCEIRO 42,57 47,87 48,96

=

=

=

=

QUADRO 7 - ANÁLISE DOS ÍNDICES DE ATIVIDADES DOS PERÍODOS DE 31 DEZEMBRO DE 2004 Á 2006.

Fonte: Autor

No Quadro 8, será apresentada a necessidade de capital de giro da Ferrodura Ltda dos

períodos de 2004 à 2006.

2004 2005 2005

Ativo Circulante Ciclico 1.232.521,38 1.268.328,15 1.525.838,61

Passivo Circulante Ciclico 616.921,67 550.531,91 811.766,70

Necessidade de Capital de Giro 615.599,71 717.796,24 714.071,91QUADRO 8 – NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO 2004 Á 2006.

Fonte: Autor.

Analisando-se os índices de atividades conforme demonstrado no quadro n° 7 e 8 da

empresa Ferrodura Ltda, verificou-se que o Prazo de Recebimento das vendas que era de 30

dias em 2004 passou para 26 dias em 2006, apresentando uma diminuição de 12,98% no seu

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recebimento, e que o Prazo Médio de Reposição do Estoque que era de 74 dias em 2004

passou para 106 dias em 2006, possibilitando um aumento de 42,89% no seu prazo de

renovação do estoque. Já o Prazo Médio de Pagamento das Compras que em 2004 era de 39

dias, em 2006 foi de 48 dias, correspondendo a 15,34% de aumento, foi razoável, pois não

contribui para o bom desempenho do ciclo financeiro. Com isso conclui-se que tanto o ciclo

operacional como o financeiro sofre aumento de 2004 para 2006. Com o aumento percebe-se

a necessidade de capital de giro, R$ 714.071,91 que corresponde a 48 dias do ciclo financeiro.

Analisando-se a causa do ciclo financeiro da empresa Ferrodura Ltda, percebe-se que

o ponto crítico é o prazo médio de reposição de estoques, que apesar de ter ocorrido uma

mínima diminuição, ainda continua com um tempo de rotação bastante alto. Sendo assim

sugere-se que a empresa venda vender mais a vista e diminua-se seu prazo com clientes.

Verificar a situação para que as reposições de seus estoques sejam mais curtas e tentar

negociar com seus fornecedores prazos maiores para pagamentos, o que melhorará e muito, o

seu capital de giro.

8.1.4 Análise dos Índices de Rentabilidade da Ferrodura Ltda

No Quadro 9, será apresentada a análise dos índices de atividade da Ferrodura Ltda do

período de 2004 à 2006. 2004 2005 2006

a) TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO ( TRI )TRI = Lucro Líquido 10,91 10,63 3,91

Ativo Total

b) TAXA DE RETORNO SOBRE PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( TRPL )TRPL = Lucro Líquido

Patrimônio Líquido

c) GIRO DO ATIVO ( GA )GA = Vendas 2,77 2,14 2,30

Ativo Total

d) MARGEM DO LUCRO LÍQUIDO ( ML )ML = Lucro Líquido 3,93 4,97 1,70

Vendas

5,97 14,39 15,47 =

=

=

=

QUADRO 9 - ANÁLISE DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO 2004 Á

2006. FONTE: AUTOR.

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Analisando o Taxa de Retorno do Investimento (TRI), verificou-se que a empresa

Ferrodura Ltda apresentou uma queda no período de 2004 para 2006 de 64.16% no poder de

ganho, sendo que em 2004 para cada R$ 1,00 investido, ela obtinha um ganho de 10,91% e

que em 2006 para cada R$ 1,00 investido ela obteve um ganho de 3,91%. O payback do

investimento era de 9 anos em 2004 e passou para 25 anos em 2006. Com esses dados

apresentados no quadro n° 9, percebe-se que a obtenção de retorno é insatisfatória, pois vem

aumentando o tempo de retorno do investimento.

Na Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido, conforme demonstrada o resultado

dos índices do quadro n° 9, observou-se que também houve uma queda, ou seja, diminuiu

61,40% de 2004 para 2006 o poder de ganho dos proprietários, pois em 2004 para cada R$

1,00 que a empresa investia, obtinha um ganho de 15,47% e em 2006 esse ganho passou para

5,97%, sendo que seu payback passou de seis anos e meio em 2004 para dezesseis anos e

meio em 2006. Dessa maneira os acionistas que investiram na empresa irão levar um tempo

maior para recuperar seus investimentos.

O Giro do Ativo conforme demonstrado no quadro n° 9, apresentou-se uma

diminuição insignificante, que em 2004 era de 2,77 e em 2006 passou para 2,30. Isso

significa que em 2004 a empresa vendeu 2,77 vezes correspondente ao seu ativo e em 2006

vendeu 2,30 vezes correspondente ao ativo, o que torna o ativo bastante eficiente na geração

de vendas.

Já a Margem Líquida vem decaindo, pois em 2004 para cada R$ 1,00 vendido ela

gerava 3,93% de lucro e que em 2006 passou para 1,70%, ou seja, apresentou uma queda de

56,93%.

6.2 SISTEMA DE DU PONT

No Quadro 10, será apresentado o Sistema de Du Pont, na qual demonstra de forma

mais detalhada a TRI da Ferradura Ltda do período de 2004 à 2006.

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A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6R $ 4.947.813,89 4.120.039,32 4.697.318,22 A H 100% 83% 94,94%

M e n o s

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6R $ (3.627.892,51) (2.769.686,12) (3.451.292,14)A H 100% 76% 95,13%

M e n o sDe s pe s as Ope racionais L L í q . A p ó s Im p . R e n d a

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 ,0 0R $ (886.808,23) (996.352,52) (1.147.130,88) R $ 237.161,32 249.205,04 -96984,10A H 100% 112% 129,36% A H 100% 1,05 -40,89%

M e n o s A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6Í n d ic e 4,79 6,05% -2,06%

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 A H 100% 126% -43,07%R $ (15.465,43) 638,86 (12.104,00) R $ 4.947.813,89 4120039,32 4697318,22A H 100% -4% 78,26% A H 100% 83% 94,94%

M e n o s

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6R $ (194.139,63) (193.418,49) (183.775,30)A H 100% 100% 94,66%

M a is / M e n o sR e s u lt . n ã o O p e ra c io n a is A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 M u lt ip l ic a d o p o r Í n d ic e 10,91 10,63% -3,91%R $ 13.653,23 87.983,99 - A H 100% 97% -35,86%A H 100% 644% 0,00%

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6R $ 1.467.862,14 1.510.468,44 1.665.517,26 A H 100% 103% 113,47%

M a is A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6R $ 4.947.813,89 4120039,32 4697318,22

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 A H 100% 83% 94,94% A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6R $ 6.878,81 - 6 2 .2 4 1 ,0 7 A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 M u lt ip l ic a d o p o r Í n d ic e 15,31 14,39% -5,97%A H 100% 0% 904,82% Í n d ic e 2,28 1,76 1,90 A H 100% 94% -39,00%

M a is A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 A H 100% 77% 83,26%R $ 2.172.843,84 2344725,84 2477604,53

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 A H 100% 108% 114,03%R $ 698.102,89 834.257,40 749.846,20 A H 100% 120% 107,41%

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6R $ 616.921,67 612.932,02 852.994,81 A H 100% 99% 138,27% A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

M a is R $ 616.921,67 612932,02 852994,81A H 100% 99% 138,27% A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 M a is R $ 2.149.510,45 2344726 2477605R $ - - - A H 100% 109% 115,26% A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6A H 100% # D IV/0! # D IV/0! A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 Í n d ic e 1,40 1,35 1,53

R $ 1.532.588,78 1.731.793,82 1.624.609,72 A H 100% 97% 108,73%A H 100% 113% 106,00% A n o 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6

R $ 1.532.588,78 1731794 1624610A H 100% 113% 106,00%

Im p o s t o d e R e n d a

V e n d a s L í q u id a s

A t iv o T o t a l

A t iv o C irc u la n t e

D iv id id o

A t iv o R e a l iz á v e l

E xig í v e l T o t a l

A la v a n c a g e m F in a n c e iraM u lt ip l ic a d o r d e

T a xa d e R e t o rn o s o b re o A t iv o ( R O A ) %

G iro d o A t iv o

P a t r im ô n io L í q u id oD iv id id o

P a t r im ô n io L í q u id o

A t iv o P e rm a n e n t e

P a s s iv o C irc u la n t e

E xig í v e l a L o n g o P r a z o

A t iv o T o t a l e P a t r im ô n io L í q u id o

T a xa d e R e t o rn o s o b re o P a t r im ô n io L í q u id o %

M a rg e m L í q u id a %

V e n d a s L í q u id a s

V e n d a s L í q u id a s

C u s t o s

D e s p e s a s F in a n c e ira sD iv id id o

QUADRO 10 - ANÁLISE DA TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO DOS PERÍODOS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 À 2006.

Fonte: Autor

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Analisando-se o Taxa de Retorno Sobre Investimento pelo Sistema de Du Pont,

conforme o resultado do quadro n° 10, observa-se que a taxa de retorno sobre o Patrimônio

Líquido teve queda inferior a taxa de retorno do ativo de 2004 para 2006, ou seja, 61% contra

64,14%, porque o multiplicador de alavancagem financeira aumentou em 8,73%.

A empresa aumentou seu risco na expectativa de melhores retornos, mas obteve queda

de 64,14% na taxa de retorno do ativo. A taxa de retorno do ativo decaiu tanto assim, porque a

margem líquida decaiu de 2004 para 2006 em 56,93% e o giro do ativo em 16,74%. A queda

da margem líquida é ocasionada pela queda do lucro líquido de 59,11%.

Observando-se as vendas líquidas da empresa Ferrodura Ltda, verificou-se que

obtiveram diminuição de 2004 para 2006 em 5,06%, mas as despesas operacionais e as

despesas financeiras aumentaram mais do que as vendas, ou seja, 129,36% e 78,26%,

respectivamente, o lucro líquido diminuiu em 59,11%. O giro do ativo decaiu em 16,74%

porque o aumento de investimento no ativo, principalmente no realizável em longo prazo em

804,82%, não foi compensado pela diminuição da vendas em 5,06%.

6.3 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DA FERRODURA LTDA

Aplicou-se a análise vertical e horizontal do Balanço Patrimonial e na Demonstração

do Resultado do Exercício da empresa Ferrodura Ltda, com a perspectiva de analisar a

evolução da empresa em cada conta que compõem e a proporcionalidade que representa seu

conjunto. No entanto seus valores serão representados em milhares de real.

No Quadro 11, será apresentada a análise vertical e horizontal do balanço patrimonial da Ferrodura Ltda dos períodos de 2004 à 2006

Page 58: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALIsiaibib01.univali.br/pdf/Rudinei Goedert.pdf · de Análise de Dupont nos períodos de 2004 à 2006. A partir das informações extraídas

DES CRIÇÃO DAS CONTAS 2004 AV . % AH.% 2005 AV . % AH.% 2006 AV . % AH.%A T IV OC IRC UL A NT E 1.467.862,14 67,55 100 1.510.468,44 64,42 102,90 1.665.517,26 67,22 113,5

DISPONIBIL IDA DES 228.841,26 10,53 100 233.772,41 9,97 102,15 128.031,01 5,17 55,95Caix a 44.762,41 2,06 100 42.219,99 1,80 94,32 76.724,08 3,10 171,4Banc os 53.825,25 2,48 100 111.035,70 4,74 206,29 13.469,24 0,54 25,02A plic aç ões de Liquidez Imediata 130.253,60 5,99 100 80.516,72 3,43 61,82 37.837,69 1,53 29,05

DIREIT OS REA L IZ Á V EIS 1.237.681,51 56,96 100 1.275.338,73 54,39 103,04 1.533.315,81 61,89 123,9Clientes a Rec eber 414.840,71 19,09 100 224.116,78 9,56 54,02 461.268,20 18,62 111,2Impos tos a Rec uperar 65.498,05 3,01 100 62.241,07 2,65 95,03 1.649,03 0,07 2,518A diantamentos 5.160,13 0,24 100 7.010,58 0,30 135,86 7.477,20 0,30 144,9Es toques 752.182,62 34,62 100 981.970,30 41,88 130,55 1.062.921,38 42,90 141,3

DESPESA S A NT EC IPA DA S 1.339,37 0,06 100 1.357,30 0,06 101,34 4.170,44 0,17 311,4Seguros a A propriar 1.339,37 0,06 100 1.357,30 0,06 101,34 4.170,44 0,17 311,4

REA L IZ Á V EL A L ONGO PRA Z O 6.878,81 0,32 100 - 0,00 0,00 62.241,07 2,51 904,8Impos tos a rec uperar 6.878,81 0,32 100 - 0,00 0,00 62.241,07 2,51 904,8

PERM A NENT E 698.102,89 32,13 100 834.257,40 35,58 119,50 749.846,20 30,26 107,4INV EST IM ENT OS 49.868,00 2,30 100 49.828,00 2,13 99,92 49.828,00 2,01 99,92

Inv es timentos 49.868,00 2,30 100 49.828,00 2,13 99,92 49.828,00 2,01 99,92IM OBIL IZ A DO 648.234,89 29,83 100 784.429,40 33,46 121,01 700.018,20 28,25 108

Terrenos 175.086,39 8,06 100 187.086,39 7,98 106,85 212.086,39 8,56 121,1Edif íc ios e Cons truç ões 319.513,95 14,70 100 319.513,95 13,63 100,00 319.513,95 12,90 100V eíc ulos , Móv eis e Máquinas 475.175,51 21,87 100 678.858,13 28,95 142,86 697.607,70 28,16 146,8( - ) Deprec iaç ão A c umulada (321.540,96) (14,80) 100 (401.029,07) -17,10 124,72 (529.189,84) -21,359 164,6

T OT A L DO A T IV O 2.172.843,84 100 100 2.344.725,84 100 107,91 2.477.604,53 100 114

PA SSIV O

C IRC UL A NT E 616.921,67 28,39 100 612.932,02 26,14 99,3533 852.994,81 34,43 138,3

Obrigaç ões Trabalhis tas 78.145,37 3,60 100 83.434,79 3,56 106,769 100.063,96 4,04 128

Obrigaç ões Soc iais 14.400,39 0,66 100 14.714,09 0,63 102,178 17.392,09 0,70 120,8

Obrigaç ões Tr ibutár ias 56.383,64 2,59 100 69.720,49 2,97 123,654 98.164,45 3,96 174,1

Fornec edores 424.992,31 19,56 100 382.662,54 16,32 90,0399 592.092,29 23,90 139,3

Financ iamentos 42.999,96 1,98 100 61.677,67 2,63 143,437 41.228,11 1,66 95,88

Outras Contas a Pagar 42.999,96 1,98 100 722,44 0,03 1,68009 4.053,91 0,16 9,428

PA T RIM ÔNIO L ÍQUIDO 1.532.588,78 70,53 100 1.731.793,82 73,86 112,998 1.624.609,72 65,57 106

C A PIT A L SOC IA L 100.000,00 4,60 100 100.000,00 4,26 100 100.000,00 4,04 100

Capital Soc ial Domic iliados no País 100.000,00 4,60 100 100.000,00 4,26 100 100.000,00 4,04 100

L UC ROS/PREJUÍZ OS A C UM ULA DOS 1.432.588,78 65,93 100 1.631.793,82 69,59 113,905 1.524.609,72 61,54 106,4

Luc ros A c umulados 1.432.588,78 65,93 100 1.432.588,78 61,10 100 1.621.593,82 65,45 113,2

Luc ros /Prejuíz os do Ex erc íc io - 100 199.205,04 8,50 #DIV /0! (96.984,10) (3,91) #DIV /0!T OT A L DO PA SSIV O 2.172.843,84 100 100 2.344.725,84 100 107,91 2.477.604,53 100 114

QUADRO 11 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL NOS ANOS DE 2004, 2005 E 2006.

Fonte: Autor

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Observando-se os percentuais encontrados da análise vertical e horizontal do balanço

patrimonial da empresa Ferrodura Ltda apresentado no quadro n ° 11, verificou-se um

crescimento do ativo total de 2004 para 2006 de 14,03% em função do aumento do Ativo

Circulante em 13,47%, do Ativo Realizável a Longo Prazo em 804,82% e do Ativo

Permanente em 7,41%. Dentro do ativo circulante observa-se os estoques com aumento de

41,31%, dentro do realizável à longo prazo a conta impostos a recuperar em 1997 tinha

participação relativa de 0,32% e passa para 2,51% em 2006. Já o ativo permanente como

grupo vem sofrendo uma pequena queda, mas individualmente observa-se o crescimento da

conta veículos, móveis e máquinas em 46,81%.

Esse acréscimo de 14,03% que ocorreu no ativo, foi financiado por capitais de

terceiros, principalmente pelo aumento dos 39,32%, do passivo circulante. Observa-se ainda

que o passivo circulante teve crescimento superior ao ativo permanente, ou seja, 13,47%

contra 38,27%. O passivo circulante também obteve crescimento superior ao ativo total, ou

seja, 38,27% contra 14,03%, porque o patrimônio líquido perdeu participação relativa. Em

2004 o patrimônio líquido representava 70,53 % dos recursos totais e em 2006 passou a

representar 65,45%.

Observa-se também que o aumento dos estoques não foi totalmente financiado pelos

fornecedores, haja vista que a participação relativa dos estoques em 2006 é de 42,96% e dos

fornecedores é de 23,90%.

No Quadro 12, será apresentada a análise vertical das demonstrações dos resultados dos

exercícios da Ferrodura Ltda dos períodos de 2004 à 2006.

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DESCRIÇÃO DAS CONTAS 2004 AV. % AH.% 2005 AV. % AH.% 2006 AV. % AH.%03 - RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 4.947.813,89 100 100 4.120.039,32 100 83,27 4.697.318,22 100 94,9404 - CUSTOS OPERACIONAIS (3.627.892,51) (73,32) 100 (2.769.686,12) (67,22) 76,34 (3.451.292,14) (73,47) 95,13

Custo das Mercadorias Vendidas (3.560.568,33) (71,96) 100 (2.649.944,73) (64,32) 74,42 (3.283.093,50) (69,89) 92,21Custo dos Serviços Prestados (67.324,18) (1,36) 100 (119.741,39) (2,91) 177,86 (168.198,64) (3,58) 249,83

05 - RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 1.319.921,38 26,68 100 1.350.353,20 32,78 102,31 1.246.026,08 26,53 94,4006 - DESPESAS OPERACIONAIS (886.808,23) (17,92) 100 (996.352,52) (24,18) 112,35 (1.147.130,88) (24,42) 129,36

Despesas Administrativas (886.808,23) (17,92) 100 (996.352,52) (24,18) 112,35 (1.147.130,88) (24,42) 129,3607 - RESULTADO FINANCEIRO (859.501,77) (17,37) 100 638,86 0,02 (0,07) (12.104,00) (0,26) 1,41

Resultado Financeiro (886.808,23) (17,92) 100 638,86 0,02 (0,07) (12.104,00) (0,26) 1,3608 - RESULTADO NÃO OPERACIONAL 13.653,23 0,28 100 87.983,99 2,14 644,42 - - 0,00

Resultado c/ Alienação de Bens Móveis 13.653,23 0,28 100 87.983,99 2,14 644,42 - - 0,0009 - RESULTADO A. PROV. P/ CSLL E IR 446.766,38 9,03 100 442.623,53 10,74 99,07 86.791,20 1,85 19,4310 - PROVISÃO P/ CSLL E I. RENDA (194.139,63) (3,92) 100 (193.418,49) (4,69) 99,63 (183.775,30) (3,91) 94,66

Provisão p/ Imposto de Renda (121.364,56) (2,45) 100 (123.588,02) (3,00) 101,83 (119.051,30) (2,53) 98,09Provisão p/ Contribuição Social (72.775,07) (1,47) 100 (69.830,47) (1,69) 95,95 (64.724,00) (1,38) 88,94

11 - RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 252.626,75 5,11 100 249.205,04 6,05 98,65 (96.984,10) (2,06) -38,39

QUADRO 12 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO NOS ANOS DE 2004, 2005 E 2006.

Fonte: Autor.

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Verificando-se o quadro n° 12, percebe-se que as vendas líquidas tiveram uma queda

de 5,06% de 2004 para 2006, e que os custos de mercadorias diminuíram em 4,87%,

considerando-se proporcional a queda das vendas.

O resultado operacional bruto que em 2004 representava 26,68% das vendas, passou

em 2006 a representar 26,53%, e conseqüentemente apresentou quedas de 5,52%. No entanto

as despesas operacionais, principalmente as administrativas, aumentaram sucessivamente em

29,36%, ocasionando uma má atuação que afetou diretamente a queda do lucro líquido em

138,39%.

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7. ANÁLISE E COMPARAÇÃO COM OS ÍNDICES PADRÃO

No quadro n° 13, efetuou-se a comparação dos Índices Padrão com os da Empresa

Ferrodura Ltda, utilizando-se a metodologia proposta nesta pesquisa.

A medida dos índices utilizados para comparação com o padrão foram retirados do site

www.infoinvest.com.br, cujo ramo de atividade é Industria e comércio de ferro. O período

utilizado para essa comparação foi o ano de 2004, por não se encontrar os índices dos

exercícios de 2005 e 2006.

IN D IC ES P A D R Ã O F ER R O D U R A C O N C EIT OL iq u id e zG e ra l - 2 ,3 9 C o rre n te 0 ,24 2 ,3 8 B o mS ec a 0 ,19 1 ,1 6 B o mIm ed ia ta 7 ,04 0 ,3 7 P e ssim oEn d iv id a m e n toP art ic ipaç ão C ap ita l Te rc e iro s 1 1 ,45 28 ,3 9 S a tisfa tó rioG a ra n t ia C a p ita l P ró p rio - 2 ,4 8 A tiv id a d eP M R E 4 2 ,64 74 ,6 4 R a z o á ve lP M R V - 30 ,1 8 P M P C 1 4 ,63 39 ,9 5 B o mR e n ta b i l id a d eTR I 6 5 ,91 10 ,9 1 F ra coTR P L - 15 ,4 7 M a rgem L íqu ida 5 ,45 3 ,9 3 R a z o á ve l QUADRO 13 – ANÁLISE COMPARATIVA DOS ÍNDICES PADRÃO E DOS ÍNDICES DA EMPRESA

FERRODURA LTDA NO ANO DE 2004.

Fonte: Autor.

Com a comparação dos índices padrões por meio da aplicação da técnica de

análise sugerida por Marion (2002), observou-se que a empresa em análise conforme

demonstrado no quadro n° 13 obteve na maioria dos índices o conceito bom, certificando-se

que no mercado em que atua, é uma empresa estável e competitiva com relação as outras

empresas com mesmo ramo de atividade.

Percebeu-se ainda que alguns índices deixaram a desejar, como o prazo médio de

reposição de estoques e a margem líquida, passando a ser um dos principais pontos para novas

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62

tomadas de decisões, pois estes alcançaram conceitos razoável dentro dos padrões

estabelecidos, é aconselhável a empresa obter melhorias essencialmente no que se diz respeito

a dependência de estoques para liquidar suas dívidas.

Observa-se também que o índice considerado mais preocupante pela empresa é o de

liquidez imediata, pois se apresenta num conceito péssimo, porém, explicação já foi

mencionada nesta pesquisa.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista o propósito inicial apontado no trabalho realizado, verificou-se a

importância da análise das demonstrações contábeis enquanto instrumento para avaliar a

situação econômica-financeira do patrimônio da entidade, objetivando aos gestores novos

informações para sua tomada de decisão.

8.1 GENERALIDADES

Em relação das informações extraídas nas técnicas utilizadas como: cálculo dos

índices de liquidez, endividamento, atividade e rentabilidade, sistema de Dupont, análise

vertical e horizontal e análise dos índices padrões, os gestores poderão tomar decisão seguras

nas projeções futuras. Pois se verifica como tais peças, como a empresa vem procedendo de

que essas informações são verdadeiras e confiáveis para sua tomada de decisão, podendo

assim melhorar os pontos negativos e aprimorar os pontos positivos.

Das informações que podem ser obtidas através das demonstrações contábeis, pode-se

perceber qual a rentabilidade e os aspectos que possam inferir no andamento da empresa, pois

além destas informações de cunho administrativo podem ser extraídas informações de

desempenho financeiro, econômico e político em relação aos pontos positivos e negativos da

empresa.

Dessa forma, comparando os índices encontrados das demonstrações contábeis, com

índices padrões de empresas que atuam no mesmo ramo, pode avaliar sua competitividade no

mercado. De acordo com a suposição relacionada e em comparação aos índices, confirmou-se

a real situação da empresa e verificou-se que a rotatividade do ciclo operacional está sendo

bem administrada, pois a suposição de confiabilidade e seguranças das informações do

resultado do relatório que apresentou a situação econômica-financeira de seu patrimônio.

Entretanto não foram obtidos padrões para comparar se empresa enquadra no seu ramo de

atividade.

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64

Como relatado anteriormente, a suposição de competitividade da empresa em relação

ao mercado, também foi confirmada, através da comparação das estatísticas dos percentuais

retiradas de outras empresas em relação aos índices das demonstrações contábeis da empresa

analisada.

8.2 LIMITAÇÔES

Vale ressaltar que tais itens devem ser objetos de estudos orientados dessa forma quais

as medidas a serem tomadas. No entanto por falta de tempo não teve como aplicar essas

medidas, ou melhor, outros índices que envolvem a demonstração contábil, que seria no caso

demonstração do fluxo de caixa, demonstração das origens e aplicações de recurso entre

outras existentes.

8.3 RECOMENDAÇÔES

Considerando de que os objetivos foram alcançados, recomenda-se a continuação dos

estudos acerca das demonstrações contábeis tais como: caso a empresa utilize o capital de giro

líquido como origem, em quais fontes estes recursos poderão ser captados? O analista pode

considerar possíveis desvios da realidade, que possam influenciar a empresa negativamente,

como a inflação ou qualquer outro aspecto sócio-econômico? E como poderíamos classificar

as causas da variação da necessidade de capital de giro da empresa em análise?

Assim, analisando o trabalho de maneira geral, da fundamentação teórica à aplicação

do estudo de caso os objetivos propostos foram alcançados de maneira que suprime os

relativos questionamentos.

Page 66: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALIsiaibib01.univali.br/pdf/Rudinei Goedert.pdf · de Análise de Dupont nos períodos de 2004 à 2006. A partir das informações extraídas

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