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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO
CINTIA GALVÃO QUEIROZ
EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS NO
PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE ESTOMIZADOS INTESTINAIS A LUZ DO
MODELO DE ADAPTAÇÃO DE ROY
NATAL
2017
CINTIA GALVÃO QUEIROZ
EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS NO
PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE ESTOMIZADOS INTESTINAIS A LUZ DO
MODELO DE ADAPTAÇÃO DE ROY
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, para obtenção do grau de
mestre em enfermagem.
Área de concentração: Enfermagem na atenção à
saúde
Linha de pesquisa: Desenvolvimento tecnológico em
saúde e enfermagem
Orientador: Profª Drª Isabelle Katherinne Fernandes
Costa Assunção
NATAL
2017
Queiroz, Cintia Galvão. Evidências de validade de instrumento para coleta de dados nopré e pós-operatório de estomizados intestinais a luz do Modelode Adaptação de Roy / Cintia Galvão Queiroz. - 2018. 132 f.: il.
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grandedo Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduaçãoem Enfermagem. Natal, RN, 2018. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Isabelle Katherinne Fernandes CostaAssunção.
1. Estomia - Dissertação. 2. Modelos de enfermagem -Dissertação. 3. Processo de enfermagem - Dissertação. 4. Coletade dados - Dissertação. 5. Estudos de validação - Dissertação.I. Assunção, Isabelle Katherinne Fernandes Costa. II. Título.
RN/UF/BCZM CDU 616.8-009.7
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRNSistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
CINTIA GALVÃO QUEIROZ
EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DE INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS NO
PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE ESTOMIZADOS INTESTINAIS A LUZ DO
MODELO DE ADAPTAÇÃO DE ROY
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do Título de Mestre em Enfermagem.
Aprovada em: 19 de dezembro de 2017, pela banca examinadora.
PRESIDENTE DA BANCA
Profa. Dra. Isabelle Katherinne Fernandes Costa Assunção
(Departamento de Enfermagem/UFRN)
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Profa. Dra. Isabelle Katherinne Fernandes Costa Assunção
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
________________________________________________________
Profa. Dra. Gabriela de Sousa Martins Melo de Araújo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro interno
_________________________________________________________
Profa. Dra. Mirian Alves da Silva
Universidade Federal da Paraíba
Membro externo
DEDICATÓRIA
A Deus, por ter me dado forças, saúde e perseverança para prosseguir e concluir mais essa
etapa. E, por sempre me fazer lembrar que os sonhos dele são maiores que os meus. Vale a pena
acreditar!
A minha mãe, Aparecida, por nunca desistir de mim e compreender meus estresses e minha
ausência quando tudo era difícil. Obrigada, mãe, por ter me ensinado as primeiras letras, por
aquele chinelo ao lado da cadeira de estudos, por todo o esforço, abdicação e dedicação durante
todos esses anos. Essa conquista é nossa!
A minha família, em especial a minha tia Nazaré e meu primo Kaio Fillipe, por terem sido meu
apoio, minha base, quando tudo parecia muito difícil e a vida desabar nas minhas costas. Pela
milésima vez, muito obrigada!
Ao meu namorado, Geraldo, por me compreender e ajudar em toda essa caminhada, da
graduação ao mestrado, pelo incentivo diário quando eu digo que não vou conseguir. Aguentar
meus estresses e minhas longas conversas de como foi o dia, aflições, medos, angustias e por
fazer do meu sonho o seu sonho.
A todas as pessoas estomizadas, que me ensinaram com suas histórias de vida, exemplos de
perseverança, otimismo e fé.
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora, professora Dra. Isabelle Katherinne Fernandes Costa Assunção, por
galgar comigo essa caminhada, pela oportunidade de crescimento profissional desde a
graduação, por ter ido além da relação professor/aluno, me oferecendo, muitas vezes, um ombro
para chorar ou um ouvido para escutar. Agradeço todos os ensinamentos e confiança em mim
depositada.
Aos docentes e ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, pelo apoio e incentivo durante todo esse período.
Aos professores doutores Gilson de Vasconcelos Torres, Bertha Cruz Enders e Gabriela de
Sousa Martins Melo de Araújo, pela participação em meu exame de qualificação e valiosas
contribuições. Em especial a professora Gabriela, pela imensurável ajuda desde a graduação e
por ter me aceitado como docente assistida, sempre com seu jeito doce e encantador. Você é
inspiradora. Muito obrigada!
Às professoras doutoras Isabelle Katherinne Fernandes Costa Assunção, Gabriela de Sousa
Martins Melo de Araújo e Mirian Alves da Silva, por ler esse material com tanto carinho e zelo,
pelo aceite em estar em minha defesa e todas as contribuições dadas.
Às minhas amigas da graduação e de vida, Jéssica Lyra, Dianny, Kadyjina, Luana, Yleanna,
Sueleide, Iasmim, Mônica, Jéssika Costa e Elizabethe, por serem minha segunda família, na
certeza de que sempre estarão ali para oferecer apoio em qualquer circunstância da vida.
A minha amiga Kadyjina, irmã de coração que a vida me deu. Obrigada, minha amiga, por esse
laço de cumplicidade e amizade tão forte que nos une desde a graduação, por cada momento
que compartilhamos, choramos, sorrimos... Estaremos sempre juntas, nos apoiando! Eu
acredito muito em você!
As minhas amigas de pós-graduação, Kadyjina e Romeika, pela caminhada mais leve durante
esses dois anos, pela ajuda de sempre, por dividir sonhos, alegrias, conquistas dificuldades e
obstáculos.
Aos componentes do meu grupo de pesquisa Lays, Marjorie, Amanda, Suênia, Julliana, Luana,
Silvia, Isabelle, Fernanda, Dannyele, Aline, Dayane, Breno, Lorena e Alexsandra, pelo
incentivo e disposição a ajudar durante toda essa caminhada. Vocês são especiais!
Aos juízes da pesquisa, pela disponibilidade em participar do estudo, por todas as sugestões e
contribuições.
A Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (CAPES), pela bolsa
concedida durante parte do mestrado.
Aos funcionários do Departamento de Enfermagem e da Pós-Graduação da UFRN, pela
disponibilidade de sempre.
A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, ajudaram no desenvolvimento e realização de
mais um capítulo da minha história. Muito obrigada!
“Na corrida dessa vida é preciso entender que você vai rastejar, que vai
cair, vai sofrer. E a vida vai lhe ensinar que se aprende a caminhar e só
depois a correr! A vida… a vida é uma corrida que não se corre sozinho.
Que vencer não é chegar. É aproveitar o caminho. Sentindo o cheiro das
flores e aprendendo com as dores causadas por cada espinho. Aprenda
com cada dor, com cada decepção, com cada vez que alguém lhe partir o
coração. O futuro é obscuro e às vezes é no escuro que se enxerga a
direção. Sinta sua caminhada e dê sempre uma parada pelo caminho que
for. Pare! Não tenha pressa. Não “carece” acelerar. A vida já é tão curta.
É preciso aproveitar essa estranha corrida que a chegada é a partida e
ninguém pode evitar. Por isso que o caminho tem que ser aproveitado
deixando pela estrada algo bom para ser lembrado! Vivendo uma vida
plena, fazendo valer a pena cada passo que foi dado. Ai sim, lá na chegada
onde o fim é evidente é que a gente percebe que tudo foi de repente. E
aprende na despedida que o sentido dessa vida é sempre seguir em frente!”
Bráulio Bessa
RESUMO
Objetivou-se analisar a validade teórica de instrumento para a coleta de dados no pré e pós-
operatório de pessoas estomizadas intestinais à luz do Modelo de Adaptação de Roy. Estudo
metodológico, quantitativo desenvolvido em duas etapas: construção da versão preliminar de
um instrumento norteador de consulta de enfermagem fundamentado no Modelo de Adaptação
de Roy, com aplicabilidade para o pré e pós-operatório de estomia (1ª etapa), submissão do
instrumento para validação do seu conteúdo aos especialistas (2ª etapa). A amostra foi composta
por 11 juízes selecionados a partir dos critérios de inclusão: atuar na prática clínica na área de
estomaterapia e/ou discentes a nível de mestrado e doutorado com conhecimento teórico e de
pesquisa sobre estomias intestinais e/ou Modelo de Adaptação de Callista Roy e aceitar
participar voluntariamente assinando o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Para
embasar a construção e validação do instrumento foi utilizada a teoria da psicometria, a qual se
baseia em três polos: teórico, experimental e analítico. Para fins de validação de conteúdo, o
presente estudo deteve-se ao polo teórico. A avaliação dos itens do instrumento ocorreu a partir
da classificação em não tenho sugestões para esse item, tenho sugestões para melhoria do item
e o item deve ser retirado e a avaliação geral de cada instrumento a partir de 10 requisitos. Após
a avaliação foi realizada a validação de conteúdo com aplicação do Índice Kappa (K) e Índice
de Validade de Conteúdo (IVC), aceitando índices superiores a 0,81 e 0,80, respectivamente.
O projeto de pesquisa obteve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa/UFRN (CAAE
nº 65941517.8.0000.5537). Após serem codificados e tabulados, os dados foram analisados por
meio de estatística descritiva. Dos 11 juízes que avaliaram o instrumento, 100% eram do sexo
feminino, com média de idade de 34,4 (±9,1) anos, 88,9% possuíam mestrado acadêmico,
54,5% atuavam exclusivamente na assistência e 36,4% disseram assistir e/ou pesquisar
estomias devido oportunidade de emprego/necessidade institucional. Em relação ao Modelo,
100,0% dos juízes responderam que consideram importante que o enfermeiro conheça o
processo adaptativo da pessoa estomizada, entretanto, apenas 72,7% tinham conhecimento. Na
avaliação geral do instrumento, obteve-se índices de IVC e Kappa de 0,90 e 0,96,
respectivamente, acima do considerado aceitável. A maioria dos itens avaliados obtiveram
níveis de avaliação da validade de conteúdo dentro do estabelecido (IVC ≥0,80 e Kappa≥0,81)
sendo considerados adequados. Dez itens foram retirados, uma vez que não obtiveram nível de
concordância dentro dos índices estabelecidos. Foi levado em consideração também as
sugestões e justificativas individuais dos juízes para melhorar o item ou retira-lo. Algumas
sugestões foram dadas por apenas um juiz, sendo analisadas, acatadas ou rejeitadas em função
de sua pertinência. Por fim, o instrumento foi reformulado baseando-se nos níveis de
concordância entre os juízes e a versão final apresenta 126 itens, mostrando-se válidos quanto
ao seu conteúdo, permitindo sua aplicação prática, tanto pelos enfermeiros assistenciais como
também pelos graduandos de enfermagem a fim de identificar necessidades adaptativas das
pessoas estomizadas e subsidiar intervenções para promover a adaptação.
Palavras-chave: Estomia. Modelos de Enfermagem. Processo de Enfermagem. Coleta de
dados. Estudos de Validação.
ABSTRACT
The aim of this study was to analyze the theoretical validity of an instrument for the collection
of data in the pre and postoperative period of intestinal stomates in the light of Roy's Adaptation
Model. Methodological and quantitative study developed in two stages: construction of the
preliminary version of a nursing consultation guideline based on the Roy Adaptation Model,
with applicability for the pre and post-operative of the stommy (1st stage), submission of the
instrument for validation of its content to the experts (2nd stage). The sample consisted of 11
judges selected from the inclusion criteria: acting in the clinical practice in the area of
stomatherapy and/or students at master's and doctoral level with theoretical knowledge and
research on intestinal stomies and/or Callista's Adaptation Model Roy and agree to participate
voluntarily by signing the informed consent term. In order to base the construction and
validation of the instrument, the theory of psychometry was used, which is based on three poles:
theoretical, experimental and analytical. For purposes of content validation, the present study
was applied to the theoretical pole. The evaluation of the items of the instrument occurred from
the classification in I have no suggestions for this item, I have suggestions for improvement of
the item and the item should be withdrawn and the overall evaluation of each instrument from
10 requirements. After the evaluation, the content validation was applied with Kappa Index (K)
and Content Validity Index (IVC), accepting indexes above 0.81 and 0.80, respectively. The
research project obtained a favorable opinion from the Research Ethics Committee/UFRN
(CAAE nº 65941517.8.0000.5537). After being coded and tabulated, the data were analyzed by
means of descriptive statistics. Of the 11 judges who evaluated the instrument, 100% were
female, with a mean age of 34.4 (± 9.1) years, 88.9% had an academic master's degree, 54.5%
were exclusively on care and 36, 4% said attending and/or researching ostomies due to job
opportunity/institutional need. Regarding the Model, 100.0% of the judges answered that they
consider it important that the nurse knows the adaptive process of the stomized person,
however, only 72.7% were aware. In the general evaluation of the instrument, IVC and Kappa
indexes of 0.90 and 0.96, respectively, were obtained, above that considered acceptable. Most
of the evaluated items had levels of evaluation of the validity of content within the established
(IVC ≥0.80 and Kappa ≥0.81) being considered adequate. Ten items were withdrawn, since
they did not obtain level of agreement within the established indices. The judges' individual
suggestions and justifications were also taken into account to improve the item or to withdraw
it. Some suggestions were given by only one judge, being analyzed, accepted or rejected
according to their pertinence. Finally, the instrument was reformulated based on the levels of
concordance between the judges and the final version presents 126 items, proving valid as to
its content, allowing its practical application, both by nursing assistants as well as by
undergraduate nursing students to identify the adaptive needs of stommized people and to
support interventions to promote adaptation.
Keywords: Estomy. Nursing Models. Nursing Process. Data collect. Validation Studies.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABRASO Associação Brasileira de Ostomizado
BDENF Base de dados de enfermagem
BVS Biblioteca Virtual em Saúde
CAAE Certificado de Apresentação para Apreciação Ética
CERHRN Centro Especializado em Reabilitação e Habilitação do Rio Grande do Norte
CEP Comissão de Ética em Pesquisa
CINAHL Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
DECS Descritores em Ciências da Saúde
IBECS Indice Bibliográfico Español de Ciencias de la Salud
INCA Instituto Nacional do câncer
IVC Índice de Validade de Conteúdo
K Índice Kappa
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MAR Modelo de Adaptação de Roy
MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
MESH Medical Subject Headings
PE Processo de enfermagem
SAE Sistematização da assistência de enfermagem
TCLE Termo de Consentimento Livre Esclarecido
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UOAA United Ostomy Associations of América
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Definição constitutiva da adaptação da pessoa estomizada à luz do Modelo
de Adaptação de Roy. Natal/RN, 2017.............................................................................. 44
Quadro 2 - Distribuição dos problemas adaptativos e indicadores de adaptação positiva
das pessoas estomizadas conforme os modos adaptativos do Modelo de Adaptação de
Roy. Natal/RN, 2017......................................................................................................... 46
Quadro 3 – Variáveis de caracterização sociodemográfica e profissional. Natal/RN,
2017................................................................................................................................... 49
Quadro 4 – Variáveis sociodemográficas presentes no instrumento. Natal/RN, 2017...... 50
Quadro 5 – Variáveis de história clínica presentes no instrumento. Natal/RN, 2017....... 51
Quadro 6 – Variáveis de dados da cirurgia presentes no instrumento. Natal/RN,
2017................................................................................................................................... 51
Quadro 7 – Variáveis de anamnese e exame físico presentes no instrumento. Natal/RN,
2017................................................................................................................................... 52
Quadro 8 – Variáveis do parecer final do instrumento. Natal/RN, 2017........................... 55
Quadro 9 - Requisitos a serem analisados no instrumento. Natal/RN, 2017..................... 56
Quadro 10 - Distribuição do índice Kappa (K) e os níveis de interpretação de
concordância. Natal/RN, 2017........................................................................................... 57
Quadro 11 - Hipóteses teórica e estatística do estudo. Natal/RN, 2017............................ 58
Quadro 12– Sugestões dos juízes referente as variáveis sociodemográficas, aceite das
sugestões e justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017........................................ 63
Quadro 13 – Sugestões dos juízes referente a história clínica, aceite das sugestões e
justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017........................................................... 65
Quadro 14– Sugestões dos juízes referente aos dados da cirurgia, aceite das sugestões e
justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017........................................................... 66
Quadro 15 – Sugestões dos juízes referentes aos modos adaptativos, aceite das sugestões
e justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017.......................................................... 73
Quadro 16 – Sugestões dos juízes referentes aos dados pré-operatórios, aceite das
sugestões e justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017........................................ 77
Quadro 17 - Parecer final dos juízes sobre o instrumento, de acordo com os requisitos
avaliados. Natal/RN, 2017................................................................................................. 78
LISTA DE TABELA
Tabela 1 - Quantitativo dos estudos localizados (L), estudos potencialmente relevantes
(R), estudos excluídos por estarem duplicados (D), selecionados para leitura na íntegra
(S) e amostra final (A). Natal/RN, 2017............................................................................ 34
Tabela 2 - Distribuição dos estudos quanto à base de dados, tipo de estudo/forma de
abordagem, população, nível de atenção, tipo de validação, referencial teórico e nível de
evidência. Natal/RN, 2017................................................................................................. 36
Tabela 3 - Caracterização sociodemográfica e profissional dos juízes participantes da
pesquisa. Natal/RN, 2017.................................................................................................. 60
Tabela 4 - Categorias de composição do instrumento. Natal/RN, 2017............................ 61
Tabela 5 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares dos dados de identificação.
Natal/RN, 2017.................................................................................................................. 62
Tabela 6 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares da história clínica.
Natal/RN, 2017.................................................................................................................. 64
Tabela 7 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares dos dados da cirurgia.
Natal/RN, 2017.................................................................................................................. 66
Tabela 8 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares referentes ao modo
fisiológico. Natal/RN, 2017.............................................................................................. 67
Tabela 9 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares referentes ao modo
autoconceito. Natal/RN, 2017........................................................................................... 70
Tabela 10 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares referentes ao modo
função na vida real. Natal/RN, 2017................................................................................. 71
Tabela 11 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares referentes ao modo
interdependência. Natal/RN, 2017.................................................................................... 72
13
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação gráfica da ativação de mecanismos de enfrentamento e
desencadeamento de respostas, segundo o MAR. Natal/RN, 2017.................................. 27
Figura 2 - Fluxograma das etapas metodológicas da revisão integrativa. Natal/RN,
2017.................................................................................................................................. 34
Figura 3 - Fluxograma das etapas metodológicas do estudo. Natal/RN, 2017................. 43
Figura 4 – Rede explicativa da utilização do instrumento para coleta de dados no pré e
pós-operatório de estomizados intestinais. Natal/RN, 2017............................................. 79
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 15
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................. 20
1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................ 23
2 OBJETIVOS.................................................................................................. 25
2.1 GERAL........................................................................................................... 25
2.2 ESPECÍFICOS................................................................................................ 25
3 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................ 26
3.1 MODELO DE ADAPTAÇÃO DE SISTER CALLISTA ROY..................... 26
3.2 O PROCESSO DE ENFERMAGEM NA PERSPECTIVA DO MODELO
DE ADAPTAÇÃO DE ROY.......................................................................... 30
3.3 COLETA DE DADOS.................................................................................... 31
3.4 CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA PESSOAS ESTOMIZADAS..... 38
3.5 VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTOS........................................................... 40
4 METODO....................................................................................................... 42
4.1 TIPO DE ESTUDO......................................................................................... 42
4.2 ETAPAS DO ESTUDO.................................................................................. 42
4.2.1 Primeira etapa: definição dos constructos.................................................. 43
4.2.2 Segunda etapa: validação de conteúdo........................................................ 47
4.2.2.1 População e amostra....................................................................................... 47
4.4.2.2 Coleta de dados............................................................................................... 47
4.4.2.3 Variáveis do estudo......................................................................................... 48
4.4.2.4 Análise dos dados............................................................................................ 57
4.4.2.5 Aspectos éticos................................................................................................ 59
4 RESULTADOS.............................................................................................. 60
5 DISCUSSÃO.................................................................................................. 80
6 CONCLUSÃO............................................................................................... 90
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
ANEXOS
15
1 INTRODUÇÃO
Entre os procedimentos cirúrgicos do trato gastrointestinal, destacam-se as ileostomias
e colostomias que recebem essa denominação a depender do segmento a ser exteriorizado, de
caráter temporário ou definitivo (BARTLE, 2013). Esta abertura criada cirurgicamente desvia
as fezes diretamente do trato gastrintestinal para o exterior, quando não há a possibilidade de
restabelecer o trânsito intestinal, tornando-se necessária a utilização de uma bolsa coletora
externa ao corpo (ALMEIDA et al., 2010; BATISTA, 2011).
Diversos problemas podem levar à confecção de uma estomia. Dentre os mais comuns
encontram-se os traumas, doenças inflamatórias, diverticulite, tumores de cólon e de reto,
doenças congênitas, câncer de intestino e doenças de causas renais (OLIVEIRA et al., 2010). É
importante considerar que o câncer de cólon e reto está entre os principais diagnósticos que
levam a confecção do estoma (FERNANDES; MIGUIR; DONOSO, 2011).
Segundo dados do Instituto Nacional do câncer (INCA), a estimativa do ano 2016 para
casos novos de câncer do cólon e reto no Brasil foi de 16.660 casos em homens e 17.620 em
mulheres, o que corresponde a um risco estimado de 16,84 casos novos a cada 100 mil homens
e 17,10 a cada 100 mil mulheres (BRASIL, 2015).
O indivíduo ao ser informado do diagnóstico e da necessidade de uma intervenção
cirúrgica que resultará na confecção de uma estomia passa por um período de difícil aceitação,
que decorre durante todo o período perioperatório, colocando as pessoas perante uma ameaça
aos seus projetos de vida e às suas realidades, com grande risco de rotura da sua identidade.
Pacientes submetidos à confecção de estomas intestinais sofrem além dos estigmas,
dificuldades de aceitação às mudanças decorrentes de um processo continuamente adaptativo
(GOMES; BRANDÃO, 2012).
A pessoa depara-se não apenas com a perda de um segmento importante, mas com
alteração da sua imagem corporal, alterações fisiológicas - uma vez que deixa de ter controle
sobre suas excreções- de autoestima, sexualidade e atividades cotidianas. Estas mudanças
requerem competências adaptativas em todos os domínios da vida (MARTINS; ALVIN, 2011).
Observa-se que embora um indivíduo seja submetido a uma mesma situação, sua
resposta pode ser variada em relação ao outro, a depender de sua personalidade e vivência,
dando origem a diferentes respostas comportamentais. Assim, a capacidade adaptativa diante
dos enfrentamentos gerados pelas situações de saúde/doença varia entre os indivíduos
16
(SANTOS; TAVARES; REIS, 2012). Neste estudo, o período pré e pós-operatório de pacientes
estomizados foram as condições eleitas para avaliação de tais respostas.
Nesta perspectiva, o cuidado de enfermagem na assistência pré e pós-operatória é
imprescindível e se constitui em um contínuo aperfeiçoamento pelo fato desse paciente
cirúrgico apresentar um alto nível de estresse, bem como poder desenvolver sentimentos que
podem atuar negativamente em seu estado emocional, tornando-os vulneráveis e dependentes.
Observa-se que, muitas vezes, o estado de estresse tem relação com a ausência de informações
no que diz respeito aos procedimentos da cirurgia, da anestesia e dos cuidados a serem
realizados (CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009).
O período pré-operatório mediato e imediato inicia-se no momento em que se decide a
realização da intervenção cirúrgica até o momento que precede o ato cirúrgico, quando o
paciente é encaminhado para a mesa cirúrgica (CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009). Nesse
período a atenção dispensada ao paciente deve ocorrer de forma planejada, individualizada,
baseada em evidências científicas, e a equipe de enfermagem é responsável pelos cuidados
ofertados, com orientações sobre o que se constituirá o ato cirúrgico e como o paciente poderá
colaborar em sua recuperação, seguindo com cuidados específicos durante o período
transoperatório, pós-operatório até a alta hospitalar (SANTOS; HENCKMEIER; BENEDET,
2011).
O período pós-operatório tem início após o término do procedimento cirúrgico até a alta
do paciente, sendo dividido em dois momentos: o pós-operatório imediato, que compreende as
primeiras 24 horas após a cirurgia, e o mediato, que inicia-se após as 24 horas (MALAGUTTI;
BONFIM, 2011).
O enfermeiro, como parte integrante da equipe de saúde, é fundamental no processo de
orientação e adaptação do estomizado. Dessa forma, é imprescindível que ele se integre às
questões assistenciais com competência e capacidade, realizando um atendimento eficaz,
integral e resolutivo norteado pela sistematização da assistência de enfermagem (SAE), para
detectar todas as dificuldades de adaptação da pessoa à sua condição de estomizado, além de
traçar conjuntamente ações que visem à minimização e superação de tais dificuldades
(MAURÍCIO; SOUZA; LISBOA, 2013).
A SAE, além de ser uma linguagem padronizada que alicerça a prática em
conhecimentos científicos, possibilita ao enfermeiro maior autonomia, respaldo seguro através
do registro, que garante a continuidade/complementaridade do cuidado, além de promover uma
17
aproximação entre o enfermeiro e o paciente, e entre o enfermeiro e a equipe multiprofissional
(MOREIRA et al., 2013; SANTOS, 2014).
Dessa forma, torna-se imprescindível ao cuidado de enfermagem que se desenvolva um
pensamento crítico para a tomada de decisões seguras e fundamentadas em evidências
científicas. Neste sentido os modelos assistenciais de enfermagem são construídos a partir da
relação das teorias com a prática, os quais necessitam de um método, o Processo de
Enfermagem (PE) (GARCIA; NÓBREGA, 2009; GRITTEM; MEIER; PERES, 2009;
OLIVEIRA et al., 2012).
Este consiste em um instrumento metodológico e uma tecnologia aplicada à assistência
de enfermagem, que favorece e organiza as condições necessárias à realização do cuidado e
documenta a prática profissional. Está pautado na cientificidade, raciocínio clínico e aspectos
éticos, além de fornecer maior visibilidade, reconhecimento profissional e ser uma
possibilidade concreta de avaliação da prática de enfermagem (GARCIA; NÓBREGA, 2009;
GRITTEM; MEIER; PERES, 2009; OLIVEIRA et al., 2012).
O PE organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
coleta de dados de enfermagem (ou histórico de enfermagem), diagnóstico de enfermagem,
planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem (BRASIL, 2009).
Ressalta-se que o PE não apenas trata os problemas, mas também os previne (ALFARO-
LEFEVRE, 2010). Neste estudo, dar-se-á ênfase a primeira etapa do PE, a coleta de dados no
período pré e pós-operatório de estomizados intestinais de eliminação.
O processo de reabilitação dos estomizados, quando elaborado de forma holística e
sistematizado, mediante a primeira etapa do PE que consiste na coleta de dados, torna-se
ferramenta incentivadora à adaptação, pois é neste momento que iniciarão as orientações em
relação ao autocuidado com o estoma e pele periestomal, esclarecendo eventuais dúvidas,
mostrando que ele pode viver bem com sua estomia, além da possibilidade de diálogo para
expor seus medos e outros sentimentos decorrentes do processo cirúrgico como um todo.
Destaca-se que somente após a adaptação do estomizado à sua nova condição de vida é que ele
adquirirá confiança e segurança (MAURÍCIO; SOUZA; LISBOA, 2013). O enfermeiro deverá
ser capaz de identificar o nível de adaptação e as necessidades de resistência, identificar
dificuldades e intervir para promover adaptação (ROY; ANDREWS, 2001).
Desta forma, fazem-se necessários profissionais cada vez mais capacitados para
identificar essas necessidades e utilizar o processo de enfermagem para aprimorar a sua tomada
18
de decisão, pautados na necessidade de cada paciente, planejar o cuidar, fazer prescrições de
enfermagem eficazes e avaliar o estado de saúde mediante evoluções. Essa assistência
envolveria, também, o preparo físico e psicológico do paciente para a cirurgia, procurando fazer
com que o paciente compreenda a assistência de enfermagem a ser realizada e esclarecendo
suas dúvidas (CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009). Diante disso, reforça-se a importância
da organização dos cuidados dispensados a pacientes estomizados mediante a implementação
do PE fundamentado em uma teoria que atenda às necessidades dessa população.
À medida que a consulta de enfermagem é norteada por um referencial teórico e aplicada
por meio do processo de enfermagem, a equipe de enfermagem associam teoria e prática,
relacionando conhecimentos multidisciplinares, proporcionando maior visibilidade do
paciente, além de individualizar o cuidado prestado (MARQUES; NÓBREGA, 2009).
Os modelos de enfermagem são descrições da prática de enfermagem que se expressam
utilizando os designados metaparadigmas de enfermagem (COELHO; MENDES, 2011).
Dentre as teorias e modelos propostos para a enfermagem, Roy, em seu modelo de adaptação
considera: a pessoa, o ambiente, a saúde e meta de enfermagem. A pessoa, nesse modelo, é
considerada um sistema adaptável; o ambiente é compreendido como as condições externas e
internas que afetam o comportamento e o desenvolvimento da pessoa; a saúde é a capacidade
do indivíduo de tornar-se uma pessoa total e integrada; e a enfermagem é a ciência que manipula
e modifica os estímulos de modo a promover e facilitar a capacidade adaptativa do homem e a
adaptação é a meta desta teoria de enfermagem (ROY; ANDREWS, 2001).
Callista Roy, no seu Modelo de Adaptação, observou que o surgimento constante de
estímulos requer a necessidade de respostas adaptativas ou ineficazes por parte do indivíduo. A
coleta de dados do processo de enfermagem, a qual denomina avaliação do comportamento,
consiste no primeiro passo para a identificação dos comportamentos do beneficiário dos
cuidados de enfermagem, observando os quatro modos de adaptação, são eles: modo
fisiológico, modo de autoconceito, modo da função na vida real e o modo de interdependência
(COELHO; MENDES, 2011). Neste estudo, utilizar-se-á a denominação coleta de dados para
facilitar a compreensão.
Nesse contexto, pode-se estabelecer a relação entre o Modelo de Adaptação de Roy
(MAR) e as pessoas que irão submeter-se a cirurgia para confecção da estomia, uma vez que
apresentam necessidades de ordem física, social e psicológica, funcionando como estímulos
que promovem respostas adaptativas ou ineficientes.
19
O comportamento da pessoa estomizada em relação aos modos adaptativos citados e
descritos à seguir geram subsídios para que os profissionais possam identificar tais respostas.
Os enfermeiros, diante das dificuldades de enfrentamento, devem buscar trabalhar os modos
adaptativos: o fisiológico que está associado à forma como a pessoa responde como ser físico
aos estímulos do ambiente, sendo o comportamento a manifestação das atividades fisiológicas
do organismo; o autoconceito envolve especificamente os aspectos psicológicos e espirituais
do sistema humano (valores, crenças e emoções); a função do papel refere-se aos papéis que
cada pessoa desempenha na sociedade no sentido da preservação da integridade social (padrões
de interação social da pessoa); e interdependência (padrões de valor humano, afeição, amor e
afirmação) (COELHO; MENDES, 2011; SILVA; LIMA, 2014).
Neste sentido, considera-se que o ser humano é um sistema biopsicossocial com a
capacidade de ajustar-se ao ambiente, bem como modificá-lo. As estratégias adotadas pelos
enfermeiros estão relacionadas às demandas, ao considerarem, principalmente, as condições,
circunstâncias e influências que circundam e afetam o seu comportamento (GOMES;
BRANDÃO, 2012).
20
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
Segundo a United Ostomy Associations of América (UOAA) estima-se que em 2013
existiam aproximadamente 700 mil pessoas estomizadas nos Estados Unidos. No Brasil,
conforme a Associação Brasileira de Ostomizado (ABRASO) existem aproximadamente
33.864 pessoas estomizadas, sendo 4.176 no Nordeste e 697 no Rio Grande do Norte
(ABRASO, 2007; SENA et al., 2014; UOAA, 2013). Tal informação é importante, pois o
número de estomizados vem crescendo continuamente.
Desta forma, partindo da vivência enquanto bolsista de iniciação científica e mestranda,
atuando em projetos de pesquisa e extensão na área, e da assistência no pré e pós-operatório a
pessoa estomizada enquanto discente da graduação em enfermagem e docente assistida em um
setor cirúrgico, constatou-se a necessidade de um atendimento sistematizado para este público.
Pôde-se observar que ao serem questionados sobre seu tratamento, estes mostravam
dificuldades em compreender a cirurgia que iriam realizar, quais cuidados precisariam ter e as
dificuldades em aceitar sua nova condição quando observavam em seu abdome uma bolsa de
estomia.
Somado a isto, a maioria desses pacientes somente recebem orientações e cuidados
especializados quando entram em contato com o programa de estomizados. No entanto, ao
chegar nesse estágio, já no período pós-operatório, o paciente trilhou um caminho de sofrimento
por inabilidade no cuidado com o estoma, situações constrangedoras, que intensificaram sua
angústia e experiência negativa dificultando seu processo adaptativo em relação a sua condição.
Muitos pacientes estomizados são confrontados com a falta de conhecimento, as
informações pertinentes aos cuidados com o estoma são escassas e raramente fornecidas, o que
aumenta os conflitos psicossociais e limita o cuidado, ocasionando maior possibilidade de haver
complicações. O cuidado, quando observado de forma integral, baseado também em
orientações, minimiza e resguarda-o de possíveis complicações posteriores (GOMES;
BRANDÃO, 2012).
Entretanto, a prática profissional da Enfermagem, muitas vezes ocorre de forma
assistemática devido ao seu fazer cotidiano ainda ser fragmentado e pautado em técnicas e/ou
regras impostas pela instituição de saúde ou prescrita por médicos. O cuidado oferecido ocorre
sem planejamento, demonstrando pouca fundamentação teórica. Se faz necessário então, uma
reflexão mais profunda sobre a atuação fundamentada em conhecimentos científicos, ou seja,
21
refletindo-se sobre o plano de cuidados elaborado no sentido de observar sua especificidade
para aquele paciente, bem como para o procedimento cirúrgico ao qual o paciente vai ser
submetido, no intuito de assegurar uma prática assistencial que promova um cuidado de
enfermagem individual e integral (CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009).
Partindo dessas considerações e embasado nos resultados de pesquisas desenvolvidas no
Brasil, constata-se que as pessoas estomizadas, no pós-operatório e alta hospitalar possuem
inúmeras barreiras que dificultam sua adaptação a seu novo estilo de vida, entre elas,
dificuldades para realizar troca e higiene do dispositivo, preocupações e dificuldade para lidar
com esta nova situação (BATISTA et al, 2011), complicações do estoma e pele periestoma
(AGUIAR et al, 2011), insatisfação pessoal com a nova conformação corporal, receio de não
ser aceito pelas pessoas após as mudanças físicas, alteração na função social, restrições de lazer
motivadas pela vergonha e insegurança na aderência da bolsa de estomia, vazamentos, odores
(CETOLIN et al, 2013; COELHO; SANTOS; POGETTO, 2013; GOMES; BRANDÃO, 2012;
FERREIRA, 2017; OLIVEIRA, 2010), medo de alimentar-se provocando a redução do prazer
da alimentação (NASCIMENTO et al, 2011), alteração na sexualidade (CARDOSO et al,
2015), entre outros.
Desta forma, fica clara a necessidade de se estabelecer um canal de comunicação e
empatia com o paciente, considerando as alterações físicas e emocionais consequentes à
cirurgia. A avaliação pré e pós-operatória de uma cirurgia geradora de estoma é imprescindível
para que se alcance uma reabilitação eficiente voltada para o processo adaptativo e
consequentemente, o autocuidado (MOTA et al., 2015).
Diante da importância da SAE, principalmente para um cuidado sistematizado e
individualizado para o paciente estomizado, é imprescindível a implantação desta nos serviços
de saúde. Para tanto, faz-se necessário a criação de instrumentos fundamentados em uma teoria
de enfermagem. O desenvolvimento destes, além de facilitar a coleta e a avaliação dos dados
obtidos, proporcionaria significativa melhora da qualidade do cuidado (ARAÚJO et al., 2015).
Destarte, como forma de aprimorar os conhecimentos de enfermagem na área e propor
novo direcionamento da assistência voltada para a adaptação do paciente, propõe-se validar um
instrumento para a coleta de dados no pré e pós-operatório de pessoas estomizadas à luz do
Modelo de Adaptação de Roy. Por meio desta investigação, busca-se resposta para as seguintes
questões de pesquisa: Quais os itens necessários para a composição de um instrumento para a
coleta de dados no pré e pós-operatório de pessoas estomizadas fundamentado no Modelo de
22
Adaptação de Roy? O conteúdo do instrumento para a coleta de dados no pré e pós-operatório
de pessoas estomizadas possui evidencias de validade?
Assim, evidencia-se a importância de construir um instrumento voltado para
operacionalização da primeira etapa do PE a pacientes estomizados, uma vez que esse processo
contribui para uma assistência adequada, segura e de qualidade favorecendo uma melhor
adaptação do paciente ao novo estilo de vida.
23
1.2 JUSTIFICATIVA
A construção de um instrumento para subsidiar a consulta de enfermagem ao paciente
no pré e pós-operatório de estomia justifica-se inicialmente pela colaboração que trará à ciência
da enfermagem, utilizando-se do Modelo de Adaptação de Roy, mediante a publicação e
propagação do conhecimento específico dessa disciplina, contribuindo para o aumento da
autonomia, avaliação de sua prática e formação da identidade profissional da Enfermagem,
tanto no campo teórico quanto prático, articulando a pesquisa à execução do cuidado.
A importância e necessidade de instrumentalizar os enfermeiros para o cuidado
direcionado a este público justifica a realização deste estudo. A proposta de construção e
validação de instrumentos eficientes quanto à forma e conteúdo possibilitam um olhar ampliado
do processo saúde-doença, facilitando-se, o agir profissional do enfermeiro e instiga a adoção
de condutas e atitudes que conduzem de maneira efetiva o cuidado prestado pela equipe ao
paciente no pré e pós-operatório de estomia, embasando sua conduta em princípios científicos
mediante o modelo de adaptação de Roy.
Pensar então em um modelo de coleta de dados para a assistência ao paciente no pré e
pós-operatório de cirurgia de estomia contribui para o desenvolvimento e aprimoramento da
assistência de enfermagem, além do resgate do cuidado de forma holística, mais científico e
direcionado a adaptação do estomizado. Em reflexo, têm-se uma maior satisfação do usuário, o
qual terá as suas necessidades atendidas de maneira satisfatória.
As teorias de enfermagem representam um dos elementos que compõem a linguagem
específica elaborada pelos profissionais, objetivando consolidar a Enfermagem como ciência.
O emprego de modelos conceituais proporciona visibilidade ao processo de trabalho da
Enfermagem e respalda cientificamente a prática clínica.
Os resultados poderão, ainda, acarretar repercussões no contexto de ensino, com ênfase
para o ambiente hospitalar, uma vez que possibilitará a obtenção de dados/comportamentos do
paciente, colaborando de maneira significativa, para guiar docentes e acadêmicos de
enfermagem na primeira etapa do processo de enfermagem (histórico de enfermagem). Trata-
se, portanto, de uma tecnologia educacional, pois o produto final, servirá de suporte para
discentes da graduação de enfermagem na prática assistencial em estomias, auxiliando na
execução da SAE.
24
Além disso, servirá para etapas futuras na pesquisa. As informações colhidas a partir
dessa ferramenta clínica favorecerão a identificação precoce de diagnósticos de enfermagem
que possam direcionar o planejamento de intervenções específicas e individualizadas para
alcançar o processo adaptativo, oportunizando melhores conhecimentos sobre as necessidades
e problemas de saúde desta população especificamente, subsidiando discussões científicas e
construtivas para o planejamento do cuidado, fomentando a necessidade de novas pesquisas na
assistência aos pacientes estomizados, com incremento científico à Enfermagem.
Por fim, proporciona o desenvolvimento tecnológico da enfermagem advindo da
construção de um instrumento à luz do Modelo de Adaptação de Roy, ratificando a
sistematização da assistência de enfermagem, podendo ser utilizado pelos profissionais de
enfermagem no processo de cuidar e ensinar em saúde.
Ressalta-se que dois instrumentos nesses moldes foram encontrados no acervo de teses
e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a
saber: Uma tese intitulada “Construção e validação de instrumentos para consulta de
enfermagem à pessoa idosa estomizada fundamentado na teoria do autocuidado”, de 2017
(ALEXANDRE, 2017) e uma dissertação intitulada “Consulta de enfermagem em situação de
estomia intestinal: construção de instrumento e validação de seu conteúdo” (SANTOS, 2013).
Ambas, fundamentadas na teoria do autocuidado de Dorothea Orem. Ademais, percebe-se uma
lacuna relacionada a aplicação de instrumentos validados durante o pré e pós-operatório.
A validação de um novo instrumento justifica-se inicialmente pela aplicabilidade já no
pré e pós-operatório, períodos importantes na aceitação, adaptação e reabilitação do paciente,
além de estar voltado para um novo foco, a adaptação da pessoa estomizada, mediante o Modelo
de Adaptação de Roy.
25
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Analisar a validade teórica de instrumento para a coleta de dados no pré e pós-
operatório de pessoas estomizadas intestinais à luz do Modelo de Adaptação de Roy.
2.2 ESPECÍFICOS
• Construir um instrumento para a coleta de dados no pré e pós-operatório de pessoas
estomizadas fundamentado no Modelo de Adaptação de Roy;
• Verificar as evidências de validade do conteúdo desse instrumento junto aos juízes
da pesquisa.
26
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Para o embasamento teórico desse estudo, foram abordados os seguintes tópicos:
Modelo de Adaptação de Sister Callista Roy; O processo de enfermagem segundo o Modelo de
Adaptação de Roy; Coleta de dados; Consulta de enfermagem para pessoas estomizadas e
validação de instrumentos.
3.1 MODELO DE ADAPTAÇÃO DE SISTER CALLISTA ROY
Sister Callista Roy, no seu Modelo de Adaptação, considera o objetivo da enfermagem
a promoção da adaptação dos indivíduos e grupos. Partindo da sua experiência como enfermeira
pediátrica, Roy considera o conceito de adaptação como um eixo orientador para a prática de
enfermagem, entendendo-o como ponto de mudança dependente das exigências da situação e
dos recursos interno do indivíduo representado pela capacidade da pessoa responder
positivamente numa determinada situação (ROY; ANDREWS, 2001).
No modelo, a pessoa é vista como sistema aberto, holístico, capaz de se adaptar, em
contínua interação com o ambiente, com mecanismos inatos e adquiridos, os quais lhe permitem
adaptar-se às mudanças que ocorrem e criar alterações no ambiente. Os indivíduos recebem
estímulos (entradas) constantemente, que exigem respostas/comportamentos (saídas), podendo
ter respostas adaptativas, contribuindo para a integridade da pessoa em termos dos objetivos
dos sistemas humanos como a sobrevivência, crescimento, reprodução, formação e a integração
da pessoa no meio ambiente, ou respostas ineficazes, dificultando essa integridade, como
elucida a figura 1 (ROY; ANDREWS, 2001).
27
Fisiológico
Interdependência
Função na vida real
Autoconceito
Figura 1 – Representação gráfica da ativação de mecanismos de enfrentamento e
desencadeamento de respostas, segundo o Modelo de Adaptação de Roy. Natal/RN, 2017.
Fonte: Adaptada de Roy (2001)
Neste modelo o termo estímulo é entendido como tudo que desencadeia uma resposta,
podendo ter origem do ambiente externo (meio ambiente) ou do ambiente interno (eu), sendo
descritas três classes de estímulos que interagem com as pessoas para criar o nível de adaptação:
focal (mudanças ou eventos que afetam diretamente à pessoa), contextual (todos os estímulos
presentes que influenciam a resposta ao estímulo focal, isto é, todos os fatores ambientais
internos ou externos que se apresentam à pessoa, que mesmo não sendo o centro da atenção,
podem influenciar a forma como a pessoa reage aos estímulos focais) e residual (características
inerentes a pessoa capazes de influenciar na situação, mas que não se encontram claros ou
simplesmente não podem ser avaliados) (ROY; ANDREWS, 2001).
A maneira como o indivíduo responde aos estímulos caracteriza seu comportamento, o
qual irá refletir o uso de mecanismos de enfrentamento. Os estímulos ativam mecanismos de
enfrentamento inatos ou adquiridos, para responder às mudanças do ambiente, os quais são
Pessoa
Meio ambiente
Respostas
adaptativas
ou ineficazes
Focal
Contextual
Residual
Mecanismos
de
enfrentamento
28
divididos em dois subsistemas: o regulador, que inclui os canais neuroquímicos e endócrinos
que a pessoa aciona mediante uma resposta automática e inconsciente; e o cognitivo, que recebe
estímulos e a eles responde por meio de quatro canais cognitivo-emocionais:
perceptual/processamento de informações; aprendizagem; julgamento; e emoção. Esses
mecanismos irão desencadear as respostas (ANDREWS, 2001; GEORGE, 2000; ROY;
OLIVEIRA; LOPES; ARAÚJO, 2006).
Na manutenção da integridade da pessoa, o subsistema regulador e o cognitivo agem
em conjunto, a partir dos quais os comportamentos resultantes podem ser observados em quatro
categorias ou modos adaptativos: fisiológico, autoconceito, função na vida real e
interdependência, sendo o nível de adaptação influenciado pelo desenvolvimento do indivíduo
e o uso desses mecanismos de enfrentamento (GEORGE, 2000; ROY; ANDREWS, 2001).
O modo de adaptação fisiológico está associado à forma como a pessoa responde como
ser físico aos estímulos ambientais, sendo as atividades fisiológicas do organismo o
comportamento a ser observado, estando associados a processos físicos e químicos em funções
e atividades de organismos. As cinco necessidades básicas de integridade fisiológica são
oxigenação, nutrição, eliminação, atividade e repouso e proteção. Além disso, esse modo inclui
quatro processos complexos que envolvem os sentidos, fluidos e eletrólitos, função neurológica
e função endócrina (ROY; ANDREWS, 2001; ÌSBIR; METE, 2013; OLIVEIRA; LOPES;
ARAUJO, 2006).
O autoconceito envolve especificamente os aspectos psicológicos e espirituais, sendo a
necessidade básica desse modo a integridade psíquica. Subdivide-se em duas categorias: o eu
físico, que envolve a sensação e imagem corporal; e o ser pessoal, que engloba a
autoconsciência, o autoideal e o ser ético, moral e espiritual (BRAGA; SILVA, 2011; ROY;
ANDREWS, 2001).
A sensação corporal é a capacidade para se sentir e experimentar a si próprio como ser
físico. A imagem corporal pode ser entendida como uma imagem tridimensional, envolvendo
aspectos psicológicos, sociológicos e fisiológicos que cada indivíduo tem de si mesmo. A
autoconsciência é a parte do componente pessoal do eu que resiste para manter auto-
organização consistente e, assim, evitar o desequilíbrio. O autoideal é representado pelo que a
pessoa gostaria de ser. E, por fim, o Eu moral-ético-espiritual trata do que a pessoa acredita, ou
seja, representa o sistema de crenças de uma pessoa e uma avaliação de quem é a pessoa
(BRAGA; SILVA, 2011; ROY; ANDREWS, 2001).
29
O modo função na vida real refere-se aos papéis que cada pessoa desempenha na
sociedade no sentido da preservação da integridade social, isto é, saber quem se é em relação
aos outros. A transição do papel pode ser definida como o processo de assumir e desenvolver
um novo papel. Constitui o crescimento em um sentido positivo e é incompatível com as tarefas
do papel primário do indivíduo (ROY; ANDREWS, 2001).
O conflito dentro do papel ocorre quando o indivíduo fracassa na demonstração dos
comportamentos adequados a um papel como resultado de expectativas incompatíveis, de uma
ou mais pessoas, no ambiente relacionado com o comportamento da pessoa. Por fim, no
fracasso do papel a pessoa apresenta uma ausência de comportamentos expressivos ou os
demonstram ineficazes para um determinado papel (ROY; ANDREWS, 2001).
O modo de interdependência centra-se nas relações interpessoais, ou seja, nas interações
relacionadas com dar e receber amor, respeito e valor através das relações com os outros
significativos e sistemas de apoio. A necessidade básica desse modo é a adequação afetiva, que
está associada com o sentimento de segurança em alimentar relações (ROY; ANDREWS, 2001;
ROY, 2011).
Sabe-se que os sistemas de apoio são todas as pessoas, grupos ou animais que
contribuem para a satisfação das necessidades de interdependência da pessoa, por exemplo, o
cônjuge e o profissional de enfermagem possuem grande importância durante o processo
adaptativo. Além disso, os grupos de apoio, por meio de intervenções educativas, a troca de
experiência e auxílio mútuo também promovem a adaptação psicossocial de diversas pessoas
(AKYIL; ERGÜNEY, 2012; ALTSCHULER et al., 2009; DENNIS; DOWSWELL, 2013).
Dessa forma, ao observar o comportamento das pessoas em relação aos modos
adaptativos, a enfermeira poderá identificar respostas adaptativas ou ineficientes em situações
de saúde e doença (FREITAS; OLIVEIRA, 2006).
O MAR será utilizado nessa pesquisa no intuito de direcionar os domínios que o
instrumento deve mensurar, uma vez que permite uma boa percepção das situações,
contribuindo para a elaboração de diagnósticos e implementação de intervenções de
enfermagem, fornecendo uma visão holística da pessoa. O MAR norteia a investigação no
sentido de fornecer uma perspectiva orientadora da investigação (COELHO; MENDES, 2011).
30
3.2 O PROCESSO DE ENFERMAGEM SEGUNDO O MODELO DE ADAPTAÇÃO DE
ROY
O Processo de Enfermagem como descrito por Roy em seu Modelo de Adaptação,
relaciona-se diretamente com a visão da pessoa como um sistema adaptável. É dividido em seis
etapas, a saber: avaliação do comportamento; avaliação do estímulo; diagnóstico de
enfermagem; estabelecimento do objetivo; intervenção; e avaliação. Todos ocorrem de maneira
contínua e simultânea (ROY; ANDREWS, 2001).
A primeira etapa engloba a investigação comportamental, a qual se baseia na coleta de
dados sobre os comportamentos em relação aos quatro modos adaptativos e o estado atual de
adaptação. As respostas da pessoa constituem o ponto principal dessa etapa. Estes poderão ou
não serem observados. A avaliação do paciente em cada um dos quatro modos adaptativos
fortalece uma abordagem sistemática e holística e a informação coletada inclui dados objetivos,
subjetivos e de mensuração (ROY; ANDREWS, 2001; GEORGE, 2000).
A segunda etapa é a investigação dos estímulos, a qual analisa os assuntos emergentes
e dos padrões de comportamento do paciente para identificar as respostas ineficientes ou
adaptativas que exigem seu apoio. Quando houver comportamentos ineficientes ou respostas
adaptativas exigindo apoio, o profissional enfermeiro faz uma investigação dos estímulos
externos e internos que podem estar afetando esses comportamentos (GEORGE, 2000).
Mediante a avaliação de comportamentos adaptáveis ou ineficazes, a partir do
julgamento crítico do nível de adaptação, o enfermeiro tem uma base para estabelecer as
preocupações prioritárias (diagnósticos de enfermagem) (ROY; ANDREWS, 2001).
Por conseguinte, os diagnósticos de enfermagem podem ser realizados a partir de três
métodos: usando os problemas adaptativos comumente recorrentes, relatando a resposta
observada de modo conjunto aos estímulos mais influentes ou resumindo as respostas em um
ou mais modos adaptativos relacionados com o mesmo estímulo (GEORGE, 2000). Estes, irão
subsidiar o estabelecimento de metas e planos para implementação.
A quarta etapa, o estabelecimento de metas, os comportamentos finais que as pessoas
devem atingir. Para tanto, são necessários planos para intervenção, que têm a finalidade de
alterar ou controlar os estímulos focais ou contextuais, buscando atingir os objetivos. Por fim,
a avaliação, etapa, na qual as metas de comportamento são comparadas com as respostas de
saída da pessoa e é determinado um movimento em direção ou afastamento da obtenção de
31
metas (GEORGE, 2000; ROY; ANDREWS, 2001). Tal avaliação deve ser dinâmica e flexível
às necessidades apresentadas no processo adaptativo.
3.3 COLETA DE DADOS
A SAE representa um modelo de processo de trabalho do enfermeiro, tendo em vista
que direciona para o cuidado seguro. Na perspectiva da autonomia, essa tecnologia da saúde
favorece a diferenciação da enfermagem à medida que disponibiliza para uso um recurso
exclusivo dessa categoria profissional, tanto no âmbito do conhecimento enquanto disciplina
de enfermagem, quanto na habilidade prática de manejo da SAE (FERREIRA et al., 2016).
O Histórico de Enfermagem (HE) ou coleta de dados é a primeira etapa do PE e tem
por finalidade a obtenção de dados objetivos e subjetivos do indivíduo, família e/ou
comunidade, objetivando a identificação de diagnósticos de enfermagem mediante uma
interpretação crítica dos dados coletados, e posterior construção de intervenções específicas e
individualizadas que atendam às necessidades dos indivíduos e contribuam para uma assistência
de qualidade (RAMALHO NETO, 2013). Contribui para uma maior aproximação,
comunicação e relacionamento entre enfermeiro e paciente, voltado para a identificação dos
problemas reais dos pacientes e a resolução das necessidades identificadas (BORDINHÃO,
2012).
Desta forma, é imprescindível que as informações sejam coletadas de forma adequada
e fidedigna, pois se esta etapa for conduzida de forma não estruturada, poderá comprometer o
atendimento às necessidades do paciente, ocasionando erros no julgamento clínico,
diagnósticos incorretos, planejamento e intervenções ineficientes, gerando resultados
indesejáveis (ALFARO-LEFEVRE, 2010; CLEIRES et al., 2015). Desta forma, durante o
desenvolvimento das etapas do PE, o profissional pode se valer de diferentes técnicas,
instrumentos e métodos de obtenção de dados, validados adequadamente a partir de
procedimentos recomendados (CARVALHO, 2009).
Para tanto, reforça-se a necessidade da execução da etapa de coleta de dados durante
a consulta de enfermagem mediante instrumentos validados, visando documentar e organizar
as informações de forma objetiva e científica, favorecendo a comunicação, raciocínio clínico e
oportunizando a construção de uma base de dados completa (RAMALHO NETO, 2013). Os
instrumentos consistem em roteiros organizados e direcionados para o levantamento de sinais
32
e sintomas do paciente ao qual será aplicado, de modo a proporcionar meios para o julgamento
clínico, fornecendo estruturas formalizadas para orientar os tipos específicos de dados a serem
coletados e processados, voltados ao contexto e circunstância que permite o estabelecimento de
diagnósticos, planejamento e resultados de enfermagem (CLEIRES et al., 2015; SILVA et al.,
2012).
Nesse sentido, a construção de instrumentos de coleta de dados vem conferir maior
visibilidade as ações de enfermagem, valorização da profissão e excelência no cuidado prestado
(RAMALHO NETO, 2013). Apesar disso, estudos evidenciam a carência de um atendimento
sistematizado ao paciente nos serviços de saúde, sobretudo do enfermeiro. Geralmente, ficando
sob sua responsabilidade deste profissional considerar o que deverá ser observado, avaliado ou
questionado, adquirindo assim, uma característica assistemática, focando apenas na doença do
indivíduo e não ao atendimento da pessoa de forma holística (MAZZO, 2016; SOUSA et al.,
2015).
E, quando presentes, os impressos que possibilitam a execução da SAE muitas vezes
não são preenchidos, devido a quantidade insuficiente de enfermeiros e o tempo limitado pelo
excesso de atividades, além dos inúmeros obstáculos que contribuem para não execução da
SAE (PENEDO, 2014).
Para tanto, fez-se necessário a realização de uma revisão integrativa da literatura que
objetivou identificar os instrumentos de coleta de dados validados que subsidiam a realização
da consulta de enfermagem nas populações. Desta forma, foi realizada entre os meses de
dezembro de 2016 a janeiro de 2017, mediante busca online de artigos que respondessem a
seguinte questão de pesquisa: quais os instrumentos validados de coleta de dados para a consulta
de enfermagem nas populações disponíveis na literatura?
O levantamento bibliográfico foi realizado em pares, de forma independente, com base
no protocolo de pesquisa, a partir da análise dos títulos e resumos dos periódicos indexados nas
seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Indice Bibliográfico Español de Ciencias de la Salud (Ibecs), Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online (Medline), Base de dados de enfermagem (BDENF) -
acessadas pela biblioteca Virtual em Saúde (BVS)-, SCOPUS, PubMed Central, Cumulative
Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) e Web Of Science.
Para a busca nas bases, foram utilizadas as palavras-chave: Consulta de enfermagem,
histórico de enfermagem, instrumento e enferm*. Com o objetivo de aumentar as
33
especificidades dos estudos, foi realizado cruzamentos dessas palavras, mediante utilização do
operador booleando AND. Para a busca nas bases SCOPUS, PubMed Central, CINAHL e Web
Of Science foram usados as palavras-chave: “Nursing Consultation”, “Instrument” e
“Nursing”, empregando-se também o operador booleano AND.
Deste modo, foram realizados dois cruzamentos nas bases de dados Lilacs, Ibecs,
Medline e BDENF, a saber: consulta de enfermagem AND instrumento AND enferm*, e
Histórico de enfermagem OR Coleta de dados AND instrumento AND enferm* representados
na figura 2 com o símbolo “#1” e “#2”, respectivamente. E, nas demais bases o cruzamento
Nursing Consultation AND Instrument AND Nursing representado na figura 2 com o símbolo
“#3”. Ressalta-se a utilização de palavras-chaves pela ausência de descritores disponíveis no
Descritores em Ciências da Saúde (DECS) e Medical Subject Headings (MeSH) e por abarcar
um maior número de artigos que atingiam o objetivo desta revisão.
Para busca e seleção das publicações, realizou-se a leitura dos títulos e resumos com o
objetivo de refinar a amostra por meio de critérios de inclusão e exclusão. Foram incluídos
artigos disponíveis na íntegra nas bases de dados supracitadas, sem restrição temporal e idioma;
que abordassem a temática. Foram excluídos artigos no formato de editorial, cartas ao editor,
revisão de literatura e aqueles que não abordassem a temática para alcance do objetivo desta
revisão. O fluxograma da captação dos artigos nas bases de dados e da obtenção dos artigos
selecionados é apresentado na figura 2.
Figura 2 - Fluxograma das etapas metodológicas da revisão integrativa. Natal/RN, 2017.
34
Fonte: Própria da pesquisa.
No que concerne à etapa das buscas, a seleção dos artigos foi executada por dois
pesquisadores, de forma independente, com base no protocolo de pesquisa. Foram identificados
2.131 artigos, de acordo com estratégia de busca adotada. Desses, 2.101 foram excluídos por
informações contidas no título, após leitura do resumo e por duplicação nas bases de dados.
Dos 30 estudos selecionados para leitura na íntegra, foram selecionados 15 para amostra final,
como disposto na tabela 1.
Tabela 1 - Quantitativo dos estudos localizados (L), estudos potencialmente relevantes (R),
estudos excluídos por estarem duplicados (D), selecionados para leitura na íntegra (S) e amostra
final (A). Natal/RN, 2017.
BASE CRUZAMENTO L R D S A
LILACS
CONSULTA DE ENFERMAGEM AND
INSTRUMENTO AND ENFERM* 70 12 0 12 3
HISTORICO DE ENFERMAGEM OR
COLETA DE DADOS AND
INSTRUMENTO AND ENFERM*
32 11 3 11 7
MEDLINE
CONSULTA DE ENFERMAGEM AND
INSTRUMENTO AND ENFERM* 4 1 2 1 0
HISTORICO DE ENFERMAGEM OR
COLETA DE DADOS AND
INSTRUMENTO AND ENFERM*
0 0 0 0 0
35
BDENF
CONSULTA DE ENFERMAGEM AND
INSTRUMENTO AND ENFERM* 42 1 6 1 1
HISTORICO DE ENFERMAGEM OR
COLETA DE DADOS AND
INSTRUMENTO AND ENFERM*
29 0 5 0 0
IBECS
CONSULTA DE ENFERMAGEM AND
INSTRUMENTO AND ENFERM* 0 0 0 0 0
HISTORICO DE ENFERMAGEM OR
COLETA DE DADOS AND
INSTRUMENTO AND ENFERM*
1 0 0 0 0
CINAHL NURSING CONSULTATION AND
INSTRUMENT AND NURSING 539 2 2 2 2
PubMed NURSING CONSULTATION AND
INSTRUMENT AND NURSING 1091 0 0 0 0
Web of
Science
NURSING CONSULTATION AND
INSTRUMENT AND NURSING 145 1 3 1 1
SCOPUS NURSING CONSULTATION AND
INSTRUMENT AND NURSING 178 2 6 2 1
TOTAL NURSING CONSULTATION AND
INSTRUMENT AND NURSING 2131 30 27 30 15
Fonte: Própria da pesquisa.
Das 15 publicações selecionadas para este estudo, predominaram estudos do tipo
metodológico com abordagem quantitativa (80%), nacionais (100%), publicados entre os anos
de 2006 e 2016, voltados para a clientela adulta hospitalizada em unidades de terapia intensiva
(UTI) (26,6%), na atenção terciária (53,3%), tendo como principal técnica para evidenciar a
validade do instrumento, a de conteúdo (100%) e nível de evidência VI (100%). Em um estudo,
não foi possível identificar o nível de atenção para qual o instrumento foi desenvolvido, uma
vez que os autores não os definiram claramente (FEIJÃO et al, 2015).
Acrescenta-se que todos os instrumentos foram construídos a partir de um referencial
teórico (100%), sendo a principal teoria de enfermagem encontrada, a teoria das necessidades
humanas básicas (NHB) de Wanda Aguiar Horta (80%), seguido pela teoria do déficit de
autocuidado de Dorothea Orem (20%). Desta forma, ressalta-se que não foi encontrado nenhum
instrumento de coleta de dados voltado para a população estomizada, tampouco que aplicasse
o Modelo de Adaptação de Roy. Todos (100%) os instrumentos tinham seus itens no formato
check-list com perguntas de múltiplas escolhas e fechadas.
Tabela 2 - Distribuição dos estudos quanto à base de dados, tipo de estudo/forma de abordagem, população, nível de atenção, tipo de validação,
referencial teórico e nível de evidência. Natal/RN, 2017.
Base de dados
Tipo de
estudo/Forma
de abordagem
População Nível de atenção Tipo de validação Referencial
teórico
Nível de
evidência
LILACS
(DOMINGOS et al,
2015)
Metodológico/
Quantitativo
Indivíduos com
hipertensão
e diabetes
Atenção primária Validação de
conteúdo
Teoria do déficit
de autocuidado VI
LILACS
(MAZZO, 2016)
Metodológico/
Quantitativo Puérperas Atenção primária
Validação de
conteúdo
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
LILACS
(SANTANA, 2011)
Metodológico/
Quantitativo
Pacientes
hipertensos Atenção primária
Validação de
conteúdo e
aparência
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
LILACS
(LOPES, 2009)
Metodológico/
Quantitativo Idoso Atenção terciária
Validação de
conteúdo
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
LILACS
(SILVA et al, 2012)
Metodológico/
Quantitativo
Pacientes internados
em uma unidade de
UTI
Atenção terciária Validação de
conteúdo
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
LILACS
(RAMALHO, 2013)
Pesquisa-ação/
Quantitativo
Clientes adultos
hospitalizados em
UTI
Atenção terciária
Validação de
conteúdo e
aparência
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
LILACS
(MARQUES, 2009)
Metodológico/
Quantitativo Adolescentes Atenção terciária
Validação de
conteúdo
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
LILACS
(LIMA et al, 2006)
Metodológico/
Quantitativo
Clientes adultos
hospitalizados em
UTI
Atenção terciária
Validação de
conteúdo e
aparência
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
37
LILACS
(SOUZA et al, 2012)
Convergente
assistencial/
Quantitativo
Puérpera e recém-
nascido Atenção terciária
Validação de
conteúdo
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
LILACS
(BITTAR, 2006)
Metodológico/
Quantitativo
Clientes adultos
hospitalizados em
UTI
Atenção terciária
Validação de
conteúdo e
aparência
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
BDENF
(GALINDO et al, 2014)
Metodológico/
Quantitativo
Pacientes no pré e
pós transplante de
órgãos abdominais
Atenção terciária Validação de
conteúdo
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
CINAHL
(COURA, 2013)
Metodológico/
Quantitativo
Pessoas com lesão
medular Atenção primária
Validação de
conteúdo
Teoria do déficit
do autocuidado VI
CINAHL
(FULY, 2012)
Observacional/
Quantitativo Crianças Atenção primária
Validação de
conteúdo
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
WEB OF SCIENCE
(FEIJÃO et al, 2015)
Metodológico/
Quantitativo
Pessoas
com coinfecção
pelo vírus da
imunodeficiência
humana e
tuberculose
_ Validação de
conteúdo
Teoria do déficit
do autocuidado VI
SCOPUS
(PORTO, 2008)
Metodológico/
Quantitativo
Idosos Atenção primária
Validação de
conteúdo e
testagem clínica
Teoria das
necessidades
humanas básicas
VI
Fonte: Própria da pesquisa.
3.4 CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA PESSOAS ESTOMIZADAS
Ao serem confrontados com a nova condição, alguns estomizados tentam lidar com a
situação mediante estratégias diferenciadas, encarando-a como desafio e experimentando
sentimentos de autocontrole retomando as suas atividades de vida diária. Outros adotam
comportamentos de negação recorrendo à minimização do problema com o isolamento social
(SOUSA; BRITO; CASTELO BRANCO, 2012). Nesta transição adaptativa vão aprendendo
progressivamente a incorporar as alterações nas suas vidas, mediante mobilização de recursos
pessoais, suporte de familiares e principalmente de profissionais de saúde que influenciam
positivamente neste processo mediante ferramentas válidas (SUN et al., 2013).
Entretanto, um estudo realizado em Belém, no Pará, demonstrou que durante o processo
de internação hospitalar do estomizado não há nenhuma orientação ou ação educativa antes ou
após a cirurgia, não havendo diálogo entre paciente e profissional e desconhecimento dos
profissionais da real necessidade do paciente, gerando dificuldades de adaptação e
prolongamento do período de reabilitação. Estomizados referem à necessidade de um cuidado
individualizado, sistematizado e humanizado, além de melhor qualificação profissional
(CUNHA; BACKES; HEIDEMANN, 2012). Portanto, fica clara a necessidade da consulta de
enfermagem ao paciente no estomizado, considerando as alterações físicas e emocionais
consequentes à cirurgia.
Desta forma, ressalta-se a necessidade de profissionais cada vez mais capacitados para
identificar essas necessidades e utilizar o processo de enfermagem para aprimorar a sua tomada
de decisões pautadas na necessidade de cada paciente, planejando o cuidar, fazer prescrições
de enfermagem eficazes e avaliar o estado de saúde por meio de evoluções. Essa assistência
envolveria o preparo físico e psicológico do paciente para a cirurgia, procurando fazer com que
o paciente compreenda a assistência de enfermagem a ser realizada, esclarecendo suas dúvidas
(CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009).
O enfermeiro tem papel primordial no cuidado ao estomizado, uma vez que possui
competências e ferramentas assistenciais importantes para uma assistência adequada, segura e
de qualidade, de forma a contribuir para melhor adaptação do paciente ao novo estilo de vida,
planejando ações que visem a melhora da qualidade de vida do estomizado. Desta forma, o
enfermeiro deve considerar o indivíduo em todas as suas dimensões, e não somente a física
(MAURÍCIO; SOUZA; LISBOA, 2013).
39
No tocante a formação do profissional, evidencia-se que não há a inserção da temática
referente ao cuidado às pessoas estomizadas, apenas prepara o profissional para uma assistência
generalizada, influenciando negativamente a realização da consulta de enfermagem (ARDIGO;
AMANTE, 2013). Faz-se necessário então, uma reflexão mais profunda sobre a atuação
fundamentada em conhecimentos científicos, ou seja, deve-se refletir sobre o plano de cuidados
elaborado no sentido de observar se ele é específico para aquele paciente, bem como para o
procedimento cirúrgico a que o paciente vai ser submetido no intuito de assegurar uma prática
assistencial que promova um cuidado de enfermagem individual e integral (CHRISTÓFORO;
CARVALHO, 2009).
Em uma avaliação dos Serviços de Atenção à Saúde das pessoas Ostomizadas
(SASPO) realizados em Minas Gerais/Brasil, verificou-se que em 46% dos serviços, o
enfermeiro não tem formação específica para o cuidado das estomias, e que estes têm se
ocupado mais em atividades administrativas e burocráticas, do que das atividades clínicas,
assistenciais e educativas que é parte processual desses serviços (MORAES et al., 2014).
A constatação desse déficit de conhecimento e consequentemente do cuidado de
enfermagem ocorre também devido à ausência de um instrumento adequadamente preparado
para ser utilizado durante as consultas de enfermagem direcionada por uma teoria, que
contemple as necessidades da pessoa no período operatório de estomia a fim de atender às
necessidades do paciente.
A consulta de enfermagem ao paciente no pré-operatório é um espaço para entender as
necessidades buscando a resolução de problemas destes pacientes. Posto isto, materializa-se
através de uma adequada avaliação inicial, orientação sobre todos os passos do internamento
em relação aos cuidados, esclarecendo suas dúvidas, para que, no dia da cirurgia, o paciente
possua conhecimento em relação aos cuidados exigidos, além da preparação para a adaptação
da pessoa a uma nova condição de saúde, considerando seu novo contexto de saúde
(CARVALHO; CRISTÃO, 2012; CHRISTÓFORO; CARVALHO, 2009).
Na fase do pós-operatório as intervenções da equipe devem estar direcionadas para a
realização do autocuidado, a fim de alcançar maior adaptação por meio da retomada das
atividades de vida diária, além de adequações particulares e participação em grupos de apoio,
onde geralmente ocorre a troca de experiências do convívio com o estoma e o processo
adaptativo (CESARETTI; SANTOS; VIANNA, 2010; GRANT et al., 2011).
40
No que concerne à dimensão biológica, psicológica e afetiva, durante a consulta de
enfermagem às pessoas estomizadas, deve-se considerar: características do estoma, cuidados
com o estoma e pele periestomal, cuidados com a bolsa coletora, possíveis complicações,
autoestima, segurança, autonomia, conforto, bem-estar, felicidade, atividade sexual satisfatória,
autoconceito, atividade de vida diária, entre outros (FIGUEIREDO, 2016).
No cenário domiciliar, os cuidados com a estomia, na maioria das vezes, são exercidos
por algum familiar, cuidador ou a pessoa mais próxima que esteja disposta a ajudar e a aprender
como realizar os cuidados. Mas, por vezes, a família do estomizado constitui-se também como
um entrave a consulta de enfermagem, uma vez que percebe-se a fragilidade familiar frente a
nova condição de vida do estomizado, surgindo sentimentos negativos, rejeição, medo e nojo
frente ao primeiro contato (ARDIGO; AMANTE, 2013; CETOLIN, 2013).
Este fato pode implicar na qualidade do cuidado de enfermagem, pois está permeado
de orientações, formando uma barreira entre o enfermeiro e a família que encontra-se fechada
ao diálogo e orientações. Além disso, a fragilidade da família afeta também o estomizado, que
passa a rejeitar sua condição, dificultando a adesão aos cuidados (ARDIGO; AMANTE, 2013;
CETOLIN et al., 2013).
Além disso, outro fator que dificulta a consulta de enfermagem às pessoas estomizadas
são as condições socioeconômicas desfavoráveis, pois alguns cuidados ficam prejudicados
diante da dificuldade na aquisição de alguns materiais (MENEZES, 2013).
3.5 VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTOS
O desenvolvimento e validação de um instrumento é uma tarefa complexa que, para
conferir utilidade e capacidade de apresentar resultados, devem demonstrar boas propriedades
psicométricas. Além disso, deve-se seguir uma metodologia adequada para que o novo
instrumento seja apropriado e confiável (COLUCI; ALEXANDRE; MILANI, 2015).
O processo de validação de instrumento envolve três etapas: o polo teórico,
experimental e analítico. A primeira engloba a elaboração da estrutura conceitual, representada
pelas definições constitutivas e operacionais responsável por definir o contexto do instrumento
e subsidiar o desenvolvimento dos itens nos seus respectivos domínios, seguido dos objetivos
do instrumento e população, construção, seleção e organização dos itens, estruturação do
instrumento, validade de conteúdo e pré-teste. As próximas etapas envolvem os polos empíricos
41
(experimentais) e analíticos que envolvem a avaliação das propriedades psicométricas,
mediante testes estatísticos (COLUCI; ALEXANDRE; MILANI, 2015; PASQUALI, 2010).
A validade é a capacidade de um instrumento medir com precisão o fenômeno a ser
estudado. Esse atributo do instrumento pode ser feito de várias maneiras, a saber: validade de
conteúdo, de constructo e de critério (COLUCI; ALEXANDRE; MILANI, 2015).
A validação de conteúdo indica em que medida o instrumento possui uma quantidade
adequada de itens para medir o construto específico e atingir adequadamente o seu domínio,
para a representatividade do instrumento. Tem como base um julgamento, sendo cada vez mais
comum a utilização de especialistas para avaliá-lo, que podem sugerir a retirada, acréscimo ou
alteração nos itens propostos (POLIT; BECK, 2011; PASQUALI, 2010).
Além disso, é necessário que possuam alguns critérios que dão subsídio para a validar
seu conteúdo, indicando se os itens são compreensíveis a população alvo, a saber: critério
comportamental, objetividade, simplicidade, clareza, relevância, precisão, variedade,
modalidade, tipicidade, credibilidade, amplitude e equilíbrio (PASQUALI, 2010).
Entretanto, a validade de conteúdo não é estática, estando vinculada a um determinado
contexto, podendo alterar-se no decorrer do tempo, em virtude das mudanças relacionadas ao
que o instrumento procura refletir. Assim, um teste possui validade de conteúdo em um
determinado momento, não sendo essa uma característica permanente (RAYMUNDO, 2009).
Para tanto, esta etapa é realizada por um comitê de juízes especialistas na área do
instrumento, podendo envolver procedimentos quantitativos e qualitativos nessa avaliação. Eles
receberão instruções específicas em cada estágio sobre como avaliar cada item, o instrumento
como um todo e o preenchimento do questionário que orienta a avaliação. Além disso, nessa
fase são feitas sugestões quanto à inclusão, remoção ou alteração dos itens. Quanto à análise
dessa etapa deve-se proceder com a taxa de concordância do comitê, Índice de Validade de
Conteúdo (IVC) e índice Kappa (K). Alguns estudos também utilizam a técnica Delphi para
obter consenso na opinião dos especialistas (PASQUALI, 2010; COLUCI; ALEXANDRE;
MILANI, 2015).
A validação de conteúdo por peritos é útil, na medida que permitem oferecer um
instrumento padronizado para a assistência, ensino e pesquisa em enfermagem, sendo
importante pois cada vez mais pesquisadores e enfermeiros estão preocupados em utilizar
medidas confiáveis e apropriadas para pesquisas e assistência (DALLA NOLA; ZOBOLI;
VIEIRA, 2017).
42
4 MÉTODO
4.1 TIPO DE ESTUDO
Tratou-se de um estudo do tipo metodológico com abordagem quantitativa de
tratamento e análise de dados. Esse tipo de estudo diz respeito às investigações dos métodos de
obtenção, organização e análise dos dados, abrangendo as etapas de elaboração, validação e
avaliação dos instrumentos e técnicas de pesquisa, tendo como objetivo a construção de um
instrumento que seja confiável, preciso e utilizável para que possa ser aplicado por outros
pesquisadores (POLIT; BECK, 2011).
Para embasar a construção e validação do instrumento foi realizada uma adaptação da
Teoria da Psicometria, a qual se baseia em três polos: teórico, experimental e analítico. O polo
teórico, cujo foco é a fundamentação prévia e validação do construto, conferindo-lhe qualidade
teórica, é bastante relevante para a realização de pesquisas voltadas para a construção e
validação de ferramentas (PASQUALI, 2010). Para fins de validação de conteúdo, o presente
estudo deteve-se ao polo teórico.
4.2 ETAPAS DO ESTUDO
Este estudo foi desenvolvido em duas etapas, a saber:
Primeira etapa: Nessa etapa foi efetivada a construção da versão preliminar do
instrumento norteador da consulta de enfermagem, com aplicabilidade para a primeira fase do
processo de enfermagem aos pacientes no pré e pós-operatório de estomia, a partir das
definições constitutivas e operacionais, mediante o Modelo de Adaptação de Roy.
Segunda etapa: Submissão do instrumento para validação do seu conteúdo perante os
especialistas. A figura 2 evidencia o fluxograma das etapas metodológicas do estudo.
43
Figura 3. Fluxograma das etapas metodológicas do estudo. Natal/RN, 2017.
Fonte: Própria da pesquisa.
4.2.1 Primeira etapa: versão preliminar do instrumento
Esta etapa foi desenvolvida no mês de agosto de 2017. Para seu desenvolvimento,
inicialmente seria necessária a definição dos constructos, ou seja, a conceituação clara e precisa
dos fatores para os quais se quer construir o instrumento de medida, tendo como resultado dois
produtos: as definições constitutivas e operacionais (PASQUALI, 2010). Ressalta-se que tais
definições foram previamente realizadas e adaptadas de uma dissertação de mestrado, intitulada
“Construção e validação de conteúdo da escala do nível de adaptação do estomizado” vinculado
ao grupo de pesquisa Incubadora de Procedimentos de Enfermagem da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (MEDEIROS, 2016).
A primeira fase da definição dos construtos é a definição constitutiva da adaptação da
pessoa estomizada, realizada à luz dos conceitos do MAR. Essa fase da pesquisa é basicamente
elucidada por “um construto definido por meio de outros construtos”, em outras palavras, o
Estabelecimento da estrutura conceitual:
Modelo de Adaptação de Roy
Construção dos itens
preliminares
Definição da população e objetivos do
instrumento
Validação de conteúdo
1ª etapa
2ª etapa
Remoção dos itens com
concordância Kappa ≤0,81 e
IVC<0,80
Literatura;
Instrumentos já existentes;
Validade do
instrumento
44
construto é definido em termos de conceitos próprios da teoria em que ele se insere. Tais
definições caracterizam o constructo, dando as dimensões que ele deve assumir no espaço
semântico, pondo limitações sobre o que explorar, não somente em termos de fronteiras que
não se pode ultrapassar, mas as fronteiras que devem ser atingidas (PASQUALI, 2010). Para
tanto, além das definições constitutivas previamente realizadas por Medeiros (2016), fez-se
necessário as definições constitutivas de processo de enfermagem e avaliação do
comportamento, como demonstra o quadro 1.
Quadro 1 – Definição constitutiva da adaptação da pessoa estomizada à luz do Modelo de
Adaptação de Roy. Natal/RN, 2017.
DEFINIÇÕES DO MODELO DE
ADAPTAÇÃO DE ROY (ROY, 2001) DEFINIÇÕES CONSTITUTIVAS
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Abordagem para resolução de problemas na
coleta dos dados, identificando as
necessidades da pessoa, selecionando e
implementando os cuidados e avaliando os
resultados destes.
Operacionaliza os cuidados do enfermeiro,
mediante uma assistência com conhecimento,
possibilitando o planejamento e
implementação de cuidados individuais e
objetivos, que garantam as especificidades
das pessoas estomizadas, prevenindo
complicações e contribuindo para o sucesso
da terapia aplicada (DAVIM, 2012;
FIGUEIREDO, 2016).
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO
Recolha de dados sobre o comportamento da
pessoa e o estado atual de adaptação.
Trata da identificação dos problemas reais
dos pacientes estomizados e a resolução das
necessidades identificadas, sendo essencial
para o direcionamento das outras etapas
(BORDINHÃO, 2012).
Fonte: Própria da pesquisa.
Uma definição do construto torna-se operacional quando são definidos em termos de
operações concretas, ou seja, de comportamentos físicos por meio dos quais o construto se
expressa. Para tanto, a fim de garantir melhor cobertura do constructo, as definições
operacionais deverão especificar e elencar as categorias de comportamentos físicos que seriam
a representação do constructo (PASQUALI, 2010).
45
Desta forma, para complementar a definição dos construtos que formaram o
instrumento, fez-se necessário desenvolver a definição operacional, a qual ultrapassa a
abstração teórica das definições constitutivas e as representa em um instrumento de medida
concreto (PASQUALI, 2010).
Assim, as definições operacionais, extraídas de Medeiros (2016), foram elaboradas a
partir de duas revisões integrativas da literatura e uma etapa qualitativa, que elencaram as
respostas adaptativas das pessoas estomizadas (problemas adaptativos e indicadores de
adaptação positiva), as quais revelaram nos seguintes aspectos objetivos do MAR: 40
problemas adaptativos e 17 indicadores de adaptação positiva, distribuídos nos quatro modos
adaptativos (fisiológico, autoconceito, função na vida real e interdependência), conforme
quadro 2.
46
Quadro 2 - Distribuição dos problemas adaptativos e indicadores de adaptação positiva das pessoas estomizadas conforme os modos
adaptativos do Modelo de Adaptação de Roy, segundo Medeiros (2016).
Fonte: Adaptado de Medeiros (2016).
MODOS
ADAPTATIVOS PROBLEMAS ADAPTATIVOS
INDICADORES DE ADAPTAÇÃO
POSITIVA
Fisiológico
Integridade da pele perturbada; Disfunção sexual; Flatulência; Odor
desagradável; Mudança no padrão alimentar; Estresse; Intolerância à
atividade; Padrão inadequado de atividade e repouso; Perda da
capacidade de autocuidado; Problemas com vazamentos; Problemas
com complicações; Estratégias de enfrentamento ineficientes para
eliminação alterada; Diarreia; Constipação; Dor aguda
Proteção secundária adequada para as
modificações da integridade da pele e no sistema
imunológico; Não apresenta problemas físicos
relacionados à estomia
Autoconceito
Perturbação da imagem corporal; Baixa auto-estima;
Constrangimento; Isolamento social; Perda; Impotência; Dificuldade
em olhar para a estomia; Conhecimento insuficiente sobre a estomia;
Ansiedade; Culpa; Vontade de se livrar da estomia; Sentimento de que
nunca vai se acostumar; Pensamento suicida; Mudança no padrão de
vestimentas
Conhecimento suficiente sobre a estomia;
Independência nos cuidados com a estomia;
Estratégias de enfrentamento efetivas para o
estresse; Compensação adequada para as
modificações corporais; Autoestima funcional;
Processos efetivos de crescimento moral-ético-
espiritual; Aceitação da estomia; Otimismo;
Estratégias de enfrentamento efetivas para
eliminação alterada; Sente-se melhor após a
construção da estomia; Sentimento de gratidão
Interdependência
Padrão ineficiente de solidão e relacionamento; Isolamento social;
Não contar para as pessoas que tem uma estomia; Solidão; Transição
do papel; Interferência da estomia nas atividades laborais; Estigma
Padrão efetivo de solidão e relacionamento;
Interação social mantida; Participação em grupos
de apoio para pessoas estomizadas
Função de Papel Distância do papel; Conflito de papel; Encargos financeiros;
Interferência da estomia nas atividades laborais; _
47
4.2.2 Segunda etapa: validação do conteúdo
4.2.2.1 População e amostra
A pesquisa foi realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
e no Centro Especializado em Reabilitação e Habilitação do Rio Grande do Norte (CERHRN),
local referência no estado do Rio Grande do Norte na rede de atenção às pessoas estomizadas
para o atendimento multiprofissional às necessidades de saúde, bem como distribuição de
bolsas coletoras.
Os juízes da pesquisa foram selecionados a partir do contato via e-mail para que
pudessem atuar como avaliadores do instrumento. A amostra foi selecionada por
intencionalidade, a partir dos seguintes critérios de inclusão: atuar na prática clínica na área de
Estomaterapia e/ou acadêmicos a nível de mestrado e doutorado com conhecimento teórico e
de pesquisa sobre estomias intestinais e/ou Modelo de Adaptação de Callista Roy. Como
critério de exclusão, considerou-se não ter respondido ou completado o processo de coleta de
dados ou não realizá-lo dentro do período estabelecido.
Para tanto, esse grupo foi composto por enfermeiros do Grupo de Pesquisa Incubadora
dos Procedimentos de Enfermagem e profissionais do CERHRN. Além disso, utilizou-se a
técnica snowball ou “Bola de neve” em que a amostragem pode ser ampliada com cadeias de
referências ou cadeias de informantes.
Após identificação dos juízes, selecionou-se 8. Desses, 7 se disponibilizaram a
participar da pesquisa, mas um foi excluído por não ter respondido dentro do período
estabelecido. Ademais, a amostragem foi ampliada pela técnica snowball totalizando a amostra
final de 11 juízes.
4.2.2.2 Coleta de dados
O contato com os especialistas deu-se mediante e-mail, onde foi enviada uma carta
convite (APÊNDICE A) explicando a proposta, contendo os objetivos do estudo e solicitada a
participação na pesquisa.
Mediante o aceite dos juízes, o instrumento, o roteiro do processo de avaliação e o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foram entregues pessoalmente
48
(APÊNDICE B). Nesta oportunidade, foi acordado que os juízes teriam um prazo de 15 dias
para devolverem o material já analisado e com o seu parecer final. O período de coleta de dados
junto aos juízes se deu de setembro a outubro de 2017.
A partir do conhecimento desse instrumento, os especialistas julgaram propondo
adequações ou aprovando os itens elencados avaliando a representatividade de cada item
segundo os critérios comportamental, objetividade, simplicidade, clareza, relevância, variedade
em relação à linguagem e em relação às escalas preferenciais.
4.2.2.3 Variáveis do estudo
A construção do instrumento “Instrumento de coleta de dados para o pré e pós-
operatório de estomia intestinal” (APÊNDICE C), teve como base as definições operacionais e
os itens foram alocados em domínios adaptativos definidos no Modelo de Adaptação de Callista
Roy. Cada categoria foi composta por um número de quesitos suficiente para contemplar as
necessidades de informação relativas a um determinado modo. Desta forma, o instrumento foi
desenvolvido e estruturado inicialmente por 113 itens divididos em quatro categorias:
Identificação (16 itens), história clínica (6 itens), dados da cirurgia (6 itens), anamnese e exame
físico, dividido em 4 modos adaptativos (85 itens).
• Identificação: contempla dados do paciente, incluindo características
sociodemográficas;
• História clínica: investigar antecedentes da pessoa estomizada referente a história da
doença atual, internações anteriores, uso de medicações, assim como os antecedentes
pessoais e hábitos de vida;
• Dados da cirurgia: consiste no registro do diagnóstico de base e tipo de estomia
realizada, incluindo seu critério de permanência;
• Anamnese e exame físico: optou-se em contemplar, neste bloco, todas as necessidades
adaptativas, conforme descritas no Modelo de Adaptação de Roy em 4 tópicos, os quais
foram organizados da seguinte forma: as necessidades referentes ao modo fisiológico,
que foram organizadas em nove tópicos: oxigenação, nutrição, eliminação, sono e
repouso, proteção, sentido, fluidos e eletrólitos, função neurológica e endócrina; modo
autoconceito, dividido em eu físico e eu pessoal; modo função de papel e, por fim, o
modo interdependência.
49
• Outras informações e/ou intercorrências: este bloco é um espaço para redação livre,
onde devem ser registrados os dados relevantes que não foram contemplados nos
tópicos anteriores, assim como as observações do enfermeiro.
Na segunda etapa do estudo, o instrumento foi entregue aos juízes com instruções para
o processo de avaliação. O “Instrumento de coleta de dados submetido aos juízes da pesquisa”
(APÊNDICE D) foi construído a partir do instrumento supracitado, e os quesitos que o compõe
foram avaliados separadamente. O questionário foi dividido em três partes: 1) caracterização
dos juízes da pesquisa; 2) julgamento dos itens quanto a concordância de sua permanência no
instrumento; 3) parecer final.
Desta forma, a primeira parte do instrumento foi direcionada às características
sociodemográficas dos juízes do estudo, que contemplava: idade, sexo, estado conjugal, maior
nível de formação profissional, natureza do vínculo na área de estomaterapia, tempo de
formação, tempo de atendimento a pessoa com estomias, motivo que levou a
assistir/pesquisar/trabalhar esses pacientes, importância do enfermeiro conhecer o processo
adaptativo da pessoa estomizada e conhecimento sobre o Modelo de Adaptação de Callista Roy,
conforme quadro 3.
Quadro 3 – Variáveis de caracterização sociodemográfica e profissional. Natal/RN, 2017.
VARIÁVEIS DE CARACTERIZAÇÃO
SOCIODEMOGRÁFICA E PROFISSIONAL CATEGORIAS
Sexo 1. Masculino; 2. Feminino
Idade Em anos
Estado conjugal
1. Casado/união consensual; 2.
Solteiro; 3. Separado; 4. Divorciado; 5.
Viúvo; 6. Outro
Maior nível de formação profissional
1. Graduação; 2. Especialização; 3.
Mestrado; 4. Doutorado; 5. Pós-
doutorado
Natureza do vínculo na área de estomaterapia 1. Assistencial; 2. Pesquisa
Tempo de formação Em anos
50
Fonte: Própria da pesquisa.
A segunda parte diz respeito aos itens do instrumento, a saber: 1 - aspectos referentes
aos dados sociodemográficos que deverão ser coletadas apenas uma vez com o paciente,
evidenciados no quadro 4; 2 - aspectos referentes a história clínica; 3 - aspectos referentes aos
dados da cirurgia; 4 – dados sobre os modos adaptativos de Roy. Os juízes da pesquisa
avaliaram cada um dos 113 itens do instrumento a partir da classificação de cada item em “não
tenho sugestões para esse item”, “tenho sugestões para esse item” e “o item deve ser retirado”.
Nesses dois últimos casos, os motivos deveriam ser explicitados e sugestões poderiam ser feitas
a fim de que os itens pudessem ser refeitos ou melhorados e, ainda, que novos pudessem ser
acrescentados.
Quadro 4 – Variáveis sociodemogáficas presentes no instrumento. Natal/RN, 2017.
VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS CATEGORIAS
Nome (Iniciais)
1. Não tenho sugestões para esse item;
2. Tenho sugestões para melhoria do item;
3. O item deve ser retirado
Idade
Sexo
Data de nascimento
Estado civil
Escolaridade
Profissão/ocupação
Situação empregatícia
Religião
Endereço
Moradia
Tempo de atendimento as pessoas com estomias Em anos
Motivo que o levou a assistir/pesquisar/trabalhar
com pessoas estomizadas
1. Afinidade; 2. Imposição; 3.
Especialização
Conhece o Modelo de Adaptação de Callista Roy? 1. Sim; 2. Não
Considera importante que o enfermeiro conheça o
processo adaptativo da pessoa estomizada?
1. Sim; 2. Não
51
Procedência
Data da admissão
Nº do registro
Enfermaria
Leito
Fonte: Própria da pesquisa.
O quadro 5 refere-se às variáveis de história clínica que deverão ser coletadas somente
uma vez com o paciente.
Quadro 5 – Variáveis de história clínica presentes no instrumento. Natal/RN, 2017.
HISTÓRIA CLÍNICA CATEGORIAS
História da doença atual
1. Não tenho sugestões para esse item;
2. Tenho sugestões para melhoria do item;
3. O item deve ser retirado
Internações anteriores
Antecedentes clínicos
Alergias
Tabagismo
Etilismo
Fonte: Própria da pesquisa.
O quadro 6 refere-se às variáveis de história clínica que deverão ser coletadas somente
uma vez, no período pós-operatório.
Quadro 6 – Variáveis de dados da cirurgia presentes no instrumento. Natal/RN, 2017.
DADOS DA CIRURGIA CATEGORIAS
Data
1. Não tenho sugestões para esse item;
2. Tenho sugestões para melhoria do item;
3. O item deve ser retirado
Hospital
Diagnóstico de base
CID 10
Tipo de estomia
Permanência
Fonte: Própria da pesquisa.
52
O quadro 7 abaixo apresenta os itens preliminares construídos a partir das definições
operacionais oriundas da literatura e dos comportamentos exibidos pelas pessoas estomizadas.
O instrumento está dividido em seções compostas por informações sobre o modo fisiológico,
abordando tópicos a respeito da oxigenação, nutrição, eliminação, atividade e repouso, dentre
outros; o modo autoconceito, evidenciando questões sobre a imagem corporal, sensação
corporal, autoconsciência, autoideal e o eu moral-ético-espiritual; o modo de função na vida
real, o qual será composto por aspectos referentes aos papéis exercidos na sociedade e a situação
deles no processo adaptativo; e o modo de interdependência, que trata das interações
relacionadas com dar e receber amor, respeito e valor através das relações com sistemas de
apoio (ROY; ANDREWS, 2001).
Quadro 7 – Variáveis de anamnese e exame físico presentes no instrumento. Natal/RN, 2017.
MODOS ADAPTATIVOS VARIÁVEIS CATEGORIAS
Fisiológico
Oxigenação
Ventilação
1. Não tenho
sugestões para esse
item;
2. Tenho sugestões
para melhoria do
item;
3. O item deve ser
retirado
Expansibilidade torácica
Alteração respiratória
Queixa
Alteração cardíaca
Pulsos periféricos
Acesso venoso
Nutrição
Dados antropométricos
Estado nutricional
Dieta
Aceitação da dieta
Apetite
Alergias a alimentos
Dor após ingestão de alimentos
Nº de refeições/dia
Ingestão hídrica/dia
Dentes
Abdome
53
Eliminação
Eliminação urinária
Frequência das micções
Período das micções
Característica da urina
Alterações na micção
Tipo de estomia
Derivação
Diâmetro (mm)
Forma do estoma
Protrusão
Integridade da mucosa
Umidade
Pele periestoma
Características das fezes
Alteração das fezes
Presença de dobras cutâneas
Complicações imediatas
Tipo de dispositivo coletor
Vazamento
Frequência de troca
Atividade e
repouso
Sono
Deambulação
Grau de dependência
Limitação para atividades de vida
diária (AVD)
Realização de atividade física
antes da internação
Proteção
Pele
Modificações disseminadas de cor
Umidade
Turgor
54
Edema
Incisão cirúrgica
Higiene corporal
Higiene oral
Sentidos Visão
Desconforto/dor atual
Fluidos e
eletrólitos
Sinais vitais
Exames laboratoriais
Função
neurológica
Orientação
Nível de consciência
Força muscular
Estado emocional
Comportamento
Glasgow
Função
endócrina
Controle glicêmico
Outros problemas
Autoconceito
Eu físico
Satisfação com a aparência
1. Não tenho
sugestões para esse
item;
2. Tenho sugestões
para melhoria do
item;
3. O item deve ser
retirado
Como se vê se sente em relação a
aparência
Desejo de mudar algo
Constrangido/diferente
Vida sexual ativa
Receio em voltar as relações
sexuais
Eu pessoal
Conhecimento dos cuidados que
terá que realizar
Sentimentos relacionados a
estomia
Preocupação no momento
Mudanças ocorridas após a
estomização
55
Perspectivas quanto a convivência
com a estomia
Crença religiosa
Contribuição da fé para enfrentar
os problemas
Função na vida
real _
Gerador de renda financeira 1. Não tenho
sugestões para esse
item;
2. Tenho sugestões
para melhoria do
item;
3. O item deve ser
retirado
Receio em retornar as AVD
Interdependência _
Pessoas mais importantes 1. Não tenho
sugestões para esse
item;
2. Tenho sugestões
para melhoria do
item;
3. O item deve ser
retirado
Com quem vive
Solidão
Dificuldades de interação familiar
Dificuldades de interação social
Ajuda de familiar/cuidador
Participação em grupo de apoio
Fonte: Própria da pesquisa.
O conteúdo do quadro foi submetido aos juízes e, além dos critérios já citados
anteriormente, uma coluna, contendo um questionamento se o item deveria permanecer naquele
modo a qual se refere, além de um espaço destinado a necessidade de acréscimo de algum item.
A terceira parte do instrumento constituiu-se de um parecer final em relação ao instrumento,
conforme evidencia o quadro 8.
Quadro 8 – Variáveis do parecer final do instrumento. Natal/RN, 2017.
PARECER FINAL DO INSTRUMENTO CATEGORIAS
Objetividade Escala de 1 a 10
56
Simplicidade
Clareza
Relevância
Modalidade
Consistência
Exequível
Atualização
Equilíbrio
Precisão
Sequência instrucional dos tópicos
Qual nota global atribuída ao instrumento? Escala de 1 a 10
Elegeu-se os critérios de análise dos requisitos para uma avaliação geral do instrumento
de acordo com o quadro 9 abaixo.
Quadro 9 - Requisitos a serem analisados no instrumento. Natal/RN, 2017.
REQUISITOS
DE
AVALIAÇÃO
CRITÉRIOS DE ANÁLISE
Objetividade O instrumento permite resposta pontual
Simplicidade Os itens expressam uma única ideia
Clareza O instrumento está explicitado de forma clara, simples e inequívoca
Relevância O instrumento é relevante e atende a finalidade proposta
Modalidade Os itens não apresentam expressões extremadas na redação do item
Consistência
O conteúdo apresenta profundidade suficiente para compreensão do
instrumento
Exequível O instrumento é aplicável
Atualização Os itens seguem as práticas baseada em evidências mais atuais
Equilíbrio O instrumento apresenta quantidade proporcional de itens em cada modo
Precisão Cada item é distinto dos demais, não se confundem
Sequência
instrucional
dos tópicos
A sequência dos modos e itens se mostra de forma coerente
Fonte: Adaptado de Pasquali (2010).
57
4.4.2.4 Análise dos dados
O processo de validação se deu por meio da aplicação do Índice Kappa (K), para
verificação no nível de concordância e nível de consistência (fidedignidade) dos especialistas
em relação à permanência ou não dos itens que compõem os instrumentos e do Índice de
Validade de Conteúdo (IVC).
O Índice Kappa é um indicador de concordância ajustado, pois considera, descontando
no cômputo final, a concordância devido ao fator chance. Ele informa a proporção de
concordância que varia de "menos 1" a "mais 1", quanto mais próximo de 1, melhor o nível de
concordância entre os observadores, conforme quadro 10 (PEREIRA, 1995). Neste estudo,
optou-se por utilizar o nível de consenso maior que 0,81 para o índice Kappa, sendo um nível
ótimo.
Quadro 10 - Distribuição do índice Kappa (K) e os níveis de interpretação de concordância.
ÍNDICE KAPPA NÍVEL DE CONCORDÂNCIA
<0,00 RUIM
0,00 a 0,20 FRACO
0,21 a 0,40 SOFRÍVEL
0,41 a 0,60 REGULAR
0,61 a 0,80 BOM
0,81 a 0,99 ÓTIMO
1,00 PERFEITO
O IVC avalia a concordância dos juízes quanto à representatividade da medida em
relação ao conteúdo abordado. Mede a proporção ou porcentagem de juízes que estão em
concordância sobre determinados aspectos do instrumento e de seus itens, permite analisar cada
item individualmente e depois o instrumento como um todo. (ALEXANDRE; COLUCI, 2011).
Para avaliar todo instrumento recomenda-se que os pesquisadores descrevam como
realizaram o cálculo (POLIT; BECK, 2011). Sendo assim, o cálculo utilizado neste estudo para
avaliação geral e categorias do instrumento é a média dos valores dos itens calculados
separadamente, isto é, soma-se todos os IVCs calculados separadamente e se divide pelo
número de itens considerados na avaliação.
58
Para cada item separadamente, ele é calculado dividindo-se o número de juízes que
julgaram o item com escore de extrema relevância ou relevante pelo total de juízes, conforme
fórmula abaixo, resultando na proporção de juízes que julgaram o item válido (RUBIO et al.,
2003). Como consenso considerar-se-á o IVC maior que 0,80 tanto para avaliação de cada item
como para avaliação geral do instrumento.
Os dados coletados foram organizados em uma planilha de dados eletrônica e,
posteriormente, exportados para um software estatístico. Após serem codificados e tabulados,
foram analisados através de leitura reflexiva, estatística descritiva com frequências absolutas e
relativas, média dos escores das variáveis e aplicação do Kappa por meio do Online Kappa
Calculator e do IVC (RANDOLPH, 2008). Após a codificação e análise, os dados serão
apresentados na forma de tabelas e quadros, integrando os resultados dessa pesquisa.
Nesse sentido, parte-se do pressuposto que é possível atingir a validade do instrumento
a partir do julgamento dos juízes e elegeu-se as seguintes hipóteses, conforme quadro 11.
Quadro 11 – Hipóteses teórica e estatística do estudo. Natal/RN, 2017.
DEFINIÇÃO DE HIPÓTESES
TIPOS TEÓRICA ESTATÍSTICA
Hipótese nula
(H0)
O instrumento de coleta de dados para
pré e pós-operatório de pessoas
estomizadas não apresenta evidência de
validação de conteúdo
H0 = µ K e IVC <0,81 e
0,80, respectivamente
Hipótese
alternativa (H1)
O instrumento de coleta de dados para
pré e pós-operatório de pessoas
estomizadas apresenta evidência de
validação de conteúdo
H1 = µ K e IVC ≥0,81 e
0,80, respectivamente
Em que, H0= hipótese nula; H1 = hipótese alternativa; µ K, IVC = Média do Kappa e IVC
Fonte: Própria da pesquisa.
59
4.4.2.5 Aspectos éticos
De acordo com a Resolução 466/12 (BRASIL, 2012), projetos de pesquisa
envolvendo seres humanos devem ser apreciados por Comissões de Ética em Pesquisa. O
projeto desta pesquisa foi apreciado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN) sob o parecer de número 2.009.401 (CAAE:
65941517.8.0000.5537) (ANEXO A).
Os participantes da pesquisa foram esclarecidos quanto aos objetivos e importância
deste estudo e, aos que concordaram em participar da pesquisa, foi disponibilizado um
consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE B).
60
5 RESULTADOS
Após construção do instrumento foi realizada a validação de conteúdo. Neste processo,
participaram desta etapa 11 juízes, onde todos (100,0%) eram do sexo feminino e 6 (63,6%)
estavam casados/união consensual. Em relação a titulação, 8 (88,9%) possuíam o mestrado
como maior nível de formação profissional, 6 (54,5%) atuavam exclusivamente na assistência
da área de estomaterapia e 4 (36,4%) disseram assistir e/ou pesquisar estomias devido
oportunidade de emprego/necessidade institucional.
Em relação ao processo adaptativo da pessoa estomizada e o Modelo de Adaptação de
Roy, todos os 11 (100,0%) juízes responderam que consideram importante que o enfermeiro
conheça o processo adaptativo da pessoa estomizada, entretanto, apenas 8 (72,7%) conheciam
o Modelo de Adaptação de Roy, conforme evidencia a tabela 3.
A idade dos juízes variou do mínimo de 23 anos ao máximo de 51, com média de 34,4
(±9,1) anos. O tempo médio de formação foi de 9,3 (±7,5) anos. Quanto ao tempo de experiência
com os estomizados, variou de 1 a 14 anos, com média de 5,1 (± 3,6) anos.
Tabela 3 - Caracterização sociodemográfica e profissional dos juízes participantes da pesquisa.
Natal/RN, 2017.
Variáveis n %
Sexo Feminino 11 100,0
Estado conjugal
Casado/união consensual 6 63,6
Solteiro 4 36,4
Maior nível de formação profissional Mestrado 9 81,8
Graduação 1 9,1
Especialização 1 9,1
Região
Nordeste 10 90,9
Sudeste 1 9,1
Natureza do vínculo na área de estomaterapia
Assistencial 6 54,5
Pesquisa 5 45,5
Motivo que levou a assistir/pesquisar pessoas estomizadas
Oportunidade de emprego/interesse institucional 4 36,4
Linha de pesquisa 4 36,4
61
Afinidade 3 27,3
Conhece o Modelo de adaptação de Callista Roy?
Sim 8 72,7
Não 3 27,3
Considera importante que o enfermeiro conheça o processo
adaptativo da pessoa estomizada?
Sim 11 100,0
Não 0 0
TOTAL 11 100,0
Fonte: Própria da pesquisa.
Respondido a primeira parte componente do questionário referente as características
sociodemográficas dos juízes, esses passaram a avaliar os quesitos que compuseram cada seção
do instrumento. Na avaliação geral, o instrumento obteve IVC de 0,90 e Kappa de 0,96. Os
valores de Kappa e IVC obtidos nas categorias do instrumento estão dispostos na tabela 4.
Ressalta-se que a maioria dos itens permaneceram no modo inicialmente alocado, com exceção
dos itens “data da admissão”, “nº do registro”, “enfermaria” e “leito” que saíram das variáveis
de identificação para compor o início do instrumento, além da variável “dobras cutâneas”, que
saiu da necessidade básica “eliminações” para “nutrição”.
Tabela 4 – Categorias de composição do instrumento. Natal/RN, 2017.
Categoria do instrumento IVC Kappa
Identificação 0,93 0,92
História clínica 1,00 1,00
Dados da cirurgia 0,96 0,94
Modo fisiológico 0,97 0,95
Modo autoconceito 0,95 0,92
Modo função na vida real 1,00 1,00
Modo interdependência 1,00 1,00
Fonte: Própria da pesquisa.
Inicialmente, avaliaram-se os itens que compõem os dados de identificação. Em 6 itens
(37,5%) não haviam sugestões, 8 (50,0%) apresentavam sugestões para modificações e 5
(31,2%) apresentavam recomendações para a retirada do item. Ressalta-se que um mesmo item
pode tanto apresentar sugestão para melhoria, quanto para retirada. O item de menor
62
concordância foi a data de nascimento (k= 0,56; IVC= 0,72) e endereço (k= 0,67), sendo,
portanto, retirado do instrumento, conforme tabela 5.
Tabela 5 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares dos dados de identificação.
Natal/RN, 2017
Identificação
Não tenho
sugestões para
esse item
Tenho
sugestões
para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado IVC Kappa
n % n % n %
1. Nome (Iniciais) 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 0,81
2. Idade 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
3. Sexo 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
4. Data de Nascimento 8 72,7 - - 3 27,3 0,72 0,56
5. Estado civil 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
6. Escolaridade 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
7. Profissão/ocupação 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
8. Situação empregatícia 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
9. Religião 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
10. Endereço 9 81,8 - - 2 18,2 0,81 0,67
11. Moradia 7 63,6 3 27,3 1 9,1 0,90 1,00
12. Procedência 9 81,8 1 9,1 1 9,1 0,90 0,81
13. Data da admissão 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
14. Nº do registro 8 72,7 2 18,2 1 9,1 0,90 1,00
15. Enfermaria 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
16. Leito 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
Fonte: Própria da pesquisa.
Levou-se em consideração também, para todas as categorias do instrumento, as
sugestões e justificativas individuais dos juízes para melhorar o item ou retira-lo. Algumas
63
sugestões foram dadas por apenas um juiz, sendo analisadas, acatadas ou rejeitadas, em função
de sua pertinência.
Nesse sentido, das 13 sugestões para a categoria dos dados de identificação, entre
modificações e retiradas, 10 foram acatadas e 3 rejeitadas, a saber: 5 referem-se ao acréscimo
de itens (todas foram acatadas), 2 referem-se a alteração no vocabulário para facilitar
compreensão (1 rejeitado e 1 acatado), 2 à melhor especificação dos itens (acatados) e 4 a
mudança de local (acatado). Apresenta-se no quadro 12, as sugestões indicadas pelos juízes
referentes aos dados de identificação, sua aceitação pelos pesquisadores e a justificativa do
aceite ou recusa das mesmas.
Quadro 12– Sugestões dos juízes referente as variáveis sociodemográficas, aceite das
sugestões e justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017.
CATEGORIA
DO
INSTRUMENTO
SUGESTÕES DOS
JUÍZES (n) ACEITAÇÃO JUSTIFICATIVA
Identificação
Nome: Inserir nome
completo (1) Não
Informação já está disponível
no prontuário.
Estado civil:
Especificar a
situação conjugal
(casado, solteiro,
viúvo, separado) (1)
Não
Independente da situação
conjugal, a presença de um
companheiro ou não é um
aspecto que influencia a
adaptação (ALTSCHULER,
2009).
Incluir o item renda
(1) Sim
O baixo poder aquisitivo está
associado a dificuldade em
adquirir os equipamentos e
adjuvantes quando não são
fornecidos pelos programas de
assistência ao ostomizado
(MENEZES et al., 2013)
Moradia: Incluir
presença de banheiro
(3), se é dentro ou
fora de casa (1),
acesso a água
encanada (1) e falta
Sim
Condições ambientais e de
habitação desequilibradas/
desajustadas são obstáculos a
adaptação do estomizado
(FIGUEIREDO; ALVIM,
2016).
64
de água
frequentemente (1)
Procedência:
Procedência é o
mesmo que
naturalidade. Deixar
naturalidade (1)
Não
Não são sinônimos. Saber se o
paciente vem do interior ou
capital é mais importante do
que saber o local de
nascimento. Essa variável
pode atuar negativamente,
pela dificuldade de transporte
e locomoção para centros de
assistência.
Nº do registro:
Mudar o termo
registro por
prontuário (1)
Sim O item será modificado,
facilitando o entendimento.
Data de admissão
(1), Nº do registro
(1), enfermaria (1)
e leito (1): deixar no
início do
instrumento
Sim
Normalmente, são os
primeiros a serem
preenchidos.
Fonte: Própria da pesquisa.
Em relação à história clínica, dos 6 itens que compõe esse domínio, apenas 1(16,6%)
apresentava sugestão para melhoria. Nesta seção, como evidenciado na tabela 6, todos os itens
apresentaram escores de avaliação perfeitos entre os juízes da pesquisa (k=1,00; IVC= 1,00).
Tabela 6 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares da história clínica. Natal/RN,
2017
História clínica
Não tenho
sugestões para
esse item
Tenho
sugestões
para melhoria
do item
O item
deve ser
retirado IVC Kappa
n % n % n %
1. História da doença atual 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
2. Internações anteriores 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
3. Antecedentes clínicos 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
65
4. Alergias 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
5. Tabagismo 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
6. Etilismo 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
Fonte: Própria da pesquisa.
Foram realizadas 4 sugestões, onde 2 referem-se ao acréscimo de itens (acatado) e 2 a
retirada (rejeitado), o quadro 13 apresenta esta informação.
Quadro 13 – Sugestões dos juízes referente a história clínica, aceite das sugestões e justificativa
para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017.
CATEGORIA
DO
INSTRUMENTO
SUGESTÕES DOS
JUÍZES (n) ACEITAÇÃO JUSTIFICATIVA
História clínica
História da doença
atual: Retirar o
termo história e
deixar apenas
doença atual (1)
Não Já existe um item referente à
doença de base.
Incluir
“medicamentos em
uso” (1) e “drogas
ilícitas” (1)
Sim
O conhecimento dos fármacos
utilizados faz-se importante
pois devem ser continuados
até o momento da cirurgia
sempre que possível
(FERNANDES et al., 2010).
Inserir o item
estadiamento da
doença (1)
Não
O instrumento não é
direcionado para uma causa
específica de confecção de
estomia.
Fonte: Própria da pesquisa.
No que se refere aos dados da cirurgia, apresentado na tabela 7, dos 6 itens que compõe
essa categoria, para 3 (50,0%) não haviam sugestões, 2 (33,3%) apresentavam sugestões para
modificações e 1 (16,6%) apresentava recomendações para a retirada do item. O item de menor
concordância foi o CID 10 (k= 0,67), sendo retirado.
66
Tabela 7– Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares dos dados da cirurgia. Natal/RN,
2017
Dados da cirurgia
Não tenho
sugestões para
esse item
Tenho
sugestões
para
melhoria do
item
O item deve
ser retirado IVC Kappa
n % n % n %
1. Data 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
2. Hospital 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
3. Diagnóstico de base 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
4. CID 10 9 81,8 - - 2 18,2 0,81 0,67
5. Tipo de estomia 9 81,8 2 18,2 - - 1,00 1,00
6. Permanência 9 81,8 2 18,2 - - 1,00 1,00
Fonte: Própria da pesquisa.
Foram realizadas 4 sugestões para melhoria, acréscimo ou retirada do item, e apenas
uma não foi acatada. Das 3 acatadas, 2 refere-se à inserção de mais opções ao item e 1 refere-
se ao acréscimo de um novo item, todos acatados, conforme exposto no quadro 14.
Quadro 14– Sugestões dos juízes referente aos dados da cirurgia, aceite das sugestões e
justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017.
CATEGORIA
DO
INSTRUMENTO
SUGESTÕES DOS
JUÍZES (n) ACEITAÇÃO JUSTIFICATIVA
Dados da cirurgia
Tipo de estomia:
Acrescentar as
opções “colostomia
úmida” e “fístula
mucosa” (2)
Sim
São estomias intestinais de
eliminação (SANTOS;
CESARETTI, 2015).
Inserir o item
“localização da
estomia” (1)
Sim
As estomias intestinais de
eliminação classificam-se de
acordo com o tempo de
67
Permanência:
Inserir a opção
“indefinido” (2)
Sim
permanência e localização
anatômica (SANTOS;
CESARETTI, 2015).
Fonte: Própria da pesquisa.
O primeiro modo adaptativo avaliado pelos juízes foi o fisiológico, no qual os 63
(100%) itens apresentaram IVC acima de 0,80. Entretanto, os itens “apetite”, “alergia a
alimentos”, “Nº de refeições/dia”, “dentes” e “glasgow” apresentaram Kappa baixo (k=0,67),
sendo excluídos.
Quanto as sugestões, apenas 13 (20,6%) apresentavam pontos para melhoria e 11
(26,8%) apresentavam recomendações para a retirada do item, como evidencia a tabela 8.
Levou-se em consideração as sugestões e justificativas individuais dos juízes para acrescentar,
melhorar ou retirar o item, conforme apresentado no quadro 15. Nesse sentido, das 26 sugestões,
19 foram acatadas e 8 rejeitadas, a saber: 5 referem-se ao acréscimo de novos (1 rejeitado e 4
acatados), 3 referem-se a melhor especificação (todas acatadas), 8 a inserção de mais opções ao
item (1 rejeitado e 7 acatados), 1 alteração no vocabulário (acatado), 1 a retirada de opções
(acatado) e 8 a retirada do próprio item (6 rejeitados e 1 acatado).
Tabela 8 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares referentes ao modo fisiológico.
Natal/RN, 2017
Modo fisiológico
Não tenho
sugestões
para esse
item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado IVC Kappa
n % n % n %
1. Ventilação 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
2. Expansibilidade torácica 10 90,9 - - 1 9,1 0,90 0,81
3. Alteração respiratória 10 90,9 - - 1 9,1 0,90 0,81
4. Queixa 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
5. Alteração cardíaca 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
6. Pulsos periféricos 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
7. Acesso venoso 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
8. Dados antropométricos 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
68
9. Estado nutricional 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
10. Dieta 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
11. Aceitação da dieta 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
12. Apetite 9 81,8 - - 2 18,2 0,81 0,67
13. Alergias a alimentos 9 81,8 - - 2 18,2 0,81 0,67
14. Dor após ingestão de alimentos 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
15. Nº de refeições/dia 9 81,8 - - 2 18,2 0,81 0,67
16. Ingestão hídrica/dia 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
17. Dentes 9 81,8 - - 2 18,2 0,81 0,67
18. Abdome 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
19. Eliminação urinária 9 81,8 2 18,2 - - 1,00 1,00
20. Frequência das micções 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
21. Período das micções 10 90,9 - - 1 9,1 0,90 0,81
22. Característica da urina 9 81,8 1 9,1 1 9,1 0,90 0,81
23. Alterações na micção 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
24. Tipo de estoma 9 81,8 1 9,1 1 9,1 0,90 0,81
25. Derivação 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
26. Diâmetro (mm) 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
27. Forma do estoma 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
28. Protrusão 9 81,8 2 18,2 - - 1,00 1,00
29. Integridade da mucosa 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
30. Umidade 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
31. Pele periestoma 9 81,8 2 18,2 - - 1,00 1,00
32. Características das fezes 9 81,8 2 18,2 - - 1,00 1,00
33. Alteração das fezes 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
34. Presença de dobras cutâneas 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
69
35. Complicações imediatas 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
36. Tipo de dispositivo coletor 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
37. Vazamento 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
38. Frequência de troca 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
39. Sono 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
40. Deambulação 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
41. Grau de dependência 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
42. Limitação para atividades de
vida diária 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
43. Realização de atividade física
antes da internação 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
44. Pele 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
45. Modificações disseminadas de
cor 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
46. Umidade 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
47. Turgor 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
48. Edema 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
49. Incisão cirúrgica 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
50. Higiene corporal 10 90,9 1 9,1 - - 1,00 1,00
51. Higiene oral 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
52. Visão 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
53. Desconforto/dor atual 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
54. Sinais vitais 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
55. Exames laboratoriais 10 90,9 - - 1 9,1 0,90 0,81
56. Orientação 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
57. Nível de consciência 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
58. Força muscular 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
70
59. Estado emocional 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
60. Comportamento 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
61. Glasgow 9 81,8 - - 2 18,2 0,81 0,67
62. Controle glicêmico 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
63. Outros problemas 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
Fonte: Própria da pesquisa.
No que concerne o modo autoconceito, os itens “Como se vê se sente em relação a
aparência” (K=0,67; IVC=0,81) e “Mudanças ocorridas após a estomização” (k=0,56;
IVC=0,72) foram excluídos. Conforme dispostos na tabela 9, dos 13 itens, em 9 (69,2%) não
haviam sugestões, 2 (15,3%) apresentavam sugestões para melhoria e 3 (25,0%) apresentavam
recomendações para a retirada do item. A maioria deles apresentaram escores Kappa e IVC
excelentes entre os juízes da pesquisa (k=1,00; IVC= 1,00). Das 3 sugestões, todas foram
acatadas, a saber: 1 refere-se ao acréscimo, 1 ao desmembramento de um item em dois e 1 a
retirada, conforme apresentado no quadro 15.
Tabela 9 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares referentes ao modo autoconceito.
Natal/RN, 2017
Modo autoconceito
Não tenho
sugestões
para esse item
Tenho
sugestões
para
melhoria do
item
O item deve
ser retirado IVC Kappa
n % n % n %
1. Satisfação com a aparência 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
2. Como se vê se sente em
relação a aparência 8 72,7 1 9,1 2 18,2 0,81 0,67
3. Desejo em mudar algo 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
4. Constrangido/diferente 10 90,9 1 9,1 0 0,0 1,00 1,00
5. Vida sexual ativa 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
6. Receio em voltar as relações
sexuais 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
71
7. Conhecimento dos cuidados
que terá que realizar 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
8. Sentimentos relacionados a
estomia 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
9. Preocupação no momento 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
10. Mudanças ocorridas após a
estomização 8 72,7 - - 3 27,3 0,72 0,56
11. Perspectivas quanto a
convivência com a estomia 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
12. Crença religiosa 10 90,9 - - 1 9,1 0,90 0,81
13. Contribuição da fé para
enfrentar os problemas 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
Fonte: Própria da pesquisa.
Por conseguinte, o próximo modo adaptativo avaliado foi função na vida real. Para os
2 itens, apenas 1 apresentou sugestão para modificações. Todos os itens apresentaram escores
Kappa e IVC excelentes entre os juízes da pesquisa (k=1,00; IVC= 1,00), conforme tabela 10.
Esse modo apresentou 2 sugestões, ambas referentes ao acréscimo de itens (acatados) conforme
demonstra o quadro 15.
Tabela 10 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares referentes ao modo função na
vida real. Natal/RN, 2017.
Modo função na vida real
Não tenho
sugestões para
esse item
Tenho
sugestões
para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado IVC Kappa
n % n % n %
1. Gerador de renda
financeira 11 100,0
- - - - 1,00 1,00
2. Receio em retornar as
atividades de vida diária 10 90,9 1 9,1
- - 1,00 1,00
Fonte: Própria da pesquisa.
72
Por último os juízes avaliaram os sete itens do modo interdependência, dos quais
nenhum item foi retirado, tampouco apresentou sugestões. Todos apresentaram concordâncias
excelentes (k=1,00; IVC= 1,00), evidenciado pela tabela 11. Foi sugerido o acréscimo de um
item, que foi acatado, conforme elucida quadro 15.
Tabela 11 – Avaliação dos juízes quanto aos itens preliminares referentes ao modo
interdependência. Natal/RN, 2017.
Modo interdependência
Não tenho
sugestões
para esse
item
Tenho
sugestões
para
melhoria do
item
O item deve
ser retirado IVC Kappa
n % n % n %
1. Pessoas mais importantes 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
2. Com quem vive 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
3. Solidão 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
4. Dificuldades de interação familiar 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
5. Dificuldades de interação social 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
6. Ajuda de familiar/cuidador 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
7. Participação em grupo de apoio 11 100,0 - - - - 1,00 1,00
Fonte: Própria da pesquisa.
O quadro 15 apresenta as sugestões indicadas pelos juízes, para cada modo do
instrumento, a aceitação ou não das sugestões por parte da pesquisadora e a justificativa para
aceite ou recusa das mesmas.
73
Quadro 15 – Sugestões dos juízes referentes aos modos adaptativos, aceite das sugestões e justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN,
2017.
CATEGORIA DO
INSTRUMENTO
ITEM/SUGESTÕES DOS JUÍZES
(n) ACEITAÇÃO JUSTIFICATIVA
Modo
fisiológico
Oxigenação
Expansibilidade torácica: Retirar o
item (1) Não
Considerando o indivíduo como um ser holístico
é preciso atentar-se para todas suas
necessidades. Alteração respiratória: Retirar o item
(1) Não
Acesso venoso: Inserir a opção “sem
acesso” Sim
O paciente pode apresentar-se sem acesso
venoso.
Nutrição
Dor após ingestão de alimentos:
Inserir os itens “náuseas e/ou vômitos” Sim
Tratam-se de sintomas específicos presentes nos
pacientes estomizados (FERREIRA et al.,
2017).
Abdome: Inserir as opções distendido,
escavado, avental (1) Sim
Tipo de abdome, acidentes anatômicos e
alterações na parede abdominal devem ser
considerados no processo de demarcação pré-
operatór (SANTOS; CESARETTI, 2015).
Abdome: Incluir condições da parede
abdominal tais como “Hérnias”,
“cicatrizes”, “dobras cutâneas” e “lesão
na pele” (1)
Sim
Eliminação urinária: Acrescentar as
opções “nefrostomia”, “bricker” e
“colostomia úmida” (2)
Sim
São tipos de estomias que possibilitam a saída
de urina (SANTOS; CESARETTI, 2015).
Período das micções: Retirar o item
(1) Não
O enfermeiro deve ter esse conhecimento
objetivando proporcionar medidas de conforto
devido alterações nos hábitos miccionais.
74
Eliminação
Característica da urina: Deixar claro
o que se quer saber, acrescentando as
opções “cor’, “odor” e “aspecto” (1)
Retirar o item uma vez que se torna
repetitivo pela presença de itens que já
abordam esses aspectos (1)
Sim O item será modificado, facilitando o
entendimento.
Não
São abordados possíveis alterações na micção,
mas não características da urina
Tipo de estomia: Acrescentar as
opções “cecostomia”, “fístula mucosa”
e “colostomia úmida” (1)
Retirar esse item. Está repetido em
dados pós-operatórios. Condensar
todas as opções em uma categoria só
(1).
Sim
São estomias intestinais de eliminação
(SANTOS; CESARETTI, 2015).
Já existe essa variável.
Protrusão: substituir as opções por
plano, protruso e retraído (2) Sim
O item será modificado, facilitando o
entendimento.
Integridade da mucosa: Substituir
pela pergunta fechada “mucosa
íntegra” e adicionar as opções “sim” e
“não” especificando os principais tipos
de problemas na integridade:
“ulcerações”, “tumorações”,
“granulomas” e “lesão
pseudoverrucosa” (1)
Sim O item será modificado, facilitando o
entendimento.
Pele periestoma: retirar as opções
“hérnia periestoma”, “lesões
pseudoverrucosas” e “granuloma” (2)
Sim
Tratam-se de complicações tardias (SANTOS;
CESARETTI, 2015).
Característica das fezes: Mudar o
termo para “consistência das fezes” e Sim
O item será modificado, facilitando o
entendimento.
75
acrescentar as opções “líquida”, “semi-
líquida”, “pastosa”, “formada” e
“ausente” (2)
Inserir o item coloração do estoma e
suas opções “vermelho vivo”,
“vermelho pálido”, “rosa” e “cianótico”
(1)
Sim
É importante conhecer as características normais
do estoma para detectar complicações
(SANTOS; CESARETTI, 2015).
Sono e
repouso
Realização de atividade física antes
da internação: acrescentar atividades
de lazer (1)
Sim
A presença da ostomia pode restringir as
atividades de lazer, pelas alterações fisiológicas
que dificultam a higienização em certos locais
(COELHO, SANTOS, POGGETTO, 2013)
Acrescentar o item “sente fadiga,
fraqueza e/ou desânimo?” (1) Sim
Fadiga e fraqueza são sintomas presentes nos
pacientes estomizados (FERREIRA et al.,
2017). Além disso, sentimento de tristeza e
desânimo são comuns e contribuem para o
isolamento social (MOTA et al., 2013).
Proteção
Pele: Retirar a questão da pele íntegra e
não íntegra, pois o fato de ter sido
realizado um procedimento cirúrgico já
a compromete (1).
Não
O instrumento também está voltado para o pré-
operatório.
Higiene corporal: inserir a opção com
ou sem auxílio (1) Não
A variável “grau de dependência” já revela essa
informação
Sentidos Inserir o item audição (1) Sim
Presença de deficiências sensoriais é importante
no autocuidado (SANTOS; CESARETTI,
2015).
76
Fluidos e
eletrólitos
Exames laboratoriais: Retirar esse
item (1) Não
É necessário observar possíveis alterações
hidreletrolíticas nos casos de ileostomia
(SANTOS; CESARETTI, 2015).
Neurológico
Incluir a escala de Ramsay Não O instrumento não está voltado para o paciente
crítico
Inserir presença de movimentos
involuntários ou deformidade em mãos
(1)
Sim
As habilidades psicomotoras, incluindo destreza
manual facilitam a independência para o
autocuidado (SANTOS; CESARETTI, 2015).
Autoconceito
Eu físico
Sente-se constrangido/diferente:
Desmembrar o item (1) Sim
São coisas distintas
Acrescentar o item “Mudar as
vestimentas te incomoda?” Sim
A mudança nas vestimentas é apontada como
um entrave devido ao uso da bolsa coletora
(PEREIRA et al., 2015).
Eu pessoal Crença religiosa: Retirar esse item (1) Sim Já existe esse questionamento
Modo função na vida real
Acrescentar o item “A ostomia afetará
o papel que você representa na
família?” (1)
Sim
O paciente sente-se incapaz de continuar a
exercer o seu papel, principalmente no sustento
familiar (COELHO; SANTOS; POGETTO,
2013)
Sente receio em retornar a realizar
atividades de vida diária: Acrescentar
o trabalho e lazer ao item (2)
Sim
Conviver com uma estomia pode acarretar
dificuldades nas atividades de lazer e retorno ao
trabalho (NASCIMENTO et al., 2011)
Modo interdependência Acrescentar o item “A estomia afetará
sua relação com essas pessoas?” (1) Sim
A presença da ostomia ocasiona modificações
no relacionamento social, provocando o
isolamento quando o indivíduo se depara com
sua nova conformação corporal (COELHO,
SANTOS, POGGETTO, 2013)
Fonte: Própria da pesquisa.
77
Além disso, ressalta-se que em razão da pertinência da sugestão de um dos juízes, foi
incorporado ao instrumento mais uma seção, intitulada dados pré-operatório. Os itens
adicionados e que compõem essa categoria estão descritos no quadro 16.
Quadro 16 – Sugestões dos juízes referentes aos dados pré-operatórios, aceite das sugestões e
justificativa para aceite ou recusa. Natal/RN, 2017.
CATEGORIA
DO
INSTRUMENTO
SUGESTÕES DOS
JUÍZES (n) ACEITAÇÃO JUSTIFICATIVA
Dados pré-
operatório
Cirurgia proposta (1)
Sim
Os significados que o
paciente e família
atribuem à doença, à
hospitalização e cirurgia,
além dos conhecimentos,
habilidades e motivação,
geram subsídios para
desenvolver uma
assistência
individualizada,
planejada e baseada nos
anseios e expectativas do
paciente (ASCARI et al.,
2013).
Conhecimento do
paciente/família sobre o
processo anestésico/
Cirúrgico (1)
Conhecimento do
paciente/família sobre a
cirurgia que vai realizar
(1)
Dúvidas do
paciente/família quanto o
pré e pós-operatório (1)
Interesse do paciente em
aprender (1)
Demarcação anatômica
(2) Sim
A maioria das
complicações pode ser
evitada com a
demarcação prévia da
localização do estoma
(SILVA et al., 2017;
AGUIAR et al., 2011)
78
Inserir imagem do
abdome para demarcação
da estomia (1) Sim
O item será adicionado
para facilitar o processo
de demarcação da
estomia.
Indicação para o preparo
colônico (1) Sim
Objetiva a prevenção de
infecção, que poderia
retardar o processo
reabilitatório (SANTOS;
CESARETTI, 2015).
Fonte: Própria da pesquisa.
Foram realizadas modificações, seja por exclusão, inclusão ou retificação de algum
item. Posteriormente foi realizada revisão da estrutura e organização das categorias,
distribuindo os itens de tal maneira que a visualização do instrumento ficasse harmonioso e
agradável. Após todos os ajustes realizados, segue a versão final dos itens após a etapa de
validação do conteúdo (APÊNDICE E).
No que concerne as médias dos requisitos de avaliação do instrumento verificou-se uma
variação de 8,0 a 9,4, com média geral de 9,1. O quadro 17 apresenta essas informações.
Quadro 17 - Parecer final dos juízes sobre o instrumento, de acordo com os requisitos
avaliados. Natal/RN, 2017.
REQUISITOS PARECER FINAL
Mínimo Máximo Média Desvio Padrão (DP)
Objetividade 5,0 10,0 8,0 1,3
Simplicidade 6,0 10,0 8,6 1,2
Clareza 6,0 10,0 8,6 1,3
Relevância 8,0 10,0 9,4 0,9
Modalidade 8,0 10,0 8,9 0,7
Consistência 7,0 10,0 8,9 1,0
Exequibilidade 7,0 10,0 8,0 1,8
Atualização 7,0 10,0 9,2 1,0
Equilíbrio 6,0 10,0 8,0 1,3
Precisão 7,0 10,0 8,6 0,9
Sequência instrucional dos tópicos 8,0 10,0 8,9 0,7
Avaliação global do instrumento 7,0 10,0 8,6 0,8
Fonte: Própria da pesquisa.
79
Diante dos resultados desse estudo elaborou-se a figura 3 para auxílio na aplicabilidade
do instrumento para coleta de dados no pré e pós-operatório de estomizados intestinais pelo
enfermeiro durante a etapa de validação clínica e implementação.
Figura 4 – Rede explicativa da utilização do instrumento para coleta de dados no pré e pós-
operatório de estomizados intestinais. Natal/RN, 2017.
Fonte: Própria da pesquisa.
Avaliar no pré-
operatório mediato ou
imediato
Dados de
identificação História clínica
Avaliar no pré-
operatório imediato Dados pré-operatórios
Avaliar no pós-
operatório imediato Dados da cirurgia
Instrumento para coleta de dados no pré e pós-operatório de estomizados intestinais
Avaliar no pré-operatório
imediato e pós-operatório
imediato e mediato
Modo fisiológico, autoconceito, função e papel e
interdependência
Quando necessário Outras informações e/ou intercorrências
80
6 DISCUSSÃO
A avaliação do conteúdo foi realizada por 11 juízes com experiência na assistência e
pesquisa a pessoas estomizadas. Todos os juízes eram do sexo feminino. Tal fato está ligado
ao caráter feminino da profissão, que permeia a enfermagem desde seus primórdios, devido a
função de cuidadora e domestica atribuído (ALMEIDA et al., 2016). Atualmente, uma pesquisa
realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) evidenciou que a enfermagem
brasileira é composta de 84,6% de mulheres (MACHADO et al., 2016).
Além disso, o maior nível de formação apresentado pela maioria foi o mestrado. É
crescente o número de profissionais que buscam se qualificar para os serviços, especializando-
se por meio de uma Pós-Graduação, seja latu sensu ou stricto sensu. Cada vez mais, esta
formação, especialmente no stricto sensu, se dá precocemente, logo no início da vida
profissional (MACHADO et al., 2016). Tal informação, corrobora tempo médio de formação
encontrada nessa pesquisa.
Em relação ao motivo que levou a assistir/pesquisar as pessoas estomizadas, ficou
evidenciado que a maioria foi devido uma oportunidade de emprego/interesse institucional. Tal
fato pode ser justificado pela recente criação de cursos de especialização em estomaterapia latu
sensu no ano de 1990, existindo atualmente apenas 19 cursos de especialização nessa área em
todo território nacional (BORGES, 2016).
Em relação ao Modelo de Adaptação de Roy, os juízes tinham conhecimento sobre ele
e consideram importante que o enfermeiro conheça o processo adaptativo da pessoa estomizada.
Apesar disso, Matos et al (2011) evidencia que o ensino das teorias ocorre de forma pontual e
no início do curso, não havendo relação entre teoria e prática, o que interfere na compreensão
do que vem a ser uma teoria de enfermagem. Ademais, percebem-se dificuldades por parte do
enfermeiro em apoiar seu fazer nas teorias, seja no âmbito da assistência, ensino ou pesquisa.
O instrumento para coleta de dados de enfermagem desenvolvido nessa pesquisa,
tendo em vista as particularidades da pessoa estomizada, destaca-se pela importância em
favorecer o processo de comunicação, o raciocínio clinico e a organização das informações em
dois momentos, o pré e pós-operatório, sendo uma base de dados completa para organização e
direcionamento das ações desenvolvidas, melhorando a qualidade do cuidado, ressaltando o
conhecimento cientifico envolvido na SAE, bem como oferecendo maior autonomia e
visibilidade a profissão (MEDEIROS; SANTOS; CABRAL, 2012).
81
Ao pensar na construção desse instrumento, levou-se em consideração o entendimento
de que ele deve se constituir de um roteiro organizado e direcionado para o levantamento de
sinais e sintomas do paciente ao qual será aplicado, de modo a proporcionar meios para o
julgamento clínico de forma precisa e confiável.
Trata-se, portanto, de uma tecnologia leve-dura do cuidado em enfermagem
(OLIVEIRA, 2012). Identifica-se saberes leves por pressupor um saber estruturado e na
maneira de organizar a atuação sobre eles, e dura na medida em que conforma um saber fazer
bem estruturado, organizado, protocolado, normalizável e normatizado. Resulta-se, então, em
um produto não material, relacionado à necessidade do cliente (MERHY, 2002).
Ressalta-se que a coleta de dados/histórico de enfermagem é apenas a primeira etapa
do PE, e as outras etapas devem ser, rigorosamente, contempladas. Implanta-las no processo de
cuidar é uma maneira de tornar a atuação da enfermagem mais científica, possibilitar melhores
prognósticos e oferecer uma assistência de enfermagem de excelência. Para tanto, a coleta de
dados é considerada de grande importância, pois se insuficiente ou incorreta pode levar ao
diagnóstico de enfermagem errôneo e, consequentemente, resultará em diagnóstico,
planejamento, implementação e avaliação equivocados (SANTOS; VEIGA; ANDRADE,
2011).
A partir da avaliação dos juízes, o instrumento apresentou escores de avaliação ótimos
(k=0,96; IVC= 0,90). Desta forma, considera-se que o instrumento contemplou dados
relevantes à avaliação das necessidades de adaptação de pessoas estomizadas nos períodos
operatórios. Deve-se considerar, ainda, que a construção dessa tecnologia objetiva auxiliar o
enfermeiro na condução de suas ações e não descarta os conhecimentos e competências dos
profissionais, sua capacidade de análise e julgamento clínico e a avaliação do contexto. O
profissional deve pensar criticamente, adequando e redirecionando a coleta de dados, de forma
a não estar limitado somente ao instrumento, mas também, as necessidades subjetivas do
paciente (DOMINGOS, 2015).
Ressalta-se, portanto, a importância da flexibilidade e criatividade no decorrer da
consulta na prática profissional do enfermeiro, promovendo, também, a escuta, acolhimento,
apoio, interação e vínculo entre o profissional e o paciente (MACEDO, 2013).
A construção deste instrumento de coleta de dados retratou elementos importantes. A
utilização do Modelo de Adaptação de Roy subsidiou a alocação de itens em domínios
adaptativos definidos na teoria fornecendo subsídios para planejar e intervir nas demandas
82
adaptativas individuais. Explicita-se a importância da utilização de um referencial teórico da
Enfermagem que fundamente o PE, conferindo sustentação e direcionamento à prática do
cuidado (SANTOS et al., 2016).
A teoria selecionada para este estudo se aplica as pessoas estomizadas, pois elas,
apesar de possuirem características comuns, diferem em suas necessidades e reações próprias
implícitas à sua identidade e subjetividade. Assim, o comportamento de cada pessoa submetida
a cirurgia de estomia tem relação direta com as condições pessoais de cada um, bem como de
estímulos externos, como suporte familiar, financeiro e assistencial recebidos em todas as fases
do tratamento cirúrgico (SOUZA et al., 2016).
Apesar do MAR ter sido baseado na prática da teórica Callista Roy, sendo, portanto,
capaz de representar a realidade, a utilização na prática clínica depende do nível de
compreensão dos enfermeiros. Entretanto, a proximidade semântica dos conceitos utilizados no
modelo e no PE pode ser um fator facilitador (COELHO; MENDES, 2011).
A primeira versão do instrumento possui 113 itens, divididos em categorias que
constam de: dados de identificação, história clínica, dados da cirurgia, anamnese e exame físico
baseado nos quatro modos adaptativos de Roy. Além destes, a versão final ficou constituída de
mais uma categoria, os dados pré-operatórios, com um total de 126 itens. Destaca-se a im-
portância do instrumento ser individual, contemplar as informações que possam conduzir o
enfermeiro na tomada de decisões e adotar o formato check-list por ser mais prático e fácil o
registro dos dados e largamente aceito pelos enfermeiros (SANTOS et al., 2016). A maior parte
das informações do referido instrumento estão no formato check-list, contudo, em alguns itens
foram reservados espaços livres para a descrição dos dados.
É importante disponibilizar espaços livres para informações adicionais como possíveis
intercorrências, observações ou dados relevantes, que deixaram de ser contemplados nos
demais itens do instrumento, que o enfermeiro considere essencial (SANTOS et al., 2016).
Além disso, faz-se necessário que o instrumento seja claro, conciso, objetivo, sem
repetições, utilize uma linguagem padronizada para facilitar a comunicação e que não seja
muito longo (SANTOS et al., 2016). Foram concentrados esforços para tornar o histórico claro,
objetivo e sem repetições de informações. Ressalta-se que são evidenciados não apenas itens
voltados especificamente para os cuidados na assistência ao paciente no pré e pós-operatório
de estomia, como também, aqueles amplamente fundamentados nas referências da área da
saúde. Ademais, a obtenção dos dados não se dá em um único momento, existem itens voltados
83
exclusivamente para o período pré-operatório e aqueles voltados para o pós-operatório, e itens
aplicáveis em ambos os períodos operatórios.
Um instrumento muito longo pode levar os enfermeiros a não usarem por considerarem
que exige muito tempo para ser aplicado e por relatarem desafios para efetivação da SAE,
incluindo: falta de conhecimento acerca do PE, dificuldades relacionadas a sobrecarga de
trabalho, déficit de pessoal para a demanda de pacientes e atividades e a falta de investimento
por parte do próprio hospital (MEDEIROS; SANTOS; CABRAL, 2013; CASTRO, 2016).
Entretanto, é fundamental destacar que na tentativa de não torna-lo longo, são construídos
instrumentos que não contemplam todas as necessidades definidas na teoria ou que deixa vazios
que comprometem a qualidade e a densidade das informações (SANTOS et al., 2016).
Para tanto, deve ser estruturado iniciando-se com informações genéricas como os
dados de identificação do paciente, seguida pela história clínica pregressa e história da doença
atual (SANTOS et al., 2016). O primeiro domínio do instrumento de coleta foi pontuado pelos
dados de identificação do paciente, depois da história clínica pregressa e atual, seguido dos
dados da cirurgia.
O primeiro domínio foi composto por itens relativos aos dados de identificação. O item
de menor concordância foi a data de nascimento, sendo, portanto, retirado do instrumento. Após
validação, foi acrescentado itens referentes as condições de moradia e renda. Condições
ambientais e de habitação desequilibradas/desajustadas são obstáculos a adaptação do
estomizado (FIGUEIREDO; ALVIM, 2016), ademais, os recursos necessários para a
manutenção da saúde do paciente durante o processo de reabilitação recai sobre o aspecto
financeiro, sendo imprescindível o fornecimento de equipamentos coletores e adjuvantes de
qualidade e em quantitativo suficiente que facilitem o processo de reabilitação (MAURÍCIO;
SOUZA; LISBOA, 2014).
Os itens referentes a história clínica do paciente apresentaram escores Kappa perfeitos
entre os juízes da pesquisa (k=1,00; IVC= 1,00), havendo o acréscimo dos itens “uso de
medicações” e “drogas ilícitas”. A literatura reforça a importância na realização de um
interrogatório sistematizado sobre os dados sociodemográficos do paciente, diagnóstico e tipo
de cirurgia a ser realizada (MENDONÇA et al., 2007), antecedentes mórbidos (alergias,
doenças sistêmicas, medicações em uso, etc.) e história social (drogas ilícitas, álcool e tabaco)
com a finalidade de avaliar os riscos do procedimento cirúrgico e adoção de medidas que
possam prevenir complicações associadas. O uso crônico de drogas pode aumentar a tolerância
84
aos anestésicos e analgésicos, sendo frequente a necessidade de empregar doses maiores nesses
indivíduos. O conhecimento dos fármacos utilizados faz-se importante pois devem ser
continuados até o momento da cirurgia sempre que possível (FERNANDES et al., 2010).
Posteriormente, o instrumento contemplou também dados do exame físico através de
uma avaliação minuciosa dos segmentos do corpo utilizando as técnicas propedêuticas:
inspeção, palpação, percussão e ausculta, incluindo sinais vitais, e, ainda, os dispositivos de
suporte terapêutico utilizados pelo indivíduo (SANTOS et al., 2016). A coleta de dados as
pessoas estomizadas, realizada mediante uma anamnese detalhada e exame físico facilita o
mapeamento dos problemas do paciente (MENDONÇA et al., 2007). Nesse estudo, a avaliação
das necessidades de adaptação de pessoas estomizadas (respostas) se baseia na investigação dos
quatro modos adaptativos.
A avaliação dessas necessidades precocemente, ainda no período pré-operatório,
possibilita a reabilitação do estomizado e minimiza seu sofrimento, impedindo que medos e
mitos se tornem ameaças a sua integridade física, social e psicológica. Uma pesquisa revelou
os medos e mitos mais citados entre as pessoas estomizadas, que incluíam: vida futura solitária,
sentimentos de nojo, discriminação e desprezo por parte das pessoas, além do medo de não
saber lidar com o estoma, morrer, não poder voltar a trabalhar, limitações na vida diária e medo
do sofrimento (SILVA; GAMA; DUTRA, 2008).
Durante a etapa com os juízes, julgou-se necessário incorporar ao instrumento um
novo domínio: os dados pré-operatórios. Foram incluídos itens referentes a cirurgia proposta,
conhecimento do paciente e família em relação a cirurgia que será realizada, processo
anestésico/cirúrgico, dúvidas quanto ao pré e pós-operatório, interesse em aprender,
demarcação anatômica e indicação para preparo colônico.
Um estudo evidenciou que ao serem questionados, os pacientes não sabiam explicar a
cirurgia que iriam realizar e que as poucas orientações recebidas, advinham da equipe médica.
Percebe-se a dificuldade/falha da enfermagem na comunicação com os pacientes. A
comunicação com a pessoa que vai se submeter à cirurgia de estomia é essencial para o alcance
dos objetivos reabilitatórios, pois este encontra-se abalado pelas informações acerca de sua
doença e da intervenção cirúrgica à qual será submetido. Mediante o diálogo, o enfermeiro
consegue identificar os significados que o paciente e família atribuem à doença, à hospitalização
e a cirurgia, além dos conhecimentos, habilidades e motivação do paciente, e, em posse dessas
85
informações, desenvolver uma assistência individualizada e planejada, baseada nos anseios e
expectativas do paciente frente ao procedimento cirúrgico (ASCARI et al., 2013).
Nessa perspectiva, faz-se importante o estabelecimento de um relacionamento
interpessoal com paciente e família, para que se sintam seguros, possuam sentimentos de
confiança e respeito e possam falar abertamente de seus sentimentos e impressões acerca da
estomia num ambiente agradável, tranquilo e confidencial (MENDONÇA et al., 2007; SOUZA
et al., 2016).
Pacientes candidatos a cirurgia de estomia percebem a necessidade de receber
informações ainda no pré-operatório sobre seu cuidado e as transformações no viver,
preparando-os para o que virá, capacitando-os para uma vida autônoma e independente (MOTA
et al., 2015). Assim, faz-se importante que os cuidados iniciem no momento do diagnóstico e
indicação de realização da estomia e perdure nos períodos pré e pós-operatório, a fim de
aumentar o entendimento sobre as condições e adaptações necessárias, importantes para o
processo de aceitação, adaptação e reabilitação do paciente (COQUEIRO; RODRIGUES;
FIGUEIREDO, 2015; MOTA et al., 2015).
Ademais, faz-se importante esclarecer o paciente e família sobre suas dúvidas em
relação a estomia (para que serve, como é e como cuidar), os dispositivos e acessórios utilizados
permitindo que paciente e família manipulem, como será a vida diária e social e a existência de
grupos de apoio, para que, após a cirurgia, o paciente não tenha surpresas e possua
conhecimento em relação aos cuidados que serão exigidos, promovendo a adaptação da pessoa
considerando seu novo contexto de saúde (CARVALHO; CRISTÃO, 2012; CHRISTÓFORO;
CARVALHO, 2009). Neste processo, o enfermeiro pode fazer uso de recursos didáticos, e
apresentar além das bolsas, algum material informativo/educativo, auxiliando-o para trabalhar
questões que facilitem sua adaptação a esta nova realidade (SOUSA et al., 2016).
O exame físico do estomizado intestinal deve ser completo, a fim de identificar qualquer
alteração que afete o cuidado do estoma (MENDONÇA et al., 2007). Diante disso, faz-se
necessário, durante o pré-operatório, uma avaliação física do estado nutricional, condições da
parede abdominal, habilidades físicas e sensoriais, além de cuidados específicos, como o teste
de sensibilidade a componentes do dispositivo caso o paciente tenha potencial para alergias,
seja imunodeprimido ou portador de doença dermatológica, preparo colônico e demarcação
cirúrgica. Deve-se atentar também para as necessidades verbalizadas por paciente e família e
cuidados gerais (MENDONÇA et al., 2007; SANTOS; CESARETTI, 2015).
86
O preparo colônico consiste em medidas utilizadas para remoção das fezes (preparo
mecânico) e supressão de bactérias (profilaxia ou terapia antimicrobiana) objetivando a
prevenção de infecção, que poderia retardar o processo reabilitatório. Recomenda-se, então,
após o procedimento, a monitorização dos sinais vitais, volume urinário, sinais de distúrbios
hidreletrolíticos, distensão abdominal, avaliação laboratorial de sódio, potássio, hemoglobina e
hematócrito (SANTOS; CESARETTI, 2015).
A maioria das complicações podem ser evitadas com a demarcação prévia da
localização do estoma e com o uso de técnica cirúrgica adequada. Dessa forma, é importante
demarcar o local de confecção do estoma no pré-operatório, atentando para os detalhes técnicos,
permitindo a adaptação dos dispositivos coletores, proporcionando conforto para o paciente e
facilitando a participação social e a realização de suas atividades de vida diária, além de
prevenir ou minimizar possíveis complicações no estoma e região periestomal (SILVA et al.,
2017; AGUIAR et al., 2011). Nos casos de cirurgias eletivas, pode ser realizada no dia anterior
a cirurgia ou algumas horas antes. Em caso de urgência/emergência, o procedimento pode ser
realizado na sala operatória (SILVA et al., 2017).
No que concerne ao modo fisiológico, definido como o modo da pessoa responder, como
um ser físico, aos incentivos ambientais (ROY; ANDREWS, 2001), estão inclusos dados gerais,
importantes a serem avaliados no pré-operatório, pela necessidade de monitorizar condições
clínicas específicas (FERNANDES et al., 2010). Além disso, especialistas sugeriram a inclusão
de itens importantes na avaliação da pessoa estomizada, tais como: sensação de fadiga, fraqueza
ou desânimo, condições da parede abdominal, coloração da estomia, movimentos involuntários,
deformidade em mãos e audição.
Um estudo evidenciou a presença de sintomas específicos presentes nos pacientes
estomizados, predominando a insônia, seguida pela fadiga, perda de apetite, dor, constipação,
diarreia, dispneia e náuseas e vômitos, fatores que dificultam a adaptação e contribuem para
pior qualidade de vida (FERREIRA et al., 2017).
No processo de demarcação pré-operatória, deve-se levar em consideração condições
da parede abdominal, tais como hérnias, cicatrizes, dobras cutâneas e lesão na pele, além de
condições especiais como pacientes obesos, emagrecidos ou em cadeira de rodas. Soma-se a
isto as habilidades psicomotoras, incluindo destreza manual e tremores, e a presença de
deficiências sensoriais, especialmente visão e audição. Avaliar tais condições facilitam a
independência para o autocuidado (SANTOS; CESARETTI, 2015).
87
Durante o pós-operatório imediato, procura-se centrar os cuidados no físico do
paciente, na manutenção de equilíbrio hemodinâmico e restauração das funções corporais
afetadas na cirurgia e na avaliação das características do estoma (cor, protrusão, umidade) para
detectar a ocorrência de complicações precoces e que exijam reintervenções de urgência. Além
disso, observa-se o efluente do estoma, atentando para possíveis alterações hidroeletrolíticas
(em casos de ileostomia), avalia-se a aderência da bolsa coletora, para evitar vazamentos ou
infiltração para ferida cirúrgica e realiza-se a primeira troca do coletor de 48 a 72 horas do
procedimento cirúrgico. Neste momento, faz-se necessário a utilização de um dispositivo
transparente que permita a avaliação de tais aspectos (SANTOS; CESARETTI, 2015).
No período pós-operatório mediato e na alta hospitalar, as orientações devem englobar
informações acerca de hábitos alimentares, higiene do estoma, troca do dispositivo coletor,
observação do estoma e pele periestomal, com vistas o desenvolvimento do processo de
adaptação ao estoma e prevenção de complicações, retorno do ensino pré-operatório e estimulo
do retorno gradual as atividades de vida diária (FIGUEIREDO, 2016).
Em relação a avaliação pré e pós-operatória descrita, dá-se não só o preparo físico,
como também o suporte emocional do paciente, realizado com base na identificação de
problemas. Tais dados são essenciais ao diagnóstico e planejamento da assistência. (AZEVEDO
et al., 2014).
Neste sentido, referente ao modo autoconceito, foram descritos itens que envolvem
aspectos psicológicos e espirituais (ROY; ANDREWS, 2001). A maioria dos itens
apresentaram escores Kappa excelente entre os juízes da pesquisa, entretanto, foi incluído um
novo item, a mudança nas vestimentas.
A mudança nas vestimentas é apontada como um entrave as pessoas estomizadas, pois
devido ao uso da bolsa coletora, elas têm a necessidade de modificar seu vestuário, passando a
usar roupas largas, ou camisas por fora da calça, para manter a bolsa coletora segura e ocultada
(PEREIRA et al., 2015). Às mudanças na aparência e o modo de vestir-se está intimamente
ligado a autoestima das pessoas estomizadas, principalmente as mulheres, podendo influenciar
de forma positiva ou negativa no processo de adaptação à sua nova condição de vida
(CARDOSO et al, 2015).
Ao tomarem conhecimento do diagnóstico e da necessidade de submeter-se a confecção
de uma ostomia existe no indivíduo uma fase inicial de crise, caracterizada pelo o surgimento
de desorganização emocional, preocupações e dificuldade para lidar com a nova situação.
88
Vergonha, constrangimento pela imagem corporal alterada e odores, mudança nas vestimentas,
medo diante da nova situação, sensação de limitação pela perda de controle sobre o corpo, vida
sexual perturbada e discriminação, estão entre os principais sentimentos e alterações causadas
pela confecção da ostomia (SOUZA et al., 2016). Há estágios emocionais de negação
responsáveis pela queda da autoestima, entretanto, com o passar do tempo, há um momento de
reconstrução, em que o indivíduo aceita a situação conforme adaptação da vivência com a
ostomia (BATISTA et al., 2011; COELHO, SANTOS, POGETTO, 2013).
Em contrapartida, para alguns o estoma não é visto como um problema, mas como uma
solução, possibilitando uma segunda chance frente a importância da vida. O estado de saúde é
encarado com confiança e otimismo. Apesar de limitar, pode-se viver bem com a ostomia,
porém dependerá do tempo, do apoio e da aceitação (LENZA et al., 2013; MENDES; LEITE;
BATISTA, 2014; MOTA; GOMES, 2013). O processo de adaptação leva à aceitação e
convivência harmônica com a nova situação (NASCIMENTO, 2011).
Há, portanto, a necessidade de avaliação do suporte da fé e religiosidade. A
espiritualidade faz com que a pessoa se lance à procura de recursos para o enfrentamento e
entendimento da situação. Aproximar-se de Deus têm ajudado a pessoa com estomia a se
conformar, enfrentar e encontrar a força que precisa para viver e lutar diante a nova condição,
favorecendo a superação da situação, alcance da reabilitação e possibilitando a resignificação
da vida (MOTA, 2015; SALES, 2010) A dimensão espiritual do paciente deve ser considerada
pela equipe de saúde (PEREIRA et al., 2015).
No que concerne ao modo função na vida real, ou seja, aos papéis que cada pessoa
desempenha na sociedade (ROY; ANDREWS, 2001), todos os itens apresentaram
concordância excelente. Foram adicionados itens relativos ao papel que a pessoa estomizada
representa na família e as atividades de lazer e trabalho.
Após a estomização, o paciente sente-se incapaz de continuar a exercer o seu papel,
principalmente no que diz respeito ao sustento familiar (COELHO; SANTOS; POGETTO,
2013). Muitas pessoas estomizadas possuíam vínculo empregatício antes da realização da
ostomia, mantinham seu lar e afastam-se do trabalho devido à perda do controle esfincteriano,
constrangimentos pelo extravasamento do efluente e por não possuírem condições, conforto e
privacidade para cuidar do estoma, logo, muitos preferem isolar-se. A volta ao trabalho faz com
que os estomizados sintam-se socialmente ativos e importantes, podendo contribuir ativamente
89
com o sustento financeiro de sua família, o que gera melhora de sua autoestima (MAURÍCIO;
SOUZA; LISBOA, 2013; MAURÍCIO; SOUZA; LISBOA, 2014).
O mesmo acontece com as atividades de lazer. Os enfermeiros devem fornecer
orientações, buscando juntamente com as pessoas estomizadas e seus familiares, alternativas
para superação das dificuldades biopsicossociais que serão encontradas no retorno às atividades
de vida diária e trabalho (MAURÍCIO; SOUZA; LISBOA, 2013; MAURÍCIO; SOUZA;
LISBOA, 2014).
Em relação aos itens do modo interdependência, que centra-se nas relações
interpessoais (ROY; ANDREWS, 2001), todos apresentaram concordância excelente (k=1,00;
IVC= 1,00), sendo acrescentado um item relacionado a relação da pessoa estomizada com
outras pessoas. O apoio destas contribui para a adaptação ou não da pessoa estomizada. Esse
suporte deve ser dado pela família, amigos e, sobretudo pelo enfermeiro (PEREIRA et al., 2015;
SOUZA et al., 2016).
O apoio familiar durante o processo de estomização permite que a pessoa sinta-se segura
para encarar este processo, ofertando cuidado, carinho, apoio e ajuda para que ela realize seu
cuidado. Nesse processo, a garantia do apoio do companheiro tem sido descrito como aspecto
positivo e importante para enfrentamento, adaptação e reabilitação (MOTA, 2015).
Ademais, é fundamental que o enfermeiro leve em consideração o tempo necessário
para que o paciente compreenda a situação e se adapte à nova realidade. Neste sentido, deve
mostrar-se à disposição para ajudar, demonstrar para o paciente que ele não está sozinho e que
pode-se conviver com a ostomia (SOUZA et al., 2016).
Para além do apoio familiar e da equipe de enfermagem, ainda no ambiente hospitalar,
é valido o diálogo do paciente com outras pessoas estomizadas já adaptadas, pois com base
numa experiência real e vivenciada, mostra-se ao outro que é possível viver bem e de forma
autônoma com a estomia (MOTA, 2015).
A família é o núcleo central da interação social, entretanto, quando a pessoa é
referenciada para uma rede de apoio logo após sua alta hospitalar, contribui para adaptação e
alcance da autonomia, com oficinas educativas e grupos de troca de experiência, além de evitar
que ele realize um itinerário difícil em busca de cuidado, pela presença de uma equipe
multidisciplinar (MOTA, 2015).
90
7 CONCLUSÃO
Na avaliação geral do instrumento, obteve-se índices de IVC e Kappa de 0,90 e 0,96,
respectivamente, acima do considerado aceitável (0,80 e 0,81). A validação de conteúdo por
juízes contribuiu significativamente para adequar e estruturar o instrumento pautado no Modelo
de Adaptação de Roy, colaborando para a implementação da primeira etapa do processo de
enfermagem ao paciente com estomia. A maioria dos itens avaliados obtiveram níveis de
avaliação da validade de conteúdo dentro dos estabelecidos (IVC ≥0,80 e Kappa ≥0,81),
evidenciando que são válidos quanto ao conteúdo, sendo considerados satisfatórios e
adequados. Houve 10 itens que não atingiram esses níveis, sendo, portanto, excluídos. Assim,
aceita-se a hipótese alternativa e rejeita-se a nula.
Levou-se em consideração também, as sugestões e justificativas individuais dos juízes
para melhorar o item ou retira-lo. Alguns itens foram considerados pertinentes, mas
necessitavam de alterações. Foram feitas sugestões, a maioria relacionada a alterações no
vocabulário e especificação dos itens. Ademais, outras sugestões de inclusão foram acatadas
por serem pertinentes. As recomendações foram acatadas, buscando o aumento da clareza dos
itens, facilitando a leitura, entendimento e aplicabilidade dos instrumentos.
A primeira versão do instrumento possui 113 itens, divididos em categorias que constam
de: dados de identificação, história clínica, dados da cirurgia, anamnese e exame físico baseado
nos quatro modos adaptativos de Roy. Após incluir as sugestões e recomendações dos juízes,
reformulou-se o instrumento inicial. Destaca-se que a versão final ficou constituída de mais
uma categoria, os dados pré-operatórios, com um total de 126 itens.
O instrumento elaborado e validado neste estudo poderá facilitar a obtenção de dados
objetivos e subjetivos a pessoa no pré e pós-operatório de estomia instestinal, favorecendo a
identificação de diagnósticos de enfermagem, planejamento e implementação de intervenções
especificas e individualizadas, voltadas para a adaptação. Espera-se que o instrumento seja
disponibilizado, divulgado e utilizado por instituições de saúde para aprimorar o cuidado a este
público.
Entre as dificuldades e limitações deste estudo, destacam-se: o tempo prolongado para
envio da avaliação do instrumento pelos juízes, o fato de alguns não conhecerem o Modelo de
Adaptação de Roy e, portanto, avaliarem a necessidade de itens voltados apenas para a estomia
do paciente.
91
Ressalta-se que a validade de um instrumento demanda um processo contínuo. Esta é
apenas uma etapa inicial, e que não se encerra o polo teórico. Após validação do seu conteúdo
por especialistas faz-se necessário ainda que o instrumento seja submetido a análise semântica,
com sua aplicação no contexto clínico. A partir desta, será possível testar sua operacionalização
na pratica assistencial. Em etapas futuras, haverá o avanço nos polos experimental e analítico
buscando verificar a real validade desse instrumento.
92
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<http://www.ostomy.org/ostomy_info/pubs/UOAA_NPG_Colostomy_2013. pdf> Acesso em:
23 de outubro de 2017.
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103
APÊNDICE A – Carta convite aos juízes da pesquisa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
CARTA CONVITE AOS JUÍZES DA PESQUISA
Prezado(a),
Este estudo trata-se de uma pesquisa de Mestrado vinculada ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que
tem como objetivo validar um instrumento para a coleta de dados no pré e pós-operatório de
pessoas estomizadas intestinais à luz do Modelo de Adaptação de Roy.
Por reconhecermos ser um especialista no assunto, trabalhar na área de Estomaterapia
e/ou Modelo de Adaptação de Callista Roy ou por ensinar/publicar nessa temática, você poderá
julgar a representatividade e relevância das questões abordadas nesse instrumento, a fim de
torná-lo confiável, preciso e utilizável.
Para tanto, será necessário a avaliação dos itens que compõem este instrumento. Ele é
dividido em cinco sessões, sendo elas: 1) Caracterização dos especialistas participantes da
pesquisa; 2) Avaliação dos itens referentes ao Modo Adaptativo Fisiológico; 3) Avaliação dos
itens referentes ao Modo Adaptativo Autoconceito; 4) Avaliação dos itens referentes ao Modo
Adaptativo Função de Papel; 5) Avaliação dos itens referentes ao Modo Adaptativo
Interdependência.
Você poderá marcar, em cada item, todos os espaços destinados à sua análise bem como
acrescentar qualquer consideração e sugestão que achar pertinente sobre cada um deles, em
local exclusivo para este fim que estará disponível no instrumento.
Desta forma solicitamos a sua contribuição na validação desse instrumento que se
propõe a instrumentalizar os enfermeiros para o cuidado direcionado ao paciente no pré e pós-
operatório de estomia. Caso aceite participar desta pesquisa, peço-lhe que confirme por e-mail
sua participação para que possamos entregar-lhe pessoalmente o instrumento para avaliação.
Este material deverá ser avaliado em 15 dias a contar da data de recebimento do
instrumento. Estamos no aguardo de sua resposta. Agradeço, desde já, a sua participação e
disponibilidade em colaborar com esta pesquisa, certa de que será fundamental para o alcance
do objetivo.
104
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APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Esclarecimentos
Este é um convite para você participar da pesquisa: “Validação de instrumento para sistematização da
consulta de enfermagem no perioperatório de pessoas estomizadas à luz do modelo de adaptação de Roy”, que tem
como pesquisador responsável a Profª Drª Isabelle Katherinne Fernandes Costa.
Esta pesquisa pretende validar um instrumento de consulta de enfermagem no perioperatório de pessoas
com estomias à luz do Modelo de Adaptação de Roy.
O motivo que nos leva a fazer este estudo é a importância e necessidade de instrumentalizar os
enfermeiros para o cuidado direcionado ao paciente no perioperatório de estomia, possibilitando um olhar
ampliado do processo saúde-doença, facilitando, assim, o agir deste profissional e a adoção de condutas e atitudes
que conduzem de maneira efetiva o cuidado prestado pela equipe ao paciente no perioperatório de estomia,
embasando sua conduta em princípios científicos mediante o modelo de adaptação de Roy.
Nesse sentido, trata-se de uma pesquisa relevante, por trazer benefícios diretos aos usuários do serviço,
contribuindo para uma assistência adequada, segura e de qualidade de forma a proporcionar melhor adaptação do
paciente ao novo estilo de vida.
Caso você decida participar, você deverá responder a uma entrevista estruturada e, para tanto, será
utilizado um instrumento específico de avaliação.
Os riscos associados à participação neste estudo são mínimos, uma vez que sua participação será apenas
no preenchimento do instrumento de coleta de dados e não serão realizados procedimentos invasivos. Para evitar
qualquer desconforto, será realizada, apenas, com o participante que tiver disponibilidade e vontade de colaborar
com a pesquisa, de modo que se sinta tranquilo e que seja respeitada sua privacidade. Há também chances de
exposição das informações, ou seja, os julgamentos expressos nos questionários e/ou entrevistas, a gravação de
sua voz e a confidencialidade sobre as informações coletadas correm o risco de ser violadas. Mas, todos os dados
que obtivermos serão guardados e manipulados em sigilo. Nós assumimos o compromisso de não
disponibilizarmos esses dados para terceiros. As medidas de proteção para minimizar possíveis riscos serão a
privacidade do profissional, o sigilo absoluto acerca das informações recebidas e da sua identidade por parte do
pesquisador, além disso, os dados dessa pesquisa serão arquivados em computadores pessoais, ficando seu uso
restrito apenas ao pesquisador responsável.
Em caso de algum problema que você possa ter relacionado com a pesquisa, você terá direito a assistência
gratuita que será prestada por meio de uma indenização, sendo a responsável a Profª Drª Isabelle Katherinne
Fernandes Costa.
________ (rubrica do Participante/Responsável legal) ___________________ (rubrica do Pesquisador)
1/3
105
105
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Isabelle Katherinne
Fernandes Costa através do telefone (84)99900-2305. Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu
consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você.
Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou
publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar.
Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um
período de 5 anos.
Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e
reembolsado para você. Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será
indenizado.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.
Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável
Isabelle Katherinne Fernandes Costa.
Consentimento Livre e Esclarecido
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados nessa
pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos
os meus direitos, concordo em participar da pesquisa “Validação de instrumento para sistematização da consulta
de enfermagem no perioperatório de pessoas estomizadas à luz do modelo de adaptação de Roy”, e autorizo a
divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum
dado possa me identificar.
Natal, _____ de ___________ de 2017.
_______________________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
_________ (rubrica do Participante/Responsável legal) ___________________ (rubrica do Pesquisador)
2/3
Impressão datiloscópica do
participante
106
106
Declaração do pesquisador responsável
Como pesquisador responsável pelo estudo “Validação de instrumento para sistematização da consulta
de enfermagem no perioperatório de pessoas estomizadas à luz do modelo de adaptação de Roy”, declaro que
assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e direitos que foram
esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a
identidade do mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei infringindo as
normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as
pesquisas envolvendo o ser humano.
Natal, _____ de ___________ de 2017.
_______________________________________________
Professora Dra. Isabelle Katherinne Fernandes Costa
____________ (rubrica do Participante/Responsável legal) ___________________ (rubrica do Pesquisador)
3/3
107
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APÊNDICE C – Instrumento de coleta de dados para o pré e pós-operatório de pessoas com
estomias intestinais (1ª versão)
Instrumento de coleta de dados para pacientes no pré e pós-operatório de estomia intestinal Data da avaliação: / /____
Hora da entrevista:
IDENTIFICAÇÃO (Pré-operatório)
Nome (Iniciais): Idade: Sexo: ( )M ( )F Data de nascimento: / / Estado Civil: ( ) Com companheiro ( ) Sem companheiro Escolaridade:
Profissão/ocupação: Situação empregatícia: ( )Empregado ( )Desempregado ( )Afastado (
)Aposentado ( )Outro: Religião: Endereço: Moradia: ( )Própria ( )Alugada
Procedência: Data da admissão: / / Nº do registro: Enfermaria: Leito:
HISTÓRIA CLÍNICA (Pré-operatório)
História da doença atual:
Internações anteriores: ( )Não ( )Sim Motivo:
Antecedentes clínicos Alergias: ( ) Não ( ) Sim Especificar:
Tabagismo ( )Não ( )Sim Nº de cigarros/dia: ( )Hipertensão arterial ( )Dislipidemia
( )Cardiopatia ( )Diabetes Mellitus Etilismo
( )Não ( )Sim Frequência: ( )Nefropatias ( )Outra:
DADOS DA CIRURGIA (Pós-operatório)
Data: / / Hospital: Diagnóstico de base: CID 10:
Tipo de estomia: ( ) Colostomia ( ) Ileostomia Permanência: ( ) Temporária ( ) Definitiva
ANAMNESE E EXAME FÍSICO (Pré e pós-operatório)
MODO FISIOLÓGICO
Oxigenação
Ventilação: ( ) Espontânea ( ) Cânula nasal ( ) Máscara simples ( ) MV ( ) Máscara com reservatório ( ) Macronebulização ( ) VMI a L/min O2
( ) TQT Sat O2 (%):
Expansibilidade torácica:
( ) Simétrica ( ) Assimétrica
( ) Aumentada ( ) Diminuída
Alteração respiratória:
( )Não ( )Sim: __________________
Alteração cardíaca:
( )Não ( )Sim:
Acesso venoso:
( )Central ºdia
( )Periférico ºdia Queixa:
( )Tosse ( )Dispnéia ( )Outro:
Pulsos periféricos preservados:
( ) Sim ( )Não:
Nutrição
Dados antropométricos: Peso: Kg Altura: cm IMC: Kg/m² Aceitação da dieta: ( ) Total ( ) Parcial ( ) Nenhum
Estado nutricional:
( )Baixo peso – IMC <18,5
( )Normal – IMC 18,5-24,9
( )Sobrepeso – IMC ≥25
( ) Pré-obeso – IMC 25,0 a 29,9
( ) Obeso I – IMC 30,0 a 34,9
( ) Obeso II – IMC 35,0 a 39,9
( ) Obeso III – IMC ≥40,0
Dieta:
( )Zero
( )Oral
( )NPT a ml/h
( )Nutrição enteral a ml/h
por: ( )SNE ( ) SNG
( ) Gastrostomia
( ) Jejunostomia
Apetite: ( ) Aumentado ( ) Diminuído ( ) Conservado
Alergias a alimentos: ( ) Sim ( ) Não Especificar:
Dor após ingestão de alimentos: ( ) Não ( )Sim
Nº de refeições/dia: Ingestão hídrica/dia:
Dentes: ( ) Arcada dentária completa ( ) Arcada dentária incompleta
Abdome: ( ) Plano ( )Flácido ( ) globoso ( ) Timpânico ( ) Tenso ( ) Normotenso ( )
Dor à palpação
Eliminações
Eliminação urinária: ( ) Espontânea ( ) Retenção ( ) Incontinência ( )Cateterismo intermitente ( ) SVD ºdia ml/h ( ) Cistostomia
Frequência das micções: /dia Período das micções: ( ) Mais frequente dia ( ) Mais frequente noite
Características da urina: Alterações: ( ) Oligúria ( ) Anúria ( ) Poliúria ( ) Polaciúria ( ) Disúria ( ) Hematúria ( ) Colúria
Tipo de estoma:
( )Ileostomia ( )Colostomia ascendente
( )Transversostomia
( )Colostomia descendente
( ) Sigmoidostomia ( )NA
Derivação:
( ) Em alça
( ) Duas bocas
( )Terminal (uma boca)
( ) NA
Diâmetro (mm): Umidade: ( ) úmida ( )ressecada ( )NA
Forma do estoma: ( ) Regular ( ) Irregular ( )NA
Protrusão: ( ) Presente ( ) Ausente ( ) Retraída ( )NA
Integridade da mucosa:
Pele periestoma: ( )Íntegra ( )Alteração ( )NA Quais:
( ) Hérnia periestoma ( )Dermatite periestoma ( )Varizes periestoma ( )Lesões pseudo verrucosas ( )Neoplasia maligna periestoma ( )Granuloma ( )Fístula
Característica das fezes: Alteração: ( ) Diarreia ( ) Constipação
( ) Gases em excesso
Complicações imediatas: ( ) Não ( ) Sim ( ) Sangramento ( ) Necrose ( ) Retração ( )Descolamento mucocutâneo ( )Sepse periestoma ( ) Isquemia ( )
Edema ( ) Outro ( )NA
108
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Presença de dobras cutâneas:
( )Não ( )Sim
Tipo de dispositivo coletor: ( ) Sistema 1 peça ( )
Sistema 2 peças ( ) Drenável ( ) Não drenável ( ) NA
Vazamento: ( ) Sim ( ) Não ( ) NA
Frequência de troca: ( ) NA
Atividade e repouso
Sono: ( ) Preservado ( ) Alterado
Motivo:
Deambulação:
( ) Deambula ( ) Claudica ( ) Não deambula ( ) Deambula com auxílio: ( ) Andador ( ) Bengala
Grau de dependência:
( )Total ( )Parcial ( )Independente
Limitação para Atividades de vida
diária: ( ) Não ( )Sim
Realizava alguma atividade física antes da internação:
( )Não ( )Sim
Proteção
Pele: ( ) Íntegra ( ) Não íntegra Umidade: ( ) Hidratada ( ) Desidratada ( ) Diaforese Modificações disseminadas da cor:
Turgor: ( ) Pele retorna prontamente ( ) Pele retorna lentamente ( )Normocorada ( )Palidez ( /4+)
Edema: ( )Sem edema ( ) +1 Cacifo discreto ( ) +2 Cacifo moderado ( )+3 Cacifo intenso ( )+4
Cacifo muito intenso ( )generalizado ( )localizado:
( )Cianose ( /4+) ( ) Icterícia ( /4+)
( ) Exantema ( )Eritema
Incisão cirúrgica: ( ) Não ( ) Sim ( ) NA. Aspecto (local e características): Localização:
Higiene corporal: ( ) Adequada ( ) Regular ( ) Precária Higiene oral: ( ) Adequada ( ) Regular ( ) Precária
Sentidos
Visão: ( ) Acuidade visual adequada ( ) Acuidade visual diminuída
Desconforto/dor atual: ( )Não ( )Sim Intensidade:
Fluidos e eletrólitos
Sinais vitais Exames laboratoriais
PA: mmHg Hora Hb Ht Na K Ca Plaquetas Proteínas Outros
Pulso: bpm
FR: irpm
T: ºC
Função neurológica
Orientação:
( ) crono-orientado
( ) alo-orientado
( ) auto-orientado
Nível de consciência: Força muscular: ( ) Preservada ( ) Simétrica ( ) Assimétrica ( ) Paresia ( ) Plegia
( ) consciente ( ) letárgico
( ) obnubilado ( ) torporoso
( ) comatoso
Estado emocional: ( ) Deprimido ( )Triste ( )Irritado ( )Alegre ( )Eufórico
( )Ansioso ( )Calmo ( )Evasivo ( )Impaciente ( )Retraído ( )Tranquilo ( )Outro:
Glasgow: Comportamento: ( )Cooperativo ( )Agressivo ( )Passivo
Função endócrina
Uso: ( )hipoglicemiante oral ( )insulina ( )controle dietético ( )NA
Outros problemas endócrinos: ( )NA
MODO AUTOCONCEITO
Eu físico
Está satisfeito com sua aparência?
( ) Não ( ) Sim
Como você se sente e se vê em relação a aparência? Gostaria de mudar algo? ( ) Não ( ) Sim Especificar:
Sente-se constrangido/diferente dos demais? ( ) Não ( ) Sim
Tem vida sexual ativa? ( ) Não ( ) Sim Frequência: Sente receio em voltar a ter relações sexuais? ( ) Não ( ) Sim ( )NA
Eu pessoal
Tem conhecimento sobre os cuidados que terá que realizar? ( ) Não ( ) Sim ( )NA
Quais os sentimentos relacionados a estomia? ( ) Otimismo ( )Aceitação ( ) Impotência ( )Negação ( )Raiva ( ) Perda ( ) Dificuldades em olhar a estomia
( )Desejo de livrar-se dela ( )Acredita que não se acostumará ( )Pensamento suicida
Tem alguma preocupação no momento?
Quais as perspectivas quanto à convivência com a estomia?
Possui alguma crença religiosa: ( ) Não ( ) Sim A fé contribui no enfrentamento dos problemas? ( ) Não ( ) Sim De que forma?
MODO FUNÇÃO NA VIDA REAL
Quem é o principal gerador da renda financeira da família?
Sente receio em retornar a realizar atividades de vida diária? ( ) Não ( ) Sim
MODO INTERDEPENDÊNCIA
Quem é(são) a(s) pessoa(s) mais importante da sua vida? Com quem vive? ( ) Sozinho ( ) Cônjuge ( ) Filhos ( ) Pais ( ) Irmãos ( ) Outros
109
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Tem dificuldades na interação familiar? ( ) Não ( ) Sim Tem dificuldades na interação social? ( ) Não ( ) Sim
Tem/terá ajuda de algum familiar/cuidador? ( ) Não ( ) Sim Sente solidão? ( ) Não ( ) Sim Deseja participar de algum grupo de apoio para
estomizados? ( ) Não ( ) Sim
Outras informações e/ou intercorrências
Enfermeiro/COREN: Data: / /
110
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APÊNDICE D – Instrumento de coleta de dados submetido aos juízes da pesquisa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Prezado(a) juiz(a),
Leia atentamente as instruções a seguir para preenchimento do instrumento do presente estudo. O instrumento será dividido em três
partes: a primeira refere-se à caracterização dos juízes da pesquisa; a segunda diz respeito aos itens do instrumento em que os senhores
julgarão sua concordância quanto a sua permanência no instrumento; e a terceira parte refere-se ao parecer final.
PARTE 1 – CARACTERIZAÇÃO DOS JUÍZES
Esta primeira parte da pesquisa você deverá preencher com seus dados de identificação pessoal e profissional.
Avaliador: __________________________________ Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino
Idade (em anos): _____
Estado conjugal: ( ) Casado/união consensual ( ) Solteiro ( ) Separado ( ) Divorciado ( )Viúvo ( )Outro:_______________________
Maior nível de formação profissional: ( ) Graduação ( ) Especialização ( ) Mestrado ( )Doutorado ( )Pós-doutorado
Instituição de formação: ________
Há quantos anos trabalha como enfermeiro: Há quantos anos trabalha cuidando de pessoas estomizadas:
Natureza do vínculo na área de estomaterapia: ( )Assistencial ( )Pesquisa
Motivo que o levou a assistir/pesquisar/trabalhar com pessoas
estomizadas:___________________________________________________
Considera importante que o enfermeiro conheça o processo adaptativo da pessoa estomizada? ( )Sim ( )Não
Conhece o Modelo de Adaptação de Callista Roy? ( )Sim ( )Não
111
111
PARTE 2 – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Nesta etapa, você deverá julgar os itens quanto a sua permanência no instrumento, avaliando se o mesmo deve permanecer no tópico
em que foi alocado previamente. Caso considere que haja sugestões para melhoria do item ou pretenda retira-lo, você deverá justificar abaixo
no espaço abaixo intitulado “comentários”.
Instrumento de coleta de dados para pacientes no pré e pós-operatório de estomia intestinal
IDENTIFICAÇÃO
Nesta parte do instrumento estão os aspectos referentes aos dados
sociodemográficos que deverão ser coletadas apenas uma vez com o
paciente. ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Nome (iniciais)
Idade
Sexo (M; F)
Data de Nascimento
Estado civil: (Com companheiro; Sem companheiro)
Escolaridade
Profissão/Ocupação
Situação empregatícia: (Empregado; Desempregado; Afastado;
Aposentado; Outro)
Religião
Endereço
Moradia: (Própria; Alugada)
Procedência
Data da admissão
Nº do registro
Enfermaria
112
112
Leito
COMENTÁRIOS:
HISTÓRIA CLÍNICA
Nesta parte do instrumento estão os aspectos referentes a história
clínica que deverão ser coletados apenas uma vez com o paciente. ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
História da doença atual
Internações anteriores: (Não; Sim; Motivo)
Antecedentes clínicos: (Hipertensão arterial; Cardiopatia;
Nefropatias; Dislipidemia; Diabetes Mellitus; Outras)
Alergias: (Não; Sim; Especificar)
Tabagismo: (Não; Sim; Nº de cigarros/dia)
Etilismo: (Não; Sim; Frequência)
COMENTÁRIOS:
DADOS DA CIRURGIA
Nesta parte do instrumento estão os aspectos referentes aos dados da
cirurgia que deverão ser coletadas apenas uma vez. ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
113
113
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Data
Hospital
Diagnóstico de base
CID 10
Tipo de estomia: (Colostomia; Ileostomia)
Permanência: (Temporária; Definitiva)
COMENTÁRIOS:
MODO FISIOLÓGICO
O modo de adaptação fisiológico está associado à forma como a pessoa responde como ser físico aos estímulos ambientais,
sendo as atividades fisiológicas do organismo o comportamento a ser observado. As cinco necessidades básicas são oxigenação, nutrição,
eliminação, atividade e repouso e proteção. Além disso, quatro processos complexos que envolvem os sentidos, fluidos e eletrólitos,
função neurológica e função endócrina (ROY; ANDREWS, 2001).
Oxigenação
Definição: Refere-se aos processos através dos quais o fornecimento
do oxigênio celular é mantido no corpo (ROY; ANDREWS, 2001). ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
114
114
Ventilação: (Espontânea; Cânula nasal; Máscara simples; MV;
Máscara com reservatório; Macronebulização; VMI; TQT; Sat O2)
Expansibilidade torácica: (Simétrica; Assimétrica; Aumentada;
Diminuída)
Alteração respiratória: (Não; Sim; Qual)
Queixa: (Tosse; Dispnéia; Outro)
Alteração cardíaca: (Não; Sim; Qual)
Pulsos periféricos preservados: (Não; Sim; Qual)
Acesso venoso: (Central; Periférico)
COMENTÁRIOS:
Nutrição
Definição: Refere-se a uma série de processos através dos quais a
pessoa ingere e assimila o alimento necessário para a manutenção do
funcionamento orgânico, promoção do crescimento, e substituição
dos tecidos danificados (ROY; ANDREWS, 2001).
ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Dados antropométricos: (Peso; Altura; IMC)
Estado nutricional: (Baixo peso – IMC <18,5; Normal – IMC 18,5-
24,9; Sobrepeso – IMC ≥25; Pré-obeso – IMC 25,0 a 29,9; Obeso I –
IMC 30,0 a 34,9; Obeso II – IMC 35,0 a 39,9; Obeso III – IMC ≥40,0)
115
115
Dieta: (Zero; Oral; NPT; Nutrição enteral por SNE; SNG;
Gastrostomia; Jejunostomia)
Aceitação da dieta: (Total; Parcial; Nenhuma)
Apetite: (Aumentado; Diminuído; Conservado)
Alergias a alimentos: (Não; Sim; Especificar)
Dor após ingestão de alimentos: (Não; Sim)
Nº de refeições/dia
Ingestão hídrica/dia
Dentes: (Arcada dentária completa; Arcada dentária incompleta)
Abdome: (Plano; Globoso; Timpânico; Flácido; Tenso; Normotenso;
Dor à palpação)
COMENTÁRIOS:
Eliminação
Definição: Necessidade da pessoa eliminar os produtos residuais
metabólicos (ROY; ANDREWS, 2001). ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Eliminação urinária: (Espontânea; Retenção; Incontinência;
Cateterismo intermitente; SVD; Cistostomia)
116
116
Frequência das micções (dia)
Período das micções: (Mais frequente dia; Mais frequente noite)
Alterações: (Sem alterações; Oligúria; Anúria; Poliúria; Polaciúria;
Disúria; Hematúria; Colúria)
Característica da urina
Tipo de estoma: (Ileostomia; Colostomia ascendente;
Transversostomia; Colostomia descendente; Sigmoidostomia; NA)
Derivação: (Em alça; Duas bocas; Terminal (uma boca); NA)
Diâmetro (mm)
Forma do estoma: (Regular; Irregular; NA)
Protusão: (Presente; Ausente; Retraída; NA)
Integridade da mucosa
Umidade: (Úmida; Ressecada; NA)
Pele periestoma: (Íntegra; Alteração; Hérnia periestoma; Dermatite
periestoma; Varizes periestoma; Lesões pseudo verrucosas;
Neoplasia maligna periestoma; Granuloma; Fístula; NA)
Características das fezes
Alterações: (Diarreia; Constipação; Gases em excesso)
Presença de dobras cutâneas: (Não; Sim)
Complicações imediatas: (Não; Sim; Sangramento; Isquemia;
Necrose; Edema; Retração; Descolamento mucocutâneo; Sepse
periestoma; Outro; NA)
Tipo de dispositivo coletor: (Sistema 1 peça; Sistema 2 peças;
Drenável; Não drenável; NA)
Vazamento: (Sim; Não; NA)
117
117
Frequência de troca
COMENTÁRIOS:
Atividade e repouso
Definição: A atividade refere-se ao movimento corporal. O repouso
envolve as mudanças na atividade em que as necessidades de energias
são mínimas. Manter um equilíbrio apropriado é um dos desafios da
adaptação (ROY; ANDREWS, 2001).
ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Sono: (Preservado; Alterado; Motivo)
Deambulação: (Deambula; Claudica; Não deambula; Deambula com
auxílio: Andador; Bengala)
Grau de dependência: (Total; Parcial; Independente)
Limitação para AVD (Atividades de vida diária): (Não; Sim; Qual)
Realizava alguma atividade física antes da internação: (Não; Sim;
Qual)
COMENTÁRIOS:
Proteção
Definição: Constitui igualmente uma função principal da pele. As
estruturas envolvidas incluem: pele, cabelo, unha e sistema ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
118
118
imunológico, servindo para proteger a pessoas dos estímulos que
ameaçam o organismo (ROY; ANDREWS, 2001).
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Pele: (Íntegra; Não íntegra)
Modificações disseminadas da cor: (Normocorada; Palidez;
Cianose; Icterícia; Eritema; Exantema; Localização)
Umidade de pele/mucosas: (Hidratada; Desidratada; Diaforese)
Turgor: (Pele retorna prontamente; Pele retorna lentamente)
Edema: (Sem edema; +1 Cacifo discreto; +2 Cacifo moderado; +3
Cacifo intenso; +4 Cacifo muito intenso; Localização: MMSS;
MMII)
Incisão cirúrgica: (Não; Sim; Aspecto)
Higiene corporal: (Adequada; Regular; Precária)
Higiene oral: (Adequada; Regular; Precária)
COMENTÁRIOS:
Sentidos
Definição: São os canais da pessoa para a entrada necessária, a fim
da pessoa interagir com o ambiente em mudança (ROY;
ANDREWS, 2001). ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
119
119
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Visão: (Acuidade visual adequada; Acuidade visual diminuída)
Desconforto/dor atual: (Não; Sim; Intensidade)
COMENTÁRIOS:
Fluidos e eletrólitos
Definição: Refere-se ao equilíbrio entre fluidos e eletrólitos, sendo
vital para a integridade do indivíduo (ROY; ANDREWS, 2001). ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Sinais Vitais: (Pressão arterial; Pulso; Respiração; Temperatura)
Exames laboratoriais (quadro)
COMENTÁRIOS:
Função neurológica
Definição: (ROY; ANDREWS, 2001).
ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
120
120
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Nível de consciência: (consciente; letárgico; obnubilado; torporoso;
comatoso)
Orientação: (crono-orientado; alo-orientado; auto-orientado)
Força muscular: (Preservada; Simétrica; Assimétrica; Paresia;
Plegia)
Comportamento: (Cooperativo; Agressivo; Passivo)
Estado emocional: (Deprimido; Triste; Irritado; Alegre; Eufórico;
Ansioso; Calmo; Evasivo; Impaciente; Retraído; Tranquilo; Outro)
Glasgow
COMENTÁRIOS:
Função endócrina
Definição: Resposta fisiológica do corpo através das ações
desempenhadas pelas glândulas endócrinas. Tem relação direta com
o sistema nervoso para integração fisiológica (ROY; ANDREWS,
2001).
ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Uso: (hipoglicemiante oral; insulina; controle dietético; NA)
Outros problemas endócrinos:
121
121
COMENTÁRIOS:
MODO AUTOCONCEITO
O autoconceito envolve especificamente os aspectos psicológicos e espirituais. Subdivide-se em duas categorias: o eu físico,
que envolve a sensação e imagem corporal; e o ser pessoal, que engloba a autoconsciência, o autoideal e o ser ético, moral e espiritual
(ROY; ANDREWS, 2001).
EU FÍSICO
Sensação e imagem corporal
Definição: A sensação corporal é a capacidade para se sentir e
experimentar a si próprio como ser físico. A imagem corporal pode
ser entendida como uma imagem tridimensional, envolvendo
aspectos psicológicos, sociológicos e fisiológicos que cada indivíduo
tem de si mesmo (ROY; ANDREWS, 2001).
ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Está satisfeito com sua aparência? (Não; Sim)
Como você se sente e se vê em relação a sua aparência?
Sente-se constrangido/diferente dos demais?
Gostaria de mudar algo? (Não; Sim; Especificar)
Tem vida sexual ativa? (Não; Sim; Frequência)
Sente receio em voltar a ter relações sexuais? (Não; Sim; NA)
COMENTÁRIOS:
EU PESSOAL
Autoconsciência
122
122
Definição: É a parte do componente pessoal do eu que resiste para
manter auto-organização consistente e, assim, evitar o desequilíbrio
(ROY; ANDREWS, 2001). ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Tem conhecimento sobre os cuidados que terá que realizar?
Quais os sentimentos relacionados a estomia? (Otimismo;
Aceitação; Impotência; Negação; Raiva; Perda; Dificuldades em
olhar a estomia; Desejo de livrar-se dela; Acredita que não se
acostumará; Pensamento suicida)
Tem alguma preocupação no momento?
Quais as mudanças ocorridas na sua vida após a estomização?
Quais as perspectivas quanto à convivência com a estomia?
COMENTÁRIOS:
Eu moral-ético-espiritual
Definição: trata do que a pessoa acredita, ou seja, representa o
sistema de crenças de uma pessoa e uma avaliação de quem é a
pessoa (ROY; ANDREWS, 2001).
ADEQUAÇÃO Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
123
123
Possui alguma crença religiosa: (Não; Sim)
A fé contribui no enfrentamento dos problemas: (Não; Sim; De
que forma)
COMENTÁRIOS:
MODO FUNÇÃO NA VIDA REAL
Refere-se aos papéis que cada pessoa desempenha na sociedade no sentido da preservação da integridade social, isto é, saber quem se é
em relação aos outros (ROY; ANDREWS, 2001).
ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Quem é o principal gerador da renda financeira da família?
Sente receio em retornar a realizar atividades de vida diária?
(Não; Sim)
COMENTÁRIOS:
MODO INTERDEPENDÊNCIA
Centra-se nas relações interpessoais, ou seja, nas interações relacionadas com dar e receber amor, respeito e valor através das
relações com os outros significativos e sistemas de apoio. A necessidade básica desse modo é a adequação afetiva, que está associada
com o sentimento de segurança em alimentar relações (ROY; ANDREWS, 2001).
124
124
ADEQUAÇÃO
Deve
permanecer
alocado nesse
tópico?
Não tenho
sugestões
para este item
Tenho
sugestões para
melhoria do
item
O item
deve ser
retirado
Sim Não
Quem é(são) a(s) pessoa(s) mais importante da sua vida?
Com quem vive? (Sozinho; Cônjuge; Filhos; Pais; Irmãos; Outros)
Sente solidão? (Não; Sim)
Tem dificuldades na interação familiar? (Não; Sim)
Tem dificuldades na interação social? (Não; Sim)
Tem/terá ajuda de algum familiar/cuidador? (Não; Sim)
Deseja participar de algum grupo de apoio para estomizados?
(Não; Sim)
COMENTÁRIOS:
PARTE 3 – PARECER FINAL EM RELAÇÃO AO INSTRUMENTO
Avalie os itens segundo os requisitos do quadro abaixo, classificando de 0 a 10 conforme sua apreciação.
PARECER FINAL
Nesta etapa o juiz deverá dar seu
parecer final em relação ao
instrumento
DEFINIÇÃO
ADEQUAÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
125
125
Objetividade O instrumento permite resposta pontual
Simplicidade Os itens expressam uma única ideia
Clareza O instrumento está explicitado de forma clara, simples e
inequívoca
Relevância
O instrumento é relevante e atende a finalidade proposta
Modalidade Os itens não apresentam expressões extremadas na redação do
item
Consistência
O conteúdo apresenta profundidade suficiente para compreensão
do instrumento
Exequível O instrumento é aplicável
Atualização Os itens seguem as práticas baseada em evidências mais atuais
Equilíbrio O instrumento apresenta quantidade proporcional de itens em
cada modo
Precisão Cada item é distinto dos demais, não se confundem
Sequência instrucional dos
tópicos
A sequência dos modos e itens se mostra de forma coerente
Sugestão da forma de apresentação do instrumento:
( )Impresso ( )Eletrônico ( )Impresso/Eletrônico ( )Outro: ________________________________
Em sua avaliação, qual nota global você daria a este instrumento?
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
126
126
APÊNDICE E – Instrumento de coleta de dados para o pré e pós-operatório de pessoas com
estomias intestinais de eliminação (2ª versão)
Instrumento de coleta de dados para pacientes no pré e pós-operatório de estomia intestinal
Data de admissão: __/___/___ Nº do prontuário: Enfermaria: Leito: Data da avaliação: ___/___/___ Hora da entrevista:
IDENTIFICAÇÃO (Pré-operatório)
Nome (Iniciais): ______Idade: _______ Sexo: ( )M ( )F Estado Civil: ( ) Com companheiro ( ) Sem companheiro Escolaridade: ____________________
Profissão/ocupação: Situação empregatícia: ( )Empregado ( )Desempregado ( )Afastado ( )Aposentado ( )Outro:____________________
Renda (SM): Religião: Procedência: Moradia: ( )Própria ( )Alugada Tem banheiro: ( ) Não ( ) Sim
( ) dentro de casa ( ) fora de casa Acesso a água encanada: ( ) Não ( ) Sim Falta água frequentemente: ( ) Não ( ) Sim
HISTÓRIA CLÍNICA (Pré-operatório)
História da doença atual:
Internações anteriores: ( )Não ( )Sim Motivo:
Medicamentos em uso
( )Vasodilatador: ( )Corticóide: ( )Antibiótico:
() Hipoglicemiante: ()Anticoagulante: ( )Outro:
Antecedentes clínicos Alergias: ( ) Não ( ) Sim Especificar: _
Tabagismo ( )Não ( )Sim Nº de cigarros/dia:_ _ ( )Hipertensão arterial ( )Dislipidemia
( )Cardiopatia ( )Diabetes Mellitus Etilismo ( )Não ( )Sim Frequência:_ _
( )Nefropatias ( )Outra: ____________________ Drogas ilícitas ( )Não ( )Sim
Frequência:_ _
DADOS PRÉ- OPERATÓRIO (Pré-operatório)
Cirurgia proposta: Marque com um x o local da estomia e possíveis alterações na parede abdominal
Paciente/família sabe a cirurgia que vai realizar? ( ) Não ( ) Sim
Paciente/família conhece o processo anestésico/cirúrgico? ( ) Não ( ) Sim
Paciente/família têm dúvidas quanto ao pré e pós-operatório? ( )Não ( ) Sim
Paciente tem interesse em aprender? ( ) Não ( ) Sim
Realizado demarcação anatômica da estomia? ( ) Não ( ) Sim
Paciente tem indicação para o preparo colônico? ( ) Não ( ) Sim
DADOS DA CIRURGIA (Pós-operatório)
Data: _ /___/___ Hospital: _ Diagnóstico de base: Tipo de estomia: ( ) Ileostomia ( )
Colostomia ascendente ( )Transversostomia ( )Colostomia descendente ( ) Sigmoidostomia ( )Cecostomia ( ) Colostomia úmida ( ) Fístula mucosa
Permanência: ( ) Temporária ( ) Definitiva ( )Indefinido Localização: ( )QSE ( )QSD ( )QIE ( )QID
ANAMNESE E EXAME FÍSICO (Pré e pós-operatório)
MODO FISIOLÓGICO
Oxigenação
Ventilação: ( ) Espontânea ( ) Cânula nasal ( ) Máscara simples ( ) MV ( ) Máscara com reservatório ( ) Macronebulização ( ) VMI a _ L/min O2
( ) TQT Sat O2 (%): _
Expansibilidade torácica: (
) Simétrica ( ) Assimétrica (
) Aumentada ( ) Diminuída
Alteração respiratória:
( )Não ( )Sim: _
Alteração cardíaca:
( )Não ( )Sim: _
Acesso venoso:
( )Central_ _ºdia
( )Periférico_ _ºdia
( ) Sem acesso
Queixa:
( )Tosse ( )Dispnéia ( )Outro:
Pulsos periféricos preservados:
( ) Sim ( )Não:
Nutrição
Dados antropométricos: Peso: ____Kg Altura: cm IMC: Kg/m² Aceitação da dieta: ( ) Total ( ) Parcial ( ) Nenhum
Estado nutricional: ( )Baixo peso – IMC <18,5 ( )Normal – IMC 18,5-24,9 ( )Sobrepeso – IMC ≥25 ( ) Pré-obeso – IMC 25,0 a 29,9 ( ) Obeso I – IMC 30,0 a 34,9 ( ) Obeso II – IMC 35,0 a 39,9 ( ) Obeso III – IMC ≥40,0
Dieta: ( )Zero ( )Oral ( )NPT a ___ml/h
( )Nutrição enteral a ml/h por:
( )SNE ( )SNG ( ) Gastrostomia ( )
Jejunostomia
Ingestão hídrica/dia:
Dor, náuseas e/ou vômitos após ingestão de alimentos:
( ) Não ( )Sim
Abdome: ( ) Plano ( )Distendido ( )Escavado ( )Avental ( )Flácido ( ) globoso ( ) Timpânico ( ) Tenso ( )
Normotenso ( ) Dor à palpação
Presença: ( )Hérnias ( )Cicatrizes ( )Dobras cutâneas ( )Lesão na pele
Eliminações
127
127
Eliminação urinária: ( ) Espontânea ( ) Retenção ( ) Incontinência ( )Cateterismo intermitente ( ) SVD ºdia _ml/h ( ) Cistostomia ( )Nefrostomia
( ) Bricker ( ) Colostomia úmida
Frequência das micções: _/dia Alterações: ( ) Oligúria ( ) Anúria ( ) Poliúria ( ) Polaciúria ( ) Disúria ( ) Hematúria ( ) Colúria
Período das micções: ( ) Mais frequente dia ( ) Mais frequente noite
Características da urina: Cor: _ _ Odor: ( )Ausente ( )Fétido Aspecto:_ _
Eliminações: ( ) Banheiro ( ) Em fralda ( ) Estomia
Consistência das fezes: ( )Líquida ( )Semi-líquida ( )Pastosa ( )Formada ( )Ausente
Alterações: ( ) Diarreia ( ) Constipação ( ) Gases em excesso
Coloração do estoma: ( ) Vermelho vivo ( ) Vermelho pálido ( )Rosa ( )Cianótico Forma do estoma: ( ) Regular ( ) Irregular ( )NA
Derivação: ( ) Em alça ( ) Duas bocas ( )Terminal (uma boca) ( ) NA Diâmetro (mm): Protrusão: ( ) Plano ( ) Protruso ( ) Retraído ( )NA
Umidade: ( ) úmida ( )ressecada Mucosa íntegra: ( )Sim ( )Não ( )ulcerações ( )tumorações ()granulomas ( )lesão pseudoverrucosa
Pele periestoma: ( )Íntegra ( )Alteração ( )NA ( )Dermatite periestoma ( )Varizes periestoma ( )Neoplasia maligna periestoma ( )Fístula
Complicações imediatas: ( ) Não ( ) Sim
( ) Sangramento ( ) Necrose ( ) Retração ( )Descolamento mucocutâneo ( )Sepse periestoma ( ) Isquemia ( ) Edema ( ) Outro ( )NA
Tipo de dispositivo coletor: ( ) Sistema 1 peça ( ) Sistema 2 peças ( ) Drenável ( ) Não drenável ( ) NA
Vazamento: ( ) Sim ( ) Não ( ) NA Frequência de troca: ( ) NA
Atividade e repouso
Sono: ( ) Preservado ( ) Alterado Motivo:
_
Deambulação: ( ) Deambula ( ) Claudica ( ) Não deambula ( ) Deambula com auxílio: ( ) Andador ( )
Bengala
Grau de dependência:
( )Total ( )Parcial ( )Independente
Limitação para Atividades de vida
diária: ( ) Não ( )Sim ______________
Realizava alguma atividade física e/ou lazer antes da
internação: ( )Não ( )Sim____________________________
Sente fadiga, fraqueza e/ou desânimo ( ) Não ( )Sim
Proteção
Pele: ( ) Íntegra ( ) Não íntegra Umidade: ( ) Hidratada ( ) Desidratada ( )Diaforese Modificações disseminadas da cor:
Turgor: ( ) Pele retorna prontamente ( ) Pele retorna lentamente ( )Normocorada ( )Palidez (___/4)
Edema: ( )Sem edema ( ) 1 Cacifo discreto ( ) 2 Cacifo moderado ( )3 Cacifo intenso ( ) 4 Cacifo
muito intenso ( )generalizado ( ) localizado: ________________________
( )Cianose (__/4) ( ) Icterícia (__ /4)
( ) Exantema ( )Eritema
Incisão cir rgica: ( ) Não ( ) Sim ( ) NA Aspecto (local e características): Localização:
Higiene corporal: ( ) Adequada ( ) Regular ( ) Precária Higiene oral: ( ) Adequada ( ) Regular ( ) Precária
Sentidos
Visão: ( ) Acuidade visual adequada ( ) Acuidade visual diminuída Audição: ( ) Íntegra ( )Alterada
Desconforto/dor atual: ( )Não ( )Sim Intensidade:
Fluidos e eletrólitos
Sinais vitais Exames laboratoriais
PA: mmHg Hora Hb Ht Na K Ca Plaquetas Proteínas Outros
Pulso: bpm
FR: irpm
T: ºC
Função neurológica
Orientação:
( ) crono-orientado ( ) alo-
orientado
( ) auto-orientado
Nível de consciência: Força muscular: ( ) Preservada ( ) Simétrica ( ) Assimétrica ( ) Paresia ( ) Plegia
( )consciente ( ) letárgico ( ) obnubilado ( )torporoso ( ) comatoso
Estado emocional: ( ) Deprimido ( )Triste ( )Irritado ( )Alegre ( )Eufórico
( )Ansioso ( )Calmo ( )Evasivo ( )Impaciente ( )Retraído ( )Tranquilo ( )Outro:
Comportamento: ( )Cooperativo ( )Agressivo ( )Passivo
Movimentos involuntários ou deformidade em mãos: ( ) Não ( ) Sim
Função endócrina
Uso: ( )hipoglicemiante oral ( )insulina ( )controle dietético ( )NA
Outros problemas endócrinos: _ ( )NA
MODO AUTOCONCEITO
Eu físico
Está satisfeito com sua aparência? ( ) Não ( ) Sim Gostaria de mudar algo na aparência? ( ) Não ( ) Sim Especificar:
Sente-se constrangido? ( ) Não ( )
Sim
Sente-se diferente dos demais? ( ) Não ( ) Sim Mudar as vestimentas te incomoda? ( ) Não ( )
Sim
128
128
Tem vida sexual ativa? ( ) Não ( ) Sim Frequência: Sente receio em voltar a ter relações sexuais? ( ) Não ( ) Sim ( )NA
Eu pessoal
Tem conhecimento dos cuidados que vai realizar? ( ) Não ( ) Sim ( )NA
Quais os sentimentos relacionados a estomia? ( ) Otimismo ( )Aceitação ( ) Impotência ( )Negação ( )Raiva ( ) Perda ( ) Dificuldades em olhar a estomia
( )Desejo de livrar-se dela ( )Acredita que não se acostumará ( )Pensamento suicida
Tem alguma preocupação no momento?
Quais as perspectivas quanto à convivência com a estomia?
A fé contribui no enfrentamento dos problemas? ( ) Não ( ) Sim De que forma?
MODO FUNÇÃO NA VIDA REAL
Quem é o principal gerador da renda financeira da família? A ostomia afetará o papel que você representa na família? ( ) Não ( )
Sim
Sente receio em retornar a realizar atividades de vida diária, trabalho e lazer? ( ) Não ( ) Sim
MODO INTERDEPENDENCIA
Quem é(são) a(s) pessoa(s) mais importante da sua vida? Com quem vive? ( ) Sozinho ( ) Cônjuge ( ) Filhos ( ) Pais ( ) Irmãos ( )
Outros
Tem dificuldades na interação familiar?
( ) Não ( ) Sim
Tem dificuldades na interação social?
( ) Não ( ) Sim
A estomia afetará sua relação
com essas pessoas?
( ) Não ( ) Sim
Tem/terá ajuda de algum familiar/cuidador?
( ) Não ( ) Sim
Sente solidão? ( ) Não ( ) Sim Deseja participar de algum grupo
de apoio para estomizados?
( ) Não ( ) Sim
Outras informações e/ou intercorrências
ENFERMEIRO/COREN: Data: ___/___/____