UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de...

137
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA Aspectos clínicos e moleculares da dengue na epidemia de 2012/ 2013 em Goiânia GO, Brasil. Goiânia 2015

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de...

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL

E SAÚDE PÚBLICA

BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA

Aspectos clínicos e moleculares da dengue na epidemia de 2012/ 2013

em Goiânia – GO, Brasil.

Goiânia 2015

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

i

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

ii

BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA

Aspectos clínicos e moleculares da dengue na epidemia de 2012/ 2013

em Goiânia – GO, Brasil.

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás para obtenção do Título de Doutor em Medicina Tropical e Saúde Pública.

Orientador: Profa Dra Celina Maria Turchi Martelli Co-orientador: Profa Dra Adriana Oliveira Guilarde

Goiânia

2015

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

iii

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

iv

I

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

v

Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás

BANCA EXAMINADORA DA TESE DE DOUTORADO

Aluno (a): Benigno Alberto Moraes da Rocha

Orientador (a): Profa. Dra. Celina Maria Turchi Martelli

Co-orientador (a): Profa. Dra. Adriana Oliveira Guilarde

Membros:

1. Profa. Dra. Adriana Oliveira Guilarde

2. Prof. Dr. Rivaldo Venâncio da Cunha

3. Profa. Dra. Valéria Christina de Rezende Feres

4. Prof. Dr. João Bosco Siqueira Júnior

5. Profa. Dra. Fabiola Souza Fiaccadori

Data:31/03/2015

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

vi

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho as duas pessoas que mais amo na vida. A minha filha Anita que

me mostrou o verdadeiro amor tornando minha vida infinitamente mais feliz. A

minha esposa Aline, meu eterno amor, minha alma gêmea, com seu exemplo me

inspira todos os dias a ser um pessoa melhor, a quem eu agradeço por estar sempre

do meu lado. Te amo.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

vii

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado condições e a oportunidade de conhecer todas as

pessoas que me trouxeram até aqui.

À minha tia Rusckaya, minha outra mãe, que me socorreu quando precisei, me deu

condições para estudar e o mais importante, me ama como filho.

À Profa Dr

a Celina Maria Turchi Martelli, minha orientadora, com paciência me ensinou

a ter foco, ser objetivo e ver o lado positivo das coisas, e mais importante, levantou

minha cabeça quando mais precisei. A senhora é uma das pessoas que mais admiro e

respeito.

Minha querida irmã Kelly que mesmo longe conseguiu me motivar com suas palavras

de fé e esperança.

À família da minha esposa que sempre me apoiou e motivou na realização deste

trabalho.

À Profa Dr

a Adriana Oliveira Guilarde, minha co-orientadora, uma clínica fantástica,

assim como orientadora, pois com poucas palavras modificar um texto inteiro.

À Profa Dr

a Valéria Christina de Rezende Feres, minha outra co-orientadora (não

oficial), por ter me orientado, me ouvido, por ser uma amiga.

À Prfa Dr

a Lucimeire Fontenelle por ter me auxiliado na parte laboratorial e por dar

conselhos muito importantes.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

viii

À Profa Marília Dalva Turchi, minha orientadora no mestrado, seus ensinamento

perduraram na realização deste trabalho e pelo o auxílio como coordenadora da pós-

graduação que me foi dado.

Ao Profº Drº João Bosco Siqueira Júnior, as poucas vezes que o procurei, foi muito

receptivo prestativos nas minhas dúvidas.

Ao meu grande amigo Ali Kalil que sempre me aconselhou de forma assertiva para as

minhas tomadas de decisão.

À Faculdade União de Goyazes que sempre me apoiou para a realização deste trabalho.

À Dra Angela Argolo por sua amizade, incentivo e motivação na realização deste

trabalho.

À Doutoranda Mônica Reis pela disponibilidade durante a realização dos exames

laboratoriais.

À Doutoranda Isabela Cequine pela disponibilidade durante o trabalho de campo e a

realização dos exames laboratoriais.

À mestra Priscila pela por sua disponibilidade durante o trabalho de campo e a

realização dos exames laboratoriais.

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

ix

SUMÁRIO

1. Introdução..................................................................................................... 17

1.1. Epidemiologia da dengue.......................................................................... 17

1.2. Agente Etiológico...................................................................................... 21

1.2.1. Genótipos................................................................................................ 21

1.3. Patologia e Patogênese............................................................................... 25

1.4. Quadro Clínico........................................................................................... 29

1.5. Diagnóstico Laboratorial........................................................................... 31

1.6. Vacinas para Dengue................................................................................. 34

2. Justificativa................................................................................................... 40

3. Objetivos....................................................................................................... 41

4. Métodos........................................................................................................ 42

5. Artigos.......................................................................................................... 53

5.1. Artigo 1..................................................................................................... 56

5.2. Artigo 2..................................................................................................... 80

6. Discussão .................................................................................................... 111

7. Conclusões................................................................................................... 115

Referências....................................................................................................... 116

Anexos.............................................................................................................. 130

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

x

TABELAS, FIGURAS E ANEXOS

Tabelas

Tabela1. Vacinas de dengue em desenvolvimento em fase de ensaios

clínicos.......................................................................................................................... 36

Tabela 2 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope do DENV-

4.................................................................................................................................... 44

Tabela 3. Valores de referência para comparação do amplicon obtido com peso

molecular de massa para determinação da quantidade ideal de DNA a ser aplicada

na reação de sequenciamento ....................................................................................... 46

Figuras

Figura1.Classificação dos genótpos por sorotipo dos DENV e origem das cepas,

segundo Chen e Vasilakis 2011 ................................................................................... 20

Figura 2. Hipótese integral para febre hemorrágica da dengue.................................... 27

Figura 3. Classificação clínica de dengue segundo a OMS 2009................................. 50

Anexos

Anexo 1 – Parecer do Comitê de Ética, TCLE............................................................. 128

Anexo 2 – Questionário da Pesquisa ........................................................................... 129

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

xi

SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS

A.C. Antes de Cristo

ADE Antibody Dependent Enhancement

ALT Alanina Amino Trasnferase

AST Aspartato Tmino Trasnferase

Cais Centro de Atenção Integral à Saúde

Ciams Centro Integrado de Assistência Municipal em Saúde

Cnes Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde

DC Dengue Clássica

DENV Vírus Dengue

DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

FHD Febre Hemorrágica da Dengue

HDS Hospital Dermato Sanitário

HDT/DAA Hospital de Doenças Tropicais/ Dr. Anuar Auad

HLA Antígeno Leucocitário Humano

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

xii

Ht Hematócrito

IgG Imunoglobulina G

IgM Imunoglobulina M

IL Interleucina

Lacen-Go Laboratório Central – Goiás

OMS Organização Mundial da Saúde

RNA Ácido Ribonucleico

RT-PCR Transcriptase Reverssa – Reação em Cadeia de Polimerase

SCD Síndrome do Choque da Dengue

Sinan Sistema Nacional de Agravos e Notificação

TNF Fator de Necrose Tumoral

UTI Unidade de Tratamento Intensiso

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

xiii

RESUMO

Contexto: Dengue é a arbovirose que mais cresce no mundo, infectando quase 390

milhões de pessoas. Ela é causada pelos vírus dengue que possui quatro sorotipos

(DENV1-4). Todos os sorotipos podem causar a doença, que varia de formas

assintomáticas a graves e podem levar a óbito. No Brasil em 2010 houve a reemergência

do sorotipo DENV-4 após 28 anos. No ano de 2013, foi registrada a maior epidemia da

história com mais de 1,4 milhão de casos e circulação do quatro sorotipos. Na Região

Central do Brasil, Estado de Goiás, após a entrada sorotipo DENV-4, em 2011, pela

primeira vez na região, em 2013, aconteceu uma grande epidemia onde foi registrado

mais de 10% dos casos do Brasil, com maior frequência do DENV-4 seguido pelo

DENV-1. Neste cenário foi realizado um estudo com os objetivos de caracterizar o

perfil clínico e molecular dos pacientes com dengue, estabelecer se houve associação

entre marcadores de gravidade clínica e laboratorial com os sorotipos virais infectantes

e caracterizar geneticamente o vírus da dengue mais frequente que circulou na epidemia

de 2012/2013 em Goiânia – GO.

Metodologia: Foi realizado um estudo clínico prospectivo com pacientes suspeitos de

dengue atendidos em oito unidades de saúde (cinco públicas, sendo dois hospitais e três

de nível secundário; três hospitais privados) de referência de janeiro de 2012 a julho de

2013. Os pacientes foram abordados em três momentos diferentes e avaliados por

clínicos que coletaram informações clínicas e sócio-demográficas. Também houve

coleta de sangue para realização de exames complementares (Hg, AST e ALT) e

exames confirmatórios da infecção por dengue (IgM, IgG, NS1 e RT-PCR). Foi

realizado ainda o sequenciamento do gene do envelope do vírus dengue tipo 4. Os

pacientes com confirmação da infecção por dengue foram classificados quanto à forma

clínica da doença de acordo com a Organização Mundial de Saúde,

Principais achados: Foram recrutados 650 pacientes, dos quais 18 foram excluídos e

632 foram seguidos. Quatrocentos e cinquenta e dois pacientes (71,5%) tiveram a

infecção confirmada. Destes, 112 (24,8%) foram hospitalizados. Mais de 90% tinham

idade superior a 15 anos e 235 (52,0%) eram do sexo feminino. Para 328 pacientes foi

possível classificar o tipo de infecção e destes, 248 (75,6%) tiveram infecção

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

xiv

secundária. Classificou-se como FD 188 indivíduos (41,6%), 238 (52,6%) com DwC e

26 (5,8%) com DG. Sangramento espontâneo, dor abdominal intensa e extravasamento

de plasma foram mais freqüentes em menores de 15 anos de idade, quando comparado

aos maiores de 15 anos (p<0,05). Houve um óbito de um adolescente de 16 anos de

idade. O RNA viral foi identificado em 243 (40,5%) de 600 pacientes investigados por

estes exames, onde foi identificados os quatros sorotipos DENV-1 em 91 pacientes

(37,4%) DENV-2 em 4 (1,6%), DENV-3 em 13 (5,3%) e DENV-4 em 135 (55,5%) nos

dois anos de acompanhamento. Foi observada uma frequência maior de alguns sintomas

de gravidade (plaquetopenia, sangramentos espontâneos e dor abdominal intensa) no

sorotipo DENV-1 comparado ao DENV-4. Oitenta por cento dos pacientes com DENV-

4 tiveram infecção secundária. No estudo de filogenia do gene do envelope do DENV-4

foi identificado o genótipo II.

Conclusão: Foi descrito clínica e molecularmente uma grande epidemia que ocorreu em

um Estado da Região Central do Brasil que revelou a circulação concomitante dos

quatros sorotipos virais, frequência de sinais de gravidade em menores de 15 anos de

idade e em pessoas com infecção pelo DENV-1. Identificou-se ainda o genótipo

circulante do sorotipo mais freqüente na epidemia. Estas constatações devem servir de

sinal de alerta para as autoridades de saúde, pois nos encontramos em situação de

grande dispersão dos sorotipos em todo o mundo.

Palavras-chave: Dengue, Infecção Secundária, Dengue Grave, Sequenciamento,

Dengue Tipo 4.

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

xv

ABSTRACT

Background: Dengue is the fastest growing arbovirosis in the world, infecting almost

390 million people. The dengue virus is the etiological agent of the disease, which has

four serotypes (DENV1-4). All serotypes can cause dengue, varying from asymptomatic

to severe forms and may lead to death. In Brazil, in 2010, there was the re-emergence of

serotype DENV-4 after 28 years. In 2013, it was registered the largest epidemic in

history with more than 1.4 million cases and circulation of the four serotypes. In the

state of Goiás, Central Region of Brazil, after serotype DENV-4 entry in 2011, for the

first time in the region, in 2013, there was a major epidemic which registered more than

10% of the cases in Brazil, more often DENV -4 followed by DENV-1. In this scenario,

a study was conducted with the objective to characterize the clinical and molecular

profile of patients with dengue; establish if there were associations between clinical and

laboratory markers of severity with the infectious virus serotypes; and genetic

characterization of the more frequent virus serotype during the 2012/2013 dengue

epidemic in Goiânia, Goiás.

Methods: A prospective clinical study with suspected dengue patients from eight

reference health units (five public, two hospitals and three of secondary level; and three

private hospitals) from January 2012 to July 2013 was conducted. The patients were

evaluated in three different moments by clinicians who collected clinical and

sociodemographic information. Blood sampling for laboratory testing (Hg, AST, and

ALT) and confirmatory tests for dengue infection (IgM, IgG, NS1, and RT-PCR) were

performed. The gene sequencing of dengue virus type 4 envelope was also carried out.

Patients with confirmation of dengue infection were classified according to clinical

signs according to the World Health Organization.

Principal findings: Six hundred and fifty patients were recruited; 18 were excluded,

and 632 were followed. Four hundred fifty-two patients (71.5%) had confirmed

infection and 112 (24.8%) were hospitalized. More than 90% were over 15 years of age,

and 235 were female (52.0%). In 328 patients, it was possible to classify the type of

infection, and 248 (75.6%) of these had a secondary infection. 188 (41.6%) were

classified as FD, 238 (52.6%) as DwC and 26 (5.8%) with DG. Compared to those aged

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

xvi

over 15 years, spontaneous bleeding, severe abdominal pain and plasma extravasation

were more frequent in children under 15 years of age (p <0.05). There was one death of

a 16-year-old. During two years of follow-up, viral RNA was identified in 243 (40.5%)

of 600 patients evaluated in these tests, where the four serotypes were identified: 91

(37.4%) with DENV-1, 4 (1.6%) with DENV-2, 13 (5.3%) with DENV-3 and 135

(55.5%) with DENV-4. A higher frequency of some symptoms of severity was observed

(thrombocytopenia, spontaneous bleeding and severe abdominal pain) in DENV-1

serotype compared to DENV-4. Eighty percent of patients with DENV-4 had a

secondary infection. In the phylogenetic study of DENV-4 envelope gene, genotype II

was identified.

Conclusion: The present study described clinically and molecularly a large dengue

epidemic that occurred in a state of Brazil's Central Region, which revealed the

concurrent circulation of the four serotypes, the frequency of clinical signs of disease

severity in children aged under 15 years and in people with DENV-1 infection. It also

identified the current genotype of the most common serotype in the epidemic. These

findings should serve as a warning sign for the health authorities because we are

experiencing a significant dispersion of serotypes situation worldwide.

Keywords: Dengue, Secondary Infection, Severe Dengue, Sequencing, Dengue Type 4.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

17

1 INTRODUÇÃO / REVISÃO DA LITERATURA

1.1 Epidemiologia da Dengue

A dengue é uma doença viral aguda causada por um vírus do gênero Flavivirus da

família Flaviviridae e transmitida por meio da picada do mosquito infectado do gênero Aedes,

sendo o Aedes (Stegomyia) aegypti o vetor principal. Existem quatro sorotipos virais

conhecidos DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, todos capazes de causar doenças, que

variam desde infecções assintomáticas ou oligossintomáticas até formas mais graves, como a

febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue (FHD/SCD), que podem levar

o paciente a óbito (HALSTEAD, 2007; WHO, 2012a).

Os primeiros relatos de casos de dengue ocorreram na Ásia, África e América do

Norte no século XIII, no entanto há registros dos sintomas compatíveis com a dengue em 992

A.C. na China (GUBLER, 2006). Durante século XIII e XIX a febre da dengue foi

considerada uma doença não fatal e ocasional, com epidemias dispersa e intercaladas por

longos períodos silenciosos, de 10 a 40 anos (WILDER-SMITH; GUBLER, 2008). No

entanto, depois da II Guerra Mundial, intensificou-se a dengue na Ásia, expandindo-se para o

Pacífico e para as Américas (GUBLER, 2011).

A partir da metade do século XX, a dengue passou a ser a arbovirose mais frequente

no mundo, principalmente nos países tropicais e sub-tropicais, onde o clima e os hábitos

urbanos criam as condições que favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes

aegypti, isso aconteceu, principalmente, pelo rápido crescimento do comércio e urbanização

(GUBLER, 2011).

Atualmente a dengue é endêmica em 128 países e está presente em quase todos os

continentes (BRADY et al., 2012a; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). Nessas

áreas vivem cerca de 3,97 bilhões de pessoas que estão sob o risco de serem infectadas pelos

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

18

vírus da dengue. Estima-se que mais de 390 milhões de pessoas contraem a dengue todos os

anos (BHATT et al., 2013; BRADY et al., 2012b).

Na Ásia, a primeira epidemia de FHD foi registrada nas Filipinas, no entanto, a doença

logo se espalhou para os países vizinhos tornando-se um grave problema de saúde pública,

principalmente no sudeste asiático, onde há a circulação dos quatros sorotipos com alta

endemicidade e letalidade afetando, predominantemente, crianças. (CHAREONSOOK et al.,

1999; WERE, 2012). Cerca de 75% da população exposta ao risco de contrair dengue vivem

nesta região, em 10 países, sendo uma das principais causas de internação e morte em

crianças. A taxa de dengue grave é 18 vezes maior que nas Américas (WHO, 2011).

No continente africano o sistema de vigilância de dengue para a para a OMS é muito

precário, mesmo assim têm 34 países com transmissão endêmica, com surtos causados pelos 4

sorotipos, da África Oriental e estima-se que cerca de 64 milhões de pessoas são infectadas

pelo vírus da dengue (AMARASINGHE et al., 2011; BHATT et al., 2013; WERE, 2012).

As primeiras epidemias de dengue nas Américas ocorreram no século XIX, no Golfo

do México e Caribe. Do inicio do século XX até 1970 aconteceram epidemias no sul dos

Estados Unidos, alguns países do Caribe e da América Central, Panamá, Bermudas, Cuba,

Porto Rico, Venezuela, Jamaica e Porto Rico. Este período foi caracterizado pelos primeiros

casos com manifestações hemorrágicas e o primeiro relato de isolamento do vírus DENV-2,

em Trinidad e Tobago (ANDERSON; DOWNS; HILL, 1956; BRATHWAITE DICK et al.,

2012). A partir da década de 1970 a dengue causou grandes epidemias neste continente,

destacando-se a ocorrida em Cuba em 1981com cerca de 300 000 casos de dengue dos quais

10 000 casos de febre hemorrágica da dengue com 158 casos fatais, sendo 101 em crianças

(KOURI et al., 1989).

As décadas de 1980 e 1990 caracterizam-se pela expansão do A. aegypti, co-circulação

de múltiplos sorotipos e aumento de casos de FHD (GUBLER, 1987; PINHEIROA;

CORBERB, 1997). Nos anos 2000 até 2010 houve um aumento muito grande dos casos de

dengue, principalmente nos países Sul Americanos, com a circulação de todos os sorotipos.

Neste período, foram detectadas duas epidemias pan-americana, uma em 2002 e outra em

2010, quando mais de 8 milhões de casos de dengue foram notificados nas Américas

(BRATHWAITE DICK et al., 2012; GUZMAN, 2003; SAN MARTÍN et al., 2010).

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

19

No Brasil até 1980 há registros de 6 epidemias de dengue, em 1846, 1848, 1851, 1853,

1916 e 1923. Em decorrência do combate vetorial para erradicação da febre amarela urbana, a

dengue esteve sob controle, praticamente, até o inicio da década de 1980 (PINHEIRO;

CORBER, 1997). O vetor principal da dengue o A. aegypti foi considerado como erradicado

de 1957 até 1967 e, novamente, de 1973 a 1976. Após esse período, houve uma expansão

progressiva do vetor, pelo território nacional. (FIGUEIREDO, 2000; PENNA, 2003).

A primeira epidemia, documentada clínica e laboratorialmente, ocorrida no Brasil foi

causada pelos sorotipos DENV-1 e DENV-4 em Boa Vista-Roraíma, de 1981 a 1982, na qual

12.000 pessoas foram infectadas (OSANAI et al., 1983). Em 1986, ocorreu uma epidemia de

grande magnitude no Rio de Janeiro, causada pelo sorotipo DENV-1, estendendo-se para os

estados do Ceará e Alagoas. Um ano após, a dengue foi detectada nos estados da Bahia,

Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo. Nessa ocasião, as ações de combate ao A. aegypti

foram intensificadas, porém a circulação viral não foi interrompida (SCHATZMAYR;

NOGUEIRA; ROSA, 1986).

Em 1990 foi detectado o sorotipo DENV-2, em Niterói, com surto de Febre

Hemorrágica da Dengue, com 1.316 notificações, 462 casos confirmados laboratorialmente e

oito óbitos (NOGUEIRA et al., 1990). Nos dois primeiros anos da década de 1990, a doença

manteve-se, quase que inteiramente, restrita aos estados citados anteriormente, acrescentando-

se poucas notificações oriundas do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul (SIQUEIRA et al.,

2005).

A dengue passou a ser considerada endêmica no Brasil a partir de 1980, mas só atingiu

a condição de grave problema de saúde pública, em 1996, quando o número de infectados

passou de 56.621 para 180.392. Os vírus DENV-1 e DENV-2 foram, rapidamente,

disseminados em muitas outras cidades de grande e médio porte, intensamente infestadas pelo

A. Aegypti e epidemias foram se sucedendo no território brasileiro (TADEU; FIGUEIREDO,

2003). Cabe destacar a gravidade da epidemia de 1994 no Ceará, com 47.221 notificações e

uma taxa de incidência de 711,88 por 100 mil habitantes. Foram registrados 185 casos

suspeitos de dengue hemorrágica com 12 óbitos (VASCONCELOS et al., 1995).

Em 1998, o sorotipo DENV-3 foi identificado no Brasil em um paciente que havia

viajado para Nicarágua, mas a entrada do sorotipo 3, de forma autóctone, foi em 2000

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

20

(NOGUEIRA et al., 2001; ROCCO; KAVAKAMA; SANTOS, 1998). No total, o número de

notificações acumuladas no período de 1981 a 1998 ultrapassou mais de um milhão e meio de

indivíduos (SIQUEIRA et al., 2005). Entre 1990 e 1999 foram notificados 888 casos de

dengue hemorrágica com 39 óbitos, com letalidade média de 4,5%, no Brasil (BRASIL,

2014a).

De 2000 a 2010 houveram 3 grandes epidemias, em 2002 com mais de 900.000 casos

notificados, com predomínio do DENV-3 e aumento dos casos graves. No ano de 2008 foram

notificados mais de 919.000 casos marcando a reintrodução do DENV-2 e aumento de casos

graves em crianças. Em 2010 foram notificados mais de 1.300.000 casos com predomínio de

DENV-1 e óbitos, sobretudo em pacientes de dengue com comorbidades prévias. (SIQUEIRA

JUNIOR et al., 2011; TEIXEIRA et al., 2013).

Este período marca a difusão da doença para todas as unidades federados do país

cidades pequenas e a reentrada do sorotipo DENV-4 em Roraima (TEMPORAO et al., 2011).

De 2011 a 2014 o Sistema Nacional de Agravos e Notificação (SINAN) notificou mais de

4,38 milhões de casos suspeitos de dengue representando 61,7% dos casos notificados pelos

países do continente americano. Neste mesmo período houve 930 óbitos confirmados. No ano

de 2013 ocorreram mais de 1,4 milhão de casos prováveis de dengue, com circulação

concomitante dos 4 sorotipos virais (BRASIL, 2015; PAHO, 2015).

Os primeiros casos de dengue no estado de Goiás ocorreram em 1994 na capital

Goiânia dando origem a primeira epidemia, com 3.500 casos notificados. Em anos

subsequentes os casos de dengue foram registrados em diversos municípios, mas com maior

incidência da doença na região metropolitana. Inicialmente detectou-se a introdução do

sorotipo DENV-1 com circulação concomitante do DENV-2, a partir de 1998. Em 2002

houve a segunda epidemia em Goiânia com mais de 17.000 casos notificados. Em 2003 o

LACEN – GO identificou o DENV-3 que predominou até 2008. Neste mesmo ano voltou a

circular o DENV-2, mas em níveis menores que o DENV-3, na terceira epidemia de Goiânia.

Neste período houve o aumento de casos graves e óbitos, sendo 17% dos casos graves em

crianças, com uma letalidade de 7,4% nesta faixa etária. (FERES et al., 2006; MACIEL;

SIQUEIRA JÚNIOR; TURCHI MARTELLI, 2008; ROCHA, 2008; SIQUEIRA et al., 2005).

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

21

Em 2009 houve a recirculação do sorotipo DENV-1, em 2010 teve a 4º epidemia, em

Goiânia. No ano de 2011 ocorreram os primeiros casos de dengue pelo sorotipo DENV-4 e

em 2013 aconteceu a maior epidemia de dengue do estado com 163.808 casos e 65 óbitos

confirmados (GOIÁS, 2013; TEIXEIRA et al., 2013). Nos anos de 2010 a 2014 o estado

registrou 472.186 casos suspeitos de dengue com 367 óbitos (BRASIL, 2015; GOIÁS, 2013).

Já a capital do estado de Goiás, Goiânia, nos anos de 2011 a 2014 notificou mais de

40% dos casos prováveis de dengue, com 88 óbitos. Só no ano de 2013 foram 58.354 casos

notificados com um incidência de 4.187 por 100.000 habitantes e circulação concomitante dos

4 sorotipos (GOIÁS, 2013, 2015).

1.2. Agente Etiológico

Os vírus dengue são arbovírus transmitidos por mosquitos do gênero Aedes e

pertencem a família Flaviviridae, do gênero Flavivirus. Este inclui 80 espécies em 9 grupos

sorologicamente relacionados (7 transmitidos por mosquitos, 2 por carrapatos e três sem

vetores conhecidos) e um grupo de vírus que não se classifica dentro desses grupos por meio

da técnica de neutralização, incluindo o vírus da febre amarela. Existem quatro sorotipos e

dezesseis subtipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4 (ICTV, 2013). Sendo

que cada um possui variações genéticas dando origem a sub-tipos.

Eles são vírus esféricos, envelopados com um diâmetro de aproximadamente 40-60

nm e uma fita única de RNA de polaridade positiva com cerca de 11kb, possuindo dez genes

que se apresentam na seguinte ordem: 5’-C-PreM-E-NS1-ns2a-ns2b-NS3-ns4a-ns4b-NS5-3’.

Cada um desses genes codifica proteínas do mesmo nome: três estruturais (E, M e C) e sete

não estruturais (NS1, NS2a e NS2b, NS3, NS4a e NS4b, e NS5) O RNA viral é envolto por

um nucleocapsídio com uma simetria isocaédrica, constituída pela proteína C, rodeada por

uma camada lipídica dupla associada com as proteínas de membrana (M) e do envelope (E)

(CHAMBERS et al., 1990; GUBLER, 1998; MENDEZ et al., 2010; OSMAN; FONG;

SEKARAN, 2009).

1.2.1 Genótipos

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

22

O vírus dengue por ter RNA como material genético e neste tipo de genoma não existe

enzimas de reparação como no genoma DNA, com isso os vírus RNA sofrem muito mais

mutações. A alta taxa de mutação que ocorre nesses genomas favorece o aparecimento de

populações que apresentam significativas diferenças em seus genomas, e multiplicam-se

aqueles que melhor se adaptam às condições do hospedeiro (TWIDDY; HOLMES;

RAMBAUT, 2003).

Estudo de sequenciamento genético da região E/NS1 dos DENV-1 e DENV-2

realizado por Rico-Hesse tem sido utilizado para medir a diversidade genética e para

identificar alguns genótipos distintos. Arbitrariamente, foi definido como genótipos distintos,

o grupo de vírus que possui uma taxa de aproximadamente 6% de divergência em suas

sequências nucleotídicas (RICO-HESSE, 1990b).

Com o avanço da tecnologia de sequenciamento permitiu a utilização de genes ou

genomas completos na obtenção filogenias mais robustas e precisas ao longo desses anos

(CHEN; VASILAKIS, 2011). A partir disso houve um aumento na realização de

sequenciamento dos genes do vírus dengue, possibilitando novas propostas de classificação

dos genótipos.

Em 2003 Rico-Hesse, baseada no seqüenciamento do gene do envelope, classificou os

genótipos dos quatros sorotipos da seguinte forma: DENV-1 (Tailândia; Ásia; Pacífico Sul;

Américas/África; Malásia); DENV-2 (Malásia/Índia Subcontinental; Sudeste da Ásia;

Américas; Oeste da África); DENV-3 (Sudeste da Ásia/Pacífico Sul; Tailândia; Índia

Subcontinental; Américas) e DENV-4 (Indonésia; Sudeste da Ásia; Malásia) (RICO-HESSE,

2003).

Em 2011 Chen e Vasilakis utilizando sequências do gene da proteína do envelope

disponíveis no GenBank reclassificaram os genótipos dos quatros sorotipos virais de acordo

com a região geográfica de origem (Figura 1) (CHEN; VASILAKIS, 2011).

Quadro 1. Classificação dos genótpos por sorotipo dos DENV e origem das cepas,

segundo Chen e Vasilakis 2011.

Sorotipo Genótipos Origem das Cepas

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

23

DENV-1

Genótipo I

Sudeste Asiático

China, Japão, Korea e Índia

Oriente Médio (Árabia Saudita)

Genótipo II Tailândia (1963)

Genótipo III (Silvetre?) Malásia (1972 e 2005)

Genótipo IV

Austrália e Ilhas do Pacífico

Sudeste Asiático

Ilhas do Oceano Índico

Polinésia Francesa e Havaí

Chile

Filipinas

Japão e Korea

Caribe

Genótipo V

América do Sul

Caribe e América Central

Oeste da África

Ásia

DENV-2

Sudeste Asiático/ Americano

Caribe e América Central

América do Sul

Sudeste Asiático

Asiático I

Sudeste Asiático

América do Sul

Caribe e América Central

Ilhas do Pacífico

Asiático II

Sudeste Asiático

Austrália

Japão

Cosmopolita

Sudeste Asiático

Austrália e Ilhas do Pacífico

China

Filipinas

Oeste da África

Árabia Saudita

Sul da Ásia

Americano

América Central e Caribe

América do Sul

Ilhas do Pacífico

Indonésia

Silvestre

Cepas de humanos, mosquitos e primatas

não humanos do Oeste da África e Sudeste

Asiático

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

24

DENV-3

Genótipo I Sudeste Asiático

Ílhas do Pacífico

Genótipo II

Ílhas do Pacífico

Sudeste Asiático

China e Taiwan

Genótipo III

Caribe e América Central

América do Sul

China, Japão, Índia e Srilanka

Oriente Médio (Árabia Saudita)

Genótipo IV Porto Rico

Taiti

Genótipo V

Brasil

China, Japão

Filipinas (1956)

DENV-4

Genótipo I China, Índia e Srilanka

Sudeste Asiático

Genótipo II

América do Sul

América Central e Caribe

Estados Unidos

Ilhas do Pacífico

Sudeste Asiático

Genótipo III Thailândia

Silvestre Malásia(1973-1975)

Estudo realizado por Yamashita (2013), de revisão da database dos genótipos de

dengue, utilizando apenas genes do envelope, definiu que atualmente são cinco a seis

genótipos dentro de cada um dos quatro sorotipos: Cinco (I-V) genótipos em DENV-1, sendo

que Brasil circula o genótipo V (CARNEIRO et al., 2012a; GONCALVEZ et al., 2002b). Seis

genótipos (asiático I, asiático II, asiático-americano, cosmopolita, silvestres e americano)

DENV-2, circulando no Brasil o asiático-americano (AÑEZ; MORALES-BETOULLE;

RIOS, 2011; BONA; TWERDOCHLIB; NAVARRO-SILVA, 2012; TWIDDY et al., 2002a).

Cinco (I-V) genótipos em DENV-3 e no Brasil circula o III (DE ARAÚJO et al., 2012;

LANCIOTTI et al., 1994; WITTKE et al., 2002a). Cinco genótipos (I, IIA, IIB, III e silvestre)

em DENV-4. Em 2010 foi identificado o genótipo II e em 2012 o genótipo III circulando no

Brasil (ABUBAKAR; WONG; CHAN, 2002; NUNES et al., 2012; TEMPORAO et al.,

2011).

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

25

Como podemos observar não existe um consenso na classificação dos genótipos como

tem nos sorotipos, no entanto a classificação mais utilizada nos dias atuais é proposta por

Chen e Vasilakis 2011 (SILVA, 2013).

Todos os 4 sorotipos sofreram mutações independente da época e localização

geográfica, e todos podem ser diferenciados sorologicamente e bioquimicamente

(GONCALVEZ et al., 2002b; LANCIOTTI; GUBLER; TRENT, 1997).

Já epidemiologicamente, esses vírus dengue podem ser classificados em baixo, médio

ou alto impacto, onde esses genótipos podem apresentar baixa transmissbilidade em seres

humanos ou estar associado a doença grave como FHD/SCD. As análises filogenéticas e

epidemiológicas sugerem que os genótipos mais virulentos estão substituindo aqueles de

menor impacto epidemiológico (LEITMEYER et al., 1999a; RICO-HESSE, 2003).

No estado de Goiás estudo de filogenia do DENV-3 mostrou a presença do genótipo

III e que apresentou uma alta similaridade com cepas do Rio de Janeiro de pacientes com a

SCD, no entanto o estudo em questão não observou associação entre o genótipo e a gravidade

da doença (FERES, 2008).

No entanto, a evolução molecular tem apresentado um grande impacto na virulência

para o homem e na epidemiologia da doença em todo o mundo. O monitoramento do

deslocamento dos vírus é um fator importante para o conhecimento epidemiológico da

doença. O mapeamento das epidemias constitui outro valioso elemento de investigação,

permitindo identificar os caminhos prováveis dos vírus dengue e a sua relação com as

diversas epidemias (RICO-HESSE, 2009).

1.3. Patologia e Patogênese

A dengue pode variar da forma assintomática ou oligossintomática até a forma mais

grave, com a síndrome do choque da dengue. A febre clássica da dengue é auto-limitada e se

caracteriza por: febre, cefaléia, mialgia, artralgia, dor abdominal e dor retrorbital e podendo

ter exantema, diarréia e vômitos. Pacientes que desenvolvem a forma mais grave da doença,

podem manifestar hemoconcentração, derrames cavitários e trombocitopenia, que podem

resultar em choque. Além disso, alguns casos em que não se enquadram na forma mais branda

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

26

e nem nas mais graves da doença são classificados como uma forma intermediária (DCSA),

que é caracterizada por dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdomen;

vômitos persistentes; acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdico);

sangramento de mucosas; letargia ou irritabilidade; hipotensão postural (lipotímia);

hepatomegalia maior do que 2 cm; aumento progressivo do hematócrito (BRADY et al.,

2012a; BRASIL, 2013, 2014b).

Os sintomas gerais da dengue, geralmente, surgem após período de incubação de 3 a

14 dias (média de 5 a 8 dias), coincidindo com a viremia. No entanto, técnicas de biologia

molecular, evidenciaram viremias mais prolongadas, mesmo no período defervescência, em

pacientes com formas mais graves. A febre tende a desaparecer após uma resposta vigorosa

do sistema imune ao vírus (GUILARDE et al., 2008; NARAYANAN et al., 2002; WANG et

al., 2003).

A infecção pelo vírus da dengue gera imunidade longa para a reinfecção sorotipo

específico, no entanto para reinfecção de sorotipo diferente a proteção é temporária e parcial,

com isso pode ter infecções sequenciais (LIBRATY et al., 2002).

Monócitos circulantes e células dendríticas têm sido considerados como as principais

células alvo para a replicação viral do Dengue. Os vírus ativam as células alvo, induzindo a

liberação de monocinas, derivados do ácido aracdônico, óxido nítrico, etc. Citocinas pró-

inflamatórias, TNF-a e IL-1 e IL-6 têm sido encontradas em pacientes com dengue na Ásia, e

também no Brasil , e seus níveis circulantes têm correlação com as manifestações

hemorrágicas e uma maior incidência de dengue hemorrágico (SENEVIRATNE;

MALAVIGE; DE SILVA, 2006).

Por um lado, citocinas produzidas e secretadas por macrófagos ativados desempenham

um papel importante no mecanismo de defesa contra infecções virais, inibindo a replicação

viral direta ou indiretamente, entre elas, IFN, TNF-a, IL-1b. Mas por outro lado, o TNF-a

induz IFN-g e outras citocinas, aumentando inflamação, fagocitose e atividade T citotóxica.

TNF-a, IL-1b e H2O2 e outros mediadores inflamatórios agem sobre as células endoteliais,

aumentando a expressão de várias moléculas de adesão tais como ICAM-1,VCAM-1, E- e P-

selectina, essenciais para iniciar o processo de extravasamento plasmático, que por sua vez é

fundamental para a gravidade da doença (MONGKOLSAPAYA et al., 2003).

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

27

Alguns estudos epidemiológicos mostram que após a entrada de um segundo sorotipo

viral numa região há o aparecimento de casos mais graves como a FHD (SAN MARTÍN et

al., 2010). No Brasil, os primeiros casos de FHD ocorreram na introdução do DENV-2 em

1990, época em que o DENV-1 já circulava há 4 anos (NOGUEIRA et al., 1991). Apesar de

estudos demonstrarem que há uma maior porcentagem de casos graves em pacientes

infectados pela segunda vez, a dengue pode evoluir para casos graves, como FHD e

encefalites e outras em infecções comprovadamente primárias (GUILARDE et al., 2008;

MARTÍNEZ et al., 1993; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). Postula-se assim,

que os mecanismos induzidos pela resposta heteróloga secundária deva ter um papel

importante na gravidade ou exacerbação da doença (HALSTEAD, 1988a).

Diferentes teorias são descritas para explicar formas graves da infecção pelo vírus

dengue.

a) Infecção sequencial por sorotipos diferentes. A segunda forma de resposta imune

ao vírus da dengue é paradoxal, ou seja, prejudica o hospedeiro infectado e é responsável pela

imunopatologia da forma grave da dengue (HALSTEAD, 1988a). Essa resposta imune pode

ser observada em dois grupos de indivíduos: acima de um ano de idade com uma segunda

infecção por dengue (mais de 90% dos casos) e crianças, menores de um ano, infectadas pela

primeira vez, filhos de mães possuidoras de anticorpos para dengue (GUZMAN et al., 1984;

HALSTEAD et al., 2002).

Observa-se que, nos casos de infecção sequencial pelas formas graves de dengue, os

anticorpos preexistentes, obtidos quando da infecção prévia por outro tipo viral, não

neutralizam o segundo vírus infectante de tipo diferente e amplificam a infecção, facilitando

ao novo tipo infectante a penetração em macrófagos. Os vírus utilizam a porção Fc dos

anticorpos ligados ao envelope para a ligação com os receptores de membrana Fcg, presentes

na membrana celular macrofágica. Trata-se do fenômeno de facilitação por anticorpos da

penetração viral em macrófagos (antibody dependent enhancement - ADE) (HALSTEAD,

1988b; LEITMEYER et al., 1999a). O segundo grupo de pacientes de risco para dengue grave

são lactentes que receberam, intra-útero, anticorpos maternos contra dengue. Com o passar de

meses, tais anticorpos, que apresentam queda paulatina, atingem níveis subneutralizantes. No

caso de infecção desses lactentes pelo sorotipo de vírus diferente que causou a infecção

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

28

materna e, na presença dos anticorpos subneutralizantes, ocorreria ADE, e os pacientes

desenvolveriam as formas mais grave da doença (HAMMOND et al., 2005; MARTÍNEZ et

al., 1993).

b) Fatores próprios do hospedeiro: É muito provável que polimorfismos de genes

relacionados com o sistema imunológico determinem o curso da infecção por dengue e sua

gravidade. Na epidemia cubana de 1981, observou-se o maior número de casos em brancos e

relacionou-se ainda a anemia falciforme, diabetes melitus e asma brônquica como fatores de

risco. Também, fatores genéticos como o haplotipo HLA relacionam-se à gravidade dos casos

(CHEN et al., 2015; SIERRA et al., 2007). Estudos realizados no sudeste asiático e no caribe

mostram relação, estatisticamente significante, entre regiões específicas do HLA, que

codificam alguns receptores celulares ou moléculas que reconhecem antígenos e até mesmo

antígenos sanguíneos, como os do sistema ABO e plaquetário, pode estar associado a dengue

grave (STEPHENS, 2010).

c) A virulência da cepa de dengue infectante: Nos casos de infecção secundária, é

também reconhecida como provável fator determinante para o aparecimento do dengue

hemorrágico e sabe-se que FHD/SCD ocorre em freqüência desproporcionalmente mais alta,

quando a infecção é causada pelo tipo 2 (RICO-HESSE et al., 1998). Também, observa-se

nessas epidemias de dengue, agravamento clínico dos casos com a progressão do surto,

sugerindo um aumento da virulência do microorganismo após passagens sucessivas em seres

humanos. É provável que variações na virulência de distintas cepas virais possam contribuir

para a gravidade das infecções por dengue (NISALAK et al., 2003; ROSEN, 1977a). Uma

evidência disto foi o aparecimento do FHD/SCD nas Américas, apenas após a introdução,

nessa parte do mundo, de variantes específicas do sorotipo 2, originárias do sudeste asiático

(RICO-HESSE et al., 1998). A evolução genética do vírus poderia resultar em variações

virulentas dentro dos sorotipos virais de dengue, que poderiam ser responsáveis pela

variabilidade na expressão clínica da doença, determinando o maior ou menor potencial

epidêmico de FHD/SCD. Entretanto, não foram descritas até o momento mutações específicas

claramente associadas a quadros de FHD/SCD (CHUNGUE et al., 1995; LANCIOTTI et al.,

1994).

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

29

Entretanto, uma outra teoria proposta por Kouri et al., (1987) reconhece que as duas

primeiras não explicam de forma isolada os eventos epidemiológicos que vêm ocorrendo no

mundo e propõe uma teoria integral de multicasualidade, onde há integração de vários fatores

de risco como: individuais – idade, sexo, raça, estado nutricional, preexistência de

enfermidades crônicas e presença de anticorpos. Esses são fatores predisponentes que fazem

com que a doença seja mais frequente em certos grupos de idade ou raça, no entanto a

presença de anticorpos é o principal fator individual, mas não é o único; epidemiológicos –

imunidade de grupo, competência e densidade vetorial, intensidade da circulação viral e

intervalo de tempo entre as infecções por diferentes sorotipos, e os fatores virais – virulência

da cepa circulante, sorotipos virais envolvidos em cada epidemia. Geralmente os fatores

epidemiológicos e virais são determinantes para uma epidemia (GUZMÁN et al., 2002;

KOURI; GUZMÁN; BRAVO, 1987).

Figura 2. Hipótese integral para febre hemorrágica da dengue

Fonte: Adaptada de: Guzman El al 1995

1.4. Quadro clínico

As infecções pelos vírus da dengue podem ser assintomáticas ou produzir febre não

diferenciada, febre da dengue ou febre hemorrágico da dengue ou síndrome do choque da

dengue (BRADY et al., 2012a). A maioria das pessoas infectadas pelo vírus da dengue são

assintomáticas e uma pequena parcela apresenta uma febre indiferenciada. Um número

menor de doentes pode evoluir para formas mais grave, podendo evoluir para óbito

(SHEPARD et al., 2004; WHO, 2012b).

Muitas epidemias de dengue são acompanhadas por complicações que envolvem

sangramentos, tais como epistaxe, sangramento gengival, sangramento gastrointestinal,

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

30

hematúria e metrorragia (FAGBAMI et al., 1995). Em alguns poucos casos, um sangramento

singularmente severo pode levar o paciente a óbito. No entanto, a principal causa de choque

nos pacientes com dengue grave não são as hemorragias espontâneas e sim o extravasamento

de plasma (PAN; CHOW, 1984).

Os casos típicos de dengue nas formas mais graves apresentam as seguintes

manifestações clínicas: febre alta, fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia, frequentemente,

insuficiência circulatória (BRADY et al., 2012a; TRISTÃO-SÁ et al., 2012). Um achado

laboratorial importante é a trombocitopenia de moderada a acentuada com hemoconcentração

intercorrente (DE PINA et al., 1995; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).

Os pacientes geralmente desenvolvem febre alta de inicio súbito. Esta fase febril

aguda normalmente dura 2-7 dias e é muitas vezes acompanhada de mialgia, artralgia, dor de

cabeça e dor retroorbital (BRASIL, 2013; RIGAU-PÉREZ et al., 1998). Esses sintomas

podem vir acompanhados de perda de apetite, náuseas, vômitos e diarréia e em 50% dos casos

pode aparecer exantema máculo-papular (BRASIL, 2013; BRITO; LUCENA-SILVA;

GOMES, 2007; KALAYANAROOJ et al., 1997). As petéquias, epistaxe e o sangramento de

gengiva são menos comuns. Ocasionalmente ocorre hemorragia gastrointestinal moderada

(GOMBER et al., 2001; SEIJO; CERNIGOI; DEODATO, 2001).

Entre o terceiro e o sétimo dia do inicio de doença, quando ocorre a defervescência,

podem surgir sinais e sintomas como vômitos importantes e frequentes, dor abdominal intensa

e continua, hepatomegalia dolorosa, desconforto respiratório, sonolência ou irritabilidade

excessiva, hipotermia, sangramento de mucosas, diminuição da sudorese e derrames

cavitários (BRASIL, 2013; GUILARDE et al., 2008). Neste período ocorre, também, um

aumento na permeabilidade capilar com o aumento dos níveis de hematócrito, leucopenia

progressiva, seguida por uma rápida redução no número de plaquetas, marcando a fase crítica

(KALAYANAROOJ et al., 1997; SRIKIATKHACHORN et al., 2007).

Em casos graves, após poucos dias de febre, o estado do paciente se deteriora

repentinamente e pode apresentar derrames de plasma que pode levar ao choque (choque da

dengue), hemorragia grave, grave disfunção de órgãos. Quando da queda da temperatura

corpórea, ou logo após a mesma, entre o terceiro e sétimo dia de doença, surgem sinais de

insuficiência circulatória: pele fria, manchada e congestionada, cianose periférica e

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

31

taquisfigmia (NAVARRETE-ESPINOSA et al., 2005). Embora alguns pacientes possam

parecer letárgicos, tornam-se inquietos e rapidamente passam para o estágio crítico do

choque. As dores abdominais agudas são queixas frequentes logo antes do início do choque

(NIMMANNITYA, 1987; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).

A convalescença dos pacientes com dengue grave, com ou sem choque, é de curta

duração e sem maiores problemas. Mesmo em caso de choque profundo, uma vez que este é

superado a recuperação do paciente pode ocorrer em 2 a 3 dias (BRADY et al., 2012a).

As formas graves da doença, também ocorrem com sinais de disfunção dos órgãos

como o coração, pulmão, fígado, rins e sistema nervoso central. Esses pacientes podem

apresentar insuficiência cardíaca e miocardite. Síndrome da angustia respiratória (SARA). A

insuficiência renal aguda é menos comum, geralmente cursa com pior prognóstico (BRASIL,

2013; WALI et al., 1998).

Alterações das enzimas hepáticas, de intensidade variada são frequentes em pacientes

com dengue e ocorre em 50% dos pacientes (HO et al., 2013; SOUZA et al., 2004). Em várias

ocasiões, tem-se observado insuficiência hepática, caracterizada por grande aumento dos

níveis séricos das aminotransferases e por necrose extensa dos hepatócitos (LING; WILDER-

SMITH; LEO, 2007; TRISTÃO-SÁ et al., 2012). Em alguns países do sudeste asiático, a

hepatite por vírus dengue em crianças, tem ultrapassado as hepatites causadas por vírus da

hepatite A (POOVORAWAN et al., 2006). Outro sistema que a dengue pode atingir é o

nervoso, podendo provocar convulsões, alteração de consciência, espasticidade muscular e

paresias transitórias, Síndrome Reye, Síndrome de Guillain-Barre. Os sintomas do SNC

podem surgir no decorrer do período febril ou, mais tardiamente, na convalescença (BRASIL,

2013; GUILARDE et al., 2008; LÚCIA; FERREIRA; CAVALCANTI, 2005; MISRA et al.,

2006; SOARES et al., 2008).

1.5. Diagnóstico Laboratorial

Os métodos de diagnóstico laboratorial para confirmar a infecção pelo vírus da dengue

podem envolver a detecção do vírus, ácidos nucleicos virais, antígenos ou anticorpos, ou uma

combinação destas técnicas. Após o início da doença, o vírus pode ser detectado no soro,

plasma, células do sangue e outros tecidos que circula por 4-5 dias. Durante a fase inicial da

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

32

doença, o isolamento de vírus, a detecção do ácido nucleico ou do antígeno podem ser

utilizadas para diagnosticar a infecção. No final da fase aguda da infecção, sorologia é o

método de escolha para o diagnóstico (GUZMÁN; KOURI, 2004; WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 2009).

a) Isolamento viral: O método de escolha para o isolamento viral do vírus dengue é a

inoculação em células C6/36 de esôfago do mosquito Aedes albopictus, no entanto outras

céluas podem ser usadas como a dos mosquitos Aedes pseudoscutellaris AP61 e linhagens de

células de mamíferos, incluindo as células Vero, células LLC-MK2 e células

BHK21(GUZMÁN; KOURÍ, 1996; YUNKER; CORY, 1975). Para o isolamento utilizamos

sangue ou outros fluidos corpóreos, geralmente, até o quinto dia após o inicio dos sintomas,

isto é fase virêmica. A identificação do sorotipo viral é realizada por técnica de

imunofluorescência indireta, aplicando-se anticorpos monoclonais específico para cada

sorotipo (HENCHAL et al., 1983). Outras técnicas estão descritas para o isolamento vírus:

inoculação em cérebros de ratos recém-nascidos, cultura em células de mamíferos, inoculação

intratorácica em mosquito adultos e inoculação em células de mosquito. (GUZMÁN; KOURÍ,

1996).

b) Detecção de antígenos virais: Uma das técnicas utilizadas para pesquisar antígeno

de dengue é imunohistoquímica, principalmente, para elucidação dos casos pós-morte.

(GUZMÁN; KOURI, 2004). Até recentemente, a detecção de antígenos de dengue no soro de

fase aguda era rara em pacientes com infecções secundárias. Novos testes de ELISA foram

desenvolvidos para o antígeno de envelope/ membrana (E/M) e a proteína não- estrutural 1

(NS1) e demonstraram que as concentrações elevadas destes na forma de complexos imunes

pode ser detectada em doentes com infecção por dengue primária e secundárias até nove dias

após o início da doença (DA COSTA; MARQUES-SILVA; MORELI, 2014;

KUMARASAMY et al., 2007b; SHU et al., 2003). Segundo alguns autores, a NS1 estaria

relacionada a formas mais grave da doença (KUMARASAMY et al., 2007b).

c) Teste de biologia molecular: Desde a década de 1990, vários ensaios de

transcriptase reversa seguida da reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) foram

desenvolvidos. Eles oferecem uma melhor sensibilidade, de 80% a 100%, em comparação

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

33

com o isolamento do vírus com um tempo de resposta muito mais rápida (WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 2009). Esses testes tornaram-se importantes ferramentas para o

diagnóstico de dengue, assim como para estudos de vigilância entomológica e de

epidemiologia molecular. Também mostraram-se úteis na pesquisa de patogenia e estudos de

vacinas além de detectarem infecções concorrentes por sorotipos diferentes (SHU; HUANG,

2004a).

Os ensaios “in-house” de RT-PCR usam diferentes genes como alvos e utilizam

diferentes procedimentos de amplificação. Todos os ensaios de detecção de ácidos nucleicos

envolvem a extração de ácidos nucleicos e de purificação, amplificação do ácido nucleico e

detecção e caracterização do produto amplificado. A extração e purificação de RNA viral a

partir da amostra podem ser feitos pelos métodos do fenol ou clorofórmio, mas existem kits

comerciais à base de sílica que são mais reprodutíveis e rápidos. Muitos laboratórios utilizam

o método de nested RT-PCR, com primers universais de dengue para a região C/prM do

genoma. O segundo passo é a amplificação, que é específica do sorotipo, para isso usa-se uma

combinação dos quatro primers oligonucleotídicos específicos do sorotipo em um único tubo

de reação (one step multiplex RT-PCR). Os produtos destas reações são separados por

eletroforese em gel de agarose, o qual permite que os sorotipos de dengue sejam separados

por tamanho do peso molecular (HARRIS et al., 1999; LANCIOTTI et al., 1992).

Outro teste de biologia molecular que vem sendo utilizado é o PCR em tempo real. É

um método que permite, a partir da titulação do vírus, quantificar em aproximadamente 1,5

horas (CHAO; DAVIS; CHANG, 2007; GUZMAN et al., 2010; MACKAY; ARDEN;

NITSCHE, 2002). Este é um sistema de ensaio de um passo utilizado para quantificar o RNA

viral e utilizando pares de primers e sondas que são específicas para cada sorotipo. O uso de

uma sonda fluorescente permite a detecção dos produtos da reação em tempo real, em uma

máquina de PCR especializada, sem a necessidade de eletroforese. Muitos ensaios de RT-

PCR em tempo real foram desenvolvidos utilizando as tecnologias de TaqMan ou SYBR

green. O TaqMan PCR em tempo real é altamente específico, devido à hibridização de

sequência específica da sonda. O SYBR green de RT-PCR em tempo real tem a vantagem da

simplicidade de desenho de primers e utiliza protocolos de RT-PCR universal, mas é

teoricamente menos específico (HARRIS et al., 1999). Os ensaios de RT-PCR em tempo real

podem ser "singleplex" (detecta um sorotipo por vez) ou "multiplex" (detecta os quatros

sorotipos de uma vez). Os ensaios multiplex tem a vantagem de que uma única reação pode

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

34

determinar todos os quatro sorotipos, sem a possibilidade de introdução de contaminação

durante a manipulação da amostra. No entanto, são menos sensíveis do que ensaios de nested

RT-PCR (HARRIS et al., 1999).

d) Sorologia: Quando uma infecção de dengue ocorre em indivíduos que tenham

sofrido uma infecção de dengue anterior, uma resposta imunitária secundária ocorre, o que

gera níveis elevados de IgG por meio da estimulação de células B de memória a partir da

infecção anterior, bem como uma resposta de IgM para a infecção atual (GUZMAN et al.,

2010). Por meio das técnicas de sorologias podemos diagnosticar infecção aguda, infecção

prévia, re-infecção e até sorotipagem dos vírus da dengue e também podemos fazer inquéritos

soroepidemiológicos e observar a distribuição dos sorotipos na população (GUZMÁN;

KOURÍ, 1996). Uns dos testes mais utilizado é o de captura de IgM MAC-ELISA, este utiliza

uma mistura de quatro antígenos de dengue (geralmente derivados a partir de sobrenadantes

de cultura de células infectadas com vírus de dengue) e apresenta um ótima sensibilidade e

especificidade, quando comparado à inibição da hemoaglutinação que é uma técnica que

detecta infecção primária a partir do quinto dia de doença e infecção secundária por meio da

comparação dos títulos das amostras colhidas na fase aguda e outra colhida na fase de

convalescença (CARDOSA et al., 1992; SA-NGASANG et al., 2003). O teste de ELISA de

IgG que detecta anticorpos específicos para dengue pode ser usado para confirmar a infecção

por dengue em soros emparelhados, mas também é amplamente utilizado para classificar as

infecções primárias ou secundárias . Alguns protocolos usam diluições de soro ao título IgG

específicos de dengue e outros usam a proporção de IgM para IgG para classificar em dengue

secundária (DE SOUZA et al., 2004; SHU et al., 2003). Outro método sorológico utilizado

para determinar infecção secundária é a soro neutralização, além de ser bastante útil para

determinar os sorotipos virais em inquéritos soroepidemiológicos e para estudos de vacinas

(GUZMÁN; KOURI, 2004).

1.6. Vacinas para dengue

A OMS tem considerado como prioridade o desenvolvimento de uma vacina eficiente

e segura contra o vírus da dengue (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

35

Um mecanismo imunológico primário que confere proteção contra a dengue e de

neutralização do vírus por meio de anticorpos e todos que estão pesquisando a produção de

uma vacina para dengue, atualmente, visam obter altos níveis de anticorpos neutralizantes

(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). Uma vacina ideal para dengue deveria

cumprir as seguintes exigências: promover imunização prolongada contra os quatro tipos de

vírus da dengue, não causar o fenômeno de facilitação, por anticorpos, da penetração viral em

macrófagos (antibody dependent enhancement - ADE); que não inicia o mecanismo

fisiopatológico responsável pela dengue grave; ter baixo custo; ter baixa toxidade

(principalmente neuro e hepatotoxidade) (WHITEHEAD et al., 2007).

No entanto, ainda há vários obstáculos para o desenvolvimento de vacinas contra

dengue. Uma delas é que a patogênese não é totalmente compreendida. Outro é a falta de

modelos animais apropriados. O DENV pode infectar primatas não-humanos, mas não replica

bem nesses animais. Em geral, os “ratinhos” imunocompetentes são os modelos mais

adequados para testar a imunogenicidade de uma vacina, mas o DENV, também não replica

bem nesses. O recente progresso tem sido feito usando a modelagem de camundongos

transgênicos (WAN et al., 2013).

Embora nenhuma licença para vacina contra a dengue ainda não esta disponível,

vários candidatos a vacinas estão em desenvolvimento. Incluindo vacinas de vírus vivos

atenuados, vírus vivo quiméricos, vírus vivo inativadose de subunidades de DNA

recombinante (MURRELL; WU; BUTLER, 2011). Vacinas de vírus vivos avançaram para

ensaios clínicos, mas têm demonstrado problemas, como a imunogenicidade diferente dos

quatro sorotipos e interferência viral entre eles nas formulações tetravalentes. Vacinas não-

virais, também têm sido propostas e desenvolvidas por razões de segurança. Isto inclui as

vacinas de subunidades virais, principalmente, da proteína E ou os seus derivados. No

entanto, a dificuldade de induzir níveis equilibrados de neutralização para cada um dos quatro

sorotipos tem sido a principal preocupação. A NS1 é outra subunidade candidata a vacina,

pois não esta associada à virion e não tem efeitos ADE (MURPHY; WHITEHEAD, 2011).

I. Vacinas de vírus vivo atenuado

Vacinas de vírus vivos atenuados contem vírus atenuados que ainda podem induzir

respostas imunes adaptativas de ambas as proteínas estruturais e não estruturais. A replicação

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

36

dos vírus vivos atenuados deve ser suficientemente restrita para evitar efeitos patológicos.

Infelizmente as vacinas desse tipo não mostraram sucesso (THOMAS et al., 2013; WAN et

al., 2013). Estudos realizados na Thailândia com vacina tetravalente não apresentou

soroconversão em todos os voluntários para os quatro sorotipos e alguns mostraram

reatogenicidade inaceitável e consequentemente os testes clínicos foram suspensos

(SABCHAREON et al., 2002, 2004). A formulação da vacina tetravalente de dengue do

grupo (WRAIR) também mostrou problemas de imunogenicidade e reatogenicidade, no

entanto novas formulações foram feitas e parece ser segura e imunogênica em um estudo de

fase II, no entanto, a eficácia ainda precisa a ser avaliada (THOMAS et al., 2013; WAN et al.,

2013).

II. Vacinas de vírus inativados

O desenvolvimento dessas vacinas vem enfrentando dificuldades pelo fato desses vírus

não se replicarem em altos títulos nos camundongos ou culturas de células. Este fato levou ao

quase abandono desse processo de produção vacinal para dengue, devido à necessidade de

concentrar os materiais contendo vírus, dificultando e encarecendo muito a produção em larga

escala (ECKELS et al., 2003). Outro fator é que essas vacinas não apresentam imunidade

contra as proteínas não estruturantes e precisam de adjuvantes para aumentar a

imunogenicidade. No entanto estas apresentam a vantagem de não reverter a virulência em

relação às vacinas de vírus vivo (WAN et al., 2013).

III. Vacinas de engenharia genética

Essa tecnologia compreende a inoculação de um vetor plasmidial de expressão em

células eucarióticas contendo o antígeno de interesse, o qual tem por finalidade induzir

resposta imune nos indivíduos vacinados (TANG; DEVIT; JOHNSTON, 1992).

A maioria das vacinas recombinantes vem utilizando como imunógeno a proteína E e

que, na maioria, são obtidas a partir da manipulação genética de adenovírus e alphavírus que

foram projetados para essa função, outra forma de se obter essa proteína é a partir de células

de levedura e de inseto (JAISWAL; KHANNA; SWAMINATHAN, 2003).

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

37

Outro imunógeno que é utilizado em vacinas recombinantes é a NS1, com a vantagem

de não contribuir com ADE, pois não é parte estruturante do vírus. Os anticorpos anti – NS1

provocam a lise das células infectadas via complemento, sendo assim protetores. Sendo assim

alguns estudos indicam que a imunização passiva por anticoprpos anti-NS1, ou vacinas

recombinantes com NS1 ou vacinação ativa com a proteína NS1 poderia gerar imunidade em

camundongos (AMORIM et al., 2012; FARIA et al., 2013; WU et al., 2003).

No entanto, in vitro e in vivo, anti-NS1 mostrou efeitos patogênicos devido à

reatividade cruzada com proteínas do hospedeiro. Portanto para usar uma vacina baseada na

NS1 segura terá que eliminar ou modificar os epítopos da reação cruzada (TSAI et al., 2009;

WAN et al., 2013).

IV. Perspectiva de vacinas de dengue em desenvolvimentos

O desenvolvimento de vacinas de dengue tetravalente vem sendo considerado uma

prioridade em saúde pública. As vacinas de dengue deverão proteger contra os quatro

sorotipos, proporcionar imunidade de longa duração e serem custo-efetivas

(AMARASINGHE; MAHONEY, 2011; WHITEHEAD et al., 2007). O registro internacional

de ensaios clínicos (ClinicalTrials.gov) mostra vários ensaios clínicos de vacinas de dengue,

concluídos (NCT01511250) ou em andamento (NCT01374516). Inúmeras publicações

apontam para a relevância e o interesse de disponibilizar vacinas de dengue com rapidez

(CARRASCO et al., 2011; DURHAM et al., 2013; GUMNÚN et al., 1988; GUY et al., 2011;

MURRELL; WU; BUTLER, 2011; SABCHAREON et al., 2012). Em julho de 2014 foi

publicado o primeiro resultado do ensaio clinico (RCT - fase III) da vacina tetravalente de

dengue, testado em países da Ásia-Pacifico. A vacina de dengue CYD-TDV (Sanofi Pasteur)

foi considerada eficaz (56,5%; IC 95%: 43,8 – 66,4) quando administrada em 3 doses -

intervalo de 0, 6 e 12 meses - em criança entre dois e 14 anos, apresentando bom perfil de

segurança, houve 4 óbitos no grupo que foi vacinado, mas sem relação com vacina pois 3

morreram de acidente de trânsito e 1 de lesão na traquéia. Segundo os autores, a vacinação

poderia reduzir a incidência de infecções sintomáticas e admissão hospitalar com potencial

benefício em saúde pública (CAPEDING et al., 2014). Um segundo RCT - fase III da CYD-

TDV foi desenvolvido em países da América Latina e Caribe (Brasil, Colômbia, Honduras,

México e Porto Rico), também com patrocínio da Sanofi Pasteur. Foram recrutadas 20.869

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

38

crianças e adolescentes (9-16 anos) e a eficácia da vacina foi de 64.7% (95% CI, 58.7 to 69.8)

(VILLAR et al., 2015). A dinâmica da dengue e o custo efetividade no Brasil foram

previamente analisados, porém utilizando resultados de RCT-Fase II da vacina CYD-TDV

(DURHAM et al., 2013).

Além da CYD-TDV existem outras vacinas sendo testadas como a de vírus vivo

atenuado (metagênese específica de vírus DEN e DEN / DEN vírus quimérico intratípico)

Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas / Instituto Butantan esta sendo produzida

pelo o Instituto Butantan no Brasil, com o mesmo protocolo do NIH e testada no Brasil. São

duas etapas, a primeira com pessoas sem exposição prévia a dengue e a segunda só

participantes expostos. O recrutamento da primeira fase encerará no final de 2014, com

análise da imunogenicidade. A fase III esta prevista para começar em 2015, no entanto o

estudo esta previsto para findar em 2018 (NCT01696422). Outro estudo que vem sendo

realizado no Brasil é o da vacina de DENV-1 inativado, pela Fundação Oswaldo Cruz, este

estudo está na fase I e também esta sendo testada nos Estados Unidos (ClinicalTrials.gov)

(SINHA, 2014).

Sendo assim estudos de custo-efetividade vêm sendo considerados uma prioridade em

saúde pública mundial frente a perspectiva de conclusão de ensaios clínicos de vacinas de

dengue (BEATTY et al., 2011).

Ta bela1. Vacinas de dengue em desenvolvimento em fase de ensaios clínicos

Fase do

estudo/ País Produtor Descrição do produto

Idade

vacinal

Forma de

administração Local teste Eficácia

Efeitos

colaterais

Fase III

concluída /

Sanofi Pasteur

ChimericVax Dengue. Vacina tetravalente de

vírus vivo atenuado

(Febre Amarela 17D/

DEN vírus quimérico)

2-14 anos

(Ásia)

9-16 anos

(América

Latina)

3 injeções

subcutâneas (intervalo: 0, 6 e

12 meses)

5 países da Ásia- Pacifico

5 países da

América Latina

60% DENV-1;

35% DENV-2;

80-90% DENV-3 e DENV-4 (Ásia)

Reação no local da

injeção;

Ásia

Pacifico

Reação

sistêmica;

América

Latina

50.3% DENV-1;

42.3% DENV-2;

74.0% DENV-3; 77.7% DENV- 4

(América)

4 óbitos

(Ásia)

Fase II em

andamento/ Brasil

Instituto Nacional

de Alergia e

Doenças Infecciosas /

Instituto Butantan

Vacina de vírus vivo

atenuado (alvo mutagênico dos vírus

DEN e vírus

quimérico intertípico DEN/DEN)

18-59 anos 1 injeção

subcutânea Brasil ND ND

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

39

Fase II

concluída/ Takeda

Pharmaceuticals / Inviragen

Vacina tetravalente de

vírus vivo atenuado

(DNA) (vírus atenuado DEN2 PDK-

53 e vírus quimérico intertípico DEN/DEN)

1,5-45 anos

2 injeções

subcutâneas (intervalo: 0, 3

meses)

Porto Rico,

Colômbia, Singapore e

Tailândia

ND ND

4 países

Fase I

Merck/ Hawaii

Biotech

Vacina de proteína

recombinante

subunidade DEN1-80E (versão E

truncada)

18-49 anos

3 injeções intramuscular

(intervalo: 0, 1 e

2 meses)

Austrália ND ND

GlaxoSmithKline/

Fundação Oswaldo Cruz/

Walter Reed Army

Institute of Research

DEN1, vacina de vírus

inativado purificado 18-39 anos

2 injeções intramuscular

(intervalo: 0, 28

dias)

Estados- Unidos

ND ND Brasil

US Naval Medical

Research Center/

Vical

Vacina DNA Vaxfectin (Vaxfectin

DNA Vaccine -

TVDV), expressão das proteínas de

membrana prM e E.

Formulada com e sem Vaxfectin adjuvante

18-50 anos

3 injeções

intramuscular (intervalo: 0, 1 e

3 meses)

Estados-Unidos ND ND

Fonte: OMS, Biomedtracker; clinicaltrials.gov

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

40

2 JUSTIFICATIVA

Atualmente a dengue é considerada um dos principais desafios de saúde pública nos

países de clima tropical e subtropical, pela carga da doença. A dengue é uma doença viral e

transmitida por meio da picada do mosquito infectado do gênero Aedes. Existem quatro

sorotipos virais conhecidos DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, todos capazes de causar

doenças, que variam desde infecções assintomáticas ou oligossintomáticas até formas mais

graves, como a febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue (FHD/SCD),

que podem levar o paciente a óbito (WHO, 2012c).

A dengue atinge todas as regiões do Brasil e sua epidemiologia no país vem se

caracterizando por uma tendência crescente do número de casos e rápida dispersão geográfica

no período de 2000-2010 (TEIXEIRA et al., 2013). Em 2010, mais de um milhão de casos

foram notificados, incidência de 538,4 casos por 100.000 habitantes e 3.808 casos registrados

de Febre Hemorrágica de dengue (SIQUEIRA JUNIOR et al., 2011). No país epidemias de

dengue ocorreram nos anos de 2002 com registro de casos prováveis entre 684.527 e 794.219;

em 2008 com 637.663 – 806.036 casos de dengue e mais de 1 milhão casos foram notificados

na epidemia em 2010. Em 2013 registrou-se a maior epidemia de dengue das últimas duas

décadas, com mais de 2 milhões de casos de dengue notificados entre setembro de 2012 e

agosto de 2013 (período epidêmico). Atualmente, co-circulam quatro sorotipos virais (DENV-

1; DENV-2; DENV-3 e DENV-4) o que pode causar epidemias em populações naive pelo

sorotipo circulante prevalente.

No Brasil, as mudanças epidemiológicas e clínicas da dengue nessas duas últimas

décadas requerem que sorotipos virais e cepas circulantes sejam identificadas e estudadas

regionalmente. Adicionalmente a caracterização clínico-epidemiológico dos casos, com

detalhamento e incorporação de técnicas moleculares faz-se necessário para traçar um cenário

atualizado da epidemiologia das infecções virais por dengue.

Nosso estudo faz parte do Projeto PRONEX – REDE DENGUE que visa identificar os

preditores de gravidade, estudo colaborativo com Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães /

FIOCRUZ – PE.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

41

3 OBJETIVOS

Caracterizar o perfil clínico e molecular dos pacientes com dengue na epidemia de 2012/2013

na cidade de Goiânia-GO, Brasil.

Estabelecer se houve associação entre marcadores de gravidade clínica e laboratorial com os

sorotipos virais infectantes.

Caracterizar geneticamente o vírus dengue 4 que circulou na epidemia de 2012/2013 em

Goiânia – GO.

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

42

4 MÉTODO(S)

Delineamento do estudo

Esse é um estudo observacional, prospectivo de pacientes com suspeita clínica de

dengue recrutados em oito unidades de saúde de referência para atendimento de pacientes

com dengue no período de 1º janeiro de 2012 a 31 de julho de 2013 no município de Goiânia

– GO, Brasil.

O estudo foi conduzido nas seguintes unidades de saúde do setor público considerado

de referência para a vigilância epidemiológica de Goiânia: Centros de Atenção Integral à

Saúde (CAIS) Campinas e Chácara do Governador; Centro Integrado de Assistência

Municipal à Saúde (CIAMS) Novo Horizonte; Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar

Auad (HDT/DAA) com 154 leitos, sendo 17 UTIs; e Hospital de Dermatologia Sanitária

(HDS) com 20 leitos (CNES 2014).

Adicionalmente foram selecionadas três unidades privadas de saúde para o

recrutamento de pacientes: Hospital São Judas Tadeu, Hospital São Francisco de Assis com

108 leitos, sendo 31 de UTIs e Hospital Cidade Jardim com 135 leitos, sendo 10 UTIs (CNES

2014).

Todas essas unidades de saúde localizam-se em Goiânia, a capital do estado de Goiás

(1.412.364 habitantes) (IBGE, 2013) situada na região Centro - Oeste do Brasil. Nesta região

há circulação do vírus da dengue desde 1994, com introdução do DENV-1, sendo a circulação

concomitante dos sorotipos DENV-1, 2, 3 e 4 a partir de 2011 (FERES et al., 2006; GOIÁS,

2013; SIQUEIRA et al., 2005).

Triagem de casos suspeitos de dengue

Os pacientes da demanda espontânea das unidades de saúde de nível secundária foram

triados pela equipe local com os seguintes critérios: febre por até sete dias, acompanhada de

pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (cefaléia, prostração, dor retro-orbitaria,

exantema, mialgias e artralgias), e história epidemiológica compatível. Presença ou ausência

de sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

43

postural e/ou lipotímia, hepatomegalia dolorosa, sangramento de mucosa ou hemorragias

importantes, sonolência e/ou irritabilidade, diminuição da diurese, diminuição repentina da

temperatura corpórea ou hipotermia, aumento repentino do hematócrito, queda abrupta de

plaquetas, desconforto respiratório), sangramento espontâneo ou induzido, presença de

comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais (menores de 2 anos de idade,

gestantes, adultos com idade acima de 65 anos, com hipertensão arterial ou outras doenças

cardiovasculares graves, diabetes mellitus, DPOC, doenças hematológicas crônicas

(principalmente anemia falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença acido péptica,

hepatopatiasme doenças auto-imunes).

De acordo com a rotina de atendimento estabelecida na epidemia, aos pacientes com

suspeita de dengue examinados era recomendado o poso com hidratação domiciliar ou

permaneciam em observação clínica, por no mínimo 4 horas, com hidratação venosa. Estes

últimos pacientes foram o alvo da pesquisa nestas unidades.

Nos hospitais, todos os pacientes hospitalizados com suspeita clínica de dengue eram

elegíveis para participar da pesquisa.

Em seguida, os casos elegíveis pela equipe de campo eram informados sobre os

objetivos da pesquisa e procedia-se o preenchimento da ficha de notificação de dengue

SINAN e de um questionário estruturado dividido em quatro partes: a primeira continha

questões sobre aspectos sócio, demográfico, econômico e antecedentes clínicos de dengue e

de doenças crônicas. A segunda tinha questões sobre condições clínicas (sinais e sintomas) do

início da doença até o dia da visita. A terceira tinha questões para avaliação física do paciente

no dia da visita e a quarta, onde colocávamos os dados laboratoriais inespecíficos e

específicos. Os pacientes eram acompanhados por componentes da equipe de pesquisa,

composta por médicos, enfermeiros, biomédicos e farmacêuticos, no entanto, as avaliações

clínicas eram realizadas, exclusivamente, por clínicos.

Critério de inclusão

Foram incluídos no presente estudo os pacientes que tiveram a confirmação da

infecção por meio da presença de anticorpos IgM ou detecção de antígeno NS1 ou RNA viral.

Tamanho da amostra

Para o cálculo do tamanho da amostra utilizamos o programa OpenEpi versão 3.01.

Consideramos uma população superior a 1.000.000 de habitantes e uma frequência esperada

de casos de dengue com sinais de alerta e/ ou dengue grave de 25% (Guillarde et. al. 2008).

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

44

Consideramos um limite de confiança de 5% e para um IC 95% o tamanho da amostra

mínimo foi de 289 participantes.

Seguimento dos pacientes

Os pacientes foram acompanhados por 30 dias, sendo abordados em três momentos

diferentes: a primeira visita até o 7º dia de início da doença, a segunda, do 8º dia de sintomas

até o 15º e a terceira visita, do 16º ao 30º dia de doença. Durante essas visitas, além da

avaliação clínica, foram coletadas amostras de sangue por punção venosa e encaminhadas

para os testes laboratoriais.

Procedimentos laboratoriais

As amostras de sangue e soro foram encaminhadas a temperatura de 2ºC a 8ºC ao

Laboratório Rômulo Rocha da Faculdade de Farmácia (UFG) para realização do hemograma

e análises bioquímicas, respectivamente. Amostras de soro acondicionadas em tubos

criogênicos foram transportadas em gelo seco até o Instituto de Patologia Tropical e Saúde

Pública (UFG) onde foram armazenadas a -20ºC para exames sorológicos e a -80ºC para

testes moleculares. O transporte das amostras foi realizado com empresa especializada e

segundo normas de biossegurança.

Exames laboratoriais inespecíficos

O hemograma e a dosagem da aspartato amino transferase (AST) e alanina amino

transferase (ALT) foram realizados em amostras de pacientes colhidas em todas as visitas.

Exames laboratoriais específicos

Testes Sorológicos

Os testes sorológicos para pesquisa de IgM e IgG antidengue foram realizados em

amostras de soro, colhidos na 1º, 2º e 3º visitas, mas para a pesquisa de antígeno NS1 foi

realizada em amostras de soro da 1º visita. Para todas foi realizada a técnica de ensaio

imunoenzimático, sendo que para a pesquisa de IgM utilizou-se a técnica de captura de

anticorpos da classe IgM. Para a dosagem de IgG foi usada a pesquisa indireta de anticorpos.

A detectção de IgM e IgG utilizou-se o kit comercial da PanBio. Já para a pesquisa de

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

45

antígeno NS1 foi utilizado meio de captura de antígeno com o kit comercial da Bio-Rad. Em

todas as técnicas foram seguidas as recomendações do fabricante.

Testes Moleculares

Extração do RNA

A detecção de RNA viral foi realizada em amostras de soro colhidas até o sétimo dia

após o inicio dos sintomas. O RNA viral foi extraído em duplicata a partir de 140 µL de soro,

por meio da utilização do kit QIAamp Viral RNA Mini Kit (QIAGEN) . O RNA foi eluído em

60µL de tampão de eluição, de acordo com as instruções do fabricante.

RT-PCR e Tipagem Viral

Transcrição Reversa seguida pela Reação em Cadeia da Polimerase - RT-PCR

A obtenção do cDNA foi realizada por transcrição reversa à 40oC por 60 min usando

10 uL de RNA viral e 10 uL da mistura reagente contendo primer randômico e 50U/uL da

transcriptase reversa (MultiScribeTM

- High Capacity Appllied Biosystems, US).

A amplificação dos fragmentos requeridos foi procedida em duas etapas:

primeiramente, foram utilizados iniciadores consensuais (D1 e D2) para os quatro sorotipos

dos DENV, complementares as seqüências dos genes que codificam as proteínas C e prM. A

mistura de reação consistiu de 2X PCR Master Mix (Promega, US), cada primer a 0,5 µM

(Invitrogen, US) e água livre de RNAse e DNAse completando um volume final de 45µl,

seguido de 40 ciclos de amplificação de 94oC por 30 seg, 58

oC por 1 min, 72

oC por 2 min e

extensão final a 72oC de 10 min. Para amplificação foi utilizado o termociclador Swift

TM

Maxi Thermal Cycler (Esco Technologies, US). No procedimento semi-nested, foram

utilizados iniciadores específicos TS1, TS2, TS3 e TS4 gerando produtos amplificados

(amplicons) com tamanhos específicos (pb) para detecção dos DENV-1 a 4, respectivamente,

segundo o protocolo descrito por Lanciotti et al. (1992). Os produtos de PCR adicionados ao

Gel Red (Biotium, BRA) e padrão de peso molecular 100 bp (Invitrogen, US) foram

submetidos à eletroforese com gel de agarose 1,2% e visualizados em transluminador (Major

Science, US).

Reação de Seqüenciamento

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

46

Das amostras positivas por RT-PCR fizemos o sequenciamento da região do envelope

viral de uma amostra de DENV-4. As etapas referentes às reações de sequenciamento foram

realizadas no Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular do Instituto de Patologia

Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás com o uso do seqüenciador

automático ABI 3130 - Applied Biosystems.

Iniciadores

Para a amplificação do gene do envelope foram utilizados os oligonucleotídeos

descritos nas publicações de Araújo et.al., 2012 e representados na tabela 2.

Tabela 2 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope do DENV-4

Região Primer sense A Primer antisense B Posição do

genoma

Produto Tm

(ºC)

(5’-3’) (5’-3’) (de acordo

com

JN559741.2)

(pb)

A/B

1 TCC AAA TCG

GAA GCT TGC TT

GAC CCA TGC TCC

ACC TGA GA 11 - 978 967 59/60

2

GGA AGC ATG

CTC AGA GAG

TAG AGA

ATC CCA GCA CTG

TCA CAT CCT 767 - 1678 911 58/58

3

GTC ACC ATC

GGT TGA AGT

CAA A

GCA CGT CAT GGC

CAT TGA 1416 - 2352 936 59/59

4 TCA TTG GGA

AAG GCT GTG C

CCA TGG ACC CAC

GGT TTG 2206 - 3187 981 58/59

5

GTG TGT GAC

CAC AGG CTG

ATG

CCT CA AGC CAT

GAC CAA TG 2932 - 3932 1000 59/60

Reação em cadeia pela polimerase para o sequeciamento

Em um tubo tipo eppendorf adicionamos 27,5μL de água livre de nucleases (Promega,

Madison, EUA), 2,5 μL (500 nM) do iniciador sense (Invitrogen, EUA), 2,5 μL (500 nM) do

iniciador antisense (Invitrogen, EUA) e 12,5μL do Acessquick Master Mix (2x) (Promega,

Madison, EUA). Em seguida foram adicionados 5μL de cDNA e o tubo foi submetido à

agitação com auxilio de um vórtex antes levar ao termociclador.

Depois foi submetido a 30 ciclos de desnaturação 94°C por 30 segundos, 54°C / 62°C

por 1 minuto (dependendo do par de iniciadores utilizado) e 72°C por 2 minutos, com uma

extensão final a 72°C por 10 minutos. A amplificação foi realizada utilizando termociclador

modelo SwiftTM Maxi Thermal Cycler (Esco Technologies, US). Após o término da PCR

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

47

para o sequenciamento, analisamos os produtos amplificados por eletroforese em gel de

agarose (BioAmerica Inc., Miami, USA – cat nº D1500 – LE) a 1% em TBE 0,5X, por 60

minutos a 100V.

Purificação

Quando foram observados amplicons únicos na eletroforese em gel de agarose a

purificação foi feita diretamente do produto da PCR usando o “kit comercial PCR

Purification” (Qiagen, Inc., Valencia, CA).

Em um tubo de 1,5 mL, adicionamos 225 µL de Buffer para 45 µL de reação.

Levamos a solução para o vórtex para homogeneização. A solução foi transferida para a

coluna e centrifugamos por 60 segundos a 14.000 rpm. O líquido que foi filtrado pela coluna

foi desprezado, foi adicionado 750 µL do buffer PE e centrifugado novamente por 60

segundos a 14.000 rpm. Após a centrifugação, desprezamos mais uma vez o líquido filtrado e

centrifugamos a coluna por 1 minuto a 14.000 rpm. A coluna foi transferida para um tubo de

1,5 mL, adicionamos 30 µL de H2O livre de nucleases e incubada por 1 minuto a temperatura

ambiente, seguida por uma última centrifugação de 1 minuto a 14.000 rpm. O DNA

purificado foi armazenado a -20 ºC até o momento do uso.

Quando foi observada a presença de amplicons inespecíficos, realizamos um gel de

purificação. A eletroforese foi feita em gel de agarose a 0,7%, a 110V. Aplicamos todo

volume da reação de PCR, 5 µL de GelRed e 5 µL de sacarose nos poços gerados pelo pente.

O gel foi analisado no transiluminador e os amplicons de interesse foram cortados usando

lâminas de bisturi estéreis. Após o corte, o fragmento de gel contendo o amplicon de interesse

foi transferido para um tubo de 1,5 mL e foi realizada a purificação utilizando o “kit

comercial Gel Extraction” (Qiagen, Inc., Valencia, CA).

Adicionamos 300 µL de Buffer QG para cada 100 g de gel e incubamos a 50 ºC por 10

minutos, homogeneizando a cada 2-3 minutos com auxílio do vórtex. Após o período de

incubação, com o gel totalmente dissolvido, checamos a cor da mistura, que deve está

amarela, semelhante ao buffer QG. Em seguida adicionamos 100 µL de isopropanol à amostra

e adicionamos a mistura à coluna previamente preparada, depois centrifugamos por 1 minuto

a 13.000 rpm, desprezamos o filtrado, adicionamos 500 µL do Buffer QG e centrifugamos

novamente seguindo os mesmo parâmetros. Em seguida, desprezamos o filtrado, adicionamos

750 µL de Buffer PE, centrifugamos novamente por 1 minuto, desprezamos o filtrado e

incubamos a amostra durante 2 a 5 minutos antes das duas próximas centrifugações. Por fim,

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

48

colocamos a coluna em um tubo de coleta de 1,5 mL, adicionamos 30 µL de H2O livre de

nucleases no centro da coluna e centrifugamos por 1 minuto. O DNA purificado foi estocado

a -20 ºC até o momento do uso.

Quantificação do DNA

A partir do produto da purificação direta da reação de PCR ou de gel-purificação,

realizamos uma eletroforese em gel de agarose a 2% com o objetivo de quantificar o DNA

presente em cada amostra e com isso determinar a quantidade ideal de DNA a ser adicionada

a reação de PCR de sequenciamento. Aplicamos 4 µL de peso molecular de Massa

(Invitrogen, Carlsbad, CA) no primeiro orifício do gel e 4 µL do DNA a ser quantificado nos

demais orifícios, juntamente com 2 µL de GelRed e 2 µL de sacarose. O procedimento teve

duração de 60 minutos a 100v.

A concentração do DNA foi estimada por meio da comparação dos amplicons com o

peso molecular de massa, como se segue abaixo.

Tabela 3. Valores de referência para comparação do

amplicon obtido com peso molecular de massa para

determinação da quantidade ideal de DNA a ser

aplicada na reação de sequenciamento

Tamanho do

fragmento em pb

Low DNA Mass em

ng (4µL)

DNA em

µL

(µL/reação)

2000 200 2

1200 120 2

800 80 4

400 40 5

200 20 6

100 10 8

Reação de sequenciamento

O método de sequenciamento utilizado foi o descrito por Sanger et al, (1977). Para o

sequenciamento dos fragmentos de DNA utilizamos 2µL de Big DyeTerminator Cicle

Sequencing Randy (Applied Biosystems, Foster City, CA), 2 µL do primer específico, 2-8 µL

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

49

do produto da PCR, a quantidade de DNA determinada pelo processo de quantificação (tabela

3) e completamos o volume com H2O livre de nucleases até atingir 10 µL.

Submetemos a solução à seguinte condição de termociclagem: 30 ciclos de 94ºC por 1

minuto, 30 ciclos de 2 minutos com a TM específica do primer utilizado e 30 ciclos de 3

minutos a 72 ºC. utilizando termociclador modelo SwiftTM Maxi Thermal Cycler (Esco

Technologies, US).

Purificação para remoção de DyeTerminators

Precipitação com isopropanol: foram adicionados 60 uL de Isopropanol a 65% ao

produto do sequenciamento, homogeinizado e deixado em repouso no escuro por 20 minutos.

Depois centrifugou por 45 minutos à 2000 rcf a 20º C e descartado o sobrenadante por

inversão. Depois adicionou 250 uL de etanol 60% e centrifugou por 10 minutos a 2000 rcf a

20 ºC e descartado o sobrenadante por inversão. Depois lavamos com 100 uL de etanol a 60%

e centrifugou por 10 minutos a 2000 rcf a 20º C e descartado o sobrenadante por inverção.

Depois centrifugamos por 1 minuto a 500 rpm com placa invertida sobre papel absorvente e

vedamos com papel alumínio e sacamos no termociclador a 95º C por 2 minutos.

Desnaturação: foram adicionados 10µL de formamida Hi-Di (Applied Biosystems,

P/N 4311320), aquecido por 2 minutos a 95ºC no termociclador e mantido no banho de gelo

até que os 10µL tenham sido aplicados na placa do sequenciador automático “Applied

Biosystems Prism” 3100 (Perkin-Elmer, Applied Biosystems, Foster City, CA).

Análise filogenética

Para análise filogenética utilizamos sequências protótipo representativas dos diferentes

genótipos do DENV-4 e cepas representativas de outros estados brasileiros disponíveis no

Genbank. Esta análise nucleotídicas foi feita usando Chromas Lite versão 2.1.1 (Technely

siumPty Ltd) e editadas manualmente por meio de alinhamentos feitas no Clustal W.

As seqüências nucleotídicas, para a construção do banco, foram coletadas do GenBank

(http://www.ncbi.nlm.nih.gov). Foram coletadas sequências representativas do genótipo

DENV-4 que tinham sequências do gene do envelope ou completa do vírus, com o objetivo de

comparar e determinar qual genótipo está circulando em Goiânia-GO. Foi montado 1 banco

de sequência. Apenas sequências com ano de isolamento e local de origem foram coletadas.

Foram excluídas sequências descritas como clones e sequências previamente de isolamento

com mais de 2 passagens.

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

50

As sequências foram submetidas ao BLAST (Basic Local Alignment Search

Tool/NCBI http://blast.ncbi.nlm.nih.gov/Blast.cgi) para verificar a similaridade com as

sequências de DENV-4. O alinhamento das sequências obtidas e das sequências selecionadas

para comparação foi feito pelo Clustal W(http://www.ebi.ac.uk/Tools/clustalw2/index.html).

O percentual de identidade entre as sequências e a construção da árvore filogenética foi

realizado utilizando-se os Molecular Evolutionary Genetics Analysis - MEGA versão 5.2

(http://www.megasoftware.net/), por meio dos métodos Neighbor Joining e Tamura Nei e

bootstrap de 1000 replicações. Para permitir o enraizamento da árvore foi colocada uma

sequência de DENV-3 como grupo externo no banco.

Critério de confirmação de infecção por dengue

O critério de confirmação laboratorial, definido por presença de anticorpo anti dengue

IgM, em qualquer momento, ou presença do antígeno NS1, ou soro conversão de IgG ou

detecção de RNA viral. Sendo os pacientes que não apresentaram nenhum dos critérios acima,

considerados sem infecção por dengue.

Critério de infecção secundária

A infecção secundária de dengue foi definida pela a detecção de anticorpo IgG

específico anti-dengue em amostras colhidas antes do 5º dia de inicio dos sintomas associado

à confirmação da infecção por dengue.

Classificação clínica da dengue

Classificação OMS 2009 – Revisada

Dengue sem sinal de alerta

Sinais e Sintomas Definição dos Sinais e Sintomas

Febre >= 37,5 º C

Mais dois dos seguintes sintomas

Náusea ou Anorexia Perda de apetite

Dores Mialgia, Artralgia, dor retrorbital e cefaléia

Leucopenia <= 5000 cel/ mm3

Prova do laço >= 20 petéquias em 2 cm2

Dengue com sinal de alerta

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

51

Sinais e Sintomas Definição dos Sinais e Sintomas

Dor abdominal Abdome sensível ou dor abdominal contínua

Vômito persistente >= 3 episódios em 12 horas

Ascites, Extravasamento de plasma ou edema

Acúmulo de líquido avaliado pelo médico ou confirmado por ultrassom ou raios-X

Hemorragia de mucosa Epistaxe, gengivorragia, melena, hematêmese, hematúria, hemorragia subconjuntival ou vaginal

Letargia Escala de Glasgow < 15

Irritabilidade Irritabilidade ou agitação

Hepatomegalia Fígado palpável> 2 cm abaixo da margem costal

Diminuição da contagem de plaqueta com o aumento de Ht

A diminuição do número de plaquetas de 10.000 células / mm ³ em 24 horas simultaneamente com qualquer aumento no hematócrito

Plaquetopenia<= 100.000 cels/ mm3 e aumento do Ht

As plaquetas <100.000 células / mm ³ em qualquer momento e qualquer aumento no hematócrito

Dengue Grave

Sinais e Sintomas Definição dos Sinais e Sintomas

Dengue com pelo menos um dos seguintes quadros

Choque hipotensivo Pequena diferença na pressão ou hipotensão e pulso rápido ou pele fria ou bradicardia ou taquicardia ou taquipnéia ou pouco enchimento capilar

Choque compensado Enchimento capilar ruim e pulso ou taquipnéia ou taquicardia ou pele fria rápida

Acúmulo de líquido com dificuldade respiratória

Acúmulo de líquido (ascite, Hipoproteinemia, hipoalbuminemia, hematócrito elevado, hemoconcentração, extravasamento de plasma ou edema) e desconforto respiratório (taxa anormal respiratória, tiragem intercostal, ou saturação de oxigênio inferior a 95%)

Sangramento importante Todo sangramento que coloque em risco a vida do paciente

Alteração de ASL ou ALT AST ou ALT >= 1000 U/L

Alterações Neurológicas Alterações neurológicas graves

Suspeita de miocardiopatia

Sinais vitais instáveis ou carga cristalóide ou dextrano

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

52

Figura 3. Classificação clínica de dengue segundo a OMS 2009 (WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 2009)

Processamento e Análise de dados

Foi realizada análise descritiva das principais características clínicas e laboratoriais

dos participantes. Foram utilizadas medidas de tendência central e dispersão para variáveis

contínuas; distribuição percentual para variáveis categóricas. Foram aplicados teste de x2

e

teste de Fisher quando apropriado, para avaliar as diferenças observadas nas distribuições de

frequências e teste t de Student para avaliar diferença entre duas médias, ou ANOVA quando

for mais de duais médias. Valores de p <0,05 foram considerados estatisticamente

significantes. Foram utilizados os programas Epi Info sete e SPSS 17.0 for Windows para

processamento e análise de dados.

Considerações éticas

O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Centro de

pesquisa Aggeu Magalhães (FIOCRUZ – MS). Essa pesquisa seguiu as resoluções do

Conselho Nacional de Saúde 196/ 1996 e 466/ 2012.

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

53

5 ARTIGOS

Artigo 1 – DENGUE SPECIFIC SEROTYPE RELATED TO CLINICAL SEVERITY

DURING THE 2012/2013 EPIDEMIC IN CENTRAL BRAZIL.

Benigno A M Rocha, Adriana O Guilarde, Angela F L T Argolo, Marianna Peres Tassara

Lucimeire A da Silveira, Isabela C Junqueira, Marília D Turchi, Valéria C R Féres, Celina M

T Martelli

Revista: Infectious Diseases of Poverty (submetido)

Artigo 2 – CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS DENGUE DURANTE

EPIDEMIA DE 2012-2013 EM GOIÂNIA – GO.

Autores: Benigno A. M. Rocha, Valéria C. R. Féres, Adriana O. Guilarde, Lucimeire A. da

Silveira, Angela F. L. Argolo, Monica da Guarda, Celina M. T. Martelli.

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

54

Artigo1

DENGUE SPECIFIC SEROTYPE RELATED TO CLINICAL SEVERITY DURING THE

2012/2013 EPIDEMIC IN CENTRAL BRAZIL.

Benigno A M Rocha1,3

, Adriana O Guilarde1, Angela F L T Argolo¹, Marianna Peres Tassara¹

Lucimeire A da Silveira1, Isabela C Junqueira

1, Marília D Turchi

1, Valéria C R Féres

2, Celina

M T Martelli1

1. Institute of Tropical Pathology and Public Health / Federal University of Goiás, Goiânia,

Brazil. 2. Faculty of Pharmacy of / Federal University of Goiás, Goiânia, Brazil. 3. School of

Nursing / State University of Goias, Ceres, Brazil.

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

55

Abstract

Background

Currently, in Brazil, there is a co-circulation of the four dengue serotypes. This study aimed to

assess whether different dengue serotypes and antibody response patterns were associated

with dengue severity during a dengue outbreak occurred in 2012 and 2013 in Midwestern

Brazil.

Methods

We conducted a prospective study with 452 patients with laboratory confirmed dengue in

Midwestern Brazil, from January 2012 to July 2013. The clinical outcome was the severity of

dengue cases: dengue, dengue with warning signs, and severe dengue. The patients were

evaluated in three different moments. Blood sampling for laboratory testing and confirmatory

tests for dengue infection were performed. We performed multinomial analysis considering

the three categories of the dependent variable (Dengue, Dengue with warning signs and

severe dengue). Odds ratio (OR) was calculated. A multinomial logistic regression model was

applied for variables with p-value <0.20. Statistical analysis was performed in STATA

software 12.0.

Results

452 patients (71.5%) were diagnosed with dengue. The DENV serotypes were identified in

243 cases. DENV-4 was detected in 135 patients (55.7%), DENV-1 in 91 (37.4%), DENV-3

in 13 (5.3%) and DENV-2 in 4 (1.6%). Patients with DENV-1 serotype were more prone to

present several clinical and laboratory features compared to DENV-4: spontaneous bleeding

(p=0.03), intense abdominal pain (p=0.004), neurological symptoms (p=0.09) and

thrombocytopenia (p=0.01). Secondary infection was predominant among DENV-4 cases

(80.0%) compared to DENV-1 cases (62.3%) (p=0.03). In the univariate analysis, females

(OR=2.12; 95% CI: 1.44-3.13; p<0.01 had higher risk of having dengue with warning signs.

In the multinomial analysis, severe dengue cases with secondary infection had an adjusted

OR= 2.80 (95% CI: 0.78-10.0; p=0.113) compared to dengue fever with primary infection

when adjusted for age and sex.

Conclusion.

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

56

The current data showed 5.8% of severe cases among patients recruited for dengue treatment

purpose in health care centers or hospitals. DENV-4 was the predominant serotype followed

by DENV-1 in a large outbreak in Central Brazil.

Keywords: Dengue, Secondary Infection, Severe Dengue, Dengue Type 4

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

57

Introduction

The etiologic agents of Dengue fever and dengue hemorrhagic fever (DF/DHF) are four

serotypes (DENV-1; DENV-2; DENV-3; DENV-4) part of the dengue complex from the

genus Flavivirus [1]. Dengue is a vector-borne viral disease considered a global public health

issue due to increasing incidence and its potential to cause epidemics and/or continuous viral

circulation in most urban areas in tropical and subtropical regions of the world.

Approximately 390 million dengue infected individuals and 20 thousand death were

estimated worldwide in the year 2010 [2–4]. In Brazil, dengue has been reported yearly since

1986 with a widespread from the Atlantic coastal area to other Brazilian macro-regions. 60%

of the dengue cases reported in South America occurred in Brazil in the years 2000 [5]. The

Brazilian Surveillance System registered at least four dengue epidemics in the years 2002,

2008, 2010 and 2013 with predominance of different serotypes according to the period.

Currently there is a co-circulation of the four dengue serotypes since DENV-4 was

reintroduced in the year 2010 [6–9].

Dengue presents with a range of symptoms ranging from asymptomatic through mild

infection to severe illness with life-threatening outcomes. According to the disease

progression, there are three clinical phases, which includes the initial febrile phase from 1-3

days after the onset of symptoms, followed by the critical phase (4-7 days) and recovery or

death. The majority of symptomatic cases progress to dengue fever, considered the mild form

of the disease. The clinical dengue classification has been a matter of extensive literature

discussion [10–15]. The current classification reflects the severity of the clinical features

namely dengue (DF), dengue with warning signs (DwS) and severe dengue (SD). It has been

adopted by the WHO and the Brazilian Ministry of Health to guide clinical management

[2,16,17]. The potential for increasing vascular permeability is the hallmarks of severe disease

progression [2,18–20]. Other specific organ involvement such as skin, eye, musculoskeletal

system, gastrointestinal tract, liver, kidney and genitourinary tract, heart and respiratory

system are part of the dengue clinical presentation [21–23].

Since the four serotypes are considered antigenically related but distinct the previous immune

status of the infected individuals plays an important role in the disease progression [24]. In

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

58

fact, several potential individual risk factors were implicated in the dengue severity such as

age, gender, immune status related to previous heterologous DENV infection and co-

morbidities among others [24–28]. Most of the current literature is from the Southeast Asia

where the dengue virus has been circulating for longer period of time (several decades). In

this sense, there is much opportunity for research due to the distinct epidemiologic scenarios

due to virus circulation and the immunity of the population in many endemic regions of Brazil

[29–32].

In a previous study we explored the effects of the viremic levels immune status and in relation

with the severity of the disease in the adult population during a DENV-3 epidemic in the

early 2000 in central Brazil [21]. We herein present a clinical cohort of dengue patients

recruited during a DENV-4 outbreak in the year 2013, the largest reported number of incident

cases (2233 suspected cases per 100.000 inhabitants ) at a State level (Goias, central Brazil)

[33,34]. This was the first time that simultaneous co-circulation of the four dengue serotypes

was detected regionally. This scenario represents an opportunity to explore the immune status

of the population, serotypes and other potential risk factors related with severe disease

progression. The aim of the current study was to assess whether different dengue serotypes

and antibody response patterns were associated with dengue severity during dengue outbreak

in the years 2012/ 2013, central Brazil.

Methods

Study design and setting

We recruited 632 clinically suspected dengue cases. 452 (71.5%) were laboratory confirmed

dengue cases. We conducted a prospective study of 452 laboratory confirmed dengue patients

recruited at three health care units and four hospitals in the city of Goiania (1.4 million

inhabitants; IBGE 2013),central Brazil from January 2012 through July 2013. We recruited

patient´s who attended dengue reference centres established by the Secretariat of Health to

timely deal with patients’ referral during dengue outbreak. All recruitment sites had clinical

expertise and operational capability to provide day health care monitoring and intravenous

fluid replacement for suspected dengue cases (Annex 1 for additional information).

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

59

The study site is a dengue endemic region where dengue incidence peaks during the rainy

season (December to March). The official Surveillance System registered DENV- 1 in 1994

considering the year of dengue introduction in the study area. During the next two decades,

other dengue serotypes were introduced regionally according to the following temporal

sequence: DENV-2 (Year 1998); DENV-3 (Year 2002) and DENV-4 in 2011. Currently, the

four dengue serotypes co-circulate in central Brazil. [6,34,35]. Incidence of dengue disease

was approximately 4.5 thousand dengue cases per 100,000 inhabitants in the study setting in

2013. This figure was the highest incidence reached since dengue virus detection.

Eligibility criteria and follow-up procedures

Inclusion criteria were laboratory confirmed dengue cases. The virologic and serologic tests

for dengue diagnosis ascertainment were: NS1 antigen positive test and/or detection of

serotypes by multiplex polymerase chain reaction (PCR) and/ or IgM serologic positive result

by antibody capture (MAC) ELISA.

Exclusion criteria were clinically suspected dengue cases with communication impairment,

residents outside the city boundaries and with restrictions to comply with the follow-up

procedures. We also excluded outpatients who did not remain in health facilities for clinical

management or monitoring.

Independently of this study protocol, local clinicians were responsible for all management

decision as part of the routine health attendance, following the official guidelines [16].

Clinical outcome:

The clinical outcome was the severity of dengue cases defined by Dengue (DF); dengue with

warning signs (DwS) and severe dengue (SD) [2]. Two infectious disease doctors classified

the dengue cases at the end of the follow-up period.

Screening procedures at baseline: We screened patients with clinically suspected dengue

independently of the age-group. We examined outpatients who were receiving intravenous

fluid replacement or hospitalized patients. After informed consent, trained researchers

obtained demographic information, clinical history and performed medical examination on

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

60

standard case report forms (CRFs). In addition, we collected an initial blood sample for

diagnostic laboratory confirmation (t1).

Follow-up visits were scheduled: during early convalescent phase >=7 days after the onset of

symptoms (t2); and late convalescent phase at 30 – 45 days of onset of symptoms (t3). In

addition to the clinical examination, we collected blood sample for dengue monitoring

following the same intervals.

For outpatients, the duration of follow-up was the time lag between the first and last blood

collections (t2 or t3) performed during the convalescent phase of the disease. The duration of

follow-up for hospitalized patients was defined as the period from the first medical visit to

either the discharge date or death.

Data Collection: We collected sociodemographics characteristics (age, sex, socio-economic

condition, education), previous dengue episodes, and key warning signs of illness

(e.g.,hypotension, intense abdominal pain, and significant bleeding) were recorded.

Dengue classification

We applied the current dengue classification recommended by the Dengue Control Program

(Brazilian Ministry of Health, 2009) which is online with the recommended WHO

classification [2] as:

Dengue without warning signs: The disease may manifest as a nonspecific febrile

syndrome including presence of acute febrile illness and two of the following symptoms:

headache, retro-orbital pain, myalgia, arthralgia, rash, and hemorrhagic manifestations.

Dengue with warning signs: The patient may present with persistent and severe

abdominal pain, persistent vomiting, fluid accumulation, mucosal bleeding, altered mental

status, hepatomegaly and progressive increase in hematocrit.

Severe Dengue: Severe dengue is defined by one or more of the following: (i) shock

from plasma leakage, fluid accumulation with respiratory distress, or both, (ii) severe

bleeding as evaluated by clinician, or (iii) severe organ involvement; liver: AST or ALT >

1000; CNS: impaired consciousness; and includes heart and other organs.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

61

Definition of variables. The first 7 days after onset of symptoms denote the acute phase of

illness. We defined Illness “day 1” as the day of onset of symptoms. Patients receiving day

care were patients who stayed in the hospital for intravenous fluid replacement for 24 h.

Ambulatory patients were patients who attended ambulatory care units and required clinical

monitoring and/ or intravenous fluid replacement for < 24 hours.

Laboratory Procedures

Blood samples (10 mL) were collected at the initial clinical visit and at follow-up visits.

Samples were prepared and sera were cryopreserved according to biosafety guidelines in

freezers at - 20ºC for serological tests and – 80ºC for molecular tests, at the research centre

(Laboratory of Molecular Biology and Immunology of Infectious Diseases) from Institute of

Tropical Pathology and Public Health - Federal University of Goiás, in central Brazil.

At baseline and follow-up visits unspecific laboratory test were also performed for all eligible

patients including hematocrit, platelet, aspartate aminotransferase (AST), alanine

aminotransferase (ALT), and albumin. The reference values for normality were a serum AST

level of 50 U/L, a serum ALT level of 41 U/L, and an albumin level of 3.5–5.0 g/dL.Tests

were performed at Rômulo Rocha Laboratory Faculty of Pharmacy - Federal University of

Goiás, independently of the laboratory routine procedures of the health care units.

Serological tests

Acute and convalescent paired sera were tested by enzyme-linked immunosorbent assay

(ELISA) using Dengue IgM-capture (PanBio, Ltd, Brisbane, Australia) and Dengue IgG

Indirect (PanBio, Ltd, Brisbane, Australia) commercial kits. NS1 antigen test was performed

at baseline. (Biorad Platelia™). All tests were carried out according to the manufactures

instructions.

Molecular tests

The serotypes were identified by protocol that includes viral RNA extraction by QiAmp Viral

Mini Kit (QIAGEN, Inc., Valencia, EUA). The cDNA was obtained by reverse transcription

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

62

at 40°C for 60 min 10 ul of viral RNA and mix containing 10 mL random primer and 50 U/ul

reverse transcriptase (Multi Scribe - High Capacity Appllied Biosystems, US).

The viral typing was performed by cDNA amplification using consensus primers (D1 and D2)

for the four serotypes of DENV, the complementary sequences of the genes encoding the C

and prM proteins. To use amplification thermocycler SwiftTM Maxi Thermal Cycler (Esco

Technologies, US). Then, the semi-nested specific primers used TS1, TS2, TS3 and TS4 for

detecting each serotype of DENV-1 to 4 (Lanciotti et al, 1992). The bands were visualized on

1.2% agarose gel using the transilluminator (Major Science, US).

A primary infection was defined by detecting IgM antibodies and/or nucleic acid and/or

antigen NS1 in acute serum samples and seroconversion of IgG in the convalescent phase. A

secondary infection was defined by detecting IgG antibodies in acute serum samples of

patients with laboratory confirmation of dengue.

At baseline and follow-up visits.

Unspecific laboratory test were also performed for all eligible patients including Hematocrit,

platelet, aspartate aminotransferase (AST), alanine aminotransferase (ALT), and albumin. The

reference values for normality were a serum AST level of 50 U/L, a serum ALT level of 41

U/L, and an albumin level of 3.5–5.0 g/dL. Tests were performed at Laboratório Rômulo

Rocha da Faculdade de Farmácia (UFG), independently of the laboratory routine procedures

of the health care units.

Data Analysis

Initially we applied descriptive statistics to assess the distributions of the variables in order to

characterize the study population. Qui-square test and t test were applied in order to verify

statistical differences between categorical or continuous variables. We performed multinomial

analysis considering the three categories of the dependent variable (DF, DwS, SD) to

calculate the association between the outcomes and the independent variables, considering DF

as the reference. The odds ratios (OR), with their respective 95% confidence intervals (95%

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

63

CI), and the p-value (Chi-square test) were calculated. Variables that presented a p-value

<0.20 in association with the outcome were eligible for the multivariate analysis. We applied

a multinomial logistic regression model to adjust OR for sex and age as a continuous variable

. The software used for the multinomial analysis was STATA (Data Analysis and Statistical

Software) version 12.0.

Ethical Considerations

This study was approved by ethics committee on research Aggeu Magalhães Research Center

(FIOCRUZ - PE) under no. 24/11 and review board of each institution. The inclusion was

after the signature of informed consent by the subject or a parent ⁄ guardians when necessary.

Results

Of 632 symptomatic dengue cases clinically and laboratorial screened at baseline, 452

(71.5%) were diagnosed as dengue confirmed by specific serology and/or viral detection

(Figure 1). Table 1 presents clinical and epidemiological data according to case

ascertainment. In both groups (dengue confirmed or symptomatic cases), the majority of

patients (~80%) were adult and approximately half of the participants were females.

Approximately 75% of the patients were recruited in ambulatory setting and reported previous

medical visit during the acute phase of the disease. Considering the adult population

comorbidity was similar between the groups.

At baseline, RT-PCR (53.8%) and NS1 (40.4%) tests yielded higher positive results compared

to IgM serology (25%) in days 1-3 of the onset of symptoms. In contrast, higher frequencies

of IgM positive results (68%) were detected after day 7 of the onset of symptoms versus RT-

PCR (15.6%) and/or NS1 results (Figure 2).

Table 2 presents the main clinical and laboratory findings of confirmed dengue patients

stratified by age group. At baseline, the most frequent symptoms reported were fever (100%),

headache (~80%) and prostration (~90%) similar between the age-group. Approximately

65% of the participants presented cutaneous rash and approximately half of the patients

reported vomit at baseline. During the course of illness, higher frequencies of signs and

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

64

symptoms were found among children: spontaneous bleeding (47.6%) versus 26.6% among

adults. Also intensive abdominal pain, effusion and ascites were predominant among children

compared to adults, a statistical significant difference between age-groups. Children had

higher frequency of primary infection (39.4%) versus 22% among the adult population, a

statistically significant difference.

The DENV serotypes were identified in 243 cases (53.8%) out of 452 patients tested by RT-

PCR. DENV-4 was the predominant serotype detected in 135 (55.7%) of the patients,

followed by DENV-1 in 91 (37.4%) of the cases. DENV-3 and DENV-2 were detected in 13

(5.3%), and in 4 (1.6%) patients, respectively (Table 3). All 9 severe dengue cases were

infected by DENV-1; comprising 5 males and 4 females, 7 to 57 years of age (median 43

years). Descriptive analyses by serotype showed similar age and gender distributions of the

patients infected between serotypes DENV-1 or DENV-4; the majority of patients were adults

and approximately half females. Each serotype included a large range of clinical forms and

biological variations (data not shown).

Patients with detectable DENV-1 serotype were more prone to present several clinical and

laboratory features compared to DENV-4: spontaneous bleeding (DENV-1: 33.0% versus

DENV-4: 20.0%; p=0.03), intense abdominal pain (DENV-1: 29.7% versus DENV-4: 14.1%;

p=0.004), neurological symptoms (DENV-1: 6.7% versus DENV-4: 2.2%; p=0.09) and

thrombocytopenia (DENV-1: 33.7% versus DENV-4: 18.2%; p=0.01). Immune status

measured by primary or secondary infections were available among 202 patients (DENV-1 or

DENV-4). Secondary infection was predominant among DENV-4 cases (80.0%) compared to

DENV-1 cases (62.3%) a statistically significant difference between subtypes (p=0.03).

Table 4 presents the results of multinomial analysis of the association between antibody

response pattern, serotype and severity of dengue disease taking into account dengue fever as

reference. In the univariate analysis, females had higher risk of having dengue with warning

signs (OR=2.12; 95% CI: 1.44-3.13; p<0.01) in comparison with the patients diagnosed as

dengue fever. Females classified as severe dengue did not differ from the reference (dengue

fever). Adult patients (≥15 years old) had an Odds Ratio of 0.53 (95% CI: 0.26-1.08;

p=0.082) compared to children with dengue fever. Comorbidity was not associated with

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

65

severity of the disease. Patients classified as dengue with warning signs and that mounted

secondary infection were not at risk (OR=1.03; 95% CI: 0.66-1.60; p=0.890) compared with

patients with dengue fever and primary infection. As well as, severe dengue cases with

secondary infection had an OR=2.63 (95%CI: 0.74-9.30; p=0.134). Results of DENV-1 and

DENV-4 were presented for dengue with warning signs versus dengue fever since few cases

of DENV-2 and DENV-3 were detected in our study. In the multinomial analysis severe

dengue cases with secondary infection had an adjusted OR= 2.80 (95% CI: 0.78-10.0;

p=0.113) compared to dengue fever with primary infection when adjusted by age and sex

(Table 5).

Discussion

Our results show differences in clinical features among dengue patients infected during a

large DENV4 outbreak in Central Brazil. Children presented higher frequencies of several

dengue warning signs of disease severity such as spontaneous bleeding, intensive abdominal

pain and neurological symptoms compared to adults. Secondary infection was more prone to

occur in the adult population however more than 60% of the children and almost 80% of the

adult patients had previously dengue infection pointing out the high DENV circulation in the

region. Few studies compared clinical features and laboratory abnormalities in the paediatric

age group with adults in Brazil [36,37]. In a study conducted in the same region in 2005

showed that secondary infection was not a predictor of severe clinical manifestation in adults

with infected with the DV3 serotype [21]

In a previous prospective clinical study conducted in the same city (Year 2000), we showed

that, mild cases of dengue were predominant among adults [21]. In our study, we classified

the majority of the paediatric and adults patients as dengue with warning signs, followed by

dengue and a few cases of severe dengue cases. This distribution reflects the clinical

characteristics of dengue patients the dengue treated at reference day clinics and hospitals

selected during 2012/2013 epidemic period. It does not resemble the entire dengue patients

since most of the cases are milder cases classified as dengue fever according to the

surveillance system (SINAN, 2012/2013).

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

66

It is important to note that all patients classified as severe dengue were infected with DENV-

1 and none with DENV-4. However, we are aware that our sample size regarding the severe

form of the disease is small to draw conclusion. Interestingly, the historical data described by

Hastead in the early decades of dengue epidemics regarding differences of clinical

manifestation in DENV-1 and DENV-4 serotypes in Southeast Asia describe similar feature

being DENV-1 more prone to cause severe cases compared to DENV-4[38]. In our study, we

found a high percentage of undetectable viremia among severe case. Dengue patients may

progress to severe disease during the defervescence period which is the period of the hospital

admission and recruiment that is beyond the viremic period [21]. We are aware that this could

represent a potential selection bias in the recruitment of severe cases.

One of the strength of this study was the recruitment of dengue patient approximately two

years after the introduction of DENV-4 serotype in Central Brazil. In this context, it is likely

that the majority of the population in the study area was naïve to DENV-4 that explains the

current outbreak with the predominance of DENV-4 circulation. In fact, DENV-4 had been

previously isolated in nine patients in the neighbouring State of Mato Grosso do Sul in 2012.

The authors had warned about the potential for outbreaks due to the introduction of DENV-4

serotype in susceptible population to this serotype in Central Brazil [38]. Another strength of

our study is that we recruited patients in several ambulatories and hospitals settings within the

region. However, our study population included only patients living in one city and the results

may not be generalizable to rural areas or other regions of the country. Comparison of

clinical manifestations, antibody response patterns and severity of the disease were restricted

to DENV-4 and DENV-1 serotypes since few patients had detectable DENV-2 or DENV-3

serotypes. These findings are concordant with the official laboratory system in charge for

DENV surveillance regionally. It is interesting that DENV-2 serotype had never been

predominantly registered by the viral surveillance in the last two decades in the study area

[35]. We are aware that according to the period that blood sample for serological tests (IgM

or IgG) were collected it may yield negative or positive results, which could lead to

misclassification for primary and secondary infections.

In summary, our present data shows incidence of severe dengue among paediatric and adults

patients in the first registered DENV-4 outbreak in Central Brazil. To our knowledge, this is

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

67

the first prospective clinical study to compare DENV-1 and DENV-4 patients regarding

antibody response pattern and severity of the disease. Our findings contributed for the

understanding of the clinical differences, immune status related to serotype DENV-1 and

DENV-4 in Central Brazil.

Ethics approval and consent to participate

This study was approved by ethics committee on research Aggeu Magalhães Research Center

(FIOCRUZ - PE) under no. 24/11 and review board of each institution. The inclusion was

after the signature of informed consent by the subject or a parent ⁄ guardians when necessary.

Consent for publication

Not applicable.

Availability of data and materials

The datasets during and/or analyzed during the current study available from the corresponding

author on reasonable request.

Competing interests

The authors declare no conflict of interests in this study.

Funding

This study was funded by National Council for Scientific and Technological Development

(CNPq) and Foundation for the State of Goiás Research (FAPEG).

Authors’ contributions

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

68

BAMR conducted the exams of molecular biology, participated in the data analysis and wrote

the manuscript. AOG held the patients’ clinical classification and contributed to the

manuscript writing. AFLTA participated in data collection and assisted in the laboratory

exams. MT participated in data collection and conducted the patients’ clinical classification.

LAS coordinated fieldwork and assisted in the laboratory exams. ICJ participated in data

collection and performed the laboratory exams. MDT assisted in the patients’ clinical

classification and contributed to the manuscript writing. VCRF coordinated the study in the

regional level, assisted in data collection and the molecular biology exams. CMTM

contributed to the study design and the manuscript writing.

Acknowledgements

We would like to thank the collaboration of the State Health Department, the Municipal

Health Department of Goiania, and the cooperation of the employees from the health units

participating in the study. Investigators received partial support from the NationalAdvisory

Board of Scientifi c and Technological Development (Conselho Nacional de

Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico [CNPq]; scholarship 306708/2014-0 to CMTM.

We thank the director and staff of the participating hospitals and the Secretariat of Health. We

thank the patients for their collaboration and generosity.

Abbreviations

ALT - Alanine Aminotransferase; AST – Aspartate Aminotransferase; CNS - Central

Nervous System; DENV - Virus Dengue; DF - Fever Dengue; DHF - Hemorrhagic Dengue

Fever; DwS - Dengue with warning signs; IBGE - Intituto Brasileiro de Geografia e

Estatística; SD - Severe Dengue; STATA - Data Analysis and Statistical Software; WHO -

World Health Organization.

Trial registration number

This study is not a Clinical Trial. It is a prospective observational study, so it was not

registered.

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

69

Reference

1. Gubler DJ. Dengue Viruses: Their Evolutins, History and Emergence as a Global Public

Health Problem. In: Duane J. Gubler, Eng Eong Ooi, Subhash Vasudevan JF, editor. Dengue

and Dengue Hemorrhagic Fever. 2nd ed. London - UK; 2014. p. 1–29.

2. World Health Organization. Dengue: guidelines for diagnosis, treatment, prevention, and

control [Internet]. New Editio. WHO, editor. Spec. Program. Res. Train. Trop. Dis. Geneva,

Switzerland; 2009. Available from:

http://whqlibdoc.who.int/publications/2009/9789241547871_eng.pdf

3. Guzman MG, Halstead SB, Artsob H, Buchy P, Farrar J, Gubler DJ, et al. Dengue: a

continuing global threat. Nat. Rev. Microbiol. [Internet]. Nature Publishing Group; 2010

[cited 2014 Jul 9];8:S7–16. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21079655

4. Bhatt S, Gething PW, Brady OJ, Messina JP, Farlow AW, Moyes CL, et al. The global

distribution and burden of dengue. Nature. 2013;496:504–7.

5. Brathwaite Dick O, San Martín JL, Montoya RH, del Diego J, Zambrano B, Dayan GH.

The history of dengue outbreaks in the Americas. Am. J. Trop. Med. Hyg. [Internet]. 2012

[cited 2014 Jul 11];87:584–93. Available from:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3516305&tool=pmcentrez&rende

rtype=abstract

6. Siqueira JB, Martelli CMT, Coelho GE, Simplicio AC da R, Hatch DL. Dengue and

dengue hemorrhagic fever, Brazil, 1981-2002. Emerg. Infect. Dis. 2005;11:48–53.

7. Teixeira MG, Siqueira JB, Ferreira GLC, Bricks L, Joint G. Epidemiological trends of

dengue disease in Brazil (2000-2010): a systematic literature search and analysis. PLoS Negl.

Trop. Dis. [Internet]. 2013 [cited 2014 Jul 19];7:e2520. Available from:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3871634&tool=pmcentrez&rende

rtype=abstract

8. PAHO. Number of Reporter Cases of Dengue and Severe Dengue (SD) in the Americas, by

Country: Figures for 2014 (to week noted each country) [Internet]. New York - US; 2015.

Available from:

http://proquest.umi.com.ezp01.library.qut.edu.au/pqdweb?did=424991961&Fmt=7&clientId=

14394&RQT=309&VName=PQD&cfc=1

9. Temporao JG, Penna GO, Carmo EH, Coelho GE, do Socorro Silva Azevedo R, Teixeira

Nunes MR, et al. Dengue virus serotype 4, Roraima State, Brazil. Emerg. Infect. Dis.

[Internet]. 2011 [cited 2014 Jul 17];17:938–40. Available from:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3321786&tool=pmcentrez&rende

rtype=abstract

10. Gutiérrez G, Gresh L, Pérez MÁ, Elizondo D, Avilés W, Kuan G, et al. Evaluation of the

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

70

diagnostic utility of the traditional and revised WHO dengue case definitions. PLoS Negl.

Trop. Dis. [Internet]. 2013 [cited 2014 Aug 5];7:e2385. Available from:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3749970&tool=pmcentrez&rende

rtype=abstract

11. Jayaratne SD, Atukorale V, Gomes L, Chang T, Wijesinghe T, Fernando S, et al.

Evaluation of the WHO revised criteria for classification of clinical disease severity in acute

adult dengue infection. BMC Res. Notes [Internet]. 2012 [cited 2014 Aug 26];5:645.

Available from:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3534490&tool=pmcentrez&rende

rtype=abstract

12. Bandyopadhyay S, Lum LCS, Kroeger A. Classifying dengue: a review of the difficulties

in using the WHO case classification for dengue haemorrhagic fever. Trop. Med. Int. Health

[Internet]. 2006 [cited 2014 Jul 19];11:1238–55. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16903887

13. Prasad D, Kumar C, Jain a, Kumar R. Accuracy and applicability of the revised WHO

classification (2009) of dengue in children seen at a tertiary healthcare facility in northern

India. Infection [Internet]. 2013 [cited 2014 Aug 5];41:775–82. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23381875

14. Deen JL, Harris E, Wills B, Balmaseda A, Hammond SN, Rocha C, et al. The WHO

dengue classifi cation and case defi nitions : time for a reassessment. 2006;368:170–3.

15. Alexander N, Balmaseda A, Coelho ICB, Dimaano E, Hien TT, Hung NT, et al.

Multicentre prospective study on dengue classification in four South-east Asian and three

Latin American countries. Trop. Med. Int. Health [Internet]. 2011 [cited 2014 Aug 5];16:936–

48. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21624014

16. BRASIL. Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança. 4o ed. Ministério da

Saúde, editor. Brasilia - DF; 2013.

17. BRASIL. Nova classificação de caso de Dengue - OMS [Internet]. Brasilia - DF; 2014.

Available from:

http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Download/Nova_classificacao_de_caso_de_deng

ue_OMS.pdf

18. Branco M dos RFC, Luna EJ de A, Braga Júnior LL, Oliveira RVB de, Rios LTM, Silva

M do S da, et al. Risk factors associated with death in Brazilian children with severe dengue:

a case-control study. Clinics (Sao Paulo). [Internet]. 2014 [cited 2015 Feb 19];69:55–60.

Available from:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3870309&tool=pmcentrez&rende

rtype=abstract

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

71

19. Bhaskar E, Sowmya G, Moorthy S, Sundar V. Prevalence, patterns, and factors associated

with bleeding tendencies in dengue. J. Infect. Dev. Ctries. [Internet]. 2015 [cited 2015 Feb

19];9:105–10. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25596579

20. Trung D the, Wills B. Clinical features of Dengue. In: Duane J. Gubler, Eng Eong Ooi,

Subhash Vasudevan JF, editor. Dengue and Dengue Hemorrhagic Fever. 2nd ed. London -

UK; 2014. p. 115–44.

21. Guilarde AO, Turchi MD, Siqueira JB, Feres VCR, Rocha B, Levi JE, et al. Dengue and

dengue hemorrhagic fever among adults: clinical outcomes related to viremia, serotypes, and

antibody response. J. Infect. Dis. [Internet]. 2008 [cited 2014 Aug 5];197:817–24. Available

from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18269315

22. Laoprasopwattana K, Chaimongkol W, Pruekprasert P, Geater A. Acute Respiratory

Failure and Active Bleeding Are the Important Fatality Predictive Factors for Severe Dengue

Viral Infection. Ooi EE, editor. PLoS One [Internet]. Public Library of Science; 2014 [cited

2015 Mar 14];9:e114499. Available from: /pmc/articles/PMC4252142/?report=abstract

23. Solomon T, Dung NM, Vaughn DW, Kneen R, Thao LT, Raengsakulrach B, et al.

Neurological manifestations of dengue infection. Lancet [Internet]. 2000 [cited 2014 Aug

29];355:1053–9. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10744091

24. Pawitan JA. Dengue virus infection: predictors for severe dengue. Acta Med. Indones.

2011;43:129–35.

25. Guzmán MG, Kourí G, Valdés L, Bravo J, Vázquez S, Halstead SB. Enhanced severity of

secondary dengue-2 infections: death rates in 1981 and 1997 Cuban outbreaks. Rev. Panam.

Salud Publica [Internet]. 2002;11:223–7. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12049030

26. Kalayanarooj S, Nimmannitya S. Is dengue severity related to nutritional status?

[Internet]. Southeast Asian J. Trop. Med. Public Health. 2005 [cited 2015 Feb 18]. p. 378–84.

Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15916044

27. Lee M-S, Hwang K-P, Chen T-C, Lu P-L, Chen T-P. Clinical characteristics of dengue

and dengue hemorrhagic fever in a medical center of southern Taiwan during the 2002

epidemic. J. Microbiol. Immunol. Infect. [Internet]. 2006;39:121–9. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16604244

28. Martins AC, Pereira TM, Oliart-Guzmán H, Delfino BM, Mantovani SAS, Braña AM, et

al. Seroprevalence and seroconversion of dengue and implications for clinical diagnosis in

amazonian children. Interdiscip. Perspect. Infect. Dis. [Internet]. 2014 [cited 2015 Mar

22];2014:703875. Available from:

http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=4273531&tool=pmcentrez&rende

rtype=abstract

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

72

29. Halstead S. Pathogenesis of dengue: challenges to molecular biology. Science (80-. ).

[Internet]. 1988 [cited 2014 Aug 6];239:476–81. Available from:

http://www.sciencemag.org/cgi/doi/10.1126/science.3277268

30. Pawitan J a. Dengue virus infection: predictors for severe dengue. Acta Med. Indones.

[Internet]. 2011;43:129–35. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21785176

31. Rosen L. The Emperor’s New Clothes revisited, or reflections on the pathogenesis of

dengue hemorrhagic fever. Am. J. Trop. Med. Hyg. [Internet]. 1977 [cited 2014 Aug

6];26:337–43. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/869095

32. Kouri GP, Guzmán MG, Bravo JR. Why dengue haemorrhagic fever in Cuba? 2. An

integral analysis. Trans. R. Soc. Trop. Med. Hyg. [Internet]. 1987 [cited 2014 Aug 6];81:821–

3. Available from: http://trstmh.oxfordjournals.org/cgi/doi/10.1016/0035-9203(87)90042-3

33. Goiás. Boletim Semanal De Dengue - Goiás 2014: Semana Epidemiológica 1 a 53

(14/12/2013 a 03/01/2015). Goânia - GO; 2015.

34. GOIÁS. Boletim Semanal de Dengue - Goiás 2013. [Internet]. Secr. Estadual Saúde.

Goânia - GO; 2013. Available from: http://www.saude.go.gov.br/index.php?idEditoria=4208

35. Feres VCR, Martelli CMT, Turchi MD, Junior JBS, Nogueira RMR, Rocha BAM, et al.

Laboratory surveillance of dengue virus in Central Brazil, 1994-2003. J. Clin. Virol.

[Internet]. 2006 [cited 2014 Aug 5];37:179–83. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16962821

36. Brito CAA de. Dengue em Recife, Pernambuco: padrõesclínicos,

epidemiológicos,laboratoriais e faotres de risco associados à forma grave da doença. 2007.

37. Escosteguy CC, Pereira AGL, Medronho RDA, Rodrigues CS, Chagas KKF Das.

Diferenças, segundo faixa etária, do perfil clínico-epidemiológico dos casos de dengue grave

atendidos no Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro-RJ, Brasil, durante a

epidemia de 2008. Epidemiol. e Serviços Saúde [Internet]. 2013;22:67–76. Available from:

http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-

49742013000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=en

38. Bertolacci-Rocha LG, da Cunha RV, de Castro Lichs GG, Dal Fabbro MMFJ, Motta-

Castro ARC. Introduction of the dengue virus type 4 in the State of Mato Grosso do Sul,

Brazil. Cad. Saude Publica [Internet]. 2014 [cited 2015 Feb 25];30:1789–92. Available from:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25210917

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

73

Tables

Table 1. Clinical and epidemiological characteristics of 632 suspected dengue cases according to laboratory confirmation, recruited in Central Brazil, 2012 and 2013.

Characteristics Laboratory confirmeda

dengue cases (%) Unconfirmed

dengue cases (%) pb

Suspected cases dengue 452 (71.5) 180 (28.5) -

Mean age (dp) 35.7 (17.5) 34.8 (16.6) 0.546

Age group (years)

≤ 1 2 (0.4) 3 (1.7) 0.288

2 – 15 48 (10.6) 15 (8.3) 0.371

16– 39 233 (51.5) 100 (55.6) 0.320

40 – 59 118 (26.1) 44 (24.4) 0.629

≥ 60 51 (11.3) 18 (10.0) 0.619

Gender Female 235 (52.0) 88 (48.9) 0.481

Male 217 (48.0) 92 (51.1) 0.481

Health care settingc

Ambulatory 340 (75.2) 126 (70.0) 0.178

Hospital 112 (24.8) 54 (30.0) 0.178

Previous medical visit 142 (31.4) 64 (31.9) 0.316

Comorbidityd 115 (25.4) 48 (29.4) 0.751

Hypertension 82 (18.1) 30 (16.7) 0.661

Diabetes 25 (5.5) 11 (6.1) 0.776

Asthma 14 (3.1) 8 (4.4) 0.404

Chronic renal failure 8 (1.8) 2 (1.1) 0.549

Othersc 15 (3.3) 11(7.2) 0.669

Deaths 1 (0.2) 1 (0.6) 0.487 a laboratory confirmed dengue cases were positive by at least one of the test (RT-PCR and/or NS1 and/or IgM). b x2 test c considering 540 adult patient (≥ 18 years). d lupus erythematosus; cancer; AIDS; transplantation and hepatitis B or C

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

74

Table 2. Clinical and laboratory findings of confirmed dengue patients estratified by age-group

Features < 15 years N=42 (%)

≥ 15 years N=410 (%) p

a

Signs and symptoms reported or observed during recruitment

Age, years - median (min-max) 10.1 (0-14) 38.4 (15-83) -

Female sex 25 (59.5) 210 (51.2) 0.305

Days of illness - median (min-max) 4 (2-8) 5 (1-13) 0.535g

Headache 36 (85.7) 335 (81.7) 0.519

Prostration 41 (97.6) 373 (91.0) 0.139

Rash 29 (69.0) 269 (65.6) 0.654

Vomit 23 (54.8) 175 (42.7) 0.133

Signs and symptoms reported or observed during the course of the disease

Spontaneous bleeding 20 (47.6) 109 (26.6) 0.004

Gastrointestinal bleeding 3 (7.1) 22 (5.4) 0.631

Neurological alterations 1 (2.4) 24 (5.9) 0.346

Breathing difficulties 0 51 (12.4) 0.015

Icterus 1 (2.4) 17 (4.1) 0.576

Intense abdominal pain 12 (28.6) 66 (16.1) 0.042

Hepatomegaly 3 (11.1) 24 (5.9) 0.737

Effusions and Ascites 4 (9.5) 8 (2.0) 0.004

Main laboratory results during the course of the disease

Hemoconcentration b

12 (29.3) 77 (19.6) 0.146

Leukopenia (< 4000 cel/mL)c

20 (50.0) 230 (58.4) 0.223

Thrombocytopenia (< 100.000 cel/mL)d

9 (22.0) 123 (31.1) 0.307

AST (> 1000)e

0 0 -

ALT (> 1000)f

0 0 -

Clinical classification

Dengue Fever 12 (28.6) 176 (42.9) 0.075

Dengue with Warning Signs 27 (64.3) 211 (51.5) 0.103

Severe Dengue 3 (7.1) 23 (5.6) 0.307

Antibody response patternh

Primary 13 (39.4) 67 (22.7) 0.034

Secondary 20 (60.6) 228 (77.3) 0.034 a x

2 test

b 432 results available;

c 435 results available;

d 433 results available;

e 416 results available;

f 415 results available

Hemoconcentration (children > 44%, adult > 48%) g

Mann-Whitney Test h328 analyzed

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

73

Table 3. Clinical and epidemiological characteristics of 452 laboratory confirmed dengue cases, Central Brazil, 2012 and 2013.

Parameters

Dengue Fever

N=188 (%)

Dengue with Warning

Signs N=238

(%)

Severe Dengue

N=26 (%)

Gender Female 78 (41.5) 143 (60.1) 14 (53.8)

Age group (years)

<1 1 (0.5) 1 (0.5) 0

2 a 14 11 (5.8) 26 (10.9) 3 (11.5)

15 a 39 108 (57.5) 123 (51.6) 10 (38.5)

40 a 59 44 (23.4) 63 (26.5) 11 (42.3)

≥ 60 24 (12.8) 25 (10.5) 2 (7.7)

Comorbidity 46 (24.5) 60 (25.2) 9 (34.6)

Antibody response

pattern

Primary 38 (27.3) 40 (23.0) 2 (13.3)

Secondary 101 (72.7) 134 (77.0) 13 (86.7)

Serotypesa

DENV-1 35 (18.6) 47 (19.7) 9 (34.6)

DENV-2 2 (1.1) 2 (0.8) 0

DENV-3 3 (1,6) 10 (4.2) 0

DENV-4 63 (33.5) 72 (30.3) 0

Undetectable 75 (39.9) 98 (41.2) 15 (57.7)

Not done 10 (5.3) 9 (3.8) 2 (7.7)

aSerotypes determined by reverse-transcription polymerase chain reaction (RT-PCR)

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

74

Table 4. Multinomial analysis of the association between antibody response pattern, serotype and severity of dengue disease as outcome.

Parameters Dengue Fever Dengue with Warning Signs Severe Dengue

N = 188 (%) N = 238 (%) OR (95% CI) p-value N = 26 (%) OR (95% CI) p-value

Gender

Female 78 (41.5) 143 (60.1) 2.12 (1.44 – 3.13) 0.000 14 (53.8) 1.64 (0.72 – 3.75) 0.236

Age group (years)

< 15 12 (6.4) 27 (11.3) Reference - 3 (11.5) Reference -

> 15 176 (93.6) 211 (88.7) 0.53 (0.26 – 1.08) 0.082 23 (88.5) 0.52 (0.14 – 1.99) 0.342

Comorbidity 46 (24.5) 60 (25.2) 1.04 (0.67 – 1.62) 0.860 9 (34.6) 1.63 (0.68 – 3.92) 0.271

Antibody response patterna

Primary 53 (28.2) 62 (26.1) Reference - 3 (11.5) Reference -

Secondary

121 (64.4) 146 (61.3) 1.03 (0,66 – 1.60) 0.890 18 (69.2) 2.63 (0.74 – 9.30) 0.134

Serotypeb

DENV-1 35 (19.7) 47 (19.7) Reference - 9 (34.6) NA -

DENV-4 63 (35.4) 72 (30.3) 0.85 (0.49 – 1.48) 0.568 0 NA -

NA: Not applicable

Reference for the multinomial analysis: dengue fever. a 49 patients not evaluated

bSerotypes determined by reverse-transcription polymerase chain reaction (RT-PCR) and 226 patients not evaluated

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

74

Table 5. Multinomial analysis adjusted by age and sex of the association between antibody

response pattern, serotype and severity of dengue disease as outcome.

Parameters Dengue with Warning Signs Severe Dengue

ORAdj (95% CI) p-value ORAdj (95% CI) p-value

Comorbidity 1.20 (0.72 – 2.00) 0.479 1.74 (0.64 – 4.73) 0.279

Antibody response pattern

Primary Reference - Reference -

Secondary

1.20 (0.76 – 1.89) 0.433 2.80 (0.78 – 10.0) 0.113

Missing

1.93 (0.92 – 4.09) 0.083 6.23 (1.32 – 29.4) 0.021

Serotypea

DENV-1 Reference - NA -

DENV-4 0.80 (0.45 – 1.41) 0.444 NA -

Not evaluated 0.95 (0.56 – 1.62) 0.856 NA -

aSerotypes determined by reverse-transcription polymerase chain reaction (RT-PCR)

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

75

Figures

Figure 1. Flowchart of suspected dengue cases recruited in the study.

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

76

Figure 2. Laboratory diagnosis of symptomatic dengue cases according to days between the

date sample collection and the onset of symptoms, outbreak 2012/2013 city of Goiania

Central Brazil.

1-3 days

Positive/tested (%)

4-7 days

Positive/tested (%)

> 7 days

Positive/tested (%)

NS1 103/255 (40.4) 103/322 (32.0) 12/47 (25.5)

RT-PCR 129/240 (53.8) 107/315 (34.0) 7/45 (15.6)

IgM 64/256 (25.0) 198/323 (61.3) 34/50 (68.0)

Total 176/258 (68.2) 240/324 (74.1) 36/50 (72.0)

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

77

Annex

Annex 1. Association between clinical or laboratory markers and dengue serotypes, Central Brazil, 2012 and 2013.

Parameters

Serotype

pa

DENV-1 DENV-4

N= 91(%) N=135 (%)

FD 35 (38.5) 63 (46.7) 0.22

DwS 47 (51.6) 72 (53.3) 0.80

SD 9 (9.9) 0 0.007

Mean age (dp) 36.4 (17.2) 35.7 (15.9) 0.78b

Hospitalized 11 (12.1) 19 (14.1) 0.666

Gender

Female 45 (49.5) 69 (51.1) 0.807

Type infectionc

Primary 29 (37.7) 25 (20.0) 0.003

Secondary 48 (62.3) 100 (80.0) 0.003

Neurological symptoms 6 (6.7) 3 (2.2) 0.09d

Intense abdominal pains 27 (29.7) 19 (14.1) 0.004

Hepatomegaly 5 (5.5) 4 (3.0) 0.34

Thrombocytopenia 29 (33.7) 24 (18.2) 0.01

Spontaneous bleeding 30 (33.0) 27 (20.0) 0.03

DENV-1 = Virus dengue 1 e DENV-4 = Virus dengue 4 a x2 Test b t-test c 202 case analized d

Fisher's exact test

FD = Fever Dengue DwS = Dengue with Warning Signs SD = Severe Dengue

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

78

Artigo 2

CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS DENGUE DURANTE EPIDEMIA DE

2012-2013 EM GOIÂNIA – GO.

Benigno A. M. Rocha, Valéria C. R. Féres, Adriana O. Guilarde, Lucimeire A. da Silveira,

Angela F. L. Argolo, Monica da Guarda, Celina M. T. Martelli.

RESUMO

Dengue é a arbovirose mais frequente no mundo. A infecção é causada por um Flavivírus,

genoma RNA, que compreende quatro sorotipos antigenicamente distintos (DENV-1-4) e

diferentes linhagens agrupadas dentro de genótipos intratípicos. No Brasil a doença é

endêmica há quase três décadas com ocorrência de principais picos epidêmicos nos anos de

2002, 2008, 2010 e 2013. Entre os anos de 2010 e 2014 houve registro de 4,2 milhões de

casos de dengue correspondendo a mais de 60% dos casos notificados nas Américas e

circulação simultânea dos quatro sorotipos virais. Nesse sentido, estudos que contribuam para

o conhecimento dos sorotipos e das variantes virais de dengue circulantes tornam-se

essenciais para a compreensão dos padrões epidêmicos visando o monitoramento viral e

controle da doença. O presente estudo objetiva caracterizar molecularmente os sorotipos

virais circulantes na epidemia de 2012/2013 em Goiânia-GO. Pacientes ambulatoriais e

hospitalares avaliados clinicamente com coleta de amostra de sangue antes dos sete dias de

doença foram testados pela RT-PCR e selecionadas amostras para o sequenciamento. Dos 600

casos, 243 (40,5%) tiveram o RNA viral detectado. Foram identificados: DENV-1 (37,4%);

DENV-2 (1,6%), DENV-3 (5,3%) e DENV-4 (55,5%). A sequência completa do gene da

região do envelope do DENV-4 foi obtida (GOENVD42013) e o genótipo II identificado,

correspondendo ao genótipo isolado em outras regiões do Brasil. Neste estudo a co-circulação

dos quatros sorotipos virais foi evidenciada pela primeira vez no estado de Goiás. A

introdução do novo sorotipo DENV-4 na região esteve relacionada temporalmente com a

epidemia de dengue no ano de 2013.

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

79

INTRODUÇÃO

Dengue é a arbovirose mais frequente no mundo. Estima-se que 2,5 bilhões de pessoas

vivam em áreas endêmicas (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009) e a cada ano sejam

infectados cerca de 390 milhões de pessoas (BHATT et al., 2013). A infecção pode variar

desde uma febre indiferenciada a sintomas clássicos até formas graves com risco de morte

(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).

Os vírus dengue (DENV 1 a 4) são Flavivírus, família Flaviviridae, possuem genoma

RNA de fita simples positiva (11kb) envolto por um capsídeo icosaédrico e um envelope

lipídico (40-50nm). O genoma codifica uma poliproteína posteriormente clivada em três

proteínas estruturais (envelope (E), capsídeo (C) e membrana (M)) e sete não estruturais

(NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B, NS5). Nas extremidades existem duas regiões não

codificantes denominadas: 5’ e 3’ com 96 e 454 aminoácidos respectivamente (CHAMBERS

et al., 1990; LINDENBACH; RICE, 1999).

No Brasil ocorreram quatro principais epidemias, 2002 (DENV-3), 2008 (DENV-2),

2010 (DENV-1) e 2013 (DENV-1 e 4). Neste período mais de 8,4 milhões de casos de dengue

foram registrados com 3.058 óbitos confirmados (TEIXEIRA et al., 2013). Entre os anos de

2010 e 2014 houve registro de 4,2 milhões de casos de dengue no Brasil, correspondendo a

mais de 60% dos casos notificados nas Américas (BRASIL, 2014c; PAHO, 2015). Os quatro

sorotipos co-circulam desde 2010, ano de re-introdução do DENV-4 no estado de Roraima

(TEMPORAO et al., 2011). Em 2013, todas as 27 unidades federadas notificaram casos de

dengue durante a maior epidemia registrada no país. Cerca de 1,4 milhão de casos foram

registrados com 213 óbitos sendo o DENV-4 o sorotipo prevalente, seguido do DENV-1

(BRASIL, 2015).

Em Goiás, nos últimos cinco anos houve notificação de 472.186 casos suspeitos de

dengue e 367 óbitos. Representando, em média, cerca de 10% dos casos registrados do país.

A menor incidência de casos de dengue observada no período foi de 398,3/100.000 hab. no

ano de 2012 e atingiu 2.233,6/100.000 hab. em 2013. Esse período foi marcado pela re-

emergência do DENV-1 precedendo a epidemia de 2010 e entrada do sorotipo DENV-4

(2011), culminando com a epidemia de 2013 (BRASIL, 2015; GOIÁS, 2013, 2015).

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

80

A variabilidade genética dos vírus dengue tem sido avaliada por estudos filogenéticos

que determinaram variantes virais em cada sorotipo denominados genótipos (CHEN;

VASILAKIS, 2011; GONCALVEZ et al., 2002a; LANCIOTTI et al., 1994; LEITMEYER et

al., 1999b; RICO-HESSE, 1990a; TWIDDY et al., 2002b). A existência de diferentes

linhagens geográficas temporalmente relacionadas tem sido sugerida nesses estudos e

identificam sequências de isolados de vírus agrupados dentro dos genótipos (MENDEZ et al.,

2010).

Esses estudos têm demonstrado a existência de quatro a cinco genótipos dentro de

cada um dos quatro sorotipos. Cinco (I-V) genótipos foram caracterizados no DENV-1, sendo

que no Brasil foi detectado o genótipo V (América e África), mas com múltiplas linhagens

descritas (AZEVEDO, 2011; CARNEIRO et al., 2012b; GONCALVEZ et al., 2002a). O

DENV – 2 tem seis genótipos (asiático I, asiático II, asiático-americano, cosmopolita e

americano, e silvestre) (AÑEZ; MORALES-BETOULLE; RIOS, 2011; TWIDDY;

HOLMES; RAMBAUT, 2003). Com circulação de dois genótipos no Brasil: o genótipo

asiático e o genótipo asiático-americano (MIAGOSTOVICH et al., 1998; ROMANO et al.,

2010; SOUSA, 2014). O sorotipo DENV-3 possui cinco genótipos (I-V) (WEAVER;

VASILAKIS, 2009) com a circulação do genótipo III (Sri Lanka, Índia, África e Samoa) no

Brasil (AQUINO et al., 2006; DE ARAÚJO et al., 2012; LANCIOTTI et al., 1994; RIBEIRO

NOGUEIRA et al., 2005; WITTKE et al., 2002b). O DENV – 4 (genótipos I, II, III e

silvestre) (KLUNGTHONG et al., 2004; LANCIOTTI; GUBLER; TRENT, 1997; WEAVER;

VASILAKIS, 2009) foi identificado no Brasil em um surto em Roraima em 1981 com a

circulação do genótipo I (NUNES et al., 2012; OSANAI et al., 1983). Em 2010 os estudos

identificaram o genótipo II (BRASIL, 2011; NUNES et al., 2012; SOUSA, 2014;

TEMPORAO et al., 2011).

Nesse sentido, estudos que contribuam para o conhecimento da circulação de sorotipos

e das variantes virais de dengue, bem como para o monitoramento da introdução de novos

genótipos tornam-se essenciais para a compreensão dos padrões epidêmicos visando o

controle da doença (KLUNGTHONG et al., 2004; WEAVER; VASILAKIS, 2009).

Poucos são os estudos moleculares que avaliaram as variantes virais circulantes em

Goiás. Diante do cenário epidemiológico atual, esses estudos constituem papel relevante para

vigilância viral da dengue na compreensão do padrão epidemiológico observado

regionalmente.

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

81

Portanto, estudo tem como objetivo caracterizar molecularmente os sorotipos virais

circulante na epidemia de 2012/ 2013 em Goiânia – GO, Brasil.

MATERIAIS E MÉTODOS

Delineamento e população de estudo

O estudo foi conduzido no município de Goiânia-GO (1.412.364 habitantes) (IBGE, 2015)

situado na região Centro - Oeste do Brasil, no período de 1º janeiro de 2012 a 31 de julho de

2013. Pacientes com suspeita clínica de dengue foram recrutados em oito unidades públicas e

privadas, ambulatoriais e hospitalares de referência para o atendimento de casos de dengue.

Foram incluídos no estudo os pacientes que consentiram em participar da pesquisa, eram

residentes em Goiânia-GO e assinaram (ou seus representantes legais) o termo de

consentimento informado. Estes foram avaliados clinicamente segundo classificação do

Ministério da Saúde (BRASIL, 2014d) e tiveram amostra de sangue coletada na fase aguda da

doença (<= 7 dias do início dos sintomas) para a realização de sorotipagem viral. A partir da

identificação do sorotipo foram selecionadas amostras para caracterização genética.

Aspectos éticos

Este estudo faz parte de um projeto multicêntrico intitulado “Imunopatogenia da infecção do

dengue: determinantes genéticos virais e dos hospedeiros (humano e vetor) associados à

patogenia do dengue” e foi aprovado pelo comitê de éticas em pesquisa Centro de Pesquisa

Aggeu Magalhães (FIOCRUZ – PE) sob o n. 24/11. Essa pesquisa seguiu as resoluções do

Conselho Nacional de Saúde 196/ 1996 e 466/ 2012.

Procedimentos laboratoriais

As amostras de sangue coletadas nas unidades de saúde foram processadas para a separação

do soro e transportadas em gelo seco, sob condições de biossegurança, e crioconservadas à -

80ºC até o momento da realização dos testes. A transcriptase reversa seguida da reação em

cadeia da polimerase (RT-PCR) e reação de seqüenciamento foram realizados no Laboratório

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

82

de Biologia Molecular e Imunologia das Doenças Infecciosas do Instituto de Patologia

Tropical e Saúde Pública - UFG.

RT-PCR para sorotipagem viral

Extração do RNA: o RNA viral foi extraído em duplicata a partir de 140 µL de soro, por meio

da utilização do kit QIAamp Viral RNA Mini Kit (QIAGEN, Inc., Valencia, EUA). O RNA

foi eluído em 60µL de tampão de eluição, de acordo com as instruções do fabricante.

Tipagem Viral: a obtenção do cDNA foi realizada por transcrição reversa à 40oC por 60 min

usando 10 uL de RNA viral e 10 uL da mistura reagente contendo primer randômico e

50U/uL da transcriptase reversa (MultiscribeTM

, Appllied Biosystems, US). A amplificação

dos fragmentos requeridos foi procedida em duas etapas: primeiramente, foram utilizados

iniciadores consensuais (D1 e D2) para os quatro sorotipos dos DENV, complementares as

sequências dos genes que codificam as proteínas C e prM. A mistura de reação consistiu de

2X PCR Master Mix (Promega, US), cada primer a 0,5 µM (Invitrogen, US) e água livre de

RNAse e DNAse completando um volume final de 45µl, seguido de 40 ciclos de amplificação

de 94oC por 30 seg, 58

oC por 1 min, 72

oC por 2 min e extensão final a 72

oC de 10 min. Para

amplificação foi utilizando o termociclador SwiftTM

Maxi Thermal Cycler (Esco

Technologies, US). No procedimento semi-nested, foram utilizados iniciadores específicos

TS1, TS2, TS3 e TS4 gerando produtos amplificados (amplicons) com tamanhos específicos

(pb) para detecção dos DENV-1 a 4, respectivamente, segundo o protocolo descrito por

Lanciotti et al. (1992). Os produtos de PCR adicionados ao Gel Red (Biotium, BRA) e padrão

de peso molecular 100 bp (Invitrogen, US), foram submetidos à eletroforese com gel de

agarose 1,2% e visualizados em transluminador UV (Major Science, US).

Genotipagem viral

Iniciadores: para a amplificação do gene do envelope foram utilizados os oligonucleotídeos

descritos nas publicações de Araújo et.al. (2012) e representados na tabela 1.

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

83

Tabela 1 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope do DENV-4

Região Primer sense A Primer antisense B Posição do

genoma

Produto Tm

(ºC)

(5’-3’) (5’-3’) (de acordo

com

JN559741.2)

(pb)

A/B

1 TCC AAA TCG

GAA GCT TGC TT

GAC CCA TGC TCC

ACC TGA GA 11 - 978 967 59/60

2

GGA AGC ATG

CTC AGA GAG

TAG AGA

ATC CCA GCA CTG

TCA CAT CCT 767 - 1678 911 58/58

3

GTC ACC ATC

GGT TGA AGT

CAA A

GCA CGT CAT GGC

CAT TGA 1416 - 2352 936 59/59

4 TCA TTG GGA

AAG GCT GTG C

CCA TGG ACC CAC

GGT TTG 2206 - 3187 981 58/59

5

GTG TGT GAC

CAC AGG CTG

ATG

CCT CA AGC CAT

GAC CAA TG 2932 - 3932 1000 59/60

Reação em cadeia da polimerase RT-PCR: em um tubo tipo eppendorf adicionamos 27,5μL

de água livre de nucleases (Promega, Madison, EUA), 2,5 μL (500 nM) do iniciador sense

(Invitrogen, EUA), 2,5 μL (500 nM) do iniciador antisense (Invitrogen, EUA) e 12,5μL do

Acessquick Master Mix (2x) (Promega, Madison, EUA). À mistura foram adicionados 5μL de

cDNA. A amplificação foi realizada em 30 ciclos de desnaturação 94°C por 30 segundos,

54°C / 62°C por 1 minuto (dependendo do par de iniciadores utilizado) e 72°C por 2 minutos,

com uma extensão final a 72°C por 10 minutos utilizando termociclador SwiftTM Maxi

Thermal Cycler (Esco Technologies, US). Os produtos amplificados foram submetidos à

eletroforese em gel de agarose (BioAmerica Inc., Miami, USA – cat nº D1500 – LE) a 1% em

TBE 0,5X, por 60 minutos a 100V.

Purificação: a purificação foi feita diretamente do produto da PCR usando o “kit comercial

PCR Purification” (Qiagen, Inc., Valencia, CA) segundo protocolo do fabricante. O DNA

purificado foi armazenado a -20 ºC até o momento do uso.

Quantificação do DNA: para quantificar o DNA presente em cada amostra determinar a

quantidade ideal de DNA a ser adicionada a reação de PCR de seqüenciamento, em um gel de

agarose a 2% aplicamos 4 µL de peso molecular de massa Low DNA Mass (Invitrogen,

Carlsbad, CA) no primeiro orifício do gel e 4 µL do DNA a ser quantificado nos demais

orifícios, juntamente com 2 µL de GelRed e 2 µL de sacarose. O procedimento teve duração

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

84

de 60 minutos a 100v. A concentração do DNA foi estimada por meio da comparação dos

amplicons com o peso molecular de massa.

Reação de seqüenciamento: 2-8 µL do DNA (20-200 ng) foi sequenciado diretamente em

ambas as direções usando 2µL de Big DyeTerminator Cicle Sequencing Randy (Applied

Biosystems, Foster City, CA), 2 µL do primer específico, e água para completar um volume

de 10 µl (Sanger et al, 1997). Submetemos a mistura à seguinte condição de termociclagem:

30 ciclos de 94ºC por 1 minuto, 30 ciclos de 2 minutos com a TM específica do primer

utilizado e 30 ciclos de 3 minutos a 72 ºC, utilizando termociclador SwiftTM Maxi Thermal

Cycler (Esco Technologies, US).

Purificação para remoção de DyeTerminators

Precipitação com isopropanol: foi adicionado 60 uL de Isopropanol a 65% ao produto do

sequenciamento, homogeneizado e deixado em repouso ao abrigo da luz por 20 minutos. Em

seguida centrifugamos (Centrífuga Refrigerada Eppendorf de Placas 5804R, Germany) por 45

minutos à 2000 rcf a 20º C e descartado o sobrenadante por inversão. Foi adicionado 250 uL

de etanol 60%, centrifugado por 10 minutos a 2000 rcf a 20 ºC e novamente descartado o

sobrenadante. Depois lavamos com 100 uL de etanol a 60% com centrifugação por 10

minutos a 2000 rcf a 20º C. Última centrifugação por 1 minuto a 500 rpm com placa invertida

sobre papel absorvente, vedada com papel alumínio para secagem no termociclador a 95º C

por 2 minutos.

Desnaturação: foi adicionado 10µL de formamida Hi-Di (Applied Biosystems, P/N 4311320)

à placa com o material seqüenciado e purificado, aquecido por 2 minutos a 95ºC no

termociclador e mantido no banho de gelo até que os 10µL tenham sido aplicados na placa do

sequenciador automático sequenciador automático ABI 3130 - Applied Biosystems.

Análise filogenética

Para análise filogenética utilizamos sequências protótipo representativas dos genótipos GEN

I, GEN II, GEN III e GEN Silvestre do DENV-4 e cepas representativas de outros estados

brasileiros disponíveis no Genbank (http://www.ncbi.nlm.nih.gov).

Um banco de sequências do gene do envelope ou sequência completa do vírus representativas

do genótipo DENV-4 foi constituído segundo ano de isolamento e local de origem (tabela 3),

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

85

como raiz usamos o DENV-3 (GQ398256). Foram excluídas todas as sequências descritas

como clones e sequências previamente de isolamento com mais de 2 passagens.

As sequências foram submetidas ao BLAST (Basic Local Alignment Search Tool/NCBI

http://blast.ncbi.nlm.nih.gov/Blast.cgi) para verificar a similaridade com as sequências de

DENV-4. O alinhamento das sequências obtidas e das sequências selecionadas para

comparação foi realizado pelo Clustal W, incluído no programa Molecular Evolutionary

Genetics Analysis - MEGA versão 6.06 (http://www.megasoftware.net/), onde, também,

analisamos o percentual de identidade entre as sequências e construímos a árvore filogenética,

por meio dos métodos Neighbor Joining e Tamura Nei e bootstrap de 1000 replicações. Para

permitir o enraizamento da árvore foi colocada uma sequência de DENV-3 como grupo

externo no banco.

RESULTADOS

O presente estudo abrangeu os meses de ocorrência de epidemia de dengue nos anos de 2012

e 2013. Foi realizado o exame de RT-PCR em amostras de 600 pacientes com suspeita de

dengue foram recrutados nas unidades de saúde de Goiânia-GO. A razão de sexo

homem:mulher foi de 1.03:1 e a média de idade de 35,2 anos (0 – 83). A maioria dos casos

foram ambulatoriais 440 (73,3%), sendo 160 (26,7%) hospitalizados. A confirmação de

infecção pelos vírus dengue pela presença de RNA viral ocorreu em 243 (40,5%) dos 600

testados pela RT-PCR. A positividade foi significantemente diferente entre os anos variando

de 22,6% (24/106) em 2012 a 44,3 (219/294) em 2013 (p<0,001).

Os quatro sorotipos foram identificados nos dois anos de estudo (Figura 1). DENV-1

91(37,4%), DENV-2, 2(1,6%), DENV-3, 13(5,3%) e o DENV-4 em 135 (55,5%) dos

pacientes.

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

86

DENV-1 DENV-4 DENV-3 DENV-1 Pares de bases

100

200

300

400

Figura 1. Eletroforese em gel de agarose de produtos amplificados pela transcrição reversa

seguida da reação em cadeia pela polimerase (RT-PCR) para a tipagem dos vírus dengue em

amostras de pacientes de Goiânia 2012/2013.

A figura 2 mostra a circulação concomitante dos quatro sorotipos e a ocorrência por mês nos

anos de estudo. Todos os sorotipos foram identificados nos dois anos de estudo, sendo o

DENV-1 e o DENV-4 com maior frequência. O DENV-1, 11 (45,8%) casos em 2012 e 80

(36,5%) em 2013. DENV-4, detectado 10 (41,7%) casos em 2012 e 125 (57,1%) em 2013

(125 casos). Os quatro casos de DENV-2 foram distribuídos entre os dois anos, um em 2012 e

três em 2013, respectivamente e para o DENV-3 dois casos (8,3%) foram detectados em 2012

e 11 (5,0%) em 2013. O maior percentual de detecção ocorreu entre os dias 1 e 3 dias de

doença 129/240 (53,8%) e após o quarto dia de doença foi identificado o RNA viral em

114/360 (31,7%) pacientes.

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

87

Figura 2. Distribuição, por mês e ano, dos sorotipos de dengue identificados em amostras de

pacientes, durante a epidemia de 2012/ 2013, em Goiânia – GO, Brasil.

Reconstrução Filogenética do DENV-4

Das cinco amostras de DENV-4 submetidas ao sequenciamento, uma teve a sequência do

gene do envelope completa. A análise desta foi realizada no programa Mega 6.06, usando o

método de inferência filogenética Neighbor-Joining, modelo de substituição de nucleotídeo

Tamura-Nei e bootstrapde 1000 replicações. Para a caracterização do genótipo foram usadas

sequências do gene E do sorotipo 4 obtidas no GenBank (Figura 3). As seqüências

nucleotídicas foram submetidas ao programa Blast e apresentaram 98% de com cepas isoladas

nos anos de 2010 e 2011 nas regiões Norte e Sudeste do Brasil. Após a construção da árvore

filogenética a amostra do nosso estudo (GOENVD42013) alinhou-se com o genótipo II

(Figura 3).

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

88

Figura 3. Árvore filogenética para caracterização genética do DENV-4 obtido de amostra de

paciente da epidemia 2013 em Goiânia-GO, Brasil pelo método de Neighbor-Joining.

DISCUSSÃO

Estudos epidemiológicos têm mostrado a emergência de novos sorotipos que antecederam

grandes epidemias. Em Goiás, o DENV-1 foi o sorotipo prevalente nas epidemias desde sua

introdução em 1994 até 2002, quando houve substituição pelo DENV-3 repercutindo na

epidemia de 2003 (FERES et al., 2006; MACIEL; SIQUEIRA JÚNIOR; TURCHI

MARTELLI, 2008; SIQUEIRA JUNIOR et al., 2011). No período de 2003 a 2007 observou-

se a intensificação da interiorização da dengue em Goiás com predomínio do DENV-3

(BRASIL, 2008; MACIEL; SIQUEIRA JÚNIOR; TURCHI MARTELLI, 2008). O DENV-2,

detectado em 1998 (SIQUEIRA et al., 2004), diferentemente de outros estados no Brasil,

manteve circulação nos anos seguintes sem apresentar-se como sorotipo predominante dentre

os isolados no laboratório de referência no estado (Lacen-GO/SES). Em 2008, o predomínio

dos isolados durante a epidemia foi o DENV-3 (GOIÂNIA, 2015). A partir de 2009 houve

recirculação importante do DENV-1 e alta transmissão da doença, culminando com a

epidemia de 2010 (BRASIL, 2008; SIQUEIRA JUNIOR et al., 2011). O DENV-4 foi

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

89

detectado em Goiás no final de 2011 e, em 2013 foi o sorotipo prevalente (~60%), seguido do

DENV-1 (GOIÁS, 2013).

O clima tropical com altas temperaturas e o período chuvoso entre novembro e março

favorecem a proliferação do mosquito Aedes e, consequentemente a maior transmissão do

vírus da dengue nesse período (BARRETO; TEIXEIRA, 2008). O presente estudo foi

realizado nos meses de epidemia, janeiro a junho dos anos de 2012 e 2013 e mostra a co-

circulação dos quatro sorotipos virais em Goiás. O DENV-4 (55,1%) foi o sorotipo detectado

com maior frequência na maior epidemia registrada na região (ano 2013), à semelhança do

ocorrido no Brasil (AMÂNCIO et al., 2014; BRAGA et al., 2014; BRASIL, 2015). O DENV-

1 foi o sorotipo mais frequente na epidemia de 2010 e ainda persiste circulando em alta

frequência em 2012 e 2013 (GOIÁS, 2015; SIQUEIRA JUNIOR et al., 2011). Nesse estudo o

DENV-1 representou (37,4%) em 2012 e (36,5%) 2013 confirmando a eficiência de

transmissão desse sorotipo observada em dados epidemiológicos (BRASIL, 2015). A

introdução do DENV-4 (2011) encontrou condições para sua transmissão em população

suscetível repercutindo na alta incidência de casos na epidemia de 2013 (GOIÁS, 2015).

DENV-3 e DENV-2 permanecem co-circulando na região em menor frequência de casos nos

anos do estudo. Estes resultados estão em consonância com os dados epidemiológicos

registrados em Goiás (GOIÂNIA, 2015).

A positividade de 40,5% para o RNA viral detectada nesse estudo está dentro da média de

detecção observada em outros estudos que utilizaram também esta metodologia de detecção,

onde são observados índices de 20,5% (GUIMARÃES, 2014), 25,3% (FERES, 2008), 31,4%

(MISHRA et al., 2014), de 45,7% (NOGUEIRA, 2005) e de 42,5% (CORDEIRO, 2010). O

maior percentual de detecção ocorreu no período de viremia, entre os dias 1 e 3 dias de

doença 129/240 (53,8%), entretanto a sensibilidade da técnica permitiu identificar 114/360

(31,7%) após o quarto dia de doença. Durante a viremia é esperado uma maior positividade

dos testes de biologia molecular para dengue (PEELING et al., 2010; WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 2009) e estudos vêm demonstrando isso (DA COSTA; FAÇANHA, 2011;

GROBUSCH et al., 2006).

A sensibilidade de detecção de RNA viral pela RT-PCR foi amplamente discutida de

diferentes estudos mostrando que os testes moleculares tornaram-se ferramentas importantes

para o diagnóstico e identificação dos sorotipos virais da dengue de forma mais rápida diante

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

90

de outros testes virológicos, mas não moleculares, como o isolamento viral

(KUMARASAMY et al., 2007a; POLONI, 2009; SHU; HUANG, 2004b).

A caracterização genética da região do envelope do genoma do DENV-4 evidenciou que a

cepa circulante em Goiânia-GO no período 2013 pertence ao genótipo II. O mesmo genótipo

foi encontrado em espécimes biológicas oriundas das regiões Norte, Nordeste e Sudeste

brasileiro (DE SOUZA et al., 2011; NUNES et al., 2012; SOUSA, 2014; TEMPORAO et al.,

2011). A sequencia alinhou-se com outras sequências depositadas no GenBank oriundas da

Venezuela e dos estados brasileiros de Roraima, Amazonas, Pará e São Paulo, com uma

identidade de 98%. Estudo realizado em Goiânia – GO por (GUIMARÃES, 2014), também

mostrou alta similaridade com a cepa de Roraima, Brasil, 2010.

Originário da Indonésia, o DENV – 4 entrou no continente americano e se espalhou para o

Caribe em 1981(KLUNGTHONG et al., 2004; LANCIOTTI; GUBLER; TRENT, 1997;

WEAVER; VASILAKIS, 2009). À época foram identificados dois genótipos I (Tailândia,

Filipinas, Sri Lanka e Japão) e II (Indonésia, Malásia, Taiti, Caribe e América), sendo o

primeiro constituído por cepas do sudeste asiático e Pacífico e o segundo por cepas do

continente americano (LANCIOTTI; GUBLER; TRENT, 1997). Neste mesmo ano foi

identificado no Brasil em um surto em Roraima, com a circulação do genótipo I (NUNES et

al., 2012; OSANAI et al., 1983). Após 28 anos, o DENV-4 re-emergiu em Roraima e se

dispersou para o resto do país, sendo o principal sorotipo circulante, com o predomínio do

genótipo II (BRASIL, 2011; NUNES et al., 2012; SOUSA, 2014; TEMPORAO et al., 2011).

A co-circulação dos quatro sorotipos do vírus dengue numa mesma região do país é mais

comum em países do Sudeste Asiático e América Central (HALSTEAD, 2006; OOI; GOH;

GUBLER, 2006). À exemplo do Sudeste asiático as epidemias ocorrem de longa data e a re-

infecção por diferente sorotipo é encontrada em maior frequência, assim como um grande

número de casos de dengue grave (HALSTEAD, 2006; OOI; GUBLER, 2009).

No Brasil a circulação simultânia dos quatro sorotipos e a alta incidência da doença relatadas

na última década pode ser a responsável pela ocorrência de formas graves e hospitalizações de

pacientes com dengue (TEIXEIRA et al., 2013).

Neste estudo a co-circulação dos quatros sorotipos virais foi evidenciada pela primeira vez no

estado de Goiás. O genótipo II do DENV-4 foi identificado e mostrou que a introdução deste

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

91

novo sorotipo na região esteve relacionada temporalmente com a epidemia de dengue no ano

de 2013.

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

92

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABUBAKAR, S.; WONG, P.-F.; CHAN, Y.-F. Emergence of dengue virus type 4 genotype

IIA in Malaysia. The Journal of general virology, v. 83, n. Pt 10, p. 2437–42, out. 2002.

AKBAR, N. A. et al. Regarding dengue-how best to classify itClinical Infectious Diseases,

2012.

ALEXANDER, N. et al. Multicentre prospective study on dengue classification in four South-

east Asian and three Latin American countries. Tropical medicine & international health :

TM & IH, v. 16, n. 8, p. 936–48, ago. 2011.

AMÂNCIO, F. F. et al. Dengue virus serotype 4 in a highly susceptible population in

Southeast Brazil. Journal of Infection and Public Health, v. 7, n. 6, p. 547–552, nov. 2014.

AMARASINGHE, A. et al. Dengue virus infection in Africa. Emerging infectious diseases,

v. 17, p. 1349–1354, 2011.

AMARASINGHE, A.; MAHONEY, R. T. Estimating potential demand and supply of

dengue vaccine in BrazilHuman Vaccines, jul. 2011. Disponível em:

<http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3225768&tool=pmcentrez&rend

ertype=abstract>. Acesso em: 28 ago. 2014

AMORIM, J. H. et al. Protective immunity to DENV2 after immunization with a recombinant

NS1 protein using a genetically detoxified heat-labile toxin as an adjuvant. Vaccine, v. 30, n.

5, p. 837–45, 20 jan. 2012.

ANDERSON, C. R.; DOWNS, W. G.; HILL, A. E. Isolation of dengue virus from a human

being in Trinidad. Science, v. 124, n. 3214, p. 224–5, 3 ago. 1956.

AÑEZ, G.; MORALES-BETOULLE, M. E.; RIOS, M. Circulation of different lineages of

dengue virus type 2 in Central America, their evolutionary time-scale and selection pressure

analysis. PLoS ONE, v. 6, 2011.

AQUINO, V. H. et al. Molecular epidemiology of dengue type 3 virus in Brazil and Paraguay,

2002-2004. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 75, n. 4, p. 710–715,

out. 2006.

AZEVEDO, A. D. S. Instituto Oswaldo Cruz Pós-Graduação em Biologia Celular e

Molecular Desenvolvimento de vacinas de DNA contra o vírus da dengue baseadas na

proteína do envelope viral Instituto Oswaldo Cruz Pós-Graduação em Biologia Celular e

Molecular Desenvolvimento de . 2011.

BANDYOPADHYAY, S.; LUM, L. C. S.; KROEGER, A. Classifying dengue: a review of

the difficulties in using the WHO case classification for dengue haemorrhagic fever. Tropical

medicine & international health : TM & IH, v. 11, n. 8, p. 1238–55, ago. 2006.

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

93

BARRETO, M. L.; TEIXEIRA, M. G. Dengue no Brasil: situação epidemiológica e

contribuições para uma agenda de pesquisaEstudos Avançados, 2008.

BEATTY, M. E. et al. Health economics of dengue: a systematic literature review and expert

panel’s assessment. The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 84, n. 3, p.

473–88, mar. 2011.

BERTOLACCI-ROCHA, L. G. et al. Introduction of the dengue virus type 4 in the State of

Mato Grosso do Sul, Brazil. Cadernos de saúde pública, v. 30, n. 8, p. 1789–92, ago. 2014.

BHASKAR, E. et al. Prevalence, patterns, and factors associated with bleeding tendencies in

dengue. Journal of infection in developing countries, v. 9, n. 1, p. 105–10, jan. 2015.

BHATT, S. et al. The global distribution and burden of dengue. Nature, v. 496, n. 7446, p.

504–507, 2013.

BONA, A. C. D.; TWERDOCHLIB, A. L.; NAVARRO-SILVA, M. A. Genetic diversity of

dengue virus serotypes 1 and 2 in the State of Paraná, Brazil, based on a fragment of the

capsid/premembrane junction regionRevista da Sociedade Brasileira de Medicina

TropicalSBMT, , jun. 2012. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-

86822012000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=en>. Acesso em: 6 ago. 2014

BRADY, O. J. et al. Refining the Global Spatial Limits of Dengue Virus Transmission by

Evidence-Based Consensus. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 6, 2012a.

BRADY, O. J. et al. Refining the Global Spatial Limits of Dengue Virus Transmission by

Evidence-Based Consensus. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 6, n. 8, p. e1760, jan.

2012b.

BRAGA, J. C. D. et al. Clinical, Molecular, and Epidemiological Analysis of Dengue Cases

during a Major Outbreak in the Midwest Region of Minas Gerais, Brazil. Journal of tropical

medicine, v. 2014, p. 276912, jan. 2014.

BRANCO, M. DOS R. F. C. et al. Risk factors associated with death in Brazilian children

with severe dengue: a case-control study. Clinics (São Paulo, Brazil), v. 69, n. 1, p. 55–60,

jan. 2014.

BRASIL. Informe Epidemiológico da Dengue de Janeiro a Novembro de 2008. Brasilia -

DF: [s.n.].

BRASIL. Balanço Dengue, Situação Epidemiológica e Atividades Desenvolvidas. Brasilia

- DF: [s.n.]. Disponível em:

<http://www.fiocruz.br/rededengue/media/Dengue_BalancoMS2011.pdf>.

BRASIL. Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança. 4o. ed. Brasilia - DF:

[s.n.].

Page 98: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

94

BRASIL. Incidência de Dengue. Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas, 1990 a

2013. Brasilia - DF: [s.n.]. Disponível em:

<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados-dengue>.

BRASIL. Nova classificação de caso de Dengue - OMS. Brasilia - DF: [s.n.]. Disponível

em:

<http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/Download/Nova_classificacao_de_caso_de_den

gue_OMS.pdf>.

BRASIL. Incidência de Dengue . Brasil , Grandes Regiões e Unidades Federadas , 1990 a

2013 *Brasília - DFMinistério da Saúde, , 2014c. Disponível em:

<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/31/Dengue-classica-at---2013.pdf>

BRASIL. Boletim Epidemiológico. Monitoramento dos casos de dengue e febre de

chikungunya até a Semana Epidemiológica (SE) 52 de 2014. Brasilia - DF: [s.n.].

BRASIL, M. DA S. Guia de vigilância em saúde. 1o Ediçao ed.Brasília - DF: [s.n.].

BRATHWAITE DICK, O. et al. The history of dengue outbreaks in the Americas. The

American journal of tropical medicine and hygiene, v. 87, n. 4, p. 584–93, out. 2012.

BRITO, C. A. A.; LUCENA-SILVA, N.; GOMES, P. Different forms of presentation of

exanthema in dengue Diferentes formas de apresentação de exantema em dengue. v. 40, n. 3,

p. 376–377, 2007.

BRITO, C. A. A. DE. Dengue em Recife, Pernambuco: padrõesclínicos,

epidemiológicos,laboratoriais e faotres de risco associados à forma grave da doença. [s.l:

s.n.].

CAPEDING, M. R. et al. Clinical efficacy and safety of a novel tetravalent dengue vaccine in

healthy children in Asia: a phase 3, randomised, observer-masked, placebo-controlled trial.

The Lancet, v. 6736, n. 14, p. 1–8, jul. 2014.

CARDOSA, M. J. et al. IgM capture ELISA for detection of IgM antibodies to dengue virus:

comparison of 2 formats using hemagglutinins and cell culture derived antigens. The

Southeast Asian journal of tropical medicine and public health, v. 23, p. 726–729, 1992.

CARNEIRO, A. R. et al. Molecular characterisation of dengue virus type 1 reveals lineage

replacement during circulation in Brazilian territory. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz,

v. 107, n. 6, p. 805–12, set. 2012a.

CARNEIRO, A. R. et al. Molecular characterisation of dengue virus type 1 reveals lineage

replacement during circulation in Brazilian territory. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz,

v. 107, n. 6, p. 805–812, set. 2012b.

CARRASCO, L. R. et al. Economic impact of dengue illness and the cost-effectiveness of

future vaccination programs in Singapore. PLoS neglected tropical diseases, v. 5, n. 12, p.

e1426, dez. 2011.

Page 99: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

95

CHAMBERS, T. J. et al. Flavivirus genome organization, expression, and replication.

Annual review of microbiology, v. 44, p. 649–88, jan. 1990.

CHAO, D.-Y.; DAVIS, B. S.; CHANG, G.-J. J. Development of multiplex real-time reverse

transcriptase PCR assays for detecting eight medically important flaviviruses in mosquitoes.

Journal of clinical microbiology, v. 45, n. 2, p. 584–9, fev. 2007.

CHAREONSOOK, O. et al. Changing epidemiology of dengue hemorrhagic fever in

Thailand. Epidemiology and infection, v. 122, n. 1, p. 161–6, fev. 1999.

CHEN, C.-Y. et al. Diabetes Mellitus Increases Severity of Thrombocytopenia in Dengue-

Infected Patients. International Journal of Molecular Sciences, v. 16, n. 2, p. 3820–3830,

10 fev. 2015.

CHEN, R.; VASILAKIS, N. Dengue-Quo tu et quo vadis?Viruses, set. 2011. Disponível

em:

<http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3187692&tool=pmcentrez&rend

ertype=abstract>. Acesso em: 29 ago. 2014

CHUNGUE, E. et al. Molecular epidemiology of dengue-1 and dengue-4 viruses. Journal of

General Virology, v. 76, n. 7, p. 1877–1884, 1 jul. 1995.

CORDEIRO, J. DA S. Caracterizaçao Molecular e Análise Filogenética dos Vírus Dengue

Circulantes na Cidade de Boa Vista, Roraima, Brasil. [s.l.] Instituto Nacional de Pesquisa

da Amazônia, 2010.

DA COSTA, C. A.; FAÇANHA, G. P. Sorotipos virais de dengue identificados em crianças

de Manaus, Estado do Amazonas, 2008. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina

Tropical, v. 44, n. 2, p. 249–251, abr. 2011.

DA COSTA, V. G.; MARQUES-SILVA, A. C.; MORELI, M. L. A meta-analysis of the

diagnostic accuracy of two commercial NS1 antigen ELISA tests for early dengue virus

detection. PloS one, v. 9, n. 4, p. e94655, jan. 2014.

DE ARAÚJO, J. M. G. et al. Origin and evolution of dengue virus type 3 in Brazil. PLoS

neglected tropical diseases, v. 6, n. 9, p. e1784, jan. 2012.

DE PINA, J. J. et al. [Pathogenic approach of thrombopenia in dengue and its hemorrhagic

complications]. Bulletin de la Société de pathologie exotique (1990), v. 88, n. 1, p. 3–6, jan.

1995.

DE SOUZA, R. P. et al. Dengue virus type 4 phylogenetics in brazil 2011: Looking beyond

the veil. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 5, n. 12, p. e1439, dez. 2011.

DE SOUZA, V. A. U. F. et al. Use of an immunoglobulin G avidity test to discriminate

between primary and secondary dengue virus infections. Journal of clinical microbiology, v.

42, p. 1782–1784, 2004.

Page 100: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

96

DEEN, J. L. et al. The WHO dengue classifi cation and case defi nitions : time for a

reassessment. v. 368, p. 170–173, 2006.

DURHAM, D. P. et al. Dengue dynamics and vaccine cost-effectiveness in Brazil. Vaccine,

v. 31, n. 37, p. 3957–61, 20 ago. 2013.

ECKELS, K. H. et al. Modification of dengue virus strains by passage in primary dog kidney

cells: preparation of candidate vaccines and immunization of monkeys. The American

journal of tropical medicine and hygiene, v. 69, n. 6 Suppl, p. 12–6, dez. 2003.

ESCOSTEGUY, C. C. et al. Diferenças, segundo faixa etária, do perfil clínico-

epidemiológico dos casos de dengue grave atendidos no Hospital Federal dos Servidores do

Estado, Rio de Janeiro-RJ, Brasil, durante a epidemia de 2008. Epidemiologia e Serviços de

Saúde, v. 22, n. 1, p. 67–76, 2013.

FAGBAMI, A. H. et al. Dengue type 1 epidemic with haemorrhagic manifestations in Fiji,

1989-90. Bulletin of the World Health Organization, v. 73, n. 3, p. 291–7, jan. 1995.

FARIA, N. R. D. C. et al. Twenty years of DENV-2 activity in Brazil: molecular

characterization and phylogeny of strains isolated from 1990 to 2010. PLoS neglected

tropical diseases, v. 7, n. 3, p. e2095, jan. 2013.

FERES, V. C. R. et al. Laboratory surveillance of dengue virus in Central Brazil, 1994-2003.

Journal of clinical virology : the official publication of the Pan American Society for

Clinical Virology, v. 37, n. 3, p. 179–83, nov. 2006.

FERES, V. C. R. Epidemiologia Molecular Do Vírus Dengue Tipo 3 Em Goiânia, Goiás,

2005-2006. [s.l.] Universidade Federal de Goiás, 2008.

FIGUEIREDO, L. T. M. The Brazilian flaviviruses. Microbes and Infection, v. 2, n. 13, p.

1643–1649, nov. 2000.

GOIÂNIA. Informe técnico semanal dengue. Goiânia - GO: [s.n.]. Disponível em:

<http://www.saude.goiania.go.gov.br/docs/divulgacao/Informe dengue 06 01 15 SE 53.pdf>.

GOIÁS. Boletim Semanal de Dengue - Goiás 2013.Secretaria Estadual de Saúde. Goânia

- GO: [s.n.]. Disponível em: <http://www.saude.go.gov.br/index.php?idEditoria=4208>.

GOIÁS. Boletim Semanal De Dengue - Goiás 2014: Semana Epidemiológica 1 a 53

(14/12/2013 a 03/01/2015). Goânia - GO: [s.n.].

GOMBER, S. et al. Hematological observations as diagnostic markers in dengue hemorrhagic

fever--a reappraisal. Indian pediatrics, v. 38, p. 477–481, 2001.

GONCALVEZ, A. P. et al. Diversity and evolution of the envelope gene of dengue virus type

1. Virology, v. 303, p. 110–119, 2002a.

Page 101: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

97

GONCALVEZ, A. P. et al. Diversity and Evolution of the Envelope Gene of Dengue Virus

Type 1. Virology, v. 303, n. 1, p. 110–119, nov. 2002b.

GROBUSCH, M. P. et al. Evaluation of the use of RT-PCR for the early diagnosis of dengue

fever. Clinical Microbiology and Infection, v. 12, p. 395–397, 2006.

GUBLER, D. J. Dengue and dengue hemorrhagic fever in the Americas. Puerto Rico health

sciences journal, v. 6, p. 107–111, 1987.

GUBLER, D. J. Dengue and dengue hemorrhagic fever. Clinical microbiology reviews, v.

11, n. 3, p. 480–96, jul. 1998.

GUBLER, D. J. Dengue/dengue haemorrhagic fever: history and current status. Novartis

Foundation symposium, v. 277, p. 3–16; discussion 16–22, 71–73, 251–253, jan. 2006.

GUBLER, D. J. Dengue, Urbanization and Globalization: The Unholy Trinity of the 21st

CenturyTropical Medicine and Health, dez. 2011. Disponível em:

<http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3317603&tool=pmcentrez&rend

ertype=abstract>. Acesso em: 17 jan. 2015

GUBLER, D. J. Dengue Viruses: Their Evolutins, History and Emergence as a Global Public

Health Problem. In: DUANE J. GUBLER, ENG EONG OOI, SUBHASH VASUDEVAN, J.

F. (Ed.). . Dengue and Dengue Hemorrhagic Fever. 2nd. ed. London - UK: [s.n.]. p. 1–29.

GUILARDE, A. O. et al. Dengue and dengue hemorrhagic fever among adults: clinical

outcomes related to viremia, serotypes, and antibody response. The Journal of infectious

diseases, v. 197, n. 6, p. 817–24, 15 mar. 2008.

GUIMARÃES, V. N. Identificação e caracterização molecular do vírus dengue em

indivíduos sintomáticos atendidos na rede pública de saúde de Goiânia – Goiás , durante

o período epidêmico 2012-2013 Goiânia. [s.l.] Universidade Federal de Goiás, 2014.

GUMNÚN, M. G. et al. Fiebre hemorragica del dengue con sindrome de choque en niños

cubanos. Bol of Sanit Panama, 1988.

GUTIÉRREZ, G. et al. Evaluation of the diagnostic utility of the traditional and revised WHO

dengue case definitions. PLoS neglected tropical diseases, v. 7, n. 8, p. e2385, jan. 2013.

GUY, B. et al. From research to phase III: preclinical, industrial and clinical development of

the Sanofi Pasteur tetravalent dengue vaccine. Vaccine, v. 29, n. 42, p. 7229–41, 23 set. 2011.

GUZMAN, M. Dengue and dengue hemorrhagic fever in the Americas: lessons and

challenges. Journal of Clinical Virology, v. 27, n. 1, p. 1–13, maio 2003.

GUZMAN, M. G. et al. Dengue haemorrhagic fever in Cuba. I. Serological confirmation of

clinical diagnosis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene,

v. 78, p. 235–238, 1984.

Page 102: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

98

GUZMAN, M. G. et al. Dengue: a continuing global threat. Nature reviews. Microbiology,

v. 8, n. 12 Suppl, p. S7–16, dez. 2010.

GUZMÁN, M. G. et al. Enhanced severity of secondary dengue-2 infections: death rates in

1981 and 1997 Cuban outbreaks. Revista panamericana de salud pública = Pan American

journal of public health, v. 11, n. 4, p. 223–7, abr. 2002.

GUZMÁN, M. G.; KOURÍ, G. Advances in dengue diagnosis. Clinical and diagnostic

laboratory immunology, v. 3, n. 6, p. 621–7, nov. 1996.

GUZMÁN, M. G.; KOURI, G. Dengue diagnosis, advances and challenges. International

Journal of Infectious Diseases, v. 8, n. 2, p. 69–80, mar. 2004.

HADINEGORO, S. R. S. The revised WHO dengue case classification: does the system need

to be modified? Paediatrics and international child health, v. 32 Suppl 1, p. 33–8, maio

2012.

HALSTEAD, S. Pathogenesis of dengue: challenges to molecular biology. Science, v. 239, n.

4839, p. 476–481, 29 jan. 1988a.

HALSTEAD, S. B. Pathogenesis of dengue: challenges to molecular biology. Science (New

York, N.Y.), v. 239, p. 476–481, 1988b.

HALSTEAD, S. B. et al. Dengue hemorrhagic fever in infants: research opportunities

ignored. Emerging infectious diseases, v. 8, n. 12, p. 1474–9, dez. 2002.

HALSTEAD, S. B. Dengue in the Americas and Southeast Asia: do they differ? Revista

panamericana de salud pública = Pan American journal of public health, v. 20, n. 6, p.

407–15, dez. 2006.

HALSTEAD, S. B. Dengue. Lancet, v. 370, p. 1644–1652, 2007.

HAMMOND, S. N. et al. Differences in dengue severity in infants, children, and adults in a 3-

year hospital-based study in Nicaragua. The American journal of tropical medicine and

hygiene, v. 73, n. 6, p. 1063–70, dez. 2005.

HARRIS, E. et al. Rapid subtyping of dengue viruses by restriction site-specific (RSS)-PCR.

Virology, v. 253, n. 1, p. 86–95, 5 jan. 1999.

HENCHAL, E. A. et al. Rapid identification of dengue virus isolates by using monoclonal

antibodies in an indirect immunofluorescence assay. The American journal of tropical

medicine and hygiene, v. 32, n. 1, p. 164–9, jan. 1983.

HO, T.-S. et al. Clinical and laboratory predictive markers for acute dengue infection.

Journal of biomedical science, v. 20, p. 75, jan. 2013.

HORSTICK, O. et al. Reviewing the development, evidence base, and application of the

revised dengue case classificationPathogens and Global Health, maio 2012. Disponível

Page 103: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

99

em:

<http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3408880&tool=pmcentrez&rend

ertype=abstract>. Acesso em: 28 jul. 2014

IBGE. População residente em Goânia - GO. Disponível em:

<http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=520870&search=goias|goi

ania>.

IBGE. Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2014

publicadas no Diário Oficial da União em 28/08/2014, 2015.

ICTV. Virus Taxonomy, 2013.

JAISWAL, S.; KHANNA, N.; SWAMINATHAN, S. Replication-defective adenoviral

vaccine vector for the induction of immune responses to dengue virus type 2. Journal of

virology, v. 77, p. 12907–12913, 2003.

JAYARATNE, S. D. et al. Evaluation of the WHO revised criteria for classification of

clinical disease severity in acute adult dengue infection. BMC research notes, v. 5, p. 645,

jan. 2012.

KALAYANAROOJ, S. et al. Early clinical and laboratory indicators of acute dengue illness.

The Journal of infectious diseases, v. 176, n. 2, p. 313–21, ago. 1997.

KALAYANAROOJ, S.; NIMMANNITYA, S. Is dengue severity related to nutritional

status?Southeast Asian Journal of Tropical Medicine and Public Health, mar. 2005.

Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15916044>. Acesso em: 18 fev. 2015

KLUNGTHONG, C. et al. The molecular epidemiology of dengue virus serotype 4 in

Bangkok, Thailand. Virology, v. 329, n. 1, p. 168–179, 10 nov. 2004.

KOURI, G. P. et al. Dengue haemorrhagic fever/dengue shock syndrome: lessons from the

Cuban epidemic, 1981. Bulletin of the World Health Organization, v. 67, n. 4, p. 375–80,

jan. 1989.

KOURI, G. P.; GUZMÁN, M. G.; BRAVO, J. R. Why dengue haemorrhagic fever in Cuba?

2. An integral analysis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and

Hygiene, v. 81, n. 5, p. 821–823, set. 1987.

KUMARASAMY, V. et al. Evaluating the sensitivity of a commercial dengue NS1 antigen-

capture ELISA for early diagnosis of acute dengue virus infection. Singapore medical

journal, v. 48, p. 669–673, 2007a.

KUMARASAMY, V. et al. Evaluating the sensitivity of a commercial dengue NS1 antigen-

capture ELISA for early diagnosis of acute dengue virus infection. Singapore medical

journal, v. 48, n. 7, p. 669–73, jul. 2007b.

Page 104: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

100

LANCIOTTI, R. S. et al. Rapid detection and typing of dengue viruses from clinical samples

by using reverse transcriptase-polymerase chain reaction. Journal of clinical microbiology,

v. 30, n. 3, p. 545–51, mar. 1992.

LANCIOTTI, R. S. et al. Molecular evolution and epidemiology of dengue-3 viruses. The

Journal of general virology, v. 75 ( Pt 1), p. 65–75, jan. 1994.

LANCIOTTI, R. S.; GUBLER, D. J.; TRENT, D. W. Molecular evolution and phylogeny of

dengue-4 viruses. The Journal of general virology, v. 78 ( Pt 9), p. 2279–84, set. 1997.

LAOPRASOPWATTANA, K. et al. Acute Respiratory Failure and Active Bleeding Are the

Important Fatality Predictive Factors for Severe Dengue Viral Infection. PLoS ONE, v. 9, n.

12, p. e114499, 2 dez. 2014.

LEE, M.-S. et al. Clinical characteristics of dengue and dengue hemorrhagic fever in a

medical center of southern Taiwan during the 2002 epidemic. Journal of microbiology,

immunology, and infection = Wei mian yu gan ran za zhi, v. 39, n. 2, p. 121–129, abr.

2006.

LEITMEYER, K. C. et al. Dengue virus structural differences that correlate with

pathogenesis. Journal of virology, v. 73, n. 6, p. 4738–47, jun. 1999a.

LEITMEYER, K. C. et al. Dengue virus structural differences that correlate with

pathogenesis. Journal of virology, v. 73, n. 6, p. 4738–47, jun. 1999b.

LIBRATY, D. H. et al. Differing influences of virus burden and immune activation on disease

severity in secondary dengue-3 virus infections. The Journal of infectious diseases, v. 185,

n. 9, p. 1213–21, 1 maio 2002.

LINDENBACH, B. D.; RICE, C. M. Genetic interaction of flavivirus nonstructural proteins

NS1 and NS4A as a determinant of replicase function. Journal of virology, v. 73, n. 6, p.

4611–4621, jun. 1999.

LING, L. M.; WILDER-SMITH, A.; LEO, Y. S. Fulminant hepatitis in dengue haemorrhagic

fever. Journal of clinical virology : the official publication of the Pan American Society

for Clinical Virology, v. 38, n. 3, p. 265–8, mar. 2007.

LÚCIA, M.; FERREIRA, B.; CAVALCANTI, C. G. MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS

DE DENGUE Estudo de 41 casos. v. 63, p. 488–493, 2005.

MACIEL, I. J.; SIQUEIRA JÚNIOR, J. B.; TURCHI MARTELLI, C. M. Epidemiologia e

desafios no controle do dengue. Revista de Patologia Tropical, v. 37, p. 111–130, 2008.

MACKAY, I. M.; ARDEN, K. E.; NITSCHE, A. Real-time PCR in virology. Nucleic acids

research, v. 30, n. 6, p. 1292–305, 15 mar. 2002.

MARTÍNEZ, E. et al. [Dengue fever and hemorrhagic dengue in infants with a primary

infection]. Revista cubana de medicina tropical, v. 45, n. 2, p. 97–101, jan. 1993.

Page 105: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

101

MARTINS, A. C. et al. Seroprevalence and seroconversion of dengue and implications for

clinical diagnosis in amazonian children. Interdisciplinary perspectives on infectious

diseases, v. 2014, p. 703875, jan. 2014.

MENDEZ, J. A. et al. Phylogenetic history demonstrates two different lineages of dengue

type 1 virus in Colombia. Virology journal, v. 7, p. 226, jan. 2010.

MIAGOSTOVICH, M. P. et al. Molecular epidemiology of DEN-2 virus in Brazil.

Mem??rias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 93, n. 5, p. 625–626, set. 1998.

MISHRA, G. et al. Molecular characterization of dengue viruses circulating during 2009-

2012 in Uttar Pradesh, India. Journal of medical virology, 2 jun. 2014.

MISRA, U. K. et al. Neurological manifestations of dengue virus infection. Journal of the

Neurological Sciences, v. 244, p. 117–122, 2006.

MONGKOLSAPAYA, J. et al. Original antigenic sin and apoptosis in the pathogenesis of

dengue hemorrhagic fever. Nature medicine, v. 9, n. 7, p. 921–7, jul. 2003.

MURPHY, B. R.; WHITEHEAD, S. S. Immune response to dengue virus and prospects for a

vaccine. Annual review of immunology, v. 29, p. 587–619, 2011.

MURRELL, S.; WU, S.-C.; BUTLER, M. Review of dengue virus and the development of a

vaccine. Biotechnology advances, v. 29, n. 2, p. 239–47, 2011.

NARAYANAN, M. et al. Dengue fever epidemic in Chennai--a study of clinical profile and

outcome. Indian pediatrics, v. 39, n. 11, p. 1027–33, nov. 2002.

NAVARRETE-ESPINOSA, J. et al. Clinical profile of dengue hemorrhagic fever cases in

Mexico. Salud pública de México, v. 47, n. 3, p. 193–200, 2005.

NIMMANNITYA, S. Clinical spectrum and management of dengue haemorrhagic fever. The

Southeast Asian journal of tropical medicine and public health, v. 18, n. 3, p. 392–7, set.

1987.

NISALAK, A. et al. Serotype-specific dengue virus circulation and dengue disease in

Bangkok, Thailand from 1973 to 1999. American Journal of Tropical Medicine and

Hygiene, v. 68, n. 2, p. 191–202, 2003.

NISHIURA, H.; HALSTEAD, S. B. Natural history of dengue virus (DENV)-1 and DENV-4

infections: reanalysis of classic studies. The Journal of infectious diseases, v. 195, p. 1007–

1013, 2007.

NOGUEIRA, R. M. et al. Dengue virus type 3 in Rio de Janeiro, Brazil. Memórias do

Instituto Oswaldo Cruz, v. 96, n. 7, p. 925–6, out. 2001.

NOGUEIRA, R. M. R. et al. Isolation of dengue virus type 2 in Rio de Janeiro. Memórias do

Instituto Oswaldo Cruz, v. 85, n. 2, p. 253–253, jun. 1990.

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

102

NOGUEIRA, R. M. R. et al. Dengue haemorrhagic fever/dengue shock syndrome (DHF/DSS)

caused by serotype 2 in Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 86, n. 2, p. 269–

269, jun. 1991.

NOGUEIRA, S. A. [The challenge of diagnosing dengue in children]. Jornal de pediatria, v.

81, n. 3, p. 191–2, 2005.

NUNES, M. R. T. et al. Phylogeography of dengue virus serotype 4, Brazil, 2010-2011.

Emerging Infectious Diseases, v. 18, n. 11, p. 1858–1864, nov. 2012.

OOI, E.-E.; GOH, K.-T.; GUBLER, D. J. Dengue prevention and 35 years of vector control in

Singapore. Emerging infectious diseases, v. 12, n. 6, p. 887–93, jun. 2006.

OOI, E.-E.; GUBLER, D. J. Dengue in Southeast Asia: epidemiological characteristics and

strategic challenges in disease prevention. Cadernos de saude publica / Ministerio da

Saude, Fundacao Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saude Publica, v. 25 Suppl 1, p.

S115–S124, 2009.

OSANAI, C. H. et al. [Dengue outbreak in Boa Vista, Roraima. Preliminary report]. Revista

do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 25, n. 1, p. 53–4, 1983.

OSMAN, O.; FONG, M. Y.; SEKARAN, S. D. Genetic characterization of dengue virus type

1 isolated in Brunei in 2005-2006. The Journal of general virology, v. 90, n. Pt 3, p. 678–

86, mar. 2009.

PAHO. Number of Reporter Cases of Dengue and Severe Dengue (SD) in the Americas,

by Country: Figures for 2014 (to week noted each country). New York - US: [s.n.].

Disponível em:

<http://proquest.umi.com.ezp01.library.qut.edu.au/pqdweb?did=424991961&Fmt=7&clientId

=14394&RQT=309&VName=PQD&cfc=1>.

PAN, H. Y.; CHOW, J. S. A case of hemorrhagic dengue without hypovolemia in an

adult.Tropical and geographical medicine, 1984.

PAWITAN, J. A. Dengue virus infection: predictors for severe dengue. Acta medica

Indonesiana, v. 43, n. 2, p. 129–135, abr. 2011a.

PAWITAN, J. A. Dengue virus infection: predictors for severe dengue. Acta medica

Indonesiana, v. 43, n. 2, p. 129–135, 2011b.

PEELING, R. W. et al. Evaluation of diagnostic tests: dengue. Nature reviews.

Microbiology, v. 8, p. S30–S38, 2010.

PENNA, M. L. F. Um desafio para a saúde pública brasileira: o controle do dengue.

Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 1, p. 305–309, fev. 2003.

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

103

PINHEIRO, F. P.; CORBER, S. J. Global situation of dengue and dengue haemorrhagic fever,

and its emergence in the Americas. World health statistics quarterly. Rapport trimestriel

de statistiques sanitaires mondiales, v. 50, n. 3-4, p. 161–9, jan. 1997.

PINHEIROA, F. P.; CORBERB, S. J. Global situation of dengue and dengue haemorrhagic

ferve, and its emergence in the Americas. W/d hlth statist. quart 50, v. 50, p. 161–168,

1997.

POLONI, T. R. S. Detecção e tipificação do vírus da dengue por RT-PCR em tempo real

Detecção e tipificação do vírus da dengue por RT-PCR em tempo real. [s.l: s.n.].

POOVORAWAN, Y. et al. Dengue virus infection: a major cause of acute hepatic failure in

Thai children. Ann Trop Paediatr, v. 26, p. 17–23, 2006.

PRASAD, D. et al. Accuracy and applicability of the revised WHO classification (2009) of

dengue in children seen at a tertiary healthcare facility in northern India. Infection, v. 41, n. 4,

p. 775–82, ago. 2013.

RIBEIRO NOGUEIRA, R. M. et al. Dengue virus type 3, Brazil, 2002. Emerging Infectious

Diseases, v. 11, n. 9, p. 1376–1381, set. 2005.

RICO-HESSE, R. Molecular evolution and distribution of dengue viruses type 1 and 2 in

nature. Virology, v. 174, p. 479–493, 1990a.

RICO-HESSE, R. Molecular evolution and distribution of dengue viruses type 1 and 2 in

nature. Virology, v. 174, n. 2, p. 479–493, fev. 1990b.

RICO-HESSE, R. et al. Molecular evolution of dengue type 2 virus in Thailand. The

American journal of tropical medicine and hygiene, v. 58, p. 96–101, 1998.

RICO-HESSE, R. Microevolution and virulence of dengue viruses. Advances in Virus

Research, v. 59, p. 315–341, jan. 2003.

RICO-HESSE, R. Dengue virus markers of virulence and pathogenicity. Future virology, v.

4, n. 6, p. 581, 1 nov. 2009.

RIGAU-PÉREZ, J. G. et al. Dengue and dengue haemorrhagic fever. Lancet, v. 352, n. 9132,

p. 971–7, 19 set. 1998.

ROCCO, I. M.; KAVAKAMA, B. B.; SANTOS, C. L. First isolation of dengue 3 in Brazil

from an imported case. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 43, n. 1,

p. 55–7, 1998.

ROCHA, B. A. M. Perfil Clínico Epidemiológico da Dengue em Menores de 15 Anos de

Idade, no Município de Goiânia Goiás. [s.l.] Universidade Federal de Goiás, 2008.

ROMANO, C. M. et al. Characterization of dengue virus type 2: New insights on the 2010

brazilian epidemic. PLoS ONE, v. 5, n. 7, p. e11811, jan. 2010.

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

104

ROSEN, L. The Emperor’s New Clothes revisited, or reflections on the pathogenesis of

dengue hemorrhagic fever. The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 26,

p. 337–343, 1977a.

ROSEN, L. The Emperor’s New Clothes revisited, or reflections on the pathogenesis of

dengue hemorrhagic fever. The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 26,

n. 3, p. 337–43, maio 1977b.

SABCHAREON, A. et al. Safety and immunogenicity of tetravalent live-attenuated dengue

vaccines in Thai adult volunteers: role of serotype concentration, ratio, and multiple doses.

The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 66, n. 3, p. 264–72, mar. 2002.

SABCHAREON, A. et al. Safety and immunogenicity of a three dose regimen of two

tetravalent live-attenuated dengue vaccines in five- to twelve-year-old Thai children. The

Pediatric infectious disease journal, v. 23, n. 2, p. 99–109, fev. 2004.

SABCHAREON, A. et al. Protective efficacy of the recombinant, live-attenuated, CYD

tetravalent dengue vaccine in Thai schoolchildren: a randomised, controlled phase 2b trial.

Lancet, v. 380, n. 9853, p. 1559–67, 3 nov. 2012.

SAN MARTÍN, J. L. et al. The epidemiology of dengue in the americas over the last three

decades: a worrisome reality. The American journal of tropical medicine and hygiene, v.

82, n. 1, p. 128–35, jan. 2010.

SA-NGASANG, A. et al. Evaluation of RT-PCR as a tool for diagnosis of secondary dengue

virus infection. Japanese Journal of Infectious Diseases, v. 56, n. 5-6, p. 205–209, 2003.

SCHATZMAYR, H. G.; NOGUEIRA, R. M. R.; ROSA, A. P. A. T. DA. An outbreak of

dengue virus at Rio de Janeiro - 1986Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 1986.

SEIJO, A.; CERNIGOI, B.; DEODATO, B. Dengue imported from Paraguay to Buenos

Aires. Clinical and epidemiological report of 38 cases. Medicina, v. 61, p. 137–141, 2001.

SENEVIRATNE, S. L.; MALAVIGE, G. N.; DE SILVA, H. J. Pathogenesis of liver

involvement during dengue viral infectionsTransactions of the Royal Society of Tropical

Medicine and Hygiene, 2006.

SHEPARD, D. S. et al. Cost-effectiveness of a pediatric dengue vaccine. Vaccine, v. 22, n. 9-

10, p. 1275–80, 12 mar. 2004.

SHU, P.; HUANG, J. Current Advances in Dengue. Clinical and Diagnostic Laboratory

Immunology, v. 11, n. 4, p. 642–650, 2004a.

SHU, P.-Y. et al. Comparison of capture immunoglobulin M (IgM) and IgG enzyme-linked

immunosorbent assay (ELISA) and nonstructural protein NS1 serotype-specific IgG ELISA

for differentiation of primary and secondary dengue virus infections. Clinical and diagnostic

laboratory immunology, v. 10, p. 622–630, 2003.

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

105

SHU, P.-Y.; HUANG, J.-H. Current advances in dengue diagnosis. Clinical and diagnostic

laboratory immunology, v. 11, n. 4, p. 642–650, jul. 2004b.

SIERRA, B. et al. HLA-A, -B, -C, and -DRB1 allele frequencies in Cuban individuals with

antecedents of dengue 2 disease: advantages of the Cuban population for HLA studies of

dengue virus infection. Human immunology, v. 68, n. 6, p. 531–40, jun. 2007.

SILVA, A. M. DA. CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DOS VÍRUS DENGUE

CIRCULANTES EM PERNAMBUCO : [s.l.] Fundaçao Oswaldo Cruz, 2013.

SINHA, G. Sanofi’s dengue vaccine first to complete phase 3. Nature biotechnology, v. 32,

n. 7, p. 605–6, 8 jul. 2014.

SIQUEIRA, J. B. et al. Household survey of dengue infection in central Brazil: spatial point

pattern analysis and risk factors assessment. The American journal of tropical medicine

and hygiene, v. 71, n. 5, p. 646–51, nov. 2004.

SIQUEIRA, J. B. et al. Dengue and dengue hemorrhagic fever, Brazil, 1981-2002. Emerging

infectious diseases, v. 11, n. 1, p. 48–53, 2005.

SIQUEIRA JUNIOR, B. et al. Dengue no Brasil: tendências e mudanças na epidemiologia,

com ênfase nas epidemias de 2008. In: MINISTÉRIO DA SAÚDE (Ed.). . Saúde Brasil

2010: uma análise da situação de saúde e de evidências selecionadas de impacto de ações

de vigilância em saúde. 1o. ed. Brasilia - DF: [s.n.]. p. 157 –171.

SOARES, C. N. et al. OLIGOSYMPTOMATIC DENGUE INFECTION A potential cause of

Guillain Barré syndrome. Arquivos de neuro-psiquiatria, v. 66, p. 234–237, 2008.

SOLOMON, T. et al. Neurological manifestations of dengue infection. Lancet, v. 355, n.

9209, p. 1053–9, 25 mar. 2000.

SOUSA, D. M. C. DE. Caracterização genética e evolução dos vírus dengue no estado do

rio grande do norte. [s.l.] Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014.

SOUZA, L. J. DE et al. Aminotransferase changes and acute hepatitis in patients with dengue

fever: analysis of 1,585 cases. The Brazilian journal of infectious diseases : an official

publication of the Brazilian Society of Infectious Diseases, v. 8, n. 2, p. 156–63, abr. 2004.

SRIKIATKHACHORN, A. et al. Virus-induced decline in soluble vascular endothelial

growth receptor 2 is associated with plasma leakage in dengue hemorrhagic Fever. Journal of

virology, v. 81, n. 4, p. 1592–600, fev. 2007.

SRIKIATKHACHORN, A. et al. Dengue--how best to classify it. Clinical infectious

diseases : an official publication of the Infectious Diseases Society of America, v. 53, n. 6,

p. 563–7, set. 2011.

Page 110: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

106

STEPHENS, H. A. F. HLA and Other Gene Associations with Dengue Disease Severity.

Current Topics in Microbiology and Immunology, Current Topics in Microbiology and

Immunology. v. 338, p. 15–34, 2010.

TADEU, L.; FIGUEIREDO, M. Dengue in Brazil : Past , Present and Future Perspective

Brazilian flaviviruses. Dengue Bulletin, v. 27, n. 1, p. 25–33, 2003.

TANG, D. C.; DEVIT, M.; JOHNSTON, S. A. Genetic immunization is a simple method for

eliciting an immune response. Nature, v. 356, n. 6365, p. 152–4, 12 mar. 1992.

TEIXEIRA, M. G. et al. Epidemiological trends of dengue disease in Brazil (2000-2010): a

systematic literature search and analysis. PLoS neglected tropical diseases, v. 7, n. 12, p.

e2520, jan. 2013.

TEMPORAO, J. G. et al. Dengue virus serotype 4, Roraima State, Brazil. Emerging

infectious diseases, v. 17, n. 5, p. 938–40, maio 2011.

THOMAS, S. J. et al. A phase II, randomized, safety and immunogenicity study of a re-

derived, live-attenuated dengue virus vaccine in healthy adults. The American journal of

tropical medicine and hygiene, v. 88, p. 73–88, 2013.

TRISTÃO-SÁ, R. et al. Clinical and hepatic evaluation in adult dengue patients : a

prospective two-month cohort study. Rev Soc Bras Med Trop, v. 45, n. 6, p. 675–681, dez.

2012.

TRUNG, D. THE; WILLS, B. Clinical features of Dengue. In: DUANE J. GUBLER, ENG

EONG OOI, SUBHASH VASUDEVAN, J. F. (Ed.). . Dengue and Dengue Hemorrhagic

Fever. 2nd. ed. London - UK: [s.n.]. p. 115–144.

TSAI, J. J. et al. Effect of serotypes on clinical manifestations of dengue fever in adults.

Journal of microbiology, immunology, and infection = Wei mian yu gan ran za zhi, v. 42,

n. 6, p. 471–8, dez. 2009.

TWIDDY, S. S. et al. Phylogenetic relationships and differential selection pressures among

genotypes of dengue-2 virus. Virology, v. 298, p. 63–72, 2002a.

TWIDDY, S. S. et al. Phylogenetic Relationships and Differential Selection Pressures among

Genotypes of Dengue-2 Virus. Virology, v. 298, n. 1, p. 63–72, jun. 2002b.

TWIDDY, S. S.; HOLMES, E. C.; RAMBAUT, A. Inferring the Rate and Time-Scale of

Dengue Virus Evolution. Molecular Biology and Evolution, v. 20, n. 1, p. 122–129, 1 jan.

2003.

VASCONCELOS, P. F. et al. A large epidemic of dengue fever with dengue hemorrhagic

cases in Ceará State, Brazil, 1994. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo,

v. 37, n. 3, p. 253–5, 1995.

Page 111: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

107

VILLAR, L. et al. Efficacy of a Tetravalent Dengue Vaccine in Children in Latin America.

New England Journal of Medicine, v. 372, p. 113–123, 2015.

WALI, J. P. et al. Cardiac involvement in Dengue haemorrhagic fever. International

Journal of Cardiology, v. 64, p. 31–36, 1998.

WAN, S.-W. et al. Current progress in dengue vaccines. Journal of biomedical science, v.

20, p. 37, 2013.

WANG, W.-K. et al. High Levels of Plasma Dengue Viral Load during Defervescence in

Patients with Dengue Hemorrhagic Fever: Implications for Pathogenesis. Virology, v. 305, n.

2, p. 330–338, jan. 2003.

WEAVER, S. C.; VASILAKIS, N. Molecular evolution of dengue viruses: Contributions of

phylogenetics to understanding the history and epidemiology of the preeminent arboviral

disease. Infection, Genetics and Evolution, v. 9, n. 4, p. 523–540, jul. 2009.

WERE, F. The dengue situation in Africa. Paediatrics and International Child Health, v.

32, p. 18–21, 2012.

WHITEHEAD, S. S. et al. Prospects for a dengue virus vaccine. Nature reviews.

Microbiology, v. 5, n. 7, p. 518–28, jul. 2007.

WHO. SEARO | Comprehensive Guidelines for Prevention and Control of Dengue and

Dengue Haemorrhagic Fever. New Dheli: SEARO | WHO South-East Asia Region, 2011.

WHO. Dengue and severe dengue. Disponível em:

<www.who.int/mediacentre/factsheets/fs117/en/index.html>.

WHO. Handbook for Clinical Management of Dengue. s/n ed.Geneva, Switzerland: [s.n.].

WHO. Treatment, prevention and control global strategy for dengue prevention and

control 2012-2020. s/n ed.Geneva, Switzerland: [s.n.].

WILDER-SMITH, A.; GUBLER, D. J. Geographic Expansion of Dengue: The Impact of

International TravelMedical Clinics of North America, nov. 2008. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061757>. Acesso em: 11 jan. 2015

WITTKE, V. et al. Extinction and rapid emergence of strains of dengue 3 virus during an

interepidemic period. Virology, v. 301, p. 148–156, 2002a.

WITTKE, V. et al. Extinction and Rapid Emergence of Strains of Dengue 3 Virus during an

Interepidemic Period. Virology, v. 301, n. 1, p. 148–156, set. 2002b.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Dengue: guidelines for diagnosis, treatment,

prevention, and control. New Editio ed.Geneva, Switzerland: [s.n.].

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

108

WU, S. F. et al. Evaluation of protective efficacy and immune mechanisms of using a non-

structural protein NS1 in DNA vaccine against dengue 2 virus in mice. Vaccine, v. 21, p.

3919–3929, 2003.

YUNKER, C. E.; CORY, J. Plaque Production by Arboviruses in Singh ’ s Aedes albopictus

Cells. Applied Microbiology, v. 29, n. 1, p. 81–89, 1975.

Page 113: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

109

6 DISCUSSÃO

Nossos resultados mostram diferenças em características clínicas entre pacientes com dengue

infectados com DENV-4 sorotipos DENV-1 ou durante um grande surto no Brasil Central. As

crianças apresentaram maiores freqüências de vários sinais de alerta de dengue de gravidade

da doença, tais como hemorragia espontânea, dor abdominal intensa e sintomas neurológicos

em comparação com adultos. A infecção secundária era mais propenso a ocorrer na população

adulta, no entanto, mais do que 60% das crianças e quase 80% dos pacientes adultos tinham

anteriormente infecção por dengue que ponta uma circulação de DENV na região. Poucos

estudos compararam as características clínicas e alterações laboratoriais na faixa etária

pediátrica com adultos no Brasil (BRITO, 2007; ESCOSTEGUY et al., 2013).

Em um estudo clínico prospectivo anterior realizado na mesma cidade (2000), mostrou que,

casos leves de dengue foram predominantes entre os adultos (GUILARDE et al., 2008). Em

nosso estudo, classificou a maioria dos pacientes pediátricos e adultos como Dengue com

sinais de alerta, seguido de alguns casos de dengue grave. Esta distribuição reflete as

características clínicas de pacientes com dengue tratados em clínicas dia e hospitais de

referência selecionados durante o período da epidemia 2012/2013. Ele não se parece com os

pacientes de dengue completo já que a maioria dos casos classificados como dengue, de

acordo com o sistema de vigilância, são mais leves (SINAN, 2012/2013).

É importante observar que todos os pacientes classificados como dengue grave foram

infectadas com DENV-1 e nenhum com DENV-4. No entanto, estamos conscientes de que o

tamanho da amostra em relação à forma grave da doença é pequena para tirar conclusões.

Curiosamente, os dados históricos descritos por Hastead nas primeiras décadas de epidemias

de dengue mostra relação de diferenças de manifestação clínica entre os sorotipos DENV-1 e

DENV-4, no Sudeste Asiático, onde o DENV-1 foi mais propenso para causar casos graves

em comparação com DENV-4 (NISHIURA; HALSTEAD, 2007). As diferenças na

severidade por ano de estudo pode sugerir que outros fatores além do sorotipo desempenham

um papel na gravidade da doença.

Page 114: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

110

Uma das forças do presente estudo foi o recrutamento de paciente dengue cerca de dois anos

após a introdução deste serotipo no Brasil Central. Neste contexto, é provável que a maioria

da população na área de estudo era susceptível ao DENV-4 o que explica o surto corrente com

a predominância da circulação do DENV-4. Na verdade, DENV-4 foi previamente isolada em

nove pacientes no Estado vizinho de Mato Grosso do Sul em 2012. Os autores havia alertado

sobre a possibilidade de surtos devido à introdução deste sorotipo nas populações suscetíveis

a ele (BERTOLACCI-ROCHA et al., 2014). Outro ponto forte do nosso estudo é que os

pacientes recrutados em diversos ambulatórios e hospitais de referência para atendimento de

casos de dengue da região. No entanto, a nossa população do estudo incluiu apenas os

pacientes que vivem em zona urbana e os resultados não podem ser generalizados para áreas

rurais ou em outras regiões do país. Comparação das manifestações clínicas, os padrões de

resposta de anticorpo e a gravidade da doença foram restritas aos sorotipos DENV-4 e

DENV-1. Alguns pacientes tiveram os sorotipos DENV-2 ou DENV-3 detectados. Estes

resultados são concordantes com o sistema de vigilância laboratorial. É interessante que o

sorotipo DENV-2 nunca foi predominantemente registrado pela vigilância viral nas duas

últimas décadas na área de estudo (FERES et al., 2006).

Estudos epidemiológicos têm mostrado a emergência de novos sorotipos que antecederam

grandes epidemias. Em Goiás, o DENV-1 foi o sorotipo prevalente nas epidemias desde sua

introdução em 1994 até 2002, quando houve substituição pelo DENV-3 repercutindo na

epidemia de 2003 (FERES et al., 2006; MACIEL; SIQUEIRA JÚNIOR; TURCHI

MARTELLI, 2008; SIQUEIRA JUNIOR et al., 2011). No período de 2003 a 2007 observou-

se a intensificação da interiorização da dengue em Goiás com predomínio do DENV-3

(BRASIL, 2008; MACIEL; SIQUEIRA JÚNIOR; TURCHI MARTELLI, 2008). O DENV-2,

detectado em 1998 (SIQUEIRA et al., 2004), diferentemente de outros estados no Brasil,

manteve circulação nos anos seguintes sem apresentar-se como sorotipo predominante dentre

os isolados no laboratório de referência no estado (Lacen-GO/SES). Em 2008, o predomínio

dos isolados durante a epidemia foi o DENV-3 (GOIÂNIA, 2015). A partir de 2009 houve

recirculação importante do DENV-1 e alta transmissão da doença, culminando com a

epidemia de 2010 (BRASIL, 2008; SIQUEIRA JUNIOR et al., 2011). O DENV-4 foi

detectado em Goiás no final de 2011 e, em 2013 foi o sorotipo prevalente (~60%), seguido do

DENV-1 (GOIÁS, 2013).

Page 115: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

111

O clima tropical com altas temperaturas e o período chuvoso entre novembro e março

favorecem a proliferação do mosquito Aedes e, consequentemente a maior transmissão do

vírus da dengue nesse período (BARRETO; TEIXEIRA, 2008). O presente estudo foi

realizado nos meses de epidemia, janeiro a junho dos anos de 2012 e 2013 e mostra a co-

circulação dos quatro sorotipos virais em Goiás. O DENV-4 (55,1%) foi o sorotipo detectado

com maior frequência na maior epidemia registrada na região (ano 2013), à semelhança do

ocorrido no Brasil (AMÂNCIO et al., 2014; BRAGA et al., 2014; BRASIL, 2015). O DENV-

1 foi o sorotipo mais frequente na epidemia de 2010 e ainda persiste circulando em alta

frequência em 2012 e 2013 (GOIÁS, 2015; SIQUEIRA JUNIOR et al., 2011). Nesse estudo o

DENV-1 representou (37,4%) em 2012 e (36,5%) 2013 confirmando a eficiência de

transmissão desse sorotipo observada em dados epidemiológicos (BRASIL, 2015). A

introdução do DENV-4 (2011) encontrou condições para sua transmissão em população

suscetível repercutindo na alta incidência de casos na epidemia de 2013 (GOIÁS, 2015).

DENV-3 e DENV-2 permanecem co-circulando na região em menor frequência de casos nos

anos do estudo. Estes resultados estão em consonância com os dados epidemiológicos

registrados em Goiás (GOIÂNIA, 2015).

A positividade de 40,5% para o RNA viral detectada nesse estudo está dentro da média de

detecção observada em outros estudos que utilizaram também esta metodologia de detecção,

onde são observados índices de 20,5% (GUIMARÃES, 2014), 25,3% (FERES, 2008), 31,4%

(MISHRA et al., 2014), de 45,7% (NOGUEIRA, 2005) e de 42,5% (CORDEIRO, 2010). O

maior percentual de detecção ocorreu no período de viremia, entre os dias 1 e 3 dias de

doença 129/240 (53,8%), entretanto a sensibilidade da técnica permitiu identificar 114/360

(31,7%) após o quarto dia de doença. Durante a viremia é esperado uma maior positividade

dos testes de biologia molecular para dengue (PEELING et al., 2010; WORLD HEALTH

ORGANIZATION, 2009) e estudos vêm demonstrando isso (DA COSTA; FAÇANHA, 2011;

GROBUSCH et al., 2006).

A sensibilidade de detecção de RNA viral pela RT-PCR foi amplamente discutida de

diferentes estudos mostrando que os testes moleculares tornaram-se ferramentas importantes

para o diagnóstico e identificação dos sorotipos virais da dengue de forma mais rápida diante

de outros testes virológicos, mas não moleculares, como o isolamento viral

(KUMARASAMY et al., 2007a; POLONI, 2009; SHU; HUANG, 2004b).

Page 116: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

112

A caracterização genética da região do envelope do genoma do DENV-4 evidenciou que a

cepa circulante em Goiânia-GO no período 2013 pertence ao genótipo II. O mesmo genótipo

foi encontrado em espécimes biológicas oriundas das regiões Norte, Nordeste e Sudeste

brasileiro (DE SOUZA et al., 2011; NUNES et al., 2012; SOUSA, 2014; TEMPORAO et al.,

2011). A sequencia alinhou-se com outras sequências depositadas no GenBank oriundas da

Venezuela e dos estados brasileiros de Roraima, Amazonas, Pará e São Paulo, com uma

identidade de 98%. Estudo realizado em Goiânia – GO por (GUIMARÃES, 2014), também

mostrou alta similaridade com a cepa de Roraima, Brasil, 2010.

Originário da Indonésia, o DENV – 4 entrou no continente americano e se espalhou para o

Caribe em 1981(KLUNGTHONG et al., 2004; LANCIOTTI; GUBLER; TRENT, 1997;

WEAVER; VASILAKIS, 2009). À época foram identificados dois genótipos I (Tailândia,

Filipinas, Sri Lanka e Japão) e II (Indonésia, Malásia, Taiti, Caribe e América), sendo o

primeiro constituído por cepas do sudeste asiático e Pacífico e o segundo por cepas do

continente americano (LANCIOTTI; GUBLER; TRENT, 1997). Neste mesmo ano foi

identificado no Brasil em um surto em Roraima, com a circulação do genótipo I (NUNES et

al., 2012; OSANAI et al., 1983). Após 28 anos, o DENV-4 re-emergiu em Roraima e se

dispersou para o resto do país, sendo o principal sorotipo circulante, com o predomínio do

genótipo II (BRASIL, 2011; NUNES et al., 2012; SOUSA, 2014; TEMPORAO et al., 2011).

A co-circulação dos quatro sorotipos do vírus dengue numa mesma região do país é mais

comum em países do Sudeste Asiático e América Central (HALSTEAD, 2006; OOI; GOH;

GUBLER, 2006). À exemplo do Sudeste asiático as epidemias ocorrem de longa data e a re-

infecção por diferente sorotipo é encontrada em maior frequência, assim como um grande

número de casos de dengue grave (HALSTEAD, 2006; OOI; GUBLER, 2009).

No Brasil a circulação simultânia dos quatro sorotipos e a alta incidência da doença relatadas

na última década pode ser a responsável pela ocorrência de formas graves e hospitalizações de

pacientes com dengue (TEIXEIRA et al., 2013).

Page 117: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

113

7 CONCLUSÕES

Nosso estudo foi realizado durante uma grande epidemia de dengue que ocorreu no Estado de

Goiás, Brasil, onde acompanhamos pacientes com suspeita clínica de dengue atendida em

unidades de saúdes hospitalares e ambulatoriais e foi possível observar:

Os casos de dengue se concentraram na população adulta, ambulatorial e do sexo

feminino.

Os sinais e sintomas dor abdominal intensa, sangramentos espontâneos e

extravasamento de plasma foi mais freqüentes em menores de 15 anos de idade

quando comparado aos maiores de 15 anos.

Crianças e adultos não diferiram, significantemente, quanto a forma mais grave da

dengue, mas ao nível de significância de 10%, crianças tiveram mais chances de ter a

forma intermediária (DWS), quando comparado à forma mais branda da doença (FD).

Quanto à infecção prévia por dengue os adultos apresentaram maior frequência, no

entanto, cerca de 60% dos menores de 15 anos já tiveram contato com o vírus dengue.

Infecção secundária foi mais freqüente em dengue grave, mas não diferiu,

estatisticamente.

Trombocitopenia menor que 100.000, sangramentos espontâneos e dor abdominal

intensa estiveram mais freqüentes em infectados por DENV-1 (p<0,05), quando

comparados aos com DENV-4.

Foi constatado, pela primeira vez no estado de Goiás, a circulação concomitante dos

quatro sorotipos virais (DENV1- 4).

Na caracterização genética do gene do envelope do DENV-4 circulante na epidemia 2013

foi observado o genótipo II.

Page 118: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

114

REFERÊNCIAS

ABUBAKAR, S.; WONG, P.-F.; CHAN, Y.-F. Emergence of dengue virus type 4 genotype

IIA in Malaysia. The Journal of general virology, v. 83, n. Pt 10, p. 2437–42, out. 2002.

AMÂNCIO, F. F. et al. Dengue virus serotype 4 in a highly susceptible population in

Southeast Brazil. Journal of Infection and Public Health, v. 7, n. 6, p. 547–552, nov. 2014.

AMARASINGHE, A. et al. Dengue virus infection in Africa. Emerging infectious diseases,

v. 17, p. 1349–1354, 2011.

AMARASINGHE, A.; MAHONEY, R. T. Estimating potential demand and supply of

dengue vaccine in BrazilHuman Vaccines, jul. 2011. Disponível em:

<http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3225768&tool=pmcentrez&rend

ertype=abstract>. Acesso em: 28 ago. 2014

AMORIM, J. H. et al. Protective immunity to DENV2 after immunization with a recombinant

NS1 protein using a genetically detoxified heat-labile toxin as an adjuvant. Vaccine, v. 30, n.

5, p. 837–45, 20 jan. 2012.

ANDERSON, C. R.; DOWNS, W. G.; HILL, A. E. Isolation of dengue virus from a human

being in Trinidad. Science, v. 124, n. 3214, p. 224–5, 3 ago. 1956.

AÑEZ, G.; MORALES-BETOULLE, M. E.; RIOS, M. Circulation of different lineages of

dengue virus type 2 in Central America, their evolutionary time-scale and selection pressure

analysis. PLoS ONE, v. 6, 2011.

BARRETO, M. L.; TEIXEIRA, M. G. Dengue no Brasil: situação epidemiológica e

contribuições para uma agenda de pesquisaEstudos Avançados, 2008.

BEATTY, M. E. et al. Health economics of dengue: a systematic literature review and expert

panel’s assessment. The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 84, n. 3, p.

473–88, mar. 2011.

BERTOLACCI-ROCHA, L. G. et al. Introduction of the dengue virus type 4 in the State of

Mato Grosso do Sul, Brazil. Cadernos de saúde pública, v. 30, n. 8, p. 1789–92, ago. 2014.

BHATT, S. et al. The global distribution and burden of dengue. Nature, v. 496, n. 7446, p.

504–507, 2013.

BONA, A. C. D.; TWERDOCHLIB, A. L.; NAVARRO-SILVA, M. A. Genetic diversity of

dengue virus serotypes 1 and 2 in the State of Paraná, Brazil, based on a fragment of the

Page 119: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

115

capsid/premembrane junction regionRevista da Sociedade Brasileira de Medicina

TropicalSBMT, , jun. 2012. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-

86822012000300003&lng=en&nrm=iso&tlng=en>. Acesso em: 6 ago. 2014

BRADY, O. J. et al. Refining the Global Spatial Limits of Dengue Virus Transmission by

Evidence-Based Consensus. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 6, 2012a.

BRADY, O. J. et al. Refining the Global Spatial Limits of Dengue Virus Transmission by

Evidence-Based Consensus. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 6, n. 8, p. e1760, jan.

2012b.

BRAGA, J. C. D. et al. Clinical, Molecular, and Epidemiological Analysis of Dengue Cases

during a Major Outbreak in the Midwest Region of Minas Gerais, Brazil. Journal of tropical

medicine, v. 2014, p. 276912, jan. 2014.

BRASIL. Informe Epidemiológico da Dengue de Janeiro a Novembro de 2008. Brasilia -

DF: [s.n.].

BRASIL. Balanço Dengue, Situação Epidemiológica e Atividades Desenvolvidas. Brasilia

- DF: [s.n.]. Disponível em:

<http://www.fiocruz.br/rededengue/media/Dengue_BalancoMS2011.pdf>.

BRASIL. Dengue diagnóstico e manejo clínico adulto e criança. 4o. ed. Brasilia - DF:

[s.n.].

BRASIL. Incidência de Dengue. Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas, 1990 a

2013. Brasilia - DF: [s.n.]. Disponível em:

<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/situacao-epidemiologica-dados-dengue>.

BRASIL. Boletim Epidemiológico. Monitoramento dos casos de dengue e febre de

chikungunya até a Semana Epidemiológica (SE) 52 de 2014. Brasilia - DF: [s.n.].

BRATHWAITE DICK, O. et al. The history of dengue outbreaks in the Americas. The

American journal of tropical medicine and hygiene, v. 87, n. 4, p. 584–93, out. 2012.

BRITO, C. A. A.; LUCENA-SILVA, N.; GOMES, P. Different forms of presentation of

exanthema in dengue Diferentes formas de apresentação de exantema em dengue. v. 40, n. 3,

p. 376–377, 2007.

BRITO, C. A. A. DE. Dengue em Recife, Pernambuco: padrõesclínicos,

epidemiológicos,laboratoriais e faotres de risco associados à forma grave da doença. [s.l:

s.n.].

CAPEDING, M. R. et al. Clinical efficacy and safety of a novel tetravalent dengue vaccine in

healthy children in Asia: a phase 3, randomised, observer-masked, placebo-controlled trial.

The Lancet, v. 6736, n. 14, p. 1–8, jul. 2014.

Page 120: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

116

CARDOSA, M. J. et al. IgM capture ELISA for detection of IgM antibodies to dengue virus:

comparison of 2 formats using hemagglutinins and cell culture derived antigens. The

Southeast Asian journal of tropical medicine and public health, v. 23, p. 726–729, 1992.

CARNEIRO, A. R. et al. Molecular characterisation of dengue virus type 1 reveals lineage

replacement during circulation in Brazilian territory. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz,

v. 107, n. 6, p. 805–12, set. 2012.

CARRASCO, L. R. et al. Economic impact of dengue illness and the cost-effectiveness of

future vaccination programs in Singapore. PLoS neglected tropical diseases, v. 5, n. 12, p.

e1426, dez. 2011.

CHAMBERS, T. J. et al. Flavivirus genome organization, expression, and replication.

Annual review of microbiology, v. 44, p. 649–88, jan. 1990.

CHAO, D.-Y.; DAVIS, B. S.; CHANG, G.-J. J. Development of multiplex real-time reverse

transcriptase PCR assays for detecting eight medically important flaviviruses in mosquitoes.

Journal of clinical microbiology, v. 45, n. 2, p. 584–9, fev. 2007.

CHAREONSOOK, O. et al. Changing epidemiology of dengue hemorrhagic fever in

Thailand. Epidemiology and infection, v. 122, n. 1, p. 161–6, fev. 1999.

CHEN, C.-Y. et al. Diabetes Mellitus Increases Severity of Thrombocytopenia in Dengue-

Infected Patients. International Journal of Molecular Sciences, v. 16, n. 2, p. 3820–3830,

10 fev. 2015.

CHEN, R.; VASILAKIS, N. Dengue-Quo tu et quo vadis?Viruses, set. 2011. Disponível

em:

<http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3187692&tool=pmcentrez&rend

ertype=abstract>. Acesso em: 29 ago. 2014

CHUNGUE, E. et al. Molecular epidemiology of dengue-1 and dengue-4 viruses. Journal of

General Virology, v. 76, n. 7, p. 1877–1884, 1 jul. 1995.

CORDEIRO, J. DA S. Caracterizaçao Molecular e Análise Filogenética dos Vírus Dengue

Circulantes na Cidade de Boa Vista, Roraima, Brasil. [s.l.] Instituto Nacional de Pesquisa

da Amazônia, 2010.

DA COSTA, C. A.; FAÇANHA, G. P. Sorotipos virais de dengue identificados em crianças

de Manaus, Estado do Amazonas, 2008. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina

Tropical, v. 44, n. 2, p. 249–251, abr. 2011.

DA COSTA, V. G.; MARQUES-SILVA, A. C.; MORELI, M. L. A meta-analysis of the

diagnostic accuracy of two commercial NS1 antigen ELISA tests for early dengue virus

detection. PloS one, v. 9, n. 4, p. e94655, jan. 2014.

DE ARAÚJO, J. M. G. et al. Origin and evolution of dengue virus type 3 in Brazil. PLoS

Page 121: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

117

neglected tropical diseases, v. 6, n. 9, p. e1784, jan. 2012.

DE PINA, J. J. et al. [Pathogenic approach of thrombopenia in dengue and its hemorrhagic

complications]. Bulletin de la Société de pathologie exotique (1990), v. 88, n. 1, p. 3–6, jan.

1995.

DE SOUZA, R. P. et al. Dengue virus type 4 phylogenetics in brazil 2011: Looking beyond

the veil. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 5, n. 12, p. e1439, dez. 2011.

DE SOUZA, V. A. U. F. et al. Use of an immunoglobulin G avidity test to discriminate

between primary and secondary dengue virus infections. Journal of clinical microbiology, v.

42, p. 1782–1784, 2004.

DURHAM, D. P. et al. Dengue dynamics and vaccine cost-effectiveness in Brazil. Vaccine,

v. 31, n. 37, p. 3957–61, 20 ago. 2013.

ECKELS, K. H. et al. Modification of dengue virus strains by passage in primary dog kidney

cells: preparation of candidate vaccines and immunization of monkeys. The American

journal of tropical medicine and hygiene, v. 69, n. 6 Suppl, p. 12–6, dez. 2003.

ESCOSTEGUY, C. C. et al. Diferenças, segundo faixa etária, do perfil clínico-

epidemiológico dos casos de dengue grave atendidos no Hospital Federal dos Servidores do

Estado, Rio de Janeiro-RJ, Brasil, durante a epidemia de 2008. Epidemiologia e Serviços de

Saúde, v. 22, n. 1, p. 67–76, 2013.

FAGBAMI, A. H. et al. Dengue type 1 epidemic with haemorrhagic manifestations in Fiji,

1989-90. Bulletin of the World Health Organization, v. 73, n. 3, p. 291–7, jan. 1995.

FARIA, N. R. D. C. et al. Twenty years of DENV-2 activity in Brazil: molecular

characterization and phylogeny of strains isolated from 1990 to 2010. PLoS neglected

tropical diseases, v. 7, n. 3, p. e2095, jan. 2013.

FERES, V. C. R. et al. Laboratory surveillance of dengue virus in Central Brazil, 1994-2003.

Journal of clinical virology : the official publication of the Pan American Society for

Clinical Virology, v. 37, n. 3, p. 179–83, nov. 2006.

FERES, V. C. R. Epidemiologia Molecular Do Vírus Dengue Tipo 3 Em Goiânia, Goiás,

2005-2006. [s.l.] Universidade Federal de Goiás, 2008.

FIGUEIREDO, L. T. M. The Brazilian flaviviruses. Microbes and Infection, v. 2, n. 13, p.

1643–1649, nov. 2000.

GOIÂNIA. Informe técnico semanal dengue. Goiânia - GO: [s.n.]. Disponível em:

<http://www.saude.goiania.go.gov.br/docs/divulgacao/Informe dengue 06 01 15 SE 53.pdf>.

GOIÁS. Boletim Semanal de Dengue - Goiás 2013.Secretaria Estadual de Saúde. Goânia

- GO: [s.n.]. Disponível em: <http://www.saude.go.gov.br/index.php?idEditoria=4208>.

Page 122: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

118

GOIÁS. Boletim Semanal De Dengue - Goiás 2014: Semana Epidemiológica 1 a 53

(14/12/2013 a 03/01/2015). Goânia - GO: [s.n.].

GOMBER, S. et al. Hematological observations as diagnostic markers in dengue hemorrhagic

fever--a reappraisal. Indian pediatrics, v. 38, p. 477–481, 2001.

GONCALVEZ, A. P. et al. Diversity and Evolution of the Envelope Gene of Dengue Virus

Type 1. Virology, v. 303, n. 1, p. 110–119, nov. 2002.

GROBUSCH, M. P. et al. Evaluation of the use of RT-PCR for the early diagnosis of dengue

fever. Clinical Microbiology and Infection, v. 12, p. 395–397, 2006.

GUBLER, D. J. Dengue and dengue hemorrhagic fever in the Americas.Puerto Rico

health sciences journal, 1987.

GUBLER, D. J. Dengue and dengue hemorrhagic feverClinical Microbiology Reviews,

jul. 1998. Disponível em:

<http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=88892&tool=pmcentrez&rendert

ype=abstract>

GUBLER, D. J. Dengue/dengue haemorrhagic fever: history and current status. Novartis

Foundation symposium, v. 277, p. 3–16; discussion 16–22, 71–73, 251–253, jan. 2006.

GUBLER, D. J. Dengue, Urbanization and Globalization: The Unholy Trinity of the 21st

CenturyTropical Medicine and Health, dez. 2011. Disponível em:

<http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3317603&tool=pmcentrez&rend

ertype=abstract>. Acesso em: 17 jan. 2015

GUILARDE, A. O. et al. Dengue and dengue hemorrhagic fever among adults: clinical

outcomes related to viremia, serotypes, and antibody response. The Journal of infectious

diseases, v. 197, n. 6, p. 817–24, 15 mar. 2008.

GUIMARÃES, V. N. Identificação e caracterização molecular do vírus dengue em

indivíduos sintomáticos atendidos na rede pública de saúde de Goiânia – Goiás , durante

o período epidêmico 2012-2013 Goiânia. [s.l.] Universidade Federal de Goiás, 2014.

GUMNÚN, M. G. et al. Fiebre hemorragica del dengue con sindrome de choque en niños

cubanos. Bol of Sanit Panama, 1988.

GUY, B. et al. From research to phase III: preclinical, industrial and clinical development of

the Sanofi Pasteur tetravalent dengue vaccine. Vaccine, v. 29, n. 42, p. 7229–41, 23 set. 2011.

GUZMAN, M. Dengue and dengue hemorrhagic fever in the Americas: lessons and

challenges. Journal of Clinical Virology, v. 27, n. 1, p. 1–13, maio 2003.

GUZMAN, M. G. et al. Dengue haemorrhagic fever in Cuba. I. Serological confirmation of

clinical diagnosis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene,

v. 78, p. 235–238, 1984.

Page 123: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

119

GUZMAN, M. G. et al. Dengue: a continuing global threat. Nature reviews. Microbiology,

v. 8, n. 12 Suppl, p. S7–16, dez. 2010.

GUZMÁN, M. G. et al. Enhanced severity of secondary dengue-2 infections: death rates in

1981 and 1997 Cuban outbreaks. Revista panamericana de salud pública = Pan American

journal of public health, v. 11, n. 4, p. 223–7, abr. 2002.

GUZMÁN, M. G.; KOURÍ, G. Advances in dengue diagnosis. Clinical and diagnostic

laboratory immunology, v. 3, n. 6, p. 621–7, nov. 1996.

GUZMÁN, M. G.; KOURI, G. Dengue diagnosis, advances and challenges. International

Journal of Infectious Diseases, v. 8, n. 2, p. 69–80, mar. 2004.

HALSTEAD, S. Pathogenesis of dengue: challenges to molecular biology. Science, v. 239, n.

4839, p. 476–481, 29 jan. 1988a.

HALSTEAD, S. B. Pathogenesis of dengue: challenges to molecular biology. Science (New

York, N.Y.), v. 239, p. 476–481, 1988b.

HALSTEAD, S. B. et al. Dengue hemorrhagic fever in infants: research opportunities

ignored. Emerging infectious diseases, v. 8, n. 12, p. 1474–9, dez. 2002.

HALSTEAD, S. B. Dengue in the Americas and Southeast Asia: do they differ? Revista

panamericana de salud pública = Pan American journal of public health, v. 20, n. 6, p.

407–15, dez. 2006.

HALSTEAD, S. B. Dengue. Lancet, v. 370, p. 1644–1652, 2007.

HAMMOND, S. N. et al. Differences in dengue severity in infants, children, and adults in a 3-

year hospital-based study in Nicaragua. The American journal of tropical medicine and

hygiene, v. 73, n. 6, p. 1063–70, dez. 2005.

HARRIS, E. et al. Rapid subtyping of dengue viruses by restriction site-specific (RSS)-PCR.

Virology, v. 253, n. 1, p. 86–95, 5 jan. 1999.

HENCHAL, E. A. et al. Rapid identification of dengue virus isolates by using monoclonal

antibodies in an indirect immunofluorescence assay. The American journal of tropical

medicine and hygiene, v. 32, n. 1, p. 164–9, jan. 1983.

HO, T.-S. et al. Clinical and laboratory predictive markers for acute dengue infection.

Journal of biomedical science, v. 20, p. 75, jan. 2013.

ICTV. Virus Taxonomy, 2013.

JAISWAL, S.; KHANNA, N.; SWAMINATHAN, S. Replication-defective adenoviral

vaccine vector for the induction of immune responses to dengue virus type 2. Journal of

virology, v. 77, p. 12907–12913, 2003.

KALAYANAROOJ, S. et al. Early clinical and laboratory indicators of acute dengue illness.

Page 124: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

120

The Journal of infectious diseases, v. 176, n. 2, p. 313–21, ago. 1997.

KLUNGTHONG, C. et al. The molecular epidemiology of dengue virus serotype 4 in

Bangkok, Thailand. Virology, v. 329, n. 1, p. 168–179, 10 nov. 2004.

KOURI, G. P. et al. Dengue haemorrhagic fever/dengue shock syndrome: lessons from the

Cuban epidemic, 1981. Bulletin of the World Health Organization, v. 67, n. 4, p. 375–80,

jan. 1989.

KOURI, G. P.; GUZMÁN, M. G.; BRAVO, J. R. Why dengue haemorrhagic fever in Cuba?

2. An integral analysis. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and

Hygiene, v. 81, n. 5, p. 821–823, set. 1987.

KUMARASAMY, V. et al. Evaluating the sensitivity of a commercial dengue NS1 antigen-

capture ELISA for early diagnosis of acute dengue virus infection. Singapore medical

journal, v. 48, p. 669–673, 2007a.

KUMARASAMY, V. et al. Evaluating the sensitivity of a commercial dengue NS1 antigen-

capture ELISA for early diagnosis of acute dengue virus infection. Singapore medical

journal, v. 48, n. 7, p. 669–73, jul. 2007b.

LANCIOTTI, R. S. et al. Rapid detection and typing of dengue viruses from clinical samples

by using reverse transcriptase-polymerase chain reaction. Journal of clinical microbiology,

v. 30, n. 3, p. 545–51, mar. 1992.

LANCIOTTI, R. S. et al. Molecular evolution and epidemiology of dengue-3 viruses. The

Journal of general virology, v. 75 ( Pt 1), p. 65–75, jan. 1994.

LANCIOTTI, R. S.; GUBLER, D. J.; TRENT, D. W. Molecular evolution and phylogeny of

dengue-4 viruses. The Journal of general virology, v. 78 ( Pt 9), p. 2279–84, set. 1997.

LEITMEYER, K. C. et al. Dengue virus structural differences that correlate with

pathogenesis. Journal of virology, v. 73, n. 6, p. 4738–47, jun. 1999.

LIBRATY, D. H. et al. Differing influences of virus burden and immune activation on disease

severity in secondary dengue-3 virus infections. The Journal of infectious diseases, v. 185,

n. 9, p. 1213–21, 1 maio 2002.

LING, L. M.; WILDER-SMITH, A.; LEO, Y. S. Fulminant hepatitis in dengue haemorrhagic

fever. Journal of clinical virology : the official publication of the Pan American Society

for Clinical Virology, v. 38, n. 3, p. 265–8, mar. 2007.

LÚCIA, M.; FERREIRA, B.; CAVALCANTI, C. G. MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS

DE DENGUE Estudo de 41 casos. v. 63, p. 488–493, 2005.

MACIEL, I. J.; SIQUEIRA JÚNIOR, J. B.; TURCHI MARTELLI, C. M. Epidemiologia e

desafios no controle do dengue. Revista de Patologia Tropical, v. 37, p. 111–130, 2008.

Page 125: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

121

MACKAY, I. M.; ARDEN, K. E.; NITSCHE, A. Real-time PCR in virology. Nucleic acids

research, v. 30, n. 6, p. 1292–305, 15 mar. 2002.

MARTÍNEZ, E. et al. [Dengue fever and hemorrhagic dengue in infants with a primary

infection]. Revista cubana de medicina tropical, v. 45, n. 2, p. 97–101, jan. 1993.

MENDEZ, J. A. et al. Phylogenetic history demonstrates two different lineages of dengue

type 1 virus in Colombia. Virology journal, v. 7, p. 226, jan. 2010.

MISHRA, G. et al. Molecular characterization of dengue viruses circulating during 2009-

2012 in Uttar Pradesh, India. Journal of medical virology, 2 jun. 2014.

MISRA, U. K. et al. Neurological manifestations of dengue virus infection. Journal of the

Neurological Sciences, v. 244, p. 117–122, 2006.

MONGKOLSAPAYA, J. et al. Original antigenic sin and apoptosis in the pathogenesis of

dengue hemorrhagic fever. Nature medicine, v. 9, n. 7, p. 921–7, jul. 2003.

MURPHY, B. R.; WHITEHEAD, S. S. Immune response to dengue virus and prospects for a

vaccine. Annual review of immunology, v. 29, p. 587–619, 2011.

MURRELL, S.; WU, S.-C.; BUTLER, M. Review of dengue virus and the development of a

vaccine. Biotechnology advances, v. 29, n. 2, p. 239–47, 2011.

NARAYANAN, M. et al. Dengue fever epidemic in Chennai--a study of clinical profile and

outcome. Indian pediatrics, v. 39, n. 11, p. 1027–33, nov. 2002.

NAVARRETE-ESPINOSA, J. et al. Clinical profile of dengue hemorrhagic fever cases in

Mexico. Salud pública de México, v. 47, n. 3, p. 193–200, 2005.

NIMMANNITYA, S. Clinical spectrum and management of dengue haemorrhagic fever. The

Southeast Asian journal of tropical medicine and public health, v. 18, n. 3, p. 392–7, set.

1987.

NISALAK, A. et al. Serotype-specific dengue virus circulation and dengue disease in

Bangkok, Thailand from 1973 to 1999. American Journal of Tropical Medicine and

Hygiene, v. 68, n. 2, p. 191–202, 2003.

NISHIURA, H.; HALSTEAD, S. B. Natural history of dengue virus (DENV)-1 and DENV-4

infections: reanalysis of classic studies. The Journal of infectious diseases, v. 195, p. 1007–

1013, 2007.

NOGUEIRA, R. M. et al. Dengue virus type 3 in Rio de Janeiro, Brazil. Memórias do

Instituto Oswaldo Cruz, v. 96, n. 7, p. 925–6, out. 2001.

NOGUEIRA, R. M. R. et al. Isolation of dengue virus type 2 in Rio de Janeiro. Memórias do

Instituto Oswaldo Cruz, v. 85, n. 2, p. 253–253, jun. 1990.

NOGUEIRA, R. M. R. et al. Dengue haemorrhagic fever/dengue shock syndrome (DHF/DSS)

Page 126: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

122

caused by serotype 2 in Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 86, n. 2, p. 269–

269, jun. 1991.

NOGUEIRA, S. A. [The challenge of diagnosing dengue in children]. Jornal de pediatria, v.

81, n. 3, p. 191–2, 2005.

NUNES, M. R. T. et al. Phylogeography of dengue virus serotype 4, Brazil, 2010-2011.

Emerging Infectious Diseases, v. 18, n. 11, p. 1858–1864, nov. 2012.

OOI, E.-E.; GOH, K.-T.; GUBLER, D. J. Dengue prevention and 35 years of vector control in

Singapore. Emerging infectious diseases, v. 12, n. 6, p. 887–93, jun. 2006.

OOI, E.-E.; GUBLER, D. J. Dengue in Southeast Asia: epidemiological characteristics and

strategic challenges in disease prevention. Cadernos de saude publica / Ministerio da

Saude, Fundacao Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saude Publica, v. 25 Suppl 1, p.

S115–S124, 2009.

OSANAI, C. H. et al. [Dengue outbreak in Boa Vista, Roraima. Preliminary report]. Revista

do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 25, n. 1, p. 53–4, 1983.

OSMAN, O.; FONG, M. Y.; SEKARAN, S. D. Genetic characterization of dengue virus type

1 isolated in Brunei in 2005-2006. The Journal of general virology, v. 90, n. Pt 3, p. 678–

86, mar. 2009.

PAHO. Number of Reporter Cases of Dengue and Severe Dengue (SD) in the Americas,

by Country: Figures for 2014 (to week noted each country). New York - US: [s.n.].

Disponível em:

<http://proquest.umi.com.ezp01.library.qut.edu.au/pqdweb?did=424991961&Fmt=7&clientId

=14394&RQT=309&VName=PQD&cfc=1>.

PAN, H. Y.; CHOW, J. S. A case of hemorrhagic dengue without hypovolemia in an

adult.Tropical and geographical medicine, 1984.

PEELING, R. W. et al. Evaluation of diagnostic tests: dengue. Nature reviews.

Microbiology, v. 8, p. S30–S38, 2010.

PENNA, M. L. F. Um desafio para a saúde pública brasileira: o controle do dengue.

Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 1, p. 305–309, fev. 2003.

PINHEIRO, F. P.; CORBER, S. J. Global situation of dengue and dengue haemorrhagic fever,

and its emergence in the Americas. World health statistics quarterly. Rapport trimestriel

de statistiques sanitaires mondiales, v. 50, n. 3-4, p. 161–9, jan. 1997.

PINHEIROA, F. P.; CORBERB, S. J. Global situation of dengue and dengue haemorrhagic

ferve, and its emergence in the Americas. W/d hlth statist. quart 50, v. 50, p. 161–168,

1997.

POLONI, T. R. S. Detecção e tipificação do vírus da dengue por RT-PCR em tempo real

Page 127: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

123

Detecção e tipificação do vírus da dengue por RT-PCR em tempo real. [s.l: s.n.].

POOVORAWAN, Y. et al. Dengue virus infection: a major cause of acute hepatic failure in

Thai children. Ann Trop Paediatr, v. 26, p. 17–23, 2006.

RICO-HESSE, R. Molecular evolution and distribution of dengue viruses type 1 and 2 in

nature. Virology, v. 174, n. 2, p. 479–493, fev. 1990.

RICO-HESSE, R. et al. Molecular evolution of dengue type 2 virus in Thailand. The

American journal of tropical medicine and hygiene, v. 58, p. 96–101, 1998.

RICO-HESSE, R. Microevolution and virulence of dengue viruses. Advances in Virus

Research, v. 59, p. 315–341, jan. 2003.

RICO-HESSE, R. Dengue virus markers of virulence and pathogenicity. Future virology, v.

4, n. 6, p. 581, 1 nov. 2009.

RIGAU-PÉREZ, J. G. et al. Dengue and dengue haemorrhagic fever. Lancet, v. 352, n. 9132,

p. 971–7, 19 set. 1998.

ROCCO, I. M.; KAVAKAMA, B. B.; SANTOS, C. L. First isolation of dengue 3 in Brazil

from an imported case. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 43, n. 1,

p. 55–7, 1998.

ROCHA, B. A. M. Perfil Clínico Epidemiológico da Dengue em Menores de 15 Anos de

Idade, no Município de Goiânia Goiás. [s.l.] Universidade Federal de Goiás, 2008.

ROSEN, L. The Emperor’s New Clothes revisited, or reflections on the pathogenesis of

dengue hemorrhagic fever. The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 26,

p. 337–343, 1977.

SABCHAREON, A. et al. Safety and immunogenicity of tetravalent live-attenuated dengue

vaccines in Thai adult volunteers: role of serotype concentration, ratio, and multiple doses.

The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 66, n. 3, p. 264–72, mar. 2002.

SABCHAREON, A. et al. Safety and immunogenicity of a three dose regimen of two

tetravalent live-attenuated dengue vaccines in five- to twelve-year-old Thai children. The

Pediatric infectious disease journal, v. 23, n. 2, p. 99–109, fev. 2004.

SABCHAREON, A. et al. Protective efficacy of the recombinant, live-attenuated, CYD

tetravalent dengue vaccine in Thai schoolchildren: a randomised, controlled phase 2b trial.

Lancet, v. 380, n. 9853, p. 1559–67, 3 nov. 2012.

SAN MARTÍN, J. L. et al. The epidemiology of dengue in the americas over the last three

decades: a worrisome reality. The American journal of tropical medicine and hygiene, v.

82, n. 1, p. 128–35, jan. 2010.

SA-NGASANG, A. et al. Evaluation of RT-PCR as a tool for diagnosis of secondary dengue

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

124

virus infection. Japanese Journal of Infectious Diseases, v. 56, n. 5-6, p. 205–209, 2003.

SCHATZMAYR, H. G.; NOGUEIRA, R. M. R.; ROSA, A. P. A. T. DA. An outbreak of

dengue virus at Rio de Janeiro - 1986Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 1986.

SEIJO, A.; CERNIGOI, B.; DEODATO, B. Dengue imported from Paraguay to Buenos

Aires. Clinical and epidemiological report of 38 cases. Medicina, v. 61, p. 137–141, 2001.

SENEVIRATNE, S. L.; MALAVIGE, G. N.; DE SILVA, H. J. Pathogenesis of liver

involvement during dengue viral infectionsTransactions of the Royal Society of Tropical

Medicine and Hygiene, 2006.

SHEPARD, D. S. et al. Cost-effectiveness of a pediatric dengue vaccine. Vaccine, v. 22, n. 9-

10, p. 1275–80, 12 mar. 2004.

SHU, P.; HUANG, J. Current Advances in Dengue. Clinical and Diagnostic Laboratory

Immunology, v. 11, n. 4, p. 642–650, 2004a.

SHU, P.-Y. et al. Comparison of capture immunoglobulin M (IgM) and IgG enzyme-linked

immunosorbent assay (ELISA) and nonstructural protein NS1 serotype-specific IgG ELISA

for differentiation of primary and secondary dengue virus infections. Clinical and diagnostic

laboratory immunology, v. 10, p. 622–630, 2003.

SHU, P.-Y.; HUANG, J.-H. Current advances in dengue diagnosis. Clinical and diagnostic

laboratory immunology, v. 11, n. 4, p. 642–650, jul. 2004b.

SIERRA, B. et al. HLA-A, -B, -C, and -DRB1 allele frequencies in Cuban individuals with

antecedents of dengue 2 disease: advantages of the Cuban population for HLA studies of

dengue virus infection. Human immunology, v. 68, n. 6, p. 531–40, jun. 2007.

SILVA, A. M. DA. CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DOS VÍRUS DENGUE

CIRCULANTES EM PERNAMBUCO : [s.l.] Fundaçao Oswaldo Cruz, 2013.

SINHA, G. Sanofi’s dengue vaccine first to complete phase 3. Nature biotechnology, v. 32,

n. 7, p. 605–6, 8 jul. 2014.

SIQUEIRA, J. B. et al. Household survey of dengue infection in central Brazil: spatial point

pattern analysis and risk factors assessment. The American journal of tropical medicine

and hygiene, v. 71, n. 5, p. 646–51, nov. 2004.

SIQUEIRA, J. B. et al. Dengue and dengue hemorrhagic fever, Brazil, 1981-2002. Emerging

infectious diseases, v. 11, n. 1, p. 48–53, 2005.

SIQUEIRA JUNIOR, B. et al. Dengue no Brasil: tendências e mudanças na epidemiologia,

com ênfase nas epidemias de 2008. In: MINISTÉRIO DA SAÚDE (Ed.). . Saúde Brasil

2010: uma análise da situação de saúde e de evidências selecionadas de impacto de ações

de vigilância em saúde. 1o. ed. Brasilia - DF: [s.n.]. p. 157 –171.

Page 129: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

125

SOARES, C. N. et al. OLIGOSYMPTOMATIC DENGUE INFECTION A potential cause of

Guillain Barré syndrome. Arquivos de neuro-psiquiatria, v. 66, p. 234–237, 2008.

SOUSA, D. M. C. DE. Caracterização genética e evolução dos vírus dengue no estado do

rio grande do norte. [s.l.] Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014.

SOUZA, L. J. DE et al. Aminotransferase changes and acute hepatitis in patients with dengue

fever: analysis of 1,585 cases. The Brazilian journal of infectious diseases : an official

publication of the Brazilian Society of Infectious Diseases, v. 8, n. 2, p. 156–63, abr. 2004.

SRIKIATKHACHORN, A. et al. Virus-induced decline in soluble vascular endothelial

growth receptor 2 is associated with plasma leakage in dengue hemorrhagic Fever. Journal of

virology, v. 81, n. 4, p. 1592–600, fev. 2007.

STEPHENS, H. A. F. HLA and Other Gene Associations with Dengue Disease Severity.

Current Topics in Microbiology and Immunology, Current Topics in Microbiology and

Immunology. v. 338, p. 15–34, 2010.

TADEU, L.; FIGUEIREDO, M. Dengue in Brazil : Past , Present and Future Perspective

Brazilian flaviviruses. Dengue Bulletin, v. 27, n. 1, p. 25–33, 2003.

TANG, D. C.; DEVIT, M.; JOHNSTON, S. A. Genetic immunization is a simple method for

eliciting an immune response. Nature, v. 356, n. 6365, p. 152–4, 12 mar. 1992.

TEIXEIRA, M. G. et al. Epidemiological trends of dengue disease in Brazil (2000-2010): a

systematic literature search and analysis. PLoS neglected tropical diseases, v. 7, n. 12, p.

e2520, jan. 2013.

TEMPORAO, J. G. et al. Dengue virus serotype 4, Roraima State, Brazil. Emerging

infectious diseases, v. 17, n. 5, p. 938–40, maio 2011.

THOMAS, S. J. et al. A phase II, randomized, safety and immunogenicity study of a re-

derived, live-attenuated dengue virus vaccine in healthy adults. The American journal of

tropical medicine and hygiene, v. 88, p. 73–88, 2013.

TRISTÃO-SÁ, R. et al. Clinical and hepatic evaluation in adult dengue patients : a

prospective two-month cohort study. Rev Soc Bras Med Trop, v. 45, n. 6, p. 675–681, dez.

2012.

TSAI, J. J. et al. Effect of serotypes on clinical manifestations of dengue fever in adults.

Journal of microbiology, immunology, and infection = Wei mian yu gan ran za zhi, v. 42,

n. 6, p. 471–8, dez. 2009.

TWIDDY, S. S. et al. Phylogenetic relationships and differential selection pressures among

genotypes of dengue-2 virus. Virology, v. 298, p. 63–72, 2002.

TWIDDY, S. S.; HOLMES, E. C.; RAMBAUT, A. Inferring the Rate and Time-Scale of

Dengue Virus Evolution. Molecular Biology and Evolution, v. 20, n. 1, p. 122–129, 1 jan.

Page 130: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

126

2003.

VASCONCELOS, P. F. et al. A large epidemic of dengue fever with dengue hemorrhagic

cases in Ceará State, Brazil, 1994. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo,

v. 37, n. 3, p. 253–5, 1995.

WALI, J. P. et al. Cardiac involvement in Dengue haemorrhagic fever. International

Journal of Cardiology, v. 64, p. 31–36, 1998.

WAN, S.-W. et al. Current progress in dengue vaccines. Journal of biomedical science, v.

20, p. 37, 2013.

WANG, W.-K. et al. High Levels of Plasma Dengue Viral Load during Defervescence in

Patients with Dengue Hemorrhagic Fever: Implications for Pathogenesis. Virology, v. 305, n.

2, p. 330–338, jan. 2003.

WEAVER, S. C.; VASILAKIS, N. Molecular evolution of dengue viruses: Contributions of

phylogenetics to understanding the history and epidemiology of the preeminent arboviral

disease. Infection, Genetics and Evolution, v. 9, n. 4, p. 523–540, jul. 2009.

WERE, F. The dengue situation in Africa. Paediatrics and International Child Health, v.

32, p. 18–21, 2012.

WHITEHEAD, S. S. et al. Prospects for a dengue virus vaccine. Nature reviews.

Microbiology, v. 5, n. 7, p. 518–28, jul. 2007.

WHO. SEARO | Comprehensive Guidelines for Prevention and Control of Dengue and

Dengue Haemorrhagic Fever. New Dheli: SEARO | WHO South-East Asia Region, 2011.

WHO. Dengue and severe dengue. Disponível em:

<www.who.int/mediacentre/factsheets/fs117/en/index.html>.

WHO. Handbook for Clinical Management of Dengue. s/n ed. Geneva, Switzerland: [s.n.].

WILDER-SMITH, A.; GUBLER, D. J. Geographic Expansion of Dengue: The Impact of

International TravelMedical Clinics of North America, nov. 2008. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19061757>. Acesso em: 11 jan. 2015

WITTKE, V. et al. Extinction and rapid emergence of strains of dengue 3 virus during an

interepidemic period. Virology, v. 301, p. 148–156, 2002.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Dengue: guidelines for diagnosis, treatment,

prevention, and control. New Editio ed. Geneva, Switzerland: [s.n.].

WU, S. F. et al. Evaluation of protective efficacy and immune mechanisms of using a non-

structural protein NS1 in DNA vaccine against dengue 2 virus in mice. Vaccine, v. 21, p.

3919–3929, 2003.

Page 131: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

127

YUNKER, C. E.; CORY, J. Plaque Production by Arboviruses in Singh ’ s Aedes albopictus

Cells. Applied Microbiology, v. 29, n. 1, p. 81–89, 1975.

Page 132: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

128

ANEXOS

Anexo 1 – Parecer do Comitê de Ética, TCLE

Page 133: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

129

Anexo 2 – Questionários da Pesquisa

Page 134: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

130

Nome:No.

Endereço:

Raça

1-SIM 2-NÃO 9-IGN

1 - SIM 2 - NÃO 9 - IGN

Já teve dengue

Se sim, quantas consultas médicas anteriores para esse episódio?

( ) Anti-alérgico

Já teve Febre amarela

Vacina Febre amarela

Transplante

Especificar:

Usa medicação regularmente

Hepatite B ou C

Passou por outra unidade de

saúde antes dessa?

Lúpus

Câncer

AIDS

( ) Antibiótico

Gestante

Tomou Medicação para febre na

última semana

Especificar:Outros

( ) Dipirona

( ) Anti-inflamatório Hormonal

( ) Anti-hemético

( ) Paracetamol

( ) anti-inflamatório não hormonal

( ) AAS

Tem pressão alta

Diabetes

IRC

Asma

Renda Familiar (R$):

AVALIAÇÃO INICIAL PRONEX DENGUE UFG/SES-GO/SMS

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

ANTECEDENTES

Prontuário:

(1) Ambulatorial (2) hospitalizado

Data de início de sintomas:

dd_____mm_____aa_______

Data de início da febre:

dd_____mm_____aa_______Tempo de duração da febre (dias). Obs.:

Preencher no final do caso.

Há quantos meses?

Data de Nascimento:

dd___mm___aa____

Cidade: Telefone:

Idade:

_______Anos ________Meses

Naturalidade:

RG:

Data da Internação:

dd_____mm_____aa_______

Data da Alta:

dd_____mm_____aa_______

Dias de doença ao internar:

Sexo:

( 1 )Masc ( 2 ) Fem

Grau de Instrução:

( 1 )Analfabeto ( 2 )Ensino fundamental ( 3 )Nível médio ( 4 )Nível superior ( 9 )Não informado

( 1 )Branca ( 2 ) Preto ( 3 ) Parda ( 4 ) Amarela ( 5 ) Indígena ( 9 ) Não informado

US:

99 - NÃO SE APLICA

Page 135: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

131

Page 136: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

132

Page 137: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA … · BENIGNO ALBERTO MORAES DA ROCHA ... na reação de sequenciamento ... (p

133