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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
JULIANA GRACIELLE GONZAGA GROMBONI
EPIDEMIOLOGIA DE LEPTOSPIRA EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS
DO ESTADO DA BAHIA
ILHÉUS – BAHIA
2015
JULIANA GRACIELLE GONZAGA GROMBONI
EPIDEMIOLOGIA DE LEPTOSPIRA DE CÃES NATURALMENTE INFECTADOS
DO ESTADO DA BAHIA
Dissertação apresentada à Universidade Estadual de Santa Cruz, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Ciência Animal. Área de Concentração: Clínica e Sanidade Animal Orientador: Prof. Dr. Amauri Arias Wenceslau
ILHÉUS – BAHIA
2015
G873 Gromboni, Juliana Gracielle Gonzaga.
Epidemiologia de leptospira em cães naturalmen- te infectados do estado da Bahia / Juliana Gracielle Gonzaga Gromboni. – Ilhéus, BA: UESC, 2015.
34 f. : il. Orientador: Amauri Arias Wenceslau. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Santa Cruz. Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. Referências: f. 23-34. 1. Leptospirose. 2. Leptospirose – Epidemiologia. 3. Leptospira. 4. Cão – Doenças. I. Título. CDD 616.959
iii
JULIANA GRACIELLE GONZAGA GROMBONI
EPIDEMIOLOGIA DE LEPTOSPIRA DE CÃES NATURALMENTE INFECTADOS
DO ESTADO DA BAHIA
Ilhéus – BA, 24/02/2015
_____________________________________________
Prof. Amauri Arias Wenceslau – DSc UESC/DCAA (Orientador)
_____________________________________________
Prof. George Rego Albuquerque – DSc UESC/DCAA
_____________________________________________
Prof. Paulo Carneiro – DSc UESB
ILHÉUS – BAHIA 2015
iv
Aos meus pais, Luiz
Henrique e Maria Cícera, meus
exemplos de vida e meus heróis, aos
meus irmãos Luíz Fabiano e Tiago
Augusto e ao meu esposo Caio
Gromboni, meu tudo.
Dedico
v
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, a Deus pela oportunidade, pela força e por tudo.
Ao Prof. Dr. Amauri Arias Wenceslau, pela orientação, por me acolher, pelo
conhecimento, paciência, apoio e amizade. E à UESC, pela oportunidade de usufruir
suas dependências e infraestrutura.
Ao Prof. Dr. George Rego Albuquerque peja ajuda essencial no
desenvolvimento do trabalho e pelas sugestões para a dissertação, meus sinceros
agradecimentos.
Aos Professores do Hospital Veterinário da UESC.
Aos meus pais, ao meu esposo Caio Fernando Gromboni (meu tudo), meus
irmãos e a minha família incluindo tios, tias, primos, primas, pela torcida, incentivo,
amor, e por estarem sempre ao meu lado em todos os momentos da minha vida e
serem o alicerce da minha estrutura.
Aos amigos da vida acadêmica Daniele Rocha (pela ajuda no laboratório e as
risadas de sempre), Rodrigo Alves Bezerra (pela ajuda no desenvolvimento da parte
experimental), Haniel Cedraz (pelas suas minuciosas correções), Fábio Carvalho,
Luciana Carvalho, Tatiani Harvey, Jamille Rodrigues e todos os demais integrantes
do Hospital Veterinário pelas discussões, sugestões e colaboração, o meu mais
sincero agradecimento por tudo que vivi com vocês.
Aos funcionários do Hospital Veterinário da UESC pelo auxílio técnico.
Aos grandes amigos de Jaú e Mineiros do Tiête que sempre me
recepcionaram de braços abertos, com muita cerveja e vários churrascos, em
especial Cleber Passos e Camila Sandoval, Fabiano Gonzaga, Cleide Gonzaga,
Tiago Gonzaga, Adriele Pastori, Silas Souza, Bruna Sandoval, Lucas Sandoval e a
minha sogra Regina Eguea e meu sogro Fernando Gromboni por disponibilizarem o
espaço para a maioria das confraternizações.
Aos amigos feitos no Hospital Veterinário da UESC durante o período de
realização deste trabalho.
vi
A Capes, pela bolsa de mestrado.
Ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade
Estadual de Santa Cruz- UESC, pela oportunidade e especialmente ao secretário da
pós, Eduardo Góes Viana.
A todos os quais eu cometi a injustiça de não listar acima ficam meus sinceros
agradecimentos.
Muito obrigado!
“A persistência é o menor caminho do êxito”
Charles Chaplin
vii
EPIDEMIOLOGIA DE LEPTOSPIRA DE CÃES NATURALMENTE INFECTADOS
DO ESTADO DA BAHIA
RESUMO
A leptospirose é uma doença endemicamente conhecida em todo o mundo,
com grande incidência em regiões de clima tropical, principalmente em locais com
registros de fortes chuvas e alagamentos, tornando a doença um importante
problema de saúde pública. Essa doença em cães, normalmente, apresenta-se de
forma branda, mas pode tornar-se um quadro grave. A bactéria transmissora da
doença, a Leptospira, é patogênica para uma grande variedade de animais,
incluindo os selvagens e domésticos, que servem de fonte de infecção para o ser
humano. A identificação dessa bactéria pode ser realizada por diferentes técnicas,
incluindo a molecular, que de acordo com estudos, é eficaz, sensível e de baixo
custo. Tendo isso em vista, objetivou-se com este trabalho identificar através da
técnica de PCR, Leptospiras presentes em sangue de cães de diferentes regiões do
Estado da Bahia e, especificamente, em amostras de cães em 12 diferentes bairros
do município de Ilhéus, e verificar a existência de possíveis fatores de risco
associados à infecção. Os resultados obtidos demostraram que cães de cidades do
Estado da Bahia com IDH baixo estão mais susceptíveis a adquirirem a doença,
apresentando uma prevalência de 10,2%. Quanto aos cães analisados da cidade de
Ilhéus, a prevalência foi de 13,1% de positividade para leptospirose, principalmente
em bairros localizados na periferia, com recorrentes episódios de alagamentos. Em
relação aos fatores de risco associados no município de Ilhéus, não houve
significância estatística. Este estudo demonstrou que a prevalência de Leptospirose
em cães, tanto em diferentes regiões da Bahia, como no município de Ilhéus se
encontra semelhantes aos encontrados na literatura, porém a cidade de Una e dois
diferentes bairros de Ilhéus apresentaram índices maiores que 20%, havendo a
necessidade de se atentar e reforçar o controle e vigilância desta importante doença.
Palavras chave: Leptospirose, caninos, epidemiologia, PCR.
viii
Epidemiology identification of naturally infected leptospira dogs the
State of Bahia
ABSTRACT
Leptospirosis is an endemic disease known throughout the world, which are
prevalent in tropical regions, especially in places with records of heavy rains and
floods, making the disease a major public health problem. This disease in dogs
usually presents itself in a mild form, but can become a serious condition. The
transmitting disease bacteria, Leptospira is pathogenic to a wide variety of animals,
including wild and domestic, serving as a source of infection for humans. The
identification of this bacterium can be performed by various techniques, including
molecular, according to studies, it is effective, sensitive and inexpensive. Keeping
this in view, the aim of this work was to identify by PCR, Leptospira present in blood
of dogs of different regions of Bahia and specifically in dogs samples in 12 different
neighborhoods in the city of Ilheus, and check the existence of possible risk factors
for the infection. The results showed that the State of Bahia cities of dogs with low
HDI are more likely to acquire the disease, with a prevalence of 10.2%. As for the
dogs examined the city of Ilheus the prevalence was 13.1% positive for leptospirosis,
especially in neighborhoods located on the periphery, with recurrent episodes of
flooding. Regarding risk factors associated in Ilhéus, there was no statistical
significance. This study showed that the prevalence of leptospirosis in dogs, both in
different regions of Bahia, as in Ilhéus is similar to those found in the literature, but
the city of Una and two different neighborhoods in Ilheus showed higher rates than
20%, with the need to be alert and strengthen the control and surveillance of this
important disease.
Keywords: Leptospirosis, canines, epidemiology, PCR.
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Eletroforese em gel de agarose à 2% dos produtos de
PCR............................................................................................................................15
Figura 2. Localização aproximada dos bairros onde foram realizadas as coletas no
município de Ilhéus.....................................................................................................18
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Resultados obtidos utilizando a técnica de PCR para as amostras de cães
naturalmente infectados das cidades da
Bahia..........................................................................................................................16
Tabela 2. Resultados obtidos utilizando a técnica de PCR para as amostras de cães
naturalmente infectados dos 12 diferentes bairros da cidade de
Ilhéus..........................................................................................................................19
xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
% Por cento mL Mililitro
ºC Graus Celsius mM Milimolar
µg Micrograma ng Nanograma
µL Microlitro nPCR nested PCR
µM Micromolar pb Pares de base
BSA Albumina sérica bovina SAM Soro Aglutinação microscópica
CCZ Centro de controle de
Zoonoses
PCR Reação em cadeia de
polimerase
DNA Ácido desoxirribonucléico ELISA Ensaio Imunoenzimático
dNTP’s Desoxirribonucleotídeos
trifosfatados
EDTA Ácido Etilenodiamino Tetra -
Acético
SESAB Secretaria de Saúde do Estado da Bahia
SDS Dodecil sulfato de sódio
g Força da gravidade Taq Thermophillus aquaticus
g Grama IgM Imunoglobulina M
rDNA DNA ribossômico MAT Teste Microscópico de
Aglutinação
mg Miligramas UI Unidade Internacional
Mgcl2 Cloreto de magnésio IDH Índice de Desenvolvimento
Humano
xii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................1
2. REVISÃO DE LITERATURA ..........................................................................4
2.1 Aspectos Históricos.....................................................................................4
2.2 Classificação e Biologia da Leptospira........................................................5
2.3 Biologia Molecular.......................................................................................6
2.4 Epidemiologia..............................................................................................7
2.5 Sinais Clínicos.............................................................................................8
2.6 Diagnóstico da leptospirose canina.............................................................9
2.7 Fatores de risco da leptospirose canina....................................................10
3. OBJETIVOS ...................................................................................................11
3.1 Objetivo geral.............................................................................................11
3.2 Objetivo específico....................................................................................11
4. MATERIAL E MÉTODOS ..............................................................................12
4.1 Animais do Estado da Bahia ....................................................................12
4.2 Animais da cidade de Ilhéus......................................................................12
4.3 Extração de DNA ......................................................................................12
4.4 Amplificação do DNA.................................................................................13
4.5 Condições de PCR e Nested PCR............................................................13
4.6 Eletroforese...............................................................................................14
4.7 Análise Estatística.....................................................................................14
4.8 Fatores de risco associados......................................................................14
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .....................................................................15
6. CONCLUSÕES...............................................................................................22
7. REFERÊNCIAS ..............................................................................................23
1. INTRODUÇÃO
A leptospirose é uma antropozoonose, mundialmente conhecida, causada por
espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira (SACHSE; FREY, 2003). O gênero
Leptospira é dividido em dois grandes grupos compreendendo espécies saprófitas
como L. biflexa e, patogênicas como L. interrogans. Essa doença de potencial
endêmico ocorre com maior incidência em países de clima tropical úmido com
grande ocorrência em épocas chuvosas, principalmente com casos de inundações,
tornando assim um grande problema de saúde pública.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima mais de 500.000 casos anuais
de leptospirose em humanos em todo o mundo (WHO, 2011), porém resultados
parciais da Burden Epidemiology Reference Group (LERG) estimam a incidência
anual de cerca de um milhão de casos e 60.000 mortes (HAGAN et al., 2013). O
grande número de casos demonstra a importância dessa doença principalmente em
países de clima tropical, onde muitos casos estão relacionados à pobreza.
O Brasil é o país das Américas com maior número de alertas. De acordo com
registros de notificação humana entre 2007 e 2012, foram confirmados 22.233 casos
da doença, com um total de 2.108 óbitos (CALDAS, 2013). Esse grande número de
casos está associado a pouca estrutura de saneamento básico, isso colabora para o
crescimento populacional de roedores, devido o acúmulo de lixo e crescimento
desordenado dos centros urbanos com aumento de favelas (FIGUEIREDO et al.,
2001).
Na Bahia, em 2013 foram notificadas 376 ocorrências de leptospirose, no qual
171 foram confirmadas, representando um Coeficiente de Incidência de 1,21 casos
por 100.000 habitantes, observando a ocorrência de 20 óbitos com letalidade de
11,7%. (SESAB, 2014).
A leptospirose é caracterizada por manifestar ao paciente uma doença
aparentemente leve, com sintomas parecidos com o da gripe que podem evoluir
para uma forma mais grave levando o indivíduo à morte. Os principais sintomas
clínicos são anorexia, prostração, desidratação, icterícia e, nas alterações
laboratoriais há indicativas de comprometimento renal e hepático (BRENNER et al.,
1999). Assim como nos seres humanos os animais infectados apresentam sintomas
variados que vai desde febre até a infertilidade (ACHA; SZYFRES, 2003).
Introdução 2
Os sintomas em caninos podem variar desde um quadro subclínico até o
crônico, isso depende da patogenicidade do sorovar que infectou o animal. A
leptospirose canina geralmente ocorre pelos sorovares canícola,
icterohaemorrhagiae e copenhageni (LETOCARD et al., 1999).
Os roedores, de maneira geral, são hospedeiros definitivos da Leptospira e
habitualmente não morrem por conta da infecção. Isso acontece devido o pH
alcalino de sua urina e do tecido renal favorecer a sobrevivência do microrganismo,
permitindo a eliminação da bactéria permanentemente.
A Leptospira geralmente é adquirida pelo ser humano através do contato direto
com a urina de animais infectados. A bactéria pode penetrar na pele do ser humano
através de ferimentos ou pele íntegra, caso permaneça por muito tempo em contato
com a água contaminada. Quando a bactéria chega à corrente sanguínea ocorre
rápida multiplicação caracterizando a fase de bacteremia, que pode durar de 1 a 7
dias (LEVETT, 2001).
Os cães, por serem considerados animais de companhia, são importantes
transmissores da leptospirose para humanos. Esses animais são a segunda fonte
de transmissão para o homem, perdendo apenas para os roedores. Os cães,
quando contaminados por Leptospira, principalmente aqueles que não apresentam
manifestações clínicas oferecem grande risco de outros animais adquirirem a
leptospirose, servindo de fonte contínua para contaminação ambiental (OLIVEIRA et
al., 2004).
O diagnóstico da leptospirose não é uma tarefa simples, uma vez que a doença
apresenta sintomas não específicos. Dessa forma, um diagnóstico clínico e
laboratorial precoce pode ser muito importante no tratamento. A detecção de
Leptospira pode ser realizada através da técnica de Soroaglutinação Microscópica
(SAM), Microscopia de Campo Escuro, Imunofluorêscencia e Reação em Cadeia da
Polimerase (PCR). Métodos sorológicos também são usados para detecção de
Leptospiras, porém podem existir falhas na detecção, uma vez que a bactéria pode
não causar uma resposta imune suficientemente capaz de reagir com os padrões
conhecidos ou o paciente apresente baixos títulos de anticorpos no soro (LEVETT,
2001).
A técnica mais utilizada e que apresenta grande eficácia é a molecular, nesse
contexto se enquadra a PCR. A técnica consiste em identificar o agente de interesse
Introdução 3
através de uma pequena amostra de DNA, além disso, essa ferramenta gera
resultados rápidos, com mais sensibilidade e especificidade, sendo amplamente
utilizado no diagnóstico de doenças infecciosas por apresentar baixo custo
(SACHSE e FREY, 2003).
Dessa forma, pesquisas relacionadas à identificação, prevalência e fatores de
risco associados da leptospirose em cães fazem-se necessárias para tentar buscar
medidas que contribuam para prevenção e meios que levam a diminuição da
transmissão dessa importante doença.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Aspectos Históricos:
Até o final do século XVIII foram documentadas diversas epidemias de uma
doença infecciosa ictérica que apresentava disfunção renal, embora até a data a
doença fosse desconhecida. O quadro clínico em humanos causado pela Leptospira
envolve uma série de sintomas podendo apresentar desde sinais simples até à
morte do indivíduo.
Segundo Faine et al., (1999), essa doença foi descrita por Adolf Weil em
Heidelberg em 1886, há mais de 100 anos. Em 1887, Goldschimidt denominou de
Síndrome de Weil a forma mais agressiva da leptospirose humana.
Outros registros também foram descritos dessa síndrome, como por exemplo,
em 1812 durante o cerco de Cairo - Egito, homens combatentes apresentavam
sintomas parecidos com os da leptospirose. Em 1883, em Paris, Landouzy
descreveu alguns sintomas parecidos com leptospirose em funcionários que faziam
a limpeza de esgoto. Em 1907, Stinson realizou a primeira visualização da bactéria
transmissora da leptospirose nos túbulos renais de um paciente através da
coloração por prata. Devido à espiroqueta apresentar morfologia semelhante a um
ponto de interrogação, Stinson as denominou como Spirochaeta interrogans. Em
1914, Inada e Nido inoculou sangue humano com síndrome de Weil em cobaias, e
encontrou as espiroquetas causadoras da doença descrita por Weil, no qual foi
denominada Spirochaeta icterohaemorrhagiae. O primeiro relato da doença em
animais foi em cães, por volta de 1850, embora sua etiologia ainda fosse
desconhecida. No século seguinte, os roedores foram identificados como portadores
da bactéria (FAINE et al., 1999).
No Brasil a doença foi descrita pela primeira vez no Pará por McDowel em
1917. Neste mesmo ano Henrique Beaurepaire de Aragão encontrou Spirochaeta
icterohaemorrhagiae em Rattus novergicus em um estudo realizado no Rio de
Janeiro. (ARAGÃO, 1917).
A partir desta data, vários relatos foram descritos em diferentes estados. O
primeiro estudo de leptospirose em cães no Brasil foi realizado na cidade do Rio de
Janeiro, em 1940, onde Dacorso Filho necropsiou 11 cães com manifestações
Revisão bibliográfica 5
clínicas, verificando a presença do agente causador. Em 1970, um estudo com
duração de nove anos realizada no Instituto Biológico de São Paulo sobre
leptospirose levou a identificação de sorovares de humanos e outras várias espécies
de animais, incluindo bovinos, suínos, caninos, ovinos, caprinos, equinos e
bubalinos (SANTA ROSA et al., 1970).
2.2. Biologia e Classificação da Leptospira:
As Leptospiras são bactérias com 0,1 a 0,2 µm de diâmetro e 6 a 12 µm de
comprimento, possuindo formato fino e espiralado e apresentam ganchos em suas
extremidades com dois flagelos, um em cada polo da célula, que a torna móvel. As
Leptospiras possuem a mesma estrutura de parede celular das bactérias Gram-
negativas. São aeróbicas obrigatórias e possuem baixa atividade endotóxica (FAINE
et al., 1999). A temperatura ótima para seu crescimento está em torno de 28°C e 30°
C, com um tempo de geração de 12 horas. No ambiente, seu crescimento é
favorecido com pH de 7,2 a 7,4 em grande umidade (GOMES, 2014).
A leptospirose é causada por espécies patogênicas denominadas Leptospiras.
O agente etiológico da leptospirose pertence à ordem Spirochaetales, família
leptospiraceae, gênero leptospira, e sua unidade taxonômica do gênero é o sorovar.
O agrupamento de sorovares é feito segundo suas características antigênicas e o
termo sorogrupo é adotado para indicar a natureza sorológica desses grupos
(LETOCART; BARANTON; PEROLAT, 1997).
Até meados dos anos 90, o gênero Leptospira era dividido em dois grandes
grupos, no qual compreendia cepas saprófitas, que são as cepas isoladas do
ambiente, Leptospira Biflexa, e as cepas patogênicas, Leptospira Interrogans, e essa
denominação era baseada nas características antigênicas das espécies. Atualmente
existem duas classificações para Leptospira, a genética e a antigênica. Na
classificação genotípica faz parte todos os sorovares, tanto da L. interrogans como
da L. biflexa, porém a coexistência das duas classificações ainda é confusa para os
microbiologistas, uma vez que estão habituados ao sistema de classificação em
sorogrupos e sorovares. De acordo com Levett (2011), a classificação genética é
incompatível com o sistema de sorogrupo que ainda necessita ser mantido até que
um sistema de identificação mais simples com base no DNA seja desenvolvido e
validado. A classificação genômica das espécies se baseia no grau de similaridade
Revisão bibliográfica 6
do DNA com pelo menos 70 % de homologia e cuja sequência contém uma
divergência de pelo menos 5 % de bases não pareadas (KAUFMANN et al., 2006).
Nessas duas classificações se enquadram as espécies patogênicas e
saprófitas. Isolados sorologicamente indistinguíveis, podem pertencer a espécies
diferentes, de acordo com a classificação genética (BRENNER, et al., 1999).
De acordo com Caldas (2013), as cepas patogênicas que infectam o ser
humano e os animais são: L. interrogans, L. borgpetersenii, L. inadai, L. Kirschneri,
L. noguchii, L. weilii e L. santarosai e possuem mais de 200 sorovares agrupados em
dois sorogrupos. As cepas saprófitas são L. biflexa, L. wolbachii e L. hollandia, com
38 sorovares agrupados em seis sorogrupos.
Apesar de existir essa divergência de classificação, os sorovares pertencentes
a cada sorogrupo não sofreram alterações e a nomenclatura da relação sorogrupo
sorovar é a mesma, tanto na classificação sorológica como na genotípica.
2.3. Biologia Molecular:
O genoma da Leptospira é composto por dois cromossomos circulares, um de
3.850 Kb e outro de 5.450 Kb. Ela contém duas cópias dos genes 16S e 23S rDNA e
somente uma do 5S rDNA e, distribuídos separadamente no cromossomo (GOMES,
2014).
A identificação de Leptospiras através de técnicas moleculares tem
demonstrado valiosos resultados, utilizando diferentes ferramentas, tanto para
diagnóstico, quanto para estudos epidemiológicos da leptospirose. Alguns métodos
moleculares têm sido descritos na literatura para identificar e caracterizar
Leptospiras, tais como: polimorfismo de fragmentos de restrição, eletroforese em
campo pulsado, PCR com primers arbitrários e análise da variação do número de
repetição em tandem (SLACK et al., 2005; MAJED et al., 2005). A técnica de PCR
tem demonstrado ser uma técnica promissora no diagnóstico de doenças infecciosas
como a leptospirose. A PCR requer a utilização de primers específicos que
amplifiquem fragmentos de cepas patogênicas ou potencialmente patogênicas.
Vários ensaios de PCR para detectar leptospirose têm sido descritos. Não é uma
tarefa simples identificar todas as espécies e discriminar patogênicas de não
Revisão bibliográfica 7
patogênicas, o que torna um desafio no diagnóstico molecular. A maioria dos
primers descritos até agora tem como alvo o gene 16S rDNA, caracterizado por ser
um gene altamente conservado entre as espécies de Leptospiras e outras espécies
de bactérias. O gene Lipl32 tem sido usado como alvo para desenho de primers,
uma vez que ele está presente somente nas espécies patogênicas de Leptospira e
ausente em sorotipos não patogênica (JOUGLARD, 2005). A técnica utilizando
primers que amplificam fragmentos do gene Lipl32 tem se mostrado mais sensível
pela Nested- PCR para detecção de Leptospiras patogênicas.
2.4. Epidemiologia
A leptospirose canina é uma doença conhecida em todo o mundo, sua
importância está relacionada aos seus efeitos tanto na economia quanto na saúde
pública (ALVES, 2003). A ocorrência de leptospirose em cães tem grande incidência
em vários países do mundo, podendo apresentar- se tanto na forma esporádica
quanto na endêmica, contudo, sua incidência ocorre, principalmente, em países de
clima tropical e regiões onde o índice de precipitação pluviométrica e inundações
são altos, e o problema se agrava quando associado a condicionantes
socioeconômicos (AZEVEDO et al., 2011). Nos países em desenvolvimento, a
leptospirose é uma doença emergente que afeta comunidades urbanas e favelas
(KO et al., 2009). A falta de infraestrutura e saneamento básico fornecem condições
para a proliferação de ratos, que é o principal reservatório para Leptospira
(FELZEMBURG et al., 2014). A leptospirose canina se tornou um grande problema
sanitário, não somente pela sua patogenicidade e capacidade de o cão ser
susceptível a qualquer sorovar, mas também por ser elemento de contágio ao ser
humano.
Animais, incluindo o homem podem ser considerados hospedeiros
mantenedores e acidentais da doença. Hospedeiros mantenedores são
característicos de espécies em que a doença é transmitida de um animal para o
outro através do contato direto com sangue, tecido, urina e outros fluidos de animais
infectados. Os roedores, por exemplo, possuem características de animais
mantenedores, pois, favorecem a sobrevivência do microrganismo nos túbulos
renais e sua eliminação permanente na urina (GOMES, 2013).
Revisão bibliográfica 8
Diversos estudos sorológicos tem demonstrado que essa doença acomete
diferentes animais de diferentes espécies, podendo ser infectado por grandes
variedades de sorovares, porém, deve-se levar em conta as características
individuais de cada região e de cada espécie (BARCELLOS, 2003).
Para um melhor entendimento da epidemiologia da leptospirose, o
conhecimento dos sorovares prevalentes em cada região e os animais
mantenedores é primordial, uma vez que as infecções humanas resultam da
exposição à urina de animais portadores. O principal reservatório da Leptospira é o
rato (Rattus novergicus) que abriga de forma permanente os membros do sorogrupo
Icterohaemorrhagiae, eliminando-o por longos períodos na urina (FAINE et al.,
1999). Em animais domésticos, o cão assume um importante papel na infecção por
Leptospira. A estreita relação do cão com o homem vem trazendo grande
preocupação pelo fato do animal excretar Leptospiras na sua urina, geralmente sem
apresentar sinais clínicos (AZEVEDO, 2013). Dessa forma é importante avaliar os
fatores de risco no qual o cão está exposto, bem como verificar sua importância
como fonte reservatória de infecção para o homem, de maneira que se direcione
para alguma medida de prevenção (AZEVEDO, 2011).
A leptospirose é também considerada uma doença de risco ocupacional,
atingindo diferentes classes profissionais, principalmente trabalhadores relacionados
aos serviços de saneamento e áreas que oferecem maior exposição aos fatores de
risco da doença (LANGONI et al., 2008). Devido às condições climáticas do Brasil e
escassez de saneamento básico em determinadas regiões, a preocupação em
relação aos casos de notificação tem aumentado.
2.5 Sinais Clínicos
A doença leptospirose caracteriza-se por apresentar uma grande variedade de
sintomas podendo ser de forma mais branda, confundida como uma gripe comum
até a mais grave, como a síndrome descrita por Weil em 1886. Apesar de em alguns
casos o sintoma ser mais brando, isso não impede que a doença evolua para um
quadro mais grave, isso depende do grau da infecção no qual a doença foi
diagnosticada e a fase que ela se encontra (COSTA, 2013).
Clinicamente, a leptospirose apresenta-se de duas formas, uma ictérica e outra
anictérica (FAINE et al., 1999). O estágio de ictérica evolui rápido e
Revisão bibliográfica 9
progressivamente com febre aguda elevada e mialgias, podendo comprometer os
rins e fígado (SAMBSIAVA et al., 2003). Já o estágio anictérico é caracterizado por
apresentar febre, cefaleia e mialgias. Nessa fase septicêmica os sintomas surgem
abruptamente e pode durar de 3 a 7 dias (FAINE et al., 1999).
Em cães, os sintomas podem surgir de forma aguda, que se caracterizam por
icterícia, vômito, diarreia, anorexia, convulsões e poliúria, que pode levar a
comprometimentos hepáticos e renais (MEIRA, 2009; ADIN et al., 2000).
Essa sintomatologia em caninos pode variar dependendo do sorovar abrigado
no animal. O sorovar icterohemorrhagiae pode levar o cão a morte em 24 a 48
horas. O sorovar canícola, por exemplo, pode provocar infecção subclínica ou
crônica e muitas vezes assintomáticas (ADIN et al., 2000).
2.6 Diagnóstico da leptospirose canina
O diagnóstico da leptospirose canina é realizado, geralmente, por sorologia
com a detecção de anticorpos, que pode ser realizado pelo método gênero
específico ou sorogrupo específico (GOMES, 2013; SAMBSIAVA, 2003).
A escolha do método para detecção da Leptospira depende da fase em que a
doença se encontra. O diagnóstico pode ser realizado a partir de diferentes técnicas
laboratoriais baseadas na detecção direta ou indireta do agente. Quando a doença
está na fase aguda, as Leptospiras podem ser observadas no sangue através do
exame direto, porém, este tipo de diagnóstico é considerado falho, uma vez que
existe a necessidade de um profissional muito experiente que possa visualizar com
precisão com Microscópio em Campo Escuro ou por Coloração. Além do exame
direto, outros testes como Cultura para isolamento, Soroaglutinação Microscópica
(MAT), ELISA e exames Imunohistoquímicos são necessários para confirmação de
leptospirose (MINISTÉRIO DA SAÚDE. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2013).
Dessa forma, a necessidade de novos testes para tornar a identificação mais
eficiente seria uma maneira de diagnosticar com precocidade a doença, uma vez
que nenhum destes testes é capaz de diagnosticar com exatidão esta enfermidade
(NASSI et al., 2003).
O diagnóstico realizado através da técnica de biologia molecular tem sido alvo
de estudo para muitos pesquisadores, uma vez que a técnica tem se mostrado mais
Revisão bibliográfica 10
eficiente, específica e de baixo custo na detecção de Leptospiras spp. A técnica
molecular mais comumente utilizada para o diagnóstico é a PCR, que consiste na
amplificação de pequenas quantidades do DNA dos microrganismos em vários tipos
de amostras biológicas em um curto prazo de tempo. No entanto, essa ferramenta
possui algumas limitações, como por exemplo, a incapacidade de detectar o sorovar
infectante, embora isto não tenha valor significativo para o paciente. A sensibilidade
da PCR pode variar de acordo com o tipo de primer utilizado, a padronização da
técnica, escolha do material biológico e armazenamento do DNA. De acordo com
um estudo realizado por Merien (2005), a PCR foi capaz de detectar o DNA da
Leptospira em amostras de soro humano antes da detecção de anticorpos pelo SAM
e pela técnica ELISA IgM.
Atualmente várias técnicas são utilizadas para diagnóstico de leptospirose
canina, porém, os estudos encontrados na literatura tem demonstrado que a técnica
de PCR é a mais adequada no diagnóstico precoce da leptospirose, e dessa forma
poderá contribuir com condutas adequadas no tratamento a ser instituído, e na
saúde pública.
2.7 Fatores de risco da leptospirose canina
São considerados fatores de risco à leptospirose, áreas periurbanas, roedores
presentes no domicílio, o hábito de manter os cães com acesso à rua, contato com
outros animais e contato com áreas alagadiças (JOUGLARD & BROD, 2000). De
acordo com um estudo realizado por Furtado (1997), os cães que tinham acesso à
rua apresentaram risco duas vezes maior de adquirirem a doença. Além disso,
outros fatores, como sexo, raça e idade podem influenciar na infecção do cão à
leptospirose. Segundo Rubel et al., (1997), cães machos foram mais susceptíveis á
doença do que as fêmeas, e cães acima de 12 meses apresentaram maior número
de reações a SAM que cães mas jovens. Dessa forma, Jorge et al., (2005) ressalta a
importância de se verificar fatores que estão relacionados á epidemiologia da
leptospirose e a importância de prevenção, através de medidas sanitárias aplicadas
ao ambiente e aos animais de estimação.
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral:
Identificar através da análise molecular cães naturalmente infectados por
Leptospira spp de diferentes cidades do Estado da Bahia.
3.2. Objetivos Específicos:
3.2.1. Determinar a prevalência de cães com leptospirose do Estado da Bahia e
do município de Ilhéus;
3.2.2. Relacionar a positividade de cães portadores de Leptospiras com fatores
associados no município de Ilhéus, Bahia.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Animais do Estado da Bahia
Foram coletadas 293 amostras de sangue de cães distribuídos em diferentes
regiões do Estado da Bahia. As coletas foram realizadas por conveniência em 12
cidades, compreendendo litoral e interior do Estado, durante o ano de 2013. Essas
coletas foram realizadas nas unidades dos Centros de Controle de Zoonoses (CCZs)
e, também em alguns domicílios dos municípios visitados. As cidades selecionadas
foram as seguintes: Itabuna, Ilhéus, Eunápolis, Irecê, Feira de Santana, Vitória da
Conquista, Brumado, Ipiaú, Una, Jequié, Dias Dávila e Barreiras. Após a coleta, o
material foi enviado ao laboratório de Genética no Hospital Veterinário da
Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC e armazenados à -20° até a realização
de extração de DNA.
4.2 Animais da cidade de Ilhéus
A amostragem foi composta por 558 cães distribuídos em 12 bairros do
Município de Ilhéus, (“latitude 14°47’20” S e “longitude 39°02’58” W) incluindo áreas
periféricas e centrais. O clima da cidade é tropical com índice de precipitação
pluviométrica média anual entre 1500 a 2000 mm. Para cálculo amostral foi
considerado o número estimado de 20.000 cães no município, erro amostral de 5% e
prevalência estimada de 30%, utilizando o programa EpiInfo.
Para coleta foi montado postos nos bairros, aos domingos e feriados para
facilitar a presença da população. A data da coleta foi divulgada previamente por
meios de comunicação como internet e rádios locais. Foram coletados,
aproximadamente, 60 amostras em cada bairro. Em contrapartida foi oferecido aos
proprietários dos animais os resultados dos exames e orientação veterinária.
Foram coletadas alíquotas de 5 a 10 mL de sangue através da punção da veia
jugular e colocados em tubos identificados com e sem o anticoagulante EDTA. O
sangue foi armazenado em freezer -20° até o momento da extração do DNA.
4.3 Extração de DNA
As amostras de sangue selecionadas tanto de Ilhéus como as do Estado foram
submetidas à extração de DNA, através da papa de leucócitos, pelo método de fenol
Materiais e Métodos 13
/clorofórmio. Em seguida, as amostras foram lisadas com tampão de extração (Tris
20 mM, EDTA 50 mM, 5μg/mL de proteinase K e SDS 1%) mantidas a 60ºC por 80
minutos e para recuperação do DNA foi utilizado fenol:clorofórmio:álcool isoamílico
na proporção de 25:24:1 (Invitrogen®), centrifugadas a 16.000g por 10 minutos. O
DNA foi precipitado com etanol 100% e Acetato de amônio 5M, eluído com água
ultra pura e mantido a -20ºC. Posteriormente, todas as amostras foram quantificadas
em espectrofotômetro NanoDrop 2000® para determinação das concentrações
obtidas na extração e padronização da reação de PCR.
4.4 Amplificação do DNA
Para amplificação do DNA extraído foram selecionados dois conjuntos de
primers que amplificam fragmentos do gene Lipl32 de todas as Leptospiras
patogênicas. Os primers foram sintetizados em empresa especializada.
4.5 Condições de PCR e Nested PCR
Para a técnica de PCR, foram utilizados os primers desenhados por
JOUGLARD (2005) do gene Lipl32, constituído pela seguinte sequência de
nucleotídeos, respectivamente: Lipl32F: 5’CGCTTGTGGTGCTTTCGGTGGT3’ e
Lipl32R: 5’CTCACCGATTTCGCCTGTTGGG 3’, resultando em um fragmento de 264
pb e lipL32F2:5’TTCTGAGCGAGGACACAATCCC3’ e Lipl32R1:
5’CTCCCATTTCAGCGATTACGG 3’ resultando na amplificação de um fragmento de
183 pb do produto da primeira reação.
A amplificação do DNA foi realizada conforme protocolo utilizado por
JOUGLARD (2005), em volume final da reação de 25 µl. Foram utilizados 100 ng de
DNA molde e adicionados a um tubo contendo 1,25 U de Taq DNA polimerase
(Invitrogen®) a 10 pmol de cada iniciador, 1X tampão contendo MgCl2 2,5 mM e
dNTP 0,2 mM. As condições de corrida utilizadas para a PCR foi de 94°C durante 5
minutos, seguido por 33 ciclos a 94°C durante 1 minuto, 55°C durante 1 minuto,
72°C durante 1 minuto, e uma extensão final a 72°C durante 7 minutos. Todas as
reações foram realizadas em termociclador Biocycler®. As mesmas condições foram
utilizadas para a Nested PCR, utilizando 1 ul da primeira reação.
Todas as reações foram realizadas com um controle positivo (amostra positiva
para Leptospira extraída do DNA de rato, e posteriormente sequenciada) e um
negativo (água ultra pura).
Materiais e Métodos 14
4.6 Eletroforese
Os resultados de amplificação foram analisados em eletroforese em gel de
agarose a 2%, posteriormente corados em Brometo de Etídio e visualizados em
Transiluminador com luz Ultra Violeta (UV) para comparação das bandas geradas na
PCR.
4.7 Análises Estatísticas
Os resultados obtidos nesse trabalho foram analisados pelo programa EpiInfo
6.4 e Excel.
4.8 Fatores de risco associados
Para determinação das variáveis associados à leptospirose, as informações
sobre os fatores de risco associados foram coletadas no momento da coleta do
sangue dos cães. Os dados referentes ao sexo, idade, raça, se existe outro animal
em casa e se o cão tem acesso a rua foram computados e analisados no EpiInfo
versão 6.4.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diversas técnicas vêm sendo empregadas no diagnóstico de doenças
infecciosas, inclusive na detecção de Leptospiras. A PCR é uma das ferramentas
moleculares mais utilizadas e vem se destacando, pois é uma técnica com alta
eficácia, sensibilidade e especificidade. Nesse estudo, essa técnica foi empregada
para identificar a bactéria Leptospira através do material genético em sangue de
cães naturalmente infectados. O trabalho foi dividido em duas etapas, com análise
dos cães do estado da Bahia e cães do munícipio de Ilhéus.
Dos 293 cães analisados das diferentes regiões do estado da Bahia, incluindo
CCZs e domiciliados, 30 cães (10,2%) foram positivos para leptospirose, sendo 11
(36,6%) cães do CCZs e 19 domiciliados (63,4%). Na figura 1, é possível visualizar
em gel de agarose as bandas específicas geradas na PCR, no qual foi compatível
com o fragmento de 183 pb dos primers Lipl32F2 e Lipl32R1 da Nested PCR que
amplificam e indicam a presença de Leptospiras patogênicas em sangue de cães.
Figura 1. Eletroforese em gel de agarose 2,0% dos produtos da PCR. M: Marcador Molecular, C+: Controle positivo, C-: Controle negativo e amostras positivas para leptospirose.
Na tabela 1 é apresentado o resumo correspondente aos dados de cada um
dos 12 municípios avaliados, evidenciando o total de cães, a quantidade de animais
que apresentaram a banda correspondente a Leptospira (PCR+), a origem dos
animais e o índice de desenvolvimento humano (IDH) das cidades baseados no
relatório das organizações das nações unidas referente ao ano de 2013 (ONU,
2013).
Resultados e discussão 16
Tabela 1. Resultados obtidos utilizando PCR para as amostras de cães naturalmente infectados por Leptospira das cidades do interior da Bahia.
CIDADE CÃES PCR + PCR - ORIGEM % cães infectados IDH
Barreiras 23 1 22 CCZ 4,3 0,721
Brumado 47 7 40 Domiciliado 14,9 0,656
Dias Dávila 6 0 6 Domiciliado 0,0 0,676
Eunápolis 19 3 16 CCZ 15,8 0,677
F. de Santana 15 2 13 CCZ 13,3 0,712
Ilhéus 12 0 12 CCZ 0,0 0,69
Ipiaú 12 0 12 Domiciliado 0,0 0,67
Irecê 33 2 31 Domiciliado 6,1 0,691
Itabuna 70 3 67 CCZ 4,3 0,712
Jequié 32 2 30 CCZ 6,3 0,665
Una 17 10 7 Domiciliado 58,8 0,56
V. Conquista 7 0 7 Domiciliado 0,0 0,678
TOTAL 293 30 263
10,2
No Brasil, poucos são os trabalhos que utilizam a técnica de PCR para
diagnóstico de leptospirose em cães. De acordo com trabalhos publicados na
literatura utilizando métodos sorológicos, a média de cães com positividade para
leptospirose na cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul foi de 2,66% (JOUGLARD,
2000), enquanto que em Itapema, estado de Santa Catarina foi encontrado uma taxa
de 10,5% (BLAZIUS, et al., 2005), já em Santana do Parnaíba, São Paulo foi de 15%
(MASCOLLI, et al.,1999) e estudos realizados em Curitiba, estado do Paraná
apresentou uma taxa de 28,57% (TESSEROLI et al., 2005). Como a média estadual
foi de 10,2%, observa-se que o resultado encontra-se superior ao da cidade de
Pelotas e inferior a Itapema, Santana do Parnaíba e Curitiba, porém em Salvador-
Bahia, Viegas et al., (2001) encontrou uma taxa de 85% através de um
levantamento sorológico em cães errantes.
Empregando o software EpiInfo para analisar os dados, foi possível observar
que das 263 amostras que apresentaram resultados negativos, 160 amostras eram
oriundas do CCZ e 103 eram domiciliadas; já das 30 amostras positivas, 19 eram
domiciliadas e 11 eram do CCZ; aplicando-se o teste de Fisher (p<0,05), verificou-se
que estatisticamente o resultado obtido foi significativo; dessa forma, este resultado
Resultados e discussão 17
indica que as amostras de cães domiciliados apresentaram maior positividade para
leptospirose. Esse resultado contradiz os resultados de Viegas (2001), e Blazius et
al., (2005) que relataram maior incidência de leptospirose em cães do CCZ do que
cães domiciliados, entretanto tanto o cão de CCZ como o doméstico, apresentam
importante fonte de infecção para o homem (BLAZIUS, et al., 2005). Isso pode ser
devido ao cão domiciliado ter hábitos semelhantes aos cães do CCZ, com a mesma
probabilidade de infecção.
De acordo com os resultados, foi possível observar que os munícipios de Dias
Dávila, Ilhéus, Ipiaú e Vitória da Conquista não apresentaram nenhum cão positivo
para leptospirose. Cabe ressaltar que entre essas cidades que apresentaram
negatividade para DNA de Leptospira em sangue de cães, somente as amostras do
município de Ilhéus eram oriundas do CCZ, enquanto que as demais eram de cães
domiciliados. O munícipio de Una apresentou o maior índice de cães positivos, com
58,8% das amostras analisadas. Esse município apresenta o menor IDH entre todos
os avaliados, sendo a única cidade que pode ter esse índice classificado como baixo
(faixa entre 0,5 a 0,599), isso se deve ao fato da cidade possuir pouca estrutura de
saneamento básico. Além disso, esta alta taxa encontrada em Una pode estar
relacionada com a elevação dos índices pluviométricos da cidade que apresentou
chuva forte e acumulada no período anterior da coleta das amostras caninas
(CPTEC, 2014). Isto reflete também no resultado significativo de cães positivos
domiciliados encontrados pelo software EpiInfo, uma vez que existe essa alta taxa
de cães positivos para leptospirose da cidade de Una e que os animais eram
domiciliados.
As cidades que apresentam IDH classificados como alto (faixa entre 0,7 a
0,799: Itabuna, Feira de Santana e Barreiras), mesmo tendo as amostras coletadas
no CCZ municipal apresentaram baixos índices de cães positivos para leptospirose.
Foi realizada uma análise a fim de buscar associação com o IDH dos
munícipios e a positividade das amostras; para isso o IDH foi dividido em duas
classes compostas pelos seis menores valores e pelos seis maiores valores das
cidades estudadas. Das 263 amostras negativas na análise molecular, 111 eram do
grupo que possui menor IDH e 152 eram do grupo que possui maiores valores de
IDH. Já em relação as 30 amostras positivas, 22 eram dos munícipios com menores
valores de IDH, enquanto que apenas oito eram dos munícipios com maiores valores
de IDH. Isso corrobora com a ideia de que cidades com pouca infraestrutura e
Resultados e discussão 18
saneamento básico possuem maiores condições predisponentes para manutenção
da Leptospira se comparado aos demais, sendo que esse resultado apresenta-se
estatisticamente significativo (p<0,05).
Concomitante às amostras do estado, foi realizada a análise molecular de 558
amostras do munícipio de Ilhéus para verificar prevalência de cães com leptospirose
e fatores de risco associados à doença. Cabe ressaltar que todas as amostras desse
conjunto eram domiciliadas e que pertenciam a 12 diferentes bairros da cidade,
conforme ilustra a figura 3.
Figura 3. Localização aproximada dos bairros onde foram realizadas coletas de amostras de sangue de cães domiciliados no município de Ilhéus.
Na tabela 2 é apresentado o resumo correspondente aos dados de cada um
dos 12 bairros avaliados, evidenciando o total de cães e a quantidade de animais
que apresentaram a banda correspondente à bactéria Leptospira (PCR+).
Resultados e discussão 19
Tabela 2. Resultados obtidos utilizando PCR para as amostras de cães naturalmente infectados por Leptospira dos 12 diferentes bairros da cidade de Ilhéus-BA.
Bairro
Total
de
cães
PCR + PCR - % cães
infectados
T. Vilela 49 9 40 18,4
Olivença 24 7 17 29,2
N. Sra da Vitória 61 11 50 18,0
Salobrinho 53 7 46 13,2
Hernani Sá 63 6 57 9,5
B. da Vitória 38 6 32 15,8
Conquista 54 2 52 3,7
Barra 21 2 19 9,5
Malhado 43 4 39 9,3
Iguape 55 11 44 20,0
Pontal 43 4 39 9,3
Nelson Costa 54 4 50 7,4
TOTAL 558 73 485 13,1
De acordo com a análise molecular realizada nas amostras de sangue dos 558
cães domiciliados do município de Ilhéus, a média obtida de cães positivos para
leptospirose foi de 13,1%. Os bairros: Conquista (3,7%), Nelson Costa (7,4%),
Pontal (9,3%), Malhado (9,3%), Hernani Sá (9,5%), Barra (9,5%) apresentam-se
abaixo da média municipal do estudo (13,1%); enquanto que o Salobrinho
apresenta-se com cães infectados pela bactéria praticamente igual a do município
(13,2%); já os bairros Banco da Vitória (15,8%), Nossa Senhora da Vitória (18,0%),
Teotônio Vilela (18,4%), Iguape (20,0%) e Olivença (29,2%) encontram-se acima da
média municipal.
De maneira geral, os bairros com valores abaixo da média, podem ser
considerados bairros com maior urbanização, enquanto que os bairros que
apresentam menor infraestrutura apresentam maiores índices de infecção pela
bactéria. Cabe ainda ressaltar que esses bairros com maiores quantidades de
amostras positivas são cercados por áreas de mata verde e/ou manguezais, além de
Resultados e discussão 20
apresentar frequentes episódios de enchentes, levando ao acúmulo de lixo e,
consequentemente, a presença de roedores, principal hospedeiro da Leptospira. De
acordo com Nunes (2009), a falta de rede de esgoto em bairros considerados
periféricos e o destino inapropriado de lixo domiciliar está correlacionado com a alta
taxa de infecção por Leptospira em cães.
Foi realizada a divisão dos bairros em duas classes baseada na localização
geográfica dos mesmos, sendo adotados como bairros centrais: Hernani Sá,
Conquista, Barra, Malhado, Pontal e Nelson Costa e bairros periféricos: Teotônio
Vilela, Olivença, Nossa Senhora da Vitória, Salobrinho, Banco da Vitória e Iguape.
Essa análise buscou associar a positividade das amostras, com os bairros
considerados centrais e periféricos, e veio complementar a discussão anterior no
qual bairros periféricos apresentaram valores maiores de cães com leptospirose
comparada com a média municipal, enquanto que os bairros considerados centrais
apresentaram valores menores de cães infectados.
De acordo com o resultado obtido foi possível observar que dos 278 cães
considerados de bairros centrais, 22 foram positivos para doença e 256 foram
negativos; já nos bairros que compõe a periferia, dos 280 animais analisados, 51
foram positivos e 229 negativos. Os dados mostram que houve significância
estatística (p<0,05) e as amostras dos bairros da periferia apresentaram maior
positividade, sendo o risco 2,6 vezes maior que os cães dos bairros centrais. Esse
resultado corrobora com os encontrados por Cortes (1992), onde é relatado que
áreas periféricas são consideradas áreas de risco, pois a expectativa dos animais
domésticos entrarem em contato com outros possíveis reservatórios de Leptospira é
maior. Além disso, essa prevalência pode ser atribuída às condições dessas regiões,
que segundo Lavinsk et al.,(2012), são áreas mais alagadiças, o que propicia a
manutenção da Leptospira no ambiente.
Além desse fator, outras variáveis foram avaliadas, como sexo, raça, idade, se
o animal tem acesso à rua e se possui contato com outros animais, contudo,
nenhuma dessas variáveis apresentou significância estatística (p<0,05%).
Vários autores estudaram fatores de risco associados para leptospirose, e os
resultados obtidos no presente trabalho refutam os resultados encontrados por
Rubel (1997) em Buenos Aires, onde o sexo, idade e o acesso à rua foram
apontados como fator de risco para a doença. Contudo, um estudo realizado por
Meira (2010), relatou que o sexo e a idade não apresentaram significância
Resultados e discussão 21
estatística, porém os cães sem raça definida apresentaram um risco 1,19 vezes
maior de ser infectado por Leptospira, isso pode ser explicado pelo fato desses
animais terem mais acesso à rua, aumentando a chance desses cães entrarem em
contato direto com outros animais infectados ou através de áreas alagadiças. Em
contrapartida, os resultados obtidos na pesquisa realizada por Aguiar et al., (2007), o
acesso à rua e o contato com outros animais não apresentaram associação com a
leptospirose, entretanto os estudos realizados por Silva et al.,(2004) e Magalhães et
al., (2006), esse fator de risco apresentou significância estatística, e os autores
atribuem este resultado ao hábito de acesso à rua propiciar inúmeras possibilidades
de infecção pelo contato direto ou indireto com possíveis reservatórios de
Leptospiras.
6. CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos, foi possível identificar e determinar
através da análise molecular a prevalência de cães com leptospirose no Estado da
Bahia e especificamente do município de Ilhéus.
Além disso, foi possível concluir que não existe relação da positividade de cães
com Leptospira com os fatores de risco associados do município de Ilhéus.
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