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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA PROJETO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA A DISTÂNCIA Agosto de 2001

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UNIVERSIDADE FEDERAL DABAHIA

PROJETO

DO

CURSO DE LICENCIATURA

PLENA

EM

MATEMÁTICA

A DISTÂNCIA

Agosto de 2001

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ÍNDICE

1. Introdução........................................................................................................................ 42. A Instituição Proponente................................................................................................. 43. O Curso Proposto............................................................................................................. 6 3.1 Objetivos Gerais........................................................................................................ 6 3.2 Objetivos Específicos................................................................................................ 6 3.3 A Titulação................................................................................................................ 7 3.4 A Modalidade........................................................................................................... 7 3.5 O Alunado.................................................................................................................. 7 3.6 O Processo de Seleção............................................................................................... 7 3.7 O Perfil do Licenciado............................................................................................... 7 3.8 O Projeto Pedagógico................................................................................................ 94. O Projeto do Curso.......................................................................................................... 11 4.1 O Currículo................................................................................................................ 11 4.1.1 Apropriação das Tecnologias.......................................................................... 11 4.1.2 Articulação Teoria e Prática............................................................................ 12 4.2 Os Módulos do Curso................................................................................................ 12 4.3 As Áreas de Conhecimento....................................................................................... 13 4.4 Os Eixos..................................................................................................................... 15 4.5 As Oficinas Temáticas............................................................................................... 17 4.5.1 Temáticas teórico-práticas................................................................................ 18 4.6 A Prática Docente...................................................................................................... 19 4.7 O Estágio Supervisionado.......................................................................................... 19 4.8 A Integralização Curricular....................................................................................... 19 4.9 Uma Proposta de Currículo....................................................................................... 19 4.10 Metodologia............................................................................................................. 22 4.11 Recursos Didáticos.................................................................................................. 22 4.11.1 Material Impresso............................................................................................ 23 4.11.2 Material Multimídia......................................................................................... 23 4.11.3 Biblioteca......................................................................................................... 24 4.11.4 Laboratório...................................................................................................... 255. A Infra-estrutura de Apoio............................................................................................... 25 5.1 Recursos de Comunicação......................................................................................... 25 5.2 Laboratórios............................................................................................................... 26 5.3 Bibliotecas e Editoração............................................................................................ 26 5.4 Pólo de Avaliação da Unirede................................................................................... 27 5.5 Museus....................................................................................................................... 27 5.6 O Ambiente de Aprendizagem.................................................................................. 27 5.7 A Coordenação do Curso........................................................................................... 29 5.8 A Orientação Acadêmica........................................................................................... 316. A Avaliação..................................................................................................................... 31 6.1 A Avaliação de Aprendizagem.................................................................................. 34 6.1.1 Avaliação Formal............................................................................................... 34 6.1.2 Avaliação Processual......................................................................................... 35 6.1.3 Oficinas Temáticas............................................................................................ 36 6.1.4 Auto-avaliação................................................................................................... 37 6.1.5 Recuperação de estudos..................................................................................... 37

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6.2 Avaliação do Curso.................................................................................................... 37 6.2.1 Avaliações Processuais...................................................................................... 38 6.2.2 Avaliações Somativas........................................................................................ 387. Viabilização do Projeto.................................................................................................... 39 7.1 Recursos Humanos................................................................................................... 39 7.1.1 Da UFBA......................................................................................................... 39 7.1.2 Dos Pólos......................................................................................................... 39 7.2 Recursos Materiais.................................................................................................... 39 7.2.1 Da UFBA......................................................................................................... 39 7.2.2 Dos Pólos......................................................................................................... 40 7.3 Instalações Físicas.................................................................................................... 40 7.3.1 Da UFBA......................................................................................................... 40 7.3.2 Dos Pólos......................................................................................................... 41 7.4 Recursos Financeiros................................................................................................ 41 7.4.1 Da UFBA......................................................................................................... 41 7.4.2 Da SEC............................................................................................................ 41 7.5 Responsabilidades da SEC....................................................................................... 418. A Coordenação do Curso................................................................................................. 429. A Equipe Responsável..................................................................................................... 4210. Cronograma de Implantação.......................................................................................... 4311. Cronograma de Intervenção........................................................................................... 4412. Custo Estimado.............................................................................................................. 4413. Redação do Projeto........................................................................................................ 4514. Referências Bibliográficas............................................................................................. 45Anexos I. Relação de Disciplinas Obrigatórias............................................................................ II. Relação de Disciplinas Optativas................................................................................ III. Proposta de Organização Modular do Currículo....................................................... IV. Ementário com Bibliografia Básica........................................................................... V. Relação dos NTE’s.................................................................................................... VI. Relação das DIREC’s............................................................................................... VII. Diagramas............................................................................................................... - O Ambiente Virtual................................................................................................ - Coordenação Geral da UFBA............................................................ .................... - Coordenação dos Pólos.......................................................................................... - Sistema de Orientação Acadêmica.........................................................................

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1. INTRODUÇÃO

As informações disponíveis pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahiaatravés do Censo Escolar do ano de 1998, permitem afirmar que, de um total de 137.945 funçõesdocentes em exercício no ensino básico, 89.769 (65,1%) tem formação de magistério de nívelmédio ou outro curso deste mesmo nível. Considerando-se que cada duas funções docentes podemestar correspondendo a um professor, teremos 44.884 professores não possuem curso superior, edeste total uma demanda de 15.221 professores que atuam no ensino de 5 a 8 séries e no ensinomédio, para possuir curso de nível superior.

Estudos mostram que, as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste juntas, concentram 80%de professores, com menos de 08 anos de escolaridade.

A situação do ensino básico na Bahia, apesar dos esforços empreendidos, ainda alcançaíndices preocupantes, notadamente no que se refere à qualificação dos docentes, que não têm aformação escolar que será exigida no ano 2007. Na rede pública, onde estão concentrados 87,3%dos professores, deverá acontecer uma interferência mais decisiva, com a utilização de estratégiasdiferenciadas para atender as especificidades de cada região.

A quantidade de vagas oferecidas nos cursos regulares de formação de professor tem semostrado insuficiente para atender tal demanda, o que vem requerer um esforço concentrado nosentido de modificar o panorama atual, considerando o prazo estabelecido pela legislação. A nívelestadual, a oferta atual não chega a 2.000 vagas por ano, em cursos de licenciaturas, o querepresenta menos de um sétimo do que seria necessário para atender a demanda de professores queprecisam voltar a estudar. Considerando que o Nordeste é a região em que menos houve evoluçãona formação dos professores nos últimos 20 anos, cabe ressaltar a necessidade de que as políticasgovernamentais voltem-se, prioritariamente, e garantam condições para o desenvolvimento deprojetos emergenciais para esta clientela. Para que esta meta seja cumprida no prazo determinadopela lei, a oferta terá que ser ampliada em níveis condizentes com as reais necessidades, de modo aacabar com a perpetuação deste quadro.

O Curso de Licenciatura em Matemática a Distância é uma alternativa para a resoluçãodestes problemas centrais da educação e da falta de qualificação profissional: exclusão intelectual eexclusão tecnológica. O pressuposto básico do curso, é que os professores em situação deaprendizagem, são adultos que contam com uma experiência muito rica, que será reconhecida,discutida e reconcebida ao longo do curso. Espera-se que através do processo designificação/resignificação de um conjunto de conhecimentos teóricos/práticos, o professortransforme sua prática docente, vivenciando ao longo do curso as mesmas dificuldadesepistemológicas que seus alunos, contribuindo de modo efetivo com suas experiências e validações,para a incorporação de inovações pedagógicas que utilizem diversas metodologias e recursostecnológicos à sua prática profissional.

Isto requer de ambas as partes, dos professores orientadores do curso e os dos alunos, umacordo recíproco quanto a, mudanças pessoais e coletivas, e ações transformadoras para atransposição do modelo da transmissão e memorização de informações, para um modelo deconstrução coletiva de conhecimentos robustos e saberes duradouros. O curso é concebido visandoaliar estas estratégias políticas de educar em ciências e tecnologias, formando professores emserviço, que se transformarão em agentes integrados e multiplicadores deste novo paradigma deeducação no qual o aluno é o principal agente do processo de construção do conhecimento.

2. INSTITUIÇÃO PROPONENTE

A história do ensino superior no Estado remonta a 1808, quando, por determinação da corteportuguesa, foi criada a primeira escola de ensino médico do País, a Faculdade de Medicina daBahia. Seguiram-se a Faculdade de Farmácia (1832), Escola de Belas Artes (1877), Faculdade de

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Direito (1891), Escola Politécnica (1897), Faculdade de Ciências Econômicas (1905), Escola deBiblioteconomia(1942), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (1943), e outras que seintegrariam a partir de 1946.

A Universidade da Bahia foi criada em 8 de abril de 1946, através do Decreto-Lei 9.155. Noinício, a Universidade da Bahia era formada pela Faculdade de Medicina e suas escolas anexas -Odontologia e Farmácia - e pelas Faculdades de Filosofia, Ciências Econômicas, Direito, além daEscola Politécnica.

A efetiva instalação da Universidade aconteceu no dia 2 de julho de 1946, no mais antigocentro de ensino superior do país, a Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus. Quatro anosdepois, a Universidade da Bahia foi federalizada. No dia 4 de dezembro de 1950, o governo federalsancionou a Lei 2.234 definindo o Sistema Federal de Ensino Superior. A partir de então, aUniversidade da Bahia passou a ser denominada Universidade Federal da Bahia ou simplesmenteUFBA.

A UFBA oferece 55 cursos de graduação, com 44 habilitações, além de 25 cursos deespecialização, 49 de mestrado e 23 de doutorado. Oferece também vários cursos de extensão, eaperfeiçoamento. São 18.893 alunos de graduação, 3.217 de pós-graduação e 1.684 professores(dados do ano 2000).

Informações complementares podem ser obtidas no site da Universidade emhttp://www.ufba.br. A UFBA vem desenvolvendo um programa de Informatização do Ensino eEducação à Distância e implantou um portal da UFBA virtual, o site ufb@anet, que se configuracomo uma instância de mobilização e consecução de ações voltadas para a adoção do e-learningcomo apoio aos cursos do ensino regular e a adoção do modelo de educação à distância.

A Universidade Federal da Bahia, em 1999, estabeleceu como meta a implantação de umPrograma Institucional (http://www.ufba.br/Programa_pesquisa.html) de educação para o século 21que favoreça práticas para a formação robusta e humana do novo cidadão de uma sociedade na qualinformação e conhecimento serão atributos tanto individuais como institucionais.

Em essência, o Programa Institucional da UFBA estabelece três direções prioritárias parauma mudança efetiva na educação:

• incorporar o uso de tecnologias nos cursos presenciais, permitindo aos educadoresimplementarem projetos pedagógicos educacionais sustentáveis de ensino e aprendizagemnos níveis de graduação, pó-graduação e extensão;

• implantar cursos de graduação, pós-graduação e extensão à distância em suas diversasmodalidades, que incorporem e utilizem as tecnologias de informação;

• sustentar políticas públicas, que mobilizem coalizões e parcerias entre partes interessadas deacademias, governo, indústria e setores organizados da sociedade civil que possibilitemdemocratizar o acesso à educação superior de qualidade para largas camadas da sociedade.

Um outro dado importante sobre o Programa de EAD da UFBA é o Projeto de CooperaçãoInternacional com a Universidade de Aveiro, financiado pela CAPES (Brasil) e o ICCTI(Portugal),intitulado “Modelos e Estratégias de Aplicação do e-Learning no Ensino Superior”, que tem comoobjetivos, a formação e aperfeiçoamento de professores e pesquisadores das instituiçõesparticipantes, troca de informações e resultados científicos, além de documentação especializada noque respeita a concepção, discussão, desenvolvimento, realização, avaliação e disseminação demetodologias e estratégias destinadas a fomentar a utilização de metodologias e tecnologias de e-learning nas instituições de Ensino Superior, nomeadamente nas instituições participantes.

O Instituto de Matemática da UFBA oferece 02 cursos regulares de graduação emMatemática: o Bacharelado em Matemática e a Licenciatura Plena em Matemática, que obtiveramconceito A nas 2 últimas versões do Exame Nacional de Cursos. O Instituto tem um programa depós-graduação strictu-sensu que oferece regularmente curso de Mestrado em Matemática.

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O Instituto também investe na formação continuada de professores da rede estadual deeducação, através de várias iniciativas apoiadas pelo CADCT/CAPES: Curso "Matemática e suasConexões" na modalidade presencial e Curso "Projetos Pedagógicos Interdisciplinares deMatemática apoiados por Tecnologias de Informação" na modalidade à distância via Internet.

No ensino de graduação, diversas disciplinas vêm sendo apoiadas pelas novas tecnologias erecursos da web. Dentre elas, num projeto departamental, as turmas da disciplina Cálculo III,compostas de alunos de diversos cursos de graduação da área de Ciências Exatas (Engenharias,Matemática, Ciência da Computação e outros), vêm sendo apoiadas por um ambiente de e-learning,onde os alunos podem realizar aulas práticas através de simuladores matemáticos, além de aulaspresenciais em laboratório informatizado, onde os alunos adquirem conhecimentos e habilidades emtecnologias de informação e comunicação (HTML, Maple, FrontPage, pesquisa na Internet,simuladores, etc.) para o desenvolvimento de um projeto interdisciplinar, escolhido pelos alunos,abordando tópicos dos conteúdos programáticos da disciplina e que envolvem problemas aplicadosem Ecologia, Física e Engenharia. Modelando problemas através de equações diferenciais,encontrando as soluções para o problema com o uso de software de resolução matemática,construindo simuladores e disponibilizando os trabalhos na Internet, os alunos participam daconstrução de conhecimentos num curso em constante atualização.

3. O CURSO PROPOSTO

3.1 Objetivos GeraisO Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA tem como objetivo

geral favorecer a aquisição dos conhecimentos matemáticos e do processo educativo em suasrelações e interrelações sociais, políticas e culturais, contribuindo para a formação de professorescapazes de implementarem práticas transformadoras, e não corretivas, para uma melhoriafundamental da educação no Estado da Bahia.

3.2 Objetivos Específicosa) Responder aos desafios político-sociais que se apresentam no campo educacional brasileiro

e em particular ao Estado da Bahia, desenvolvendo um processo de formação de professoresda rede pública de ensino;

b) colaborar com o movimento de renovação da educação nacional, capacitando os professorespara que estes assumam, como protagonistas, os seus novos papéis na construção de umnovo espaço pedagógico, qualificando a sua ação para atuarem com competência face aosdesafios educacionais da contemporaneidade;

c) contribuir para a mudança do perfil profissional e de escolaridade dos professores da redepública no Estado da Bahia, tendo como horizonte a superação dos problemas do atualcontexto social, político, econômico e cultural que se refletem na escola;

d) contribuir para a compreensão dos fundamentos teóricos básicos das Ciências que integramo currículo para a formação do professor de Matemática do Ensino Médio;

e) promover a transformação do ambiente escolar num espaço mais aberto, dinâmico,multidisciplinar, intercultural, dialógico, criativo, includente, harmônico, flexível e feliz,através da ação de professores qualificados que saibam recriar a sua ação com base emideais educativos voltados para a promoção do ser humano e a solidificação da sociedadedemocrática;

f) utilizar de forma intensiva as estruturas tecnológicas que estão sendo implantadas no Estadoda Bahia para atender ao Programa, transformando o professor em um pesquisador emconstante atualização.

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3.3 A TitulaçãoO Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA concede a

titulação de Licenciatura Plena na área de Matemática, capacitando o professor para lecionar naEducação Básica.

3.4 A ModalidadeO Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA será realizado na

modalidade a distância, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados,apresentados em diferentes suportes de informação, que poderão ser utilizados isoladamente oucombinados, e serão veiculados por diversos meios de comunicação (Internet, televisão, rádio eimpressos), utilizando infra-estrutura de apoio físico, tecnológico e de recursos humanosqualificados em EAD, da UFBA e da Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia (IRDEB- Instituto de Rádio Difusão do Estado da Bahia, IAT – Instituto Anísio Teixeira, DIREC's –Diretorias Regionais de Educação e NTE's – Núcleos Tecnológicos de Educação).

O curso está estruturado de forma bimodal, combinando as modalidades de Ensino aDistancia e Presencial, com um terço das atividades acadêmicas realizadas presencialmente, atravésde aulas teóricas, realizadas por teleconferências, práticas laboratoriais, oficinas e semináriostemáticos, bem como por avaliações individuais locais e contextualizadas.

3.5 O AlunadoSerão aceitos no Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA

professores da Rede Pública de Ensino do Estado da Bahia, portadores do diploma de nível médio(ou equivalente), aprovados em processo seletivo.

3.6 O Processo de SeleçãoA seleção de alunos para o Curso será realizada em conformidade com os critérios da

legislação vigente (Lei 9394/96, artigo 44, inciso II). Este processo é:a) unificado, de forma a garantir as mesmas condições de acesso nas DIREC’s constantes

do Edital;b) realizado através de uma única prova escrita abrangendo os conteúdos de matemática e

uma redação com tema sobre conhecimentos gerais contemporâneos, onde serãoavaliados não somente habilidade com a língua portuguesa mas também sua autonomia,capacidade de organizar o pensamento, domínio de leitura, interpretação;

c) a classificação dos alunos selecionados será através de medidas quantitativas equalitativas estabelecidas em Edital de Convocação para o Processo Seletivo.

Podem inscrever-se para o processo seletivo, candidatos que cumpram cumulativamente asseguintes condições:

a) ter pelo menos 21 anos em 31 de Dezembro do ano em que concorre, oualternativamente comprovar o desempenho do magistério, durante dois anos após teratingido a maioridade legal;

b) ser portador do diploma de nível médio (ou equivalente);c) ser professor da Rede Pública de Ensino do Estado da Bahia, contratado pela Secretaria

de Educação e Cultura do Estado da Bahia;d) não se encontrar matriculado em qualquer outro estabelecimento de Ensino Superior;e) atender às exigências do Edital de Convocação para o Processo Seletivo (documentação

exigida).

3.7 O Perfil do LicenciadoEstudos de Andrea Ramal [RAM 1996, 2000a, 2000c, 2001] sintetizam o perfil do

professor contemporâneo como um:

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• arquiteto cognitivo que é um profissional capaz de traçar estratégias e mapas de navegaçãoque permitam ao aluno empreender de forma autônoma e integrada os próprios caminhos deconstrução do (hiper)conhecimento em rede, assumindo, para isso, uma postura dereflexão-na-ação e fazendo um uso crítico das tecnologias como novos ambientes deaprendizagem.

• dinamizador da inteligência coletiva que é responsável pelo gerenciamento de processosde construção cooperativa do saber, convertendo grupos escolares heterogêneos emcomunidades inteligentes, flexíveis, autônomas e felizes, integrando as múltiplascompetências dos estudantes com base em diagnósticos permanentes, convidando aodiálogo interdisciplinar e intercultural nas pesquisas realizadas, promovendo a abertura dosespaços e dos tempos de aprendizagem para além da sala de aula e estimulando acomunicação interpessoal através da pluralidade de linguagens e expressões.O perfil do professor que o curso pretende colaborar para desenvolver é alcançado através

das seguintes estratégias [Vergani]:• facultar horizontes concretos de referência que permitam ao professor de matemática

desenvolver dinamicamente uma prática educativa vivencial;• facilitar a contextualização e a reflexão relativas aos novos parâmetros de abertura que os

programas de matemática atualmente contemplam;• desenvolver as capacidades de apreensão globalizante de diferentes perspectivas cognito-

pedagógicas e a percepção interativa das suas componentes internas;• fornecer instrumentos de análise crítica em ordem a uma hermenêutica pedagógica que

integre interpretações, opções e investimentos pessoais, capazes de conferirem umasignificação assumida ao ato educativo matematizante;

• despertar o interesse por uma pesquisa pedagógica constantemente renovada e aprofundadanas suas múltiplas vertentes, de modo que o conhecimento se possa verdadeiramentetransformar em saber;

• sugerir possíveis espaços de interseção comum da imaginação com a realidade, daflexibilidade com o rigor, da sedução com o desafio lógico, traduzíveis em processos deensino/aprendizagem mais ágeis, mais abertos, mais criativos e harmoniosos;

• suscitar a auto-confiança pessoal, mitigando sentimentos de insegurança, de mal-estar, ou deresignação ao insucesso;

• despertar no professor uma visão epistemológica e histórica da Matemática, como umaciência dedutiva que se originou da necessidade de formalizar a relação do homem com anatureza e os fenômenos advindos dela, como ponte para a multidisciplinaridade;

• criar a capacidade de aprendizagem continuada, aquisição e utilização de novas idéias etecnologias constituindo-se como um professor interessado pela evolução de seu saberpedagógico, criando fontes vivas de diálogo susceptíveis de dar expressão concreta aospareceres e às experiências em formação, através dos canais de comunicação dinâmica que anatureza do ensino a distância pode permitir;

• intervir de forma criativa e transformadora na prática educacional e na redução do fracassono ensino da Matemática, assumindo pessoalmente a validação das articulações pedagógicaspelas quais opta na sua própria prática de ensino, criando horizontes concretos do fazível;

• capacitar o professor a propor, modelar e resolver problemas que estabeleçam relações entreos conceitos matemáticos estudados e os conceitos de Física, Química, Biologia, Economia,etc.;

• tornar a matemática, onde o rigor lógico se une à imaginação criativa, numa disciplinasimultaneamente abstrata e concreta, racional e simbólica, pragmática e lúdica;

• desenvolver projetos interdisciplinares onde o currículo esteja organizado em mapas denavegação e seja desenvolvido em ambientes informatizados;

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• formar personalidades simultaneamente críticas e flexíveis, capazes de orientar seus alunos afazerem uma opção vocacional consciente, desenvolver suas potencialidades e criatividadesem ciência e tecnologia;

• proceder ao tratamento e ao estudo da informação, saber comunicar-se matematicamente,adaptar, divulgar e disponibilizar os resultados obtidos, criar repositório para que possaservir a um conjunto mais vasto de educadores matemáticos;

• propiciar a exploração informal e investigação reflexiva, estimular o questionamento, aproposição e modelagem de problemas, a busca de soluções e previsões;

• desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de visualizar e manipular objetos matemáticosem suas diversas representações utilizando diversas tecnologias e software;

• propiciar aos alunos vivenciarem as mesmas dificuldades e obstáculos epistemológicosencontrados pelos matemáticos: experimentar, interpretar, visualizar, estabelecer relações,descobrir regularidades e invariantes, generalizar, discutir conjecturas e métodos, edemonstrar.

3.8 O Projeto PedagógicoA filosofia pedagógica do Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da

UFBA leva em conta os mais recentes estudos da educação crítica contemporânea. Em funçãodisso, são estimuladas, ao longo do curso, situações de ensino-aprendizagem baseadas na idéia deque nenhuma educação é neutra [Freire]; todo processo formativo inclui valores e supõe umadimensão sócio-política que atravessa a ação pedagógica, que freqüentemente expressam o ponto devista e a cultura dominante.

À educação compete não apenas a transmissão cultural, mas compreender os meios pelosquais as relações de poder e as desigualdades sociais privilegiam ou excluem o indivíduo, ou grupossociais. A educação também tem como responsabilidade estimular as potencialidades ecompetências dos indivíduos, e favorecer a formação para o exercício esclarecido da cidadania e odesenvolvimento integral do ser humano, em suas dimensões bio-psico-social, intelectual eemocional.

Entendendo que o aluno é o eixo e o horizonte de todo o processo educacional, a pessoa emformação é compreendida como um ser aberto, sujeito a reestruturações e resignificaçõessucessivas, que se modifica ao longo do processo de construção do conhecimento sobre o meio emque vive e a partir da sua ação transformadora sobre este meio. Segundo Vigotsky o sujeito seconstitui através da interação com o mundo, com os saberes e com os demais, a qualidade dessainteração é vinculada a um progressivo conhecimento e valorização de si mesmo e dos demais, eque o acesso ao simbólico e a aquisição significativa de conhecimentos se dá através do relacional,da interação. É a interação que faz a diferença num processo educacional e que torna os modeloseducacionais baseados unicamente na transmissão de conhecimentos, pouco eficazes.

Tomamos como princípio que a aprendizagem é um processo construtivo, que depende demodo fundamental das ações do sujeito e de suas reflexões sobre estas ações, baseia-se na ação doaluno, no ensaio e erro, na pesquisa, no confronto de hipóteses, na solução de problemas e naconstrução de percursos de aproximação ao conhecimento.

“Todo conhecimento é ligado à ação e conhecer um objeto ou evento é assimilá-lo àum esquema de ação...Isto é verdade do mais elementar nível sensório-motor ao maiselevado nível de operações lógico-matemáticas” [Piaget].

Entendendo que a aprendizagem da matemática deve basear-se na ação, através do “fazermatemática”: experimentar, interpretar, visualizar, estabelecer relações, descobrir regularidades einvariantes, generalizar e demonstrar: “o aprendizado da matemática deve ser ativo, e nãomeramente passivo ou receptivo; meramente lendo um livro, ou assistindo uma aula ou um filme,

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sem acrescentar nossa própria atividade mental dificilmente aprendemos alguma coisa e certamenteaprendemos muito pouco” [Polya], mas que depende também de interações sociais norteadas porrelações de cooperação, que pressupõe a coordenação das operações entre dois ou mais sujeitos. Éuma relação simétrica sem imposição, crença ou coação. Baseia-se na discussão, na troca de pontosde vista, no controle mútuo de argumentos e provas, no ensaio e erro, na pesquisa, no confronto dehipóteses, na solução de problemas e na construção de percursos de aproximação ao conhecimento,na interação entre sujeitos mediado por diversas tecnologias, num local físico ou virtual, um espaço-tempo onde ocorrem diálogos, trocas de referências e de experiências, circulação sígnica ouabstrata, sendo a linguagem a mediação por excelência para a constituição da subjetividade.

Assumindo o pressuposto que um ambiente educativo favorável, prazeroso e feliz, quepromove a cooperação e a participação, é elemento decisivo para a aprendizagem, e que todas aspessoas podem aprender significativamente um conteúdo, desde que sua estrutura cognoscitivadisponha de conceitos relevantes para tal, a relação professor-aluno deve ser baseada no diálogo ena colaboração mútua, privilegiando situações que favoreçam a experiência e a ação sobre oconhecimento, tais como observar, experimentar, analisar, comparar, relacionar, levantar hipóteses,argumentar, procurar materiais, etc.

Considerando que nenhuma educação é neutra, que todo processo formativo inclui valores esupõe uma dimensão sócio-política, os conhecimentos das áreas de Educação e Matemática sãoabordados à luz da Epistemologia e da História das Ciências sob os enfoques de classe, gênero eetnia, favorecendo a formação de uma cultura matemática pluridisciplinar de modo efetivo e umareflexão política de como os avanços científico-tecnológicos estão associados às necessidadeshumanas e como estes avanços, por outro lado, modificam os agenciamentos humanos,transformam a sociedade, introduzem novas verdades e problemáticas. A formação do professor dematemática contempla assim uma formação humanística, onde questões temáticas de Cidadania,Meio Ambiente, Identidade, Sociedade e Cultura, são desenvolvidas possibilitando uma formaçãoplena, contextualizada, onde a reflexão e troca de experiências de vida profissional, e trabalhocooperativo promovem o desenvolvimento profissional e individual do professor.

Entendendo que o currículo compreende a aquisição de conceitos matemáticos que ajudaramno avanço das Ciências e impactaram a construção da nossa civilização, e que possibilitam aaquisição de competências para analisar dados e riscos, fazer previsões e cálculos aproximados,exemplificar e generalizar, fazer inferências e conjecturas, compreender o mundo e seus fenômenos,e que compreende também, todo um conjunto de experiências formativas, o currículo é consideradocomo território de diálogos e confrontos, continuidades e rupturas, harmonias e conflitos, saberesem (re)construção, interculturalismo, respeito à diversidade e polifonia, que possibilita umaformação integral do indivíduo para o exercício pleno da cidadania.

O currículo do Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA emtodo o percurso, enfatiza o questionamento e formulação de problemas do mundo real, nas maisdiferentes áreas. Conhecimentos matemáticos são adquiridos de forma duradoura e incorporados aoacervo cultural do indivíduo, quando compreende-se o conhecimento dentro de um contexto sócio-histórico em que um modelo matemático é um meio de representar e manipular um processo ousistema complexo que de outro modo não seria possível. A complexidade dos modelos requeremsoluções complexas, que são obtidas utilizando-se software. A aquisição do conhecimento dasTecnologias de Informação e seu uso pedagógico é feito ao longo do curso, nas práticaslaboratoriais de matemática, e nas oficinas pedagógicas possibilitando aos cursistas não apenasaprender a usar as ferramentas computacionais como editores de textos, planilhas de cálculos,ferramentas de comunicação e pesquisa na Internet, software de simulação e resolução matemática,mas utilizá-las como meios e recursos que possibilitam a aquisição de conhecimentos e odesenvolvimento de novas cognições, tornando os professores também fomentadores de novosartefatos [Papert].

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4. O PROJETO DO CURSO

Considerando o contexto educacional da cibercultura, os desafios da dinâmica social, astendências da pedagogia contemporânea e as diretrizes educacionais no Brasil, o curso édesenvolvido levando em conta os seguintes princípios, operacionalizados a partir dos respectivosprocedimentos: seu currículo, planejamento, lógica, linguagem, acompanhamento, avaliação,recursos técnicos, tecnológicos e pedagógicos próprios, conforme descrito a seguir.

4.1 O CurrículoO pressuposto principal que norteia o currículo é que o Curso de Licenciatura Plena em

Matemática a Distância da UFBA forma professores adultos que estão atuando em escolas, e quepossuem conhecimentos e práticas resultantes de suas atividades docentes e que não podem serdesconsiderados ou negados, e sim refletidos para que possam levá-los a reverem seus paradigmas,valores para a construção de uma prática transformadora que leve à investigação e construção dosconhecimentos junto com seus alunos.

São assumidos como princípios metodológicos para o desenvolvimento curricular a relaçãoindissociável entre teoria e prática, e a construção histórica e interdisciplinar do conhecimentocientífico-tecnológico.

Neste sentido, todo estudo teórico das disciplinas é desenvolvido através de açõesinvestigativas e reflexivas, visando propiciar uma base científica suficientemente aprofundada, quepossibilite experiências transformadoras na prática do professor, através da reflexão teórica e aexperiência prática do professor, que assume um papel ativo e responsável no desenvolvimentocurricular, validando práticas pedagógicas intrinsecamente relacionadas ao projeto político-pedagógico da escola.

O Currículo do Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA éestruturado num conjunto de conteúdos em diversas áreas de conhecimentos, significativos para aformação do professor de matemática, ordenados em eixos curriculares compostos de Módulos quese constituem de disciplinas que comportam a metamorfose dos saberes, a interconexão dasinformações, a hipertextualidade e a polifonia, como alternativas à organização dos saberes linear,fragmentada e seqüencial, configurando-se de modo reticular e comportando a transversalidade e ainterdisciplinaridade.

Os módulos comportam também atividades acadêmicas e estágios supervisionados.Atividades acadêmicas como oficinas, seminários, ateliês e laboratórios, realizam-se através de umadequado planejamento de oferta de componentes curriculares que possibilitam ajustesprogramáticos periódicos ou atualizações curriculares com a inserção de temas transversais noâmbito das quais se realiza o processo de formação plena do professor.

4.1.1 Apropriação das TecnologiasMartin Wild (1996) critica o modo como tem ocorrido a apropriação das tecnologias nos

cursos de formação de professores, apontando falha de propósito, já que, muitas vezes, a tecnologiaé apresentada como algo que os professores simplesmente devem aprender, em vez de levá-los adescobrir o porquê da utilização de computadores no ensino; falha de método, pois os cursos selimitam à aprendizagem progressiva da informática em si, sem incluir o estudo das capacidadescognitivas envolvidas na construção do conhecimento com o auxílio de computadores; e falha designificação, porque muitas vezes a aproximação à informática se dá apenas na capacitação do uso,quando deveria privilegiar a construção de sentido sobre esse uso, favorecendo as discussões sobreas implicações de tal sentido no processo educacional. Para Wild,

“a tecnologia é uma experiência mediada entre o professor em formação e suaimagem de si mesmo, sua percepção da auto-estima, e particularmente com vistas ao seupotencial como professor. Nesse contexto, a experiência do uso da tecnologia está

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intrinsecamente ligada com a visão que o professor em formação tem de seu papel, de suamissão, e de seu próprio estar no mundo”.

Para que o professor possa desenvolver e experimentar ciência e tecnologia um primeiropasso, é estudar as inter-relações entre tecnologia e seres humanos, e perceber sua influência nodesenvolvimento da sociedade. Um modelo teórico "O Modelo Espiral de Evolução de Tecnologia",foi usado para este estudo (Krumholtz). O "Modelo Espiral" descreve estas inter-relações entre osfatores: necessidades humanas, fenômenos físicos, constrangimentos tecnológicos e soluçõestecnológicas.

A qualificação de professores para trabalharem num ambiente tecnológico, se evidencia nassuas habilidades para não somente usar as tecnologias existentes mas para planejar e desenvolvernovos artefatos, e pensar em novas direções para o uso das novas tecnologias. Assim, aprendertecnologia envolve duas atividades principais: usar tecnologia e desenvolver novas tecnologias.Entender a natureza da tecnologia e sua influência na vida humana é essencial para odesenvolvimento do currículo e o desenvolvimento de ambientes de aprendizagem para osestudantes operarem em Ciência mediada por Tecnologia. A formação tecnológica é encaradacomo a aquisição de um conhecimento humano que é utilizado para responder necessidadeshumanas, ambos o material e o espiritual, que reflete uma aproximação alternativa para tecnologia aqual considera tecnologia como um dos componentes do médio social-cultural (Heidegger M.,1969; Simon H. UM., 1990).

4.1.2 Articulação Teoria e PráticaEntendendo a prática pedagógica como uma dimensão fundamental na construção do

currículo, ao longo de todo o curso os professores desenvolverão a relação teoria-prática.Buscando favorecer esta perspectiva, em cada módulo do curso são realizadas atividades

presenciais nas Oficinas Temáticas que fazem parte da estrutura curricular do curso, constituindo-se numa estrutura fundamental de acompanhamento e avaliação do aluno, assim como instância dearticulação de processos de pesquisa para o exercício cotidiano das práticas pedagógicas dosalunos.

Estas Oficinas Temáticas são sempre precedidas de planejamento específico, podendoincluir diversas modalidades de atividades: seminários, palestras, trabalhos em grupo, leitura ereflexão de textos, atividades de planejamento e desenvolvimento de atividades de aprendizagem,aulas práticas em laboratório informatizado, orientação acadêmica e outras.

Entendendo o do estágio como momento privilegiado para a formação, espaço de pesquisae empiria, de confronto com a teoria e de construção de saber docente, são garantidos na gradecurricular do curso, disciplinas de formação profissional como: Didática da Matemática, Estruturae Funcionamento do ensino, Prática de Ensino e Estágio Supervisionado. Para que a consecuçãodestes objetivos metodológicos sejam alcançados, são assegurados ao professor espaços de estágiosupervisionado mais adequados para a aprendizagem da profissão docente, com estrutura erecursos tecnológicos apropriados e professores responsáveis por esse exercício.

4.2 Os Módulos do CursoAs ciências emergentes, nascidas da sociabilização da matemática com outras ciências, os

avanços tecnológicos, e as implicações sociais e culturais que as sociedades ligadas em redes têmenfrentado impõem à formação do professor de matemática uma cultura mais ampla em ciências etecnologias.

Visando dar uma maior valorização social ao professor de matemática, dentro deste novomodelo de sociedade, diminuir o fracasso no aprendizado da matemática, contribuir para a educaçãoplena do cidadão inserido nos processos de transformação da sociedade atual, o currículo do Curso

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de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA é fundamentado em quatroprincípios básicos: flexibilidade, autonomia, articulação e atualização.

O currículo é estruturado em torno de áreas e eixos privilegiados, que contemplam diversasáreas de conhecimento, habilidades e competências requeridas, organizados programaticamente deforma multidisciplinar, evitando-se a fragmentação e dispersão dos conteúdos. Comunicando-seentre si e apresentados em Módulos trimestrais, os conteúdos a serem aprendidos são analisados emdiferentes contextos e sob diferentes perspectivas, sem perder a noção de conjunto. Essavariabilidade de contextos e perspectivas propicia a aquisição (construção) de estruturas deconhecimentos flexíveis, altamente interconectadas entre si, que facilitam a aplicação em diferentessituações (habilidade de transferência do conhecimento). Tais estruturas podem ainda serinterconectadas de forma diferente, para solução de problemas em outros domínios, (habilidade degeneralização).

Durante o processo de aprendizagem, os alunos são encorajados a considerar perspectivasoutras que não a própria, temas que se apliquem a diferentes situações, casos e soluçõesalternativos. A flexibilidade cognitiva, favorece a reestruturação espontânea do conhecimento, paraque possa adaptar às necessidades de mudança em novas situações ou no ambiente. Possibilita areorganização das seqüências de instrução, representar o conhecimento em múltiplas dimensões, ainterconexão dos componentes do conhecimento, evitar a supersimplificação no tratamento dodomínio, dosar os níveis de complexidade, e enfatizar a construção do conhecimento e não apenas atransmissão da informação [Spiro].

4.3 As Áreas de ConhecimentoOs conteúdos curriculares estão organizados em 4 áreas de conhecimentos:

ÁREA 1 - Educação: conteúdos que permitem a compreensão do processo educativo e a açãodocente:

DISCIPLINAS HORAS

Filosofia da Educação Científica e Tecnológica 60Sociologia da Educação 60Psicologia da Educação 60Educação Matemática 60Didática da Matemática 60Estrutura e Funcionamento do Ensino 60Estágio Supervisionado 60Memorial Descritivo 180Metodologia do Ensino da Matemática 60Prática Docente 300Tecnologias Educacionais (optativa) 60História da Educação (optativa) 60

ÁREA 2 – Tecnologias de Informação: conteúdos que permitem a incorporação de ferramentastecnológicas na educação matemática.

DISCIPLINAS HORAS

Introdução às Tecnologias de Informação 60Matemática e Tecnologias 60Algorítmos e Programação 60Fundamentos de Educação a Distância 60

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Avaliação de Softwares Educativos (optativa) 60Construção de Projetos Interdisciplinares (optativa) 60

ÁREA 3 - Matemáticas: conteúdos estruturais que são organizados nas áreas matemáticasprincipais para a formação do professor de Matemática.

ÁREA 3.1 - Cálculo e Geometria Analítica

DISCIPLINAS HORAS

Matemática Elementar I 60Matemática Elementar II 60Cálculo com Geometria Analítica I 90Cálculo com Geometria Analítica II 90Modelos Matemáticos Dinâmicos 60Análise Matemática 60Geometria Diferencial (optativa) 60Introdução à Topologia (optativa) 60História da Matemática (optativa) 60

ÁREA 3.2 - Geometria

DISCIPLINAS HORAS

Geometria e Construções Geométricas I 60Geometria e Construções Geométricas II 60Geometrias não Euclidianas (optativa) 60

ÁREA 3.3- Álgebra

DISCIPLINAS HORAS

Matrizes, Determinantes e TransformaçõesLineares

60

Álgebra I 60Álgebra II 60Matemática Discreta 60Modelos Discretos 60Curvas Algébricas (optativa) 60

ÁREA 3.4- Estatística

DISCIPLINAS HORAS

Probabilidade e Estatística 60Bioestatística(optativa) 60

ÁREA 4 – Matemática Aplicada: conteúdos de ciências da vida e da Terra.

ÁREA 4.1- Matemática Aplicada

DISCIPLINAS HORAS

Matemática Financeira (optativa) 60Biomatemática (optativa) 60Análise Numérica (optativa) 60

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ÁREA 4.2- Física

DISCIPLINAS HORAS

Medidas e Grandezas Físicas 60Fundamentos de Mecânica 30Mecânica 30Gravitação (optativa) 60Introdução à Astronomia (optativa) 60

4.4 Os EixosO Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA, partindo desse

desafio, propõe uma mudança na perspectiva de apropriação dos dispositivos técnicos,redimensionando o propósito, o método e o sentido da abordagem e do uso das tecnologias,inclusive oferecendo, ao longo do curso, oportunidades de reflexão sobre o uso de mídias etecnologias no ensino da Matemática, assim como estudos sobre as estruturas cognitivas envolvidasno processo de aprendizagem com as diversas linguagens, de forma a capacitar os mestres parareconhecerem as múltiplas formas de utilização da tecnologia na construção do conhecimentomatemático.

As estruturas cognitivas envolvidas no processo de aprendizagem da matemática, a deduçãoformal ou raciocínios indutivos, não se desenvolvem sem a ajuda de um certo número detecnologias intelectuais, sistemas de codificação simbólicos, gráficos, processos de cálculo, e sóoperam com a ajuda de ferramentas exteriores ao sistema cognitivo humano (lápis, papel, tabelas ediagramas). As teorias sistemáticas parecem estar enclausuradas, com suas normas de verdade,diante das concepções cognitivas na qual o conhecimento está sempre em metamorfose. Elas cedemlugar aos "modelos", que são continuamente modificados, raramente são definitivos, "que não seencontra numa folha de papel, este suporte inerte, mas roda em um computador". [Levy]

A manipulação de parâmetros e a simulação de diversas circunstâncias possíveis,possibilitam não somente a previsão de resultados mas também a aquisição de novosconhecimentos. A Teoria do Caos surgiu a partir do estudo de equações diferenciais feito porLorentz, ao implementar sistemas que diferenciavam minimamente nas condições iniciais. Lorentznotou que a evolução do sistema, no tempo, se tornava imprevisível e a partir disso surgemresultados teóricos sobre a instabilidade dos sistemas dinâmicos. O avanço da teoria dos fractais sófoi possível através de representações massivas e surpreendentes, que permitiram o estabelecimentode conjecturas que desencadearam a pesquisa em novas direções.

O termo simulação conota hoje um novo gênero de saber "o conhecimento por simulação" ,que não se assemelha nem com o conhecimento teórico, nem com a experiência prática e podem serconsiderados simuladores de capacidades humanas cognitivas: visão, audição, raciocínio, e outras[Weissberg]. Simulações digitais e visualizadores funcionam como um módulo externo para afaculdade de humana de imaginar. A capacidade humana de simular o ambiente e suas reações tempapel fundamental no processo de aprendizagem do homem [Philip Johnson – Laird].

Espera-se que, ao longo do curso, pela própria utilização das tecnologias no processo de suaformação, assim como em função das reflexões desenvolvidas, os licenciandos sejam iniciados parao uso das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) na sala de aula, mobilizandocompetências que poderão vir a desenvolver em processos subseqüentes de atualização em serviço.

O curso é estruturado em três eixos:

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EIXO 1 – CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLÓGICA

É composto de 3 módulos trimestrais. Tem como objetivo dar uma formação teórico-práticaque favorecem conhecimentos de conteúdos apoiados em diversas áreas de conhecimento epossibilitam a compreensão:

• do processo educativo:Fundamentos da Educação a Distância;Filosofia da Educação Científica e Tecnológica;Psicologia da Educação;Sociologia da Educação;Educação Matemática.

• do uso educacional das tecnologias:Introdução às Tecnologias de Informação;Matemática e Tecnologias;Algoritmos e Programação.

• conteúdos de livre escolha: disciplinas optativas que permitem o aprofundamento dosaber numa determinada área e uma maior diversificação da formação do professor.

EIXO 2 –A ESCOLA E AÇÃO DOCENTE

É composto de 3 módulos trimestrais. Tem como objetivo é dar uma formação teórico-prático que favorecem conhecimentos de conteúdos que possibilitam a compreensão:

• da ação docente e a organização da Escola:Estrutura e Funcionamento do Ensino;Didática da Matemática;Metodologia do Ensino da Matemática.

• da prática docente transformadora:Estágio Supervisionado;Prática Docente;Memorial Descritivo: monografia e troca de experiências escolares e extra-escolares.

• conteúdos de livre escolha: disciplinas optativas que permitem o aprofundamento dosaber numa determinada área e uma maior diversificação da formação do professor.

EIXO 3 – DO DOMÍNIO ESPECÍFICO

É composto de 7 Módulos trimestrais. Tem como objetivo dar uma formação teórico-prática quefavoreça a aquisição de conhecimentos e possibilite:

• o domínio da Matemática Elementar do nível médio;• o domínio dos conteúdos específicos: a aquisição de conhecimentos nos campos do

saber matemático e áreas afins:área de Cálculo;área de Matemática Discreta;área de Geometria;área de Álgebra;área de Estatística;área de Matemática Aplicada;área de Física.

• conteúdos de livre escolha: disciplinas optativas que permitem o aprofundamento dosaber numa determinada área e uma maior diversificação na formação do professor.

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4.5 As Oficinas Temáticas

As Oficinas Temáticas constantes nos Módulos do Curso desenvolvem processos deaprendizagem diversificada, adequados aos diversos tipos de inteligência dos estudantes;concretizando práticas e procedimentos de acompanhamento e avaliação identificados com osnovos paradigmas, através de oficinas, seminários, ateliês e laboratórios, no âmbito dos quais serealiza o processo de ensino–aprendizagem. Possibilitando ajustes programáticos periódicos comconteúdos variáveis, referidos a temáticas ou problemáticas teóricas e/ou práticas distintas, estasatividades favorecem a inserção do estudante na dinâmica da cibercultura, através de atividades emque se perceba como autor e gestor de conhecimento.

Busca também contribuir para a concepção do ensino como projeto político-pedagógico, emrazão do enfoque teórico escolhido, das políticas educacionais do país e do Estado, do projetopolítico-pedagógico da Escola, e das ações político-pedagógicas desenvolvidas no cotidiano daspráticas docentes.

Alguns princípios norteadores são estabelecidos para o desenho dessas atividades deaprendizagem que devem propiciar:

• a exploração informal e investigação reflexiva, estimulando o questionamento, aproposição e modelagem de problemas, com a busca de soluções e previsões [Richards];

• aos alunos vivenciarem as mesmas dificuldades e obstáculos epistemológicosencontrados pelos matemáticos: experimentar, interpretar, visualizar, estabelecerrelações, descobrir regularidades e invariantes, generalizar, discutir conjecturas emétodos, e demonstrar [Vergnaud];

• a interdisciplinaridade;• a liberdade de acesso à informação e comunicação;• o trabalho cooperativo;• a incorporação das tecnologias de informação em uso na sociedade.Desenvolvendo temas transversais e/ou currículares, as atividades das Oficinas Temáticas

são projetadas para levar o aluno a:• articular seu trabalho com a dimensão de pesquisa;• exercitar a prática em todas as suas dimensões, consubstanciando o “aprender a fazer”

pela integração da teoria com a prática e pela interdisciplinaridade;• produzir conhecimento de forma progressivamente autônoma, colaborativa e crítica, com

disciplina e autonomia mentais, objetivando o “aprender a aprender” e o “aprender apensar”;

• entender seu trabalho como forma de interferir na realidade e transformá-la;• interagir no contexto com todos os participantes da relação social;• visualizar a prática docente como mecanismo e oportunidade de crescimento pessoal

para os alunos e para si mesmo;• potencializar e desenvolver as habilidades metacognitivas dos estudantes que lhe serão

confiados;• tornar-se um profissional crítico e criativo, sensível ao estilo de aprendizagem dos seus

alunos;• realizar estudos e análises da conjuntura social, conhecendo inclusive a diversidade

cultural do Estado da Bahia e de suas diferentes necessidades;• posicionar-se criticamente frente aos problemas do contexto;• desenvolver projetos de pesquisa-ação;• colaborar com o próprio acompanhamento e avaliação, interessando-se pelos resultados

e visando à auto-superação;

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• envolver-se em ações voltadas para o incentivo de auto-atividade e do auto-desenvolvimento, a partir da reflexão constante;

• desenvolver processos de agenciamento criativo da construção de conhecimento;• trabalhar a dimensão interativa e intersubjetiva;• participar de atividades de convivência com o outro e com grupos, de forma presencial e

a distância, atuando nas várias possibilidades de interatividade;• exercitar as habilidades relacionais, sociais e de convivência com vistas à conquista da

solidariedade e da educação para a paz;• fortalecer a própria subjetividade e o desejo de aprender;• apreender os conhecimentos e aplicar conceitos básicos;• iniciar-se na utilização crítica e criativa de processos tecnológicos, virtuais e telemáticos.

4.5.1 Temáticas teórico/práticas a serem desenvolvidas

Seminários:• leitura e redação de textos, o Português como uma metalinguagem, linguagem e culturas

regionais, a contextualização e a preservação de valores sócio-culturais;• as políticas públicas de educação no Brasil;• as novas diretrizes curriculares;• educação de comunidades especiais;• os avanços científicos e tecnológicos e as relações de trabalho e produção;• os avanços científicos e tecnológicos, a ética e as leis;• interação professor, aluno, administração, família e comunidade;• a contribuição das mulheres na matemática;• a contribuição dos árabes na matemática;• seções de vídeos e filmes seguidas de debate;• usando os recursos da TV Escola em sala de aula;• outros temas abertos propostos pelos alunos.

Oficinas:• matemática e arte: mosaicos de Escher, a arte dos fractais, a matemática na música, e

outros temas abertos;• construção de modelos matemáticos concretos;• estimulando o fazer através da construção de sites;• jogos matemáticos.

Práticas Laboratoriais:• práticas em laboratório informatizado para a aprendizagem da matemática utilizando

simuladores e softwares: Logo, Modellus, Cabri e outros;• práticas em laboratório para construção de robôs usando o Lego;• construção de protótipos utilizando sucatas;• experiências práticas de física;• outras atividades abertas.

Construção do Portfólio:Esta atividade, prevista para todas as Oficinas Temáticas de cada Módulo, constitui-se em

sua essência, na construção de uma pasta individual (o portfólio do módulo). Esta pasta é definida[Gardner] como um local para colecionar todos os passos percorridos pelo aluno ao longo datrajetória de sua aprendizagem, permitindo construir o perfil acadêmico do aluno, seu ritmo de

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crescimento, temas de interesse, suas dificuldades e o potencial a ser desenvolvido. Além de suaprodução acadêmica, o aluno deve registrar suas reflexões, impressões, opiniões, dúvidasdificuldades, reações, sentimentos e quaisquer outros aspectos vivenciados no curso e suasimplicações na sua prática docente.

O portfólio deverá servir de instrumento de avaliação continuada do desenvolvimento doaluno e também como uma instância de auto-reflexão e de auto-avaliação. Baseando-se noportfólio o aluno construirá seu Memorial Descritivo a ser apresentado no final do Curso.

4.6 A Prática Docente

O Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA facilita aosalunos nas Oficinas Temáticas oportunidades de discussão e reflexão sobre o exercício domagistério, onde problemas concretos do processo de ensino–aprendizagem e da dinâmica escolarsão defrontados.

As experiências e vivências de trabalho em educação são realizadas ao longo do curso e sãoavaliadas de forma processual tanto na Escola onde o professor exerce o magistério, através dequestionários realizados com seus alunos, com a coordenação pedagógica e a administração daEscola, quanto pelos professores orientadores nos encontros presenciais.

4.7 O Estágio Supervisionado

Entende-se o espaço do estágio como momento privilegiado para oportunizar umaformação profissional, onde a investigação e a validação de experiências empíricas, e o confrontoentre teoria e prática possibilitam a construção de saber docente. É no estágio através desimulações e experiências supervisionadas, as quais deverão necessariamente incluir as funções deensino, de organização do trabalho pedagógico e recursos tecnológicos multimídia, que o professorpoderá validar suas experimentações e pesquisas. São assegurados a todos os professores do curso,espaços de estágios nos NTE’s, no IAT ou em Escolas da Rede Estadual dotadas de recursoseducacionais requeridos.

4.8 A Integralização Curricular

As disciplinas estão organizadas em módulos trimestrais. O curso poderá ser integralizadoem:

• um tempo mínimo de 3 anos;• um tempo regular de 4 anos, com a execução de 3 módulos por ano e mais um módulo

de recuperação de aprendizagem no período do recesso escolar;• um tempo máximo de 6 anos.

Um aluno que possua bom desempenho acadêmico, de acordo com o Serviço de Orientação,poderá realizar um módulo intensivo, com duração de 02 meses, no período de recesso escolar darede pública de ensino, o que caracteriza um modo alternativo de atender aqueles alunos quepossuem ritmo de aprendizagem diferenciado, podendo assim integralizar o curso no tempo mínimode 3 anos.

4.9 Uma Proposta de Currículo

Esta proposta de execução do currículo é caracterizada pela não fragmentação dosconhecimentos. Embora o currículo possa ser efetivado pelos alunos de maneira flexível, éobrigatório que os 2 primeiros módulos sejam o Educação I e o Matemática Elementar, que

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levam ao domínio de conhecimentos e habilidades básicos, referente às tecnologias e ao conteúdoprogramático de matemática elementar visando assegurar a todos um ponto de partida comum. Omódulo Cálculo II tem como pré-requisito o módulo Cálculo I. O último módulo do curso é ointitulado Módulo Final, no qual o aluno através dos seus registros efetuados ao longo do curso,efetuados em seu portfólio, escreverá seu memorial descritivo.

Módulo Educação I - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Filosofia da Educação Científica e Tecnológica 602. Introdução às Tecnologias de Informação 603. Fundamentos de Educação a Distância 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 210

Módulo Matemática Elementar - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Matemática Elementar I 602. Matemática Elementar II 603. Medidas e Grandezas Físicas 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 210

Módulo - Educação II (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Psicologia da Educação 602. Educação Matemática 603. Sociologia da Educação 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 210

Módulo Cálculo I - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Cálculo com Geometria Analítica I 902. Gravitação 303. Fundamentos de Mecânica 304. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 180

Módulo Cálculo II - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Cálculo com Geometria Analítica II 902. Modelos Matemáticos Dinâmicos 603. Análise Matemática 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 240

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Módulo Álgebra I - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Matrizes, Determinantes e Transformações Lineares 602. Álgebra I 603. Álgebra II 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 210

Módulo Álgebra II - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Matemática Discreta 602. Probabilidade e Estatística 603. Modelos Discretos 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 210

Módulo Tecnologia - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Algoritmos e Programação 602. Matemática e Tecnologias 603. Optativa 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 210

Módulo Geometria - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Geometria e Construções Geométricas I 602. Geometria e Construções Geométricas II 603. Optativa 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 210

Módulo Educação III - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Estrutura e Funcionamento do Ensino 602. Didática da Matemática 603. Metodologia do Ensino da Matemática 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 210

Módulo Prática Docente- (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Prática Docente 3002. Optativa 603. Optativa 604. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 450

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Módulo Final - (03 meses)DISCIPLINAS HORAS

1. Memorial Descritivo 1802. Estágio Supervisionado 603. Oficinas Temáticas 30

TOTAL: 270

4.10 Metodologia

Para o desenvolvimento da Licenciatura Plena em Matemática a UFBA e a Secretaria deEducação e Cultura do Estado da Bahia dispõem de Estrutura e Organização do Sistema que dásuporte à ação educativa em ambientes reais ou virtuais que favorecem a relação dialógica efetivaentre os diversos agentes do curso, possibilitando a interlocução permanente entre os diversossujeitos da ação pedagógica, bem como uma infra-estrutura e organização de serviços que permitema administração, gestão, acompanhamento e a avaliação acadêmica dos alunos e do Curso.

As despesas com deslocamento dos alunos do curso, seja para as reuniões convocadas pelasinstituições organizadoras, seja para os momentos de avaliação presencial, são custeadas pelaSecretaria de Educação do Estado da Bahia, auxiliada na operacionalização do processo peloInstituto Anísio Teixeira.

4.11 Recursos Didáticos

Tendo como pressuposto os fins que se pretende atingir e a proposta pedagógica do curso, osRecursos Educacionais projetados e desenvolvidos não se limitam a escrever conteúdos para seremtransmitidos em palestras e cadastrá-los numa ferramenta, nem a veicular programas de TVvisualmente interessantes.

Os recursos educacionais e materiais instrucionais do curso pretendem superar o problemada revolução conservadora, que se observa em muitos processos de educação com multimídias:pela falta de uma orientação pedagógica adequada, os materiais acabam sendo apenas atrativosvisualmente, mas contêm conteúdos pesados, difíceis de serem lidos e assimilados, e refletem omodelo transmissivo de educação, no qual a interatividade é reduzida ao clicar do mouse e o alunoassume, como no ensino tradicional, um papel passivo. Um ensino que acaba reproduzindo, comimagens novas, um modelo escolar obsoleto.

A produção do material impresso, vídeos, programas televisivos, radiofônicos,videoconferências, páginas Web do curso atende a uma lógica de concepção, de produção, delinguagem, de estudo e controle de tempo, que traduz a concepção e o currículo do curso degraduação de modo que possibilite o alcance dos objetivos desejados e estejam inseridos na culturae educação do nosso país.

Os materiais utilizados no curso levam isso em conta, visando gerar processos realmenteinovadores de educação, tendo em vista a criação de ambientes de aprendizagem ricos e flexíveis,que integrem professores e alunos, o desenvolvimento de instrumentos capazes de orientaradequadamente os estudantes e de apoiar o desenvolvimento de múltiplas competências cognitivas,habilidades e atitudes, oferecendo-lhes oportunidades sistemáticas de auto-avaliação, respeitando osaspectos relativos à questão de direitos autorais, da ética, da estética e da relação forma-conteúdo,assegurando a real construção ativa do conhecimento, sobrepondo a interação à assistência ou àsleituras passivas, e garantindo a articulação de cada material com os demais do mesmo conjunto, demaneira a promover a interdisciplinaridade, a multi-referencialidade e a transversalidade na práticapedagógica, e a evitar uma proposta fragmentada e descontextualizada do programa.

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Os recursos educacionais são produzidos em diversas mídias: hipertextos, CD-Rom,fascículos impressos (livros e guias de estudo), vídeos, e são utilizados pelos cursistas para facilitaro processo de aprendizagem da Matemática.

A elaboração deste material multimídia é de responsabilidade do professor especialista e éelaborado juntamente com a equipe de professores assistentes, e consultores científicos convidados,com reconhecido saber e experiência em EAD que compartilhem da proposta pedagógica doprograma.

O material é produzido de modo a facilitar a comunicação do cursista e seus alunos em suaprática docente. É escrito em linguagem simples, clara, motivadora, investigativa, explicativa e quepossibilite a auto-avaliação do cursista.

Todo material instrucional contém uma seção-diário, onde o aluno registra todas as dúvidas,questionamentos e dificuldades encontradas no desenvolvimento de seus estudos. Os materiaisconterão também seções “Comentário” e/ou “Reflexão” onde serão apresentadas questões ousituações que buscam suscitar reflexões e pesquisas por parte dos alunos. Uma seção “Referências”deverá listar todos os recursos instrucionais em diversas mídias que poderão ser utilizados peloscursistas.

O material produzido é lido e avaliado pelos diversos agentes do curso, para que alinguagem e os conteúdos estejam contextualizados e acessíveis aos diversos grupos sócio-regionaisdo Estado.

A produção dos recursos educacionais está sob a responsabilidade de uma equipe deprofissionais experientes em redação de textos em EAD, concepção e produção de projetos gráficose Web designers.

4.11.1 Material Impresso

Fascículos e Guias

Os fascículos e os guias de estudo, elaborados pela equipe de professores da UFBA, econsultores convidados, são desenhados de modo a garantir o desenvolvimento dos conteúdoscurriculares e oportunizar o processo de reflexão e ação entre a teoria e a prática. São concebidos deforma a permitir aos alunos o registro de suas dificuldades, reflexões e tarefas cumpridas, de modoa garantir que as informações estejam estruturadas dentro de uma lógica determinada. Integrando,combinando e operando sobre as informações, o aluno desenvolve uma visão crítica sobre o seuprocesso de desenvolvimento no curso. Estes registros constituir-se-ão num portfólio e conterão abase de dados para o projeto final do curso, o Memorial Descritivo. Os fascículos sãosistematicamente avaliados e revistos pelos autores antes de nova edição.

Livros

Os livros indicados pelos autores dos fascículos como leitura obrigatória e complementarestarão à disposição dos alunos na Biblioteca Central da UFBA, bem como nos Pólos. Além disso,no planejamento das oficinas temáticos trimestrais, serão indicados livros para as pesquisasbibliográficas necessárias ao desenvolvimento dos temas propostos.

Artigos

Artigos publicados em revistas, jornais e na Internet relativos a temas estudados,selecionados pelos professores orientadores, coordenadores das áreas de conhecimento, constituirãotambém recursos instrucionais, na construção do currículo. Os alunos serão incentivados abuscarem outros textos, principalmente via Internet.

4.11.2 Material Multimídia

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Hipertextos

Hipertextos serão disponibilizados para os alunos nas versões Internet e CD-Rom, contendoo material didático dos fascículos. Serão produzidos com recursos multimídia, que possibilitam umamaior interatividade e desenhados de modo a constituir-se num meio de exploração eexperimentação dinâmico, onde conceitos e objetos matemáticos possam ser representados emanipulados em diversas representações, favorecendo o desenvolvimento da capacidade demodelar, relacionar, inferir, conjecturar, fazer previsões e resolver situações problemas.

Audiovisuais

Vídeos produzidos ou recomendados pelos autores dos fascículos são utilizados comomaterial complementar, constituindo-se numa videoteca. Além dos vídeos do programa da TVEscola, vídeos produzidos pelo IRDEB e TV’s Educativas serão utilizados como recursosinstrucionais que ampliem as possibilidades de compreensão e aprofundamento dos conteúdostrabalhados, ou que possam ser utilizados como recursos para projeto de atividades de práticas pelosprofessores em suas escolas. Vídeos produzidos pelos alunos e professores como registro deatividades desenvolvidas no curso constituirão um acervo dos conhecimentos produzidoscoletivamente.

Farão parte também da vídeoteca, os registros de palestras e conferências proferidas porocasião da realização das teleconferências e das Oficinas Temáticas presenciais, veiculados atravésde videoconferência.

Portfólios

Á medida que os alunos cursistas participam das atividades do curso, seus trabalhos,projetos, registros de atividades realizadas individualmente ou em grupos, resultados dos estudos,pesquisas e práticas realizadas, serão colocados em disponibilidade na biblioteca do Pólo epublicados no ambiente do curso.

4.11.3 Biblioteca

O curso dispõe de acervo de fascículos, livros e periódicos, imagens, áudio, programas deradiodifusão, vídeos, sites na Internet, progressivamente atualizado de acordo com asnecessidades do processo pedagógico, à disposição de alunos e professores, localizado em cadaPólo de EAD.

Serão criadas 05 bibliotecas, 01 na UFBA e 01 em cada Pólo, com o objetivo facilitar oensino, fornecendo o material bibliográfico adequado, tanto para uso do corpo docente e discente,desenvolvendo nos usuários o hábito de leitura, capacidade de pesquisa, enriquecimento dasexperiências pessoais e cultura.

A Biblioteca será organizada de forma a atender às atividades relativas aos processos detratamento de informação e de atendimento ao usuário.

São competências da biblioteca:1 - adquirir o material bibliográfico necessário e adequado, organizá-lo e torná-lo acessível.2 - propiciar a utilização dos recursos informacionais existentes3 – viabilizar o acesso a outros sistemas e redes de informações.

O acervo conterá bibliografias básicas e complementares de todas as áreas de conhecimentoque fazem parte do currículo do curso estabelecidas pelo ementário das disciplinas ofertadas pelocurso.

As expansões serão feitas nas obras de sustentação curricular gradativamente, e comatualização das coleções adquirindo-se novas edições a fim de garantir a literatura corrente. Leva-seem consideração número suficiente para o atendimento pleno dos estudos dos grupos de alunosenvolvidos na área. Tudo dentro de uma racionalidade que reuna economia e adequação.

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O acervo será ampliado anualmente seguindo as recomendações de professores e alunos,através de indicações da Coordenação do Curso.

4.11.4 Laboratório

O curso dispõe de materiais, equipamentos e simuladores virtuais necessários àsatividades práticas das diversas disciplinas, nos Pólos, no IAT e nos Institutos da UFBA,responsáveis pelas disciplinas.

5. A INFRA-ESTRUTURA DE APOIO

Uma ampla infra-estrutura de apoio garante a qualidade dos processos educacionais, ainterlocução permanente e dinâmica que utilizará não somente a rede comunicacional deteleconferências e os mecanismos de comunicação e interação viabilizados pela Internet, mas outrosmeios como telefone, fax, correio e rádio, que permitirão a todos os alunos independentemente dalocalidade onde moram e do acesso aos recursos tecnológicos dos Pólos, possam contar com osserviços de orientação e de informação relativos ao curso.

5.1 Recursos de ComunicaçãoAtenta ao desafio de viabilizar a democratização do acesso às Tecnologias de Informação e

Comunicação, visando à superação das distâncias sociais, e visando permitir as mesmas condiçõesde participação no curso para os professores que não moram nas sedes dos Pólos, a SecretariaEstadual de Educação da Bahia tem procurado garantir as melhores condições de acesso dosprofessores em formação aos meios necessários para seu aperfeiçoamento, a partir daimplementação de uma ampla rede tecnológica colocada à disposição tanto ao Curso deLicenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA, como também a outras iniciativasprovenientes da UFBA.

Além de mobilizar recursos humanos e educacionais, a SEC disponibiliza os seguintesrecursos:

• 40 salas de Videoconferência;• 06 estúdios para geração/transmissão de aulas;• 01 canal satélite exclusivo (IRDEB);• contrato com a Embratel para utilização do Canal NET (teleconferências);• 16 Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE’s), cada um deles equipado com 01 aparelho

de televisão, 01 videocassete, 02 laboratórios de computação contendo 10 computadorescada, conectados em rede, 01 impressora laser e 03 impressoras a jato de tinta. Os NTE’sestão assim localizados:

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A UFBA para a viabilização de seus projetos em EAD e Informatização do ensino, possuias seguintes infra-estruturas de apoio tecnológico e de recursos humanos:

Suporte de RedeUm Centro de Processamento de Dados (CPD), responsável pela manutenção e interligação

com a Rede Pública através de cabo de fibra ótica monomodo.

Laboratório de Ensino a Distância (LED - http://www.led.ufba.br)Laboratório de pesquisa em educação matemática via Internet, e de desenvolvimento de

ferramentas interativas, simulações, animações, editores de textos matemáticos, ambientes deaprendizagem colaborativos para o ensino-aprendizagem da Matemática, que possibilitam acomunicação e interatividade de objetos matemáticos.

5.2 Laboratórios

Laboratório de Ensino da MatemáticaLaboratório localizado no Instituto de Matemática, cuja finalidade principal é criar modelos

matemáticos concretos para utilização em sala de aula em diversas disciplinas do Departamento deMatemática.

Laboratório Computacional (Proin)Laboratório do Departamento de Matemática em parceria com a pós-graduação em

Matemática, instalado no Instituto de Matemática, usado para aulas práticas, com utilização desoftware matemáticos, entre eles o Maple.

Laboratórios de Física ExperimentalO Instituto de Física da UFBA possui diversos laboratórios para aulas práticas de física

experimental.

5.3 Bibliotecas e Editoração

Biblioteca Central Reitor Macedo Costa (http://www.ufba.br/~bcsite/)

Órgão coordenador do Sistema de Bibliotecas da UFBA. Oferece serviços de consulta eempréstimo; pesquisas bibliográficas em fontes impressas, em CD-ROM e on-line; comutaçãobibliográfica; empréstimo entre bibliotecas; visitas guiadas.

Nesta biblioteca e em todas as outra bibliotecas setoriais pode-se acessar a base de dados doSistema de Bibliotecas da UFBa, contendo o acervo de livros e materiais especiais disponibilizadona Internet.

Para acesso a catálogos externos, é usado o IBICT que disponibiliza, através do CatálogoColetivo Nacional – CCN, o acesso aos acervos de periódicos das bibliotecas brasileiras, facilita aobtenção de cópias de artigos e outros materiais através do Programa Comut On line; possibilita apesquisa bibliográfica em banco de dados nacionais e estrangeiros, através de Rede Antares.

Biblioteca Omar Catunda

Instalada no Instituto de Matemática contém amplo acervo de livros e periódicos nas áreasde Matemática, C. da Computação e Estatística. A biblioteca já possui 70% de seu acervocatalogado na base de dados da UFBA. Há controle de devolução da obra por empréstimo, para

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todo o sistema, através da rede. A base de dados pretende arrolar todo o material informacionalexistente na Biblioteca com entrada de dados normatizada.

Centro de Estudos Baianos (http://www.ufba.br/gmg/)Instalado no prédio da Biblioteca Central, é um órgão de pesquisa e difusão cultural que se

destaca por seus valiosos acervos, como a Coleção Frederico Edelweiss (Etnologia, Antropologia,História do Brasil e da Bahia), o Núcleo do Sertão (Coleção José Calasans - Canudos) e ColeçãoManuel Pinto de Aguiar (arquivos).

Centro de EditoraçãoA UFBA possui uma Editora Universitária (EDUFBA) com capacidade para dar o suporte

necessário à impressão dos materiais impressos do curso.

5.4 Pólo de Avaliação da Unirede (www.unirede.br)Localizado no Centro de Estudos Interdiciplinares para o Setor Público (ISP), órgão

suplementar da UFBA, é apoiado pelo CNPQ para o desenvolvimento de pesquisa e metodologia deavaliação de aprendizagem e de cursos em EAD. Será responsável pela avaliação processual esomativa do curso.

5.5 Museus

Memorial de Medicina (http://www.ufba.br/memorial.html)Órgão suplementar, ligado diretamente a Faculdade de Medicina, fundado em 05 de

novembro de 1982.

Museu Afro-Brasileiro (http://www.ufba.br/instituicoes/ufba/ceao/museu.html)Seu acervo constituirá o futuro Centro Cultural Afro-Brasileiro.

Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE - http://www.ufba.br/instituicoes/ufba/mae/)Instalado nas ruínas do antigo Colégio dos Jesuítas, edificado no século XVI, com acervos

arqueológico e etnológico dos mais representativos do Nordeste brasileiro.

Museu de Arte Sacra (MAS)Instalado no Convento de Santa Teresa, conjunto arquitetônico seiscentista, é um dos mais

importantes museus da América Latina no seu gênero. Seu acervo é constituído de peças do séculoXVII e XVIII, destacando-se a coleção de ourivesaria.

5.6 O Ambiente de Aprendizagem

O Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA dispõe de umambiente virtual de EAD que se constitui em uma das modalidades de participação dos alunos nocurso. O ambiente virtual de estudos e aprendizagem tem como objetivo ampliar o períodopedagógico das aulas presenciais respeitando-se o ritmo de cada aluno, a flexibilidade de lugar e detempo de acesso a este espaço.

O ambiente oferece instâncias físicas em que a representação de objetos matemáticos passa ater caráter dinâmico, e isto tem reflexos nos processos cognitivos, particularmente no que dizrespeito às concretizações mentais. Um mesmo objeto matemático passa a ser mutável,diferentemente da representação estática das instâncias físicas do "lápis e papel" ou do "giz equadro negro". O dinamismo é obtido através da manipulação direta sobre as representações que se

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apresentam na tela do computador. O dinamismo da representação destaca os invariantes e as inter-relações de objetos matemáticos.

Simulações que fazem diferentes traduções entre sistemas de representações constituempotentes recursos pedagógicos, principalmente porque o aluno pode concentrar-se em interpretar oefeito de suas ações frente às diferentes representações, até de forma simultânea.

Criar e explorar o modelo de um fenômeno é uma experiência importante no processo deaprendizagem. O recurso de simulação permite a realização de experimentos envolvendo conceitosmais avançados. Neste caso a complexidade analítica do modelo fica por conta do programa e osalunos exploram qualitativamente as relações matemáticas que se evidenciam no dinamismo darepresentação de caráter visual. Na exploração qualitativa não há preocupação com a dedução dasrelações matemáticas analíticas. Esta abordagem permite que alunos, ainda sem grande formaçãomatemática, explorem fenômenos de natureza matemática complexa, mas que do ponto de vistapuramente qualitativo são fecundos em idéias matemáticas, como por exemplo as simulações decrescimento [Gravina].

Um ambiente interativo dinâmico requer ferramentas que possibilitem a construção deobjetos matemáticos em suas múltiplas representações, cálculos automáticos, simulação deexperimentos e a transmissão dos conhecimentos matemáticos adquiridos na forma impressa, semque o aluno tenha que conhecer linguagens de programação ou sintaxes de programas de cálculossimbólicos (Mathematica, Maple, Mathlab, etc).populacional e mais geralmente de sistemasdinâmicos.

Um trabalho de adaptação, orientado por fins pedagógicos, é objeto de pesquisa do LED e asferramentas desenvolvidas possibilitam a realização de cálculos matemáticos, plotagem de gráficoscriação de simulações e animações, constituindo-se num instrumento de aquisição deconhecimentos e superação de dificuldades.

Ambientes cooperativos incorporam as contribuições do movimento construtivista e utilizamferramentas de comunicação e as Tecnologia de Informação, particularmente os mecanismos decomunicação, de conversação e discussão em grupo (correio eletrônico, servidor de listas, servidorde Chat), que permitem a comunicação síncrona e assíncrona entre os agentes envolvidos naconstrução do conhecimento.

Características do ambiente cooperativo de aprendizagem:1. Ambiente baseado na Web, onde o aluno participa e colabora na construção do processo de

aprendizagem com os agentes envolvidos aprendendo cooperativamente:• participando ativamente do processo de construção do conhecimento, compartilhando suas

experiências e reflexões sobre as mesmas;• pesquisando, levantando e propondo situações problemas a partir da sua realidade e da

diversidade regional, buscando preservar os valores sócio-culturais dos grupos envolvidos;• desenvolvendo sua capacidade de modelar, resolver problemas propostos e interpretar os

resultados obtidos para a compreensão do mundo real;• enfatizando a aplicação do que aprende numa prática transformadora através do

desenvolvimento de projetos de caráter interdisciplinar.2. Utiliza as ferramentas de Tecnologia de Informação, particularmente os mecanismos de

comunicação, via Web, de conversação e discussão em grupo:• Correio eletrônico;• Servidor de listas;• Servidor de Chat;• Servidor de videoconferências.

3. Utiliza os espaços virtuais:

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Espaço DESCRIÇÃO

PrincipalLocal de acesso à página inicial do curso, nela serão colocados no decorrer docurso os avisos e notificações importantes.

MódulosLocal de acesso aos módulos do curso, local onde está disponibilizado todoconteúdo do curso.

AgendaLocal de acesso ao calendário do curso e as datas limites para o cumprimentodas tarefas e atividades programadas.

CorreioLocal de acesso ao seu e-mail (se este for criado pelo LED, exemplo:[email protected]).

Bate-PapoEsta é a ferramenta de comunicação mais popular da Internet, pois permitecomunicação dinâmica (isto é, em tempo real) entre diversos usuáriosconectados ao sistema.

FórumLocal de acesso ao Fórum, onde serão realizadas as discussões sobre temaspropostos no curso.

Bloco deNotas

Local de acesso a uma ferramenta que permite que o aluno faça anotações noambiente do curso, sem precisar de caderno ou algum editor de texto. As suasanotações serão armazenadas no sistema.

LaboratórioLocal de acesso a diversos aplicativos e ferramentas para o aluno executarpráticas e experimentos matemáticos on-line.

MuralLocal de acesso ao mural de informações que é um espaço livre reservado paraalunos e tutores colocarem qualquer tipo de informação de interesse dacomunidade do curso.

Portfólios

Local de acesso a todos os arquivos disponibilizados pelo tutor, o alunotambém poderá guardar seus arquivos e até mesmo compartilha-lhos com seuscolegas. Este local deverá ser utilizado pelo aluno para cumprir tarefasenviando arquivos para o tutor e realizar trabalhos cooperativos em grupo.

Projetos Local de acesso a projetos desenvolvidos por professores e alunos.

4. Permite a manipulação e interatividade de objetos matemáticos, em suas diversas representações:• com a tradução destes objetos para a forma impressa, via editores de textos, Word, etc.;• com a comunicação dos objetos de e para software (Maple, Mathematica, Cabri) e bancos

de dados;• através de simuladores e animações;• auto-avaliação através de exercícios interativos.

5. Permite a administração dos alunos e do curso:• com cadastro de alunos e de professores;• com sistema de estatísticas para acompanhamento do aluno no curso, que inclui número e

tempo de acesso, registro de tarefas cumpridas, e alerta de tarefas não cumpridas, etc;• com registro de avaliações e histórico escolar.

6. Permite a avaliação do curso:• através de sistema de formulários de avaliação, em processo e após término de cada

módulo do curso, dos serviços, materiais e recursos humanos.

5.7 A Coordenação do Curso

A organização, manutenção e gestão do curso, é realizada pelo Coordenação do Curso deLicenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBA, responsável pelo cadastro de alunos ede professores, controle de distribuição de material, realização das avaliações, registros de

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resultados de todas as avaliações e atividades realizadas pelo aluno, recuperação e certificações, epelo serviço de manutenção dos recursos tecnológicos envolvidos, além das atribuições regimentaisprevistas no Estatuto da UFBA.

A Coordenação Geral

É composta de um coordenador do Curso, e um Coordenador de cada área do CursoEducação, Tecnologias de Informação, Matemática, e Ciências Humanas, eleito entre osprofessores responsáveis das disciplinas da área, e dos coordenadores: administrativo, pedagógicoe tecnológico.

Cabe ao Coordenador do Curso:• assegurar junto à SEC, o Instituto Anísio Teixeira e as DIREC’s da Bahia, o apoio de

pessoal para garantir a realização adequada dos momentos presenciais e das avaliaçõespresenciais, assim como para atendimento ao aluno, inclusive os que residem fora domunicípio sede do Pólo;

• tomar todas as precauções para garantir sigilo e segurança nas avaliações, zelando pelaconfiabilidade dos resultados e pela qualidade dos cursos;

• assegurar o bom andamento do projeto e dos diversos serviços das Coordenações.

Coordenação Administrativa

Apoia e dá o suporte para a execução do curso, é responsável pelo controle orçamentário,distribuição do material, pagamento de bolsas, diárias, passagens, e fornecedores, tomada deorçamentos, pelo processo de seleção, matrícula, divulgação de editais, emissão de certificados eoutros.

Coordenação Pedagógica

Responsável pela capacitação dos tutores e professores, pelo serviço de orientaçãoeducacional (SOE), execução do projeto pedagógico do curso, manutenção do padrão de qualidadedo curso, acompanhamento e bom funcionamento do curso, análise dos relatórios de avaliação deaprendizagem e do curso. Cabe ao coordenador pedagógico alertar o coordenador do curso quantoaos desvios e falhas do processo.

Responsável pela avaliação da aprendizagem dos alunos e do curso, estabelece indicadores,índices, rotinas de observação, descrição, análise e registro contínuo da aprendizagem dos alunos,Acompanha o serviço de orientação acadêmica, o SOE e os diversos serviços visando detectar ealertar para desvios observados no funcionamento e no padrão de qualidade do curso.

Esta coordenação deverá ser exercida por um pedagogo.

Coordenação Tecnológica

Responsável pelo suporte e soluções tecnológias para a implementação: do materialdidático em diversas mídias, do ambiente do curso, dos recursos tecnológicos e de rede.

Coordenação dos Pólos

Cada Pólo terá um coordenador eleito entre os professores tutores daquele Pólo, que seráresponsável por:

• Representar o Pólo junto à Coordenação do Curso;• Representar o projeto junto as instituições e comunidades locais;

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• Coordenar as ações necessárias para o bom funcionamento das Oficinas Temáticas;• Coordenar e acompanhar o processo de registro acadêmico, avaliação e tutoria do Pólo;• Intermediar as ações do Programa junto às DIREC's e à Coordenação do Programa,

repassando as informações referentes a:- Desenvolvimento do Programa no município;- Necessidades específicas do ambiente de aprendizagem do Pólo;- Acompanhamento e avaliação do Programa;- Encaminhando mensalmente, a síntese da freqüência dos Tutores e monitores;- Arquivando a freqüência mensal.

5.8 A Orientação Acadêmica

O Sistema de Orientação Acadêmica é organizado através de um sistema hierárquico,composto de três equipes de professores: orientadores, assistentes e tutores. Os orientadores sãoprofessores da UFBA, ativos e/ou inativos com titulação acima de Professor Auxiliar. Os assistentessão professores da UFBA, ativos e/ou inativos com titulação acima de Professor Auxiliar e alunosde cursos de Mestrado ou Doutorado. Cada disciplina terá um professor especialista responsável eum professor assistente para cada grupo de 60 alunos. Os Tutores são professores da Rede Estadualde Ensino com curso de Licenciatura ou Pedagogia. Cada grupo de 30 alunos de cada Pólo seráorientado por um Tutor.

Os profissionais envolvidos e agentes responsáveis pela orientação acadêmica estãodefinidos a seguir:

Consultor Científico – professores de renomado saber convidados para prestar consultoria eacompanhamento científico-pedagógica, no período de implantação e de execução do curso.

Professor Orientador - responsável pela produção do conteúdo e sua veiculação (aulas teóricastransmitidas em video-conferências), acompanhamento e avaliação do processo de ensinoaprendizagem dos alunos no curso. Interage com os tutores no sentido de orientar oacompanhamento do aluno e obter um feedback do andamento do curso da sua disciplina. Sãoresponsáveis pelas aulas teóricas e aulas presenciais, como também pela elaboração e organizaçãopedagógica das disciplinas.

Professor Assistente - é responsável pela orientação, acompanhamento dos alunos e aulaspresenciais, trabalhando sob a coordenação e orientação dos professores orientadores.

Bolsista - aluno de final de curso de licenciatura em matemática, física, computação e pedagogia.Auxilia diretamente os professores das disciplinas, na elaboração de material instrucional, pesquisade links, artigos, ajudando no acompanhamento dos alunos.

Tutor - representante local do curso junto aos alunos é responsável pela organização e suporte dosencontros presenciais, trabalhando colaborativamente com os Orientadores e Assistentes.Acompanha e orienta os alunos não só nas atividades coletivas, como também individualmente pormeio de telefone, e por tecnologias de comunicação síncrona e assíncrona disponibilizadas peloambiente de EAD no Pólo nos horários estabelecidos.

O candidato a Tutor deverá:a) Residir na região onde se desenvolve a licenciatura;b) Possuir licenciatura plena ou Pedagogia;

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c) Apresentar disponibilidade para se dedicar ao cumprimento das tarefas que compõem asua atividade;

d) Demonstrar possuir conhecimentos básicos exigidos de um orientador acadêmico.

O tutor desempenhará funções no âmbito do processo de ensino-aprendizagem e da avaliaçãocurricular.

Atribuições dosTutores

ATIVIDADES

Orientar os alunosem TI

- Orientar os alunos no uso do ambiente de aprendizagem e nos recursoscomputacionais;

- Orientar os alunos individualmente ou em grupos, identificando suasdificuldades de aprendizagem e auxiliando-os na superação das mesmas;

- Detectar problemas que afetem o desempenho dos alunos e auxiliar nabusca de soluções dos mesmos;

- Orientar os alunos na pesquisa em rede e na biblioteca do Pólo;- Orientar os alunos nos recursos de TI para tutoria;- Orientar os alunos no processo de auto-avaliação.

Participar doprocesso deavaliação de

desempenho dosalunos

- Organizar e manter atualizados os registros de desempenho acadêmicodos alunos;

- Realizar em tempo hábil os relatórios de desempenho e avaliação;- Contactar os orientadores e assistentes para a superação de dificuldades

pedagógicas ou de natureza acadêmico-administrativa.Orientar o trabalhodos alunos nas fases

presencial dosmódulos

- Orientar e dar suporte aos alunos assegurando as condições necessáriaspara o desenvolvimento das fases presenciais dos módulos do curso;

- Supervisionar os alunos em seu local de trabalho durante a PráticaDocente.

Divulgar oPrograma nos

municípios

- Definindo estratégias de divulgação;- Elaborando materiais de divulgação;- Articulando com agências de comunicação.

Participar daimplantação eorganização do

ambiente deaprendizageminformatizada

- Articulando com universidades, escolas, prefeituras, empresas, eentidades da sociedade civil, para a implantação do ambiente deaprendizagem do Pólo;

- Articulando com escolas estaduais e municipais, para a implantaçãodo Programa;

- Divulgando os critérios de seleção dos alunos;- Repassando informações básicas do curso;- Identificando os recursos materiais disponíveis para suprir as

necessidades do ambiente de aprendizagem.Acompanhar asatividades deconstrução do

projeto pedagógicodo Pólo.

• Participar das reuniões do Programa;• Organizar atividades alternativas durante a fase presencial;• Orientar os alunos em plantões no Pólo;• Acompanhar, através de visitas, os alunos em sua Prática Docente;• ajudar o professor da fase presencial dos módulos na integração com

alunos e comunidade.• Apoiar a estruturação de espaços alternativos e o desenvolvimento de

atividades pedagógicas:- Biblioteca- Produção de material- Palestras

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- Atividades de confraternização, etc.

Monitores - são funcionários/estagiários dos NTE’s ou das DIREC’s com conhecimentos deinformática e com interesse de pesquisa nas áreas do curso. São responsáveis pelaoperacionalização e acesso tecnológico, e monitoram as aulas práticas em laboratórios deinformática.

Atribuições dos Monitores ATIVIDADESResponsável pela instalação emanutenção do ambiente de

aprendizagem

- dar suporte para a fase presencial dos módulos configurandoe mantendo o ambiente;

- apoiar os alunos no ambiente de aprendizagem;- apoiar os alunos nas auto-avaliações;- apoiar os alunos na utilização do ambiente para tutoria.

São atribuições das equipes de Orientadores Acadêmicos:• Participar do processo de avaliação do curso.• Participar de treinamento para o desenvolvimento das atividades acadêmicas.• Participar do treinamento em TI.• Participar de reuniões promovidas pela coordenação do Programa• Participar de reuniões da equipe do Pólo.• Apoiar os alunos nas atividades dos Pólos e participar das atividades agendadas.

SOE – Serviço de Orientação Estudantil

Serviço de atendimento emergencial aos alunos e aos outros agentes do processo.Localizado na UFBA atendendo no horário das 8 as 22 horas, todos os dias da semana, através deserviço telefônico 0800, e-mail, caixa-postal, fax e secretária eletrônica). Visa tambémacompanhar os tutores dos Pólos. É composto de 03 tutores e um psicólogo.

A Capacitação do Pessoal Envolvido

Para participar do Programa todo pessoal envolvido com a orientação acadêmica deveráaceitar participar, como aluno, de uma capacitação em Educação Aberta e a Distância e emOrientação Acadêmica.

Participação no Programa

Dos alunos

O pressuposto básico do curso, é que os professores em situação de aprendizagem, sãoadultos que contam com uma experiência muito rica, que será reconhecida, discutida e reconcebidaao longo do curso. Espera-se que através do processo de significação/resignificação de um conjuntode conhecimentos teóricos/práticos, o professor transforme sua prática docente, vivenciando aolongo do curso as mesmas dificuldades epistemológicas que seus alunos, contribuindo de modoefetivo com suas experiências e validações, para a incorporação de inovações pedagógicas queutilizem diversas metodologias e recursos tecnológicos à sua prática profissional.

Isto requer de ambas as partes, dos professores orientadores do curso e dos alunos, umacordo recíproco quanto a, mudanças pessoais e coletivas, e ações transformadoras para atransposição do modelo da transmissão e memorização de informações, para um modelo deconstrução coletiva de conhecimentos robustos e saberes duradouros. Isto implica em permanência,

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determinação, esforço, disciplina, movimento, mudança, crítica e também conflito, resistência aonovo, dificuldade de abandonar idéias que já não mais funcionam, e que já se mostraram falsas, acoragem de revisar o seu próprio sentido de trabalho, o seu conhecimento, o seu papel na sala deaula, a sua prática. Requer ainda o compromisso pessoal e familiar para a organização do tempo deestudo, a organização da leitura, da escrita, dos registros e anotações, dos horários de orientaçãoacadêmica, de utilização da rede comunicacional e dos deslocamentos para os encontrospresenciais.

Dos Professores

A participação dos professores orientadores, auxiliares e tutores deve ser voluntária ecompromissada com a proposta pedagógica do curso. Os professores que participarem do programafarão juz a uma bolsa de trabalho de acordo com a função exercida e deverão dedicar ao programa20 horas semanais. Poderão participar do programa professores em exercício e aposentados daUFBA, alunos de mestrado, doutorado e professores das Universidades consorciadas do programaque possuam experiência didática comprovada na área de atuação.

6. A AVALIAÇÃO

Visando atingir padrões cada vez mais altos de excelência e qualidade, a UFBA mantémprocessos permanentes, contínuos e abrangentes de avaliação, contemplando duas dimensões: umavoltada para os estudantes, e outra para o próprio curso.

A legitimidade da EAD terá que ser conquistada através de estratégias inteligentes, queenvolvam testes on-line, acompanhamento personalizado e novos conceitos de avaliação, nos quaispassem a ser medidas, mais do que a memória e a assimilação de conteúdos isolados, ascompetências desenvolvidas ao longo do processo.

O modelo de avaliação da aprendizagem adotado no Curso de Licenciatura Plena emMatemática a Distância da UFBA leva em conta o ritmo dos estudantes e pretende ajudá-los adesenvolver graus ascendentes de competências cognitivas, habilidades e atitudes, possibilitando-lhes alcançar os objetivos propostos.

Em razão do exposto acima existe uma preocupação em desencadear um processo deavaliação que possibilite analisar como se realiza não só o envolvimento do aluno no seu cotidiano,mas também como se realiza o surgimento de outras formas de conhecimentos, obtidas em suaprática e experiência, a partir dos referenciais teóricos trabalhados no curso.

Para tanto, são estabelecidas rotinas de observação, descrição e análise contínuas daprodução do aluno que, embora se expressem em diferentes níveis e momentos, não devem alterar acondição processual e contextualizada da avaliação.

6.1 Avaliação da Aprendizagem

Reconhecendo na avaliação um dos aspectos fundamentais para a qualidade de um curso degraduação, são estabelecidos os seguintes princípios [Neder]:

6.1.1 Avaliação FormalEm consonância com o Decreto no. 2494/98 (artigo 7o), a avaliação dos estudantes inclui 2

avaliações individuais e presenciais, realizadas nos Pólos avançados localizados nos NTE’s doEstado da Bahia. Nas avaliações busca-se verificar o desenvolvimento de competências,habilidades e a aprendizagem dos diversos conteúdos. Avaliações formais são elaboradas comproposições, questões, problemas e temáticas que exijam do aluno competências na modelagem,

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formulação, resolução e previsão, capacidade de relacionar, fazer inferências, demonstrar econjecturar, bem como propor novas situações problemas ou contextualizações. Deverão serobservadas também a capacidade de síntese dos conteúdos trabalhados, a redação e a produção detextos escritos em linguagem acadêmico-científica. Estas avaliações são elaboradas pelosprofessores orientadores responsáveis pelas áreas de conhecimento, com a participação dosorientadores acadêmicos. Busca-se observar em que medida o aluno está acompanhando o conteúdoproposto por cada uma das áreas de conhecimento: se é capaz de posicionamentos crítico-reflexivosfrente às abordagens trabalhadas e frente a sua prática docente.

Tomando como princípio que as avaliações presenciais individuais devem ser locais,realizadas nos Pólos avançados, avaliações contextualizadas específicas são realizadas para asturmas, observando os aspectos sócio-culturais regionais. Em cada Módulo do curso serãorealizadas duas avaliações individuais, uma no meio do trimestre e outra ao final do trimestre, nãocumulativas, os conteúdos devem ser os trabalhados durante cada período. As avaliações sãoelaboradas e acompanhadas pelos professores orientadores, responsáveis pela atribuição dosconceitos ou notas.

Será considerado aprovado no Módulo o aluno que obtiver o conceito superior ou igual acinco. Os alunos que não obtiverem o conceito exigido para a aprovação farão uma outra avaliaçãoindividual após um mês, do início do Módulo seguinte. Esta avaliação deve ser não somativa, istoé, deve levar em conta o percurso do estudante, buscando identificar os aspectos e conteúdosexigidos que não foram atingidos durante seus estudos no Módulo. O aluno será aprovado seobtiver o conceito superior ou igual a cinco nesta avaliação.

6.1.2 Avaliação ProcessualA avaliação é realizada de forma processual, contínua e cumulativa, sem ficar limitada

exclusivamente a avaliações presenciais ao término das etapas de aprendizagem, abrangendo níveisde complexidade e de inter-relação entre os saberes cada vez maiores, enfatizando a verificação dodesenvolvimento de competências, aptidões e disposições, de modo a possibilitar um diagnóstico,que forneça a alunos e professores dados formativos visando o aperfeiçoamento do processorealizado. A avaliação não é utilizada como instrumento legal de pressão, tensão ou de controle, elapermite ao aluno e aos diversos agentes sentirem-se seguros e confiantes quanto aos resultados e avalidação do processo [Neder].

Busca-se observar, analisar e quantificar como se dá o processo de aprendizagem do aluno:

• se acompanha as abordagens e discussões propostas no material didático;• se utiliza as diversas tecnologias de comunicação, fórum, chat, e-mail;• se a linguagem dos diversos meios é acessível;• como se expressa matematicamente nos trabalhos e em sua sala de aula;• se desenvolve a capacidade de expor, explicar, conjecturar, questionar, inquirir,

contextualizar situações propostas, criar e propor novos problemas, fazer perguntasfocalizadas;

• quais os graus das dificuldades encontradas na relação com os conteúdos trabalhados;• seu relacionamento com a orientação acadêmica;• como desenvolve as propostas de aprofundamento de conteúdos;• como utiliza o material de apoio, sobretudo o bibliográfico;• se mantém um processo de interlocução permanente com os orientadores;• como se relaciona com outros alunos do curso;• se tem realizado as tarefas propostas em cada área de conhecimento;• se tem utilizado diferentes canais para sua comunicação com a orientação acadêmica e

com os professores;• se é capaz de estabelecer relações entre o conhecimento trabalhado e sua prática

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pedagógica;• se tem feito indagações e questionamentos sobre as abordagens propostas;• se tem vontade de descobrir e imaginar;• se tem abertura à investigação educacional;• se desenvolve a confiança e a validação de experiências;• se tem problemas de ordem pessoal ou profissional interferindo no seu processo de

aprendizagem.

Neste processo de avaliação o portfólio do aluno constitui-se num instrumento fundamentalpara a avaliação e acompanhamento de todos os passos percorridos pelo aluno ao longo datragetória de sua aprendizagem, permitindo construir o perfil acadêmico do aluno, seu ritmo decrescimento, temas de interesse, suas dificuldades e o potencial a ser desenvolvido. Além de suaprodução acadêmica, o aluno deve registrar suas reflexões, impressões, opiniões, dúvidasdificuldades, reações, sentimentos e quaisquer outras aspectos vivenciados no curso e suasimplicações na sua prática docente.

Caso o aluno não apresente um desempenho satisfatório em termos de compreensão dosconteúdos trabalhados, ele é aconselhado a refazer seu percurso, aprofundando e ampliando suasleituras.

O portfólio deverá servir de instrumento de avaliação continuada do desenvolvimento doaluno e também como uma instância de auto-reflexão e de auto-avaliação.

6.1.3 Oficinas Temáticas

A avaliação é utilizada como instrumento de reflexão e análise, e o resultado de tal processoestá voltado para a mudança em sua prática docente. O aluno realiza estudos ou pesquisas, a partirde proposições temáticas relacionadas a questões educacionais, sobretudo ligadas ao cotidianoescolar, que envolvam produção acadêmica de conhecimento, a interação e a socialização doconhecimento. Os resultados desses estudos são apresentados nas Oficinas Temáticas. Visa-seoportunizar ao aluno elementos para a produção de um trabalho de análise crítico-reflexiva atravésde uma abordagem integradora entre os conteúdos das diferentes áreas de conhecimento.

Alguns princípios norteadores são estabelecidos para o desenho dessas atividades deaprendizagem que devem propiciar:

• a exploração informal e investigação reflexiva, estimular o questionamento, a proposição emodelagem de problemas, a busca de soluções e previsões [Richards];

• aos alunos vivenciarem as mesmas dificuldades e obstáculos epistemológicos encontradospelos matemáticos: experimentar, interpretar, visualizar, estabelecer relações, descobrirregularidades e invariantes, generalizar, discutir conjecturas e métodos, e demonstrar[Vergnaud];

• a interdisciplinaridade;• a liberdade de acesso à informação e comunicação;• o trabalho cooperativo;• a incorporação das tecnologias de informação em uso na sociedade.

Outras características ou fatores intervenientes nos projetos de trabalho das Oficinas podemser apontados sob muitos enfoques, dependendo dos diferentes sistemas de referência prático-teóricos a que os propositores estão ligados.

Tomando esta idéia como base, alguns indicadores são representativos:

• Apresentem bases teóricas construtivistas.

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• Desenvolvem-se em ambientes informatizados de aprendizagem.• Buscam a interdisciplinaridade.• São flexíveis quanto ao seu desenvolvimento; não são lineares nem previsíveis.• Promovem contextualizações em função dos interesses dos alunos.• Estimulam processos interativos de cooperação.• Envolvem processos investigativos.

Explicitando mais, os Projetos de Trabalho devem se caracterizar por:• partir de questão ou problema, proposto por um aluno ou um grupo de alunos, que

possibilite um percurso que favoreça a interpretação, análise e a crítica;• buscar delineamentos de processos de pesquisa, onde são levantadas perguntas

principais, secundárias, hipóteses, procedimentos de coleta e tratamento de dados,conclusões;

• estimular a busca, seleção e organização da informação, testes, experimentos, análisescomparativas de situações semelhantes;

• promover o desenvolvimento de estruturas de pensamento e esquemas de ação;• estimular ações cooperativas, presenciais e à distância, onde professor e alunos estudam

e aprendem juntos, desenvolvendo trocas interativas, com ênfase no ouvir e argumentar;• trabalhar com a singularidade dos processos e percursos desenvolvidos, onde grupos

trabalham com temas, informações e tratamento de dados diferenciados;• respeitar as diferentes formas de aprender;• buscar aproximação atualizada com os problemas do contexto local e universal;• favorecer a construção de noções e conceitos dos diferentes campos de conhecimento

numa visão ampla e interdisciplinar.

6.1.4 Auto-avaliação

São estimuladas práticas de auto-avaliação, monitoradas diretamente pelos professores decada curso, visando comprometer progressivamente o alunado no próprio crescimento, assim comodesenvolver a capacidade crítica e o senso de responsabilidade sobre o próprio aprendizado.Desenvolvendo estratégias de métodos de trabalho que oportunizem ao aluno:

• buscar interação permanente com os professores e orientadores acadêmicos todas as vezesque sentir necessidade;

• obter confiança frente ao trabalho realizado, possibilitando-lhe não só o processo deelaboração de seus próprios juízos, mas também do desenvolvimento de sua capacidade deanalisá-los.

6.1.5 Recuperação de estudos

Os alunos que não conseguirem aprovação na prova de recuperação do Módulo, poderãorealizar estudos orientados durante o período de recesso escolar nos meses de janeiro e fevereiro. Osconteúdos trabalhados em que os alunos não obtiverem desempenho satisfatório em termos decompreensão serão trabalhados no período, refazendo seu percurso, aprofundando e ampliando suasleituras com vistas a submeter-se a nova avaliação dos conteúdos dos Módulos que não logrouaprovação.

6.2 Avaliação do Curso

A avaliação do curso é um componente crítico para o sucesso, tem como função básicasubsidiar tomadas de decisões e não pode ser pensada desvinculadamente de um projeto político-

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pedagógico, é compreendida como um processo sempre circunscrito a um determinado projeto ouações, que permitem as adequações e correções necessárias ao desenvolvimento do Curso deLicenciatura em Matemática.

O processo avaliativo pressupõe, portanto, não só os elementos estruturais e organizacionais,mas também uma dimensão política, por exemplo, o impacto das ações desenvolvidas na realidadesocial concreta.

São estabelecidos dois tipos de avaliação:• Avaliação processual: avaliação realizado no decorrer de um programa instrucional visando

aperfeiçoá-lo.• Avaliação somativa: avaliação final de um programa instrucional visando julgá-lo.

6.2.1 Avaliações Processuais

As avaliações processuais são realizadas em duas etapas:

a) Avaliação piloto: realizada durante as etapas de design e de produção, com um grupo deestudantes voluntários, onde se procura:

- monitorar e acompanhar os estudantes durante a sua navegação que inclui o trackingdo uso de mídias;

- a verificação da simplicidade da navegação;- o entendimento do conteúdo;- a efetividade do design instrucional;- a análise do tempo necessário para o término da unidade de estudo.

b) Avaliação formativa: realizada durante a execução do curso, com alunos e professores, ondeprocura-se fazer as mesmas análises anteriores além de:

- avaliação da aprendizagem;- avaliação do material didático;- avaliação da orientação acadêmica;- avaliação da modalidade de EAD;- avaliação das coordenações geral, administrativa e pedagógica.

Estas observações podem resultar em modificações no design instrucional quando a etapa deconstrução do curso propriamente dito for finalizado, e também fornecerá subsídios para a definiçãoou redefinição de percurso frente às decisões tomadas e/ou planejadas.

6.2.2 Avaliações Somativas

As avaliações somativas devem ser conduzidas após o final do curso. Procura-se avaliar aefetividade e qualidade do curso, utilizando-se os indicadores:

• monitorização do curso;• análise do desempenho do docente;• análise do uso das mídias pelos alunos;• teste da qualidade do material;• efetividade do programa a distância;• a aprendizagem dos alunos;• as práticas educacionais e o sistema de orientação dos professores orientadores e tutores;

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• o material didático utilizado;• o currículo;• a infra-estrutura material;• o modelo de educação superior e de curso de graduação a distância adotado;• a eficiência das parcerias e colaborações inter-universitárias;• outros.

7. A VIABILIZAÇÃO DO PROJETO

A Licenciatura em Matemática da UFBA se insere no Programa de Educação Continuada daSecretaria de Educação do Estado da Bahia, sendo a alocação dos recursos necessários à suaimplementação e sustentação de responsabilidade das Instituições conveniadas UFBA/SEC. Paragarantir o oferecimento de 600 vagas são necessários os seguintes recursos materiais e humanos.

7.1 Recursos Humanos

7.1.1 Da UFBA

Para a implementação do Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância daUFBA, a Coordenação do curso contará com uma equipe de 13 professores que seresponsabilizarão pela orientação e acompanhamento das disciplinas das áreas de conhecimento:Sociologia, Psicologia, Filosofia, Educação, Física, Matemática Elementar, Cálculo, Geometria,Álgebra, Matemática Discreta, Matemática Aplicada, Tecnologia e Estatística.

Cada Pólo deverá ter uma Coordenação local composta de 01 professor da UFBA e 01representante da SEC, que em articulação com o Coordenador Acadêmico do Pólo (01 tutor, eleitoentre os tutores daquele Pólo), são responsáveis pelo acompanhamento orientação e bom andamentodo curso no Pólo.

Para o funcionamento das Coordenações do Curso faz-se necessário uma equipe permanentede 03 tutores, 01 pedagogo, 01 psicólogo para o Serviço de Orientação Estudantil, e uma equipe detécnicos para o suporte administrativo, contábil e tecnológico, formada por: 02 técnicos emprogramação, 02 técnicos em rede, 01 designer multimídia, 01 secretário e 02 digitador, 01 contadore outros a serem definidos.

7.1.2 Dos Pólos

Cada Pólo contará com uma equipe de tutores, na proporção de 01 para cada 30 alunos, 01monitor, e um representante local da SEC, que juntamente com os coordenadores gerais do Pólo sãoresponsáveis pelo bom andamento dos serviços e do curso no Pólo.

7.2 Recursos Materiais

Para garantir o bom funcionamento do Curso e dos serviços de apoio são necessários osseguintes equipamentos:

7.2.1 Da UFBA

• IBM eServer pSeries 44P Modelo 270 (4x processadores, 1GB RAM, 100 GB HD);• 13x Athlon 1.2Ghz, 256MB RAM, 40GB HD, Monitor 17”, Rede 100Mhz,

CDRW/DVD, placa de som;

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• 02x PowerMac G4 733Mhz, 384MB RAM, 60GB HD, Rede 100Mhz, Monitor 17”,CDRW, placa de som;

• 15x WebCam’s;• 01 DVD-RW;• 2x Placas de edição de vídeo PINNACLE Systems;• Impressoras (1x Jato de Tinta, 1x Laser);• 3x Scanners;• Câmera de vídeo digital;• Câmera fotográfica digital Sony MAVICA;• 12x Windows XP Professional, 14x Office;• 2x Adobe Premier;• 4x Macromedia Director;• 4x DreamWeaver UltraDev;• 4x Macromedia Flash;• 4x Macromedia FireWorks;• 6x CorelDraw;• 4x Borland JBuilder Enterprise;• 2x 3D Studio Max;• 2x Rational Rose Enterprise;• 1x Power Translator Pro 7;• atualização para Maple 7 da versão existente no Instituto de Matemática;• licença antivírus UNIX;• outros softwares;• TV 33’’, Videocassete, DVD, Fax, Telefones, Secretária eletrônica, Aparelho de som

(CD), etc;• Biblioteca com os títulos e volumes necessários, vídeos e CDROM’s;• Sala de geração e recepção de videoconferência;• Mobiliário;• Outros ainda a definir.

7.2.2 Dos Pólos

• 2x K6-3 500 para os serviços de secretaria;• 2x TV 33’’, Videocassete, DVD, Fax, 2x Telefones, Secretária eletrônica, Aparelho de

som (CD);• Biblioteca com os títulos e volumes necessários, vídeos e CDROM’s;• Mobiliário;• Outros ainda a definir.

7.3 Instalações Físicas

7.3.1 Da UFBA

A UFBA está construindo um novo prédio de aulas (PAF III) localizado no Campus deOndina, que abrigará também o Programa de Educação à Distância, que conta com os seguintesespaços:

• uma sala de recepção com 18,47 m2;

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• uma sala de secretaria com 13,76 m2;• uma sala de coordenação geral com 13,68 m2;• uma sala de coordenação pedagógica e orientação estudantil com 32,53 m2;• uma sala do Núcleo Tecnológico 21,21 m2;• uma sala de coordenação administrativa com 13,72 m2;• uma sala de videoconferência com 106,20 m2;• um laboratório de informática com 84,88 m2;• uma sala de apoio com 8,80 m2;• um depósito com 4,30 m2;• circulação com 4,54 m2.

7.3.2 Dos Pólos

• uma sala para a coordenação e secretaria do Pólo;• uma sala de estudos e reunião dos professores do Pólo;• uma sala para a orientação acadêmica;• uma sala para a biblioteca e material didático;• uma sala para os encontros presenciais e realização das Oficinas Temáticas.

7.4 Recursos Financeiros

Os recursos financeiros para a implementação e sustentação do Curso de LicenciaturaPlena em Matemática a Distância da UFBA serão estabelecidos em convênio entre as duasinstituições, com as seguintes responsabilidades estabelecidas:

7.4.1 Da UFBA• pagamento dos professores responsáveis pelo desenvolvimento do curso;• pagamento de gratificações aos coordenadores responsáveis pelos Pólos e ao

Coordenador Geral;• pagamento dos tutores e psicólogo do SOE;• pagamento dos técnicos das diversas Coordenações;• pagamento dos professores responsáveis pela elaboração dos conteúdos dos fascículos;• pagamento de prestadores de serviços;• pagamento de diárias e passagens aos professores que se deslocam para os Pólos;• pagamento de material de expediente e consumo da Coordenação do Curso;• pagamento de consultores.

7.4.2 Da SEC• pagamento de tutores, monitores e técnicos que atuam nos Pólos;• pagamento de gratificação, diárias e transporte aos técnicos das Coordenações dos Pólos;• pagamentos dos custos de capacitação dos orientadores acadêmicos;• pagamento de despesas .............................

7.5 Responsabilidades da SEC

• Garantir a movimentação dos alunos para a sede dos Pólos, ofertando passagens e estadia;• Contratação dos tutores e monitores;• Implantação dos espaços de apoio como: biblioteca, laboratórios;• Distribuição do material didático.

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8. A COORDENAÇÃO DO CURSO

O Curso terá uma Coordenação instalada no Instituto de Matemática da UFBa localizado naRua Adhemar de Barros s/n, Campus Ondina. Será composta de:

• Um Coordenador Geral• Um coordenador das áreas de conhecimentos: Educação, Tecnologias de Informação,

Matemáticas, Ciências Humanas e Física• Um Coordenador Administrativo• Um Coordenador Pedagógico• Um Coordenador Tecnológico• Um Coordenador para cada Pólo• Um Professor Orientador responsável para cada uma das áreas abaixo:

- Matemática Elementar,- Cálculo,- Geometria,- Álgebra,- Matemática Discreta,- Matemática Aplicada,- Tecnologia,- Educação,- Ciências Humanas,- Física.

Os Coordenadores farão juz a uma gratificação mensal e ficarão à disposição do programaem tempo integral, sendo responsáveis pela execução e sustentação do Curso.

9. A EQUIPE RESPONSÁVEL

Corpo docente responsável pelas diversas áreas de conhecimento.

9.1 Área de Matemática

Carlos Eduardo Nogueira BahianoÉzio de Araújo CostaGlória Márcia Fernandes CostaIsaac Costa LázaroJodália dos Santos ArlegoLuzinalva Miranda de AmorimMárcia Barbosa de MenezesMaria Cristina Moreira MenezesMaria Luiza Lapa de SouzaSirlane Coelho BarretoSonia Regina Soares FerreiraVilton Jeovan Viana PinheiroWilton Moacyr de Andrade Moniz Oliver

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9.2 Área de Tecnologia

Anna Friedericka SchwarzelmüllerCláudia Amado Gama

9.3 Área de Estatística

Gauss Moutinho CordeiroLia Terezinha Lana P. Moraes

9.4 Área de FísicaProfessores do Instituto de Física da UFBA a definir.

9.5 Área de EducaçãoProfessores do Faculdade de Educação da UFBA a definir.

9.6 Área de Ciências HumanasProfessores do Faculdade de Ciências Humanas da UFBA a definir.

9.7 Consultores a serem contratados como prestadores de serviço:• Aron Simis, Doutor, UFPE.• Eveline Barbin, Doutora, Universidade Paris 7, Paris.• Fernando Ramos, Doutor, Diretor do Centro de Multimídias e Educação a Distância da

Universidade de Aveiro, Portugal.• Marc Hindry, Doutor, Universidade Paris 7, Paris.• Michael Paty, Doutor, Diretor do Instituto de Pesquisa em História das Ciências, Paris.

10. CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

A implementação do Curso de Licenciatura Plena em Matemática a Distância da UFBAserá efetuada através de 05 etapas coordenadas:

ETAPA 01: Construção do curso e experimentação do piloto: (1 ano - 2002)

- Capacitação dos Orientadores/Autores e Tutores.- Desenvolvimento de ferramentas de aprendizagem interativas da Matemática.- Concepção e elaboração do material didático dos Módulos do curso.- Editoração do material didático nas diversas mídias.- Experimento piloto.- Implantação dos 04 Pólos em regiões estratégicas de acordo com a distribuição dos

potenciais alunos do curso.- Concepção e elaboração do sistema de registro e acompanhamento da aprendizagem dos

alunos.- Implantação dos serviços de orientação acadêmica.- Elaboração do processo seletivo.

ETAPA 02: Implantação das Primeiras Turmas: (1 ano, 2003 – 240 vagas)

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- Aplicação do processo seletivo.- Implantação de 08 turmas de 30 alunos selecionados (02 turmas por Pólo selecionado na

etapa 01).- Capacitação dos Orientadores acadêmicos.- Avaliação dos resultados e ajustes ao Programa.

ETAPA 03: Novas turmas do Curso: (1 ano, 2004 - 240 vagas)

- Aplicação do processo seletivo para 8 novos Pólos diferentes, com 2 turmas de 30 alunosem cada Pólo;

- Implantação de mais quatro turmas de 30 alunos selecionados;- Capacitação dos orientadores acadêmicos;- Avaliação dos resultados e ajustes ao Programa.

ETAPA 04: Novas turmas do Curso: (1 ano, 2005 - 240 vagas)

- Aplicação do processo seletivo para 8 novos Pólos diferentes, com 2 turmas de 30 alunosem cada Pólo;

- Implantação de mais quatro turmas de 30 alunos selecionados;- Capacitação dos orientadores acadêmicos;- Avaliação dos resultados e ajustes ao Programa.

ETAPA 05: Continuação do Programa (5 anos, 2006 a 2010)- Continuidade das turmas iniciadas;- Avaliações.

11. CRONOGRAMA DE INTERVENÇÃO

A ser definido de acordo com a distribuição dos prováveis alunos do curso.

12. CUSTO ESTIMADO

• ETAPA 01 (2002.1/2002.2):• ETAPA 02 (2003.1/2003.2):• ETAPA 03 (2004.1/2004.2):• ETAPA 04 (2005.1/2005.2):• ETAPA 05 (2006.1/2010.2):

SUBTOTAL (1) R$ ..................... Alunos atingidos 240

SUBTOTAL (2) R$ ..................... Alunos atingidos 240

SUBTOTAL (3) R$ ..................... Alunos atingidos 240

TOTAL R$ ...................... Alunos atingidos 720

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13. REDAÇÃO DO PROJETO

13.1 Autores

- Wilton Moacyr de A. Moniz Oliver - coordenador- Anna Friedericka Schwarzelmüller

13.2 Colaboradores

- Carlos Eduardo Bahiano- Glória Márcia Fernandes Costa- Jodália Arlego Barbosa- Luzinalva Miranda de Amorim- Márcia Barbosa de Menezes- Maria Cristina Moreira Menezes- Maria Luiza Lapa de Souza- Sirlane Coelho Barreto- Sônia Regina Soares Ferreira

13.3 Consultoria

- Andrea Cecília Ramal

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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