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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO DAVID HENRIQUE NASCIMENTO DE MEDEIROS A IMPORTÂNCIA DO MARKETING NA ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS ESPORTIVOS: UM ESTUDO DE REVISÃO DA LITERATURA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

DAVID HENRIQUE NASCIMENTO DE MEDEIROS

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING NA ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS ESPORTIVOS: UM ESTUDO DE REVISÃO DA LITERATURA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

LICENCIATURA EDUCAÇÃO FÍSICA

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE

DAVID HENRIQUE NASCIMENTO DE MEDEIROS

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING NA ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS ESPORTIVOS: UM ESTUDO DE REVISÃO DA LITERATURA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2017

TCC apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco,

Centro Acadêmico de Vitória, como requisito para a obtenção do título de

Licenciado em Educação Física. Orientador: Profº Dr. Marcelus Brito

de Almeida Co orientador:

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Catalogação na Fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV.

Bibliotecária Giane da Paz Ferreira Silva, CRB-4/977

M488i Medeiros, David Henrique Nascimento de.

A importância do marketing na organização dos eventos esportivos: um

estudo de revisão de literatura / David Henrique Nascimento de Medeiros. - Vitória de Santo Antão, 2017. 39 folhas.; il.

Orientador: Marcelus Brito de Almeida.

TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV. Licenciatura

em Educação Física, 2017. Inclui bibliografia.

1. Marketing esportivo. 2. Organização esportiva. I. Almeida, Marcelus Brito de (Orientador). II. Título.

658.8 (23.ed.) BIBCAV/UFPE-208/2017

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DAVID HENRIQUE NASCIMENTO DE MEDEIROS

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING NA ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS

ESPORTIVOS: UM ESTUDO DE REVISÃO DA LITERATURA

TCC apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física da

Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de

Vitória, como requisito para a obtenção do título de Licenciado em Educação Física.

Aprovado em: 04/12/2017

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Profº. Dr. Marcelus Brito de Almeida (Orientador)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profº. Josenaldo Rodrigues Marques Júnior (Examinador)

Faculdade Osman Lins

_________________________________________ Profº. Ms. Talitta Ricarlly Lopes de Arruda Lima (Examinador Externo)

Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus pela oportunidade e pela persistência que me

foram dadas, e por iluminar-me durante todas as fases de minha vida. Aos

meus pais, José Adilson e Maria José, pelo amor, carinho, paciência e seus

ensinamentos. Por não medirem esforços para que eu pudesse levar meus

estudos adiante. Aos meus irmãos Anderson e Averton que me apoiaram

durante essa trajetória. Não poderia esquecer do professor e orientador

Marcelus Almeida pela sua paciência, pelo emprenho dedicado à elaboração

deste trabalho. Por fim, deixo um agradecimento geral para todos aqueles que

contribuíram de alguma forma para que esse estudo deixasse de ser apenas

um projeto e se concretizasse.

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RESUMO

O mundo dos esportes tem cada vez mais conquistado espaço e preferência na

concepção e também nos gosto das pessoas, evidenciando que organizações

e instituições enxergam neste nicho uma oportunidade para lançar produtos

inovadores e prestar serviços especializados que atendam ao público, por meio

de mecanismos de marketing esportivo. O objetivo deste estudo é analisar o

papel que o marketing exerce na construção de mecanismos estratégicos,

eficientes e produtivos em nível de organização de eventos esportivos. Para

elaboração do trabalho foi utilizado método de pesquisa bibliográfica que se

desenvolveu através de materiais já elaborados, onde foram feitas buscas pela

base de dados Scielo, Google Acadêmico e Portal de Periódicos Capes. O

esporte, por significar entretenimento, paixão e emoção para os públicos aos

quais está relacionado, nunca esteve tão próximo das empresas e

organizações de investimento maciço, caracterizando aplicação dos programas

e ações de marketing para estimular cada vez mais as conexões entre práticas

de esportes múltiplos e a atenção das pessoas. Chegamos à conclusão que o

marketing é um dos melhores investimentos que um Megaevento esportivo

pode fazer, com o intuito de criar uma forte conexão e uma significativa ligação

de confiança entre a sua marca e os seus consumidores.

Palavras-chave: Marketing Esportivo. Organização Esportiva. Consumidor.

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ABSTRACT

The world of sports has increasingly gained space and preference in

concepcion and we also like people, showing that organizations and institutions

see in this niche an opportunity to launch innovative products and provide

specialized services that serve the public through marketing mechanisms sports

The objective of this study is to analyze the role that marketing plays in the

construction of strategic, efficient and productive mechanisms at the level of

organization of sporting events. For the elaboration of the work was used a

method of bibliographic research that was developed through materials already

elaborated, where they were made searches by the database Scielo, Google

Academic and Portal of Newspapers Capes.The sport, because it means

entertainment, passion and emotion for the audiences to which it is related, has

never been so close to the companies and organizations of massive

investment, characterizing application of programs and marketing actions to

stimulate more and more the connections between practices of multiple sports

and people's attention. We came to the conclusion that marketing is one of the

best investments that a Sports Mega event can do, in order to create a strong

connection and a significant trust connection between your brand and your

consumers.

Keywords: Sports Marketing; Sports Organization; Consumer.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Número de referências utilizadas. Página 31

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................

10

2. REVISÃO DA LITERATURA .........................................................................13

2.1 Eventos esportivos: contexto e evolução do marketing .................................. 13

3. A IMPORTÂNCIA DO MARKETING PARA O CENÁRIO ESPORTIVO .......18

3.1 Conceito de marketing esportivo ........................................................................ 18

3.2 Propaganda ............................................................................................................ 20

3.3 Patrocínio................................................................................................................ 21

4. O MARKETING COMO RECURSO DE CONHECIMENTO DO MERCADO,

DIVULGAÇÃO E VALOR PARA O CLIENTE ................................................... 24

4.1 Comportamento do consumidor.......................................................................... 25

5. JUSTIFICATIVA ............................................................................................30

6. OBJETIVOS ..................................................................................................31

6.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 31

6.2 Objetivos Específicos ........................................................................................... 31

7. METODOLOGIA ........................................................................................... 32

8. RESULTADOS ..............................................................................................33

9. CONCLUSÃO ............................................................................................... 34

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 35

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1 INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da humanidade, os jogos individuais ou coletivos se

constituíram um dos principais meios de desenvolvimento da sociedade.

Inicialmente, a prática dos jogos e esportes em geral era incipientes, motivados

pelas constantes disputas de poder, hierarquia e território. Na sociedade primitiva,

onde reinavam a caça, e atividades grupais voltadas à subsistência, os mecanismos

esportivos serviam como base nas necessidades da comunidade. De forma comum,

essas atividades eram pouco desenvolvidas (FERREIRA, 2015).

Entretanto, o momento do auge dos esportes da antiguidade foi vivenciado na

história da Grécia Antiga, aproximadamente durante doze séculos, de 884 a.C., a

394 d.C., com as celebrações dos Jogos Olímpicos, realizados em quatro em quatro

anos, tais celebrações eram de suma importância na época provocando inclusive

períodos de tréguas entre guerras para a realização dos Jogos (TUBINO, 1987).

Séculos mais tarde, os Jogos Olímpicos realizados na Grécia antiga se

tornaram os Jogos Olímpicos da era moderna. Idealizados pelo Barão de Coubertin

que já vislumbrava um evento que ia muito além da competição em si. O barão

acreditava que essa prática esportiva organizada teria como finalidade a celebração

da paz e colaboraria com a transformação da sociedade (RUBIO, 2008).

Nas primeiras edições dos jogos, o marketing era pouco explorado, os

recursos levantados pelas propagandas eram muito limitados. Com o passar do

tempo os jogos ganharam símbolos e rituais, passando a serem considerados

megaevento (PRONI, 2008).

Não há dúvida que os Jogos Olímpicos se tornaram um grande negócio, pois

empresas multinacionais passaram a patrociná-los, ganhando com isto o direito de

incorporar o logotipo do evento em seus anúncios. O primeiro grande exemplo foram

os Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996, considerados “Os Jogos Olímpicos do

Marketing”, onde os competidores, além de carregarem consigo a bandeira de seu

país, estampavam em seus uniformes as logomarcas dos respectivos patrocinadores

pessoais ou das empresas que apoiam suas equipes (PRONI, 2008).

Assim, podemos constatar que o patrocínio aos atletas e equipes esportivas,

cresceu à medida que empresas de grande porte perceberam que é mais eficaz

associar sua marca a um evento de interesse do grande público, pois a sua marca

estaria presente durante a realização de eventos, se propagando por mais alguns

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dias após o término do mesmo, seja através de imagens de televisão, notícia de

jornal ou revista (PRONI, 1998).

Como elemento estratégico, a comunicação também cumpre o papel de

informar, e convencer, sendo considerado um dos maiores meios de marketing da

atualidade (MARTINS, 2014). Obviamente o esporte oportuniza espaço para a

incorporação de mecanismos de comunicação, segundo Kotler e Keller (2006, p.

532), “[...] meio pelo qual as empresas buscam informar, persuadir e lembrar os

consumidores – direta ou indiretamente – sobre os produtos e marcas que

comercializam”.

O marketing esportivo é definido, quanto à "aplicação específica dos princípios

e processos do marketing aos produtos de esporte e aos produtos de caráter não

esportivos bebidas, serviços de telefone de longa distância, dentre outros" (DUALIB,

2005, p.21). Marketing esportivo é, também, ferramenta estratégica que compreende

todas as ações voltadas para realização e divulgação de eventos e produtos de

níveis esportivos, onde o seu posicionamento mercadológico atua na atribuição de

valor, buscando satisfazer as demandas dos consumidores (POINT, 2006).

Segundo Pitts e Stotlar (2002, p.90), marketing esportivo é “o processo de

projetar e implementar atividades para a produção, fixação de preços, promoção e

distribuição de um produto esportivo, a fim de satisfazer às necessidades ou aos

desejos dos consumidores e de alcançar os objetivos da empresa”.

A escolha do tema se deu pelas cifras impressionantes movimentadas pela

indústria do esporte, que possui a grande capacidade de mobilizar multidões através

das ações de marketing. As pessoas participam dos eventos e eventos esportivos

consumindo produtos de forma direta ou indireta, atraindo cada vez mais atenção do

mercado através dos conglomerados de mídia e comunicação nacional e

internacional. A partir disso é necessário compreender que ferramenta de marketing

são utilizadas na captação de receitas financeiras, que são necessárias na

divulgação e realização dos eventos esportivos.

As principais hipóteses que podem ser levantadas são: por ser um

mecanismo que movimenta uma soma vultosa de investimentos, o esporte oferece

nichos lucrativos para as organizações que, pelas ferramentas de marketing

estratégico, conseguem explorar essas oportunidades. É possível, na gestão de

grandes eventos esportivos, empregar técnicas de marketing para auferir resultados

extraordinários para as organizações. O marketing tradicional, na gestão dos

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eventos esportivos, não consegue competir com as abordagens inovadoras e

tecnológicas; sem a atuação das ferramentas de marketing, esse mercado

específico se manteria inexplorado e incipiente (ROCHA, 2011).

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Eventos esportivos: contexto e evolução do marketing

A origem das manifestações esportivas é algo que se mistura com a origem

da sociedade humana, toda civilização já estudada possuía algum tipo de atividade

física organizada, seja para fins ritualísticos ou meramente recreativos (PEREIRA,

2009).

Para Freire (2008), a história do marketing esportivo nos remete a um período

distante de uma civilização que é o berço de toda a base da cultura contemporânea

– a civilização grega, a mais importante e influente de toda antiguidade. O

pensamento grego e seus mitos tiveram grande influência na formação genética do

nascimento dos esportes. Foi na grandiosidade da história dos jogos da antiguidade

grega que o Barão de Coubertin iniciou o que viria a ser o maior evento da terra, os

Jogos Olímpicos (FREIRE, 2008).

De acordo com Pereira (2009), nenhum evento esportivo na história foi mais

influente do que os Jogos Olímpicos da Grécia antiga e seu modo de organização e

regras influenciaram diversas culturas. Segundo Colli (1999), os primeiros registros

da realização destes jogos datam de 776 a.c., onde 3 cidades estado gregas -

Esparta, Pisa e Elis competiam entre si no vale de Olímpia, posteriormente os jogos

iriam abranger todo o país.

Desde os festivais da antiguidade a atividade comercial já era o centro das

atenções. Comerciantes, vendedores de comida e artesãos tinham entrada

garantida nos jogos, os poetas eram contratados para celebrar a vitória dos atletas e

os escultores para eternizar a imagem dos vitoriosos. Além disso, eram emitidas

moedas para comemorar as vitorias nas competições hípicas (FREIRE, 2008).

Segundo Freire (2008), os cidadãos vitoriosos de Olímpia eram patrocinados

com a alimentação pelo resto de suas vidas. Governadores e reis frequentemente

cunhavam moedas para homenagear os atletas e foi também nessa época que

surgiu a ideia de medalhas e da numismática comemorativa. Séculos mais tarde, os

festivais realizados na Grécia se tornariam os jogos olímpicos e teriam planejamento

estratégico e uma visão comercial e de marketing definidas (COELHO, 2011).

Nas primeiras edições dos Jogos, o marketing desempenhava um papel

quase insignificante nos Jogos Olímpicos, embora o programa impresso do evento

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trouxesse mensagens de publicidade de algumas empresas. Os recursos levantados

por meio de propaganda eram muito limitados e as possibilidades de exploração

comercial eram muito restritas (PRONI, 2008). Apenas nos Jogos de Paris 1924,

pela primeira e única vez, foram permitidas placas de propaganda no estádio, o que

seria radicalmente vetado nas edições subsequentes (FREIRE, 2007).

Em Amsterdã 1928, a estreia da Coca-Cola como patrocinadora oficial do

evento confirma que o esporte já era visto como um veículo de divulgação de

produtos e que a necessidade de financiar os gastos exigia que se buscassem

alternativas às doações filantrópicas (PRONI, 2008). Os Jogos de Los Angeles-1932

foram pioneiros, nesse aspecto, pois contaram com um projeto de marketing, que

não apenas cobriu o custeio dos Jogos como acabou gerando lucro (US$ 1 milhão)

para os organizadores. A iniciativa mais original, na controversa proposta de

organizar os Jogos Olímpicos com suporte comercial, foi a criação da Vila Olímpica,

que depois foi vendida para ser remodelada por grupos hoteleiros e imobiliários

(PRONI, 2002).

De acordo com Proni (2008), uma mentalidade mercantil demoraria algumas

décadas a ser adotada (note-se que a construção do estádio Memorial Coliseum,

com capacidade para 105 mil pessoas, foi possível graças ao investimento do

governo federal norte-americano, mostrando a necessidade de ajuda do Estado para

garantir a infraestrutura para as competições).

Nos Jogos de Roma 1960 iniciou a era do marketing e da televisão:

telespectadores em 18 países da Europa puderam assistir as principais competições

em tempo real nos EUA, Canadá e Japão a transmissão chegava com algumas

horas de atraso. Os direitos de transmissão renderam cerca de US$ 1 milhão. Ao

mesmo tempo, a lista de fornecedores e patrocinadores contava já com 46

empresas, incluindo o provimento de suporte técnico e operacional. Nesta época os

Jogos já envolviam 83 delegações e um total de 5.338 atletas (PRONI, 2008).

Segundo Proni (2008), em Munique 1972, de forma inovadora, foi contratada

uma agência de publicidade para cuidar do licenciamento da marca olímpica. Os

direitos para utilização do símbolo oficial dos Jogos foram cedidos e alguns acordos

de publicidade foram firmados. E foi criado o primeiro mascote oficial, o cão “Waldi”,

cuja imagem foi licenciada para empresas comerciais.

Swarbrooke (1995), aponta a realização dos Jogos Olímpicos de Barcelona

em 1992 como um bom exemplo de utilização do megaevento esportivo como

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catalisador de uma imagem positiva frente a diferentes públicos. Em virtude da

importância do país como destino turístico em contrapartida com a degradação em

certas áreas costeiras em virtude da falta de planejamento na década de 1980, a

Espanha investiu em grandes eventos durante o ano de 1992 para reverter esta

imagem. Para os Jogos Olímpicos em Barcelona, a administração pública

implementou ações em infraestrutura de transportes e arenas esportivas, bem como

na superestrutura de serviços de hospitalidade, deixando um legado positivo a seus

cidadãos. Ainda, a participação da mídia internacional na cobertura do evento foi

essencial para gerar publicidade positiva da localidade (STEVENS, 1992).

Segundo posicionamento de Saccomandi (1996), no início dos Jogos de

1996, a estratégia agressiva de marketing dos grandes fabricantes de artigos

esportivos acabou levando as empresas a disputar uma competição paralela:

A Reebok sai na frente na disputa publicitária dos Jogos de Atlanta, a

Olimpíada do marketing. A empresa norte-americana de calçados,

roupas e artigos esportivos disse estar colocando sua grife em

atletas de 49 países nestes Jogos. O objetivo é fazer com que a

marca apareça o máximo de tempo possível na TV durante os Jogos.

Sobretudo no pódio olímpico, quando a câmara dá um close nos

vencedores. [...] Sua principal concorrente em Atlanta foi a Nike,

também norte-americana, que segundo a mesma, patrocinou atletas

de 44 países. Em terceiro lugar, apareceu a empresa japonesa

Mizuno, com produtos fornecidos para concorrentes de 35 países

presentes. A última colocada nesse ranking foi empresa alemã

Adidas, que fornece as bolas das Copas do Mundo de Futebol desde

1966, na Inglaterra. Segundo essa empresa, esportistas de 33 países

disputaram provas com tênis ou roupas de sua marca.

(SACCOMANDI, 1996, texto online).

Assim podemos evidenciar que os eventos esportivos representam uma das

ferramentas de comunicação mais promissoras da atualidade. Propaganda e

promoções de venda são direcionadas de forma consistente ao público-alvo

interessado no evento (LEE, 2012).

A enorme repercussão dos Torneios Olímpicos de Futebol em 1924 e 1928

reforçou o desejo da FIFA de contar com o seu próprio campeonato mundial. O

presidente da entidade, Jules Rimet, fez de tudo para que o sonho finalmente se

tornasse realidade. Depois da proposta do Comitê Executivo, o Congresso da FIFA

realizado no dia 28 de maio de 1928 em Amsterdã decidiu promover um

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campeonato mundial: nascia assim a Copa do Mundo da FIFA (DUARTE, 1987). As

copas do mundo seriam eventos realizados a cada quatro anos em um país

previamente estabelecido, denominado país-sede, que reuniriam as equipes de

futebol de vários países que fazem parte da associação (FIFA, 2015).

A Copa do Mundo de Futebol da FIFA seguiu a mesma forma de patrocínio

que os Jogos Olímpicos, pois ela é um fato social de enorme importância na cultura

mundial contemporânea, e cujo acesso está estreitamente vinculado ao seu caráter

midiatizado (GASTALDO, 2004).

A Copa de 1934 foi realizada na Itália e contou com 16 equipes: Egito,

Áustria, Bélgica, Tchecoslováquia, Espanha, França, Alemanha, Holanda, Hungria,

Itália, Romênia, Suécia, Suíça, EUA, Argentina e Brasil. A competição de estreia

teve tanto sucesso que despertou interesse em muitos outros países para a segunda

Copa do Mundo da FIFA. Assim, foi necessário pela primeira vez organizar uma fase

de eliminatórias com o objetivo de classificar 16 das 32 seleções que desejavam

jogar na Itália em 1934. O Uruguai, campeão da primeira Copa do Mundo da FIFA,

negou-se a participar por causa das inúmeras ausências europeias em 1930.

Argentina e Brasil chegaram à Itália sem precisarem jogar as eliminatórias

(LANCELLOTTI, 1998).

Na copa ocorrida em 2002 e que foi disputada no Japão e na Coréia do Sul,

bilhões de telespectadores e de dólares compuseram o cenário de consagração dos

atletas brasileiros na conquista do pentacampeonato mundial da categoria. Os

números de audiência – que se converte em resultados financeiros – falam por si

mesmos: de certa forma, esporte e mídia são faces da mesma moeda, “são

totalmente dependentes um do outro”, como destaca Pozzi (1998, p.106).

Os dados oficiais da FIFA sobre a Copa do Mundo 2014 no Brasil, após sua

realização, relataram aumento dos índices de audiência, das emissoras que

transmitiram o evento, durante a primeira rodada, destacando-se países como,

Argentina, Alemanha, Bélgica, Brasil, Croácia, França, Holanda, Itália, Japão e

Reino Unido. A partida entre Brasil e Croácia, por exemplo, foi a transmissão

esportiva com maior audiência no Brasil e a maior audiência televisiva de 2014 na

Croácia (FIFA, 2014).

É incontestável sua magnitude e força junto à mídia internacional, a qual

investe milhões no mundial de futebol, para transmitir e divulgar o maior número

possível de matérias, reportagens, boletins com cobertura completa sobre esse

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megaevento esportivo. Grandes eventos esportivos, como Copas do Mundo e Jogos

Olímpicos, atraem patrocínios milionários para os veículos de comunicação e não

apenas a televisão apresenta grande participação junto à promoção de uma Copa

do Mundo de Futebol, mas os fãs de futebol estão buscando maiores níveis de

envolvimento em seu esporte, principalmente quando seus clubes e seleções

competem mundialmente (JENKINS, 2006).

Um grande benefício atribuído à realização de uma Copa do Mundo de

Futebol é o impulso no crescimento econômico da nação que acolhe o evento

(HILLS, 2002). Tal efeito positivo, no entanto, também provoca controvérsia, na

medida em que o reforço no PIB no ano do Mundial acaba sendo mitigado nos anos

seguintes, quando os lucros colhidos com o evento desaparecem e sobram apenas

as contas deixadas pelas monumentais obras exigidas pela FIFA. Existe, ainda,

outro desdobramento de uma Copa do Mundo de Futebol, algo que causa um

impacto evidente e imediato, ainda que seja mais difícil de ser mensurado. Trata-se

de uma injeção poderosa de confiança e orgulho nacional, que desperta na

população um clima de euforia pela chance de desfilar o sucesso de seu país diante

de outras nações (HAYNES, 1995).

Um dos principais motivos para a realização de uma Copa do Mundo de

Futebol é a oportunidade de mostrar as virtudes da nação ao resto do mundo, não

apenas através do grande número de visitantes que vêm ao país prestigiar o

acontecimento, mas principalmente pela extensa cobertura midiática dada ao

evento, gerando exposição da localidade, seu povo, infraestrutura e atrações

(JENKINS, 2006).

Para o país sede, a Copa do Mundo de Futebol mostra-se eficaz ferramenta

de promoção da localidade como força econômica com objetivo de captar

investimentos, atrair visitantes, moradores e profissionais, fomentar o comércio, a

indústria e as exportações. Para tanto, o planejamento com base em objetivos bem

definidos com base em demandas pontuais, bem como no legado deixado às

comunidades locais não podem ser negligenciados, sob pena de a imagem que se

queira promover se transforme em uma evidência de problemas, causando um efeito

inverso, distanciando o público de interesse que se deseja conquistar (HAYNES,

1995).

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3 A IMPORTÂNCIA DO MARKETING PARA O CENÁRIO ESPORTIVO

3.1 Conceito de marketing esportivo

O marketing esportivo é considerado um conjunto de ações voltadas à prática

e à divulgação de modalidades esportivas, de clubes e de associações, seja pela

promoção de eventos e torneios ou através do patrocínio de equipes e clubes

esportivos (BERTOLDO, 2000). O marketing esportivo é uma das estratégias que

utilizam o esporte para atingir suas metas, por meio dos estímulos do cliente

(torcedor), objetivando a maximização da lucratividade das organizações que

trabalham com essa abordagem de marketing. Para o mesmo autor, existem duas

formas de definir essa prática (AFIF, 2000).

A primeira se faz por intermédio do marketing de produtos e serviços voltados

aos consumidores que, de alguma maneira, se relacionam com o esporte (camisas

oficiais do time, por exemplo). Aqui, nessa vertentes, podem ser encontrados os

produtos com relação íntima com o esporte e com uma maior capacidade de ser

associado a ele pelo cliente (AFIF, 2000).

A segunda trata-se de estratégia que emprega o esporte como meio de

divulgar produto, sem que estes tenham uma ligação com atividades esportivas

(patrocinadores em geral), logo, a partir dessa perspectiva, empresas exploram as

paixões, sentimentos e estímulos de compra dos consumidores e ofertam produtos

que satisfaçam as demandas diagnosticadas (AFIF, 2000).

Como objetivos, o marketing esportivo visa aumentar consideravelmente o

reconhecimento do público, reforçar a marca e imagem corporativa, estabelecer

identificação com segmentos específicos do mercado, combater ou antecipar-se a

ações da concorrência, envolver a empresa com a comunidade, conferir

credibilidade ao produto com a associação à qualidade e emoção do evento, entre

outros (ARAÚJO, 2002).

Para entender a evolução da teoria do marketing esportivo, tal qual se

conhece atualmente, é preciso conhecer a base sobre a qual a matéria se constrói.

Não é somente essência do marketing organizacional, mas pressupõe a

investigação mais profunda e recorrente das necessidades dos torcedores e

fanáticos, que demonstram estarem dispostos a comprar produtos ligados ao seu

time ou personalidade favorita como uma forma de homenagem (ARAÚJO, 2002).

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Cada amplo campo de estudo apresenta áreas de estudo específicas ou

especializadas a partir das quais o marketing esportivo desenvolve seu corpo de

conhecimento (PITTS; STOLLAR, 2002).

Pitts e Stotlar (2002), mencionam que o marketing esportivo corresponde ao

processo de elaborar e implementar atividades de produção, formação de preço,

promoção e distribuição de um produto esportivo para satisfazer as necessidades ou

desejos de consumidores e realizar os objetivos da empresa. E a literatura

acadêmica relaciona o fortalecimento do comportamento de compra do consumidor

a alguns indicadores fundamentais, dentre os quais em sua maioria pode-se

identificar as concepções psicológicas e estímulos.

Para Melo Neto (1995), a emoção do espetáculo esportivo é transferida

inconscientemente estabelecendo a associação da marca e do produto com os

ingredientes emocionais do esporte.

Segundo Sousa (2005), o marketing com abordagem esportiva torna-se

envolvente, obviamente, por misturar um complexo de emoções como adrenalina,

alegria, vibração, conquista, em conjunto com a finalidade de comunicar

saudavelmente. Esses elementos fazem da atividade misto de sensações que

proporcionam aventura e poder. E, por meio disso, é possível reconhecer e

diagnosticar como cada um desses elementos imprescindíveis podem orientar o

desenvolvimento, criação e implementação de propostas e medidas estratégicas

para captar, fidelizar e estabelecer com ele um relacionamento contínuo e duradouro

(SOUSA, 2005).

E esse relacionamento é motivado por um conjunto de conhecimentos e

teorias de marketing que fundamentam algumas concepções particulares, com

exemplo para a publicidade esportiva ou o patrocínio (SOUSA, 2005). As

mensagens transmitidas por patrocínios de eventos esportivos chegam, de maneira

sutil, aos consumidores mediante associações, garantindo prestígio e credibilidade

às marcas que patrocinam. Esse é o tipo de ação que tem a capacidade de reforçar

ou mesmo mudar as atitudes de um consumidor em relação a uma marca (POZZI,

1998).

As organizações que investem no esporte apresentam algumas

características essenciais. Possuem marcas fortes ou potenciais e buscam novas

formas de comunicação com os seus públicos e nos mercados que atuam (MELO

NETO, 2003).

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Por meio disso, as empresas utilizam o esporte como mídia alternativa, com

ênfase no reforço e disseminação da marca e na melhoria da imagem. Procuram

comunicar-se melhor com os segmentos de clientes atuais e futuros. Tais fatores

constituem o que denominamos de “tripé do marketing esportivo”, sendo

determinantes de sua natureza (MELO NETO, 2003). Algumas dessas formas de

utilização do marketing esportivo dentro do universo complexo da indústria do

esporte englobam outras atividades, tais quais os patrocínios, os eventos

(considerando o porte, tamanho e seu nível de complexidade), licenciamentos e

franquias, material esportivo e promoção de vendas.

3.2 Propaganda

Segundo Keller e Kotler (2006, p. 566), propaganda é “qualquer forma paga

de apresentação não pessoal e promocional de ideias, bens ou serviços por um

patrocinador identificado”. Tais patrocinadores (anunciantes) podem ser tanto da

iniciativa privada quanto de agências governamentais, instituições sem fins

lucrativos ou de caridade.

Por outro lado, Sant’Anna (2005), define propaganda como uma técnica de

comunicação de massa paga com a finalidade de fornecer informações, desenvolver

atitudes e provocar ações benéficas ao anunciante, geralmente para vender

produtos ou serviços.

De acordo com Sant’Anna (2005), a propaganda tem como objetivo a

condução de um indivíduo na qualidade de consumidor pelos cinco níveis da

comunicação: desconhecimento, conhecimento, compreensão, convicção e ação.

Para o autor, o ciclo começa pelo nível mais baixo (desconhecimento) e passa pelos

outros, até chegar ao nível final (ação).

Já para Keller e Kotler (2006), a propaganda pode ser classificada de acordo

com seu propósito, a saber: informar, persuadir, lembrar ou reforçar. Produtos com

características inovadores usam mais a propaganda informativa, para evidenciar

penetração no mercado e apresentar suas características, em detrimento de marcas

já consolidadas e firmes no mercado competitivo, onde o esforço gerado pela

propaganda para estimular o consumidor a continuar o seu vínculo com a

organização e seu catálogo de produtos (KELLER; KOTLER, 2006).

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Evidentemente, a propaganda mantém a sua função econômica diante de um

contexto significativamente produtivo e inovador. A função econômica da

propaganda implementada pelas empresas modernas está em contribuir para o

desenvolvimento dos produtos e colocar seus serviços em evidência, visto que ajuda

a conquistar e manter mercados para determinado produto ou serviço e, no caso de

novos produtos, permite a formação do mercado consumidor. É um processo

contínuo, que passa pela efetividade de etapas, pois a propaganda, ao dar

conhecimento aos consumidores da disponibilidade e das características de um

novo produto, provoca a sua aceitação pelo consumidor e ainda favorece os

investimentos necessários para outras inovações (KELLER; KOTLER, 2006).

3.3 Patrocínio

Para Teitelbaum e Luce (1995), patrocínios abrangem o apoio contratual e

pecuniário de organizações a atletas, a ligação do nome de uma empresa ao evento

já consagrado ou a veiculação de mensagens atreladas a coberturas jornalísticas de

acontecimentos pertencentes à esfera esportiva. O patrocínio requer que a empresa

se prepare para firmar compromisso e sustente uma atividade tornando-a mais

orientada às pessoas do que a propaganda sugere. Na concepção de Carrogio

(1996),

O patrocínio é uma relação jurídica entre patrocinador e patrocinado,

em virtude da qual o primeiro colabora de forma tangível na

organização ou celebração do evento e, em contrapartida, obtém do

segundo facilidades para difundir mensagens favoráveis a um público

mais ou menos determinado (CARROGIO,1996. p.23).

Nesta definição, o autor enfatiza o aspecto jurídico, sendo que o contrato

decorre dos interesses das partes, ou seja, o investimento do patrocinador servindo-

se das facilidades de alcance do público viabilizadas pelo patrocinado

(CARROGIO,1996).

Danbron (1991), diferentemente de Carrogio (1996), salienta o aspecto da

comunicação, além de ser mais agressivo nos objetivos promocionais com o foco

diretamente sobre as vendas, dando a seguinte definição de patrocínio: “técnica de

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comunicação que permite à empresa a associação a determinadas atividades que

provocam impacto publicitário sobre sua notoriedade e imagem e um efeito

promocional sobre suas vendas”.

No entanto, os eventos e eventos esportivos estão naturalmente direcionados

para o que se pode denominar de “negócios de oportunidade”, os que surgem em

decorrência de fatos momentâneos, a exemplo da exploração da boa fase de um

atleta, do sucesso da equipe ou da colocação em voga de uma determinada

modalidade esportiva (DANBRON,1991).

Redondo (1998), ampliando ainda mais pressupostos teóricos, conceitua o

patrocínio como “a atividade empresarial dirigida a aumentar as vendas e transmitir

imagem ao público, sendo esta uma atividade paralela á publicidade tradicional”.

Para o autor, ao contrário de Sahouun (1986), o patrocínio não faz parte das

ferramentas de comunicação, mas é uma atividade paralela.

Segundo Sleight (1992), o patrocínio é uma relação comercial entre um

administrador de fundos financeiros, dos recursos e de serviços, e uma pessoa, um

acontecimento ou uma organização que oferece em troca alguns direitos e a

associação que possa ser utilizada para conseguir uma vantagem comercial.

Melo Neto (2003), contrapondo argumentos de Sleight (1992), apresenta uma

definição de patrocínio com ênfase na comunicação através e promoção e mostra o

patrocínio como parte das ações de marketing, o autor complementa que o

patrocínio é a ação promocional que necessita ser planejada com vistas ao conceito,

imagem, identidade, personalidade e posicionamento da marca do patrocinador.

Redondo (1998, p.56) conceitua o patrocínio como “a atividade empresarial

dirigida a aumentar as vendas e transmitir uma imagem ao público, sendo esta uma

atividade paralela à publicidade tradicional”. Para o autor, ao contrário de Sahouun

(1986), o patrocínio não faz parte das ferramentas de comunicação, mas é uma

atividade paralela.

Apesar de serem atraentes os benefícios de um patrocínio bem sucedido, o

patrocínio esportivo, ou de qualquer outro tipo, pode também oferecer riscos ao

patrocinador. Entendendo que o sucesso de um evento é algo imprevisível, assim

como o desempenho de uma equipe esportiva e o comportamento de um atleta –

que pode se envolver em escândalos, por exemplo –, as associações advindas de

situações desagradáveis com a marca de um patrocinador, podem não trazer

benefícios a quem investe no patrocínio (MELO NETO, 2003; KELLER, 2006).

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Autores como Aaker e Joachimsthaler (2000), Keller e Machado (2006)

alertam ainda que a saturação, ou seja, o excesso de patrocinadores em um

determinado projeto pode fazer com que as associações e consequentemente os

benefícios para um patrocinador sejam pequenos ou mesmo nulos.

Mesmo diante da imprevisibilidade do sucesso de um projeto de patrocínio, o

crescimento desta prática e dos investimentos em patrocínio tem sido evidenciado

por diversos autores (CONTURSI 2003; REIN et al., 2008; ROCHA, 2010) que

creditam esse desenvolvimento aos benefícios que as associações entre marcas

patrocinadoras e atividades patrocinadas geram, na maioria das vezes. Além disso,

o aumento pelo interesse da mídia na transmissão de jogos, campeonatos e eventos

esportivos, e os altos gastos gerados na criação e veiculação das tradicionais

propagandas são fatores que também contribuem para que o patrocínio torne-se um

meio alternativo e interessante de comunicação de marcas (CONTURSI, 2003).

Para Aaker (2000), Melo Neto (2003), Keller e Machado (2006), o patrocínio

de eventos proporciona um tipo diferente de comunicação com os consumidores,

pois a marca patrocinadora torna-se parte do evento e de um momento

potencialmente especial na vida dos consumidores. Para Contursi (2003), o

patrocínio seria uma alternativa com tom mais sutil e menos comercial que a mídia

tradicional, por vezes, simpática e elegante na medida em que possibilita a

realização do evento por meio dos recursos investidos pela marca patrocinadora.

Nesta perspectiva, o objetivo essencial de um patrocínio é buscar associar uma

marca (patrocinador) a um evento (patrocinado), fazendo com que o patrocinador

reparta a credibilidade, as associações e as emoções positivas que o evento

proporciona ao seu público (AAKER, 2000; CONTURSI, 2003; REIN et al., 2008).

Ainda que o patrocínio seja uma técnica não muito refinada de segmentação

(POZZI, 1998), pois o público consumidor de produtos esportivos, grande parte das

vezes, é bastante diversificado. O patrocínio de determinados esportes ou eventos

(como por exemplo, o golfe, o surfe, a patinação artística), podem ser grandes

oportunidades para atingir certos segmentos ou grupos bastante específicos de

consumidores (MELO NETO, 2003; CONTURSI, 2003).

Por fim, autores entendem que o patrocínio, a exposição da marca por meio

do esporte, por si só, não é eficiente e que o patrocínio deve, portanto, integrar uma

estratégia mais ampla e bem esquematizada de marketing da organização

patrocinadora (POZZI, 1998; MELO NETO, 2003). Os autores alegam que, para o

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patrocínio ter maiores chances de sucesso é necessário investir em atividades que

complementem a ação lembrando e reforçando o patrocínio (MELO NETO, 2003;

KELLER; MACHADO, 2006). Assim sendo, o patrocínio tende a ser uma

interessante ferramenta de comunicação, construção e posicionamento de marcas

na mente dos consumidores.

4 O MARKETING COMO RECURSO DE CONHECIMENTO DO MERCADO,

DIVULGAÇÃO E VALOR PARA O CLIENTE

A evolução do conceito de marketing deu-se por meio do fortalecimento de

pequenas etapas que, ao longo do tempo, acompanharam evidentemente as

necessidades do mercado do marketing ao longo das décadas. Inicialmente, a partir

de uma perspectiva tradicionalista, o marketing era direcionado exclusivamente à

função produtiva, logo após a era das vendas, e, aos poucos, segundo a percepção

das próprias necessidades das organizações, foi mudando o seu foco, e, hoje, seu

foco é mais abrangente e orientado para o consumidor e a ter um sentido integrado

(KOTLER, 1978).

Neste mercado, para que uma empresa obtenha vantagem competitiva, tal

qual a concepção que é amplamente difundida na literatura acadêmica, é necessário

que a mesma ofereça ao consumidor um valor superior em relação ao que os

concorrentes oferecem ou até mesmo seja capaz de entregar bens com capacidade

de superar as expectativas. Por isso, compreender demandas e estímulos de

consumo a partir da investigação de mercado é um trabalho que deve preceder

outros olhares da organização (KOTLER, 1978).

Churchill e Peter (2000), definem valor para o cliente como sendo a diferença

entre as percepções do cliente com relação aos benefícios e aos custos da compra

e utilização de produtos e serviços. Valor para o cliente é o conceito de valor com

uma abordagem voltada para o consumidor.

Assim, diferente do antigo conceito tradicionalista de marketing, a visão

recente enxerga o cliente como sujeito capaz de tomar suas próprias decisões. O

produto ou o serviço a ele oferecido deve atender às suas necessidades, mantê-lo

satisfeito após a compra, e, através da oferta de produtos e serviços prestados com

características compatíveis com as necessidades e desejos do cliente, levá-lo a

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atingir seus propósitos, deste modo, este novo conceito de marketing é denominado

de marketing de valor (CHURCHIL; PETER, 2000).

4.1 Comportamento do consumidor

De acordo com Cárdenas (2013), o esporte é um fenômeno difundido nos

quatro cantos do globo e mexe com as emoções daqueles que estão envolvidos

neste contexto, sejam eles praticantes ou expectadores. Basta observar a

repercussão que os diversos eventos esportivos – como os Jogos Olímpicos ou

qualquer campeonato regional de futebol, por exemplo – geram sobre suas

audiências para perceber a influência que o esporte e a indústria esportiva têm

sobre os indivíduos em geral (CÁRDENAS, 2013).

Definido o consumidor esportivo é necessário analisar como este consumidor

se comporta na tomada de decisão de compra. Esse é um outro fator importante

para o profissional de marketing implementar uma estratégia eficaz (CARDOSO,

2014). O processo de compra começa no ponto que o consumidor reconhece um

problema, ou uma necessidade. O mesmo nota a diferença entre o seu real estado

de compara com a situação desejada. Esta necessidade pode ser despertada por

estímulos internos ou externos (KOTLER, 1998).

O consumidor esportivo é estimulado pelos seguintes motivos: consumo

simbólico e consumo por interação. Mowen (1995), desenvolveu uma representação

com três etapas do consumo simbólico. Na primeira etapa o consumidor compra um

produto, que pode comunicar aspectos de seu autoconceito para o público. Na

segunda etapa o consumidor espera que o público tenha a percepção simbólica

desejada da natureza do produto. Na terceira etapa o consumidor espera que o

grupo de referência o perceba como tendo algumas das mesmas qualidades

simbólicas como a marca do produto (MOWEN, 1995).

Conforme Howard e Sheth (1969) os consumidores avaliam os aspectos

positivos e negativos na tomada de decisões. De acordo com Kanouse (1984), as

pessoas tendem a pesar mais fortemente os atributos negativos do que os positivos

nas tomadas de decisão de compra. Também existe uma relação entre os

motivadores as restrições externos e internos que afetam o comparecimento do

torcedor aos eventos esportivos (HOWARD; KIM; KANOUSE, 1969, 2010, 1984).

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Em jogos decisivos e importantes provavelmente o torcedor de futebol releve

atributos negativos como horário da partidas, conforto, hospitalidade e clima hostil.

Em jogos sem a mesma importância ele considerará os atributos negativos de outra

forma, podendo decidir por não comparecer ao jogo (CARDOSO, 2014). Cada

consumidor tem uma forma diferente de ver o mundo e de interpretar as informações

que lhe são apresentadas. Fatores internos como personalidade, percepção,

aprendizado e atitudes precisam ser levados em consideração para compreensão do

consumidor. Além dos fatores internos, também os fatores sociais ou externos, como

a cultura, os grupos de referência e a família, influenciam na decisão de compra do

consumidor (MORGAN; SUMMERS, 2008).

Conforme citado por Mullin; Hardy; Sutton (2004), existem vários fatores que

devem ser examinados pelo profissional de marketing para entender o interesse, o

envolvimento e o comprometimento do consumidor esportivo. Existem os fatores

ambientais e individuais que podem ter influência na decisão de compra. Os fatores

ambientais são: pessoas significativas, condições climáticas e geográficas, os

valores e normas culturais, as relações de classe e gênero. Os fatores individuais

são: características físicas, aprendizagem, motivação e atitudes, a etapa na vida ou

o ciclo familiar e o autoconceito. O profissional de marketing deve conhecer esses

fatores e os processos de decisão de compra para definir e implementar as

estratégias (MULLIN; HARDY; SUTTON, 2004).

Cientes disso, empresas dos mais variados setores, através da prática do

marketing esportivo e especificamente do patrocínio, utilizam o esporte como

instrumento/ferramenta/veículo para atingir alguns dos seus objetivos

organizacionais, como agregar valor à sua marca através dos eventos esportivos.

Os investimentos em marketing e patrocínio esportivo, conforme afirmam diversos

autores, têm crescido ao longo dos anos e grandes empresas continuam a

incrementá-los quando o assunto é o esporte (CONTURSI, 2003; REIN; KOTLER;

SHIELDS, 2008; ROCHA; CAMPOS, 2010; SANFELICE; FERNANDES;

SAVEGNAGO, 2005; POZZI, 1998; ZEN; MACHADO, 2004).

A imagem de uma organização esportiva pode agregar valor para si próprio. A

imagem contribui para o reforço da marca (Brand Equity) e também favorece

mudanças no comportamento do consumidor. Normalmente a imagem de uma

organização esportiva deriva da conotação dada ao esporte em questão,

personalidades existentes em seu meio e os títulos conquistados pela entidade.

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Entretanto, considerando o ecletismo de organizações esportivas existentes, deve-

se considerar que em grande parte elas funcionam como fenômenos sociais que

projetam sua imagem. Logo pode-se considerar que as organizações promotoras de

eventos esportivos são exatamente assim e o que se deseja é a projeção de sua

imagem para fixação de sua marca (FERRAND; PAGES,1999).

A lembrança da marca e sua fidelização não ocorrem por acaso. São

necessários que sejam manifestadas através de ações como modelos,

comunicação, redes, produtos e etc. A comunicação visa manter de forma constante

a lembrança da marca no público-alvo a que se destina o produto ou serviço

(CRESCITELLI et al., 2005).

A comunicação é uma ferramenta útil para a associação de uma marca aos

produtos visando o aumento de preferência do consumidor por determinadas

características diferenciando determinada marca em uma categoria de concorrentes.

Uma das ferramentas da comunicação de marcas, no esporte, são os mascotes,

logotipos, símbolos e até mesmo atletas renomados (GROZA; JOE; TOBIAS, 2012).

Segundo Almeida (2000), o futebol tem basicamente dois tipos de

consumidores se considerarmos somente o universo de torcedores: são aqueles que

frequentam os estádios, pagam ingresso, e os que consomem o futebol por

intermédio de um veículo de mídia, como através de uma TV aberta ou de um

sistema de pay per view, de maneira a consumir ou mesmo estar em contato com os

produtos anunciados no decorrer da transmissão do evento. Assim, se ele está, no

estádio ou em outra localidade, recebendo uma mensagem de uma determinada

cervejaria, de um banco, de uma montadora de automóveis, entre outros, e ele está

consumindo aquele produto ou aquela informação, ele é, no fim, um consumidor de

futebol (ALMEIDA, 2000).

Considerando-se a indústria do esporte, Theodorakis, Kambitsis e Koustelios

(2001) apontam cinco dimensões para mensurar a percepção de qualidade de

espectadores de esportes profissionais: acesso, confiança, receptividade,

tangibilidade e segurança (THEODORAKIS, KAMBITSIS; KOUSTELIOS, 2001).

Para os autores, os profissionais de marketing devem estabelecer foco

especial na qualidade dos serviços de extensão ofertados aos espectadores. A

diferença da atuação desses profissionais em relação aos de outras áreas deve-se

ao fato que no esporte não se pode ter controle sobre o resultado do produto

principal, que é o resultado da partida disputada. Assim, é possível influenciar

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apenas os aspectos do serviço que são considerados extensões do produto, ou seja,

os que são independentes do desempenho esportivo em si (FAGUNDES, 2013).

Dessa forma, Leeuwen, Quick e Daniel (2002), consideram que é essencial

distinguir as duas dimensões de serviços que o espectador está exposto em eventos

esportivos: (a) serviço principal, que é o jogo/partida/evento em si; e (b) serviços

periféricos ou estendidos, que englobam todos os serviços não relacionados

diretamente ao jogo/partida/evento – serviços de alimentação, estacionamento,

entretenimento nos intervalos, e outros (LEEUWEN; QUICK; DANIEL, 2002).

Nesse sentido, a pesquisa de Beccarini e Ferrand (2006), que investigaram os

fatores que influenciam a satisfação dos consumidores que adquirem ingressos para

toda a temporada da equipe francesa de futebol Olympique de Lyon, concluiu que a

imagem do clube é determinante para a avaliação da satisfação. O estudo também

apresentou outros elementos motivacionais para os torcedores frequentarem os

jogos do time: desempenho da equipe, vontade de se expressar, prazer de ver o

espetáculo e interesse pelo esporte (BECCARINI; FERRAND, 2006).

Ainda considerando-se a satisfação do consumidor esportivo, tem-se a Rede

de Atitude do Torcedor (FAN, do inglês fan attitude network), proposta por Funk e

James (2004), que propõe um processo por meio do qual a satisfação das

necessidades disponíveis serve como um catalisador para a identificação com um

esporte ou equipe. Essa identificação implicará na atitude em relação à equipe ou

esporte, que, por sua vez, pode influenciar no estabelecimento da lealdade do

torcedor, o que implicaria na sua frequência às arenas esportivas para acompanhar

a equipe ou esporte predileto (FUNK; JAMES, 2004).

Heere e James (2007) concluíram em seus estudos que torcedores esportivos

se consideram parte de uma organização, e não meros consumidores de um produto

ou serviço. Assim, para se conseguir uma maior fidelidade do torcedor em relação à

sua equipe predileta, deve-se investir na identificação desses indivíduos com a

equipe. Para tanto, deve-se considerar o simbolismo dessa identidade. Dessa forma,

os autores propõem uma visão alternativa do torcedor, na qual a identificação com

um time também é influenciada pela identidade do grupo ao qual esse indivíduo

pertence (HEERE; JAMES, 2007).

Nesse preâmbulo, torna-se importante também considerar o Modelo do Escopo

Esportivo, elaborado por Wakefield e Sloan (1995), que propõe a utilização de

fatores relacionados ao estádio, resposta do espectador e fatores de moderação

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para se estudar a frequência dos torcedores nas arenas esportivas. Os autores

concluíram que os efeitos da lealdade à equipe, estacionamento do estádio, limpeza

do estádio, percepção de aglomeração e serviços de alimentação, aliados à

experiência vivenciada na arena esportiva, afetam o desejo dos espectadores em

continuar a frequentar o local (WAKEFIELD; SLOAN, 1995).

Dando continuidade ao estudo anterior, Wakefield, Blodgett e Sloan (1996),

consideraram que o ambiente físico do estádio poderia representar um efeito

significativo na medida em que influencia a decisão dos espectadores em desejar

permanecer e retornar ao estádio. Os autores concluíram que características como:

acesso ao estádio; conforto dos assentos; layout do estádio; localização da arena;

entre outros, impactam diretamente na sensação de prazer do torcedor, que gera

uma resposta afetiva influenciadora da resposta comportamental de voltar ou não a

ter a mesma experiência (WAKEFIELD; BLODGETT; SLOAN, 1996).

Por fim, Madrigal (1995) destaca que a satisfação dos torcedores está

relacionada à experiência obtida no evento em si, incluindo o resultado. O autor

sugere que a satisfação é essencial para reter o consumidor, e que ela possibilita o

“boca a boca” positivo sobre o evento.

Saber valorizar o consumidor, conhecendo seu perfil, pode-se determinar

instrumentos de marketing que sejam eficientes na promoção de eventos esportivos

e as consequentes repercussões no consumo esportivo. Este conhecimento do

público alvo do marketing esportivo é fundamental, pois o consumidor esportivo

possui uma maior ligação ao produto esportivo (CÁRDIA, 2004). A valorização do

consumidor de esporte traz subsídios para o desenvolvimento de instrumentos de

marketing, que sejam eficientes na promoção da prática esportiva e as

consequentes repercussões no consumo esportivo (SAUERBRONN, 2002).

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5 JUSTIFICATIVA

A escolha do tema se deu pelas cifras impressionantes movimentadas pela

indústria do esporte, que possui a grande capacidade de mobilizar multidões através

das ações de marketing. A partir disso é necessário compreender quais ferramentas

de marketing são utilizadas na captação de receitas financeiras, que são

necessárias na divulgação e realização dos eventos esportivos.

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6 OBJETIVOS

6.1 Objetivo Geral

Analisar que papel o marketing exerce na construção de mecanismos

estratégicos eficientes e produtivos em nível de organização dos eventos esportivos.

6.2 Objetivos Específicos

Analisar a importância do marketing esportivo para as mudanças na

organização dos eventos esportivos;

Analisar quais ferramentas de marketing esportivo são utilizadas na

organização dos eventos esportivos;

Fazer uma correlação entre os eventos esportivos e verificar os avanços do

marketing.

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7 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica que segundo,

Severino (2007, p. 122) é aquela que se realiza a partir do registro disponível,

decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos e digitais como

livros, artigos, teses, etc. Decidimos utilizar a revisão narrativa que é um dos tipos de

revisão de literatura, pela oportunidade de experiências de autores que já

pesquisaram sobre o assunto. Segundo Silva et al.(2002), a revisão narrativa não é

imparcial porque permite o relato de outros trabalhos, a partir da compreensão do

pesquisador sobre como os autores fizeram.

Para este estudo buscou-se analisar os artigos, monografias publicados nas

bases de dados: Scielo, Google Acadêmico e o Portal de Periódicos Capes. Os

termos utilizados na busca isoladamente ou de forma combinada foram: Marketing

Esportivo, Organização Esportiva, Consumidor. A revisão de literatura envolveu

artigos, livros e monografias de língua portuguesa e inglesa. Foram encontrados 74

artigos e 13 monografias, depois de lidos os títulos foram selecionados os que

realmente atendiam aos objetivos específicos.

Tabela 1 – Número de referências utilizadas:

Artigos Livros Monografias Online

Número 16 28 6 5

Fonte: MEDEIROS, D. H. N. de, 2017.

Após a leitura de todo material, as principais informações foram compiladas.

Posteriormente foi realizada uma análise descritiva das mesmas buscando

estabelecer uma compreensão e ampliar o conhecimento sobre o tema pesquisado

e elaborar o referencial teórico.

Por fim, o trabalho está organizado em três capítulos. No primeiro capítulo

abordou sobre Eventos esportivos: contexto e evolução do marketing. No segundo

capítulo discutiu acerca da importância do marketing para o cenário esportivo. E o

terceiro abordou sobre o marketing como recurso de conhecimento do mercado,

divulgação e valor para o cliente.

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8 RESULTADOS

Segundo dados da Brunoro Sport Business (BSB), empresa da área de

gestão e negócios. O mercado de patrocínio esportivo brasileiro encerrou 2013 com

a movimentação na casa dos R$ 665 milhões. Conforme a International Event Group

(IEG) o mercado de patrocínio esportivo internacional deve registrar um incremento

de 4,1% em 2015, a cifra esperada é de US$ 57,7 bilhões ao fim da temporada,

número impulsionado principalmente pelos recentes contratos assinados por NBA e

Uefa (BERTOZZI, 2015).

O futebol, uma paixão nacional, por exemplo, esse mercado movimenta ao

redor do mundo um faturamento entre R$ 455 a R$ 577 bilhões por ano, segundo

estimativas da ATKearney em 2013 (OSWALDO, 2014). Assim, percebe-se que boa

estratégia de marketing se constitui como elemento primordial no mercado esportivo,

sendo o mesmo responsável em grande parte pela renda adquirida. O esporte, por

significar entretenimento, paixão e emoção para os públicos aos quais está

relacionado, nunca esteve tão próximo das empresas e organizações de

investimento maciço, caracterizando aplicação dos programas e ações de marketing

para estimular cada vez mais as conexões entre práticas de esportes múltiplos e a

atenção das pessoas (OLIVEIRA; CUNHA, 2016).

Os eventos esportivos, na qualidade de negócio, hoje são encarados com

bastante seriedade pelas organizações, graças à valorização e prestígio que

consegue gerar, tanto para atletas quanto às empresas, benefícios expressivos que

podem ser convertidos em proposta de valor e lucratividade (CALADO, 2007). Sem

dúvida, o marketing esportivo é um dos maiores movimentadores de lucratividade da

atualidade. Por isso é tão importante desenvolver estudos que analisem relevância

do marketing para elaboração de eventos esportivos mais produtivos e rentáveis,

além de sustentáveis e socialmente responsáveis.

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9 CONCLUSÃO

O segmento esportivo tem comprovado, que o marketing no esporte é um dos

melhores investimentos que um Megaevento esportivo pode fazer, com o intuito de

criar uma forte conexão e uma significativa ligação de confiança entre a sua marca e

os seus consumidores. Pode-se dizer que o Marketing esportivo através de suas

ferramentas constitui um enorme potencial, seja para atingir objetivos relacionados a

imagem do evento, da empresa ou da marca, ou para objetivos relacionados a

exposição de mídia, relacionamento com clientes e fornecedores ou vendas.

Com a necessidade de algumas empresas apresentarem um diferencial no

mercado, surgiu o marketing esportivo como instrumento para promoção de

produtos ou serviços por meio do esporte, satisfazendo a seus consumidores, a

partir da implementação de mecanismos de marketing para atuar devidamente em

eventos e eventos esportivos. Por isso, é reconhecida a relevância do marketing

esportivo como uma ferramenta potencial de descoberta de novas alternativas de

exploração para a conquista de maiores parcelas de consumidores, entregando

produtos, serviços compatíveis com as expectativas de consumo.

Por fim, especialistas apontam que a crescente eficácia do esporte como

plataforma de marketing é desejável quando o retorno sobre o investimento pode ser

demonstrado. O marketing esportivo é um dos melhores investimentos para

empresas que desejam criar relação de confiança entre os consumidores.

Conseguimos perceber que maior investimento em marketing pode agregar valor

intangível a marca, o que é fundamental para a manutenção ou melhora na imagem

da empresa perante os consumidores. Os profissionais de marketing sabem que,

atualmente, é preciso inovar para alcançar metas estratégicas de propaganda.

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