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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA MONIQUE BARCELOS LOPES CONTROLE DA MANCHA BACTERIANA DO TOMATEIRO COM BIOFERTILIZANTES Uberlândia MG Julho - 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE AGRONOMIA

MONIQUE BARCELOS LOPES

CONTROLE DA MANCHA BACTERIANA DO TOMATEIRO COM

BIOFERTILIZANTES

Uberlândia – MG

Julho - 2015

MONIQUE BARCELOS LOPES

CONTROLE DA MANCHA BACTERIANA DO TOMATEIRO COM

BIOFERTILIZANTES

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Agronomia,

da Universidade Federal de Uberlândia,

para obtenção do grau de Engenheira

Agrônoma.

Orientadora: Nilvanira Donizete

Tebaldi

Uberlândia – MG

Julho - 2015

MONIQUE BARCELOS LOPES

CONTROLE DA MANCHA BACTERIANA DO TOMATEIRO COM

BIOFERTILIZANTES

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Agronomia,

da Universidade Federal de Uberlândia,

para obtenção do grau de Engenheira

Agrônoma.

Aprovado pela Banca Examinadora em 09 de Julho de 2015.

Prof a. Dr

a. Maria Amelia dos Santos Eng

a. Agr

a. Lara Caroline B. M. Mota

Membro da Banca Membro da Banca

_____________________________________

Profa. Dra. Nilvanira Donizete Tebaldi

Orientadora

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço à Deus, por renovar a cada momento a minha força e

disposição ao longo dessa jornada.

À minha família, que de forma especial e carinhosa me deram força e coragem,

me apoiando nos momentos de dificuldades. Obrigada por contribuir com tantos

ensinamentos e conhecimentos ao longo de minha vida.

À Professora. Dra. Nilvanira Donizete Tebaldi, pelo o apoio e conhecimento

transmitido.

Aos meus colegas de faculdade, que tornaram esses cinco anos mais fáceis, me

ajudando com os trabalhos, e me fazendo rir nas horas vagas.

RESUMO

Uma das principais doenças que provoca perdas na produtividade e qualidade do

tomateiro é a mancha bacteriana causada por quatro espécies de Xanthomonas. A

utilização dos biofertilizantes no controle de pragas e doenças de plantas tem sido bem

evidenciada. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes fontes de

biofertilizantes no tratamento preventivo e curativo da mancha bacteriana do tomateiro.

O experimento foi em blocos casualizados em esquema fatorial 2x5x4 com quatro

repetições, sendo considerado como unidade experimental, um vaso contendo duas

plantas. Os produtos avaliados foram Soil Set, Agro Mos, Copper Crop e Kocide, a

cultivar utilizada de tomate foi a Santa Cruz Kada. Para o tratamento preventivo, foi

feita pulverização dos produtos nas plantas de tomateiro com 3 a 4 folhas e dois dias

após foi feita a inoculação por aspersão da suspensão bacteriana a 109 UFC.mL

-1, 10

6

UFC.mL-1

e 103

UFC.mL-1

. Para o tratamento curativo, foi feita a inoculação por

aspersão das suspensões bacterianas nas plantas e 2 dias após foi feita a pulverizações

dos produtos. As plantas foram mantidas em câmara úmida 24 h antes e após a

inoculação. A severidade da doença foi avaliada usando uma escala de notas, calculando

a área abaixo da curva de progresso da doença. No controle preventivo, houve diferença

significativa entre os biofertilizantes e a testemunha, na concentração de inóculo 106

UFC.mL-1

. Os biofertilizantes Agro Mos e Copper Crop foram os mais eficientes para o

controle da mancha bacteriana do tomateiro.

Palavras chave: Solanum lycopersicum, Xanthomonas euvesicatoria,

X. perforans, X. vesicatoria, Controle alternativo.

Sumário

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 7

2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 8

2.1 Importância econômica do tomateiro ..................................................................... 8

2.2 Doenças bacterianas ............................................................................................... 8

2.3 Gênero Xanthomonas ............................................................................................. 9

2.4 Etiologia do patógeno ............................................................................................. 9

2.5 Mancha bacteriana ................................................................................................ 10

2.6 Uso de biofertilizantes no controle de doenças .................................................... 11

3 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 13

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 15

5 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 17

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 18

7

1 INTRODUÇÃO

O tomateiro (Solanum lycopersicum L.) é uma das culturas olerícolas de maior

importância econômica no mundo, sendo uma das culturas mais exigentes em cuidados

fitossanitários, devido ao grande número de doenças que a acometem e pela elevada

capacidade destrutiva e difícil controle dos patógenos (RAMALHO, 2007).

No Brasil, o tomateiro está sujeito ao ataque de várias fitobactérias que causam

doenças na parte aérea das plantas, uma das mais destrutivas do tomateiro é a mancha

bacteriana, que pode ser causada por quatro espécies de Xanthomonas (X. euvesicatoria,

X. vesicatoria, X. gardneri e X. perforans) (ROBBS et al., 1981). Esta doença acarreta

perdas consideráveis na produtividade e na qualidade do fruto. Amplamente difundida

no país e encontra-se praticamente, em todas as regiões produtoras do tomateiro. O

controle químico para essa bacteriose, com a aplicação de antibióticos e fungicidas, tem

sido pesquisado, entretanto, devido ao rápido aumento da quantidade de inóculo e fácil

disseminação do patógeno, em muitos casos, não tem sido eficiente (MARINGONI et

al., 1986; ARAÚJO et al., 2003).

Neste caso, é reconhecido que o uso intensivo de agrotóxicos na agricultura tem

provocado diversos problemas de ordem ambiental, como: a contaminação dos

alimentos, do solo, da água e dos animais; a intoxicação de agricultores; a resistência de

patógenos, de pragas e de plantas invasoras a certos pesticidas; o desequilíbrio

biológico, alterando a ciclagem de nutrientes e da matéria orgânica; a eliminação de

organismos benéficos; a redução da biodiversidade, entre outras (EMBRAPA, 2003).

Uma prática útil e de baixo custo, é o emprego de biofertilizantes,

principalmente pelo fato da crescente procura por novas tecnologias de produção e que

apresentem redução de custos e a preocupação com a qualidade de vida no planeta.

Esses fatos, contudo, têm encorajado pesquisadores e produtores rurais a

experimentarem biofertilizantes preparados a partir da digestão aeróbica ou anaeróbica

de materiais orgânicos, com o adubo foliar, em substituição aos fertilizantes minerais

(FERNANDES et al., 2000), visto que em agricultura orgânica os mesmos são

recomendados como forma de manter o equilíbrio nutricional de plantas e torná-las

menos predispostas á ocorrência de pragas e de patógenos (SANTOS, 2001).

Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes fontes de

biofertilizantes no controle preventivo e curativo da mancha bacteriana no tomateiro,

causada pelas bactérias Xanthomonas spp., em casa de vegetação.

8

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Importância econômica do tomateiro

O tomate é uma hortaliça que faz parte, diariamente, da dieta alimentar da

maioria da população brasileira. Dentre as hortaliças, é uma das culturas mais

importantes, não apenas em produção, mas também em valor sócio-econômico. É a

hortaliça mais industrializada, empregando grandes contingentes de mão-de-obra, com

um mercado de derivados (KROSS et al., 2001).

O último levantamento sobre área cultivada no país, realizado pelo IBGE (2014),

apontou um total de 58,7 mil hectares cultivados em 2013, sendo que, desse total,

aproximadamente 30%, ou 17,6 mil hectares, são destinados para o segmento de

processamento industrial. Sobressai-se o produto para consumo in natura, com

aproximadamente 70% do total. Entre as regiões produtoras, o destaque fica com o

Sudeste, especialmente São Paulo (tendo à frente a região de Itapeva) e Minas Gerais

(com ênfase para a região de Araguari). Já o tipo industrial é mais cultivado em Goiás,

no Centro-Oeste, que em 2013 produziu 1,25 milhão de toneladas (IBGE, 2014).

O tomate pode, por meio de processamento adequado, dar origem a inúmeros

produtos, alguns deles de elevado consumo no Brasil: o tomate seco, suco, purê, polpa

concentrada, extrato, catchups (ou ketchup, ou catsup), molhos culinários diversos,

inclusive tomate em pó. Com a abertura para importação nas décadas de 1980 e 1990, o

tomate seco destacou-se com grande aceite do consumidor brasileiro (FRANÇA, 2007).

2.2 Doenças bacterianas

O tomateiro está sujeito a várias doenças que podem limitar sua produção.

Várias destas doenças só podem ser controladas eficientemente quando se adota um

programa de manejo integrado adequado, envolvendo o uso de variedades resistentes e a

adoção de medidas de exclusão, erradicação e proteção (KIMATI et al., 2005).

Dentre as principais doenças, aquelas causadas por bactérias fitopatogênicas

assumem especial importância para a cultura, na qual podem se tornar limitantes à

produção. No Brasil já foram registradas infectando naturalmente o tomateiro, as

bactérias Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, Pectobacterium

9

atrosepticum (Erwinia carotovora subsp. atroseptica), Pectobacterium carotovorum

subsp. carotovorum (Erwinia carotovora subsp.. carotovora), Dickeya chrysanthemi (E.

chrysanthemi), Pseudomonas corrugata, P. marginalis, P.syringae pv. tomato,

Ralstonia solanacearum, Xanthomonas euvesicatoria,, X. vesicatoria, X. gardneri e X.

perforans (MALAVOTA et al., 2008).

A mancha-bacteriana, causada por bactérias do gênero Xanthomonas (Dowson),

é uma das doenças mais importantes do tomateiro no Brasil, com ocorrência frequente

em áreas irrigadas por aspersão tradicional ou por pivô-central, independente do estádio

da cultura (BARBOSA, 1996).

2.3 Gênero Xanthomonas

O gênero Xanthomonas foi proposto por Dowson em 1939, sendo composto por

bactérias Gram-negativas, móveis, com único flagelo polar ou raramente com dois

flagelos, não produtoras de esporos, formando colônias com forma arredondada em

meio adequado (ELROD; BRAUN, 1947). As bactérias deste gênero constituem um dos

grupos de fitopatógenos mais prevalentes na natureza, com capacidade de infectar

aproximadamente 390 espécies botânicas, sendo 120 monocotiledôneas e 270

dicotiledôneas (LEYNS et al., 1984). A capacidade de causar danos em uma grande

variedade de plantas torna o estudo do gênero de grande interesse para a pesquisa

básica, bem como para a aplicada, pois a produtividade de diferentes culturas de

interesse agronômico pode ser afetada por patógenos pertencentes a este grupo (LEITE

JR., 1990).

2.4 Etiologia do patógeno

As bactérias causadoras da mancha bacteriana, tanto em pimentão quanto em

tomate, possuem uma variabilidade genética muito grande. Esta variabilidade do

patógeno começou a ser mais bem esclarecida quando se observou que os isolados

provenientes de tomate hidrolisavam amido e os de pimentão, não (BURKHOLDER;

LI, 1941). Posteriormente, Dye (1964) confirmou que isolados oriundos de pimentão

hidrolisavam amido mais fracamente que aqueles de tomate. Logo, estabeleceram-se

dois diferentes grupos causadores da mancha bacteriana (VAUTERIN et al., 2000):

Xanthomonas axonopodis pv. vesicatoria (sem atividade amidolítica) e X. vesicatoria

(amidolítico positivo). Estudos incluindo testes de patogenicidade, bioquímicos,

10

atividade enzimáticas, marcadores genéticos, hibridização DNA-DNA e comparação de

seqüências de RNA, concluíram que dentro do grupo das Xanthomonas patogênicas ao

tomate e pimentão existem quatro grupos fenotípicos distintos, que foram classificados

como três espécies distintas: X. axonopodis pv. vesicatoria (grupos A e C), X.

vesicatoria (grupo B) e X. gardneri (grupo D) (JONES et al., 2000). Jones et al. (2004)

propuseram uma reclassificação do grupo, onde X. axonopodis pv. vesicatoria foi

denominada como Xanthomonas euvesicatoria (grupo A) e foi incluído no grupo, além

das três espécies já existentes, o táxon X. perforans (grupo C) entre os agentes

causadores da mancha bacteriana. Além disso, isolados de cada espécie podem ser

caracterizados quanto a raças, de acordo com o comportamento de causar ou não reação

de hipersensibilidade, em variedades diferenciais de tomate e pimentão (STALL et al.,

2009).

O patógeno apresenta uma gama de hospedeiros bastante diversificada dentro da

família botânica Solanaceae. Espécies como Capsicum frutescens, Lycopersicon

pimpinellifolium, Datura stramonium, Hyoscyamus niger, H. aureus, Lycium chinense,

L. halimifolium, Nicotiana rustica, Physalis minima, Solanum dulcamara, S. nigrum, S.

rostratum, S. tuberosum, S. melongena e Nicandra physaloides, já foram verificadas

como espécies hospedeiras da bactéria (DYE et al., 1964; LAUB; STALL, 1967;

JONES; STALL, 1998).

2.5 Mancha bacteriana

A mancha bacteriana foi primeiramente observada no tomateiro na África do

Sul, em 1914. No Brasil, a doença foi relatada primeiramente em 1947, na região

Nordeste, causando prejuízos em mudas e plantações de pimentão, e um pouco mais

tarde, no estado do Rio de Janeiro (ROBBS, 1953).

Os sintomas da mancha-bacteriana ocorrem em toda parte aérea da planta,

podendo aparecer em qualquer estádio da cultura (GITAITIS et al., 1992). Nas folhas,

os primeiros sintomas aparecem na forma de pequenas áreas encharcadas de formato

irregular, porém com bordos definidos, que se tornam deprimidas passando de uma

coloração amarelada ou verde-clara para marrom-escura até a necrose dos tecidos

(GOODE; SASSER, 1980). Nas peças florais, usualmente, o ataque resulta em sérios

declínios de florescimento. Já em frutos verdes, aparecem manchas levemente elevadas,

que comumente têm halos branco-esverdeados, e alargam-se entre 3 a 6 mm de

11

diâmetro (HIGGINS, 1922; KUROZAWA; PAVAN, 1997; LOPES; QUEZADO-

DUVAL, 2005).

Diferentemente do que ocorre em plantas de pimentão, no tomateiro, a mancha

bacteriana não leva à queda das folhas. Com o coalescimento das lesões foliares, ocorre

a secagem e a destruição da folhagem a partir da parte inferior da planta, favorecendo o

aparecimento nos frutos de sintomas de queima de sol (LOPES; QUEZADO-SOARES,

1997).

A bactéria não sobrevive no solo por longos períodos, entretanto, pode

sobreviver em restos culturais ou epifitamente na superfície foliar do tomateiro ou

demais hospedeiras (RODRIGUES NETO, 2000). A doença é favorecida por

temperaturas entre 22,5 e 27,5°C e alta umidade relativa (MORTON, 1965). As

fitobactérias têm capacidade de multiplicarem-se à custa de exsudados do hospedeiro

sem infectá-lo, e assim incrementar a quantidade de inóculo até o suficiente para o

surgimento de uma epidemia, como no caso de Xanthomonas vesicatoria em tomate

(LEBEN, 1963). A bactéria penetra na planta através dos estômatos ou através de

ferimentos provocados por equipamentos ou tratos culturais como amarrio e desbrota

(VAKILI, 1967). A bactéria é disseminada por respingos de água a curta distância

(ROMEIRO, 1995) e por mudas (LEBEN, 1963), ou sementes infectadas a longa

distância (LOPES; QUEZADO-SOARES, 1997).

2.6 Uso de biofertilizantes no controle de doenças

Os biofertilizantes podem ser definidos como sendo produtos que contenham

princípio ativo ou agente capaz de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou partes

das plantas cultivadas, elevando a sua produtividade (SEAB, 1997).

Os biofertilizantes são compostos bioativos, resíduo final da fermentação de

compostos orgânicos, contendo células vivas ou latentes de microrganismos (bactérias,

leveduras, algas e fungos filamentosos) e seus metabólitos, além de quelatos organo-

minerais. São produzidos em biodigestores por meio de fermentação aeróbica e/ou

anaeróbica da matéria orgânica. Esses compostos são ricos em enzimas, antibióticos,

vitaminas, toxinas, fenóis, ésteres e ácidos, inclusive de ação fito-hormonal. Além de

sua ação nutricional já conhecida, tem sido atribuída aos biofertilizantes a ação indutora

de resistência e propriedades fungicidas, bacteriostáticas, repelentes, inseticidas e

acaricidas sobre diversos organismos alvos (MEDEIROS; WANDERLEY, 2004).

12

Deleito (2004) observou que o uso do biofertilizante Agrobio apresentou efeito

benéfico ao desenvolvimento das mudas de pimentão e ação bacteriostática sobre X.

vesicatoria. O melhor desenvolvimento das plantas e a redução da infecção pela

fitobactéria são resultados de uma interação complexa envolvendo provavelmente um

conjunto de fatores, podendo-se incluir entre estes a ação antibiótica dos metabólitos

produzidos pelos microrganismos durante o seu processo de produção, competição

microbiana no filoplano e efeitos nutricionais ou promotores de crescimento, constatado

principalmente pela maior retenção das folhas infectadas.

O efeito de biofertilizantes, também, foi observado no controle de doenças

fúngicas. No desenvolvimento de porta-enxerto de citrus, induzindo a resistência à

gomose causada por Phytophthora parasítica. O biofertilizante apresentou potencial no

controle da doença e, também, proporcionou melhor desenvolvimento vegetativo das

plantas (FALDONI, 2011).

Segundo Gore e Garro (1999), o controle de Xanthomonas spp. no campo é

difícil devido à baixa eficácia dos produtos químicos e a predominância de isolados

resistentes a sulfato de estreptomicina e produtos à base de cobre. Devido a isto, o uso

de agrotóxicos tem sido indiscriminado e abusivo. Para amenizar situações provocadas

por estes usos intensivos, que ocasionam sérios problemas de ordem ambiental, algumas

alternativas para controle de doenças e pragas vêm sendo estudadas. Uma delas é a

utilização dos biofertilizantes.

O emprego de biofertilizantes é uma prática útil e de baixo custo, principalmente

pelo fato da crescente procura por novas tecnologias de produção e que apresentem

redução de custos e a preocupação com a qualidade de vida no planeta. Esses fatos,

contudo, têm encorajado pesquisadores e produtores rurais a experimentarem

biofertilizantes preparados a partir da digestão aeróbica ou anaeróbica de materiais

orgânicos, com o adubo foliar, em substituição aos fertilizantes minerais

(FERNANDES et al., 2000), visto que em agricultura orgânica os mesmos são

recomendados como forma de manter o equilíbrio nutricional de plantas e torná-las

menos predispostas á ocorrência de pragas e de patógenos (SANTOS, 2001).

O Soil Set é um fertilizante foliar patenteado pela Alltech Crop Science, que

melhora a sanidade das plantas a partir de nutrientes balanceados complexados por

aminoácidos. Agro Mos é um produto composto de sólidos solúveis de fermentação,

rico em nutrientes, aminoácidos e vitaminas que estimulam os processos fisiológicos e

de resistência das plantas, como ativação dos mecanismos latentes de resistência de

13

forma natural, ação sistêmica e por longo período, minimização dos efeitos de estresse.

O Copper Crop participa de processos fisiológicos, como fotossíntese e respiração.

Possui cobre bioativo, mais efetivo na proteção, tem maior liberação e disponibilização

de íons de cobre (ALLTECH, 2015).

3 MATERIAL E MÉTODOS

O ensaio fora desenvolvido no Laboratório de Bacteriologia Vegetal e na casa de

vegetação do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia, no

período de fevereiro a abril de 2015.

3.1 Obtenção do inóculo e preparo da suspensão bacteriana

O isolado UFU A35 de Xanthomonas spp. pertencente à coleção de trabalho do

Laboratório de Bacteriologia Vegetal, do Instituto de Ciências Agrárias da UFU,

proveniente de Araguari MG, foi cultivado por 48h em meio de cultura 523 (KADO;

HESKETT, 1970).

A suspensão bacteriana foi preparada em solução de NaCl 0,85%, sendo ajustada

em espectrofotômetro para OD550 = 0,5 correspondendo a aproximadamente 1x109

UFC.mL-1

(MARCUZZO et al., 2009).

3.2 Efeito dos biofertilizantes no tratamento preventivo e curativo da mancha

bacteriana do tomateiro em casa de vegetação

Plantas de tomate da cv. Santa Cruz Kada foram cultivadas em vasos de 500 mL,

contendo substrato composto de solo, areia, húmus e vermiculita (4:1:1:1). Após 15 dias

da semeadura quando apresentavam de 3 a 4 folhas, foram realizados os tratamentos

preventivo e curativo.

Para o controle preventivo, as plantas foram pulverizadas até o ponto de

escorrimento com os biofertilizantes Soil Set, Agro Mos, Copper Crop, Kocide e água

nas concentrações 1,5 mL L-1

;1,5 mL L-1

; 4,5 mL L-1

e 1g L-1

. A composição química

dos biofertilizantes está apresentada na Tabela 1

14

Após 2 dias, as plantas foram inoculadas até o ponto de escorrimento, via

pulverização das folhas, com as suspensões nas concentrações de 109, 10

6, 10

3 e 0

UFC.mL-1

. As plantas foram mantidas em câmara úmida 24 h antes e após a inoculação.

Para o controle curativo, as plantas foram inoculadas com as suspensões

bacterianas nas concentrações de 109, 10

6, 10

3 e 0 UFC.mL

-1, sendo mantidas em

câmara úmida por 24 h antes e após a inoculação. Dois dias depois da inoculação as

plantas foram pulverizadas com a os biofertilizantes descritos anteriormente. As

testemunhas foram as inoculadas com água.

Tabela 1. Composição química dos biofertilizantes utilizados nos tratamentos para o

controle da mancha bacteriana do tomateiro, em condições de Casa de

Vegetação. Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia – MG, 2015.

Produto Garantias g L-1

Cu N S Zn Fe Mn Agente complexante

Soil Set 24,6 - 46,12 39,36 19,68 9,84 5%

Copper Crop 134 54,81 - - - - 5%

Agro Mos

Kocide

32,7

-

-

-

29,97

-

21,8

-

-

-

-

-

5%

-

O delineamento experimental foi de blocos casualizados em esquema fatorial,

composto de 2 controles (preventivo e curativos), 5 produtos (3 biofertilizantes, Kocide

e a água), 4 concentrações da suspensão bacteriana (109, 10

6, 10

3 e 0 UFC.mL

-1), com

quatro repetições, sendo considerado como unidade experimental, um vaso contendo

duas plantas.

As plantas foram avaliadas aos 3, 5, 8, 11, 14 e 17 dias após a inoculação. A

severidade da doença foi quantificada empregando-se a escala diagramática (Figura 1),

variando de 1 a 5.

A Área Abaixo da Curva de Progresso de Doença (AACPD) foi calculada pela

fórmula: AACPD = ∑((Yi + Yi+1)/2)(ti+1 – ti) (CAMPBELL; MADDEN, 1990), em

que:

Y: representa a intensidade da doença (nota atribuída de acordo com a escala

diagramática usada, onde 1= 1%, 2=5%, 3=15%, 4=25% e 5=50%);

t: o tempo (intervalo entre as avaliações, em dias);

i: o número de avaliações no tempo.

15

Figura 1. Escala diagramática para avaliação da porcentagem da área foliar infectada

por Xanthomonas spp. em tomateiro, em condições de campo (MELLO et al., 1997)

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram

comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de significância, com o software SISVAR

(FERREIRA, 2008).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a área abaixo da curva de progresso da mancha bacteriana do tomateiro não

houve diferença significativa entre o controle preventivo (9,99) (Tabela 2) e controle

curativo (9,43) para as plantas pulverizadas com os diferentes biofertilizantes e

inoculadas com a bactéria Xanthomonas sp..

No controle preventivo, na concentração do inóculo de 106

UFC.mL-1

(Tabela 2)

o uso dos biofertilizantes diferiu significativamente da testemunha. Para as demais

concentrações do inóculo não houve diferenças significativas.

Houve diferença significativa entre as diferentes concentrações do inóculo

(Tabela 2), tanto para o controle preventivo como para o curativo. À medida que se

aumentou a concentração do inóculo houve aumento na quantidade de doença.

16

Tabela 2. Área abaixo da curva de progresso da mancha bacteriana do tomateiro, no

controle preventivo e curativo, sob diferentes biofertilizantes e em diferentes

concentrações do inóculo. Uberlândia, 2015. Controle

Preventivo Curativo

Concentração de inóculo (UFC.mL-1

)

Produtos 0 103

106

109

0 103

106

109

Agro Mos 0aA 4,5aB 4,5aB 27,75aC 0aA 0aA 4,50abB 25,50aC

Copper Crop 0aA 3,75aB 8,25bC 30,00aD 0aA 0,75abA 2,25aA 27,00abcB

Kocide 0aA 1,50aA 6,75abB 27,00aC 0aA 3,75bcB 10,50cC 26,25abD

Soil Set 0aA 3,38aAB 4,50aB 28,13aC 0aA 4,88cB 14,25dD 30,00cD

Testemunha 0aA 4,13aB 12,75cC 28,50aD 0aA 3,38abcAB 6,38bB 29,25bcC

Média 9,77 A 9,43 A

CV(%) 19,43

* Médias seguidas por letras minúsculas iguais na coluna e maiúsculas na linha dentro do controle não

diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de significância.

A área abaixo da curva de progresso da mancha bacteriana do tomateiro (Tabela

3), independente da forma de controle, os biofertilizantes Agro Mos (4,5) e Copper

Crop (5,25) mostraram diferença significativa em relação à testemunha (9,56) na

concentração 106

UFC.mL-1

. Estes biofertilizantes demostram que são adequados para a

redução da severidade da doença.

Para as concentrações da suspensão bacteriana 109

UFC.mL-1

e 103

UFC.mL-1

(Tabela 3) não houve diferença estatística entre os biofertilizantes e a testemunha. A alta

concentração do inóculo pode não permitir o controle da doença. Na concentração zero

da suspensão bacteriana com o uso dos diferentes biofertilizantes não houve

desenvolvimento da doença, fato já esperado.

Para Rodrigues (2014), o controle preventivo foi mais eficiente do que o

curativo no controle da mancha bacteriana do tomateiro com o uso dos biofertilizantes

Soil Set, Agro Mos e Cop-R-Quick, e os biofertilizantes foram eficientes para o controle

da doença.

De acordo com Oliveira (2014), o produto Cooper Crop pode ser recomendado

para o controle preventivo da mancha bacteriana do tomateiro.

Tratch e Bettiol (1997) estudando o efeito de biofertilizante sobre o crescimento

micelial e a germinação de esporos de diversos fungos, verificaram que, de modo geral,

o biofertilizante, em concentrações acima de 15% (v/v), inibiu completamente o

17

crescimento da maioria dos fungos testados como Alternaria solani, Stemphylium

solani, Septoria licopersici, Sclerotinia sclerotiorum, Botrytis cinérea, Fusarium,

Pythium aphanidermatum e Sclerotium rolfsii, em tomateiro.

Tabela 3. Área abaixo da curva de progresso da mancha bacteriana do tomateiro, com

diferentes biofertilizantes e diferentes concentrações do inóculo. Uberlândia, 2015.

Produtos Concentração de inóculo (UFC.mL-1

)

0 10³ 106

109

Agro Mos 0aA 2,25aAB 4,5aB 26,62aC

Copper Crop 0aA 2,25aA 5,25aB 28,50aC

Kocide 0aA 2,62aB 8,62bC 26,62aD

Soil Set 0aA 4,12aB 9,37bC 29,06aD

Testemunha 0aA 3,75aB 9,56bC 28,87aD

CV(%) 19,43

* Médias seguidas por letras minúsculas iguais na coluna e maiúsculas na linha não diferem

estatisticamente entre si pelo teste de Tukey, a 5% de significância.

O biofertilizante Agro-Mos controlou o míldio em videiras (ROSA et al., 2007)

e reduziu a incidência de oídio e míldio em videiras (GOMES et al., 2009), e reduziu o

crescimento de lesão bacteriana causada por Xanthomonas axonopodis pv passiflorae

em frutos de maracujá após a colheita (JUNQUEIRA, 2010).

5 CONCLUSÕES

Para o controle da mancha bacterina do tomateiro pode se agir curativamente ou

preventivamente.

No controle preventivo da doença, os biofertilizantes na concentração de inóculo

106

UFC.mL-1

foram eficientes para o controle da mancha bacteriana do tomateiro.

Os biofertilizantes Agro Mos e Copper Crop foram os mais eficientes para o

controle da mancha bacteriana do tomateiro na concentração 106

UFC.mL-1

.

18

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