UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA · 2013-08-21 · ii JOÃO LUIZ REIS SAMPAIO ... Luis Paulo...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TÉCNICAS FAZENDÁRIAS
JOÃO LUIZ REIS SAMPAIO DELOSMAR GALVÃO GONÇALVES
ROLUZIALVO DOS SANTOS ARAÚJO
ANÁLISE DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO APRESENTADA PELA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DA BAHIA, SOB A ÓTICA
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL.
Salvador – Bahia
2004
ii
JOÃO LUIZ REIS SAMPAIO DELOSMAR GALVÃO GONÇALVES
ROLUZIALVO DOS SANTOS ARAÚJO
ANÁLISE DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO APRESENTADA PELA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DA BAHIA, SOB A ÓTICA
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL. .
Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação da faculdade de Ciências Contábeis da Universidade Federal da Bahia, como requisito à obtenção do título de Especialista, com concentração em Técnicas Fazendárias. Profº Orientador: Luis Paulo Guimarães dos Santos
Salvador – Bahia 2004
Universidade Federal da Bahia
Reitor: Prof. Naomar Monteiro de Almeida Filho
Faculdade de Ciências Contábeis
Diretor: Prof. Sudário de Aguiar Cunha
Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia
Secretário: Albérico Mascarenhas
Coordenador do Curso
Prof. João Vicente Costa Neto
SAMPAIO, João Luiz Reis, GONÇALVES, Delosmar Galvão, ARAÚJO,
Roluzialvo dos Santos. Análise da Pesquisa de Satisfação Apresentada pela Secretaria da Fazenda
do Estado da Bahia / por João Luiz Reis Sampaio, Delosmar Galvão Gonçalves, Roluzialvo dos Santos Araújo – 2004.
73 f. : il. Monografia (especialização) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de
Ciências Contábeis, 2004. Orientação: Prof.: Luís Paulo Guimarães dos Santos
1. Administração Pública Gerencial . 2. Avaliação Resultado
iii
JOÃO LUIZ REIS SAMPAIO DELOSMAR GALVÃO GONÇALVES
ROLUZIALVO DOS SANTOS ARAÚJO
ANÁLISE DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO APRESENTADA PELA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DA BAHIA.
Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do título de Especialista em Técnicas Fazendárias pela Universidade Federal da Bahia, em convênio com a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia.
Salvador, Bahia, maio de 2004
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________ Prof.: Luís Paulo Guimarães dos Santos(UFBA/FCC)
Orientador
_____________________________________ Prof.: Joseilton Silveira da Rocha(UFBA/FCC)
_____________________________________ Prof.: João Vicente Costa Neto(UFBA/FCC)
iv
Dedicatória
As palavras são guardadas na mente e um dia, com
o passar dos anos, perdem o seu significado; os
gestos são guardados no coração e se eternizam na
consciência daquele que sente gratidão.
Dedicamos este trabalho a todos vocês que nos
conduziram nesse processo de aprendizado:
ensinando, acolhendo, ajudando.
v
Agradecimentos
Agradecemos ao professor Luis Paulo Guimarães dos Santos, nosso orientador,
pela forma tranqüila, porém segura, com que conduziu o presente trabalho.
Ao professor e colega João Vicente Costa Neto, pela sua dedicação e zelo na
coordenação do curso.
Ao professor José Alexandre S. Menezes, pelo seu esforço em direcionar os nossos
processos cognitivos para compreensão do saber científico.
A Armando José Guimarães Portela e Regina Helena Souza Caíres Silva,
responsáveis pela secretaria do curso, pela forma espontaneamente carinhosa com
que nos acolheu.
A Luzineide Araújo Oliveira, bibliotecária da Justiça Federal, que sem a sua ajuda o
quão seria difícil a conclusão do presente trabalho.
A Tâmara Carvalho, pela grande ajuda na reta final da conclusão do trabalho.
vi
RESUMO
SAMPAIO, João Luiz Reis, GONÇALVES, Delosmar Galvão, ARAÚJO, Roluzialvo dos Santos. Análise da Pesquisa de Satisfação Apresentada pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia / por João Luiz Reis Sampaio, Delosmar Galvão Gonçalves, Roluzialvo dos Santos Araújo – 2004. 73 f. : il.
A busca por um melhor sistema de atendimento ao consumidor e as crises
enfrentadas pelo Estado apresentaram a este um desafio a ser vencido que consiste
em superar suas limitações, as quais se baseavam no seu sistema burocrático,
voltando-se para seus objetivos fins, sendo a prioridade na atual conjuntura prover o
melhor atendimento ao cliente, inclusive vencendo as pressões oriundas das
excelências alcançadas nas organizações privadas.
A sociedade se tornou mais exigente na hora de ser atendida pelas organizações
que passaram a buscar, sempre, agregar valor no seu relacionamento com a
sociedade. Assim, um dos objetivos da SEFAZ consiste em tornar a população mais
bem informada, agregando valor ao seu relacionamento com os cidadãos da Região
Metropolitana, à qual se restringiu este trabalho.
Nesta monografia a problematização gira em torno do modelo de administração
gerencial e como a SEFAZ-BA cumpre os seus pressupostos. O objetivo é avaliar o
atendimento ao público através da pesquisa de satisfação apresentada pela
Secretaria da Fazenda e em que nível ela se encontra, avaliando, por conseguinte,
na perspectiva do interesse do cidadão atendido nos postos à sua disposição, se
esse órgão está realmente comprometido na melhoria dos seus serviços e se, no
relacionamento com o seu público alvo, vem sendo implementado e observado os
direitos do cidadão preconizados na Carta Magna.
A pesquisa de satisfação foi realizada pela Faculdade de Administração da
Universidade Federal da Bahia e foram analisados os gráficos de interesse do
presente estudo, principalmente os que demonstram o processo de atendimento
direto ao público, ou seja, os gráficos que enfatizam o relacionamento interpessoal.
A metodologia utilizada inclui a pesquisa descritiva, a documental e a bibliográfica,
com análise dos resultados, conclusão e sugestões.
vii
ABSTRACT SAMPAIO, João Luiz Reis, GONÇALVES, Delosmar Galvão, ARAÚJO,
Roluzialvo dos Santos. Análise da Pesquisa de Satisfação Apresentada pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia / por João Luiz Reis Sampaio, Delosmar Galvão Gonçalves, Roluzialvo dos Santos Araújo – 2004. 73 f. : il.
The search for one better system of attendance to the consumer and the crises faced
for the State had presented to this a challenge to be conquered whith one consists in
surpass its limitations, that was based on its bureaucratic system, turning toward its
objective, being the priority in the current conjuncture to provide the best attendance
to the customer, also winning the pressures deriving of the excellencies reach in the
private organizations.
The society became more demanding at time of being attended by the organizations
that had started to search, always, to add value in its relationship with the society.
Thus, one of the objectives of the SEFAZ consists of becoming the population most
informed, adding value to its relationship with the citizens of the Region Metropolitan,
where this work is restricted.
In this monograph the question turn around the model of management and how
SEFAZ-BA fulfills its presuppositions. The objective is to evaluate the attendance to
the public through the research of satisfaction presented by the Secretariat of the
Farm and in with level it meets, evaluating, therefore, in the perspective of the
interest of the citizen attended in the post to its disposal, if this agency really is
compromised in the improvement of its services and if, in the relationship with its
white public, it comes being implemented and observed the praised rights of the
citizen in the Constitution.
The satisfaction research was realised by the College of Administration of the
Federal University from Bahia and had been analyzed the graphics of interest of the
present study, mainly the ones that demonstrate the process of direct attendance to
the public, or either, the graphics that emphasize the interpersonal relationship. The
used methodology includes the descriptive research, documentary research and the
bibliographic one, with analysis of the results, conclusion and suggestions.
viii
SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..............................................................................ix LISTA DE ILUSTRAÇÕES .....................................................................................................x LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................x I. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................11
1.1 Contexto ...................................................11 1.2 Problema ...................................................12 1.3 Hipóteses ...................................................12 1.4 Objetivos ...................................................12
1.4.1 Geral ......................................................................................................................12 1.4.2 Específicos ..........................................................................................................13
1.5 Justificativa ...................................................13 II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .....................................................................................15
2.1 Cidadania e a Constituição ...................................................15 2.2 Educação e Cidadania ...................................................16 2.3 Governo e Cidadania ...................................................19 2.4 Mensuração de Desempenho ...................................................21 2.5 A pesquisa de Satisfação no Serviço Público ..................................................21
III. METODOLOGIA:.............................................................................................................23 3.1 Tipo de Pesquisa...................................................................................................23 3.2 Quanto ao Delineamento ....................................................................................23
3.2.1 Pesquisa Bibliográfica ........................................................................23 3.2.2 Pesquisa Documental .........................................................................24 3.2.3 Pesquisa de Campo.............................................................................24
3.3. Desenvolvimento ...................................................24 IV. RESULTADO E DISCUSSÃO .......................................................................................26
4.1 Pesquisa de Satisfação do Atendimento ...................................................26 4.1.1 Quesito: Presteza / Agilidade no Atendimento .........................................26 4.1.2 Quesito: Tempo Gasto no Atendimento......................................................27 4.1.3 Quesito: Tratamento do Atendente ..............................................................29 4.1.4 Quesito: Domínio e Clareza das Informações Recebidas ......................31 4.1.5 Quesito: Atenção e Interesse Dedicados ao Assunto.............................33 4.1.6 Quesito: Tempo de Espera para ser Atendido ..........................................34 4.1.7 Quesito: Satisfação Geral com o Atendimento Recebido ......................36 4.1.8 Quesito: MAE – Monitor de Atendimento Eletrônico...............................37 4.1.9 Quesito SAL – Serviço de Atendimento de Loja.......................................43
V CONCLUSÃO .....................................................................................................................45 REFERÊNCIAS......................................................................................................................47 Anexo 1 ...................................................................................................................................50
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AN Arquivo Nacional
APB Arquivo Público Baiano
APG Administração Pública Gerencial
BN Biblioteca Nacional
MAPG Modelo de Administração Pública Gerencial
RAPB Revista do Arquivo Público Baiano
RIHGB Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
SAC Serviço de Atendimento ao Cidadão
SEFAZ Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia
x
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Presteza / agilidade no atendimento
Gráfico 2 Tempo gasto no atendimento
Gráfico 3 Tratamento do atendente
Gráfico 4 Domínio e clareza das informações fornecidas
Gráfico 5 Atenção e interesse dedicados ao assunto
Gráfico 6 Tempo de espera para ser atendido
Gráfico 7 Satisfação geral com o atendimento recebido
Gráfico 8 MAE – Utilização do serviço recentemente
Gráfico 9 MAE – Tempo de aguardo para usar o serviço
Gráfico 10 MAE – Serviços utilizados
Gráfico 11 MAE – Finalização da Operação com sucesso
Gráfico 12 MAE – Ajuda para usar o serviço
Gráfico 13 MAE – Disponibilidade e boa vontade do MAE
Gráfico 14 MAE – Clareza das informações / orientações do MAE Gráfico 15 MAE – Tratamento do MAE
Gráfico 16 MAE – Satisfação geral com o serviço
Gráfico 17 SAL – Senha Eletrônica – Organização da fila de espera
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I. INTRODUÇÃO
1.1 Contexto
Ao lançar o olhar com espírito crítico sobre a Administração Pública Estadual,
verifica-se que o Modelo Burocrático de Gestão, por ter características
extremamente rígidas, por priorizar os meios e não os fins, por ser oneroso em
excesso e inflexível; por adotar princípios de administração vertical com funções e
limitações bem definidas, sofre por parte da sociedade e principalmente dos meios
de comunicação, críticas contundentes devido a sua falta de objetividade e de
celeridade na conclusão de seus processos.
Por outro lado, a necessidade de Reforma do Estado, devido à crise financeira que
se acentuou nas décadas de 70 e 80, forçou os governantes a uma nova atitude,
não apenas para resolver os problemas dos gastos públicos, mas também para
atender aos anseios de uma sociedade exigente que cobrava e cobra do Estado
que ele seja eficiente nos seus meios e eficaz nos seus resultados, principalmente
no que diz respeito aos serviços disponibilizados para a sociedade. Desta forma, o
Modelo Burocrático passaria por mudanças que flexibilizariam ou extirpariam seus
institutos, descaracterizando o seu modus operandi, ou tendo que conviver com
outro modelo de gestão.
Portanto, o modelo que se busca implantar tem características bem definidas e
orientadas para o atendimento das expectativas da sociedade visando a satisfação
do público no momento em que ele busca os balcões de atendimento nos diversos
postos da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia – SEFAZ – BA, espalhados
pela cidade de Salvador e Região Metropolitana. Diante de tal fato, necessário se
faz uma avaliação periódica com a finalidade de verificar o grau de satisfação do
cidadão tendo em vista ser o modelo gerencial basicamente orientado para
resultados, definindo indicadores de desempenho para as agências estatais e todo
o corpo funcional. E a Pesquisa de Campo é talvez o método mais eficiente para
se mensurar os níveis de satisfação do público atendido pela SEFAZ - BA, seus
anseios e expectativas.
12
No mundo globalizado de hoje, em que a administração do tempo está se
transformando cada vez mais num dos fatores mais importantes nos
relacionamentos sociais, comerciais, etc., a sua coerente racionalização constitui
objetivo primordial na vida das pessoas. Diante desta afirmativa, a administração
pública não pode perder de vista essa necessidade que é tão importante e cujo
desempenho da máquina estatal é fator primordial para a dinâmica da vida social.
1.2 Problema
- A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, diante da expectativa da sociedade
em ser sempre bem atendida – direito do cidadão e dever do Estado – está
cumprindo com fidelidade os objetivos propostos no Modelo de Administração
Pública Gerencial?
1.3 Hipóteses
1. A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia tem cumprido eficazmente os
pressupostos do Modelo de Administração Pública Gerencial no aspecto da
satisfação no atendimento ao cidadão.
2. O Estado, através das pesquisas de resultados, tem instrumento eficiente
para mensurar o nível de satisfação dos cidadãos em todos os serviços que
lhes são prestados, dentro da filosofia da Administração Pública Gerencial.
3. Através da pesquisa de satisfação, pode a SEFAZ-BA demonstrar se a
política implementada na realização do atendimento ao público é adequada.
4. As ações desenvolvidas pelo SEFAZ-BA, no sentido de promover a
cidadania contribuem parar elevar o grau de satisfação do cidadão.
1.4 Objetivos
1.4.1 Geral
Analisar os dados da Pesquisa de Satisfação à luz da APG no período de 2003.
13
1.4.2 Específicos • Analisar as pesquisas de resultados apresentadas pela SEFAZ-BA.
• Sugerir ações corretivas se necessárias.
1.5 Justificativa
Observa-se, na atualidade, uma dicotomia na atividade estatal. Se por um lado o
ente Estatal busca se reformar para cumprir com eficiência os fins motivo de sua
existência, do outro lado encontra-se uma sociedade que exige eficácia nas ações
estatais e no relacionamento entre ambos.
A reforma do Estado transfere para os cidadãos uma parcela significativa de
responsabilidade pela fiscalização dos atos dos gestores públicos e, como
corolário, o pleno, efetivo e coerente exercício da cidadania.
Num país como o Brasil de imensa desigualdade social, em que existem
significativos índices de concentração de renda e de cultura também, educar para o
exercício da cidadania é tarefa indispensável. Torna-se premente, portanto, a
presença do Estado promovendo ações de difusão dos direitos e deveres dos
cidadãos, conscientizando-o para a assunção de sua cidadania.
O presente trabalho visa expor os meandros da atividade Estatal, no que concerne
ao serviço de atendimento ao público e se, nesse fim em particular, o Estado
desperta no cidadão a consciência de ser ele, o indivíduo, um ser social, com
existência definida, regulamentada e bem vista pelo Estado.
Por isso essa inquietante e justificada busca para estudar e analisar um setor tão
vital para a administração pública, já que nele se realizam ações de relevância
significativa para o Estado e para os cidadãos. É o nascedouro de soluções sociais
significativas, mas é também o local em que surgem conflitos que desgastam a
imagem das organizações e as expõem sem nenhuma espécie de cuidado ou
prevenção.
Que esta presente pesquisa não seja apenas mais um trabalho de conclusão de um
curso de pós-graduação, mas que consiga apontar relevantes soluções para a área
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em estudo, já que é o desejo mais verdadeiro gravado na consciência de todo o
cidadão: ser bem atendido nas repartições públicas, com presteza e celeridade, de
forma educada e compreensiva; que lhe provoque um estado de contentamento
interior por ter sido visto e atendido como todo cidadão deseja ser.
Eis, então, a vivência da cidadania e é esta a proposta precípua deste trabalho.
Para onde o cidadão se dirigir, independentemente do meio de comunicação que
ele busque, encontre sempre uma SEFAZ-BA atenta aos seus anseios e
expectativas. Pronta para lhe atender e fazer vivenciar no grau mais elevado
possível a sua cidadania.
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II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Cidadania e a Constituição A Administração Pública Gerencial, segundo Bresser Pereira (1998), é um modelo
originário da iniciativa privada e adaptada às peculiaridades da administração
pública. Teve início na Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Austrália, sendo, depois,
implantado nos Estados Unidos da América. É um modelo de administração voltado
para resultados. Se na iniciativa privada o objetivo é a prestação de bons serviços e
oferta de bens de qualidade para a obtenção de lucro, no serviço público o Modelo
de Administração Pública Gerencial coloca o foco no cidadão e todo aparato
administrativo direcionado para prestar bons serviços e tornar o Estado
administrável.
A necessidade de implementação do Modelo de Administração Pública Gerencial
no Brasil surgiu com a crise fiscal caracterizada pela perda do crédito público e pela
poupança pública deficitária. De igual modo, a crise da administração pública
burocrática na década de 80 precipitou a necessidade de reforma com conseqüente
mudança na forma de se administrar o Estado. Como a implantação do novo
modelo seria demorada, pode-se afirmar que, ainda hoje, a administração pública
convive com os dois modelos: o burocrático e o gerencial, com tendência de
diminuição dos processos burocráticos onde as necessidades do cidadão forem
maiores.
Por isso, além do foco no cidadão-cliente, a outorga de autonomia e de
responsabilidade aos administradores públicos com o objetivo de flexibilizar e
melhorar a tomada de decisão – administração profissional, indicadores de
desempenho explícitos, maior ênfase no controle de resultados, divisão das
organizações públicas em unidades menores, maior competitividade entre as
unidades, transparência, etc., são características do Modelo de Administração
Pública Gerencial.
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Em síntese, esse modelo é fomentador e fortalecedor da cidadania e da
democracia.
O Art. 5º da Constituição Federal (1988, p.20), considerada a Constituição Cidadã,
arrola todos os direitos e deveres individuais e coletivos. No seu relacionamento
consigo e com os outros seres humanos, o indivíduo tem de forma clara e precisa
as regras do bom convívio social. Principia com a seguinte declaração no Título
Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade nos termos seguintes: (SENADO FEDERAL, 1988 P.20 – ATLAS)
2.2 Educação e Cidadania
Buffa (2002, p.11), ao fazer uma análise sobre Educação e Cidadania Burguesas,
busca lançar a seguinte questão: “por que o emergente projeto burguês de sociedade necessita da educação e da cidadania para todos, e de que educação e de que cidadania se trata?”
Faz um histórico sobre o trabalho, o trabalhador e suas ferramentas de trabalho. Do
nascimento do capitalismo no qual, na indústria, há uma inversão de valores. Ou
seja, no princípio, na fase artesanal, a ferramenta era o principal instrumento de
trabalho. Agora, as máquinas assumiram valor fundamental na indústria e o
trabalhador é quem a serve.
Locke apud Buffa (2002, p.17) vai buscar, a nível teórico, sua inspiração para
afirmar que: Cada homem conserva a propriedade de sua própria pessoa, ou seja, cada homem é proprietário de si, de seu próprio corpo. Decorre desse princípio que todos os homens são livres, pois todos são proprietários de si, e de que todos os homens são iguais. E que hoje, a igualdade jurídica esconde uma outra forma de subordinação social, no qual, através de livres contratos de trabalho vende-se sua liberdade, e escraviza-se pela força da sobrevivência. (BUFFA, 2002, p. 17).
Buffa (2002, p.26) faz um comentário a respeito da declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão de 1789, 1793 e 1795, que afirmam o direito à propriedade e
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que nela nasce o cidadão, ou seja, a posse é o critério do civismo. E a posse é que
estabelece o direito à plena cidadania. Já aos não proprietários as migalhas de
uma cidadania paternalista.
Conclui, afirmando, que no Brasil nem cidadão há. Pois é o Brasil um país
possuidor de uma sociedade autoritária e hierarquizada em que os direitos do
cidadão são relegados a último plano, quando existem... No qual as elites utilizam-
se de seus privilégios, demarcando uma linha divisória superior para eles, e abaixo
os direitos e deveres dos outros membros da sociedade.
Afirma ainda que as camadas superiores da sociedade direcionam para a
Educação Brasileira, ou melhor, posta a disposição dos brasileiros, todas as
mazelas de uma sociedade deseducada, onde existe mais de trinta milhões de
analfabetos funcionais, que são aqueles que sabem desenhar o nome e decifrar
algumas poucas palavras, e mais de vinte milhões que são analfabetos absolutos.
Formulando por último a seguinte questão: Sendo o Brasil um país capitalista, com indústrias competitivas internacionalmente, com a diferença de realização do capital diferente do europeu, já que aqui é feito às custas da marginalização da maioria dos brasileiros, como conseguir que o brasileiro se transforme em cidadão? (BUFFA, 2002, p. 29).
Da mesma forma, Arroyo (2002, p.32), conduz e aprofunda alguns temas deixados
a caminho por Buffa. Nele, cita Reis Filho: Já que a revolução (a República) entregou ao povo a direção de si mesmo, nada é mais urgente do que lhe cultivar o espírito, dar-lhe a elevação de que ele precisa, formar-lhe o caráter para que saiba querer.(...) A instrução do povo é, portanto, sua maior necessidade(...) só é independente quem tem o espírito culto, a educação revigora e mantém a posse da liberdade” (REIS FILHO, 1981 P.51)
Para Arroyo (op.cit) permeia o imaginário das elites brasileiras, dos círculos
governamentais, que o povo precisa de uma força que o tutele, por causa do seu
atraso moral e intelectual pode tornar-se vítima de si mesmo.
A ênfase num processo educacional como forma de transportar o brasileiro de um
estado de imaturidade para um de pleno exercício da cidadania, passa pela
aquiescência das elites autoritárias. Não na necessidade de educar, que é evidente
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e crucial, mas principalmente para exercer os seus direitos em igualdades de
condições.
Destarte, Miguel Arroyo (2002, p.47), em suas reflexões introduz uma nova questão
a ser pensada: “a relação entre educação e cidadania está contribuindo para
garantir a cidadania dos trabalhadores, ou, ao contrário, está contribuindo para
justificar e racionalizar sua exclusão”?
O cidadão, que em Buffa (2002), era o proprietário, o livre e tinha um nascimento
único, ou melhor, nasciam os três juntos. Agora essa centralidade da educação que
era focada no trabalhador para que ele entendesse os direitos dos seus patrões,
está focalizada num processo pedagógico que de forma subversiva confunde os
processos da vida em sociedade como forma de até garantir o direito à exclusão
social.
Segundo Dimenstain (1998, p.29), a democracia, ou melhor, aquilo que está posto
à disposição do cidadão, nas balizas dos Direitos Humanos, é de que existem em
nosso país milhões de cidadãos de papel. Caracteriza a Cidadania como o direito
de viver decentemente. De forma elegante, porém significativamente persuasiva,
expõe as características de um viver social limitante: limitante na rua, no prédio em
que se mora, no condomínio, no trabalho, etc. Mostra aos brasileiros que o Brasil
existe, que precisa ser visto, vivido e assumido por todos.
Na mesma linha de pensamento de Buffa (2002) e Dimestain, Passos (2002, p.31),
alinhando-se ao pensamento de Bresser Pereira, expõe que o cerne do
comportamento moral é a liberdade de decidir entre as alternativas existentes. A
ética surge como um abrigo protetor para os seres humanos, não como um código
a ser seguido, mas, principalmente, porque instiga o ser humano a pensar, a refletir
sobre si e sobre o mundo. Postura de quem não se anula na contingência, mas faz
catapulta para a transcendência, para a criatividade e para a libertação.
Acredita na diminuição das desigualdades sociais como fator indispensável para
uma boa vivência social, com diminuição da marginalidade e de preconceitos
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sociais, tornando os valores sociais e éticos mais fortalecidos já que serão valores
coletivos. Cita Adolfo S Vasquez (1975, p.39): (...) uma nova moral, verdadeiramente humana, implicará uma mudança de atitude diante do trabalho, num desenvolvimento do espírito coletivista, na eliminação do espírito de posse, do individualismo, do racismo, e do chauvinismo; trará também uma atitude radical para com as mulheres e a estabilização das relações familiares. Em suma, significará a realização do principio Kantiano que convida a considerar o homem sempre como o fim e não como o meio.” (PASSOS: 2000 p.33)
2.3 Governo e Cidadania
Bresser Pereira (1998), ex-ministro do Governo Fernando Henrique, responsável
direto pelo norteamento da Reforma do Estado, afirma que num primeiro momento
(década de 70), a Reforma do Estado tinha um objetivo que era caminhar para um
Estado mínimo, em que houvesse a primazia da atividade privada, e que o Estado
atuasse apenas com as funções que lhe eram preponderantes, ditas “Funções
Específicas de Estado”. Era o sonho neoliberal tendo como pano de fundo a
globalização e a crise fiscal do Estado.
Já na década de 90, com a percepção popular de que tal diretriz não produzia
desenvolvimento econômico, a Reforma do Estado tomou um outro rumo, motivada
não apenas pelas reformas já implantadas em outros países e que de alguma forma
vinham dando resultados, mas também pelo anseio popular de ver um Estado ágil
em suas ações e extremamente eficiente em seus controles. Surge então a
implantação da Reforma Gerencial.
Era evidente a necessidade de mudança do Modelo Burocrático para o Modelo
Gerencial, que flexibilizasse as ações de ponta do Estado, mas que mantivesse
graus elevados de correção, fiscalização e, enfim, de boa administração.
A Administração Pública Gerencial despontou na segunda metade deste século
como opção para se enfrentar a crise do Estado e, principalmente, a crise fiscal.
Surgiu como estratégia para diminuir o custeio, dar eficiência à administração dos
serviços de responsabilidade do Estado e para dar mais proteção ao patrimônio
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público contra os interesses de grupos ou mesmo da própria corrupção. A
crescente insatisfação pública em relação à Administração Pública Burocrática foi
tão disseminada que transformou o verbete “burocracia” em sinônimo de
ineficiência, má administração, etc.
A Administração Pública gerencial é basicamente orientada para o cidadão e para a
obtenção de resultados. Daí a necessidade de se manter sob controle o
desempenho de suas atividades, com perseguição de indicadores e metas
previamente definidas. É um modelo de administração importado do setor privado,
sabiamente eficaz, e que se transformam em recursos contra as investidas do
próprio setor privado na busca de estender suas atividades para retirar do Estado
as atividades que lhes são inerentes.
Para Masi (2000, p.237), citando o que Gottmann chama de “entrelaçamento do
quaternário”:
A atividade governamental necessita da proximidade dos mas
media e dos centros de decisão das atividades privadas, assim
como necessita de contínuas relações com a pesquisa em vários
campos; o gerenciamento necessita tanto de informação quanto de
pesquisa e da consultoria de especialistas, além da proximidade da
atividade governamental; e tudo isso requer pessoal bem preparado
e altamente qualificado, formado pelas universidades. (MAIS: 2000
p.237)
Wurman (1991), considera uma das dificuldades para se encontrar algo é não saber
o que se deseja. Que tipo de pergunta deve-se fazer para obter a informação
desejada. Não lhe ensinar o caminho, mas disponibilizar um manancial de
informações para que o cidadão livremente faça a sua escolha. As organizações
precisam estar visíveis, transparentes. Os processos bem definidos e de fácil
entendimento.
Facilitar aos usuários de qualquer serviço, informações que, além de lhes ajudar a
formular corretamente as suas perguntas, são fatores que aumentam a satisfação,
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já que a busca fica mais fácil e os resultados obtidos são mais adequados. É
necessário, em verdade, explicar a organização para o povo.
2.4 Mensuração de Desempenho Para Abrucio (1998) ao se priorizar a estratégia da eficiência, o modelo gerencial
puro poderia podar a livre iniciativa e a criatividade de seus gerentes, que se
sentiriam sem condições para inovar e sem a flexibilidade necessária ao bom
gerenciamento. As formas de avaliação da eficiência poderiam se tornar um entrave
pela sua rigidez e equiparar-se aos adotados pelo modelo burocrático, levando,
conseqüentemente, à ineficiência e a falta de capacidade adaptativa.
Por estar em jogo valores como equidade e justiça que não podem ser mensurados
ou reduzidos a valores numéricos ou mesmo através de conceitos, a gestão pública
pela sua especificidade dificulta a quantificação da avaliação de seus resultados em
sua totalidade.
2.5 A pesquisa de Satisfação no Serviço Público O governo federal implantou no ano de 1999 o Sistema Permanente de Avaliação
dos Usuários dos Serviços Públicos. O objetivo principal desse sistema é dar voz à
população A primeira pesquisa foi publicada pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão em outubro de 2000. Teve características e resultados de
relevância fundamental para se entender a visão da população a respeito dos
serviços públicos no âmbito do governo federal, embora tenha sido realizada em
apenas três áreas: educação, saúde e previdência.
No passado as avaliações eram feitas com base em referendo popular, ou seja,
através das eleições para o preenchimento de cargos no executivo, inferia-se se
havia ou não satisfação com os serviços públicos. Com o novo sistema, além de
sua especificidade em demonstrar as áreas problemáticas, seria criada uma série
histórica com o objetivo de gerar um indicador nacional médio de satisfação.
22
A primeira pesquisa serviu para demonstrar que algumas suposições que
permeavam o imaginário popular careciam de base real. A idéia da existência de
funcionários despreparados, desmazelados e com mesas de trabalho cheias de
papel já não condizem com a atual situação. Demonstrou que o grau de exigência
da população ainda é muito baixo, característica de falta de conscientização a
respeito do exercício da cidadania. Que os não usuários são os mais críticos em
relação aos serviços públicos e os usuários de baixa renda e os que moram
distantes das grandes cidades são os mais satisfeitos. Observou-se, igualmente,
que os usuários escolarizados são mais exigentes do que os analfabetos.
Embora a pesquisa de satisfação tenha demonstrado que mais de 70% do público
alvo tenha declarado satisfação com os serviços que lhes foram prestados, tal
indicador demonstra que existe a necessidade de se melhorar os serviços públicos
e que fomentar a construção de uma consciência crítica por parte dos usuários dos
serviços públicos é fundamental.
23
III. METODOLOGIA:
3.1 Tipo de Pesquisa
Obedecendo ao critério de classificação de pesquisa elaborado por Vergara (2003),
no que concerne aos fins e aos meios, o presente trabalho regeu-se pela seguinte
metodologia:
a) em seus fins – trata-se de uma pesquisa descritiva, pois será exposta
e comentada a pesquisa de satisfação utilizada pela SEFAZ, referente
ao atendimento ao público;
b) em seus meios – trata-se de pesquisa documental, já que foram
utilizados da pesquisa de satisfação apenas os gráficos que se
referiam ao atendimento direto nos postos da Secretaria da Fazenda.
E, também, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pois foram
utilizados livros e artigos publicados em revista e sites da Internet,
todos de fácil acesso.
3.2 Quanto ao Delineamento Foram processadas pesquisas bibliográfica, documental e análise de pesquisa de
campo.
3.2.1 Pesquisa Bibliográfica Foi feita pesquisa bibliográfica para a busca de estudos e apontamentos em
autores conceituados nas áreas sociais, governamentais e gerenciais. Focando a
pesquisa nas áreas de atendimento ao público, cidadania e no Modelo de
Administração Pública Gerencial.
24
3.2.2 Pesquisa Documental Foram coletados diversos documentos e materiais em sites da Internet, todos
relacionados com as áreas governamentais de atendimento ao público, e, também,
em alguns site comerciais buscando correlacioná-los com alguns avanços
tecnológicos disponíveis.
3.2.3 Pesquisa de Campo Devido ao objetivo deste trabalho, que necessitaria da presença do pesquisador no
local a ser pesquisado por tempo relativamente longo, para que se tenha uma
percepção fidedigna e de qualidade. E, tendo a Secretaria da Fazenda do Estado
da Bahia, através da Faculdade de Administração da Universidade Federal da
Bahia, elaborado uma pesquisa que atende plenamente aos fins do presente
estudo, optamos pela utilização da referida pesquisa, devido às suas características
de confiabilidade e integridade dos dados apresentados.
3.3. Desenvolvimento
A análise foi feita nos dados da pesquisa efetuada na Diretoria Metropolitana da
Secretaria da Fazenda, que abrange todos os postos de atendimento localizados
na região metropolitana de Salvador.
Todo o presente trabalho está voltado às análises feitas sobre dados fornecidos
pela pesquisa efetuada na Diretoria Metropolitana da Secretaria da Fazenda, que
está direcionada às variáveis que determinam o grau de satisfação, seja ele
positivo ou negativo, conjuntamente com os conhecimentos de alguns autores
sobre os modelos de gestão implantados, demonstrando que tipo de mudanças
25
pode trazer à visão dos gestores, vindo ou não a influenciar nos resultados de
futuras pesquisas e no benefício social que venha acarretar.
.
26
IV. RESULTADO E DISCUSSÃO
4.1 Pesquisa de Satisfação do Atendimento 4.1.1 Quesito: Presteza / Agilidade no Atendimento
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Bonocô
Iguatemi
Simões
Filho
Camaç
ari
Pelourin
ho/Liber
dade
Sac B
arra
Sac C
omérc
io
Sac Ig
uatemi
Litora
l Nor
te
InsatisfeitosMed. SatisfeitosSatisfeitos
Gráfico 01 – Avaliação do Atendimento: Presteza /Agilidade no Atendimento Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
Neste quesito a SEFAZ alcançou bons resultados, demonstrando que o processo
de atendimento está bem focado para soluções ágeis. Nota-se, por exemplo, que
os entrevistados satisfeitos chegou a uma média de 89,54%. Tendo as Inspetorias
27
de Simões Filho e de Camaçari alcançado a média mais alta: 98%; e o SAC do
Comércio a média mais baixa: 75,7%. Apenas 3% dos entrevistados
demonstraram insatisfação com o atendimento e 7,46% estão na faixa dos
medianamente satisfeitos
4.1.2 Quesito: Tempo Gasto no Atendimento
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Bonoc
ô
Igua
temi
Sim
ões F
ilho
Camaç
ari
Pelo
urin
ho/Li
berd
ade
Sac
Barra
Sac
Comér
cio
Sac
Iguat
emi
Lito
ral N
orte
InsatisfeitosMed. SatisfeitosSatisfeitos
Gráfico 02 – Avaliação do Atendimento: Tempo Gasto no Atendimento Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
28
Observa-se que neste quesito a SEFAZ obteve um bom resultado, porém não tão
significativo quanto o quesito Presteza e Agilidade no atendimento. A media dos
entrevistados satisfeitos chegou a 81,42% e os medianamente satisfeitos a 12,58%.
A Infaz Simões Filho e o Litoral Norte obtiveram a melhor média dos satisfeitos:
92,85. O SAC Comércio obteve um percentual médio crítico em relação aos outros
setores, tendo os entrevistados insatisfeitos alcançado a média de 20% e os
medianamente satisfeitos 22,9%, ficando com 57,1% de seus entrevistados se
dizendo satisfeitos com o atendimento.
É expressivo o comportamento da Infaz Camaçari com 100% dos seus
entrevistados demonstraram satisfação neste quesito.
29
4.1.3 Quesito: Tratamento do Atendente
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Bonocô
Iguatemi
Simões
Filho
Camaç
ari
Pelourin
ho/Liberd
ade
Sac Barr
a
Sac C
omérc
io
Sac Ig
uatemi
Litoral
Norte
InsatisfeitosMed. SatisfeitosSatisfeitos
Gráfico 03 – Avaliação do Atendimento: Tratamento do Atendente Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003 Neste quesito a SEFAZ demonstrou que está perto de alcançar a excelência no
atendimento. Quatro dos postos de atendimento atingiram a média de 100% dos
entrevistados se dizendo plenamente satisfeitos. Inferi-se, na média desse gráfico,
que embora o SAC do Comércio tenha obtido a menor média dos satisfeitos,
87,2%, os seus atendentes lidam com pessoas que estão desgastadas com o
30
tempo gasto no atendimento, e, por isso, deixaram de obter significativo percentual
de satisfeitos e medianamente satisfeitos , já que apenas 2,9% demonstrara
insatisfação com o tratamento recebido.
Neste quesito, Tratamento do Atendente, a excelente marca alcançada pela SEFAZ
é indicadora de seu investimento no aspecto da valorização humana. É indicador
relevante no aspecto do atendimento dos anseios sociais.
Podemos inferir que este quesito, conjugado com o quesito Atenção e Interesse
Dedicados ao Assunto, prejudiquem os índices de satisfação como no Tempo de
Espera para ser Atendido e outros em que são avaliados os aspecto de celeridade
no atendimento.
31
4.1.4 Quesito: Domínio e Clareza das Informações Recebidas
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Bonocô
Iguatemi
Simões
Filho
Camaç
ari
Pelourin
ho/Liber
dade
Sac B
arra
Sac C
omérc
io
Sac Ig
uatemi
Litora
l Nor
te
InsatisfeitosMed. SatisfeitosSatisfeitos
Gráfico 04 – Avaliação do Atendimento: Domínio e Clareza das Informações Fornecidas Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003 Este gráfico demonstrou que 96,7% dos entrevistados estão situados na faixa dos
satisfeitos e medianamente satisfeitos. Dos postos de atendimento, Simões Filho,
Camaçari e Litoral Norte estão com médias significativas de satisfação, pois não
houve ocorrências de usuários insatisfeitos. O posto do Pelourinho obteve a melhor
32
média dos usuários satisfeitos com 96,25% e a Infaz Bonocô a menor média com
77,6%.
O SAC Comércio obteve o maior percentual de insatisfeitos: 8,6%.
Pode ser que seja este quesito o responsável pelo desempenho abaixo da média
do SAC Comércio nos quesitos anteriores, pois, se não há clareza nas informações
transmitidas, o processo de atendimento se torna mais lento com reflexo no tempo
gasto para atender cada cidadão.
33
4.1.5 Quesito: Atenção e Interesse Dedicados ao Assunto
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Bonocô
Iguatemi
Simões
Filho
Camaç
ari
Pelourin
ho/Liber
dade
Sac Barr
a
Sac C
omérc
io
Sac Ig
uatemi
Litora
l Nort
e
InsatisfeitosMed. SatisfeitosSatisfeitos
Gráfico 05 – Avaliação do Atendimento: Atenção e Interesse Dedicados ao Assunto Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003 No quesito, Atenção e Interesse Dedicados ao Assunto, a SEFAZ, novamente, se
superou. O percentual de satisfeitos chegou a 92,2% e os medianamente satisfeitos
a 5,15%, com isso, somando os dois percentuais que são indicadores de bom
desempenho, ela alcançou o percentual de 97,35% dos entrevistados dizendo que
34
estão satisfeitos com o atendimento neste quesito, restando apenas 2,75% de
insatisfeitos.
Da mesma forma que o quesito Tratamento do Atendente, este quesito está bem
relacionado com o aspecto de cidadania, do respeito à pessoa humana. Está,
também, bem relacionado com a preparação do atendente para o aspecto do
relacionamento interpessoal.
4.1.6 Quesito: Tempo de Espera para ser Atendido
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Bonocô
Iguatemi
Simões
Filho
Camaç
ari
Pelourin
ho/Liber
dade
Sac B
arra
Sac C
omérc
io
Sac Ig
uatemi
Litora
l Nor
te
InsatisfeitosMed. SatisfeitosSatisfeitos
Gráfico 06 – Avaliação do Atendimento: Tempo de Espera para ser Atendido Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
35
Este é um dos aspectos mais nevrálgicos no processo de atendimento ao público.
Geralmente é o que provoca um maior número de queixas e insatisfações nos
atendimentos presenciais.
No quesito Atenção e Interesse Dedicados ao Assunto, a SEFAZ, novamente, se
superou. O percentual de satisfeitos chegou a 92,2% e os medianamente
satisfeitos a 5,15%, com isso, somando os dois percentuais que são indicadores
de bom desempenho, ela alcançou o percentual de 97,35 dos entrevistados
dizendo que estão satisfeitos com o atendimento neste quesito, restando apenas
2,75% de insatisfeitos.
Da mesma forma que o quesito Tratamento do Atendente, este quesito está bem
relacionado com o aspecto de cidadania, do respeito ao cidadão e a pessoa
humana. Está, de igual modo, bem relacionado com a preparação do atendente
para o aspecto do relacionamento interpessoal, fruto de investimento em
qualificação de seus funcionários.
36
4.1.7 Quesito: Satisfação Geral com o Atendimento Recebido
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Bonoc
ô
Iguatemi
Simões
Filho
Camaç
ari
Pelou
rinho
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rdad
e
Sac B
arra
Sac C
omérc
io
Sac I
guate
mi
Litora
l Nor
te
InsatisfeitosMed. SatisfeitosSatisfeitos
Gráfico 07 – Avaliação do Atendimento: Satisfação geral com o Atendimento Recebido Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003 O quesito Satisfação Geral com o Atendimento Recebido é o marco principal dessa
pesquisa de avaliação de atendimento. Nele, o cidadão antes de responder a
pergunta do entrevistador, faz uma reflexão do atendimento como um todo e da a
sua nota de forma bastante consciente. Pode-se verificar estas informações através
da análise dos dados expressos no gráfico desse quesito, pois nenhum dos postos
de atendimento alcançou o percentual de satisfação de 100% e da mesma forma,
nenhum desceu à marca percentual de 50%.
37
Demonstra equanimidade com os outros quesitos da Pesquisa de Satisfação.
Neste os entrevistados satisfeitos junto aos medianamente satisfeitos alcançou o
relevante percentual de 98%, ficando apenas 2% declarando-se insatisfeitos.
Observa-se que o SAC do comércio, do Iguatemi e a Infaz Bonocô foram os que
detiveram os maiores índices de insatisfação, mesmo assim, por estarem situados
entre 3,2% e 5,7%, pode-se afirmar que são percentuais insignificantes diante
daqueles que estão satisfeitos com o atendimento da SEFAZ.
4.1.8 Quesito: MAE – Monitor de Atendimento Eletrônico
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Utilização do Serviço Recentemente
BLOCO III – MAE
44,467,0
36,2
33,0
63,855,6
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Bonocô Iguatemi Simoes Filho
Sim Não
Gráfico 08 – Avaliação do Atendimento: MAE – Monitor de Atendimento Eletrônico Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
38
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Tempo de Aguardo para usar o Serviço
BLOCO III – MAE
73,865,935,3Não precisou aguardar
6,24,547,1Precisou aguardar um tempo razoável
20,029,517,6Precisou aguardar um pouco
Simões FilhoIguatemiBonocô
Gráfico 09 – Avaliação do Atendimento: MAE – Tempo de Aguardo para Usar o Serviço Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Serviços Utilizados
BLOCO III – MAE
10,829,526,5Outros
18,54,58,8Autorização para impressão de documentos fiscais
3,12,30,0Solicitação de alteração cadastral
1,50,00,0Solicitação de equipamentos emissores de cupom fiscal (ECF)
6,22,32,9Solicitação de Inscrição Estadual
1,54,50,0Senhas já entregues e não trocadas (Troca de senha)
30,89,123,5Solicitação de senha
15,425,011,8Entrega de DMA / DME
47,750,038,2Emissão de DAEs
Simões FilhoIguatemiBonocôSERVIÇOS
Gráfico 10 – Avaliação do Atendimento: MAE – Serviços Utilizados Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
39
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Finalização da Operação com Sucesso
BLOCO III – MAE
90,9 96,991,2
3,18,8 9,1
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Bonocô Iguatemi Simoes Filho
Sim Não
Gráfico 11 – Avaliação do Atendimento: MAE – Finalização da Operação com Sucesso Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Ajuda para Usar o Serviço
BLOCO III – MAE
86,4
50,864,7
49,235,3
13,6
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Bonocô Iguatemi Simões Filho
Usou sozinho(a) Precisou da ajuda de um assistente
Gráfico 12 – Avaliação do Atendimento: MAE – Ajuda para Usar o Serviço Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
40
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Disponibilidade e Boa Vontade do MAE
BLOCO III – MAE
83,3 90,6
8,3 9,4
91,7
16,7
0%10%
20%30%
40%50%
60%70%
80%90%
100%
Bonocô Iguatemi Simões Filho
Satisfeitos Med. Satisfeitos Insatisfeitos
Gráfico 13 – Avaliação do Atendimento: MAE – Disponibilidade e Boa Vontade do MAE Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Clareza das Informações/orientações do MAE
BLOCO III – MAE
100,0 93,7100,0
6,3
0%10%
20%30%
40%50%
60%70%
80%90%
100%
Bonocô Iguatemi Simões Filho
Satisfeitos Med. Satisfeitos Insatisfeitos
Gráfico 14 – Avaliação do Atendimento: MAE – Disponibilidade e Boa Vontade do MAE Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
41
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Tratamento do MAE
BLOCO III – MAE
100,0 93,7
8,3
91,7
6,3
0%10%
20%30%
40%50%
60%70%
80%90%
100%
Bonocô Iguatemi Simões Filho
Satisfeitos Med. Satisfeitos Insatisfeitos
Gráfico 15 – Avaliação do Atendimento: MAE – Disponibilidade e Boa Vontade do MAE Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Satisfação Geral com o Serviço
BLOCO III – MAE
90,9 96,991,2
3,18,8 9,1
0%10%
20%30%
40%50%
60%70%
80%90%
100%
Bonocô Iguatemi Simões Filho
Satisfeitos Med. Satisfeitos Insatisfeitos
Gráfico 16 – Avaliação do Atendimento: Satisfação geral com o atendimento Recebido Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
42
Em referência ao MAE - Monitor de Atendimento Eletrônico, que são as máquinas
que ficam dispostas na entrada das inspetorias. No presente, apenas três
inspetorias da DAT - METRO dispõem deste tipo de serviço, são elas: Infaz
Bonocô, Infaz Iguatemi, Infaz Simões Filho. Ressalte-se que tais equipamentos
contam sempre com pessoal qualificado para auxiliar no seu manuseio.
Nesta pesquisa, foram aplicados 9 quesitos, como seguem:
► Utilização do Serviço Recentemente- 49% dos entrevistados responderam SIM
, utilizaram o serviço do MAE ;
► Serviços Utilizados - 45,3% utilizaram o MAE para emissão de DAE; 17,4%
para entrega de DMA e DME; 21,13% para solicitação de senha . Observa-se que
83,83% dos entrevistados utilizaram o equipamento apenas para 3 tipos de
serviços, ficando os outros 16,17% com a utilização de outros 6 serviços;
► Ajuda para Utilizar o Serviço - 67,3% dos entrevistados necessitaram de auxílio
para obterem sucesso em suas requisições no MAE;
► Tempo de Espera para Usar o Serviço - 58,33% dos entrevistados encontraram
o equipamento livre para ser usado;
► Finalização da Operação com Sucesso - 92,7% das pessoas alcançaram
sucesso quando utilizaram os serviços do MAE;
► Disponibilidade e Boa Vontade do MAE - 88,55% se disseram satisfeitos com a
disponibilidade do MAE;
► Clareza das Informações / Orientações do MAE - 97,9% declararam satisfeitos
com esse quesito do MAE;
43
► Tratamento do MAE - 95,13% apresentaram satisfação com o tratamento do
MAE .
► Satisfação Geral com o Serviço - 93% das pessoas entrevistadas opinaram
pela satisfação com o serviço em sua totalidade.
Embora a maior parte dos serviços disponibilizados pela SEFAZ esteja
diretamente relacionado ao bom funcionamento dos equipamentos de informática,
este bloco é o mais sensível em relação a tais equipamentos e ao desempenho
da rede em termos de velocidade, etc. Os equipamentos dispostos para uso
público são todos de boa performance e contam com pessoal de apoio bem
treinado.
Da leitura dos gráficos conclui-se que nos locais que se utilizaram menos os
serviços do MAE foram os que os usuários precisaram menos de ajuda, mas que
tiveram os maiores percentuais de finalização de operação sem sucesso.
4.1.9 Quesito SAL – Serviço de Atendimento de Loja
Pesquisa de Satisfação do Atendimento
Organização da Fila de Espera
BLOCO VI – SENHA ELETRÔNICA
21,233,0
53,360,8
4,3
42,4
72,7
1,06,25,1
0%10%
20%30%
40%50%
60%70%
80%90%
100%
Bonocô Iguatemi Simões FilhoMelhorou muito Melhorou Ficou igual Piorou Piorou muito
Gráfico 17 – Avaliação do Atendimento: SAL – Organização da Fila de Espera Fonte: Pesquisa de Satisfação do Atendimento – SEFAZ-BA - 2003
44
Neste quesito a Infaz Bonocô obteve os melhores resultados, com 95,7% dos
entrevistados opinando pela satisfação do serviço, dizendo que melhorou ou
melhorou muito, como o próprio gráfico aponta. Observa-se que a única Inspetoria
que obteve nota negativa dos entrevistados foi a do Iguatemi, com 5,1%
declarando que o serviço piorou.
Conforme instruções da SEFAZ, divulgadas na intranet e no site da SEFAZ,
página constante do anexo 1 deste trabalho, já se encontra disponível o
atendimento por hora marcada, mais um avanço nesse quesito.
45
V CONCLUSÃO
O objetivo do presente trabalho foi analisar os dados da Pesquisa de Satisfação da
SEFAZ, à luz do Modelo de Administração Pública Gerencial no período de 2003.
Os gráficos de n° 1 ao n° 7 respondem positivamente à hipótese número 2, pois a
pesquisa de satisfação realizada pela SEFAZ através da Escola de Administração
da UFBA, ouvindo diretamente o cidadão usuário dos serviços, se utilizou um
adequado instrumento para aferição da satisfação no processo de atendimento ao
público.
Com a realização da Pesquisa de Satisfação, a SEFAZ demonstrou de maneira
eficaz que está cumprindo com os pressupostos do Modelo de Administração
Pública Gerencial, pois a própria Pesquisa de Satisfação é um dos instrumentos
norteadores da MAPG. Desta forma pode-se afirmar que a hipótese número 1 foi
comprovada.
Os gráficos de n° 01,02,06,07, 09 e 16 são indicadores da celeridade no processo
de atendimento ao cidadão e demonstrou que a SEFAZ está coerentemente em
busca da excelência no atendimento ao público, pois alcançou média de satisfação
superior a 90% na soma dos gráficos.
Todos os quesitos da Pesquisa de Satisfação apontam para a realização da
hipótese n° 3 ,4 e 5. Expressam diretamente , de forma contundente, que a SEFAZ
está focada em ações promotoras da cidadania dentro do processo de atendimento
ao público. Pode-se afirmar, portanto, que a hipótese número 3 está devidamente
testada e comprovada.
No presente contexto, observa-se, não raro, que as exigências sociais estão
sempre à frente das disponibilidades governamentais ou, pelo menos, daquilo que
o Estado coloca à disposição da sociedade.
46
No curso da observância dos direitos e obrigações de ambas as partes, Estado e
Povo, surge a democracia como instituto de fluidez dessa relação que, em sendo
plenamente observada, conduz a uma vivência social harmônica e pacificada. É o
bem estar social acima dos interesses individuais ou de grupos particulares.
Então, é na luta individual para a busca do cumprimento dos deveres e
obrigações do ser social que se realiza e se materializa o Estado Democrático de
Direito.
É nessa perspectiva que os governos, através dos tempos e sob as injunções das
necessidades coletivas, vêem buscando o aprimoramento de suas atividades que
é, sem sombra de dúvidas, uma tarefa das mais difíceis. Se por um lado há a
exigência social, fruto do Estado Democrático e do exercício da própria cidadania,
por melhores serviços públicos, há, também, por parte dessa mesma sociedade, o
desejo de pagar menos impostos, consubstanciado em evasão fiscal através da
sonegação que constitui crime contra a ordem tributária e, por conseguinte, uma
deslealdade social.
Eis, desta forma, o dilema administrativo em que se encontram os Estados:
atender dignamente o cidadão com os parcos recursos que dispõem.
É nesse cenário transitório do modelo burocrático para o modelo gerencial,
intensificado pela crise fiscal, que a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia,
um órgão de vital importância para o Governo do Estado, por ser estratégico na
administração pública, pela sua especificidade na captação de recursos e da
própria administração tributária coloca na pauta de suas prioridades o
aperfeiçoamento do processo de atendimento ao público.
Se existe descontentamento social quanto aos serviços públicos que lhes são
prestados, o mesmo não deve acontecer com os serviços prestados pela SEFAZ-
BA, pois, em sua maioria, o público que acorre aos postos de atendimento é
aquele que está diretamente ligado ao pagamento de tributos ou da prestação de
suas obrigações acessórias. O exemplo de eficiência, necessariamente, tem que
começar nessa relação entre o fisco e o contribuinte.
47
Por isso a necessidade de se avaliar periodicamente os serviços colocados à
disposição da sociedade como forma de se manter em equilíbrio as tensões
envolvidas no processo de atendimento ao público, propiciando, sempre que
necessário, os ajustes e tomadas de posição com vistas a direcionar o foco das
atenções para a solução mais adequada para os problemas existentes.
A partir da pesquisa realizada foi possível verificar a necessidade de outros estudos
relativos ao tema abordado. Assim, sugere-se que novas pesquisas sejam
analisadas tomando-se por base os valores históricos ou mesmo investigações
quanto ao desempenho de determinadas unidades de atendimento da SEFAZ.
REFERÊNCIAS
48
AMÉRICO FUHER, Maximiliano Cláudio. Resumo de direito constitucional. São
Paulo: Editora Malheiros. 2003.
BARACHO, José Alfredo de Oliveira. Teoria geral dos procedimentos de exercício da cidadania perante a administração pública. In: Revista dos
Tribunais. São Paulo. Vol.86, nº 748, setembro de 1997. P.26 – 27.
BARRETO, Vicente. O conceito moderno de cidadania. In: Revista do Direito
Administrativo. Rio de Janeiro: renovar, nº 192, abril – junho de 1993. P. 29 -37.
BORGES, Alice Maria Gonzalez. Gestão de serviço público municipal. In: revista
Ciência jurídica. Belo Horizonte: Nova Alvorada, janeiro - fevereiro de 1977. P.353 –
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50
Anexo 1
Sefaz cria atendimento com hora marcada
51
A Sefaz acaba de criar o serviço de Atendimento com Hora Marcada. Por
enquanto, apenas as inspetorias do Bonocô, Iguatemi e Simões Filho estão
disponibilizando esse serviço, voltado ao contribuinte, contador e demais clientes
dessas unidades.
Para poder utilizar o benefício, o usuário deverá estar cadastrado no site da Sefaz
e possuir senha de acesso aos serviços. Ao entrar no link Atendimento Hora
Marcada, na coluna Inspetorias, que fica do lado direito da página, o cliente deve
solicitar o código de atendimento no horário desejado para a inspetoria de seu
interesse.
Veja abaixo as instruções para utilização do novo serviço:
1. Por dia, só será possível agendar três assuntos por cliente. Para cada
atendimento, serão reservados 15 minutos;
2. Pode-se marcar atendimento para o mesmo dia em que efetuar a solicitação ou
agendar o serviço com até cinco dias de antecedência;
3. A solicitação de agendamento para o dia corrente deverá ser feita até 11hs, já
que o Hora Marcada se inicia às 12hs;
4. Solicitações referentes a AIDF só poderão ser atendidas na Inspetoria, caso
não tenha sido possível fazê-las via Internet;
5. O usuário deverá se apresentar na Inspetoria com, no mínimo, cinco minutos
de antecedência ao horário agendado;
6. Horários disponíveis para marcação: das 12hs às 14h15, com intervalos de 15
minutos para cada atendimento;
7. Quando o usuário chegar à Inspetoria, ele passará pela triagem e receberá
uma senha manual gerada pela atendente no sistema SAL. Terá seu atendimento
feito pelo primeiro guichê que ficar livre.
http://intranet.sefaz.ba.gov.br/scripts/fra_intra2.asp?corpo=/scripts/noticias/noticia
s.asp?LCOD_NOTICIA=960