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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL/ FIOCRUZ- UNIDADE CERRADO PANTANAL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL NAS ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA DOS IDOSOS DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA ESF SAÚDE LAR JANDAIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL/ FIOCRUZ- UNIDADE CERRADO PANTANAL

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL NAS ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA DOS IDOSOS DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA ESF SAÚDE LAR JANDAIA

SIDROLÂNDIA

2011

ETIENE QUEIROZ PAIM OSIRO

TATIANE NANTES REGIS

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA DOS IDOSOS DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA ESF SAÚDE LAR JANDAIA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Pós-Graduação

em Atenção Básica em Saúde da Família da

Universidade Federal de Mato Grosso do

Sul/ FIOCRUZ- Unidade Cerrado Pantanal

como requisito à obtenção do título de

especialista.

Orientadora: Professora Tutora Esp. Priscila

Maria Marchetti Fiorin

SIDROLÂNDIA

2011

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi realizado, a partir da necessidade de se conhecer as reais

condições funcionais da população idosa, tendo como referência os idosos

pertencentes à área da Estratégia Saúde da Família Saúde Lar Jandaia, localizada

no município de Sidrolândia - MS, visando a partir do levantamento desse perfil,

determinar não só o comprometimento funcional das pessoas idosas, mas quais as

suas necessidades de auxílio para um envelhecimento ativo.

A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) define o envelhecimento

como um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não

patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros

de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao

estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte (OPAS,

2003).

O envelhecimento humano é um fato presente na grande maioria das

sociedades do mundo. O número de pessoas com idade superior ou igual a 60 anos

tem crescido rapidamente (FREITAS, 2006). Conforme dados do IBGE de 2000, a

cada ano são incorporados cerca de 650 mil novos idosos à população brasileira e

as estatísticas indicam que teremos no Brasil, em 2025, mais de 32 milhões de

pessoas com mais de 60 anos. Considerando que o cenário nacional aponta para

um número cada vez maior de idosos na população, que esses idosos podem

apresentar múltiplas doenças crônicas e que estas doenças podem causar

dependência, este século será marcado por novas necessidades de cuidado.

(PAVARINI et al., 2005).

O envelhecimento da população tem como reflexo o aumento nos gastos e

investimentos destinados à saúde, somando-se a isso o atendimento as outras

necessidades básicas da população, ao exemplo de educação e assistência social.

Sabemos que o custo com a população idosa é bem maior, pois os problemas de

saúde que eles apresentam são, na sua maioria, de natureza crônica e, quando

acontece de se estender por muitos anos, a tendência é levar às incapacidades.

(PIRES; SILVA, 2001).

As melhores condições de saneamento, nutrição, ambiente de trabalho,

moradia, higiene pessoal e avanço tecnológico em especial na área da saúde, têm

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sido responsáveis por elevar o nível de vida e contribuírem para aumentar a

longevidade (PAPALÉO; PONTE, 2005).

A avaliação da capacidade funcional da pessoa idosa nos serviços de saúde

é de extrema importância, pois o declínio funcional pode representar doenças ainda

não diagnosticadas, e através dessa avaliação pode-se fazer um balanço entre as

perdas e os recursos disponíveis e possíveis para sua compensação (BRASIL,

2007).

Para aumentar a autonomia e a qualidade de vida da pessoa idosa,

diminuindo a relação do custo ao sistema prestador de serviço, seria necessário

investir em prevenção, não somente a nível primário, mas também secundário e

terciário, como em centros de atendimento especializado aos idosos (FORTENZA,

2000).

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), Portaria GM n° 2528

de Outubro de 2006, determina que a porta de entrada para a atenção à saúde do

idoso se dá na Atenção Básica/ Saúde da Família, logo os dados desse trabalho

servirão de base para o planejamento, desenvolvimento e implementação de ações

de saúde e nas decisões da equipe sobre os cuidados necessários, podendo assim

contribuir para que, apesar das progressivas limitações do envelhecimento, esses

idosos tenham a possibilidade de viver com a máxima qualidade de vida possível.

Um idoso com uma ou mais doenças crônicas pode ser considerado um idoso

saudável, se comparado com um idoso com as mesmas doenças, porém sem

controle destas, apresentando seqüelas e incapacidades associadas (RAMOS,

2003). Os inúmeros problemas que afetam a qualidade de vida dos idosos

demandam respostas urgentes em diversas áreas. Sendo assim, são de extrema

importância, para essa população, ações de caráter mais preventivo, principalmente

no controle da autonomia, e consequentemente, na qualidade de vida (FISCHER,

2010).

As dificuldades que os idosos apresentam no meio em que vivem mesmo

aqueles independentes, provocam um grande impacto sobre a mobilidade, a

independência e a qualidade de vida dos idosos e afetam a sua capacidade de

locomoção. Além do ambiente externo a habitação e o sistema de transporte

contribuem para a mobilidade confiante, comportamentos saudáveis, participação

social e a determinação, porém o inverso pode provocar o isolamento, a inatividade

e a exclusão social (KALACHE; KICKBUSCH, 2007).

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A relevância deste estudo é de conhecer as condições funcionais do idoso

atendido pela ESF Saúde Lar Jandaia, na relação com sua família e comunidade a

qual está inserido.

O recorte do referido trabalho se deu a partir da aplicação de formulários de

avaliação, através de entrevistas individuais com o equivalente a 30% da população

idosa total deste território. Avaliar e promover a capacidade funcional das atividades

básicas de vida diária dos idosos da área de abrangência da UBSF Saúde Lar

Jandaia.

- Avaliar a independência funcional da pessoa idosa no desempenho das

atividades de vida diárias.

- Elaborar uma proposta de assistência em saúde e intersetorial, bem como o

desenvolvimento de ações de promoção da saúde voltadas para a prevenção e

controle das limitações resultantes do envelhecimento;

- Conhecer o perfil funcional da população idosa, visando o direcionamento da

assistência, melhorando e otimizando o acesso dessa população à assistência em

saúde;

- Aumentar o vínculo equipe-paciente (população idosa);

- Identificar quais as limitações mais prevalentes e recorrentes, para o

planejamento de uma assistência mais adequada, voltada para as reais

necessidades da população idosa da área;

- Verificar de que forma as limitações impedem o desempenho ou a

capacidade funcional dos idosos.

METODOLOGIA

Constituiu-se no levantamento bibliográfico e levantamento de dados das

condições funcionais. Segundo dados obtidos pelo SIAB, em Julho de 2011, a

população acima de 60 anos que reside na área de atuação da ESF Saúde Lar

Jandaia corresponde a 243 pessoas. A abordagem se deu através de entrevistas

domiciliares e na unidade, realizadas com 73 idosos, selecionados por amostragem

aleatória simples (SILVA, 2003) pela equipe de saúde da família, correspondentes a

30% desta população.

A coleta de dados decorreu no período de Agosto a Outubro de 2011e foi

realizada através da utilização de questionários padrão - Avaliação das atividades

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básicas diárias (AVD) – Formulário de avaliação das atividades básicas de vida

diária, KATZ, com acréscimo de duas questões voltadas para a saúde bucal (anexo

A). O grau de independência foi determinado pelo index de independência nas

atividades de vida diária de KATZ (anexo B).

As atividades da vida diária de KATZ (AVD) são vistas como habilidades de

manutenção de funções básicas, como tomar banho, alimentar-se, vestir-se, usar o

banheiro, caminhar e sair do leito.

Essa avaliação é um parâmetro que, associado a outros indicadores de

saúde, pode ser utilizado para determinar a eficácia e a eficiência das intervenções

relacionadas à saúde do idoso (DUARTE et al., 2007).

RESULTADOS

A aplicação do questionário para avaliação do grau de independência para

realização das atividades básicas de vida diária foi feita com 73 idosos residentes na

área de atuação da UBSF Saúde Lar Jandaia. Os resultados obtidos com o Índice

de Katz encontram-se na Tabela I, a seguir:

Tabela 1 - Distribuição dos sujeitos segundo sexo, faixa etária e Índice de Katz, Sidrolândia, 2011.

Índice de Katz

Faixa etária (anos)Total

60-69 70-79 80-89 90-99

M F M F M F M F M F Geral

A 10 12 8 10 04 04 01 - 23 26 49B 03 05 - 1 02 - - - 05 06 11C - - - 04 - 01 - - - 05 05D - - - - - - - - - - -E - - 01 01 - 01 - - 01 02 03F - - - - 01 - - - 01 - 01G 01 - - 01 01 - - - 02 01 03

Outro - - - - - 01 - - - 01 01Total 14 17 09 17 08 07 01 - 32 41 73

Fonte: ESF Saúde Lar Jandaia

Observou-se, a partir do resultado do levantamento, que do total de idosos

avaliados, 56,3% são sexo feminino e 43,7% do sexo masculino. Sendo que do

número total 67% (49 idosos) foram classificados independentes para todas as

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atividades. Registrou-se uma distribuição de idades compreendida de 60 a 99 anos,

sendo que os elementos do sexo feminino são mais dependentes que os do sexo

masculino e, facilmente podemos constatar que o grau de dependência é maior

quanto mais elevada a faixa etária.

Dos idosos que recebem assistência para vestir-se e que correspondem a

17,80% dos avaliados, 61,53% são acamados e 38,47% deambulam restritamente

no domicílio, auxiliados por um cuidador ou por algum instrumento de apoio, ex.:

bengala, andador. Esse mesmo percentual é repetido com relação aos idosos que

recebem algum tipo de assistência no banho.

Ainda com relação às questões para avaliação da saúde bucal, somente

5,47% dos avaliados apresentaram dificuldade em desenvolver duas ou mais das

atividades relacionadas e 15,06% relataram ter dificuldade em desenvolver pelo

menos uma atividade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os dados resultantes desta pesquisa, concluiu-se que a

grande maioria dos idosos residentes na área da UBSF Saúde Lar Jandaia, é

independente para realização das atividades básicas de vida diária, o que permite à

equipe desenvolver um plano de ação que promova e mantenha um envelhecimento

saudável e ativo desses idosos, bem como elaborar um projeto terapêutico singular

para os idosos mais dependentes.

Observamos a necessidade dos serviços de saúde e dos profissionais que

trabalham com famílias de idosos dependentes avaliarem o seu grau de

comprometimento para o direcionamento das ações no sentido de auxiliar estas

famílias, e ao próprio idoso, maximizar a utilização de toda a sua capacidade

funcional. Investir na capacitação dos cuidadores desses idosos é de grande

relevância, considerando que as limitações e incapacidades decorrentes da velhice

diminuem a capacidade de autocuidado, sendo necessário que esse idoso receba

assistência, parcial ou total, para realização das atividades diárias.

A adoção das medidas preventivas de risco de quedas e fraturas, como a

adequação e adaptação do ambiente domiciliar, contribui para diminuição do risco

de morte da pessoa idosa, que é aumentado com a perda da mobilidade e a

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inatividade física. Desta forma, a necessidade da avaliação periódica dos

parâmetros funcionais e a detecção precoce dos fatores de risco para o surgimento

de incapacidades, assim como a orientação para medidas de controle desses

fatores são de extrema importância para manter pelo maior tempo possível a

autonomia e o bem-estar desses indivíduos.

Consideramos ainda que a dependência do idoso para desenvolver atividades

de autocuidado como a higiene pessoal e vestir-se, pode repercutir de forma mais

profunda do que simplesmente depender de ajuda, mas pelo pudor e resistência a

auto-exposição, mesmo que o cuidador seja alguém da sua intimidade, gerando

constrangimento e a demora dos cuidados necessários, propiciando úlceras,

infecções e outros agravos.

A partir do conhecimento das incapacidades e limitações da população idosa

e com a sensibilização da equipe da UBSF, será possível a adequação do serviço

de saúde, com relação à recepção, acolhimento e oferta de um atendimento mais

humanizado a esses usuários.

A utilização desses dados será sugerida, por meio do Conselho Municipal do

Idoso para o direcionamento dos recursos públicos e ações intersetoriais e políticas

necessárias para suprir as necessidades da pessoa idosa no município.

As ações de enfermagem no cuidado da pessoa idosa mais dependente

A proposta do Ministério da Saúde, por meio da Estratégia de Saúde da

Família é a garantia da efetivação do cuidado ao longo do tempo, de forma que esse

acompanhamento continuado resulte em um envelhecimento ativo e saudável da

população.

Considerando o fato de que com a idade mais avançada, o acometimento de

doenças crônico-degenerativas é muito maior e podem gerar um processo

incapacitante permanente ou de longa permanência na pessoa idosa, se torna

imprescindível que a assistência de enfermagem aos idosos mais dependentes, na

atenção básica, seja integral e continuada, o que requer um planejamento constante

das ações e condutas apropriadas à demanda dessa população, adequado a cada

necessidade.

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A avaliação da pessoa idosa nos serviços de atenção básica com ênfase na

funcionalidade é fundamental para se quantificar as capacidades e os problemas de

saúde, de forma a estabelecer um planejamento terapêutico em longo prazo e o

gerenciamento dos recursos necessários. A fragilidade em idosos constitui-se em

uma síndrome multidimensional, que culmina na ocorrência de desfechos clínicos

adversos, como declínio funcional, quedas, hospitalização, institucionalização e

morte.

Assim, torna-se necessário a identificação das pessoas idosas que se

encontram em uma condição subclínica da síndrome e daquelas que já são

portadoras de incapacidades ou limitações, para o planejamento de assistência de

enfermagem com intervenções preventivas, visando à redução da ocorrência das

incapacidades e que preservem por mais tempo a autonomia e independência

funcional dos idosos e para a organização dos cuidados para os agravos já

instalados. A avaliação das atividades de vida diária (AVD) é um excelente indicador

de incapacidade física dos idosos, daí a relevância deste estudo para a melhoria da

qualidade da assistência de enfermagem oferecida aos idosos residentes no

território da ESF Saúde Lar Jandaia.

A enfermagem é o primeiro contato de assistência nos serviços de saúde

quando há ocorrência de doenças e agravos. No atendimento ao idoso com

incapacidades, cabe ao enfermeiro comunicar-se efetivamente com o idoso e sua

família, realizar uma avaliação multidimensional considerando a diversidade e

complexidade de sua existência e de acordo com as necessidades identificadas e do

reconhecimento dos tipos de intervenções necessárias, elaborar um plano de

cuidado no domicílio, acionando os serviços disponíveis em seus vários níveis de

atenção (primário, secundário e terciário) e de forma integrada e continuada. Em

todo o processo da atenção ao idoso, deve haver a participação e envolvimento de

todos os membros da equipe, da família e do próprio idoso para a garantia de uma

assistência adequada.

O objetivo primordial da enfermagem na atenção ao idoso com incapacidades

é atentar às necessidades básicas, à dependência e ao seu bem- estar e, a partir

disto:

Realizar as ações planejadas a partir do conhecimento da realidade do

idoso e de sua família;

Promover adaptação do idoso ao seu ambiente e à família;

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Orientar e capacitar a família e/ou cuidador quanto aos cuidados com o

idoso, buscando criar ou aprimorar hábitos de vida saudáveis como,

por exemplo, aqueles referentes à higiene, à alimentação e à

prevenção de quedas ou acidentes.

Reforçar os vínculos familiares e sociais; Estabilizar o problema primário e prevenir complicações que podem ser

tarefas difíceis frente à presença de múltiplas afecções;

Restaurar a função perdida, embora a causa não possa ser resolvida.

As ações da Odontologia no cuidado da pessoa idosa

Com o processo de envelhecimento os idosos tendem a perder a capacidade

funcional para as atividades de vida diária, sendo a higiene oral também afetada.

Sendo assim, o resultado do trabalho permite refletir sobre a reorganização da

Atenção em saúde bucal para os idosos.

A partir desse estudo os procedimentos clínicos deverão ser planejadas

considerando o nível de dependência do paciente. Os pacientes considerados

independentes poderão ser atendidos na Unidade Básica de Saúde, enquanto que

os pacientes idosos com perdas funcionais, dependentes e acamados, a equipe de

saúde da família deverá prover meios para garantir a universalização das ações de

saúde bucal, melhorando o acesso ao serviço odontológico.

As propostas para essa população são:

implantar a linha de cuidado em saúde bucal para o idoso e seu

cuidador e integrar o idoso e seu cuidador com a equipe de saúde da

família com o objetivo de fortalecer a busca da qualidade de vida para

esta população.

realizar treinamento para os cuidadores dos idosos sobre a

importância da saúde bucal para a qualidade de vida dos mesmos,

cuidados de higiene oral, higiene de próteses, a importância da

realização do exame periódico da boca como prevenção de doenças

principalmente o câncer bucal e dieta.

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reabilitar o idoso para o auto cuidado, sendo essa ação desenvolvida

pela ESF e o NASF.

Para viabilizar a realização do tratamento clínico individual das doenças

bucais na UBSF a esses pacientes dependentes, pactuar com a secretaria de saúde

a disponibilidade de um veículo para transportá-los até a unidade de saúde, para

que possam receber o atendimento necessário.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Caderno de Atenção Básica – Saúde da Pessoa Idosa. Ministério da Saúde, 2007.

BRASIL. MINISTÉRO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília, 2006.

DUARTE, Y.A.O.; ANDRADE, C.L.; LEBRÃO, N.L. – O Índex de Katz na avaliação da funcionalidade dos idosos. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v.41, n.2, jun. 2007.

FISCHER, M. A. T. R. S. Desafios de mobilidade enfrentados por Idosos em seu meio. V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação. IGG/PUCRS. 2010

FORTENZA, V. O. C. Neuropsiquiatria geriátrica. São Paulo: Atheneu, 2000.

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KALACHE, A.; KICKBUSCH, I. A global strategy for healthy ageing World Health, 2007; v.4, p.4-5.

KATZ, S.; FORD, A.B.; MOSKOWITZ, R. W.; JACKSON, B. A.; JAFFE, M. W. Studies of illness in the aged. The index of ADL: a standardized measure of biological ans psychosocial function. JAMA, v. 185, n. 12, p.914-9. 1963.

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ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD. Guia clínica para atención primaria a las personas mayores. 3ª ed. Washington: OPAS; 2003.

PAPALÉO NETTO, M.; PONTE, J. R. Envelhecimento: desafio na transição do século. In: PAPALÉO NETTO, M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu, 2005.

PAVARINI, S. C. I.; MEDIONDO, M. S. Z.; BARHAM, E. J.; VAROTO, V. A. G.; FILIZOLA, C. L .A. A arte de cuidar do idoso: gerontologia como profissão? Rev. Texto e Contexto, Florianópolis, v.14, n.3, jul./set. 2005.

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RAMOS, L. R. Fatores determinantes do envelhecimento saudável em idosos residentes em centro urbano: Projeto Epidoso, São Paulo. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, n.3, Junho. 2003.

SCHNEIDER, R. H.; MARCOLIN, D.; DALACORTE, R. R. Avaliação funcional dos idosos. Scientia Medica, Porto Alegre, v.18, v.1, p. 4-9, jan./mar. 2008.

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SILVA, N. N. Amostragem probabilística. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.37, n.5, out. 2003

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Quadro 1 – Formulário de avaliação das atividades de vida diária, Katz

Nome: Data da avaliação: ___/___/____Para cada área de funcionamento listada abaixo assinale a descrição que melhor se aplica. A palavra “assistência” significa supervisão, orientação ou auxilio pessoal

Banho - banho de leito, banheira ou chuveiro Não recebe assistência (entra e sai da banheira sozinho se essa é usualmente utilizada parabanho) ( )

Recebe assistência no banho somentepara uma parte do corpo (como costas ou uma perna) ( )

Recebe assistência no banho em mais deuma parte do corpo ( )

Vestir - pega roupa no armário e veste, incluindo roupas íntimas, roupas externas e fechos e cintos (caso use)

Pega as roupas e se veste completamentesem assistência( )

Pega as roupas e se veste semassistência, exceto para amarrar ossapatos ( )

Recebe assistência para pegar as roupas ou para vestir-se ou permanece parcial ou totalmente despido( )

Ir ao banheiro - dirige-se ao banheiro para urinar ou evacuar, faz sua higiene e se veste após as eliminações

Vai ao banheiro, higieniza-se e se veste após as eliminações sem assistência (pode utilizar objetos de apoio como bengala, andador, barras de apoio ou cadeira de rodas e pode utilizar comadre ou urinol à noite esvaziando por si mesmo pela manhã) ( )

Recebe assistência para ir ao banheiroou para higienizar-se ou para vestir-seapós as eliminações ou para usarurinol ou comadre à noite ( )

Não vai ao banheiro para urinar ou evacuar ( )

Transferência

Deita-se e levanta-se da cama ou da cadeira sem assistência (pode utilizar um objeto de apoio como bengala ou andador( )

Deita-se e levanta-se da cama ou dacadeira com auxílio ( )

Não sai da cama ( )

Continência

Tem controle sobre as funções de urinar e evacuar ( )

Tem “acidentes” * ocasionais* acidentes= perdas urinárias ou fecais ( )

Supervisão para controlar urina e fezes,utiliza cateterismo ou é incontinente ( )

Alimentação

Alimenta-se sem assistência ( ) Alimenta-se se assistência, excetopara cortar carne ou passar manteiga no pão ( )

Recebe assistência para se alimentar ou é alimentado parcial ou totalmente por sonda enteral ou parenteral. ( )

Fonte: Katz, 1963

Higiene Oral - Esta função é avaliada pela capacidade do idoso de realizar a escovação dos dentes naturais e ou prótese, língua e uso de fio de dental. Nesta função são considerados independentes os idosos que receberem algum auxílio para o uso do fio dental ou utilizarem escovas elétricas

Realiza a higiene oral (podendo receber ajuda para o uso de fio dental e/ou usar escova elétrica ( )

Recebe assistência para a escovação (dos dentes naturais ou próteses) ( )

Não realiza higiene oral ( )

Mastigação - “mastigação” refere-se ao ato de cortar, amassar, triturar os alimentos com os dentes naturais ou artificiais antes de engolir.

Mastiga os alimentos antes de engolir ( ) Engole os alimentos sem mastigar ( ) Necessita de assistência para amassar a comida. ( )

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Quadro 2 - Índex de independência nas atividades de vida diária

Índex de AVDs(Katz)

Tipo de classificação

A Independente para todas as atividades

B Independente para todas as atividades menos uma

C Independente para todas as atividades menos banho e

mais uma adicional

D Independente para todas as atividades menos banho,

vestir-se e mais uma adicional

E Independente para todas as atividades menos banho,

vestir-se, ir ao banheiro e mais uma adicional

F

Independente para todas as atividades menos banho,

vestir-se, ir ao banheiro, transferência e mais uma

adicional

G Dependente para todas as atividades

Outro Dependente em pelo menos duas funções, mas que

não se classificasse em C, D, E e F

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