UNIVERSIDADE ESTADUAL SANTA CRUZ -...
Transcript of UNIVERSIDADE ESTADUAL SANTA CRUZ -...
UNIVERSIDADE ESTADUAL SANTA CRUZ PRO-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA E
BIOLOGIA MOLECULAR
ESTUDO DA COMUNIDADE MICROBIANA DO PRÉ-ESTÔMAGO DE
CAITITU (Pecari tajacu L.)
EDUARDO GOMES DE OLIVEIRA
ILHÉUS-BAHIA-BRASIL MAIO DE 2008
ii
EDUARDO GOMES DE OLIVEIRA
ESTUDO DA COMUNIDADE MICROBIANA DO PRÉ-ESTÔMAGO DE
CAITITU (Pecari tajacu L.)
Dissertação de mestrado apresentada a Universidade Estadual de Santa Cruz como parte das exigências para obtenção do título de mestre em genética e biologia molecular.
Área de concentração: Biologia Molecular
ILHÉUS-BAHIA-BRASIL MAIO DE 2008
iii
EDUARDO GOMES DE OLIVEIRA ESTUDO DA COMUNIDADE MICROBIANA DO PRÉ-ESTÔMAGO DE
CAITITU (Pecari tajacu L.)
Dissertação de mestrado apresentada a Universidade Estadual de Santa Cruz como parte das exigências para obtenção do título de mestre em genética e biologia molecular.
Área de concentração: Biologia Molecular
Aprovada em:
Profª. Drª Mara Lucia Albuquerque Profª. Drª Rachael Passos Rezende (UESB) (UESC)
Prof. Dr. Amauri Arias Wenceslau Prof. Dr Eduardo Gross (UESC) (Orientador)
iv
DEDICATÓRIA
Aos meus irmãos e sobrinhos, por serem a razão do meu viver, aos amigos por terem me ajudado a derrubar os muros que encontrei pela frente e a Deus por ter colocado os muros, pois sem esses o meu chegar aqui não teria tanto sabor de
vitória, dedico.
v
AGRADECIMENTOS
A Deus pelo dom da vida, pela força nos momentos de fraqueza, por ter
colocado paz nos momentos de turbulência e pela minha saúde, da minha família e
dos meus amigos;
As minhas três mães do Salobrinho: Maria de Lurdes, Leoni e Hiolanda pois,
sem elas a minha vida acadêmica teria sido muito mais árdua.
Aos meus amigos de laboratório: Ana Cácia, Braz da Hora, Jaime Henrique,
Cristiano, Sizenando e Lana por terem sido o auxilio certo de todas as horas;
A minha segunda família: Valquiria, Rubens, Gardênia, Jorge Rosa, Tiago
Magalhães, Rodrigo, Alda e Elisson, por serem à base da minha sobrevivência
emocional nos momento de felicidade e de dificuldade.
A equipe de orientação, professor Dr. Eduardo Gross, Dr. Sergio Nogueira e
Dr. João Dias, por ter contribuído tanto na minha formação profissional,
principalmente ao professor Gross, que além de orientador, foi pai, amigo, irmão.
A professora Rachael Passos Rezende por ter me acolhido com tanto
carinho e compromisso e amizade no seu laboratório de Monitoramento Ambiental;
Aos professores de graduação: Kátia Moema, Roberta Costa, Roberto
Paixão; George Rego; Amauri Wenceslau, Maria Amélia e Alexandre Munhoz pela
brilhante atuação no processo de construção do meu conhecimento como médico
veterinário;
A UESC e especialmente ao Programa de Pós Graduação em Genética e
Biologia Molecular por ter me acolhido.
A FAPESB pela concessão da bolsa de mestrado;
vi
EXTRATO
O caititu (Pecari tajacu - Tayassuidae) é uma espécie que sofre pressão de caça em função de sua carne e couro de excelente qualidade. Tal prática tem reduzido drasticamente sua população no ambiente natural, sendo a criação em cativeiro uma das alternativas para amenizar essa pressão sobre a espécie. Entretanto, para seu manejo e criação em cativeiro é importante o conhecimento acerca da sua biologia. O caititu apresenta um estomago complexo formado por quatro diferentes compartimentos e a morfo-fisiologia desse órgão, juntamente com o comportamento alimentar do animal, permitem classificá-lo como pseudo-ruminante. O presente trabalho foi conduzido com intuito de avaliar o perfil da diversidade microbiana do estomago de caititus submetidos à dieta suplementada ou não com uréia. Também foram avaliados as concentrações de acetato, lactato e propionato do pré-estômago desses animais. Para isso, quatro machos adultos foram submetidos à dieta suplementada com uréia e no grupo controle, para outros quatro machos adultos, a uréia foi suprimida. Para avaliar a diversidade microbiana a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) seguida de análise em gel de eletroforese com gradiente desnaturante (DGGE) foi utilizada, enquanto que a avaliação dos ácidos provenientes da fermentação foi realizada através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). A obtenção das amostras do conteúdo estomacal, apesar da tentativa de uso de sondas gástricas, só foi possível com o sacrifício do animal. Essas amostras foram submetidas a dois diferentes protocolos para extração do DNA total e visualização dos amplicons, sendo a extração mais eficiente com o uso de esferas de vidros (“glass beads”) e a e a melhor visualização e definição de bandas no gel através da revelação com nitrato de prata e padronização da quantidade de DNA aplicado. A avaliação do perfil da comunidade de Archaea e Bacteria revelou comportamentos distintos para esses dois grupos microbianos. O padrão das bandas dos amplicons de Archaea nos géis de DGGE ficou inalterado para os diferentes compartimentos do estomago, nas amostras retiradas dos diferentes animais, mesmo para os suplementados com uréia. Já os perfis de bandas nos géis com amplicons de bactérias mostraram-se diversos tanto para os diferentes compartimentos do estômago como para as diferentes amostras (conteúdo estomacais dos animais). A suplementação com uréia também modificou o perfil dessas bandas e, portanto, a estrutura da comunidade bacteriana. Foi possível demonstrar que houve uma grande similaridade entre as principais espécies que compõe a comunidade bacteriana do estômago de caititu provindas do mesmo compartimento. A suplementação de uréia na dieta dos caititus diminui a concentração do acetato e propionato e aumentou a de acetato em alguns compartimentos do estômago. Palavras - chave : Microbiologia, nutrição animal, biologia molecular, diversidade microbiana.
vii
ABSTRACT
Collared peccary (Pecari tajacu - Tayassuidae) is a species that is commonly hunted because its meat and high quality leather. This practice has reduced its natural population, and farming and breeding activities are alternatives to diminish the pressure under this species. However, for management and farming of collared peccary it is important knowledge about its biology. This species present a complex stomach formed by four different compartments and organ morphology and physiology jointed with animal feed behavior, permit to classify as pseudoruminat. Present work was conduced with aim to analysed microbial diversity profile of collared peccaries submitted a diet supplemented or not with urea. Also were evaluated acetate, lactate and propionate concentrations in peccaries forestomach. To this four adult males were submitted to urea supplemented dietary and in control group, to the other four adult males, urea was suppressed. To evaluate microbial diversity polymerase chain reaction (PCR) followed by denaturing gradient gel electrophoresis (DGGE) techniques were employ, and to analyse fermentation products high-performance liquid chromatography (HPLC) was used. Despite of use of gastric probes, samples of stomach content were obtained only with animal euthanasia. These samples were submitted to two different protocols to total DNA extraction and amplicons visualizing, has been more efficient extraction using glass beads, and better bands definition and visualization with silver nitrate staining and standardization of DNA quantity. The evaluation of archaeal and bacterial community profile revealed distinct behavior to the two microbial groups. Bands pattern of archaeal amplicons in DGGE gels was not altered to the different compartments in samples obtained from different animals, even to those urea supplemented. Gels bands profiles of bacterial amplicons were diverse in different stomach compartments and to different samples (animals stomach content). Urea supplementation also modifies bands profiles and consequently the structure of bacterial community. It was possible demonstrate high similarity between major species of bacteria of collared peccary stomach coming from same compartment. Urea supplementation on peccaries diet diminished lactate and propionate concentration and augmented acetate in some stomach compartments. Keywords : Microbiology, animal nutrition, molecular biology, microbial diversity.
viii
ÍNDICE
EXTRATO.....................................................................................................................vi ABSTRACT...................................................................................................................vii 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................01 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................02
2.1. A importância da criação de caititus (Tayassu tajacu) em cativeiro ................02
2.2. A importância da fermentação microbiana.......................................................03
2.3. Limitações na identificação de microrganismos de amostras complexas .......05
2.4. Téc. molec. para ident. e estudo de microrg. de comunidade complexas........05
2.4.1. Extração de DNA......................................................................................05 2.4.2. PCR - Reação em Cadeia da Polimerase................................................06 2.4.3. DGGE (Denaturing Gradient Gel Electrophoresis)..............................….08
2.4.4. Uso de PCR - DGGE em estudos da microbiota gastrintestinal..............09
3. CAPÍTULO 1. Abordagem molecular da microbiota estomacal do caititu.................10 4. CAPITULO 2. Urea supplementation influenced bacteria but not archaea...............22 5. CONCLUSÕES.........................................................................................................45 6. REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES....................................................................46 APÊNDICES.................................................................................................................53
1
1. INTRODUÇÃO
O caititu (Pecari tajacu) também conhecido como porco-do-mato ou pecari é
encontrado em todo o Brasil. Existe atualmente uma grande demanda no mercado
internacional pelo seu couro e carne que são de excelente qualidade. Essa
demanda, entretanto, está sendo suprida pela caça ilegal que levou em 1994 e
1997 à classificação dessa espécie como ameaçada de extinção e à sua inserção
no Anexo II da CITES.
Uma das alternativas que surgiu para solucionar esse problema foi à criação em
cativeiro, pois esse animal vive em diferentes habitats, possui comportamento
gregário, fato este que facilita o processo de adaptação às condições de
confinamento. O que o torna uma alternativa para a produção econômica,
principalmente, em áreas onde as condições locais de clima e relevo, limitam o
potencial zooténico das espécies domésticas criadas convencionalmente. No
entanto, para o estabelecimento de técnicas adequadas para o manejo dessa
espécie, tanto em condições naturais quanto em cativeiro, são necessários
conhecimentos básicos sobre sua biologia.
Esse animal possuir hábito alimentar bastante diversificado. E uma de suas
características bastante vantajosa é a presença de um pré-estomago que permite o
aproveitamento de alimentos fibrosos através da fermentação microbiana, e isso
possibilita o barateamento no custo de produção em cativeiro. No entanto, até o
momento não se haviam estudado o perfil dos microrganismos que realizam a
digestão da celulose ou de outros que possibilitam o aproveitamento destes
alimentos. Esse fato está associado à dificuldade de cultivo desses microrganismos
em condições artificiais, pois segundo Amann et al. (1995) e Rappe (2003), cerca
de 50 a 95% dos microrganismos de amostras complexas são incultiváveis em
laboratório, em função das limitações das técnicas tradicionais de cultivo e
microscopia. E como alternativa para solucionar esse problema técnicas da
biologia molecular podem ser utilizadas para análise dessas comunidades.
O presente estudo teve como objetivos: estabelecer um protocolo eficaz para
extração do DNA total desse conteúdo; Aperfeiçoar a técnicas de PCR e DGGE;
avaliar através dessas técnicas a diversidade microbiana do pré-estomago do
caititu submetida à dieta com e sem uréia; e avaliar os níveis de ácidos acético,
lático e propiônico através da cromatografia liquida de alta eficiência-CLAE.
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Importância da criação de caititus ( Pecari tajacu) em cativeiro
No Brasil, a fauna silvestre ainda é uma importante fonte de proteína
animal utilizada por populações mais afastadas dos grandes centros urbanos. O
aproveitamento desses animais, porém, está sendo feito através da caça de
subsistência que, associada à destruição de habitats, está causando a redução de
suas populações naturais (REDFORD & ROBINSON, 1991; BODMER e SOWLS,
1993; ALVARD et al., 1997; NÉO, 1992; ROCHA, 2001)
Na América Latina uma das espécies mais caçadas é caititu (Pecari
tajacu) porque além da carne, cotada entre as mais apreciadas, também existe
interesse em seu couro, para o qual há uma grande demanda no mercado
internacional (SOWLS, 1997). O couro de caititu é utilizado para confecção de
artigos de luxo que tem grande procura na Europa, Estados Unidos da América e
Japão (SOWLS, 1984). Atualmente, essa demanda é atendida pela caça que é
realizada de forma ilegal e indiscriminada em vários países sul-americanos,
especialmente no Brasil (BODMER e SOWLS, 1993).
A caça e a perda de habitats levaram à sua inserção no Anexo II da
CITES (FONSECA, RYLANDS, COSTA, MACHADO, e LEITE, 1994; SOWLS,
1997). Uma das formas propostas para o aproveitamento racional desses animais
seria o manejo em condições naturais (BODMER et al., 1997) ou a criação em
cativeiro (NOGUEIRA-FILHO, 1999).
A criação comercial, além de contribuir com a conservação da espécie,
poderia gerar uma fonte alternativa de renda para produtores rurais, vindo a suprir
a procura pela carne e demais produtos desse animal, além de evitar a caça de
forma indiscriminada. Como esse animal se adapta facilmente às condições de
cativeiro poderia se tornar uma alternativa de produção econômica, principalmente,
em áreas onde as condições locais de clima e relevo, limitam o potencial
zootécnico das espécies domésticas criadas convencionalmente. No entanto, para
o estabelecimento de técnicas adequadas para o manejo dessa espécie, tanto em
condições naturais quanto em cativeiro, são necessários conhecimentos básicos
sobre sua biologia (FRAGOSO, 1998).
3
O caititu é encontrado em todo o Brasil, vivendo em diferentes tipos de
habitats, possui comportamento gregário, fato este que facilita o processo de
criação em cativeiro (DEUTSCH e PUGLIA, 1990). É um animal onívoro, mas
predominantemente frugívoro em floresta tropical úmida (KILTIE 1981). Uma de
suas características marcantes do ponto de vista anatômico-fisiológico é a
presença de um pré-estômago, constituído por um compartimento fermentativo e
dois sacos cegos, que são continuidades de tal compartimento (LANGER 1978). A
presença desse pré-estômago permite o aproveitamento de alimentos volumosos
através da fermentação microbiana dos constituintes da parede celular
(NOGUEIRA-FILHO 2005). Esse dado sugere que , podem ser utilizados alimentos
volumosos na sua alimentação como uma possibilidade de reduzir
significativamente os custos de produção em cativeiro.. O que é relevante
considerando que a alimentação pode representar até 60% dos custos de
produção (NOGUEIRA-FILHO 1999). Como esta espécie se adapta facilmente a
diferentes tipos de alimentos é necessário buscar alternativas mais baratas e que
atendam suas exigências nutricionais (OLIVEIRA, 2007).
2.2. Importância da fermentação microbiana
Devido aos elevados custos com a alimentação animal os animais que
conseguem utilizar forrageiras e outros alimentos volumosos apresentam
vantagens econômicas porque nestas plantas, bem como na natureza, a celulose é
a biomolécula mais abundante. Esta utilização é possível em função desses
animais apresentarem uma relação simbiótica com microrganismos (bactérias,
fungos e protozoários) que têm habilidade em obter energia dos carboidratos
complexos, como celulose e hemicelulose, da parede celular das plantas
(NEWBOLD, 1997; D’AGOSTO et al., 2001). Bovinos, cabras, ovelhas, cavalos,
coelhos entre os animais de produção e caititus e capivaras entre os animais
silvestres são exemplos de animais que apresentam regiões peculiares no seu
trato digestório que possibilitam essa atividade. Além de realizar a fermentação de
forragens esses micróbios produzem vitaminas K e do complexo B entre outros
compostos de grande relevância para o animal (FRANZOLIN, 2003).
4
Como conseqüência da fermentação microbiana ocorre formação de
ácidos graxos voláteis (AGV) tais como ácidos acético, butírico e propiônico que
são absorvidos pela parede da mucosa gástrica ou intestinal e seguirão vias
metabólicas distintas para a produção de energia,síntese de proteínas e lipídeos.
Porém, as proporções de produção desses ácidos variam de acordo com o
substrato e tipo de microrganismo que realiza a fermentação, (HORITY, 1987;
BARCELOS et al., 2001).
Vários estudos relacionaram o ganho de peso animal com a atividade
microbiana do trato gastrintestinal, principalmente com bovinos, espécie de grande
interesse econômico para muitos países, inclusive o Brasil (NICODEMO, 2001;
COPPOLA e TURNES, 2004; KABIR et al., 2004; ARENAS et al.., 2005; JORGE et
al., 2006; VIDAL, 2007).Tais trabalhos se dão através do direcionamento de dietas
específicas para os microrganismos ruminais e uma das etapas primordiais para o
fornecimento dessa dieta é a identificação e estudo das sucessões da microbiota
indígena simbionte desses organismos (MARTIN & NISBET, 1992; WALLACE,
1994).
Um exemplo é o fornecimento de uréia na alimentação dos bovinos, a
qual favorece o crescimento dos microrganismos do rúmen, aumentando a
digestão da celulose e outros produtos fibrosos (BARRETO, 2003). A uréia também
eleva o número de microrganismos que chegam ao abomaso (estômago
verdadeiro) junto com a ingesta, e que serão degradados pelo acido clorídrico e
pepsina, transformando-se assim em fonte de proteína para o anima Em síntese, o
nitrogênio não protéico da uréia é incorporado pela microbiota, passando assim a
nitrogênio de origem protéica que será aproveitado pelo animal quando tais
microrganismos forem digeridos no estômago verdadeiro (BARRETO, 2003;
GONÇALVES, 2003; MATOS, 2003).
A complexidade de interações entre fatores relacionados ao tipo de
alimentação, aspectos fisiológicos do animal, e as interações entre os diversos
tipos de microrganismos existentes, torna o sistema digestório um local de intensa
complexidade microbiana (KAMRA, 2005; OLIVEIRA, 2007). Com isso, a perda do
equilíbrio nesse ambiente pode causar a morte ou a sucessão dos microrganismos
ali existentes, interferindo desta forma na atividade celulolítica e diminuindo o
aproveitamento da celulose e de outros produtos(KOZLOSKI, 2002).
5
2.3. Limitações na Identificação de microrganismos de amostras
complexas.
Entende-se por comunidades microbianas complexas, ao um conjunto de
populações de micróbios que interagem entre si e com o ambiente no qual está
inserido. Mudanças em fatores como pH, temperatura, salinidade, pressão,
presença ou ausência do gás oxigênio, e variações nos subprodutos do
metabolismo dos microrganismos ali presentes, são alguns dos elementos que
podem causar sucessões microbiológicas nesses ambientes, ou matar
completamente a comunidade (KOZLOSKI, 2002).
As relações de interdependência estabelecida entre os elementos
supracitados e os microrganismos, fazem com que estes sejam de difícil
identificação. Pois, os meios de cultivo seletivos tradicionais, na maioria das vezes,
não são capazes de mimetizar as condições que microrganismos particulares
requerem para sua proliferação em seu habitat natural. A grande parte das
bactérias em amostras ambientais não pode ser detectada através da microscopia
convencional, pois elas aderem-se às partículas de solo e sedimentos tornando-se
invisíveis (PACE, 1997). Portanto a compreensão da diversidade microbiana de
comunidades complexas é bastante limitada. Segundo Amann et al. (1995), cerca
de 95 a 99% dos microrganismos presentes em comunidades complexas não são
cultiváveis em laboratório, restringindo assim o conhecimento sobre sua biologia.
Como alternativa para solucionar esse problema, técnicas da biologia
molecular como extração do DNA total da comunidade, PCR, DGGE e
seqüênciamento surgem como mecanismos eficazes na identificação e estudos
desses microrganismos (MACRAE, 2000; KENT E TRIPLETT, 2002).
2.4. Técnicas moleculares de identificação e estudo de microrganismos de
comunidades complexas.
2.4.1- Extração de DNA
Os ácidos nucléicos (DNA e/ou RNA) constituem o material biológico
através do qual são realizadas análises filogenéticas (taxonômicas), tipagens de
6
espécies/linhagens e análise da diversidade de organismos em amostras
complexas. No entanto, para que tais análises possam ser realizadas, os ácidos
nucléicos precisam ser isolados dos outros constituintes celulares, e re-
suspendidos em solução aquosa. Muitas vezes, essas suspensões necessitam,
ainda, passar por processo de purificação para que contaminantes como proteínas
e polissacarídeos sejam retirados da solução. Essa descontaminação se faz
necessária quando os contaminantes interferem em reações posteriores, como
amplificações por PCR, hibridizações, digestões com enzimas de restrição e outras
(MADIGAN et al., 1997; HUGENHOLTZ et al., 1998ab),
Vários protocolos de isolamento de ácidos nucléicos estão descritos na
literatura. Esses protocolos são compostos por alguns poucos procedimentos
básicos, necessários à desintegração e homogeneização de tecidos e células, à
solubilização dos ácidos nucléicos, à separação dos ácidos nucléicos dos outros
constituintes celulares e à precipitação dos ácidos nucléicos. São protocolos que
apresentam pequenas variações e podem ser mais ou menos convenientes a
determinados propósitos em função do tempo gasto, da quantidade e pureza dos
ácidos nucléicos obtidos, do nível de degradação dos ácidos nucléicos resultantes
e da eficiência da lise das células alvo (SAGHAI-MAROOF, 1984; SAMBROOK et
al., l989; OLERUP & ZETTERQUIST, 1994; BELSHAW & QUICKE, 1997).
2.4.2. A Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)
O princípio básico da PCR está na capacidade de, a partir de
quantidades mínimas de DNA, multiplicar uma determinada seqüência, de modo
que esta se torne majoritária na amostra. O material inicial para análise através da
técnica de PCR pode ser obtido a partir de diferentes amostras, como o solo, o
suco gastrintestinal, o tecido animal ou vegetal . Numa reação de PCR, o
fragmento de DNA que desejamos multiplicar (ou amplificar) é chamado de
fragmento alvo ou DNA molde (e os oligonucleotídeos que utilizamos são
chamados de primers), ou iniciadores. Na realidade, os primers nada mais são do
que pequenos fragmentos de DNA complementares às extremidades da região que
se pretende amplificar. Estes primers são produzidos rapidamente e vendidos por
7
companhias de biotecnologia específicas (SAIKI, 1988; ERLICH, 1989; ERLICH et
al., 1992; NEWTON, 1994; GRIFFITHS, 1996).
O método pelo qual a PCR funciona é descrito da seguinte forma: dois
pequenos fragmentos de DNA, tipicamente de 20-30 pares de bases, são
sintetizados em laboratório. Esses são os “primers” , que são complementares a
cada uma das extremidades da seqüência do DNA de interesse. Num tubo de
reação são adicionados os primers, os nucleotídeos livres (adenina, guanina,
timina e citosina), o DNA que se quer analisar (DNA molde) e uma enzima especial
resistente ao calor chamada Taq DNA polimerase, que promove a síntese de DNA.
A mistura é aquecida a 95°C, causando a separação d as duas fitas de DNA. Em
seguida, a mistura é esfriada até 55-65°C, temperat ura nas quais os primers se
ligam às regiões complementares das fitas de DNA que estão separadas. Neste
momento, dentro do tubo de reação, todo o DNA está na forma de fita simples,
menos as duas pequenas regiões nas quais os primers se ligaram nos dois lados
da seqüência de DNA de interesse. A temperatura é então elevada a 72°C, e a Taq
DNA polimerase começa a sintetizar um novo DNA, começando nas regiões em
dupla fita, local onde cada um dos primers se ligou ao DNA molde. A Taq irá
promover a síntese de DNA somente a partir da região em dupla fita. A síntese
ocorre em uma taxa de aproximadamente 20 nucleotídeos/segundo, e em cerca de
30 segundos a 1 minuto uma nova cópia do fragmento que se quer analisar é
sintetizada. A reação agora é novamente aquecida a 95°C, causando novamente a
separação de todo DNA em fitas simples. Ao final do primeiro ciclo há duas fitas da
molécula original de DNA, mais duas cópias da região de interesse. A temperatura
é novamente reduzida, e agora os primers irão se ligar aos 4 sítios nas novas duas
cópias e também na molécula original de DNA. A temperatura do ciclo é
novamente elevada a 72°C e as 4 fitas individuais s ão copiadas em 8 (SAIKI, 1988;
ERLICH, 1989; ERLICH et al., 1992; NEWTON, 1994; GRIFFITHS, 1996).
Esses ciclos são repetidos geralmente 30 vezes, num aparelho chamado
termociclador. Ao final dos ciclos de amplificação existem, aproximadamente, 1
milhão de cópias do segmento de DNA de interesse para cada molécula molde
originária da amostra inicial. É assim que podemos selecionar um fragmento
específico dentro de um genoma (SAIKI, 1988; ERLICH, 1989; ERLICH et al.,
1992; NEWTON, 1994; GRIFFITHS, 1996).
8
Quando são usados primers específicos em uma reação em cadeia da
polimerase (PCR), fragmentos específicos no genoma do organismo são
amplificados. É por este tipo de análise que podemos observar diferenças entre
indivíduos. De acordo com o número de repetições da seqüência que são
observadas, ou seja, das bandas de diferentes tamanhos visualizadas em gel de
agarose (ou poliacrilamida), podemos identificar o grau de parentesco ou até a
origem da amostra em análise (SAIKI, 1988; ERLICH, 1989; ERLICH et al., 1992;
NEWTON, 1994; GRIFFITHS, 1996).
No entanto, a grande sensibilidade desta técnica apresenta também
desvantagens, pois o risco de contaminação por uma molécula de DNA não
presente na amostra de interesse se torna grande, sendo recomendado bastante
cuidado em casos forenses e em todos os estudos moleculares.
2.4.3. DGGE (Denaturing Gradient Gel Electrophoresi s)
A fim de melhorar a caracterização e a análise de comunidades
complexas, independentemente do cultivo das espécies que as compõem, tem sido
focado o interesse no desenvolvimento de técnicas da biologia molecular capazes
de permitir o estudo da comunidade desses habitats. A análise do gene de 16S
rRNA tem sido utilizada no estudo de microrganismos do ambiente (Amann et al.,
1995), porque: está presente em todos os organismos; apresenta regiões
conservadas assim como regiões variadas, o que torna possível o desenho de
primers e sondas com diferentes níveis de especificidade; tem informações de
seqüências suficiente para inferência filogenética; e está presente em grande
número nas células, o que facilita sua detecção. E, entre as metodologias
baseadas no 16S rDNA, destaca-se o gradiente desnaturante em gel de
eletroforese (DGGE). Esta técnica identifica diferenças estabelecidas no
comportamento desnaturante da dupla fita de DNA que, submetida a um gradiente
crescente de concentração de agentes desnaturantes (uréia e formamida), se
separam em fragmentos discretos, chamados de domínios de desnaturação. Ou
seja, amplicons de DNA com mesmo tamanho, mas com composição diferente, em
pelo menos um par de bases, migrarão para posições diferentes no gel, gerando
assim um perfil genotípico da comunidade (DÍEZ, 2001).
9
2.4.4. Uso de PCR-DGGE em estudos da microbiota gas trintestinal de animais
O conhecimento sobre a diversidade microbiana dos diferentes
ecossistemas do trato digestivo de algumas espécies é incompleto e fragmentado.
Isso devido as limitação nas técnicas tradicionais de cultivo e microscopia. No
entanto técnicas moleculares com o PCR e DGGE vêm complementando as
informações a cerca da diversidade microbiana de comunidades complexas
(MACRAE, 2000; KENT E TRIPLETT, 2002).
Vários são os trabalhos que validam a importância de tais técnicas
moleculares para analise de diversidade, por exemplo, foi possível avaliação
através do DGGE a comunidade de bacteriana do intestino de suínos
suplementados com antibióticos ou extratos herbais mostrando com êxito as
variações microbianas em função das dietas fornecidas (PEDROSO, 2005). Outros
trabalhos acerca da utilização do DGGE para tal finalidade têm avaliado desde
comunidades complexas do solo a a flora intestinal de diversos animais
domésticos e selvagens com finalidades diversas (AMANN, 1995; MACRAE, 2000;
DIEZ, 2001).
Portanto o presente estudo teve como objetivos: estabelecer um
protocolo eficaz para extração do DNA total do conteúdo dos compartimentos
estomacais do caititu; Aperfeiçoar a técnicas de PCR e DGGE; avaliar através
dessas técnicas a diversidade microbiana do pré-estomago desse animal
submetido à dieta com e sem uréia; e avaliar os níveis de ácidos acético, lático e
propiônico através da cromatografia liquida de alta eficiência-CLAE.
10
3. CAPITULO 1
(Artigo a ser submetido à revista “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia”)
Título: Abordagem Molecular da Microbiota Estomacal do Cai titu ( Pecari
tajacu) Através de PCR e DGGE
Autores: E. G. Oliveira, A. C. F. Santos, J. H. Amorim, F.R.H. Fraga, S.L.G.
Nogueira-Filho, J.C.T. Dias, R. P. Rezende, E. Gross
RESUMO
Técnicas moleculares como PCR e DGGE são poderosas ferramentas para estudo
da diversidade microbiana de amostras complexas. No entanto, a otimização
dessas metodologias é de fundamental relevância para estudo dessas
comunidades. O presente trabalho teve como objetivo estabelecer protocolo eficaz
para extração do DNA total do material estomacal do caititu (Pecari tajacu), bem
como potencializar a técnica de PCR-DGGE para análise da microbiota desse
órgão. O material estomacal de três caititus foi alíquotado e conservado a – 20 Cº.
Duas estratégias foram utilizadas para extração do DNA. Na primeira foi utilizado
tampão fosfato e esferas de vidro e, na segunda, um sonicador para a lise celular.
No DGGE foram testadas diferentes concentrações de DNA aplicadas no gel, bem
como a coloração com prata e “syber safe”. Como resultado foi possível constatar
uma melhor qualidade na extração DNA com uso de esferas de vidro; boa
visualização das bandas no DGGE quando corado com nitrato de prata; e
diferenças no bandeamento em virtude da padronização na quantidade de DNA
aplicado ao gel. Através dessas melhorias na metodologia foi possível constatar a
presença de amplicons de Archaea, bactérias, fungos e protozoários no pré-
estômago do caititu.
11
Abordagem Molecular Da Microbiota Estomacal do Caititu (Pecari tajacu) Através de PCR e DGGE [Molecular Aproach of Collared Peccary (Peccari tajacu) Stomach Microbiota using PCR-
DGGE]
E. G. OLIVEIRA, A. C. F. SANTOS, J. H. AMORIM, F.R.H. FRA GA, S.G. NOGUEIRA-FILHO, J.C.T. DIAS, R. P. REZENDE, E. GROSS
Universidade Estadual de Santa Cruz
Rodovia Ilhéus-Itabuna, Km 16-Campus Soane Nazaré de Andrade 45662000- Ilhéus, BA
[email protected] – (73) 3680-5183
RESUMO
Técnicas moleculares como PCR e DGGE são poderosas ferramentas para estudo da diversidade microbiana de amostras complexas. No entanto, a otimização dessas metodologias é de fundamental relevância para estudo dessas comunidades. O presente trabalho teve como objetivo estabelecer protocolo eficaz para extração do DNA total do material estomacal do caititu (Pecari tajacu), bem como potencializar a técnica de PCR-DGGE para análise da microbiota desse órgão. O material estomacal de três caititus foi alíquotado e conservado a – 20 Cº. Duas estratégias foram utilizadas para extração do DNA. Na primeira foi utilizado tampão fosfato e esferas de vidro e, na segunda, um sonicador para a lise celular. No DGGE foram testadas diferentes concentrações de DNA aplicadas no gel, bem como a coloração com prata e syber safe. Como resultado foi possível constatar uma melhor qualidade na extração DNA com uso de esferas de vidro; boa visualização das bandas no DGGE quando corado com nitrato de prata; e diferenças no bandeamento em virtude da padronização na quantidade de DNA aplicado ao gel. Através dessas melhorias na metodologia foi possível constatar a presença de amplicons de Archaea, bactérias, fungos e protozoários no pré-estômago do caititu. Palavras- chave: Pecari; biologia molecular; pré-estômago; bactéria, Archaea.
ABSTRACT
Molecular techniques as PCR and DGGE are powerful tools for microbial diversity studies in complex samples. However, optimization of these methodologies is relevant for studies of these communities. The aim of present work was to establish an efficient protocol for total DNA extraction of forestomach content of collared peccary (Pecari tajacu), as well to improve the PCR-DGGE technique to analyze microbial diversity in these organ. Stomach content obtained from three collared peccaries was aliquoted and conserved at – 20 ºC. Two strategies for DNA extraction were tested, in the first, we used phosphate buffer and glass beads and, in the second, cells were sonicated to cellular lyse. In DGGE different concentrations of DNA were used in gel as well silver stain and syber safe. Our results demonstrated a better quality in DNA extraction with glass beads use, a better visualization
12
of DGGE bands when silver stained and differences on band pattern when quantity of DNA in gel was standardized. Improving the DNA-PCR methodology was possible to note the presence of Archaea, bacteria, fungi and protozoa amplicons in collared peccary stomach. Keywords: Peccary; molecular biology; forestomach, bacteria, Archaea.
INTRODUÇÃO O caititu (Pecari tajacu) apresenta grande demanda no mercado internacional pelo seu couro
e carne de excelente qualidade (Sowls, 1997). Uma de suas características marcantes é a
presença de um pré-estômago que permite o aproveitamento de alimentos fibrosos através
da fermentação microbiana, e isso possibilita a redução no custo de produção em cativeiro
(Langer 1978; Nogueira-Filho 2005). No entanto, até o momento não foram identificados os
microrganismos que realizam a digestão desses compostos presentes na sua alimentação.
Trabalhos de identificação desses microrganismos utilizando técnicas convencionais de
cultivo demonstraram-se insuficientes (Amann,1995; Pace, 1997 ). Sendo assim, técnicas
da biologia molecular surgem como alternativa para avaliar tais comunidades (Macrae,
2000; Kent e Triplett, 2002). Nos últimos anos estudos sobre a diversidade microbiana
ruminal usando espécies domesticadas e não domesticadas foram publicados (Frórez e
Mayo, 2006; Ercolini, 2004). O presente estudo teve como objetivo estabelecer um
protocolo de extração do DNA total dos compartimentos fermentativos do caititu, bem
como, analisar a diversidade desses compartimentos através da amplificação do DNA
usando “primers” para archaea, bactérias e protozoário, além de otimizar a técnica de DGGE
(Denaturing Gradient Gel Electrophoresis) para análise de tal diversidade.
MATERIAL E MÉTODOS
Os animais desse estudo encontravam-se acondicionados nas baias do setor de
necropsia do hospital veterinária da UESC. Três caititus adultos, machos, criados em
cativeiro e alimentados com dieta contendo 70% de concentrado (grão de milho) e 30% de
volumoso (capim elefante- Pennisetum purpureum Schum) foram sacrificados, após um
período de 14 dias de adaptação alimentar. Foram retirados seus estômagos com respectivos
pré-estômagos. De forma asséptica o material gástrico foi aliquotado e conservada a -20ºC
13
até o momento das análises. Duas técnicas de extração foram testadas. Na primeira, após
descongelamento, 4g do material era deixados “over nigth” em 50 mL de tampão fosfato pH
8,0 e com 0,1% de tween 80. O sobrenadante era centrifugado a 5000rpm /5min.
Adicionava-se 1/3 do tamanho do pellet de glass beads e 3mL de PBS 1X pH 7,5 e em
seguida vortexado por 1min, centrifugando a 5000rpm/5min e descartando o sobrenadante
(repetir 3X). Ressuspender o precipitado em 3 mL de TE pH 7,5 e em seguida foi vortexado
por 1min, centrifugado a 5000rpm/5min e descartado o sobrenadante (repetir 3X). O
precipitado foi ressuspendido em 3mL de TE, ao qual foi adicionado 150µL de SDS 10% e
deixado 15 min a temperatura ambiente. Em seguida o material foi submetido ao choque
térmico (1min em N2 liquido e 4 min em água fervente, repetir 3X). Após choque térmico se
adicionou igual volume, ao da amostra, de fenol-clorofórmio-álcool isoamílico (25:24:1).
Centrifugou-se a 10.000 rpm/10min. O sobrenadante foi coletado, adicionado 10% de
acetato de sódio 5M e 70% isopropanol gelado (equivalente do volume da amostra), deixado
“over night”. Em seguida, a amostra foi centrifugada a 10.000rpm/10min e lavou-se o
precipitado duas vezes com etanol 70% gelado. O DNA foi ressuspendido em TE clássico.
Na segunda técnica, após descongelamento, era adicionado 3 ml de PBS 1X (pH 7,5)
a 4g da amostra e vortexado por 1min, centrifugado a 5000rpm/5min e descartado o
sobrenadante (repetir 3X). O precipitado foi ressuspendido em 3 mL de TE pH 7,5 e em
seguida vortexado por 1 min, centrifugado a 5000rpm/5min e descartado o sobrenadante
(repetir 3X). O precipitado foi ressuspendido em 500 µL de TESC pH 8,3, e adicionado
12µL de SDS 20% com 12µL de proteinase K deixado em banho-maria por 30 min a 37ºC.
Sonicado a 130w com 20 khz por 50seg. Em seguida dado choque térmico (1min em N2
liquido e 4 min em água fervente, repetir 3X). Após choque térmico foi adicionado, igual
volume ao da amostra, de fenol-clorofórmio-álcool isoamilico (25:24:1). Centrifugado a
10.000 rpm/10min, coletado o sobrenadante e adicionado 10% de acetato de sódio 5M e
70%, e isopropanol gelado, deixado over nigth. Foi centrifugado a 10.000rpm/10min e
lavado o precipitado duas vezes com etanol 70% gelado. O DNA foi ressuspendido em TE
clássico.
Para amplificação de fragmentos específicos da região V3 do rDNA 16S de microrganismos
de domínio Bacteria, utilizou-se o seguinte conjunto de iniciadores: BA338fCG (5´ CGC
CCG CGC GCG GCG GGC GGG GCG GGG GCA GCA CGG GGG GAC TCC TAC
GGG 3´) e UN518r (5´ ATT ACC GCG GCT GCT GG 3´) (Ovreas et al., 1997), em
solução contendo 0,1 mM/µL de cada dNTP, 6 mM/µL MgCl2, 0,2 mM/µL de cada
iniciador, 1,5U de Taq DNA Polimerase /25µLda reação, 5µL do tampão da reação 10X
14
(reagentes-Taq Gen da biosystems) e 10ng/µL de DNA. A amplificação foi realizada em um
termociclador (Mastercycler Gradient, Eppendorf), nas seguintes condições: desnaturação
inicial durante 5 min a 95°C, anelamento durante 1 min a 55ºC e extensão a 72ºC por 1 min;
30 ciclos de desnaturação a 95°C por 1 min, anelamento a 55°C por 1 min e extensão a 72°C
durante 1 min; extensão final a 72°C durante 10 min. Uma alíquota dos produtos de PCR
(amplicons) foi analisada por meio de eletroforese em gel de agarose a 1,0% - 1X TBE
Para amplificação do domínio archaea foram usados primers específicos para a região do
rDNA 16S entre as posições 1100 e 1400 conjunto de iniciadores: 1100fCG (5´ CGC CCG
CCG CGC GCG GCG GGC GGG GCG GGG CAC GGG GGG AAC CGT CGA CAG
TCA GGY AAC GAG CGA G3´) e 1400r (5´ CGG CGA ATT CGT CGT GCA AGG AGC
AGG GAC 3´)(Kudo et al. 1997). Em solução contendo 0,1 mM/µL de cada dNTP, 6
mM/µL MgCl2, 0,2 mM/µL de cada iniciador, 1,5U de Taq DNA Polimerase /25µLda
reação, 5µL do tampão da reação 10X (reagentes-Taq Gen da biosystems) e 10ng/µL de
DNA. A amplificação foi realizada em um termociclador (Mastercycler Gradient,
Eppendorf), nas seguintes condições: desnaturação inicial durante 90 segundos a 94°C; 35
ciclos de desnaturação a 94°C por 30 segundos, anelamento a 55°C por 30 segundos e
extensão a 72°C durante por 90 segundos. O ultimo ciclo é seguido por 72º C por 180
segundos.
Para amplificação de fragmento do 18S ribossomal (protozoários ciliados) foram utilizados
o seguinte conjunto de iniciadores: 18SF/GC 5’- CGC CCG CCG CGC CCC GCG CCC
GGC CCG CCG CCC CCG CCC GGG GCG GGT GGT GCA TGG CCG-3’ 18S/R 5’-
AAT TGC AAA GAT CAT TCC C-3’. Em solução contendo 0,1 mM/µL de cada dNTP, 6
mM/µL MgCl2, 0,2 mM/µL de cada iniciador, 1,5U de Taq DNA Polimerase /25µLda
reação, 5µL do tampão da reação 10X (reagentes-Taq Gen da biosystems) e 10ng/µL de
DNA. A amplificação foi realizada em um termociclador (Mastercycler Gradient,
Eppendorf) nas seguintes condições: desnaturação inicial durante 4mim a 94°C, anelamento
a 60ºC por 30 seg. e extensão 1 min a 72ºC; 35 ciclos de desnaturação a 94°C por 1min,
anelamento a 60°C por 1min e extensão a 72°C durante por 1 min . O ultimo ciclo
desnaturação a 94ºC por 1 min, anelamento 60º por 1min e extensão a 72º C por 10 min.
Os amplicons foram separados por eletroforese em gel de poliacrilamida 8% com gradiente
desnaturante variando de 30 a 70%. O gradiente foi preparado utilizando-se duas soluções
(solução 100% de desnaturação contendo 40% (vol/vol) formamida e 7 M uréia e solução
0% de desnaturação sem uréia ou formamida) (Ovreas et al., 1997). A DGGE foi realizada
com auxílio do equipamento DCode (BioRad) em géis de 16 x 16 x 0,1 cm e tampão TAE
15
1X (20 mM Tris acetato e 0,5 mM EDTA). Foram aplicados de 650 a 3250 ng de produto de
PCR por canaleta. A eletroforese foi realizada a 200V e 60°C, durante quatro horas. Na
coloração com prata os géis foram fixados com solução de etanol e ácido acético a 10 e 1%
respectivamente por 10 min, lavados com água deionizada duas vezes por 1 min, pré-
tratamento com acido nítrico 1,5% por 3 min, duas lavagens com água deionizada por 1 min,
impregnados com solução de prata (AgNO3) a 0,2% por 20 min, revelação com solução
gelada de carbonato de sódio (Na2CO3) a 3% com 0,54 mL de formaldeido, até aparecer as
bandas (4-7 min), bloquei da revelação é feito com acido acético 5% por 5 min, lavar com
água deionizada por 1 min. A coloração com saber syfe foi realizada de acordo com as
instruções do fabricante.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Uma das etapas principais nos estudos da biologia molecular é extração do DNA
com qualidade compatível com as técnicas subseqüentes para a realização do trabalho
(Mesquita et al., 2001; Solléro et al., 2004). Existem diversas técnicas que visam extrair o
DNA total de diferentes tipos de amostras, porém, nenhum método é universalmente
aplicável, pois cada tipo de amostra, devido a sua própria natureza, requer otimização
(ZHOU et al., 1996). Diversos métodos de extração de DNA de amostras complexas
encontram-se disponíveis na literatura. Basicamente, eles envolvem a ruptura das células
presentes na amostra, liberando o material genético (DNA) tornando-o apto para uso em
técnicas da biologia molecular, como a restrição enzimática, a amplificação de seqüências
específicas por PCR e a hibridização. Nas duas técnicas aqui utilizadas foi possível a
extração do DNA total do conteúdo estomacal estudado. O protocolo I (ver Material e
Métodos) apresentou uma maior quantidade de DNA extraído (Fig. 1) que o protocolo II.
Isso pode ser de grande relevância, pois microrganismos com baixa representabilidade na
comunidade ou de difícil lise celular podem não ter amplicons visíveis no gel ou
simplesmente não ter seu DNA extraído (Pedroso et al, 2005).
O DNA obtido com os dois protocolos foi amplificado com primers para Archaea,
bactérias e protozoários ciliados (Fig. 2 a 4). Essa comunidade microbiana presente no
estômago do caititu é comum a outros tratos gastrintestinais de animais poligástricos
(Ezequiel, 2002; Kamra, 2005). A qualidade das extrações e amplificações foi verificada
16
através da quantidade de bandas dos amplicons obtidas no DGGE, que foi maior com a
utilização do protocolo I e que permitiu inferir sobre uma maior eficiência desse protocolo
na representação da diversidade microbiana no estômago do caititu (Fig. 5), o que é de
fundamental importância para real avaliação da microbiota existente (Leser et al., 2003;
Abbott, 2004; Pedroso, 2005).
Técnicas moleculares de “fingerprint”, como o DGGE, vêm sendo utilizadas nos
mais diversos estudos para demonstrar o perfil da diversidade de comunidades microbianas
de ambientes específicos e complexos, e é talvez a técnica mais comumente utilizada entre
os métodos independentes de cultivo. Esta técnica foi utilizada pela primeira vez para
análise da diversidade de amostras complexas por Muyzer et al. (1993).
Alguns trabalhos têm demonstrado que a técnica de PCR-DGGE muitas vezes
subestima a comunidade existente (Leser et al., 2003; Abbott, 2004; Pedroso, 2005).
Segundo Marriel (2005), isso ocorre devido à existência de certa probabilidade de
fragmentos pertencentes a microrganismos diferentes assumirem um mesmo posicionamento
no gel em função de possuírem a mesma quantidade de GC ou se caso a divergência em GC
seja de poucos pares de bases e o uso do gradiente desnaturante inadequado. Essa
subestimação pode ser devido também ao fato que algumas bactérias representam pequena
parte da população e, conseqüentemente, na amostra de DNA das mesmas, podem
representar menos de 1% do total que é o limite de resolução do DGGE (Muyzer; Smalla,
1998). No entanto, o presente trabalho mostra que parte desse problema está também
relacionada à quantidade de DNA aplicado no gel bem como à técnica de coloração utilizada
(Fig. 6 a 10).
O perfil de bandas no gel de DGGE pode ser visualizado através de coloração com
brometo de etídio, “syber safe”, prata, dentre outros. No presente trabalho, os géis corados
com prata apresentaram um maior número de bandas visualizadas, quando comparados com
a coloração com “syber safe” e brometo de etídio. Observação semelhante foi feita por
Felske (1996), mostrando assim uma maior sensibilidade na técnica que utiliza o nitrato de
prata para coloração (Fig.6).
No rúmen e trato digestivo de animais a maioria das bactérias presentes não são
cultiváveis, somente alguns protozoários podem ser cultivados e os fungos exibem ciclo de
vida complexo. Assi, varias técnicas moleculares tem sido utilizadas e continuamente
evoluem para aumentar o conhecido sobre essas comunidades microbianas complexas e sua
composição e estrutura. De um ponto de vista ecológico uma maior diversidade é
17
geralmente considerada um atributo positivo para maior estabilidade e resiliência dessas
comunidades (Zoetendal et. al, 2004).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBOTT, A. Gut reaction. Ed.6972. Reino Unido: Nature, v. 427, p.284-286. 2004.
AMANN, R.I.; LUDWIG W.; SCHLEIFER, K. Phylogenetic identification and in situ detection of individual microbial cells without cultivation. Microbiological Reviews, 1995. v. 59, p. 143-169.
ERCOLINI, D. PCR-DGGE fingerprinting: novel strategies for detection of microbes in food. Journal of Microbiological Methods, 2004. v.56, p.297–314.
FELSKE, A.; ENGELEN, B.; NUBEL, U.; BACKHAUS, H. Direct ribosomal isolation from soil to extract bacterial rRNA for community analysis. Appl. Environ. Microbiol: 1996. 62, 4162– 4167.
FLÓREZ, A. B.; MAYO, B. PCR–DGGE as a tool for characterizing dominant microbial populations in the Spanish blue-veined Cabrales cheese.International Dairy Journal, (2006) v. 16. p.1205–1210.
KAMRA, D.N. Rumen microbial ecosystem. Current Science, 2005. v.89, n.1, p.124-134.
KENT, A. D; TRIPLETT, E. W. Microbial communities and their interactions in soil and rhizosphere ecosystems. Pablo Alto: Annual Review Microbiology, 2002. v. 56, p. 21-36.
LESER T. D.; AMENUVOR, J. Z.; JENSEN, T. K. Cultureindependent analysis of gut bacteria: the pig gastrointestinal tract microbiota revisited. Applied and Environmental Microbiology, 2003. v.68, n.2, p.673-690.
MACRAE, A. The use of 16S rDNA methods in soil microbial ecology. São Paulo: Brazilian Journal of Microbiology, 2000. n. 31, p. 77-82.
MESQUITA, R. A.; ANZAI, E. K.; OLIVEIRA, R. N.; NUNES, F. D. Avaliação de três métodos de extração de DNA de material parafinado para amplificação de DNA genômico pela técnica da PCR. Pesqui Odontol Brás, out./dez. 2001. v. 15, n. 4, p. 314-319.
MUYZER, G.; K. SMALLA. Application of denaturing gradient gel electrophoresis (DGGE) and temperature gradient gel electrophoresis (TGGE) in microbial ecology. Antonie Leeuwenhoek, 1998. V.73, p.127-141.
MUYZER, G.; SMALLA, K. Application of denaturing gradient gel electrophoresis (DGGE) and temperature gradient gel electrophoresis (TGGE) in microbiol ecology. Antonie van Leeuwenhoek, 1993. v.73, n.1, p.127-141.
18
NOGUEIRA-FILHO, S.L.G. & NOGUEIRA S.S. da C. Analise Econômica da Criação Comercial de Animais Silvestres. Fortaleza- CE: Revista Econômica do Nordeste, abr-jun, 2005. v. 31, n. 2 p. 188-195.
PACE, N.R. A molecular view of microbial diversity and biosfera. New York: Science, 1997. v. 276, p. 734-40.
PEDROSO, A. A; OETTING, L. L; UTIYAMA, C. E; MENTEN, J. F. M; LAMBAIS, M. R; MIYADA, V. S. Variabilidade Espacial da Comunidade Bacteriana Intestinal de Suínos Suplementados com Antibióticos ou Extratos Herbais. Viçosa: R. Bras. Zootec., 2005. v.34, n.4, p.1225-1233.
SOLLÉRO, B. P.; FARIA, D. A.; PAIVA, S. R.; GUIMARÃES, S. E. F. ; LOPES, P. S.;
PAIXÃO, D. M. Método rápido de extração de dna utilizando ctab em tecidos musculares
de suínos. Brasília, DF: ZOOTEC2004, 28 a 31 de maio de 2004.
SOWLS, L. K. Javelinas and other peccaries: Their biology, management, and use (2nd ed.). Tucson, Arizona: University of Arizona Press, 1997.
ZHOU, J.; BRUNS, M.A.; TIEDJE, J.M. DNA recovery from soils of diverse composition. Appl Environ Microbiol: 1996. v.62, p.316-322.
ZOETENDAL,E.G., COLLIER, C.T., KOIKE, S., MACKIE,R.I., GASKINS, H.R. Molecular Ecological Analysis of the Gastrointestinal Microbiota: A Review. The Journal of Nutrition, 2004. v.134: p.465-472.
19
LISTA DE FIGURAS COM LEGENDAS
.
DGGE
SC SC CF CF E E C- C+ P1 P1 P2 P2
Figura 1 – Gel de agarose a 1% mostrando DNA extraído com Protocolo I- P1 e Protocolo II –P2
Figura 3 - DNA amplificado com primer região V3 do 16S ribossomal (SC=DNA do seco cego; CF=DNA da câmara fermentativa; E=DNA do estomago; C- controle negativo; P1 e
C- P1 P2 E CF SC SC SC CF CF E E C- C+
Figura 4 - DNA amplificado com primer para 18S ribossomal (para protozoários ciliados) SC=DNA do seco cego; CF=DNA da câmara fermentativa; E=DNA do estomago; C- e C+ controle negativo e positivo respectivamente.
Figura 2 - DNA amplificado com primers para Archaea (SC=DNA do seco cego; CF=DNA da câmara fermentativa; E=DNA do estomago; C-e C+ controle negativo e positivo
20
Figura 5 - DGGE c/ gradiente de 40 a 70% corado com prata mostrando diversidade de fragmentos 18S.
Figura 7- DGGE com DNA de Archaea presente nos compartimentos estomacais de caititu (Pecari tajacu). Gel corado com solução de prata.
Figura 6- DGGE com DNA de Archaea presente nos compartimentos estoma- cais de caititu (Pecari tajacu). Gel corado com SYBER-SAFE.
Figura 8 - DGGE corado com prata com DNA do saco cego 100ng/µL.Região V3 do 16S ribossomal- teste piloto
21
1µL 2µL 3µL 4µL 5µL 10µL 15µL 25µL 35µL 45µL1µL 2µL 3µL 4µL 5µL 10µL 15µL 25µL 35µL 45µL
Figura 10 - DGGE c/ gradiente de 45 a 65% corado com prata mostrando em fragmentos de archaea.
Figura 9 - DGGE c/ gradiente de 40 a 70% corado com prata mostrando em fragmentos de archaea do saco sego; 1µL=650ng de DNA .
22
4. CAPITULO 2
(Artigo a ser submetido à revista “Journal of Applied Microbiology”)
Título: Urea supplementation influenced bacteria but not ar chaea communities
in compartmented stomach of collared peccary ( Pecari tajacu L.)
Autores: E.G. Oliveira1, A.C.F, Santos2, J.C.T. Dias2, R.P. Rezende2, S.L.G.
Nogueira-Filho1, E. Gross1
ABSTRACT
Aims: This study was carried out to verify if bacterial and archaeal populations, and
products of fermentation in each compartment of collared peccary stomach vary
significantly with urea supplementation to this animal. Also we compare bacterial
and archaeal populations variation among the four compartments of stomach.
Methods and Results: Archaeal and bacterial communities in the stomach of four
individuals per treatment were analysed at the molecular level using PCR followed
by denaturing gradient gel electrophoresis. Volatile fatty acids (VFA) and lactate
composition in the three different compartments of forestomach were also analysed.
The bacterial community varied considerably among each compartment and with
urea supplementation, but no variation was observed on archaeal populations.
Differences on bacterial community between treatments (with and without urea)
were noticeably greater than among stomach compartments. Acetate propionate
ratio also was modified due urea supplementation.
Conclusions: Use of urea on peccaries diet can substantially modify bacterial
populations but not influenced archaeal community. There are some differences on
bacterial but not on archaeal populations in each compartment of collared peccary
stomach.
Significance and Impact of the Study: Urea factor have an important effect on
determining bacterial composition, and modify the composition of volatile fatty acids
in the collared peccary stomach. Archaeal populations present on collared peccary
stomach are not affect by urea supplementation.
23
Urea supplementation influenced bacteria but not ar chaea communities in
compartmented stomach of collared peccary ( Pecari tajacu L.)
E.G. Oliveira1, A.C.F, Santos2, J.C.T. Dias2, R.P. Rezende2, S.L.G. Nogueira-Filho1,
E. Gross1
1 Department of Environmental and Agricultural Sciences, State University of Santa
Cruz, Ilheus, Brazil
2 Department of Biology, State University of Santa Cruz, Ilheus, Brazil
Running title: Urea on microbiota of peccary stomach
Correspondence: Eduardo Gomes Oliveira, Departament of Environmental and
Agricultural Sciences, State University of Santa Cruz, km 16 Rodovia Ilheus –
Itabuna, 45662-000, Ilheus, Brazil. E-mail: [email protected].
Telephone: +55 73 36805112; Fax: +55 73 36805254
24
ABSTRACT
Aims: This study was carried out to verify if bacterial and archaeal populations, and
products of fermentation in each compartment of collared peccary stomach vary
significantly with urea supplementation to this animal. Also we compare bacterial
and archaeal populations variation among the four compartments of stomach.
Methods and Results: Archaeal and bacterial communities in the stomach of four
individuals per treatment were analysed at the molecular level using PCR followed
by denaturing gradient gel electrophoresis. Volatile fatty acids (VFA) and lactate
composition in the three different compartments of forestomach were also
analysed. The bacterial community varied considerably among each compartment
and with urea supplementation, but no variation was observed on archaeal
populations. Differences on bacterial community between treatments (with and
without urea) were noticeably greater than among stomach compartments. Acetate
propionate ratio also was modified due urea supplementation.
Conclusions: Use of urea on peccaries diet can substantially modify bacterial
populations but not influenced archaeal community. There are some differences on
bacterial but not on archaeal populations in each compartment of collared peccary
stomach.
Significance and Impact of the Study: Urea factor have an important effect on
determining bacterial composition, and modify the composition of volatile fatty
acids in the collared peccary stomach. Archaeal populations present on collared
peccary stomach are not affect by urea supplementation.
KEYWORDS
Microbial community, Digestive tract, Tayassuidae, PCR-DGGE, Volatile fatty acids.
25
INTRODUCTION
Collared peccary have a unique digestive system (Shively et al. 1985), where its
stomach can be distinguished on four compartments that Langer (1979) named: a
gastric pouch, a glandular stomach, and two blind sacs. Some microbial
fermentation probably occurs in forestomach (gastric pouch plus blind sacs)
evidenced by high volatile fatty acids concentration in this compartment (Swols
1987; Lochmiller et al., 1989). In one of few studies about microbial community on
forestomach, Carl and Brown (1983) found high concentrations of protozoa (0.3 –
2.5 .106 individuals per ml) in this compartment. Swols (1987) suggested that
bacteria digest the cellulose in the chambered stomach, however bacterial and
archaeal populations were not observed or isolated from forestomach.
Collared peccary have a wide distribution in Americas, from southwestern of United
States to northern Argentina, and is one of the most frequently hunted species in
Latin-America (Robinson and Redford 1991) representing an important source of
meat (Bodmer et al. 1997). Maintenance in captivity of collared peccaries is a
suitable strategy for conservation and breeding programs (Sowls 1987; Nogueira-
Filho and Nogueira 2004), and some farm experiences were done in Brazil
(Nogueira-Filho et al. 2004). Some Brazilian rural producers have tamed this
species for meat and leather production and its status as a pseudo-ruminant animal
(Langer, 1979) could enable cheap diets to be formulated (Nogueira-Filho, 2005).
Supplementation of urea as inorganic N source is widely applied on ruminant diet
(Huntington and Archibeque 1999). This N source is an attractive protein
replacement because of its low cost compared with most natural proteins (crude
protein) and can synchronize the fermentation of fiber digestion (Huntington and
26
Archibeque 1999). Despite of the ability of peccaries to digest low quality roughage,
many collared peccary farms use commercial pig diets, which increase production
costs (Nogueira-Filho 2005). Use of low quantities of urea (to avoid toxicity) on
collared peccary diet could help on forestomach fermentation diminished costs of
collared peccary farming.
The hypotheses tested in the present study were (i) that the addition of urea on
collared peccary diet could modify bacterial and archaeal community in
compartmented stomach, and (ii) that supplementation with urea would increase
carbohydrates fermentation in forestomach, measured by volatile fatty acids
content.
MATERIALS AND METHODS
Protocols and animal handling through this experiment were approved by the
Comissão de Ética para Uso de Animais nas Atividades de Ensino e de Pesquisa of
the State University of Santa Cruz.
Food was withheld for 6 h before euthanasia that was performed agree with the
Brazilian resolution number 714 of Conselho Federal de Medicina Veterinária.
Stomach content (digesta) were collected in sterilized plastic bags immediately after
slaughter and stored at -20 ºC until DNA extraction, and volatile fatty acids and
lactate evaluation.
27
Experimental design
Eight adult male collared peccaries were distributed between two homogeneous
groups and allocated into environmental conditions barns for a 4-days
acclimatization period and a 35-days experimental dietary period. All the peccaries
were weighed before and after experiment, and were fed on a diet with elephant
grass (Pennisetum purpureum Schum.) as the roughage source, and soybean and
corn meals as crude protein concentrate, on proportion of 30 : 70 (forage :
concentrate), with free access to fresh water. For urea supplemented animals (urea
treatment), part of crude protein concentrate was gradually substituted for this
nonprotein N at proportion of 0.5% per week, reaching 2% at fourth week,
proportion that was maintaining at last week of experiment. All the ingredients were
well mixed and dietary were offered to peccaries once a day with amount of food
based on 2,6% of them body weight (mean).
DNA extraction and PCR amplification
Total DNA of forestomach content (digesta) was extracted by means of a modified
freezing / heating protocol (Oliveira et al in submission). All PCR mixtures contained
200 ng of genomic DNA as a template. The following primers were used for PCR
amplification across the 16S rDNA V3 region (Ovreas et al., 1997): BA338fCG (5´
CGC CCG CGC GCG GCG GGC GGG GCG GGG GCA GCA CGG GGG GAC
TCC TAC GGG 3´) and UN518r (5´ ATT ACC GCG GCT GCT GG 3´).
Approximately 180 bp of the bacterial 16S rDNA gene was amplified. PCR for these
bacterial analyses was performed using the following steps: one cycle (95 ºC for 5
min), 30 cycles (95 ºC for 1 min, 55 ºC for 1 min, 72 ºC for 1 min) and one cycle (72
ºC for 10 min).
28
PCR using archaeal primers 1100fCG (5´ CGC CCG CCG CGC GCG GCG GGC
GGG GCG GGG CAC GGG GGG AAC CGT CGA CAG TCA GGY AAC GAG CGA
G3´ and 1400r (5´ CGG CGA ATT CGT CGT GCA AGG AGC AGG GAC 3´) was
performed using one cycle (94 ºC for 90 s), 35 cycles (94 ºC for 30 s, 55 ºC for 30 s,
72 ºC for 90 s) and one cycle (72 ºC for 3 min). PCR amplification was performed
using a Mastercycler Gradient (Eppendorf, Germany).
DGGE conditions
DGGE was performed on the DCode Universal Mutation Detection system (Bio-
Rad, Hemel Hempstead, UK) on an 8% (w/v) polyacrylamide gel in 0.5 mM TAE
with a denaturant gradient of 15–70% run at 200 V for 4 h at 60 ºC. DNA bands
were visualized by staining with silver and images were acquired using Image
Master 3D Platinum software (GE Healthcare, USA) at a spatial resolution of 300
d.p.i., and each band was considered an operational taxonomical unit (OTU). The
similarity matrix for the DGGE profiles was evaluated by Dice index using Past
software (Hammer et al. 2001), with results presented as dendrograms.
VFA and acetate analysis
Forestomach digesta samples were analysed for VFA content by high performance
liquid chromatography (HPLC) as previously described by Keates et al. (2000) with
some modifications. About 10 mg of lyophilized and macerated stomach content for
each animal was suspended in 1mL of extraction buffer composed by 4 mmol L-1 of
H2SO4, 5 mmol L-1 of DTT (dithiothreitol) and 0,01 % de PVPP
(polyvinylpolypyrrolidone) at 10 mg.mL-1. Solution was vortexed and centrifuged at
14.000 rpm for 20 min in TA buffer. Supernatant was filtered (0,45 µm) and about
29
100 µL was applied on HPLC (ÄKTAbasic™ GE Health Care, USA) for analysis and
detection of lactic, acetic and propionic acids using Bio-Rad Aminex HPX-87H ionic
column (300 x 7.8 mm, flux 0,7 mL min-1, 25ºC). Data obtained were integrated and
analysed with UNICORN™ v. 5.0. software.
RESULTS
Samples collected simultaneously from all four compartments of collared peccary
stomachs demonstrated that there was considerable variation on composition of the
major bacterial species (OTU) present in each compartment of stomach (Fig. 1).
Samples collected from two groups of peccaries (with and without urea
supplementation) demonstrated that also there was considerable variation on
bacterial community between treatments in different compartments (Fig. 2 and 3).
These observations imply that (i) there is some important differences on bacterial
composition among the compartments of collared peccary stomach and (ii) urea
supplementation could be important factor to determine the major groups of
bacterial populations.
In the clustering analysis applied on bacterial DGGE profiles of different
compartments of collared peccaries stomach (Fig. 4), dendrogram topology
revealed that dorsal blind sac (DS), ventral blind sac (VS) and gastric pouch (GP)
were distinctly grouped from glandular stomach (GS). This clustering analysis also
showed that bacterial community in DS of the four-sampled animal (replicates) was
very similar, and that VS and GP bacterial community clustering separately from
30
those of DS. This also demonstrates that although there is variation in the pattern
observed between samples collected from different peccaries, the change in major
groups of bacterial population is result of local (stomach compartment) where
digesta was collected.
Collared peccaries submitted to urea supplementation (+U) clustering separately
from those no urea supplemented, as can be seen, for example, on VS and GP
dendogram topology of bacterial DGGE profiles (Fig. 5). Same behavior can be
observed on dendogram of DS and GS bacterial DGGE profiles (Fig. 6) suggesting
that a substantial change in the bacterial population occur when urea is
supplemented on collared peccary dietary. However some specificity of resident
bacteria for collared peccary stomach can be observed.
For DGGE gels of archaeal amplicons no differences were observed when we
compare bands distribution. A same pattern to these bands was visualized in
different compartments of different samples (replicates) of peccary stomach and
even urea supplementation did not alter this pattern (Fig. 7).
VFA and lactate concentration, and acetate : propionate ratio in different
forestomach compartments of collared peccaries are presented in Table 1. Urea
supplementation increased acetate concentration on gastric pouch and ventral blind
sac. Propionate concentration in ventral blind sacs and lactate concentration on
dorsal blind sac of urea supplemented peccaries was diminished. Change in the
acetate : propionate ratio was observed on ventral sac. Despite no statistically
significant differences were verified in some compartments (due high values on
standard deviation), in general, there was a tendency of urea supplementation to
diminished lactate and propionate concentrations and to augmented acetate
concentration in collared peccaries forestomach.
31
In attempted to results of collared peccary growth rate, non-urea supplemented
animals weighed less than those urea supplemented at end of experiment, but the
difference was not statistically significant. In the beginning of experiment, urea-
supplemented peccaries mean weight was 22.7 kg, and for non-urea supplemented
peccaries was 22.0 kg. At the end of experiment, urea-supplemented animals gain
some weight (23, 25 kg) and non-urea supplemented peccaries keep them weight
(22, 08 kg).
DISCUSSION
The peccary is a foregut fermenter, with a complex (in compartments) stomach
containing large concentrations of protozoa (Langer 1978) capable of producing
volatile fatty acids from structural carbohydrates of plants (Langer 1978, 1979; Carl
and Brown 1983). The peccary forestomach has a large storage capacity and many
folds that slow the passage of food (Langer 1979), which can allow more time for
microbial fermentation to occur. However, at moment, to the best of our knowledge,
there is no report on literature about bacteria and archaeal presence in the collared
peccary forestomach. Our study, despite of no cultivation nor isolation of archaeal
and bacterial organisms, reports the use of denaturing gradient gel electrophoresis
(DGGE) to assess the diversity of the major species of Archaea and Bacteria
present in the collared peccary stomach.
The DGGE profiles were useful for detecting differences in archaeal and bacterial
diversity attributable to exogenous (urea supplementation) and endogenous
(stomach compartments) parameters.
Probably some of Archae and Bacteria amplicons that we obtained are from
microbial community adherent to plant biomass (elephant grass or, and soybean
32
and corn meals), since forestomach fluid was scarce and digesta was mainly
composed by solid material partially digested. Larue et al. (2005), for example,
observed on clone libraries of grass and starch fed animals many novel lineages of
Clostridium, Selenomonas and Ruminococcus adhered (forming biofilms) on plant
material. If this occurred on our study, the nature of the feed could be influenced the
archaeal and bacterial communities from the solid forestomach phase of collared
peccary.
Eventually, some of archaeal and bacteria amplicons observed on DGGE profiles of
peccaries could be from microbiota attached to the forestomach epithelium. This
microbiota, named epimural community, can differ from that associated with the
rumen digestive contents how observed on lambs by Sadet et al. (2007).
Major groups of Archaea in collared peccary stomach were constant among the four
compartments and the stomach content samples (replicates), and urea
supplementation surprisingly did not alter bands patterns of Archaea amplicons. A
hypothesis that could explain these results is that subtle variations in the community
might be undetected using PCR-DGGE technique. DGGE has an abundance limit
of 1% (Fromin et al. 2002), and thus the contribution to diversity of less-abundant
taxons is underestimated. In our study about 11 archaeal amplicons were
differentiated on DGGE bands. In a study using specific primers to archaeal groups
Nicholson et al. (2007) estimated a total of 66 methanogenic archaeal sequences
belonging to Methanobacteriales, and Methanosarcinales were present on rumen of
sheep and cows. These authors evaluated the metanogenic archaea population in
rumen content between 105 - 1010 g -1.
Within the rumen, fermentative bacteria hydrolyse and ferment carbohydrates,
proteins and lipids to produce acetate, propionate, butyrate and other longer-chain
33
fatty acids (FA) along with H2 and CO2. Hydrogen gas is produced as a result of
acetate and butyrate formation and is utilized in the production of propionate. Since
early work of Langer (1978) VFA were reported in collared peccary forestomach.
Our study demonstrated high concentrations of propionate, which were measured
by HPLC and these results could be attributed to the high grain (mainly to the corn
meals) diet offered to collared peccary. In this type of diet, high in non-structural
carbohydrate and low in structural carbohydrate, the growth/development of
propionate producing bacteria is favoured and the proportion of propionate
produced is increased at the expense of acetate (Bannink et al. 2006). This could
also explain the very low acetate:propionate ratio observed in collared peccary
forestomach.
Of the three main VFA, acetic and butyric acids are substrates for oxidation and as
precursors of lipids. Propionic acid is the only glucogenic VFA, accounting for 65–
80% of the net glucose supply (Reynolds et al. 2003). However, no statistically
significant results were observed on collared peccary growth rate, altought discrete
gain of weight on urea supplemented animals were obtained. This can be explained
due the experiment has been performed with adults animals.
The ratio of VFA produced is a function of the microbial populations present, which
are largely dictated by diet and type of carbohydrate being fermented (Czerkawski
1986). Recent molecular surveys based on amplified 16S rRNA sequences have
revealed the extent of bacterial diversity in farm animals (Tajima et al. 1999; Daly et
al. 2001, Abecia et al. 2007). The dependence of the rumen bacterial community
structure on an animal’s diet is a well-documented fact (Dehority and Orpin 1997),
and could explain some of the similarities of major bacterial amplicons observed on
DGGE gels of collared peccary stomach, since a basic diet was offered to all
34
animals in our experiment. Ruminal microbial communities are composed of various
distinct groups mostly specialized in polysaccharide hydrolysis and fermentations of
resultant sugars, so populations of microbes among animals fed similar diets would
be expected to be similar (Larue et al. 2005).
In our study an important result was demonstrated when soy meal (as crude
protein) was in part substituted by urea, what conducted to modifications in bacterial
structure, as could be observed in DGGE profiles of bacterial amplicons from
peccaries stomach samples. This modification were stronger that the local (stomach
compartment) where digesta were collected. However, it is interesting to note that
similarities on bacterial community were higher in compartments than in same
sampled animal. These results suggest that each compartment of collared peccary
stomach could provide microhabitats and different niches to some species of
microorganisms, and part of microbiota could be specific or characteristic for each
compartment.
LITERATURE CITED
Abecia, L., Fondevila, M., Balcells, J., Lobley, G.E. and McEwan, N.R. (2007) The
effect of medicated diets and level of feeding on caecal microbiota of lactating
rabbit does. J Appl Microbiol 103, 787–793.
Bannink, A., Kogut, J., Dijkstra, J., France, J., Kebreab, E., Van Vuuren, A.M. &
Tamminga, S. (2006). Estimation of the stoichiometry of volatile fatty acid
production in the rumen of lactating cows. J Theoret Biol 238, 36–51.
Bodmer, R.E., Aquino, R., Puertas, P., Reyes, C., Fang, T., Gottdenker, N., 1997.
Manejo y Uso Sustentable de Pecaryes en la Amazonya Peruana. Occasional
Paper of the IUCN Species Survival Commission No. 18. IUCN-Sur, Quito,
Ecuador.
35
Carl, G. and Brown, R.D. (1983) Protozoa in the forestomach of the collared
peccary (Tayassu tajacu). J Mamm 64, 709.
Carl, G. and Brown, R.D. (1986) Comparative digestive efficiency and feed intake of
the collared peccary. Southwest Naturalist 31, 79–85.
Cavalcante Filho, M.F., Miglino, M.A., Bevilacqua, E., Machado, G.V. (1998)
Comparative study of the morphology of the stomach of white lipped peccary
(Tayassu pecari) and of the collared peccary (Tayassu tajacu). Braz J Morph Sci
15, 203–207.
Clauss, M., Schwarm, A., Ortmann, S., Streich, W.J. and Hummel, J. (2007) A case
of non-scaling in mammalian physiology? Body size, digestive capacity, food
intake, and ingesta passage in mammalian herbivores. Comp Biochem Physiol
148,249–265.
coefficients of nutrient digestibility in the collared peccary (Tayassu tajacu). Anim
Feed Sci Tech 120, 151–157
Comizzoli, P., Peiniau, J., Dutertre, C., Planquette, P., Aumaitre, A. (1997)
Digestive utilization of concentrated and fibrous diets by two collared peccaries
species (Tayassu pecari, T.tajacu ) raised in French Guyana. Anim Feed Sci
Tech 64, 215–226.
Czerkawski, J.W. (1986) An introduction to rumen studies. New York: Pergamon
International Library.
Daly, K., Stewart, C.S., Flint, H.J and Shirazi-Beechey, S.P. (2001) Bacterial
diversity within the equine large intestine as revealed by molecular analysis of
cloned 16S rRNA genes. FEMS Microbiol Ecol 38, 141–151.
Dehority B.A. and Orpin C.G. (1997) Development of, and natural fluctuations in,
rumen microbial populations. In Hobson P.N. and Stewart C.S (eds) The Rumen
Microbial Ecosystem, pp 196–245. Chapman & Hall, London.
Ellis, J.L., Dijkstra, J., Kebreab, E., Bannink, A., Odongo, N.E., Mcbride, B.W. and
France, J. (2008) Aspects of rumen microbiology central to mechanistic
modelling of methane production in cattle. J Agricul Sci 146, 213–233.
Fromin, N., Hamelin, J., Tarnawski, S., Roesti. D., Jourdain-Miserez, K., Forestier,
N., Teyssier-Cuvelle, S., Gillet, F., Aragno, M. and Rossi, P. (2002) Statistical
analysis of denaturing gel electrophoresis (DGE) fingerprinting patterns. Environ
Microbiol 4, 634–643.
36
Hammer, Ø., Harper, D.A.T. and Ryan, P.D. (2001). PAST: Paleontological
Statistics Software Package for Education and Data Analysis. Palaeontologia
Electronica 4, 9p. (http://palaeo-electronica.org/2001_1/past/issue1_01.htm).
Huntington, G.B., and Archibeque, S.L. (1999) Practical aspects of urea and
ammonia metabolism in ruminants. Proc Am Soc Anim Sci., 11p.
(http://www.asas.org/jas/symposia/proceedings/0939.pdf. Accessed May 06,
2008).
Keates, S.E., Tarlyn, N.M. Loewus, F.A. and Franceschi, V.R.L (2000) Ascorbic
acid and L-galactose are sources for oxalic acid and calcium oxalate in Pistia
stratiotes. Phytochem 53, 433-440.
Kiltie, R.A. (1981) Stomach Contents of Rain Forest Peccaries (Tayassu tajacu and
T. pecari) Biotropica 13, 234-236.
Langer, P. (1978) Anatomy of the stomach of the collared peccary, Dicotyles tajacu
(L., 1758) (Artiodactyla: Mammalia). Z Saugetierk 43, 42–59.
Langer, P. (1979) Adaptational significance of the forestomach of the collared
peccary, Dicotyles tajacu (L. 1758) (Mammalia: Artiodactyla). Mammalia 43,
235–245.
Larue, R., Yu, Z., Parisi, V.A., Egan, A.R. and Morrison, M. (2005) Novel microbial
diversity adherent to plant biomass in the herbivore gastrointestinal tract, as
revealed by ribosomal intergenic spacer analysis and rrs gene sequencing.
Environm Microbiol 7, 530–543.
Lochmiller, R.L., Hellgren, E.C., Galagher, J.F., Varner, L.W., Grant, W.E. (1989)
Volatile fatty acids in the gastrointestinal tract of the collared peccary (Tayassu
tajacu). J Mamm 70, 189–191.
Nicholson, N.J., Evans, P.N. and Joblin, K.N. (2007) Analysis of Methanogen
Diversity in the Rumen Using Temporal Temperature Gradient Gel
Electrophoresis: Identification of Uncultured Methanogens. Microb Ecol 54, 141–
150.
Nogueira-Filho, S.L.G, Nogueira, S., Mendes, A. and Jori, F. (2004). A large scale
commercial farming of collared peccary (Tayassu tajacu) in North Eastern Brazil.
Game Wildl Sci 21, 413–420.
Nogueira-Filho, S.L.G. (2005). The effects of increasing levels of roughage on
Nogueira-Filho, S.L.G. and Nogueira, S.S.C. (2004) Captive breeding programs as
an alternative for wildlife conservation in Brazil. In: People in Nature:Wildlife
37
Mangement, Conservation in Latin America. Columbia University Press, New
York.
Oliveira, E.G, Santos,A.C.F. Amorim, J.H.; Fraga, F.R.H, Nogueira-Filho, S.L.G.,
Dias, J.C.T, Rezende, R.P. and Gross, E. Abordagem molecular da Microbiota
do estômago de Caititu (Pecari tajacu) através de PCR e DGGE. Arq Bras Med
Vet Zootec In submission .
Ovreas, L., Forney, L., Daae, F.L. and Torsvik, V. (1997) Distribution of
bacterioplankton in Meromictic Lake Sælenvannet, as determined by denaturant
gradient gel electrophoresis of PCR-amplified gene fragments coding for 16S
rRNA. Appl Environ Microbiol 63, 3367–3373.
Reynolds, C.K., Aikman, P.C., Lupoli, B., Humphries, D.J. and Beever, D.E. (2003)
Splanchnic metabolism of dairy cows during the transition from late gestation
through early lactation. J Dairy Sci 86,1201–1217.
Robinson, J.G. and Redford, K.H. (1991). Neotropical Wildlife Use and
Conservation. University of Chicago Press, Chicago, USA.
Sadet, S., Martin, C., Meunier, B. and Morgavi D.P. (2007) PCR-DGGE analysis
reveals a distinct diversity in the bacterial population attached to the rumen
epithelium. Animal 1, 939-944.
Shively, C.L., Whiting, F.M., Swingle, R.S., Brown, W.H. and Sowls, L.K. (1985).
Some aspects of the nutritional biology of the collared peccary. J Wild Managem
49, 729–732.
Sowls, L.K., 1997. Javelinas and Other Peccaries: Their Biology, Management and
Use, second ed. Texas A&M University Press, USA.
Tajima K., Aminov R.I., Nagamine T., Ogata K., Nakamura M., Matsui H. and
Benno Y. (1999) Rumen bacterial diversity as determined by sequence analysis
of 16S rDNA libraries. FEMS Microbiol Ecol 29, 159–169.
38
TABLE AND FIGURES
Table 1. Influence of urea supplementation on forestomach fermentation products
of collared peccary after 5 week of dietary experiment.
Control Urea supplemented Fermented product (mM / g)
Gastric Pouch
Ventral Sac
Dorsal Sac
Gastric Pouch
Ventral Sac
Dorsal Sac
Lactate 65.8 41,1 103.0* 21.6 36.4 38.1*
Acetate 100.0* 88,4* 104.2 134.4* 122.5* 104.8
Propionate 2623.7 2395.0* 3077.2 1546.2 1370.1* 1498.3
Acetate : Propionate
0.064 0,043* 0,034 0.077 0,080* 0.083
* Statistically significant (p < 0.05) for fermented product at the same forestomach compartment.
39
Figure 1. Denaturing gradient gel electrophoresis (DGGE) profile generated from
PCR amplified V3-16S rDNA of the bacterial community in the compartments
(gastric pouch, ventral and dorsal blind sacs, and glandular stomach, GP, VS, DS
and GS, respectively) of collared peccary stomach. Samples taken for this gel are
from the four non-urea supplemented animals.
Figure 2. Analysis of urea-supplementation alterations in gastric pouch (GP) and
ventral blind sac (VS) bacterial profiles. Denaturing gradient gel electrophoresis
(DGGE) profile generated from PCR amplified V3-16S rDNA from four stomach
content samples of non-urea supplemented and tree stomach samples of urea
supplemented (*) collared peccaries.
40
Figure 3. Analysis of urea-supplementation alterations in dorsal blind sac (DS) and
glandular stomach (GS) bacterial profiles. DGGE profile generated from PCR
amplified V3-16S rDNA from stomach content samples of non-urea and urea
supplemented (*) collared peccaries.
41
0 2 4 6 8 10 12 14 16
0,72
0,76
0,8
0,84
0,88
0,92
0,96
1
Sim
ilarit
y
GS
2
GS
3
GS
4
GS
1
VS
4
DS
4
DS
1
DS
2
DS
3
GP
4
VS
3
VS
2
VS
1
GP
1
GP
3
GP
2
Figure 4. Dice dendrogram generated from bacterial denaturing gradient gel
electrophoresis (DGGE) profiles (Fig. 1) of four non-urea supplemented peccaries.
Samples are from gastric pouch, ventral and dorsal sacs, and glandular stomach,
GP, VS, DS and GS, respectively)
42
0 1,6 3,2 4,8 6,4 8 9,6 11,2 12,8 14,4
0,54
0,6
0,66
0,72
0,78
0,84
0,9
0,96
1,02
Sim
ilarit
y
GP
1+U
GP
3+U
GP
2+U
VS
1+U
VS
2+U
VS
3+U
VS
3
VS
4
GP
3
VS
1
VS
2
GP
2
GP
1
GP
4
Figure 5. Dice dendrogram generated from bacterial DGGE profiles (Fig. 2) of
gastric pouch (GP) and ventral blind sac (VS) samples collected from four non-urea
supplemented and three urea supplemented (+U) collared peccaries.
43
0 1,2 2,4 3,6 4,8 6 7,2 8,4 9,6 10,8
0,68
0,72
0,76
0,8
0,84
0,88
0,92
0,96
1
Sim
ilarit
y
DS
3+U
DS
4+U
GS
3+U
GS
4+U
GS
1
DS
3
DS
2
DS
1
DS
4
DS
2+U
Figure 6. Dice dendrogram generated from bacterial DGGE profiles (Fig. 3) of
dorsal blind sac (DS) and glandular stomach (GS) samples collected from non-urea
supplemented and urea supplemented (+U) collared peccaries.
44
Figure 7. Analysis of urea supplementation on archaeal amplicons profiles of gastric
pouch (GP) and blind sac (VS). DGGE profile generated from PCR amplified
archaeal 16S rDNA from stomach content samples of four non-urea and three urea
supplemented (*) collared peccaries. Analysis of urea-supplementation alterations
in dorsal blind sac (DS) and glandular stomach (GS) bacterial profiles. DGGE
profile generated from PCR amplified V3-16S rDNA from stomach content samples
of non-urea and urea supplemented (*) collared peccaries.
45
5. CONCLUSÕES
• A coleta do material estomacal do caititu somente foi possível com o sacrifício
do animal em função da ineficácia do uso da sonda gástrica.
• O DNA total do conteúdo estomacal de caititu pode ser extraído utilizando
dois protocolos a base de fenol, clorofórmio e álcool isoamílico, entretanto a
metodologia que emprega as esferas de vidro é mais eficaz na extração.
• Para a melhor visualização e definição das bandas de amplicons, a
padronização da quantidade de DNA aplicada no gel do DGGE bem como sua
revelação com nitrato de prata devem ser empregados
• O perfil da comunidade de Archaea e Bacteria revelou comportamentos
distintos para esses dois grupos microbianos.
• O perfil das bandas no DGGE dos principais grupos de Archaea não foi
alterado nos diferentes compartimentos do estomago e nem nas amostras
retiradas dos diferentes animais, mesmo para aqueles suplementados com
uréia.
• Os perfis de bandas nos géis com amplicons de bactérias foram diversificados
tanto para os diferentes compartimentos do estômago como para as diferentes
amostras (conteúdo estomacais dos animais).
• A suplementação com uréia modificou o perfil das bandas nos géis de DGGE
dos amplicons de bactérias alterando, portanto a estrutura da comunidade
bacteriana nos compartimentos do estômago do caititu.
• Ocorreu grande similaridade entre as comunidades bacterianas provindas do
mesmo compartimento nas diferentes amostras do conteúdo estomacal de
caititus.
• A suplementação de uréia na dieta dos caititus diminui a concentração do
acetato e propionato e aumentou a de acetato em alguns compartimentos do
estômago.
46
6. REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ALVARD, M.S.; ROBINSON, J.G.; REDFORD, K.H.; KAPLAN, H. The sustainability of subsistence hunting in the Neotro pics . Conservation Biology, 1997. Vol. 11, n 4. ARENAS, S.E.; REIS, S.H.; FUJIMURA, A.C.; MESSAS, P.E.; PARDO. Proenzime® probiotic increases the humoral immune r esponse in bovines immunized with the rabies vaccine In: XVI International Conference Rabies on Rabies in the Americas, 2005, Ottawa, Anais… Ottawa, Canadian Food Inspection Agency, 2005. p.99-99. 2005. ANTONINI, S. R. C.; MENEGHIN, S. P.; URASHIMA A. S. Técnicas básicas de biologia molecular. Universidade Federal de São Carlos: Compus de Araras, 2004. Manual técnico. p.33-37. BARCELOS, A.F.; PAIVA, P.C.A.; OLALQUIAGA, P. J.R. Fatores antinutricionais da casca e da polpa desidratada de café ( Coffea arabica L.) armazenadas em diferentes períodos . Viçosa: Revista Brasileira Zootecnia, 2001. v. 30, n. 4, 1316-1324 BARRETO, A. G.; LOUVANDINI, H.; COSTA, C. P.; MCMANUS, C. RUMPF, R. Uso da Uréia como Suplemento Protéico na Dieta de D oadoras e Receptoras de Embriões Bovinos. Viçosa: Revista Brasileira Zootecnia, 2003. v.32, n.1, p.77-84, BELSHAW, R.; QUICKE, D. L. J. A molecular Phylogeny of the Aphidiinae (Hymenoptera: Braconidae) . Ascot, United Kingdon: Molecular Phylogenetics and Evolution, 1997, v.7, n. 3, p. 281 – 293.
BERGMAN, E. N., WOLFF J. E. Metabolism of volatile fatty acids by liver and portal-drained viscera in sheep . USA: American Journal of Physiology, 1971. v.221, n.2, p.586-592.
BERGMAN, E. N. Energy contributions of volatile fatty acids from gastrointestinal tract in various species . USA: Physiological Reviews, 1990. v.70, n.2, p.567-590. BODMER, R.E.; AQUINO, R.; PUERTAS, P. E.; REYES, C.J.; FANG, T.G.; GOTTDENKER, N. L. Manejo y uso sustentable de pecaríes en la Amazônia Peruana. In.Occasional Papper of the IUCN Species Survival Comission Nº 18, 102 p. Quinto, Ecuador: UICN-Sur/ Genebra, Suíça: Secretaria CITES,1997. BODMER, R.E.; SOWLS, L.K. 1993. The Collared Peccary ( Tayassu tajacu). Pigs, Peccaries and Hippos: Status Survey and Conservation Action Plan. Disponível em http://www.iucn.org/themes/ssc/sgs/pphsg/APchap2-2.htm> Acesso em: 30 ago. 2004.
47
COPPOLA, M.M. e C.G. Turnes. 2004. Probióticos e resposta imune . Ciência Rural, 34(4):1297-1303. CURY, J.C. Atividade microbiana e diversidade metabólica e gen ética em solos de mangue contaminados com petróleo . Piracicaba: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 2000. 84p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 2000. D AGOSTO, M. et al. Comportamento e distribuição de protozoários ciliados (Protista, Ciliophora) no rúmen e no retículo de bovinos submetidos ao jejum. Revista Brasileira de Ciência e Veterinária , Belo Horizonte, v. 8, n. 1, p. 16-18, 2001. DEHORITY, B.A. Rumen microbiology . The Ohio State University, 1987. 125p. DEUTSCH, L.A.; PUGLIA, L.R. Os animais silvestres – Proteção, doenças e manejo . 2ª ed. São Paulo: Globo, 1990. 191p. DÍEZ, B. Application of Denaturing Gradient Gel Electropho resis (DGGE) To Study the Diversity of Marine Picoeukaryotic Assemb lages and Comparison of DGGE with Other Molecular Techniques. Rev.Applied and Environmental Microbiology, July 2001, Vol. 67, No. 7. p. 2942-2951, Disponível: < http://aem.asm.org/cgi/content/full/67/7/2942 > Acesso: 14/04/08. ERLICH, H.A.. PCR technology: principles and applications for DNA amplifications . NY : Stockton Press, 1989. ERLICH, H.A. and N. Arnheim.. Genetic analysis using the polymerase chain reaction . Ann. Rev. Genet, 1992. v. 26. p.479-506. EZEQUIEL, J. M. B. et al. Quantificação das bacterias sólidoaderidas, bactérias e protozoários líquidos-associados do rúm en de bovinos jovens alimentados com amiréia . Viçosa: Revista Brasileira de Zootecnia, 2002. v. 31, n. 2, p. 707-715.
FERREIRA, M. E; GRATTAPAGLIA, D. Introdução ao uso de marcadores RAPD e
RFLP em análise genética. EMBRAPA-CENARGEM, 1995. Documento 20, p.220.
FONSECA, G. A. B.; RYLANDS, A. B.; COSTA, C. M. R.; MACHADO, R.B.; LEITE, Y. L. R. Livro vermelho dos mamíferos brasileiros ameaçados de extinção. Belo Horizonte-MG: Fundação Biodiversitas, 1994. FRAGOSO, J.M.V. Home range and movement patterns of white-lipped peccary ( Tayassu pecari) herds in the northern Brazilian Amazon . Biotropica, 1998. v.30, n.3, p.458-469.
48
FRANCE, J.; SIDDONS, R. C. Volatile fatty acids productions In: Quantitative Aspects of Ruminal Digestion and Metabolism. Cambridge, UK: University Press, 1993. p.107-121.
FRANZOLIN, R. Digestão microbiana em ruminante . 2003. Dissertação (Mestrado em Zootecnia)- Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. GONÇALVES, C. C. M.; TEIXEIRA, J. C.; EVANGELISTA, A. R.; OLALQUIAGA PÉREZ, J. R.; MUNIS, J.A. Desempenho de bovinos de corte a pasto suplementados com uréia e Amiréia 150S no período d as águas . In: Reunião anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 40, Santa Maria-RS: Anais Santa Maria SBZ, 2003. GIOVANNI, S. J.; BRITSCHGI, T. B.; MOYER, C. L.; FIELD, K. G. Genetic Diversity. Reino Unido: Nature. 1990 v. 345, 1294-1302. GRIFFITHS, A.J.F.; MILLER, J.H.; SUZUKI, D.T.; LEWONTIN, R.C.; GELBART, W.M. An introduction to genetic analysis . 6th edn.. ., NY: W.H. Freeman and Co, 1996. HEGARTY, R. S. Mechanisms por competitivery reducing ruminal methanogenesis. Aust : J. Agric. Rs., 1999 v. 50, p. 1299-1305. HOBSON, P.N.; STEWART, C.S. The rumen microbial ecosystem . 2.ed. London: Blackie Academic & Professional, 1997. p. 719. HUBER, J. T.; HIGGINBOTHAM, G.; GOMEZ-ALRCON, R. A.; TAYLOR, R. B.; CHEN, K. H.; CHAN, S.C.; WU, Z. Heat stress interactions with protein, supplemental fat, and fungal cultures. USA, IL, Champaign: Journal of Dairy Science, 1994. v. 77, n. 7, p. 2080-2090, HUGENHOLTZ, P.; GOEBEL, B.M.; PACE, N.R. Impact of culture-independent studies on the emerging phylogenetic view of bacter ial diversity . Journal of Bacteriology, 1998a. v. 180, p. 4765-4774. HUGENHOLTZ, P.; Pitulle, K.L. & Pace, N.R. Novel division level bacterial diversity in a Yellowstone hot spring . Journal of Bacteriology, 1998b. v. 180, p. 366-376. JORGE, C.F.J.F.; ROSA,G.O.; SILVA, I.S.; VARGAS JR, F.M.; ARIAS, E.R.A.. Efeito de um aditivo alimentar contendo probiótico e enzimas digestivas no ganho de peso de bovinos nelore em regime de pasto . In: IV Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica do Estado e da Região do Pantanal, 2006, Campo Grande, Anais... Campo Grande, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal, 2006. p.69-79. KABIR, S.M.L., M.M. Rahman, M.B. Rahman, M.M. Rahman and S.U. Ahmed. The dynamics of probiotics on growth performance and im mune response in broilers . Int. J. Poultry Sci., 3(5):361-364, 2004.
49
KOZLOSKI, G.V. Bioquímica dos ruminantes . 1 ed. Santa Maria: UFSM. 2002, 140p. LANA, R.P. Nutrição e alimentação animal . 1. ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa. 2005, 343p. MACKIE, R.I.; SGHIR, A.; GASKINS, H.R. Developmental microbial ecology of the neonatal gastrointestinal tract . The American Journal of Clinical Nutrition, 1999. v.69, p.1035- 1045. MACZULACK, A. E.; DEHORITY, B. A.; PALMQUIST, D. L. Effects of long-chain fatty acids on growth of rúmen bacteria . Appl. Environ. Microbiol., 1981. v. 42, p. 856. MADIGAN, M.T.; Martinko, J.M. & Parker, J.. Brock biology of microorgansims . 8a Ed. New Jersey: Prentice-Hall, 1997. Caps. 15, 16 e 17.. p. 606-768. MARRIEL, I. E; OLIVEIRA, C. A; RAPOSEIRAS, R.; GOMES, E. A ; LANNA U. G. P; CARNEIRO, A. A.; CARNEIRO N. P. Aplicação da técnica eletroforese em gel de gradiente desnaturante (dgge) na caracteriza ção de microrganismos dominantes na rizosfera de plantas cultivadas em so lo ácido . Sete Lagoas-MG: EMBRAPA, Dezembro, 2005. ISSN 1679-1150. MATOS, N. J. M.; CASTRO, A. C. G.; SILVA, J. F. C. da; QUEIROZ, A. C.; VALADARES FILHO, S. C.; CAMPOS, O. F. de; CARNEIRO, H. Níveis de ingestão de alimentos e de uréia em bovinos aliment ados com dietas à base de cana - de - açúcar suplementada com farelo de ar roz: Efeitos sobre alguns parâmetros ruminais . Rio de Janeiro : Revista Universidade Rural, Série Ciências da Vida, jan.- jun., 2003. v.23, n.1, p. 81-88. MARTIN, S. A.; NISBET, D. J. Effect of direct-fed microbials on rumen microbial fermentation . USA, IL, Champaign: Journal of Dairy Science, 1992. v. 75, n. 6, p. 1736-1744. MCCAIG A E, PHILLIPS C J, STEPHEN J R, KOWALCHUK G A, HARVEY S M, HERBERT R A, EMBLEY T M, PROSSER J I. Nitrogen cycling and community structure of proteobacterial beta-subgroup ammonia- oxidizing bacteria within polluted marine fish farm sediments . Appl Environ Microbiol, 1999. v.65, p. 213–220 NÉO, F.A. Política a vida Silvestre no Brasil . In: I Congresso Internacional sobre Manejo da Fauna Silvetre e la Amazônia, 1992. Belém, Pará, Brasil. 1992. NEWBOLD, J. Proposed mechanisms for enzymes as modifiers of rum inal fermentation. In: Florida Ruminant Nutrition Symposium, 1997, Gainesville. Proceedings... University of Florida, Gainesville, January, 16-17, 1997.
50
NEWTON, C.R.; GRAHAM, A. PCR, part 1: Basic principles and methods . Reino Unido, Oxford: EngBios Scientific Publishers, 1994. NICODEMO, M.L.F. Uso de aditivos na dieta de bovinos de corte . Campo Grande: Embrapa Gado de Corte, 2001. Documentos 106, 54 p. NOGUEIRA-FILHO, S. L. G.. Estudos da digestibilidade de nutrientes em caititus ( Tayassu tajacu) adultos submetidos a dietas com níveis crescentes de alimentos volumosos. Dissertação (Mestrado Zootecnia). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP, 1990. OLERUP, O.; ZETTERQUIST, H. HLA-DR typing by PCR amplification witch sequence Specific primer (PCR-SSP ) in 2 hours: An alternative to serological DR typing in clinical practice including donor-repi ent matching in cadaveric transplantation . Tissue Antigens, 1994. v. 39, p. 225-235. OLIVEIRA J.S.; ZANINE, A. M; SANTO, E. M. Diversidade microbiana no ecossistema ruminal. Revista eletrônica veterinária: 1695-7504. Vol. VIII, N° 6, junho/2007. Disponível <http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n060607/060703 .pdf> Acesso: 13 de abril de 2008. OLIVEIRA J.S.; ZANINE, A. M; SANTO, E. M. Diversidade microbiana no ecossistema ruminal. Revista eletrônica veterinária: 1695-7504. Vol. VIII, N° 2, fevereiro/2007. Disponível < http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n020207/ 020717.pdf> Acesso: 13 de abril de 2008. OLIVEIRA, M. D. S; SAMPAIO, A. A. M; VIEIRA, P. F; FREITAS, J. C. M; e SHOCKEN-ITURRINO, R. P. Efeito de métodos de coleta de fluido ruminal em bovinos sobre alguns parâmetros ruminais e microbio lógicos. Brasília: Pesq. agropec. bras., maio 1999. v.34, n.5, p.867-871. OLIVEIRA, S.G.; SIMAS, J.M.C.; SANTOS, F.A.P. Principais aspectos relacionados às alterações no perfil de ácidos grax os na gordura do leite de ruminantes . New York: Archives of Veterinary Science, 2004. v.9, n.1, p.73-80. WALLACE, R. J. Ruminal microbiology, biotechnology, and ruminant nutrition: progress and problems . USA, IL, Champaign: Journal of Animal Science, 1994. v. 72, n. 11, p. 2992-3003.
WESTON, R. H. et al. Feed intake and digestion responses in sheep to the addition of inorganic sulfur to a herbagediet of l ow sulfur content . Victoria: Australian Journal of Agricultural Research, 1988. v. 39, p. 1107-1119. RAPPE, M. S. & Giovannoni, S. J.. The uncultured microbial majority . Annu. Rev. Microbiol, 2003. v. 57, p. 369-394. REDFORD, K. H., & ROBINSON, J. G. 1991.Subsistence and commercial uses of wildlife in Latin America. In. J. G. Robinson & K. H. Redfort (Eds), Neotrapical Wildlife use and conservation (pp. 30-36). Chicago: University of Chicago Press
51
ROCHA, D.C.C. Criação e manejo de animais silvestres em cativeiro e zoológico . Fórum Ambiental de Maringá, Prefeitura Municipal de Maringá-PR2001 .Disponível: <http;//www.maringa.pr.gov.br/forumambiental/anais/palestras/fauna_deciocesar.htm>.Acesso 20 de maio de 2007. ROCHA, Daniela Cristiane da Cruz. Mapeamento citogenético comparativo de Saimiri boliviensis e Saimiri ustus com Homo sapiens e Saguinus oedipus por FISH-Multicor 151 f . Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas , Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Belém. 2002. RONDON, M. Claning the soil metagenome: a strategy bfro access ing the genetic and functional diversity of uncultured micr oorganisms . Washington: Applied and Environmental Microbiology, 2000. v. 66, n. 6, p. 2541-47. SAGHAI-MAROOF, M. A.; SOLIMAN, K. M.; JORGENSEN, R.A; et al. Ribosomal DNA spacer-length polymorphismis in barley: Mendeli an inheritance, chromosomal location, and population dynamics . Proceedings of the National Academy of Sciences USA. 81, p. 8014-8018, 1984. SAIKI, R.K.; GELFAND D.H.; STOFFEL, S.; SCHARF, S.J.; HIGUCHI, R.; HORN, G.T. ; MULLIS, K.B.; ERLICH, H.A. Primer-directed enzymatic amplification of DNA with a thermostable DNA polymerase . Science, 1988. v. 239, p. 487-491.
SALLES, M.S.V; ZANETTI, M.A; . DEL CLARO, G. R; NETTO, A.S; FRANZOLIN,
R. Avaliação de colheita de líquido ruminal por fístu la ou sonda esofágica em bovinos. Belo Horizonte: Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., 2003. vol. 55 no.4 Disponível: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352003000400008> Acesso em 16 de abril de 2008.
SAMBROOK, J., FRITSCH, E. F. Molecular Cloning: A Laboratory Manual . 2. Ed. New York: Cold Spring Laboratory, 1989. 9.16-9.23. SEBAT, J.L; COLWELL, F.S; CRAWFORD, R.L; Metagenomic profinling: Microarray analysis of an environmental genomic lib rary . Washington: Applied and environmental microbiology, 2003. v.69, n. 08, p. 4927-34. SIMPSON, J.M.; McCRACKEN, V.J.; WHITE, B.A. et al. Application of denaturant gradient gel electrophoresis for the ana lysis of the porcine gastrointestinal microbiota . Journal Microbiological Methods, 1999. v.36, n.3, p.167-179. .SOWLS, L. K. The Peccaries . Tucson, Arizona: University of Arizona Press. 1984.
52
VAN DER WIELEN, P.W.J.J.; KEUZENKAMP, D.A.; LIPMAN, L.J.A. et al. Spatial and temporal variation of the intestinal bacterial community in commercially raised broiler chickens during growth . Microbial Ecology, 2002. v.44, n.3, p.286-293. VIDAL, J. M.; PAIVA P. C. A.; ARCURI, P B.; LOPES F. C. F.; ZAQUINI, L. Efeito de diferentes doses de enxofre no consumo voluntári o e nas populações de protozoários do rúmen de novilhas mestiças alimenta das com capim-elefante de baixa qualidade. Lavras : Ciênc. agrotec., jan./fev., 2007. v. 31, n. 1, p. 218-222. ZHU, X.Y.; ZHONG, T.; PANDYA, Y.16S rRNA-based analysis of microbiota from cecum of broiler chickens . Applied and Environmental Microbiology, 2002. v.68, n.1, p.124-137.