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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO ELETRÔNICO UMA ONTOLOGIA DE SERVIÇOS AEROPORTUÁRIOS PARA SUPORTE AO DESENVOLVIMENTO DE WEBSITES WELLINGTON RAFAEL DE BARROS AMORIM CUIABÁ – MT 2016 UFMT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

COORDENAÇÃO DE ENSINO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO

ELETRÔNICO

UMA ONTOLOGIA DE SERVIÇOS AEROPORTUÁRIOS

PARA SUPORTE AO DESENVOLVIMENTO DE WEBSITES

WELLINGTON RAFAEL DE BARROS AMORIM

CUIABÁ – MT

2016

UFMT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

COORDENAÇÃO DE ENSINO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO

ELETRÔNICO

UMA ONTOLOGIA DE SERVIÇOS AEROPORTUARIOS

PARA SUPORTE AO DESENVOLVIMENTO DE WEBSITES

WELLINGTON RAFAEL DE BARROS AMORIM

Orientador: Prof. Dr. JOSE VITERBO

Co-orientador: Prof. Dr. CRISTIANO

MACIEL

Trabalho de Conclusão de Curso Pós-

Graduação lato sensu em Engenharia Web e

Governo Eletrônico, do Instituto de

Computação da Universidade Federal de

Mato Grosso, como requisito para obtenção

do título de Especialista em Engenharia Web

e Governo Eletrônico.

CUIABÁ – MT

2016

UFMT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO

ELETRÔNICO

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

TÍTULO: UMA ONTOLOGIA DE SERVIÇOS AEROPORTUARIOS

PARA SUPORTE AO DESENVOLVIMENTO DE WEBSITES AUTOR: WELLINGTON RAFAEL DE BARROS AMORIM

Aprovada em 01/12/2016

Prof. Dr. JOSÉ VITERBO

IC/UFF

(Orientador)

Prof. Dr. CRISTIANO MACIEL

IC/UFMT

Prof. Drª PATRICIA SOUZA

IC/UFMT

UF MT

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RESUMO O uso cada vez mais intenso da tecnologia da informação e recursos informacionais

vem caracterizando nossa sociedade como a sociedade da informação. Esse cenário é

caracterizado pelo grande número de recursos informacionais que vem continuamente

sendo disponibilizado na web. Entretanto uma consequência negativa desta evolução

é o aumento da dificuldade para busca, localização, acesso e recuperação de

informações úteis e relevantes diante de um vasto conjunto disponível. O setor de

serviços aeroportuários também é bastante afetado pelo mesmo fenômeno. De acordo

com o anuário da INFRAERO, a movimentação de passageiros em aeroportos

brasileiros vem aumentando anualmente. Esse crescente conjunto de usuários revela

uma demanda significativa por informações sobre os serviços oferecidos por essas

entidades. Embora algumas aplicações de sites aeroportuários sobre a administração

privada tenham sido desenvolvidas nos últimos anos, alguns problemas ainda não

foram resolvidos como a estruturação padronizada do conteúdo destes sites e o

oferecimento de recursos para a recuperação da informação de forma mais eficiente

ou automática. Como uma forma de infraestrutura para Web surgiu uma tecnologia

chamada Web Semântica cuja finalidade é estruturar e organizar as informações para

buscas mais eficientes, utilizando principalmente o conceito de ontologia. Este

trabalho apresenta uma análise sobre as informações de serviços aeroportuários que

estão estruturados em Web Site e o desenvolvimento de uma proposta de ontologia de

serviços e informações aeroportuárias baseada em uma metodologia de

desenvolvimento de ontologias, Methontology, que suporta as tecnologias da Web

Semântica, possibilitando buscas mais inteligentes e estruturadas nesses dados.

Palavras-chave: Web Semântica, Ontologia, Serviços Aeroportuários.

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SUMÁRIO

SUMÁRIO ............................................................................................................................................. 13

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................... 15

LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... 10

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ......................................................................................... 10

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 9

1.1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 101.2 OBJETIVOS ................................................................................................................................ 10

1.2.1. OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 101.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 10

1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 111.4 METODOLOGIA ....................................................................................................................... 111.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .......................................................................................... 13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................... 15

2.2 ONTOLOGIAS ........................................................................................................................... 162.3 CONSTRUÇÃO DE ONTOLOGIA ........................................................................................... 17

2.3.1 COMPONENTES DE UMA ONTOLOGIA ...................................................................... 172.3.2 CRITÉRIO PARA CONSTRUÇÃO DE UMA ONTOLOGIA ......................................... 18

2.4 TIPOS DE ONTOLOGIA ........................................................................................................... 192.5 TAXONOMIAS X ONTOLOGIAS ............................................................................................ 202.6 ESCOPO DE ONTOLOGIAS ..................................................................................................... 212.7 METODOLOGIA PARA CONSTRUÇAO DE ONTOLOGIA ................................................. 222.8 PROJETO DE WEBSITE BASEADO EM ONTOLOGIA ......................................................... 24

3 DOMÍNIO DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 28

3.1 O CENÁRIO AEROPORTUÁRIO. ............................................................................................ 283.2 VISAO GERAL SOBRE WEBSITES DE AEROPORTOS ....................................................... 30

3.2.1 AEROPORTO DE BRASÍLIA (BSB) ................................................................................ 313.2.2 AEROPORTO DE GUARULHOS (GRU) ......................................................................... 313.2.3 AEROPORTO DE CAMPINAS (VCP) ............................................................................. 323.2.4 AEROPORTO DO GALEÃO (GIG) .................................................................................. 323.2.5 AEROPORTO DE CONFINS (CNF) ................................................................................. 323.2.6 AEROPORTO DE NATAL (NAT) .................................................................................... 33

4 PROPOSTA ONTOLOGIA DE SERVIÇOS AEROPORTUÁRIOS ......................................... 36

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4.1 PLANO ........................................................................................................................................ 364.2 ESPECIFICAÇÃO ...................................................................................................................... 374.3 CONCEITUALIZAÇÃO ............................................................................................................ 384.4 FORMALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 41

4.4.1 CENÁRIO ........................................................................................................................... 414.4.3 MAPA DE NAVEGAÇÃO ................................................................................................. 434.4.2 PROTIPAÇÃO .................................................................................................................... 45

5 CONCLUSÕES ................................................................................................................................ 49

5.1 SÍNTESE DO TRABALHO ........................................................................................................ 495.2 TRABALHOS FUTUROS .......................................................................................................... 50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 52

APENDICE A – RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A FASE DE

CONCEITUALIZAÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DA METODOLOGIA METHONTOLOGY. . 55

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Classificação de ontologias proposta por Guarino ......................................... 22Figura 2 - Movimentação hora-pico aeroporto de Aracaju. Fonte anuário 2015 – Infraero. ........................................................................................................................... 30Figura 3 - Manifestação aberta no portal de atendimento eletrônico da ANAC. ........... 31Figura 4 - Esboço comparativo de serviços disponibilizados nos sites aeroportuários pesquisados ..................................................................................................................... 33Figura 5 -Processo do desenvolvimento da Ontologia ................................................... 36Figura 6 - Diagrama UML parcial de projeto de Web Site aeroportuário. ..................... 37Figura 7 - Relacionamento entre os conceitos voo, companhia e aeroporto. ................. 39Figura 8 - Relacionamento entre os conceitos tabela de preço, estacionamento e aeroporto. ........................................................................................................................ 40Figura 9 - Ontologia de Sites Aeroportuários. ................................................................ 40Figura 10 - Mapa de Navegação ..................................................................................... 44Figura 11 – Informações de Como Chegar (protótipo) ................................................... 45Figura 12 - Informações de Serviços (protótipo) ............................................................ 46Figura 13 - Informações de Lojas (protótipo) ................................................................. 46Figura 14 - Informações de Facilidades (protótipo) ....................................................... 47Figura 15 - Informações de Painel de Vôo (protótipo) ................................................... 47Figura 16 - Informações de Terminal de Carga (protótipo) ............................................ 48Figura 17 - Informações de Estacionamento (protótipo) ................................................ 48

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LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Anuário 2015 Infraero ................................................................................... 26

Tabela 2 – Parte do Glossário de Termos ....................................................................... 44

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS DAML + OIL – Darpa Agent Markup Language + Ontology Inference Layer

INFRAERO – Infraestrutura Aeroportuária

RDF – Resource Description Framework – Estrutura de Descrição de Recursos

RDF Schema – Resource Description Framework Schema

XML – Extensible Markup Language

XML Schema – Extensible Markup Language Schema

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação

URI - Uniform Resource Indentifier

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1 INTRODUÇÃO

Os avanços tecnológicos dos últimos anos vêm modificando as características da

sociedade como o jeito de pensar e agir do cidadão. Com a valorização do acesso à

informação de forma ágil tem-se criado um novo paradigma de como essas informações

estão sendo publicadas para que, assim, possam ser facilmente acessadas e recuperadas.

Estamos em um momento denominado por muitos como “a era da informação” ou

a “era do conhecimento” (TAKAHASHI, 2000; BORGES, 2000), em que a soberania e a

autonomia dos países passam mundialmente por uma nova leitura, e sua manutenção - que é

essencial - depende nitidamente do conhecimento, da educação e do desenvolvimento científico

e tecnológico. (TAKAHASHI, 2000).

Toda essa atenção sobre o armazenamento da informação fez com que surgisse a

preocupação de como esses dados estão sendo armazenados na web e como fazer para

que sua recuperação se dê de forma inteligente, possibilitando que sua interpretação seja

feita por humanos ou por computadores.

A Web Semântica permite melhorar as organizações das informações através da

estruturação dos dados com a utilização de diversas linguagens como XML

(BRAY,1998), XML Schema (THOMPSON, et al., 2001), RDF (LASSILA, SWICK,

1999), RDF Schema (BRICKLEY; GUHA, 2000) e DAM+OIL (CONNOLLY et al,

2001a). A principal característica dessas linguagens é possibilitar a representação de

conhecimento e também estruturar os dados na Web.

O termo Web Semântica está baseado no uso de ontologias que funcionam como

vocabulários para permitir a definição entre os conceitos dos sistemas.

Dessa forma, para que a Web Semântica se torne realidade, possibilitando

abstrações de informações de forma estruturada e mais inteligentes, é necessário que essas

informações sejam apresentadas em ontologias que podem ser definidas por segmentos.

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1.1 APRESENTAÇÃO

A Web se tornou uma espécie de grande diretório ou biblioteca virtual, onde

qualquer pessoa pode ter acesso à informação a qualquer hora e em qualquer lugar, com

ou sem custo, fazendo com que isso possibilite trocas de informações entre os usuários

que podem contribuir expressamente para diversas atividades do cotidiano, como por

exemplo informações sobre serviços aeroportuários.

O compartilhamento de informação estruturada entre computadores é considerado

um dos benefícios que a Web Semântica agrega. Segundo Gruber (2008), o surgimento

desses sistemas inteligentes transformará a atual inteligência acumulada encontrada na

Web 2.0 em inteligência coletiva, ou seja, a informação criada por um grupo de pessoas

poderá gerar “conhecimento” que será utilizado por outras pessoas e por sistemas

inteligentes para facilitar a produção de mais conhecimento.

O objetivo deste trabalho não é discutir a qualidade dos serviços aeroportuários.

Em vez disso o que se pretende é focar na padronização da descrição dos serviços

disponíveis e todo o conjunto de informações aeroportuárias que podem ser úteis para os

usuários, dentro do ambiente Web.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1. OBJETIVO GERAL

O principal objetivo deste trabalho é propor uma modelagem ontológica para

representação dos serviços e informações aeroportuárias de interesse dos passageiros

deste segmento, oferecendo um arcabouço de informações para a organização e

estruturação do conteúdo em websites de aeroportos.

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS As etapas necessárias para atingir este objetivo são:

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• Identificar serviços e informações aeroportuárias de cunho público para

publicação na Web.

• Propor um padrão baseado em uma ontologia de domínio para estruturação de

conteúdo de sites aeroportuários, bem como a descrição de aplicações e serviços

de emprego no segmento aeroportuário.

• Apresentar uma metodologia para utilização da ontologia proposta para

estruturação das informações na fase de projeto do site aeroportuário.

1.3 JUSTIFICATIVA

O estudo mais aprofundado na área de desenvolvimento web permite perceber a

importância do uso dos metadados para a representação e estruturação dos recursos

informacionais disponíveis na rede e também para sua recuperação de forma rápida e

organizada.

Portanto, se considerarmos que cada vez mais haverá informações

disponibilizadas na rede e que serão necessários mecanismos que recuperem essas

informações de modo mais eficiente, vemos que é de grande importância concentrar

esforços em estudos que visam à melhoria na busca e recuperação desses recursos.

Assim, o objetivo da realização desta pesquisa é propor um modelo baseado em

ontologia para descrição de recursos e serviços aeroportuários contribuindo, assim, para

o desenvolvimento do tema Web Semântica neste domínio especifico.

A importância social deste trabalho está em fornecer subsídios para que outros

profissionais da área possam desenvolver técnicas mais eficazes para o projeto de site no

domínio aeroportuário, favorecendo a recuperação de informação na rede e contribuindo

para a diminuição das dificuldades de localização, busca, acesso, recuperação e

compartilhamento das informações neste setor.

1.4 METODOLOGIA

Em uma fase inicial, este trabalho teve o intuito de construir um conhecimento

teórico sobre a Web Semântica, as ferramentas tecnológicas responsáveis pelo seu

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estabelecimento e principalmente o uso dos metadados para a representação dos recursos

informacionais. Essa fase caracterizou-se pela realização de uma pesquisa de análise

exploratória e descritiva do tema (CERVO, BERVIAN, 2003), na qual se buscou por

publicações e informações sobre as principais questões estabelecidas no objetivo deste

trabalho para que pudessem ser localizadas as contribuições científicas sobre esse

assunto. Essa metodologia permitiu abordar sintaticamente os objetivos específicos,

proporcionando um entendimento e concretização do objetivo geral.

O levantamento bibliográfico foi realizado em fontes bibliográficas (livros, anais de

congresso, teses e documentos eletrônicos da internet). A seleção dos documentos seguiu

os critérios de pertinência sobre os assuntos presentes na pesquisa, aos idiomas português

e inglês, e período de publicação limitado aos últimos dez anos. Após o levantamento

bibliográfico e seleção dos materiais foram realizadas as leituras e feita a documentação

dos textos selecionados, proporcionando a criação de uma base teórica para um maior

entendimento e definição da solução ao problema de pesquisa e dos processos de

tratamento da informação por metadados, bem como das tecnologias que possibilitam

uma recuperação das informações de maneira mais precisa pela implementação da Web

Semântica. Como forma de aplicação do conhecimento teórico adquirido na fase inicial

foram executadas algumas técnicas de elicitação. Uma delas foi o levantamento de dados

através de análise dos sites aeroportuários. Com isso foi possível elaborar uma tabela

comparativa entre as informações que estão disponíveis nos websites de cada aeroporto.

Após obter as informações que são disponibilizadas na web pela administração

aeroportuária pode-se aplicar a metodologia de desenvolvimento de ontologia chamada

METHONTOLOGY. Esta metodologia foi divida em três partes: Plano, etapa que é

realizado todo planejamento de tempo, custo e objetivo. Conceitualização, etapa que é

construído os principais documentos de auxilio a construção de ontologias como glossário

de termos, árvores de classificação de conceitos, dicionário de conceitos e árvores de

relações binárias. Formalização, etapa que é formalizado o modelo conceitual, com o

desenvolvimento de protótipo.

Neste Trabalho utilizou-se de técnica como cenário, para entendimento do processo

por pessoas que não possuem conhecimento sobre ontologias, também foi utilizado

prototipação das telas com a finalidade apresentar os dados exibidos em um website e por

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último foi construído um mapa de navegação afim de demonstrar os dados estruturados e

seus relacionamentos.

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho está organizado da seguinte forma: sete capítulos, sendo o primeiro uma

introdução ao problema com argumentação dos objetivos e justicativas.

No segundo capitulo é introduzido o conceito de Web Semântica e seu significado

para todos os dados expostos na web. São demonstradas as definições de tipos de

conceitos que a ontologia deve prover descrições: Classe, Relacionamento e Propriedade.

Depois, são destacados os tipos de classificação de ontologia segundo Lassila e

McGuiness e realizada uma comparação de taxonomia x ontologia.

O terceiro capitulo é uma abordagem direta ao cenário aeroportuário com dados

extraídos de anuário da Infraero apontando altos índices de movimentação de passageiros.

Após, são destacados os principais aeroportos que sofreram concessão da Infraero para

administração privada e um overview de como foi realizada essa concessão. Isso se dá

porque esses aeroportos têm autonomia na construção e manutenção de seus websites.

Ainda no capitulo três é realizado um quadro demonstrativo dos mapas dos sites dos

principais aeroportos concedidos à administração privada.

O capítulo quatro faz referência a projetos desenvolvidos com tema web semântica.

A escolha estratégica desses três trabalhos volta-se também ao objetivo de entender os

desafios, melhorias e implantação da tecnologia nos segmentos da sociedade. O primeiro

artigo escolhido tem como tema o desenvolvimento de aplicações para web semântica e

seus desafios. O segundo tem o objetivo de propor uma simplificação do desenvolvimento

de arquitetura de aplicações para web semântica. O terceiro é a aplicação de uma

modelagem ontológica voltada ao ensino à distância. Na oportunidade o autor valida a

proposta, demonstrando qualidade na recuperação de recursos informacionais. São

citados outros trabalhos que apresentam uma abordagem consistente na utilização de

ontologias em projetos de web site. Um deles é o “Uma ontologia de participação para

auxiliar a elaboração de ambientes consultivos e deliberativos” (SLAVIERO Cleyton,

2012).

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O capítulo quinto é a parte do desenvolvimento que representa detalhadamente a

construção de uma ontologia numa fase inicial. A ontologia é estruturada de forma

concisa com a metodologia aplicada utilizando de suas fases: conceitualização,

especificação e formalização. Essa é a parte mais relevante, pois é onde se constrói a

documentação que dará suporte à proposta deste trabalho. Para não quebrar

demasiadamente a leitura, documentações mais extensas como glossário de termos,

árvores de classificação de conceitos, dicionário de conceitos e as relações binárias ad-

hoc irão constituir o apêndice A deste trabalho.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 WEB SEMÂNTICA

A primeira ideia de web semântica surgiu com Tim Berners-Lee, James Hendler

e Ora Lassila no artigo, Web Semântica: um novo formato de conteúdo para a Web, que

tem significado para computadores vai iniciar uma revolução de novas possibilidades,

eles já apresentaram uma ideia de dados linkados com a definição de uma ontologia que

permite criar padrões para apresentações de dados na web, o que hoje já é feito com

documentos.

Segundo a W3C a web semântica ou web de dados tem a finalidade de possibilitar

com que computadores façam coisas úteis e o desenvolvimento de sistemas possa oferecer

suporte à interação na rede.

O princípio da Web Semântica é dar semântica aos dados que estão organizados

de acordo com alguma ontologia. Por exemplo, caso um professor deseje realizar uma

busca pela palavra “aluno”, os atuais mecanismos de busca se baseariam apenas na

comparação com a string exata para selecionar sites com a informação desejada. No

entanto, se essa busca for realizada com base em uma ontologia que relaciona sinônimos

da expressão procurada, o resultado provavelmente traria sites contendo as palavras

“discente” e “acadêmico”. Esse recurso não apenas confere mais inteligência às buscas

como possibilita que outros computadores se identifiquem em que contexto se relacionam

as expressões “aluno”, “discente” e “acadêmico”, evitando, assim, trazer respostas

indesejadas, caso a palavra esteja num contexto diferente. Por exemplo, a palavra “pena”,

que pode ser interpretada em contextos diferentes, ora sendo a plumagem de uma ave, o

sentimento de piedade ou a punição de um condenado.

Durante os estudos sobre uma proposta ontológica para sites aeroportuários

descobriu-se outra ontologia que aborda dados geográficos como latitude, longitude e

localização, que pode ser encontrada no caminho http://dbpedia.org/ontology/Airport

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Essa ontologia pode ser importada para utilização do modelo proposto como uma

facilidade ao recuperar informações geográficas.

2.2 ONTOLOGIAS

As pesquisas de inteligência artificial e Ciência da Computação usam o conceito

de ontologias como uma ferramenta que é capaz de definir relações entre os termos de

uma forma natural. Mais especificamente, ontologias podem ser usadas como uma

linguagem para descrever a estrutura de elementos de conteúdo de sites, suas prioridades

e relações com outros objetos de conteúdo de uma forma estrutural e consistente

(Bakalov, 2007). Gruber (1993) definiu a ontologia da seguinte forma: “Uma ontologia é

uma especificação explícita de conceitualização”. Esta definição foi alterada

posteriormente por (Bost, 1997) e explicada por (Studer et. al., 1998) “Uma ontologia é

uma especificação formal, explícita de uma conceitualização compartilhada.

Conceitualização refere-se a um modelo abstrato de algum fenômeno no mundo por

identificar os conceitos relevantes desse fenômeno. Explícita significa que o tipo de

conceitos utilizados e as restrições aos utilizadores são explicitamente definidos. Formal

refere-se ao fato de que a ontologia deve ser legível por máquina. Compartilhada refere-

se ao fato de que a ontologia captura conhecimento consensual, ou seja, não é privada de

um indivíduo, mas aceito por um grupo. ”

Noy e McGuinness (2001) apud Slaviero (2005) afirmam que ontologias podem

ser criadas para compartilhar o entendimento da estrutura da informação entre pessoas e

agentes de software, para reusar o conhecimento de um domínio (como por exemplo, o

domínio de sites aeroportuários), para tornar explícitas determinadas regras do domínio,

para separar conhecimento do domínio do conhecimento operacional e analisar o

conhecimento de um domínio, como por exemplo realizando inferências ou utilizando o

conhecimento como base para elaboração de um sistema ou ambiente.

Uschold e Jasper (1996) propõem uma definição mais abrangente. Para estes

autores, uma ontologia “pode assumir vários formatos, mas necessariamente deve incluir

um vocabulário de termos e alguma especificação de seu significado”. Segundo eles, uma

ontologia deve abranger “definições e uma indicação de como os conceitos estão inter-

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relacionados, o que resulta na estruturação do domínio e nas restrições de possíveis

interpretações de seus termos. ”

O consórcio W3C, de maneira mais sucinta, coloca que ontologias devem prover

descrições para os seguintes tipos de conceitos apud citado por Breitman (2006):

• Classes (ou “coisas”) nos vários domínios de interesse,

• Relacionamento entre essas “coisas”,

• Propriedades (ou atributos) que essas “coisas” devem possuir.

Independentemente da definição escolhida, é necessário entender que ontologias

têm sido utilizadas para descrever artefatos com variados graus de estruturação e

diferentes propósitos. A variação vai de Dublin Core, chegando a modelos escritos em

lógica.

2.3 CONSTRUÇÃO DE ONTOLOGIA

A construção de ontologias é uma tarefa complexa e requer alguns critérios e

metodologias para que possam ser bem desenvolvidas. Para isso é necessário

compreender os componentes básicos de uma ontologia. (Araujo, Moyses de 2003).

2.3.1 COMPONENTES DE UMA ONTOLOGIA

Segundo Peréz (2002) uma ontologia tem cinco componentes: conceitos, relações,

funções, axiomas e instâncias.

Esses conceitos podem ser concretos ou abstratos, reais ou fictícios, simples ou

compostos. Em resumo, um conceito pode ser “qualquer coisa” a respeito de “algo” que

estamos explicando, e por esse motivo pode ser a descrição de uma tarefa, função, ação,

estratégia ou um processo de raciocínio. Em algumas linguagens de ontologias os

conceitos são conhecidos como classe. Os conceitos são organizados como taxionomias,

a partir das quais podem ser aplicados os mecanismos de herança. Essa taxionomia é o

estabelecimento de relacionamento entre objetos e classes, sub-classes e classes-pai.

Relacionamentos são chamados relacionamento hierárquicos ou tipo is-a (é-um).

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2.3.2 CRITÉRIO PARA CONSTRUÇÃO DE UMA ONTOLOGIA

Araújo (2003) definiu que para atingir os benefícios proporcionados pelas

ontologias, alguns critérios devem ser observados em seu desenvolvimento, quais sejam:

Clareza: Uma ontologia deve efetivamente comunicar o significado pretendido na

definição de termos. Suas definições devem ser objetivas e independente do contexto

social ou computacional. Quando uma definição puder ser declarada em axiomas lógicos,

ela deve ser usada. Quando for possível, uma definição completa é preferida em relação

a uma definição parcial e todas as definições devem ser documentadas com linguagem

natural, de modo a esforçar a clareza.

Coerência: Uma ontologia deve ser coerente, isto é, as inferências devem ser consistentes

com as definições axiomáticas. Coerência deve ser aplicada para os conceitos que são

definidos formal e informalmente. Se uma sentença é passível de ser inferida a partir dos

axiomas da ontologia e contradiz uma definição ou exemplo dado informalmente, então

a ontologia é incoerente.

Extensibilidade: Uma ontologia deve ser projetada para antecipar usos de um

vocabulário compartilhado, ou seja, uma ontologia deve ser capaz de definir novos termos

para usos especiais, baseado em um vocabulário existente sem haver necessidade de rever

definições existentes.

Compromisso de codificação mínimo: A conceituação deve ser especificada no nível

de conhecimento, sem depender de uma tecnologia particular de representação de

conhecimento.

Compromisso ontológico mínimo: O conjunto de compromisso ontológico de uma

ontologia deve ser suficiente para suportar as atividades de compartilhamento de

conhecimento. Uma ontologia deve fazer poucas imposições a respeito do domínio que

está sendo modelado, permitindo que as partes comprometidas com a ontologia fiquem

livres para especializar e instanciar a ontologia, na medida do necessário.

Em relações aos termos supracitados, os seguintes critérios devem ser considerados

(USCHOLD, 1996).

• Definições dos termos em linguagem natural, da forma mais precisa possível;

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• Garantia de consistência dos termos, através do uso do dicionário e glossários

técnicos, e evitando-se sempre a possível introdução de novos termos;

• Relacionamento dos termos que estão sendo definidos com os novos termos

existentes;

• Definição de cada termo, de forma a ser necessária e suficiente para especificar

seu significado;

• Suspensão do uso do termo, se for ambíguo;

• Colocação clara das ideias através da definição cuidadosa de cada conceito,

usando-se a menor quantidade possível de termos técnicos, ou somente daqueles,

cujas definições já são aceitas;

• Apresentação de exemplos, onde for necessário.

2.4 TIPOS DE ONTOLOGIA

Diversas classificações para ontologias foram propostas na literatura. Ora Lassila e

Deborah McGuiness apud citado por Breitman (2006) propõem uma classificação

baseada na estrutura interna e no conteúdo das ontologias. A classificação segue uma

linha em que as ontologias são dispostas, desde a mais “leve” (ligthweight) até a mais

“pesada” (heavyweight).

Para essa classificação existem, desde catálogos informais de termos com definições

em linguagem natural desestruturada, até ontologias com o máximo de expressividade.

Todos esses artefatos objetivam estabelecer um vocabulário compartilhado que permite a

troca de informações entre grupos de trabalho ou indivíduos. O que varia é o grau de

formalismo e expressividade de cada representação. Nessa classificação, destacam-se as

seguintes categorias:

• Vocabulários controlados – lista finita de termos. Um exemplo típico seria o

catálogo norte-americano NAICS (North American Industry Classification

System), que lista produtos e serviços oferecidos em diversas áreas, como, por

exemplo, agricultura, finanças, varejo, entre muitas outras.

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• Glossários – listas de termos com significados em linguagem natural. O formato

de um glossário é similar ao de um dicionário, em que os termos são organizados

alfabeticamente, seguidos de definições em linguagem natural. Um exemplo de

glossário é o NetGlos (The Multilingual Glossary of Internet Terminology), que

reúne terminologia relacionada a recursos na internet.

• Tesauros – é uma lista de termos e suas definições que padroniza a utilização de

palavras para indexação. Além das definições, um tesauro fornece relacionamento

entre os termos. Estes podem ser do tipo hierárquico, associativo e de equivalência

(sinônimos). Existem vários tesauros disponíveis on line. Um exemplo é o IEEE

Web Thesaurus Keywords, que contém vocabulário associado a engenharia

elétrica e eletrônica, disponibilizado pelo instituto de engenheiros eletrônicos,

elétricos e eletrônicos (IEE).

• Hierarquias tipo-de – hierarquias que utilizam o relacionamento de generalização

(tipo-de) de maneira informal ou formal.

• Nas hierarquias formais os relacionamentos de generalização são respeitados

integralmente. Um exemplo é a taxonomia dos seres vivos.

• Ontologias – ontologias que fornecem subsídios para restringir os valores

assumidos pelas propriedades de sua classe ou ontologias que permitem que sejam

expressas restrições em lógica de primeira ordem.

2.5 TAXONOMIAS X ONTOLOGIAS

Pesquisadores como Breitman (2006) defendem que antes de prosseguirmos ao

conhecimento mais profundo de classificações de ontologia é necessário realizar uma

distinção clara entre taxonomia e ontologia. O dicionário Merriam Webster (2016) define

uma taxonomia como:

“O estudo dos princípios gerais de classificação cientifica:

classificação sistemática; em particular, classificação ordenada de

plantas e animais segundo relacionamentos naturais. ”

Uma definição ligada à utilização de taxonomias em tecnologia da informação é

proposta por Michael Daconta (2003):

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“(Uma taxonomia é a) Classificação de entidades de informação no

formato de uma hierarquia, de acordo com relacionamentos que

estabelecem com entidades do mundo real que representam. ”

Resumindo, uma taxonomia serve para classificar informação em uma hierarquia

(árvore), utilizando o relacionamento pai-filho (generalização ou “tipo-de”). Um exemplo

clássico de taxonomia é a classificação de humanos segundo a taxonomia lineana, a qual

se classificaria como “hierarquia tipo-de formal”, segundo a terminologia proposta por

Lassila e McGuiness.

A principal característica que distingue taxonomia de ontologia é o fato de que

através de uma taxonomia não se pode atribuir característica ou propriedades aos termos

(atributos) nem exprimir outros tipos de relacionamento (parte-de, causa-efeito,

localização, associação, entre outros). Para isso, é necessário construir uma ontologia.

2.6 ESCOPO DE ONTOLOGIAS

Nicola Guarino (1998) propôs um sistema de classificação que se baseia no escopo

da ontologia para sua classificação conforme figura 1, ou seja, critério principal de

classificação é seu nível de generalidade.

• Ontologias de alto nível – descrevem conceitos muito genéricos, tais como

espaço, tempo e eventos. Estes seriam a princípio, independentes de domínio e

poderiam ser reutilizados na confecção de novas ontologias. Exemplos de

ontologias de alto nível são WordNet e Cyc.

• Ontologias de domínio – descrevem o vocabulário relativo a um domínio

especifico através da especialização de conceitos presentes na ontologia de alto

nível.

• Ontologias de tarefas – descrevem o vocabulário relativo a uma tarefa genérica

ou atividade através da especialização de conceitos presentes na ontologia de alto

nível.

• Ontologias de aplicação – são as ontologias mais especificas. Conceitos em

ontologias de aplicação correspondem, de maneira geral, a papéis desempenhados

por entidades do domínio no desenrolar de alguma tarefa.

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Figura 1 - Classificação de ontologias proposta por Guarino

2.7 METODOLOGIA PARA CONSTRUÇAO DE ONTOLOGIA

Antes de construir uma ontologia, você deve planejar as tarefas principais a serem

feitas, como elas serão organizadas, quanto tempo você precisa para realizá-las, e com

quais recursos (pessoas, software e hardware) (Férnandez, Gómez Pérez & Juristo, 1997).

Mariano Fernandéz, Assunción Gómez Pérez e Natalia Juristo através do trabalho

“Da arte ontológica para uma engenharia ontológica”. Propõe uma metodologia chamada

METHONTOLOGY para identificar um conjunto de atividades a serem realizadas

durante o processo de desenvolvimento de ontologia. Essas etapas são: Planejar,

especificar, adquirir conhecimento, conceituar, formalizar, integrar, implementar, avaliar,

documentar e manter.

Esse framework é baseado no processo padrão IEEE para o desenvolvimento de

software. O processo de desenvolvimento de ontologias especifica quais as atividades que

devem ser cumpridas ao se construir uma ontologia que, segundo a opinião dos autores,

é fundamental chegar a um acordo quanto a essas atividades, sobretudo se a ontologia

está sendo desenvolvida por times que se encontram dispersos geograficamente. Eles

classificam as atividades em três grupos: atividades de gerenciamento de ontologias,

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atividades ligadas ao desenvolvimento de ontologias e atividades de manutenção de

ontologias.

A seguir detalhamos as atividades de cada grupo:

• Atividades de gerenciamento de ontologias – elaboração de cronogramas,

controle, garantia da qualidade.

• Atividades ligadas ao desenvolvimento de ontologias – estudo do ambiente,

estudo de viabilidade, especificação, conceitualização, formalização,

implementação, manutenção, uso.

• Atividades de suporte – aquisição do conhecimento, avaliação, documentação,

integração, gerência da configuração, alinhamento.

Os autores indicam a utilização de técnicas de elicitação semelhantes ao levantamento

de requisitos de software, entrevistas estruturadas, questionários e leitura de documentos

do domínio.

O processo de desenvolvimento de ontologias proposto é descrito a seguir:

• Plano: ao iniciar o projeto de uma ontologia é necessário planejar as tarefas que

serão realizadas. Nesse plano é necessário descrever uma previsão do número de

horas, recursos e ferramentas que serão necessários.

• Especificação: nessa fase são definidos o escopo e os objetivos da ontologia e são

respondidos alguns questionamentos:

- Qual o objetivo desta ontologia?

- Quais serão seus usuários?

As respostas a esses questionamentos devem ser escritas em um documento que

servirá como a especificação de requisitos da ontologia. O nível de formalismo

desse documento é escolhido pelos desenvolvedores.

• Conceitualização: nessa fase é realizado o levantamento dos termos da ontologia.

Podem ser utilizadas as técnicas tradicionalmente aplicadas por engenheiros de

requisitos no processo da elicitação de informação.

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• Formalização: nessa etapa se formaliza o modelo conceitual da fase anterior

através de uma linguagem formal para descrição de ontologias. Lógica de

descrição ou modelos baseados em frames são algumas opções.

• Integração: nessa etapa é realizada a integração do modelo em desenvolvimento

com outras ontologias. A Methontology faz uma previsão para o reuso de

conceitos de outras ontologias.

• Implementação: de modo a tornar a ontologia passível de processamento

automático, ou seja, computável, é necessário implementá-la em uma linguagem

OIL, DAML+OIL e OWL são alguns exemplos de linguagens que podem ser

utilizadas nessa etapa.

• Avaliação: antes de disponibilizar a ontologia é necessário avaliá-la para garantir

qualidade e adequação aos padrões (em especial a aderência a ontologias de topo,

se alguma foi utilizada como referência na construção da atual ontologia).

• Manutenção: ontologias são teorias sobre o mundo ou parte do mundo (domínio),

pois da mesma forma como o mundo está em evolução a ontologia também deverá

estar, senão ficará obsoleta.

2.8 PROJETO DE WEBSITE BASEADO EM ONTOLOGIA

Durante o quinto workshop internacional de engenharia de software voltado para

web semântica realizado no Estado de Virgínia nos Estados Unidos no ano de 2009, foram

apresentados diversos trabalhos abordando o assunto web semântica para aplicações web.

Heitmann et. al. (2009) centraliza a ideia sobre os desafios da modelagem de dados,

em detrimento da arquitetura de software e problemas de engenharia. Foi realizada uma

análise empírica para mostrar que a implementação de tecnologias de web semântica

criará desafios que poderão afetar todo tipo de aplicação.

Durante o trabalho foi realizada uma pesquisa empírica de aplicações de web

semântica e utilizados esses dados empíricos para propor uma arquitetura de referência

para essas aplicações, e desse modo identificar quatro dos principais desafios que regem

a implementação de funcionalidades comuns relacionadas às tecnologias de web

semântica numa perspectiva de engenharia de software: (i) questões envolvidas em

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integração turbulentas e dados heterogêneos, (ii) incompatibilidade de modelos de dados

e APIs entre os componentes, (iii) melhores práticas imaturas e tardia, padrões, e (iv) a

distribuição de lógica de aplicação entre componentes. Em contraposição a esses desafios

os autores destacaram duas abordagens ortogonais para mitigar esses desafios: (a)

simplificar a arquitetura do aplicativo delegando funcionalidade genérica para

prestadores de serviços externos, e (b) montagem de personalização de componentes

fornecidos por estruturas de software para desenvolvimento rápido de aplicações

completas.

Quasthoff et. al. (2009) destaca uma abordagem independente de como desenvolver

aplicações da web semântica usando linguagem de programação orientada, objeto e

mapeamento de objeto triplo. Os autores afirmam que utilizando tal mapeamento as

aplicações em web semântica foram desenvolvidas até três vezes mais rápido que a

engenharia tradicional de software para web semântica. Como prova disso são

apresentados notação formal de mapeamento de objeto triplo e resultados de uma

avaliação experimental, mostrando claramente os benefícios de tal mapeamento.

Araújo (2003) demonstra o crescimento dos números de sites de educação, porém

todos apresentam ineficiência na arquitetura da informação, o que acarreta dificuldade de

compartilhamento dos recursos educacionais e problemas na recuperação de materiais de

aprendizagem na Web. Por essas estruturas não seguirem um padrão ontológico fica

inviável um processamento automático das informações por outros computadores.

Como motivação o autor destaca avanços da tecnologia da informação e

telecomunicação que permitem que empresas e universidades desenvolvam ferramentas

para educação através da Web, que simulam as características da instrução presencial,

através do uso de áudio, vídeo, chat, e-mail, videoconferência etc. Destaca que o cenário

da educação em distância no Brasil vem se expandindo, porém pouco de novo,

efetivamente, tem sido feito a respeito. Levantou-se um conjunto de dificuldades como:

custos computacionais, falta de teoria consistente a respeito e problemas tecnológicos.

Entretanto, o autor destaca que essa preocupação com o pouco que tem sido feito está

camuflada pelos intensos estudos que vêm sido desenvolvidos em institutos de pesquisas

e universidades durantes os últimos cinco anos. Destaca-se que dentro do cerne da

questão, está sutilmente infiltrado o conceito de Educação Baseada na Web (EBW)2.

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Neste trabalho o autor foca o tema principal no desenvolvimento de uma ontologia

que servirá como artefato para sistemas web de educação à distância, permitindo pesquisa

de materiais e objetos de aprendizagem mais inteligentes e eficientes, facilitando, assim,

a compreensão e interpretação desses conteúdos por máquinas ou outros sistemas

inteligentes.

Outro trabalho que demonstra a utilidade de ontologias em projeto de utilização de

sites é de Slaviero (2012). No trabalho, o autor defende a ideia de uma ontologia de

eParticipação para auxiliar a elaboração de ambientes consultivos e deliberativos, em

tomada de decisão entre governo e cidadão.

A ontologia proposta por Slaviero é uma extensão da ePDO (eParticipation Domain

Ontology) para tratar a relação entre métodos de participação e ferramentas TIC

(Tecnologia da Informação e Comunicação). Essa ontologia tem como objetivo principal

apresentar, através de suas classes, propriedades e relacionamento um artefato na

construção de sistemas deliberativos e, com isso, garantir uma interoperabilidade entre

sistemas governamentais, melhora na troca de informação e fornecimento dos serviços.

Bakalov (2007) fez uma abordagem baseada em ontologia para projetar uma

arquitetura da informação de Websites apresentando dados estatísticos referenciados pela

(Netcraft, 2006), informando que o número de sites na internet dobra a cada dois anos e

que esses números já excederam 92 bilhões em todos os domínios e com esse crescimento

observa-se o aumento da complexidade da estrutura e funcionalidade fornecidas por esses

sites. Através desse motivo originou novas disciplinas que possuem o intuito de capacitar

profissionais para demanda de desenvolvimento web. Uma dessas disciplinas é a

arquitetura da informação que aborda questões de alta qualidade de desenvolvimento de

software e a Web Semântica.

Bakalov faz referência a (Berners-Lee et al, 2001) para classificar a Web Semântica

como a informação dada com significado bem definido de modo que possa ser

compreendida por ambos, humanos e computadores. No entanto, para que isso se torne

realidade faz-se necessário estruturar as coleções de informações com regras de

inferências para que os computadores possam fazer o raciocínio automático sobre a

informação armazenada. O principal objetivo da Web Semântica é proporcionar uma

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linguagem que pode ser utilizada para descrever informações e regras para que seja

possível realizar processamento sobre esta informação.

Durante o enunciado do problema o trabalho apresenta preocupação no setor de

arquitetura de informação, haja vista que a quantidade de informações que estão sendo

publicadas na web é extremamente grande e o número de profissionais capacitados como

arquitetos de informação é muito pequeno. Então é levantada a necessidade de

capacitação de desenvolvedores Web com ferramentas fáceis de usar, mas poderosas para

a construção de arquitetura de informações em Websites, conscientizando os projetistas

a construir arquiteturas da informação, utilizando estrutura e linguagem que podem ser

processadas por softwares de computador a fim de obter o significado de informações em

sites.

Como objetivo geral deste trabalho foi uma abordagem baseada em ontologias para

projetar a arquitetura de informação de sites. Essa abordagem capacita os

desenvolvedores Web com a metodologia e instrumentos para projetar os quatros

modelos conceituais que constituem a arquitetura da informação de websites: 1) modelo

usuário-tarefa, 2) modelo de informação, 3) modelo de navegação, e 4) modelo de

apresentação.

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3 DOMÍNIO DE APLICAÇÃO

3.1 O CENÁRIO AEROPORTUÁRIO.

Como o crescimento na demanda pelo uso dos serviços aeroportuários no Brasil

vem se evidenciando fortemente nos últimos anos, esse aumento gerou uma necessidade

crescente de investimento para manutenção da qualidade do atendimento nos aeroportos

do país.

Movimento Anual de Aeronaves (Pousos + Decolagens)

Ano Regular Não regular Total Var. % Doméstico Internacional Doméstico Internacional Executiva/Geral Anual

2011 1.086.104 25.807 326.902 8.678 607.672 2.055.163 - 2012 1.112.798 22.147 332.538 6.552 647.376 2.121.411 3,22 2013 1.052.773 17.106 319.102 4.815 619.595 2.013.391 -5,09 2014 1.027.096 19.318 316.664 4.570 610.341 1.977.989 -1,76 2015 1.020.330 19.112 257.203 3.342 518.183 1.818.170 -8,08

Movimento Anual de Passageiros (Embarcados + desembarcados)

Ano Regular Não regular Total Var. % Doméstico Internacional Doméstico Internacional Executiva/Geral Anual

2011 94.453.774 1.799.112 1.940.519 238.401 1.472.718 99.904.524 - 2012 99.463.973 1.835.499 2.042.965 185.437 1.509.354 105.037.228 5,14 2013 100.194.159 1.730.120 2.659.516 112.058 1.224.884 105.920.737 0,84 2014 106.300.034 2.067.224 3.057.154 154.923 1.176.176 112.755.511 6,45 2015 106.177.648 1.961.216 2.992.736 116.346 1.061.783 112.309.729 -0,40

Tabela 1 - Fonte (anuário 2015 - Infraero)

Dessa forma, o governo federal optou pela concessão de alguns principais

aeroportos brasileiros, em parceria com a iniciativa privada para viabilizar e agilizar a

realização dos investimentos necessários para a adequação da infraestrutura

aeroportuária, para a modernização dos espaços e inovação tecnológica, promovendo

melhoria no atendimento e nos níveis de qualidade dos serviços prestados aos usuários

de transportes aéreos no País. Segundo a Infraero esses aeroportos concentram grande

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premência de investimento, além de estarem entre os que reúnem maior demanda de

passageiros e carga.

Atualmente os principais aeroportos que estão sendo administrados pela iniciativa

privada no Brasil são:

• Aeroporto Internacional de Natal – São Gonçalo do Amarante (RN) –

Concessionária Inframérica. http//www.natal.aero/br/.

• Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek –

Concessionária Inframérica. http://www.bsb.aero/br/.

• Aeroporto Internacional de Guarulhos André Franco Montoro – Concessionária

GRU Airport. http://www.gru.com.br/.

• Aeroporto Internacional Viracopos/Campinas – Concessionária Aeroportos

Brasil. http://www.viracopos.com/.

• Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão Antônio Carlos Jobim –

Concessionária RIOgaleão. http://www.riogaleao.com/.

• Aeroporto Internacional de Confins – Tancredo Neves – Concessionária BH

Airport. http://www.bh-airport.com.br/br/p/1/home.aspx.

Essas administrações privadas têm autonomia para definir de que maneira as

informações relativas aos serviços oferecidos em um determinado aeroporto são

disponibilizadas para os usuários dos transportes aéreos. Essas informações abrangem

não apenas orientações sobre voos, atendimento de companhias aéreas, embarque e

desembarque, mas também serviços de transportes terrestres, de alimentação e até de

hospedagem para que o passageiro, antes mesmo de embarcar na origem possa fazer um

planejamento mais eficaz para que sua viagem se torne mais proveitosa.

Por outro lado, existem outros aeroportos que também possuem uma destacada

movimentação diária de passageiro, mas tem em sua administração a Infraero que, por

sua vez, peca em investimentos necessários para a adequação da infraestrutura

aeroportuária, na modernização dos espaços e inovação tecnológica e não possui sequer

um website próprio para divulgação de informações de utilidade pública relacionadas aos

aeroportos. A Figura 2 representa a movimentação hora pico do aeroporto de Aracaju.

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Figura 2 - Movimentação hora-pico aeroporto de Aracaju. Fonte anuário 2015 – Infraero.

Analisando o movimento operacional na Tabela 1 - movimento anual de

aeronaves e passageiros é possível identificar que, apesar de ter ocorrido uma queda de

8,08% em números de aeronave e 0,40% em números de passageiros no período entre

2014 e 2015, a movimentação nos aeroportos brasileiros ainda continua muito intensa.

O grande número de usuários de aeroportos sinaliza uma demanda significativa por

informações sobre os serviços oferecidos por essas entidades. A falta de padronização na

estruturação de sites que apresentem essas informações no cenário nacional revela a

necessidade da definição de um modelo baseado em ontologia para estruturar a

publicação das informações e descrições de serviços aeroportuários na Web.

3.2 VISAO GERAL SOBRE WEBSITES DE AEROPORTOS

Durante os estudos foram analisados os principais sítios aeroportuário que possuem

administração privada no Brasil, a fim de abstrair características únicas de cada um e

informações que eles compartilham em sua página web. A Figura 4 apresenta um quadro

comparativo entre os sites de aeroportos que foram concedidos à administração privada.

Escolheu-se esses sites, pois a administração privada possui autonomia para estruturar

seus WebSites com exibição de informações de seus interesses. Ao contrário dos outros

aeroportos que ainda estão sob a administração da INFRAERO, os aeroportos sob

administração privada possuem um website com domínio próprio.

Até a data do estudo não foi encontrada uma legislação legal que controle a

construção de páginas web para aeroportos que sofreram concessão. Todavia, foi aberta

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Movimento Horário no Dia da Hora-Pico de Passageiros Simultâneos07/06/2015

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uma manifestação no portal FOCUS, serviço de atendimento Fale com ANAC,

questionando a existência dessa legislação. Até o presente momento não houve resposta

à manifestação de código 102833.20161, conforme mostra a Figura 3.

Figura 3 - Manifestação aberta no portal de atendimento eletrônico da ANAC.

Desse modo, a análise focou em serviços e informações relativamente importantes

que o aeroporto fornece aos usuários através da página web. A seguir, segue quadro

comparativo que representa um mapa dos sites analisados.

3.2.1 AEROPORTO DE BRASÍLIA (BSB)

Aeroporto Juscelino Kubitschek está localizado no distrito federal. Dados estatísticos

fornecidos pela ANAC apontam o aeroporto como o segundo maior aeroporto em

movimentação de passageiro e o terceiro em movimentação internacional do país. A

localização estratégica da capital junto às obras de reforma contribuiu para que o terminal

se mantivesse como um centro de distribuição de rotas entre o Norte e o Sul, consolidando

como o maior hub doméstico do país. Outra característica que se destaca é que o terminal

brasiliense é o maior em capacidade de pista do Brasil, podendo receber um voo por

minuto segundo dados fornecidos pela administração aeroportuária (Inframérica, 2016).

3.2.2 AEROPORTO DE GUARULHOS (GRU)

Inaugurado em 20 de janeiro de 1985, o Aeroporto internacional de Guarulhos –

Governador André Franco Montoro está a caminho de se consolidar como referência na

América latina e um dos maiores do mundo. Sua concessão foi realizada pelo governo

1 http://www2.anac.gov.br/ARUS/FOCUS/Default.asp (último acesso em 28/10/2016)

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federal para o grupo Guarulhos Airport, no dia 14 de junho de 2012. Segundo dados da

ANAC, publicados pelo grupo Guarulhos Airport o terminal se consolida como o maior

complexo aeroportuário do país (Guarulhos Airport, 2016).

3.2.3 AEROPORTO DE CAMPINAS (VCP)

Viracopos é o segundo principal terminal de cargas do Brasil e o transporte de

passageiros vem aumentando de maneira mais significativa nos últimos anos. É um dos

aeroportos que mais crescem no país segundo dados apresentados pela ANAC, e desde a

sua concessão a iniciativa privada pelo governo federal na data de 06 de fevereiro de 2012

para a concessionária Aeroportos Brasil, uma série de melhorias e inovações vem sendo

implementadas. Seguindo um plano de investimentos, o MasterPlan, a Aeroportos Brasil

Viracopos prevê um aporte de aproximadamente R$ 9,5 bilhões ao longo dos 30 anos de

concessão divididos em seis ciclos de investimento. (Aeroportos Brasil, 2016)

3.2.4 AEROPORTO DO GALEÃO (GIG)

Inaugurado em 20 de janeiro de 1977, o aeroporto internacional do Rio de Janeiro se

consagrou como um dos principais projetos de tecnologia dos anos 70 no país. Em 1992,

foram reformadas todas as instalações deste terminal, ampliação que resultou no aumento

da capacidade do terminal para sete milhões de passageiros ao ano, coincidindo com o

início das obras do terminal 2.0 novo saguão, um dos mais modernos da América latina,

com capacidade para atender oito milhões de passageiro ao ano. Inaugurado em 20 de

julho de 1999, possibilitou que o aeroporto ultrapassasse o dobro da sua capacidade.

Ainda nos dias de hoje o aeroporto internacional Tom Jobim se mantém entre os maiores

complexos aeroportuários. Possui um dos mais modernos e bem equipados terminais de

logística de carga da América do Sul. Em 2014 as atividades de operações, manutenção

e ampliação foram transferidas da Infraero para o Rio Galeão. (Rio Galeão, 2016)

3.2.5 AEROPORTO DE CONFINS (CNF)

Em novembro de 2013, o governo federal realizou leilão para a concessão do

aeroporto internacional Tancredo Neves para o consórcio BH Airport, por um período de

30 anos. O projeto de modernização, ampliação e manutenção do aeroporto internacional

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de Belo Horizonte prevê investimentos consideráveis para os 30 anos de concessão. O

aeroporto é um dos principais em operações do Brasil e atingiu uma movimentação de

10,9 milhões de passageiros em 2014. Com um investimento de cerca de 1,5 bilhão na

próxima década, a BH Airport pretende elevar até 2016 a capacidade de movimentação a

22 milhões de passageiros ao ano. (BH Airport, 2016)

3.2.6 AEROPORTO DE NATAL (NAT)

O Aeroporto Internacional do Rio Grande do Norte foi o primeiro a ser concedida a

administração privada no país no dia 22/08/2011 ao maior operador aeroportuário privado

do mundo (INFRAMÉRICA,2016). Esse empreendimento rendeu de investimento ao

aeroporto 480 milhões de reais que possibilitou um atendimento de 6 milhões de

passageiros ao ano.

Figura 4 - Esboço comparativo de serviços disponibilizados nos sites aeroportuários pesquisados

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Os sites de cada aeroporto foram analisados detalhadamente conforme estrutura

de menus e um breve resumo do que cada submenu disponibiliza ao ser clicado. Com isso

é possível realizar algumas técnicas de elicitação conforme define a metodologia citada.

Denota-se da observação realizada na arquitetura dos websites analisados que

existe uma padronização dos serviços ofertados em cada aeroporto, porém a informação

sobre cada serviço ou facilidade está exposta ao público de maneira variada em cada

região.

Em São Paulo, no aeroporto de Guarulhos foi encontrado o website que fornece a

maior quantidade de informação e de melhor qualidade. Pode-se tomar como exemplo a

sessão que está reservada no site para o estacionamento. Nessa seção é disponibilizado

um mapa de geolocalização, ou seja, como chegar, um mapa de dentro do estacionamento.

Também estão disponíveis tabela de preço por tempo utilizado do serviço, classificação

de tipos de serviços e contato para esclarecimento de dúvidas. O aeroporto de São Paulo

possui um diferencial que se destaca na atual realidade da sociedade, que são informações

de acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais. Outro atributo

favorável ao aeroporto de Guarulhos é que o site dispõe de informações dos serviços e

facilidades oferecidos no saguão e também qual o requisito necessário para se utilizar do

serviço ou facilidade e qual o horário de atendimento, fazendo com que o usuário esteja

precavido dos requisitos para a utilização desse serviço.

Em contrapartida, o aeroporto de Galeão, situado no Rio de Janeiro é o que dispõe

de informações de pior qualidade, além de que o site, ora se encontra com problemas

técnicos de conexão, ora com lentidão para realizar busca na opção procurar no topo da

tela. O site dispõe de informações de serviços que operam na localidade, porém são

disponibilizadas pouquíssimas informações sobre quais requisitos são necessários para

utilização do serviço, qual o horário de atendimento e informações sobre o serviço

prestado.

Com a análise comparativa dos sites dos aeroportos que sofreram concessão e que

não são mais administrados pela INFRAERO, nota-se que alguns sites dispõem de mais

informações que outros. Isso pode ter sido causado pela quantidade de tráfego de

passageiros que existe em cada aeroporto, no entanto na era da informação todas as

empresas devem disponibilizar de informações claras e coerentes, principalmente quando

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se trata de um setor como o transporte aéreo. Porém, vale ressaltar que todos os sites

analisados neste capitulo dispõem de uma estrutura melhor do que os aeroportos que ainda

estão sob a administração da INFRAERO. Desse modo destaca-se claramente que a

concessão dos aeroportos à administração privada surte efeito positivo de investimento

financeiro, podendo-se notar pela tecnologia.

O aeroporto de Campinas, Confins e Brasília possuem arquiteturas de sites

parecidas. Estão em evolução de acordo com o aeroporto e disponibilizam de informações

necessárias para orientar o usuário do segmento em seu trajeto: como chegar, guia de voo,

painel de voo, guia do passageiro, documentos necessários para embarque, dentre outros.

Porém, é valido ressaltar a importância de informações sobre acessibilidade aos serviços

e facilidades disponibilizados no aeroporto para que assim essas estruturas tecnológicas

possam atender a toda a sociedade.

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4 PROPOSTA ONTOLOGIA DE SERVIÇOS

AEROPORTUÁRIOS

O processo de criação de uma ontologia necessita de uma metodologia consistente

e eficaz. Para este projeto foi escolhida a Methontology por ser bastante conhecida por

pesquisadores de ontologias e também por apresentar algumas etapas de fácil

entendimento para projetista de pouco conhecimento sobre ontologia, proporcionando o

desenvolvimento do projeto até mesmo quando a equipe está separada geograficamente.

4.1 PLANO

Para o processo de construção da ontologia foi desenvolvida uma representação

gráfica com o intuito de orientar passo a passo.

Figura 5 -Processo do desenvolvimento da Ontologia

A primeira atividade desenvolvida para esboço da ontologia foi a elaboração

parcial de um diagrama UML, para obtenção dos principais conceitos, relações e atributos

como podemos ver na Figura 6. Destaca-se que a construção do diagrama foi baseada nas

principais características retiradas dos mapas dos sites analisados.

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Figura 6 - Diagrama UML parcial de projeto de Web Site aeroportuário.

Para a modelagem desta ontologia serão utilizados os estágios propostos pela

metodologia METHONTOLOGY (BAKALOV, 2007), discutida no item 2.9 deste

trabalho.

4.2 ESPECIFICAÇÃO

Nesta etapa define-se o objetivo da proposta de ontologia e usuários.

Neste estudo, o principal objetivo desta proposta de ontologia é possibilitar uma

representação semântica das informações e serviços aeroportuários para que esses possam

ser reutilizados, compartilhados, estruturados e que os usuários desses serviços possam

realizar pesquisas mais eficientes nessas informações.

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A proposta de ontologia aqui apresentada pretende atender a todos os usuários dos

serviços aeroportuários. Abrangendo não só os usuários de transporte aéreo, mas todos

que usam ou prestam serviços à comunidade aeroportuária.

Para definição do escopo neste estudo, foram formuladas ainda as seguintes perguntas

de competência:

1. Quais são as companhias aéreas que operam num determinado aeroporto?

2. Quais são os horários de voos disponíveis?

3. Quais são as taxas do estacionamento de um aeroporto?

4. Quais são as taxas do cargo de um determinado aeroporto?

5. Quais são os serviços disponível num determinado aeroporto?

6. Quais são as lojas existentes num determinado aeroporto?

7. Quais são as facilidades disponíveis num determinado aeroporto?

Esta proposta deve conter um vocabulário para que as informações aeroportuárias

possam ficar explicitas e anotadas bem como um conjunto de relacionamento entre os

termos para proporcionar inferência na base de dados.

4.3 CONCEITUALIZAÇÃO

A conceitualização é a principal fase da METHONTOLOGY. Ao final desta atividade

obtém-se:

• o Glossário de termos (GT);

• a Arvore de Classificação de Conceitos (ACC);

• o Dicionário de Conceitos;

• as Relações binárias ad-hoc.

Tais artefatos, desenvolvidos para o projeto de websites aeroportuários, são

apresentados no Apêndice A, na mesma ordem que foram supracitados.

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Como forma de responder às perguntas de competência foram realizadas análises

separadas de cada cenário. As informações de voo foram estruturadas por companhia

aérea que possuem relacionamento com um conceito aeroporto. Para responder às

perguntas 1 e 2, foi necessário demonstrar um relacionamento entre os conceitos voo,

companhia e aeroporto. Esse relacionamento pode ser visualizado na Figura 8.

Figura 7 - Relacionamento entre os conceitos voo, companhia e aeroporto.

Pode se entender das relações da figura 6:

• A relação era_permiteOperacao denota que um aeroporto é formado por uma ou

mais companhias aéreas. Esta relação tem a cardinalidade (1,n), que determina

que o axioma: “Todo aeroporto tem uma ou mais companhia aérea”.

• A relação com_opera denota que as companhias aéreas são responsáveis por

operar voos nos aeroportos e a cardinalidade é de (0,n) determina o axioma: “As

companhias aéreas podem operar zero ou mais voo”.

• A relação com_criavoo indica que a companhia aérea pode criar um ou mais voos.

• A relação voo_criadoPor tem a cardinalidade de (1,1) o que indica o axioma: “Um

voo pertence pode ser por apenas uma companhia aérea”.

Para responder às questões 3 e 4, foi necessário demonstrar a figura 7 com

relacionamentos para destacar uma situação em que os conceitos cargo e estacionamento

possuem um relacionamento específico com taxaPreço e tabelaPreço.

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Figura 8 - Relacionamento entre os conceitos tabela de preço, estacionamento e aeroporto.

A demonstração gráfica dos relacionamentos dos conceitos de estacionamento

acima, tabela de preço e aeroporto, também serve para responder à questão sobre carga,

pois o tipo de relacionamento se repete e a sequência dos axiomas também.

Na mesma lógica em que foram respondidas às perguntas de 1 a 4 a Figura 9

mostra um modelo completo da ontologia proposta representada em UML que foi

elaborada a fim de responder às demais perguntas e outras que podem ser levantadas sobre

o modelo.

Figura 9 - Ontologia de Sites Aeroportuários.

A partir da estruturação gráfica dos relacionamentos pode se destacar parte da

estrutura do glossário. A tabela a seguir demonstra uma representação parcial do glossário

de termos que será encontrado na íntegra no Apêndice A.

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Tabela 2 – Parte do Glossário de Termos

Aeroporto Responsável por controlar e determinar quais tipos de serviços, loja, facilidades e outras operações que venham ocorrer no aeroporto.

Companhia Responsável por criar o voo. Estacionamento Responsável por uma tabela de preço correspondente ao

serviço prestado. Cargo Responsável por estabelecer taxas correspondentes ao serviço

prestado. Facilidades Criado pelo aeroporto para formar as gamas de facilidades

oferecidas pelo mesmo.

4.4 FORMALIZAÇÃO

Segundo a definição de Brooks e Robinson (2011), o modelo conceitual é uma

descrição do modelo que se deseja construir, independente do software de simulação que

se utilizará. Um modelo conceitual pode orientar a etapa de coleta de dados, de forma a

definir os pontos de coleta, além de agilizar o processo de elaboração do modelo

computacional.

O modelador precisará definir previamente uma técnica de modelagem antes da

construção do modelo conceitual. Ainda sobre a questão, Hernandez-Matias et al. (2008)

afirmam que não há um único método de modelagem conceitual que possa modelar

completamente um sistema complexo de manufatura.

Neste trabalho a abstração dos elementos da ontologia será por meio de um mapa

de navegação e de prototipação, sendo o processo descrito em um cenário específico para

melhor entendimento dos interessados.

4.4.1 CENÁRIO Steve é arquiteto da informação, líder de uma equipe de desenvolvimento web e

trabalha na empresa Pixel contratada pelo aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro para

remodelar a estrutura do website da instituição. A administração aeroportuária tem um

levantamento das informações que precisam estar de forma estruturada para atender à

necessidade do órgão regulador da área.

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Entre os requisitos solicitados pelo contratante estão:

• Uma estrutura que possibilite eficácia na recuperação da informação na internet;

• Uma estrutura que possibilite o processamento de linguagem natural, que facilite

tradução da informação em diversos idiomas;

• Uma estrutura que possibilite a gestão do conhecimento, por exemplo, um

armazenamento da memória corporativa da empresa através do uso de ontologias;

• Uma estrutura que possibilite a manipulação dos conceitos de web semântica, ou

seja, uma estrutura em que a informação é dada com o significado explícito,

tornando mais fácil para as máquinas processarem e integrarem informações

disponíveis na rede, automaticamente.

Diante dos requisitos levantados pelo contratante Steve estava certo que seria

necessário organizar a estrutura deste website semanticamente.

Após diversas pesquisas na Web sobre o tópico ontologia de serviços aeroportuários

Steve não encontrou nenhuma ontologia para que ele possa apenas realizar a importação

via URI (escrever o significado da sigla) com o propósito de reutilização do conceito, já

que ele está utilizando a ferramenta Protegé para modelagem da ontologia. Porém, Steve

encontrou uma proposta de ontologia de serviços aeroportuários para suporte ao

desenvolvimento de websites apresentado na Universidade Federal de Mato Grosso,

trabalho que realiza um levantamento detalhado dos principais conceitos que farão parte

desta ontologia, suas propriedades e seus relacionamentos.

Diante dessa solução, o desenvolvimento da estrutura ontológica para equipe de

desenvolvimento da empresa Pixel foi facilitado, pois o trabalho apresenta artefatos que

auxiliam na construção de uma ontologia como uma especificação de glossário de termos

(GT), árvore de classificação de conceitos (ACC), dicionário de conceitos e relações

binárias ad-hoc.

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4.4.3 MAPA DE NAVEGAÇÃO

Segundo Roy et al. (1993) apud (Vianna, 2008) o processo de validação das

condições de aplicação da pesquisa de predominância quali-quantitativa possibilita que o

desenvolvimento de um design de pesquisa enquanto mapa de navegação favoreça a

avaliação por critérios de cientificidade e aderência ao problema como percebido por seu

interlocutor. A primeira etapa denominada validação e a segunda, legitimação. O design

da pesquisa deve explicitar os tipos de escalas a serem utilizadas em cada uma de suas

etapas e a forma de sua transformação em escalas cardinais, se for esse o caso.

O mapa de navegação é um fluxograma usado para dimensionar o tamanho real

do protótipo, com ele é possível ver a distribuições dos conceitos e seus relacionamentos.

Esse artifício é utilizado para demonstrar quais são as possíveis navegações realizadas

pelo usuário, ou seja, partindo de uma determinada página, quais outras páginas podem

ser alcançadas.

Para formalização dos conceitos por arquitetos da informação, pode-se fazer uso

dos artefatos que estão em apêndice neste trabalho. O artefato A3 representa uma

classificação entre os conceitos que são apresentados no mapa como entidades. O artefato

A4 apresenta uma classificação dos relacionamentos entre os conceitos, ou seja, como

cada entidade se relaciona. Para identificação da estrutura e seus relacionamentos a Figura

10 representa um mapa de navegação entre os conceitos desta ontologia.

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Figura 10 - Mapa de Navegação

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4.4.2 PROTIPAÇÃO

A prototipagem é empregada ao longo das etapas de desenvolvimento de produto

com o objetivo primordial de reduzir a incerteza associada ao produto e ao seu processo

de produção. Quando o objetivo é estudar o processo, a etapa de produção pode constituir-

se no objeto de aproximação empregado (SAFFARO, Fernanda; 2007).

Neste trabalho desenvolveu-se frames para auxiliar na identificação da estrutura

das informações, suas relações e encadeamento com a finalidade a formalização da etapa

de conceitualização. Na Figura 11 é apresentado um frame como protótipo de como ficará

a exibição as informações de como chegar.

Figura 11 – Informações de Como Chegar (protótipo) Na Figura 12 é apresentado um frame de como ficará estruturada as informações de serviços.

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Figura 12 - Informações de Serviços (protótipo)

Na Figura 13 é apresentado um frame de como ficará estruturada as informações

de lojas.

Figura 13 - Informações de Lojas (protótipo)

Na Figura 14 é apresentado um frame de como ficará estruturada as informações

de Facilidades.

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Figura 14 - Informações de Facilidades (protótipo)

Na Figura 15 é apresentado um frame de como ficará estruturada as informações

de Painel de Vôo.

Figura 15 - Informações de Painel de Vôo (protótipo)

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Na Figura 16 é apresentado um frame de como ficará estruturada as informações de Terminal de Carga.

Figura 16 - Informações de Terminal de Carga (protótipo)

Na Figura 17 é apresentado um frame de como ficará estruturada as informações

de Estacionamento.

Figura 17 - Informações de Estacionamento (protótipo)

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5 CONCLUSÕES

Este trabalho apresentou um modelo de proposta baseado em ontologias para

pesquisa e reutilização de informações de serviços aeroportuários, tendo como

abordagem principal a construção de um artefato que irá auxiliar desenvolvedores web à

construção de site com uma estrutura ontológica dentro do domínio aeroportuário. Como

requisito para elaboração do modelo final para a proposta foi necessária uma análise

minuciosa em cada “mapa” de aeroporto citado no trabalho. A seguir será apresentada

uma síntese do trabalho, algumas considerações sobre o projeto e sugestões para trabalhos

futuros.

5.1 SÍNTESE DO TRABALHO

A partir das primeiras pesquisas realizadas neste trabalho, percebeu-se que o tema

proposto envolve várias áreas do conhecimento, tais como engenharia de software,

ontologias e ferramentas que dão suporte à Web Semântica. A fim de determinar quais

fundamentos eram necessários para realizar a modelagem proposta foram realizadas

diversas pesquisas, como:

• Desenvolvimento de sistemas baseados em ontologias para determinar quais as

fases fundamentais e as características básicas que envolvem a construção de

sistemas com base na Engenharia Ontológica (FÉRNANDEZ, 1997);

• Estudos detalhados da Web Semântica para compreender a estrutura de camadas,

que possibilita a organização das informações na Web Semântica e as tecnologias

que dão suporte a esta estrutura, tais como XML, RDF, DAM+OIL, e OWL.

• Padrões de metadados existentes para área de serviços aeroportuários, para

compreender as necessidades destes padrões e selecionar um vocabulário para ser

utilizado no modelo ontológico proposto.

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• Desenvolvimento de digramas UML para compreender a complexidade

conceitual desse paradigma.

Diante dessas pesquisas e através da aplicação das fases da METHONTOLOGY

definiu-se um modelo inicial da proposta ontológica, que foi modificada diante de

pesquisas mais minuciosas, porém encontra-se em conformidade com o ciclo de vida

proposta pela metodologia.

O seguinte comentário é pertinente em relação à pesquisa:

• Metodologia METHONTOLOGY: é uma metodologia muito eficaz para

construção de sistemas baseados em ontologias, tanto para os complexos quanto

para os simples. De acordo como é empregada e em que os conceitos principais

são entendidos, esta metodologia torna-se clara e de fácil utilização.

• A metodologia aborda todas as etapas de construção de uma ontologia, porém este

trabalho atingi somente até a fase de formalização. Possibilitando vantagens na

escolha da linguagem de implementação, uma vez que já está disponível a parte

de conceitualização e formalização.

É valido ressaltar que a ontologia deste trabalho esta apenas na etapa conceitual

possibilitando flexibilidade na escolha de padrões para a implementação, validação e

monitoramento da ontologia. Uma vez em posse dos artefatos gerado na etapa conceitual

como glossário de termos, árvores de classificação de conceitos, dicionário de conceitos

e árvores de relações binárias pode-se facilmente realizar a modelagem da ontologia com

ferramentas que dão suporte ao desenvolvimento de ontologias como por exemplo o

Protegé.

5.2 TRABALHOS FUTUROS

Embora no decorrer deste trabalho tenham sido citadas diversas pesquisas e

desenvolvimento de trabalho de construção de sistemas com estrutura ontológica,

pesquisadores dessa área acreditam que os conceitos da Web Semântica estarão

efetivamente operacionais e integrados de forma popular na sociedade daqui há alguns

anos. Considerando o modelo proposto são identificados como trabalhos futuros:

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• Ferramentas de construção de modelo ontológico tanto na etapa lógica como

conceitual, para facilitar o entendimento por desenvolvedores que não possuem

conhecimentos mais aprofundados em ontologia.

• Implementação da ontologia sobre a proposta deste trabalho, em qualquer

linguagem ontológica, validando o modelo proposto.

• Desenvolvimento de um sistema ontológico que possua essa proposta como

estrutura ontológica.

• Estudos que aprimorem a metodologia METHONTOLOGY possibilitando uma

maior integração entre os desenvolvedores web e os arquitetos da informação.

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Apendice A – Relação dos documentos necessários para a fase de conceitualização e

especificação da metodologia METHONTOLOGY.

A1. Glossário de Termos

Name Description Type

PainelVoo:id Código numérico que identifica o painel de voo dentro do sistema. Class Atribute

PainelVoo:numero_voo Código numérico que identifica o voo dentro do sistema. Class Atribute

PainelVoo:compania Código numérico que identifica a compania que opera voo. Class Atribute

PainelVoo:hora_decolagem Dado do formato hora que serve para identificar a hora da decolagem do voo.

Class Atribute

PainelVoo:hora_pouso Dado do formato hora que serve para identificar a hora da pouso do voo.

Class Atribute

Voo:codigo Código numérico que identifica o voo dentro do sistema. Class Atribute

Voo:hora_saida Dado do formato hora que serve para identificar o horário previsto da saída.

Class Atribute

Voo:hora_chegada Dado do formato hora que serve para identificar o horário previsto da chegada.

Class Atribute

Voo:origem Dado do tipo string que identificará a origem do voo. Class Atribute

Voo:destino Dado do tipo string que identificará o destino do voo Class Atribute

CompaniaAerea:codigo Código numérico que identifica a compania aérea dentro do sistema. Class Atribute

CompaniaAerea:voo Código numérico que identifica o voo dentro do sistema. Class Atribute

CompaniaAerea:preco Informação de preço para o voo relacionado. Class Atribute

CompaniaAerea:nome Nome da compania que opera o voo relacionado. Class Atribute

Estacionamento:id Código numérico que identifica o estacionamento dentro do sistema. Class Atribute

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56

Estacionamento:nome Informação de identificação do nome da empresa que controla o estacionamento.

Class Atribute

Estacionamento:localizacao Informação com dados geográficos da localização do estacionamento. Class Atribute

Estacionamento:horario_atendimento

Para identificação dos turnos de serviços do estacionamento. Class Atribute

Estacionamento:acessibilidade

Informação de acessibilidade para PNE. Class Atribute

Estacionamento:fomar_pagamento

Formas pagamentos aceitas pelo estacionamento Class Atribute

TabelaPreco:id Código numérico para identificar um registro da tabela de preço do estacionamento

Class Atribute

TabelaPreco:taxa Valor pago pela estadia. Class Atribute

TabelaPreco:periodo Período permitido de utilização do serviço de estacionamento. Class Atribute

Aeroporto:id Código numérico para o aeroporto no sistema. Class Atribute

Aeroporto:nome Nome de representação do aeroporto. Class Atribute

Aeroporto:localizacao Informação com dados geográficos da localização do aeroporto. Class Atribute

Aeroporto:sobre Atributo opcional que é reservado para administração aeroportuária. Class Atribute

Aeroporto:situacao_pouso_decolagem Status da operação para voo. Class Atribute

Aeroporto:acessibilidade Informação de acessibilidade para PNE. Class Atribute

Aeroporto:vias_de_acesso Meios de como chegar até o aeroporto por diferentes meios de locomoção.

Class Atribute

Aeroporto:sobre_administracao

Dados necessário para identificação da administração aeroportuária. Class Atribute

Servicos:id Código numérico para identificar o serviço sistema. Class Atribute

Servicos:nome Nome do serviço executado. Class Atribute Servicos:tipo Tipo do serviço executado. Class Atribute Servicos:finalidade Finalidade para que o serviço existe. Class Atribute

Servicos:horario_Atendimento

Identificação de horários em que o serviço estará disponível aos usuários.

Class Atribute

Servicos:requisitos_necessarios

Quais os requisitos necessários para desfrutar dos serviços. Class Atribute

Lojas:id Código numérico para identificar a loja no sistema. Class Atribute

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Lojas:nome Informação para identificação do nome da loja Class Atribute

Lojas:tipo Informação para identificar que tipo de serviço a loja oferece. Class Atribute

Lojas:finalidade Finalidade do serviço oferecido pela loja. Class Atribute

Lojas:forma_pagamento Identificação das formas de pagamentos que a loja aceita. Class Atribute

Facilidade:id Código numérico para identificar a facilidade no sistema. Class Atribute

Facilidade:nome Nome da facilidade oferecida pela administração aeroportuária. Class Atribute

Facilidade:tipo Identificação do tipo de facilidade oferecida. Class Atribute

Facilidade:disponibilidade Informação do período de disponibilidade da facilidade. Class Atribute

Cargo:id Código numérico para identificar a empresa que oferece serviço de carga no sistema.

Class Atribute

Cargo:nome Informação necessária para identificar o nome da empresa que oferece serviço.

Class Atribute

Cargo:localizacao Informação com dados geográficos da localização do cargo. Class Atribute

Cargo:capacidade Informação da capacidade de operação de carga por voo. Class Atribute

Cargo:horario_atendimento Período de atendimento. Class Atribute

Cargo:acessibilidade Informação de acessibilidade para PNE. Class Atribute

Cargo:forma_pagamento Identificação das formas de pagamentos que a empresa de cargos aceita.

Class Atribute

TaxaPreco:id Código numérico para identificar o registro referente a taxa de preço dos serviços de cargas.

Class Atribute

TaxaPreco:taxa Valor da taxa pelo serviço requerido. Class Atribute

TaxaPreco:peso

Dado numérico para identificar o peso da mercadoria a ser transportada. O valor será calculado em cima do peso pelo destino.

Class Atribute

TaxaPreco:voo Código de identificação do voo que transportará a carga. Class Atribute

Aeroporto Local aonde é disponibilizado serviços de transportes aéreos e outros serviços congêneres.

Concept

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Estacionamento

Local aonde é disponibilizado serviços de acomodação segura de carros e motos para usuários dos serviços aeroportuários.

Concept

TabelaPreco Tipo de objeto que armazena valores para os serviços de estacionamento Concept

Compania Empresas que operam voo no aeroporto. Concept

Voo Tipo de objeto que serve para identificar um trecho da viagem. Concept

Cargo Local aonde é disponibilizado serviços de transportes de cargas. Concept

TaxaPreco Tipo de objeto que armazena valores para os serviços de transporte de cargas.

Concept

PainelVoo Tipo de objeto que armazena os horários atualizado dos voo, com previsao de atraso entre outras.

Concept

Servicos Tipo de operação oferecida pelo governo afim de legislar o transporte aéreo, como PRF, RF, ANAC e etc.

Concept

Lojas

São serviços oferecidos por empresas privadas afim de atender a demanda por refeição, aluguel de carros entre outros.

Concept

Facilidades Serviços oferecidos pela administração aeroportuária como transfer, sala de descanso e etc.

Concept

aer_compostoOperacoes(Aeroporto, Operacoes) ----- Relation

ope_parteAeroporto(Operacoes, Aeroporto) ----- Relation

est_cria(Estacionamento, TabelaPreco) Cria tabela de preços. Relation

car_cria(Cargo,TaxaPreco) Cria taxa de preços. Relation

A2. Árvore de Classificação de conceitos

Subclass of

Source (Specialization) Target (Generalization)

PainelVoo Objetos Servicos Objetos Lojas Objetos

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Facilidades Objetos

A3. Dicionário de Conceitos

Concept Name Class Attribute Instance Attributes Relations

Estacionamento

id

nome

localizacao

horario_atendimento

acessibilidade

forma_pagamento

-- est_opera

Companhia

codigo

voo

preco

nome

-- com_opera

Cargo

id

nome

localizacao

capacidade

horario_atendimento

acessibilidade

forma_pagamento

-- car_opera

Aeroporto

id

nome

-- aer_permiteOperacao aer_compostoOperacao

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localizacao

sobre

situacao_pouso_decolagem

acessibilidade

vias_de_acesso

sobre_administracao

Operacoes

id

nome

tipo

finalidade

horario_atendimento

forma_pagamento

-- ope_parteOperacoes

PainelVoo -- -- -- Servicos -- -- -- Facilidades -- -- -- Lojas -- -- --

A4. Tabela de Relações Binárias

Relation name Source concept Source cardinality Target Concept Inverse Relation

est_opera Estacionamento n Aeroporto To be implemented

est_cria Estacionamento n TabelaPreco To be implemented

com_opera Companhia n Aeroporto To be implemented

com_cria Companhia n Voo To be implemented

car_opera Cargo n Aeroporto To be implemented

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car_cria Cargo n TaxaPreco To be implemented

aer_permiteOperacao Aeroporto n Estacionamento To be

implemented aer_permiteOperacao Aeroporto n Companhia To be

implemented aer_permiteOperacao Aeroporto n Cargo To be

implemented aer_compostoOperacoes Aeroporto n Operacoes To be

implemented oper_parteAeroporto Operações n Aeroporto To be

implemented