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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM QUÍMICA RODRIGO VIEIRA RODRIGUES “OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III PRODUZIDOS A PARTIR DOS SULFATO E SULFONATO DE TÉRBIO III: CARACTERIZAÇÃO ESPECTROSCÓPICA E ESTUDO TERMOANALÍTICO SOB DIFERENTES ATMOSFERAS”. VITÓRIA 2012 RODRIGO VIEIRA RODRIGUES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

RODRIGO VIEIRA RODRIGUES

“OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III PRODUZI DOS A

PARTIR DOS SULFATO E SULFONATO DE TÉRBIO III:

CARACTERIZAÇÃO ESPECTROSCÓPICA E ESTUDO

TERMOANALÍTICO SOB DIFERENTES ATMOSFERAS”.

VITÓRIA 2012

RODRIGO VIEIRA RODRIGUES

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“OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III PRODUZID OS A

PARTIR DOS SULFATO E SULFONATO DE TÉRBIO III:

CARACTERIZAÇÃO ESPECTROSCÓPICA E ESTUDO

TERMOANALÍTICO SOB DIFERENTES ATMOSFERAS”.

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Química do Centro de

Ciências Exatas da Universidade Federal

do Espírito Santo, como requisito parcial

para a obtenção do título de Mestre em

Química, na área de concentração Síntese

e Caracterização de Materiais. Orientador:

Prof. Dr. Luiz Carlos Machado

VITÓRIA 2012

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

Rodrigues, Rodrigo Vieira 1976

“OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III PRODUZIDOS A PARTIR DOS SULFATO E SULFONATO DE TÉRBIO III: CARACTERIZAÇÃO ESPECTROSCÓPICA E ESTUDO TERMOANALÍTICO SOB DIFERENTES ATMOSFERAS”. / Rodrigo Vieira Rodrigues – 2012.

Orientador: Luiz Carlos Machado Dissertação (Mestrado em Química) – Universidade Federal

do Espírito Santo, Centro de Ciências Exatas.

1. Térbio 2. Oxissulfetos 3. Oxissulfatos 4. Sulfonatos. I. Machado, Luiz Carlos II. Universidade Federal do Espírito Santo III. Título

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- termo de aprovação

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RODRIGO VIEIRA RODRIGUES

“OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III PRODUZIDOS A PARTIR

DOS SULFATO E SULFONATO DE TÉRBIO III: CARACTERIZAÇÃO

ESPECTROSCÓPICA E ESTUDO TERMOANALÍTICO SOB DIFERENTES

ATMOSFERAS”.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Química do Centro de

Ciências Exatas da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para a

obtenção do título de Mestre em Química, na área de concentração Síntese e

Caracterização de Materiais.

Aprovada em 07 de março de 2012.

COMISSÃO EXAMINADORA

-------------------------------------------------------------------------

Prof. Dr. Luiz Carlos Machado

Universidade Federal do Espírito Santo

Orientador

--------------------------------------------------------------------------

Prof. Dr. Jivaldo do Rosário Matos

Universidade de São Paulo

Titular Externo

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-------------------------------------------------------------------------

Dr. Ana Valéria Santos de Lourenço

Universidade de São Paulo

Titular Externo

-------------------------------------------------------------------------

Prof. Dr. Elias Meira da Silva

Universidade Federal do Espírito Santo

Titular Interno

-------------------------------------------------------------------------

Prof. Dr. Calos Augusto Cardoso Passos

Universidade Federal do Espírito Santo

Titular Interno

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A Deus e a toda a minha família.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que jamais me abandonou e por tornar isto possível.

A minha família que mesmo sem condições sempre estiveram ao meu lado

A Camila que sempre acreditou no sucesso deste trabalho.

Aos amigos, que considero como minha família, Dona Laura, Carlos, Kellen e

Fernanda da família Lima Raposo, pois sempre estiveram presentes em todos os

momentos, sempre me ajudaram e realmente se mostraram uma família para mim,

em todas as etapas.

Aos grandes amigos: Renato, Rômullo, Jaílson, Marquinhos, Emanuel, Antônio

(Guto), Thiago e Paulinho.

Ao Prof. Luiz Carlos Machado pelos ensinamentos, boas discussões e pela

paciência durante a graduação e Pós-Graduação.

Ao Prof. Elias Meira da Silva que sempre acreditou em meu trabalho e sempre me

incentivou em todas as etapas.

Ao Prof. Jivaldo e a Profª Lucildes que desde sempre tem se mostrado grandes

amigos e por terem acreditado e depositado sua confiança em mim e neste trabalho.

Ao Prof. Hermi que sempre esteve presente com auxílio e ajuda em todos os

momentos.

Ao Prof. Armando Biondo que nunca hesitou em me ajudar, e sempre esteve

presente em todo o percurso.

A Ana Valéria que sempre se mostrou prestativa com ajuda e ensinamentos

importantes.

Ao Prof. Augusto que mesmo com pouco conhecendo ajudou e confiou no meu

trabalho.

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Ao Prof. Marcos Tadeu pelas boas discussões sobre os Difratogramas de Raios X.

A Rodrigo Matielo, Vinícius Celante, Thieres, Renzo e Vanderson Romão pelas

análises de TG e IV.

A amiga Dirce Loureiro da PPGQUI, pois sempre ajudou-me.

Aos amigos Geovanne, Gláucio e a galera do comando.

A Isis Cler por estar presente em uma etapa da minha vida e acreditar no meu

trabalho.

As amigas Silvana, Maria e Fernanda pela colaboração e ajuda no laboratório.

Aos companheiros Leonnan, Pedro, Ian e Samara pelo companheirismo em

laboratório.

Aos Professores da banca por aceitarem e pela disponibilidade.

Aos Professores da Pós-Graduação.

A CAPES pela disponibilidade do apoio financeiro.

Ao Programa de Pós Graduação em Química da Universidade Federal do espírito

Santo por patrocinar meu estudo.

Ao Governo Federal, pois sem o auxílio e a falta de crença não existiriam pesquisas

e programas de Ensino Superior e de Pós Graduação no Brasil.

Aos amigos do LATIG – USP Helder, Juliana que sempre me ajudaram.

Aos amigos do LEB-f USP Lucas, Kai, Ana, Prof. Hermi e Prof. Hölsa que sempre

estiveram auxiliando no meu trabalho.

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PENSAMENTO

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RESUMO

A proposta deste trabalho é sintetizar o sulfato hidratado de Térbio III ( empregando

o óxido ) e o sulfonato do mesmo íon através do Difenil-4-Amina Sulfonato de Sódio.

Estes compostos foram analisados quanto a sua estabilidade, caracterizados

através das técnicas de espectroscopia na região do infravermelho, análise

elementar de CHNS, difratometria de raios X pelo método do pó, análise térmica

(ATG/DTG) e calorimetria exploratória diferencial (DSC).

Os espectros de IV para ambos sulfato e sulfonato apresentam mudanças

significativas devido aos grupos ligantes, embora os resíduos das análises de

ATG/DTG( O2 e H2:Ar/N2, CO) dos precursores tenham sido igualmente atribuídos,

segundo DRX, aos oxissulfetos Tb2OS2, e oxissulfatos Tb2O(SO4)2 de Térbio III. O

interesse desta comparação é mostrar que a partir dos sulfatos torna-se é possível

obter resíduos próprios como o oxidissulfeto [Tb2OS2], dioxissulfeto [Tb2O2S],

oxidissulfato [Tb2O(SO4)2], dioxissulfato [TbO2SO4] e óxido de Térbio III [Tb2O3],

enquanto que a partir do sulfonato restringemos a obter o dioxissulfeto [Tb2O2S],

dioxissulfato [TbO2SO4] e óxido de Térbio III [Tb2O3]. A influência das características

físicas e químicas do ligante orgânico é peça fundamental nesta diferenciação.

Sulfonatos, Sulfatos, Tratamento Térmico

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ABSTRACT

The purpose of this study is to synthesize the hydrated sulphate of Terbium III (using

the oxide) and sulfonate ion through the same Diphenyl-4-Amine Sodium Sulfonate.

These compounds were analyzed for their stability, characterized through the

techniques of infrared spectroscopy, elemental analysis CHNS, X ray diffraction by

the powder method, thermal analysis (DTA / DTG) and differential scanning

calorimetry (DSC).

IR spectra for both Sulfate and Sulfonate show significant changes due to linking

groups, while residues of analysis ATG / DTG (O2 and H2: Ar/N2, CO) of the

precursors have been allocated, according to DRX, the oxissulfetos Tb2OS2 and

oxissulfatos Tb2O(SO4)2 of Tb3+. The interest of this comparison is to show that from

the sulfate becomes is possible to obtain its own waste as oxidissulfite [Tb2OS2],

dioxissulfite [Tb2O2S], oxidissulfate [Tb2O(SO4)2], dioxissulfate [TbO2SO4] and

Tb3+ oxide [Tb2O3], while that from the restring in sulfonate to obtain dioxissulfite

[Tb2O2S], dioxissulfate [TbO2SO4] oxide and Tb3+ [Tb2O3]. The influence of physical

and chemical characteristics of the organic binder is a key part in this differentiation.

Sulphonates, sulphates, Heat Treatment

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Figura 1. Modos de coordenação dos sulfonatos metálicos.

Figura 2. Ânion difenil-4-amina-sulfonato (DAS).

Figura 3. Ânion Sulfato.

Figura 4. Raio iônico dos lantanídeos (Ln3+)

Figura 5. Fluxograma da síntese do sulfato de Térbio III.

Figura 6. Fluxograma da síntese do difenil-4-amina sulfonato de Bário (Ba(DAS)2).

Figura 7. Fluxograma da síntese do difenil-4-amina sulfonato de Térbio III

(Tb(DAS)3).

Figura 8. Análise por infravermelho do Tb2(SO4)3.16H2O.

Figura 9. Análise por infravermelho do ligante Ba(DAS)2 e do composto

Tb(DAS)3.2H2O.

Figura 10. Fluxograma do tratamento térmico em atmosfera oxidante do difenil-4-

amina sulfonato de Térbio III e do sulfato de Térbio III.

Figura 11. Fluxograma do tratamento térmico em atmosfera redutora do difenil-4-

amina sulfonato de Térbio III e do sulfato de Térbio III.

Figura 12. Fluxograma do reaquecimento do dióxissulfeto em atmosfera oxidante e

do dióxissulfato em atmosfera redutora.

Figura 13. Curva de TG do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de ar, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento de

10°C.min -1 até 1100°C.

Figura 14. Curva de TG do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de CO, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento de

10°C.min -1 até 1000°C.

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Figura 15. Curva de TG do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de CO, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento de

10°C.min -1 até 1000°C.

Figura 16. Curva de TG do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de H2:Ar/N2, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento

de 10°C.min -1 até 1300°C.

Figura 17. Curva de DSC do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de N2, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento de

10°C.min -1 até 600°C.

Figura 18. Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III (Tb(DAS)3.2H2O)

obtida sob atmosfera dinâmica de ar, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de

aquecimento de 10°C.min -1 até 1000°C.

Figura 19. Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III (Tb(DAS)3.2H2O)

obtida sob atmosfera dinâmica de CO, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de

aquecimento de 10°C.min -1 até 1100°C.

Figura 20. Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III (Tb(DAS)3.2H2O)

obtida sob atmosfera dinâmica de H2:Ar/N2, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de

aquecimento de 10°C.min -1 até 1000°C.

Figura 21. Curva de DSC do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III (Tb(DAS)3.2H2O)

obtida sob atmosfera dinâmica de N2, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de

aquecimento de 10°C.min -1 até 500°C.

Figura 22. Difratograma de Raios X dos dioxissulfatos de Térbio III obtido após

tratamento térmico em atmosfera de ar do sulfato de Térbio III (a) e difenil-4-amina

sulfonato de Térbio III (b).

Figura 23. Difratograma de Raios X dos dioxissulfetos de Térbio III obtido após

tratamento térmico em atmosfera redutora de CO do sulfato de Térbio III (a) e difenil-

4-amina sulfonato de Térbio III (b).

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Figura 24. Análise por infravermelho do Sulfato Tb2(SO4)3.xH2O, oxidissulfato

Tb2O(SO4)2, dioxissulfato Tb2O2SO4, oxidissulfeto Tb2OS2 e dioxissulfeto Tb2O2S de

Térbio III, obtidos após tratamento térmico em atmosferas oxidantes e redutoras.

Figura 25. Análise por infravermelho do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III

Tb2(DAS)6.xH2O, dioxissulfato Tb2O2SO4, e dioxissulfeto Tb2O2S de Térbio III,

obtidos após tratamento térmico em atmosferas oxidantes e redutoras.

Figura 26. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela

decomposição térmica do sulfato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar,

ampliada 10000 vezes.

Figura 27. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela

decomposição térmica do sulfato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar,

ampliada 20000 vezes.

Figura 28. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de CO, ampliada 10000

vezes.

Figura 29. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de CO, ampliada 20000

vezes.

Figura 30. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela decomposição térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar, ampliada 15000 vezes.

Figura 31. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela

decomposição térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar,

ampliada 20000 vezes.

Figura 32. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela decomposição térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar, ampliada 25000 vezes.

Figura 33. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de CO, ampliada 15000

vezes.

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Figura 34. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de CO, ampliada 20000

vezes.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Lista dos principais surfatantes.

Tabela 2. Configuração eletrônica dos átomos e íons lantanídeos nos estados e seus

respectivos raios atômicos.

Tabela 3 – Reagentes utilizados nas sínteses dos sulfonatos metálicos.

Tabela 4. Análise elementar CHNS para o difenil-4-amina sulfonato de Térbio III

Tabela 5. Atribuições das bandas referentes ao Tb2(SO4)3.16H2O.

Tabela 6 - Atribuições de infravermelho do Ba(DAS)2 e do Tb(DAS)3.2H2O

Tabela 7. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de ar.

Tabela 8. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de ar.

Tabela 9. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de CO.

Tabela 10. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de H2:Ar/N2.

Tabela 11. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de ar.

Tabela 12. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de CO.

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LISTA DE SIGLAS

TG- Termogravimetria

DTG- Termogravimetria derivada

DSC- Calorimetria exploratória diferencial

EDTA- Ácido etilenodiamino tetracético

MEV- Microscopia eletrônica de varredura

UV-VIS- Ultravioleta-visível

C- Carbono

H- Hidrogênio

N- Nitrogênio

S- Enxofre

DRX- Difratograma de raios x

DAS- Difenil-4-Amina Sulfonato

NaDAS- Difenil-4-Amina Sulfonato de Sódio

Ba(DAS)2- Difenil-4-Amina Sulfonato de Bário

Tb(DAS)3- Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III

LEDs- Dispositivos Emissores de Luz

OLEDs – Dispositivos Orgânicos Emissores de Luz.

ILEDs – Dispositivos Inorgânicos Emissores de Luz.

Ln- Lantanídeos

M- metal

DTA- Análise térmica diferencial

ICTAC- Congresso Internacional de análise térmica e calorimetria

IV- Infravermelho

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS .......................................................... 20

1.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 21 1.2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 23

CAPÍTULO 2. CONSIDERAÇÕES GERAIS .................. ........................................... 24

2.1. SULFONATOS METÁLICOS ................................................................................................................ 25 2.2. DIFENIL-4-AMINA SULFONATO ......................................................................................................... 25 2.3. SULFATOS .............................................................................................................................................. 27

2.4. A QUÍMICA DOS ELEMENTOS LANTANÍDEOS ............................................................................... 27 2.5. O TÉRBIO ................................................................................................................................................ 29 2.6. OXISSULFATOS E OXISSULFETOS .................................................................................................. 31

CAPÍTULO 3. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS ........................................................ 33

3.1. REAGENTES E SOLVENTES .............................................................................................................. 34 3.1.1. SULFATO DE TÉRBIO III ................................................................................................................... 34 3.1.2. DIFENIL-4-AMINA SULFONATO DE TÉRBIO III ............................................................................ 34

3.2. METODOLOGIA ..................................................................................................................................... 35

3.2.1. SÍNTESE DO SULFATO DE TÉRBIO III ........................................................................................... 35 3.2.2. SÍNTESE DO DIFENIL-4-AMINA SULFONATO DE BÁRIO: Ba(DAS)2 ....................................... 37

3.2.3. SÍNTESE DO DIFENIL-4-AMINA SULFONATO DE TÉRBIO III: Tb(DAS)3 ................................ 38

3.3. CARACTERIZAÇÃO .................................................................................................................. 39 3.3.1. ANÁLISES ELEMENTAR DE CARBONO, HIDROGÊNIO E OXIGÊNIO ................................... 39

3.3.2.ANÁLISE POR ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO NA REGIÃO DO INFRA VERMELHO 39

3.3.3. ANÁLISES TÉRMICAS ATG/DTG ..................................................................................................... 39

3.3.4. CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) ............................................................ 40

3.3.5. DIFRATOMETRIA DE RAIOS X PELO MÉTODO DO PÓ (DRX) ................................................. 40 3.3.5. MICROSCOPIA ELETRÔNIA DE VARREDURA (MEV) ............................................................... 40

CAPÍTULO 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................ 41

4. 1. ASPECTOS GERAIS DE REAÇÃO .................................................................................................... 41 4.2. CARACTERIZAÇÃO .............................................................................................................................. 41 4.2.1. ANÁLISE ELEMENTAR ...................................................................................................................... 43

4.2.2. ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO ............................. 43

4.2.3. ESTUDO TERMOANALÍTICO DO SULFATO E SULFONATO DE TÉRBIO III .......................... 45 4.2.4. CARACTERIZAÇÃO POR DIFRAÇÃO DE RAIOS X DOS OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III .................................................................................................................. 57 4.2.5. CARACTERIZAÇÃO POR ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO DOS OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III ................................... 59 4.2.6. CARACTERIZAÇÃO POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DOS OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III ............................................................................... 61

CAPÍTULO 5. CONCLUSÕES ................................................................................. 68

CAPÍTULO 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 71

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20

CAPÍTULO 1:

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

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1.1 INTRODUÇÃO.

1.1.2 Surfatantes.

Os surfatantes pertencem a uma classe de materiais também conhecidos como

agentes ativos de superfície. Em um sistema de duas fases, por exemplo, líquido-

líquido ou sólido-líquido, um surfatante tende a se localizar na interface das duas

fases, onde se introduz um grau de continuidade entre os dois materiais

diferentes. Essas substâncias consistem em sua estrutura contendo uma parte da

cauda hidrofóbica, geralmente hidrocarboneto de cadeia longa, e um grupo cabeça

hidrofílica polar, que muitas vezes pode ser iônica. Um material que possui estas

características é conhecido como um anfifílico [1].

A grande maioria dos surfatantes disponíveis comercialmente são sintetizados a

partir de derivados de petróleo. Entretanto, a preocupação ambiental entre os

consumidores, combinada ás novas legislações de controle do meio ambiente

levaram à procura por surfatantes naturais como alternativas. Os surfatantes são

moléculas anfipáticas constituídas de uma porção hidrofóbica e uma porção

hidrofílica. A porção apolar é frequentemente uma cadeia hidrocarbonada enquanto

a porção polar pode ser iônica (aniônica ou catiônica), não-iônica ou anfotérica [1].

Exemplos de surfactantes iônicos comerciais incluem ésteres sulfatados ou sulfatos

de ácidos graxos (aniônicos) e sais de amônio quaternário (catiônico) [2].

Em função da presença de grupos hidrofílicos e hidrofóbicos na mesma molécula, os

surfatantes tendem a se distribuir nas interfaces entre fases fluidas com diferentes

graus de polaridade (óleo/água e água/óleo). A formação de um filme molecular,

ordenado nas interfaces, reduz a tensão interfacial e superficial, sendo responsável

pelas propriedades únicas dos surfatantes. Estas propriedades tornam-os

adequados para uma ampla gama de aplicações industriais envolvendo:

detergência, emulsificação, lubrificação, capacidade espumante, solubilização e

dispersão de fases. A maior utilização dos surfatantes se concentra na indústria de

produtos de limpeza (sabões e detergentes), na indústria de petróleo e na indústria

de cosméticos e produtos de higiene. A produção mundial de surfactantes excede 3

milhões de toneladas por ano, sendo a maioria utilizada como matéria-prima para

fabricação de detergentes de uso doméstico [2].

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Tabela 1. Principais grupos de Surfatantes sintéticos

Alcanoslaminas

Alquil e aril éter carboxilatos

Alquil aril sulfatos

Alquil aril éter sulfatos

Alquil etoxilados

Alquil sulfonatos

Alquil Amina Sulfonatos

Alquil fenol etoxilados

Aminoóxidos

Betaínas

Co-polímeros de óxido de etil/propileno

Ácidos graxos etoxilados

Dentre os surfatantes mais utilizados este trabalho tem como foco o Alquil Amina

Sulfonato na forma do surfactante aniônico “Difenil-4-Amina Sulfonato”.

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1.2 OBJETIVO.

Produzir o sulfato de Térbio III e o Difenil-4-Amino Sulfonato de Térbio III (Tb(DAS)3),

analisando e interpretando a sua estabilidade a partir dos produtos oxissulfetos

oxissulfatos de Térbio III gerados após o tratamento térmico do sulfato e sulfonato

em diferentes atmosferas.

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CAPÍTULO 2:

CONSIDERAÇÕES GERAIS

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2.1 Sulfonatos Metálicos.

A química de coordenação dos sulfonatos metálicos tem grande interesse devido a

sua competitividade frente à molécula de água pela esfera de coordenação do íon

metálico mostrando arranjos geométricos que podem variar devido a substituição do

íon metálico com cargas diferentes. Esta competitividade gera compostos com o

ligante apresentando-se como monodentado, bidentado ou tridentado, o que o torna

um grupo de interesse devido a estas possibilidades [3, 4].

Figura 1. Modos de coordenação dos sulfonatos metálicos: I- monodentado e II-

bidentado. Fonte: Adaptado da referência [3].

2.2 Difenil-4-Amina Sulfonato.

A linha difenil já vem sido estudada nos últimos anos com outros íons metálicos

como Fe, Co, Ce, Eu, Sm, Cu, Zn e suas aplicabilidades como dopantes e na área

de polímeros, condutores em solução de anilina na possível aplicação da indústria

eletrônica como os LEDs na forma de ILEDs e OLEDs, supressores de fluorescência

quando aplicados em Eu e Tb. O Difenil-4-Amino Sulfonato tem a função de

estabilizar o metal em sua forma oxidada ou reduzida mostrando-se um importante

ligante fixador do metal em seus estados estáveis [5, 6]. A interação do ligante DAS

com metais d e f tem sido apresentada em decorrência das possibilidades de

coordenação deste ligante.como responsável pela estabilização térmica dos

compostos produzidos.

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Na complexação com o íon La3+, por exemplo, dois compostos diferentes foram

obtidos em condições levemente alteradas, o que era inesperado para íons

lantanídeos [7]. Nestas reações, os íons metálicos interagem diretamente com as

cargas negativas e parciais formadas pelo deslocamento eletrônico no interior dos

anéis, ligando-se aos átomos de oxigênio do grupo sulfonato e sob tratamento

térmico e de controle da atmosfera, obtêm-se La2O2SO4 (dioxissulfato) como fase

predominante.

No caso da complexação com íons Ferro (III), o estado de oxidação foi alterado de

Ferro (III) para Ferro (II) em solução aquosa, a temperatura ambiente e na forma

sulfato. A redução do Ferro foi promovida pelo excesso de DA. A caracterização

térmica mostra que o complexo de Ferro reduzido pela DAS produziu como resíduo

de sua decomposição térmica, em atmosfera oxidante, a hematita (Fe2O3) que

contém somente íons Fe (III) [8].

Na complexação com os íons Cério (IV), o Difenil-4-Amina Sulfonato reduz este a

íons Cério (II), e tratado termicamente é produzido como resíduo o óxido de Cério

(IV) (CeO2), que apresenta muito interesse na área industrial devido a capacidade de

absorção de gases atribuídas ao Ce (IV+) [9].

Figura 2. Ânion difenil-4-amina-sulfonato (DAS).

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2.3 Sulfatos.

Os sulfatos são grupos que apresentam enxofre em seu estado de oxidação 6+

ligado a quatro átomos de oxigênio, formam compostos bastante conhecidos. O

gesso por exemplo, é um dos mais antigos materiais de construção já conhecidos

pelo homem, existem relatos de escavações na Síria e na Turquia da utilização do

gesso a mais de 8 mil anos AC[10].

Grupos Sulfatos são bastante utilizados em todas as áreas devido a sua alta

estabilidade, formando também compostos estáveis após sua decomposição

térmica.

Figura 3. Ânion Sulfato

2.4 A QUÍMICA DOS LANTANÍDEOS.

Também conhecidos como Terras Raras (TR) os lantanídeos são um grupo em

particular de metais que apresentam características muito semelhantes entre si. A

diferença significante entre os lantanídeos deriva de seu tamanho, mas com novos

estudos e descobertas sobre estes elementos foi possível determinar características

particulares e únicas entre seus elementos e a variedade de compostos formados

por eles.

Em sua grande maioria os lantanídeos apresentam estado de oxidação Ln 3+,

apenas alguns deles possuem outros estados não muito estáveis, como por

exemplo, o Eu 3+ (III) e Eu +2 (II), o Ce +2 (II) e Ce 4+, o Pr+2 , Pr 3+ e Pr4+ , entre

outros. Outra propriedade de grande importância é a variação de seu raio: O íon Ln3+

te dimensão de 116 pm enquanto o íon Lu3+ apresenta 98 pm.

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Tabela 2. Configuração eletrônica dos átomos e íons lantanídeos nos estados e seus

respectivos raios atômicos [11-15].

N. Atômico Nome Símbolo Configuração E°/V R(M 3+)/pm* E. O

57 Lantânio La [Xe] -2.38 116 2(n), 3, 4

58 Cério Ce [Xe]f1 -2.34 114 2(n), 3, 4

59 Praseodímio Pr [Xe]f2 -2.35 113 2(n), 3, 4

60 Neodímio Ne [Xe]f3 -2.32 111 2(n), 3

61 Promécio Pm [Xe]f4 -2.29 109 3

62 Samário Sm [Xe]f5 -2.30 108 2(n), 3

63 Európio Eu [Xe]f6 -1.99 107 2, 3

64 Gadolínio Gd [Xe]f7 -2.28 105 3

65 Térbio Tb [Xe]f8 -2.31 104 3, 4

66 Disprósio Dy [Xe]f9 -2.29 103 2(n), 3

67 Homio Ho [Xe]f10 -2.33 102 3

68 Érbio Er [Xe]f11 -2.32 100 3

69 Túlio Tm [Xe]f12 -2.32 99 2(n), 3

70 Yterbio Yb [Xe]f13 -2.22 99 2, 3

71 Lutécio Lu [Xe]f14 -2.30 98 3

Os cátions trivalentes (configuração [Xe] 4fn) são os mais estáveis tanto em estado

sólido como em solução. Em consequência do preenchimento dos orbitais 4f, a

carga nuclear aumenta gradativamente, conduzindo ao decréscimo regular do

tamanho dos elementos. Este efeito é chamado de contração lantanídica, e causa

uma diminuição de aproximadamente 22% do raio iônico ao longo da série,

refletindo nas suas propriedades químicas, ou seja, ocorre um decréscimo gradual

na atividade dos metais e na basicidade dos íons 3+, além de um aumento na

estabilidade dos complexos. A diferença de basicidade ao longo da série influencia

também a hidrólise dos íons, a solubilidade dos sais, a formação de espécies

complexas e a decomposição dos sais [16, 17-19]. A contração lantanídica é o

resultado da blindagem imperfeita da atração nuclear de um elétron 4f por outro

elétron 4f. Com isto, os íons lantanídeos trivalentes essencialmente esféricos

apresentam interações com os ligantes de forma similar àquelas apresentadas pelos

íons alcalinos terrosos [19, 20].

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Figura 4. Raio iônico dos lantanídeos (Ln3+) [20].

2.5 O ELEMENTO TÉRBIO

O óxido de térbio foi descoberto em 1843 pelo químico sueco Carl Gustaf Mosander

que o detectou como uma impureza no mineral “Ytria” óxido de ítrio Y2O3, afirmando

ele que o óxido encontrado era amarelo-alaranjado e os sais incolores. Mais tarde,

diversos químicos tentaram empregar o método de fusão de nitrato não sendo bem

sucedidos não foi possível obter isoladamente este metal. Este elemento só foi

isolado na forma de óxido com o desenvolvimento de uma técnica chamada troca

iônica. O nome térbio derivado de érbio, foi dada devido a Ytterby da Suécia de onde

surgiu o termo terras raras descoberto em 1974 por Johan Gadolin. O metal depois

de isolado deu um colorido rosa óxido também conhecido como rosa pálido.

Apresenta estados de oxidação +III [Rn], 4f8 e +IV [Rn], 4f7 de acordo com Linnus

Pauling e isótopos 152, 153, 154, 155, 159, 160, sendo que o 159 é o mais estável,

a existência do estudo de térbio +3 [Tb2O3] foi descoberto com recentes estudos,

uma mistura de óxido de Yttrium e térbio Y2TbO7 em certas condições evidenciaram

o estudo do Tb4+ e o aparecimento de Tb4O7 e Tb2O3. O óxido Tb4O7 [2TbO2.Tb2O3]

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apresenta uma alta estabilidade e decomposição a 800 °C em N 2, O H2 reduz o

térbio de Tb+4 a Tb+3. Sob alta temperatura o Tb2O3 e TbO2 são obtidos de modo

semelhante ao Pr. Existe ainda um intermediário do Tb4O7 [Tb6O11] que é um óxido

duplo em térbio sob forma [Tb2O3.4TbO2], apresenta raio metálico de 1,8005 Å e na

forma de íon Tb+3 0,92 Å e Tb+4 0,84 Å, da série dos lantanídeos possui a segunda

maior resistência elétrica perdendo apenas para o gadolíneo [Gd 134, Tb 116, Ho

94, Sm 92] 25°C.10 6ohm.cm-1 [21].

Sua solubilidade diminui de acordo com o aumento da temperatura, o que é

característico dos lantanídeos, como sulfato apresenta Tb2(SO4)3.8H2O estrutura

monoclínica e solubilidade 3,56 g/100g H2O a 20 °C e 2,51 g/100g H 2O a 40 °C.

Apresenta uma estrutura hexagonal com número de coordenação 8 sendo quadrado

antiprismático D4d e triangular de face dodecaédrica D2d [21, 22].

O térbio III tem elevado potencial para diversas aplicações como na área óptica

como lasers, fibras amplificadoras, dispositivos eletroluminescentes, dispositivos de

gravação de dados de alta densidade, em sistemas biológicos pode ser utilizado

como sondas espectroscópicas no estudo de biomoléculas e suas funções,

especialmente proteínas que se ligam ao cálcio. O térbio também é utilizado para

dopar fluoreto de cálcio, tungstato de cálcio e molibdato de estrôncio, materiais que

são utilizados como semicondutores e, como estabilizador cristalino das células

combustíveis que funcionam em temperaturas elevadas junto com o óxido de

zircônio IV. É usado em ligas metálicas para a produção de dispositivos eletrônicos e

seu óxido e utilizado junto com o fósforo verde em lâmpadas fluorescentes e em

tubos de televisões coloridas, ou seja, é um ativador da coloração verde em tubos

de imagem [23-27]. Uma das aplicações que vem crescendo bastante é a utilização

das terras raras como ímãs permanentes, os ímãs permanentes comerciais mais

comuns são SmCo5 e Nd2Fe14B, sendo que este último o ímã permanente com

maior campo magnético específico que se conhece. Esses ímãs são utilizados em

motores, relógios, tubos de microondas, transporte e memória de computadores,

sensores, geradores, microfones, raios X, imagem de ressonância magnética

nuclear (IRM), separação magnética, entre outros [28-30].

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2.6 Oxissulfatos e oxissulfetos.

Oxissulfatos (Ln2O2SO4) / oxissulfetos (Ln2O2S) de lantanídeos (onde Ln = La, Pr, Nd, Sm,

Eu e Gd) têm sido produzidos a partir da decomposição térmica de sulfatos hidratados de

lantanídeos a temperaturas superiores a 800 ° C por 5 horas sob atmosfera dinâmica de N2

ou ar. Subseqüente redução do Ln2O2SO4 preparado sob uma atmosfera dinâmica de H2 a

800 ° C leva a um oxissulfeto Ln 2O2S (Ln = La, Nd, Pr e Sm) de fase única. A reversibilidade

para alguns oxissulfetos Ln2O2S (La, Nd e Sm) pode ser obtida no intervalo de temperatura

de 800-900 °C e 2 mols de O 2. Diferentemente, a reoxidação do oxissulfeto Pr2O2S (S2-)

para oxissulfato Pr2O2SO4 (S6-) ocorre em temperaturas <600 º C. Atipicamente, o

tratamento térmico de sulfato de cério hidratado sob atmosfera dinâmica de O2 só produz

óxido. [31-34].

Os oxissulfetos produzidos a partir de atmosfera redutora de monóxido de Carbono (CO)

ainda são pouco estudados. Sendo a maioria produzida sob dos fluxos em atmosfera

redutora utilizadas é a base de: ditioxiamina (CSNH2)2 [35], enxofre (S) [36], ácido Sulfídrico

(H2S) ou Sulfeto de Carbono (CS2) [37]. Metodologias atuais mostram que dependendo do

precursor os oxissulfetos produzidos a partir da atmosfera de (CO) são obtidos a uma

temperatura inferior ao da atmosfera de H2.

Esta frase esta repetida favor retirar. Leia atrás

Oxissulfatos (Ln2O2SO4) / oxissulfetos (Ln2O2S) de lantanídeos (onde Ln = La, Pr, Nd, Sm,

Eu e Gd) têm sido produzidos a partir da decomposição térmica de sulfatos hidratados de

lantanídeos a temperaturas superiores a 800 ° C por 5 horas sob atmosfera dinâmica de N2

ou ar. Subseqüente redução do Ln2O2SO4 preparado sob uma atmosfera dinâmica de H2 a

800 ° C leva a um oxissulfeto Ln 2O2S (Ln = La, Nd, Pr e Sm) de fase única. A reversibilidade

para alguns oxissulfetos Ln2O2S (La, Nd e Sm) pode ser obtida no intervalo de temperatura

de 800-900 °C e 2 mols de O 2. Diferentemente, a reoxidação do oxissulfeto Pr2O2S (S2-)

para oxissulfato Pr2O2SO4 (S6-) ocorre em temperaturas <600 º C. Atipicamente, o

tratamento térmico de sulfato de cério hidratado sob atmosfera dinâmica de O2 só produz

óxido. Oxissulfetos de lantanídeos (Ln2O2S, Ln = Sm, Eu) também podem ser obtidos

diretamente por tratamento térmico dos óxidos Ln2O3 a 573 K por 24 horas sob uma

atmosfera dinâmica de CS2/Ar e baixa pressão parcial de O2, ou também pela reação de

estado sólido de CuFeS2 com Sm2O3 [31-34].

A decomposição térmica dos oxissulfetos de lantanídeos (excluindo Ce e Pr) em ar

já foi estudada [38]. Os oxissulfetos são oxidados para oxissulfatos entre 600 e

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900ºC e a fase oxissulfato, que é instável em altas temperaturas, se decompõe em

óxido. A estabilidade do oxissulfato e sua temperatura de decomposição diminuem

com a diminuição do raio dos íons lantanídeos. Para os lantanídeos a oxidação de

oxissulfeto tem início ou, parcialmente, antes da decomposição do óxido começar.

Há alguns dados termoanalíticos disponíveis na literatura. Eick relatou que

oxissulfeto de samário oxida em uma única etapa para oxissulfato, Sm2O2SO4. Esta

reação exotérmica ocorre com um aumento de massa na região de

aproximadamente 630-930ºC e a nova fase oxissulfato decompõe quando aquecida

a 1000ºC aproximadamente. Hale relatou que entre 600-1000ºC oxissulfato de

neodímio oxida à semelhança oxissulfato, que então se decompõe em óxido a

temperaturas superiores a 1200ºC. Haynes e Brown publicaram dados de

termogravimetria sob atmosfera de ar para os oxissulfetos utilizados como materiais

de fósforo: oxissulfetos de lantânio, gadolínio, lutécio. A oxidação ocorre em 510-

910ºC do lantânio, do gadolínio entre 470-815, 635-856ºC para lutécio. Os

oxissulfatos então se decompõem em óxidos e a decomposição está completa

acima de 1400, 1305, 965ºC respectivamente. Haynes e Brown, bem como Baybarz

et al observaram que a oxidação não é concluída antes da decomposição começar.

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CAPÍTULO 3:

METODOLOGIA EXPERIMENTAL

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3.1 REAGENTES E SOLVENTES

3.1.1 Sulfato de Térbio III.

Para a síntese do Sulfato de Tb +3 foi utilizado o óxido de Térbio Tb4O7, que é a

mistura de óxido de Térbio nos estados de oxidação III+ e IV+ sob a forma

Tb2O3.2TbO em presença de solução de ácido clorídrico (HCl(aq)), posteriormente

ácido sulfúrico (H2SO4(aq)) e ureia ((NH2)2CO). Com todo o cuidado na preparação do

material sintetizado para não haver impurezas.

3.1.2 Difenil-4-amina sulfonato de Térbio III.

Na síntese do difenil-4-amina sulfonato (C12H10NSO3-) foram utilizados os reagentes

difenil-4-amina sulfonato de Sódio (NaC12H10NSO3) com o sal nitrato de Bário

(Ba(NO3)2), em meio aquoso, para este processo é necessário toda a purificação na

forma de destilação e deionização da água.

A partir do difenil-4-amina sulfonato de Bário (Ba(C12H10NSO3)2) sintetizado foi

preparado o difenil-4-amina sulfonato de Térbio III (Tb(C12H10NSO3)3) em solução

aquosa devidamente destilada e deionizada.

Tabela 3 – Reagentes utilizados nas sínteses dos sulfonatos metálicos.

Substância Composição Procedência

Difenil-4-amina-sulfonato de Sódio

NaC12H10NSO3 Proquímios, Reagente Analítico

Nitrato de Bário Ba(NO3)2 Vetec

Òxido de Térbio Tb4O7 Aldrich Chem C.O.

Ácido sulfúrico

Ácido Clorídrico Uréia

Nitrato de Prata

H2SO4

HCl (NH2)2CO

AgNO3

Dinâmica, Reagente analítico

Dinâmica, Reagente analítico

Cromoline Química fina

Vetec

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Para as análises por espectroscopia de Infravermelho foi utilizado brometo de

potássio (KBr) para a preparação das pastilhas.

3.2 METODOLOGIA

3.2.1 SÍNTESE DO SULFATO DE TÉRBIO III.

Em um balão de fundo redondo de 1L, uma amostra de óxido de Térbio duplo Tb4O7

[2TbO2.Tb2O3] foi adicionado ácido clorídrico diluído(4 mol/L), sob agitação

constante e a uma temperatura de 80°C. A coloração da amostra inicialmente cor

de terra passa a incolor após a abertura com o ácido clorídrico em excesso, o

excesso do ácido clorídrico foi necessário para promover a redução do Tb 4+ a 3+,

esta solução teve seu volume inicial diluído de 120 mL à 600 mL com água destilada

e deionizada, em seguida foi adicionado uma solução de uréia com concentração de

2 mol/L, gota a gota elevando seu pH de aproximadamente 1 a aproximadamente

5,5 [Eq. 2]. A partir deste ponto com pH ≈ 5,5, se inicia a formação do precipitado

carbonato básico de térbio III (Tb(OH)CO3) em sua forma gelatinosa. O pH da

solução foi elevado 7 e a solução foi aquecida a 70°C por 1,5 horas. Em seguida a

solução foi filtrada e exaustivamente lavada com água destilada e deionizada.

Depois de separados, os cristais de carbonato básico de térbio foram colocados em

um balão volumétrico de 1L em presença de água destilada e deionizada, e em

seguida adicionado gota a gota uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4) diluído com

concentração de 1 mol/L para a formação do sulfato de Tb+3, a formação de bolhas

proveniente da adição do ácido sulfúrico no carbonato confirma a liberação do

dióxido de carbono, deixando na solução os íons Tb+3 para a formação do sulfato,

(Tb2(SO4)3.16H2O) [Eq. 3].

2 Tb4O7(s) + 12 HCl(aq) → 4 TbCl3(aq) + 12 H2O(l) + O2(g) Eq. 1

4TbCl3(aq) + 4(NH2)2CO(aq) + 12H2O(l) ↔ 4Tb(OH)CO3(s) + 12Cl-(aq) + 8NH3(g) +

12H+(l) Eq. 2

4Tb(OH)CO3(s) + 6H2SO4 → 2Tb2(SO4)3(aq) + 8H2O(l) + 4CO2(g) Eq. 3

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Figura 5. Fluxograma da síntese do sulfato de Térbio III.

Tb4O7 em água

Adição de HCl 4 mol/L

Redução do Tb IV+ a Tb III+

Marrom

TbCl3(aq) Tb4O7 em excesso

Filtração

Adição de (NH2)2CO

Até pH ≈ 5,5

Tb(OH)CO3 gelatinoso

Adição de H2O seguido

de aquecimento a 70°C

por 1,5 horas

NH3(g) Evaporação

Tb(OH)CO3 gelatinoso

Tb(OH)CO3(s)

Filtração seguida de

sucessivas lavagens

Água de lavagem

Adição de AgNO3(aq)

Tb(OH)CO3(s) purificado

Adição de H2SO4 1 mol/L

Tb2(SO4)3(aq) CO2(g)

Liberação

Evaporação

Tb2(SO4)3(s)

Incolor

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3.2.2 SÍNTESE DO DIFENIL-4-AMINA SULFONATO DE BÁRIO (Ba(DAS)2).

A preparação do ligante difenil-4-amina sulfonato de Bário aqui denominada

(Ba(DAS)2) foi feita adicionando-se o difenil-4-amina sulfonato de Sódio,

denominada (NaDAS) em água deionizada sob agitação magnética a temperatura

de aproximadamente 70 ºC. Em outro balão de 250 mL foi solubilizado nitrato de

Bário (Ba(NO3)2). Esta solução foi vertida vagarosamente, sobre o balão contendo a

solução de NaDAS, mantendo-se a temperatura. Ao final de algumas horas, com o

resfriamento, ocorreu a formação de um precipitado branco que foi separado sob

atmosfera inerte e lavado com porções de água resfriada.

Figura 6. Fluxograma da síntese do difenil-4-amina sulfonato de Bário (Ba(DAS)2).

NaDAS(s) em água

Aquecimento a 70°C

NaDAS(aq)

Adição de Ba(NO3)2(aq)

Vertida vagarosamente

Ba(DAS)2(aq) + NaNO3(aq)

Resfriamento seguido

de Filtração

Ba(DAS)2(s)

NaNO3(aq)

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3.2.3 SÍNTESE DO DIFENIL-4-AMINA SULFONATO DE Tb+3 (Tb2(DAS)6).

Em um balão volumétrico de 1L foi adicionado o ligante difenil-4-amina sulfonato de

Ba+2 (Ba(DAS)2) e solubilizado suficientemente em água destilada e deionizada sob

agitação magnética e temperatura de aproximadamente 70°C. Em outro balão de

250 mL foi solubilizado o sulfato de Tb+3 (Tb2(SO4)3.16H2O) e esta solução vertida

vagarosamente sobre a solução do difenil-4-amina sulfonato de Ba+2 (Ba(DAS)2).

Com a adição do sulfato de Tb+3 a solução de difenil de Ba+2 forma imediatamente o

precipitado sulfato de Bário (BaSO4) branco no balão, o precipitado separado por

filtração a vácuo sob atmosfera inerte, repetidas vezes. A solução final onde

continha o difenil-4-amina sulfonato de Térbio foi reduzida em volume por meio de

vácuo sob leve aquecimento até a evaporação total da água presente para a

obtenção dos cristais de do (Tb(DAS)3).

Ba(DAS)2(s) em água

Aquecimento a 70°C

Ba(DAS)2(aq)

Adição de Tb2(SO4)3(aq)

Vertida vagarosamente

Tb(DAS)3(aq) + BaSO4(s)

Filtração

BaSO4(s) Tb(DAS)3(aq)

Evaporação

Tb(DAS)3(s)

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Figura 7. Fluxograma da síntese do difenil-4-amina sulfonato de Térbio III

(Tb(DAS)3).

3.3 CARACTERIZAÇÃO

3.3.1. Análises Elementares de Carbono, Hidrogênio e Nitrogênio (CHNS).

As medidas das percentagens de carbono, hidrogênio e nitrogênio para os ligantes e

complexos foram realizadas utilizando-se um microanalisador CHN, modelo 2400 Perkin

Elmer pertencente ao laboratório da Central Analítica do Instituto de Química da USP-São

Paulo.

3.3.2 Caracterização por Espectroscopia de Absorção na Região do Infravermelho (IV)

Os espectros vibracionais na região do infravermelho do Tb2(SO4)3.8H2O foram

registrados na faixa espectral de 4000 a 400 cm-1 utilizando o espectrômetro Bomen,

modelo Perkin Elmer do Lab Petro UFES, e no instrumento Jasco IR-700 e Midac

Prospect FTIR usando pastilha KBr da central analítica da USP.

3.3.3 Análise Térmica (ATG/DTG)

As análises termoanalíticas foram executadas por equipamentos do Laboratório de

Análise Térmica Ivo Giolito (LATIG) do Instituto de Química da USP.

Nas investigações termogravimétricas foram empregadas termobalanças, modelo

TGA-51, marca SHIMADZU. A detecção de variação de massa das termobalanças

marca SHIMADZU é de ±1 µg, com precisão de ±1% e pode operar com capacidade

máxima de 200 mg e possui um forno que permite aquecimento da temperatura

ambiente até 1500ºC. Neste instrumento, foram usados respectivamente cadinho de

platina, atmosferas dinâmicas de ar comprimido, CO, N2, misturas gasosas de Ar

(Argônio) com H2. Fixando-se a razão de aquecimento de 10ºC.min-1 bem com as

massas utilizadas das amostras em aproximadamente 30 mg e as vazões dos

gases de 50 mL.min-1. Antes da execução dos experimentos, obteve-se a curva TG

do cadinho vazio (curva em branco) para correção de linha base.

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3.3.4 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)

A célula DSC-50 marca SHIMADZU permite avaliar o comportamento térmico de

uma amostra a partir da temperatura ambiente até 650ºC. Neste trabalho, o DSC foi

empregado apenas no estudo do processo de desidratação. Para isso, utilizou-se

cápsula de alumínio aberta, atmosfera dinâmica de N2 (50 mL.min-1), intervalo de

temperatura de 30 a 600ºC, massa de amostra em torno de 2 mg e razão de

aquecimento de 10C.min-1. O equipamento foi previamente calibrado usando índio

metálico de pureza 99,99% com ponto de fusão em 156,6 ºC e ∆Hº de 28,59 J/g e

zinco metálico de pureza de 99,99% com ponto de fusão em 419,6 ºC.

3.3.5. Difratometria de Raios X, método do pó (DRX).

Os difratogramas de raios X para os produtos tratados termicamente em um

intervalo de operação correspondente de 25 a 1000ºC (razão de aquecimento de

10ºC.min-1) e dos intermediários da decomposição térmica, foram obtidos em um

difratômetro Rigaku 4053A3 equipado com proporcional contador e discriminador de

altura de pulso usando radiação CuKα (α = 1.5418Å). Realizadas na Central

Analítica do Instituto de Química da USP.

3.3.6 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

As análises foram realizadas no microscópio MEV LEO STEREOSCAN 440. Foram

utilizadas acelerações de 1,0 a 1,5 kV para não prejudicar a amostra e foram feitas

ampliações de 5000, 10000, 20000 e 30000 vezes.

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CAPÍTULO 4:

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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4.1 ASPECTOS GERAIS DA REAÇÃO.

A metodologia proposta anteriormente descreve a síntese do sulfato de Térbio III

[Tb2(SO4)3.16H2O] empregando o óxido de Térbio Tb4O7 e do difenil-4-amina

sulfonato de Térbio III (Tb(DAS)3) a partir do sulfato de Térbio III empregando como

ligante difenil-4-amina sulfonato de Bário [Ba(DAS)2] em meio aquoso.

Na reação do óxido de Tb4O7 é evidente a reação entre o óxido com o ácido

clorídrico devido a mudança de coloração de marrom do óxido para incolor do

cloreto, e a formação do carbonato básico de Térbio em pH ≈ 5,5 devido à sua

formação gelatinosa no meio.

Nestas reações entre o Tb2(SO4)3.16H2O e Ba(DAS)2 ocorre a formação de

precipitado de sulfato de bário, visualmente perceptível. A obtenção dos compostos

está baseada na seguinte reação:

Tb2(SO4)3.16H2O(aq) + 3 Ba(DAS)2(aq) → 2 [Tb (DAS)3. xH2O](l) + 3BaSO4 (s) Eq. 4.

4.2 CARACTERIZAÇÃO

4.2.1 ANÁLISE ELEMENTAR.

A análise elementar permitiu a simulação da fórmula molecular do ligante difenil-4-

amina sulfonato de Térbio III a partir dos percentuais de CH e N experimentais. De

acordo com a simulação da análise foi possível a construção da fórmula molecular

Tb(C12H10NSO3)3.2H2O [ Tb(DAS)3].

Tabela 4. Análise elementar CHNS para o difenil-4-amina sulfonato de Térbio III

% C % H % N % Tb

Tb (C12H10NSO3)3. 2 H2O (teórico) 46,16 3,87 4,72 14,86

Tb (C12H10NSO3)3. 2 H2O (experimental) 45,86 3,92 4,69 14,61

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4.2.2 ESPECTROS DE ABSORÇÃO NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO (IV).

A espectroscopia vibracional na região do infravermelho é uma ferramenta de

grande valia para elucidação e compreensão da estrutura dos sulfatos e sulfonatos.

A sua interpretação fornece informação a respeito da coordenação ao centro

metálico pelos ânions que participam da ligação. Além disso, é possível verificar a

presença de água ou outro solvente na estrutura dos compostos através das bandas

características das espécies.

Figura 8. Análise por infravermelho do Tb2(SO4)3.16H2O.

Tabela 5. Atribuições de IV das bandas referentes ao Tb2(SO4)3.16H2O.

Atribuição Número de Onda cm -1

ν ν ν ν O-H 3440

δ δ δ δ O-H 1693

ν Ο=ν Ο=ν Ο=ν Ο=S=O 1168

ν ν ν ν S-O 1006

δ δ δ δ S-O 584

Tb−Ο−Ο−Ο−Ο 462

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4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

Comprimento / cm -1

Tb(DAS)3

Ba(DAS)2

Esta análise auxiliou nos detalhes nos processos de complexação dos íons Bário II+

e Térbio+3 frente ao ligante DAS, de acordo com a figura a seguir:

Figura 9. Análise por infravermelho do ligante Ba(DAS)2 e do composto

Tb(DAS)3.2H2O.

Tabela 6 - Atribuições de infravermelho do Ba(DAS)2 e do Tb(DAS)3.2H2O

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O grupo sulfonato apresenta bandas na região de 1171 cm-1, atribuídas ao estiramento

assimétrico, e em 1053 cm-1 ao estiramento simétrico da ligação S=O. Para o composto

Ba(DAS)2, essas bandas aparecem em 1229, 1211, 1184 e 1143 cm-1, associadas ao

estiramento assimétrico, e em 1053 cm-1, ao estiramento simétrico do grupo sulfonato. Após

a complexação do ligante DAS pelo íon Térbio, ocorre um deslocamento das bandas e uma

diminuição no número de bandas do grupo sulfonato, que indicam uma variação nas

ligações estabelecidas nos oxigênios do grupo sulfônico em relação ao Ba(DAS)2.

4.2.3 ESTUDO TERMOANALÍTICO DO SULFATO E SULFONATO.

A termogravimetria é uma técnica de análise térmica onde a variação de massa da

amostra, perda ou ganho é determinada em função da temperatura e/ ou tempo

enquanto a amostra é submetida a uma programação controlada de temperatura.

Essa técnica possibilita conhecer detalhadamente as alterações que o aquecimento

pode provocar na massa das substâncias, permitindo estabelecer a faixa de

temperatura em que elas adquirem composição química definida, a temperatura em

que começam a se decompor, a acompanhar as reações de desidratação, de

oxidação, de decomposição, entre outros.

4.2.3.1 Estudo térmico do sulfato e sulfonato.

O estudo térmico de uma amostra deve ser levar em consideração o tipo de amostra

a ser analisada, as condições em que estas amostras serão feitas, o tipo de

atmosfera em que esta amostra será submetida, o fluxo de calor a qual será

aquecida e ainda a razão de aquecimento, contudo ainda podemos obter diferentes

materiais, mesmo que estes apresentem as mesmas fórmulas moleculares. Este fato

é devido a diferenças entre os precursores, e de que os resíduos são obtidos em

diferentes temperaturas.

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Figura 10. Fluxograma do tratamento térmico em atmosfera oxidante do difenil-4-

amina sulfonato de Térbio III e do sulfato de Térbio III.

Figura 11. Fluxograma do tratamento térmico em atmosfera redutora do difenil-4-

amina sulfonato de Térbio III e do sulfato de Térbio III.

Tb(DAS)3(s) Tb2(SO4)3(s)

Tb2O2SO4(s)

Tb2O(SO4)2(s)

Tratamento térmico em atmosfera

de oxigênio

Tb2O2SO4(s)

Tb2O3(s) Tb2O3(s)

Tb(DAS)3(s) Tb2(SO4)3(s)

Tb2OS2(s)

Tb2O2S(s)

Tb2O3(s)

Tb2O2S(s)

Tb2O3(s)

Tratamento térmico em atmosfera

Redutora de CO ou H2:Ar/N2

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As análises térmicas do sulfonato e do sulfato mostram resíduos com características

físicas e morfológicas diferentes sob o mesmo tratamento térmico e próprias de cada

precursor, embora com a mesma fórmula molecular. Os tratamentos térmicos que

serão mostrados, a seguir, evidenciam as diferentes temperaturas para a obtenção

dos oxissulfetos e oxissulfatos formadas, as morfologias mostradas pelas

micrografias e também o relato dos diferentes resíduos.

Como visto, a difenil-4-amina sulfonato de Tb +3 não consegue formar o oxidissulfato

(O(SO4)26-) e o oxidissulfeto (OS2

6-) de Tb +3 isto poderá ser atribuído pelas

diferentes temperaturas de formação com suas diferentes quantidades de carbono

presentes, de acordo com as curvas de TG e a simulação de perdas de massa.

Um outro aspecto importante sobre estes resíduos, pode ser denotado quando

reaquecidos, pois o reaquecimento do dióxissulfeto (O2S6-) em atmosfera oxidante

obtém como resíduo o dióxissulfato (O2(SO4) 6-), e o reaquecimento do dióxissulfato

em atmosfera redutora obtém como resíduo o dióxissulfeto [44].

Figura 12. Fluxograma do reaquecimento do dioxissulfeto em atmosfera oxidante e

do dioxissulfato em atmosfera redutora.

Tb2O2S(s)

Tb2O2SO4(s)

Reaquecimento em

atmosfera oxidante

de O2

Reaquecimento em

atmosfera redutora

de H2:Ar/N2 ou CO

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4.2.3.1.1 Curvas de TG do Sulfato de Térbio III em atmosfera de ar.

O sulfato de Térbio (Tb2(SO4)3.16H2O) obtido foi tratado inicialmente em atmosfera

oxidante.

Figura 13. Curva de TG do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de ar, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento de

10°C.min -1 até 1100°C.

Tabela 7. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de ar.

Intervalo de

Temperatura (ºC)

Atribuição da Perda Perda de massa

experimental (%)

Perda de massa

teórica (%)

30-516 16 H2O 32,72 32,24

516-1093 2 SO4 17,79 16,83

Resíduo Tb2O2SO4 49,49 50,93

A decomposição térmica do Sulfato de Térbio III em atmosfera de ar mostra uma

maior estabilidade do produto final para a temperatura de 1100°C, as primeiras

perdas são relativas a perdas de água e a segunda relativa a formação de um

composto estável atribuído ao Tb2O2SO4.

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Figura 14. Curva de TG do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de ar, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento de

10°C.min -1 até 1300°C.

Tabela 8. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de ar.

Refazer as atribuições

Intervalo de

Temperatura (ºC)

Atribuição da Perda Perda de massa

experimental (%)

Perda de massa

teórica (%)

30-497 10 H2O 22,84 22,91

497-1033

1033-1271

1,5(SO3)

2,3(SO3)

20,45

49,5

19,81

50,93

Resíduo Tb2O2,3(SO4)0,7 41,95 43,13

A decomposição térmica do Sulfato de Térbio III em atmosfera de ar a temperatura

de 1300°C obtém como produto final um óxido com um determinado grau de

impureza de sulfato, com um produto não estequiométrico como sendo

Tb2O2,3(SO4)0,7.

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Em seguida o Sulfato de Térbio foi tratado termicamente em atmosfera redutora de

CO.

Figura 15. Curva de TG do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de CO, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento de

10°C.min -1 até 1000°C.

Tabela 9. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de CO.

Intervalo de

Temperatura (ºC)

Atribuição da Perda Perda de massa

experimental (%)

Perda de massa

teórica (%)

30-457 16 H2O 33,67 32,24

457-763 2 [O(SO4)] 24,38 23,63

Resíduo Tb2O2S 41,95 43,13

A decomposição térmica do sulfato de Térbio III em atmosfera redutora de CO,

mostra a formação de um produto final termicamente e estequiometricamente

estável como sendo o dioxissulfeto de Térbio III Tb2O2S.

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Figura 16. Curva de TG do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de H2:Ar/N2, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento

de 10°C.min -1 até 1300°C.

Tabela 10. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de H2:Ar/N2.

Intervalo de

Temperatura (ºC)

Atribuição da Perda Perda de massa

experimental (%)

Perda de massa

teórica (%)

30-501 10 H2O 23,21 22,9

501-882

882-1102

0,5(SO3), 2O2

SO4 , 3O2

16,75

12,78

17,16

12,13

Resíduo Tb2OS1,5(SO4)0,5 47,16 45,5

Comparando os tratamentos térmicos de CO e H2:Ar/N2, fica evidente a eficiência da

atmosfera de CO quando comparado a atmosfera de H2:Ar/N2, esta mesmo com um

aquecimento de 1300°C obteve como produto final um composto não

estequiométrico como sendo Tb2OS1,5(SO4)0,5.

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4.2.3.1.2 Curva de DSC do Sulfato de Térbio III em atmosfera de N2.

Figura 17. Curva de DSC do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O) obtida sob

atmosfera dinâmica de N2, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de aquecimento de

10°C.min -1 até 600°C.

A curva DSC em N2, Figura 16, do Sulfato de Térbio III (Tb2(SO4)3.16H2O), mostra

um pico endotérmico mais acentuado característico do processo de desidratação em

aproximadamente 170°C, confirmando assim os dados d e infravermelho que

apontam a presença de água no composto. A desidratação da amostra de

(Tb2(SO4)3.16H2O) ocorre, segundo a DSC, em etapas endotérmicas distintas devido

ao grau de hidratação.

Além disso, de acordo com os dados da curva de DSC em que existem

desidratações em pontos de temperaturas diferentes, o que pode ocasionar em água

de hidratação, a uma temperatura menor e água de ligação, a uma maior

temperatura.

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4.2.3.1.3 Curvas de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III em atmosfera de

ar.

Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III em atmosfera de ar.

Figura 18. Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III (Tb2(DAS)6.4H2O)

obtida sob atmosfera dinâmica de ar, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de

aquecimento de 10°C.min -1 até 1000°C.

Tabela 11. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de ar.

Intervalo de

Temperatura (ºC)

Atribuição da Perda Perda de massa

experimental (%)

Perda de massa

teórica (%)

26-185 4 H2O 3,98 3,83

185-374

374-528

2 C6H5NH, C6H4

4 C6H5NH, C6H4

17,30

24,30

17,65

24,98

528-760

769-1000

4 C6H4, 3 SO2, 1,5 SO3

0,5 SO3

Resíduo Tb2O2SO4

32,45

2,17

23,78

32,75

2,19

24,17

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A decomposição térmica do difenil-4-amina sulfonato de Térbio III em atmosfera de

ar conduz a um produto estequiometricamente estável atribuído ao dioxissulfato de

Térbio III Tb2O2SO4 conforme mostra a figura 18.

Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III em atmosfera de CO.

Figura 19. Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III (Tb2(DAS)6.4H2O)

obtida sob atmosfera dinâmica de CO, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de

aquecimento de 10°C.min -1 até 1100°C.

Tabela 12. Atribuições das perdas de massa em atmosfera de CO.

Intervalo de

Temperatura (ºC)

Atribuição da Perda Perda de massa

experimental (%)

Perda de massa

teórica (%)

26-148 4 H2O 3,33 3,83

148-371

371-535

3 C6H5NH, C6H4

3 C6H5NH, C6H4

19,1

20,0

17,65

24,98

535-756

4 C6H4, 5 SO3

Resíduo Tb2O2S

37,6

19,65

37,6

20,4

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Da mesma forma, o aquecimento em atmosfera redutora de CO obtém como produto

um composto também estequiometricamente estável e atribuído ao dioxissulfeto de

Térbio III Tb2O2S, conforme figura 19.

Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III em atmosfera de H2:Ar/N2.

Figura 20. Curva de TG do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III (Tb2(DAS)6.4H2O)

obtida sob atmosfera dinâmica de H2:Ar/N2, com vazão de 50 mL.min-1 e taxa de

aquecimento de 10°C.min -1 até 1000°C.

A decomposição térmica do difenil-4-amina sulfonato de Térbio III em atmosfera

redutora de H2:Ar/N2, não foi bem sucedida quando comparada a de CO a mesma

temperatura, pois nesta ainda não foi obtido um composto estequiométrico e estável,

um tratamento térmico a uma maior temperatura pode reduzir o difenil-4-amina

sulfonato de Térbio III a dioxissulfeto de Térbio III, contudo esta atmosfera mostrou-

se eficaz na redução do sulfato de Térbio III a dioxissulfeto conforme figura 16 [44].

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4.2.3.1.4 Curva de DSC do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III (Tb2(DAS)6.4H2O).

Figura 21. Curva de DSC do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III

(Tb2(DAS)6.4H2O) obtida sob atmosfera dinâmica de N2, com vazão de 50 mL.min-1

e taxa de aquecimento de 10°C.min -1 até 500°C.

A curva DSC em N2, Figura 21, do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III

(Tb2(DAS)6.4H2O), mostra um pico endotérmico mais acentuado característico do

processo de desidratação em aproximadamente 190°C, confirmando assim os dados

de infravermelho que apontam a presença de água no composto.

Semelhante ao ocorrido ao sulfato, o difenil-4-amina sulfonato de Térbio III foi

submetido ao tratamento térmico em atmosferas de ar e CO, e assim foi possível

isolar os compostos estequiométricos e estáveis, derivados de sua decomposição

térmica e através deste, foi possível observar a diminuição dos picos e das bandas

de estiramento oriundas do difenil mediante ao tratamento térmico, formando assim

os produtos dioxissulfato e dioxissulfeto mais estáveis, estes produtos foram

isolados e caracterizados por difração de Raios X, comparados por espectroscopia

no IV e ainda a Micrografia Eletrônica de Varredura MEV permitiu evidenciar

diferenças entre os oxissulfetos e oxissulfatos derivados do sulfato e do sulfonato de

acordo com a morfologia de cada composto.

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20 40 60 80

b) Tb2O

2SO

4

Inte

nsid

ade

2 Theta

a) Tb2O

2SO

4

4.2.3 CARACTERIZAÇÃO POR DIFRAÇÃO DE RAIOS X DOS OXISSULFETOS E

OXISSULFATOS OBTIDOS APÓS O TRATAMENTO TÉRMICO DO SULFATO E

SULFONATO DE TÉRBIO III.

4.2.3.1 Difração de Raios X do dioxissulfato e dioxissulfeto de Térbio III derivado da

decomposição térmica do Sulfato de Térbio III.

Nas curvas apresentadas para os dois compostos em atmosfera de ar as diferenças não são

apenas nos precursores, mas também nas suas respectivas perdas, embora estes sejam

diferentes, os produtos finais obtidos apresentam a mesma fórmula molecular, e isso pode

ser confirmado pela simulação de perda de massa e pelos difratogramas de RX, que se

apresentam semelhantemente. Finalmente conduzidos a dioxissulfatos (Tb2O2SO4) Figuras

13 e 18, com temperaturas entre 1090ºC composto (a) e 1000°C composto (b), os resíduos

obtidos são mostrados a seguir pelos DRX.

Os produtos da decomposição foram analisados por difratometria de raios X, Figura 22. Os

difratogramas de raios x quando comparados com o banco de dados mostrou que os

resíduos obtidos a 1090ºC (a) e 1000°C (b) para os dois compostos é o mesmo e se trata do

Tb2O2SO4 [39].

Figura 22. Difratograma de Raios X dos dioxissulfatos de Térbio III obtido após

tratamento térmico em atmosfera de ar do sulfato de Térbio III (a) e difenil-4-amina

sulfonato de Térbio III (b).

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20 40 60 80

26.9

30.1

38.3

5

47.5

5

55.4

5

62.7

5

71.1

77.5

5

82.3

5

a) Tb2O

2S

b) Tb2O

2S

Inte

nsid

ade

2 Theta

O Sulfato de Térbio III e o Sulfonato de Térbio III foram tratados em atmosfera

redutora de CO representados pelas curvas Figura 15 e 19 com temperaturas entre

730°C composto (a) e 720°C composto (b), o que cond uziu os resíduos aos

dioxissulfetos de Térbio III que pode ser confirmado pelas perdas de massa dos

respectivos compostos e pelos difratogramas de RX mostrados a seguir pela Figura

23.

Igualmente, os produtos da decomposição térmica foram analisados por

difratometria de Raios X e o mesmo de acordo com os bancos de dados foram

atribuídos aos dioxissulfeto de Térbio III Tb2O2S [39].

Figura 23. Difratograma de Raios X dos dioxissulfetos de Térbio III obtido após

tratamento térmico em atmosfera redutora de CO do sulfato de Térbio III (a) e difenil-

4-amina sulfonato de Térbio III (b).

A preparação e as propriedades desses compostos têm sido extensivamente estudadas. A

maioria dos métodos de síntese utiliza-se da reação no estado sólido, variando-se a

atmosfera e os reagentes fornecedores de sulfeto [39, 40, 41].

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4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

Tb2(SO4)3

Tb2O2SO4

2 Theta

Tb2O2S

Vários pesquisadores têm procurado aperfeiçoar as condições de síntese destes materiais

buscando a diminuição da temperatura de trabalho e utilizando agentes fornecedores de

sulfeto menos tóxicos. Apesar desses estudos não serem um fato recente, o número de

métodos disponíveis ainda é pequeno e os mais comumente usados baseiam-se na reação

de óxidos de lantanídeos com agentes sulfurizantes [39, 42].

4.2.4 CARACTERIZAÇÃO POR INFRAVERMELHO DOS OXISSULFETOS E

OXISSULFATOS OBTIDOS APÓS O TRATAMENTO TÉRMICO DO SULFATO E

SULFONATO DE TÉRBIO III.

4.2.4.1 Infravermelho do sulfato de Térbio III, e do oxissulfeto, oxissulfato obtidos por

decomposição térmica do sulfato de Térbio III em atmosfera de ar Tb2O2SO4 e

redutora de CO Tb2O2S.

Figura 24. Análise por infravermelho do Sulfato Tb2(SO4)3.16H2O, oxidissulfato

Tb2O(SO4)2, dioxissulfato Tb2O2SO4, oxidissulfeto Tb2OS2 e dioxissulfeto Tb2O2S de

Térbio III, obtidos após tratamento térmico em atmosferas oxidantes e redutoras.

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4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

Tb2(DAS)

6.xH

2O

Tb2O

2S

Inte

nsid

ade

2 Theta

Tb2O

2SO

4

Com o tratamento térmico nas atmosferas de ar e CO, foi possível isolar os produtos

estáveis e estequiométricos da decomposição térmica do sulfato de Térbio III, seus

resíduos obtidos após tratamento foram caracterizados por infravermelho e com isso

foi possível observar a diminuição dos picos referentes aos grupos (νννν O-H, δ δ δ δ O-H,

ν ν ν ν O=S=O, ν ν ν ν S-O e δ δ δ δ S-O) oriundos do sulfato, quando submetidos ao aquecimento e

ao tipo de atmosfera inserida durante o tratamento.

4.2.4.2 Infravermelho do difenil-4-amina sulfonato de Térbio III, e dos oxissulfetos,

oxissulfatos obtidos por decomposição térmica do difenil-4-amina sulfonato de

Térbio III.

Figura 25. Análise por infravermelho do Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III

Tb2(DAS)6.4H2O, dioxissulfato Tb2O2SO4, e dioxissulfeto Tb2O2S de Térbio III,

obtidos após tratamento térmico em atmosferas oxidantes e redutoras.

Semelhantemente ao sulfato, o difenil-4-amina sulfonato de Térbio III submetido ao

tratamento térmico em atmosfera de ar e CO obteve seus resíduos dióxissulfato e

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dioxissulfeto de Térbio III e estes foram isolados e analisados por IV e estas análises

mostram a formação de bandas oriundas do dioxissulfato em atmosfera de ar, e a

diminuição destas bandas em atmosfera redutora de CO originando o dioxissulfeto

de Térbio III conforme mostrado na figura 25.

4.2.5 CARACTERIZAÇÃO POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

(MEV) DOS OXISSULFETOS E OXISSULFATOS DE TÉRBIO III, OBTIDOS POR

DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA EM ATMOSFERA DE AR E CO DO SULFATO E

SULFONATO DE TÉRBIO III.

4.2.5.1 Caracterização por Microscopia Eletrônica de Varredura do oxissulfeto e

oxissulfato de Térbio III, obtido por decomposição Térmica do Sulfato de Térbio III.

As figuras 26 e 27 apresentam as micrografias em dois aumentos diferentes (10000

e 20000 vezes) do oxissulfato de Térbio III obtido por decomposição térmica do

sulfato de Térbio III em atmosfera de ar, e 28 e 29 em atmosfera de CO.

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Figura 26. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela

decomposição térmica do sulfato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar,

ampliada 10000 vezes.

Figura 27. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela

decomposição térmica do sulfato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar,

ampliada 20000 vezes.

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Figura 28. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de CO, ampliada 10000

vezes.

Figura 29. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de CO, ampliada 20000

vezes.

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4.2.5.2 Caracterização por Microscopia Eletrônica de Varredura do oxissulfeto e

oxissulfato de Térbio III, obtido por decomposição Térmica do Sulfonato de Térbio III.

As figuras 30 e 31 apresentam as micrografias em dois aumentos diferentes (15000

e 20000 vezes) do oxissulfato de Térbio III obtido por decomposição térmica do

sulfonato de Térbio III em atmosfera de ar, e as figuras 32 e 33 do oxissulfeto de

Térbio III obtido em atmosfera redutora de CO.

Os aspectos da granulometria se apresentam semelhantes embora o oxissulfato e

oxissulfeto obtido por decomposição térmica do sulfonato apresentam-se de forma

mais bem definida, com grãos mais uniformes, quando comparados aos mesmos

derivados da decomposição térmica do sulfato de térbio III.

Figura 30. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela

decomposição térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar,

ampliada 15000 vezes.

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.

Figura 31. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela

decomposição térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar,

ampliada 20000 vezes.

Figura 32. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2SO4 obtido pela

decomposição térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de ar,

ampliada 25000 vezes.

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Figura 33. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de CO, ampliada 15000

vezes.

Figura 34. Micrografia eletrônica de varredura do Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfonato de Térbio III sob atmosfera dinâmica de CO, ampliada 20000

vezes.

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Comparando-se as micrografias do composto Tb2O2S obtido pela decomposição

térmica do sulfato (Figuras 28 e 29) e do sulfonato (Figuras 33 e 34), observa-se,

que há uma pequena diferença no tamanho das partículas, com o Tb2O2S obtido do

sulfonato apresentando um tamanho maior, com uma porosidade maior dos

aglomerados. O Tb2O2S obtido do sulfato apresenta partículas com tamanho menor,

sem muito espaçamento, então com uma menor porosidade [43, 44].

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5. CONCLUSÕES

Este trabalho apresentou como principal foco a síntese dos precursores Sulfato e

Sulfonato de Térbio III, tratados termicamente em diferentes atmosferas para a

obtenção de oxissulfetos e oxissulfatos de Térbio III. Os precursores foram obtidos

em meio aquoso, na qual foi possível através de Análise Elementar obter as

fórmulas de Tb2(SO4)3.16H2O para o Sulfato Hidratado de Térbio III e

Tb2(C12H10NSO3)6.4H2O para o Difenil-4-Amina Sulfonato de Térbio III, denominado como o

Sulfonato Tb2(DAS)6.4H2O. As técnicas de Análise Elementar, Termogravimetria,

Espectroscopia vibracional na região do Infravermelho (IV), Difratometria de Raios X (DRX)

foram utilizadas para caracterizar os compostos e auxiliar nos eventos ocorridos em cada

uma delas.

Dos resíduos formados, estes foram denominados oxissulfato de Térbio III Tb2O2SO4 e

oxissulfeto de Térbio III Tb2O2S, obtidos sob atmosferas de ar (Tb2O2SO4) de acordo com as

figuras 13 para o Sulfato e figura 18 para o Sulfonato, e redutora de CO (Tb2O2S) de acordo

com as figuras 15 para o Sulfato e figura 19 para o Sulfonato. Ambos foram submetidos a

Espectroscopia vibracional na região do Infravermelho (IV) ao qual foi possível observar a

diminuição e seguidamente das perdas das bandas características dos grupos (νννν O-H, δ δ δ δ O-

H, ν ν ν ν O=S=O, ν ν ν ν S-O e δ δ δ δ S-O) de acordo com figuras 24 para os resíduos derivados do

Sulfato e figura 25 para os resíduos derivados do Sulfonato, e Difratometria de Raios X

(DRX) ao qual foi possível observar as semelhanças entre os picos dos oxissulfatos

derivados do Sulfato e Sulfonato de acordo com figura 22 e dos oxissulfetos derivados do

Sulfato e Sulfonato de acordo com a figura 23.

Na decomposição térmica em atmosfera redutora de H2:Ar/N2, observou-se que não ocorreu

um composto termicamente estável e estequiométrico na mesma temperatura em que foram

submetidos os mesmos em atmosferas de ar e CO como mostrado pela figura 20.

Os resíduos de oxissulfetos derivados da decomposição térmica em atmosfera redutora de

CO para o precursor Sulfonato apresentaram grãos mais definidos de acordo com as figuras

33 e 34, quando comparados aos mesmos derivados do Sulfato apresentando grãos

menores, e consequentemente, menor porosidade como mostrado pelas figuras 28 e 29.

Semelhantemente, os resíduos de oxissulfatos derivados da decomposição térmica em

atmosfera de ar para o precursor Sulfonato apresentam grãos maiores e com maior

porosidade (figura 30, 31 e 32) quando comparados aos mesmos derivados do Sulfato

(figura 26 e 27).

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Os resultados dos oxissulfetos e oxissulfatos obtidos por Sulfatos e Sulfonatos

mostram a possibilidade de modulação na porosidade e granulometria dos mesmos

obtidos por tratamento térmico em diferentes atmosferas, e que esta modulação

pode apresentar aplicações específicas em áreas industriais como absorvedores de

gases e dispositivos eletroluminescentes entre outros.

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5.1 SUGESTÕES PARA ESTUDOS POSTERIORES

A partir do estudo apresentado podemos criar novas possibilidades para a diversas

áreas de pesquisa, que podem ser apresentadas:

1) Obtenção de monocristais para a determinação da estrutura das espécies.

2) Estudar a cinética de decomposição térmica dos sais, buscando através das técnicas

de Análise Térmica determinar o tempo de vida dos compostos e seus resíduos.

3) Estudar a viabilidade de caracterização dos voláteis formados durante o processo de

decomposição térmica dos sulfatos e sulfonatos.

4) Realizar uma avaliação sobre a área superficial e volume de poro dos oxissulfatos e

oxissulfetos obtidos da decomposição térmica.

5) Avaliar a influência do álcool sobre o tamanho e morfologia da partícula, utilizando

proporções diferentes deste na síntese.

6) Estudar os espectros de emissão na região do visível dos precursores e seus

respectivos resíduos tratados termicamente em atmosferas de ar e CO.

7) Avaliar a possibilidade de aplicações de dopagem dos oxissulfetos e

oxissulfatos obtidos com outros íons lantanídeos emissores de luminescência.

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