UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · Monografia apresenta ao Curso de Biblioteconomia...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
FELIPE KENNEDY DA SILVA
ANÁLISE CIBERMÉTRICA DOS TWITTERS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DO NORDESTE DO BRASIL
Orientadora: Profa. Dra. Nadia Vanti
NATAL-RN 2011
FELIPE KENNEDY DA SILVA
ANÁLISE CIBERMÉTRICA DOS TWITTERS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DO NORDESTE DO BRASIL
Monografia apresenta ao Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com requisito parcial para obtenção de grau de Bacharel em Biblioteconomia.
NATAL-RN 2011
Silva, Felipe Kennedy da.
Análise Cibermétrica dos Twitters das Universidades Federais do Nordeste do Brasil / Felipe Kennedy da Silva. – Natal, RN, 2011.
68 f.
Orientadora: Nadia Vanti. Monografia (Bacharel em Biblioteconomia) - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Biblioteconomia.
1. Cibermetria – Monografia. 2. Webometria – Monografia. 3. Estudos
Métricos – Monografia. 4. Twitter – Monografia. 5. Universidades Federais do Nordeste – Monografia. I. Vanti, Nadia. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.
CDU 025.12:30
FELIPE KENNEDY DA SILVA
ANÁLISE CIBERMÉTRICA DOS TWITTERS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DO NORDESTE DO BRASIL
Monografia apresenta ao Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com requisito parcial para obtenção de grau de Bacharel em Biblioteconomia.
MONOGRAFIA APROVADA EM ____/____/2011
BANCA EXAMINADORA
Profa. Dra. Nadia Vanti (Orientadora) Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Profa. Dra. Andrea Carvalho (Membro) Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Profa. Ma. Ilaydiany da Silva (Membro) Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Dedico este trabalho a minha família e a todos que
me ajudaram a conquista este feito, em especial a
Lázaro Nazário Neto (Pai, Padrinho e Tio), Joana
D‟arc da Silva (Mãe, Madrinha e Tia), Maria do
Rosário da Silva (Mãe), Juliana Kalina Siqueira de
Souza (Esposa) e a João Felipe Siqueira da Silva
(Filho).
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus a oportunidade em estar vivo e tentando ser uma pessoa
melhor com o esforço dos meus estudos.
Aos meus pais Francisco Nazareno de Andrade Silva (in memorian) e Maria
do Rosário da Silva por ter escolhido os melhores padrinhos do mundo que me
criaram, educaram e me dão todo amor, carinho e dedicação, Lazaro Nazário Neto
(Pai, Padrinho e Tio) e Joana D‟arc da Silva (Mãe, Madrinha e Tia).
Aos meus irmãos Lanna Celly da Silva Nazário, Fernanda Beatriz da Silva
Bento, Andreza Vitória da Silva Bento, Lazaro Sávio da Silva Nazário, José Victor da
Silva Bento e José Gabriel da Silva Nazário.
A minha esposa Juliana Kalina Siqueira de Souza e meu filho João Felipe
Siqueira da Silva que veio ao mundo para trazer a felicidade para mim e minha
família.
A minha avó materna Laura Barbosa da Silva, as minhas tias Lauriceia e
Maria Bianca.
A minha avó paterna Maria José de Andrade Silva, aos meus tios Ana
Andrade, Simone Andrade e Francisco Antônio Andrade.
Aos meus professores: Antonia de Freitas Neta, Maria do Socorro de
Azevedo Borba, Eliane Ferreira da Silva, Rildeci Medeiros, Francisca de Assis de
Souza, Nadia Vanti, Renata Passos Filgueira de Carvalho, Francisco de Assis
Noberto Galdino de Araújo, Monica Marques Carvalho, Jacqueline de Souza,
Ilaydiany da Silva, André Anderson Cavalcante Felipe e Andrea Vasconcelos
Carvalho.
As bibliotecárias: Sonia Leite, Maria da Conceição Maia e Larissa Inês que
contribuíram para o aperfeiçoamento dos meus conhecimentos.
“A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor”
Chico Xavier
RESUMO
Aborda uma pesquisa realizada nas Universidades Federais do Nordeste
(UFNe), que tem por intuito realizar uma aplicação cibermetrica no twitter. Descreve
a cibermetria é uma importante ferramenta para medir as novas formas de
publicação de informações e comunicações no entorno do ciberespaço. Analisar a
importância dos estudos cibermétricos, e avaliar a usabilidade da ferramenta Twitter.
Discute a oportunidade de desenvolver uma pesquisa utilizando esse microblog
como fonte de informação das UFNe, assim foi realizado estudos utilizando os
indicadores adaptados dos estudos webométricos para aplicação no ciberespaço
utilizando os métodos cibermétricos. O estudo foi elaborado através de pesquisas
bibliográficas em fontes de informações diversas, tais como: livros, periódicos,
artigos científicos e pesquisa eletrônica a sites pertinentes ao assunto. Afirmar que é
um campo novo no âmbito da Ciência da Informação que necessita ainda de muitos
estudos teóricos e, especialmente, práticos para a sua consolidação, porém
desperta o interesse de pesquisadores dos estudos métricos da informação e
comunicação, já que tem como propósito medir as informações do ciberespaço visto
que é ambiente bastante instável.
Palavras-chave: Cibermetria. Webometria. Estudos métricos. Twitter.
Universidades Federais do Nordeste.
ABSTRACT
Discusses a survey conducted in the Federal Universities in the Northeast
(UFNe), which is meant to make an application cibermetrica on twitter. Describes the
cybermetrics is an important tool to measure new forms of publishing information and
communications environment in cyberspace. Analyze the importance of studies
cibermétricos, and evaluate the usability of the tool Twitter. Discusses the opportunity
to develop a search using this microblogging as a source of information UFNe, was
well conducted studies using indicators adapted webometric studies for application in
cyberspace using the methods cibermétricos. The study was developed through
literature searches on various information sources such as books, periodicals,
scientific papers and electronic searches to sites relevant to the subject. To say that
is a new field within information science which still requires many theoretical and
especially practical for its consolidation, but arouses the interest of researchers in the
study of metric information and communication, as it aims to measure the information
in cyberspace as it is very unstable environment.
Keywords: Cybermtric. Webmetric. Metric Study. Twitter. Federal Universities in the
Northeast.
LISTA DE FIGURA
Figura 1 – Mecanismos do Ciberespaço 17
Figura 2 – Mapa mental da evolução da cultura com relação à
tecnologia e práticas sociais
20
Figura 3 – Ferramentas da Web 2.0 23
Figura 4 – Esboço do Twttr feito por Jack Dorsey 28
Figura 5 – Homepage do Twitter 29
Figura 6 – Perfil de @KennedyFelipe 29
Figura 7 – Página inicial de @KennedyFelipe 30
Figura 8– Retweet 31
Figura 9– Mensagem com Hashtag 31
Figura 10– Resultado de Hashtag 32
Figura 11– Replies 32
Figura 12 – Leis bibliométricas 36
Figura 13 – Inter-relação entre os subcampos das métricas dentro
da biblioteconomia e ciência da informação segundo
Björneborn (2002), Björneborn e Ingwersen (2003) e
Thelwall Vaughan e Björneborn (2003)
38
Figura 14 – Matriz adjacente 45
Figura 15 – Representação gráfica de uma rede 45
Figura 16 – Matriz Adjacências das UFNe 59
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1 – Quantidade de produção 52
Gráfico 2 – Quantidade de informações 53
Gráfico 3 – Indicador de visibilidade 54
Gráfico 4 – Indicador de luminosidade 55
Gráfico 5 – Indicador de tempo 56
Gráfico 6 – Fator de impacto cibermétrico 57
Gráfico 7 – Ranking do twitter das universidades 58
Gráfico 8 – Visualização da rede 60
Quadro 1– Comparativo entre as três gerações web 22
Quadro 2 – Os indicadores informétricos 42
LISTA DE TABELA
Tabela 1 – Comparação das aplicações dos distintos métodos quantitativos
40
Tabela 2 – Twitters das universidades 46
Tabela 3 – Pesos dos indicadores 47
Tabela 4 – Quantidade de tweets 49
Tabela 5 – Quantidade de retweets 50
Tabela 6 – Quantidade de Replies 51
LISTA DE SIGLAS
DT Mensagens diretas
HTML HyperText Markup Language
HTTP Hypertext Transfer Protocol
URL Localizador Uniforme de Recursos
UFAL Universidade Federal de Alagoas
UFBA Universidade Federal da Bahia
UFCG Universidade Federal de Campina Grande
UFC Universidade Federal do Ceará
UFMA Universidade Federal do Maranhão
UFFB Universidade Federal da Paraíba
UFPE Universidade Federal de Pernambuco
UFPI Universidade Federal do Piauí
UFRB Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido
UFS Universidade Federal de Sergipe
UNIVASF Universidade Federal do Vale do São Francisco
WWW World Wide Web
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 14
2 CIBERESPAÇO 16
2.1 CIBERCULTURA 19
2.2 WEB 2.0 22
3 TWITTER 28
4 ESTUDOS MÉTRICOS DA INFORMAÇÃO 35
5 CIBERMETRIA 40
5.1 APLICAÇÕES CIBERMETRICAS 42
6 FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 47
7 ANÁLISE CIBERMÉTRICA DOS TWITTERS DAS
UNIVERSIDADES FEDERAIS DO NORDESTE (UFNe)
50
8 CONCLUSÃO 63
9 REFERÊNCIAS 65
14
1 INTRODUÇÃO
O complexo universo das tecnologias da comunicação e informação
acarretou diversas mudanças na sociedade contemporânea, principalmente no que
diz respeito ao modo como as pessoas se comunicam e trocam informações. Neste
sentido, o ciberespaço é o ambiente onde as informações estão presentes e em que
elas são multiplicadas pela facilidade que esta estrutura oferece. Tal ambiente
permite a conectividade entre todos os indivíduos do mundo, com o auxilio da
grande rede internacional de computadores, a internet, e os recursos que a
compõem, como a web e outros os dispositivos tecnológicos inseridos neste meio.
Estas crescentes mudanças obrigaram a sociedade a se adaptar ao novo, a
princípio para substituir as antigas maneiras de fazer as coisas e agora para que
todos interajam entre si, sem a substituição dos mecanismos, mas sim por meio da
sua remixagem, formando, assim, a chamada cibercultura.
A cibercultura explica as diferentes fases das tecnologias, dividindo-as em
três: a indiferença, o conforto e a ubiquidade e tendo como base três leis que a
regem: “pode tudo na internet”, “o computador é a rede” e “tudo muda, mas nem
tanto”. Na fase da ubiquidade surgiu a web 2.0 que possibilitou à proximidade aos
recursos web. Permitindo maior facilidade de uso, criação e customização, entre
outros.
Pode-se dizer que a web 2.0 é o amadurecimento da web, ao quebrar o
paradigma de emissor e receptor. Na web 2.0 todos podem se expressar os canais
de comunicações customizados e de fácil manuseio, interagindo com qualquer tipo
de arquivo, vídeos, fotos, músicas, textos, entre outros.
Os micro-bloggings são um desses canais de comunicação. E o Twitter é um
micro-blogging e uma ferramenta de comunicação do ciberespaço que vem tendo
um crescimento significativo nos últimos anos, por possibilitar a comunicação e as
trocas de informações de forma ágil.
É natural que este recurso desperte o interesse de estudiosos da área de
estudos métricos da informação para a sua medição, sendo os estudos métricos da
15
informação e comunicação um subcampo da Ciência da Informação ou
Biblioteconomia e tendo como estudo principal a avaliação da informação em
qualquer suporte.
A Bibliometria, Cientometria, Informetria, Webometria e Cibermetria são
técnicas de análise da informação e comunicação, sendo que esta última abrange
todo o ciberespaço, sendo ainda pouco explorada no meio acadêmico.
Com o objetivo de enfatizar a importância dos estudos cibermétricos, avaliar
a usabilidade e verificar a tendência da ferramenta Twitter no meio acadêmico, pelo
seu crescimento significativo nos últimos anos, realiza-se, neste estudo, uma análise
dos Twitters das Universidades Federais do Nordeste (UFNe).
A cibermetria é um campo novo no âmbito da Ciência da Informação que
necessita ainda de muitos estudos teóricos e, especialmente, práticos para a sua
consolidação, porém desperta o interesse de pesquisadores dos estudos métricos
da informação e comunicação, já que tem como propósito de medir as informações
do ciberespaço visto que é um ambiente instável.
Para realização deste estudo deu-se através de pesquisas bibliográficas e
eletrônicas, livros, artigos científicos e na análise do microblog.
O presente trabalho foi divido em oitos capítulos: o primeiro capítulo trata da
parte introdutória do assunto que está sendo abordado no mesmo, no segundo
capítulo define o que é ciberespaço? um pouco sobre a Cibercultura e discorre sobre
web 2.0, já no terceiro capítulo voltado para definição do que seja o twitter e sua
funcionalidades na rede, para quarto capítulo explica o que são os estudos métricos
da informação e exemplificando cada um, no quinto capítulo trata do assunto
principal definindo o que cibermetria? e onde pode ser aplicada em quais
ferramentas, o sexto capítulo está voltado para ferramentas e procedimentos
metodológicos, no sétimo capítulo mostra a análise cibermétricas dos twitters das
Universidades Federais do Nordeste (UFNe) e já último capítulo apresenta as
principais conclusões.
16
2 CIBERESPAÇO
Ciberespaço pode ser entendido como um espaço/local de comunicação em
que não se faz necessário a presença física do homem para que ocorra a
comunicação, esta interação ocorre com a quebra do ambiente topográfico, fazendo
com que as pessoas do mundo todo possam comunicar-se sem a necessidade de
fazerem-se presentes no ambiente físico.
O espaço cibernético intensifica-as transformações sociais nos diversos
campos das atividades humanas. Deste modo Castells (2003) classifica este
fenômeno como sociedade em rede, o que propiciou importantes alterações sócio-
culturais e políticas que atingem as principais mídias de comunicação e informação.
Assim, o ciberespaço constitui-se em um novo espaço de sociabilidade, não
presencial e que possui impactos importantes na produção de valores, nos conceitos
éticos e morais e nas relações humanas.
Mas, quando surgiu o termo Ciberespaço?
O escritor americano William Gibson foi o criador do termo ciberespaço no
livro Neuromancer em 1984, um romance de ficção científica que se tornou um
referencial obrigatório sobre as teorias acerca do ciberespaço e da internet.
Segundo Gibson (2003, p.53 apud CUNHA, 2009, p.67):
Uma alucinação consensual, vivida diariamente por bilhões de operadores legítimos, em todas as nações, por crianças a quem estão ensinando conceitos matemáticos... Uma representação gráfica de dados abstraídos dos bancos de todos os computadores do sistema humano. Uma complexidade impensável. Linhas de luz alinhadas que abrangem o universo não-espaço da mente; nebulosas e constelações infindáveis de dados. Como luzes de cidade, retrocedendo.
O conceito dado por Gibson designa uma realidade vivenciada no século
XXI, que consiste em uma sociedade conectada pela rede virtual. De acordo com
Pierre Lévy (2000, p. 17):
O ciberespaço é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo.
17
Neste espaço de comunicação incide um mundo de informações diversas
que satisfaz uma parte das necessidades informacionais das pessoas de forma
rápida e acessível em vários suportes tecnológicos, desta forma houve um aumento
significativo das informações e inter-relações como ressalta Pierre Lévy (2000).
A invenção do telégrafo, telefone, rádio e computador prepararam o
ambiente para a interação com novas capacidades. A Internet é um mecanismo de
disseminação da informação e divulgação mundial, sendo um meio para
colaboração e interação entre indivíduos e seus computadores, independentemente
de suas localizações geográficas.
A internet, ora denominada de “interconexão mundial de computadores” é o
suporte que propicia a existência deste universo virtual. Assim, ela tem
revolucionado o mundo dos computadores e das comunicações. A internet teve seu
inicio dentre as décadas de 50 a 60 com fins militares e entre as décadas 70 e 80
com fins acadêmicos. No Brasil teve inicio no final da década de 80, popularizou-se
na década de 90, com a World Wide Web (WWW ou web) que revolucionou a forma
de utilizar a internet. (TEIXEIRA; CAMPOS, 2007).
A web foi criada por Tim Berners-Lee, bem como três tecnologias
importantes para o avanço da internet: o Localizador Uniforme de Recursos (URL),
que identificar recursos na web para localizar os endereços eletrônicos; o HyperText
Markup Language (Linguagem de Marcação de Hipertexto ou HTML), que possibilita
à criação de sítios personalizados e interativos e o Hypertext Transfer Protocol
(Protocolo de Transferência de Hipertexto ou HTTP), protocolo para mover dados na
Web e em toda a Internet.(GOETHALS; AGUIAR; ALMEIDA, 2000).
A Figura 1 mostra a gama de mecanismos de informação que surgiram a
partir evolução da internet e na pós-geração web de Lee, que vem a ser o
ciberespaço.
18
Figura 1 – Mecanismos do Ciberespaço
FONTE – Flynn-Burhoe, 2007.
Conforme Fragoso (2000),
Ciberespaço é o conjunto de informações codificadas binariamente que transita em circuitos digitais e redes de transmissão. A partir das intricadas relações estabelecidas nesse sistema, emergem as referências a um „espaço informacional‟, indicando o caráter teórico que embasa a concepção da espacialidade do ciberespaço. A World Wide Web (rede mundial) passou a ser genericamente identificada como „o ciberespaço‟.
Desta maneira a World Wide Web está inserida no ciberespaço por não se
tratar apenas da web mais de um espaço informacional onde há uma
interoperabilidade de mecanismos eletrônicos. Esta interoperabilidade entre estes
mecanismos tornou-se algo entrelaçada, de tal maneira que as possibilidades de
utilizar o ciberespaço são inúmeras, onde cada computador ou dispositivo
tecnológico compatível (Iphones, Ipods, Ipads, smartphones, entre outros) funciona
como acesso de entrada neste universo virtual.
Porém, de acordo com Parente (2004 apud LANA; MALINI, 2009, p. 2):
O ciberespaço não significa a anulação do espaço topológico, mas a sua realização tecnológica, na medida em que potencializa o desejo da reunião de todos os lugares em um só lugar. Isso porque com o ciberespaço „viveremos cada vez mais o espaço como sendo o das
19
relações de vizinhança, espaço de conexões, heterotópico e pantópico‟.
Ainda de acordo com Lana e Milani, 2009, p. 3:
É nele [ciberespaço] que a sociedade de hoje produz a sua riqueza, em grande parte gerada pela atividade comunicacional, uma riqueza que circula e se organiza em rede e que abarca os „agenciamentos sociais das comunidades no espaço eletrônico virtual‟: a cibercultura.
Conforme a afirmação, o ciberespaço não torna a cultura tradicional (a
comunicação direta entre as pessoas, por exemplo) obsoleta, mas sim potencializa
as inter-relações entre as pessoas reunindo-as em um ambiente virtual
independente da localização geográfica, fazendo com que a sociedade se
comunique mais e produza informações relevantes através do advento do
ciberespaço, formando a cibercultura.
2.1 CIBERCULTURA
Cibercultura assume forma sociocultural que recai nas relações de troca
entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias, graças à convergência das
telecomunicações com a informática.
De acordo com Scagnolato (2011, não paginado).
A cibercultura é um termo utilizado na definição dos agenciamentos sociais das comunidades no espaço eletrônico virtual. Estas comunidades estão ampliando e popularizando a utilização da Internet e outras tecnologias de comunicação, possibilitando assim maior aproximação entre as pessoas de todo o mundo. Este termo se relaciona diretamente com a dinâmica Política, Antropo-social, Econômica e Filosófica dos indivíduos conectados em rede, bem como a tentativa de englobar os desdobramentos que este comportamento requisita.
A cibercultura não deve ser entendida como uma cultura guiada pela
tecnologia, mas sim como uma cultura estabelecida através de relação íntima entre
as novas formas sociais surgidas na década de 70 (a sociedade pós-moderna) e as
novas tecnologias digitais.
Assim a Cibercultura pode ser classificada como uma cultura
contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais.
20
Lemos (2003, p.11) conceitua a cibercultura como:
[...] a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base microeletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70.
É, portanto, uma nova cultura oriunda da década de 70, que consiste em
uma sociedade interligada pelos mecanismos eletrônicos, para facilitar as inter-
relações entre as pessoas, de tal maneira que a posição geográfica das pessoas
não impede de haver comunicação e interação entre elas.
Lemos (2006) fala sobre três leis da cibercultura, sendo a primeira “pode
tudo na internet”, a segunda “o computador é a rede” e a terceira “tudo muda, mas
nem tanto”, essas três leis definem melhor a cibercultura.
A primeira lei, “pode tudo na internet”, sinaliza que após a internet a
liberdade de expressão se tornou algo mais visível, pois dispõe de um canal de
comunicação livre e aberto a todos que queiram se expressar por meio dele.
A segunda lei, “o computador é a rede”, trata de tudo que está conectado,
cada computador ou dispositivo tecnológico que possua internet está conectado a
rede, sendo vivenciada na era da ubiquidade.
A terceira lei, “tudo muda, mas nem tanto”, enfatiza que deve deixar de lado
a cultura da substituição e optar pela re-mixagem, a fim de que haja uma
interoperabilidade entre diversos suportes informacionais sem a substituição dos
seus antecedentes.
A Figura 2 mostra o mapa mental da evolução da cultura com relação à
tecnologia e práticas sociais.
21
Figura 2 – Mapa mental da evolução da cultura com relação à tecnologia e práticas sociais.
Fonte – PRIMO, 2007
22
Conforme a cibercultura foi evoluindo, a informação passou a ser a
ferramenta mais valiosa para a sociedade, sendo o ambiente virtual a melhor forma
de produzi-la e disseminá-la de maneira mais acessível universalmente.
Neste contexto houve três evoluções: a indiferença, o conforto e a
ubiquidade, sendo a ubiquidade o momento que se está vivenciando no século XXI,
que revolucionou as formas de produção da informação e a cooperação entre
autores. (PRIMO, 2007),
Vale salientar que na era da ubiquidade houve o surgimento da web 2.0
assim como é conhecida, e que possibilitou diversas formas de comunicação entre
as pessoas, por facilitar o manuseio das tecnologias e a interoperabilidade entre os
suportes tecnológicos.
2.2 WEB 2.0
Web 2.0 é o amadurecimento da web ao quebrar os paradigmas tradicionais e
revolucionar o meio das novas tecnologias, baseado no tripé plataforma-usuário-
conteúdo: plataformas interativas e de fácil manuseio, usuário participativo
consumidor/criador de informações e conteúdo voltado à inteligência coletiva para
difundir informações no ciberespaço (COBOS, 2006 apud CURTY, 2008, p. 56).
De acordo com a Folha de São Paulo (2006):
O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web – tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. A idéia é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico e que os usuários colaborem para a organização de conteúdo.
A Web 2.0 trata-se de uma web mais dinâmica e colaborativa, onde a
interação entre os usuários é seu principal diferencial, caracterizando-se por quebrar
o paradigma de emissor e receptor, ou seja, todos os usuários podem emitir e
receber informações de forma rápida e de fácil manuseio.
O termo web 2.0 foi adotado pela primeira vez por Tim O‟Reilly na sua
empresa em 2005, por ele assim definida:
23
A web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva. (O‟REILLY, 2005 apud COUTINHO; BOTTENTUIT JÚNIOR, 2007, p. 200).
Trata-se de uma nova visão da web que possibilita a interoperabilidade entre
os websites e os aplicativos web.
De acordo com Coutinho e Bottentuit Júnior (2007, p. 200):
A filosofia da Web 2.0 prima pela facilidade na publicação e rapidez no armazenamento de textos e arquivos, ou seja, tem como principal objetivo tornar a Web um ambiente social e acessível a todos os utilizadores, um espaço onde cada um seleciona e controla a informação de acordo com suas necessidades e interesses.
A informação, na era da ubiquidade, tornou-se acessível à maioria da
população, pois com a web 2.0 houve a facilidade de publicação e interação com as
plataformas digitais. Ela passou a ser um universo informacional em que a sua
confiabilidade é obtida através da inteligência coletiva.
Quadro 1 – Comparativo entre as três gerações web
Fonte – Baseada em Dutra (2007 apud CURTY, 2008, p. 76).
Evolução Período Serviços/Recursos Características
Web 1.0 1990 - 2000
Portais, mecanismos
de buscas websites,
bases de dados.
Publicação na web controlada por poucos,
complicada e tecnologias de alto custo.
Web 2.0 2000 - 2010
Blogs, Wikis, RSS,
Conexões via celular,
Redes sociais,
Bookmarks,
mensagens
instantâneas.
Publicação na web disponível para muitos,
maior amplitude e acesso à conexão.
Web 3.0 2005 - 2020
Mashups, busca
semântica Second Life
e avatares, tesauros e
taxonomia
Interação uniforme, Projeção da persona,
Onipresença/Ubiquidade virtual.
24
Pode-se perceber, através do Quadro 1, que a evolução da web é
representada por três gerações diferenciadas por meio dos seus serviços, recursos e
características. A primeira, a Web 1.0 é estática e dependente de profissionais da
informática para criar um sítio; a segunda, a web 2.0 caracteriza-se por ser
colaborativa e dinâmica, com interação entre os usuários, facilidade de manuseio e
criação de espaços virtuais e, por fim; a web 3.0, que é considerada a solução para
ordenar as informações da web de maneira geral.
Conforme Ambinder e Marconde (2011, p.7).
A Web 2.0 vem impulsionando a comunicação, com seus princípios colaborativos e participativos nas mais diversas atividades humanas, inclusive na atividade científica. Pesquisadores de diversas áreas vêm utilizando as ferramentas da Web 2.0 com finalidades científico-acadêmicas, caracterizando a web 2.0 como um objeto de pesquisa da Ciência da Informação.
A potencialidade da web 2.0 já esta sendo inserida no meio acadêmico
científico com a finalidade de melhorar o fluxo informacional. A rapidez das suas
ferramentas em disponibilizar e editar as informações torna esta nova geração web
um importante objeto de estudo da Ciência da Informação.
Figura 3 – Ferramentas da Web 2.0
Fonte – Elaborado pelo autor.
A Figura 3 representa algumas ferramentas da web 2.0 que são: as wikis,
blogs, microblogs, RSS, redes sociais pessoais, redes sociais/profissionais,
25
videoblog, compartilhador de vídeo, compartilhador de fotos, Bookmarks,
mensagens instantâneas, Marcadores sociais e tags, entre outros, todas elas tem
grande potencial na web 2.0.
As principais ferramentas da web 2.0 são:
o Os Wikis (ferramentas de conteúdos colaborativos). No livro The Wiki
Way, Leuf e Cunningham (2001, p. 14 apud BLATTMANN; SILVA, 2007, p. 201-202)
definem os Wikis:
Como uma coleção livremente expansível de páginas Web interligadas em um sistema de hipertexto para armazenar e modificar informação - um banco de dados, onde cada página é facilmente editada por qualquer usuário com um browser.
Os Wikis são formas de diretórios informacionais onde cada usuário é o
colaborador das informações, tendo a inteligência coletiva como a principal fonte do
sucesso desta ferramenta na web 2.0.
o As comunidades virtuais (ferramentas de interação de usuários com
usuários, tornando uma rede de relacionamentos para diversos fins, tais como
publicar fotos e vídeos ou mesmo se comunicarem de forma assíncrona);
Para Recuero (2005, p.14), “a comunidade é um grupo de pessoas que
interage no ciberespaço. Esta interação se dá via comunicação mediada por
computador de forma mútua”.
As comunidades virtuais são ambientes de interação social, que possibilitam
a comunicação mútua entre pessoas, em locais remotos, ligadas através da rede
mundial de computadores.
o As ferramentas de compartilhamento armazenam arquivos de todos os
formatos em banco de dados virtuais de forma a possibilitar a rápida recuperação ou
simples visualização dos mesmos, através de links interligados na web. De acordo
com Carvalho (2010, p.35) “permitem armazenar, publicar, compartilhar, avaliar e
comentar: fotos, vídeos, imagens, áudio, textos, apresentações… Podem ser
utilizados para fins pessoais ou profissionais”.
26
As ferramentas de compartilhamento são um importante mecanismo da web
2.0 que auxiliam quaisquer usuários que necessitem publicar algum arquivo na web.
o As ferramentas de comunicação instantânea são ferramentas que
permitem comunicação por mensagens síncronas e assíncronas de usuário a
usuário ou grupos de usuários, comportam interação com áudio, vídeo, transferência
de documentos, jogos, entre outros.
Ou seja, são programas que permitem a comunicação simultânea (síncrona)
entre pessoas, individualmente ou em grupo, de maneira privada. Entre esses
programas estão o MSN, Yahoo Messenger, AOL Messenger, Google Talk, ICQ,
Miranda e Gaim (INTERNET, 2006, p. 7).
As interações entre os indivíduos através das ferramentas de comunicação
instantânea são excelentes mecanismos de comunicação empresarial, como o, por
exemplo, o Skype que atualmente é considerado o mais completo por possibilitar
ligações internacionais, utilizando o ciberespaço e a vídeo conferência de forma
simultânea.
o RSS – Really Simple Syndication são ferramentas de disseminação
seletiva da informação. Segundo Pilgrim (2002apud ALMEIDA, 2010, p. 261):
RSS é entendida como um conjunto de formatos normalizados para agregação e distribuição de conteúdos publicados sob plataformas web, para facilitar o processo de consulta e de partilha de informações provenientes de diversas fontes que, periodicamente, estão sujeitas às alterações ou atualizações.
Essa ferramenta também é conhecida como Feeds, que alimenta o usuário
com informações que são publicadas em um determinado espaço web, através de
leitores de RSS ou alertas de e-mail. Nela o usuário pode escolher um assunto e
receber informações novas a cada momento que seja publicado algo sobre tal
assunto.
o Os blogs são ferramentas de publicação de conteúdo de ordem
cronológica. De acordo com Ambinder e Marconde (2011, p.8) os weblogs ou blogs
são:
Ferramentas para publicação de informações, opiniões e ideias, com espaços para comentários de outros usuários da Internet. Somam o
27
poder noticiador dos grupos de discussão às informações organizadas nas páginas web. Os weblogs ou blogs são personalizados pelo autor/autores e podem conter textos, imagens, vídeos, ferramentas de busca, links para outros blogs, estatísticas de acesso, “nuvem de tags”, entre outros recursos.
Os blogs possibilitam a liberdade de expressão no ciberespaço. Com a
utilização dos serviços de um blog, os usuários são criadores do seu espaço
informacional, podendo ser utilizado para inúmeros fins, como publicação de
acontecimentos diários de uma cidade ou política, por exemplo.
o Os micro-blogging são ferramentas de publicação de conteúdo em
ordem cronológica com limitação de 140 caracteres, que corresponde a uma
mensagem de SMS. Segundo Rufino, Tabosa e Nunes (2010, p.3):
Os micro-blogging permitem a troca de mensagens através de textos curtos, o que pode ser feito de maneira muito rápida e prática, diferentemente do que acontece com os blogs tradicionais, que requerem mais tempo e dedicação para que sejam feitas atualizações. Dessa forma, a informação circula em tempo real de um modo mais veloz.
O Twitter é o serviço de micro-blogging mais conhecido por conquistar o
maior número de seguidores e dispõe consequentemente, de todo tipo de
informação circulando em tempo real e de forma rápida.
Estas ferramentas trabalhando em interoperabilidade constroem a web 2.0,
reunindo todos os mecanismos ligados entre si com o pressuposto de proporcionar
uma melhor qualidade nos serviços oferecidos aos seus usuários.
28
3 TWITTER
Twitter é caracterizado como rede social e sistema para micro-blogging, que
possibilita aos usuários o recebimento e envio de atualizações pessoais de outros
contatos, em que o texto deve ser escrito em até 140 caracteres, conhecidos como
"tweets", por ser caracterizado pelo conceito inicial da ferramenta: mensagens SMS.
Segundo Small (2010) o Twitter nasceu em março de 2006. A princípio se
chamava de Status pelos seus criadores Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Willams.
Entretanto, a palavra antes escolhida não agradou, pois não caracterizava o que era
o serviço proposto pelo dispositivo recém-criado. Na busca por outros nomes no
dicionário, Dorsey e os demais criadores, encontraram a palavra Twitter, que em
inglês assume dois significados: “uma pequena explosão de informações
inconsequentes” e “pios de pássaros”. Ambos combinavam perfeitamente com o
conceito.
De acordo com Small (2010, não paginado)
O primeiro protótipo do Twitter era usado internamente na Odeo, sendo lançado em escala pública e completa (também para computadores) em julho do mesmo ano. Em agosto, os três fundadores e outros membros da Odeo fundaram a Obvious Corporation, que incluía o domínio Twitter.com. O microblog tornou-se uma companhia separada em abril de 2007.
O Twitter foi um micro-blogging que superou as expectativas de diversos
jovens, empresários, organizações e pesquisadores, entre outros, pela sua maneira
de movimentar as informações para milhares de pessoas em instantes. Com o seu
poder de movimentação todos podem expressar o que pensam. Para tanto, houve
diversos testes, aprimoramentos e o amadurecimento necessário para evoluir de
uma ideia revolucionária a uma mega empresa voltada ao novo. Na Figura 4 é
exposto o esboço feito por um dos criadores do Status.
29
Figura 4 – Esboço do Twitter feito por Jack Dorsey
Fonte – site: http://www.tecmundo.com.br/3667-a-historia-do-twitter.htm
A Figura 4 mostra o primeiro protótipo conhecido como Status e, atualmente,
como o micro-blogging mais famoso nacionalmente e internacionalmente. O Twitter
é um fenômeno de publicações de textos de 140 caracteres, utilizado também como
meio de divulgação de informações disponibilizado para todo mundo.
Segundo Rees (2009, não paginado, tradução nossa):
Twitter é uma rede social e um serviço de micro-blogging que permite que seus usuários publiquem e leiam atualizações de outros usuários (também conhecidos como tweets), que são baseados em textos de mensagens de até 140 caracteres de extensão.
As principais características do Twitter são: limites de 140 caracteres,
enviados / recebidos do cliente web ou móbile, possibilidade de criar um conjunto de
seguidores, de enviarem mensagens de tweets (mensagens livres), Retweet ou RT
(repete o tweet escrito por outra pessoa), Replies (mensagens direcionadas a algum
usuário referenciando o @nome do usuário) e a utilização Hashtags ou #, que tem
como objetivo identificar o assunto indexado no tweet elaborado pelos seus
usuários.
30
Figura 5– Homepage do Twitter
Fonte -http://twitter.com/
A Figura 5 mostra a pagina inicial do Twitter para acesso e cadastro. O
objetivo desta ferramenta é a autonomia que o próprio usuário tem em escolhe as
informações que lhe interessa.
Silva e Rocha (2011, p.9) explicam melhor como funciona:
No twitter a relação dos atores (usuários) acontece baseada na lógica do “siga- me” (follow). Se o usuário Alfa decidir seguir o usuário Beta, ele receberá em sua página inicial os tweets de Beta. Desta forma que Alfa segue as pessoas que escolher (following), ele também pode ter pessoas que o sigam (follwers), uma delas pode ser ou não Beta.
A ideia principal do Twitter é que o usuário só segue aquelas pessoas que
disponibilizam informações que lhe interessam e não necessariamente quem o
segue.
Figura 6 – Perfil de @KennedyFelipe
Fonte – http://twitter.com/#!/KennedyFelipe
31
A Figura 6 mostra o perfil do Twitter do usuário @KennedyFelipe. Pode-se
perceber que a aba selecionada é a de Tweets, onde estão os posts publicados e
Retweet a dos pelo o usuário. É possível observar que o usuário @KennedyFelipe
está seguindo 291 outros usuários que enviam as informações recebidas pelo
Twitter @KennedyFelipe. Já os seus seguidores são aquele que recebem as
informações que são publicadas por @KennedyFelipe.
Figura 7 – Página inicial de @KennedyFelipe
Fonte – http://twitter.com/#!/
A Figura 7 expõe as informações (posts) publicadas pelos usuários que
@kennedyFelipe está seguindo.
Retweet ou RT é um método de compartilhar informações no Twitter que tem
como funcionalidade reescrever uma mensagem publicada por um de seus
seguidores, e que queria compartilhar aquelas informações com os usuários que o
seguem, é algo semelhante a uma citação direta dos trabalhos científicos. Retweet
tem duas formas de ser utilizado: a primeira é usar a expressão RT seguida do
@username do autor e depois a mensagem em si. Já a segunda é um botão
que foi desenvolvido para Retweet automático, clicando nele.
32
Figura 8 - Retweet
Fonte – http://twitter.com/#!/KennedyFelipe
A Figura 8mostra alguns posts retweet dos por @kennedyFelipe e que mais
30 outros usuários também o retweetaram.
As hashtags ou # são as folksonomias utilizadas para manter a coerência
nas conversas. Dessa forma os usuários sabem de maneira mais fácil do que se
trata o texto que está sendo utilizado.
Figura 9 – Mensagem com Hashtags
Fonte – http://twitter.com/#!/
A Figura 9 exemplifica um modelo de hashtag utilizado pelo Twitter do
@portalR7, indexando os jogos pan-americanos como #Pan2011.Ao clicar na
hashtags, se obtém uma lista de publicações sobre o assunto.
33
Figura 10 – Resultado de Hashtag.
Fonte – http://twitter.com/#!/search/realtime/%23pan2011
A Figura 10 apresenta os resultados dos posts publicados com a hashtag
#Pan2011. É possível observar que todos estão falando sobre o mesmo assunto,
podendo interagir mutuamente.
Replies possibilita ao usuário responder os tweets que foram direcionados a
ele, utilizando como modelo (@nome do usuário do Twitter).
Figura 11 - Replies
Fonte – http://twitter.com/#!/your_activity
Os replies são utilizados para se comunicar com os outros participantes do
microblog, como se observa no Twitter @JulianaKalina, em que ela está enviando
uma informação, citando outra fonte, mas fazendo a menção ao
Twitter@KennedyFelipe.
34
Já as mensagens diretas– DM são mensagens privadas entre usuários,
visíveis apenas pelos usuários envolvidos (emissor e receptor), entretanto, um
usuário só consegue enviar uma DM se o receptor for seu seguidor.
Ao possibilitar a comunicação e a publicação de informações, onde cada
indivíduo seleciona o que deseja ler e de quem o interessa, pesquisadores e
instituições tentam desvendar o misterioso mundo em que as informações circulam,
a fim de compreendê-lo melhor e prever o que esta tecnologia ainda pode oferecer
aos usuários, bem como descobrir quem está dominando da melhor forma esta
ferramenta também conhecida como rede social. Para tanto se faz necessário
diversas pesquisas e análises, que podem ser realizadas com o auxílio dos estudos
métricos da informação e comunicação, já que tais estudos se encaixam na
perspectiva de avaliação da informação nos mais variados suportes.
35
4 ESTUDOS MÉTRICOS DA INFORMAÇÃO
Os estudos métricos da informação surgiram da necessidade de analisar
qualitativa e, principalmente, quantitativamente a informação produzida pelos
cientistas após a primeira Guerra Mundial, tendo em vista solucionar problemas
sociais que afetavam diversos setores da população mundial.
Segundo Santin (2011, p. 109):
Os estudos métricos surgem como mecanismos de mensuração e avaliação dos fluxos da informação e das estruturas do conhecimento em seus diversos domínios, possibilitando a utilização dos resultados para sustentar previsões e tomadas de decisão.
Com o passar dos anos estes estudos passaram a se fazer parte do
cotidiano cientifico. Com a crescente evolução da cultura e da tecnologia, houve
uma difusão maior dos estudos métricos da informação e a criação de novas
técnicas.
Os métodos quantitativos visam à coleta de dados e a aplicação de técnicas
estatísticas para a medição da informação, e a partir daí, interpretar os resultados
obtidos. Segundo Souza (1989, p. 175):
Goode e Hatt, referindo-se aos métodos quantitativos falam em „utilização de técnicas estatísticas‟ e, ainda, em „aplicação da matemática à sociologia‟. Bem, sabe-se que é comum aos métodos quantitativos o uso de técnicas estatísticas e modelos matemáticos. Kaplan fala em „medições‟ e em „técnicas matemáticas‟, enquanto que Busha e Harter identificam dois tipos distintos de dados quantitativos: um como resultado de contagens e outro, a partir de medições.
Como comenta Souza (1989), estes dois tipos distintos de dados
quantitativos que podem ser identificados de duas formas: o primeiro como o
resultado de uma medida simples sendo um, a quantidade de vezes que um usuário
acessa um website e o outro através de análises mais apuradas, com o auxilio de
indicadores métricos e softwares específicos.
Por outro lado, o método qualitativo é obtido através das coletas de dados
que envolvem a elaboração de questionários, entrevistas, observações, etc. Para
depois se interpretar os resultados obtidos em tais pesquisas.
36
Souza (1989, p. 175) define a pesquisa qualitativa da seguinte maneira:
Brenner, citando W.J. Filstead, considera que a „metodologia qualitativa‟ é aquela que permite ao pesquisador estar próximo dos dados, desenvolvendo, de uma ou outra forma, os componentes analíticos, conceituais e categóricos da explicação a partir dos próprios dados – melhor do que através de técnicas preconcebidas, rigidamente estruturadas e altamente quantitativas que restringem o mundo social empírico dentro das definições operacionais que o pesquisador constrói.
A pesquisa qualitativa envolve os pesquisadores com a problemática que é
qualificar os dados de maneira que seja descrito em qualidade, como avaliações de
serviços, por exemplo, se é ótimo, bom, regular ou ruim.
Os dois métodos de pesquisa, quando utilizados em conjunto,funcionam
melhor e acabam prevendo problemas que não estão à vista de todos e que são
passíveis de serem solucionados com maior facilidade.
Na Biblioteconomia e Ciência da Informação os estudos métricos da
informação são divididos em diferentes subcampo, de acordo com características
próprias: a bibliometria, a cientometria, a informetria, a webometria e a cibermetria.
A Bibliometria, segundo Spinak (1998, p. 141) é uma disciplina instrumental
de biblioteconomia, ou seja, é "a aplicação de métodos matemáticos e estatísticos
para analisar o curso de uma determinada disciplina científica, bem como seu
comportamento”.
Como explica Spinak, o contexto da bibliometria se volta para a avaliação de
coleções, como verificar a quantidade de empréstimos de cada livro, a fim de
detectar materiais obsoletos e atualizar o acervo, desbastando aqueles que não são
mais de interesse aos usuários da biblioteca.
A bibliometria foi inicialmente voltada para medida de livros (quantidade de edições e exemplares, quantidade de palavras contidas nos livros, espaço ocupado pelos livros nas bibliotecas, estatísticas relativas à indústria do livro), aos poucos foi se voltando para o estudo de outros formatos de produção bibliográfica, tais como artigos de periódicos e outros tipos de documentos, para depois ocupar-se, também, da produtividade de autores e do estudo de citações (ARAÚJO, 2006, p. 12-13).
37
Concordando com Araújo a bibliometria, com o tempo, passou a abranger
outros tipos de publicações até chegar à medição da produtividade dos
pesquisadores e das citações, o que possibilitou resolver inúmeras problemáticas
relacionadas ao aumento da produção científica.
Na realização de uma análise bibliometrica é importante conhecer três leis
que auxiliam no desenvolvimento das pesquisas: a Lei de Bradford que estuda a
produtividade dos periódicos e permite estimar o grau de relevância de periódicos
em dada área do conhecimento, a Lei de Lotka que analisa a produtividade científica
de autores e considera que alguns pesquisadores supostamente têm maior prestígio
em uma determinada área do conhecimento, produzem muito e muitos
pesquisadores, supostamente de menor prestígio, produzem pouco, e a Lei de Zipf
que possibilita verificar a frequência de palavras e estimar as frequências de
ocorrência das palavras de um determinado texto científico e tecnológico (GUEDES;
BORSCHIVER, 2005).
Figura 12– Leis bibliométricas.
Fonte – Adaptada de Guedes e Borschiver (2005).
A Figura 12 exemplifica o que cada lei bibliometrica estuda, para ser
utilizada na realização de um estudo bibliométrico.
A cientometria é definida como o estudo da mensuração e da quantificação
do progresso da produção científica, utilizando-se de técnicas bibliométricas para a
sua realização.
De acordo com Spinak (1998, p. 142):
A cientometria aplica técnicas da bibliometria à ciência. O termo ciência se refere às ciências físicas, naturais, assim como às ciências sociais. Portanto, a cientometria vai além das técnicas bibliométricas,
Lei de Bradford Lei de Lotka Lei de Zipf
Periódicos Autores Palavras
38
pois examina o desenvolvimento e as políticas científicas. As análises quantitativas da cientometria consideram a ciência como uma disciplina ou atividade econômica. Por esta razão, a cientometria pode estabelecer comparações entre as políticas de investigação entre países, analisando seus aspectos econômicos e sociais.
A cientometria é uma técnica que investiga as publicações, é consiste em
uma relação de troca de informações entre pesquisadores através das citações.
A informetria consiste em uma métrica de avaliação da informação em
diferentes contextos, incluindo a recuperação da informação, com a finalidade de
melhorar o desempenho dos sistemas de informação e a forma de indexação dos
documentos.
A infometria pode ser considerada uma metodologia distinta que, a partir da década de 80, presta-se à análise quantitativa e à modelagem de diversas fontes de informação, em diferentes âmbitos, formas e conteúdos (LE COADIC, 2005). Sua afirmação na Ciência da Informação decorre da combinação de avanços em recuperação da informação e do desenvolvimento dos estudos quantitativos dos fluxos de informação, que ganharam amplitude com o advento das tecnologias digitais (MUGNAINI; CARVALHO; CAMPANATTI-ORTIZ, 2006).
A informetria apresenta um escopo mais amplo que as outras métricas, pois
ela analisa todo tipo de informação além de verificar possíveis falhas na recuperação
da informação em base de dados e sistemas de informações, medindo a
percentagem da relevância, da precisão e da revocação.
Já a webometria, segundo Björneborn (2004) é o estudo dos aspectos
quantitativos da construção e do uso de recursos de informação, estruturas e
tecnologias publicadas na web, orientando-se pelas abordagens bibliométricas e
informétricas.
Entre as medições realizadas nessa área, uma que pode se destacar é a que diz respeito à frequência da distribuição de páginas no cyberespaço. Esta medição aponta para um estudo ou análise comparativa da presença dos diversos países na rede, das proporções de páginas pessoais, comerciais e institucionais (VANTI, 2002).
De acordo com Abraham (1997 apud Vanti 2005), a webometria busca
elucidar a relação entre os principais elementos da web, seus nós (domínios, sítios e
39
páginas), suas conexões (nexos, ou links) e a matriz de ligações resultantes que
envolvem toda a extensão da rede. A Figura 12 representa a inter-relação dos
subcampos métricos relacionando-os relacionado com a Biblioteconomia e a Ciência
da informação.
Figura 13 – Inter-relação entre os subcampos das métricas dentro da Biblioteconomia e Ciência da informação segundo Björneborn (2002), Björneborn e Ingwersen (2003) e ThelwallVaughan e
Björneborn (2003).
Fonte – Vanti (2005, p. 80).
A Figura 13 mostra a relação entre os estudos métricos da informação e
comunicação, observando-se que existe um entrelaçado entre todas elas e que se
percebe que a informetria é a técnica que abrangem todas as outras. Contudo, cada
uma tem suas especificações. Mais o destaque importante é para cibermetria que
abrange a webometria e vai muito mais além dos estudos dos websites, pois visa
estudar as plataformas de comunicação que se utilizam no ciberespaço.
40
5 CIBERMETRIA
A Cibermetria é uma importante ferramenta para medir as novas formas de
publicação de informações e comunicações no entorno do ciberespaço. Ela é
utilizada como forma de avaliação dos recursos disponíveis na internet com o intuito
de melhorar o fluxo das informações, por meio de analises quantitativas e
qualitativas.
O termo Cibermetria como é utilizado no Brasil ou cybermetrics deriva da
junção das palavras cyberespace que significa ciberespaço e prefixo metrics
significa metrias, referindo-se à medição das informações contidas no ciberespaço.
(SILVA, 2010, p.31).
Björneborn (2004) conceitua Cibermetria como: “o estudo dos aspectos
quantitativos da construção e utilização de recursos de informação, estruturas e
tecnologias em toda internet, recorrendo a abordagens bibliométricas e
informetricas”. E segundo Shiri Ashgar (1998 apud Castaño Muñoz [199-?]) “é o
estudo de medição e análise de todos os tipos de informação e meios de
comunicação que existem no ciberespaço utilizando-se de técnicas bibliométricas,
cienciometricas e informetricas”.
A cibermetria, portanto, recorre às tradicionais técnicas bibliométricas,
cientométricas e informetricas para a medição das informações produzidas no
âmbito do ciberespaço.
Ao comparar a cibermetria à webometria, utiliza-se a ressalva de Björneborn
(2002 apud VANTI, 2011, p.45) ao ressaltar que:
A cibermetria teria um escopo mais amplo do que a webometria, pois compreende a aplicação das tradicionais técnicas informetricas a qualquer tipo de informação disponível na Internet. Já a webometria, segundo o mesmo autor, seria mais restrita, pois utiliza técnicas quantitativas para medir especificamente a informação disponível na web, sendo assim uma parte do universo maior da cibermetria.
Observa-se que a webometria é, muitas vezes tomada pela cibermetria na
literatura teórica, porém sabe se que a webometria é uma técnica que mede apenas
41
uma parte da internet, a web, enquanto a cibermetria está voltada para a
mensuração de toda a internet, incluindo, portanto, a webometria.
Na Tabela 1 mostra-se um comparativo entre os subcampos que compõem
os estudos métricos da informação.
Tabela 1 – Comparação das aplicações dos distintos métodos quantitativos:
Fonte – Adaptado de Vanti (2002).
A tabela mostra os objetos de estudos, as variáveis, os métodos e os
objetivos de todas as métricas da informação. Observa-se que a Cibermetria utiliza
Tipologia Bibliometria Cienciometria Informetria Webometria Cibermetria
Objetos de Estudo
Livros, documentos, revistas, artigos, autores, usuários.
Disciplinas, assunto, áreas, campos.
Palavras, documentos, bases de dados.
Sítios na WWW (URL, título, tipo, domínio, tamanho e links), motores de busca.
Internet, ciberespaço. cibercultura(wikis, blogs, microblogs, RSS, redes sociais pessoais/profissionais, videoblog,compartilhador de vídeo, compartilhador de fotos, bookmarks, mensagens instantâneas, marcadores sociais e tags, entre outros.
Variáveis Número de empréstimos (circulação) e de citações, frequência de extensão de frases etc.
Fatores que diferenciam as subdisciplinas. Revistas, autores, documentos. Como os cientistas se comunicam.
Difere da cienciometria no propósito das variáveis; por exemplo, medir a recuperação, a relevância, a revocação etc.
Número de páginas por sítio, nº de links por sítio, nº de links que remetem a um mesmo sítio, nº de sítios recuperados.
Quantidade de informações produzidas ou trocadas por meio de recursos disponíveis no ciberespaço em um determinado período de tempo.
Métodos Ranking, frequência, distribuição.
Análise de conjunto e de correspondência.
Modelo vetor-espaço modelos booleanos de recuperação, modelos probabilísticos; linguagem de processamento, abordagens baseadas no conhecimento, tesauros.
Fator de impacto da web (FIW), densidade dos links, “sitações”, estratégias de busca.
Utilizar leis bibliométricas, cientométricas, informétrica se webometricas à informação produzida ou trocada no ciberespaço.
Objetivos Alocar recursos: tempo, dinheiro etc.
Identificar domínios de interesse. Onde os assuntos estão concentrados. Compreender como e quanto os cientistas se comunicam.
Melhorar a eficiência da recuperação.
Avaliar o sucesso de determinados sítios, detectar a presença de países, instituições e pesquisadores na rede e melhorar a eficiência dos motores de busca na recuperação das informações.
Avaliar os recursos informacionais oferecidos pelo ciberespaço, detectar a presença. de pesquisadores e instituições neste meio e a usabilidade destes recursos
42
os mesmos métodos que as outras, porém em um âmbito mais especifico que é o
ciberespaço.
O objeto de estudo da cibermetria é a informação produzida ou trocada no
ciberespaço, por meio de recursos tais como wikis, blogs, microblogs, RSS, redes
sociais pessoais/profissionais, videoblog, compartilhador de vídeo, compartilhador de
fotos, bookmarks, mensagens instantâneas, marcadores sociais e tags, entre outros
mecanismos que tem como a informação o seu produto principal neste meio.
Suas variáveis e seus métodos se estabelecem de acordo com o que os
pesquisadores desejam desvendar a respeito dos recursos disponíveis no
ciberespaço, com a aplicação de indicadores baseados nos métodos informétricos.
Estes indicadores procuram medir a quantidade de informações produzidas ou
trocadas neste meio em um determinado período de tempo.
Já seus objetivos são claros: avaliar os recursos informacionais oferecidos
pelo ciberespaço, detectando a presença de pesquisadores e instituições neste meio
e a e usabilidade destes recursos.
5.1 INDICADORES CIBERMÉTRICOS
Os indicadores cibermétricos baseiam-se nos indicadores já utilizados pelas
outras métricas, com as devidas adaptações aos recursos disponíveis no
ciberespaço. Cabe, portanto, mostrar no Quadro 2 os indicadores já desenvolvidos
na informetria (métrica que abrange todas as demais) para posteriormente mostrar
como foram aplicadas na cibermetria.
43
Quadro 2 – Os indicadores informétricos
AUTORES INDICADORES
J. King (KING 1978)
Análise de citação
Contagem de publicações
Análise de Citação
Impacto das revistas
Análise de co-citação
Análise de co-palavras
Referências (link para a literatura)
P. Vinkler (VINKLER 1988)
Indicadores de publicações
Número de publicações
Índice de qualidade da revista
Índice de Atividade
Índice de citação
Fator de Impacto
Índice de impacto imediato
Fator de popularidade
Freqüência de citação
Índice de atração
Nível de impacto
P. López (LÓPEZ 1996)
Indicadores descritivos
Produtividade índice
Índice de Produtividade fracionária
Índice de Colaboração
Análise de citação
Fator de impacto
Índice de Visibilidade
Índice de isolamento
Enlace bibliográfico (acompanhamentos bibliográficos)
Co-citação
C. A. Macias-Chapula (MACIAS-CHAPULA 1998)
Indicadores de recuperação da informação
Precisão
Revocação
Relevância
L. Leydesdorff e P. Wouters
(LEYDESDORFF; WOUTERS, 1999)
Indicadores como elementos formais de textos
Palavras
Co-palavras
Indicadores como elementos formais dos subtextos
Citações
Os nomes dos autores
Indicadores como elementos formais de para textos
Temáticas
Endereços Institucionais
N. Vanti (VANTI, 2002)
Indicadores da web
Tamanho do sítio
Visibilidade
Fator de impacto Web – FIW
Luminosidade
Densidade da rede
Fonte – Adaptado de Faba Pérez; Guerrero Bote; Moya Anegón (2004)
A tabela anterior mostra as varias classificações de indicadores biblio- ciento-
webo- informétricos, de acordo com diferentes autores. No caso de Leydesdorff e
Wouters (1999), os quais indicam especialmente que se trata de indicadores
44
cientométricos, C. A. Macias-Chapula (1998) de indicadores informétricos, Vanti
(2002) trata se de indicadores webométricos, já o resto das opções se referem a
indicadores bibliométricos.
Para a aplicação de indicadores na cibermetria é preciso compreender melhor
alguns fatores que estão diretamente ligados ao mundo digital do ciberespaço. É
necessário refletir de que forma os indicadores utilizados em outras métricas podem
auxiliar na medição da informação neste novo ambiente, de acordo com os objetivos
a serem alcançados. Indicadores que se destacam em pesquisas webometricas,
como por exemplo, a luminosidade, a visibilidade, o fator de impacto, etc., utilizados
nas pesquisas de Silva (2010) e Vanti (2011), podem auxiliar na compreensão de
como estes podem ser adaptados às pesquisas cibermetricas.
Assim, o indicador Luminosidade voltado à cibermetria, pode auxiliar a calcular
a quantidade de usuários externos que estão conectados e direcionando as
informações publicadas por um determinado usuário a outro, que no microblog
Twitter se caracteriza como os “seguindo”.
O indicador Visibilidade aplicado na cibermetria pode ser útil para verificar a
quantidade de usuários externos que estão conectados e recebendo as informações
publicadas por um determinado usuário, que no microblog Twitter se caracteriza
como os “seguidores”.
O indicador Tempo trata de verificar a idade em dias que cada usuário possui
desde a sua primeira publicação.
O indicador Fator de Impacto Cibermétrico é o resultado da divisão de dois
outros indicadores, a Visibilidade e o Tempo, Essa relação que possibilita mostrar,
que de acordo com o tempo de existência do microblog e o seu número de
seguidores. Esta relação pode ser representada pela fórmula seguinte:
(1)
Onde FIC seria o Fator de Impacto dos recursos no Ciberespaço, assim
como o JIF é o Fator de Impacto de Revistas e o FIW é o Fator de Impacto Web. A
45
Visibilidade neste meio pode ser comparada à quantidade de seguidores destes
recursos e o Tempo é quantidade em dias que o recurso apresenta.
O indicador Quantidade de Informação (QI) é a junção de todas as
informações produzidas (tweets, retweets e replies). Dado através da fórmula:
(2)
Onde QI (Quantidade de Informação) igual à somatória de T (tweets)
multiplicado por Rt (reweets) e Rp (replies), produzidos por um determinado usuário
em um determinado tempo definido.
A análise e visualização de rede sé um recurso que pode ser utilizado nos
estudos cibermétricos para representar e analisar os grupos sociais existentes no
ciberespaço interagindo entre si. Para fazer esta análise é preciso escolher um
grupo especifico para o estudo, verificar os “nós” que são os elementos constituintes
deste grupo e identificar as relações existentes entre eles (SILVA, 2010, p.42).
Para tanto o indicador Densidade de Rede será calculado de acordo com
Vanti (2011, p.88), pois “permite confrontar o número potencial de relações que
podem ser estabelecidas entre os nós de uma determinada rede pelo número total
de nós multiplicado por esse mesmo número, menos 1, representado pela seguinte
fórmula:
(3)
Esta formula mostra a quantidade de conexões efetivas existentes entre os
elementos de um grupo social, sendo uma importante ferramenta para verificar se e
como os eles estão interagindo entre si.
Para a representação gráfica da rede é preciso utilizar alguns programas que
possibilitam a visualização da rede social, que são o Ucinet6 e o NetDraw. Conforme
Vanti (2011, p. 89)
46
O software e Ucinet dispõe de uma estrutura que permite importar dados do Excel, no caso a [matriz adjacente] que reflete as relações que mantêm entre si [a rede social]. Já o NetDraw é um programa que permite importar dados do Ucinet, a partir do comando File>Open que abre e lê arquivos de texto (DL). Tal comando também foi usado para acessar os dados que foram salvos em um formato próprio do programa NetDraw (VNA format). Uma vez importados os dados com o comando Open, o editor de atributos de nós e linhas de NetDraw permitiu criar cada um dos diagramas das relações entre [a rede social] que pôde ser salvo com formatos, cores, nomes das instituições etc.
Para melhor compreensão de como este processo funciona, faz-se necessário
exibir a matriz de adjacências que mostram quais são os elementos que mantém
algum tipo de relação entre si e a representação gráfica destas relações, como nas
Figuras14 e15.
Figura 14 - Matriz Adjacência
A B C D E
A 0 1 0 1 1
B 1 0 1 0 0
C 0 1 0 0 1
D 1 0 0 0 0
E 1 0 1 0 0
Fonte: VANTI, 2011, p. 89
Figura 15 – Representação gráfica de uma rede
Fonte: VANTI, 2011, p. 90
Através das duas figuras, observa-se a rede social existente entre A, B, C, D e
E, e as ligações que mantém entre si.
47
6 FERRAMENTAS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este trabalho buscou analisar os Twitters das Universidades Federais do
Nordeste (UFNe), por meio da aplicação da cibermetria. Foram estudados os
Twitters de catorze universidades, elas foram escolhidas com base em VANTI
(2010), apresentadas na Tabela 2:
Tabela 2 –Twitters das Universidades
UNIVERSIDADES FEDERAIS DO NORDESTE UNIVERSIDADE TWITTER
Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte UFRN @UFRN_Agecom
Universidade Federal Do Piauí UFPI @ComunicaçãoUFPI
Universidade Federal De Pernambuco UFPE @AscomUFPE
Universidade Federal Da Paraíba UFPB @UFPBoficial
Universidade Federal Do Maranhão UFMA @UFMA_MA
Universidade Federal Rural Do Semi-Árido UFERSA @UFERSA
Universidade Federal Do Ceará UFC @UFCinforma
Universidade Federal Da Bahia UFBA @UFBA
Universidade Federal De Alagoas UFAL @UFAL
Universidade Federal Rural De Pernambuco UFRPE @UFRPEonline
Universidade Federal De Sergipe UFS @AscomUFS
Universidade Federal Do Vale Do São Francisco UNIVASF @_UNIVASF
Universidade Federal De Campina Grande UFCG @UFCG_oficial
Universidade Federal Do Recôncavo Da Bahia UFRB @UFRB
Fonte – Elaborado pelo autor.
A tabela mostra as UFNe com suas respectivas siglas e nome utilizado na
ferramenta de comunicação Twitter.
Foi escolhido o período de 01 de novembro de 2010 a 31 de outubro de
2011, o equivalente há um ano, para realizar a coleta de dados. A quantidade de
informações produzida pelas UFNe em seus Twitter foi pesquisada através de uma
ferramenta online chamada TweetStats(http://tweetstats.com/), que possibilita
verificar a quantidade de informação produzida por tal recurso, sendo subdividida em
meses, dia, tweets, retweets e replies.
A coleta foi realizada nas páginas dos Twitter das UFNe, verificando-se a
quantidade de seguidores que apresentam, o que corresponderia à visibilidade em
webometria. Também foi verificada a quantidade de seguindo destes Twitter, que
representaria à luminosidade e visibilidade no caso de um estudo webométrico se
48
por fim foram examinadas às relações existentes entre estas universidades por meio
de seus microblogs.
Com os resultados dos cálculos do Fator de Impacto cibermétrico desses
dados, aplicou-se a fórmula da média aritmética nos catorzes Twitters, desse modo,
o resultado da média obtida ficou entre 6,0 e 8,0 usuários por dia. A partir desses
dados definiu-se que os Twitters com FIC acima de 8,0 são considerados FIC alto,
entre 6,0 a 8,0 possuem FIC baixo e abaixo de 6,0 são classificados como FIC
baixo.
Posteriormente foi calculada a densidade da rede dessas instituições por
meio da fórmula já citada na seção anterior. Para representar as relações
estabelecidas por estas instituições por meio de seus Twitters, construiu-se uma
matriz adjacente e, em seguida, utilizou-se o programa de visualização de redes
Ucinet. Através das ferramentas e indicadores apresentados, é elaborado um
Ranking, o qual apresenta em nível decrescente a relação aos Twitters que mais se
destaca nesse estudo, levando em consideração valores que se referem aos
determinados pesos.
Tabela 3 – Pesos dos indicadores
Indicadores Peso
LUMINOSIDADE 10%
VISIBILIDADE 30%
TEMPO 10%
FIC 20%
QUANTIDADE DE INFORMAÇÃO 30%
Total 100% Fonte – Elaborado pelo autor.
Como pode ser observado na Tabela 3, o peso atribuído aos indiciadores
visibilidade e quantidade de informação é mais alto que a dos outros indicadores
(0,3, ou 30%,). Já para o Fator de Impacto o peso utilizado foi (0,2 ou 20%).
Enquanto que para a luminosidade e tempo, o peso a ser contabilizado é de (0,1 ou
10%).
A justificativa para a definição desses valores deve-se ao fato de que a
visibilidade se refere aos a quantidade de usuários que querem receber informações
dos Twitters das UFNe. A quantidade de informação obteve tal peso, pois é através
49
das informações que se atraem mais leitores. O Fator de impacto Cibermétrico
obteve tal peso por medir a proporção de seguidores por tempo de cada Twitter, o
que está inteiramente relacionado com sua visibilidade. Já o indicador Luminosidade
por se referir a quantidade de Twitters que enviam informações a cada Twitter das
UFNe, contribuindo diretamente com a disseminação de informação. E por fim, o
Tempo que obteve tal peso por apresentar o período que os Twitters das UFNe
estão enviando e recebendo informações.
50
7 ANÁLISE CIBERMÉTRICA DOS TWITTERS DA UFNe
A seguinte análise mostra a aplicação dos estudos métricos,
especificamente a Cibermetria, aos Twitters das Universidades Federais do
Nordeste. A seguinte Tabela 4 mostra a quantidade de tweets produzidos pelas 14
UFNe no período de tempo determinado.
Tabela 4 – Quantidade de tweets.
Fonte – Elaborado pelo autor.
A tabela mostra que nos meses de fevereiro, julho e agosto de 2011 a
quantidade de Tweets total por mês é maior do que nos outros. Provavelmente isto
ocorra, pois estes são os meses que antecedem o início das aulas nas UFNe e
despertam o interesse das pessoas por informações de natureza acadêmica.
Observa-se que, na maioria dos casos, há uma tendência ao aumento na
quantidade de tweets no decorrer do tempo.
Twitters / Tweets
Nov. 2010
Dez. 2010
Jan. 2011
Fev. 2011
Mar. 2011
Abr. 2011
Maio 2011
Jun. 2011
Jul. 2011
Ago. 2011
Set. 2011
Out. 2011
Total
_UNIVASF 161 72 204 159 85 99 108 80 69 52 29 62 1180
AscomUFPE 130 138 152 195 238 364 110 0 245 405 366 332 2675
AscomUFS 35 73 52 50 27 60 45 40 39 28 55 62 566
ComunicaçãoUFPI 209 131 94 296 179 144 191 134 187 146 154 177 2042
UFAL 121 85 65 121 79 99 101 74 92 100 69 171 1177
UFBA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
UFCG_oficial 84 54 73 72 99 95 96 48 73 197 75 96 1062
UFCinforma 131 119 8 237 151 111 162 168 227 151 123 103 1691
UFERSA 28 14 33 26 75 26 0 211 125 116 47 84 785
UFMA_MA 103 40 68 74 48 12 17 42 26 0 8 48 486
UFPBoficial 0 0 0 0 0 31 92 87 48 57 70 107 492
UFRB 38 34 34 46 37 28 60 51 49 72 42 44 535
UFRN_Agecom 55 45 45 48 78 49 62 73 55 82 15 0 607
UFRPEonline 75 45 44 43 4 0 42 28 16 0 33 110 440
TOTAL 1170 850 872 1367 1100 1118 1086 1036 1251 1406 1086 1396 13738
51
Tabela 5 – Quantidade de retweets.
Fonte - Elaborado pelo autor.
A seguinte Tabela5 mostra a quantidade de retweets produzidos pelas 14
UFNe no período de tempo determinado.
A tabela mostra que nos meses de novembro de 2010, fevereiro, junho, julho
e outubro de 2011 são os meses em que a quantidade de retweets total por mês é
maior de que nos outros. Observa-se que em relação ao período utilizado os Twitters
das UFNe retweetaram mais informações de outros usuários do microblog em
relação aos outros meses.
A seguinte Tabela 6 mostra a quantidade de replies produzidos pelas 14
UFNe no período de tempo estipulado.
Twitters / Retweets Nov. 2010
Dez. 2010
Jan. 2011
Fev. 2011
Mar. 2011
Abr. 2011
Maio 2011
Jun. 2011
Jul. 2011
Ago. 2011
Set. 2011
Out. 2011
Total
_UNIVASF 83 19 14 33 0 4 14 6 4 1 3 3 184
AscomUFPE 0 2 16 20 13 31 5 0 15 18 10 10 140
AscomUFS 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 4
ComunicaçãoUFPI 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2
UFAL 0 0 13 25 2 18 17 4 23 5 3 10 120
UFBA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
UFCG_oficial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
UFCinforma 9 0 0 16 13 7 9 7 6 11 22 23 123
UFERSA 5 0 0 2 8 1 0 155 81 39 18 35 344
UFMA_MA 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2
UFPBoficial 0 0 0 0 0 2 4 2 2 3 1 5 19
UFRB 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2
UFRN_Agecom 2 1 0 2 0 0 1 0 0 2 2 0 10
UFRPEonline 13 4 16 4 1 0 2 8 0 0 15 17 80
TOTAL 112 27 61 103 37 63 53 185 131 79 75 104 1030
52
Tabela 6 – Quantidade de replies
Twitters / Replies
Nov. 2010
Dez. 2010
Jan. 2011
Fev. 2011
Mar. 2011
Abr. 2011
Maio 2011
Jun. 2011
Jul. 2011
Ago. 2011
Set. 2011
Out. 2011
Total
_UNIVASF 2 5 24 31 4 13 2 2 12 4 6 6 111
AscomUFPE 9 3 29 20 27 69 38 0 41 80 67 36 419
AscomUFS 0 14 16 10 2 9 2 1 0 0 0 0 54
ComunicaçãoUFPI 0 0 22 196 0 3 4 5 48 2 1 8 289
UFAL 0 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 8 12
UFBA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
UFCG_oficial 9 1 27 10 18 13 19 3 15 99 16 23 253
UFCinforma 37 45 5 141 51 26 36 45 137 56 24 23 626
UFERSA 0 0 0 0 0 0 0 15 8 6 1 5 35
UFMA_MA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
UFPBoficial 0 0 0 0 0 0 13 18 15 8 0 16 70
UFRB 0 5 10 10 10 1 3 3 1 4 0 4 51
UFRN_Agecom 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 3
UFRPEonline 3 1 0 0 0 0 1 1 1 0 3 1 11
TOTAL 60 74 134 420 112 136 118 93 279 260 118 130 1934
Fonte - Elaborado pelo autor.
A Tabela 6 mostra que o mês de fevereiro de 2011 é aquele que a
quantidade de replies total por mês é maior do que nos outros. Observa-se, também,
que a quantidade de replies é baixa em todos os Twitters das universidades
analisadas, se comparadas à quantidade de tweets e retweets apresentada no
mesmo período de tempo
.
53
Gráfico 1 – Quantidade de produção.
Fonte – Elaborado pelo autor.
54
O Gráfico 1 mostra a quantidade de tweets, retweets e Replies produzidos
pelos Twitters das diferentes universidades analisadas no período de um ano. É
possível observar que o número de tweets é sempre maior que a quantidade de
retweets e replies. Isso se dá, provavelmente, pela maior necessidade das
universidades de produzir informações aos seus seguidores do que de repetir a
informação produzida por outro (citar informações) ou mesmo de direcionar
informações produzidas por outro usuário, referenciando o seu nome (citar o nome
do usuário que produziu a informação) Também não se observa que esta
ferramenta, no caso das universidades, seja utilizada para simples bate-papo.É
possível também perceber, por meio do gráfico acima, que o Twitter @AscomUFS é
aquele que produziu mais tweets, já @UFERSA foi o que produziu mais retweets e
@UFCinforma foi o que produziu mais replies.
Gráfico 2 – Quantidade informações
Fonte – Elaborado pelo autor.
O gráfico 2, mostra a quantidade total de informações produzidas em um
ano,correspondente a novembro de 2010 a outubro de 2011, incluindo tweets,
retweets e replies, nos twitters das universidades federais do Nordeste. Observa-se
que o twitter @AscomUFPE é o que mais publicou informações, enquanto que o
@UFBA não publicou nenhuma informaçãodurante o período analisado.
55
Gráfico 3 – Indicador de visibilidade
Fonte – Elaborado pelo autor.
No que se refere à visibilidade, o gráfico 3 mostra a quantidade de usuários
que seguem as informações produzidas por cada Twitter. Pode-se notar que o
Twitter @UFCinforma é o que tem mais seguidores recebendo as informações
produzidas por ele, já o @_UNIVASF é o que menos seguidores apresenta
recebendo suas informações.
56
Gráfico 4 – Indicador de luminosidade
Fonte – Elaborado pelo autor.
Com relação à luminosidade, o gráfico 4 mostra a quantidade de usuários que
estão emitindo informações para cada UFNe, ou seja, que estão sendo seguidos por
elas. Os twitters @UFRN_Agecom e @ComunicaçãoUFPI se destacam pela
quantidade de usuários que seguem.Já os twiters @UFCG_oficial e @UFRB, ao
contrário, não seguem nenhum usuário.
57
Gráfico 5 – Indicador de tempo
Fonte – Elaborado pelo autor.
Levando em conta o indicador Tempo, o gráfico 5, mostra em que momento
cada uma dos catorzes UFNe começou a produzir informações em seus microblogs.
Pode-se observar que o Twitter @UFRB é o que tem mais tempo de existência, já
que iniciou há mais de três anos, enquanto o Twitter @UFPBoficial não completou
nem um ano de existência.
58
Gráfico 6 – Fator de Impacto cibermétrico
Fonte – Elaborado pelo autor.
Na análise do fator de impacto cibermétrico, representado pela quantidade de
usuários que seguem as UFNe em relação ao tempo de usabilidade que cada
Twitter tem, destaca-se que o Twitter @UFPBoficial é o que apresenta fator de
impacto mais alto, m relação a média geral dos demais. Ao se considerar a media
aritmética do fator de impacto dos Twitters examinados, observa-se que entre o
maior valor e o menor valor, a mediana fica entre 6,0 e 8,0 usuários por dia. Desta
forma, os Twitters que alcançaram do primeiro ao quinto lugar, apresentam um FIC
considerado alto, os Twitters que alcançaram o sexto e sétimo lugar, @AscomUFPE
e @UFMA_MA, apresentam um FIC considerado médio e os demais, entre a oitava
e décima quarta posição possui um FIC considerado baixo.
59
Gráfico 7 – Ranking do twitter das universidades.
Fonte – Elaborado pelo autor.
Verifica-se,a partir do gráfico 7, que congrega todos os indicadores utilizados
neste estudo, dando um peso a cada um deles de acordo com o grau de relevância
que possuem, sendo possível, assim, estabelecer o índice cibermétrico (IC) que
define qual são as UFNe que se detacam por meio de seus twitters, obteve-se os
seguintes resultados:
Em primeiro lugar aparece o twitter @UFCinforma com 39,32 de índice
cibermétrico, em segundo lugar vem o twitter @AscomUFPE com um índice
cibermétrico de 27,95, em terceiro lugar o twitter @UFBA apresenta um índice de
26,80, enquanto que o twitter @UFAL fica em quarto lugar com 26,67 de índice
cibermétrico., Em quinto lugar tem-se o twitter @UFCG_oficial com um índice de
23,18, em sexto lugar está o twitter @ComunicaçãoUFPI com 20,78 de IC, o twitter
@UFPBoficial obteve o sétimo lugar com o índice de 18,28, em oitavo lugar,com a
quantia de 18,15 de IC, está o twitter @UFMA_MAem nono lugar, o twitter
@UFERSA apresenta a quantia de 17,55 de IC, e m décimo lugar vem o twitter
@UFRN_Agecom com a quantia de 14,52 de índice cibermétrico. Por fim, os
twitters@AscomUFS, @_UNIVASF, @UFRB e @UFRPEoline ocuparam as úlltimas
60
posições no ranking, com a quantia de 12,87, 11,63,11,50 e 10,93 de índice
cibermétrico, respectivamente.
Com o intuido de mostrar como as UFFe interagem e trocam informação, por
meio do microblog twitter, apresenta-se a matriz adjacente e a representação gráfica
da rede realizada com softwares especializados, conforme a Figura 16:
Figura 16 – Matriz Adjacências das UFNe.
UF
RN
UF
PI
UF
PE
UF
PB
UF
MA
UF
ER
SA
UF
C
UF
BA
UF
AL
UF
RP
E
UF
S
UN
IVA
SF
UF
CG
UF
RB
Tota
l
UFRN 1 1
UFPI 0
UFPE 1 1 2
UFPB 0
UFMA 1 1 1 1 4
UFERSA 1 1
UFC 0
UFBA 0
UFAL 0
UFRPE 1 1 1 1 1 5
UFS 1 1 1 1 4
UNIVASF 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
UFCG 0
UFRB 0
Total 1 2 3 0 1 1 5 4 3 2 1 1 0 3 54 Fonte – Elaborado pelo autor.
Com a obtenção dos dados representados na matriz adjacente foi possível
calular a densidade de redesocial das UFNe
Nº de nós
Nº potencial de interações
Nº efetivo de interações
Densidade da rede %
14 182 54 30%
Verifica-se que a quantidade total potencial de conexões é de 182
relacionamentos e que a rede social das UFNe obtém uma quantidade efetiva de 54
relacionamentos.Isto indica que a densidade da rede é de apenas 30% de
interaçãoentre elas visto que 70% da rede não está interagindo entre si.
Como pode ser observado melhor no gráfico da visualização da rede:
61
Gráfico 8 – Visualização da rede.
Fonte – Elaborado pelo autor.
62
Observa-se que a UFC é a instituição que apresenta o maior grau de
visibilidade na rede social, pois é a que mais seguidores tem (5), seguida da
UFBAcom quatro seguidores e da UFAL e UFPE com três seguidores cada uma.
Visto que todos obtiveram boas colocações no ranking geral, pode-se inferir que a
visibilidade é um dos indicadores que mais influência tem no bom desempenho dos
Twitters analisados.
Observa-se, por outro lado, que a instituição que mais interagiu com as
outras no twitter foi a UNIVASF pois manteve contato com outras dez universidade
participantes da rede, especialmente como seguidora das outras intituições, o que
demonstra alto grau de luminosidade, porém no ranking geral obeteve a décima
segunda colocação, pois não obteve altos índices na maioria dos outros indicadores.
Cabe ainda destacar que duas universidades não interagiram de forma
alguma com as demais instituições por meio do seu twitter, quesão a UFPB e a
UFCG. Talvez a explicação para isto seja o fato destas duas universidades terem
criado seus twitters a menos tempo do que as outras: a UFCG à 653 dias e a UFPB
à 218 dias(menos de um ano).E tem-se percebido que quanto mais tempo tem um
twitter, mais probabilidade ele possui de interagir com os outros.
63
8 CONCLUSÃO
A Cibermetria é um campo novo no âmbito da Ciência da Informação que
necessita ainda de muitos estudos teóricos e, especialmente, práticos para a sua
consolidação, porém desperta o interesse de pesquisadores dos estudos métricos
da informação e comunicação, já que tem como propósito medir as informações do
ciberespaço visto que é ambiente bastante instável.
Mesmo levando em conta este fato, foi possível, por meio deste estudo,
perceber no que se refere à presença das universidades da região Nordeste na
rede.
Os estudos métricos são importantes técnicas de análise da informação,
desta forma, abrange as seguintes áreas: bibliometria, cientometria, webometria,
cibermetria e a informetria, tem seus indicadores que diferenciam umas da outras
sendo a informetria a mais abrangente, pois engloba todas as áreas.
O estudo cibermétrico realizado no Twitter, das Universidades Federais do
Nordeste, visou à análise dos indicadores de visibilidade, luminosidade, fator de
impacto cibermétrico, quantidade de informação produzida e análise de rede social.
Foi escolhido o período de 01 de novembro de 2010 a 31 de outubro de
2011, o equivalente há um ano, para realizar a coleta de dados. A quantidade de
informações produzida pelas UFNe em seus Twitter foi pesquisada através de uma
ferramenta online chamada TweetStats (http://tweetstats.com/), que possibilita
verificar a quantidade de informação produzida por tal recurso, sendo subdividida em
meses, dia, tweets, retweets e replies.
A coleta foi realizada nas páginas dos Twitter das UFNe, verificando-se a
quantidade de seguidores que apresentam, o que corresponderia à visibilidade em
webometria. Também foi verificada a quantidade de seguindo destes Twitter, que
representaria à luminosidade e visibilidade no caso de um estudo webométricos e
por fim foram examinadas às relações existentes entre estas universidades por meio
de seus microblogs.
64
Observa-se, que a instituição que mais interagiu com as outras no twitter foi
a UNIVASF pois manteve contato com outras dez universidade participantes da
rede, especialmente como seguidora das outras intituições, o que demonstra alto
grau de luminosidade, porém no ranking geral obeteve a décima segunda colocação,
pois não obteve altos índices na maioria dos outros indicadores.
Desta maneira, observa-se que a aplicação da cibermetria no twitter,
possibilitou a análise das informações geradas pelas Universidade Federais do
Nordeste, permitindo assim, entender como ocorre a difusão das informações no
meio acadêmico.
Portanto, foi utilizado o Twitter, por ser um micro-blog, com fácil poder de
comunicação, sendo considerada uma ferramenta de comunicação do ciberespaço
que vem tendo um crescimento significativo nos últimos anos, por possibilitar a
comunicação e as trocas de informações de forma ágil.
65
REFERÊNCIAS
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