UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO MESTRADO … · teórico de Dorothea Orem apoia um método...

118
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO ACADÊMICO RAUL AMARAL DE ARAÚJO CAPACIDADE DE AUTOCUIDADO E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS NO PRÉ-OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA RECIFE 2013

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO MESTRADO … · teórico de Dorothea Orem apoia um método...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

MESTRADO ACADÊMICO

RAUL AMARAL DE ARAÚJO

CAPACIDADE DE AUTOCUIDADO E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS

NO PRÉ-OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

RECIFE

2013

RAUL AMARAL DE ARAÚJO

CAPACIDADE DE AUTOCUIDADO E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS

NO PRÉ-OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

Dissertação apresentada ao Colegiado do

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do

Centro de Ciências da Saúde da Universidade

Federal de Pernambuco, para obtenção do título

de Mestre em Enfermagem.

Linha de Pesquisa: Enfermagem e Educação

em Saúde nos Diferentes Cenários do Cuidar.

Orientadora: Profª. Drª. Vânia Pinheiro Ramos.

Coorientadora: Profª. Drª. Telma Marques da Silva.

RECIFE

2013

RAUL AMARAL DE ARAÚJO

CAPACIDADE DE AUTOCUIDADO E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS

NO PRÉ-OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

Dissertação aprovada em 06/12/2013.

_________________________________________________

Profª. Drª. Vânia Pinheiro Ramos (Presidente) - UFPE

_________________________________________________

Profª. Drª. Francisca Márcia Pereira Linhares - UFPE

_________________________________________________

Profª. Drª. Ana Márcia Tenório de Souza Cavalcanti - UFPE

_________________________________________________

Profª. Drª. Bertha Cruz Enders - UFRN

RECIFE

2013

À Cecília, que nasceu e cresceu junto a esta dissertação.

AGRADECIMENTOS

À Deus, pelos inesperados e belíssimos caminhos percorridos.

Aos meus pais, pela dedicação de uma vida, e por sempre mostrarem que a educação, além de

formar o caráter de um homem, edifica-o.

À Natália, pelo companheirismo durante essa jornada. Sem você, não teria sido possível.

À minha orientadora, professora Vânia Pinheiro Ramos, pelos conselhos, sabedoria e

confiança.

À minha coorientadora, professora Telma Marques da Silva, pelo apoio, incentivo e saberes

compartilhados.

Aos docentes do Mestrado Acadêmico em Enfermagem da Universidade Federal de

Pernambuco, pela sabedoria e dedicação na condução do ensino.

Às professoras Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos, Luciana Pedrosa Leal e Francisca

Márcia Pereira Linhares, pelas contribuições na qualificação do projeto desta dissertação.

Às professoras Francisca Márcia Pereira Linhares, Ana Márcia Tenório de Souza Cavalcanti e

Bertha Cruz Enders, pelo carinho e sabedoria na defesa desta dissertação.

Às minhas colegas do mestrado, que compartilharam seus saberes, dúvidas e progressos.

À professora Akemi Iwata Monteiro, pela inestimável confiança depositada.

Às minhas colegas de trabalho, Diana Sobral, Monique Ferreira e Cátia Milena, pelo apoio

durante o período em que cursei o mestrado.

À Nivalcy Albuquerque, que me apoiou no momento mais difícil deste mestrado. Sua ajuda

foi fundamental para que eu conseguisse vencer os percalços, e alcançar meu simplório

objetivo de concluir essa etapa da minha vida profissional e pessoal.

Aos profissionais do Pronto-Socorro Universitário Cardiológico de Pernambuco Professor

Luiz Tavares, pelo auxílio no desenvolvimento desta pesquisa e por suas batalhas diárias na

atenção à saúde.

Aos enfermeiros Saulo, Oberdan e Hamilton, e às enfermeiras Marister, Silvana e Mônica,

que tem me acompanhado desde o período da Residência em Enfermagem, pelo apoio no

desenvolvimento desta dissertação, especialmente durante a coleta de dados.

A todos os participantes deste estudo, que confidenciaram seus anseios e medos, permitindo-

me um crescimento tanto profissional quanto pessoal.

“Que se pense, ademais, na posição intelectual de

um homem do povo; ele se formou a partir das

opiniões, das convicções, dos critérios de

discriminação e das normas de conduta. Todo aquele

que sustenta um ponto de vista contrário ao seu,

enquanto é intelectualmente superior, sabe

argumentar as suas razões melhor do que ele e,

logicamente, o derrota na discussão. Deveria, por

isso, o homem do povo mudar de convicções?”

(Antonio Gramsci)

RESUMO

A capacidade de autocuidado e a qualidade de vida relacionada à saúde são aspectos

importantes para os indivíduos que se encontram no pré-operatório de revascularização

miocárdica. Nesse sentido, este estudo objetivou avaliar a qualidade de vida relacionada à

saúde e sua relação com a capacidade de autocuidado, tendo por fundamentação o modelo

teórico de Dorothea Orem. Foram desenvolvidos dois artigos científicos nesta dissertação, que

constituem a seção dos resultados. O primeiro artigo é uma revisão integrativa sobre a

aplicação do modelo teórico de Dorothea Orem a partir de consulta às bases de dados

eletrônicas MEDLINE, CINAHL, LILACS e BDENF, empregando os descritores ‘Teoria de

Enfermagem’ e ‘Autocuidado’. Foram selecionados 19 artigos originais, que explicitaram a

Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado como o principal referencial teórico-

metodológico, destacando-se a utilização dos conceitos sobre autocuidado, capacidade de

autocuidado e fatores condicionantes básicos. A revisão integrativa evidenciou que o modelo

teórico de Dorothea Orem apoia um método consistente para a Enfermagem tanto na prática,

quanto na pesquisa, sendo associado à autonomia e à delimitação das ações de Enfermagem

nos diversos cenários do cuidar. O segundo artigo científico baseou-se em pesquisa original

que relacionou os fatores condicionantes básicos e a qualidade de vida relacionada à saúde

com a capacidade de autocuidado em indivíduos no pré-operatório de revascularização

miocárdica, fundamentando-se na Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado.

Empregou-se uma pesquisa do tipo analítica, transversal, com abordagem quantitativa. Os

dados foram coletados por meio de entrevista individual. Utilizou-se um questionário que

abordou os fatores condicionantes básicos e as versões brasileiras da Appraisal of Self-care

Agency Scale e do Medical Outcomes 36 Item Short Form Health Survey. Verificou-se que os

participantes têm uma percepção precária de sua saúde, apesar de engajarem-se em práticas de

autocuidado. Neste artigo verifica-se que a aplicação de teorias da Enfermagem pode nortear

e delimitar a atuação dos enfermeiros, em um processo de interação entre pesquisa, prática e

teoria. Conclui-se que o modelo teórico de Dorothea Orem possibilita essa interação,

subsidiando a pesquisa e a prática, além de favorecer atividades de educação em saúde a partir

da interação entre enfermeiros, indivíduos e famílias com ênfase no autocuidado aos

indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica.

Palavras-chave: Autocuidado. Qualidade de Vida. Cuidados Pré-Operatórios. Teoria de

Enfermagem. Enfermagem.

ABSTRACT

The self-care agency and the health-related quality of life are important aspects for individuals

who are in preoperative phase of revascularization, and knowing these aspects contribute to

the strengthening or implementation of actions in health education to this population. In this

sense, the study aimed to evaluate the health-related quality of life and its relation to self-care

agency, based on the theoretical model of Dorothea Orem. We developed two papers in this

thesis, which constitute the results section. The first article is an integrative review on the

application of the theoretical model of Dorothea Orem, from consulting the electronic

databases MEDLINE, CINAHL, LILACS and BDENF, using the descriptors 'Nursing

Theory' and 'Self Care', being selected 19 original articles, which explained the Self-Care

Deficit Nursing Theory as the main theoretical and methodological framework, highlighting

the use of the concepts of self-care, self-care agency and basic conditioning factors. The

integrative review showed that the theoretical model of Dorothea Orem supports a consistent

method for Nursing, both in practice and in research, being associated with autonomy and

definition of nursing actions in various scenarios of care. The second article was based on

original research that aimed to relate the basic conditioning factors and the health-related

quality of life with the self-care agency in individuals in preoperative phase of

revascularization, based on the Self-Care Deficit Nursing Theory. We applied an analytical

and cross-sectional research, with quantitative approach. Data were collected through

individual interviews between March and August 2013. We used a questionnaire that

addressed the basic conditioning factors and the Brazilian versions of the Appraisal of Self-

care Agency Scale and the Medical Outcomes 36 Item Short Short Form Health Survey. It was

observed that, among the participants, there is an active aging, but not healthy, from the

characterization of the health-related quality of life and self-care agency. This article has

demonstrated that the application of nursing theories is essential to guide and define the role

of nurses, in a process of interaction between research, practice and theory. It is concluded

that the theoretical model of Dorothea Orem enables this interaction, subsidizing research and

practice, besides promoting health education from the interaction between nurses, individuals

and families with emphasis on self-care to individuals in preoperative phase of myocardial

revascularization.

Keywords: Self-Care. Quality of Life. Preoperative Care. Nursing Theory. Nursing.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANOVA Análise de Variância

ASA-scale Appraisal of Self-Care Agency Scale

BDENF Base de Dados de Enfermagem

CAC Capacidade de Autocuidado

CASP Critical Apppraisal Skills Programme

CCEB Critério de Classificação Econômica Brasil

CINAHL Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature

CRVM Cirurgia de Revascularização Miocárdica

EACAC Escala para Avaliar a Capacidade de Autocuidado

FCB Fatores Condicionantes Básicos

IAM Infarto Agudo do Miocárdio

IMC Índice de Massa Corpórea

LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online

PPGENF Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

PROCAPE Pronto-Socorro Universitário Cardiológico de Pernambuco

QVRS Qualidade de Vida Relacionada à Saúde

SF-36 Medical Outcomes 36 Item Short Form Health Survey

SPSS Statistical Package for the Social Sciences

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TEDAC Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado

UFPE Universidade Federal de Pernambuco

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UPE Universidade de Pernambuco

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 12

1.1 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 13

2 OBJETIVOS ................................................................................................ 15

2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 15

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 15

3 HIPÓTESES ................................................................................................ 16

4 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................... 17

4.1 CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA ....................... 17

4.1.1 Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório da Revascularização

Miocárdica .......................................................................................................

18

4.2 QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE .............................. 20

4.3 TEORIA DE ENFERMAGEM DO DÉFICIT DE AUTOCUIDADO ......... 22

4.3.1 Capacidade de Autocuidado ...................................................................... 23

5 METODOLOGIA ....................................................................................... 25

5.1 METODOLOGIA DO ARTIGO DE REVISÃO INTEGRATIVA ............. 25

5.1.1 Formulação do Problema de Pesquisa ...................................................... 26

5.1.2 Busca na Literatura .................................................................................... 26

5.1.3 Avaliação dos Estudos Incluídos na Revisão Integrativa ........................ 28

5.1.4 Análise dos Resultados ............................................................................... 29

5.1.5 Apresentação dos Resultados Obtidos ...................................................... 29

5.2 METODOLOGIA DO ARTIGO ORIGINAL .............................................. 30

5.2.1 Delineamento do Estudo ............................................................................. 30

5.2.2 Local do Estudo ........................................................................................... 30

5.2.3 População e Amostra .................................................................................. 30

5.2.4 Coleta de Dados ........................................................................................... 32

5.2.4.1 Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................. 32

5.2.4.1.1 Questionário Sócio-Demográfico e Clínico .................................................. 32

5.2.4.1.2 Questionário sobre Qualidade de Vida Relacionada à Saúde ....................... 33

5.2.4.1.3 Escala para Avaliar a Capacidade de Autocuidado ...................................... 35

5.2.5 Variáveis do Estudo .................................................................................... 36

5.2.6 Análise dos Dados ....................................................................................... 37

5.2.7 Aspectos Éticos ............................................................................................ 38

6 RESULTADOS ........................................................................................... 40

6.1 ARTIGO DE REVISÃO INTEGRATIVA ................................................... 40

6.2 ARTIGO ORIGINAL ................................................................................... 51

7 CONCLUSÃO ............................................................................................. 65

REFERÊNCIAS .......................................................................................... 66

APÊNDICES ............................................................................................... 75

APÊNDICE A - Questionário Sócio-Demográfico e Clínico ....................... 76

APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ................... 78

ANEXOS ...................................................................................................... 80

ANEXO A - Normas para Submissão da Revisão Integrativa ..................... 81

ANEXO B - Normas para Submissão do Artigo Original ............................ 86

ANEXO C - Questionário sobre Qualidade de Vida Relacionada à Saúde -

Medical Outcomes 36 Item Short Form Health Survey ................................ 105

ANEXO D - Escala para Avaliar a Capacidade de Autocuidado ................. 109

ANEXO E - Carta de Anuência .................................................................... 111

ANEXO F - Termo Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa

Elaborado pela Instituição Participante ........................................................ 112

ANEXO G - Termo Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa

Elaborado pela Instituição Coparticipante .................................................... 115

12

1 INTRODUÇÃO

As fases que compõem o perioperatório (pré, trans e pós-operatório) da Cirurgia de

Revascularização Miocárdica (CRVM) são marcantes para os indivíduos hospitalizados, uma

vez que determinam limitações em suas atividades cotidianas, fazendo-os vivenciar perdas e

mudanças(1-3)

.

As demandas por cuidados de Enfermagem tornam-se prementes durante a

hospitalização, notadamente para ações educativas em saúde, sobretudo pelo surgimento de

dúvidas sobre questões referentes às expectativas dos indivíduos que aguardam o

procedimento cirúrgico(4-6)

.

Estudos revelam que na fase pré-operatória, correspondente ao tempo que transcorre

desde a indicação do procedimento cirúrgico até a véspera de sua realização, os indivíduos

passam por momentos críticos, nos quais a ansiedade e o medo são frequentemente

relatados(4-6)

. Dúvidas referentes ao autocuidado também ganham destaque nessa fase,

tornando necessárias ações que apóiem a educação em saúde nessa temática(1-3)

.

Contudo, ao se abordar o conceito sobre autocuidado tanto na pesquisa, quanto na

prática, deve haver a fundamentação deste conceito em teorias próprias da Enfermagem, para

que surjam propostas de intervenções fundamentadas cientificamente, evitando que estas

sejam orientadas pela memória, por palpites ou que sejam simplesmente aleatórias(7-9)

.

Nesse sentido, o modelo teórico desenvolvido por Dorothea Orem engloba inúmeros

aspectos vinculados ao autocuidado, sendo este um dos conceitos centrais no modelo,

caracterizado como uma ação iniciada e executada pelo indivíduo em seu próprio

benefício(10)

.

Outros dois conceitos centrais são os Fatores Condicionantes Básicos (FCB) e a

Capacidade de Autocuidado (CAC). Os FCB influenciam a capacidade para efetivação do

autocuidado, e incluem características como idade, sexo, aspectos socioculturais e apoio

familiar(11-12)

.

Portanto, tais fatores são influências intrínsecas e extrínsecas aos seres humanos,

afetando diretamente a CAC, descrita como a habilidade que os indivíduos têm de voluntária

e deliberadamente engajaram-se em ações direcionadas à sua saúde e ao seu bem-estar(11,13-14)

.

Nesta perspectiva, a saúde e o bem-estar não são sinônimos para Orem. O bem-estar se

refere à percepção do indivíduo sobre sua existência, enquanto a saúde tem uma conotação

13

fisiopatológica(15-16)

. Assim, estar apto a desenvolver ações de autocuidado pode implicar

diretamente na habilidade para manter a saúde e o bem-estar.

Todavia, quando se busca a manutenção da saúde e do bem-estar, recai-se na

Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS), que enfatiza a percepção dos indivíduos

sobre esses aspectos nas investigações de cuidados em saúde(17-19)

.

Desse modo, o conhecimento sobre os FCB, a QVRS e a CAC pode respaldar e

fundamentar o processo de trabalho em Enfermagem no pré-operatório da CRVM, além de

poder subsidiar ações educativas para reorientação das práticas de atenção à saúde, onde se

destaca tendência à superação da centralização na doença, ou seja, em questões curativistas,

biologicistas e medicalizantes(4-6, 18-20)

.

1.1 JUSTIFICATIVA

O modelo teórico desenvolvido por Dorothea Orem converge com a reorientação das

práticas de atenção à saúde, pois relata que a Enfermagem deve ter um conhecimento substancial

sobre o autocuidado, entendendo que os indivíduos são tanto o foco, quanto os agentes de suas

próprias ações(13-14)

.

A proposta conceitual de Orem centraliza o cuidar no indivíduo, e não em procedimentos,

nem doenças, nem medicamentos, que acabaram por expropriar indivíduos, famílias e comunidades

de conhecimentos populares e do exercício da autonomia em suas práticas de saúde, fazendo-os

desacreditar em suas crenças e saberes, para tornaram-se dependentes dos saberes tidos como

científicos(20-26)

.

Nesse sentido, os cuidados em saúde têm um caráter interativo, relevando-se a

individualidade e subjetividade do cuidar, configurando uma dimensão da atenção à saúde que não

pode ser inteiramente controlada e resolvida com estrita aplicação técnica do saber científico(27-28)

.

Dessa forma, o autocuidado, conforme proposições do modelo teórico de Orem, é um

referencial que pode ser utilizado na estratégia de promoção à saúde dos indivíduos. As atividades

de educação em saúde nessa temática poderão obter o desenvolvimento de habilidades para o

autocuidado, e por consequência, uma melhor qualidade de vida dos atores dessa estratégia(8-10)

.

O autocuidado também se destaca no atual cenário de envelhecimento populacional, que

ocorre concomitantemente a uma maior incidência de doenças e agravos não transmissíveis, entre

estes as doenças cardiovasculares, salientando-se ainda dentre estas as de origem isquêmica, em

função da elevada morbimortalidade associada às mesmas. Portanto, o autocuidado atrela-se a busca

14

de um envelhecimento que seja tanto saudável quanto ativo, dentro das capacidades e limites

inerentes a cada indivíduo(29-33)

.

Nesse contexto, o uso das teorias de Enfermagem reflete um movimento da profissão em

busca da autonomia e da delimitação das suas ações. Ressalta-se a conexão entre teoria, prática e

pesquisa, que necessita ser mais explorada e articulada, devido a sua importância para a

continuidade do desenvolvimento da Enfermagem como profissão e ciência(15,34-35)

.

Dessa maneira, foram desenvolvidos nesta dissertação dois artigos científicos,

fundamentados no modelo teórico de Dorothea Orem. O primeiro artigo constou de uma revisão

integrativa, cujo problema de pesquisa foi quais as formas de aplicação do modelo teórico de

Dorothea Orem por enfermeiros nos diversos cenários do cuidar?

Também se elaborou um artigo original baseado no supracitado modelo, permeado

pela seguinte pergunta condutora: qual a associação entre a qualidade de vida relacionada à saúde

e a capacidade de autocuidado em indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica?

O propósito da revisão integrativa foi identificar as formas de aplicação do modelo

teórico de Enfermagem de Dorothea Orem por enfermeiros nos diversos cenários do cuidar.

Enquanto o artigo original objetivou analisar a associação entre a QVRS com a CAC em

indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica, tendo por base conceitual o

referido modelo teórico, através de uma pesquisa analítica.

Desse modo, esta dissertação foi estruturada em duas partes, conforme as normas

estabelecidas pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da

Universidade Federal de Pernambuco (PPGENF/UFPE): uma parte externa, composta pela capa, e

uma parte interna, constituída por elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

Os elementos pré-textuais compreendem informações que auxiliam na identificação e

utilização do trabalho, enquanto os pós-textuais complementam o trabalho apresentado.

Os elementos textuais, cernes desta dissertação, são subdivididos em introdução, referencial

teórico, metodologia, resultados e conclusão. A seção da metodologia traz o detalhamento dos

passos metodológicos empregados para consecução da pesquisa, que culminou em dois artigos

científicos componentes da seção dos resultados, a qual se constituiu por uma revisão integrativa e

um artigo original, estando em conformidade com as normas de submissão dos periódicos

selecionados (Anexo A e Anexo B).

15

2 OBJETIVOS

A seguir, serão descritos os objetivos que nortearam o desenvolvimento desta

dissertação.

2.1 OBJETIVO GERAL

- Analisar a associação entre a qualidade de vida relacionada à saúde e a capacidade de

autocuidado em indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica, fundamentando-

se no modelo teórico de Dorothea Orem.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar as formas de aplicação do modelo teórico de Dorothea Orem nos

diferentes cenários do cuidar.

- Avaliar a associação dos fatores condicionantes básicos com a qualidade de vida

relacionada à saúde e com a capacidade de autocuidado.

16

3 HIPÓTESES

- Uma melhor qualidade de vida relacionada à saúde associa-se a uma melhor

capacidade de autocuidado em indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica.

- Os fatores condicionantes básicos associam-se com a qualidade de vida relacionada à

saúde e com a capacidade de autocuidado no grupo pesquisado.

17

4 REFERENCIAL TEÓRICO

Este referencial teórico foi construído para explicitar os principais aspectos abordados,

tendo também por finalidade, facilitar a compreensão e contextualizar os itens pesquisados no

desenvolvimento desta dissertação.

4.1 CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA

A Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRVM) foi o primeiro método a ser

desenvolvido com a finalidade de tratar doenças arteriais coronarianas, sendo um

procedimento no qual as artérias ou veias do próprio corpo são empregadas como bypass em

artérias coronárias estenosadas, as quais estão presentes em indivíduos com doenças cardíacas

isquêmicas. É um procedimento padrão em termos de intervenção cirúrgica, sendo bem

documentado e tendo resultados consistentes(36-39)

.

O emprego da CRVM relaciona-se diretamente a incidência das doenças cardíacas

isquêmicas, que são a principal causa de morbidade e mortalidade no mundo, constituindo-se

em um espectro de doenças e síndromes, indo de estados assintomáticos a morte súbita,

podendo se apresentar também como angina, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e

arritmias(40-41)

.

Tais doenças acarretam considerável restrição nas atividades desenvolvidas pelos

indivíduos acometidos, reduzindo a sua expectativa de vida e a sua capacidade de

autocuidado, principalmente em indivíduos que vivenciam o processo de envelhecimento(36-

37,40-41).

As doenças cardíacas isquêmicas são o resultado da aterosclerose, uma desordem

progressiva das paredes dos vasos sanguíneos, com a formação de placas ateroscleróticas no

sistema arterial, que podem ocasionar inflamação vascular, precursora da ruptura endotelial, a

qual libera uma placa, causando subsequente trombose intravascular e isquemia, responsáveis

pelas manifestações clínicas(42)

.

Desse modo, a revascularização miocárdica é realizada como tratamento da estenose

coronária, para reduzir a isquemia miocárdica e suas manifestações. O principal objetivo da

revascularização é reduzir essa isquemia, a fim de melhorar a qualidade de vida e a

capacidade de autocuidado de cada indivíduo, reduzindo o uso de medicamentos

antianginosos, e em última instância melhorando o prognóstico(42)

.

18

A CRVM é um dos procedimentos médicos de alta complexidade mais comuns. No

sistema norte-americano de saúde, responde por aproximadamente um milhão de

procedimentos ao ano, com um custo estimado em U$ 6,7 bilhões(43)

.

Esse procedimento cirúrgico é mais frequente nos indivíduos que estão em tratamento

medicamentoso do que naqueles que passaram por revascularização anterior. Sua frequência é

maior entre homens, cuja idade no momento da realização da cirurgia varia entre 55 e 75

anos(44-47)

.

Nessa faixa etária é onde se concentra a maior proporção de indivíduos que se

submetem à CRVM, a qual dificilmente é praticada em indivíduos com idade superior a 75

anos, pois a idade é um dos principais fatores que atuam negativamente no prognóstico

cirúrgico(3,46-49)

.

Nesse contexto, as mulheres que se submetem a CRVM são mais idosas que os

homens, porém, tanto homens quanto mulheres estão aumentando progressivamente sua

complexidade cirúrgica e seus riscos intrínsecos, pela idade avançada e pelas comorbidades

presentes(50-52)

.

Além disso, os índices de mortalidade pós-operatória são maiores quando a CRVM é

realizada em caráter de urgência ou de emergência, pois geralmente os indivíduos possuem

mais fatores de risco e também pelo caráter da própria cirurgia(53-54)

.

Também são fatores que contribuem para um pior prognóstico cirúrgico: o sexo, pois

as mulheres têm maior mortalidade e complicações pós-operatórias; o índice de massa

corporal; o diabetes mellitus; o infarto do miocárdio prévio à cirurgia; a hipertensão arterial; a

insuficiência renal crônica e o tabagismo(1,3,46-47,49)

.

Contudo, a CRVM possibilita uma melhora na qualidade de vida relacionada à saúde,

através da redução dos sintomas provocados pelas doenças isquêmicas, fato comprovado pelo

bem-estar relatado pelos pacientes, demonstrado por melhoras nos aspectos físicos, mentais e

na capacidade de autocuidado(3,37,47,55-56)

.

4.1.1 Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório de Revascularização Miocárdica

Os cuidados desenvolvidos pela Enfermagem no pré-operatório da CRVM

concentram-se em intervenções e em planos de cuidados para prevenir e minimizar possíveis

complicações decorrentes da cirurgia, além de promover ações de educação em saúde, a fim

19

de empoderar os indivíduos sobre aspectos essenciais para o seu autocuidado nas fases

perioperatórias(57-58)

.

Entretanto, os indivíduos que aguardam o procedimento cirúrgico ainda podem ser

vistos como objetos, ou receptores do que lhes é programado pela rotina institucional, lidando

com intervenções direcionadas predominantemente ao corpo biológico, fato que aponta à

nulidade dos indivíduos como atores de seu próprio tratamento(57-58)

.

Nesse cenário, tem-se vivenciado o avanço nas técnicas e nos procedimentos

cirúrgicos, que promoveu a expansão dos cuidados de Enfermagem nesse cenário do cuidar.

Apesar da importância dessa expansão e do interesse de vários países nesse assunto, a atuação

da Enfermagem nessa área ainda está voltada para diretrizes médicas(58)

.

Dessa maneira, atenta-se para a visita pré-operatória, que deve se caracterizar por uma

atuação expressiva do enfermeiro, voltada ao apoio emocional e à atenção na promoção à

saúde. Tal atitude visa evitar o cuidar totalmente mecanizado e fragmentado, bem como o

surgimento tanto de complicações físicas quanto psíquicas(57-58)

.

Além disso, os enfermeiros devem na visita pré-operatória, reconhecer as

necessidades, os anseios e os desejos sentidos pelos indivíduos que aguardam o procedimento

cirúrgico, de forma que ao analisá-los, possa-se traçar um plano de cuidados individualizado e

eficaz(57)

.

Na fase pré-operatória da CRVM, a avaliação de Enfermagem baseada na

identificação de sinais e sintomas e na história de saúde pregressa, pode sinalizar o

comportamento pós-operatório dos indivíduos que serão submetidos à cirurgia. A partir desse

conhecimento, a formulação dos diagnósticos de Enfermagem e o planejamento

individualizado dos cuidados guiam o enfermeiro no desenvolvimento do raciocínio clínico

para prever e prover os cuidados necessários a cada situação(59)

.

Por conseguinte, as práticas de saúde centradas nos usuários dos serviços de saúde

devem se embasar em informações provenientes desses indivíduos, a fim de se prestar uma

assistência mais eficiente, efetiva e eficaz, como também para fundamentar ações de educação

em saúde na fase pré-operatória, que tem sido reconhecida como uma fronteira do

conhecimento científico no cuidado à saúde(60)

.

Portanto, aos enfermeiros é atribuído o reconhecimento das necessidades físicas,

sociais e psicológicas, e o suporte aos indivíduos situados na fase pré-operatória, mais do que

simplesmente repassar-lhes informações sobre o seu processo saúde-doença(60)

.

20

Nesse contexto, ações de educação em saúde dirigidas a indivíduos no pré-operatório

podem ajudá-los a tomar suas próprias decisões, além de poder melhorar o autocuidado para

promoção à saúde(60)

.

Ações de educação em saúde podem ser consideradas como uma importante estratégia

para estimular e influenciar o comportamento dos indivíduos, visando promover mudanças de

hábitos e do estilo de vida, a partir do aumento no conhecimento e na aquisição de habilidades

que possam influenciar suas atitudes para manutenção do controle adequado de sua saúde,

favorecendo uma melhor qualidade de vida(60-62)

.

Desse modo, os profissionais de saúde devem propor ações educativas que

possibilitem a identificação das crenças, dos valores, das condições de saúde e dos serviços de

apoio existentes no processo de reabilitação, considerando o contexto sociocultural dos

indivíduos que serão submetidos à CRVM(61-62)

.

4.2 QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE

A mensuração da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) é uma área que se

desenvolve como conhecimento formal, com estrutura teórica e metodologia específica, a

mais de 30 anos. Tornou-se mais relevante durante a última parte do século XX, quando se

enfatizou a percepção dos indivíduos sobre sua própria saúde e bem-estar nas investigações de

cuidados em saúde(17-19)

.

A QVRS tem sido definida como uma percepção individual sobre posições em

contextos culturais e de valores nos quais se vive e relacionando-os aos objetivos,

expectativas, padrões e interesses dos indivíduos e coletividades. Mensurações da QVRS em

populações distintas têm direcionado ações de promoção à saúde nos diversos cenários do

cuidar(1,56,63)

.

Também pode representar o efeito de um adoecimento, sendo este efeito relatado sob a

ótica do indivíduo acometido, que terá sua qualidade de vida associada a valores culturais,

inserção social e existência ou não de vulnerabilidade social no meio em que vive(64)

.

Estudos que envolvem temáticas sobre a QVRS têm enfatizado a preocupação com

aspectos mais amplos que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento

da expectativa de vida, tradicionalmente empregados na análise do impacto de doenças e

tratamentos(65-66)

.

As pesquisas sobre mensuração da qualidade de vida podem ter dois propósitos:

identificar diferenças na qualidade de vida de pessoas de um determinado grupo populacional,

21

ou identificar diferenças na qualidade de vida de uma mesma pessoa ao longo do tempo.

Essas pesquisas expandiram a aplicabilidade da avaliação da qualidade de vida para a prática

clínica, trazendo potencial benefício ao manejo de pacientes em diferentes cenários do

cuidar(67-68)

.

Por outro lado, os instrumentos que avaliam a QVRS não apenas fornecem parâmetros

para monitorar o impacto de doenças e o efeito promovido por intervenções terapêuticas,

assim como indicam a necessidade de assistência e o grau de morbidade apresentado. Desse

modo, um aumento na qualidade de vida é um importante objetivo na determinação de

benefícios terapêuticos(2,17-18,56)

.

A correlação entre a QVRS na fase pré-operatória e a recuperação pós-operatória

também é um fato reconhecido em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas. Tem-se

demonstrado que a QVRS na fase pré-operatória pode ser usada como um fator de risco

independente para predição da mortalidade e morbidade pós-operatória(69)

.

Portanto, o foco do cuidado de indivíduos que serão submetidos à cirurgia cardíaca

deveria ser a sua saúde e a sua qualidade de vida. Em termos de QVRS, o cuidado deve ser

centrado principalmente na equidade, minimizando as desigualdades e os agravos dos

indivíduos, maximizando a sua recuperação e a sua capacidade de autocuidado(70)

.

Nesse sentido, é importante destacar o papel do empoderamento, que é uma das

finalidades da educação em saúde, objetivando dar auxílio aos indivíduos, para que possam

controlar suas vidas, tomar suas decisões e melhorar seu autocuidado, sendo considerado

como uma estratégia para melhorar a QVRS(64)

.

Esse empoderamento favorece uma melhor percepção sobre o autocuidado,

contribuindo na melhoria da qualidade de vida, pois o autocuidado tem uma influência

positiva em uma QVRS satisfatória(64)

.

A mensuração da QVRS também é uma forma de identificar dentre os indivíduos mais

idosos, os que estão em risco e que podem se beneficiar de estratégias de promoção,

prevenção e recuperação da saúde, pois esta população tem sua capacidade de adaptação a

mudanças frequentemente prejudicada para situações de estresse crescente, como em

procedimentos cirúrgicos(71)

.

Salienta-se que os indivíduos submetidos à CRVM não podem ser vistos como

objetos, nem os cuidados serem dirigidos ao corpo biológico acriticamente. Tais fatos

apontam para a necessidade de considerar os indivíduos como atores do seu próprio

22

tratamento, sendo a mensuração da QVRS um importante instrumento nessa perspectiva(55-

56,66).

4.3 TEORIA DE ENFERMAGEM DO DÉFICIT DE AUTOCUIDADO

A Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado, uma das mais conhecidas e

aplicadas no Brasil e no mundo, foi criada por Dorothea Elizabeth Orem, sendo um modelo

teórico norteador para a Enfermagem, visando às necessidades de indivíduos, famílias e

comunidades, e facilitando o planejamento e execução de intervenções, porque contém

elementos fundamentais à assistência e à educação em saúde(8,14,72-73)

.

O modelo teórico desenvolvido por Orem é composto por três construtos teóricos

inter-relacionados: Teoria do Autocuidado, Teoria do Déficit do Autocuidado e Teoria dos

Sistemas de Enfermagem. A Teoria do Autocuidado refere-se ao cuidar de si, às demandas

terapêuticas e aos requisitos para a realização do autocuidado, abordando as práticas de

cuidados realizados pelo indivíduo, com a finalidade de manutenção da saúde e do bem-

estar(14-16)

.

O autocuidado é um conceito essencial dessa teoria, assim como do modelo teórico,

sendo caracterizado como ações realizadas pelos indivíduos para controlar os fatores que

podem comprometer sua vida e seu desenvolvimento. É uma conduta realizada, ou que

deveria ser realizada, pelo próprio indivíduo. O autocuidado não é inato, sendo uma conduta

aprendida ao longo da vida, através de relações interpessoais e da comunicação(72-76)

.

A inabilidade para desenvolver o autocuidado pode advir de alguns fatores

extrínsecos, como um adoecimento, ou de fatores intrínsecos, como a idade, que afeta tanto o

engajamento no autocuidado, quanto o tipo e a quantidade de autocuidado requerido(13-14)

.

Dessa maneira, surge o déficit de autocuidado, um dos conceitos chaves da Teoria do

Déficit de Autocuidado, a qual determina que a Enfermagem seja necessária quando um

indivíduo é incapaz ou tem limitações na provisão de autocuidado efetivo(12,77)

.

A Teoria do Déficit de Autocuidado, além do déficit de autocuidado, que ocorre

quando a demanda é superior a capacidade do indivíduo para realizar o autocuidado, engloba

outros dois conceitos chaves(78-79)

.

O primeiro conceito é a demanda de cuidado terapêutico, caracterizada como a

quantidade e o tipo de ações ou atividades que o indivíduo realiza ou deveria realizar em

23

determinado tempo para conseguir o autocuidado. O segundo conceito é a capacidade de

autocuidado, tida como a aptidão do indivíduo para a realização do autocuidado(78-79)

.

Na situação caracterizada pelo déficit do autocuidado, o enfermeiro intervém para

compensar a demanda por cuidados, atuando conforme a Teoria dos Sistemas de

Enfermagem, pois o déficit leva o indivíduo da posição de agente para a de receptor de

cuidado(13-14,79)

.

A Teoria dos Sistemas de Enfermagem caracteriza a forma de interação entre

indivíduos, famílias e comunidades com o enfermeiro, a fim de compensar o desequilíbrio

existente no autocuidado e orientar as intervenções necessárias. Essa teoria constitui-se pelo

sistema totalmente compensatório, pelo sistema parcialmente compensatório e pelo sistema

apoio-educação(16,75,79)

.

No sistema totalmente compensatório, todos os cuidados são assumidos pela

Enfermagem, porque existe a impossibilidade da realização de ações para o autocuidado. No

sistema parcialmente compensatório, as ações para o autocuidado são partilhadas entre

indivíduo, famílias, comunidades e o enfermeiro(13-14,16,75)

.

No sistema apoio-educação, o indivíduo realiza as ações de autocuidado com a

orientação e supervisão do enfermeiro, objetivando tornar essas ações mais efetivas e

eficientes, através da educação em saúde(13-14,16,75)

.

Dessa forma, no modelo teórico de Orem, o processo de Enfermagem é um método

que busca determinar as deficiências de autocuidado, bem como o papel que o enfermeiro, o

indivíduo, a família ou a comunidade desempenharão para suprir as exigências necessárias

para a satisfação do autocuidado(13-14)

.

O modelo teórico de Orem constitui-se em análise detalhada dos cuidados

proporcionados pelos enfermeiros, que permite definir o espaço que ocupa este profissional

com relação aos indivíduos, onde todos têm a capacidade de autocuidado, em maior ou menor

grau, em função de determinados fatores, como idade, sexo, estado de saúde e condição

sociocultural(13-14)

.

4.3.1 Capacidade de autocuidado

A capacidade de autocuidado é uma habilidade individual, adquirida para desenvolver

ações de autocuidado para benefício próprio do indivíduo, a fim de manter a vida, e de

promover a saúde e o bem-estar(80)

.

24

Constitui-se na realização de operações para o autocuidado, que incluem investigar,

decidir e desenvolver ações psicomotoras específicas. O objetivo da investigação, da decisão

e das ações é reconhecer os requisitos ou necessidades de autocuidado(13-14,81)

.

Esses requisitos de autocuidado podem ser gerais, referindo-se a quantidades

suficientes de ar, comida e água, à manutenção de equilíbrio entre repouso e atividade e à

prevenção de riscos e danos. Eles também podem ser relatados através do estado de saúde do

indivíduo e do tratamento empregado, a partir de sinais e sintomas(13-14,81)

.

A capacidade do indivíduo para realizar operações de autocuidado envolve atenção,

controle de energia utilizada, aquisição de conhecimento, formação de opiniões e julgamentos

e desenvolvimento de um repertório de habilidades para o autocuidado. Essas habilidades

podem ser desenvolvidas ou aprimoradas, adequando-se a um demanda específica de

autocuidado(13-14,81)

.

O desenvolvimento e a manutenção da capacidade de autocuidado dependem de vários

fatores pessoais e ambientais, chamados de fatores condicionantes básicos no modelo teórico

de Orem, sendo categorizados em idade, sexo, aspectos socioculturais e apoio familiar(80)

.

Desse modo, o objetivo do desenvolvimento e manutenção da capacidade de

autocuidado é aumentar a habilidade individual sobre as atividades de autocuidado, que

podem atuar na promoção da saúde e do bem-estar, e na administração ou prevenção de

doenças e suas complicações(80)

.

Nesse contexto, é importante promover e manter a independência física e psicossocial

de indivíduos institucionalizados. Essas ações são possíveis através da educação em saúde, na

qual os indivíduos são empoderados sobre o seu potencial físico e a sua capacidade de

autocuidado(82)

.

25

5 METODOLOGIA

Esta seção foi construída a fim de possibilitar a replicação, ou a análise detalhada, dos

métodos empregados para a elaboração de uma revisão integrativa e de um artigo original, os

quais compõem a seção dos resultados desta dissertação.

Os artigos supracitados encontram-se formatados de acordo com as normas dos

periódicos previamente selecionados (Anexo A e Anexo B). Cada um dos artigos possui uma

nota de rodapé, onde consta o periódico selecionado para submissão.

Dessa forma, a metodologia do artigo de revisão integrativa foi elaborada para atender

ao primeiro objetivo específico desta dissertação. A elaboração da revisão integrativa,

presente neste estudo, foi um dos pré-requisitos à qualificação do projeto de pesquisa que deu

origem ao artigo original. Tal pré-requisito é normatizado pelo PPGENF/UFPE.

O artigo de revisão integrativa também teve como finalidade subsidiar teoricamente

esta dissertação, por meio da análise e da síntese de publicações relacionadas ao modelo

teórico de Dorothea Orem, possibilitadas por pesquisa em bases de dados eletrônicas.

O artigo original foi elaborado para atender ao objetivo geral e ao segundo objetivo

específico desta dissertação. Tratou-se de pesquisa original, apreciada eticamente pelos

órgãos competentes, sendo desenvolvida com indivíduos no pré-operatório de

revascularização miocárdica, com fundamentação no modelo teórico de Enfermagem de

Dorothea Orem.

5.1 METODOLOGIA DO ARTIGO DE REVISÃO INTEGRATIVA

A revisão integrativa é um método específico de revisão da literatura, que inclui

diversas metodologias, e condensa a literatura empírica e a teórica. Tem o potencial para

auxiliar na construção da ciência da Enfermagem, informando sobre pesquisa, prática e

políticas desenvolvidas nessa área do conhecimento. Dessa forma a revisão integrativa

contribui para a compreensão de um fenômeno particular(83-84)

.

Como o método utilizado analisa e sintetiza pesquisas de maneira sistematizada,

adotaram-se as seguintes etapas: (1) formulação do problema de pesquisa; (2) busca na

literatura; (3) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; (4) análise dos resultados

e (5) apresentação e interpretação dos resultados(83-84)

.

26

5.1.1 Formulação do Problema de Pesquisa

O problema de pesquisa desta revisão integrativa foi: quais as formas de aplicação do

modelo teórico de Dorothea Orem por enfermeiros nos diversos cenários do cuidar?

5.1.2 Busca na literatura

As publicações que fizeram parte do estudo foram selecionadas nas seguintes bases de

dados eletrônicas:

- MEDLINE: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online;

- CINAHL: Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature;

- LILACS: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde;

- BDENF: Base de Dados Bibliográficos Especializada na Área de Enfermagem do

Brasil.

Os estudos presentes nessas bases de dados eletrônicas foram selecionados por meio

do emprego dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) ‘Teoria de Enfermagem’ e

‘Autocuidado’, em inglês, espanhol e português, conforme especificações trilingues do

próprio DeCS, além das respectivas traduções do Medical Subject Heading (MESH):

‘Nursing Theory’ e ‘Self-Care’.

Foram aplicados os seguintes critérios de inclusão e de exclusão foram aplicados, a

partir das publicações selecionadas com a utilização dos referidos descritores:

- Critérios de Inclusão: estudos publicados entre 2003 e 2012, porque nesse período os

estudos possuíam maior rigor metodológico e amadurecimento na aplicação do modelo

teórico de Dorothea Orem(85)

; escritos em português, inglês ou espanhol; indexadas nas bases

de dados eletrônicas selecionadas; que abordassem a aplicação do modelo teórico de Dorothea

Orem; que se enquadrassem na categoria de artigo original revisado por pares; que tivessem

ao menos um enfermeiro como autor.

- Critérios de Exclusão: publicações que utilizaram os conceitos presentes no modelo

teórico de Orem, mas não o referenciaram como sendo proposto pela referida autora;

pesquisas que empregaram simultaneamente o modelo teórico de Orem e outras teorias de

Enfermagem para fundamentar o estudo desenvolvido.

27

Os estudos foram selecionados em março de 2013. Inicialmente, empregaram-se os

descritores isoladamente nas bases de dados eletrônicas e em seguida foram cruzados por

meio do operador booleano and (Tabela 1).

Tabela 1 - Artigos selecionados pelo cruzamento entre os descritores desta revisão.

Descritores MEDLINE CINAHL LILACS BDENF Total

Teoria de Enfermagem 6.576 6.366 576 782 14.300

Autocuidado 91.544 22.672 1.891 693 116.800

Teoria de Enfermagem

AND Autocuidado 1.275 580 101 31 1.987

Foram utilizadas na consecução desta revisão integrativa as 1.987 publicações

selecionadas após o cruzamento entre os descritores “Teoria de Enfermagem” e

“Autocuidado”. Dentre essas publicações, algumas estavam presentes em mais de uma base

de dados, sendo considerada a seguinte ordem hierárquica para exclusão dos estudos

repetidos: MEDLINE, CINAHL, LILACS, BDENF.

A seleção das publicações continuou com a inclusão apenas dos estudos publicados

entre 2003 e 2012, dentre as 1.987 previamente arroladas. Foram selecionadas 503

publicações, distribuídas da seguinte forma: 125 na MEDLINE, 246 na CINAHL, 101 na

LILACS e 31 na BDENF.

Posteriormente, foram lidos os títulos e os resumos de cada uma das 503 publicações

selecionadas, leitura fundamentada na pergunta norteadora desta revisão, sendo realizada por

dois revisores. Nessa etapa foram incluídos os estudos que tivessem associação com a

pergunta norteadora desta revisão.

Desse modo, excluíram-se 418 publicações após a leitura dos títulos e dos resumos de

cada um dos estudos até então selecionados, restando 85 publicações a serem lidas na íntegra.

Após a leitura na íntegra, e pela aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, obteve-se uma

amostra final de 19 artigos (Figura 1).

28

Figura 1 - Processo de amostragem empregado na revisão integrativa

5.1.3 Avaliação dos Estudos Incluídos na Revisão Integrativa

Após a leitura na íntegra e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, além da

retirada das duplicatas, selecionaram-se 19 artigos, que foram incluídos na revisão e avaliados

por dois instrumentos.

O primeiro instrumento utilizado foi adaptado do Critical Apppraisal Skills

Programme - CASP(86)

, que classifica os artigos em duas categorias: seis a dez pontos (boa

qualidade metodológica e viés reduzido), e cinco ou menos pontos (qualidade metodológica

Artigos pré-selecionados pelo cruzamento dos descritores ‘Teoria de Enfermagem’ e ‘Autocuidado’ nas bases

de dados MEDLINE, CINAHL, LILACS e BDENF

(n=1.987)

Artigos em consonância com a perguntadora norteadora e sem duplicatas entre as bases de dados, a serem

lidos na íntegra

(n=85)

Amostra final após aplicação de instrumento avaliativo dos estudos selecionados

(n=19)

Publicações anteriores a 2003 tendo como descritores

‘Teoria de Enfermagem’ e ‘Autocuidado’

(n=1.484)

Artigos cujos títulos e resumos foram lidos, sendo avaliados quanto à pertinência com a pergunta norteadora

(n=503)

Resumos excluídos (n=418) - Não eram artigos originais: 362

- Duplicatas: 53

- Disponibilizados em alemão: 3

Publicações excluídas (n=66)

- Não utilizaram Dorothea Orem como referencial: 54

- Basearam-se em outros autores: 12

Artigos avaliados quanto ao rigor metodológico

(n=19)

- Artigos com pontuação ≤ 5: 0

- Artigos com pontuação > 5: 19

29

satisfatória, porém com risco de viés aumentado). Os 19 artigos selecionados obtiveram

avaliação maior que seis pontos, tendo boa qualidade metodológica e viés reduzido.

A segunda avaliação dos estudos incluídos na revisão foi realizada utilizando um

instrumento para classificação hierárquica da qualidade das evidências, que inclui os estudos

com abordagem quantitativa e/ou qualitativa, sendo a qualidade das evidências classificada

em seis níveis progressivos(87-88)

.

A melhor qualidade das evidências é encontrada em metanálises de múltiplos estudos

controlados, seguidas por estudos individuais com delineamento experimental; estudos com

delineamento quase-experimental sem randomização com grupo único pré e pós-teste, séries

temporais ou caso-controle; estudos com delineamento não-experimental; relatórios de casos

ou dados obtidos de forma sistemática; e por último, opiniões de autoridades respeitáveis(87-

88).

5.1.4 Análise dos Resultados

Os dados desta revisão integrativa foram coletados em instrumento desenvolvido pelos

autores, para serem analisados individualmente. Coletaram-se as seguintes informações de

cada um dos artigos selecionados: título, autores da publicação, periódico (ano, volume,

número, páginas), descritores utilizados, objetivos, justificativa para o uso do modelo teórico

de Dorothea Orem, método adotado, resultados e conclusão.

Os resultados convergiram nos conceitos e construtos teóricos, nos métodos adotados

e nas conclusões obtidas com as pesquisas que empregaram o modelo teórico de Dorothea

Orem. Dessa forma, os estudos foram agrupados conforme os conceitos utilizados, os

construtos teóricos aplicados para fundamentar a pesquisa e os métodos adotados para

consecução do estudo.

5.1.5 Apresentação dos Resultados Obtidos

A revisão integrativa será apresentada em formato de artigo científico, conforme

normas disponíveis no periódico Online Brazilian Journal of Nursing para as publicações da

seção de artigos de revisão e bibliométricos (Anexo A).

30

5.2 METODOLOGIA DO ARTIGO ORIGINAL

5.2.1 Delineamento do Estudo

Estudo do tipo descritivo, analítico, com corte transversal e abordagem quantitativa,

que almejou a descrição e a análise das informações coletadas em um determinado momento

do tempo.

O delineamento foi descritivo, porque resumiu os dados, visando facilitar a

identificação das informações. E analítico, pois teve o propósito de explorar e testar

associações entre variáveis(89-90)

.

5.2.2 Local do Estudo

O estudo foi realizado no Pronto-Socorro Universitário Cardiológico de Pernambuco

Professor Luiz Tavares da Universidade de Pernambuco (PROCAPE/UPE). A referida

Instituição está situada no município de Recife - PE, oferecendo serviços de média e alta

complexidade em cardiologia, com internamento e acompanhamento ambulatorial.

O PROCAPE/UPE faz parte do Complexo de Saúde da Universidade de Pernambuco

(UPE), sendo caracterizado como instituição de ensino superior, para alunos de graduação e

pós-graduação da área da saúde, além de atuar na pesquisa em cardiologia.

É considerada instituição de referência terciária no Estado de Pernambuco, assim

como para as regiões Norte e Nordeste do Brasil, dispondo de 205 leitos totalmente dedicados

à área cardiovascular, dispostos por enfermarias, unidades de tratamento intensivo e setor de

emergência.

Esta pesquisa transcorreu especificamente nas enfermarias que admitiam indivíduos

em fase pré-operatória de revascularização miocárdica, situadas no quinto e no sétimo andar

da supracitada instituição hospitalar.

5.2.3 População e Amostra

A população do estudo constituiu-se por usuários do PROCAPE/UPE, que

aguardavam a Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRVM), sendo estes o conjunto de

indivíduos elegíveis para fazer parte da amostra deste estudo.

31

Os participantes do estudo foram selecionados por amostragem não aleatória do tipo

intencional, através de seleção deliberada dos sujeitos que estivessem na fase pré-operatória

de revascularização miocárdica, arrolando-se consecutivamente todos os indivíduos acessíveis

e que atendessem aos critérios de inclusão no estudo.

Dessa forma, foram incluídos na amostra os indivíduos que se submeteram pela

primeira vez à CRVM, realizada em caráter eletivo, que possuíssem entre 50 e 70 anos de

idade, porque essa é a faixa etária predominante na população-alvo(91-92)

, e de ambos os sexos.

Os indivíduos que estavam com procedimento cirúrgico agendado para o dia da coleta

de dados, aqueles que possuíam comprometimento neurológico ou muscular, os que estavam

em tratamento com medicamentos psicotrópicos, assim como os indivíduos que apresentaram

dificuldade de comunicação ou incapacidade para responder às questões durante a entrevista,

foram excluídos da amostra.

Para o cálculo amostral foi utilizada a equação para estudos de proporção com

população finita, considerando-se as amostras obtidas em estudos anteriores no

PROCAPE/UPE(91-92)

, conforme descrito a seguir:

Em que:

N = Número de pacientes submetidos à CRVM em seis meses (N = 66);

p = prevalência esperada de pacientes com capacidade de autocuidado regular/bom

(0,50);

q = prevalência esperada de pacientes com capacidade de autocuidado ruim/péssima

(1 – 0,5 = 0,5);

d = Margem de erro (d = 0,05);

z = 1,96 (quantil normal para probabilidade de 0,95).

O tamanho calculado da amostra correspondeu a 56 pacientes. Considerando o

acréscimo de 10% de margem para eventuais perdas amostrais, o número da amostra

necessária foi de 62 participantes. Foram arrolados 71 indivíduos, segundo os critérios de

inclusão adotados, porém nove indivíduos recusaram-se a participar do estudo e a amostra

final constou de 62 participantes.

32

5.2.4 Coleta de Dados

A coleta de dados ocorreu individualmente com cada um dos participantes do estudo

na enfermaria em que estavam internados entre Março e Agosto de 2013. O estudo foi

realizado por meio de entrevista, devido à baixa escolaridade dos indivíduos pesquisados, o

que dificultaria a autoaplicação de questionários.

Desse modo, as informações que constituíram as variáveis deste estudo, relativas à

caracterização sócio-demográfica e clínica, à qualidade de vida relacionada à saúde e à

capacidade de autocuidado, foram obtidas através de entrevista individual, visando reduzir a

chance de má interpretação dos questionários, minimizar a perda de informações por dados

não confirmados e otimizar o entendimento dos indivíduos com dificuldade de leitura.

Todos os indivíduos que compuseram a amostra deste estudo foram convidados a

participar voluntariamente, estando entre o segundo e o sétimo dia após a admissão hospitalar

e na fase pré-operatória da revascularização miocárdica.

No primeiro dia de internamento hospitalar, existem alguns fatores que podem ser

estressantes, como exames clínicos e laboratoriais. Caso a coleta ocorresse após o período

determinado, poderia haver viés no estudo, pela interferência da permanência hospitalar nos

instrumentos de coleta de dados, principalmente no instrumento sobre a qualidade de vida

relacionada à saúde. A coleta de dados também estaria prejudicada, caso fosse implementada

no dia do procedimento cirúrgico, além das questões éticas implicadas.

5.2.4.1 Instrumentos de Coleta de Dados

5.2.4.1.1 Questionário Sócio-Demográfico e Clínico

Elaborou-se um instrumento para coleta de informações sócio-demográficas e clínicas

(Apêndice A), constando de variáveis para caracterização dos participantes do estudo. Esse

instrumento baseou-se nos fatores condicionantes básicos da Teoria de Enfermagem do

Déficit de Autocuidado, utilizando-se os seguintes fatores: idade, sexo, condições

socioculturais, classificação econômica, escolaridade e estado de saúde(13-14)

.

A pesquisa pelos fatores condicionantes básicos deveu-se ao fato de que eles podem

afetar tanto a capacidade de autocuidado, quanto a qualidade de vida relacionada à saúde dos

indivíduos, sendo necessária a caracterização dos participantes do estudo a partir dessas

33

informações, e também para que ações de educação em saúde sejam contextualizadas à

realidade sócio-histórica e cultural do grupo pesquisado(13-14,59)

.

Questões para classificar economicamente os participantes do estudo também foram

empregadas, através do Critério de Classificação Econômica Brasil, proposto pela Associação

Brasileira de Empresas de Pesquisas, que tem por finalidade estimar o poder de compra das

pessoas e famílias(93)

.

A estimativa do poder de compra é dada por meio de informações sobre a quantidade

de itens possuídos, como televisão em cores, rádio, automóvel, máquina de lavar,

videocassete ou DVD, geladeira e freezer. Ainda fazem parte dessa estimativa, a quantidade

de banheiros na casa do indivíduo pesquisado, além da existência de empregada mensalista no

domicilio(93)

.

Outro item do referido critério é o grau de instrução do chefe da família em que o

pesquisado se insere, podendo ser classificado em analfabeto/fundamental 1 incompleto,

fundamental 1 completo/fundamental 2 incompleto, fundamental 2 completo/médio

incompleto, médio completo/superior incompleto, superior completo(93)

.

A cada um dos itens supracitados é atribuída uma pontuação, e a partir da soma das

pontuações obtidas define-se o corte do Critério de Classificação Econômica Brasil em que o

pesquisado se insere (Quadro 1). Existem oito grupos de corte possíveis: A1, melhor status,

A2, B1, B2, C1, C2, D e E, pior status(93)

.

Quadro 1 - Grupos do Critério de Classificação Econômica Brasil.

Grupos do Critério de

Classificação Econômica

Brasil

A1 A2 B1 B2 C1 C2 D E

Pontuação respectiva 42-46 35-41 29-34 23-28 18-22 14-17 8-13 0-7

5.2.4.1.2 Questionário sobre Qualidade de Vida Relacionada à Saúde

Os dados sobre qualidade de vida relacionada à saúde foram coletados por meio de

instrumento genérico (Anexo C), o Medical Outcomes 36 Item Short Form Health Survey

(SF-36), cuja finalidade é analisar a compreensão do indivíduo sobre a sua saúde, através da

identificação de limitações desencadeadas pelos aspectos físicos, emocionais e sociais(94)

.

34

O SF-36 foi traduzido e validado para o cenário brasileiro(95)

, tendo sido aplicado nos

mais diversos contextos das práticas de saúde em todo o país, possuindo boa confiabilidade,

corroborada pelos coeficientes alfa de Cronbach entre 0,59 e 0,85 encontrados nos estudos

que utilizaram o referido instrumento(17-19)

.

O coeficiente alfa de Cronbach é uma medida de consistência interna, referindo quão

bem os itens de uma escala estão inter-relacionados, e dessa forma provendo mensurações

consistentes(96)

.

O questionário utilizado para mensurar a qualidade de vida é constituído por 36 itens,

que abordam oito domínios ou subescalas:

1. Capacidade funcional: mensura como a saúde limita a execução de atividades

vigorosas, moderadas e fáceis.

2. Aspecto físico: mensura o quanto a saúde interfere com a habilidade para

desempenhar as tarefas diárias e o trabalho habitual.

3. Dor: mensura o quanto a dor interfere com o trabalho habitual.

4. Estado geral de saúde: mensura a percepção geral da saúde.

5. Vitalidade: mensura o nível de energia percebido pelo indivíduo.

6. Aspecto social: mensura o quanto a saúde interfere com as atividades sociais.

7. Aspecto emocional: mensura o quanto o estado emocional interfere com a

habilidade para realizar tarefas diárias e o trabalho habitual.

8. Saúde mental: mensura o estado emocional percebido pelo indivíduo.

Os domínios ou subescalas sobre capacidade funcional, dor, estado geral de saúde e

aspecto físico são agrupados para formar o componente físico, enquanto os demais domínios

ou subescalas constituem o componente mental. Além disso, há mais uma questão

comparativa entre a saúde atual e a do ano anterior. Cada um dos domínios ou subescalas que

compõem o SF-36 recebe pontuações que variam entre 0 (pior situação) e 100 (melhor

situação para o domínio)(94-95)

.

Desse modo, existem escores próprios para cada um dos oitos domínios ou subescalas,

que podem ser analisados separadamente ou agrupados em dois grupos contendo quatro

domínios ou subescalas para serem analisados por meio do componente físico ou mental, ou

ainda em um escore único, englobando todos os domínios ou subescalas(94-95)

.

Independentemente da abordagem escolhida, valores menores refletem uma percepção

de saúde precária e dor, enquanto valores maiores refletem uma percepção boa da saúde,

ausência de déficits funcionais e de dor(94-95)

.

35

5.2.4.1.3 Escala para Avaliar a Capacidade de Autocuidado

A Capacidade de Autocuidado (CAC) foi avaliada por meio de uma escala

desenvolvida para mensurá-la, denominada Appraisal of Self-Care Agency Scale - ASA

(Anexo D), baseada no modelo teórico de Dorothea Orem.

A escala ASA foi criada em 1987, sendo desenvolvida através da colaboração entre

membros das faculdades de Enfermagem da Universidade do Estado de Wayne (Estados

Unidos da América) e da Universidade de Limburger (Holanda), com a finalidade de

mensurar um conceito central do modelo teórico desenvolvido por Orem, a capacidade de

autocuidado(83)

.

A validação da escala ASA ocorreu na Europa em estudo que envolveu diferentes

grupos populacionais(81)

. Tal escala foi traduzida e validada no Brasil em uma tese de

doutorado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade de São Paulo,

demonstrando um coeficiente alfa de Cronbach de 0,85, sendo denominado de Escala para

Avaliar a Capacidade de Autocuidado - EACAC(97)

.

A tradução da EACAC ocorreu através de rigoroso processo, no qual foram

considerados os aspectos linguísticos e culturais, contextualizando-os à realidade vivenciada

no Brasil. Esse processo teve a participação de Marjorie A. Isenberg, uma das idealizadoras

da escala. O instrumento traduzido foi validado em um grupo focal com dez idosos, sendo

posteriormente realizado um pré-teste com 17 idosos, obtendo-se a versão final e definitiva da

EACAC(97)

.

A EACAC é uma escala que contém 24 itens, admitindo cinco respostas do tipo

Likert: discordo totalmente, discordo, nem concordo nem discordo, concordo e concordo

totalmente, com uma pontuação que varia entre 1 (discordo totalmente) e 5 (concordo

totalmente)(97)

.

A pontuação da escala possui escores compreendidos entre 24 e 120 pontos, com altas

pontuações indicando uma maior capacidade de autocuidado. Através das somas dos escores

de cada item, obtém-se o escore total sobre a capacidade de autocuidado, que é categorizada

da seguinte forma: 24 a 40 = péssima; 41 a 56 = ruim; 57 a 72 = regular; 73 a 88 = boa; 89 a

104 = muito boa; e 105 a 120 = ótima(97)

.

Os itens compreendidos na EACAC dizem respeito à disponibilidade, vontade e

condições dos indivíduos em modificar as suas vidas. Também avaliam os cuidados com a

alimentação, higiene e peso. Os itens também aferem se os indivíduos procuram realizar

36

adaptações para melhorar a própria saúde e se buscam rede de apoio em caso de dificuldades

com as ações para o autocuidado(97)

.

Essa escala tem sido largamente empregada em pesquisas de Enfermagem e de

cuidados em saúde para mensurar a capacidade de autocuidado entre indivíduos da população

em geral e nos portadores de doenças crônicas. O emprego dessa escala visa à fundamentação

de ações de promoção e educação em saúde, assim como de ações para o desenvolvimento de

habilidades gerais e específicas para o engajamento no autocuidado(98-102)

.

A validade da escala tem sido estabelecida por especialistas no modelo teórico de

Dorothea Orem, assim como sua consistência interna, que foi reportada por inúmeros

estudos(98-102)

, nos quais o alfa de Cronbach variou entre 0,77 e 0,85.

5.2.5 Variáveis do Estudo

As variáveis do estudo foram classificadas em independentes, sendo caracterizadas por

influenciar ou afetar os resultados, e em variáveis dependentes, que são influenciadas pelas

variáveis supracitadas, sendo as consequências ou resultados das mesmas(89-90)

.

As variáveis independentes constituíram-se de características sócio-demográficas e

clínicas da amostra estudada, sendo variáveis dependentes a capacidade de autocuidado e a

qualidade de vida relacionada à saúde. Contudo, ao se efetuar a associação entre a capacidade

de autocuidado e a qualidade de vida relacionada à saúde, considerou-se esta última variável

como independente.

Desse modo, considera-se a capacidade de autocuidado como uma variável discreta

com medição intervalar, mensurada por meio de escala tipo Likert, a qual tem sua unidade

básica de mensuração compreendida entre 24 e 120 pontos(97)

.

A qualidade de vida relacionada à saúde foi mensurada através do SF-36, o qual

apresenta oito domínios, mensurados num escore de 0 a 100, sendo 0 a pior situação e 100 a

melhor situação para cada um dos domínios(94-95)

.

As variáveis sócio-demográficas pesquisadas estavam em conformidade com o

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, constando de data do nascimento (para calcular

a idade), sexo (masculino ou feminino), cor autorrelatada (branca, preta, parda, amarela ou

indígena), estado civil (casado, separado/divorciado, solteiro, viúvo), escolaridade (não

alfabetizado, somente alfabetizado, elementar incompleto ou da 1ª a 3ª série do 1º grau,

elementar completo ou até a 4ª série do 1º grau, 1º ciclo ou da 5ª a 8ª série do 1º grau, 2º ciclo

37

ou 2º grau, superior, não sabe/sem declaração), situação profissional (empregado, conta

própria, empregador, não remunerado), renda mensal (individual e familiar), principal

responsável pela renda familiar, número de pessoas na família, posse de bens de consumo

(telefone fixo, telefone celular, computador, TV em cores, máquina de lavar, geladeira),

saneamento e luz elétrica (água canalizada, esgoto e fossa séptica, lixo coletado, luz elétrica).

As variáveis clínicas investigadas foram a presença de comorbidades (hipertensão

arterial, diabetes mellitus, obesidade, doença arterial coronariana, doença pulmonar obstrutiva

crônica, insuficiência renal crônica, etilismo, tabagismo, outras), peso e altura (para cálculo

do índice de massa corpórea - IMC), condição clínica que levou ao internamento (Infarto

Agudo do Miocárdio - IAM, angina, angina e IAM, sem manifestação, outras) e tratamento

realizado antes do procedimento cirúrgico (medicamentoso ou angioplastia).

5.2.6 Análise dos Dados

Um banco de dados foi construído no software EPI INFO 3.5.2 através de dupla

entrada de dados, para que fosse efetuado o processo de validação das informações inseridas

no banco de dados, o qual foi exportado para o software Statistical Package for the Social

Sciences versão 18 (SPSS 18.0), por meio do qual se realizou a análise dos dados.

As características dos indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica

foram analisadas por meio do cálculo das frequências relativas e absolutas, dos valores

mínimos e máximos, média e desvio-padrão dos fatores avaliados.

A avaliação da capacidade de autocuidado e da qualidade de vida relacionada à saúde

fez-se a partir do cálculo das estatísticas: mínimo, máximo, média e desvio-padrão. Também

se encontraram os intervalos de confiança dos escores médios da capacidade de autocuidado e

da qualidade de vida relacionada à saúde.

A investigação da associação entre os fatores condicionantes básicos e a qualidade de

vida relacionada à saúde com a capacidade de autocuidado foi feita a partir da aplicação do

teste de Kolmogorov-Smirnov, que determinou a normalidade dos dados sobre a capacidade

de autocuidado.

Nos casos em que o teste de Kolmogorov-Smirnov indicou a normalidade na

distribuição das variáveis pesquisadas, utilizou-se o teste t de Student para comparação das

variáveis entre dois grupos e a análise de variância (ANOVA) para comparação das variáveis

entre três ou mais grupos.

38

Contudo, a distribuição de algumas variáveis contínuas e discretas não foi normal,

empregando-se o teste de Mann-Whitney para comparação da capacidade de autocuidado e da

qualidade de vida relacionada à saúde entre dois grupos, e o teste de Kruskal-Wallis para

comparação da capacidade de autocuidado entre três ou mais grupos, o mesmo sendo

realizado com a qualidade de vida relacionada à saúde.

Na avaliação da correlação dos escores da qualidade de vida relacionada à saúde com

a capacidade de autocuidado, calculou-se o coeficiente de correlação de Pearson, sendo

observada sua significância. Consideraram-se as seguintes classificações para o grau de

correlação: correlação perfeita (+1 ou -1), correlação forte (+0,9 a +0,7 ou -0,9 a -0,7),

correlação moderada (+0,6 a +0,4 ou -0,6 a -0,4) e correlação fraca (+0,3 a +0,1 ou -0,3 a -0,1)(96)

.

Aplicou-se o modelo de regressão de Poisson para avaliar a relação entre os fatores

condicionantes básicos, a qualidade de vida relacionada à saúde e a capacidade de

autocuidado no grupo pesquisado. Aplicou-se o teste de Wald para determinação da

significância estatística. Considerou-se um nível de significância de 5% para todos os testes

realizados.

O coeficiente alfa de Cronbach foi utilizado para a avaliação da consistência interna da

EACAC e entre os itens SF-36, para comprovar a confiabilidade destes instrumentos no grupo

pesquisado.

O alfa de Cronbach é recomendado para instrumentos de medida que adotam escalas

do tipo Likert ou de múltipla escolha, e cujas categorias apresentam uma ordem crescente ou

decrescente de valores(96)

.

A discussão dos dados obtidos com os indivíduos no pré-operatório de

revascularização miocárdica foi fundamentada na Teoria de Enfermagem do Déficit de

Autocuidado, desenvolvida por Dorothea Orem(13-14)

.

5.2.7 Aspectos Éticos

O estudo foi iniciado após anuência do local da pesquisa (Anexo E) e posteriormente à

apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Oswaldo

Cruz/Pronto-Socorro Universitário Cardiológico de Pernambuco (Anexo F) e pelo Comitê de

Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (Anexo G) sob CAAE Nº.

11133712.2.0000.5192.

39

Inicialmente, a pesquisa ocorreu em consonância com a Resolução Nº 196/96, sendo

feitas as adequações necessárias com a promulgação da Resolução Nº 466/2012(103)

.

Respeitaram-se os quatros referenciais básicos da bioética: autonomia, não-maleficência,

beneficência e justiça. Houve o compromisso em assegurar o sigilo e a privacidade das

informações obtidas durante a pesquisa, a qual não ocasionou nenhum risco físico aos

participantes.

As informações apenas foram coletadas quando houve o entendimento da finalidade

do estudo e após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) pelos

participantes da pesquisa (Apêndice B).

Os participantes tiveram a liberdade de se recusar a participar, de solicitar novos

esclarecimentos e de retirar seu consentimento em qualquer fase do estudo. Os participantes

que demonstraram dúvidas ou déficit de autocuidado durante a entrevista, foram beneficiados

através de ações de educação em saúde, fundamentadas na Teoria dos Sistemas de

Enfermagem(13-14)

.

40

6 RESULTADOS

Nesta seção, apresentar-se-á um artigo de revisão integrativa, elaborado para

responder ao primeiro objetivo específico, e um artigo original, desenvolvido a partir de

pesquisa com indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica, tendo relação com

o segundo objetivo específico desta dissertação. Os artigos complementam-se a fim de atender

ao objetivo geral deste estudo.

6.1 ARTIGO DE REVISÃO INTEGRATIVA

Aplicação do modelo teórico de Dorothea Orem nos diversos cenários do cuidar: uma

revisão integrativa*

RESUMO

Objetivo: identificar as formas de aplicação do modelo teórico de Dorothea Orem por

enfermeiros nos diversos cenários do cuidar. Método: trata-se de revisão integrativa, por

meio de pesquisa em bases de dados eletrônicas, empregando-se os descritores ‘Teoria de

Enfermagem’ e ‘Autocuidado’. Resultados: selecionaram-se 19 artigos, que trouxeram a

Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado, como principal referencial teórico-

metodológico, destacando-se a utilização dos conceitos sobre autocuidado, capacidade de

autocuidado e fatores condicionantes básicos. Discussão: o modelo teórico foi aplicado

principalmente para subsidiar o processo de trabalho em Enfermagem nos diversos cenários

do cuidar, porém se faz necessário uma delimitação mais rigorosa dos conceitos e construtos

empregados empiricamente. Conclusão: constatou-se que o modelo teórico pesquisado apoia

um método consistente para a Enfermagem tanto na prática, quanto na pesquisa, sendo útil

como um modelo de Enfermagem que possibilita a aplicação de uma teoria na prática.

Descritores: Teoria de Enfermagem; Autocuidado; Enfermagem.

INTRODUÇÃO

A Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado, também conhecida como Teoria

Geral de Enfermagem de Dorothea Orem, é um modelo teórico que norteia as ações dos

enfermeiros às mais diversas necessidades, facilitando o planejamento das intervenções de

Enfermagem(1-3)

.

*Artigo elaborado conforme as normas de formatação do periódico Online Brazilian Journal of Nursing (qualis

B1 - Enfermagem).

41

O modelo teórico é composto por três construtos teóricos inter-relacionados: Teoria do

Autocuidado, Teoria do Déficit do Autocuidado e Teoria dos Sistemas de Enfermagem(1)

.

Cada uma das teorias possui conceitos que são fundamentais para o seu entendimento e

aplicação nas atividades teóricas e práticas, como também na pesquisa em Enfermagem.

Nas teorias criadas por Orem, o processo de Enfermagem é um método que busca

determinar as deficiências de autocuidado, bem como o papel que o enfermeiro, o indivíduo,

ou ambos irão desempenhar para suprir as exigências necessárias para a satisfação do

autocuidado(1-3)

.

Tal modelo teórico constitui-se em análise detalhada dos cuidados proporcionados

pelos enfermeiros, permitindo definir o espaço que ocupa este profissional nas relações com

os indivíduos em diversos cenários do cuidar. O modelo teórico também é importante por

reconhecer que todos os indivíduos têm a capacidade de autocuidado, em maior ou menor

grau, em função de determinados fatores, como idade, sexo, estado de saúde, situação

sociocultural, dentre outros(1)

.

O objetivo deste estudo foi identificar as formas de aplicação do modelo teórico de

Enfermagem de Dorothea Orem por enfermeiros nos diversos cenários do cuidar.

MÉTODO

Trata-se de revisão integrativa fundamentada nas etapas descritas a seguir: (1)

formulação do problema; (2) busca na literatura; (3) avaliação dos dados; (4) análise dos

dados e (5) apresentação e interpretação dos resultados(4)

.

O problema de pesquisa desta revisão integrativa foi a identificação das formas de

aplicação do modelo teórico de Dorothea Orem por enfermeiros nos diversos cenários do

cuidar.

A busca na literatura ocorreu nas bases de dados eletrônicas MEDLINE (Medical

Literature Analysis and Retrieval System Online), CINAHL (Cumulative Index to Nursing

and Allied Health Literature), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências

da Saúde) e BDENF (Base de Dados Bibliográficos Especializada na Área de Enfermagem do

Brasil).

Na busca das publicações nas bases de dados empregou-se o cruzamento entre os

descritores ‘Teoria de Enfermagem’ e ‘Autocuidado’, nos idiomas inglês, espanhol e

português, conforme especificações trilingues dos Descritores em Ciências da Saúde e das

42

respectivas traduções do Medical Subject Heading ‘Nursing Theory’ e ‘Self-Care’. A busca

das publicações foi refinada por meio de critérios de inclusão e exclusão.

Foram incluídos artigos originais revisados por pares que tivessem ao menos um

enfermeiro como autor; publicações entre 2003 e 2012, devido ao maior rigor metodológico e

ao fortalecimento da aplicação empírica do modelo teórico nesse período; artigos em

português, inglês ou espanhol, que abordassem a aplicação do modelo teórico de Dorothea

Orem.

Excluíram-se os artigos que utilizaram os conceitos do modelo teórico de Dorothea

Orem, mas não os referenciaram como sendo propostos pela referida autora. Também foram

excluídas as pesquisas que empregaram simultaneamente o modelo teórico de Orem e outras

teorias para fundamentar estudos em Enfermagem.

Desse modo, a busca das publicações nas bases de dados eletrônicas ocorreu em março

de 2013. A seleção inicial dos artigos foi feita por dois revisores, constando do cruzamento

entre os descritores supracitados a partir do operador booleano and, obtendo-se 1.987

publicações. Por inclusão apenas dos artigos publicados entre 2003 e 2012, foram

selecionados 503 artigos (Tabela 1).

Tabela 1 - Amostragem inicial dos artigos por base de dados. Recife, 2013.

Descritores MEDLINE CINAHL LILACS BDENF Total

Teoria de Enfermagem 6.576 6.366 576 782 14.300

Autocuidado 91.544 22.672 1.891 693 116.800

Teoria de Enfermagem AND

Autocuidado 1.275 580 101 31 1.987

Total de artigos publicados entre

2003 e 2012 125 246 101 31 503

Fonte: Elaborado pelos autores.

A etapa seguinte constou da leitura do título e resumo dos artigos selecionados

inicialmente. Quando o título e o resumo não se relacionavam com a pergunta norteadora,

excluía-se o artigo. Também foram excluídas as publicações presentes em mais de uma base

de dados, sendo considerada a seguinte ordem hierárquica para exclusão das duplicatas:

MEDLINE, CINAHL, LILACS, BDENF.

Nessa etapa foram excluídos 418 artigos, realizando-se a seleção de 85 artigos a serem

lidos na íntegra. Os artigos foram excluídos porque não eram artigos originais revisados por

pares (n=362), por se tratarem de duplicatas (n=53) e por serem publicados em alemão (n=3).

43

Após a leitura na íntegra, e pela aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, além da

retirada das duplicatas, excluíram-se 66 artigos nessa etapa. Destes artigos, 54 foram

excluídos por não utilizarem o modelo teórico de Dorothea Orem como referencial teórico-

metodológico, enquanto 12 artigos foram excluídos por se basearem em outras teorias.

Dessa maneira, selecionaram-se 19 artigos (Figura 1), que foram avaliados por dois

instrumentos distintos. O primeiro instrumento aplicado avaliou a qualidade metodológica e a

presença de viés nos artigos selecionados, enquanto o segundo instrumento classificou-os em

níveis hierárquicos segundo as melhores qualidades de evidências científicas(5)

.

Figura 1 - Fluxo de seleção das publicações utilizadas na revisão integrativa. Recife, 2013.

Fonte: Elaborado pelos autores.

A análise dos dados presentes nos 19 artigos selecionados realizou-se através de

instrumento desenvolvido pelos autores desta revisão, contemplando: título, autores, periódico

(ano, volume, número, páginas), descritores utilizados, objetivos, justificativa para o uso do

modelo teórico de Dorothea Orem, método adotado, resultados e conclusão.

RESULTADOS

Sobressaiu-se a quantidade de artigos excluídos no cruzamento entre os descritores, pois

ao utilizar apenas o descritor ‘Autocuidado’ foram encontradas 116.800 publicações relacionadas.

Porém no cruzamento entre descritores, o número de publicações reduziu-se para 1.987.

Este fato ficou mais claro quando foram lidos os resumos e posteriormente os textos

na íntegra, ressaltando-se a grande quantidade de publicações que empregaram o conceito de

autocuidado, o qual não foi abordado à luz de uma teoria da Enfermagem referente ao termo.

Leitura dos títulos e

resumos, baseada na

pergunta norteadora,

excluindo-se as duplicatas

(n=503)

Artigos lidos na

íntegra

(n=85)

Amostra final após

emprego dos

critérios de inclusão

e exclusão

(n=19)

Distribuição por

base de dados:

MEDLINE (n=14)

CINAHL (n=05)

LILACS (n=0)

BDENF (n=0)

Excluídos por não terem

relação com a pergunta

norteadora ou serem

duplicatas

(n=418)

Excluídos por não

aplicarem o modelo

teórico de Orem, não

serem artigos originais

(n=66)

Artigos com boa qualidade

metodológica e viés reduzido,

classificados pela qualidade de

evidências

(n=19)

44

Observou-se a concentração das publicações entre 2008 e 2012 (60%). O mesmo

percentual foi encontrado na distribuição entre artigos nacionais (40%) e internacionais

(60%), destacando-se as publicações no periódico Nursing Science Quartely.

Predominaram os artigos com abordagem quantitativa (60%), sobressaindo-se aqueles

que empregaram o tipo de estudo descritivo, apesar da ocorrência de estudos com maior poder

estatístico, como estudos experimentais.

No total, 15 artigos explicitaram a utilização da Teoria de Enfermagem do Déficit do

Autocuidado, enquanto quatro artigos usaram a Teoria do Autocuidado e apenas um

empregou a Teoria do Déficit do Autocuidado, associando-a a Teoria do Autocuidado (Tabela

2).

Tabela 2 - Resultados das publicações sobre aplicação do modelo teórico de Dorothea Orem

entre 2003-2012. Recife, 2013.

Agrupamento dos resultados Quantidade de

publicações

Referências

Teoria empregada

Teoria de Enfermagem do Déficit de

Autocuidado 15 7-20

Teoria do Autocuidado 4 21-24

Teoria do Déficit de Autocuidado 1 21

Teoria dos Sistemas de Enfermagem 0 -

Conceitos Empregados

Autocuidado 11 7, 8,13-15,17-22

Capacidade de Autocuidado 10 7, 9, 12, 13, 17, 19,20-22, 25

Fatores Condicionantes Básicos 8 7, 11, 15, 19, 20, 21, 25

Requisitos de Autocuidado 6 7, 8, 13, 16, 23, 24

Sistema Apoio-Educação 4 8, 10, 23, 24

Déficit de Autocuidado 3 8, 10, 24

Fonte: Elaborado pelos autores.

Quanto ao uso dos conceitos do modelo teórico, destacou-se o emprego de dois

conceitos em oito publicações, para serem testados empiricamente e/ou fundamentar

teoricamente o estudo. No mínimo um conceito foi utilizado, e no máximo quatro, com a

45

mesma finalidade citada anteriormente. Os conceitos mais empregados foram o autocuidado,

a capacidade de autocuidado e os fatores condicionantes básicos.

Os 19 artigos da amostra final possuíram boa qualidade metodológica e viés reduzido,

enquanto, o nível de evidência a partir da classificação hierárquica das evidências teve

predomínio do nível quatro (17 artigos), que é caracterizado por evidências de estudos

descritivos (não experimentais) ou com abordagem qualitativa, seguido pelo nível 2 (estudos

experimentais) e nível 3 (estudos quase experimentais, pré e pós-teste, séries temporais e

caso-controle).

DISCUSSÃO

Os artigos incluídos nesta revisão aplicaram o modelo teórico desenvolvido por

Dorothea Orem, além de utilizarem instrumentos de coleta de dados baseados nesse modelo(6-

24), incrementando a interligação entre os conceitos teóricos e sua aplicação prática

(1).

Ressalta-se que os instrumentos construídos para interligar teoria e prática, sem o

desenvolvimento de processos para validação semântica e de conteúdo, correm o risco de

apresentar resultados insatisfatórios, que podem impossibilitar a aplicação das concepções

teóricas de Dorothea Orem nos cenários do cuidar(25)

.

Por outro lado, destacaram-se três estudos que utilizaram instrumentos validados(19-21)

,

tendo por vantagem a pesquisa direcionada a conceitos específicos, e a maior confiabilidade

dos resultados obtidos, por meio da demonstração da aplicabilidade desses conceitos nos

locais onde os estudos foram desenvolvidos(1-2)

.

O principal conceito aplicado por instrumentos validados foi a capacidade de

autocuidado(19-21)

, que é uma habilidade individual, adquirida para desenvolver atividades de

autocuidado, para benefício próprio do indivíduo, a fim de manter a vida e promover a saúde

e o bem-estar(1)

.

A capacidade de autocuidado torna-se cada vez mais relevante frente ao

envelhecimento populacional vivenciado no mundo, porque o seu conhecimento favorece

intervenções pautadas no incentivo, no desenvolvimento e na manutenção de práticas

direcionadas ao autocuidado, as quais são importantes para um envelhecimento que seja tanto

saudável, quanto ativo(6,14,21)

.

Contudo, os instrumentos validados ou os instrumentos construídos por autores dos

artigos selecionados, tiveram como importância o relacionamento entre o modelo teórico e os

46

cenários do cuidar onde as pesquisas transcorreram, advindo da observação, da descrição ou

da intervenção pautada em aspectos do modelo. Tal fato contribuiu para a implantação de

práticas sistematizadas e teoricamente ancoradas para populações específicas, com a

proposição de soluções aos problemas vivenciados cotidianamente pelos profissionais

imbuídos no cuidar(25-27)

.

Dessa forma, o modelo teórico foi utilizado através de pesquisas, para fundamentar

atividades práticas da Enfermagem em diversos cenários do cuidar. Os resultados dessas

pesquisas permitiram a implantação de práticas sistematizadas e teoricamente embasadas, a

partir dos achados obtidos nas investigações(25-27)

.

Dentre as investigações que constituíram esta revisão, a maioria explicitou que a

Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado (TEDAC) foi utilizada como referencial

teórico-metodológico(6-19)

. Contraditoriamente, observou-se um número reduzido de conceitos

aplicados entre essas investigações, fato demonstrado em outros estudos(25,27-28)

.

Além do número reduzido de conceitos aplicados nas investigações, destacou-se o fato

de que os artigos referenciaram o emprego da TEDAC, porém nos resultados, nas discussões

e nas conclusões desses artigos, apenas um dos construtos teóricos emergia, destacando-se a

Teoria do Autocuidado, assim como em estudo anterior(28)

.

Esse dado pode ser explicado porque o modelo teórico de Dorothea Orem é

categorizado como uma grande teoria de Enfermagem, e desse modo, possui inúmeros

conceitos inter-relacionados. A quantidade e a abrangência desses inter-relacionamentos pode

dificultar a aplicação empírica do modelo teórico em sua totalidade, tornando-se mais

acessível o emprego de apenas um dos construtos teóricos que compõem o modelo, ou de

alguns conceitos para delimitação de pesquisas(1-2,25,27-28)

.

Nesse contexto, sobressaiu-se o emprego dos conceitos sobre o autocuidado(6-7,12-14,16-

21), sobre a capacidade de autocuidado

(6,8,11-12,16,18,19-21,24) e sobre os fatores condicionantes

básicos(6,10,14,18,19-20,24)

em estudos que aplicaram tais conceitos em populações distintas, a fim

de propor intervenções baseadas no modelo teórico em diversos cenários do cuidar.

Esse resultado converge com pesquisa(28)

que revelou ser o autocuidado um conceito

básico em inúmeros estudos, referenciando a prática e dando fundamentação teórica nas

intervenções de Enfermagem(1,3,27)

. Entretanto, os conceitos do modelo teórico geralmente

foram aplicados isoladamente, sem a delimitação de sua aplicação, dificultando o

relacionamento entre teoria, pesquisa e prática(2,27)

47

Em contrapartida, o modelo teórico teve sua aplicação delimitada em pesquisas

intervencionistas ou observacionais, as quais foram propostas por estudos que se referiram ao

sistema apoio-educação(7,9,22-23)

, presente na Teoria dos Sistemas de Enfermagem. Esses

estudos demonstraram uma associação entre o modelo teórico e a educação em saúde,

revelando a pertinência da aplicação desse sistema como uma estratégia do cuidar(25,28)

.

Observou-se em todos os estudos, o esforço para justificar o emprego do modelo

teórico, notadamente para buscar subsídios que fundamentassem o processo de trabalho em

Enfermagem. Nesse sentido, as pesquisas foram amparadas pelo referencial de Dorothea

Orem, ocorrendo em maior número os estudos observacionais(6-10,12-16,18-24)

.

Todavia, nota-se a necessidade de que mais estudos de intervenção sejam realizados,

para testar o modelo teórico em pesquisas com maior rigor metodológico, dando-lhe suporte

através da pesquisa e da prática, numa relação interativa e cíclica, reforçando o processo de

Enfermagem por meio da aplicação de teorias próprias(25-28)

.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o modelo teórico de Dorothea Orem, tem sido empregado na

implementação do processo de trabalho em Enfermagem, como um subsídio a este processo,

proporcionando uma melhoria na atenção à saúde de grupos populacionais distintos e em

diversos cenários do cuidar.

A extensa aplicabilidade do modelo teórico foi possibilitada pelo potencial com que

conceitos e construtos teóricos podem ser plasmados a inúmeras situações, em que se fazem

necessárias intervenções, visando o fortalecimento da prática e da pesquisa em Enfermagem.

Entretanto, ressalta-se a necessidade de delimitações e definições mais rigorosas dos

conceitos e dos construtos teóricos empregados em pesquisas, assim como na prática, devido

à abrangência do modelo teórico. Dessa forma, a agregação e o desenvolvimento do

conhecimento na ciência da Enfermagem serão beneficiados.

Também existe a necessidade de que a Enfermagem, cada vez mais, busque

referenciais teóricos para subsidiar a sua prática, e que assim, contemple as diferentes

dimensões do cuidado. Desse modo, o modelo teórico de Dorothea Orem apoia um método

consistente tanto nas atividades práticas, quanto na pesquisa, sendo útil como uma teoria de

Enfermagem que possibilita a aplicação de uma teoria na prática, por meio da pesquisa.

48

Dessa maneira, a utilização das teorias de Enfermagem reflete um movimento da

profissão em busca da autonomia, da delimitação de suas ações e do desenvolvimento

científico, sendo necessária a realização de estudos para sedimentar a conexão entre teoria,

prática e pesquisa, tendo em vista a aplicação de teorias próprias da Enfermagem.

REFERÊNCIAS

1. Taylor SG, Renpenning K. Self-care science, nursing theory, and evidence-based

practice. New York: Springer Publishing; 2011.

2. Hewitt-Taylor J, Heaslip V, Rowe NE. Applying research to practice: exploring the

barriers. Br J Nurs. 2012 Mar;21(6):356-9.

3. Orem DE, Taylor SG. Reflections on nursing practice science: the nature, the structure,

and the foundation of nursing sciences. Nurs Sci Q. 2011 Jan;24(1):35-41.

4. Crossetti, MGO. Revisão integrativa de pesquisa na enfermagem o rigor científico que

lhe é exigido. Rev Gaúcha Enferm. 2012 Jun;33(2):8-9.

5. Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Evidence-based practice in nursing & healthcare. A

guide to best practice. Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins; 2011.

6. Brito MAGM, Bachion MM, Souza JT. Nursing diagnoses of most incidence on people

with spinal cord injury in the context of outpatient care through an approach based on Orem

Theory. Rev Eletr Enf [internet]. 2008 Mar [Acessado em 07 de maio de 2013];10(1):13-28.

Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n1/v10n1a03.htm [incluída na revisão].

7. Caetano JA, Pagliuca LMF. Self-care and HIV/AIDS patients: nursing care

systematization. Rev Latino-am Enfermagem. 2006 Mai-Jun;14(3):336-45 [incluída na

revisão].

8. Hines SH, Sampselle CM, Ronis DL, Yeo S, Fredrickson BL, Boyd CJ. Women’s Self-

care Agency to Manage Urinary Incontinence The Impact of Nursing Agency and Body

Experience. Advances in Nursing Science. 2007 Apr-Jun;30(2):175-88 [incluída na

revisão].

9. Landim CAP, Milomens KMP, Diógenes MAR. Self-care deficiencies in patients with

gestational diabetes mellitus: a contribution to nursing. Rev Gaúcha Enferm. 2008

Set;29(3):374-81 [incluída na revisão].

10. Milhomem ACM, Mantelli FF, Lima GAV, Bachion MM, Munari DB. Nursing

diagnosis identified in people with diabetes type 2 by means of an approach based on

49

Orem’s model. Rev Eletr Enf [internet]. 2008 Jun [Acessado em 07 de maio de

2013];10(2):321-36. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n2/v10n2a04.htm

[incluída na revisão].

11. Moore JB, Pawloski L,Rodriguez C, Lumbi L, Ailinger R. The Effect of a Nutrition

Education Program on the Nutritional Knowledge, Hemoglobin Levels, and Nutritional

Status of Nicaraguan Adolescent Girls. Public Health Nursing. 2009 Mar-Apr;26(2):144–52

[incluída na revisão].

12. Moore JB, Beckwitt AE. Self-care operations and nursing interventions for children

with cancer and their parents. Nurs Sci Q. 2006 Apr;19(2):147-56 [incluída na revisão].

13. Santos ZMSA, Silva RM. Self-care practice lived by hipertensive woman: analysis on

the health education focus. Rev Bras Enferm. 2006 Mar-Abr;59(2):206-11 [incluída na

revisão].

14. Slusher IL, Withrow-Fletcher C, Hauser-Whitaker M. Appalachian women: health

beliefs, self-care, and basic conditioning factors. J Cult Divers. 2010 Sep;17(3):84-9

[incluída na revisão].

15. Sousa MLXF, Silva KL, Nóbrega MML, Collet N. Self care deficits in children and

adolescents with chronic kidney disease. Texto Contexto Enferm. 2012 Jan-Mar;21(1):95-

102 [incluída na revisão].

16. Swanlund SL, Scherck KA, Metcalfe SA, Jesek-Hale SR. Keys to successful self-

management of medications. Nurs Sci Q. 2008 Jul;21(3):238-46 [incluída na revisão].

17. Williamson K. An individualized telephone educational intervention for patients

following coronary artery bypass graft surgery during the first three weeks after discharge:

using Orem’s Self-Care Deficit Nursing Theory in interventional research. Self Care

Depend Care Nurs 2008 Fall;16:54–5 [incluída na revisão].

18. Wilson FL, Baker LM, Nordstrom CK, Legwand C. Using the teach-back and Orem’s

Self-Care Deficit Nursing Theory to increase childhood immunization communication

among low-income mothers. Issues Compr Pediatr Nurs. 2008 Jan-Mar;31(1):7-22 [incluída

na revisão].

19. Wilson FL, Mood D, Nordstrom CK, Risk J. The effect of low literacy on the self-care

behaviors of men receiving radiation therapy. Nurs Sci Q. 2010 Sep;23(4):326–33 [incluída

na revisão].

50

20. Baker LK, Denyes MJ. Predictors of Self-Care in Adolescents With Cystic Fibrosis: A

Test of Orem's Theories of Self-Care and Self-Care Deficit. J Pediatr Nurs. 2008

Feb;23(1):37-48 [incluída na revisão].

21. Burdette L. Relationship Between Self-care Agency, Self-care Practices and Obesity

among Rural Midlife Women. Self Care Depend Care Nurs. 2012 Fall;19(1):5-14 [incluída

na revisão].

22. Manzini FC, Simonetti JP. Nursing consultation applied to hypertensive clients:

application of Orem’s Self-Care Theory. Rev Latino-am Enfermagem. 2009 Jan-Fev;17(1):

113-9 [incluída na revisão].

23. Moore JB, Beckwitt AE. Children with cancer and their parents: self-care and

dependent-care practices. Issues Compr Pediatr Nurs. 2004 Jan-Mar;27(1):1-17 [incluída na

revisão].

24. Wilson FL, Mood DW, Risk J, Kershaw T. Evaluation of education materials using

Orem's Self-Care Deficit Theory. Nurs Sci Q. 2003 Jan;16(1):68-76 [incluída na revisão].

25. Raimondo ML, Fegadoli D, Méier MJ, Wall ML, Labronici LM, Raimondo-Ferraz MI.

Produção científica brasileira fundamentada na Teoria de Enfermagem de Orem: revisão

integrativa. Rev Bras Enferm. 2012 May-Jun;65(3):529-34.

26. Feijão AR, Lopes MVO, Galvão MTG. Importance of the Supportive-educative System

of Orem Model in the patient compliance – Reflexive study. Online braz j nurs [internet].

2009 Jun [Cited 2013 Apr 10]; 8 (2). Available from:

http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/2213. doi:

http://dx.doi.org/10.5935/1676-4285.20092213

27. Santos I, Sarat CNF. Modalidades de aplicação da Teoria do Autocuidado de Orem em

comunicações científicas de enfermagem brasileira. Rev Enferm UERJ. 2008 Jul-

Sep;16(3):313-8.

28. Schaurich D, Crossetti MGO. Produção do conhecimento sobre teorias de enfermagem:

análise de periódicos da área, 1998-2007. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2010 Jan-

Mar;14(1):182-8.

51

6.2 ARTIGO ORIGINAL

Capacidade de autocuidado e qualidade de vida no pré-operatório de revascularização

miocárdica**

Objetivo: relacionar a qualidade de vida relacionada à saúde com a capacidade de autocuidado

em indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica, fundamentando-se na Teoria

de Enfermagem do Déficit de Autocuidado. Método: empregou-se uma pesquisa do tipo

analítica com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados entre Março e Agosto de

2013. Utilizou-se um questionário sócio-demográfico e clínico, além das versões brasileiras

da Appraisal of Self-care Agency Scale e do Medical Outcomes 36 Item Short Form Health

Survey. Resultados: os resultados obtidos demonstraram há uma correlação fraca entre a

capacidade de autocuidado e a qualidade de vida relacionada à saúde.

Conclusão: acredita-se que ocorra na amostra pesquisada um envelhecimento não saudável,

porém ativo, no qual os indivíduos convivem com doenças e agravos não transmissíveis, fato

que não os impossibilita de buscarem as melhores maneiras de cuidar de si.

Descritores: autocuidado, qualidade de vida, cuidados pré-operatórios, teoria de enfermagem,

enfermagem.

Self-care agency and quality of life in preoperative myocardial revascularization

Objective: to associate health-related quality of life related to self-care of preoperative

myocardial revascularization individuals, based on Self-Care Deficit Nursing Theory.

Method: an analytical research with quantitative approach was applied. The data were

collected from March to August of 2013. Not only social-demographics and clinical

questionnaire were used, but also the brazilian versions of Apraisal of Self-Care Agency scale

and Medical Outcomes 36 Item Short Form Health Survey. Results: the outcomes showed that

the participants have a weak correlation between the self-care capacity and health-related life

quality. Conclusion: it is considered that a unhealthy aging occurs however active in the

researched sample, because this population coexist with non-transmissible diseases, which

does not prevents the search of better ways of caring for themselves.

**

Artigo elaborado conforme as normas de formatação da Revista Latino-Americana de Enfermagem (Qualis A1 - Enfermagem).

52

Descriptors: self-care, quality of life, preoperative care, theory of nursing, nursing

Capacidad de autocuidado y calidad de vida en la etapa preoperatoria de

revascularización miocárdica

Objetivo: relacionar la calidad de vida vinculada a la salud, con la capacidad de autocuidado

en personas en la etapa preoperatoria de revascularización miocárdica, basándose en la Teoría

del Déficit de Autocuidado. Método: se aplicó una encuesta con enfoque cuantitativo del tipo

analítico. Los datos fueron recolectados entre marzo y agosto de 2013. Se utilizó un

cuestionario sociodemográfico y clínico, además de las versiones brasileñas de Appraisal of

Self-care Agency scale e do Medical Outcomes 36 Item Short Form Health Survey.

Resultados: los resultados mostraron que los participantes tengan una débil correlación entre

la capacidad de autocuidado y la calidad de vida vinculada a la salud. Conclusión: se cree que

el envejecimiento no se produce sano, pero todavía activo en esta encuesta, porque las

personas tienen enfermedades y lesiones no transmisibles, hecho que no impide estos

pacientes de buscar las mejores maneras de cuidar de sí mismos.

Descriptores: autocuidado, calidad de vida, cuidados preoperatorios, teoría de enfermería,

enfermería

Introdução

A incidência de doenças e agravos não transmissíveis concomitantemente ao

envelhecimento populacional tem ocasionado um aumento na demanda por serviços

especializados, como os procedimentos cirúrgicos para revascularização miocárdica(1-4)

.

Diante do aumento dessa demanda, torna-se imprescindível a atuação de enfermeiros

na educação em saúde de indivíduos que se submetem à revascularização miocárdica,

notadamente na fase pré-operatória, marcada por anseios, medos e dúvidas referentes ao

autocuidado. Essa atuação pode ser ancorada em teorias próprias da Enfermagem, dentre as

quais se destaca a Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado(5-7)

.

A Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado foi desenvolvida por Dorothea

Orem durante quatro décadas, sendo constituída por três construtos teóricos inter-

relacionados: Teoria do Autocuidado, Teoria do Déficit do Autocuidado e Teoria dos

Sistemas de Enfermagem(6)

.

53

As concepções teóricas de Dorothea Orem têm o autocuidado, a capacidade de

autocuidado e os fatores condicionantes básicos como conceitos fundamentais, os quais

podem ser aplicados em ações de educação em saúde, pois norteiam o cuidar centralizado no

indivíduo, na família e na comunidade. Desse modo, os supracitados conceitos podem

plasmar estratégias de educação em saúde, objetivando o desenvolvimento humano e uma

melhor qualidade de vida(5-7)

.

Nesse tocante, destaca-se a Capacidade de Autocuidado (CAC), que se constitui na

habilidade que os indivíduos têm de voluntária e deliberadamente engajaram-se em ações de

autocuidado, baseadas na manutenção da saúde e do bem-estar(6)

. Por outro lado, a

manutenção da saúde e do bem-estar atrela-se à Qualidade de Vida Relacionada à Saúde

(QVRS), que enfatiza a percepção dos indivíduos sobre sua saúde e seu bem-estar nas

investigações de cuidados em saúde(4,8)

.

Tanto a CAC, quanto a QVRS sofrem influência de fatores intrínsecos e extrínsecos

aos seres humanos, como idade, sexo, aspectos socioculturais e econômicos. Tais fatores são

denominados de Fatores Condicionantes Básicos (FCB)(4,6,8)

.

O conhecimento sobre a CAC, a QVRS e os FCB dos indivíduos no pré-operatório de

revascularização miocárdica pode respaldar a atuação da Enfermagem, subsidiando ações de

educação em saúde. Esse conhecimento pode ser empregado na reorientação das práticas de

atenção à saúde(6,9-11)

.

Desse modo, o propósito deste estudo foi avaliar a associação dos FCB e da QVRS

com a CAC em um grupo de indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica,

ancorando-se na Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado para embasar ações de

educação em saúde.

Métodos

O estudo foi do tipo analítico com corte transversal e abordagem quantitativa(12)

,

transcorrendo no Pronto-Socorro Universitário Cardiológico de Pernambuco Professor Luiz

Tavares da Universidade de Pernambuco (PROCAPE/UPE), instituição hospitalar do sistema

público de saúde, referência em cirurgias cardiovasculares para as regiões Norte e Nordeste

do Brasil, situando-se na cidade do Recife - PE.

54

A amostra desta pesquisa foi de 62 participantes, sendo calculada por equação para

estudos de proporção com população finita, considerando-se pesquisa anterior no local deste

estudo(13)

. Os participantes foram arrolados por amostragem não aleatória e intencional(12)

.

Incluíram-se os indivíduos que se submeteriam pela primeira vez à cirurgia de

revascularização miocárdica, em caráter eletivo; indivíduos de ambos os sexos; com idade

entre 50 e 70 anos, porque essa era a faixa etária predominante na população pesquisada(13)

.

Excluíram-se os indivíduos que possuíam comprometimento neuromuscular, que faziam uso

de psicotrópicos, que apresentavam dificuldade de comunicação ou incapacidade para

responder aos questionários durante a coleta de dados.

A coleta de dados ocorreu entre Março e Agosto de 2013, sendo realizada

individualmente com os participantes, por meio de entrevista, devido à baixa escolaridade da

população pesquisada(13)

.

Foram empregados três questionários: (1) sobre informações sócio-demográficas e

clínicas relacionadas aos FCB; (2) sobre a QVRS - Medical Outcomes 36 Item Short Form

Health Survey (SF-36); (3) sobre a CAC - Appraisal of Self-Care Agency Scale (ASA-scale).

O SF-36 e a ASA-scale foram traduzidos e validados para o contexto brasileiro(14-15)

.

Os dados relacionados aos FCB foram coletados por um instrumento construído pelos

autores do estudo, sendo constituído por informações sobre idade, sexo, cor autorrelatada,

estado civil, escolaridade, situação profissional, renda mensal da família e classificação

socioeconômica, as quais podem influenciar tanto a CAC, quanto a QVRS(6,8)

.

A classificação socioeconômica foi realizada através do Critério de Classificação

Econômica Brasil, que tem por finalidade estimar o poder de compra das pessoas e famílias,

dividindo-as em cinco grupos: A (melhor status), B, C, D e E (pior status). Essa estimativa é

dada pela quantidade de itens possuídos em casa e o grau de instrução do chefe da família(16)

.

Os dados clínicos abordados foram as comorbidades presentes; o peso e a altura para

cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), considerando-se IMC < 25 kg/m2

(sem excesso

de peso), IMC ≥ 25 kg/m2

e < 30 kg/m2 (sobrepeso), e IMC ≥ 30 kg/m

2 (obesidade)

(17); a

manifestação clínica que desencadeou a cirurgia de revascularização do miocárdio.

A QVRS foi avaliada através do SF-36, um instrumento genérico constituído por 36

itens agrupados em oito domínios ou subescalas, que podem ser agrupados em dois

componentes, gerando escores entre 0 e 100, que demonstram a percepção de saúde(14)

, tendo

sua validade evidenciada por coeficientes alfa de Cronbach que variaram entre 0,59 e 0,85(18)

.

55

A capacidade de autocuidado foi avaliada por meio da ASA-scale, que compreende 24

itens voltados para a operabilidade do autocuidado, admitindo-se respostas tipo Likert, com

pontuações que variam de um (discordo totalmente) a cinco (concordo totalmente). A

tradução e a validação da ASA-scale para o contexto brasileiro demonstrou um coeficiente alfa

de Cronbach de 0,85(15)

. E em indivíduos com problemas cardiovasculares, esse coeficiente

variou entre 0,77 e 0,85(19)

.

Um banco de dados foi construído no software EPI INFO 3.5.2, através de dupla

entrada para validação dos dados inseridos. Os dados foram exportados e analisados no

software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18, empregando-se

frequências, intervalos (valor mínimo e máximo), média e Desvio-Padrão (DP). Também

foram descritos os intervalos de confiança e os escores médios da CAC e da QVRS.

O coeficiente alfa de Cronbach foi utilizado para avaliar a consistência interna da

ASA-scale e do SF-36, a fim de comprovar a confiabilidade destes instrumentos no grupo

pesquisado(12)

.

O teste qui-quadrado foi usado para comparar proporções entre os FCB pesquisados.

Utilizou-se o teste t de Student e o teste de Mann-Whitney para comparações entre dois

grupos. A análise de variância (ANOVA) e o teste de Kruskal-Wallis foram empregados para

comparações entre três ou mais grupos. Essas comparações envolveram a CAC e a QVRS.

Na análise da associação entre os escores dos domínios do SF-36 com a CAC, aplicou-

se o coeficiente de correlação de Pearson, sendo observada sua significância. Consideraram-se

os seguintes graus de correlação: perfeito (+1 ou -1), forte (+0,9 a +0,7 ou -0,9 a -0,7),

moderado (+0,6 a +0,4 ou -0,6 a -0,4) e fraco (+0,3 a +0,1 ou -0,3 a -0,1)(12)

.

Aplicou-se a regressão de Poisson com variância robusta para a busca de fatores

associados à CAC. A seleção dos fatores que contribuíam independentemente para explicar a

capacidade de autocuidado, realizou-se através da análise de regressão múltipla. O efeito de

cada fator foi expresso como Razão de Prevalência (RP) com Intervalo de Confiança (IC) de

95%. A significância estatística foi determinada pelo teste de Wald. Considerou-se um nível

de significância de 5% (p<0,05) em todos os testes.

Respeitaram-se os quatros referenciais básicos da bioética (autonomia, não-

maleficência, beneficência e justiça) no decorrer deste estudo, que primeiramente foi

aprovado por um comitê de ética em pesquisa para que fosse iniciada sua coleta de dados sob

CAAE 11133712.2.0000.5192. Todos os participantes aceitaram participar do estudo, após

esclarecimentos sobre o mesmo e assinatura de termo de consentimento. Os participantes que

56

demonstraram déficit de autocuidado ou dúvidas sobre o mesmo, foram beneficiados por

ações de educação em saúde ancoradas na Teoria dos Sistemas de Enfermagem(6)

.

Resultados

Um número total de 62 indivíduos participou deste estudo. Os fatores condicionantes

básicos dos participantes estão dispostos na Tabela 1. Verificou-se que o teste de comparação

para os fatores analisados foram significativos, com exceção das faixas etárias da amostra,

indicando o perfil mais frequente entre os participantes.

Tabela 1 - Fatores condicionantes básicos do autocuidado entre os participantes do estudo. Recife,

Brasil, 2013.

Variável n % p-valor*

Idade

50 a 60 anos 30 48,4 0,799

61 a 70 anos 32 51,6

Sexo

Masculino 42 67,7 0,005

Feminino 20 32,3

Cor autorrelatada

Branca 29 46,8

0,001 Preta 7 11,3 Parda 26 41,9

Estado civil

Casado 47 75,8 <0,001 Separado/divorciado 8 12,9

Viúvo 7 11,3

Situação profissional Aposentado 37 59,7

<0,001 Conta própria 8 12,9

Empregado 12 19,4

Não remunerado 5 8,1

Escolaridade

Sem educação formal 9 14,5

<0,001 Primário 41 66,1 Secundário 12 19,4

Classe socioeconômica

B 5 8,1 <0,001 C 42 67,7

D 15 24,2

Renda mensal da família

< R$ 678,00 13 21,0 <0,001 R$ 678,00 a R$ 1.356,00 23 37,1

> R$ 1.356,00 26 41,9 *

Teste qui-quadrado.

57

Na amostra pesquisada também se observou um idade média de 60,69 (±6,71) anos,

além de uma renda média mensal dos participantes e de suas famílias de R$ 896,80 e R$

1.380, respectivamente.

O infarto agudo do miocárdio foi a principal manifestação clínica que desencadeou o

procedimento cirúrgico (59,8%; p<0,001). O índice de massa corporal médio dos

participantes foi de 26,52 (±3,57) kg/m2, com destaque para o grupo com sobrepeso (50%;

p=0,001). As principais comorbidades apresentadas foram hipertensão (78,18%) e diabetes

(32,72%). O hábito de tabagismo foi referenciado por 28 participantes (50,90%).

Com relação à qualidade de vida, o SF-36 teve o menor escore no aspecto físico (19,4

± 30,2), enquanto a saúde mental teve o maior escore (70,5 ± 26,1) entre os participantes

(Tabela 2). O coeficiente alfa de Cronbach do SF-36 foi de 0,87 e a consistência interna dos

domínios variou de 0,70 a 0,96. A ASA-scale teve pontuação média de 72 (± 8,8) entre os

participantes, variando de 44 a 95 pontos, com um coeficiente alfa de Cronbach de 0,82.

Na análise da correlação entre os domínios do SF-36 e a capacidade de autocuidado,

demonstrou-se que os participantes possuíam uma correlação fraca entre a qualidade de vida

relacionada à saúde e a capacidade de autocuidado.

Tabela 2 - Análise descritiva e correlação dos domínios do SF-36 com a capacidade de autocuidado.

Recife, Brasil, 2013.

Variável Média ± DP

(Intervalo) IC (95%) r p-valor

*

Capacidade de autocuidado

(ASA-scale) 72 ± 8,8 (44-95) 70 - 75

Domínios do SF-36

Capacidade Funcional 38,7 ± 27,2 (0-100) 31,8 - 45,6 0,166 0,197

Aspecto físico 19,4 ± 30,2 (0-100) 11,7 - 27,0 -0,049 0,708 Dor 48,3 ± 30,7 (0-100) 40,5 - 56,1 -0,055 0,669

Estado geral de saúde 66,4 ± 20,6 (17-92) 61,1 - 71,6 0,061 0,638

Vitalidade 58,1 ± 29,0 (0-100) 50,7 - 65,4 0,081 0,532 Aspectos sociais 43,5 ± 31,6 (0-100) 35,5 - 51,6 0,150 0,246

Aspecto emocional 51,6 ± 48,5 (0-100) 39,3 - 63,9 -0,062 0,630

Saúde mental 70,5 ± 26,1 (8-100) 63,9 - 77,1 0,073 0,573 *

Teste de Correlação de Pearson.

Observando-se a distribuição dos escores médios da capacidade de autocuidado e dos

componentes físico e mental do SF-36, segundo a idade, sexo, estado civil, escolaridade e

classe socioeconômica, não foi encontrada significância estatística (Tabela 3).

Entretanto, na análise por domínios do SF-36, verificou-se que os participantes

casados tiveram maior escore no aspecto emocional (62,6 ± 46,7; p=0,045). Indivíduos que

58

concluíram o nível secundário obtiveram o maior escore no aspecto social (58,3 ± 32,6;

p=0,038), assim como aqueles que possuíam renda mensal da família superior a R$ 1.356,00

(54,3 ± 31,8; p=0,033) e os da classe socioeconômica B (70,0 ± 25,9; p=0,008).

A classe econômica C obteve o maior escore na capacidade funcional (45,7 ± 26,8;

p=0,006). Não houve significância estatística entre as demais variáveis com os domínios do

SF-36 nem com a capacidade de autocuidado.

A capacidade de autocuidado foi maior na faixa etária entre 61 e 70 anos, entre os

homens, entre os participantes casados, com o nível secundário concluído e naqueles

pertencentes à classe socioeconômica D.

Tabela 3 - Relação dos fatores condicionantes básicos com os componentes do SF-36 e com a

capacidade de autocuidado. Recife, Brasil, 2013.

Variável Componente

Físico do SF-36

Componente

Mental do SF-36

Capacidade de

Autocuidado

Idade

50 a 60 anos 45,0 ± 28,3 57,4 ± 34,0 71,4 ± 10,6

61 a 70 anos 41,5 ± 26,2 54,5 ± 33,5 74,3 ± 6,5

p-valor 0,3371

0,3771

0,2003

Sexo

Masculino 45,6 ± 28,25 57,1 ± 34,65 73,5 ± 9,4

Feminino 38,1 ± 24,22 53,52 ± 32,47 71,8 ± 7,6

p-valor 0,337

1 0,643

1 0,503

3

Estado Civil

Casado 43,8 ± 27,4 61,1 ± 33,6 74,1 ± 7,8

Separado/divorciado 45,7 ± 32,2 43,4 ± 31,9 67,6 ± 12,2

Viúvo 41,0 ± 18,9 58,2 ± 33,7 68,2 ± 10,5

p-valor 0,3692

0,2672

0,0634

Escolaridade

Sem educação formal 34,0 ± 18,5 37,3 ± 30,6 75,6 ± 4,8

Primário 45,7 ± 27,7 57,2 ± 33,4 71,3 ± 8,2

Secundário 41,5 ± 28,0 65,3 ± 33,0 76,5 ± 11,7

p-valor 0,4352

0,1712

0,1164

Classe socioeconômica

B 44,0 ± 28,6 71,2 ± 30,7 75,6 ± 4,8

C 46,3 ± 27,8 59,5 ± 34,4 71,3 ± 8,2

D 43,0 ± 21,8 40,7 ± 28,0 76,5 ± 11,7

p-valor 0,3812

0,1352

0,1164

1Teste de Mann-Whitney.

2Teste de Kruskal-Wallis.

3Teste t de Student.

4ANOVA.

No ajuste do modelo de regressão de Poisson para a capacidade de autocuidado,

constatou-se que os fatores idade (p=0,046), estado civil (p<0,001), escolaridade (p=0,002) e

59

renda mensal da família (p-valor<0,001) foram estatisticamente significativos. Nenhuma das

outras variáveis pesquisadas foi significativa para a capacidade de autocuidado.

Na Tabela 4, tem-se o ajuste do modelo de regressão para a capacidade de autocuidado

segundo a idade e a renda mensal da família, após exclusão da escolaridade (p=0,390) e do

estado civil (p=0,065). Observou-se que tanto a faixa etária de maior idade, quanto a menor

renda mensal da família, associou-se a uma melhor capacidade de autocuidado.

Tabela 4 - Regressão de Poisson para a capacidade de autocuidado, segundo a idade e a renda mensal

da família. Recife, Brasil, 2013.

Variáveis Razão ajustada

RP IC (95%) p-valor*

Idade

50 a 60 anos 1,00 - -

61 a 70 anos 1,46 1,00 - 2,12 0,048

Renda mensal da família < R$ 678,00 1,80 1,26 - 2,58 0,001

R$ 678,00 a R$ 1.356,00 1,08 0,76 - 1,54 0,655

> R$ 1.356,00 1,00 - -

*p-valor do teste de Wald

Discussão

No grupo pesquisado, verificou-se que o componente físico da QVRS obteve os piores

escores, enquanto os escores mais elevados ocorreram no componente mental, fatos que

coadunam com outros estudos, refletindo o impacto da doença cardiovascular na qualidade de

vida, notadamente no aspecto físico dos participantes(4,20)

.

Os domínios do SF-36 que foram estatisticamente significativos, pertenciam

predominantemente ao componente mental, tendo associação com o estado civil, a

escolaridade, a renda da família e a classe econômica, demonstrando o impacto positivo

destes fatores na qualidade de vida relacionada à saúde(20-21)

.

Esta pesquisa não demonstrou a existência de uma associação entre a qualidade de

vida relacionada à saúde e a capacidade de autocuidado, diferentemente de outros estudos, nos

quais uma melhor qualidade de vida associou-se a uma maior capacidade de autocuidado(1,11)

.

Acredita-se que a inexistência de correlação entre a qualidade de vida relacionada à

saúde e a capacidade de autocuidado, pode ocorrer devido a um envelhecimento ativo, porém

não saudável no grupo pesquisado(22-24)

.

60

Dessa maneira, existiria no grupo pesquisado o convívio com doenças e agravos não

transmissíveis, com prejuízo à qualidade de vida, fato que não impossibilitaria a busca por

melhores maneiras de cuidar de si. Isto poderia denotar a preservação da capacidade de

autocuidado, que é aprendida ao longo da vida, sendo necessária ao engajamento individual

na promoção à saúde e na autoadministração do processo saúde-doença(1-2,19,22)

.

Nesse contexto, a Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado norteia as ações

de enfermeiros para o desenvolvimento e manutenção das práticas de autocuidado,

favorecendo uma melhor qualidade de vida. Esta fato fica especialmente evidente com o

aumento da população idosa e das condições crônicas, coadunando com o objetivo da ciência

do autocuidado, que é procurar entender as realidades concretas que concernem aos

enfermeiros em situações práticas(6,11,22)

.

Também se relata que a população idosa é mais vulnerável, podendo apresentar

dificuldades para administrar regimes complexos de saúde, como aqueles vivenciados pelos

indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica, tornando-se importante a

realização de ações educativas para fortalecer a capacidade de autocuidado(20,22,25)

.

Desse modo, observou-se que a capacidade de autocuidado no grupo pesquisado

variou de acordo com os fatores condicionantes básicos, notadamente pela idade, estado civil,

escolaridade e renda dos indivíduos pesquisados, assim como em outros estudos(1,11,19,22)

.

Porém, após ajuste do modelo de regressão empregado, apenas a idade e a renda

permaneceram como fatores relacionados à capacidade de autocuidado. Nesse sentido,

estudos demonstraram que tanto a idade, quanto a renda afetam indivíduos e famílias na

aquisição e no desenvolvimento de habilidades para o autocuidado, dificultando impactos

positivos nas práticas de autocuidado(1-2,11,22)

.

Neste estudo, verificou-se que os participantes com maior idade e aqueles com menor

renda apresentaram uma melhor capacidade de autocuidado. Por outro lado, estudos

revelaram que a capacidade de autocuidado esteve relacionada a indivíduos jovens e a rendas

mais elevadas(1-2,11)

.

Estudo desenvolvido na Turquia, com indivíduos portadores de doença pulmonar

obstrutiva crônica, demonstrou associação de idade avançada e de baixo poder aquisitivo com

uma pior capacidade de autocuidado(1)

. Pesquisa realizada na Holanda com idosos

hospitalizados, também relatou associação entre o avançar da idade e uma menor renda com

um pior autocuidado(2)

.

61

E estudo com adultos, que utilizam tecnologia médica avançada em domicílio como

ventilação mecânica e hemodiálise, referiu não haver associação entre a capacidade de

autocuidado e a idade dos participantes na análise de regressão. Entretanto, ocorreu uma

relação linear negativa entre a capacidade de autocuidado e a idade no grupo do estudo citado,

na qual um melhor autocuidado associou-se a indivíduos mais jovens, não havendo referência

a renda dos participantes e a sua capacidade de autocuidado(11)

.

Portanto, a associação da capacidade de autocuidado com a idade e a renda no grupo

deste estudo pode refletir estratégias desenvolvidas para o enfrentamento da vulnerabilidade

social(23-24)

, presente em parcela considerável da população que está envelhecendo no

Brasil(25)

. Tal vulnerabilidade é agravada justamente por outros fatores relacionados à

capacidade de autocuidado, principalmente a escolaridade, que dificulta a aquisição e o

desenvolvimento de práticas para o autocuidado(1)

.

Apesar da escolaridade não ter significância estatística neste estudo, ela tem sido

associada à capacidade de autocuidado(1-2,6,11)

, tendo sido demonstrado que indivíduos no pré-

operatório de revascularização miocárdica com pouca escolaridade, possuíam déficit de

conhecimento sobre sua condição de saúde e seu tratamento(7)

.

Em contraste a esse cenário socioeconômico e cultural desfavorável, observou-se no

grupo pesquisado uma habilidade para lidar com as adversidades impostas por esse cenário.

Essas adversidades podem ter ocasionado adaptações, e um consequente crescimento pessoal

e social advindo com as mesmas, refletidos na manutenção da capacidade de autocuidado,

apesar da qualidade de vida precária, o que poderia caracterizar um estado de resiliência entre

os participantes deste estudo(26)

.

Portanto, são necessárias ações de educação em saúde que potencializem a capacidade

de autocuidado, favorecendo uma melhor qualidade de vida, a partir da contextualização

socioeconômica e cultural de tais ações, que podem ser ancoradas em teorias próprias da

Enfermagem(6,23-24)

. Também são necessárias pesquisas que corroborem os achados desta

pesquisa, e aprofundem a discussão sobre a capacidade de autocuidado e a resiliência em

grupos com presença de vulnerabilidade sociais.

Conclusão

Demonstrou-se que no grupo pesquisado não houve associação entre a qualidade de

vida relacionada à saúde com a capacidade de autocuidado, porém se observou a associação

62

desta última com os fatores condicionantes básicos associados a características sócio-

demográficas, demonstrando a presença de vulnerabilidades, apesar da manutenção da

capacidade de autocuidado, o que pode estar relacionado à resiliência entre os participantes

deste estudo.

Contudo, este estudo limita-se pelo desenho não experimental, pela amostragem não

randomizada, e pela baixa escolaridade dos participantes, restringindo a aplicação dos

resultados obtidos, além de que as informações advindas de questionários abordam aquilo que

os pesquisadores querem conhecer e não o que os participantes desejam expressar.

São necessárias outras pesquisas, que além de enfocar os conceitos empregados neste

estudo, abordem os demais aspectos presentes na Teoria de Enfermagem do Déficit de

Autocuidado, como os conceitos relacionados à atuação da Enfermagem. Nessa conjuntura,

destaca-se o envelhecimento populacional e a convivência com doenças e agravos não

transmissíveis, que requerem o desenvolvimento e a manutenção de práticas para o

autocuidado por meio da educação em saúde.

Conclui-se que os enfermeiros podem utilizar a Teoria dos Sistemas de Enfermagem,

conforme a Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado, a partir da atuação e interação

com os indivíduos, a fim de favorecer a efetividade, a eficiência e a integralidade das práticas

de autocuidado, através da educação em saúde, objetivando o empoderamento sobre o

autocuidado e promovendo melhorias na qualidade de vida, a partir da consideração do

indivíduo como um ser ativo, e não apenas como um processador de informações.

Referências

1. Yildirim A, Aşilar RH, Bakar N, Demir N. Effect of anxiety and depression on self-care

agency and quality of life in hospitalized patients with chronic obstructive pulmonary disease:

a questionnaire survey. Int J Nurs Pract. 2013 Feb;19(1):14-22.

2. Cramm JM, Hartgerink JM, Steyerberg EW, Bakker TJ, Mackenbach JP, Nieboer AP.

Understanding older patients’ self-management abilities: functional loss, self-management,

and well-being. Qual Life Res. 2013 Feb;22(1):85-92.

3. Veras RP. Prevenção de doenças em idosos: os equívocos dos atuais modelos. Cad Saúde

Pública. 2012 Out;28(10):1834-40.

63

4. Dessotte CAM, Dantas RAS, Schmidt A, Rossi LA. Health-related quality of life in

patients admitted after a first episode of acute coronary syndrome. Rev Latino-am

Enfermagem 2011 Oct;19(5):1106-13.

5. Hewitt-Taylor J, Heaslip V, Rowe NE. Applying research to practice: exploring the

barriers. Br J Nurs. 2012 Mar;21(6):356-9.

6. Taylor SG, Renpenning K. Self-care science, nursing theory, and evidence-based practice.

New York: Springer Publishing; 2011.

7. Galdeano LE, Rossi LA, Spadoti Dantas RA. Deficient knowledge nursing diagnosis:

identifying the learning needs of patients with cardiac disease. Int J Nurs Terminol Classif.

2010 Jul-Sep;21(3):100-7.

8. Polinder S, Haagsma JA, Belt E, Lyons RA, Erasmus V, Lund J, et al. A systematic review

of studies measuring health-related quality of life of general injury populations. BMC Public

Health. 2010 Dec;10:783.

9. Oelofsen N. Using reflective practice in frontline nursing. Nurs Times. 2012

Jun;108(24):22-4.

10. Almeida MCP, Mishima SM, Pereira MJ, Palha PF, Villa TC, Fortuna CM, et al. Nursing

as a discipline: what scientific knowledge field identifies the profession? Rev Bras Enferm.

2009 Sep-Oct;62(5):748-52.

11. Fex A, Flensner G, Ek AC, Söderhamn O. Self-care agency and perceived health among

people using advanced medical technology at home. J Adv Nurs. 2012 Apr;68(4):806-15.

12. Polit DF, Beck CT. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências

para a prática da enfermagem. 7a ed. Porto Alegre: Artmed; 2011.

13. Araujo NR, Araújo RA, Oliveira RC, Bezerra SMMS. Complicações pós-operatórias em

pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Rev Enferm UFPE on line.

2013 Mai;7(5):1301-10.

14. Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua

portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36

(Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999 Mai-Jun;39(3):143-50.

15. Silva JV, Kimura M. Adaptação Cultural e Validação do Instrumento de Capacidades de

Autocuidado “Appraisal of self-care agency scale”. São Paulo, 2002. Tese. Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem, Universidade de São Paulo.

16. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de classificação econômica

Brasil. [Acesso em: 12 Set. 2012]. Disponível em: https://www.abep.org/codigosguias/ABEP

64

_CCEB.pdf.

17. World Health Organization (WHO). Physical status: the use and interpretation of

anthropometry. In: Guedes DP, Legnani RFS, Legnani E. Exercise motives in college students

according to body mass index. Rev Bras Ativ Fis e Saúde. 2012 Ago;17(4):70-4.

18. Weng LC, Dai YT, Huang HL, Chiang YJ. Self-efficacy, self-care behaviours and quality

of life of kidney transplant recipients. J Adv Nurs. 2010 Apr;66(4):828-38.

19. Sousa VD, Zauszniewski JA, Zeller RA, Neese JB. Factor analysis of the Appraisal of

Self-care Agency Scale in american adults with diabetes mellitus. Diabetes Educ. 2008 Jan-

Feb;34(1):98-108.

20. Horst R, Markou AL, Noyez L. Prognostic value of preoperative quality of life on

mortality after isolated elective myocardial revascularization. Interact Cardiovasc Thorac

Surg. 2012 Oct;15(4):651-4.

21. Lane-Carlson M, Kumar J. Engaging patients in managing their health care: patient

perceptions of the effect of a total joint replacement presurgical Class. Perm J. 2012

Summer;16(3):42-7.

22. Karagozoglu S, Arikan A, Eraydin S. The fatigue and self-care agency levels of the

elderly people staying in rest homes and the relation between these two conditions. Arch

Gerontol Geriatr. 2012 May-Jun;54(3):e322-8.

23. Martin LG, Schoeni RF, Andreski PM, Jagger C. Trends and inequalities in late-life

health and functioning in England. J Epidemiol Community Health. 2011;66(10):874-80.

24. Dowd JB, Zajacova, A. Does self-rated health mean the same thing accross

socioeconomic groups? Evidence from biomarker data. Ann Epidemiol. 2010;20(10):743-9.

25. Lima-Costa MF, Oliveira C, Macinko J, Marmot M. Socioeconomic inequalities in health

in older adults in Brazil and England. Am J Public Health. 2012;102(8):1535-41.

26. Ferreira CL, Santos LMO, Maia EMC. Resiliência em idosos atendidos na Rede de

Atenção Básica de Saúde em município do nordeste brasileiro. Rev Esc Enferm USP 2012;

46(2):328-34.

65

7 CONCLUSÃO

A importância da aplicação do modelo teórico de Dorothea Orem foi observada tanto na

pesquisa, quanto na prática. As formas de aplicação do modelo favorecem a agregação do

conhecimento à ciência da Enfermagem, além de delimitar as atividades práticas e de fornecer

fundamentação teórico-metodológica às pesquisas em diversos cenários do cuidar.

O emprego do modelo favoreceu a fundamentação teórico-metodológica, o

desenvolvimento e o desfecho da pesquisa com indivíduos no pré-operatório de revascularização

miocárdica. Essa pesquisa baseou-se em aspectos como a qualidade de vida relacionada à saúde, a

capacidade de autocuidado e os fatores condicionantes básicos do autocuidado.

Consonante ao modelo teórico foram os resultados relativos aos fatores condicionantes

básicos do autocuidado. Apesar da maioria dos fatores pesquisados não possuir associações

estatisticamente significantes, identificou-se a associação do estado civil, da escolaridade, da

renda e da classe socioeconômica com a qualidade de vida relacionada à saúde. Enquanto fatores

como a renda e a idade, relacionaram-se à capacidade de autocuidado no grupo pesquisado.

Os resultados obtidos demonstraram não haver associação entre a qualidade de vida

relacionada à saúde e a capacidade de autocuidado no grupo pesquisado. Portanto, a habilidade

para desenvolver ações de autocuidado, não se relacionou a uma melhor qualidade de vida em

indivíduos no pré-operatório de revascularização miocárdica.

Dessa forma, acredita-se que no grupo pesquisado ocorra um estado de resiliência. Assim,

as adversidades provenientes do adoecimento crônico e da vulnerabilidade social, podem ter

desencadeado o surgimento de estratégias adaptativas ao contexto desfavorável desse grupo.

Entretanto, pesquisas devem ser realizadas para aprofundar esta discussão e verificar a

plausibilidade dessa hipótese.

Por outro lado, evidenciou-se que a Enfermagem, conforme preceitos de Dorothea Orem,

pode atuar no grupo pesquisado ou em indivíduos com característica similares, ancorando-se na

Teoria dos Sistemas de Enfermagem, a partir da atuação e interação com os indivíduos, a fim de

favorecer a efetividade, a eficácia e a eficiência das ações de autocuidado, por meio da educação

em saúde, baseada nos aspectos analisados.

Conclui-se que a aplicação de teorias da Enfermagem é importante para nortear e

delimitar a atuação dos enfermeiros, em um processo de interação entre pesquisa, prática e teoria.

Dessa maneira, a Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado possibilita essa interação,

subsidiando a pesquisa e a prática, além de favorecer a educação em saúde, a partir do diálogo

entre enfermeiros, indivíduos e famílias com ênfase no autocuidado.

66

REFERÊNCIAS***

1. Farooq V, Brugaletta S, Serruys PW. Utilizing Risk Scores in Determining the Optimal

Revascularization Strategy for Complex Coronary Artery Disease. Curr Cardiol Rep. 2011

Aug;13(5):415-23.

2. Noyez L, Marieke JJ, Markou ALP. Quality of life after cardiac surgery: underresearched

research. Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2011 Jul;13(5):511-5.

3. Cohen DJ, Hout BV, Serruys PW, Mohr FW, Macaya C, Heijer P, et al. Quality of Life

after PCI with Drug-Eluting Stents or Coronary-Artery Bypass Surgery. N Engl J Med. 2011

Mar;364(11):1016-26.

4. Almeida AR, Guedes MVC. Natureza, classificação e intervenções de enfermagem para

pacientes com mediastinite. Rev bras enferm. 2008 Aug;61(4):470-5.

5. Lima FET, Magalhães FJ, Silva DA, Barbosa IV, Melo EM, Araújo TL. Emotional

alterations gifts in the patients who underwent coronary artery bypass. JNUOL. 2010

Mar;4(2):785-91.

6. Remonatto AR, Coutinho AOR, Souza EN. Dúvidas e expectativas de pacientes no pós-

operatório de revascularização do miocárdio quanto à reabiltação pós-alta hospitalar:

implicações para a enfermagem. Revista de Enfermagem da UFSM. 2012 Abr;1(2):39-48.

7. Raimondo ML, Fegadoli D, Méier MJ, Wall ML, Labronici LM, Raimondo-Ferraz MI.

Produção científica brasileira fundamentada na Teoria de Enfermagem de Orem: revisão

integrativa. Rev bras enferm. 2012 Jun;65(3):529-534.

8. Vitor AF, Lopes MVO, Araujo TL. Teoria do déficit de autocuidado: análise da sua

importância e aplicabilidade na prática de enfermagem. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2010

Set;14(3):611-6.

9. Schaurich D, Crossetti MGO. Produção do conhecimento sobre teorias de enfermagem:

análise de periódicos da área, 1998-2007. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2010 Jan-

Mar;14(1):182-8.

10. Denyes MJ, Orem DE, Bekel G, SozWiss. Self-care: a foundational science. Nurs Sci Q.

2001 Jan;14(1):48-54.

11. Baker LK, Denyes MJ. Predictors of self-care in adolescents with cystic fibrosis: a test of

Orem's theories of self-care and self-care deficit. J Pediatr Nurs. 2008 Feb;23(1):37-48. *** Referências da Introdução, Referencial Teórico e Metodologia.

67

12. Wilson J, Gramling L. The application of Orem's Self-Care Model to burn care. J Burn

Care Res. 2009 Sep-Oct;30(5):852-8.

13. Orem DE, Taylor S. Nursing: concepts of practice. 6th ed. New York: Mosby-Year Book;

2001.

14. Taylor SG, Renpenning K. Self-care science, nursing theory, and evidence-based practice.

New York: Springer Publishing; 2011.

15. McEwen M, Wills EM. Bases teóricas para enfermagem. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed;

2009.

16. Costantini L, Beanlands H, Horsburgh ME. Development of the Self-Care for Adults on

Dialysis tool (SCAD). CANNT J. 2011 Apr-Jun;21(2):38-43.

17. Polinder S, Haagsma JA, Belt E, Lyons RA, Erasmus V, Lund J et al. A systematic review

of studies measuring health-related quality of life of general injury populations. BMC Public

Health. 2010 Dec;10:783.

18. Dessotte CAM, Dantas RAS, Schmidt A, Rossi LA. Qualidade de vida relacionada à

saúde de sujeitos internados, decorrente da primeira síndrome coronariana aguda. Rev latino-

am Enfermagem. 2011 Oct;19(5):1106-13.

19. Markou AL, Jager MJ, Noyez L. The impact of coronary artery disease on the quality of

life of patients undergoing aortic valve replacement. Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2011

Aug;13(2):128-32.

20. Campos GWS. Saúde Paidéia. 3a ed. São Paulo (SP): Hucitec; 2007.

21. Ayres JRCM. Cuidado: trabalho e interação nas práticas de saúde. Rio de Janeiro (RJ):

CEPESC: UERJ/IMS: ABRASCO; 2009.

22. Malta DC, Merhy EE. O percurso da linha do cuidado sob a perspectiva das doenças

crônicas não transmissíveis. Interface. 2010 Sep;14(34):593-606.

23. Illich I. A expropriação da saúde - nêmesis da medicina. Rio de Janeiro (RJ): Nova

Fronteira; 1975.

24. Foucault M. Em defesa da sociedade. 1a ed. São Paulo (SP): Martins Fontes; 2005.

25. Foucault M. A hermenêutica do sujeito. 2a ed. São Paulo (SP): Martins Fontes; 2006.

68

26. Foucault M. Segurança, território e população. 1a ed. São Paulo (SP): Martins Fontes;

2008.

27. Almeida MCP, Mishima SM, Pereira MJ, Palha PF, Villa TC, Fortuna CM et al. Nursing

as a discipline: what scientific knowledge field identifies the profession? Rev Bras Enferm.

2009 Sep-Oct;62(5):748-52.

28. Campos GWS. Mediation between social knowledge and practices: the rationale of soft

technology, praxis and art. Cien Saude Colet. 2011 Jul;16(7):3033-40.

29. Cigolle CT, Kabeto MU, Lee PG, Blaum CS. Clinical complexity and mortality in

middle-aged and older adults with diabetes. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2012

Dec;67(12):1313-20.

30. Chase JA. Methodological challenges in physical activity research with older adults.

West J Nurs Res. 2013 Jan;35(1):76-97.

31. Van Malderen L, Mets T, De Vriendt P, Gorus E. The Active Ageing-concept translated

to the residential long-term care. Qual Life Res. 2013 Jun;22(5):929-37.

32. Cramm JM, Hartgerink JM, Steyerberg EW, Bakker TJ, Mackenbach JP, Nieboer AP.

Understanding older patients’ self-management abilities: functional loss, self-management,

and well-being. Qual Life Res. 2013 Feb;22(1):85-92.

33. Chao J, Li Y, Xu H, Yu Q, Wang Y, Liu P. Health status and associated factors among the

community-dwelling elderly in China. Arch Gerontol Geriatr. 2013 Jan-Feb;56(1):199-204.

34. Hewitt-Taylor J, Heaslip V, Rowe NE. Applying research to practice: exploring the

barriers. Br J Nurs. 2012 Mar;21(6):356-9.

35. Oelofsen N. Using reflective practice in frontline nursing. Nurs Times. 2012

Jun;108(24):22-4.

36. Manchanda A, Aggarwal A, Aggarwal N, Soran O. Management of refractory angina

pectoris. Cardiol J. 2011 Jul;18(4):343-51.

37. Tu JV, Ko DT, Guo H, Richards JA, Walton N, Natarajan MK et al. Determinants of

variations in coronary revascularization practices. CMAJ. 2012 Feb;184(2):179-86.

38. Vaughan Sarrazin MS, Bayman L, Cram P. Trends during 1993-2004 in the availability

and use of revascularization after acute myocardial infarction in markets affected by

certificate of need regulations. Med Care Res Rev. 2010 Apr;67(2):213-31.

69

39. Caputti GM, Palma JH, Gaia DF, Buffolo E. Off-pump coronary artery bypass surgery in

selected patients is superior to the conventional approach for patients with severely depressed

left ventricular function. Clinics. 2011 Dez;66(12):2049-53.

40. King SB 3rd, Marshall JJ, Tummala PE. Revascularization for coronary artery disease:

stents versus bypass surgery. Annu Rev Med. 2010 Feb;61:199-213.

41. Robinson R, Barnett T. Health related quality of life and the support needs of carers of

cardiac surgical patients: an exploratory study. Int J Nurs Pract. 2012 Apr;18(2):205-9.

42. Simoons ML, Windecker S. Controversies in cardiovascular medicine: Chronic stable

coronary artery disease: drugs vs. revascularization. Eur Heart J. 2010 Mar;31(5):530-41.

43. Epstein AJ, Polsky D, Yang F, Yang L, Groeneveld PW. Coronary Revascularization

Trends in the United States, 2001-2008. JAMA. 2011 May;305(17):1769-76.

44. Lukšienė D, Milvidaitė I, Slapikas R, Jaruševičius G, Siudikas A, Venclovienė J et al. The

Impact of Myocardial Revascularization After Acute Coronary Syndromes on One-Year

Cardiovascular Mortality. Medicina (Kaunas). 2011 Jun;47(6):305-12.

45. Edelman JJ, Yan TD, Padang R, Bannon PG, Vallely MP. Off-pump coronary artery

bypass surgery versus percutaneous coronary intervention: a meta-analysis of randomized and

nonrandomized studies. Ann Thorac Surg. 2010 Oct;90(4):1384-90.

46. Funakoshi S, Furukawa Y, Ehara N, Morimoto T, Kaji S, Yamamuro A et al. Clinical

Characteristics and Outcomes of Japanese Women Undergoing Coronary Revascularization

Therapy. Circ J. 2011 Apr;75(6):1358-67.

47. Simpson CR, Buckley BS, McLernon DJ, Sheikh A, Murphy A, Hannaford PC. Five-Year

Prognosis in an Incident Cohort of People Presenting with Acute Myocardial Infarction. PLoS

One. 2011;6(10):e26573.

48. Holmes DR, Kim LJ, Brooks MM, Kip KE, Schaff HV, Detre KM et al. The effect of

coronary artery bypass grafting on specific causes of long-term mortality in the Bypass

Angioplasty Revascularization Investigation. J Thorac Cardiovasc Surg. 2007 Jul;134(1):38-

46.

49. Vehko T, Sund R, Manderbacka K, Häkkinen U, Keskimäki I. Pathways leading to

coronary revascularization among patients with diabetes in Finland: a longitudinal register-

based study. BMC Health Serv Res. 2011 Aug;11:180.

50. Nasso G, Popoff G, Lamarra M, Romano V, Coppola R, Bartolomucci F et al. Impact of

arterial revascularization in patients undergoing coronary bypass. J Card Surg. 2012

Jul;27(4):427-33.

70

51. Pagé M, Doucet M, Eisenberg MJ, Behlouli H, Pilote L. Temporal trends in

revascularization and outcomes after acute myocardial infarction among the very elderly.

CMAJ. 2010 Sep;182(13):1415-20.

52. Shirato S, Swan BA. Women and cardiovascular disease: an evidentiary review. Medsurg

Nurs. 2010 Sep-Oct;19(5):282-6.

53. Brown C, Joshi B, Faraday N, Shah A, Yuh D, Rade JJ et al. Emergency Cardiac Surgery

in Patients with Acute Coronary Syndromes: A Review of the Evidence and Perioperative

Implications of Medical and Mechanical Therapeutics. Anesth Analg. 2011 Apr;112(4):777–

99.

54. Coumbe A, John R, Kuskowski M, Agirbasli M, McFalls EO, Adabag S. Variation of

mortality after coronary artery bypass surgery in relation to hour, day and month of the

procedure. BMC Cardiovasc Disord. 2011 Oct;11:63.

55. Nogueira CRSR, Hueb W, Takiuti ME, Girardi PBMA, Nakano T, Fernandes F et al.

Qualidade de vida após revascularização cirúrgica do miocárdio com e sem circulação

extracorpórea. Arq Bras Cardiol. 2008 Oct;91(4):238-44.

56. Kręcki R, Drozdz J, Szcześniak P, Kasprzak JD, Peruga JZ, Lipiec P et al. Quality of life

in high-risk patients with stable multivessel coronary artery disease treated either medically or

with coronary artery bypass graft surgery - 12-month follow-up. Kardiol Pol. 2010

Jan;68(1):22-30.

57. Alves PC, Barbosa ICFJ, Caetano JÁ, Fernandes AFC. Cuidados de enfermagem no pré-

operatório e reabilitação de mastectomia: revisão narrativa da literatura. Rev Bras enferm.

2011 Jul-Ago;64(4):732-7.

58. Felix LG, Soares MJGO, Nóbrega MML. Protocolo de assistência de enfermagem ao

paciente em pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica. Rev Bras Enferm. 2012 Jan-

Fev;65(1):83-91.

59. Fernandes MVB, Aliti G, Souza EN. Perfil de pacientes submetidos à cirurgia de

revascularização miocárdica: implicações para o cuidado de enfermagem. Rev Eletr Enf.

[Internet]. 2009 Mai [Acessado em 07 de novembro de 2012];11(4):993-9. Disponível em:

http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n4/v11n4a25.htm.

60. Lane-Carlson M, Kumar J. Engaging Patients in Managing Their Health Care: Patient

Perceptions of the Effect of a Total Joint Replacement Presurgical Class. Perm J. 2012

Summer;16(3):42-7.

61. Galdeano LE, Rossi LA, Spadoti Dantas RA. Deficient knowledge nursing diagnosis:

identifying the learning needs of patients with cardiac disease. Int J Nurs Terminol Classif.

2010 Jul-Sep;21(3):100-7.

71

62. Mansano NG, Vila VSC, Rossi LA. Conhecimentos e necessidades de aprendizagem

relacionadas à enfermidade cardíaca para hipertensos revascularizados em reabilitação. Rev

Eletr Enf. [Internet]. 2009 Fev [Acessado em 07 de novembro de 2012];11(2):349-59.

Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n2/v11n2a16.htm.

63. D'Souza MS, Somayaji G, Subrahmanya Nairy K. Determinants of reproductive health

and related quality of life among Indian women in mining communities. J Adv Nurs. 2011

Sep;67(9):1963-75.

64. Wang RH, Wu LC, Hsu HY. A path model of health-related quality of life in type 2

diabetic patients: a cross-sectional study in Taiwan. J Adv Nurs. 2011 Dec;67(12):2658-67.

65. Ucan O, Ovayolu N. Relationship between diabetes mellitus, hypertension and obesity,

and health-related quality of life in Gaziantep, a central south-eastern city in Turkey. J Clin

Nurs. 2010 Sep;19(17-18):2511-9.

66. Monteiro R, Braile DM, Brandau R, Jatene FB. Qualidade de vida em foco. Rev Bras Cir

Cardiovasc. 2010 Dec; 25(4):568-574.

67. Reynolds MR, Lavelle T, Essebag V, Cohen DJ, Zimetbaum P. Influence of Age, Gender,

and AF Recurrence on Quality of Life Outcomes in a Population of New-Onset AF Patients:

theFRACTAL Registry. Am Heart J. 2006 Dec;152(6):1097-103.

68. Tung HH, Tseng LH, Wei J, Lin CH, Wang TJ, Liang SY. Food Pattern and Quality of

Life in Metabolic Syndrome Patients who Underwent Coronary Artery Bypass Grafting in

Taiwan. Eur J Cardiovasc Nurs. 2011 Dec;10(4):205-12.

69. Horst R, Markou AL, Noyez L. Prognostic value of preoperative quality of life on

mortality after isolated elective myocardial revascularization. Interact Cardiovasc Thorac

Surg. 2012 Oct;15(4):651-4.

70. Slater RC. Managing quality of life in the older person with a stoma. Br J Community

Nurs. 2010 Oct;15(10):480-2.

71. Dhaussy G, Dramé M, Jolly D, Mahmoudi R, Barbe C, Kanagaratnam L et al. Is health-

related quality of life an independent prognostic factor for 12-month mortality and nursing

home placement among elderly patients hospitalized via the emergency department? J Am

Med Dir Assoc. 2012 Jun;13(5):453-8.

72. Manzini FC, Simonetti JP. Nursing consultation applied to hypertensive clients:

application of Orem’s self-care theory. Rev Lat Am Enfermagem. 2009 Jan-Feb;17(1):113-9.

73. Sousa MLXF, Silva KL, Nobrega MML, Collet N. Déficits de autocuidado em crianças e

adolescentes com doença renal crônica. Texto contexto enferm. 2012 Mar;21(1):95-102.

72

74. Allison SE. Self-care requirements for activity and rest: an orem nursing focus. Nurs Sci

Q. 2007 Jan;20(1):68-76.

75. Simmons L. Dorthea Orem's self care theory as related to nursing practice in

hemodialysis. Nephrol Nurs J. 2009 Jul-Aug;36(4):419-21.

76. Silva IJesus, Oliveira MFV, Silva SÉD, Polaro SHI, Radünz V, Santos EKA et al .

Cuidado, autocuidado e cuidado de si: uma compreensão paradigmática para o cuidado de

enfermagem. Rev esc enferm USP. 2009 Sep;43(3):697-703.

77. Skelly AH, Leeman J, Carlson J, Soward ACM, Burns D. Conceptual model of symptom-

focused diabetes care for African Americans. J Nurs Scholarsh. 2008 Sep;40(3):261-7.

78. Landim CAP, Milomens KMP, Diógenes MAR. Déficits de autocuidado em clientes com

diabetes mellitus gestacional: uma contribuição para a enfermagem. Rev Gaucha Enferm.

2008 Set;29(3):374-81.

79. Lessmann JC, Conto F, Ramos G, Borenstein MS, Meirelles BHS. Atuação da

enfermagem no autocuidado e reabilitação de pacientes que sofreram acidente vascular

encefálico. Rev Bras Enferm. 2011 Jan-Fev;64(1):198-202.

80. Sousa VD, Zauszniewski JA, Bergquist-Beringer S, Musil CM, Neese JB, Jaber AF.

Reliability, validity and factor structure of the Appraisal of Self-Care Agency Scale-Revised

(ASAS-R). J Eval Clin Pract. 2010 Dec;16(6):1031-40.

81. Evers GC, Isenberg MA, Philipsen H, Senten M, Brouns G. Validity testing of the Dutch

translation of the appraisal of the self-care agency A.S.A.-scale. Int J Nurs Stud. 1993

Aug;30(4):331-42.

82 Karagozoglu S, Arikan A, Eraydin S. The fatigue and self-care agency levels of the elderly

people staying in rest homes and the relation between these two conditions. Arch Gerontol

Geriatr. 2012 May-Jun;54(3):e322-8.

83. Whittemore R, Knafl K. The integrative review: updated methodology. J Adv Nurs. 2005

Dec;52(5):546-53.

84. Crossetti, MGO. Revisão integrativa de pesquisa na enfermagem o rigor científico que lhe

é exigido. Rev Gaúcha Enferm. 2012 Jun;33(2):8-9.

85. Biggs, A. Orem's Self-Care Deficit Nursing Theory: Update on the State of the Art and

Science. Nurs Sci Q. 2008 Jul;21(3):200-6.

86. Critical Appraisal Skills Programme. Milton Keynes Primary Care Trust; 2002

73

87. Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Evidence-based practice in nursing & healthcare. A

guide to best practice. Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins; 2011.

88. Crossetti, MGO. Revisão integrativa de pesquisa na enfermagem o rigor científico que lhe

é exigido. Rev Gaúcha Enferm. 2012 Jun;33(2):8-9.

89. Polit DF, Beck CT. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências

para a prática da enfermagem. 7a ed. Porto Alegre: Artmed; 2011.

90. Sampieri RH, Collado CF, Lucio, MPB. Metodologia de pesquisa. 5ª ed. Porto Alegre:

Penso; 2013.

91. Sá MP, Silva DO, Lima EN, Lima RC, Silva FP, Rueda FG, et al. Postoperative

mediastinitis in cardiovascular surgery postoperation. Analysis of 1038 consecutive surgeries.

Rev Bras Cir Cardiovasc. 2010 Jan-Mar;25(1):19-24.

92. Araujo NR, Araújo RA, Oliveira RC, Bezerra SMMS. Complicações pós-operatórias em

pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Rev Enferm UFPE on line.

2013 Mai;7(5):1301-10.

93. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). CCEB - Critério de classificação

econômica Brasil. [Acesso em: 12 Set. 2012]. Disponível em:

https://www.abep.org/codigosguias/ABEP_CCEB.pdf.

94. Ware JE, Sherbourne CD. The MOS 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36). Med

Care. 1992 Jun;30(6):473-83.

95. Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua

portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36

(Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999 Mai-Jun;39(3):143-50.

96. Agresti A, Finlay B. Métodos estatísticos para as ciências sociais. 4a ed. Porto Alegre:

Penso; 2012.

97. Silva JV, Kimura M. Adaptação Cultural e Validação do Instrumento de Capacidades de

Autocuidado “Appraisal of self-care agency scale”. São Paulo, 2002. Tese. Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem, Universidade de São Paulo.

98. Lorensen M, Holter IM, Evers GCM, Isenberg MA, Van Achterberg T. Cross-cultural

testing of the appraisal of self-care agency: ASA scale’ in Norway. Int J Nurs Stud. 1993

Feb;30(1):15-23.

99. Söderhamn O, Evers G, Hamrin E. A Swedish version of the appraisal of Self-Care

Agency (ASA) scale. Scand J Caring Sci. 1996 Mar;10(1):3-9.

74

100. Arias AV, Álvarez LNR. Confiabilidad de la escala "Apreciación de la agencia de

autocuidado" (ASA), segunda versión en español, adaptada para población colombiana. Av

Enferm. 2009 Jan-Jun;27(1):38-47.

101. Fok MSM, Alexander MF, Wong TKS, McFadyen AK. Contextualising the Appraisal of

Self-care Agency Scale in Hong Kong. Contemp Nurse. 2002 Apr;12(2):124-34.

102. Evers GC, Isenberg MA, Philipsen H, Brouns G, Halfens R, Smeets H. The appraisal of

self-care agency’s ASA-Scale: research program to test reliability and validity. In:

Proceedings of the International Nursing Research Conference “New Frontiers in Nursing

Research.” Edmond: University of Alberta, Canada; 1986.

103. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisas.

Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Resolução Nº.

466/2012. Brasília; 2012.

75

APÊNDICES

76

APÊNDICE A - Questionário Sócio-Demográfico e Clínico Nº:____

I - Dados Sócio-Demográficos

1. Nome: __________________________________________________

2. Data do nascimento: ___/___/______ Idade: _____

3. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

4. Cor: ( ) Branca ( ) Preta ( ) Parda ( ) Amarela ou Indígena

5. Estado Civil: ( ) Casado ( ) Separado/Divorciado ( ) Solteiro ( ) Viúvo

6. Escolaridade: ( ) Não alfabetizado ( ) Somente alfabetizado

( ) Elementar incompleto ou da 1ª a 3ª série do 1º grau

( ) Elementar completo ou até a 4ª série do 1º grau

( ) 1º ciclo ou da 5ª a 8ª série do 1º grau ( ) 2º ciclo ou 2º grau

( ) Superior ( ) Não sabe/sem declaração

7. Situação profissional: ( ) Empregado ( ) Conta própria

( ) Empregador ( ) Não remunerado

8. Renda mensal individual: ________

9. Renda mensal familiar: ________

10. Principal responsável pela renda familiar: ( ) Sim ( ) Não

11. Número de pessoas na família: ___

12. Saneamento e luz elétrica: ( ) Água canalizada ( ) Esgoto e fossa séptica

( ) Lixo coletado ( ) Luz elétrica

13. Posse de itens:

14. Grau de instrução do chefe da família:

77

II - Dados Clínicos

15. Comorbidades:

( ) Hipertensão arterial ( ) Diabetes mellitus ( ) Doença arterial coronariana

( ) Doença pulmonar obstrutiva crônica ( ) Insuficiência renal crônica

( ) Etilismo ( ) Tabagismo

Outras:______________________________________________

16. Peso:_____

17. Altura:______

18. Manifestação clínica antes do internamento: ( ) IAM ( ) Angina

( ) IAM e Angina ( ) Sem manifestação ( ) Outras: ________________

19. Tratamento anterior à CRVM: ( ) Medicamentoso ( ) Angioplastia

78

APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Título do Projeto: “Autocuidado e Qualidade de Vida no Pré-Operatório de Revascularização

Miocárdica”.

Pesquisador Responsável: Raul Amaral de Araújo.

Telefone para contato: (81) 2126-7507.

Pesquisadoras participantes: Profª. Drª. Vânia Pinheiro Ramos e Profª. Drª. Telma Marques da

Silva.

Venho através deste documento, convidá-lo(a) a participar, como voluntário(a), da

pesquisa intitulada “Autocuidado e Qualidade de Vida no Pré-Operatório de Revascularização

Miocárdica”. Após explicações sobre as informações a seguir e caso aceite participar, assine

ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é do(a) senhor(a) e a outra é do

pesquisador responsável. Em caso de recusa o(a) senhor(a), não sofrerá nenhuma punição ou

prejuízo. Em caso de dúvida, o(a) senhor(a) pode procurar o Comitê de Ética em Pesquisa do

Complexo Hospitalar do Hospital Universitário Oswaldo Cruz/Pronto-Socorro Universitário

Cardiológico de Pernambuco pelos telefones (81) 3184-1460 ou (81) 3184-1271.

Esse estudo tem como objetivo principal avaliar a capacidade de cuidar de si e a

qualidade de vida dos pacientes que irão fazer a cirurgia de revascularização do miocárdio

(para colocar ponte de safena). Para realizar esse estudo, serão usados questionários, que

serão respondidos através de entrevista com o(a) senhor(a). Sua participação será responder

aos questionários.

A pesquisa respeitará a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do

Ministério da Saúde, que regulamenta o respeito aos quatro referenciais básicos da bioética:

autonomia (liberdade), não-maleficência (não causar dano), beneficência (ação de fazer o bem

a alguém) e justiça.

Desde já, firmo o compromisso em assegurar o sigilo e a privacidade das informações

obtidas durante o estudo, o qual não ocasionará nenhum risco físico. O(A) senhor(a) tem a

liberdade de se recusar a participar, de solicitar novas explicações e de retirar seu

consentimento em qualquer momento. Espera-se que as informações obtidas com esse estudo

possam ajudar nos cuidados ao pacientes que aguardam a cirurgia de revascularização do

miocárdio.

79

CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO

Eu, _____________________________________, RG/CPF_____________________, abaixo

assinado, concordo em participar do estudo “Autocuidado e Qualidade de Vida no Pré-

Operatório de Revascularização Miocárdica”. Fui devidamente informado e esclarecido pelo

pesquisador Raul Amaral de Araújo sobre o estudo, os procedimentos nele envolvidos, assim

como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido

que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer

penalidade.

Recife-PE,____de ________________ de 2013.

___________________________________________

Assinatura do sujeito Impressão datiloscópica

Presenciamos os esclarecimentos sobre a pesquisa e a solicitação de consentimento e

aceite do sujeito em participar:

Testemunha 1

Nome: _____________________________________________________________________.

Assinatura: _______________________________RG:_______________________________.

Testemunha 2

Nome: _____________________________________________________________________.

Assinatura: _______________________________RG:_______________________________.

Nome e Assinatura do pesquisador _____________________________________________.

80

ANEXOS

81

ANEXO A - Normas para Submissão da Revisão Integrativa

Normas de formatação

Quanto a:

IDENTIFICAÇÃO

1. O TÍTULO deverá ser formatado em:

a) Fonte Verdana, Tamanho 12, idioma PORTUGUÊS, letra maiúscula somente na primeira

palavra, Negrito, Justificado e espaçamento DUPLO entrelinhas

b) Conter o DESENHO DE PESQUISA (METODO) utilizado, preferencialmente no final,

precedido de dois pontos (:)

c) O uso de siglas está vedado

d) Utilizar letra maiúscula em início de substantivos próprios.

Ex:

Study of Unna boot compared to use of elastic bandage in patients with venous ulcers:

clinical trial

2. Os títulos das seções devem estar em letras MAIÚSCULAS COM NEGRITO.

Ex:

CONCLUSÃO

3. A revista NÃO considera QUALITATIVO ou QUANTITATIVO como método, mas sim

como abordagem.

4. Somente serão aceitas as submissões no idioma pátrio do primeiro autor. Ou seja,

brasileiros submetem em português.

5. Limite de 6 autores.

6. A versão para submissão não deve constar autoria ou afiliação.

*atualizadas em 24/04/2013. Normas de formatação www.objnursing.uff.br 2

NORMALIZAÇÃO

7. Não colocar numeração nas páginas.

8. Deverá ser mantido um espaçamento de duas linhas duplas entre as secções do texto.

9. Adotar o termo MÉTODO em detrimento a metodologia.

82

10. As seções RESULTADOS e DISCUSSÃO são obrigatórias e devem ser separadas.

11. Usar o termo CONCLUSÃO em detrimento a considerações finais.

12. Número máximo de palavras por seção de submissão:

TIPO DE SEÇÃO PALAVRAS

Resumos de tese e dissertações; Notas prévias 1000

Resultados preliminares; Notas de pesquisa 2000

Artigos originais e demais seções 5000

13. O número de palavras é contabilizado do título à última referência, incluindo resumo.

14. O conteúdo das submissões deverá obedecer a seguinte formatação:

a) Fonte Verdana, Tamanho 10, Justificado, Espaçamento entrelinhas duplo

b) SEM recuo de parágrafo

c) TODAS as margens com 2,5 cm

15. Citações de dados empíricos, como de entrevistas, devem ser apresentadas em nova linha,

em bloco próprio, distinto do texto normal, em itálico e sem aspas, com espaço simples e

recuo de 2 cm da margem esquerda.

16. A data da coleta dos dados deve estar expressa e limitada em ATÉ 3 ANOS ANTES da

DATA DE SUBMISSÃO.

17. O arquivo anexo deverá estar no formato Microsoft Word, até a versão 2003.

18. Digitalizar os comprovante de pagamento das taxas de submissão e publicação e enviar

para [email protected]

19. A partir do volume 1 de 2013 os artigos serão enviados para o CrossCheck®. Na

eventualidade de indícios de plágio, o mesmo não será publicado e não haverá devolução de

quaisquer investimentos realizados.

RESUMO

20. O RESUMO deverá ser estruturado e conter até 150 palavras, espaçamento simples,

contendo obrigatoriamente as seguintes secções destacadas em negrito: objetivo(s), método,

resultado, discussão, conclusão e descritores. Para o RESUMO, as seções INTRODUÇÃO e

CONSIDERAÇÕES FINAIS são opcionais.

21. Os descritores devem seguir um ordenamento de importância no que se refere à

caracterização do manuscrito e constar na lista de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) /

Medical Subject Headings (MeSH), disponível em http://regional.bvsalud.org/php/decsws.php

ou http://www.ncbi.nlm.nih.gov/Mesh

83

Ex:

RESUMO (título da seção em negrito e caixa alta)

Problema: Historicamente, a inconsistência no preenchimento dos metadados determina o

rechaço de mais de 70% de todas as submissões de publicações em saúde. Justificativa:

transcorridos exatos dois anos após a publicação do primeiro curso rápido para autores e a

mudança no corpo editorial do OBJN faz-se necessária à instrumentação dos autores com

vistas ao atendimento às novas demandas de publicação científica. Objetivo: demonstrar

passo-a-passo as etapas da correta execução dos metadados de acordo com as normas do

OBJN. Método: estudo descritivo apresentado sob a forma de curso rápido de metadados.

Resultados: blocos de imagens e diretrizes para preenchimento. Conclusão: O

estabelecimento do guia de preenchimento reduz o tempo de submissão, maximiza a

visibilidade do material submetido e do periódico e diminui o índice de rechaço. (corpo do

resumo com até 150 palavras justificadas destacando em negrito as seções)

Descritores: Acesso à Informação; Autoria e Co-Autoria na Publicação Científica;

Enfermagem Baseada em Evidências. (descritores com a primeira letra em maiúscula

separados por ponto e vírgula)

(dois espaços duplos)

FIGURAS

22. Todo tipo de representação visual não textual será considerada como figura e limitada a 6

no total: fotografia, gráfico, esquema, fluxograma, tabela etc.

23. As figuras devem ser numeradas em arábico, de acordo com a ordem de aparição no

trabalho, bem como devidamente referenciadas no corpo do texto, acompanhadas de título,

ano, local e legenda em fonte Verdana, tamanho 9, espaçamento duplo.

24. As figuras deverão possuir uma largura máxima de 16 cm e orientação vertical (retrato).

25. Nas tabelas, os TÍTULOS e o NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO devem vir em uma linha

acima da tabela.

26. Fotografias, que permitam a identificação do sujeito, deverão ser submetidas juntamente

com a autorização de direito de imagem e, possuir resolução mínima de 300 dpi e remetidas

em formato TIF (Tagged Image File Format). Combinação de gráfico e imagem na mesma

figura deve possuir resolução mínima de 500 dpi e formato de envio TIF ou EPS

(Encapsulated Post Script)

27. As figuras deverão ser incorporadas no corpo do texto precedidas da indicação de sua

localização em cor de fonte vermelha E anexadas como documentos suplementares.

84

28. Figuras devem conter: título e fonte; no decorrer do texto eles devem ser mencionados e;

devem estar obrigatoriamente em documento anexo em formato EDITÁVEL, como Excel®,

Powerpoint® etc.

29. Remeter imagens como documentos suplementares com indicação no corpo do texto

assinalada em vermelho o local de entrada de cada uma delas, de acordo com as seguintes

especificações:

a) Gráficos e tabelas: Microsoft Excel 2003

b) Diagramas/fluxogramas: Microsoft Powerpoint 2003

REFERÊNCIAS

30. Nas citações no corpo do texto, o número da referência deverá estar sobrescrito, entre

parênteses, após a citação e sucedido de ponto.

Ex:

O tratamento da insuficiência cardíaca (IC) consiste na otimização de fármacos com impacto

comprovado em morbidade e mortalidade(1).

31. NÃO utilizar o recurso de notas de rodapé/notas de fim do processador de texto.

32. Adotar MINIMAMENTE 5 referências em inglês.

33. Citar MINIMAMENTE um artigo publicado no OBJN.

34. Artigos publicados em mais de um idioma devem ser referenciados em INGLÊS.

35. As referências, salvo artigos históricos, de revisão ou excepcionalmente autorizados,

deverão ter até 5 anos de publicação.

36. Na seção de REFERÊNCIAS, as publicações deverão ser numeradas na ordem sequencial

de aparecimento no copo do texto, no estilo Vancouver, fonte Verdana 10, justificada,

espaçamento entrelinhas simples e espaçamento ANTES e DEPOIS = 2 pt.

37. Quantidade de REFERÊNCIAS por tipo de seção:

TIPO DE SEÇÃO REFERÊNCIAS

Notas prévias 3

Resumos de tese e dissertações 5

Artigos de revisão e bibliométricos 20

Artigos originais e demais seções 20

85

No corpo do artigo TODAS as referências devem ser apresentadas de maneira sequencial. Na

seção de REFERÊNCIAS, apresentar TODAS as referências em LISTA ÚNICA, obedecendo

as seguintes normas: (i) as referências relacionadas ao artigo (não resultantes do processo de

revisão) obedecem àquelas de publicações em geral (limitadas ao número de 20, até cinco

anos de publicação, cinco internacionais e minimamente uma do OBJN); (ii) ao final das

referências resultantes do processo de revisão (sem limite de data ou quantidade) deve-se

escrever o termo “[incluída na revisão]”, entre colchetes.

Ex:

a) Referência relacionadas ao artigo:

Magnago C, Pierantoni C, França T, Garcia A, Ney M, Matsumoto K. The influence of family

health strategy on health indicators in the municipalities of Rio de Janeiro, Brazil. Online

Braz J Nurs (Online) [internet]. 2011 May 3 [Cited 2013 Apr 5] 10(1). Available from:

http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3211. doi:

http://dx.doi.org/10.5935/1676-4285.20113211

b) Referência incluída na revisão:

Lima D. Design of research: a contribution for authors. Online Braz J Nurs (Online)

[internet]. 2011 Oct 17 [Cited 2013 Apr 24] 10(2):. Available from:

http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3648. doi:

http://dx.doi.org/10.5935/1676-4285.20113648 [included in the review]

Trabalhos de revisão deverão ser confeccionados na maior conformidade possível com o

preconizado em: Moher D, Cook DJ, Eastwood S, Olkin I, Rennie D, Stroup DF. Improving

the quality of reports of meta-analyses of randomised controlled trials: the QUOROM

statement. Lancet 1999; Nov 27;354(9193):1896-900.

86

ANEXO B - Normas para Submissão do Artigo Original

Revista Latino-Americana de Enfermagem

Instruções para preparação e submissão dos artigos

Atualizada em 24 de agosto de 2012

Essas instruções visam orientar os autores sobre as normas adotadas pela Revista Latino-

Americana de Enfermagem (RLAE) para avaliação de artigos e o processo de publicação. As

referidas instruções baseiam-se nas Normas para Manuscritos Submetidos a Revistas

Biomédicas: Escrever e Editar para Publicações Biomédicas, estilo Vancouver, formuladas

pelo “International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) - tradução realizada por

Sofie Tortelboom Aversari Martins, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP.

Missão da Revista

Publicar resultados de pesquisas de enfermagem e áreas afins que contribuam para o avanço

do conhecimento científico e para a prática profissional.

Política editorial

A Revista Latino-Americana de Enfermagem (RLAE) publica prioritariamente artigos

destinados à divulgação de resultados de pesquisas originais recentes. A RLAE, além de

números regulares, publica números especiais, os quais obedecem ao mesmo processo de

publicação dos números regulares, aonde todos os artigos são avaliados pelo sistema de

avaliação por pares (peer review). Os artigos devem destinar-se exclusivamente à RLAE, não

sendo permitida sua apresentação simultânea a outro periódico, quer na íntegra ou

parcialmente. Esta Revista desencoraja fortemente a submissão de artigos multipartes de uma

mesma pesquisa.

Cobertura temática

Enfermagem e áreas afins.

87

Público alvo

Pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, enfermeiros e profissionais de áreas

afins.

Direitos autorais

Os direitos autorais são de propriedade exclusiva da revista, transferidos por meio da

Declaração de Transferência de Direitos Autorais (presente no Formulário Individual de

Declarações) assinada pelos autores. Para a utilização dos artigos, a RLAE adota a Licença

Creative Commons, CC BY-NC Atribuição não comercial (resumo ou código completo da

licença). Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir,

compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a

citação da fonte, conferindo os devidos créditos autorais a Revista Latino-Americana de

Enfermagem. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos

editores.

Processo de julgamento

A Revista possui sistema eletrônico de submissão, avaliação e gerenciamento do processo de

publicação. Os artigos são encaminhados pelos autores, via on line, e recebem protocolo

numérico de identificação. Posteriormente, é realizada a conferência de normas pela

secretaria, os artigos que atendem às normas de publicação são encaminhados para pré-análise

e, se selecionados por apresentarem contribuições ao avanço do conhecimento científico em

enfermagem, são enviados a três consultores, selecionados pelo Editor Científico, para análise

com base no instrumento de avaliação da RLAE. Os artigos não adequados às normas de

publicação da revista são devolvidos aos autores para adequação e os artigos não selecionados

na pré-análise são recusados e os autores informados por mensagem do sistema. Utiliza-se o

sistema de avaliação por pares (peer review), de forma sigilosa, com omissão dos nomes dos

consultores e autores. As avaliações emitidas pelos consultores são apreciadas pelos editores

associados em relação ao conteúdo e pertinência. Os artigos podem ser aceitos, reformulados

ou recusados. Após a aceitação pelos editores associados, o artigo é encaminhado para

aprovação do Editor Científico-Chefe que dispõe de plena autoridade para decidir sobre a

aceitação ou não do artigo, bem como das alterações solicitadas. O parecer da revista é

enviado na sequência para os autores.

88

Registro de ensaios clínicos

A RLAE apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde

– OMS - e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE, reconhecendo a

importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre

estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente serão aceitos para publicação os

artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos

registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE,

cujos endereços estão disponíveis na url: HTTP://www.icmje.org. O número de identificação

deverá ser registrado ao final do resumo.

Categorias de artigos aceitos para avaliação

Artigos originais

São contribuições destinadas a divulgar resultados de pesquisa original e inédita, que possam

ser replicados e/ou generalizados.

São também considerados artigos originais as formulações discursivas de efeito teorizante e

as pesquisas de metodologia qualitativa, de modo geral.

Revisão sistemática

Utiliza método de pesquisa conduzido por meio da síntese de resultados de estudos originais,

quantitativos ou qualitativos, objetiva responder uma pergunta específica e de relevância para

a Enfermagem e/ou para a saúde. Descreve com pormenores o processo de busca dos estudos

originais, os critérios utilizados para a seleção daqueles que foram incluídos na revisão e os

procedimentos empregados na síntese dos resultados obtidos pelos estudos revisados (que

poderão ou não ser procedimentos de meta-análise ou metassíntese). As premissas da revisão

sistemática são: a exaustão na busca dos estudos, a seleção justificada dos estudos por

critérios de inclusão e exclusão explícitos e a avaliação da qualidade metodológica, bem como

o uso de técnicas estatísticas para quantificar os resultados.

Cartas ao Editor

Inclui cartas que visam discutir artigos recentes, publicados na Revista, ou relatar pesquisas

originais, ou achados científicos significativos.

89

Estrutura do artigo

Embora se respeite a criatividade e estilo dos autores na opção pelo formato do artigo, sua

estrutura é a convencional, contendo introdução, métodos, resultados, discussão e conclusão,

com destaque às contribuições do estudo para o avanço do conhecimento na área da

enfermagem.

A Introdução deve ser breve, definir claramente o problema estudado, destacando sua

importância e as lacunas do conhecimento. Incluir referências atualizadas e de abrangência

nacional e internacional.

Os Métodos empregados, a população estudada, a fonte de dados e os critérios de seleção

devem ser descritos de forma objetiva e completa.

Os Resultados devem estar limitados somente a descrever os resultados encontrados sem

incluir interpretações ou comparações. O texto complementa e não repete o que está descrito

em tabelas e figuras. Para artigos quantitativos é necessário apresentar os resultados separados

da discussão.

A Discussão enfatiza os aspectos novos e importantes do estudo e as conclusões que advêm

deles. Não repetir em detalhes os dados ou outras informações inseridos nas seções:

Introdução ou Resultados. Para os estudos experimentais, é útil começar a discussão com

breve resumo dos principais achados, depois explorar possíveis mecanismos ou explicações

para esses resultados, comparar e contrastar os resultados com outros estudos relevantes.

Descrever a inovação do conhecimento que o artigo apresentado traz a partir do que já foi

publicado na RLAE sobre o tema.

A Conclusão deve responder aos objetivos do estudo, restringindo-se aos dados encontrados.

Evitar afirmações sobre benefícios econômicos e custos, a não ser que o artigo contenha os

dados e análise econômica apropriada. Estabelecer novas hipóteses quando for o caso, mas

deixar claro que são hipóteses.

Autoria

O conceito de autoria adotado pela RLAE está baseado na contribuição substancial de cada

uma das pessoas listadas como autores (limitada a seis), no que se refere, sobretudo, à

concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise e interpretação dos

dados, redação e revisão crítica. Excepcionalmente, em estudos multicêntricos será examinada

a possibilidade de inclusão de mais do que seis autores, considerando as justificativas

apresentadas pelos mesmos.

90

Não se justifica a inclusão de nomes de autores cuja contribuição não se enquadre nos

critérios acima, podendo, nesse caso, figurar na seção Agradecimentos.

Os conceitos emitidos nos artigos são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), não

refletindo obrigatoriamente a opinião dos Editores e do Conselho Editorial.

Aprovação da versão final do artigo para publicação

O autor receberá por e-mail o artigo diagramado nas versões português, inglês e espanhol, em

formato PDF, para aprovação. Somente poderão ser solicitadas correções de forma, pois não

serão admitidos ajustes de conteúdo. O prazo para revisão e resposta será de dois dias. Caso

não haja manifestação do autor no referido prazo os arquivos serão considerados como

aprovados e, portanto, publicados. As correções deverão ser descritas no mesmo e-mail em

que os arquivos foram enviados ao autor.

Publicação

Os artigos são publicados em três idiomas, sendo a versão impressa editada em inglês e a

versão on line, em acesso aberto, em português, inglês e espanhol.

Submissão

No ato da submissão, o artigo deverá ser encaminhado à RLAE em um idioma (português ou

inglês ou espanhol) e, em caso de aprovação, a tradução deverá ser providenciada de acordo

com as recomendações da Revista, sendo o custo financeiro de responsabilidade dos autores.

A submissão de artigos é realizada somente no sistema on line no endereço

www.eerp.usp.br/rlae.

No momento da submissão o autor deverá anexar no sistema:

- checklist preenchido (download em www.eerp.usp.br/rlae)

- formulário individual de declarações (download em www.eerp.usp.br/rlae)

- arquivo do artigo

- aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ou declaração informando que a pesquisa não

envolveu sujeitos humanos.

O checklist é fundamental para auxiliar o autor no preparo do artigo de acordo com as normas

da RLAE.

91

A Revista efetuará a conferência do artigo e da documentação e, se houver alguma pendência,

solicitará correção. Caso a solicitação de adequação não seja atendida, a submissão será

cancelada automaticamente.

Política de arquivamento dos artigos

Os artigos recebidos pela RLAE, que forem cancelados ou recusados, serão eliminados

imediatamente dos arquivos da Revista.

Os arquivos dos artigos publicados serão mantidos pelo prazo de cinco anos, após esse

período, serão eliminados.

Versão, tradução e correção gramatical

Todos os artigos são publicados nos idiomas português, inglês e espanhol. Após a aprovação

dos artigos pelo Conselho de Editores os mesmos são encaminhados para correção gramatical

e versão/tradução para os outros dois idiomas diferentes daquele de origem da submissão.

Para garantir a qualidade das versões/traduções, as mesmas somente serão aceitas com a

certificação de uma das empresas indicadas pela RLAE.

Os autores poderão escolher um dentre os credenciados, respeitando o prazo estabelecido pela

revista para devolução do artigo. O custo das versões/traduções para os outros dois idiomas

diferentes da versão submetida é de responsabilidade dos autores que deverão efetuar o

pagamento diretamente para a empresa contratada.

Taxa de submissão

Taxa de submissão de R$150,00 que deverá ser depositada em nome da EERP/USP Revista

Latino-Americana de Enfermagem, Conta Corrente Nº: 8486-7, Agência: 1964-X - Banco do

Brasil, CNPJ: 63025530/0027-43. Não será devolvida a taxa de submissão para os

manuscritos não aceitos para publicação.

Erratas

As solicitações de correção deverão ser encaminhadas no prazo máximo de 30 dias após a

publicação do artigo.

92

PREPARO DOS ARTIGOS

Formulário on line de submissão

- título (conciso em até 15 palavras, porém, informativo, excluindo localização geográfica da

pesquisa e abreviações), nos idiomas português, inglês e espanhol;

- nome do(s) autor(es) por extenso, categoria profissional, maior título universitário, nome da

unidade e instituição aos quais o estudo deve ser atribuído, endereço eletrônico, cidade, estado

e país;

- nome, endereço postal, e-mail, os números de telefone/fax do autor responsável por qualquer

correspondência sobre o artigo;

- fonte(s) de apoio na forma de financiamentos, equipamentos e fármacos, ou todos esses;

- agradecimentos - nome de colaboradores cuja contribuição não se enquadre nos critérios de

autoria, adotados pela RLAE, ou lista de autores que ultrapassaram os nomes indicados

abaixo do título

- consultoria científica

- revisão crítica da proposta do estudo

- auxílio e/ou colaboração na coleta de dados

- assistência aos sujeitos da pesquisa

- revisão gramatical

- apoio técnico na pesquisa;

- vinculação do artigo a dissertação e tese, informando os títulos em português, inglês e

espanhol e a instituição responsável em que foi obtida;

- Resumo: Os resumos estão limitados a 200 palavras e estruturados em objetivos, método,

resultados e conclusões incluindo a contribuição do estudo para o avanço do conhecimento

científico. Citações ou abreviaturas (exceto abreviaturas reconhecidas internacionalmente, tais

como pesos, medidas e abreviaturas da área de Física ou Química) não são permitidas. Os

autores são fortemente encorajados a não apresentar a informação estatística, mas apenas

indicar o que é significativamente diferente (ou não) entre os parâmetros descritos.

- incluir de 3 a 6 descritores que auxiliarão na indexação dos artigos – para determinação dos

descritores consultar o site http://decs.bvs.br/ ou MESH – Medical Subject Headings

http://www.nlm.nih.gov/mesh/MBrowser.html

93

Arquivo do artigo

O arquivo do artigo também deverá apresentar, na primeira página, o título, o resumo e os

descritores, nessa sequência, nos idiomas português, inglês e espanhol. Não utilizar

abreviações no título e no resumo. Os termos por extenso, aos quais as abreviações

correspondem, devem preceder sua primeira utilização no texto, a menos que sejam unidades

de medidas padronizadas.

Documentação obrigatória

No ato da submissão dos artigos deverão ser anexados no sistema on line a cópia da

aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ou Declaração de que a pesquisa não envolveu

sujeitos humanos, em formato PDF, com tamanho máximo de 1Megabyte cada um, o

comprovante do depósito bancário da taxa de submissão e o arquivo do artigo a ser avaliado.

O formulário individual de declarações deverá ser impresso, preenchido, digitalizado e

anexado ao sistema on line.

Formatação obrigatória

- Papel A4 (210 x 297mm).

- Margens de 2,5cm em cada um dos lados.

- Letra Times New Roman 12.

- Espaçamento duplo em todo o arquivo.

- As tabelas devem ser elaboradas utilizando a ferramenta do word e estarem inseridas no

texto, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas

no texto e não utilizar traços internos horizontais ou verticais. Recomenda-se que o título seja

breve e inclua apenas os dados imprescindíveis, a localização e ano, evitando-se que sejam

muito longos, com dados dispersos e de valor não representativo. As notas explicativas devem

ser colocadas no rodapé das tabelas e não no cabeçalho ou título.

- Figuras (compreende os desenhos, gráficos, fotos, quadros, etc.) devem ser desenhadas,

elaboradas e/ou fotografadas por profissionais, em preto e branco. Em caso de uso de fotos os

sujeitos não podem ser identificados ou então possuir permissão, por escrito, para fins de

divulgação científica. Devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na

ordem em que foram citadas no texto. Serão aceitas desde que não repitam dados contidos em

tabelas. Nas legendas das figuras, os símbolos, flechas, números, letras e outros sinais devem

ser identificados e seu significado esclarecido. As abreviações não padronizadas devem ser

explicadas em notas de rodapé, utilizando os seguintes símbolos, em sequência:

*,†,‡,§,||,¶,**,††,‡‡.

94

- Ilustrações devem ser identificadas como figuras e estarem suficientemente claras para

permitir sua reprodução em 7,2cm (largura da coluna do texto) ou 15cm (largura da página).

Para ilustrações extraídas de outros trabalhos, previamente publicados, os autores devem

providenciar permissão, por escrito, para a reprodução das mesmas. Essas autorizações devem

acompanhar os artigos submetidos à publicação.

- Tabelas, figuras, ilustrações e quadros devem ser limitados a 5, no conjunto.

- Utilize somente abreviações padronizadas internacionalmente.

- Notas de rodapé: deverão ser indicadas por asteriscos, iniciadas a cada página e restritas ao

mínimo indispensável.

- O número máximo de páginas inclui o artigo completo, com os títulos, resumos e descritores

nos três idiomas, as ilustrações, gráficos, tabelas, fotos e referências.

- Artigos originais em até 17 páginas. Recomenda-se que o número de referências limite-se a

25. Sugere-se incluir aquelas estritamente pertinentes à problemática abordada, atualizadas, de

abrangência nacional e internacional e evitar a inclusão de número excessivo de referências

numa mesma citação.

- Artigos de revisão sistemática em até 20 páginas. Sugere-se incluir referências estritamente

pertinentes à problemática abordada, atualizadas, de abrangência nacional e internacional e

evitar a inclusão de número excessivo de referências numa mesma citação.

- Cartas ao Editor, máximo de 1 página.

- Depoimentos dos sujeitos deverão ser apresentados em itálico, letra Times New Roman,

tamanho 10, na sequência do texto. Ex.: a sociedade está cada vez mais violenta (sujeito 1).

- Citações ipsis litteres usar apenas aspas, na sequência do texto.

- Referências - numerar as referências de forma consecutiva, de acordo com a ordem em que

forem mencionadas pela primeira vez no texto. Identificá-las no texto por números arábicos,

entre parênteses e sobrescrito, sem menção dos autores. A mesma regra aplica-se às tabelas e

legendas.

- Quando se tratar de citação sequencial, separe os números por traço (ex.: 1-2); quando

intercalados use vírgula (ex.: 1,5,7).

A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores.

Como citar os artigos publicados na Revista Latino-Americana de Enfermagem:

Os artigos publicados na RLAE devem ser citados preferencialmente no idioma inglês.

95

Modelo de referências

PERIÓDICOS

1 – Artigo padrão

Figueiredo EL, Leão FV, Oliveira LV, Moreira MC, Figueiredo AF. Microalbuminuria in

nondiabetic and nonhypertensive systolic heart failure patients. Congest Heart Fail.

2008;14(5):234-8.

2 - Artigo com mais de seis autores

Silva ARV, Damasceno MMC, Marinho NBP, Almeida LS, Araújo MFM, Almeida PC, et al.

Hábitos alimentares de adolescentes de escolas públicas de Fortaleza, CE, Brasil. Rev. bras.

enferm. 2009;62(1):18-24.

3 – Artigo cujo autor é uma organização

Parkinson Study Group. A randomized placebo-controlled trial of rasagiline in levodopa-

treated patients with Parkinson disease and motor fluctuations: the PRESTO study. Arch

Neurol. 2005;62(2):241-8.

4 - Artigo com múltiplas organizações como autor

Guidelines of the American College of Cardiology; American Heart Association 2007 for the

Management of Patients With Unstable Angina/Non-ST-Elevation Myocardial Infarction. Part

VII. Kardiologiia. 2008;48(10):74-96. Russian.

5 – Artigo de autoria pessoal e organizacional

Franks PW, Jablonski KA, Delahanty LM, McAteer JB, Kahn SE, Knowler WC, Florez JC;

Diabetes Prevention Program Research Group. Assessing gene-treatment interactions at the

FTO and INSIG2 loci on obesity-related traits in the Diabetes Prevention Program.

Diabetologia. 2008;51(12):2214-23. Epub 2008 Oct 7.

6 - Artigo no qual o nome do autor possui designação familiar

King JT Jr, Horowitz MB, Kassam AB, Yonas H, Roberts MS. The short form-12 and the

measurement of health status in patients with cerebral aneurysms: performance, validity, and

reliability. J Neurosurg. 2005;102(3):489-94.

Infram JJ 3rd. Speaking of good health. Tenn Med. 2005 Feb;98(2):53.

7- Artigo com indicação de subtítulo

El-Assmy A, Abo-Elghar ME, El-Nahas AR, Youssef RF, El-Diasty T, Sheir KZ. Anatomic

predictors of formation of lower caliceal calculi: Is it the time for three-dimensional computed

tomography urography? J Endourol. 2008;22(9):2175-9.

96

8 – Artigo sem indicação de autoria

Dyspnea and pain in the left lower limb in a 52-year-old male patient. Arq Bras Cardiol

2000;75(6):28-32.

9 – Artigo em idioma diferente do português

Grimberg M. [Sexualidade, experiências corporais e gênero: um estudo etnográfico entre

pessoas vivendo com HIV na área metropolitana de Buenos Aires, Argentina]. Cad Saúde

Pública 2009;25(1):133-41. Espanhol.

10 – Artigo publicado em múltiplos idiomas

Canini SRMS, Moraes SA, Gir E, Freitas ICM. Percutaneous injuries correlates in the nursing

team of a Brazilian tertiary-care university hospital. Rev Latino-am Enfermagem set/out

2008;16(5):818-23. Inglês, Português, Espanhol.

11 – Artigo com categoria indicada (revisão, abstract etc.)

Silva EP, Sudigursky D. Conceptions about palliative care: literature review. Concepciones

sobre cuidados paliativos: revisión bibliográfica. [Revisão]. Acta Paul Enferm.

2008;21(3):504-8.

12 - Artigo publicado em fascículo com suplemento

Wolters ECh, van der Werf YD, van den Heuvel OA. Parkinson’s disease-related disorders in

the impulsive-compulsive spectrum. J Neurol. 2008;255 Suppl 5:48-56.

Abstracts of the 7th Annual Cardiovascular Nursing Spring Meeting of the European Society

of Cardiology Council on Cardiovascular Nursing and Allied Professions. March 23-24, 2007.

Manchester, United Kingdom. Eur J Cardiovasc Nurs. 2007;6 Suppl 1:S3-58.

de Leon-Casasola O. Implementing therapy with opioids in patients with cancer. [Review].

Oncol Nurs Forum. 2008;35 Suppl:7-12.

13 – Parte de um volume

Jiang Y, Jiang J, Xiong J, Cao J, Li N, Li G, Wang S. Retraction: Homocysteine-induced

extracellular superoxide dismutase and its epigenetic mechanisms in monocytes. J Exp Biol.

2008;211 Pt 23:3764.

14 – Parte de um número

Poole GH, Mills SM. One hundred consecutive cases of flap lacerations of the leg in aging

patients. N Z Med J 1994;107(986 Pt 1):377-8.

15 – Artigo num fascículo sem volume

Vietta EP. Hospital psiquiátrico e a má qualidade da assistência. Sinopses 1988.

97

16 – Artigo num periódico sem fascículo e sem volume

Oguisso T. Entidades de classe na enfermagem. Rev Paul Enfermagem 1981;6-10.

17 – Artigo com paginação indicada por algarismos romanos

Stanhope M, Turner LM, Riley P. Vulnerable populations. [Preface]. Nurs Clin North Am.

2008;43(3):xiii-xvi.

18 - Artigo contendo retratação

Duncan CP, Dealey C. Patients’ feelings about hand washing, MRSA status and patient

information. Br J Nurs. 2007;16(1):34-8. Retraction in: Bailey A. Br J Nurs. 2007;16(15):915.

19 - Artigos com erratas publicadas

Pereira EG, Soares CB, Campos SMS. Proposal to construct the operational base of the

educative work process in collective health. Rev Latino-am Enfermagem 2007 novembro-

dezembro; 15(6):1072-9. Errata en: Rev Latino-am Enfermagem 2008;16(1):163.

20 - Artigo publicado eletronicamente antes da versão impressa (ahead of print)

Ribeiro Adolfo Monteiro, Guimarães Maria José, Lima Marília de Carvalho, Sarinho Sílvia

Wanick, Coutinho Sônia Bechara. Fatores de risco para mortalidade neonatal em crianças

com baixo peso ao nascer. Rev Saúde Pública;43(1). ahead of print Epub 13 fev 2009.

21 - Artigo provido de DOI

Caldeira AP, Fagundes GC, Aguiar GN de. Intervenção educacional em equipes do Programa

de Saúde da Família para promoção da amamentação. Rev Saúde Pública 2008;42(6):1027-

1233. doi: 10.1590/S0034-89102008005000057.

22 - Artigo no prelo

Barroso T, Mendes A, Barbosa A. Analysis of the alcohol consumption phenomenon among

adolescents: study carried out with adolescents in intermediate public education. Rev Latino-

am Enfermagem. In press 2009.

23 – Artigo em idioma diferente do inglês

Arilla Iturri S, Artázcoz Artázcoz MA. External temporary pacemakers. Rev Enferm.

2008;31(11):54-7. Spanish.

LIVROS E OUTRAS MONOGRAFIAS

24 - Livro padrão

Ackley BJ, Ladwig GB. Nursing Diagnosis Handbo: an evidence-based guide to planning

care. 8th.ed. New York: Mosby; 2007. 960 p.

98

Bodenheimer HC Jr, Chapman R. Q&A color review of hepatobiliary medicine. New York:

Thieme; 2003. 192 p.

25 - Livro cujo nome do autor possui designação familiar

Strong KE Jr. How to Select a Great Nursing Home. London: Tate Publishing; 2008. 88p.

26 - Livro editado por um autor/editor/organizador

Bader MK, Littlejohns LR, editors. AANN core curriculum for neuroscience nursing. 4th. ed.

St. Louis (MO): Saunders; c2004. 1038 p.

27 – Livro editado por uma organização

Advanced Life Support Group. Pre-hospital Paediatric Life Support. 2nd ed. London (UK):

BMJ Bo s/Blackwells; 2005.

Ministério da Saúde (BR). Promoção da saúde: carta de Otawa, Declaração de Adelaide,

Declaração de Sunsvall, Declaração de Jacarta, Declaração de Bogotá. Brasília (DF):

Ministério da Saúde; 2001.

28 - Livro sem autor/editor responsável

HIV/AIDs resources: a nationwide directory. 10th ed. Longmont (CO): Guides for Living;

c2004. 792 p.

29 - Livro com edição

Modlin IM, Sachs G. Acid related diseases: biology and treatment. 2nd ed. Philadelphia:

Lippincott Williams & Wilkins; c2004. 522 p.

30 - Livro publicado em múltiplos idiomas

Ruffino-Neto A; Villa, TCS, organizador. Tuberculose: implantação do DOTS em algumas

regiões do Brasil. Histórico e peculiaridades regionais. São Paulo: Instituto Milênio Rede TB,

2000. 210 p. Português, Inglês.

31 – Livro com data de publicação/editora desconhecida e/ou estimada

Ministério da Saúde. Secretaria de Recursos Humanos da Secretaria Geral (BR). Capacitação

de enfermeiros em saúde pública para o Sistema Único de Saúde: controle das doenças

transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, [199?]. 96 p.

Hoobler S. Adventures in medicine: one doctor’s life amid the great discoveries of 1940-

1990. [place unknown]: S.W. Hoobler; 1991. 109 p.

32 - Livro de uma série com indicação de número

Malvárez, SM, Castrillón Agudelo, MC. Panorama de la fuerza de trabajo en enfermería en

América Latina. Washington (DC): Organización Panamericana de la Salud; 2005. (OPS.

Serie Desarrollo de Recursos Humanos HSR, 39).

99

33 – Livro publicado também em um periódico

Cardena E, Croyle K, editors. Acute reactions to trauma and psychotherapy: a

multidisciplinary and international perspective. Binghamton (NY): Haworth Medical Press;

2005. 130 p. (Journal of Trauma & Dissociation; vol. 6, no. 2).

34 - Capítulo de livro

Aguiar WMJ, Bock AMM, Ozella S. A orientação profissional com adolescentes: um

exemplo de prática na abordagem sócio-histórica. In: Bock AMM, Gonçalves Furtado O.

Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em Psicologia. São Paulo (SP): Cortez;

2001. p. 163-78.

PUBLICAÇÕES DE CONFERÊNCIAS

35 - Proceedings de conferência com título

Luis, MAV, organizador. Os novos velhos desafios da saúde mental. 9º Encontro de

Pesquisadores em Saúde Mental e Especialistas em Enfermagem Psiquiátrica; 27-30 junho

2006; Ribeirão Preto, São Paulo. Ribeirão Preto: EERP/USP; 2008. 320 p.

36 – Trabalho apresentado em evento e publicado em anais

Silva EC da, Godoy S de. Tecnologias de apoio à educação a distância: perspectivas para a

saúde. In Luis, MAV, organizador. Os novos velhos desafios da saúde mental. 9º Encontro de

Pesquisadores em Saúde Mental e Especialistas em Enfermagem Psiquiátrica; 27-30 junho

2006; Ribeirão Preto, São Paulo. Ribeirão Preto: EERP/USP; 2008. p. 255-60.

37 - Abstract de trabalho de evento

Chiarenza GA, De Marchi I, Colombo L, Olgiati P, Trevisan C, Casarotto S.

Neuropsychophysiological profile of children with developmental dyslexia [abstract]. In:

Beuzeron-Mangina JH, Fotiou F, editors. The olympics of the brain. Abstracts de 12th World

Congress of Psychophysiology; 2004 Sep 18-23; Thessaloniki, Greece. Amsterdam

(Netherlands): Elsevier; 2004. p. 16.

TESES E DISSERTAÇÕES - sugere-se que sejam citados os artigos oriundos da mesmas

38 – Dissertação/tese no todo

Arcêncio RA. A acessibilidade do doente ao tratamento de tuberculose no município de

Ribeirão Preto [tese de doutorado]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão

Preto da Universidade de São Paulo; 2008. 141 p.

100

RELATÓRIOS

39 - Relatórios de organizações

Ministério da Saúde (BR). III Conferência Nacional de Saúde Mental: cuidar sim, excluir não

– efetivando a reforma psiquiátrica com acesso, qualidade, humanização e controle social.

Brasília (DF): Conselho Nacional de Saúde; Ministério da Saúde; 2002. 211 p. Relatório final.

Page E, Harney JM. Health hazard evaluation report. Cincinati (OH): National Institute for

Occupational Safety and Health (US); fev 2001. 24 p. Report n. HETA2000-0139-2824.

PATENTE

40 - Patente

Shimo AKK, inventor; EERP assina. Sanitário portátil; Patente MV 7, 501, 105-0. 12 junho

1995.

JORNAIS

41 - Matéria de jornal diário

Gaul G. When geography influences treatment options. Washington Post (Maryland Ed.).

2005 Jul 24;Sect. A:12 (col. 1).

Talamone RS. Banida dos trotes, violência cede lugar à solidariedade. USP Ribeirão 16 fev

2009; Pesquisa: 04-05.

LEGISLAÇÃO

42 - Legislação

Lei n. 8213 de 24 de julho de 1991 (BR). Dispõe sobre os Planos de Benefícios da

Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União [periódico na internet].

14 ago 1991. [citado 4 jul 2008]. Disponível em:

http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1991/8213.htm

43 - Código legal

Occupational Safety and Health Act (OSHA) of 1970, 29 U.S.C. Sect. 651 (2000).

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS

44 - Livro na íntegra na internet

101

Berthelot M. La synthése chimica. [internet]. 10eme. ed. Paris (FR): Librairie Germer

Baillière; 1876. [acesso em: 13 fev 2009]. Disponível em:

http://www.obrasraras.usp.br/livro.php?obra=001874

45 - Livro na internet com múltiplos autores

Collins SR, Kriss JL, Davis K, Doty MM, Holmgren AL. Squeezed: why rising exposure to

health care costs threatens the health and financial well-being of American families [internet].

New York: Commonwealth Fund; 2006 Sep [acesso em: 2 nov 2006]. 34 p. Disponível em:

http://www.cmwf.org/usr_doc/Collins_squeezedrisinghltcarecosts_953.pdf

46 - Capítulo de livro na internet

National Academy of Sciences, Committee on Enhancing the Internet for Health

Applications: Technical Requirements and Implementation Strategies. Networking Health:

Prescriptions for the Internet [Internet]. Washington: National Academy Press; 2000. Chapter

2, Health applications on the internet; [Acess: 13 fev 2009]; p. 57-131. Available from:

http://bo s.nap.edu/openbo .php?record_id=9750&p age=57

National Academy of Sciences (US), Institute of Medicine, Board on Health Sciences Policy,

Committee on Clinical Trial Registries. Developing a national registry of pharmacologic and

biologic clinical trials: workshop report [internet]. Washington: National Academies Press

(US); 2006. Chapter 5, Implementation issues; [cited 2009 Nov 3]; p. 35-42. Available from:

http://newton.nap.edu/bos/030910078X/html/35.html

47 - Livros e outros títulos individuais em CD-ROM, DVD, ou disco

Kacmarek RM. Advanced respiratory care [CD-ROM]. Version 3.0. Philadelphia: Lippincott

Williams & Wilkins; c2000. 1 CD-ROM: sound, color, 4 3/4 in.

48 - Livro em CD-ROM, DVD, ou disco em um proceedings de conferência

Colon and rectal surgery [CD-ROM]. 90th Annual Clinical Congress of the American College

of Surgeons; 10-14 out 2004; New Orleans, LA. Woodbury (CT): Cine-Med; c2004. 2 CD-

ROMs: 4 3/4 in.

49 - Monografia na internet

Agency Facts. Facts 24. Agência Européia para a segurança e a saúde no Trabalho. 2002.

Violência no trabalho. [Acesso em: 27 fev 2008]. Disponível em:

http://agency.osha.eu.int/publications/factsheets/24/factsheetsn24-pt.pdf

Moreno AMH, Souza ASS, Alvarenga G Filho, Trindade JCB, Roy LO, Brasil PEA, et al.

Doença de Chagas. 2008. [Acesso em: 27 fev 2008]. Disponível em:

http://www.ipec.fiocruz.br/pepes/dc/dc.html

102

50 - Artigo de periódico na internet

Lin SK, McPhee DJ, Muguet FF. Open access publishing policy and efficient editorial

procedure. Entropy [internet]. 2006 [acesso em: 08 jan 2007];8:131-3. Disponível em:

http://www.mdpi.org/entropy/htm/e8030131.htm

51 - Artigo da internet com número de DOI

Almeida AFFF, Hardy E. Vulnerabilidade de gênero para a paternidade em homens

adolescentes. Rev Saúde Pública [internet]. 2007. [Acessado em 28 novembro

2008];41(4):565-72. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-

89102007000400010&lng=&nrm=iso

52 - Artigo de periódico da internet com partícula hierárquica no nome

Seitz AR, Nanez JE Sr, Holloway S, Tsushima Y, Watanabe T. Two cases requiring external

reinforcement in perceptual learning. J Vis [internet]. 22 ago 2006 [acesso em: 9 jan

2007];6(9):966-73. Disponível em: http://journalofvision.org//6/9/9/

53 - Artigo de periódico da internet com organização como autor

National Osteoporosis Foundation of South Africa. Use of generic alendronate in the

treatment of osteoporosis. S Afr Med J [internet]. 2006 Aug [acesso em: 9 jan

2009];96(8):696-7. Disponível em:

http://blues.sabinet.co.za/WebZ/Authorize?sessionid=0:autho=pubmed:password=pubmed2004&

/AdvancedQuery?&format=F&next=images/ejour/m_samj/m_samj_v96_n8_a12.pdf

54 - Artigo de periódico da internet com paginação em números romanos

Meyer G, Foster N, Christrup S, Eisenberg J. Setting a research agenda for medical errors and

patient safety. Health Serv Res [Internet]. abril 2001 [acesso em:9 jan 2009];36(1 Pt 1):x-xx.

Disponível em: http://www.pubmedcentral.nih.gov/picrender.fcgi?art

id=1089210&blobtype=pdf

55 - Artigo de periódico da internet com mesmo texto em dois ou mais idiomas

Alonso Castillo BAA, Marziale MHP, Alonso Castillo MM, Guzmán Facundo FR, Gómez

Meza MV. Situações estressantes de vida, uso e abuso de álcool e drogas em idosos de

Monterrey, México = Stressful situations in life, use and abuse of alcohol and drugs by

elderly in Monterrey, México = Situaciones de la vida estresantes, uso y abuso de alcohol y

drogas en adultos mayores de Monterrey, México. Rev Latino-am Enfermagem [internet].

jul/ago 2008 [Acesso em 24 novembro 2008];16(no. Spe):509-15. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=0104-1169&lng=pt&nrm=iso

Português, Inglês, Espanhol.

103

56 - Artigo de periódico da internet com título em idioma diferente do português

Tomson A, Andersson DE. [Low carbohydrate diet, liquorice, spinning and alcohol-

lifethreatening combination]. Lakartidningen. 2008 Oct 1-7;105(40):2782-3. Swedish.

57 - Proceedings de conferência na internet

Basho PG, Miller SH, Parboosingh J, Horowitz SD, editors. Credentialing physician

specialists: a world perspective [internet]. Proceedings; 08-10 jun 2000; Chicago. Evanston

(IL): American Board of Medical Specialties, Research and Education Foundation; [acesso

em 3 nov 2006]. 221 p. Disponível em: http://www.abms.org/publications.asp

58 - Legislação na internet

Lei 8.213, de 24 de julho de 1991 (BR). Dispõe sobre os planos de benefícios da previdência

social e dá outras providencias. 1991. [acesso em 17 fev 2009]. Disponível em:

http://www.trt02.gov.br/Geral/tribunal2/Legis/Leis/8213_91.html

59 - Documentos publicados na internet

Organização Internacional do Trabalho (OIT). A eliminação do trabalho infantil: um objetivo

ao nosso alcance. Suplemento – Brasil Relatório Global – 2006. 2006. [acesso em 17 fev

2009]. Disponível em:

http://www.oitbrasil.org.br/info/download/GR_2006_Suplemento_Brasil.pdf

60 - Verbete de dicionário na internet

Merriam-Webster medical dictionary [internet]. Springfield (MA): Merriam-Webster

Incorporated; c2005. Cloning; [cited 2006 Nov 16]; [about 1 screen]. Available from:

http://www2.merriam-webster.com/cgi-bin/mwmednlm?bo =Medical&va=cloning

61 – Tese e Dissertação na internet (sugere-se que sejam citados os artigos oriundos das

mesmas)

Sperandio DJ. A tecnologia computacional móvel na sistematização da assistência de

enfermagem: avaliação de um software – protótipo [tese na internet]. Ribeirão Preto (SP):

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 2008 [acesso em: 13

fev 2009]. 141 p. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-

11092008-165036/publico/DirceleneJussaraSpe randio.pdf

62 - Homepage na internet

Biblioteca Virtual em Saúde [internet]. São Paulo: BIREME/HDP/OPAS/OMS; 1998 [acesso

em: 13 fev 2009]. Disponível em: http://regional.bvsalud.org/php/index.php?lang=pt

63 - Bases de dados/sistemas de recuperação na internet com autor

individual/organização

104

Vucetic N, de Bri E, Svensson O. Clinical history in lumbar disc herniation. A prospective

study in 160 patients [internet]. São Paulo (SP): Centro Cochrane do Brasil/Escola Paulista de

Medicina - Universidade Federal de São Paulo. [1996] – [atualizada em 29 jan 2009; acesso

em: 12 fev 2009]. Disponível em: http://cochrane.bvsalud.org/cochrane/

Ministério da Previdência Social (BR). Base de dados históricos do Anuário Estatístico da

Previdência Social: resumo de acidentes do trabalho-2006. [internet]. [acesso em: 7 fev 2009].

Disponível em: http://creme.dataprev.gov.br/temp/DACT01consulta34002030.htm

64 - Bases de dados na íntegra na internet

Bases de Datos de Tesis Doctorales (TESEO) [internet]. Madrid: Ministerio de Educacion y

Ciencia. [1976] - [acesso em: 12 fev 2009]. Disponível em:

http://www.mcu.es/TESEO/teseo.html

65 - Matéria de jornal na internet

Russo N. Transplantes crescem 12,5% em 98. Folha de São Paulo 19 jan 1999. [acessado em

5 de setembro de 2008]. Disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff19019920.htm

105

ANEXO C - Questionário sobre Qualidade de Vida Relacionada à Saúde - Medical Outcomes

36 Item Short Form Health Survey*

Data:___/___/_______ Questionário Nº:_______

Nome:___________________________________________________________

SF1. Em geral, você diria que sua saúde é:

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim

1 2 3 4 5

SF2. Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora?

Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior

1 2 3 4 5

SF3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um

dia comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste

caso, quanto?

Atividades Sim. Dificulta

muito.

Sim. Dificulta um

pouco.

Não. Não dificulta

de modo algum.

a) Atividades Rigorosas, que

exigem muito esforço, tais

como correr, levantar objetos

pesados, participar em esportes

árduos.

1 2 3

b) Atividades moderadas, tais

como mover uma mesa, passar

aspirador de pó, jogar bola,

varrer a casa.

1 2 3

c) Levantar ou carregar

mantimentos 1 2 3

d) Subir vários lances de

escada 1 2 3

e) Subir um lance de escada 1 2 3

f) Curvar-se, ajoelhar-se ou

dobrar-se 1 2 3

g) Andar mais de um

quilômetro 1 2 3

h) Andar vários quarteirões 1 2 3

i) Andar um quarteirão 1 2 3

j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

106

SF4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu

trabalho ou com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?

Sim Não

a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu

trabalho ou a outras atividades? 1 2

b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2

c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p.

ex. necessitou de um esforço extra). 1 2

SF5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu

trabalho ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência de algum problema

emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)?

Sim Não

a) Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu

trabalho ou a outras atividades? 1 2

b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2

c) Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto

cuidado como geralmente faz? 1 2

SF6. Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais

interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, aos vizinhos, aos

amigos ou em grupo?

De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

SF7. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave

1 2 3 4 5 6

SF8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal

(incluindo o trabalho fora de casa e dentro de casa)?

De forma nenhuma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente

1 2 3 4 5

107

SF9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você

durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais se

aproxime de maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas:

Todo

Tempo

A

maior

parte

do

tempo

Uma

boa

parte

do

tempo

Alguma

parte

do

tempo

Uma

pequena

parte do

tempo

Nunca

a) Quanto tempo você tem se

sentindo cheio de vontade,

cheio de força?

1 2 3 4 5 6

b) Quanto tempo você tem se

sentido uma pessoa muito

nervosa?

1 2 3 4 5 6

c) Quanto tempo você tem se

sentido tão deprimido que nada

pode animá-lo?

1 2 3 4 5 6

d) Quanto tempo você tem se

sentido calmo ou tranqüilo? 1 2 3 4 5 6

e) Quanto tempo você tem se

sentido com muita energia? 1 2 3 4 5 6

f) Quanto tempo você tem se

sentido desanimado ou

abatido?

1 2 3 4 5 6

g) Quanto tempo você tem se

sentido esgotado? 1 2 3 4 5 6

h) Quanto tempo você tem se

sentido uma pessoa feliz? 1 2 3 4 5 6

i) Quanto tempo você tem se

sentido cansado? 1 2 3 4 5 6

SF10. Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas

emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?

Todo o tempo A maior parte do

tempo

Alguma parte do

tempo

Uma pequena

parte do tempo

Nenhuma parte

do tempo

1 2 3 4 5

108

SF11. O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?

Definitivamente

verdadeiro

A maioria

das vezes

verdadeiro

Não

sei

A maioria

das vezes

falso

Definitivamente

falso

a) Eu costumo

adoecer um pouco

mais facilmente

que as outras

pessoas

1 2 3 4 5

b) Eu sou tão

saudável quanto

qualquer pessoa

que eu conheço

1 2 3 4 5

c) Eu acho que a

minha saúde vai

piorar

1 2 3 4 5

d) Minha saúde é

excelente 1 2 3 4 5

*Fonte: CICONELLI, Rozana Mesquita. Tradução para o português e validação do

questionário genérico de avaliação de qualidade de vida “Medical Outcomes 36 Item

Short Form Health Survey - SF-36”. São Paulo, 1997. 143p. Tese. Escola Paulista de

Medicina, Universidade Federal de São Paulo.

109

ANEXO D - Escala para Avaliar a Capacidade de Autocuidado*

Itens Discordo

totalmente

Discordo Nem concordo

nem discordo

Concordo Concordo

totalmente

1. Quando acontece

qualquer tipo de alteração

na minha vida, procuro fazer as mudanças

necessárias para manter-

me saudável.

1 2 3 4 5

2. Geralmente vejo se

tudo aquilo que faço para

manter minha saúde está

certo.

1 2 3 4 5

3. Quando tenho

dificuldade para

movimentar alguma parte do meu corpo, procuro

dar um jeito para resolver

o problema.

1 2 3 4 5

4. Procuro manter limpo e saudável o lugar onde

vivo.

1 2 3 4 5

5. Quando necessário,

tomo novas providências para manter-me saudável.

1 2 3 4 5

6. Sempre que posso,

cuido de mim. 1 2 3 4 5

7. Procuro as melhores maneiras de cuidar de

mim.

1 2 3 4 5

8. Tomo banho, sempre que

necessário, para manter a

minha higiene.

1 2 3 4 5

9. Procuro alimentar-me de maneira a manter meu

peso certo.

1 2 3 4 5

10. Quando necessário,

reservo um tempo para estar comigo mesmo.

1 2 3 4 5

11. Sempre que posso,

faço ginástica e descanso no meu dia-a-dia.

1 2 3 4 5

12. Com o passar dos

anos, fiz amigos com

quem posso contar.

1 2 3 4 5

13. Geralmente durmo o

suficiente para me sentir

descansado. 1 2 3 4 5

110

14. Quando recebo

informações sobre minha

saúde, faço perguntas para esclarecer aquilo que não

entendo.

1 2 3 4 5

15. De tempos em tempos

examino o meu corpo para ver se há alguma

diferença.

1 2 3 4 5

16. Antes de tomar um remédio novo procuro

informar-me se ele causa

algum mal-estar.

1 2 3 4 5

17. No passado, mudei alguns dos meus antigos

costumes para melhorar

minha saúde.

1 2 3 4 5

18. Normalmente tomo

providências para manter

minha segurança e a de

minha família.

1 2 3 4 5

19. Costumo avaliar se as

coisas que faço para manter-me saudável têm

dado bom resultado.

1 2 3 4 5

20. No meu dia-a-dia,

geralmente encontro tempo para cuidar de mim

mesmo.

1 2 3 4 5

21. Se tenho algum problema de saúde, sei

conseguir informações

para resolvê-lo.

1 2 3 4 5

22. Procuro ajuda quando não tenho condições de

cuidar de mim mesmo.

1 2 3 4 5

23. Sempre acho tempo

para mim mesmo. 1 2 3 4 5

24. Mesmo tendo

dificuldades para

movimentar alguma parte do meu corpo, geralmente

consigo cuidar-me

como gostaria.

1 2 3 4 5

*SILVA, José Vitor; KIMURA, Miako. Adaptação Cultural e Validação do Instrumento de

Capacidades de Autocuidado “Appraisal of self-care agency scale”. Trabalho de Pesquisa.

(Doutorado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, São Paulo,

2002.

111

ANEXO E - Carta de Anuência

112

ANEXO F - Termo Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa Elaborado pela

Instituição Participante

113

114

115

ANEXO G - Termo Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa Elaborado pela

Instituição Coparticipante

116