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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS CENTRO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS ANDRÉ LUCIANO BECKER PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SERVIÇOS: UMA PESQUISA-AÇÃO NA LATIN TEC. SÂO LEOPOLDO 2005

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS

CENTRO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

ANDRÉ LUCIANO BECKER

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SERVIÇOS:

UMA PESQUISA-AÇÃO NA LATIN TEC.

SÂO LEOPOLDO

2005

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS

CENTRO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

ANDRÉ LUCIANO BECKER

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SERVIÇOS:

UMA PESQUISA-AÇÃO NA LATIN TEC.

Trabalho de Conclusão de Curso como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS

Orientador: Prof. Carlos Alberto Diehl

SÃO LEOPOLDO

2005

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Camila, minha bela inspiração,

companheira fiel nesta jornada.

Agradeço aos meus pais pelos seus esforços

corajosos, meus exemplos de dedicação, dignidade e

determinação.

Agradeço ao Professor Carlos Diehl pela

motivação na conquista desta etapa da minha vida

profissional

Agradeço a direção da Latin Tec que tornou

possível a realização desta pesquisa.

Também agradeço aos meus irmãos, meus

amigos e a Casa do Estudante - CEUPA, que sempre me

apoiaram e nunca esqueceram de mim.

RESUMO

O aumento da competitividade das telecomunicações exige da Latin Tec uma

estratégia eficiente e avançada. A realização desta pesquisa busca elaborar, através

de uma pesquisa-ação, onde serão abordadas as técnicas de prestações de serviço

e planejamento estratégico, realizado em conjunto – estagiário e diretores, uma

proposta de planejamento estratégico para o ano de 2006. Será identificado o

posicionamento estratégico atual da Latin Tec, suas características. Quais são as

ameaças e oportunidades do seu mercado. Qual é o seu alinhamento interno, seus

pontos fortes e fracos.

Palavras-chave: Serviços. Estratégia. Telecomunicações. Planejamento

Estratégico.Pesquisa-Ação.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 -Descrição dos benefícios e resultados esperados pelos clientes......................... 24

FIGURA 2 - Impacto da Tomada de Decisões na elaboração da Proposta de Valor .......... 25

FIGURA 3 - A Cadeia de Valor Virtual .................................................................................... 26

FIGURA 04 - Convergência Tecnológica................................................................................ 34

FIGURA 05 - As Dez Escolas Estratégicas, adaptado de MINTZBERG-2000........................ 37

Figura 06: Etapas do Planejamento Estratégico, adaptado de CERTO-1993........................ 47

FIGURA 7 - O Processo Administrativo ................................................................................... 49

FIGURA 08 - Níveis de Planejamento .................................................................................... 50

FIGURA 09 - Sistema de Valores ............................................................................................ 55

FIGURA 10 - Ambiente Externo, adaptado de CERTO-1993.................................................. 60

FIGURA 11 - Plano de Pesquisa-Ação / Planejamento Estratégico........................................ 72

FIGURA 12 – Brasil – Crescimento Telecomunicações .......................................................... 80

FIGURA 13 – Brasil – Receita Líquida Telecomunicações ..................................................... 81

FIGURA 14 – Impostos Lucro Presumido 2005....................................................................... 85

6

FIGURA 15 - PIB – Brasil 2002................................................................................................ 87

FIGURA 16 – Evolução IGP-10/2005, .................................................................................... 88

FIGURA 17 – Previsões Crescimento Econômico/2005.......................................................... 90

FIGURA 18 – Análise Geográfica ............................................................................................ 91

FIGURA 19 – Receita Regional Telecomunicações – 2001 .................................................... 92

FIGURA 20 – Resumo / Carteira de Serviços.......................................................................... 95

FIGURA 21 – Latin Tec – Faturamento ABRIL-SETEMBRO/2005 ....................................... 102

FIGURA 22 – Produção Atendimentos Suporte a Conexão .................................................. 105

FIGURA 23 – SWOT Latin Tec .............................................................................................. 108

FIGURA 24 – Projeção Investimento VOIP ........................................................................... 112

FIGURA 25 – Forças Competitivas Latin Tec ........................................................................ 134

FIGURA 26 – Plano de Ação / Administrativo/Financeiro...................................................... 135

FIGURA 27 – Plano de Ação – Recursos Humanos ............................................................ 136

FIGURA 28 – Plano de Ação – Operacional......................................................................... 137

FIGURA 29 – Plano de Ação – Comercial ............................................................................ 138

LISTA DE APÊNDICES

APÊNDICE I: Formulário para Análise SWOT .................................................... 156 APÊNDICE II: Comparativo Pesquisa-Ação Social X Pesquisa-Ação Organ. ..... 157 APÊNDICE III: Questionários Nº 01,02 e 03........................................................ 158

APÊNDICE IV: Planejamento Estratégico-Latin Tec/2006.................................... 165

LISTA DE ABREVIATURAS

ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações

CREA - Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

FEDERASUL – Federação das Associações e de Serviços do Rio Grande do Sul

SEPRORGS - Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul

SINDPPD – Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados

TI – Tecnologia da Informação

VOIP – Voice Internet Protocol

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SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................4 LISTA DE FIGURAS.................................................................................5 LISTA DE APÊNDICES............................................................................7 LISTA DE ABREVIATURAS.....................................................................8 1.INTRODUÇÃO ....................................................................................12

1.1 Definição do Problema........................................................................................... 12

2. OBJETIVOS .......................................................................................14 2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 14 2.2 Objetivos Específicos.................................................................................................. 14 2.3 Justificativa do estudo................................................................................................. 14 2.4 Histórico da organização ............................................................................................ 16 2.5 Caracterização de organização .................................................................................. 17

3. SERVIÇOS..........................................................................................19 3.1 Definição de serviços ................................................................................................. 19 3.2 As Categorias de Processos de Serviços ................................................................... 20 3.3 Foco, Segmento e Proposta de Valor ......................................................................... 21 3.4 Formulação Estratégica de Serviço e Posicionamento do Serviço............................. 23 3.5 Serviços de Telecomunicações .................................................................................. 27

3.5.1 Os Serviços de Infocomunicações .................................................................................. 28 3.5.2 Redes Convergentes....................................................................................................... 29 3.5.3 Diferenciação nas Telecomunicações............................................................................. 31

4. ESTRATÉGIA.....................................................................................35 4.1 Escola do Posicionamento - Porter............................................................................ 38

4.1.1 Análise Estrutural da Indústria ........................................................................................ 38 4.1.2 Estratégias Genéricas de Porter ..................................................................................... 39 4.1.3 Liderança no Custo Total ................................................................................................ 39 4.1.4 Diferenciação.................................................................................................................. 40 4.1.5 Enfoque ........................................................................................................................... 40

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4.2 Meio-Termo................................................................................................................ 41 4.3 Escola do Planejamento - Ansoff ................................................................................ 41

4.3.1 Máximo Rendimento Atual .............................................................................................. 41 4.3.2 Ganhos de Capital........................................................................................................... 42 4.3.3 Liquidez de Patrimônio.................................................................................................... 42 4.3.4 Responsabilidade Social ................................................................................................. 42 4.3.5 Filantropia........................................................................................................................ 42

4.4 Escola do Planejamento - Oliveira .............................................................................. 43 4.4.1 Estratégia de Sobrevivência............................................................................................ 43 4.4.2 Estratégia de Manutenção .............................................................................................. 44 4.4.3 Estratégia de Crescimento .............................................................................................. 44 4.4.4 Estratégia de Desenvolvimento....................................................................................... 45

4.5 Planejamento Estratégico ........................................................................................... 46 4.5.1 Planejamento................................................................................................................... 48 4.5.2 Níveis de Planejamento ................................................................................................ 49

4.6 Definição de Missão.................................................................................................... 50 3.7 Definição de Visão ...................................................................................................... 51 4.8 Definição dos Objetivos .............................................................................................. 52 4.9 Definição dos Valores ................................................................................................. 53 4.10 Controle Estratégico ................................................................................................. 56 4.11 Análise Ambiente Externo – Ameaças e Oportunidades .......................................... 58 4.12 Análise Ambiente Interno – Pontos Fortes e Fracos................................................. 63 4.13 Definição das Estratégias ......................................................................................... 64

5. MÉTODO ............................................................................................65 5.1 Delineamento.............................................................................................................. 65 5.2 Definição da Unidade de Pesquisa-Ação.................................................................... 70 5.3 Técnicas de Coletas de Dados ................................................................................... 70 5.4 Plano de Análise dos Dados Coletados...................................................................... 73 5.5 Limitações da Pesquisa .............................................................................................. 73 5.6 Plano de Pesquisa ...................................................................................................... 74

6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................75 6.1 Etapa 1 - Comprometimento...................................................................................... 75 6.2 Etapa 2 – Seminários Exploratórios........................................................................... 78

6.2.1Seminário Análise Ambiente Externo............................................................................... 79

6.2.1.1 Ambiente Externo - Tecnologia ....................................................................... 79

6.2.1.2 Ambiente Externo - Politico/Social .................................................................. 83

6.2.1.3 Ambiente Externo - Economia......................................................................... 84

6.2.1.4 Ambiente Externo - Geografia ......................................................................... 90

6.2.1.5 Ambiente Externo - Legal ................................................................................ 93

6.2.2 Seminário Análise Ambiente Interno ............................................................................... 94 6.2.2.1 Ambiente Interno - Administrativo ................................................................... 94 6.2.2.2 Ambiente Interno - Comercial.......................................................................... 94 6.2.2.3 Ambiente Interno - Operacional....................................................................... 94 6.2.2.4 Ambiente Interno - Recursos Humanos ........................................................ 103

6.2.3 Análise SWOT............................................................................................................... 107

11

6.2.3.1 Análise Crítica SWOT – Pontos Fracos ........................................................ 107 6.2.3.2 Análise Crítica SWOT – Pontos Fortes ......................................................... 113 6.2.3.3 Análise Crítica SWOT – Oportunidades........................................................ 115

6.2.3.4 Análise Crítica SWOT – Ameaças................................................................. 117

6.3 Aprendizado.............................................................................................................. 118 6.3.1 Reformulação Diretriz Estratégica................................................................................. 118 6.3.2 Missão ........................................................................................................................... 118 6.3.3 Visão.............................................................................................................................. 119

6.3.4 Objetivos........................................................................................................................ 119 6.3.5 Valores .......................................................................................................................... 120 6.3.6 Análise – Forças Competitivas...................................................................................... 121

6.3.6.1 Compradores.............................................................................................................. 121

6.3.6.2 Fornecedores ............................................................................................................. 123

6.3.6.3 Novos Entrantes ......................................................................................................... 121

6.3.6.4 Produtos/Serviços Substitutos ................................................................................... 127

6.3.6.4.1Telefonia VOIP(Voice Internet Protocol) ................................................................. 121

6.3.6.4.2 Conexão Wireless (sem fio) ................................................................................... 121

6.3.6.5 Concorrência no Ambiente do Setor .......................................................................... 130

6.3.6.6 VCS-Vantagens Competitivas Sustentáveis .............................................................. 132

6.3.6.7 Análise Posição Competitiva...................................................................................... 135 6.4 Etapa 4 – Fase de Ação ........................................................................................... 135

6.4.1 Desdobramento Macro-Ações....................................................................................... 136

6.4.2 Desdobramento Plano de Ações Administrativo-Financeiro......................................... 137

6.4.3 Desdobramento Plano de Ações Recursos Humanos.................................................. 138

6.4.4 Desdobramento Plano de Ações Operacional .............................................................. 139

6.4.5 Desdobramento Plano de Ações Comercial ................................................................. 140

6.5 Etapa 5 – Fase de Avaliação.................................................................................... 141 6.6 Etapa 6 - Resultados ................................................................................................ 143

7 CONCLUSÕES .................................................................................148 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................150

1 INTRODUÇÃO

Apresento esta monografia focada no tema de Planejamento Estratégico com

ênfase na Prestação de Serviços, um estudo de caso da Latin Tec

Telecomunicações. Este TCC foi motivado pelos desafios da manutenção de um

negócio no longo prazo e devido à atualidade sócio-econômica do setor de serviços

que esta área representa na economia brasileira atual.

1.1 Definição do Problema

Os desafios da manutenção de um pequeno negócio no setor de serviços de

estão ligados às restrições de financiamento, à excessiva carga tributária, mas,

sobretudo às deficiências na área de planejamento administrativo. No Brasil a

atualidade sócio-econômica da área de serviços está presente na fatia de 52% de

participação dos Serviços na composição do PNB-Produto Nacional Bruto e na

ocupação de 53% da força de trabalho brasileira dedicada nos serviços (Banco

Mundial, 1995).

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Segundo a pesquisa “Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil”, realizada

pelo SEBRAE ( www.sebrae.com.br ) e pela FUBRA-Fundação Universitária de

Brasília em agosto de 2004, indicou que: Empresas com até 2 anos de

Funcionamento: 49,4% fecharam; empresas com até 3 anos de Funcionamento:

55,64% fecharam ; empresas com até 4 anos de Funcionamento: 59,90% fecharam.

A pesquisa revelou que os principais fatores de sucesso nas empresas

sobreviventes foram, em ordem de importância: Habilidades Gerenciais, Capacidade

Empreendedora e Logística Operacional. Surge então, obrigatoriamente, a

necessidade do desenvolvimento das Habilidades Gerenciais para a manutenção de

uma empresa no Brasil. Podemos agregar a esta situação a tendência observada

nos EUA da queda do nível de emprego no setor industrial e o aumento dos postos

de trabalho no setor de serviços (Banco Mundial, 1995). Surge então o desafio para

o aprimoramento gerencial de uma pequena empresa:

- Como implantar e manter um planejamento estratégico numa

empresa prestadora de serviços ?

Os desafios que o setor de serviços nos apresenta são a abrangência, as

suas fronteiras e as suas especificidades. A abrangência está ligada à dificuldade de

definição dos limites e da conceituação dos serviços. É necessário definir as

fronteiras do serviço para que as possamos conceituar, estudar e compreender o

fenômeno, desenvolvendo critérios de avaliação específicos para cada ambiente.

Dentro de toda esta visão dos serviços faz-se necessário entender os processos da

administração estratégica: diagnóstico, diretriz, definição de carteira, implementação

estratégica e controle da estratégia. Este trabalho de conclusão apresenta-se como

oportunidade única para uma revisão conceitual teórica dos conhecimentos

14

construídos pelo aluno na universidade, interagindo junto a um estudo de caso,

vivenciado no cotidiano profissional do aluno, o ambiente de trabalho da Latin Tec.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

- Propor um planejamento estratégico para a Latin Tec Telecomunicações

2.2 Objetivos Específicos

- Identificar as características específicas e os processos uma Prestadora

de Serviços dedicada ao setor de TI e Telecomunicações.

- Identificar as principais ameaças e oportunidades do ambiente externo da

Latin Tec.

- Identificar os principais pontos fortes e fracos da estrutura da Latin Tec.

- Identificar o posicionamento estratégico atual da linha de serviços da Latin

Tec.

- Elaborar uma proposta de planejamento estratégico e discutir sua

aprovação junto à direção da Latin Tec.

- Elaborar um plano de ações, contendo responsabilidades, cronograma e

metas.

2.3 Justificativa do estudo

15

A relevância do trabalho reside nos fato de haver:

Crescimento Profissional – O aluno irá elaborar uma proposta de

planejamento estratégico, realizando uma pesquisa-ação, no seu ambiente de

trabalho, na empresa onde atualmente realiza estágio profissionalizante.

Evidentemente esta atividade irá acrescentar uma grande bagagem de

conhecimentos úteis à sua vida profissional.

Desenvolvimento Local – A Latin Tec é uma empresa em crescimento e

este trabalho irá somar importantes conhecimentos que irão facilitar este processo

de expansão. Os diretores da empresa apóiam este trabalho e tem interesse real na

elaboração desta proposta de planejamento estratégico.

Numa segunda etapa, após a conclusão do TCC, esta proposta será

discutida e avaliada pelos diretores que irão implantá-la ou não. Com certeza será

uma importante contribuição para o desenvolvimento gerencial de uma pequena

empresa de Porto Alegre, através do diagnóstico estratégico e do estudo da carteira

de serviços da Latin Tec.

Integração Acadêmica – Irá ocorrer à transferência dos conhecimentos da

universidade em favor de uma pequena empresa, que mantém 24 funcionários, com

o contato com a realidade prática do ambiente empresarial de Telecomunicações e

TI, as áreas da atuação da Latin Tec.

Há o interesse real dos diretores na melhoria dos processos administrativos

da empresa e este é um ótimo canal de divulgação do conhecimento acadêmico

ligado à prática profissional.

16

2.4 Histórico da organização

A Latin Tec é uma empresa 100% gaúcha, ela iniciou suas atividades em

1996, com quatro sócios que eram funcionários da Varig. Na época, o engenheiro da

Varig, Glauco Allem Nunes acompanhou a fundação da empresa dos ex-colegas de

trabalho. Eles começaram como uma prestadora de serviços da Varig/Porto Alegre

oferecendo serviços de conexão de rede. Em outubro de 2004 a empresa inicia uma

reviravolta, os quatro sócios venderam a empresa para Glauco e novos sócios.

Glauco retornou em 2004 ao Brasil, após trabalhar três anos na Equant Services em

Nova York / Estados Unidos. Em outubro de 2004, Glauco, torna-se o acionista

majoritário com 95,00% do capital social. Ele possui como sócios: Milton Ávila, o

diretor operacional (2,50% do capital social) e Paulo Fernando Rocca de Souza, o

diretor de infra-estrutura (2,50% do capital social). Todos sócios possuem ampla

experiência no mercado de telecomunicações e tecnologia da informação.

Neste processo de reviravolta foram realizadas uma série de ações para

realinhamento da estratégia da empresa: Redirecionamento das Vendas, Ampliação

e Diversificação das Linhas de Serviços(ver anexo 01), Estabelecimento de

Parcerias Estratégicas, Garantia de Nível Superior de Serviço, Qualificação e

Diferenciação dos Serviços. Diversificação dos Serviços; Qualificação Superior dos

Serviços Prestados e Redirecionamento das metas de vendas de serviços. A

diversificação de serviços busca atender as diferentes e amplas necessidades dos

clientes, a direção entende que para a Latin Tec manter e principalmente aumentar a

sua fatia de mercado, em serviços de suporte de conexão, é necessário oferecer um

17

serviço superior. Nesta área de suporte a conexão existe uma constante guerra de

preços com pequenas empresas oferecendo preços baixos, para conquistar clientes.

Em abril de 2005, o principal cliente a Equant do Brasil, era responsável por

94,51% ( (R$ 65.817,27) através de serviços de suporte a conexão, do faturamento

bruto da Latin Tec (R$ 69.637,29). Havia apenas 5,49% (R$ 3.820,02) de

faturamento de serviços de infra-estrutura. Em maio de 2005, foi implantada a área

de infra-estrutura com a contratação de um diretor para a área: Paulo Rocca. Em

setembro de 2005, já houve uma diminuição desta dependência dos serviços de

suporte a conexão, a Equant respondeu por 91,03% (R$ 144.469,33), com serviços.

Em Setembro de 2005 os 8,97% (R$ 14.232,69) restantes são resultado de serviços

infra-estrutura, provenientes da diversificação a clientes diversos.

2.5 Caracterização de organização

Sua matriz em Porto Alegre possui os setores de administração, vendas, e

uma central de atendimento que direciona e distribui as ações das unidades, os

técnicos, durante o trabalho em campo. Glauco, o diretor da empresa é o

responsável pelas áreas: comercial, planejamento, administrativa e financeira. Seus

sócios, concentram-se nas áreas operacionais. A tomada de decisões

administrativas é centralizada e definida por Glauco. Hoje esta pequena empresa,

conta com 34 colaboradores no total. Ela possui unidades nos estados de SP, RJ,

PR, SC e RS. A empresa está em processo de expansão buscando atender a novos

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nichos de serviços: Parceria com a Comtrend, para a comercialização de modens e

expansão dos serviços de infra-estrutura.

.

3. SERVIÇOS

3.1 Definição de serviços

Como gerenciar de modo eficaz várias equipes prestadoras de serviços de

telecomunicações? Como agregar valor ao cliente? Como satisfazer o cliente? Quais

são as particularidades dos serviços? A interação, a grande complexidade, os vários

significados transformam os serviços num fenômeno complexo, ocorrendo várias

definições:

“Serviços: Atividades, benefícios ou satisfações que são colocados à venda ou

proporcionados em conexão com a venda de bens” (AMERICAN MARKETING

ASSOCIATION, 1960)

“Um Serviço é uma atividade colocada à venda que gera benefícios e satisfações,

sem levar a uma mudança física na forma de um bem” (BLOIS, 1974).

“Um serviço é qualquer atividade ou benefício que uma parte possa oferecer á outra

que seja essencialmente intangível e que não resulte em propriedade de coisa alguma. Sua

produção pode ou não estar ligada a um produto físico” (KOTLER, 1988, p. 191).

20

O Serviço é uma atividade ou uma série de atividades de natureza mais ou

menos intangível – que normalmente, mas não necessariamente, acontece durante

as interações entre cliente e empregados de serviço e/ou recursos físicos ou bens

e/ou sistemas do fornecedor de serviços – que é fornecida como solução ao(s)

problema(s) do(s) cliente(s).

3.2 As Categorias de Processos de Serviços

O processamento de serviços abrange duas categorias amplas: Pessoas e

Objetos. Podemos ainda identificar sob uma perspectiva operacional o

desdobramento em 4 categorias:

Processamento com Pessoas – São Ações tangíveis nos corpos das

pessoas, os clientes precisam estar fisicamente presentes para receber os

benefícios do Serviço.Exemplo: Corte de Cabelo

Processamento com Bens – São Ações tangíveis nos bens e outras posses

físicas do cliente. Exemplo: Transporte de Cargas.

Processamento com Estímulo Mental – São Ações

Intangíveis direcionadas à Mente das pessoas. Os clientes precisam estar

presentes mentalmente.Exemplo: Rádio e Televisão.

21

Processamento com Informações – São Ações Intangíveis direcionadas

aos bens de um cliente. Exemplo: Serviços de Telecomunicações, é o caso da Latin

Tec.

Conforme Lovelock:

“....A prestação de serviços vão de procedimentos simples que

envolvem apenas alguns passos – como abastecer o tanque de um carro –

até atividades altamente complexas como transportar passageiros em um vôo

internacional”. (2002, p. 35)

É importante observar que o posicionamento do cliente irá definir a categoria

de processamento dos serviços.

3.3 Foco, Segmento e Proposta de Valor

A definição do foco estratégico do Serviço pode criar significativas Vantagens

Competitivas para a empresa. Conforme Berry:

“...todas as grandes empresas de serviço possuem uma

estratégia de serviço clara e convincente. Elas possuem uma” Razão

de Ser “que anima a organização e define a palavra” Serviço “. Uma

Estratégia de Serviço capta aquilo que no serviço fornece valor para

os clientes. Para abrir uma trilha para o serviço excelente, os líderes

de uma empresa devem definir corretamente aquilo que torna o

serviço irresistível. Eles devem acionar e manter uma visão de

excelência do serviço, um conjunto de marcos que sinalizam o futuro

e mostram o caminho (1995, p. 62-63)”.

22

Conforme Heskett (1994, p. 57-60) temos três tipos de focos na prestação de

serviços:

Foco Orientado ao Cliente: Exige o perfeito conhecimento e atendimento

das necessidades de um público determinado. Exemplo: Empresa Terceirizada de

Limpeza e Manutenção que atende a um Hospital. Conforme ALBRECHT:

“...num estabelecimento de prestação de serviços, clientes satisfeitos

são como ativos.....” (2002)

Foco Orientado ao Serviço: A empresa faz algum tipo de Serviço

Excepcionalmente bem, e desfruta de vantagens de custos sobre os

concorrentes menos focalizados. Exemplo: Empresa Especializada em Assistência

para uma parte específica de um automóvel, como Freios ou Amortecedores.

Foco Orientado ao Cliente e ao Serviço: São empresas realmente

excelentes que utilizam destas vantagens e mantém uma constante “Curva de

Experiência” sobre o Serviço. Exemplo: Mac Donald’s

Como não podemos atingir o ideal do cliente único e previsível, devemos por

motivos de custos, segmentarmos nossa clientela numa faixa ampla e homogênea

para que possamos atendê-la bem.

Conforme Téboul:

“....antes da formulação da oferta, é fundamental considerar a

relação entre o conceito e serviço e a clientela que deve ser-lhe

23

correspondente. Só após isso feito será possível proceder a um

posicionamento mais preciso do cliente...” (1999, p. 52).

Para a segmentação de Serviços devem ser consideradas as relações entre:

Serviços Padronizados, Serviços Personalizados, Segmentos Amplos, Segmentos

Restritos>Esta segmentação de Serviços deve seguir critérios Sócio – Econômicos

ou Demográficos: Localização Geográfica, Ocasião de Uso, Utilização e Fidelidade,

Perfil Psicológico. Pós a definição do Foco e da Segmentação do Segmento de

atuação do serviço, devemos elabora uma Proposta de Valor, a qual define o que

os clientes consideram importantes.

A Proposta de Valor deverá descrever os benefícios e resultados esperados

pelos clientes. Conforme podemos observar na FIGURA 1. A Proposta de Valor será

avaliada pelo cliente observando cinco critérios: Interação com o Processo,

Interação com Funcionários, Credibilidade, Confiabilidade no Atendimento, Preço.

Abaixo a FIGURA 1 sobre Proposta de Valor, podemos entender a

abrangência das decisões estratégicas observando a FIGURA 02, que demonstra o

impacto das decisões estratégicas na formulação de serviços.

3.4 Formulação Estratégica de Serviço e Posicionamento do Serviço

A estratégia de serviço de uma empresa deve ser expressa em algumas

frases que orientam e anima a sua equipe. Conforme Téboul:

24

Proposta de ValorPosicionamento

Segmentação Conceitos de Serviços

Recursos Potenciais

Análise das

Necessidades dos

Clientes

Tendências do Mercado -

Concorrência

FIGURA 1: Descrição dos benefícios e resultados esperados pelos clientes

Téboul (1999, p.55)

“...A Formulação de serviço consiste em definir os principais elementos da oferta e as decisões chaves que permitirão maximizar o valor percebido pelo cliente minimizando custos. Nessa etapa, estamos sempre no nível das principais ações, a saber: a alocação estratégica dos recursos de forma a extrair um princípio, uma ação, um esboço da oferta e o modo de prestação de serviço.” (1999, p. 68).

O processo de definição de uma estratégia de serviço pode seguir os

seguintes processos:

1. Determinar os atributos mais importantes do Serviço para atender e

superar as expectativas dos clientes.

2. Determina os atributos importantes do serviço nos quais os concorrentes

são vulneráveis.

25

Resultado Básico eAmpliado

PROPOSTA Interação com o DE VALOR ou Processo

RESULTADO Interação com as PARA O CLIENTE Pessoas

Credibilidade e Confiança

Preço

Custo / Produtividade

RESULTADO PARA A Utilização de EMPRESA Capacidade

Vantagem CompetitivaBarreira de Entrada

Formulação de Serviço( Série de decisões de exploração )

Decisão 01 Decisão 02

FIGURA 2: Impacto da Tomada de Decisões na elaboração da Proposta de

Valor, adaptado de Teboul (1999, p.70).

3. Determinar as capacidades existentes e potenciais de Serviço de nossa

empresa. Avaliar competências e incompetências do Serviço, pontos fracos e fortes

dos recursos, reputação do serviço, sistema de crenças e a “Razão de Ser” da

empresa.

4. Desenvolver uma estratégia de serviço que se dirija às necessidades

importantes e permanentes dos clientes. Explore pontos vulneráveis da concorrência

e se ajuste às capacidades de potenciais da nossa empresa (BERRY, 1995, p. 72).

Na elaboração da estratégia de serviço deve ser centrada nas necessidades

dos clientes, questionando: Quais os atributos essenciais do Serviço? Como posso

manter o meu cliente encantado? Como posso transformar o Serviço numa

Vantagem Competitiva Sustentável? Conforme PORTER:

26

“....uma empresa ganha vantagem competitiva, executando estas atividades estrategicamente importantes de uma forma mais barata ou melhor que a concorrência ....” (1989, p. 31).

Podemos observar os componentes da cadeia de valor virtual na Figura 3

CADEIA DE

VALOR FÍSICO LOGÍSTICA

PROCESSOS LOGÍSTICA

MARKETING

VENDAS

DE DE DAS SAÍDASENTRADA

PRODUÇÃO

COLETAR ORGANIZAR

SELECIONAR

SINTETIZAR DISTRIBUIR

CADEIA DE

VALOR VIRTUAL

Reproduzido de Rayport, Jeffrey F. e J.J. Sviokla, "Explointing the Virtual Value Chain" , Harward Bussiness Review

, Novembro-Dezembro de 1995, pp.78.82

CADEIA VIRTUAL DE VALOR - OS CINCO PASSOS GENÉRICOS DE ADIÇÃO DE VALOR DO MUNDO DA INFORMAÇÃO

NOVOS

MERCADOS MERCADOS

NOVOS

Figura 3: A Cadeia de Valor Virtual, adaptado de Porter(1986)

Após a definição da estratégia de serviço devemos estabelecer o

posicionamento do serviço. A finalidade do posicionamento é firmar um lugar

distinto na mente dos clientes. Conforme BECK:

“...a essência do posicionamento das empresas de serviços segue estes princípios:

Definir uma posição nas mentes dos Clientes – alvo.

- A posição deve ser consistente, simples e singular.

- Diferenciar a empresa de seus concorrentes.

27

- Ela precisa atrair os esforços da empresa para direcioná-los a um objetivo (1997, p. 103).

O posicionamento do Serviço deve incluir decisões sobre comunicações que

transmitam uma posição determinada: 1) Atributos/Aquela loja tem um modo único

de atender; 2) Preço e Qualidade/Aquele conserto tem um preço razoável; 3)

Concorrentes/Usar Cartão Visa ou American Express; 4) Ocasiões de Uso/Esquiar

no Inverno; 5) Usuário/Facilitar o serviço com a Tele Entrega; 6) Classe de

Produto/Comprar um carro por Leasing ou comprar a Vista?

Normalmente é adotada uma combinação destes fatores, que devem gerar

uma vantagem única e diferenciar-se dos concorrentes. Duas conseqüências da

defesa do posicionamento de serviços são o Reposicionamento e os Mapas de

Percepções. O Reposicionamento são ações que visam a defender uma posição na

mente dos clientes, devido à necessidade de atualização com o mercado e para

enfrentar a concorrência. A utilização de Mapas de Percepções facilita aos gerentes

visualizar quais são os atributos decisivos do ponto de vista dos clientes. Estes

mapas são diagramas normalmente compostos por dois atributos (há modelos

Tridimensionais) representado por eixos horizontal e vertical. Os atributos

normalmente utilizados são: Preço, Qualidade, Freqüência de Uso, Benefício

Exclusivo.A qualidade da informação é fundamental para a correta interpretação e

diagnóstico da situação atual.

3.5 Serviços de Telecomunicações

28

Nas últimas décadas a principal mudança no setor de serviços de

telecomunicações foi a alteração da característica de serviços “comoditizados” para

serviços “diferenciados. Esta mudança foi possível graças às mudanças tecnológicas

e à competição do setor.

3.5.1 Os Serviços de Infocomunicações

Na mudança das telecomunicações para as infocomunicações, destaca-se no

campo da tecnologia o papel das tecnologias emergentes, principalmente na década

de 90. O surgimento da Internet muda definitivamente a visão das informações e

das telecomunicações, cria-se o paradigma das infocomunicações.(

FRANSMAN,2000) Conforme SCHOEMACKER

“...tecnologias emergentes são inovações com base científica que detêm o potencial de criar um novo setor ou de transformar um já existente...são aquela que (1) a base do conhecimento está se expandindo, (2) a aplicação aos mercados existentes está passando pó inovação ou (3) novos mercados estão sendo testados ou criados”.(p.19, 2003)

Um dos motores da indústria de telecomunicações é o regime tecnológico,

segundo FRANSMAN

“ ...as condições pelas quais o conhecimento é criado, o que determina a taxa de mudança técnica e os tipos de tecnologias que é criado – o que determina a taxa de mudança técnica e os tipos de tecnologias que são criados – e as oportunidades e ameaças que existem no uso daquela tecnologia.” (p.7,2000)

O regime tecnológico então vai definir o regime de aprendizado que determina

as alternativas de aprendizagem e os padrões sobre os quais as empresas e outras

29

organizações envolvidas na indústria vão se engajar. Na área de telecomunicações,

são exemplos de tecnologias emergentes as Redes Digitais de Computadores e a

Internet:

REDES DIGITAIS: Conforme LOPES, as redes digitais de computadores

organizam dados, promovem a descentralização e relacionam recursos

dispersos. A evolução tecnológica barateou os custos de instalações

destas redes, tornando-as acessíveis às micro e pequenas empresas.

INTERNET: É uma interconexão de redes de informática que permite aos

computadores conectados comunicar-se diretamente. O termo refere-se a

uma interconexão em particular, de caráter planetário é a World Wide Web. A

explosão desta rede no Brasil ocorreu em 1994. Os maiores desafios da rede

mundial de computadores são

A) Software de comunicação: Programas diferentes de suporte à internet

podem causar atrasos e falhas na comunicação entre computadores.

B) Hardware de Conexão: Há uma batalha em curso para definir o tipo

padrão de hardware, o modem, que oferece a melhor conexão na internet.

C) Administração da Internet: Hoje ela é uma rede aberta e gratuita, há

planos dos Estados Unidos de tornar o seu acesso restrito, mediante

pagamento.

3.5.2 Redes Convergentes

30

No Brasil as telecomunicações são regulamentadas pela ANATEL, conforme

ARAÚJO ela possui a missão de

“...promover o desenvolvimento das telecomunicações no país de modo a dotá-lo de uma moderna e eficiente infra-estrutura, capaz de oferecer à sociedade serviços adequados, com qualidade e a preços justos, em todo o território nacional.” (2005)

Conforme ARAÚJO, a evolução do ambiente das telecomunicações seguiu as

seguintes etapas: Fase 01: Década de 80, monopólio estatal, Fase 02: Década de

90, liberação e competição e Fase 03: Década de 2000, ambiente convergente.

Conforme ARAÚJO a convergência pode ser entendida como a capacidade do uso

de uma mesma plataforma de rede de telecomunicações para transporte de

diferentes serviços: telefonia, vídeo, música e internet. Conforme demonstrado na

figura 04. A definição de convergência, segundo SHIRA

“...de maneira genérica, é a consolidação de aplicações e

tráfego sobre a mesma infra-estrutura de rede.” (2005)

São alguns exemplos de convergência: Provedor de acesso a internet

oferecendo conteúdo atualizado de revistas e jornais, Provedor de acesso a banda

larga providos por empresas de TV por assinatura, Recebimento de e-mails através

de redes de telefonia fixa. Segundo LAER a convergência deve obedecer a duas

premissas:

31

1) Qualidade: Foco no usuário final, Eficiência na comunicação, Simplicidade e

funcionalidade dos serviços, Serviços prontos para os terminais compatíveis,

Processos simples e Controle de custo.

2) Ganho de Produtividade: Apto à conexão, anywhere, anytime, em

deslocamento, Melhor combinação ajustada conforme usuário, serviços

prestados, qualidade, velocidade X preço, Continuidade de Sessão (voz,

vídeos, dados).

A convergência diz respeito não apenas às novas tecnologias, mas também

aos novos serviços e às novas formas de fazer negócios e de interagir com a

sociedade. As principais conseqüências da convergência são: Criação de novos

serviços e estímulo à inovação; Maior complexidade da cadeia de valor do setor:

novos atores e redistribuição de valores e Maior pressão para regulamentação do

setor

3.5.3 Diferenciação nas Telecomunicações

Na liberação do mercado na década de 90, houve a queda de barreiras para

entrada de novos entrantes no mercado de telecomunicações, conforme Da Silva foi

devido aos seguintes fatores:

Disseminação da Tecnologia: Devido à dissolução das empresas estatais o

conhecimento que estava agregado a estas empresas foi espalhado no

32

mercado. Havia apenas a necessidade de saber utilizar a tecnologia, não

havia o problema de produzir a tecnologia.

Disponibilidade de Mão de Obra Especializada: Devido à dissolução das

empresas estatais, houve grande oferta de quadros técnicos preparados e

com experiência para as novas empresas.

Mercado Financeiro: Realizou investimentos com a expectativa de grandes

retornos neste setor.

Neste novo ambiente de alta competição surge então um novo tipo de

empresa, que FRANSMAN define como empresas 4Fs:

Flatness – empresas com menos níveis hierárquicos e controles burocráticos;

Fastness – decorrência do item anterior, são mais rápidas nas decisões e

implementações;

Flexibility – habilidade para mudar de direção ou estabelecer novas direções

mais rapidamente que seus concorrentes;

Focus – que é a possibilidade de atender a um mercado específico com

maior qualidade.

33

Se os serviços prestados podem, no final das contas, se os serviços forem os

mesmos, dificilmente alguma empresa obterá lucros extraordinários. Conforme Da

Silva

“...a saída é a diferenciação dos serviços, que pode ocorrer através de parcerias

e na oferta de um serviço de qualidade superior – como rápido atendimento de pedidos –

e um cuidado superior com o cliente, buscando compreender suas necessidades e prover

melhores soluções. (p.69,2002)

Conforme SCHOEMAKER, outra proposta para a diferenciação de serviços é

através de alianças estratégicas para a construção de uma vantagem competitiva.

Este relacionamento cooperativo deve seguir quatro estratégias básicas:

a) Rotinas de compartilhamento de conhecimento;

b) Escolher parceiros complementares;

c) Construir e gerenciar ativos co-especializados;

d) Estabelecer processos eficazes de governança. (p.319,2003)

As alianças são fundamentais para o sucesso de serviços com a utilização de

tecnologias emergentes, devem funcionar para criar um posicionamento estratégico

e uma plataforma de opções de serviços.

34

FIGURA 04 - Convergência Tecnológica, adaptado de ARAÚJO, 2005.

35

4.ESTRATÉGIA

Numa empresa, a estratégia está relacionada à arte de utilizar

adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a

minimização dos problemas e a maximização das oportunidades.

Para alguns autores a estratégia é definida da seguinte forma:

DRUCKER ( 1994 ): È uma perspectiva, uma maneira como a empresa

responde às seguintes perguntas: O que é nossa empresa? Qual é a sua

missão? O que ela deveria ser? Quais deveriam ser os seus objetivos, sua

relação com o mercado, com seus recursos, com a criatividade, com o lucro,

a formação pessoal e a responsabilidade social?

PORTER ( 1986 ): É a manobra para atingir uma vantagem competitiva,

pelo bom posicionamento da empresa em um setor econômico na qual se

insere, graças ao bom conhecimento da cadeia de valor.

QUIN ( 1991 ): É um padrão ou plano que integra, de forma coesa, os

principais objetivos, políticas e ações de uma organização.

CHANDLER ( 1962 ): É algo a vir, serve para determinar os objetivos a

longo prazo, prepara a organização para a ação, a adotar políticas.

A estratégia pode ser considerada a arte de aplicar os meios disponíveis com

vista à conquista de objetivos específicos. MINTZBERG propõe que a estratégia

pode ser manifestada através dos 5 P’s: Plano / Plan: Um guia de ação para o

futuro; Padrão / Pattern: A forma como a organização tem-se comportado; Posição /

36

Position: O lugar competitivo que a empresa busca ocupar; Perspectiva /

Perspective: A maneira fundamental de a empresa fazer as coisas, a teoria dos

negócios; Pantomina ou Truque / Ploy: Uma manobra, como forma de dissuasão ou

fazer agir outra força competitiva.

A estratégia é um dos vários conjuntos de regras de decisão para orientar o

comportamento de uma organização. Conforme ANSOFF os componentes de uma

estratégia vencedora são “...Vantagem Competitiva, Vetor de Crescimento, Sinergia,

Conjunto de Produtos e Mercados.” (p. 94,1977)

a) Vantagem Competitiva: É uma propriedade ou combinações de

produtos e mercados que dão à empresa uma forte posição de competição

frente aos concorrentes.

b) Vetor de Crescimento: É a direção em que à empresa está andando em

relação a sua postura corrente em termos de produtos e mercados.

c) Sinergia: É a capacidade de uma empresa para tirar proveito de sua

entrada, ou manutenção, numa nova área de produto/serviço e mercado.

d) Conjunto de Produtos e Mercados: São as empresas que regulam a

sua posição num determinado mercado, frente à oferta de seus produtos e

serviços.

Podemos observar no FIGURA-05, as Dez Escolas Estratégicas, identificadas

por Mintzberg:

37

FIGURA 05 - As Dez Escolas Estratégicas, adaptado de MINTZBERG-2000.

A seguir irei demonstrar algumas abordagens das escolas estratégicas:

38

A escola do Planejamento será representada pelas estratégias de Ansoff e

Oliveira. Foi definida a escolha de ANSOFF pela sua contribuição nos seus livros

publicados na década de 60, nos trabalhos iniciais sobre estratégia.Foi definida a

escolha de OLIVEIRA por contemplar a perspectiva de um autor brasileiro, uma

visão adaptada à realidade do país. A escola do Posicionamento será representada

pelas estratégias de PORTER, pela sua contribuição ao estudo da competitividade

empresarial na década de 80.

4.1 Escola do Posicionamento - Porter

4.1.1 Análise Estrutural da Indústria

A essência da formulação de uma estratégia competitiva é relacionar uma

companhia ao seu meio ambiente. Conforme PORTER em Estratégia

Competitiva...”A estrutura industrial tem uma forte influência na determinação das

regras do jogo...a concorrência em uma indústria tem raízes em sua estrutura

econômica básica” (1986, p.22) O grau de concorrência de uma indústria depende

de cinco forças competitivas básicas:

a) Fornecedores: Poder de negociação dos fornecedores

b) Substitutos: Ameaça de produtos ou serviços substitutos.

c) Compradores: Poder de negociação dos compradores.

d) Entrantes Potenciais: Ameaça de Novos Entrantes.

e) Concorrentes na Indústria: Rivalidade entre as empresas existentes.

39

A análise estrutural permite a formulação de uma estratégia competitiva

equilibrada com o ambiente, através de ações ofensivas ou defensivas.

4.1.2 Estratégias Genéricas de Porter

A análise do posicionamento competitivo da empresa será realizada a partir

da percepção dos dirigentes da empresa. A ação intencional visa o deslocamento a

uma posição previamente conhecida e analisada, o que potencializa o sucesso

competitivo da empresa. Ao enfrentar as cinco forças competitivas, Porter propõe

três linhas de abordagens estratégicas genéricas, potencialmente bem-sucedidas:

4.1.3 Liderança no Custo Total

O controle dos custos é o ponto central desta estratégia, entretanto não

devem ser ignorados outros aspectos importantes da qualidade do serviço. Através

de um forte controle administrativo devem ser perseguido e alcançado o domínio dos

parâmetros econômicos:

a) Redução das Despesas Gerais

b) Minimização de custos em outras áreas (P&D, Publicidade,Vendas,)...

c) Busca de maiores níveis de produtividade com menores custos

d) Economias de Escala

40

Este posicionamento coloca a empresa em uma posição vantajosa em relação

aos serviços/produtos substitutos de seus concorrentes na indústria.

4.1.4 Diferenciação

A diferenciação é uma estratégia que visa obter retorno financeiro acima da

média, pois ela conquista a lealdade do consumidor à marca, o que diminui a sua

sensibilidade aos preços dos concorrentes. É um desafio de oferecer um

produto/serviço com características únicas, até mesmo sob medida, não esquecendo

do controle dos custos. Os principais níveis para obter a diferenciação são: Imagem

da Marca, Liderança Tecnológica, Rede de Fornecedores e Exclusividade. Margens

de lucros maiores permitem enfrentar o poder dos fornecedores e diminui o poder

dos compradores.

4.1.5 Enfoque

É a definição da concentração dos esforços da empresa em um determinado

foco, por exemplo: atender um determinado grupo de clientes, oferecer uma linha de

produtos ou atender uma área geográfica. O centro desta estratégia é a

concentração num alvo determinado, oferecendo um serviço/produto superior aos

dos seus concorrentes. A empresa atinge a diferenciação por satisfazer melhor o

seu cliente-alvo.

41

4.2 Meio-Termo

A empresa que adota uma estratégia de “meio-termo” está numa situação

extremamente pobre, pois está indefinida e perde oportunidades no mercado.

Conforme PORTER, em Estratégia Competitiva:

“....A empresa no meio-termo provavelmente também sofre de

uma cultura empresarial indefinida e de um conjunto conflitantes de

arranjos organizacionais e sistemas de motivação.” (1986, p.55)

Esta é uma situação que garante uma baixa rentabilidade à empresa. Ela

perde os clientes que exigem preços baixos e também não consegue atender

aqueles que exigem um nível de diferenciação.

4.3 Escola do Planejamento - Ansoff

Ansoff propõe algumas estratégias assegurando que cada empresa se

enquadra em uma delas quando se dirige aos seus objetivos no longo prazo.

Conforme ANSOFF (1965) são: “Máximo Rendimento Atual, Ganhos de Capital,

Liquidez de Patrimônio, Responsabilidade Social e Filantropia.” (p.75-103,1965)

4.3.1 Máximo Rendimento Atual

É uma estratégia que tende a extrair o máximo de seu ativo e a elevar ao

máximo a liquidez de caixa, visando unicamente sobreviver para produzir

rendimentos.

42

4.3.2 Ganhos de Capital

É uma estratégia que tende a obter lucratividade em curto prazo, desprezando

os objetivos em longo prazo, a fim de criar uma imagem pública de empresa em

rápido crescimento. É típica de empresas que pretendem atrair capital ou atenção,

mas que andam na corda bamba em qualquer crise que sobrevenha.

4.3.3 Liquidez de Patrimônio

É uma estratégia que busca atrair compradores procurando demonstrar

elevada flexibilidade patrimonial, mesmo que com baixa rentabilidade. É típica de

empresas que pretendem abrir seu capital ou fundir-se com outros grupos

empresariais.

4.3.4 Responsabilidade Social

É uma estratégia que demonstra certo interesse em questões civis ou

nacionais, com as quais o seu interesse está identificado. Este é o caso das

empresas fabricantes de papel ao fazerem campanhas de proteção às reservas

florestais, protegendo seus interesses em longo prazo.

4.3.5 Filantropia

43

É uma estratégia na qual a empresas empregam recursos em objetivos não

econômicos ou instituições não lucrativas, como fundações científicas ou

humanitárias.

4.4 Escola do Planejamento - Oliveira

As estratégias podem ser definidas em função do momento atual da empresa.

Conforme OLIVEIRA:

....A combinação destas estratégias deve ser feita de forma

que aproveite todas as oportunidades possíveis, usando a estratégia

certa no momento adequado.(p.178, 1997)”.

Oliveira propõe as estratégias de sobrevivência, manutenção, crescimento e

desenvolvimento.

4.4.1 Estratégia de Sobrevivência

É utilizada quando não há alternativas, a empresa está muito fragilizada

enfrentando muitas ameaças e hostilidades. A estratégia da sobrevivência deve ser

utilizada para que a empresa possa reverter o quadro num longo prazo. Conforme

OLIVEIRA as principais ações estratégicas são:

a) Redução de Custos: Redução de pessoal, diminuição de estoques e

custos.

b) Desinvestimento: Paralisação de linhas de negócios com pouca margem

de lucro, para que a empresa concentre esforços em linhas mais rentáveis.

c) Liquidação de Negócio: Em última instância quando há substituição de

produtos, o negócio é encerrado.(p. 178, 1997)

44

4.4.2 Estratégia de Manutenção

Há um ambiente ameaçador, entretanto a empresa possui alguns pontos

fortes que permitem à empresa lutar pela manutenção de sua posição no mercado.

Ocorrem investimentos moderados, com a previsão de dificuldades no curto prazo.

Conforme OLIVEIRA esta estratégia ocorre nas seguintes situações:

a) Estabilidade: É à busca do re-equilíbrio da empresa.

b) Nicho: É a procura pelo domínio de um determinado segmento de

mercado.

c) Especialização: São concentrados esforços em atividades restritas, a

empresa deve possuir grande vantagens sobre os seus concorrentes.

(p.180, 1997)

4.4.3 Estratégia de Crescimento

Há um ambiente favorável com muitas oportunidades, à empresa mesmo com

pontos fracos pode beneficiar-se do momento. Conforme OLIVEIRA as principais

ações desta estratégia são:

- Inovação: Lançamento de novos produtos e tecnologias, procurando

antecipar-se dos concorrentes.

- Internacionalização: Exige sistemas evoluídos de logística e de

comunicações.

45

- Joint Ventures: É a parceria de duas empresas para a ação em novos

mercados. As empresas e seus interesses são complementares

- Expansão: Deve ser previamente planejada.(p.181,1997)

4.4.4 Estratégia de Desenvolvimento

Há um ambiente com oportunidades e a empresa apresenta pontos fortes, o

que leva o executivo a procurar desenvolver a sua empresa. As principais

oportunidades são novos mercados ou novas tecnologias. Conforme OLIVEIRA as

principais ações são:

- Desenvolvimento de Mercado: A empresa procura maiores vendas e

novos mercados.

- Desenvolvimento de Produto ou Serviços: São oferecidos produtos e

serviços de qualidade superiores. São agregados novas características.

- Desenvolvimento Financeiro: São conquistadas vantagens financeiras

na estrutura da empresa.

- Desenvolvimento de Capacidades: São fortalecidos os pontos fracos

da empresa.

- Desenvolvimento de Estabilidade: São empresas que se unem para

crescerem juntas. (p.182,1997)

46

4.5 Planejamento Estratégico

Definir e controlar o futuro da organização, são estes os principais benefícios

da realização de um planejamento estratégico.

Conforme MAXIMIANO (1995) os principais benefícios são:

PERMANÊNCIA DAS DECISÕES: Os planos estabelecidos passam a

constituir um caminho a ser seguido pela organização.

EQUILÍBRIO: Os planos de ações estabelecidos diminuem o grau de risco

do negócio e as incertezas do amanhã. As ações são realizadas em caráter

preventivo evitando surpresas desagradáveis.

MELHOR DESEMPENHO: Ocorre uma melhora nos resultados devido à

busca constante dos objetivos da organização.

O conceito de Planejamento Estratégico:

“...considera que as estratégias são orientadas para adaptação do mix produto-serviço/mercado às condições do ambiente externo – sob esta ótica, as empresas encaram seu mercado como o princípio e o fim de todas as suas ações. ( GRACIOSO, 1987 )

É importante lembrar que um planejamento estratégico é apenas um

cronograma ligado a um plano de ações. O seu sucesso irá depender dos processos

de implementação e controle do planejamento estratégico. A seguir serão

demonstradas as etapas de elaboração de um planejamento estratégico, conforme

FIGURA 06 abaixo:

47

FIGURA 06: Etapas do Planejamento Estratégico, adaptado de CERTO-1993.

A seguir segue o modelo na FIGURA 06 – Etapas do Planejamento Estratégico

de CERTO (1993), foi escolhido por ser um processo sistêmico de implantação por

etapas. A primeira etapa é a análise do ambiente, isto é, monitorar o ambiente

organizacional (interno e externo) para identificar seus riscos e oportunidades

presentes e futuros, será utilizado a análise SWOT para análise ambiental. A

segunda etapa é a definição da diretriz organizacional, isto é, definir a meta da

organização a sua finalidade de existência: a sua missão, sua visão, seus objetivos

e valores.

A terceira etapa do processo de planejamento estratégico é a formulação da

estratégia, o curso de ações a serem seguidos pela organização. O foco central é

como enfrentar a concorrência e atender satisfatoriamente seus clientes. Nesta

etapa será complementado com a análise das forças ambientais de PORTER (1986)

que irá demonstrar o posicionamento da estratégia. A quarta etapa do processo de

planejamento estratégico é a implementação da estratégia organizacional, onde as

estratégias são colocadas em ação de modo sistemático. Uma implementação

48

efetiva do planejamento somente pode ocorrer com mudanças organizacionais e

realinhamentos internos. Foi escolhido o processo de planejamento estratégico de

CERTO pelos motivos:

Processo Modular: As etapas permitem modificações conforme as

necessidades da empresa.

Visão Sistêmica: Facilita a compreensão das etapas e a evolução dos

conceitos do planejamento estratégico.

Cronograma Flexível: O desenvolvimento das atividades será

negociado e adaptado à realidade da empresa.

Nesta pesquisa realizaremos as etapas 1, 2 e 3.

4.5.1 Planejamento

As várias funções do administrador, consideradas como um todo, formam o

PROCESSO ADMINISTRATIVO: Planejamento, Organização, Direção e Controle.

Conforme CHIAVENATO a escola do processo administrativo “...é um processo” de

aplicação de princípios e de funções para o alcance de objetivos.”(p.363, 1993)

Conforme FIGURA 7, segue abaixo a descrição do Processo Administrativo:

49

FIGURA 07 - O Processo Administrativo, adaptado de CHIAVENATO-1993.

Conforme CHIAVENATO

“....o planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente

quais são os objetivos que devem ser atingidos e como deve fazer para alcançá-los.

Trata-se, pois, de m modelo teórico para a ação futura.” (p.367,1993)

4.5.2 Níveis de Planejamento

Para que haja a coordenação das ações em todos os níveis da organização é

importante identificar os diferentes níveis de planejamento, conforme CHIAVENATO

“...após a definição dos objetivos e da tomada de decisões é importante reconhecer em qual nível

será feito o planejamento.” (p.380,1993) Os níveis de planejamento são:

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – É o plano mais amplo e abrangente da

organização. Possui longo prazo de duração, envolve empresa na sua totalidade e é

definido pela alta direção.

PLANEJAMENTO TÁTICO – É o plano feito em nível departamental. É

realizado no médio prazo, é específico, voltado para os objetivos departamentais.

Cada departamento irá definir o seu, em harmonia com o planejamento estratégico.

50

PLANEJAMENTO OPERACIONAL – É o plano feito para cada tarefa. É

imediato, voltado para tarefas isoladas, normalmente possui metas, programas,

procedimentos e normas. Na FIGURA 08 seguem as principais características dos

níveis de planejamento.

FIGURA 08 - Níveis de Planejamento, adaptado de CHIAVENATO-

1993.

4.6 Definição de Missão

Missão Organizacional é a proposta para a qual, ou a razão pela qual, uma

organização existe. Em geral a missão organizacional de uma empresa contém

informações tais como os tipos de produtos ou serviços que a organização produz e

quem são seus clientes. A missão é a função ou poder que se confere a alguém

para fazer algo, encargo, incumbência, uma obrigação, um compromisso, dever a

cumprir.. A missão organizacional é uma declaração muito ampla da diretriz

organizacional. Para desenvolver uma missão organizacional de forma apropriada, a

51

administração deverá analisar e considerar as informações geradas durante o

processo de análise do ambiente.

Conforme CERTO :

“...Estabelecer uma missão é parte importante da tarefa da administração, porque um missão formalmente expressa facilita o sucesso da organização. Estabelecer e documentar uma missão organizacional leva a diversas coisas importantes.” (1993, p.77)

A missão organizacional deve conter os seguintes itens: Produto ou serviço da

empresa, Mercado, Tecnologia, Objetivos da empresa, Filosofia da empresa, Auto

conceito da companhia e Imagem Pública.

4.7 Definição de Visão

Devido aos atuais ambientes altamente complexos, velozes e competitivos, o

estabelecimento de uma visão objetiva e clara, define o sucesso na construção do

futuro da empresa. Uma visão é um ponto de vista, aspecto, uma maneira de

compreender, de perceber determinadas situações. Para OLIVEIRA (1997) a visão

viabiliza o grande delineamento do planejamento estratégico, onde a empresa está e

para onde a empresa quer chegar. Apresenta como pré-requisito a transparência

das idéias e a coerência com o que a empresa se propõe a fazer com o que na

realidade faz.

52

4.8 Definição dos Objetivos

Um objetivo é o valor final para o qual convergem progressivamente os

resultados de sucessivas interações. Um objetivo organizacional é uma meta para a

qual a organização direciona os seus esforços. Um objetivo organizacional deve

compreender objetivos gerais e objetivos específicos. Os objetivos gerais

representam fins genéricos desejados, para os quais são orientados os esforços da

empresa. Exemplo 01: Aumentar o tamanho da empresa. Exemplo 02: Participar

com 15% na fatia do mercado.

Os objetivos específicos são versões mais restritas e quantificadas dos

objetivos gerais. Exemplo 01: Aumentar as vendas em 10% nos próximos 5 anos,

voltado ao departamento de vendas. Exemplo 02: Aumentar a produtividade em 5%

no próximo semestre, voltado para o departamento de produção da empresa.

Para a definição e o estabelecimento de objetivos, conforme CHIAVENATO,

devem ser observados os seguintes princípios:

COMUNICAÇÃO TOTAL: Os objetivos devem ser conhecidos e

comunicados a toda empresa.

COERÊNCIA VERTICAL: Cada setor deve facilitar a realização do

objetivo organizacional do setor hierarquicamente superior.

COERÊNCIA HORIZONTAL: Deve haver harmonia entre setores do

mesmo nível organizacional.

53

4.9 Definição dos Valores

Após a definição da missão, visão e objetivos no planejamento estratégico é

necessário uma reflexão sobre os valores organizacionais em curso nas relações

humanas da organização. O processo de seleção de alguns preceitos chaves como

base para um sistema de valores merece muita atenção por parte dos líderes da

empresa. É uma oportunidade valiosa para valorização do que as pessoas fazem.

Quando uma empresa tem um sólido sistema de valores e seus líderes respeitam

esses valores, as pessoas na organização percebem que a empresa tem uma

cultura que é significativa, real e central. Conforme ALBRECHT a empresa deve

concentrar-se nos seus valores centrais:

“.... os fundamentais que devem guiar o comportamento diário de cada um na organização, para que ela tenha sucesso na sua missão. Quais são os valores que parecem ser centrais para a organização, no momento? “( p.148, 2003)

Conforme KELLO, presidente da Gillete no Brasil num artigo da revista

EXAME, os valores:

“...representam os limites que não devem ser ultrapassados no processo de alcançar as metas dos negócios...nossos valores são realmente vividos no dia-a-dia: o binômio comprometimento/excelência, é uma busca individual de cada colaborador, o trabalho em equipe e o foco no cliente formam a direção correta que garantem os bons resultados dos esforços anteriores.” (p.114,2003)

54

Conforme TACHIZAWA & REZENDE, a organização deve possuir um

conjunto de valores permanentes:

“...conjunto de doutrinas, credos, padrões éticos e princípios que orientam as ações da empresa ao longo do tempo e são independentes de metas, objetivos e estratégias adotadas pela organização...compõem um conjunto de princípios que necessariamente deverão ser observados na operacionalização das ações que dão suporte à missão e à visão.” (p.41, 2000)

Cada empresa possui uma identidade cultural própria e um sistema de valores

sociais próprios. Conforme Vasconcellos:

“....o sistema de valores sociais da organização é constituído pelos valores implícitos no conjunto de diretrizes gerais necessárias à produção de bens, serviços ou normas criadas pela organização( 1982, p. 08).”

Este sistema de valores implícitos deve ser avaliado pela Efetividade, que é a

medida de impacto ou desejabilidade social do produto. A efetividade irá demonstrar

a convergência dos valores sociais implícitos na busca dos resultados da

organização. Na FIGURA 09

temos um exemplo de sistema de valores, destacado em verde, temos um

sistema de valores:

55

FIGURA 09, Sistema de Valores, adaptado de HOYLER-1977.

Cabe às lideranças da empresa através de palavras, gestos e ações

proporcionar credibilidade ao discurso dos valores e agregar pessoas ao redor dos

valores da empresa. Para que o sistema de valores desejado pela direção de

empresa seja alcançado é necessária: a formalização, a comunicação e a difusão

deste sistema de valores para a empresa. Este sistema de valores sociais deve ser

constantemente reforçado pelos líderes para garantir o direcionamento das pessoas

com a missão da empresa.

56

O sistema de valores funciona como uma base, que devem orientar a

organização na busca de um ideal. O ideal da empresa deve estar refletido na

definição da sua missão, visão e objetivos. Caso contrário:

“....reduzindo as motivações do trabalho ao instinto de conservação ou orientando as atividades humanas exclusivamente para fins específicos, não mais haverá colaboração, solidariedade ou responsabilidade... da mesma forma, uma empresa, para justificar-se e alcançar seu ideal, precisa integrar-se num sistema de valores sociais que garantam ao operário, a sua participação efetiva na vida e no progresso da organização.( HOYLER, 1977, p. 64)”

Quanto ao sistema de valores, é recomendável verificar: A) Efetividade:

Acompanhamento da real efetividade dos valores sociais presentes na organização,

em função dos interesses da empresa; e B) Convergência: Verificar o grau de

orientação dos valores com o direcionamento do ideal da empresa.

4.10 Controle Estratégico

O sistema de controle deve estar diretamente ligado ao processo estratégico,

contribuindo tanto na formulação de alternativas estratégicas como no processo de

implantação da estratégia. Conforme GOMES & SALAS o controle de gestão:

“...seja muito, ou pouco formalizado é fundamental para assegurar que as atividades de uma empresa se realizem da forma desejada pelos membros da organização e contribuam para a manutenção e melhoria da posição competitiva e a consecução das estratégias, planos, programas e operações, concatenados com as necessidades identificadas pelos clientes.” (p.22, 1997)

57

O controle estratégico está destinado a garantir a competitividade da empresa

e verificar a validade do planejamento estratégico. Conforme Vasconcellos a

realização do controle da estratégia é prejudicada em função dos seguintes fatores:

Longo Prazo do Planejamento Estratégico: É necessário um longo período de tempo para a implementação e avaliação da estratégia definida pela organização.

Alto Nível de Incerteza: Podem ocorrer alterações quanto às condições do ambiente externo. Os resultados dos planos de ações também podem ser muito diferentes dos previstos no planejamento.

Rigidez da Estratégia: A estratégia deverá ser flexível para que possa corrigir problemas e incorporar novas oportunidades.” ( 1982, p. 177)

O desenho do sistema de controle deverá estar adaptado ao tipo de estratégia

que orienta a organização. Qual é a ênfase do desenho do sistema de controle

estratégico? A estratégia da organização irá definir este desenho. Conforme

GOMES & SALAS, para que as informações contábeis possam agregar valor ao

controle estratégico são necessárias as seguintes características no desenho do

sistema de controle:

- Informações de Longo Prazo: São dados consolidados e filtrados que

permitam a análise objetiva da atividade do negócio. Deve permitir a formulação

de cenários.

- Foco Financeiro e Não Financeiro: Deve abordar aspectos como

qualidade, produtividade, participação de mercado e inovação tecnológica. Deve

permitir monitoramento da vantagem competitiva da organização.

58

- Informação Interna e Externa: Englobando dados sobre o ambiente

competitivo (clientes, fornecedores, concorrentes, distribuidores e situação

política-econômica).

- Redução Burocracia e Formalização: Deverá ser incentivada a

flexibilidade e a criatividade do sistema, para que este possa adequar à

informação face às decisões estratégicas.

O tipo de estratégia e o tipo de estrutura condicionam o sistema de controle, a

proverem informações relevantes. Este sistema acaba por facilitar a formulação de

estratégias, assim como o aperfeiçoamento contínuo da própria estrutura

organizacional. Portanto, o sistema de controle estratégico deve fornecer

informações que permitam tanto elaborar o planejamento estratégico, como facilitar

a adequação da estratégia à estrutura do controle estratégico. Segundo DIEHL “....os

principais modelos de controle estratégico são: Balanced Scorecard, Economic Value Added,

Orçamento e Gerenciamento por Diretrizes.”(p.93,2004)

4.11 Análise Ambiente Externo – Ameaças e Oportunidades

Para efetuar uma eficaz análise ambiental um administrador deve compreender

como estão divididas as estruturas ambientais em que a organização está inserida.

Conforme CERTO:

“.... o ambiente externo é composto pelo ambiente geral e o ambiente operacional.” (p.43,1993)

59

Conforme segue na 4 Esquema Ambiente Externo.

AMBIENTE GERAL – É o nível de um ambiente externo a organização que

tem amplo foco e pouca aplicação imediata para a administração da empresa.

Segundo CERTO, seus componentes são:

A) Componente Econômico – São os fatores gerais do desempenho da

economia, por exemplo: % de crescimento do PIB, inflação, desemprego,

produtividade, consumo, renda, etc.

B) Componente Social – São os fatores ligados ao desenvolvimento da

sociedade, por exemplo: cultura, crenças, demografia, educação, etc.

C) Componente Político-Legal: São as ações do governo na esfera geral

da sociedade e das leis que a regem, por exemplo: aumento de impostos,

carga tributária, apoio a pequenas empresas, legislação em geral,

regularização de atividades, etc.

D) Componente Tecnológico: São os novos procedimentos tecnológicos e

a inovação dos mercados.

AMBIENTE OPERACIONAL – É o nível do ambiente externo á organização

composto de fatores com conseqüências diretas para o funcionamento da

organização. Conforme PORTER os seus componentes são: Pressão dos Novos

Concorrentes, Pressão dos Fornecedores, Pressão dos Produtos e Serviços

Substitutos, Pressão dos Compradores, Pressão do Nível de Concorrência no Setor.

60

A maioria das empresas enfrenta ambientes externos cada vez mais

turbulentos, complexos, globalizantes e imprevisíveis. Para enfrentar este ambiente

externo é necessário realizar o processo de análise do ambiente externo.

FIGURA 10 - Ambiente Externo, adaptado de CERTO-1993

O ambiente externo é compreendido pelo Ambiente Geral e Ambiente

Operacional. Conforme HITT (2003) este processo é composto de:

61

INVESTIGAÇÃO MINUCIOSA DE DADOS: É o estudo de todos os segmentos

do ambiente geral, a empresa identifica sinais precoces de mudanças em potencial

no ambiente.

MONITORAMENTO: Observar mudanças para identificar novas tendências.

PREVISÕES: É simulação de projeções viáveis de novos fatos, detectados nos

monitoramentos anteriores.

AVALIAÇÃO: A investigação, o monitoramento e as previsões ajudam a definir

o quadro do ambiente externo. Entretanto a avaliação permite verificar e interpretar

as conseqüências na competitividade da empresa, dentro do quadro traçado.

Segundo WRIGHT,

“...o objetivo do estudo do ambiente geral é a identificação de ameaças e oportunidades para a formação de uma “carteira estratégica” de oportunidades. “(2000)

AMEAÇAS – São condições no ambiente geral que possam prejudicar os

esforços competitivos da empresa.

OPORTUNIDADES – São condições no ambiente geral que possam ajudar e

favorecer a competitividade geral da empresa.

O executivo deve identificar todas as oportunidades, e cada uma é avaliada em

termos de sua contribuição efetiva para a empresa e, em seguida escolhe-se um

grupo das melhores oportunidades. Na análise ambiental também deve ser feita a

análise da concorrência, conforme HITT a empresa busca captar:

62

O que impulsiona o concorrente, conforme demonstrado pelos seus

objetivos futuros.

Quais são as atuais ações e o que a concorrência pode fazer,

conforme estratégia atual observada externamente.

No que o concorrente acredita sobre si próprio e sobre o setor,

conforme suposições.

Qual a capacidade do concorrente (p.82, 2003).

A coleta de dados e informações sobre a concorrência ajuda a entender a

concorrência. Conforme HITT:

“...a coleta ética de informações relativas aos objetivos, estratégias, suposições e recursos dos concorrentes formam a INTELIGÊNCIA DA CONCORRÊNCIA.” (p.83,2003)

Conforme ANDRADE:

“... as pequenas empresas tem menos capacidades de alterar o seu meio ambiente, de forma a favorecer à satisfação das suas necessidades...destacam-se como problemas principais para os pequenos empresários as vendas, o marketing e o planejamento, mas também a falta de experiência administrativa dos seus dirigentes, particularmente sobre a gestão do crescimento.” ( Andrade et All, 2004 )

Esta falta de experiência com a gestão do crescimento da empresa pode levar

até ao encerramento da empresa, caso haja carência de habilidades administrativas

de apoio.

63

4.12 Análise Ambiente Interno – Pontos Fortes e Fracos

AMBIENTE INTERNO – É o nível de ambiente da organização que está dentro

da organização e tem implicação imediata e especifica na administração da

empresa. Conforme OLIVEIRA

“...esta análise deve tomar como perspectiva a comparação com outras empresas no seu ramo, identificando pontos fortes e fracos na empresa.” (p.93,1997)

Na análise interna, devem ser verificadas as seguintes MACRO-FUNÇÕES na

empresa: função marketing, função finanças, função produção/serviços e função

recursos humanos.

O alinhamento interno das MACRO-FUNÇÕES irá determinar os PONTOS

FORTES e PONTOS FRACOS do posicionamento da estratégia da empresa.

Conforme PORTER, o diagnóstico estratégico feito através da análise SWOT

(Pontos Fortes - STRENGTHS, Pontos Fracos – WEAKNESSES, Oportunidades –

OPPORTUNITIES e Ameaças – THREATS) irá demonstrar as posições de

ATAQUE, DEFESA e o ALINHAMENTO INTERNO da estratégia da empresa. (1989)

Será utilizado um modelo baseado na análise SWOT de Porter, utilizaremos um

formulário para análise SWOT do ambiente interno e externo da organização, será

utilizado o apêndice nº I, para realizarmos esta análise.

64

4.13 Definição das Estratégias

A pequena empresa necessita de administração organizada e sistêmica, muito

mais que as grandes empresas, conforme DRUCKER:

“...a pequena empresa não pode se dar ao luxo de se marginalizar. Em primeiro lugar necessita de estratégia. Deve portanto elaborar uma estratégia que a faça se sobressair. A estratégia pode se achar em uma superioridade específica, tal como a capacidade de prestar assistência.” ( p.721,1975)

As estratégias organizacionais são formuladas pela alta administração para

alcançar os objetivos globais da empresa. Para a formulação de estratégias devem

ser considerados os seguintes aspectos, conforme OLIVEIRA:

“....A Empresa: Seus recursos, pontos fortes, pontos fracos, missão, objetivos e visão. Ambiente: oportunidades, ameaças e a concorrência. A Integração: Como é a relação entre a empresa e o ambiente. “ (p.191,1997)

Após a análise destes fatores deve ser formulada a ESTRATÉGIA DE

NEGÓCIOS onde serão tomadas decisões específicas sobre as linhas de produtos e

serviços oferecidos pela empresa ao mercado. Para definir a estratégia de negócios

é necessário realizar a “análise competitiva de Michael Porter”. Nesta análise são

identificadas as influências das seguintes forças, conforme demonstrado na figura 8

abaixo.

65

5. MÉTODO

Este capítulo irá discorrer sobre o método utilizado para a pesquisa proposta

no trabalho, descrevendo primeiramente o delineamento da pesquisa, seguido pela

definição da unidade de estudo e apresentação das técnicas de coleta e análise dos

dados. No final, serão esclarecidas as limitações do método escolhido e exposto o

plano de pesquisa.

5.1 Delineamento

Esta pesquisa adotará a abordagem descritiva com aplicação de um método de

pesquisa-ação. Segundo MALHOTRA (2001) as principais características da linha

descritiva são: Presença de uma definição clara do problema de pesquisa a ser

respondido. O quê?Como? Quando? Quem e como? Finalidade de identificar as

características de um problema a se resolver. Finalidade de identificar os diferentes

pontos de vista, as perspectivas, sobre uma situação ou problema. Há a presença de

uma hipótese específica para o problema proposto.

Este estudo é descritivo, pois iremos mapear a condição atual da estratégia da

Latin Tec, suas características, e iremos elaborar um planejamento estratégico, uma

hipótese, uma proposta sistêmica por etapas para a direção da empresa. Há várias

taxionomias de tipos de pesquisa, Vergara propõe

66

“...2 critérios básicos para identificar os tipos de pesquisas:

A) Quanto aos FINS: Exploratória, Descritiva, Explicativa, Metodológica,

Aplicada e Intervencionista.

B) Quanto aos MEIOS: de Campo, de Laboratório, Documental, Bibliográfica,

Experimental, ex post facto, Participante, Pesquisa-Ação e Estudo de Caso.

(2000,p.46)”

Em relação ao método será utilizado o método de pesquisa-ação, pois durante

as etapas de diagnóstico e de elaboração haverá interferências do aluno junto a

empresa, alterando as rotinas da empresa. Quanto aos fins será Descritiva e quanto

aos meios será Pesquisa Ação. Somente será possível a elaboração do plano

estratégico através da interação com a direção da empresa. Desta prática irá surgir a

contribuição de novos conhecimentos para o aluno e à empresa. Será utilizado o

método de pesquisa-ação, que conforme THIOLLENT

“....A pesquisa ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.” (p.14, 1986 )

A estrutura do método da pesquisa ação possibilita uma grande proposta de

pesquisas nos vários campos de atuação social e econômica. As principais

características da pesquisa ação são:

- Ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas envolvidas na

situação pesquisada

67

- Desta interação resulta a ordem de prioridade dos problemas a serem

pesquisados e das soluções a serem encaminhadas sob a forma de ação

concreta

- O objeto de pesquisa é a situação social e seus diferentes problemas

encontrados neste meio.

- Há um acompanhamento das decisões, das ações e de toda atividade

intencional dos atores da situação.

- Pretende-se aumentar o nível de consciência das pessoas e grupos

envolvidos sobre a situação.

É evidente que a elaboração da proposta de planejamento estratégico ocorrerá

através da interferência do aluno no meio organizacional e ocorrerá a troca de

informações, o que irá gerar um ganho em conhecimento, gerando uma mudança na

situação da organização.

Conforme THIOLLENT “

....no caso particular da Pesquisa-Ação, as regras são diferentes das da metodologia tradicional positivista. A observação não é passível, as capacidades de organização e de redefinição das situações dos atores está no centro das atenções dos pesquisadores, também considerados atores no processo de comunicação, interpretação e delineamento de ações. (1997,p.30).”

A dimensão ativa do método manifesta-se no planejamento de ações e na

avaliação de seus resultados.

Segundo THIOLLENT a concepção da pesquisa-ação abrange doze etapas distintas:

68

Momento 1 – Fase Exploratória – É o momento de diagnosticar a realidade do campo de

pesquisa.

Momento 2 – O Tema da Pesquisa – A definição do tema da pesquisa é o momento de

designar o problema prático e a área de conhecimento a ser abordada. Na maioria das vezes, o tema

é escolhido com base em compromissos assumidos entre a equipe de pesquisadores e os sujeitos da

situação investigada.

Momento 3 – A Colocação dos Problemas – É o momento de definir uma problemática na qual

o tema escolhido ganhe sentido. A colocação dos problemas aborda os seguintes pressupostos: “a)

análise e delimitação da situação inicial; b) delineamento da situação final, em função de critérios de

desejabilidade e factibilidade; c) a identificação de todos os problemas a serem resolvidos para

permitir a passagem de (a) para (b); d) planejamento das ações correspondentes; e) execução e

avaliação das ações”

Momento 4 – O Lugar da Teoria – O projeto de pesquisa-ação precisa estar articulado dentro

de uma determinada realidade com um quadro de referência teórica que é adaptado de acordo com o

setor em que se dá a pesquisa. As informações que serão levadas ao seminário devem, portanto, ser

interpretadas à luz de uma determinada teoria.

Momento 5 – Hipóteses –Temos de compreender as hipóteses como suposições formuladas

pelo pesquisador a respeito de possíveis soluções para um problema colocado na pesquisa.

Momento 6 – Seminário – O seminário desempenha o papel de exame, discussão e tomada de

decisões acerca da investigação. Além disso, ele desempenha também a função de coordenar as

atividades dos grupos.

Momento 7 – Campo de Observação, Amostragem e Representatividade Qualitativa

Momento 8 – Coleta de Dados – Efetuada por grupos de observação e pesquisadores sob

controle do seminário central

Momento 9 – Aprendizagem – Na pesquisa-ação tem-se a associação entre uma capacidade

de aprendizagem ao processo de investigação.

69

Momento 10 – Saber Formal e Saber Informal – Partindo da suposição de que há diferentes

formas de saber, num primeiro momento, os pesquisados são levados a descrever a situação ou o

problema focalizado buscando explicação e solução para eles. Neste sentido, encontramos também

uma aproximação com nossa proposta.

Momento 11 – Plano de Ação – A elaboração do plano de ação consiste em definir com

precisão: “a) Quem são os atores ou as unidades de intervenção?; b) Como se relacionam os atores

e as instituições: convergência, atritos, conflito aberto?; c) Quem toma as decisões? d) Quais são os

objetivos (ou metas) tangíveis da ação e os critérios de sua avaliação? e) Como dar continuidade à

ação, apesar das dificuldades? f) Como assegurar a participação da população e incorporar suas

sugestões; g) Como controlar o conjunto do processo e avaliar os resultados?”

Momento 12 – Divulgação Externa – Além de dar o retorno aos participantes da pesquisa, é

possível divulgar seus resultados em eventos, congressos, conferências, etc. (p.70,1986)

Na pesquisa ação os pesquisadores desempenham um papel ativo no

equacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e na avaliação

das ações desencadeadas em função dos problemas

”.....a pesquisa-ação exige uma estrutura de relação entre pesquisadores e pessoas da situação investigada que seja do tipo participativo...os pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos observados.”(p.15,abud THIOLLENT 1986)

A pesquisa ação não deixa de ser uma forma de experimentação em situação

real, na qual o pesquisador irá interferir conscientemente. Os participantes não são

reduzidos a cobaias, mas eles desempenham um papel ativo.

Além disso, na pesquisa em situação real, as variáveis não são isoláveis.

Todas elas interferem no que está sendo observado. Através das ações que

70

decidem aplicar os indivíduos do grupo alteram sua situação. Da observação e da

avaliação dessas ações há um ganho de informação a ser captado. A pesquisa ação

não é constituída apenas pela ação ou pela participação, é necessário produzir

conhecimento, adquirir experiência, contribuir para o avanço da discussão do

problema abordado. Segundo THIOLLENT

“....a pesquisa ação é uma estratégia de pesquisa agregando vários métodos ou técnicas de pesquisa social, com os quais se estabelece uma estrutura coletiva, participativa e ativa, no nível de captação de informações. (p.25, 1986)

5.2 Definição da Unidade de Pesquisa-Ação

A empresa que será analisada é a Latin Tec Telecomunicações, que atua no

ramo de Comércio, Serviços de Informática e Telefonia, oferecendo soluções

empresariais em telecomunicações e TI, localizada na cidade de Porto Alegre-RS.

Diante das opções, a escolha foi feita por ser o local de estágio profissionalizante do

aluno e pela direção da empresa estar muito receptiva e interessada na proposta de

desenvolvimento de um planejamento estratégico que irá resultar desta pesquisa.

5.3 Técnicas de Coletas de Dados

As técnicas de coleta de dados para a execução deste trabalho girarão em

torno de entrevistas em profundidade, pesquisa documental, observação participante

e análise de dados secundários. A pesquisa de dados secundários terá uma

finalidade complementar, irá conferir as opiniões emitidas com os fatos numéricos.

Segundo MALHOTRA:

“...os dados secundários são informações que foram produzidos para outras finalidades, não especificamente

71

para o problema do estudo. Eles já estão armazenados e podem ser localizados de forma rápida e barata.” (p.127,2001)

Serão utilizados dados secundários internos, gerados pela organização, e

dados secundários externos como: A) Dados Gerais de Negócios: Associações,

Guias, Anuários, Índices, ONGs e internet e B) Dados Governamentais: Censos,

departamentos públicos. Entretanto devem ser tomados alguns cuidados na seleção

destes dados secundários. Devem ser verificados aspectos como precisão,

atualidade, objetivo, natureza e confiabilidade. As entrevistas em profundidade serão

realizadas com os sócios da empresa que são os responsáveis por todo o processo

administrativo, os questionários encontram-se no apêndice nº III. A pesquisa

documental se dará nos documentos da empresa, com a finalidade de promover o

levantamento da situação da empresa. Esse levantamento será comparado com as

entrevistas.

Além desses esforços para aprofundar o conhecimento da organização será

feita uma revisão bibliográfica complementar, em livros, revistas especializadas,

artigos e sites. Terá a finalidade de embasar o estudo e levantar dados secundários,

sobre os cenários (social, político, tecnológico e econômico), sobre a concorrência,

as particularidades do setor de telecomunicações, enfim, sobre o mercado em que a

empresa atua. O plano de Pesquisa-Ação está demonstrado na FIGURA 11 abaixo:

72

FIGURA 11 - Plano de Pesquisa-Ação / Planejamento Estratégico.

73

5.4 Plano de Análise dos Dados Coletados

Após a realização das etapas, os seminários com os diretores - apoiados na

pesquisa documental complementar, será feita uma análise crítica de cada etapa.

Sendo avaliado os aspectos relevantes levantados e as conclusões obtidas. Através

das trocas de idéias, chegaremos a uma conclusão em comum sobre os seminários

em discussão.

5.5 Limitações da Pesquisa

Para André Morin, a pesquisa-ação é participativa por essência, portanto a falta

de interação e a resistência à integração social são os maiores obstáculos à

pesquisa-ação. Concentra-se nesta linha de dificuldades o conservadorismo, a

inércia e a maior dificuldade encontra-se na estrutura da cultura da organização. É

uma cultura que premia a iniciativa e participação dos funcionários? É uma cultura

inovadora que estimula a troca de idéias e opiniões? O maior obstáculo é a inércia

que proporciona o congelamento do pensamento.

74

Caberá, portanto ao aluno e pesquisador, desenvolver as habilidades de

relações humanas para interferir, quebrando dogmas e promovendo a participação

da direção na pesquisa. A falta dos recursos financeiros pode dificultar na obtenção

de dados secundários, como Guias, Anuários, Censos de Departamentos Públicos e

Privados. Esta restrição na busca de dados confiáveis e atualizados deve ser

ultrapassada através da criatividade e esforço do pesquisador. Destaca-se também

como limitação a incapacidade de generalizações dos resultados. Eles estão

limitados a esta unidade de pesquisa em função das características únicas da

organização.

5.6 Plano de Pesquisa

Será apresentado aqui o plano de pesquisa que estará adaptado às condições

existentes e recursos disponíveis. No apêndice nº II há um quadro comparativo

entre plano de pesquisa ação social e plano de pesquisa ação organizacional. Será

feita uma adaptação entre os dois modelos gerando um modelo adaptado de

Pesquisa-Ação que será usado nesta monografia. Neste Plano de Pesquisa

constará o Cronograma, as Ferramentas e os Instrumentos de Apoio.

75

6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta capitulo serão demonstrados os resultados do desenvolvimento das

etapas desta pesquisa-ação:

1) Comprometimento - Ponto de Partida

2) Seminários Exploratórios - Análise Interna e Externa

3) Aprendizado - Reflexão Estratégica

4) Fase de Ação - Definição de Ações

5) Aprendizado - Diferenciais Agregados

6) Resultados - Consolidação Resultados

76

6.1 Etapa 1 - Comprometimento

Na reunião com a diretoria no dia 15/09/05, foi apresentado o Plano de

Pesquisa-Ação, sendo que foram discutidos os seguintes itens:

Identificação da situação problemática: Chegou-se à conclusão de que não

há um planejamento de modo formalizado, para os próximos anos da Latin

Tec. Entretanto, há um consenso de que já existe uma estratégia que é vivida

nas ações do dia-a-dia da empresa e está proporcionando o crescimento

atual da empresa. Porém ela esbarra em alguns problemas: Quais serão as

próximas oportunidades? Quais serão as próximas ameaças

A linha de serviços atual é adequada? Identificamos que caso a empresa

não desenvolva algum tipo de reflexão e atualização, a estratégia atual

poderá comprometer o desempenho da empresa no longo prazo. A diretoria

decidiu antecipar-se e aproveitar esta oportunidade e irá elaborar com o

estagiário André Becker nesta pesquisa um planejamento estratégico para

definir os rumos do crescimento da empresa nos próximos anos.

Aprovação da sistemática da pesquisa-ação: Após negociações e

discussões em conjunto, com o estagiário André Becker e com os diretores da

77

Latin Tec, foram definidas a sistemática para o prosseguimento da pesquisa-

ação através de grupos de trabalho e discussão:

a) Foco: Cada diretor irá concentrar-se na sua respectiva área de

atuação dentro da empresa e também contribuirá participando dos

debates sobre o funcionamento da Latin Tec;

b) Qualidade dos Dados: Para a pesquisa serão utilizados dados

internos (relatórios, balanços, cadastros, registros, etc.) e dados

externos (jornais, associações, sindicatos, revistas, etc.) para que

ocorra o máximo de aproximação com a realidade do mercado;

c) Sigilo: Dados sigilosos ou críticos serão filtrados e adaptados à

publicação, com a condição de restringi-los à publicação nos meios

acadêmicos;

d) Aprovação: Os dados serão publicados, mediante revisão dos

resultados e assinaturas dos diretores em autorizações para a

publicação;

78

e) Revisão: Ao final de cada etapa haverá uma ANÁLISE CRÍTICA por

todos, caso hajam divergências, será feito o levantamento de dados

para obter a melhor proposta de ação.

Cronograma: Foi ajustado e aprovado o cronograma da pesquisa.

Comprometimento: A direção definiu os limites da pesquisa, que será

concentrada na estratégia atual da empresa, identificada através de suas

principais ações estratégicas de posicionamento no mercado altamente

competitivo de telecomunicações. Portanto, a direção e o estagiário André

Becker confirmam o seu comprometimento mútuo, para garantir as condições

necessárias para o bom andamento da pesquisa.

Após esta reunião foram entregues aos sócios o apêndice nº III, contendo os

questionários 01, 02 e 03, que serão desenvolvidos durante os próximos seminários

exploratórios.

6.2 Etapa 2 – Seminários Exploratórios

Nestas etapas foram analisados os resultados dos questionários 01 e 02,

79

referentes ao Macro e Micro Ambiente da organização. Houve uma

complementação com dados atuais, tanto internos como externos.

6.2.1Seminário Análise Ambiente Externo

6.2.1.1 Ambiente Externo - Tecnologia

O mercado de atuação da Latin Tec é TI e Telecomunicações. Conforme o

censo 2005 do SEPRORGS há no RS 9.138 empresas ativas na área de TI, sendo

que a atividade principal de 79,10% está na área de serviços, 90,50% não possuem

filiais, 95,10% não possuem nenhum tipo de certificação de qualidade.

FIGURA 12 – Brasil – Crescimento Telecomunicações

80

FIGURA 13 – Brasil – Receita Líquida Telecomunicações

Os diretores tem acompanhado, constantemente, o setor de telecomunicações

e TI através de reuniões no SEPRORGS, na FEDERASUL e direto no mercado,

podendo afirmar que este setor está caracterizado por

SERVIÇOS: Forte presença do foco em serviços (79,10%);

COMPETITIVIDADE: Grande competição local caracterizada por

pequenas empresas, que realizam guerras de preços e assediam

constantemente clientes allheios com ofertas de preços baixos.

81

CRESCIMENTO: Há grandes margens de crescimento, como podemos

constatar através do aumento da receita líquida e do número de

empresas nas FIGURAS 12 e 13. Entretanto, devido aos altos custos do

setor, as margens de lucros são reduzidas. Somente as empresas com

uma qualificação administrativa e técnica superior irão sobreviver.

As principais oportunidades de crescimento são o “VOIP”-Voice Internet

Protocol e o Gerenciamento de Rede. Na área de Gerenciamento de Redes,

conexão gerenciada, a Latin Tec está procurando firmar em breve uma parceria para

poder oferecer este tipo de serviço. A direção também está desenvolvendo a

prospecção de clientes para esta linha de serviços. Hoje, outubro-2005, o

faturamento desta linha de serviços é Zero. A Latin Tec está desenvolvendo novos

negócios com VOIP-Voice Internet Protocol, é um protocolo de voz na internet, trata-

se da transmissão de voz através da internet. A vantagem desta tecnologia é

proporcionar uma redução drástica nos custos telefônicos.

A oportunidade está em oferecer os componentes eletrônicos, os modens, que

possibilitam este tipo de conexão dos computadores com a internet. O diretor Glauco

Nunes participou da conferência Telexpo Voip, de 23 a 24/08/05 e destaca que a

grande tendência do mercado de telecomunicações é a convergência de voz e

dados através do Voip. Esta tendência já está evidente, podendo ser até

82

comprovada através da imprensa:

Newsletter Valor Econômico/ Nº 887: Ligação pela internet atrai o varejo e

força reação de teles:

“.... O número de prestadores de serviço do VoIP vem crescendo - há 24 também voltados para o assinante doméstico, entre os 32 existentes, que atendem principalmente o mercado corporativo.... As grandes operadoras de telefonia também se preparam para oferecer o serviço, que se tornou a maior ameaça a seus negócios. Telemar e Brasil Telecom (BrT), que já operam com a tecnologia para empresas, têm planos de chegar ao usuário doméstico ainda este ano... Hoje o mercado potencial é o de 2,89 milhões usuários de banda larga (dados de junho) no país. No cálculo do PIB do segundo trimestre, o IBGE identificou queda de 18,7% nas receitas com longa distância em relação ao mesmo trimestre de 2004. A redução é parcialmente atribuída às novas tecnologias.”(2005)

Newsletter Amanhã / Nº 576: Utilização do VoIP deve triplicar em 2006:

“...No Brasil, a utilização da telefonia de voz sobre protocolo de Internet (VoIP) deve triplicar até o final de 2006. As ligações pela Internet devem somar 300 bilhões de minutos no próximo ano - contra 100 bilhões registrados em 2004. "Ao longo dos próximos cinco anos, o uso de VoIP continuará crescendo em grande velocidade, principalmente no setor corporativo.”(2005)

A Latin Tec trabalha desde janeiro de 2005, no Brasil, em parceria com a

Comtrend Corporation com sede e fábrica em Taiwan. É uma empresa que já atua

na Europa e nos Estados Unidos, distribuindo estes modens que permitem a

conexão VOIP na internet. A Latin Tec está desenvolvendo um trabalho de

certificação dos modens da Comtrend junto à ANATEL, para que estes componentes

83

atendam a legislação brasileira e possam ser comercializados no Brasil.

A Latin Tec está focando em clientes corporativos, tipo pequenas operadoras

de telefonia fixa, que necessitam destes tipos de modens para oferecer junto com o

acesso à internet. Atualmente, outubro de 2005, a Latin Tec faz um trabalho de

prospecção com a Intelig, uma operadora de telefonia de Minas Gerais. Os sócios

concordam que a principal ameaça tecnológica para a Latin Tec é a restrição a

recursos financeiros, o que pode limitar o acesso à contratação de recursos

humanos mais qualificados. Por exemplo: A contratação de um engenheiro

eletrônico com alta qualificação exige uma remuneração superior, o que hoje a Latin

Tec não teria condições de suportar no seu orçamento.

6.2.1.2 Ambiente Externo – Político / Social

Quanto ao ambiente político e social há uma tendência que 2006, um ano

eleitoral que se aproxima, a atividade econômica sofra um resfriamento, em função

da indefinição do futuro político do país. Há um temor constante de que a crise

política extrapole e contamine a economia, o que entretanto, até o momento não tem

ocorrido.

84

6.2.1.3 Ambiente Externo – Economia

Os sócios concordam unanimemente que as maiores ameaças são a alta carga

tributária, a alta taxa de juros (19,50% ao ano/outubro 2005) e uma possível

redução geral de toda a atividade econômica do país. Quanto à carga tributária a

empresa contribui com vários impostos diretos ligados à prestação de serviços, o

que diminui a margem de lucro. A empresa está inserida como optante pela

tributação pelo Lucro Presumido, havendo a incidência dos seguintes impostos que

vemos na FIGURA 14. A Latin Tec paga no total 43,65% de impostos sobre

prestações de serviços. Os sócios concordam que no atual momento é vantajoso

continuar optando pela tributação da empresa como tipo Lucro Presumido, pois

conforme UENO

“...é a forma simplificada para a determinação da base de cálculo do Imposto de Renda destinado às pessoas jurídicas que não estão obrigadas à apuração com base no lucro Real. O IR com base no lucro presumido será determinado por período de apuração trimestral, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.”(2004)

No atual momento a empresa ainda está num processo de aprimoramento dos

seus controles administrativos e financeiros, portanto ainda não teria condições de

ser tributada como empresa tipo Lucro Real. Outro problema são os encargos

sociais referentes aos funcionários como Vale Refeição, Vale Transporte e FGTS.

No total os encargos sociais custam 100% do salário de um funcionário efetivo com

carteira assinada. O total do capital social da Latin Tec é de R$ 30.000,00 , o que

situa a empresa num nível intermediário pelo menos no Rio Grande do Sul,

conforme censo do SEPRORGS 25,9% das empresas gaúchas possuem capital

85

social entre R$ 10mil a R$ 50mil, apenas 4,8% possuem capital social entre R$

50mil e R$ 100mil.

FIGURA 14 – Impostos Lucro Presumido 2005, adaptado de Ueno

No ano de 2004 a Latin Tec teve um faturamento bruto de R$ 650.544,96 e um

prejuízo de R$ (-18.059,68). No período de Janeiro a Agosto de 2005 teve um

faturamento bruto de R$ 720.237,92 e um lucro neste período de R$ 104.845,69.

86

Este quadro atual de faturamento da Latin Tec, conforme o censo do SEPRORGS, já

posiciona a empresa numa faixa restrita de 2,30% das empresas do RS que

possuem faturamento anual entre R$ 720mil e R$ 1,2 milhões em 2004. Sobre as

condições macro-econômicas brasileiras, as maiores preocupações dos sócios são

sobre: Taxa de Juros, a Inflação e o aquecimento da economia.

A) JUROS: Quanto à alta de juros,19,50% ao ano Setembro-2005,

os sócios mantém a expectativa que nos próximos meses haja

uma tendência de queda dos juros em função do ano eleitoral

que se aproxima. Apesar do seu alto custo para toda a

economia:

Juros a 8,39% do PIB:

“...o Banco Central divulgou os últimos números relacionados aos juros da dívida pública, que representam 8,39% do PIB com a soma de R$ 105,68 bilhões, de janeiro a agosto deste ano. Apesar de o setor público ter conseguido economizar um volume de R$ 78,93 bilhões nas contas, o peso dos juros acumulado elevou a dívida para R$ 973,65 bilhões. Essa foi a carga mais alta da história iniciada em 1991 para esse período. A relação entre a dívida pública e o PIB é um dos indicadores mais importantes levados em conta por analistas e investidores para avaliar o grau de vulnerabilidade da economia.” FONTE: Correio do Povo, 08/09/2005.

Concluímos que havendo este possível afrouxamento nos juros haverá uma

tendência de aquecimento na economia, apesar da vulnerabilidade da economia.

87

Mantendo-se o aquecimento de toda atividade econômica do país, a empresa será

beneficiada, pois atende a todos os setores da economia do país, principalmente o

setor de serviços, responsável por 55,70% da economia brasileira em 2002,

conforme FIGURA 15 – PIB/2002.

FIGURA 15 - PIB – Brasil 2002, adaptado da FEE-Núcleo Contabilidade

Social, www.fee.tche.br

B) INFLAÇÃO: Acreditamos que a inflação deva prosseguir sob

controle, por enquanto este cenário está sendo garantido pelo

atual governo, apesar da alta dos combustíveis e do impacto

negativo do baixo câmbio do dólar americano. A incerteza sobre

o futuro da inflação ficará para 2006, ano eleitoral de tensões

políticas que afetam a economia:

IGP-10 é Negativo pela Quarta Vez Consecutiva:

88

“...O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de setembro apontou deflação pela quarta vez consecutiva, registrando neste mês um recuo de preços de 0,69% ante (-0,52%) em agosto... a inflação permanece sob controle e com perspectivas favoráveis...foi a deflação mais intensa nos preços ao consumidor desde setembro de 1998...O IGP-10 acumula elevações de 0,57% no ano e de 2,42% em 12 meses(Gráfico – Evolução IGP-10 / 2005).” FONTE: Jornal do Comércio-Porto Alegre, 08/09/2005.

FIGURA 16 – Evolução IGP-10/2005, adaptado do Jornal do Comércio 08-09-

05.

País Vive Deflação Sem Crise:

“...o Brasil começa a aprender a conviver com a deflação...o atual ciclo de quedas de preços é o mais intenso dos últimos 50 anos, segundo a FGV-Fundação Getúlio Vargas...outros índices divulgados esta semana ajudaram a reforçar a aposta de que a inflação atingirá o alvo da meta definida para este ano pelo Banco Central-BC de 5,10%. O mais esperado foi o Índice de Preços ao Consumidor-IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e também serve como referência para o BC, que teve inflação de 0,17% em agosto, com desaceleração sobre a taxa de julho de 0,25%. Com o resultado o IPCA acumulou inflação de 3,59% no ano – o menor patamar desde 1998 e bem abaixo da registrada no mesmo período de 2004 de 5,14%.” FONTE: Gazeta Mercantil-São Paulo, 08/09/2005.

89

C) AQUECIMENTO DA ECONOMIA: Projetamos que o nível da

atividade econômica no setores de TI e Telecomunicações tem

permanecido aquecido em 2005, correspondendo com a

previsão de crescimento da economia em torno de 3,00% do

PIB para 2005.

IPEA Prevê Trimestre Fraco:

“ ...o crescimento da economia no terceiro trimestre ficará em 0,80% segundo o IPEA-Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.. para o ano, o IPEA reviu para cima a taxa de expansão do Produto Interno Bruto-PIB, de 2,80% para 3,50%...a demanda doméstica ficou inalterada entre junho e setembro, nos 3,3 pontos percentuais...o que explica a mudança na projeção do PIB é especificamente a demanda externa.” FONTE: Gazeta Mercantil-São Paulo, 08/09/2005.

Deve ser considerada uma taxa modesta, em comparação às previsões de

crescimento das economias de outros paises emergentes, conforme podemos

constatar na FIGURA 17 – Previsões Crescimento Econômico/2005. Verificamos que

permanece constante o impacto negativo da alta taxa de câmbio do dólar, pois

influencia diretamente os preços de alguns equipamentos de rede importados.

Alguns equipamentos de tecnologia avançada ainda não possuem fabricação

nacional, portanto há a necessidade de recorrer a um fornecedor internacional,

impactando na formação do preço de alguns serviços especiais de rede.

90

FIGURA 17 – Previsões Crescimento Econômico/2005, adaptado de Fundo

Monetário Internacional / Setembro-2005, acessado em

http://www.swedcham.com.br/pdf/Bol_Internacional.pdf.

6.2.1.4 Ambiente Externo – Geográfica

Quanto à localização geográfica da Latin Tec, podemos identificar quais são

as principais vantagens e prejuízos, conforme FIGURA 18 – Análise Geográfica.

91

FIGURA 18 – Análise Geográfica

As maiores ameaças da localização da Latin Tec são a segurança e a sala

92

pequena. A segurança, pois está ocorrendo uma onda de assaltos a empresas no

bairro Navegantes – Zona Norte de Porto Alegre, havendo portanto a necessidade

de investimentos, voltados à proteção patrimonial, para a prevenção de assaltos.A

atual sala é pequena, não oferecendo condições de abrigar a equipe de apoio,

administrativa, da Latin Tec. Conforme o censo do SEPROROGS 58,40% das

empresas gaúchas possuem apenas atuação no nível local, 18,50% atuam no nível

nacional. Os sócios acreditam que a empresa deve manter o foco de ação

concentrado no eixo sudeste do Brasil, o coração econômico do país ( conforme

FIGURA 19- Receita Regional Telecomunicações – 2001) pois é de lá que ainda sai

90% do faturamento da empresa.

FIGURA 19 – Receita Regional Telecomunicações – 2001, Fonte: IBGE,

Diretoria de Pesquisas, Departamento de Comércio e Serviços, Pesquisa Anual de

Serviços 2001.

93

Constatamos que a empresa abrirá mais uma filial no interior do estado de

São Paulo, com o objetivo de atender a obras de infra-estrutura de rede de

computadores. Principalmente atendendo a pedidos de AGENTES DE NEGÓCIOS,

pessoas físicas, autônomos que geralmente atuam no mercado de construção civil,

empreiteiras e mudanças. Está comprovado pela experiência dos sócios que estes

setores possuem muita demanda por novas obras de infra-estrutura.

6.2.1.5 Ambiente Externo - Legal

Os sócios identificaram as seguintes restrições que a Latin Tec enfrenta no

escopo legal são:

Técnicas: Para que possa desenvolver as suas atividades normalmente, a

Latin Tec possui o engenheiro Glauco Allem Nunes como o engenheiro

responsável técnico junto ao CREA. É uma exigência obrigatória do

CREA, pois a empresa também realiza obras na área de engenharia. Para

tanto deverá pagar anualmente uma taxa ao CREA. Dependendo do tipo

de obra será emitida a ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, que

é um atestado da garantia técnica do serviço prestado na obra.

94

Certificações: A Latin Tec oferece garantias das suas obras realizadas e

do material empregado, com duração mínima de 1 ano. Por exemplo: os

cabos e equipamentos da Furukawa, tem esta garantia. Estão em

processo de certificação os equipamentos de VOIP da COMTREND, pois

eles são “made in Taiwan” e necessitam adequar-se tecnicamente à

legislação da ANATEL

Legislação VOIP: Não há no momento uma definição sobre como a

ANATEL irá regulamentar estes serviços de VOIP. Devido a dificuldade,

pois não há como monitorar na internet a utilização deste serviço.

6.2.2 Seminário Análise Ambiente Interno

6.2.2.1 Ambiente Interno – Administrativo

A matriz localiza-se em Porto Alegre, há escritórios virtuais em São Paulo e

Rio de Janeiro, também possuímos representantes em Florianópolis e Curitiba. Na

matriz são realizadas as atividades de apoio: call-center, administração, financeiro e

recursos humanos. A contabilidade é terceirizada. Há escritórios de assessoria de

recursos humanos que auxiliam os diretores na seleção de pessoal.

95

FIGURA 20 – Organograma Latin Tec

As filiais concentram-se nos serviços de Suporte a Conexão, no momento não

são prestados serviços de Infra-Estrutura nas outras filiais. A estrutura atual da Latin

Tec é composta pelos seguintes setores: Apoio (administrativo, financeiro, RH e Call

Center), Operacional ( Suporte e Infra-Estrutura) e Vendas (diretores), ver FIGURA

20. Na filial de São Paulo também são realizadas atividades de prospecção de

novos negócios com a COMTREND na região Sudeste do país. No escritório de São

Paulo está alocado um engenheiro que está dedicado 100% do tempo para o

desenvolvimento dos negócios da COMTREND. O engenheiro presta serviços como

cooperativado. Os diretores fundamentam as ações da empresa pela busca de

operações vantajosas, com saldo financeiro positivo para a empresa e satisfatória

96

para os clientes. Os diretores procuram concentrar suas competências dentro das

suas áreas de atuações: TI e Telecomunicações

6.2.2.2 Ambiente Interno – Comercial

A força de vendas é descentralizada e realiza o acompanhamento da

satisfação dos clientes. Os sócios definiram o alinhamento da Latin Tec, através da

oferta de serviços altamente especializados e qualificados, nas áreas de TI e

Telecomunicações. A Latin Tec oferece estes serviços, através da seguinte carteira

de serviços: Infra-Estrutura, Suporte à Conexão, Conexão Integrada e Conexão

Gerenciada. Conforme podemos ver na FIGURA 20.

1) Infra-estrutura: A Latin Tec oferece soluções completas em conexão física

para o funcionamento da infra-estrutura física de redes de seus clientes, do projeto à

execução. Havendo diferentes tipos de serviços nesta linha de Infra: Por ponto, para

mudanças e por projeto. De acordo com a necessidade do cliente, são instalados

novos pontos de acesso à rede física de comunicações do cliente. A empresa cliente

realiza uma mudança de sede e necessita que a sua rede, na nova sede, esteja com

100% de condições de funcionamento ao iniciar as atividades. Atrasos na execução

são inadmissíveis. É o processo de implantação de novos projetos de redes,

podendo ocorrer através de uma nova rede ou da atualização de uma rede. Envolve

as etapas de negociação com o cliente, através da identificação das necessidades

da rede, proposta orçamentária e cronograma.

97

FIGURA 20 – Resumo / Carteira de Serviços

2) Suporte à Conexão: O serviço de suporte à conexão, é garantir que as

redes de comunicações tenham condições de suportar o tráfego de informações,

através da rede e dos equipamentos dos clientes. A Latin Tec oferece diferentes

98

níveis de serviço de suporte à conexão, através da firmação de contrato de

prestação de serviço, os clientes são atendidos por meio de um “call center”(51-

33436919) e uma equipe qualificada de técnicos de informática.

O Call Center da Latin Tec é dedicado exclusivamente à coordenação das

equipes técnicas em campo. Isto é feito através do atendimento dos clientes, há a

geração de um número de identificação do chamado – é o “ID (ái-dí)”. Este número é

consolidado numa planilha de controle de chamados, que monitora o

desenvolvimento das atividades. Há dois tipos de chamados dos clientes:

Pronto Atendimento: Exige o deslocamento imediato da equipe da Latin Tec,

para resolução do problema do cliente. A aceitação do chamado deve acontecer no

prazo máximo de 15 minutos. O tempo de deslocamento do técnico até o cliente

dependerá do contrato firmado entre a Latin Tec e o cliente. Agendamento: São

programadas as datas e horários para os atendimentos dos técnicos. Através de

contato telefônico os técnicos, das diferentes unidades da Latin Tec, são agendados

previamente os atendimentos. Há vários níveis, adequados às necessidades dos

diferentes clientes:

Suporte à Conexão – Serviço Remoto: Serviço dedicado a manter as

condições de funcionamento da rede, através de ações por telefone ou acesso

remoto (quando possibilitado pela rede). Visa a garantir uma rápida resposta às

falhas das redes dos clientes.

99

Suporte à Conexão – Serviço Planejado: È a realização de manutenção

preventiva em equipamentos e no ambiente de rede. Visa diminuir os custos dos

com as falhas nas operações dos clientes, devido às paradas indesejadas na rede.

Suporte à Conexão – Serviço “on site”: Serviço dedicado às redes críticas,

que não podem falhar. Através de uma ampla cobertura geográfica a Latin Tec

possibilita este serviço nas seguintes modalidades: 24 X 7 ( 24 horas por dia, 7 dias

por semana) – 8 X 5 ( 08 horas por dia, 5 dias por semana). Cada atendimento é

gerado através de “chamados” dos clientes.

Suporte à Conexão – Instalação e Manutenção: De acordo com o nível de

serviço contratado, a Latin Tec solucionará problemas com quebras de

equipamentos. Permitindo ao cliente manter-se concentrado no seu foco de negócio.

Suporte à Conexão – Operação de Centros: São alocados técnicos, dentro

das empresas clientes, que irão garantir o perfeito funcionamento das redes de

comunicações.

3) Conexão Integrada: Significa que a Latin Tec gerencia as atividades

inerentes ao processo de implementação de uma nova rede ou de alterações em um

rede já existente, tais como: a) Levantamento das necessidades do cliente, b)

Inspeção das instalações do cliente (“site survey”), c) Seleção dos fornecedores e

apresentação das alternativas ao cliente, d) Concepção e projeto da rede, e)

100

Integração e configuração dos equipamentos (“staging”), f) Instalação e teste dos

equipamentos, g) Implementação do projeto e h) Gerência de todas as atividades –

Gerência de Projeto. A principal vantagem deste serviço é permitir ao cliente

dedicar-se ao seu negócio central, enquanto a Latin Tec fica responsável pela busca

dos componentes necessários de diversos fabricantes, compondo a melhor solução

custo-benefício.

4) Conexão Gerenciada: Permite o monitoramento da rede do cliente, por 24

horas do dia pela equipe da Latin Tec, quando ocorrer algum problema as equipes

de campo serão acionadas solucionando o problema da rede. Garantindo a

funcionalidade da rede.

Todos estes serviços oferecidos estão registrados no site da empresa:

www.latintec.com.br que funciona como um importante canal de comunicação com

os seus clientes. Os sócios definiram que a precificação é feita em função do custo,

da oportunidade e do mercado de atuação.O ponto de distribuição é feita através da

abrangência das filiais nos estados de SP, RJ, PR e SC. Isto possibilita uma grande

capilaridade e agilidade nas prestações de serviços. No nível de promoções,

mediante negociações, a empresa pode promover: Descontos e Prolongamento de

prazos de pagamento.

Na área de pesquisa mercadológica a empresa realiza ações de

monitoramento do mercado, prospecção de novos clientes e prospecção de novas

101

oportunidades de serviços. Através da presença em feiras do setor, feiras de

negócios no Brasil e no Exterior, atualização com jornais e revistas do setor.

Atividade esta principalmente realizada na figura do sócio Glauco Nunes, que

participou em 23/08/05 na Telexpo-2005 na cidade de São Paulo e participará da

Futurecom em 24/10/05 na cidade de Florianópolis. Através de contatos pessoais

por meio da seleção de clientes de determinados setores da economia – um setor

muito explorado é a área da saúde, já tendo parcerias com a Unimed e o Hospital

Moinhos de Vento. Através da identificação das necessidades reais e futuras dos

clientes Estas atividades são realizadas pelos 3 sócios que se coordenam o

andamento das atividades acima. Através do sócio majoritário, Glauco Nunes, a

Latin Tec orientou a seguinte estratégia e direcionamento de sua força de vendas:

Diversificação dos Serviços; Qualificação Superior dos Serviços Prestados e

Redirecionamento das metas de vendas de serviços.

A diversificação de serviços busca atender as diferentes e amplas

necessidades dos clientes.Os sócios entendem que para a Latin Tec manter e

principalmente aumentar a sua fatia de mercado, em serviços de suporte de

conexão, é necessário oferecer um serviço superior. Nesta área de suporte a

conexão existe uma constante guerra de preços com pequenas empresas

oferecendo preços baixos, para conquistar clientes. Este serviço superior em

Suporte de Conexão tem por finalidade diferenciar-se dos demais concorrentes,

através da oferta de atributos como: Rapidez, Responsabilidade, Garantia e

Qualidade no Atendimento. O serviço superior também é considerado crítico nas

demais linhas de serviço. No Redirecionamento de vendas, a nova meta é aumentar

o volume de obras de serviços de infra-estrutura, para diminuir a atual dependência

102

dos serviços de suporte de conexão. Em abril de 2005, o principal cliente a Equant

do Brasil, era responsável por 94,51% ( (R$ 65.817,27) através de serviços de

suporte a conexão, do faturamento bruto da Latin Tec (R$ 69.637,29). Havia apenas

5,49% (R$ 3.820,02) de faturamento de serviços de infra-estrutura. Em maio de

2005, foi implantada a área de infra-estrutura com a contratação de um diretor para a

área: Paulo Rocca. Em setembro de 2005, já houve uma diminuição da dependência

dos serviços de suporte a conexão,a Equant responde por 91,03% (R$ 144.469,33),

com serviços. Em Setembro de 2005 os 8,97% (R$ 14.232,69) restantes são

resultado de serviços de infra-estrutura a clientes diversos. Conforme exposto na

FIGURA 21.

FIGURA 21 – Latin Tec – Faturamento ABRIL-SETEMBRO/2005

Há um sistema de comissionamento, o diretor operacional e o diretor de infra-

estrutura, recebem 2,00% sobre o faturamento bruto sobre as suas respectivas

áreas. Em Junho/2005, através de uma assessoria de marketing, a empresa realizou

uma reformulação na sua comunicação visual. O resultado foi uma renovação da

marca da empresa, do seu logotipo e do site da Latin Tec. A empresa está

103

associada a: SEPRORGS, SINDPPD e FEDERASUL.

6.2.2.3 Ambiente Interno – Operacional

São 2 diretores alocados na área operacional, há atualmente 4 linhas de

serviços já consolidados: Diretor de Infra-Estrutura – Paulo Rocca, responsável

pelos Serviços de Infra-Estrutura e Diretor Operacional – Miltom Ávila, responsável

por: Serviço Suporte à Conexão, Serviço de Conexão Integrada e Serviços de

Integração de Sistemas. Há uma 4ª área de serviços sendo desenvolvida: Conexão

Gerenciada / Serviço de Gerenciamento de Rede.A empresa está firmando uma

parceria com uma empresa, em breve, para capacitar-se à oferecer este tipo de

serviço. Na área de Infra-Estrutura, há uma equipe de 5 instaladores, que estão

alocados na matriz em Porto Alegre. O Gerente de Infra-Estrutura acompanha o

fluxo operacional da sua área, através das etapas de: Planejamento,Coordenação

da Equipe e Inspeção.

Na área de Suporte, há 16 técnicos, que estão alocados na matriz em POA e

nas filiais de SC, PR, SP e RJ. O Gerente Operacional acompanha o fluxo

operacional da área de suporte, através das etapas de: Call Center - Realiza a

coordenação das atividades. Recebe todos os chamados (por nº de identificação

individual – o ID) para atendimentos e faz a programação de datas e horários com os

técnicos da matriz e das filiais. Atendimentos: Os técnicos fazem os atendimentos

em campo ou em “site” , fazem o retorno para o call-center informando a conclusão

104

do atendimento e o encerramento do nº de ID. Quinzenalmente há o envio dos

relatórios de Chamados - FER, e remessa de relatórios de despesas para controle

dos serviços prestados. Apoio: O call center faz o controle e acompanhamento das

atividades. Há uma auxiliar administrativa que auxilia no controle dos relatórios e de

gastos.

Os controles operacionais são feitos através de planilhas específicas. Na área

de infra-estrutura são realizados: Controle Orçamentário: Previsão de gastos para

cada obra; Cronograma: Controle e previsão das atividades da equipe da infra. Na

área de suporte: Planilha de FERs –Fiedl Engineering Report: Consolida todos os

chamados, locais, datas, horários e números de identificação-ID. Planilha Despesas

de Chamados: Informa as despesas ocorridas nos atendimentos.

A direção realiza um acompanhamento constante dos resultados operacionais,

com base em indicadores de Resultados Financeiros de: Faturamento: Através de

acompanhamento semanal do total dos valores recebidos, faturados pela empresa e

Resultado Financeiro: Após o pagamento de todas as despesas e impostos, é feita

uma avaliação da margem de lucro final dos serviços prestados. Em setembro de

2005, o Call Center rompeu a barreira dos 500 atendimentos, as equipes de técnicos

em campo atenderam a 633 de chamados de clientes. Conforme FIGURA 22 –

Produção Atendimentos abaixo, que demonstra a produção do Call Center da Latin

Tec em 2005. A meta para 2006 é realizar uma média mensal de 900 chamados.

105

FIGURA 22 – Produção Atendimentos Suporte a Conexão

6..2.2.4 Ambiente Interno – Recursos Humanos

As atividades essenciais de gestão de pessoal são terceirizadas, junto ao

escritório de contabilidade da empresa, onde são realizadas as atividades de:

Contabilidade, Cálculo de folha de pagamento, Cálculo de rescisões, Emissões de

contratos de admissão. Na parte operacional do RH o setor financeiro apóia com a

organização e atualização de controles de Vale Transporte, Vale Refeição e

106

documental. A seleção é feita através de escritório terceirizado de seleção de

pessoal. O gestor de cada área acompanha e aprova o processo de seleção e

admissão para a sua área. Há um baixo nível de absenteísmo, pois há flexibilidade

na organização de horários de trabalho. Entretanto, há um nível moderado de

rotatividade de pessoal, pois há alguma dificuldade em manter técnicos com alta

qualificação profissional e há alto assédio de outras empresas com novas

oportunidades para os técnicos. Há uma escassez de mão de obra qualificada no

setor. Na operação de suporte, o principal destaque da motivação da equipe é a

possibilidade de atualização e aumento do capacitação tecnológica.

A política de incentivo é feita através de um prêmio de produtividade, são os

Chamados, que é remunerado em função do número de atendimentos realizados

pelo técnico de campo no mês. É controlado através de relatório de atendimento,

cada atendimento possui o seu número de atendimento, é o FER-Field Engineering

Report. A empresa incentiva e paga, treinamentos de capacitação técnica para os

seus técnicos, mediante negociação com o diretor da área responsável. No período

de experiência, o funcionário é orientado sobre as suas rotinas operacionais do dia-

a-dia. O supervisor e o diretor da área acompanham constantemente o resultado da

evolução do funcionário. A utilização intensiva de tecnologias complexas e a oferta

de serviços qualificados exigem, obrigatoriamente, um quadro de funcionários

melhor preparado. Além de investimentos e treinamentos para a capacitação dos

funcionários. Em abril de 2005, a folha de pagamento de pessoal foi de R$

17.143,92 contando com 15 colaboradores. Em setembro de 2005, a folha de

pagamento de pessoal foi de R$ 39.341,96 , contando com 32 colaboradores. Isto

representa um aumento de 21,82% no valor da folha de pagamento e um aumento

107

de 83% no tamanho da equipe. Conforme censo de informática da SEPRORGS, a

atual situação coloca a empresa num pequeno grupo com remuneração acima de R$

20.000,00 (3,70%) e com mais de 20 colaboradores (6,80%).

6.2.3 Análise SWOT

Segue na FIGURA 23 o gráfico da análise SWOT.

6.2.3.1 Análise Crítica SWOT – Pontos Fracos

Podemos afirmar que desde 2004 a empresa está conseguindo seguir a

tendência de crescimento do setor de telecomunicações, 12,06% em 2002, segundo

IBGE. A Latin Tec aumentou em 107% seu faturamento bruto - de Abril de 2005

(R$69.637,29) até setembro de 2005(R$ 144.469,33), e está realizando melhorias

internas para manter seu crescimento e criar novas oportunidades de negócios

lucrativos. No alinhamento interno, os pontos mais fracos são Controle de Custos,

Setor Financeiro e Gestão de Pessoal.

Na área de controle de custos é necessário o desenvolvimento de indicadores

mais sofisticados, de gestão. Atualmente, outubro de 2005, o controle de custos

ainda é muito incipiente, restringindo-se a verificar se o resultado financeiro no final

do mês foi positivo. São realizadas apenas as previsões, os orçamentos de custos e

despesas dos serviços, entretanto não é verificada a lacuna de variação do

108

orçamento, entre o previsto e o realizado.

109

FIGURA 23 – SWOT Latin Tec, adaptado de PORTER (1989)

Não são identificados os motivos das variações no orçamento, não é verificado

o percentual de lucratividade de cada linha de serviços. É desconhecido o ponto de

equilíbrio financeiro da empresa. É ignorado o tempo de retorno dos investimentos,

as previsões orçamentárias limitam-se a três meses. A ausência destes indicadores

básicos de custos é prejudicial, pois não permite a identificação e acompanhamento

da lucratividade e viabilidade das diferentes linhas de serviços da empresa. Esta

ausência de controles de custos é perigosa, pois não está apoiando o processo

decisorial da empresa, este processo está focado no resultado das operações e seu

resultado financeiro final. Portanto esta ausência de controles de custos não permite

a identificação dos pontos de geração dos maiores custos, não permitindo uma

redução destes custos. Buscando a redução desta vulnerabilidade do setor

financeiro da Latin Tec, a empresa iniciou em março de 2005 uma renovação do

setor, executando uma série de ações envolvendo: equipe, contabilidade, software e

fluxo de caixa.

Em março de 2005 foi substituída a equipe financeira por uma nova equipe,

sendo que foram oferecidas novas condições de trabalho à nova equipe:

oportunidade de crescimento profissional, comunicação direta com a direção,

liberdade de método de trabalho, cultura de aprendizado e um ótimo ambiente de

trabalho. Em contrapartida a direção monitora e acompanha o time do financeiro

exigindo iniciativa e responsabilidade. A equipe está motivada e vem apresentando

110

resultados positivos, mas diariamente são apresentados novos desafios a este time,

que deve superar dificuldades e adaptar-se para manter o desempenho do setor

satisfatório.

Por ser uma empresa pequena, na Latin Tec a atividade de Contabilidade é

terceirizada, sendo realizada por um escritório contábil fora da empresa. Em

setembro de 2005 foi trocado o escritório de contabilidade, atuando um novo

escritório, que além da contabilidade está oferecendo assessoria fiscal e tributária à

Latin Tec. Esta assessoria com impostos, é muito importante, pois ela auxilia as

atividades do time financeiro no seu dia-a-dia, tirando dúvidas esclarecendo novos

procedimentos. Esta assessoria é muito necessária, pois o setor de serviços,

especialmente na área de telecomunicações e informática, possui muitas

particularidades na tributação destas atividades.

Este novo escritório, através de assessoria, já conseguiu gerar alguns

resultados positivos, no primeiro mês de atuação: A) INSS: Redução de 11% para

5,5% , da base de cálculo do INSS, nas notas fiscais de serviços e B) IMPOSTOS

ATRASADOS: Conseguimos identificar e negociar o pagamento de impostos

atrasados.

Conclui-se que apesar destas melhorias o setor financeiro ainda é um ponto

fraco da Latin Tec, pois necessita de melhores resultados em alguns aspectos, como

balancetes e atualização tributária. É necessário normalizar a rotina de interpretação

111

e análise de balancetes trimestrais. Estas análises de balancetes, devem agregar

novas e importantes informações que irão auxiliar o processo decisório da empresa.

São exemplos destas informações indicadores tais como: rentabilidade de ativos,

grau de endividamento, nível da alavancagem financeira, entre outros indicadores.

Atualmente estes indicadores não estão sendo analisados. Sobre a atualização

tributária é necessário aprofundar e acompanhar as mudanças na tributação de

impostos e identificar na legislação pontos que beneficiem a empresa, reduzindo os

valores de impostos pagos. Espera-se que até o final de 2006, o setor financeiro

deixe de ser um ponto fraco, para se tornar um ponto forte da organização.

Em maio de 2005 foi implantado um software financeiro, Chalegre, que permite

o controle de fluxo de caixa, contas a pagar e receber. O funcionamento deste

programa está permitindo o planejamento do fluxo de caixa, o que não ocorria

anteriormente. Entretanto este programa possui capacidade limitada, não permitindo

a elaboração de relatórios e indicadores financeiros mais sofisticados. É necessária

a sua substituição ou atualização para capacitar a geração de relatórios de

informações mais complexas à direção.

A gestão de pessoal necessita uma maior especialização. Devido ao fato de

hoje a Latin Tec ser uma pequena empresa, as atividades de gestão de recursos

humanos estão divididas entre direção, financeiro e escritório de contabilidade. A

direção realiza a seleção de pessoal, o financeiro é responsável pela documentação,

o escritório de contabilidade é responsável pelo cálculo da folha de pagamento e

rescisões. Esta descentralização gera alguns problemas como: comunicação

112

ineficiente, faltam controles burocráticos, lacunas de vagas e atraso de folhas de

pagamento. Os erros de comunicação podem surgir das dúvidas, que são freqüentes

nas equipes, sobre as datas de rotinas do setor de pessoal – como datas de

pagamentos de salários e benefícios. Isto acaba gerando uma comunicação

ineficiente, pois neste caso é comum ocorrer repetições desnecessárias e

desencontro de informações, gerando um desgaste de tempo e pessoal

desnecessário.

Devido a existência de filiais distantes, é necessário um cuidado maior com a

entrega de documentos ( contracheques, recibos de benefícios), a falta de algum

destes controles burocráticos pode resultar em processos de reclamatória

trabalhista. Processos estes que aumentam sensivelmente o custo de pessoal. A

Latin Tec fica fragilizada, pois falta experiência aos diretores com processos de

reclamatórias trabalhistas. Portanto todo tipo de controle burocrático na área de

gestão de pessoal deve ser efetivado, com a finalidade de preservar a empresa de

futuras reclamatórias trabalhistas. As lacunas de vagas, são as perdas financeiras

causadas pelos atrasos no preenchimento de vagas – sejam novas ou substituição

de pessoal. É necessário centralizar e agilizar o processo de seleção de pessoal,

criando um “banco de talentos”, onde serão previamente selecionados os recursos

humanos para as futuras vagas. Esta sistemática de banco de talentos é muito

interessante, pelo fato da empresa ter uma grande demanda de pessoal qualificado

e também pela organização estar em crescimento. Os atrasos em cálculos de folha

de pagamento acontecem devido às falhas dos técnicos em comunicar os dados

necessários a geração deste relatório. Um setor de pessoal, especializado -

dedicado 100% às atividade de recursos humanos, minimizaria sensivelmente este

113

tipo de problema.

A alta rotatividade de pessoal é um problema do mercado de atuação, as

telecomunicações e informática, os técnicos bem qualificados e de capacidade

técnica destacada, são assediados e levados com propostas financeiras elevadas de

empresas concorrentes. É necessário identificar as demais causas e o seu impacto,

caso contrário a empresa terá perdas nos seus investimentos em recursos humanos,

é necessário um acompanhamento constante deste indicador

6.2.3.2 Análise Crítica SWOT – Pontos Fortes

Concluímos que como pontos fortes da Latin Tec, destacam-se os setores

administrativo, operacional e vendas. O setor administrativo vem conseguindo

executar satisfatoriamente as atividades de apoio à operação, não a prejudicando.

Os diretores das áreas operacionais tem conseguido manter um alto padrão de

eficiência nas linhas de serviços de suporte a conexão e serviços de infra-estrutura.

A área de serviços de suporte a conexão tem crescido muito, aumentando 362% a

sua atividade de março-2005 a setembro-2005, o número de chamados atendidos,

em março 2005 eram 137 chamados/mensais em setembro de 2005 já são 633

chamados/mensais. Sua receita aumentou 119,5% de abril-2005 a setembro-2005,

atingindo o total em suporte a conexão R$ 144.469,33. Destacamos como pontos

fortes nos serviços de suporte um nível superior de serviço, com agilidade e

114

qualidade. As equipes de suporte mantém estes atributos através de uma

comunicação eficiente e constante, e também à autonomia delegada aos técnicos.

Esta área é focada nos resultados operacionais positivos, que garantem a

credibilidade da empresa.

A nova área de serviços de infra-estrutura, destaca-se pela agilidade, a

capacidade de adaptação e a atuação em novos segmentos para a Latin Tec. Esta

linha de serviço que iniciou em maio de 2005, está conseguindo aumentar a sua

participação no percentual total do faturamento da Latin Tec. Em maio de 2005

participava com 5,49% e em setembro participou com 8,97%. Isto é devido

principalmente a conquista de novos clientes e a atuação em novos segmentos

econômicos ( médico, construção civil, industrial por exemplo) que a Latin Tec não

atendia, mantendo a assistência às empresas com atuação na área de serviços. Os

principais atributos dos serviços de infra-estrutura são a agilidade e capacidade de

adaptação. A agilidade é a capacidade de atender a demanda de serviço num tempo

pequeno e a adaptação é atender adequadamente as necessidades dos clientes,

dentro dos orçamentos negociados.

Atualmente, outubro de 2005, a força de vendas é executada pelos diretores

de cada área, com o diretor executivo coordenando os esforços. É uma força

vantajosa pois está sendo feito um acompanhamento constante das necessidades

dos clientes, evitando assim problemas com a satisfação final do serviço. Há a

previsão em 2006 de ingresso de um vendedor especializado à vendas dos serviços

da Latin Tec, isto reforçaria ainda mais esta força.

115

6.2.3.3 Análise Crítica SWOT – Oportunidades

Através da análise SWOT, conseguiu-se identificar as seguintes

oportunidades, são estratégias já consolidadas na área de ataque da Latin Tec:

Parcerias, Vanguarda Tecnológica e Capilaridade. Também concluímos que para o

ano de 2006, há o potencial de aplicação de novas oportunidades , que já estão em

desenvolvimento na Latin Tec: Agentes de Negócios, Tele-Marketing Ativo e Força

de Vendas.

Nas estratégias consolidadas temos como destaque as parcerias, tanto com

fornecedores e clientes. As parcerias com fornecedores internacionais permitem o

acesso à tecnologia de ponta a preços acessíveis, haja vista que a empresa

estrangeira também lucra, pois a Latin Tec atua neste caso como um canal de

distribuição local destes fornecedores estrangeiros. As parcerias com fornecedores

nacionais estão focadas na concessão de maiores prazos de pagamento e

consignação de materiais. Esta estratégia de parcerias com fornecedores nacionais

permite maiores volumes de vendas a estes fornecedores, também assegura à Latin

Tec maior capacidade de financiamento das suas atividades operacionais. É

destacado também a prática de estratégia com clientes, através de melhores prazos

de pagamentos e condições especiais de serviços, isto busca fidelizar os clientes e

aumentar o nível de satisfação geral dos clientes com os serviços.

A estratégia consolidada de Vanguarda Tecnológica está ligada às parcerias

116

com seus fornecedores, pois mantém a seu time atualizado com as novidades na

área de tecnologia. Isto ocorre regularmente, através de atividades como

treinamentos, seminários e processos de certificação técnica. A estratégia

consolidada da capilaridade está ligada à oferta de serviços a uma nova região

geográfica, desde que haja a viabilidade econômica e perspectiva de crescimento da

demanda de serviços nas novas regiões. Nesta linha de atuação a Latin Tec

mantém unidades em funcionamento nos estados de RJ, SP, PR, SC e RS. Isto

possibilita uma ampla cobertura, uma capilaridade de ação dos serviços da Latin

Tec.

Constatamos que como estratégia emergente, os Agentes de Negócios

seriam indivíduos, criteriosamente selecionados, que atuariam como intermediários

para a conquista de novos negócios para a Latin Tec. Atuando principalmente na

linha de serviços de infra-estrutura, seriam indivíduos – pessoas físicas ou jurídicas,

que indicariam serviços da Latin Tec. Seriam comissionados mediante o fechamento

de um negócio. Há grande potencial de crescimento para agentes de negócios,

através de imobiliárias, condomínios, hotéis, hospitais e construtoras. Como

estratégia emergente, o Tele-Marketing ativo irá auxiliar a força de vendas. O Tele-

Marketing Ativo buscará atingir clientes potenciais dos serviços da Latin Tec, através

de meios de vendas a distância, como a internet e o telefone. As ações deste tele-

marketing ativo deverão ser realizadas por uma equipe especialmente treinada para

esta abordagem, seu planejamento tático, a definição de seus alvos, serão definidas

com base em pesquisas de mercado e demais fontes de informações de acesso

público e ético.

117

Como oportunidades para o ano de 2006, destaca-se a nova Força de

Vendas, será uma força centralizada que será realizada por um vendedor

especializado, que se dedicará integralmente a execução e planejamento das

vendas dos serviços da Latin Tec. Atualmente esta tarefa está sendo dividida entre

os diretores, executivo e das áreas operacionais, a expectativa em 2006 é o

aumento da demanda dos serviços da Latin Tec, com a atuação desta nova força de

vendas.

6.2.3.4 Análise Crítica SWOT – Ameaças

Através da análise SWOT identificamos as seguintes ameaças: capacidade

de financiamento limitada, carga tributária elevada, alta competitividade do setor,

materiais baratos, guerra de preços e risco de comoditização. A empresa necessita

financiar o seu crescimento e portanto a capacidade de financiamento limitada é

uma ameaça, pois está ligada aos altos valores de taxas de juros cobrados no

mercado para acessar linhas de crédito de capital de giro. É preocupante pois

ameaça a continuidade do negócio e ameaça também através da fiscalização com

pesadas multas de atrasos de impostos. Para enfrentar as ameaças da limitação da

capacidade de financiamento e da alta carga tributária, a Latin Tec procura

neutralizá-las através de parcerias com clientes e fornecedores. Os fornecedores

concedem maiores prazos de pagamento e aos clientes é prorrogado o maior tempo

possível a emissão das notas fiscais, prorrogando assim e emissão da cobrança de

tributos. Para enfrentar as ameaças de alta competitividade do setor, dos materiais

baratos, da guerra de preços e do risco de comoditização, a Latin Tec apoiar-se nos

atributos dos seus serviços. Destacam-se como atributos das suas linhas de

118

serviços: qualidade, adaptação, agilidade, diferenciação e um nível superior de

serviço.

6.3 Aprendizado

6.3.1 Reformulação Diretriz Estratégica

Nesta etapa de aprendizado foi feita uma análise da estrutura estratégica atual

da Latin Tec, através dos resultados do questionário número 03. Foi realizada uma

crítica em conjunto, sobre a estratégia atual em curso e também a elaboração de um

novo modelo de planejamento estratégico para o ano de 2006. O novo modelo de

planejamento estratégico resumido encontra-se no apêndice nº IV.

6.3.2 Missão

Após serem consideradas as premissas básicas do negócio central da Latin

Tec (Conectividade, Rapidez, Qualidade, Assistência ao Cliente, Integração),

definimos em conjunto a missão organizacional da Latin Tec para o ano de 2006.

Esta missão buscará alinhar todo o time Latin Tec (matriz e filiais) para o rumo do

crescimento no setor de telecomunicações e tecnologia da informação: Oferecer

serviços qualificados, através de soluções de conexão de redes para clientes

corporativos, com uma garantia superior.

119

5.3.3 Visão

Concluímos que no setor de telecomunicações e TI há uma profunda

necessidade de renovação das estruturas das organizações. Isto acontece devido às

constantes mudanças tecnológicas e à fluidez das novas necessidades do mercado.

Abaixo estabelecemos uma meta, uma posição futura para daqui a 5 anos, esta

visão irá alimentar a renovação e aperfeiçoamento da Latin Tec.

5.3.4 Objetivos

Foram definidos os seguintes macro-objetivos estratégicos:

Objetivo Principal:

Tornar-se em 2006, uma média empresa consolidada nacionalmente como

prestadora de serviços de conexão de redes, no segmento de Telecomunicações e

TI.

Objetivos Secundários:

Aumento de 40% do faturamento, meta para 2006: R$ 2.500.000, procurando

realizar uma melhor diversificação das linhas de serviços no faturamento: 35 %

Serviços de Infra-Estrutura, 35 % Serviços de Suporte a Conexão, 15 % Serviços de

Conexão Gerenciada e 15 % Serviços de Conexão Integrada. Aumentar a base de

clientes em 300%, o número de clientes atendidos diretamente. No resultado

120

financeiro se buscará alcançar a margem de lucro operacional na faixa de 23% a

25%. No nível estrutural serão buscadas os seguintes objetivos: Um novo escritório

em Porto Alegre, com melhores condições de segurança. Abertura de uma nova filial

no interior de São Paulo e regularizar a situação cadastral dos escritórios virtuais.

5.3.5 Valores

A direção transmite e reforça os seguintes valores na organização:

Ética – Em todos os níveis da organização, tanto internamente como

externamente. Exemplo 01: Mantendo todos os impostos em dia, não

cometendo sonegação de tributos e preservando a sua contabilidade dentro

das normas contábeis. Exemplo 02: Perfeito cumprimento de contratos de

prestações de serviços, corrigindo eventuais falhas, durante ou após a

prestação do serviço.

Igualdade – Não há distinção, ou privilégios independente do nível

hierárquico ou tamanho do cliente. A empresa busca um patamar superior de

profissionalização dos seus recursos humanos. Exemplo 03: Há uma

comunicação direta entre os níveis hierárquicos, para solução de problemas e

busca de melhorias. Exemplo 04: Todos os incentivos financeiros são

concedidos com base na meritocracia e no seu desempenho (Remuneração

de Chamados em Função de Produtividade).

121

Autonomia – É estimulada a iniciativa no desenvolvimento das atividades e é

cobrada a responsabilidade dos funcionários. Exemplo 05: Através da

comunicação direta, há um acompanhamento dos técnicos em campo, que

devem solucionar problemas de percurso até a finalização do chamado. Neste

caso a iniciativa dos técnicos é essencial para o sucesso do atendimento no

cliente final.

Flexibilidade – Por ser uma empresa pequena, com fácil comunicação entre

os diferentes níveis hierárquicos, há uma flexibilidade para a solução de

problemas. Exemplo 06: Os técnicos em campo possuem autonomia e

responsabilidade para resolver os problemas, diretos no atendimento dentro

dos clientes finais.

6.3.6 Análise – Forças Competitivas

Será apresentado o gráfico XX, descrevendo as Forças Competitivas do

ambiente da Latin Tec. Após será feita a análise das Vantagens Competitivas

Sustentáveis da Latin Tec e após será definida a posição competitiva da Latin Tec.

6.3.6.1 Compradores

122

Sobre os clientes, os sócios concordam que o principal ponto negativo é a

grande dependência para com a Equant do Brasil. Atualmente ela é responsável por

90,00% do faturamento da Latin Tec, na modalidade de terceirização de serviços,

com foco no serviço de suporte à conexão. Esta dependência com a Equant já foi

maior, em Outubro de 2004 era de 99% e em Abril de 2005 caiu para 95%. A Latin

Tec é sub-contratada para atender “in locco” os grandes clientes corporativos

(maioria multinacionais), são os clientes finais da Equant, oferecendo as suas

soluções de suporte a conexão de redes. É uma situação de “quarteirização de

serviços”.

A Equant é uma intermediária de serviços de conexão, e a Latin Tec atende

aos clientes finais dos serviços da Equant. A Equant é uma empresa multinacional

americana – com participação no seu capital da estatal francesa, a France Telecom,

é uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo. A Equant possui

operações em 160 países e emprega 9.300 funcionários no mundo. A Equant é

reconhecida como a líder mundial em soluções de conexão de redes, ela possui uma

grande carteira de soluções, destacando-se o serviço de telefonia sobre internet

(VOIP), esta tecnologia é utilizada no mundo por 1.300 multinacionais clientes da

Equant. A Equant possui parcerias com importantes fornecedores mundiais de

equipamentos de rede, como CISCO e Nortel. Estas parcerias garantem o acesso às

novas tecnologias do setor de redes, a Latin Tec acompanha estas evoluções. A

Equant iniciou suas atividades no Brasil em 1977, possui escritórios no Rio de

Janeiro e em São Paulo. No Brasil alguns dos seus clientes finais são: Souza Cruz,

Blue Tree Hotels, DuPont, SITA, Carrefour, Infraero, entre outras grandes empresas.

Devido ao seu grande volume clientes a Equant possui um grande poder para

rebaixar os preços pagos aos seus prestadores de serviços, este achatamento

123

ocorre pois a Equant define os preços. A Latin Tec também presta serviços

terceirizados para empresas como: QOS, Vital Networks Inc, Intelig e COM.

Na linha de conexão física, infra-estrutura, a Latin Tec presta serviços

diretamente aos seguintes clientes: Unimed ( Porto Alegre, Cachoeirinha, Esteio),

Souza Cruz, IBGE, Hertz, Panvel, Hospital Moinhos de Ventos, Varig, Panvel

Farmácias, Stefanini entre outras. A empresa atualmente não dispõe de pesquisas

sobre o acompanhamento do nível de satisfação dos seus clientes, entretanto,

ocorre constantemente a sistemática de “feedback”, que é feito pessoalmente pelo

diretor de cada área. Neste retorno é verificado se foram atendidas as expectativas

dos clientes e se a qualidade do serviço foi satisfatória.

6.3.6.2 Fornecedores

Os sócios concordam que de modo geral, as principais dificuldades que a Latin

Tec enfrenta com os seus fornecedores são:

Valor: Altos valores de equipamentos e componentes especiais de rede,

com alto valor agregado, obrigatoriamente necessitando um prazo maior

para pagamento do fornecedor.

Prazo: Baixa disponibilidade nos estoques de materiais especiais.

Incluindo o caso de materiais disponíveis apenas no exterior.

124

Os principais fornecedores são Allied Telesyn, Comtrend Corporation,

Furukawa, Ai Metrix, Cemear, ABT, Plugin, Mazer, Incorp e Deltacable. A Allied

Telesyn é um fornecedor de equipamentos de redes. É parte do Grupo Allied

Telesyn, uma organização com faturamento mundial de mais de $600 milhões e

mais de 1 milhão de clientes em todo o mundo. A Comtrend Corporation é o

fornecedor de modems, que permitem as soluções de conexão de redes com a

tecnologia VOIP(Voice Internet Protocol). A Comtrend Corporation é uma empresa

internacional que provê soluções globais nas áreas de comunicação de dados. A

matriz localiza-se em Taiwan, ela possui escritórios na América do Norte, Europa e

China. A Comtrend Corporation projeta e fabrica produtos de comunicação e

conectividade para melhorar os processos nas empresas e a comunicação entre as

pessoas.

A Furukawa é um fornecedor crítico, pois é um fornecedor de cabos ópticos

para obras de infra-estrutura física de redes. No caso dos cabos ópticos a

certificação e a garantia da instalação são fatores críticos na qualidade das obras de

infra-estrutura.Podem ocorrer os seguintes problemas: A) Demora no prazo de

entrega dos cabos, atrasando toda a obra de infra, B) Falta de estoque de cabos no

distribuidor, necessitando encomendar à fabrica e C) Redução do tempo para

conclusão da obra, contra o prazo de entrega dos cabos.

A Ai Metrix é o fornecedor do software especializado, que permite o serviço

de conexão gerenciada. É o programa NeuralStar: uma ferramenta completa para

monitorar e gerenciar redes de comunicações. Cemear e ABT são distribuidores de

125

materiais de Porto Alegre, responsáveis pelo fornecimento de ferragens para as

obras de infra-estrutura. A Plugin é o provedor de internet da Latin Tec e a

responsável pela hospedagem da página da Latin Tec na internet. A Latin Tec

também utiliza como fornecedores materiais de informática e telecomunicações são:

Mazer, Incorp e Delta Cable. Estes distribuidores de materiais podem ser facilmente

substituídos, pois há muitos distribuidores de material de telecomunicações e de

informática em Porto Alegre. O diferencial na escolha são as vantagens oferecidas

no momento pelo distribuidor. Através de negociações com os fornecedores podem

ser obtidas vantagens como: Aumento no prazo de pagamento, Entrega imediata de

material, Descontos nos prazdos de cobrança.

Quanto ao fornecimento de cabos ópticos, a Latin Tec está mudando as regras,

incluindo também a Krone como fornecedor. Atualmente está sendo feito o

treinamento dos técnicos da Latin Tec para obter a capacitação como um instalador

credenciado pela Krone. Isto possibilitará oferecer certificação e garantia dos cabos

da Krone. Em 2004, a Latin Tec utilizava exclusivamente cabos ópticos da

Furukawa, pois a Latin Tec está capacitada como Instalador Credenciado pela

Furukawa à oferecer: Certificação: Garantia da transmissão dos dados através do

cabeamento e Garantia de Instalação: Garantia da estrutura física do cabeamento.

6.3.6.3 Novos Entrantes

Na linha de serviços de conexão física, a infra-estrutura, são baixas as

barreiras de entrada. A tecnologia é aberta, há amplo conhecimento e divulgação

através de cursos e faculdades. A Ulbra de Canoas oferece o curso de tecnólogo em

redes. A Maxwell localizada em Porto Alegre, oferece cursos em redes Linux e

126

equipamentos Cisco e Furukawa. As ferramentas e materiais são facilmente

disponíveis no mercado. É comum que muitas pequenas empresas de informática,

atendendo a pedidos de clientes comecem a fornecer serviços de infra-estrutura.

Nas linhas de serviços de suporte à conexão, conexão gerenciada e conexão

integrada são grandes as barreiras de entrada para novos concorrentes, pois são

exigidas:

CAPACITAÇÕES E CERTIFICAÇÕES TÉCNICAS: Há um alto custo para o

treinamento de equipes, é necessária a manutenção de um quadro técnico com

experiência em suporte à conexão. A aprovação dos fornecedores de cabos ópticos

não é automática, há etapas de testes e auditorias, até que a empresa seja

conferida com o título de Instalador Autorizado e Credenciado;

IMAGEM: Experiência e reconhecimento no mercado.

ATIVIDADE CRÍTICA: Um cliente quando terceiriza o suporte à conexão

procura garantir que as suas atividades essenciais, atividades críticas, não

sejam prejudicadas por uma eventual queda na conexão da sua rede. É

exigido um alto grau de garantia.

SEGURANÇA: É necessário que haja confiança e comprometimento para que

um técnico terceirizado trabalhe dentro de um cliente. O quesito confiança

esta raro e escasso no mercado.

127

RELACIONAMENTO: O conhecimento de uma rede positiva de

relacionamento pessoais, facilita o acesso aos canais de acesso aos serviços.

6.3.6.4 Produtos/Serviços Substitutos

Os sócios entendem que as novas tecnologias são oportunidades evidentes

no ramo de telecomunicações. A Latin Tec está capacitando-se para aproveitar

estas oportunidades:

6.3.6.4.1Telefonia VOIP(Voice Internet Protocol):

Esta tecnologia permite a transmissão de voz, através da rede mundial de

computadores. Apesar de não estar regulamentada juridicamente, ela possui uma

grande perspectiva de crescimento no ramo de clientes corporativos, que buscam a

redução de custos. A chegada de redes IP está causando uma mudança radical no

mundo das telecomunicações. O questionamento atual nas empresas não é SE a

telefonia IP será adotada, mas QUANDO e COMO será feita a implementação. A

definição de VOIP segundo Braga:

“...é uma tecnologia que, com a utilização de Hardware ou Software, permite que um sinal analógico de voz seja digitalizado e transmitido de um ponto a outro, como um pacote de dados em uma rede IP.” (2005)

A telefonia IP é uma aplicação, que utilizando a tecnologia VOIP, transmite uma

conversa telefônica entre dois ou mais pontos utilizando uma rede IP como meio de

transmissão. O Brasil está atrasado na implantação da internet banda larga e deve

128

recuperar o tempo perdido. Hoje no Brasil há 2,4 milhões de usuários com acesso à

banda larga, representando 5,00% de domicílios com banda larga. Enquanto em

outros países, há um maior acesso à tecnologia de banda larga, por exemplo no

acesso domiciliar: Estados Unidos – 42%, Coréia do Sul – 84%, Chile – 7% e Brasil

– 5%. FONTE: Residencial Fixed Switched Forecasts, Yankee Group/2003. Este

mercado potencial traduz-se nas seguintes previsões:

O mercado de telefonia VOIP na América Latina, deve fechar 2004 com um

crescimento de 44,20%. FONTE: Consultoria Frost e Sullivan, acessado em

www.frost.com

O mercado de telefonia VOIP na América Latina, deve movimentar até 2007 ,

US$ 229 Milhões, com expectativa de crescimento de 282% por ano. FONTE:

IDC-Internacional Data Comunication / Latin América, acessado em

www.idc.com

FIGURA 24 – Projeção Investimento VOIP

129

A Latin Tec possui um escritório virtual em São Paulo onde está a

representação da Comtrend no Brasil. A Latin Tec está se capacitando como

distribuidor de modems da Comtrend que permitem o funcionamento desta

tecnologia. Também está encarregada da certificação junto à ANATEL destes

componentes. Esta posição estratégica da Latin Tec está sendo defendida através

de ações como: Prospecção de clientes potenciais – tipo pequenas operadoras de

telefonia, participação em feiras e comunicação direta ao mercado:

Comtrend, de Taiwan, chega ao Brasil:

“...aterrissa no mercado brasileiro a taiwanesa Comtrend, criada em 1990 e que figura entre as 10 maiores fabricantes mundiais de componentes de conexão rápida para a internet...serão trazidos ao mercado brasileiro os modens xDSL de última geração...outra aposta da Comtrend no Brasil é no forte crescimento de um novo nicho de mercado o de VoIP. Na opinião do diretor da Comtrend do Brasil, Glauco Nunes, esse mercado possui grande potencial, principalmente nas operadoras de pequeno porte. FONTE: Gazeta Mercantil-São Paulo, 05/08/2005.

5.3.6.4.2 Conexão Wireless (sem fio)

É uma tecnologia que permite a conexão de redes sem a utilização de

cabeamento físico. Devido ao nível econômico no Brasil, estes dois tipos de conexão

de redes, a física e a wireless, podem conviver sem maiores atritos. A Latin Tec

possui um corpo técnico qualificado para utilizar esta tecnologia, portanto não

representa uma ameaça, mas uma nova abordagem de serviços.

130

6.3.6.5 Concorrência no Ambiente do Setor

Os sócios concordam que há um alto nível de concorrência no setor de

serviços de telecomunicações, em todas as regiões de atuação da Latin Tec.

Havendo um destaque especial para a filial de São Paulo, onde a concorrência é

extremamente agressiva, onde é prática comum a guerra de preços. Na linha de

serviços de conexão física, infra-estrutura, os sócios acreditam que a principal

ameaça sejam as pequenas empresas. Isto ocorre basicamente devidos às baixas

barreiras de entrada à este serviço de infra-estrutura (tecnologia aberta,

conhecimento aberto, materiais acessíveis e material barato de qualidade inferior).

Na linha de serviços de conexão física, infra-estrutura, temos como exemplo de

concorrentes diretos: Maxwell, Coopertec-Cooperativa de Tecnologia da Informação,

C & S Consultoria e Sistemas, CWI Software, além das pequenas empresas de

informática que atendem a solicitações dos seus clientes.

O perigo reside basicamente nas pequenas empresas de informática.

Normalmente estão dedicadas à manutenção de equipamentos de informática e

recebem a oportunidade de seus clientes para serviços de Infra. A pequena empresa

atende o pedido e entra sem muita experiência na área de serviços de conexão

física, entra apenas com o conhecimento básico sobre infra de redes. Na linha de

serviços de suporte à conexão, conexão gerenciada, conexão integrada os principais

concorrentes diretos à prestação de serviços para a Equant são: DataSat –ES,

131

Netguide -SP. Nas linhas de serviços de suporte à conexão, conexão gerenciada,

conexão integrada, os sócios acreditam que as principais ameaças sejam:

COMODITIZAÇÃO: Há o risco dos clientes não perceberem a qualificação

dos serviços, portanto a Latin Tec deverá oferecer um serviço superior.

Conforme TEBOUL destaca na elaboração da proposta de valor, a Latin Tec

definiu:

1. Atributos Essenciais dos Serviços para os Clientes:

Agilidade, Rapidez, Garantia, Parceria, Qualificação Superior

2. Atributos Vulneráveis dos Concorrentes: Abrangência

Geográfica, Ampla Linha de Serviços, Certificações,

Agilidade

GUERRA DE PREÇOS: Os grandes clientes corporativos, detentores de

grandes volumes de chamados de serviços, praticamente definem qual o

preço que se dispõem a pagar. Havendo uma feroz disputa por participação

nos mercados.

FINANCIAMENTO: No atual momento falta capacidade de financiamento

para garantir o crescimento das operações das diversas linhas de serviços da

132

Latin Tec, para que a Latin Tec possa competir com igualdade com uma

grande empreiteira.

Na linha de serviços de suporte à conexão, conexão gerenciada, conexão

integrada, os principais concorrentes estão sediadas em São Paulo, são a Net Guide

e a Datasat. Eles competem diretamente na disputa dos grandes contratos de

prestação de serviços da Equant. Os sócios acreditam que as grandes empreiteiras,

multinacionais, são referências – parâmetros de sucesso, na área de

telecomunicações e TI : Bectel (Ampliação REFAP/Canoas), Camargo Correa (Pólo

Petroquímico/Triunfo) e Equant do Brasil (Diversas Grandes Empresas).

6.3.6.6 VCS-Vantagens Competitivas Sustentáveis

Após análise em conjunto concluímos a análise do posicionamento atual da

estratégia da Latin Tec frente as Forças de Porter (1985). Identificamos também

quais são suas vantagens competitivas sustentáveis. As VCS–Vantagens

Competitivas Sustentáveis no atual posicionamento estratégico da Latin Tec são:

a) PARCERIAS: As parcerias estratégicas com fornecedores e compradores

facilitam a conquista de uma posição vantajosa no mercado, tanto com

fornecedores como com os compradores.

133

Na força dos fornecedores, estabelece-se uma sinergia com as empresas

detentoras de tecnologia de ponta e a Latin Tec, como canal de

distribuição efetivo.

Na força dos compradores, é facilitada a descoberta das reais

necessidades e do nível de satisfação dos clientes finais. Este tipo de

parceria com compradores, determina o rumo do desenvolvimento da

fidelização da base de clientes.

b) VANGUARDA TECNOLÓGICA: O acesso às tecnologias de ponta é um

diferencial, pois possibilita a atualização e a capacitação da equipe

técnica. Esta capacitação torna possível o desenvolvimento de serviços

detentores de atributos como: Rapidez, Qualidade e Autonomia.

c) CAPILARIDADE: A abrangência regional da Latin Tec, com equipes

técnicas presentes nas principais regiões econômicas do Brasil – Sul e

Sudeste, favorecem a um atendimento rápido e ao acesso a uma ampla

base de clientes.

134

FIGURA 25 – Forças Competitivas Latin Tec

d) INTEGRAÇÃO DE SOLUÇÕES: Através da oferta de uma ampla linha de

serviços, a Latin Tec tem a capacidade de realizar a integração de

diferentes soluções de conexão, adequadas às diferentes demandas dos

clientes. Esta capacidade de integração, reflete em tranqüilidade aos

clientes que sabem que a Latin Tec possui a solução adequada para

conexão das suas redes.

135

e) ADAPTAÇÃO: Poucos níveis hierárquicos, aliados a delegação de

autonomia ao pessoal de Linha-de-Frente e à Equipe-de-Apoio,

possibilitam resultados adequados às expectativas dos clientes. Os

recursos disponíveis (humanos e materiais) são adaptados para alcançar

os níveis de serviços desejados pelos clientes finais.

f) VELOCIDADE: A centralização do atendimento permite a coordenação do

corpo técnico em campo, reduzindo lacunas no tempo de atendimento e

otimizando os custos de deslocamento.

6.3.6.7 Análise Posição Competitiva

Concluímos após análise das forças competitivas, análise do gráfico das forças

competitivas e análise das vantagens competitivas, que a Latin Tec, está

defendendo posições vantajosas nas forças de novos entrantes, fornecedores e

produtos substitutos. Possuindo posição intermediária a desfavorável nas forças de

concorrência do setor e clientes.

6.4 Etapa 4 – Fase de Ação

136

6.4.1 Desdobramento Macro-Ações

Na reunião de 06/10/05, houve a consolidação do planejamento estratégico e o

desdobramento das Macro-Ações estratégicas, resultando em planos de ações para

atingir o macro objetivo exposto no plano estratégico (apêndice IV).

137

6.4.2 Desdobramento Plano de Ações Administrativo-Financeiro

FIGURA 26 – Plano de Ação / Administrativo/Financeiro

138

6.4.3 Desdobramento Plano de Ações Recursos Humanos

FIGURA 27 – Plano de Ação – Recursos Humanos

139

6.4.4 Desdobramento Plano de Ações Operacional

FIGURA 28 – Plano de Ação – Operacional

140

6.4.5 Desdobramento Plano de Ações Comercial

FIGURA 29 – Plano de Ação Comercial

141

6.5 Etapa 5 – Fase de Avaliação

Nesta etapa foram avaliados os conhecimentos agregados durante todo o

processo de elaboração do planejamento estratégico, sendo que foram destacados:

Aprimoramento Administrativo, Controle Estratégico e Novos Negócios.

A direção está procurando formas de desenvolver um processo de

aperfeiçoamento da sua estrutura interna, através de ações com base empírica

(tentativa e erro) e ações baseadas na experiência profissional dos seus diretores.

Entretanto, através da análise SWOT, conseguimos identificar objetivamente quais

são os pontos fracos da organização: Controle de Custos, Setor Financeiro e Gestão

de Pessoal. Esta informação irá apoiar a decisão de novos e maiores investimentos

focados nestes pontos. O aprimoramento administrativo deste pontos irão auxiliar na

elevação do desempenho geral da Latin Tec, haja vista que estes setores apóiam

toda a organização.

A direção também concluiu que apesar de possuir uma série de estratégias de

serviços, não está atualmente realizando um acompanhamento efetivo da eficiência

destas estratégias em andamento. A empresa está crescendo, o resultado financeiro

está sendo positivo, mas quais são as estratégias responsáveis pelo sucesso? Quais

estratégias estão sendo eficientes? Na análise das Forças Competitivas,

conseguimos identificar as vantagens competitivas da Latin Tec: parcerias,

vanguarda tecnológica, capilaridade, integração de soluções, adaptação e

velocidade. Na análise SWOT foram identificadas as principais estratégias: domínio

142

tecnologia VOIP, call center dedicado, equipe técnica treinada, atendimento rápido,

garantia de serviço, diretores capacitados, imagem positiva no mercado de

telecomunicações, premiação por atendimentos, atendimento qualificado e

autonomia da equipe técnica. Concluiu-se então que se deve desenvolver um

sistema adequado de controle estratégico que deverá monitorar o desempenho

destas estratégias. Este controle estratégico será realizado através de indicadores

quantitativos e qualitativos. No futuro, quando houver a implantação do

planejamento estratégico, deverá ser elaborado no mínimo um indicador para cada

estratégia, dentre as etapas do controle estratégico. Também se constatou que este

controle estratégico somente terá sucesso no futuro se estiver apoiado em melhores

sistemas de informações gerenciais. O que atualmente não dispomos na Latin Tec,

dispomos de um programa básico no sistema financeiro, que não emite relatórios

com indicadores mais sofisticados. Isto prejudica a análise, em profundidade, da

situação financeira da Latin Tec. É prioritária a atualização dos sistemas de

informações, pois com relatórios gerenciais com maior nível de sofisticação, haverá

melhor acompanhamento e elaboração de planos de ações com melhor

embasamento, para o ajuste das estratégias da Latin Tec.

A pesquisa-ação também demonstrou que ainda existem alternativas para a

geração de novos negócios e novas receitas, seriam canais ainda não estão sendo

explorados como: os Agentes de Negócios e o Tele-Marketing Ativo. A direção está

iniciando os estudos para verificar a viabilidade da aplicação e funcionamento destes

novos canais.

143

6.6 Etapa 6 - Resultados

Na última reunião concluímos que esta pesquisa-ação atingiu o seu objetivo

geral, elaborar através de seminários, uma proposta viável de planejamento

estratégico para o ano de 2006 para a Latin Tec seguindo a metodologia de CERTO

(1993). Como conseqüência a direção mostra-se inclinada a implantar a sistemática

de planejamento estratégico nesta organização, com a finalidade de melhorar o

desempenho geral do negócio. Os objetivos específicos foram atingidos

satisfatoriamente, com exceção do item de plano de ações, que foi atingido

parcialmente. Identificamos as características específicas e os processos de uma

prestadora de serviços, dedicada ao mercado de TI e Telecomunicações.

Identificamos os principais pontos fortes e fracos da estrutura da Latin Tec.

Identificamos as principais ameaças e oportunidades do ambiente externo da Latin

Tec. Identificamos o posicionamento estratégico atual da linha de serviços da Latin

Tec. Elaboramos planos de ações, contendo responsabilidades, cronograma e

metas definidas para o funcionamento destes planos.

Através da ferramenta de análise SWOT, constatamos que o macro-ambiente,

o ambiente externo é marcado pela tendência de crescimento no setor de TI e

telecomunicações, aumento da competitividade no nível tecnológico, há um temor

sobre o resultado das eleições no ano de 2006 e seus reflexos na economia. No

segmento econômico identificamos as condições de alta carga tributária, a alta de

juros, a inflação e o aquecimento da economia. No segmento geográfico

144

identificamos a necessidade de uma nova sala na matriz, que tenha o aspecto da

segurança reforçado. No segmento legal identificamos a necessidade das

certificações técnicas e a inexistência da legislação na tecnologia VOIP.

No micro-ambiente, o ambiente interno, concluiu-se que os pontos mais fracos

são controle de custos, setor financeiro e gestão de pessoal. Nestes pontos é

necessário aperfeiçoar os seus respectivos sistemas de informações. No setor

financeiro é necessário normalizar a rotina de interpretação e análise de balancetes

trimestrais e também a atualização da legislação tributária. No setor de controle de

custos é necessário o desenvolvimento de indicadores mais sofisticados, para

acompanhamento da situação e para ser utilizado futuramente como ferramenta de

apoio às decisões na empresa. O setor de pessoal necessita de uma maior

especialização, pois apresenta alguns problemas como: comunicações ineficientes,

faltam controles burocráticos, lacunas de vagas e eventuais atrasos de folhas de

pagamento. Verificamos que como pontos fortes da Latin Tec, destacam-se os

setores administrativos, operacional e vendas. O setor administrativo vem

conseguindo executar satisfatoriamente as suas atividades de apoio à operação. A

área operacional tem conseguido sustentar um alto padrão de eficiência nas linhas

de serviço de suporte a conexão e serviços de infra-estrutura. A linha de serviços de

suporte a conexão destaca-se pelo nível superior de serviço, a agilidade e a

qualidade. A área de serviço de infra-estrutura destaca-se pela agilidade,

capacidade de adaptação e pela conquista de novos clientes, de novos segmentos

econômicos de atuação para a Latin Tec. A força de vendas é descentralizada e

realiza o acompanhamento da satisfação dos clientes, garantindo a fidelização

destes.

145

Através da análise SWOT identificamos as seguintes ameaças: capacidade de

financiamento limitada, carga tributária elevada, alta competitividade do setor,

materiais baratos, guerra de preços e risco de comoditização de seus serviços.

Identificamos também as seguintes oportunidades: Parcerias, Vanguarda

Tecnológica e Capilaridade, Agentes de Negócios, Tele-Marketing Ativo e Força de

Vendas. Podemos considerar que o objetivo específico dos planos de ações foi

parcialmente atingido, pois ele é apenas um esboço, que traça linhas gerais das

ações principais necessárias à implantação do plano estratégico. Para serem

realmente efetuados os planos de ações necessitarão de maiores ajustes e

incrementos de informações, como verificação de orçamentos, responsabilidades e

datas. Na posição estratégica atual verificamos que a Latin Tec está defendendo

posições vantajosas nas forças de novos entrantes, fornecedores e produtos

substitutos. Possuindo posição intermediária a desfavorável nas forças de

concorrência do setor e clientes.

A Latin Tec está se posicionando favoravelmente como um integrador de

soluções em conexão de rede, ela está utilizando as estratégias de PORTER de

ENFOQUE e DIFERENCIAÇÃO. Sua estrutura está focada em oferecer aos seus

clientes as melhores soluções de conexão e oferecer um serviço diferenciado. Os

principais atributos destes serviços diferenciados são a liderança tecnológica,

flexibilidade, agilidade e adaptação. Atributos estes que são exigidos pelos clientes.

O resultado geral de todo o processo de pesquisa-ação foi satisfatório para

ambas as partes. A direção ficou satisfeita com a abordagem e o andamento desta

pesquisa, que apesar das restrições de datas e alto tempo investido nas reuniões,

puderam ocorrer com a participação normal de todos os sócios. Na execução da

pesquisa, os sócios estavam muito motivados pelo interesse na busca de maiores

146

conhecimentos sobre o próprio negócio, este aspecto facilitou o andamento da

pesquisa. Esta busca de novos conhecimentos consagraram a importância do

intercâmbio da Universidade com a sociedade, pois ligou a teoria da estratégia com

os problemas reais do mundo dos negócios.

Para o acadêmico fica a satisfação de poder deixar registradas aqui as suas

impressões. Esta pesquisa foi uma importante etapa no crescimento profissional do

aluno, sendo que pode interferir e alterar a realidade de uma empresa. Isto

aconteceu na medida em que houve o comprometimento na busca do resultado, a

troca de conhecimentos entre as partes envolvidas e novos conhecimentos foram

agregados à empresa. Os seminários de pesquisa desenvolveram o espírito

empreendedor, através da busca de novas estratégias à empresa e discussões

sobre gestão de serviços. Portanto ficaram evidentes as necessidades de constante

aprendizado profissional e de renovação de conhecimentos. É com profunda

satisfação que o aluno efetuou esta pesquisa-ação, pois está contribuindo

indiretamente, mas está contribuindo, para o desenvolvimento regional - através da

elaboração de alternativas de melhorias, no incremento da capacitação

administrativa de uma pequena empresa. É muito interessante acompanhar a

dinâmica de crescimento desta empresa, pois abrange uma rotina de novos desafios

e mudanças de paradigmas, sendo constantemente colocada a estratégia em dúvida

e testada.

A necessidade de um nível elevado de excelência operacional (custos,

produtividade,flexibilidade, tempo de processamento e disponibilidade de serviço)

combinada com uma suficiente diferenciação de serviços, obriga a Latin Tec a

147

combinar diferentes estratégias e a desenhar sistemas de controle que combinem o

estímulo do auto-controle com certo grau de informalidade.

A pesquisa-ação realizada demonstrou a Latin Tec como portadora de uma

estratégia geral vencedora: Carteira diversificada de Serviços de Conexão,

executados com qualidade, agilidade, diferenciação e garantia superior. Pode-se

apontar como fator determinante do sucesso desta estratégia sua atualização e

adaptação constante com as necessidades dos seus clientes. Apesar da Latin Tec

não possuir o processo de planejamento estratégico formalizado e implantado, é

feito a revisão da estratégia básica da empresa através de reuniões da direção,

abordando as mudanças do mercado, e necessidades dos clientes. É necessário

que a empresa esteja atenta ao desempenho de suas estratégias e implante este

planejamento estratégico proposto. Este modelo tem a vantagem de ser modular,

identificando cada etapa do plano, ele também irá centralizar todas as estratégias

em andamento na organização, posteriormente verificando a sua eficiência. A sua

comunicação irá facilitar o alcance de melhores resultados por toda a organização.

7 CONCLUSÕES

A sistemática de planejamento estratégico permite uma melhoria do

desempenho geral das organizações, equilibra suas decisões e orienta seus

departamentos na busca de uma meta comum. Enfrentar o desafio da sua aplicação

e da sua manutenção são compensadores, caso contrário a empresa se submeterá

em desvantagem ao jogo de alto nível competitivo do mercado. Esta pesquisa-ação

contribuiu com a administração através da produção de conhecimentos sobre:

gestão estratégica de serviços em telecomunicações e TI, planejamento estratégico

em pequenas empresas, aspectos estratégicos de gestão de VOIP e novos

negócios.

A complexidade e as particularidades dos setores de telecomunicações e TI

dificultam a sua compreensão na gestão estratégica de serviços. Podemos observar

na análise SWOT e de Forças Competitivas um cenário da atual situação destes

setores. Compreendemos que na gestão estratégica de serviços destacam-se como

atributos essenciais na prestação de serviços em Telecomunicações e TI: a

capacidade de adaptação, agilidade, qualidade e diferenciação. Estes atributos

aplicam-se às demais empresas de atuação em Telecomunicações e TI. Estas

149

empresas devem adotar estratégias que garantam estes atributos, para que possam

ter sucesso nestes mercados.

A capacitação administrativa é o caminho para um eficiente processo de

planejamento estratégico. O planejamento estratégico ainda é um modelo de gestão

válido, principalmente para pequenas empresas. Apesar de autores como HAMEL e

MINTZBERGER, criticarem duramente o processo de planejamento estratégico,

apontando as suas falhas, este processo ainda é válido, principalmente para

pequenas empresas que são carentes de recursos financeiros e necessitam portanto

otimizar e maximizar os seus recursos administrativos. Este trabalho demonstrou as

etapas deste processo através do modelo de CERTO, orientando a elaboração de

um plano estratégico para uma pequena empresa.

A tecnologia VOIP é uma nova tecnologia sendo que há poucos trabalhos

tratando deste assunto, é uma novidade. Nesta pesquisa tratamos da tecnologia

VOIP como uma força competitiva, um produto substituto no mercado de

telecomunicações. É indiscutível o seu impacto na economia no futuro através da

redução de custos e necessidade de serviços especializados para utilizá-lo. A

grande questão agora é saber quando iremos adotar o VOIP como padrão de

telecomunicações. Serão necessários serviços especializados quando isto

acontecer.

Destacam-se novas oportunidades, que foram elaboradas durante o processo

de pesquisa-ação: Agentes de Novos Negócios e Tele-Marketing Ativos. Estão

sendo feitos estudos para verificar a viabilidade econômica para a implantação

destas oportunidades.

150

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156

APÊNDICE I – FORMULÁRIO PARA ANÁLISE SWOT

Adaptado de PORTE, 1989.

157

APÊNDICE II – COMPARATIVO PESQUISA-AÇÃOSOCIAL X

PESQUISA-AÇÃOORGANIZACIONAL

158

APÊNDICE III – QUESTIONÁRIOS Nº 01, 02 E 03

QUESTIONÁRIO 01 – Pesquisa-Ação Planejamento Estratégico LATIN TEC

Análise do Ambiente Externo da Latin Tec

1.1) Qual o setor de atuação da Latin Tec?

Tecnologia:

1.2) Quais são as principais oportunidades tecnológicas da Latin Tec? O que

a empresa está fazendo para aproveitá-las?

1.3) Quais são as principais ameaças tecnológicas da Latin Tec? O que a

empresa está fazendo para preveni-las?

Política / Social

1.4) Quais são os principais fatores sócio-políticos que afetam a Latin Tec?

Ameaças? Oportunidades ? Novas Tendências? O que a empresa está fazendo

para preveni-las?

Econômica

1.5) Quais são os principais fatores econômicos que afetam a Latin Tec?

Ameaças? Oportunidades ? Novas Tendências? O que a empresa está fazendo

para preveni-las?

Geográfica

159

1.6) Quanto à localização geográfica da Latin Tec, quais são as principais

vantagens e prejuízos:

Nível Localização Vantagem Deficiência

Bairro Navegantes

Cidade Porto Alegre

Estado RS + Filiais

País Brasil

QUESTIONÁRIO 02 – Pesquisa-Ação Planejamento Estratégico LATIN

TEC

Análise do Ambiente Interno da Latin Tec

ANÁLISE MICRO-AMBIENTE ( Ambiente Interno )

2.1) Qual é a estrutura atual, quais departamentos compõem a Latin Tec?

160

2.2) Como são tomadas as decisões na empresa?

Recursos Humanos

2.3) Como é feita a seleção e a gestão de pessoal?

2.4) Qual o nível de absenteísmo (faltas)?

2.5) Qual é o nível de rotatividade (turn over)?

2.6) Há políticas de incentivo e premiação de pessoal?

2.7) Há rotinas de treinamento e atualização do pessoal?

Comercial

2.8) Há um plano de Marketing já definido, abrangendo os aspectos de: A)

Serviço Oferecido, B) Faixas de Preço, C) Ponto de Distribuição e D) Promoções?

2.9) Qual é a direção de vendas? Quais são os setores alvo?

2.10) Na área de vendas há políticas de comissões e premiações?

2.11) A empresa trabalha com alguma assessoria de MKT?

2.12) A empresa trabalha com alguma assessoria de marca?

2.13) Como é o relacionamento da empresa com entidades representativas

(sindicatos, associações)?

Operacional

2.14) Quais são as linhas de serviços, a carteira de serviços?

161

2.15) Como é o fluxograma operacional?

2.16) Quais são os controles operacionais?

2.17) Quais são os indicadores de resultados operacionais?

Administrativo

2.18) Qual é organograma, a estrutura organizacional da Latin Tec?

2.19) Quais são os recursos administrativos da Latin Tec?

2.20) Qual é a estrutura física da Latin Tec?

QUESTIONÁRIO 03 – Pesquisa-Ação Planejamento Estratégico LATIN

TEC

Estratégia da Organização

Missão:

3.1) Qual é o negócio atual da Latin Tec?

3.2) Quais são as linhas de serviços prestados pela Latin Tec?

3.3) Qual é o diferencial no serviço da Latin Tec? Qual é o ponto mais forte na

prestação de serviços da Latin Tec?

3.4) Qual é o lema, o slogan da empresa?

Visão:

162

3.5) Qual tipo de empresa a Latin Tec pretende ser, daqui a 1 ano? E daqui a

2 anos?

3.6) Quais são as principais ações que estão sendo tomadas para esta

transformação?

3.7) Quais são os principais obstáculos para essa mudança?

Objetivos:

3.8) Quais são os principais objetivos da Latin Tec?

3.9) Quais são os principais indicadores que demonstram os resultados da

empresa?

3.10) Sobre os indicadores, como é feita a atualização, o acompanhamento?

Com qual regularidade?

3.11) Quais são os sistemas de informações gerenciais na empresa?

Valores:

3.12) Quais são os valores humanos que a empresa procura desenvolver nas

suas relações de trabalho? Tanto internamente, como externamente.

3.13) Quais são os dilemas de ética que a empresa enfrenta no seu dia-a-dia?

POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO – 5 Forças de Porter

163

Fornecedores

3.14) Quais são os principais fornecedores?

3.15) Quais são os fornecedores críticos? Por quê?

3.16) Os fornecedores atuais podem ser substituídos facilmente?

3.17) Existem parcerias com fornecedores? Que tipo?

3.18) Quais são as principais dificuldades com os fornecedores?

Clientes

3.19) Quais são os principais clientes?

3.20) Existem novos clientes em prospecção?

3.21) São feitas pesquisas do nível de satisfação dos clientes?

Novos Entrantes

3.22) Para as novas empresas quais são as principais dificuldades para entrar

no setor?

Produtos/Serviços Substitutos

3.23) Quais são os tipos de serviços que podem competir com a Latin Tec?

Concorrência no ambiente do setor

3.24) Quais são os principais concorrentes da Latin Tec?

3.25) Qual o nível de competição no setor de atuação da Latin Tec?

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INOVAÇÃO ESTRATÉGICA

3.26) A empresa incentiva inovações e melhorias nos seus processos?

3.27) No mercado, qual empresa seria um parâmetro, um bench mark, no

ramo de atuação da Latin Tec?

3.28) Que ações a empresa está tomando para alcançar um nível superior de

excelência em serviços?

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APÊNDICE IV: Planejamento Estratégico-Latin Tec/2006