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FERNANDA MARIA DE OLIVEIRA

AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE DE CORRELAÇÕES MATEMÁTICAS E

REDES NEURAIS NA PREDIÇÃO DE PARÂMETROS DE ESPECIFICAÇÃO DO

DIESEL

Dissertação de mestrado apresentada ao programa de pós-graduação em Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências para obtenção do título de Mestre em Química.

Orientadora: Profª. Dra. Luciene da Silva Santos

Coorientador: Prof. Dr. Djalma Ribeiro da Silva

Natal / RN

2014

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Ficha Catalográfica

O48a Oliveira, Fernanda Maria de.

Avaliação da aplicabilidade de correlações matemáticas e redes neurais na predição de parâmetros de especificação do diesel / Fernanda Maria de Oliveira. – Natal, RN: UFRN, 2014. 124 f il

Orientadora: Drª. Luciene da Silva Santos Coorientador: Dr. Djalma Ribeiro da Silva

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande Do Norte, Centro de Ciências Exatas e da Terra, Programa de Pós-Graduação em Química, 2014.

1. Correlações matemáticas. 2. Redes neurais artificiais. 3. Especificação - Óleo diesel - Dissertação I. Santos, Luciene da Silva. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título

CDU: 662.6/.9:51

Bibliotecário Responsável: Maxwell Lopes da Silva CRB15/421

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À minha família, em especial a minha mãe e ao meu

esposo que sempre me inspiram com sua

inteligência e determinação.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu Deus pela força para vencer as diferentes condições que se fizeram

presentes nesta etapa do caminho.

À Profa Luciene Santos, minha orientadora, que me ensinou não apenas com palavras,

que a melhor forma de se enfrentar os desafios que nos aparecem, é com um belo e largo

sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro.

À minha família que deu a base para que eu pudesse subir um degrau por vez, e

alcançar cada novo objetivo que surgirá.

Ao meu esposo, João Evangelista, que se fez presente nesta etapa de enormes

mudanças e permanece sempre ao meu lado me ajudando não somente com ações, mas com

sorrisos e brincadeiras.

Ao Maciano, menino muito esforçado que contribuiu bastante por sua inteligência e

curiosidade por temas pouco estudados como as correlações matemáticas.

Aos colegas do Laboratório de Caracterização de Petróleo, Keverson, José Felipe,

Rafael, Valdic, Alberto, Anne, Felipe, Lorena, Carlos, Greco e Guerra pelo apoio e “o frio

que sempre me fazem passar no laboratório”. Ao colega Rodrigo que se faz bastante

disponível para ajudar e dividir um pouco do seu conhecimento.

Aos colegas e professores de graduação na UERN onde tudo iniciou e que deixam

muitas saudades.

Ao Programa de Pós Graduação em Química da UFRN, pela oportunidade de

realização do presente trabalho.

Aos Professores Dr. Selmo Almeida (UNIFACS) e Dr. Cristiano Fontes (UFBA) pelas

parcerias realizadas.

Ao PRHPB-222 pelo suporte financeiro.

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Não me deixe desistir! Não me deixe desanimar!

Não me deixe voltar atrás! Senhor!

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RESUMO

O óleo diesel é um dos principais derivados do petróleo comercializados no Brasil, e tem sua qualidade monitorada por laboratórios especializados ligados a Agencia Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para avaliação de propriedades físico-químicas do diesel estão indicados nas resoluções ANP nº 65 de 09 de dezembro de 2011 e nº 45 de 20 de dezembro de 2012 que determinam os limites de especificação para cada parâmetro e as metodologias de análise que devem ser adotadas. Contudo os métodos utilizados apesar de bastante consolidados, necessitam de equipamentos dedicados de elevado custo de aquisição e manutenção, assim como de técnicos especializados para acompanhamento dos ensaios. Estudos para desenvolvimento de métodos alternativos mais rápidos e de menor custo tem sido o foco de vários pesquisadores. Nesta mesma perspectiva, este trabalho realizou uma avaliação da aplicabilidade de equações matemáticas existentes em literaturas especializadas e de redes neurais artificiais (RNAs) para a determinação de parâmetros de especificação do óleo diesel. Para este estudo foram utilizadas 162 amostras de diesel com teores máximo de enxofre, 50 ppm, 500 ppm e 1800 ppm, que foram analisadas em laboratório especializado por meio de metodologias ASTM preconizadas pela ANP, com um total de 810 ensaios. Resultados experimentais de destilação atmosférica (ASTM D86) e massa específica (ASTM D4052) das amostras de diesel foram utilizados como variáveis básicas de entrada para as equações avaliadas. As RNAs foram avaliadas para a predição do ponto de fulgor, índice de cetano e teores de enxofre (S50, S500, S1800), onde foram testadas as arquiteturas de rede feed-forward backpropagation e generalized regression, variando os parâmetros da matriz de entrada de forma a determinar o grupo de variáveis e o melhor tipo de rede para predição das variáveis de interesse. Os resultados obtidos pelas equações e RNAs foram comparados com os resultados ASTM, utilizando os testes paraedos de Wilcoxon e test t de student ao nível de significância de 5%, assim como pelo coeficiente de determinação e erro percentual, onde foi observado um erro de 27,61% para o ponto de fulgor utilizando a equação proposta. O índice de cetano foi obtido por de três diferentes equações, ambas apresentaram bons coeficientes de determinação, com destaque para equação baseada no ponto de anilina, que apresentou o menor erro de 0,816%. As RNAs para predição do ponto de fulgor e do índice de cetano mostraram resultados bastante superiores aos observados para as equações matemáticas, com erros respectivamente de 2,55% e 0,23%. Dentre as amostras com diferentes teores de enxofre, as RNAs conseguiram melhor predizer o teor S1800 com erro percentual de 1,557 %. De um modo geral, as redes do tipo feed-forward mostraram-se superiores as generalized regression.

Palavras-chave: Correlações matemáticas. Redes neurais artificiais. Especificação. Óleo

diesel.

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ABSTRACT

Diesel fuel is one of leading petroleum products marketed in Brazil, and has its quality monitored by specialized laboratories linked to the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels - ANP. The main trial evaluating physicochemical properties of diesel are listed in the resolutions ANP Nº 65 of December 9th, 2011 and Nº 45 of December 20th, 2012 that determine the specification limits for each parameter and methodologies of analysis that should be adopted. However the methods used although quite consolidated, require dedicated equipment with high cost of acquisition and maintenance, as well as technical expertise for completion of these trials. Studies for development of more rapid alternative methods and lower cost have been the focus of many researchers. In this same perspective, this work conducted an assessment of the applicability of existing specialized literature on mathematical equations and artificial neural networks (ANN) for the determination of parameters of specification diesel fuel. 162 samples of diesel with a maximum sulfur content of 50, 500 and 1800 ppm, which were analyzed in a specialized laboratory using ASTM methods recommended by the ANP, with a total of 810 trials were used for this study. Experimental results atmospheric distillation (ASTM D86), and density (ASTM D4052) of diesel samples were used as basic input variables to the equations evaluated. The RNAs were applied to predict the flash point, cetane number and sulfur content (S50, S500, S1800), in which were tested network architectures feed-forward backpropagation and generalized regression varying the parameters of the matrix input in order to determine the set of variables and the best type of network for the prediction of variables of interest. The results obtained by the equations and RNAs were compared with experimental results using the nonparametric Wilcoxon test and Student's t test, at a significance level of 5%, as well as the coefficient of determination and percentage error, an error which was obtained 27, 61% for the flash point using a specific equation. The cetane number was obtained by three equations, and both showed good correlation coefficients, especially equation based on aniline point, with the lowest error of 0,816%. ANNs for predicting the flash point and the index cetane showed quite superior results to those observed with the mathematical equations, respectively, with errors of 2,55% and 0,23%. Among the samples with different sulfur contents, the RNAs were better able to predict the S1800 with error of 1,557%. Generally, networks of the type feed-forward proved superior to generalized regression.

Keywords: Mathematical correlations. Artificial neural networks. Specification. Diesel oil.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Estrutura da Demanda de Combustíveis Líquidos por Setor ................................... 23

Figura 2 - Distribuição Percentual da Produção de Derivados Energéticos de Petróleo ......... 24

Figura 3 - Distribuição Percentual das Não Conformidades de Diesel, Segundo as

Especificações da ANP – 2012 ................................................................................................ 25

Figura 4 - Estrutura de Consumo de Derivados no Brasil ....................................................... 25

Figura 5 - Esquema de produção do óleo diesel ...................................................................... 26

Figura 6 - Motor CFR .............................................................................................................. 35

Figura 7 - Rede neural artificial com uma camada intermediária e três neurônios ocultos .... 42

Figura 8 - Esquema representativo de um neurônio artificial ................................................. 43

Figura 9 - Função de ativação (A) linear, (B) logarítmica e (C) tangente-hiperbólica ........... 43

Figura 10 - Rede feed-forward com uma única camada oculta ............................................... 45

Figura 11 - Rede feed-forward com múltiplas camadas ocultas ............................................. 45

Figura 12 - Rede do tipo feedback ou recorrente..................................................................... 46

Figura 13 - Rede neural do tipo feed-forward backpropagation ............................................. 47

Figura 14 - Função de Base Radial .......................................................................................... 48

Figura 15 - Rede neural do tipo genenralized regression – NNGR ........................................ 49

Figura 16 - Modelo de seleção de amostras pelo algoritmo de Kennard e Stone.................... 51

Figura 17 - Fluxograma da Obtenção dos Resultados Empíricos – Equações ........................ 57

Figura 18 - Esquema da rede feed-forwad backpropagation .................................................. 61

Figura 19 - Esquema da rede generalized regression ............................................................. 62

Figura 20 - Fluxograma da metodologia de treinamento da rede feed-forward

backpropagation ...................................................................................................................... 63

Figura 21 - Fluxograma da metodologia de treinamento da rede generalized regression ...... 65

Figura 22 - (a) Ponto de fulgor ASTM e calculado x nº de amostras, (b) Curva de regressão

ICC x ICetano, (c) Curva de regressão IC_ID x ICetano, (d) Curva de regressão IC_PA x

ICetano, (e) Gráfico Boxplot de comparação das médias para o ponto de fulgor ASTM e

calculado .................................................................................................................................. 73

Figura 23 - (a) Curva de regressão linear do PtFulgor x PF, (b) Gráfico Boxplot de

comparação das médias para o ponto de fulgor ....................................................................... 76

Figura 24 - Curva de regressão para os resultados do ponto de fulgor ................................... 76

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Figura 25 - (a) Gráfico Boxplot de comparação dos resultados de ponto de fulgor ASTM

(targets) e estimado (rede 01_NNGR). (b) Gráfico Boxplot de comparação dos resultados de

ponto de fulgor ASTM (targets) e estimado (rede 01_NNF) .................................................. 79

Figura 26 - Gráfico Boxplot de comparação dos resultados de índice de cetano ASTM

(targets) e estimado (rede 01_NNF, 02_NNF, 06_NNF e 07_NNF) ...................................... 83

Figura 27 - Gráfico Boxplot de comparação dos resultados de índice de cetano ASTM

(targets) e estimado (a) rede 01_NNGR, (b) rede 02_NNGR, (c) rede 06_NNGR e (d) rede

07_NNGR ................................................................................................................................ 84

Figura 28 - Curva de regressão D86MEPFIC x targets para os teores de enxofre juntos ....... 86

Figura 29 - Gráfico Boxplot com comparação dos resultados de teor de enxofre TS50 ASTM

(targets) e estimado (a) rede 01_NNF, (b) rede 02_NNF ....................................................... 89

Figura 30 - Curva de regressão D86MEPFIC x targets para os teores de enxofre TS500 ...... 90

Figura 31 - Gráfico Boxplot de comparação dos resultados de teor de enxofre TS500 ASTM

(targets) e estimado (rede 01_NNF, 02_NNF, 03_NNF e 04_NNF) ...................................... 91

Figura 32 - Gráfico Boxplot de comparação dos resultados de teor de enxofre TS1800 ASTM

(targets) e estimado (rede 01_NNF, 01_NNGR, 03_NNGR e 04_NNGR) ............................ 94

Figura i - Interface da Neural Network Fitting Tool ............................................................. 110

Figura ii - Interface para seleção do banco de dados ............................................................ 111

Figura iii - Interface para Seleção de Porcentagens ............................................................. 111

Figura iv - Definição do Numero de Neurônios Ocultos ...................................................... 111

Figura v - Treinamento da Rede ........................................................................................... 112

Figura vi - Resultados do Treinamento ................................................................................ 112

Figura vii - Neural Network Training......................................................................... ......... 113

Figura viii - Interface gráfica Neural Network/Data Maneger............................................. 115

Figura ix - Interface de importação de dados – Import to network ...................................... 116

Figura x - Interface de criação das redes - Create Netwok or Data ..................................... 116

Figura xi - Interface da rede construída – Network: network 1............................................. 117

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LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 - Determinação do índice de cetano calculado ASTM D4737 .............................. 53

Equação 2 - Determinação da ME20⁰C ..................................................................................... 57

Equação 3 - Rearranjo da equação 01 ..................................................................................... 58

Equação 4 - Determinação da viscosidade a 40⁰C .................................................................. 58

Equação 5 - Determinação do ponto de ebulição médio volumétrico ..................................... 58

Equação 6 - Determinação do ponto de ebulição médio molar ............................................... 58

Equação 7 - Determinação do ponto de ebulição médio cúbico.............................................. 58

Equação 8 - Determinação do ponto de ebulição médio mediano .......................................... 58

Equação 9 - Determinação do ponto de anilina ....................................................................... 59

Equação 10 - Determinação do grau API ................................................................................ 59

Equação 11 - Determinação do índice de diesel ...................................................................... 59

Equação 12 - Determinação do índice de cetano baseado na densidade relativa e destilação

ASTM D86 .............................................................................................................................. 60

Equação 13 - Determinação do índice de cetano baseado no índice de diesel ........................ 60

Equação 14 - Determinação do índice de cetano baseado no ponto de anilina ....................... 60

Equação 15 - Determinação do ponto de fulgor ...................................................................... 60

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Parâmetros de Especificações do Diesel de Uso Rodoviário ................................. 29

Tabela 2 - Especificações dos óleos diesel A S1800 e B S1800 não rodoviários ................... 31

Tabela 3 - Propriedades determinadas por correlações com pontos de destilação ASTM D86 e

massa específica 20/4ºC .......................................................................................................... 40

Tabela 4 - Equações para obtenção dos parâmetros determinados empiricamente ................. 55

Tabela 5 - Variáveis de entrada utilizadas para treinamento das redes de predição do índice de

cetano ....................................................................................................................................... 66

Tabela 6 - Variáveis de entrada utilizadas para treinamento das redes de predição dos teores

de enxofre separadamente ....................................................................................................... 67

Tabela 7 - Estatísticas descritivas dos resultados ASTM para grupo de teor de enxofre TS 50,

TS 500 e TS 1800 .................................................................................................................... 69

Tabela 8 - Coeficiente de determinação para cada equação aplicada ...................................... 74

Tabela 9 - Erros das equações de predição do índice de cetano .............................................. 74

Tabela 10 - Resultados do teste t de student ............................................................................ 74

Tabela 11 - Coeficiente de determinação das redes com diferentes inputs e spread NNGR .. 78

Tabela 12 - Erros para as redes de predição do ponto de fulgor ............................................. 78

Tabela 13 - Resultados do teste estatístico .............................................................................. 78

Tabela 14 - Coeficiente de determinação das redes com diferentes inputs e spread NN ........ 81

Tabela 15 - Erros para as redes de predição do índice de cetano ............................................ 82

Tabela 16 - Resultado do teste estatístico ................................................................................ 82

Tabela 17 - Coeficiente de determinação das redes com diferentes inputs e spread NNGR .. 85

Tabela 18 - Descritivos dos resultados obtidos pela rede 01_NNF ......................................... 86

Tabela 19 - Coeficiente de determinação das redes com diferentes inputs e spread NNGR .. 87

Tabela 20 - Erros para as redes de predição do teor de enxofre TS 50 ................................... 88

Tabela 21 - Descritivos dos resultados obtidos pela rede 01_NNF e 02_NNF para o teor de

enxofre TS 50 .......................................................................................................................... 88

Tabela 22 - Erros para as redes de predição do teor de enxofre TS 500 ................................. 90

Tabela 23 - Descritivos dos resultados obtidos pela rede 01_NNF e 02_NNF para o teor de

enxofre TS 500 ........................................................................................................................ 91

Tabela 24 - Erros para as redes de predição do teor de enxofre TS 1800 ............................... 92

Tabela 25 - Resultados do teste estatístico .............................................................................. 93

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Tabela 26 - Erros médios absolutos, erros percentuais e variáveis de entrada das redes mais

adequadas para aplicar na predição do ponto de fulgor, índice de cetano e teor de ................ 95

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

API American Petroleum Institute

ASTM American Society for Testing and Materials

ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

BX X% de Biodiesel no diesel

B5 5% de Biodiesel no diesel

CEN Comitté Eupopeén de Normalisation

C/H Relação carbono hidrogênio

CFR Cooperative Fuel Research

CNT Confederação Nacional do Transporte

D Densidade

d20ºC Densidade líquida a 20ºC e 1 atm

d15,6/15,6ºC Densidade relativa obtida nas condições padrão de temperatura de 15,6ºC e 1atm

ponderada pela densidade da água nas mesmas condições

GLP Gás Liquefeito de Petróleo

H% Teor de hidrogênio

IC Índice de Cetano

IC_ID Índice de Cetano obtido pela equação baseada no índice de diesel

IC_PA Índice de Cetano obtido pela equação baseada no ponto de anilina

ICC Índice de Cetano Calculado

ID Índice de Diesel

ISO International Organization for Standardização

KAPI Fator de caracterização API

KW Fator de caracterização de Watson

MATLAB Matrix Laboratory

M Massa molar

M Massa

Mw Massa molar média

ME Massa específica

NBR Norma Brasileira

NC Número de Cetano

NCD Número de Cetano Derivado

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PA Ponto de anilina

PC Ponto de congelamento

PCA Análise por Componentes Principais

PEMC Ponto de ebulição médio cúbico

PEMe Ponto de ebulição médio mediano

PEMP Ponto de ebulição médio em massa

PEMV Ponto de ebulição médio volumétrico

PEMM Ponto de ebulição médio molar

PF Ponto de fulgor

PML Programa de Monitoramento dos Lubrificantes

PMQC Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Líquidos

PNA Composição Parafinas/Naftenos/Aromáticos

PNE Plano Nacional de Energia

RNA Redes Neurais Artificiais

R² Coeficiente de Determinação

ppm Partes por milhão

n20ºC Índice de refração a 20°C

Ri Interseptus refração-densidade

SBQ Superintendência de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos

SPSS Statistical Package Science Social

S50 Teor máximo de 50ppm de enxofre no diesel

S500 Teor máximo de 500ppm de enxofre no diesel

S1800 Teor máximo de 1800ppm de enxofre no diesel

SG Specific Gravity – Gravidade Específica

S% Teor de enxofre

Ti%ASTM Temperatura do percentual de recuperado da destilação ASTM D86

v Viscosidade cinemática

VGC Constante viscosidade-densidade

VGF Função viscosidade-densidade

V40°C Viscosidade cinemática a 40°C

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 18

2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 20

2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 20

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 20

3 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 21

3.1 O PETRÓLEO BRASILEIRO ....................................................................................... 21

3.2 ÓLEO DIESEL .............................................................................................................. 22

3.2.1 Histórico do óleo diesel ................................................................................................ 22

3.2.2 Classificação e tipos de óleo diesel .............................................................................. 27

3.3 CONTROLE DE QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS BRASILEIROS ................. 28

3.3.1 Controle de qualidade do óleo diesel .......................................................................... 29

3.4 PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL .... 31

3.4.1 Massa específica (ME20ºC) e densidade relativa (SG 60ºF/60ºF) .............................. 32

3.4.2 Ponto de Fulgor ............................................................................................................ 32

3.4.3 Viscosidade ................................................................................................................... 34

3.4.4 Número de Cetano (NC) .............................................................................................. 34

3.4.5 Curva de destilação ...................................................................................................... 36

3.4.6 Teor de enxofre ............................................................................................................. 37

3.4.7 Ponto de Anilina ........................................................................................................... 38

3.5 PRINCIPAIS CORRELAÇÕES MATEMÁTICAS ...................................................... 39

3.6 REDES NEURAI ........................................................................................................... 41

3.6.1 Rede Feed-Forward Backpropagation ......................................................................... 46

3.6.2 Rede Generalizaed Regression ..................................................................................... 48

3.7 ALGORITMO DE KENNARD-STONE (KS) .............................................................. 50

4 METODOLOGIA ........................................................................................................ 52

4.1 METODOLOGIA EXPERIMENTAL .......................................................................... 52

4.1.1 Destilação ASTM D-86 com destilador automático .................................................. 52

4.1.2 Determinação do Índice de Cetano - ASTM D-4737 ................................................ 53

4.1.3 Determinação do ponto de fulgor - ASTM D93 ..................................................... 54

4.1.4 Determinação da massa específica - ASTM D-4052.................................................. 54

4.1.5 Determinação do Enxofre Total - ASTM D -4294..................................................... 54

4.2 METODOLOGIA – EQUAÇÕES MATEMÁTICAS .................................................. 55

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4.2.1 Determinação dos resultados ...................................................................................... 55

4.2.2 Densidade relativa 15,6/15,6 ºC – Gravidade específica (SG) (g/mL) .................... 57

4.2.3 Viscosidade cinemática 40 ºC (cSt – cm2/s) ................................................................ 58

4.2.4 Pontos de ebulição médios (ºK) .............................................................................. 58

4.2.5 Ponto de Anilina (ºC) ................................................................................................... 59

4.2.6 Grau API ....................................................................................................................... 59

4.2.7 Índice de diesel ............................................................................................................. 59

4.2.8 Índice de Cetano calculado .......................................................................................... 60

4.2.9 Ponto de Fulgor (ºC) .................................................................................................... 60

4.3 METOLOGIA EMPÍRICA – REDES NEURAIS ARTIFICIAIS ................................ 61

4.3.1 Determinação dos resultados empíricos ..................................................................... 61

4.3.2 Construção da RNA - Feed-Forward Backpropagation ............................................ 63

4.3.3 Construção da RNA – Generalized Regression (NNGR) ........................................... 64

4.3.4 Predição do ponto de Fulgor ....................................................................................... 65

4.3.5 Predição do índice de Cetano ...................................................................................... 66

4.3.6 Predição do teor de enxofre ......................................................................................... 66

4.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ........................................................................................ 67

4.4.1 Análise de normalidade das amostras ........................................................................ 67

4.4.2 Análise de diferenças entre os resultados ASTM e estimados ................................. 68

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 69

5.1 RESULTADOS EMPÍRICOS – EQUAÇÕES MATEMÁTICAS ................................ 70

5.1.1 Densidade 15,6/15,6 ºC ................................................................................................. 70

5.1.2 Viscosidade40ºC .............................................................................................................. 70

5.1.3 Pontos de ebulição médios ........................................................................................... 71

5.1.4 Ponto de Anilina ........................................................................................................... 71

5.1.5 Grau API (ºC) ............................................................................................................... 71

5.1.6 Índice de diesel ............................................................................................................. 71

5.1.7 Índice de Cetano ........................................................................................................... 71

5.1.8 Ponto de Fulgor ............................................................................................................ 75

5.2 RESULTADOS EMPÍRICOS – REDES NEURAIS ARTIFICIAIS ............................ 77

5.2.1 Predição do ponto de Fulgor ....................................................................................... 77

5.2.2 Predição do índice de Cetano ...................................................................................... 80

5.2.3 Predição do teor de enxofre (todos os tipos de amostras de óleo diesel avaliadas

conjuntamente) ............................................................................................................. 85

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5.2.4 Predição dos teores de enxofre separadamente ......................................................... 87

6 CONCLUSÕES ............................................................................................................ 97

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 100

APRÊNDICE A - Metodologia de construção da RNA - Feed-Forward

Backpropagation ......................................................................................................... 110

APÊNDICE B - Rotina no Matlab para Algoritimo Kennard Stone .................... 114

APÊNDICE C - Metodologia de construção da RNA – Generalized Regression

(NNGR) ........................................................................................................................ 115

APÊNDICE D – Tabela de resultados das metodologias ASTM ........................... 118

APÊNDICE E – Tabela de resultados das equações ............................................... 122

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1 INTRODUÇÃO

O óleo diesel é um combustível derivado do petróleo com diversas aplicações e tem

seu principal uso no transporte rodoviário de passageiros e cargas, como combustível de

veículos movidos a motores de combustão interna, que formam a base do sistema de

transporte brasileiro (OLIVEIRA et al., 2014). Atualmente é o combustível mais consumido

no Brasil e estimativas projetam que esse consumo supere 95 bilhões de litros em 2030

(MME, 2007). Os principais problemas do óleo diesel brasileiro estão relacionados à

degradação do diesel B5, alto teor de enxofre e adulterações (CNT, 2012).

O diesel é constituído predominantemente por hidrocarbonetos alifáticos contendo de

9 a 28 átomos de carbono na cadeia. Tem sua obtenção baseada no processo inicial de

destilação atmosférica do petróleo em temperaturas na faixa de 100 – 400 ºC (373 – 673 K),

onde são obtidas as frações denominadas de óleo diesel leve e pesado, podendo ser ampliada

sua faixa de destilação para incorporar outras frações como a nafta, querosene e o gasóleo

leve de vácuo, obtidas durante o processo de refino para enquadrar o produto dentro das

especificações (BRAUN et al., 2003).

Este derivado é utilizado em motores de combustão interna e ignição por compressão -

motores do ciclo diesel, que são empregados principalmente em veículos que necessitam de

alta potência (BEHAR, 1978). Nos anos últimos as máquinas a diesel vêm atraindo uma

porção crescente do mercado mundial de veículos de carga leve (BRAUN et al., 2003). No

Brasil, a tendência de utilização do motor a diesel tem sido crescente e impulsionado pelo

atual modelo energético brasileiro, que se apoia prioritariamente no transporte de cargas, por

via rodoviária, em detrimento do transporte ferroviário, fluvial ou cabotagem (PETROBRAS,

2014).

Segundo estatísticas divulgadas pela ANP no período de 2011-2012 pôde-se constatar

um crescimento de 7% na produção do óleo diesel no país. Todo esse crescimento está

atrelado diretamente ao setor de transporte nacional, que consumiu somente em 2012

aproximadamente 80% do diesel ofertado em todo território nacional, o que faz desse

combustível o derivado propulsor do refino em nosso país (ALEME et al., 2012; ANP,

2013a).

Na mesma proporção em que ocorre o crescimento na produção e consumo do óleo

diesel no Brasil também estão os problemas de não conformidade dos combustíveis, que

consequentemente se elevaram nesse mesmo período, apresentando o maior número de

adulterações dentre os combustíveis líquidos distribuídos e comercializados em todo o país

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19

(CNT, 2012; ANP, 2013a). Visando a coibir tal prática e proteger os interesses dos

consumidores quanto à qualidade dos derivados de petróleo comercializados em todo o

território brasileiro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP

realiza o monitoramento da qualidade do diesel comercializado no Brasil.

Este processo ocorre com a avaliação de diferentes parâmetros físico-químicos do

combustível, de acordo com as resoluções ANP nº 65 de 09 de dezembro de 2011 (diesel de

uso rodoviário) e nº 45 de 20 de dezembro de 2012 (diesel de uso não rodoviário) e por meio

do Programa de Monitoramente da Qualidade dos Combustíveis – PMQC (BRASIL, 2011a e

2012). Tais resoluções determinam os limites de especificação para cada parâmetro e as

metodologias de análise que devem ser adotadas.

Os principais parâmetros físico-químicos e as respectivas normas da American Society

for Testing and Materials-ASTM usados pela ANP para monitorar a qualidade do diesel e

garantir uma combustão adequada no motor são ponto de fulgor (ASTM D93), índice de

cetano (ASTM-D613), destilação (ASTM D86), massa específica à 20 ºC (ASTM D4052), e o

teor de enxofre (ASTM D4294). Estes métodos, apesar de bastante consolidados, possuem

alguns inconvenientes técnicos, tais como, tempo, custo das análises e mão de obra

especializada, que tem levado ao estudo de alternativas mais viáveis para o monitoramento.

Em função destas limitações experimentais,  tem-se buscado o desenvolvimento de

métodos de estimativas que sejam práticos e confiáveis para a predição do ponto de fulgor,

índice de cetano e do teor de enxofre (BAGHERI et al., 2012b; ROWLEY et al., 2010;

JONES, 2013). Considerando-se também a necessidade constante de contenção de despesas e

a perspectiva atual de redução do descarte de resíduos químicos, buscou-se com este trabalho

utilizar metodologias alternativas baseadas em correlações matemáticas, para obtenção de

parâmetros de especificação do diesel.

Portanto, foi feita uma avaliação da aplicabilidade de equações matemáticas

disponíveis na literatura e de Redes Neurais Artificiais (RNAs) na determinação do ponto de

fulgor, índice de cetano e teor de enxofre a partir de parâmetros de mais fácil obtenção, tais

como e que já fazem parte da rotina de monitoramento do diesel, visando a reduzir tempo,

número de análises e, consequentemente, custos no processo de controle de qualidade diesel.

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20

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar de métodos alternativos baseados em correlações matemáticas e obter redes

neurais artificiais, para a predição de propriedades físico-químicas utilizadas como parâmetros

de especificação do óleo diesel B5 (5% de biodiesel).

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Obter dados experimentais de propriedades físico-químicas do diesel B5, a partir de

amostras comerciais, utilizando metodologias pré-estabelecidas pela ANP, tais como:

pontos de destilação, ASTM D86, massa específica, teor de enxofre, índice de cetano e

ponto de fulgor;

• Aplicar correlações matemáticas existentes na literatura, na predição de propriedades

do diesel, tais como ponto de fulgor, viscosidade, índice de cetano, ponto de anilina,

densidade, pontos médios de ebulição, grau API, índice de diesel, utilizando dados

experimentais de destilação por ASTM D86 e massa específica;

• Comparar os resultados teóricos das equações aplicadas na determinação de índice de

cetano e ponto de fulgor, com os resultados obtidos por metodologias normatizadas;

• Avaliar a aplicabilidade das redes neurais para a obtenção de algumas propriedades

físico-químicas rotineiramente utilizadas na especificação do diesel;

• Avaliar os resultados dos parâmetros de especificação obtidos para o diesel, por

redes neurais artificiais, com os resultados obtidos por meio das equações

matemáticas;

• Criar uma rede amigável que permita a obtenção de dados sobre parâmetros de

especificação do óleo diesel, com introdução de poucas variáveis, funcionando como

um analisador virtual.

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21

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 O PETRÓLEO BRASILEIRO

O mercado de petróleo bruto possui cerca de 200 variedades de petróleo, que diferem

pela densidade e conteúdo de contaminantes. A densidade do petróleo, medida importante

para o refinador, tem um padrão comercial definido pelo American Petroleum Institute (API),

chamado gravidade API, que permite antecipar o conteúdo do petróleo em frações leves,

médias e pesadas. Um petróleo menos denso tem grau API mais elevado e maior valorização

no mercado, porque rende um volume maior de derivados leves (FGV, 2012).

Assim podemos classificar três principais tipos de petróleo, leve, médio e pesado, cada

um deles capaz de render proporções diferentes de derivados no processo de refino. O

petróleo leve (ºAPI > 38), produzido no Oriente Médio, dá origem a maiores volumes de

gasolina, GLP e nafta. As densidades médias (38 > ºAPI > 29) produzem principalmente óleo

diesel e querosene. E os óleos mais pesados (29 > ºAPI > 8,5), característica da Venezuela e

do Brasil, produzem maiores quantidades de óleos combustíveis e asfalto (FAHIM et al.,

2012; FGV, 2012). O perfil do petróleo produzido no Brasil está na faixa de médio a pesado.

Em 2006, o país tornou-se autossuficiente em volume de petróleo bruto extraído, mas

continua dependente da importação desta matéria prima para alcançar misturas de maior

qualidade para os processos de refino de petróleo (SZKLO et al., 2012). Contudo, a política

de petróleo do país manteve o foco nas buscas por novos recursos petrolíferos, que levou a

realização da enorme descoberta dos campos do pré-sal em 2008 (GOLDEMBERG, 2014).

O óleo retirado do pré-sal possui elevado grau ºAPI e baixo teor de substâncias

poluentes como nitrogênio e enxofre, sendo este mais adequado para produção de derivados

de maior valor agregado (BERTO et al, 2012). Atualmente grande parte dos investimentos da

indústria do petróleo no Brasil está concentrada no desenvolvimento dos campos do pré-sal,

particularmente em grandes campos off-shore, que detêm seus recursos sob extensas camadas

de sal e rochas, atingindo uma profundidade média de 7.000 m entre a superfície do mar e os

reservatórios de petróleo (GOLDEMBERG, 2014).

Apesar do perfil do petróleo brasileiro não ser o mais adequado para a produção do

óleo diesel, o país consegue suprir boa parte da sua demanda. Esse fato se deve às descobertas

de petróleos cada vez mais pesados, que levaram as refinarias investirem intensamente na

adaptação/modernização de suas unidades de destilação atmosférica e na construção de novas

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unidades de craqueamento/conversão, para receber cargas pesadas e com elevada acidez, a

fim de obter rendimentos mais adequados ao perfil de demanda.

Com a produção do óleo do pré-sal espera-se que a matriz de petróleo brasileira se

torne mais equilibrada e valorizada, melhorando as perspectivas da produção de diesel e

acompanhando o aumento da demanda, que segundo o Plano Nacional de Energia 2030

crescerá numa média anual de 3,7%, alcançando um consumo de 98 bilhões de litros em 2030

- incluindo a demanda do setor energético (MME, 2007).

3.2 ÓLEO DIESEL

3.2.1 Histórico do óleo diesel

A posição de destaque que o óleo diesel alcançou, dentre os derivados de petróleo, está

diretamente atrelada ao desenvolvimento do motor a diesel, que surgiu a partir da ideia do

engenheiro alemão, especialista em ciclos térmicos, Rudolf Christian Karl Diesel, de

aperfeiçoar o motor de combustão interna a gasolina e desenvolveu um protótipo onde a

mistura de ar-combustível era comprimida a uma determinada pressão em um motor

monocilíndrico alimentado com óleo de amendoim, a mistura então era aquecida e provocava

a autoignição. Após a morte de Rudolf Diesel a indústria do petróleo desenvolveu um tipo de

óleo denominado de “Óleo Diesel” em sua homenagem (SOUZA, 2008).

Os motores diesel são máquinas básicas que geram energia para veículos utilizados

principalmente em aplicações que precisem de elevada potência, que incluem ônibus, grandes

caminhões, tratores e máquinas para mineração e dragagem. Atualmente, as máquinas diesel

vêm atraindo uma porção crescente do mercado mundial de veículos de carga leve, cujos

motores fornecem baixa potência. Na Europa, cerca de 100% dos veículos de carga pesada,

60% dos de carga leve, incluindo os utilitários, e ainda 20% dos carros para transporte de

passageiros são movidos a diesel (SUMMERS, 1996).

A popularidade das máquinas à diesel deve-se, principalmente, à eficiência do diesel

como combustível em relação à gasolina e outros combustíveis simples ou misturados como o

metanol, o que chega a conferir uma economia relativa de 25 a 45% (BRAUN et al., 2003).

Outro atrativo é o preço do diesel que é muito inferior aos demais combustíveis, o que se

reflete na grande utilização do mesmo em caminhões e ônibus em muitas áreas urbanas. Os

motores diesel apresentam ainda uma excepcional durabilidade e, em geral, para veículos de

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24

período 2011-2012 (ANP, 2013a). O esquema da Figura 2 traz a distribuição percentual da

produção de derivados energéticos de petróleo – 2012.

Figura 2 - Distribuição Percentual da Produção de Derivados Energéticos de Petróleo

Fonte: ANP (2013a).

Neste ano de 2012 as vendas nacionais de derivados pelas distribuidoras registraram

alta de 7,6%, totalizando 119,8 milhões de m3. O consumo de óleo diesel aumentou 7%,

somando 55,9 milhões de m3, representando 46,6% das vendas totais. Por sua vez, o preço

médio do óleo diesel no Brasil subiu 3% em 2012, fixando-se em R$ 2,087. Os menores

preços foram observados no Nordeste (R$ 2,041) (ANP, 2013a).

Com relação ao monitoramento da qualidade dos combustíveis no ano de 2012, foi

observada uma redução no número de amostras de combustíveis coletadas e avaliadas, no

entanto também se pode observar um número maior de não conformidade para este período,

com destaque para o óleo diesel, que apresentou aproximadamente 3% de não conformidades,

sendo, portanto, o maior percentual dentre os demais combustíveis avaliados. Este número

elevado em relação ao outros combustíveis indica a necessidade de um aumento nas

fiscalizações e no número de amostras analisadas.

Dentre as amostras com irregularidades, os parâmetros que mais apresentaram não

conformidades foram o aspecto, o teor de biodiesel, ponto de fulgor e teor de enxofre (ANP,

2013a), como pode ser observado na Figura 3, que apresenta a distribuição percentual das não

conformidades do diesel, segundo as especificações da ANP – 2012.

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27

antioxidantes, antiespumantes, desemulsificantes, desativadores de metais, dissipadores de

cargas elétricas, detergentes, dispersantes e melhoradores de lubricidade, escoamento e cetano

(SOUZA, 2008).

3.2.1 Classificação e tipos de óleo diesel

No Brasil de acordo a resolução ANP nº 65 de 9 de Dezembro de 2011 os óleos diesel

de uso rodoviário classificam-se em (ANP, 2011a): óleo diesel A que é um combustível

produzido por processos de refino de petróleo, centrais de matérias-primas petroquímicas ou

autorizado a veículos dotados de motores do ciclo Diesel, de uso rodoviário, sem adição de

biodiesel; e óleo diesel B que é o óleo diesel A adicionado de biodiesel no teor estabelecido

pela legislação vigente.

Para efeitos desta mesma resolução ficou estabelecido que os óleos diesel A e B

deveriam apresentar nomenclaturas, conforme o teor máximo de enxofre:

I - Óleo diesel A S10 e B S10: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 10

mg/kg;

II - Óleo diesel A S50 e B S50: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 50

mg/kg;

III - Óleo diesel A S500 e B S500: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de 500

mg/kg;

IV - Óleo diesel A S1800 e B S1800: combustíveis com teor de enxofre, máximo, de

1800 mg/kg.

A resolução ANP nº 45 de 20 de dezembro de 2012, regulamentou a especificação do

óleo diesel de uso não rodoviário, e definiu seu uso e origem (ANP, 2012): os usos não

rodoviários abrangidos por esta resolução referem-se aos veículos e equipamentos

empregados no transporte ferroviário, na extração mineral e na geração de energia elétrica e o

óleo diesel não rodoviário produzido por processos diversos dos utilizados no refino de

petróleo e nas centrais de matérias-primas petroquímicas, bem como a partir de matérias-

primas distintas do petróleo e seus derivados, depende de autorização prévia da ANP para

comercialização.

Ainda com base na resolução ANP nº 45 o óleo diesel não rodoviário foi classificado

como (ANP, 2012):

I - Óleo diesel A S1800 não rodoviário: combustível produzido a partir de processos

utilizados no refino de petróleo e nas centrais de matérias-primas petroquímicas ou

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28

autorizado nos termos do § 2º do Art. 1º desta Resolução, sem adição de biodiesel e

com teor de enxofre máximo de 1800 mg/kg, comercializado ao distribuidor para

compor o óleo diesel B não rodoviário;

II - Óleo diesel B S1800 não rodoviário: óleo diesel A S1800 adicionado de biodiesel

no teor estabelecido pela legislação vigente e destinado aos usos não rodoviários.

Segundo a resolução ANP Nº 15 de 17 de julho de 2006, o óleo diesel rodoviário em

uma classificação mais antiga também foi denominado como: óleo Diesel Metropolitano –

único tipo cuja comercialização é permitida nos municípios metropolitanos especificados pela

resolução e Óleo Diesel Interior – para comercialização nos demais municípios do País.

3.3 CONTROLE DE QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS BRASILEIROS

Uma das atribuições da ANP é proteger os interesses dos consumidores quanto à

qualidade dos derivados de petróleo comercializados em todo o território brasileiro, conforme

o Art. 8º da Lei nº 9.478/1997, a Lei do Petróleo (ANP, 1997). A busca da ANP pela melhoria

da qualidade dos combustíveis derivados de petróleo, gás natural, biocombustíveis e do etanol

ocorre através das especificações regulamentadas, que refletem a qualidade mínima necessária

ao bom desempenho do produto. Essa regulamentação atende à Política Energética Nacional e

aos anseios da sociedade quanto à adequação ao uso, ao meio ambiente e aos interesses do

consumidor, considerando a realidade nacional (ANP, 2013b).

Visando sempre a qualidade a ANP criou em 1998 o Programa de Monitoramento da

Qualidade dos Combustíveis Líquidos - PMQC e em 2005 este programa alcançou todas as

unidades da Federação. O programa foi regulamentado pela resolução ANP nº 8, de 9 de

fevereiro de 2011 (revoga a resolução ANP nº 29, de 26/10/2006), e tinha como finalidade

identificar e localizar produtos que não atendem às especificações técnicas determinadas pela

ANP (ANP, 2011b).

A cada mês são coletadas mais de 21 mil amostras de gasolina, etanol

hidratado combustível e diesel em postos revendedores escolhidos por sorteio. As amostras

são analisadas no Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da ANP e nos 22 laboratórios

de universidades e instituições de pesquisa contratados pela Agência, em relação a diversos

parâmetros técnicos físico-químicos e quanto ao bom desempenho nos motores (ANP,

2013c).

Os resultados obtidos são de substancial importância, pois ajudam a ANP a planejar as

ações de fiscalização, além de subsidiar ações das instituições que mantêm convênios com a

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da ANP na área de fiscalização: os ministérios públicos estaduais e federal, PROCONs e

secretarias estaduais da fazenda. Estes dados são publicados em boletins – mensais, no caso

dos combustíveis líquidos automotivos, e bimestrais, para os óleos lubrificantes, divulgados

na internet, ajudando, além de tudo, a promover a cultura da qualidade dos combustíveis no

País.

3.3.1 Controle de qualidade do óleo diesel

A resolução ANP nº 65 de 9 de dezembro de 2011, tem por objetivo regulamentar as

especificações dos óleos diesel de uso rodoviário, consonante as disposições contidas no

Regulamento Técnico ANP nº 8/2011, parte integrante desta resolução, e as obrigações

quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos diversos agentes econômicos que

comercializam o produto em território nacional (ANP, 2011a).

Este regulamento técnico aplica-se ao óleo diesel A e B, de uso rodoviário, para

comercialização em território nacional e estabelece suas especificações. A determinação das

características dos produtos deve ser realizada mediante o emprego de normas ABNT -

Associação Brasileira de Normas Técnicas, ASTM - American Society for Testing and

Materials Internacional, CEN - Comitté Eupopeén de Normalisation ou ISSO - International

Organization for Standardização.

A análise do produto deverá ser realizada em amostra representativa do mesmo,

segundo o método de amostragem NBR 14883 - petróleo e produtos de petróleo - amostragem

manual ou ASTM D4057 - Practice for Manual Sampling of Petroleum and Petroleum

Products. Na Tabela 1, obtida da resolução ANP nº 65, constam os parâmetros para

especificação do óleo diesel de uso rodoviário, seus respectivos limites mínimos ou máximos,

unidades de medida e método de determinação.

Tabela 1 - Parâmetros de Especificações do Diesel de Uso Rodoviário

CARACTERÍSTICA (1) UNIDADE

LIMITE MÉTODO

TIPO A e B ABNT NBR ASTM/EM

S10 S50 (2) S500 S1800 (3)

Aspecto - Límpido e isento de impurezas 14954 (4)

D4176 (4)

Cor - (5) (6) (7) - -

Cor ASTM, máx. - 3,0 (8) 14483 D1500 D6045

Teor de biodiesel (9) % volume (10) 15568 EN 14078

Enxofre total, máx. mg/kg 10 (24) 50 - -

- - - -

D2622 D5453 D7220

D7212 (11)

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-

- 500 1800 -

14533 -

D2622 D4294 D5453 D7220

Massa específica a 20ºC kg/m³ 820 a 850 (12) 820 a 865 820 a 880

7148 14065

D1298 D4052

Ponto de fulgor, mín. ºC 38,0 7974 14598

-

D56 D93

D3828

Viscosidade a 40ºC mm²/s 2,0 a 4,5 2,0 a 5,0 10441 D445

Destilação

10% vol., recuperados,

ºC

180,0 (mín.) Anotar

9619

D86 50% vol., recuperados 245,0 a

295,0 245,0 a 310,0

85% vol., recuperados, máx. - 360,0 370,0

90% vol., recuperados - 360,0 (máx.) Anotar

95% vol., recuperados, Max 370,0 - Ponto de entupimento de

filtro a frio, máx. ºC (13) 14747 D6371

Número de cetano, mín. ou Número de cetano derivado

(NCD), mín. - 48 46 42 (14)

- - -

D613 D6890 D7170

Resíduo de carbono Ramsbottom no resíduo dos

10% finais da destilação, máx.

% massa 0,25 14318 D524

Cinzas, máx. % massa 0,010 9842 D482 Corrosividade ao cobre, 3h a

50ºC, máx. - 1 14359 D130

Teor de água (15), máx. mg/kg 200 Anotar 500 -

D6304 EN ISO 12937

Contaminação total (15) mg/kg 24 (máx.) Anotar - - - EN 12662

Água e sedimentos, máx. (16) % volume 0,05 - D2709

Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, máx. (17) % massa 11 Anotar - - -

D5186 (18)

D6591 (18) EN 12916

(18) Estabilidade à oxidação (17),

máx. mg/100mL 2,5 Anotar - - - D2274 (19) D5304

Índice de neutralização mg KOH/g Anotar - - 14248 D974

Lubricidade, máx. µm (20) - - D 6079

ISO 12156

Condutividade elétrica, mín. pS/m 25

(21) 25

(21) (22) Anotar

(23) - -

D2624 D4308

Fonte: ANP (2011a)

Considerando a necessidade de destinar, especificar e regulamentar o uso do óleo

diesel B S1800 para aplicações deslocadas geograficamente dos centros urbanos e restritas ao

uso não rodoviário, a partir de 1º de janeiro de 2014, foi publicada em 20 de dezembro de

2012 a resolução ANP nº 45, que tem por objetivo regulamentar a especificação do óleo

diesel não rodoviário, consoante as disposições contidas no Regulamento Técnico ANP nº

8/2012, parte integrante desta resolução, e as obrigações quanto ao controle da qualidade a

serem atendidas pelos diversos agentes econômicos que comercializam o produto em todo o

território nacional (ANP, 2012).

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  A resolução ANP nº 45 para determinação das características do diesel de uso não

rodoviário também estabelece o emprego de normas definidas pela ABNT, ASTM, CEN e

ISO, com algumas ressalvas que a própria resolução destaca. A Tabela 2 traz os parâmetros

para especificação do óleo diesel e seus respectivos limites mínimos ou máximos, unidade de

medida e método de determinação, para especificações dos óleos diesel A S1800 e B S1800

não rodoviários.

Tabela 2 - Especificações dos óleos dieseis A S1800 e B S1800 não rodoviários

CARACTERÍSTICA UNIDADE LIMITE MÉTODO ABNT NBR ASTM/EM

Aspecto - Límpido e isento de

impurezas 14954 (2) D4176

(2)

Cor Visual - (3) - -

Cor ASTM, máx. - 3,0 14483 D1500 D6045

Teor de biodiesel (4) % volume (5) 15568 EN 14078

Enxofre total, máx. mg/kg 1800 -

14533 -

D2622 D4294 D5453

Massa específica a 20ºC kg/m³ 820 a 880 7148 14065

D1298 D4052

Ponto de fulgor, mín. ºC 38,0 7974

14598 -

D56 D93

D3828 Viscosidade a 40ºC mm²/s 2,0 a 5,0 10441 D445

Destilação 10% vol., recuperados

ºC

Anotar

9619 D86 50% vol., recuperados 245,0 a 310,0 85% vol., recuperados, máx. 370,0

90% vol., recuperados Anotar Ponto de entupimento de filtro a frio,

máx. ºC (6) 14747 D6371

Número de cetano, mín. ou Número de cetano derivado (NCD), mín. - 42 (7)

- - -

D613 D6890 D7170

Resíduo de carbono Ramsbottom no resíduo dos 10% finais da destilação,

máx. % massa 0,25 14318 D524

Cinzas, máx. % massa 0,010 9842 D482 Corrosividade ao cobre, 3h a 50ºC, Max - 1 14359 D130

Teor de água, máx. (4) mg/kg 500 - D6304 EN ISO 12937

Condutividade elétrica, mín. (8) pS/m anotar - -

D2624 D4308

Fonte: ANP (2012).

3.4 PROPRIEDADES CARACTERISTICAS DE QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL

Algumas propriedades físico-químicas são utilizadas pela ANP como parâmetros de

especificação para comercialização, estocagem e transporte do diesel. Os principais

parâmetros, os limites permitidos e as normas ASTM estão descritos neste capítulo.

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3.4.1 Massa específica (ME20ºC) e densidade relativa (SG 60ºF/60ºF)

A massa específica e gravidade específica são formas padronizadas de expressar a

relação entre a massa e o volume de um fluido, sendo essas propriedades diretamente depende

da temperatura e pressão (FAHIM et al., 2012). A massa específica também denominada de

densidade absoluta pode ser definida como a densidade de um líquido, nas condições de

referência a 20 ºC (293 K) e 1 atm, representada simbolicamente como d20 ºC. E a gravidade

específica é densidade relativa obtida nas condições padrão de temperatura de 60 ºF (15, ºC) e

1 atm, ponderada pela densidade da água nas mesmas condições (RIAZI, 2005).

A massa específica e a densidade relativa são características correlatas e comumente

medidas entre os combustíveis. Tais propriedades exercem grande influência na circulação e

injeção do combustível em motores de combustão interna. Em um motor do ciclo diesel, o

sistema de injeção é ajustado para fornecer um volume predeterminado de combustível, de

forma que a razão da mistura ar/combustível seja proporcional para uma boa combustão e

para que possa obter o máximo de energia do motor.

Desta forma, variações de densidade relativa abaixo do limite mínimo, podem levar a

razões ar/combustível inadequadas e a uma combustão ineficiente, provocando um aumento

das emissões tóxicas (hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material particulado), perda de

potência do motor e aumento do consumo de combustível. No geral, a massa específica para

óleo diesel varia entre 811 - 857 kg/m3 (MENEZES, 2006).

A massa específica é uma propriedade de fácil obtenção, bastante usada para

caracterização físico-química do petróleo e suas frações. Tem várias aplicações no setor de

petróleo, desde a produção e processamento até seu transporte e armazenamento, também é

frequentemente utilizado como um indicador aproximado do caráter aromático de

combustível (YANG, 2002) e a densidade relativa é uma propriedade que indica a qualidade

de um produto de petróleo e é uma propriedade muito utilizada para estimar várias

propriedades físicas de fluidos de petróleo (LADOMMATOS, 1995; YUI, 1991).

3.4.2 Ponto de Fulgor

O ponto de fulgor é definido, como a mais baixa temperatura em que o produto gera

quantidade suficiente de vapor para inflamar em condições controladas (LIAW e TSAI,

2014). É frequentemente usado para caracterizar a inflamabilidade de combustíveis, estando

associado a medidas de precaução tomadas durante o manuseio, transporte e armazenagem do

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produto. Um ponto de fulgor anormal em uma amostra de óleo diesel pode ser utilizado para

indicar contaminação por produtos mais voláteis ou não voláteis (ALVES, et al., 2012;

KESHAVARZ et al., 2013).

Os testes de ponto de fulgor para monitoramento da qualidade do diesel distribuído no

Brasil, de acordo com a ANP, devem ser realizados segundo métodos padronizados e

consolidados pela American Society for Testing and Materials – ASTM. Para ponto de fulgor

a norma utilizada é a ASTM D93, que se utiliza de um equipamento de vaso fechado que

aquece de forma controlada a amostra de combustível até a temperatura onde a mistura de

vapor e ar forneçam chamas que não se mantêm depois de retirada a fonte de ignição. Assim

uma fonte de ignição é aplicada, em intervalos regulares de 1ºC a partir de uma temperatura

entre 23 e 28 ºC abaixo do ponto de fulgor esperado, ao vaso teste que se encontra sob

agitação em intervalos de 5-6 °C.min -1 a 90-120 rpm. A interrupção da agitação no sistema

ocorre após a detecção de um “flash”, no qual o ponto de fulgor é dado pela temperatura em

que ocorre o “flash” (ASTM D93, 2010c).

Contudo, apesar do método ASTM D93 já ser bem consolidado, ele possui alguns

inconvenientes técnicos como alto custo para aquisição do equipamento (LIAW et al., 2011) e

o elevado tempo para realização do ensaio (BAGHERI et al., 2012; MOGHADDAM et al.,

2012; KATRITZKY et al., 2001; PAN et al., 2009). Metodologias alternativas de obtenção do

ponto de fulgor vêm sendo estudas, e em geral, trata-se de métodos que correlacionam

propriedades relacionadas à volatilidade e propriedades termodinâmicas como pressão de

vapor, ponto de ebulição e entalpia de vaporização (BAGHERI et al., 2012; COOKSON et al.,

1995; GHARAGHEIZI et al., 2012; KIM et al., 2010; LIU e LIU, 2010, ROWLEY et al.,

2010; VELENZUELA et al., 2011; FUJII e HERMAN, 1982; SHEBEKO et al., 1984;

MATHIEU et al., 2010; HRISTOVA e TCHAOUSHEV, 2006).

Muitas correlações têm selecionado, como variáveis independentes, a temperatura de

ebulição e outra propriedade particular como número teórico de oxigênio para uma combustão

completa, o coeficiente de combustão ou número de carbono. Também são encontrados na

literatura trabalhos que se utilizam de características químicas obtidas por técnicas como

Espectroscopia por Infravermelho Próximo (NIR), para obter modelos de calibração e estimar

o ponto de fulgor (ALVES et al., 2012).

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3.4.3 Viscosidade

Indica a resistência oferecida pelo óleo ou fração de petróleo ao fluxo/escoamento ou à

capacidade para ser bombeado. Esta propriedade afeta diretamente a operação do processo de

combustão do motor a diesel, onde valores de viscosidade mais baixos podem levar a um

desgaste excessivo das peças autolubrificantes do sistema de injeção, vazamento na bomba de

combustível e danos ao pistão. Para valores elevados de viscosidade o resultado é uma má

atomização do combustível e, por conseguinte, uma combustão incompleta e um aumento nas

emissões de fumos e material particulado (MENEZES, 2006). A fim de controlar a

viscosidade para permitir uma boa atomização do óleo e para a preservação das suas

características de lubrificação, assim como evitar outros problemas citados anteriormente é

realizada a especificação da viscosidade que é expressa em termos de viscosidade cinemática

em centistocks (cSt). A viscosidade pode ser medida a 37,8 ºC pelo método ASTM D445 e a

99 ºC pela ASTM D446 (FAHIM et al., 2012).

3.4.4 Número de Cetano (NC)

O numero de cetano (NC) é um parâmetro físico-químico que está diretamente

associado à queima do combustível no motor e mede a qualidade de ignição do combustível

(GHOSH, 2008; GHOSH e JAFFE, 2006). O combustível diesel com propriedades de ignição

pobres pode trazer problemas como: dificuldade para operação com carga e de partida do

motor em dias frios (ALEME e BARBEIRA, 2012; HASHIMOTO, 1996). A qualidade de

ignição é avaliada através da medição do atraso da ignição, que é o período entre a injeção e

início da combustão (CRETON, et al., 2010). Assim, um combustível com um número

elevado de cetano tem um pequeno atraso de ignição e começa a queimar logo depois é

injetado em um motor (ALEME e BARBEIRA, 2012; GHOSH, 2008).

O número de cetano é a percentagem de cetano puro (n-hexadecano), que recebe

arbitrariamente NC=100, em uma mistura de cetano e o heptametilnonano (HNN) que possui

fraca inflamabilidade sendo adotado como limite inferior com NC=15. Da mistura de diversas

proporções de cetano e heptametilnonano obtém-se uma escala de número de cetano que varia

de 15 a 100 (FAHIM, 2012). O NC pode ser aumentado utilizando aditivos e em alguns casos

o biodiesel pode ser considerado como um aditivo para melhorar o índice de cetano, tendo em

vista que a qualidade de ignição geralmente aumenta quando o biodiesel é adicionado ao

diesel (MALDINI, 2005).

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A metodologia de determinação do NC é padronizada pela norma ASTM D-613 e

realizada em um motor padrão chamado Cooperative Fuel Research (CFR), apresentado na

Figura 6. A determinação é feita pela comparação das características do combustível em um

motor de teste. Por meio de misturas de combustíveis de referência de NC conhecido, nas

condições padrões de operação do motor, assim através de interpolações é possível calcular o

NC. Esse método apresenta algumas desvantagens: valor elevado do equipamento CFR, altos

custos operacionais, consumo elevado de amostras, elevado tempo de ensaio, resultados com

baixa reprodutibilidade (GHOSH, 2008).

Figura 6 - Motor CFR

Fonte: WAUKESHA (2013).

Embora seja o método de análise tradicional, é reconhecido que este ensaio sofre de

algumas desvantagens como à necessidade de um volume relativamente grande de amostra de

combustível, consumo de tempo significativo e um erro relativamente elevado de

reprodutibilidade (GHOSH, 2008; GHOSH e JAFFE, 2006; YANG et al., 2002). Como uma

alternativa ao método ASTM D613, a resolução ANP nº 65 de 09 de dezembro de 2011

faculta o uso do método ASTM D4737, que se utiliza de uma correlação matemática para

obtenção do índice de cetano. Esta correlação é um método bastante prático e muito utilizado

pelos laboratórios de especificação de diesel, no entanto possui limitações para amostras de

diesel com adição de aditivo e biodiesel.

Deste modo, faz-se necessário o desenvolvimento de métodos de estimação que sejam

mais práticos e confiáveis, para prever o número de cetano (BAGHERI et al., 2012;

ROWLEY et al., 2010; JONES, 2003). Vários estudos têm sido desenvolvidos a fim de

elaborar melhores testes em motores (ALLARD et al., 2001; ASTM 6890, 2010) e

desenvolver novos modelos correlativos para prever o índice de cetano a partir de

propriedades do combustível que possam ser obtidas de forma mais rápida e confiável

(YANG et al., 2002).

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Estão disponíveis na literatura variadas correlações para prever o número de cetano,

com base em propriedades físico-químicas do diesel, tais como: grau API, pontos de ebulição

(ALEME e BARBEIRA, 2012), pontos de anilina, dente outras (RIAZI, 2005;

LADOMMATOS e GOACHER, 1995; PANDE, 1987). Além destes, existem ainda estudos

para obtenção de modelos de predição baseados na composição química, por meio de

cromatografia em fase gasosa (GHOSH, 2008; GHOSH e JAFFE, 2006; YANG et al., 2002;

YANG, 2004; SHIGEAKI, 1989; COOKSON et al., 1987, 1988; COOKSON e SMITH,

1990) ou a partir de diferentes métodos espectroscópicos como infravermelho com

transformada de Fourier (RAMIREZ-ARIZMENDI et al., 2008; WILLIAMS, 1990) e

ressonância magnética nuclear (BASU et al., 2003; COOKSON et al., 1995, 1985; GULDER

e GLAVINCEVSKI, 1988; DeFRIES, 1987).

Outros métodos alternativos são o ASTM D-7170 que determina NC através do

equipamento CRFFIT, do mesmo fabricante do motor CRF, e o método ASTM D-6890 que

utiliza o equipamento IQT para determinar o atraso de ignição ou ignition delay (ID) e através

de correlações matemáticas gera o NCD (BRASIL, 2012a).

3.4.5 Curva de destilação

Na indústria do petróleo, a destilação é o processo de separação mais utilizado. O

conhecimento dos dados de distribuição dos pontos de ebulição dos componentes de óleos

crus e de produtos do processo de refino do petróleo é essencial para o controle desse

processo e para a garantia da qualidade do mesmo (RIAZI, 2005). O procedimento de

especificação do diesel adota a norma ASTM D86, utilizada no controle de qualidade de

derivados leves, é uma destilação diferencial, sem refluxo e com apenas um estágio de

equilíbrio, realizada à pressão atmosférica (FAHIM, 2012). Esta destilação indica a

complexidade de combustíveis líquidos e está diretamente relacionada à volatilidade dos

componentes da amostra. Este ensaio é utilizado para verificar a adequação de frações leves e

pesadas de um combustível (ALEME et al., 2012).

Para especificação do óleo diesel distribuído no Brasil, a ANP estabelece valores

máximos de temperatura para 50% e 85% recuperado. A temperatura de destilação de 85% do

produto fornece indicativos do teor de frações pesadas no óleo e é controlada com o intuito de

minimizar a formação de depósitos no motor, assim como o volume de emissões gasosas

(MALDINI, 2011). O perfil de destilação é uma característica importante para os motores

diesel, uma vez que a baixa volatilidade do óleo diesel leva à redução da produção de energia.

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37

O controle do ponto de destilação contribui e dá informações importantes sobre o combustível

para um bom desempenho do motor, quando o mesmo já se encontra em regime uniforme de

funcionamento e nas retomadas de velocidade.

Os pontos de ebulição são parâmetros bastante utilizados no desenvolvimento de

modelos e correlações matemáticas, para estimar propriedades de frações de petróleo a partir

de propriedades facilmente mensuráveis. Um exemplo da sua utilização em correlações é a

ASTM D4737, que é uma das formas normatizadas de avaliação do índice de cetano e é

realizada por meio do cálculo de uma equação, onde são necessárias como variáveis de

entrada a densidade e temperaturas de destilação ASTM D86 (T10%, T50% e T90%). Outros

trabalhos encontrados na literatura realizam a determinação da densidade e viscosidade

cinemática, assim como, do ponto de fulgor e do índice de cetano do diesel utilizando curvas

de destilação e calibração multivariada (ALEME e BARBEIRA, 2012; ALEME et al., 2012).

3.4.6 Teor de enxofre

Os compostos de enxofre são componentes indesejáveis para o meio ambiente e

também para os motores diesel. Durante a combustão o trióxido de enxofre ao se juntar à água

forma o ácido sulfúrico, que corrói partes metálicas do motor. Se a concentração desse

elemento for elevada, as emissões de material particulado também serão elevadas, assim

como as emissões de poluentes primários como SO2 e SO3, acarretando grandes prejuízos à

saúde humana. Os óxidos de enxofre produzidos no processo de queima do enxofre, como no

caso da combustão dos veículos a diesel, também são irritantes e tóxicos para os seres

humanos (CARVALHO et al., 2014).

No Brasil, nos anos 1980 não havia regulamentação para esse tipo de contaminante,

assim era possível encontrar a comercialização de combustíveis com até 13.000 mg/kg de

enxofre. A preocupação com os malefícios desse elemento levou, em 1994, a criação de dois

tipos de óleo diesel segundo a região de consumo e a concentração de enxofre: o diesel

metropolitano, fornecido com menor teor de enxofre nas regiões com grande concentração de

pessoas e veículos; e o diesel interior, utilizado no interior do país, com concentração mais

alta de enxofre (CNT, 2012).

Mantendo as perspectiva de redução do teor de enxofre, em 2009 para o diesel

comercializado no interior passou a ser permitido uma concentração máxima de 1.800 mg/kg

(S1800) e para o metropolitano de 500 mg/kg (S500) e em algumas regiões metropolitanas

especificas houve a oferta do diesel com 50 mg/kg (S50). A partir de 2013 o óleo diesel S50

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foi substituído integralmente pelo S10 e em 2014 para uso rodoviário o S500 substituiu o óleo

diesel S1800, assim, a partir de 2014 o Brasil passou a usar apenas S10 e S500 para uso

rodoviário (CARVALHO et al., 2014).

Para atender as estas novas regulamentações uma rota bastante utilizada para a

produção de combustíveis com baixo teor de enxofre é o hidrorrefino (hidrotratamento

profundo/hidrocraqueamento). Esta técnica tende a reduzir também a maioria dos compostos

polares que atuam como promotores naturais da lubricidade, antioxidantes naturais e promo-

tores naturais de condutividade elétrica, podendo resultar em combustível com baixa

lubricidade. Esse fato é indesejável porque pode causar desgaste prematuro das bombas e

componentes dos sistemas de injeção de combustível, reduzindo o tempo normal de vida das

bombas e injetores devido ao insuficiente poder de lubrificação do combustível (FAHIM,

2012).

O óleo diesel atualmente comercializado, proveniente do hidrorrefino e

consequentemente mais rico em hidrogênio, exibe um comportamento ligeiramente mais

solvente de sujeiras reduzindo a formação de depósitos nos cilindro do motor. Além do baixo

teor de enxofre, os combustíveis atuais apresentam números de cetano mais elevados (46

mínimo), faixa de densidade mais estreita (0,82 a 0,85) e curva de destilação com temperatura

de 90% recuperado da destilação (T90%) de 360ºC máximo. Essas propriedades conferem

benefícios na combustão do motor e na partida a frio (PETROBRAS, 2014).

3.4.7 Ponto de Anilina

O ponto de anilina (PA) é definido como a temperatura mínima para a miscibilidade

completa de volumes iguais de anilina (C6H7N) e da amostra a ser testada. A temperatura do

ponto de anilina é útil na caracterização de hidrocarbonetos puros e na análise de misturas de

hidrocarbonetos. É normalmente usado para fornecer uma estimativa do conteúdo de

hidrocarbonetos aromáticos de combustíveis de petróleo e, portanto, é usado como um dos

critérios que definem o preço do combustível (ALBAHRI, 2012).

Um estoque de petróleo com temperatura elevada do ponto de anilina será rico em

parafinas e pobre em aromáticos e naftênicos. A temperatura do ponto anilina também tem

sido usada em métodos correlativos para calcular as propriedades de frações de petróleo, tais

como o índice de cetano, calor de combustão, conteúdo de hidrogênio e índice de diesel.

Segundo o método de teste ASTM D611 a temperatura do ponto de anilina, de

produtos derivados do petróleo e solventes hidrocarbonetos, é determinada misturando

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39

mecanicamente volumes iguais de anilina e da amostra. A mistura é aquecida a uma

velocidade controlada até que as duas fases tornem-se completamente miscível, em seguida

esfria-se a amostra a uma velocidade controlada e a temperatura que as duas fases se separam

é registrada como a temperatura do ponto de anilina. Em geral, hidrocarbonetos aromáticos

exibem valores menores, parafinas valores mais elevados, enquanto que as cicloparafinas e

olefinas apresentam valores intermediários.

3.5 PRINCIPAIS CORRELAÇÕES MATEMÁTICAS

As propriedades de um sistema são diretamente dependentes do seu estado

termodinâmico e químico, que pode ser determinado pela sua temperatura, pressão, e

composição. Portanto, a caracterização dessas propriedades pode ser complementada por

cálculos conhecidos por correlações matemáticas, que em geral se utilizam de propriedades

físico-químicas básicas como: massa específica, densidade, viscosidade cinemática, tensão

superficial, massa molar, índice de refração, razão carbono hidrogênio (C/H), para inferir

outra propriedade e/ou classificação (IOB et al., 1996).

Um processo para a determinação experimental de propriedades de materiais

industrialmente importantes, especialmente misturas complexas tais como petróleo bruto ou

produtos petrolíferos, é algo complicado e na maioria das vezes inviável em termos de custo e

tempo. Por estas razões métodos precisos para a estimativa dessas propriedades estão se

tornando cada vez mais importantes.

Neste contexto, a literatura especializada, Riazi (2005), reúne uma série de equações

para predição de propriedades características do petróleo e seus derivados, como massa

molecular (M), ponto normal de ebulição (Tb), gravidade específica (SG), grau API,

densidade a 20ºC (d20ºC), índice de refração (n), ponto de congelamento (TM), viscosidade

cinemática a 38 e 99 ºC (v), predição da composição de frações de petróleo (Parafina,

Naftênicos e Aromáticos – PNA) e da composição elementar (carbono e hidrogênio,

nitrogênio e enxofre), utilizando como variáveis de entrada para as equações dados físicos e

químicos dos sistemas em estudo.

Esta literatura também trata sobre correlações para obtenção de propriedades

associadas à volatilidade, como pressão de vapor Reid (RVP), razão V/L, índice de

volatilidade, ponto de fulgor (TF), assim como equações para determinação do ponto de

fluidez (TP), ponto de névoa (TCL), ponto de anilina (PA), número de cetano (CN), índice de

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40

diesel (ID), número de octano (ON), resíduo de carbono e outras correlações mais específicas,

que também se baseiam em resultados físicos e químicos das amostras estudadas.

Estudos para estimação de propriedades do diesel, mais especificamente viscosidade

cinemática, ponto de anilina e conteúdo de aromático, também podem ser encontrados na

literatura. Existem trabalhos desenvolvidos no intuito de obter novas correlações, ou de

melhorar as já existentes, como trata o método apresentado por Plocharski (2013) sobre a

revisão do cálculo do índice de cetano para misturas de diesel/biodiesel com baixo teor de

enxofre.

Trabalhos para predição do ponto de fulgor vêm sendo desenvolvidos, e em geral

trata-se de métodos que buscam correlacionar propriedades relacionadas à volatilidade como

pressão de vapor, ponto de ebulição e entalpia de vaporização (BAGHERI et al., 2012;

GHARAGHEIZI et al., 2012; VALENZUELA et al., 2011; KIM e LEE, 2010; LIU e LIU,

2010; ROWLEY et al., 2010; MATHIEU, 2010; HRISTOVA e TCHAOUSHEV, 2006). Na

literatura também estão disponíveis variadas correlações com base em propriedades físico-

químicas do diesel, tais como grau API, pontos de ebulição e pontos de anilina, que propõe a

predição do índice de cetano de forma rápida, confiável e menos dispendiosa (RIAZI, 2005;

YANG, et al., 2002; LADOMMATOS e GOACHER, 1995; PANDE, 1987).

Validando os estudos aplicados ao desenvolvimento de métodos baseados em

correlações matemáticas, a própria ANP adota de forma facultativa a utilização de uma

correlação matemática para a predição do índice de cetano. Na Tabela 3 está apresentada uma

síntese de algumas correlações encontradas na literatura, suas variáveis dependentes diretas

que são utilizadas para obter as propriedades de interesse e as variáveis básicas que são

utilizadas na determinação das variáveis dependentes diretas. Pode-se visualizar uma boa

quantidade de propriedades para a caracterização de petróleo e derivados que podem ser

estimadas tendo-se como base apenas a curva de destilação ASTM D-86 e a massa específica,

que são as variáveis básicas das correlações.

Tabela 3 - Propriedades determinadas por correlações com pontos de destilação ASTM D86 e

massa específica 20/4ºC Propriedade Variáveis Dependentes Diretas Variáveis Básicas Recomendação

°API d15,6/15,6°C d20°C Definição d15,6/15,6°C d20°C d20°C API (1997) PEMV Ti%ASTM Ti%ASTM Definição PEMP PEMV, Ti%ASTM Ti%ASTM API (1997) PEMM PEMV, Ti%ASTM Ti%ASTM API (1997) PEMC PEMV, Ti%ASTM Ti%ASTM API (1997) PEMe PEMM, PEMC Ti%ASTM Definição

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41

V40 d15,6/15,6°C, Ti%ASTM Ti%ASTM, d20°C Karonis et al (1998) ICC d15,6/15,6°C, Ti%ASTM Ti%ASTM, d20°C Riazi (2005) PF Ti%ASTM Ti%ASTM Riazi (2005) PA PEMe, d15,6/15,6°C Ti%ASTM, d20°C API (1997) C/H PEMe, d15,6/15,6°C Ti%ASTM, d20°C Riazi (2005) PC PEMe, d15,6/15,6°C Ti%ASTM, d20°C API (1997)

PNA Ri, VGC, VGF Ti%ASTM, d20°C API (1997) PNA Ri, d15,6/15,6°C, C/H, m Ti%ASTM, d20°C Riazi (2005)

VGC, VGF d15,6/15,6°C, ν Ti%ASTM, d20°C API (1997) Mw PEMe, d15,6/15,6°C Ti%ASTM, d20°C API (1997) H% n20°C,, d20°C, M Ti%ASTM, d20°C Riazi (2005) S% Ri, m, d15,6/15,6°C Ti%ASTM, d20°C Riazi (2005)

KAPI PEMe, d15,6/15,6°C Ti%ASTM, d20°C Definição KW PEMC, d15,6/15,6°C Ti%ASTM, d20°C Definição M M, n20°C Ti%ASTM, d20°C Definição Ri n20°C, d20°C Ti%ASTM, d20°C Definição

3.6 REDES NEURAIS

As redes neurais artificiais (RNAs) são sistemas de computação adaptativos inspirados

nas características de processamento de informação encontradas nos neurônios reais e nas

características de suas interconexões (HAYKIN, 1999). Podem ser consideradas também

como estruturas matemáticas capazes de programar padrões de associação, desenvolvendo

automaticamente modelos implícitos. As RNAs apresentam-se como ferramentas estatísticas

capazes de armazenar conhecimentos a partir de exemplos, e são aplicadas em problemas de

ajuste de funções, reconhecimento de padrões, modelos de previsão e outras aplicações em

diversas áreas do conhecimento humano (FIORIN et al., 2011).

A principal razão para sua ampla gama de aplicações reside na capacidade de aprender

através de exemplos e de generalizar a informação aprendida, assim como a auto-organização

e o processamento temporal que possibilita a resolução de problemas com diferentes

complexidades. A generalização, que está associada à capacidade da RNA aprender através de

um conjunto reduzido de exemplos e posteriormente dar respostas coerentes para dados não

conhecidos. Além disso, diferentemente das regressões lineares, as RNAs são capazes de

incluir não linearidades (FIORIN et al., 2011).

De maneira análoga ao sistema nervoso de um ser humano, os neurônios são dispostos

em uma ou mais camadas e interligadas por inúmeras conexões, geralmente unidirecionais,

denominadas sinapses. A estas conexões associam-se valores, denominados pesos sinápticos,

responsáveis pela ponderação das entradas de cada neurônio assumindo valor mais elevado de

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acord

conh

exter

cama

(“hid

linea

cama

receb

das c

RNA

capaz

repre

ocult

fund

dado

valor

produ

ativa

(apre

minim

do com a

hecimento d

A RNA,

rno e neurô

ada entre os

dden”). O u

armente sep

adas e na co

be as variáv

camadas in

A de maneir

z de extrair

esentativo d

tos.

Figura

Fonte:

Cada ne

amental par

os, a camada

r de entrad

uto (∑Wp)

ação, que é

endizagem),

mizar o err

influência

de um determ

, Figura 7,

nios de saíd

s neurônios

uso da estrut

aráveis. A t

onexão entre

veis de entra

ntermediária

ra útil. Adic

r estatísticas

de uma rede

a 7 - Rede neu

FIORIN et al

eurônio arti

ra a RNA.

a oculta e c

da (p1) que

acrecido de

aplicado em

, a rede te

ro quadrátic

daquela lig

minado mod

possui neu

da que forn

de entrada

tura com ca

topologia d

e eles (sinap

ada e a últim

as têm com

cionando-se

s de ordem

e neural art

ural artificial c

l., 2011.

ificial é um

Esses são d

camada de s

é ponderad

e um valor d

m função d

em como

co. E o bia

gação na sa

delo (BRAG

urônios de

necem a resp

e saída con

amada ocult

de uma RNA

pses) atravé

ma camada

mo função in

uma ou ma

elevada (H

tificial com

com uma cama

ma unidade

distribuídos

saída. Assim

do/multiplic

de referenci

de ativação

objetivos d

as (b) é um

aída da red

GA et al., 1

entrada que

posta da red

nhecida com

ta habilita a

A consiste e

és de funçõe

a fornece as

ntervir entr

ais camadas

HAYKIN,19

uma cama

ada intermediá

e de proce

s em três ca

m na primei

cado por u

ia, o “bias”,

linear ou n

determinar

m parâmetro

de, como fo

998; HAYK

e recebem

de. Normal

mo camada o

a RNA a re

em um conj

es de ativaçã

respostas d

re a entrada

s intermediá

999). A Figu

ada intermed

ária e três neu

essamento d

amadas: a c

ira camada

um peso (w, forma o ar

não linear. D

os pesos

externo do

forma de ar

KIN, 2001)

os estímulo

lmente é uti

oculta ou in

esolver prob

junto de ne

ão. A prime

da RNA. Os

a externa e

árias, tornam

ura 7 traz u

diaria e três

urônios oculto

de informa

camada de e

o neurônio

w1), o soma

rgumento da

Durante o t

(w1,R) de

o neurônio,

42

rmazenar o

.

os do meio

ilizada uma

ntermediária

blemas não-

urônios em

eira camada

s neurônios

a saída da

mos a RNA

m esquema

s neurônios

s

ação que é

entrada dos

o recebe um

atório desse

a função de

treinamento

maneira a

que tem o

2

o

o

a

a

-

m

a

s

a

A

a

s

é

s

m

e

e

o

a

o

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efeito

posit

local

perm

pela

esqu

exerc

perm

utiliz

a Fig

Fo

o de aumen

tivo ou nega

A função

l induzido. P

missível de a

relação a =

ema de um

As funçõ

cem um pap

mitindo que

zada são a fu

gura 9.

Figu

onte: DEMUT

ntar ou dimi

ativo. (HAY

o de ativaçã

Pode ser ta

amplitude d

= f (∑Wp +

neurônio ar

Figura

Fonte

ões de ativ

pel muito im

o mapeam

função linea

ura 9 - Função

TH (2002).

nuir a entra

YKIN, 2001

ão determin

ambém ser r

de sinal de s

b), sendo f

rtificial pod

a 8 - Esquema

: Adaptado de

vação utiliza

mportante n

mento feito p

ar, função lo

o de ativação (

ada líquida d

1)

na o valor de

referida com

saída a um v

f (∑Wp + b)

de ser encon

a representativ

e DEMUTH (2

adas nas un

no desempe

pela rede s

ogarítmica e

(A) linear, (B)

da função d

e saída de c

mo função r

valor finito.

) a função d

ntrado na Fig

vo de um neur

2002).

nidades de

enho do mod

eja não lin

e a função ta

) logarítmica e

de ativação,

cada neurôn

restritiva já

. A saída (a

de ativação (

gura 8.

rônio artificial

neurônios

delo, geralm

ear, as funç

angente-hip

e (C) tangente

dependend

nio em funç

que limita

a) do neurôn

(HAYKIN,

l

que compõ

mente são n

ções de ativ

perbólica, co

e-hiperbólica

43

do se ele for

ão do valor

o intervalo

nio é obtida

2001). Um

õem a rede

não-lineares

vação mais

omo mostra

3

r

r

o

a

m

e

s

s

a

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44

O termo aprendizagem para uma RNA é o ato de estabelecer uma saída de rede

mediante a apresentação de um conjunto de exemplos durante a etapa de treinamento. Nesta

etapa ocorre à aplicação de algoritmo de treinamento às RNAs que ajusta os pesos e os bias

entre as conexões dos neurônios, podendo assim estabelecer as relações existentes entre

variáveis de entrada e variáveis de saída, associadas a processos ou funções sob estudo

(HAYKIN, 2001)

Os algoritmos de treinamento dividem-se em dois paradigmas: Aprendizado

Supervisionado e Aprendizado Não-Supervisionado. No aprendizado não-supervisionado é

fornecido à rede somente valores de entrada que são organizados em diferentes classes de

acordo com a semelhança de suas propriedades através do ajuste de seus pesos da rede. No

treinamento supervisionado existe um supervisor externo que fornece a rede tanto os valores

de entrada disponíveis quanto os valores de saída esperados. O aprendizado supervisionado é

o método mais comum para treinamento das RNAs (RUMELHART et. al., 1986).

A escolha da arquitetura de uma RNA está relacionada com o tipo de problemas a ser

abordado e é definida por 04 (quatro) parâmetros principais: número de camadas da rede,

número de neurônios em cada camada, tipo de conexão entre os neurônios, e a topologia da

rede. Em relação ao número de camadas, existem redes de camada única, que possuem

somente um neurônio entre as camadas de entrada e saída da rede, sendo restritas a resolver

problemas linearmente separáveis. As redes neurais de múltiplas camadas possuem mais de

um neurônio entre uma entrada e uma saída da rede (FIORIN et al., 2011).

As conexões entre os neurônio podem ser do tipo feed-forward (ou acíclica), quando a

saída de um nodo só poderá servir de entrada para neurônios de uma camada posterior, ou do

tipo feedback (cíclica), na qual a saída de um nodo pode servir de entrada para um nodo de

uma mesma camada ou de uma camada inferior. Quando ocorre a realimentação da saída nas

camadas de entrada a RNA é dita recorrente (BRAGA et al., 1998). As Figuras 10, 11, 12

trazem a representação gráfica de uma rede neural do tipo feed-forward com uma única

camada oculta, rede feed-forward com múltiplas camadas ocultas, rede feedback ou

recorrente.

 

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45

Figura 10 - Rede feed-forward com uma única camada oculta

Fonte: Adaptado de DEMUTH (2002).

Figura 11 - Rede feed-forward com múltiplas camadas ocultas

Fonte: Adaptado de DEMUTH (2002).

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3.6.1

respo

iteraç

tipo

(Mul

interm

alime

entra

infor

poste

consi

difer

retro

efeito

produ

sináp

a res

1 Rede Feed

Para um

onsável pela

ções do alg

feed-forwa

ltilayer Perc

mediárias e

entadas adia

As redes

ada passand

rmação, ou

erior. O alg

iste em um

rentes cama

propagação

No passo

o se propag

uzido como

pticos são to

posta real d

Fonte: DEM

d-Forward

m determina

a adaptação

oritmo, haja

ard com ca

ceptron - M

e uma saída

ante ou rede

s feed-forwa

do pela ca

seja, as saíd

oritmo de tr

tipo de trei

adas da RN

o.

o para fren

ga através d

o resposta r

odos ajustad

da RNA é su

Figura 12 - R

MUTH (2002)

Backpropa

ado conjun

o dos parâm

a convergên

amadas múl

MLP), comp

a. As redes

e feed-forwa

ard são aqu

amada ocu

das de cada

reinamento

inamento su

NA: um pas

nte, um veto

da rede, cam

real da RNA

dos de acord

ubtraída de

Rede do tipo fe

).

agation

nto de dad

metros da RN

ncia para um

ltiplas são

posta por um

MLP podem

ard e as red

uelas cuja in

ultas até a

a camada sã

feed-forwa

upervisiona

sso para fre

or de entrad

mada por ca

A. Durante

do com uma

uma respos

eedback ou rec

dos, o algo

NA, de man

ma solução

um tipo d

ma camada d

m ser divid

des recorren

nformação é

camada d

o conectada

ard por retro

ado caracter

ente, a prop

da é aplica

amada. Fina

o passo pa

a regra de c

sta desejada

corrente

oritmo de

neira que, em

(GUIMAR

de rede per

de entrada,

didas em du

ntes ou recur

é propagada

de saída s

as somente

o-propagaçã

rizado por d

pagação, e

ado aos neu

almente, um

ara trás, po

correção de

a (alvo) par

treinamento

m um núme

RÃES, 2007

rceptron mu

uma ou ma

as categoria

rsivas.

a a partir da

em realime

as entradas

ão “backpro

dois passos

um passo p

urônios da R

m conjunto

or outro lad

erro. Espec

ra produzir u

46

o deve ser

ero finito de

). Redes do

ulticamadas

ais camadas

as: as redes

a camada de

entação da

da camada

opagation”

através das

para trás, a

RNA e seu

de saídas é

o, os pesos

cificamente,

um sinal de

6

r

e

o

s

s

s

e

a

a

s

a

u

é

s

,

e

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erro.

cone

para

algor

mode

tipo f

tem

Leve

utiliz

LM

muit

sufic

BAL

neste

Esse sinal

xões sinápt

Os pesos

mais perto

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erado (HAG

feed-forwar

O algori

diversas va

enberg-Marq

zados e vali

é uma apro

o mais rápi

ciente na m

LABIN et a

e estudo.

l de erro é

ticas.

s sinápticos

o da respos

mente é o m

GAN, 2003)

rd backprop

Figura

Fonte: Ad

itmo backpr

ariantes (KA

quardt (LM

idados (MEN

oximação d

ido do que

maioria dos

l., 2011). P

então prop

são ajustad

sta desejad

mais rápido

). Na Figura

pagation.

13 - Rede neu

daptado de FIO

ropagation

ALOGIROU

M) é um d

NG et al., 2

do método d

o algoritmo

casos (MOR

Portanto, o

agado para

dos para faz

da, em um

o para trein

a 13 pode-s

ural do tipo fee

ORIN et al., 2

é um dos a

U, 2001; SH

dos algoritm

2014; PILO

de Newton

o backpropa

RADI et al

algoritmo L

a trás atravé

zer com que

sentido es

namentos de

se observar

ed-forward ba

2011.

algoritmos

HIVAKUM

mos de ba

OTO-RODR

(GHOBAD

agation orig

l., 2013; M

LM é escol

és da RNA

e a resposta

tatístico (H

e RNA feed

a estrutura

ackpropagatio

de treinam

AR et al., 2

ackpropagaç

RÍGUEZ et a

DIAN et al.

ginal e tem

OHAMED-

lhido como

, contra a d

a real da RN

HAYKIN, 2

d-forward d

de uma red

on

ento mais p

2011). O al

ção mais a

al., 2013). O

., 2009). El

provado se

-ISMAIL e

o algoritm

47

direção das

NA se mova

2001). Este

de tamanho

de neural do

populares e

lgoritmo de

amplamente

O algoritmo

la converge

er preciso o

t al., 2012;

mo de treino

7

s

a

e

o

o

e

e

e

o

e

o

;

o

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3.6.2

uma

Spec

contí

SAN

saída

neurô

trans

variá

avan

possu

fixa

neurô

et al.

variá

ident

(NOS

2 Rede Gen

A NNGR

técnica de a

Esse tipo

cht (1991)

ínuas carac

NDBERG, 1

Esta pos

a, neurônio

ônio de ba

sferência do

A NNGR

ável indepen

nço de alim

ui uma saíd

com uma

ônios de ca

., 1998; NIU

A rede g

ável indepe

tifica que a

SE FILHO,

eralizaed R

R é um tipo

análise esta

o de rede ne

e atualmen

cterizadas

991; CHEN

ssui em sua

os especiais

ase radial

o tipo gaussi

R realiza a

ndente cons

mentação, ba

da desejada

camada de

ada camada

U et al., 200

genenralize

endente x,

variável de

2011; SPE

Regression

especial de

atística padrã

eural artifici

nte é consid

pelas suas

N e CHEN,

camada de

s com funç

é a funçã

iana (DEMU

Figura

Fonte: D

estimação

siderando u

aseado em

com estrutu

e entrada, d

é dependen

05).

d regressio

através de

ependente y

ECHT, 1991

e redes neur

ão, chamad

ial foi introd

derada com

s entradas

1995).

e entrada, n

ção de ativ

o de base

UTH, 2002)

14 - Função d

DEMUTH (200

de uma var

um conjunto

um proces

ura do tipo n

duas interm

nte da quan

n caracteriz

um conjun

y será a saíd

), demonstr

rais de base

da kernel reg

duzido pela

mo sendo u

e saídas

neurônios de

vação linear

radial, qu

), como pod

de Base Radia

02).

riável cham

o de variáv

so de apren

não recorre

mediárias e

ntidade de p

za-se por um

nto de var

da e a variáv

rada na Figu

radial (RBN

gression (nú

a primeira v

um bom es

(CYBENK

e base radia

r. A funçã

ue consiste

de ser vista

al

mada depend

veis finito.

ndizado sup

nte, constitu

uma de sa

padrões de t

ma variáve

riáveis finit

vel indepen

ura 15.

NN), que se

úcleo de reg

ez por Spec

stimador pa

KO, 1989;

al e na sua

o de ativaç

em uma

conforme a

dente partin

É uma rede

pervisionad

uída por um

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50

As NNGRs são diferentes das MLPs na medida em que não requerem a intervenção do

usuário para definir sua arquitetura. Além da simplicidade de seu projeto, que envolve apenas

três parâmetros a serem determinados (spread, função de ativação e o número de padrões)

(DJARFOUR, 2014). O uso de redes neurais é a resposta à necessidade de se estabelecer

correlações sem que para isso seja necessário especificar, a priori, um modelo matemático. O

desenvolvimento de um modelo empírico satisfatório e da estimativa dos parâmetros, através,

por exemplo, de técnicas de regressão não linear ou linear múltipla, chega a ser tedioso. A

abordagem por redes neurais gera modelos úteis tanto para sistemas lineares quanto não

lineares em curto espaço de tempo.

As redes neurais têm atraído atenção da indústria do petróleo, devido à sua capacidade

de lidar com problemas complexos e não lineares (YANG et al., 2002; LAVECCHIA e

ZUGARO, 2000). Em vários trabalhos recentes, as redes neurais artificiais (RNA) vem sendo

empregada como a ferramenta de modelagem para a determinação das propriedades de

combustíveis, em especial para o óleo diesel. Yang et al. (2002) empregaram uma rede neural

generalized regression (NNGR) para prever o número de cetano e densidade de combustível

para motores diesel com base em sua composição química. Na determinação da lubricidade

do combustível diesel, Korres et al. (2002) utilizaram uma rede neural com função de base

radial (RBF) a partir da condutividade, densidade, viscosidade, teor de enxofre e 90% o

ponto de destilação como variáveis de entrada. Para previsão do número de cetano do diesel,

Basu et al. (2003) fizeram a utilização de uma RNA do tipo backpropagation com dados de

espectroscopia de RMN como entrada.

3.7 ALGORITMO DE KENNARD-STONE (KS)

Proposto em 1969, por Kennard e Stone, o algoritmo KS (KENNARD e STONE,

1969) é bem conhecido entre os analistas químicos, além de ser encontrado em muitas outras

aplicações (DASZYKOWSKI et al, 2002). Normalmente, esse algoritmo é aplicado para

realizar a seleção das amostras que irão compor conjuntos de calibração e teste. Esse

algoritmo tem provado ser útil em diversas áreas de estudo (GROOT, 1999), e tem sido

considerado como uma das melhores maneiras de construir conjuntos de treinamento e teste

(TROPSHA e GOMBAR, 2003; WU et al., 1996).

O critério de seleção é a distância entre elas (amostras). No algoritmo KS, inicialmente

é realizada a determinação da distância de todas as amostras em relação ao valor médio das

amostras. Então, o ponto mais distante ou o mais próximo dela é selecionado. Para este fim, o

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52

4 METODOLOGIAS

Dois tipos de metodologias foram utilizados no desenvolvimento desse trabalho. Uma

baseada em normas ASTM, com testes experimentais, utilizando os ensaios para obtenção de

propriedades físico-químicas do diesel e outra utilizando correlações, com equações

matemáticas e redes neurais artificiais, buscando inferir algumas propriedades do diesel, a

partir de um conjunto pequeno de variáveis dos resultados experimentais.

4.1 METODOLOGIA EXPERIMENTAL

Foram selecionadas 162 amostras de diesel B5, divididas em 03 grupos com diferentes

teores máximos de enxofre 50 ppm, 500 ppm e 1800 ppm (S50, S500 e S1800). Os grupos

foram compostos por 35 amostras de S50, 92 amostras S500 e 35 amostras S1800. Para cada

amostra foram realizadas análises experimentais de destilação (nas temperatura de T10%,

T50%, T85% e T90% porcentagem de recuperado da destilação) - ASTM D86 (ASTM D86,

2010a), massa específica à 20 ºC (ME20) - ASTM D4052 (ASTM D4052, 2009), índice de

cetano (ICetano) - ASTM D4737 (ASTM D4737, 2010b), ponto de fulgor (PtFulgor) –

ASTM D93 ( ASTM D93, 2010c) e teor de enxofre (S) - ASTM D4294 (ASTM D4294,

2008), todas estas seguindo metodologias preconizadas pela ANP. As amostras de diesel

estudadas neste trabalho foram obtidas em postos de combustível do estado da Bahia e as

análises ASTM foram realizadas em laboratório especializado da Universidade Salvador –

UNIFACS.

4.1.1 Destilação com destilador automático - ASTM D-86

Segundo a norma ASTM D86, o procedimento para a execução do processo de

destilação atmosférica em destilador automático foi realizado conforme descrito a seguir,

(ASTM D86, 2010a). Inicialmente foi medido o volume de100 mL da amostra em uma

proveta de 100 mL e em seguida transferiu-se para um balão de 125 mL, deixando escorrer

cuidadosamente o máximo de amostra das paredes do cilindro. Secou-se o exterior do balão e

adicionou-se uma porção de pedra pomes ao interior balão de destilação com a amostra, antes

de iniciar o ensaio. O balão foi posicionado na placa de aquecimento (suporte do balão) e

acoplado ao tubo condensador da unidade de destilação na posição vertical. A proveta usada

para medir a amostra foi colocada na câmara do destilador, fechou-se o compartimento e

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53

posteriormente o sensor de temperatura foi encaixado ao dispositivo centralizado no balão de

destilação. Utilizando o método indicado no destilador automático e inicou-se a destilação.

Ao final da destilação, foram anotados: o ponto inicial de ebulição (PIE), as temperaturas

correspondentes aos 10%, 50%, 85% e 90%, o ponto final de ebulição (PFE) e os percentuais

de resíduo e perda.

4.1.2 Determinação do índice de Cetano - ASTM D-4737

O método trata da determinação do índice de cetano calculado e faz utilização uma

equação de quatro variáveis que fornece um meio alternativo para estimar o Número de

Cetano - Método de Ensaio ASTM D613. Este método, ASTM D4737, faz uso de uma

equação matemática (Equação 1) que correlaciona a densidade a 15 °C e as temperaturas de

10%, 50% e 90% de destilado (ASTM D4737, 2010b).

Equação - 1

ICC = 45,2 + (0,0892) (T10N) + [0,131 + (0,901) (B)] [ T50N] + [0,0523 – (0,420) (B)] [T90N] +

[0,00049] [(T10N) 2 – (T90N) 2] + (107) (B) + (60) (B) 2

Onde:

ICC = Índice de Cetano Calculado

D = Densidade a 15 ºC, determinada pelo método de teste ASTM D1298

DN = D - 0,85

B = [e(-3,5)(DN)]-1

T10 = Temperatura (ºC) de destilação de 10% pelo ASTM D86

T10N = T10 - 215

T50 = Temperatura (ºC) de destilação de 50% pelo ASTM D86

T50N = T50 – 260

T90 = Temperatura (ºC) de destilação de 90% pelo ASTM D86

T90N = T90 – 310

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54

4.1.3 Determinação do Ponto de Fulgor - ASTM D-93

Seguindo a norma ASTM D93 o procedimento executado para determinação do ponto

de fulgor foi realizado conforme descrito a seguir: foram medidos 70 mL da amostra

utilizando uma proveta graduada, e transferidos para a cuba do equipamento, tomando o

cuidado para evitar molhá-la acima do nível de líquido. Encaixou-se a cuba de teste no bloco

de aquecimento e conferiu-se o encaixe do sensor de chama e do ignitor elétrico. Conectou-se

o sensor de temperatura (Pt100) e a haste do mecanismo de fechamento e abertura da tampa.

E por fim, digitou-se no equipamento a descrição da amostra, o ponto de fulgor esperado e

pressionando a tecla início para começar o teste. O final do ensaio foi evidenciado por um

sinal sonoro.

4.1.4 Determinação da massa específica - ASTM D-4052

Para a determinação desta propriedade foi utilizado o método do densímetro

automático. Este ensaio atende às normas ASTM D4052/NBR14065, que indica o

procedimento para a determinação da massa específica através do uso de densímetro digital

por injeção manual, que foi realizado conforme descrito a seguir (ASTM D4052, 2009).

Onde um volume de aproximadamente 0,7 mL de óleo diesel, à temperatura ambiente,

foi transferido para um tubo de ensaio de oscilação, com auxílio de uma seringa limpa e seca,

e a mudança na frequência de oscilação provocado por alterações do peso do tubo é usado em

conjunto com os dados de calibração para determinar o peso específico da amostra. Após a

estabilização da temperatura da célula de medida a 15 °C, o valor do peso específico foi

medido e mostrado, em kg m -3.

4.1.5 Determinação do Enxofre total - ASTM D-4294

A determinação do teor de enxofre foi efetuada segundo a norma ASTM D4294, em

um espectrômetro de fluorescência de raios - X (ASTM D4294, 2008). Iniciando o

procedimento das análises, fez-se necessário calibrar o equipamento, para que fossem obtidos

resultados mais precisos. A calibração ocorreu utilizando-se uma placa de alumínio, para que

o equipamento identifique a quantidade de átomos de Al presentes. Com isso, um feixe de

raios-x foi incidido e o equipamento foi ajustado através do valor conhecido gerando um fator

de correção.

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55

Em seguida, determinou-se a concentração de um padrão de concentração conhecida

para averiguar a precisão da calibração, estabelecendo-se uma faixa de variância de ± 5 %

para os resultados. Assim, após a homogeneização da amostra do padrão, um volume definido

foi inserido na cubeta, protegido com um filme de PVC transparente para permitir a

penetração dos raios-X. A superfície do filme de PVC não deve apresentar ranhuras, dobras,

marcas ou partículas que possam vir a contaminar e impedir uma ideal incidência dos raios-X.

Além disso, procurou-se evitar bolhas, pois o ar contido nelas pode mascarar os resultados.

Posteriormente, colocou-se a amostra do padrão de diesel, adquirido comercialmente,

com a concentração de enxofre no mesmo intervalo da curva, para a determinação do enxofre

total. Com esse ensaio foi possível avaliar se a calibração do equipamento estava correta, e

consequentemente se o mesmo estava apto para o uso. A determinação de enxofre nas

amostras comerciais seguiu o mesmo procedimento utilizado para a curva.

4.2 METODOLOGIA – EQUAÇÕES MATEMÁTICAS

4.2.1 Determinação dos resultados

Resultados experimentais de Destilação ASTM D86 e Massa Específica ASTM

D4052, de 162 amostras de diesel B5 foram aplicados em equações que utilizam correlações

matemáticas disponíveis na literatura, as quais estão apresentadas na Tabela 4, para obtenção

dos seguintes parâmetros característicos do óleo diesel: Viscosidade Cinemática à 40 ºC (V40),

Densidade Relativa - 15,6/15,6 ºC (SG), Pontos de Ebulição Médios (PEM), Ponto de Anilina

(PA) , Grau API, Índice de Diesel (ID), além do Ponto de Fulgor (PF) e do Índice de Cetano

(IC), que foram comparados com os resultados experimentais, por meio de técnicas

estatísticas de análise.

Tabela 4 - Equações para obtenção dos parâmetros determinados empiricamente

Parâmetro Equação Nº Eq. Referência

Densidade 15,6/15,6 ºC

ME20 = SG – 4,5 x 10-3 (2,34 – 1,9SG) Rearranjando: SG = (ME20 + 1,053 x 10-2) / 1,00855

2 3

RIAZI (2005)

Viscosidade Cinemática

40 ºC V40 = a.SG + b.SG² + c.D10

2+ d/D10 + e.D502 + f/D50

2 + g.D902 + h/D90 + i 4

KARONIS et al (1998)

Pontos de Ebulição Médios

PEMV= (T10 + 2T50 + T90)/5 PEMM=PEMV–exp{-1,15158 – 0,01181.PEMV2/3 + 3,70684[(T90-T10) / 80]1/3}

PEMC= PEMV – exp{-0,82368 – 0,08997.PEMV0,45 + 2,45679[(T90-T10) / 80]0,45} PEMe= (PEMM + PEMC) / 2

5 6 7 8

API Technical Data Book

(1997) Ponto de PA = -969,65 – 0,139.PEMe + 72,851.(PEMe1/3 / SG) + 482,06.SG 9 API

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56

Anilina Technical Data Book

(1997)

Grau API API = (141/SG(60ºF)) – 131,5 10 RIAZI (2005)

Índice de Diesel

ID = (API) (1.8PA + 32) / 100 11 RIAZI (2005)

Índice de Cetano

Calculado

ICC = 454,74 – 1641,416.SG + 774,74.SG2 – 0,554.T50 + 97,083(Log10T50)2 12 RIAZI (2005)

IC_ID= 0.72ID + 10 13 RIAZI (2005)

IC_PA = PA - 15,5 14 RIAZI (2005)

Ponto de Fulgor

1/TF = -0,024209 + 2,84947/T10 + 3,4254E-3.LnT10 15 RIAZI (2005)

De acordo com a metodologia desenvolvida para obtenção dos resultados empíricos,

representada pelo fluxograma da Figura 17, os parâmetros SG, PEMV, PEMC, PEMM,

PEMe, PA, Grau API e ID foram determinados com o objetivo de serem utilizados como

variáveis intermediárias para obtenção dos parâmetros principais PF e IC. A viscosidade do

óleo foi determinada, com o objetivo apenas de demonstrar a sua obtenção por método

empírico, a partir de resultados da destilação ASTM D86 e massa específica.

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Figura 17 - Fluxograma da obtenção dos resultados empíricos – equações

As equações foram digitadas e os resultados experimentais tratados com o Software

Microsoft Office Exel2007. Para verificar a linearidade entre os resultados ASTM e estimados

pelas equações, análises de regressão foram realizadas utilizando o Software OriginPro 8

SR0.

4.2.2 Densidade relativa 15,6/15,6 ºC – Gravidade Específica (SG) (g/mL)

Para a predição da densidade 15,6/15,6 ºC, ou SG, foi utilizada a Equação 2 sugerida

por Riazi (2005).

Equação - 2

ME20 = SG – 4,5 x 10-3 (2,34 – 1,9SG)

Rearranjando a Equação 2 temos:

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58

Equação - 3 SG = ME20 + 1,053 x 10-2

1,00855

4.2.3 Viscosidade cinemática 40 ºC (cSt – cm2/s)

Para a determinação da viscosidade na temperatura de 40ºC utilizou-se Equação 4

indicada por Karonis (1998), que é específica para o óleo diesel e são necessários quatro

dados de entrada: SG, D10, D50 e D90.

Equação - 4

V40 = a.SG + b.SG² + c.D102+ d/D10 + e.D50

2 + f/D502 + g.D90

2 + h/D90 + i

Onde os valores dos parâmetros são:

a = 124,08 b = -69,74 c = 18,222E-5

d = 38,601E+2 e = 6,26E-5 f = 152,261E+3

g = 2,58E-5 h = 10,611E+2 i = -91,25

4.2.4 Pontos de ebulição médios (ºK)

Para a determinação dos pontos de ebulição médio do óleo diesel, para uso nas

predições do ponto de anilina, foram utilizadas Equações de 5 - 8 sugeridas pelo API

Technical Data Book, que se referem ao Ponto de Ebulição Médio Volumétrico (PEMV), o

Ponto de Ebulição Médio Molar (PEMM), o Ponto de Ebulição Médio Cúbico (PEMC) e o

Ponto de Ebulição Médio Mediano (PEMe).

Equação - 5

PEMV= (T10 + 2T50 + T90)/

Equação - 6 PEMM= PEMV – exp{-1,15158 – 0,01181.PEMV2/3 + 3,70684[(T90-T10) / 80]1/3}

Equação - 7

PEMC= PEMV – exp{-0,82368 – 0,08997.PEMV0,45 + 2,45679[(T90-T10) / 80]0,45}

Equação - 8 PEMe= (PEMM + PEMC) / 2

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59

4.2.5 Ponto de Anilina (ºC)

Na determinação do ponto de anilina por meio de correlação matemática, foi utilizada

a Equação 9 recomendada pela API Technical Data Book (1997). Para esta equação são

utilizados como dados de entrada o PEMe e a SG, onde a temperatura do PEMe deve estar em

Kelvin e o ponto de anilina é fornecido em ºC. Esta formula possui um erro médio de 2,3 ºC e

é valida para Pontos de Anilina superiores a 40 ºC e inferiores a 120 ºC, devendo ser usada

com cuidado quando PEMe for maior 398 ºC.

Equação - 9

PA = -969,65 – 0,139.PEMe + 72,851.PEMe1/3 + 482,06.SG SG

4.2.6 Grau API

Nos primeiros anos da indústria do petróleo, o American Petroleum Institute (API)

definiu a gravidade API (Grau ºAPI) para quantificar a qualidade de produtos petrolíferos e

óleos brutos de petróleo. Assim a densidade API é definida conforme dado pela Equação 10

(RIAZI, 2005).

Equação - 10

API = 141,5 – 131,5 SG (60ºF)

4.2.7 Índice de diesel

Outra característica do óleo diesel é o chamado de índice de diesel (ID), o qual é uma

função da Densidade API e do Ponto de Anilina (ºC) e de acordo com Riazi (2005) é definida

pela Equação 11.

Equação - 11

ID = (API) (1.8PA + 32) 100

Este parâmetro indica a velocidade de inflamação do diesel. Na prática, este índice

expressa o tempo entre a fase de injeção e de combustão do combustível no interior do

cilindro de um motor do ciclo diesel. Em geral, a inflamabilidade é expressa pelo número de

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60

cetano, no entanto o índice de diesel é relativamente utilizado devido à simplicidade do

cálculo.

4.2.8 Índice de cetano calculado

O índice de cetano pode ser calculado através de algumas correlações existentes na

literatura. Para este trabalho, foi feito o uso da Equação 12, sugerida por Riazi (2005). Os

dados de entrada são SG e T50.

Equação - 12

IC = 454,74 – 1641,416.SG + 774,74.SG2 – 0,554.T50 + 97,083(Log10T50)2

O Índice de Cetano (IC), segundo Riazi (2005), também pode ser matematicamente

correlacionado com Índice de Diesel e o Ponto de Anilina (PA) de acordo com as Equações

13 e 14.

Equação - 13

IC = 0.72DI + 10

Equação - 14

IC = AP - 15,5

4.2.9 Ponto de Fulgor (ºC)

Para estimar o ponto de fulgor foi utilizada a Equação 15 sugerida por Riazi (2005)

onde é feita uma correlação com a temperatura de T10.

Equação - 15

1/TF = -0,024209 + 2,84947/T10 + 3,4254E-3.LnT10

Com a Equação 15 calcula-se o ponto de fulgor com um desvio médio absoluto de 6,8

e esta deve ser aplicada a frações com pontos de ebulição normais na faixa de 65-590 ºC (150-

1100 ºF) e é adotada pela API (American Petroleum Institute) como o método padrão para

estimar Ponto de Fulgor de frações de petróleo.

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4.3 M

4.3.1

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62

da quantidade de dados de entrada e saída utilizados no modelo. A única variável ajustada na

estrutura desse tipo de rede foi a constante de propagação (SPREAD).

A Figura 19 traz um esquema de uma rede obtida com essa metodologia. Na

construção das redes com esse tipo de arquitetura fez-se necessária à divisão das amostras em

dois grupos, um para treinamento e outro para avaliação da rede obtida. O método utilizado

para seleção de amostras baseou-se no algoritmo de Kennard-Stone (KS), cujos códigos desse

método de seleção de subconjuntos foram desenvolvidos para o ambiente do MATLAB e

encontram-se disponíveis gratuitamente para uso acadêmico na página web do MATLAB.

Figura 19 - Esquema da rede generalized regression

No desenvolvimento de um método de estimação por rede neural, os resultados

preditos dependem diretamente do tipo de arquitetura utilizada, que define o modo como

serão delineadas as correlações existentes entre os dados de entrada (inputs) e os resultados

que se deseja predizer (targets). Os resultados obtidos com as RNAs dependem também dos

dados de entrada que alimentarão a rede que será construída, considerando que determinado

grupo de inputs poderá apresentar maior correlação com os targets e assim conseguirá gerar

resultados (outputs) que mais se aproximam dos resultados padrões esperados.

Deste modo, para construção da rede que melhor estima o ponto de fulgor, índice de

cetano e teores de enxofre, foram testadas duas arquiteturas de rede para cada parâmetro,

variando-se os resultados ASTM utilizados como matrizes de entrada (inputs). Os resultados

obtidos por cada rede treinada com as diferentes matrizes de entradas foram comparados

através do coeficiente de determinação R², erro médio absoluto e percentual (calculados em

modulo), assim como por meio de testes estatísticos.

O banco de dados com as matrizes dos resultados de inputs e targets foram geradas

com Software Microsoft Office Exel 2007, para serem importadas pelo MATLAB. As

análises de regressão para verificar a linearidade entre os dados estimados pelas RNAs

(targets) e os resultados ASTM (outputs), que se deseja predizer, foram realizadas pelo

Software OriginPro 8 SR0. Para realização dos testes estatísticos e determinação dos erros foi

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utiliz

PASW

4.3.2

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64

4.3.3 Construção da RNA – Generalized Regression (NNGR)

As redes Gereralized Regression são redes mais simples, que possuem arquitetura

definida. Por este motivo, o único parâmetro de estrutura de rede ajustado foi a constante de

propagação (SPREAD). O primeiro passo para se trabalhar com esse tipo de rede é a

realização da seleção e separação das amostras em dois grupos, um de treinamento e outro de

validação da rede. Para isso, se utilizou do algoritmo de seleção de amostras de Kennard-

Stone (Apêndice “B”).

Os bancos de dados contendo as variáveis de entrada (inputs) e variáveis alvo (targets)

foram gerados e importados para o ambiente do MATLAB. Após importados os pares de

dados entrada-alvo, realizou-se a divisão das amostras em dois grupos, um para treinamento

das redes e outro para avaliação da rede treinada. Inicialmente o algoritmo realiza a

seleção/separação das amostras para as variáveis de entrada nos grupos de treinamento e

avaliação; e em seguida é feita a separação das amostras para as variáveis alvo, as quais

corresponde a mesma amostra que foi seleciona para variável de saída. Desta forma, não dá

para utilizar os mesmo grupos de alvos para treinar as redes com diferentes entradas, pois para

cada grupo de entradas selecionado existe um grupo de alvos correspondente.

As amostras para construção das redes de predição do ponto de fulgor, índice de

cetano e teor de enxofre (todos os teores junto) foram divididas em grupos de 100 amostras

para treinamento e 62 para teste da rede. Para as amostras de teores de enxofre TS50 e

TS1800 os grupos foram divididos em 25 amostras para treinamento e 10 para avaliação da

rede; e para a predição do TS500 as amostras foram divididas em 67 para construção da rede e

25 para teste.

Para cada variável que se desejava predizer formam construídas diferentes redes

variando os dados de entrada, visando avaliar o grupo de variáveis entrada que consegue

melhor predizer e, portanto, apresenta uma menor diferença entre resultados estimados e os

esperados (ASTM). Posteriormente, para cada rede construída com os diferentes grupos de

dados de entrada, foi mantida constante a estrutura de rede NNGR, realizando apenas o ajuste

da constante spread para cada rede treinada. Onde o valor dessa constante foi variado e os

resultados avaliados com o intuito de determinar para qual valor de spread foi obtido o menor

erro de predição.

Todo esse processo de construção das redes foi realizado utilizando-se outra interface

gráfica do matlab, diferente da utilizada para as redes feed-forward. Para acessar a interface

Neural Network/Data Maneger, digitou-se nntool na janela de comandos do matlab, e uma

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66

dados de entrada, apenas uma variável, a rede criada não conseguia encontrar muitas

correlações, não fornecendo bons resultados de predição.

Assim, foram construídas e avaliadas mais três redes para ambas as arquiteturas de

redes utilizadas neste trabalho. A primeira rede construída utilizou como dados de entrada as

temperaturas de T10%, T50%, T85% e T90% de destilado; a segunda as temperaturas de

T10%, T50%, T85% e T90% e a massa específica e a terceira; utilizou os mesmos parâmetros

da segunda com a adição do índice de cetano.

4.3.5 Predição do índice de Cetano

Para a predição do índice de cetano assim como para o ponto de fulgor procurou-se,

inicialmente, utilizar como entradas da rede os mesmos dados de entradas das equações de

predição estudadas neste trabalho, que corresponde à Rede 01 da Tabela 5, onde podemos

obsevar que no lugar da densidade foi utilizada a massa específica. Outras redes foram

construídas para verificar a influência de cada variável de entrada isoladamente no poder de

predição da rede. Variando-se as matrizes de dados de entrada foram construídas sete

diferentes redes, conforme a Tabela 5. Como foram avaliados dois tipos de arquitetura de

rede, ao todo foram treinadas 14 redes neurais.

Tabela 5 - Variáveis de entrada utilizadas para treinamento das redes de predição do

índice de cetano Target Rede Inputs

Índice de Cetano 

01 Destilação D86 (T50) e Massa Específica. 02 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) Massa Específica. 03 Destilação D86 (T50). 04 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90). 05 Massa Específica. 06 Destilação D86 (T10, T50) e Massa Específica. 07 Destilação D86 (T50, T90) e Massa Específica.

4.3.6 Predição do teor de enxofre

As 162 amostras de diesel estão divididas em 03 grupos com diferentes teores de

enxofre (S50, S500 e S1800), que são respectivamente, amostras de diesel com teores de

enxofre (S) máximo 50 ppm, 500 ppm e 1800 ppm. Cada grupo foi composto 35 amostras de

S50, 92 amostras S500 e 35 amostras S1800. Para obtenção do teor de enxofre estimado

foram testadas diferentes redes neurais, utilizando diferentes dados de entrada. Em cada rede

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67

foram utilizadas todas as 162 amostras, buscando a predição ambos os teores de enxofre

juntos.

Com os resultados das redes treinadas foram obtidos bons coeficientes de

determinação, no entanto por meio das curvas de regressão linear, pode-se observar que os

resultados dos teores de enxofre se distribuíam em três grupos de forma crescente, o que

poderia vir a conferir uma linearidade geral não tão explicativa para cada teor S50, S500 e

S1800 em separado. Portanto, para avaliar a coerência do R² obtido, foram criadas novas

redes utilizando cada grupo de teor de enxofre separadamente. Para cada teor de enxofre

foram treinadas 04 novas redes neurais, utilizando os mesmos dados de entrada utilizados na

construção das redes de predição ambos os teores de enxofre juntos. Na Tabela 6 encontram-

se dispostas as variáveis de entrada utilizadas em cada rede.

Tabela 6 - Variáveis de entrada utilizadas para treinamento das redes de predição dos

teores de enxofre separadamente Target Rede Inputs

S50 S500

S1800

01 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica,

Índice de Cetano e Ponto de Fulgor.

02 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica

e Ponto de Fulgor.

03 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica

e Índice de Cetano.

04 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e Massa

Específica.

4.4 ANÁLISES ESTATISTICAS

4.4.1 Análise de normalidade das amostras

Para verificar a normalidade dos dados, ASTM e estimados pelas metodologias

propostas, para o ponto de fulgor e índice de cetano e teor de enxofre, inicialmente, foi

realizado o teste de Kolmogov-Sminorv ao nível de 5% de significância. Para distribuição

normal de um grupo de dados se trabalhou-se com os valores médios e com os testes

paramétricos. Quando se tratava de dados que apresentaram uma distribuição não normal

foram utilizados os valores medianos e os teste não-paramétricos.

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68

4.4.2 Análises das diferenças entre resultados ASTM e estimados

A fim de avaliar os resultados obtidos por meio das equações matemáticas e redes

neurais testadas neste trabalho, foi feita a verificação das diferenças entre os valores obtidos

pelas metodologias alternativas propostas nesse trabalho e o métodos padrão (ASTM), para

cada amostra analisada, ao nível de significância de 5%, considerando duas hipóteses:

1ª Hipótese: H0 : μD = 0

2ª Hipótese: H1 : μD ≠ 0

Sendo μD sendo a média das diferenças entre os resultados das metodologias ASTM e

os resultados estimados pelas equações e rede neurais.

As variáveis que apresentaram distribuição normal foram analisadas pelo Teste t para

amostras pareadas com distribuição normal (MORETTIN e BUSSAB, 2002), em caso

contrário, utilizou-se o teste de Wilcoxon, para amostras pareadas sem distribuição normal

(não paramétricas), ambos ao nível de significância de 0,05 (CAMPOS, 1983). Apenas as

redes que apresentaram os melhores resultados de predição tiveram seus resultados analisados

pelos testes estatísticos. O software utilizado para o teste foi o SPSS – Statistical Package

Science Social 18.0 em sua versão portátil PASW Statistics Viewer 18.0.

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69

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

  Os resultados experimentais obtidos por metodologias preconizadas pela ANP estão

apresentados no Apêndice D. As amostras de óleo diesel aplicadas nesse estudo estão

divididas em três grupos de teores de enxofre (TS50, T500 e T1880). Com resultados obtidos

por meio de metodologias padronizadas (ASTM) foram realizadas algumas análise

descritivas, que se encontram dispostas na Tabela 7, de acordo com o teor de enxofre.

Tabela 7 - Estatísticas descritivas dos resultados ASTM para grupo de teor de enxofre TS50, TS500 e TS1800

Teor de Enxofre Parâmetro Normalidade Média/

Mediana Mínimo Máximo Desvio Padrão

TS50

TS50 Não 5,0 4,0 8,0 1,1 T10% Sim 210,4 199,9 220,2 5,8 T50% Sim 276,9 260,7 291,0 6,7 T85% Sim 324,9 318,3 337,7 3,6 T90% Sim 335,0 327,8 359,4 5,7 ME Sim 837,9 830,0 843,0 4,3

PtFulfor Sim 64,8 58,0 69,0 3,2 ICetano Sim 51,1 49,4 54,9 1,1

TS500

TS500 Não 149,0 82,0 1402,0 335,8 T10% Sim 203,3 192,5 214,5 4,8 T50% Sim 286,2 277,5 307,9 4,2 T85% Sim 349,7 341,2 361,2 4,2 T90% Sim 363,8 349,9 380,6 5,4 ME Não 835,0 831,0 849,0 3,1

PtFulgor Não 56,0 42,0 62,0 3,5 ICetano Sim 52,8 49,6 56,1 1,3

TS1800

TS1800 Sim 1131,3 226,0 1831,0 271,6 T10% Sim 200,7 192,4 209,0 5,6 T50% Sim 285,2 263,5 294,5 5,8 T85% Sim 351,0 343,8 363,7 4,3 T90% Sim 365,4 356,2 383,7 5,4 ME Sim 839,3 832,0 845,0 3,5

PtFulgor Sim 55,5 47,0 63,0 4,4 ICetano Sim 51,1 49,6 53,7 1,1

Analisando os valores médios ou medianos (dependendo da distribuição encontrada

para os dados é ou não normal) para cada parâmetro dos grupos de teores de enxofre,

podemos perceber a diminuição da temperatura do T10% e T50% de destilado, com o

aumento do teor de enxofre. O inverso ocorre com a temperatura do T90% e T85%, que

aumenta com o aumento do teor de enxofre. Pode-se observar também que essas diferenças

são mais acentuadas entre os teores de enxofre TS50 (mediana = 5 ppm) e TS500 (mediana =

149 ppm), do que entre os teores de enxofre TS500 e TS1800 (1131,3 ppm). Esse

comportamento se deve possivelmente ao tratamento para remoção de enxofre, que no caso

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70

do combustível com teores de enxofre em torno de 5ppm, passa por processos de

hidrotratamento profundo/hidrocraqueamento bem mais severo que para os demais teores de

enxofre, levando a grandes perdas de compostos polares mais pesados e reduzindo também a

lubricidade do diesel, assim como, pela remoção de uma carga de nafta que possuem

compostos de enxofre.

No processo hidrocraqueamento além da redução do teor de enxofre ocorre o

craqueamento de moléculas mais pesadas do diesel em moléculas menores. No entanto, estas

moléculas menores são um tanto mais pesadas que aquelas constituintes naturais do diesel que

destilam entre as primeiras porcentagens de recuperado na destilação ASTM D86. Assim a

temperatura média para T10% e T50% de recuperado, torna-se mais acentuada para baixos

teores de enxofre.

Percebe-se também que com a diminuição do teor enxofre ocorre um aumento no

ponto de fulgor, também de forma mais pronunciada para os teores medianos de 5 ppm. O

ponto de fulgor de um combustível é diretamente dependente da concentração de compostos

voláteis, que são os compostos mais leves presentes no combustível, desta forma o aumento

da temperatura de T10% e T50% de recuperado relacionam-se com aumento do ponto de

fulgor e consequentemente a diminuição do teor de enxofre.

5.1 RESULTADOS – EQUAÇÕES MATEMÁTICAS

 

5.1.1 Densidade 15,6/15,6 ºC

A densidade 15,6/15,6ºC foi obtida principalmente com a finalidade de ser utilizada

como variável intermediária na obtenção de outros parâmetros, pois a maioria das equações

utilizadas neste trabalho necessitava dos resultados desta propriedade. Os resultados obtidos

de densidade encontram-se dispostos no Apêndice E.

5.1.2 Viscosidade40ºC

O cálculo desta propriedade foi realizado no sentido de demonstrar, mais uma das

variáveis possíveis de se obter por meio de correlações matemáticas, usando a destilação

ASTM D86 e a massa específica. Seus resultados estão dispostos no Apêndice E.

A média dos resultados obtidos por meio dessa equação foi de 3,515 mm2/s, estando

dentro da faixa exigida pela legislação (2 a 5 mm2/s). Embora, para este trabalho, não tenha

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71

sido possível comparar os valores das viscosidades obtidas com dados reais, esta correlação

mostrou-se bastante significante na comparação com valores reais encontrados na literatura.

5.1.3 Pontos de ebulição médios

Os resultados destas equações foram determinados com objetivo encontrar a

temperatura média de ebulição de cada amostra, cujo resultado é indispensável para o cálculo

do ponto de anilina. Seus resultados estão dispostos no Apêndice E.

5.1.4 Ponto de Anilina

Neste estudo o ponto de anilina foi obtido com o intuito de ser utilizado como variável

de entrada de uma das equações para obtenção do índice de cetano, tendo em vista que o

ponto de anilina indica o grau de aromaticidade e a presença dessa classe de compostos do

diesel diminui sua eficiência para combustão.

Como não foi possível comparar os valores obtidos pela equação (Apêndice E) com os

resultados determinados por metodologias ASTM, não podemos afirmar que os erros deste

método estão dentro de um faixa de tolerância considerada. Contudo, foram encontrados

dados na literatura, onde os valores do ponto de anilina para o óleo diesel variam entre

aproximadamente 40 - 80ºC, no entanto a média dos valores estimados para essa equação é

87,5 ºC.

5.1.5 Grau API

A densidade ou grau API é uma propriedade interessante, pois possibilita quantificar a

qualidade de determinado petróleo ou produto deste. No entanto neste trabalho este parâmetro

foi calculado com o interesse da utilização destes resultados na obtenção do índice de diesel

ao qual está diretamente relacionado. Seus resultados podem ser visualizados no Apêndice E.

5.1.6 Índice de diesel

O índice de diesel é uma propriedade característica do óleo diesel que possui

correlação direta com o ponto de anilina, assim como com o grau API e desta forma também

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72

pode ser utilizado para indicar a qualidade de ignição deste combustível, podendo de acordo

com este raciocínio ser correlacionado também com o índice de cetano.

O cálculo do índice de diesel, assim como outras variáveis obtidas neste trabalho, foi

realizado com o propósito da utilização dos resultados na determinação de outros parâmetros

de maior interesse, neste caso o índice de cetano. Os resultados da equação estão dispostos no

Apêndice E.

5.1.7 Índice de Cetano

Na predição do índice de cetano foram aplicadas três diferentes equações, a Equação

12, baseada na densidade relativa SG e na Destilação D86 (ICC), a Equação 13 no índice de

diesel (IC_ID) e a Equação 14, no ponto de anilina (IC_PA).

Na Figura 22 (a) estão apresentados os resultados do índice de cetano ASTM e do

estimado pelas equações em função do nº de amostras, onde é possível visualizar e comparar

os resultados para ambas às metodologias utilizadas. Assim, verifica-se que os resultados

apresentam respostas bastante similares, no entanto, o método ICC e de forma menos

acentuado o IC_ID, quando comparados com método ASTM (ICetano), subestimam os

resultados esperados para este parâmetro.

Para verificar a linearidade entre os resultados dos métodos ICC, IC_ID e IC_PA

frente aos resultados padrões, ICetano, foram traçadas curvas de regressão, que estão

apresentadas nas Figuras 22 (b), 22 (c) e 22 (d).

Buscando avaliar o comportamento e as diferenças entre os grupos de valores dos

métodos propostos e do método ASTM, foi obtido o gráfico de Boxplot, apresentado na

Figura 22 (e). Neste gráfico podem ser observados quatro grupos de resultados, o Icetano que

corresponde ao método ASTM, e os grupos ICC, IC_ID e IC_PA, referentes às Equações 12,

13 e 14, respectivamente.

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ICe

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74

Tabela 8, estão apresentados os resultados dos coeficientes de determinação (R2), através dos

quais foi feita uma avaliação das metodologias propostas.

Tabela 8 - Coeficiente de determinação (R²) para cada equação aplicada

Parâmetro Método Equação Nº Equação R2

Índice de Cetano

ICC IC = 454,74 – 1641,416.SG + 774,74.SG2 – 0,554.T50 + 97,083(Log10T50)2 12 0,849

IC_ID IC = 0.72ID + 10 13 0,854 IC_PA IC = AP - 15,5 14 0,843

Os valores obtidos para os coeficientes de determinação, R2, indicam que a Equação

13 apresentou melhor predição para os valores do índice de cetano. No entanto, de acordo

com os resultados de erros apresentados na Tabela 9, podemos notar que o menor erro ocorre

a partir do método IC_PA.

Tabela 9 - Erros das equações de predição do índice de cetano

Método Índice de Cetano

Erro Mínimo

Erro Máximo

Erro MédioAbsoluto Desvio Erro %

ICC ASTM 0,27 4,16 2,700 0,570 5,182 Estimado

IC_ID ASTM 0,10 2,73 1,358 0,458 2,607 Estimado

IC_PA ASTM 0,0 2,87 0,425 0,422 0,816 Estimado

Com a análise estatística das metodologias propostas, foram obtidas as médias e os

respectivos desvios padrão para os resultados de cada método, assim como o resultado do

teste “t” de student e o p-valor, os quais estão apresentados na Tabela 10.

Tabela 10 - Resultado do teste t de student

Índice de Cetano Normalidade Média Desvio

padrão Mínimo Máximo Teste p-valor

ICC ASTM Sim 52,116 1,512 49,4 56,1 58,315 0,000 Estimado Sim 49,428 1,444 46,715 52,928

IC_ID ASTM Sim 52,116 1,512 49,4 56,1 28,874 0,000 Estimado Sim 50,808 1,412 47,972 54,125

IC_PA ASTM Sim 52,116 1,512 49,4 56,1 0,806 0,421 Estimado Sim 52,074 1,666 48,326 56,123

De acordo com o resultado do p-valor podemos concluir que o IC_PA foi o único

método de estimação em que não se rejeitou a hipótese de igualdade entre as médias, ou seja,

o valor estimado foi estatisticamente igual ao valor padrão ASTM, no nível de significância

de 5%. Esses resultados estão de acordo com os erros apresentados anteriormente; assim

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75

como com os resultados do desvio padrão para o IC_PA, que foi igual ao obtido pela

metodologia ASTM; e diferença das médias entre IC_PA e o método padrão ASTM, que foi a

menor obtida em comparação com as demais equações.

Com esta avaliação dos resultados fica claro que o coeficiente de determinação (R2)

não deverá ser a única forma de comparação entre as duas metodologias. Tendo em vista que

o fato do coeficiente de determinação R² ter sido menor para a equação IC_PA ocorre, pois o

R² mede apenas o quanto que os resultados analisados se ajustam ao modelo linear.

Apesar de apenas a equação IC_PA ter sido aprovada pelos testes estatísticos não

desqualifica as demais, pois os erros apresentados para as três equações são relativamente

pequenos, além de ambas à equações estarem baseadas fundamentalmente nos mesmas

parâmetros, as temperatura de destilação ASTM D86 e a massa específica, com a diferença de

que as equações IC_PA e IC_ID necessitam da utilização de outras correlações para

determinação do ponto de anilina e do índice de diesel que são utilizados como variáveis de

entrada. Deve-se considerar também que estes métodos alternativos são propostos não com o

intuito de substituir as metodologias ASTM, mas de propor maneiras mais práticas e menos

dispendiosas.

5.1.8 Ponto de Fulgor

Para avaliação da aplicabilidade da Equação 15 na predição do ponto de fulgor, os

resultados obtidos pela equação foram comparados com os resultados obtidos

experimentalmente pela metodologia ASTM.

Os resultados da análise estatística da diferença entre as médias das variáveis, ponto de

fulgor ASTM e calculado, para o teste não paramétrico de Wilcoxon e o p-valor, foram

respectivamente, -10,785 e 0,000, e indicam a existência de uma diferença significativa entre

as metodologias avaliadas, ao nível de significância de 5%.

O coeficiente de determinação (R2), obtido da curva de regressão apresentada na

Figura 23 (a) foi de 0,248, o erro médio absoluto foi de 15,281, relacionando este erro com

valor médio do método ASTM (57,000), foi obtido um erro percentual de 26,809 %, sabendo

que ambos os erros formam calculados em modulo. Com resultados também foi obtido um

erro mínimo absoluto de 6,28 e erro máximo absoluto de 40,21.

A Figura 23 (b) refere-se ao gráfico de Boxplot, onde é possível visualizar dois grupos

de resultados, ponto de fulgor ASTM (PtFulgor) e calculado (PF). Reforçando os resultados

obtidos pelo teste estatístico, o Boxplot deixa perceptível a diferença entre os valores

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Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro. ... Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para

77

neste modelo. Indicando, portanto, a possibilidade de utilização de fatores de correção ou

ajuste para adequação da equação aos dados experimentais, ou o desenvolvimento de modelos

baseados em uma faixa mais ampla de temperatura de destilação.

5.2 RESULTADOS EMPÍRICOS – REDES NEURAIS ARTIFICIAIS

Tendo em vista a proposição de metodologias alternativas para determinação de

características de especificação do diesel. Foi avaliada a utilização de redes neurais artificiais

na predição do ponto de fulgor, índice de cetano e teor de enxofre.

As redes foram treinadas para a determinação dos parâmetros desejados, mantendo-se

uma arquitetura padrão de rede em todos os treinamentos e avaliando dentre os resultados

padrões ASTM de entrada, quais os que melhor se relacionavam com os resultados ASTM

desejados.

5.2.1 Predição do Ponto de Fulgor

Devido à necessidade de ajuste da equação avaliada para predição do ponto de fulgor,

foi proposta a utilização de redes neurais, construídas variando os dados de entrada, para

avaliar os conjuntos de entradas que melhor consegue predizer o ponto de fulgor.

Para predição do ponto de fulgor foram construídas três redes com diferentes variáveis

de entrada. Como foram testados dois tipos de estruturas de RNA, ao todo seis diferentes

redes foram treinadas.

Na Tabela 11 podem ser visualizadas as variáveis de entrada utilizadas para treinar as

redes, assim como os coeficientes de determinação (R²) obtidos dos resultados para cada rede.

Nesta mesma tabela também se encontram os valores de spread ideal para as redes NNGR,

que é uma constante usada para o treinamento e aproximação dos dados de teste. O spread

ideal para o modelo NNGR foi determinado de acordo com o erro, sendo a melhor constante

aquela que apresentou o menor erro.

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78

Tabela 11 - Coeficiente de determinação das redes com diferentes inputs e spread_NNGR Target Rede Inputs R2/NNF R2/NNGR Spread_NNGR

Ponto de

Fugor 

01 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90)

e Massa Específica. 0,624 0,858 6,5

02 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90). 0,619 0,468 5,0

03 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e Massa Específica, Índice de Cetano.

0,660 0,490 4,0

* NNF: rede feed-forward backpropagation. * NNGR: rede generalized regression.

De acordo com a Tabela 11 as redes que apresentaram os melhores valores de R²

foram a rede 01_NNGR e a rede 03_NNFR. Com os resultados dessas redes foram realizados

os testes estatísticos e também foram calculados os erros, os quais estão apresentados na

Tabela 12.

Tabela 12 - Erros para as redes de predição do ponto de fulgor

Rede Ponto de Fulgor

Erro Mínimo

Erro Máximo

Erro Médio Absoluto Desvio Erro %

01 NNGR

ASTM 0,06 5,60 1,947 1,417 3,341 RNA 03

NNF ASTM 0,02 6,04 1,550 1,465 2,583 RNA

  Com base no resultados de erros da Tabela 12, a rede que apresentou o menor erro foi

a rede 03_NNF, diferentemente do que foi constado com o coeficiente de determinação (R²)

da Tabela 11, assim a rede que apresentou o menor erro não foi a rede que apresentou o maior

(R²).

Os resultados dos testes estatísticos aplicados às redes que apresentaram os melhores

coeficientes de determinação estão apresentados na Tabela 13. Nesta mesma tabela, como

resultado para o teste de Kolmogov-Sminorv, são apresentadas duas respostas: “sim” para

grupos de amostras com distribuição normal (paramétrica) e “não” para grupos de amostras

sem distribuição normal (não paramétrica).

Tabela 13 - Resultado do teste estatístico

Rede Ponto de Fulgor

NormalidadeMedia/

Mediana Desvio padrão

Mínimo Máximo Teste p-valor

01 NNGR

ASTM Não 56,000 5,000 52,000 69,000 -5,190 0,000

RNA Não 54,872 4,588 51,12 66,32 03

NNF ASTM Sim 60,819 5,330 48,00 69,00

-1,907 0,057 RNA Não 60,032 5,250 51,58 69,03

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80

valores um pouco abaixo da distribuição para os resultados da metodologia ASTM. Para a

rede 03_NNF da Figura 25 (b) observa-se resultados com uma distribuição um pouco mais

restrita e centralizada que consegue acompanhar grande parte da distribuição dos dados

ASTM.

Apesar das variáveis de entrada que melhor conseguem predizer o ponto de fulgor

serem a destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), a massa específica e o índice de cetano, o que

tornaria o processo de monitoramento por esta metodologia inviável, tendo em vista que está

se utilizando de métodos mais caros que o próprio método padrão ASTM D – 93 de obtenção

do ponto de fulgor. Contudo, os resultados destas metodologias, utilizadas como variáveis de

entrada da rede, já são obtidos rotineiramente durante o processo de monitoramento do diesel,

o que torna viável o método proposto.

5.2.2 Predição do índice de Cetano

Assim como o ponto de fulgor, para determinação da rede que melhor prediz o índice

de cetano foram testadas diferentes variáveis de entrada. Inicialmente foram aplicadas para

treinamento da rede, as temperaturas de destilação D86 para T10%, T50%, T85% e T90% e

massa específica, variáveis similares às utilizadas nas equações.

Para esta rede foi observado um bom resultado de coeficiente de determinação, desta

forma buscou-se avaliar a influência individual daquelas variáveis sobre o poder de predição

da rede. Assim, foram criadas sete redes variando as matrizes de entrada, e por terem sidos

testados dois tipos de arquiteturas de rede, ao todo foram treinadas 14 redes. Na Tabela 14

estão apresentadas todas as matrizes de entradas para construção das redes, assim como os

seus respectivos coeficientes de determinação.

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81

Tabela 14 - Coeficiente de determinação das redes com diferentes inputs e spread_NNGR Target Rede Inputs R2/NNF R2/NNGR Spread_NNGR

Índice de

Cetano 

01 Destilação D86 (T50) e Massa

Específica. 0,942 0,831 5,0

02 Destilação D86 (T10, T50, T85 e

T90) Massa Específica. 0,946 0,942 3,0

03 Destilação D86 (T50). 0,255 0,165 5,0

04 Destilação D86 (T10, T50, T85 e

T90). 0,398 0,196 3,5

05 Massa Específica. 0,518 0,491 3,0

06 Destilação D86 (T10, T50) e

Massa Específica. 0,942 0,951 3,0

07 Destilação D86 (T50, T90) e

Massa Específica. 0,906 0,891 2,0

* NNF: rede feed-forward backpropagation. * NNGR: rede generalized regression.

Com os resultados de R², Tabela 14, pode-se notar que a massa específica é bastante

determinante sobre o poder de predição da rede, entretanto para as temperaturas de destilação

D86 para T10%, T50%, T85% e T90% de recuperado, observou-se uma menor contribuição

na determinação do índice de cetano, consequentemente foi observada uma correlação ainda

menor para predição do índice de cetano ao se utilizar apenas a temperatura de destilação D86

para T50% de recuperado. Contudo foi percebido que as variáveis isoladamente não

apresentam bons resultados de R², não sendo suficientes para descrever o índice de cetano.

Assim as variáveis de entrada que melhor predizem o parâmetro desejado é a combinação das

temperaturas de destilação D86 para T10%, T50%, T85% e T90% de recuperado e massa

específica.

Com os resultados das redes que apresentaram o melhor R² calcularam-se os erros, que

estão apresentados na Tabela 15. A estes mesmos resultados também foram aplicados os

testes estatísticos.

De acordo com o teste de normalidade de Kolmogov-Sminorv, ambos os grupos de

resultados analisados apresentaram distribuição normal, desta forma para comparar os

resultados do índice cetano ASTM e do estimado pelas redes (RNA) que apresentaram os

melhores R², foi utilizado o teste t para amostras pareadas com distribuição normal, ao nível

de significância de 5%.

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82

Tabela 15 - Erros para as redes de predição do índice de cetano Rede Índice de

Cetano Erro

Mínimo Erro

Máximo Erro

Absoluto Desvio Erro %

01 NNF

ASTM 0,00 2,79 0,195 0,304 0,374 RNA 02

NNF ASTM 0,00 2,81 0,185 0,297 0,355 RNA

06 NNF

ASTM 0,00 2,73 0,183 0,315 0,351 RNA 07

NNF ASTM 0,00 2,58 0,319 0,347 0,618 RNA

01 NNGR

ASTM 0,05 2,42 0,789 0,514 1,504 RNA 02

NNGR ASTM 0,01 1,25 0,285 0,255 0,546 RNA

06 NNGR

ASTM 0,01 1,16 0,329 0,262 0,629 RNA 07

NNGR ASTM 0,00 1,66 0,347 0,333 0,666 RNA

De um modo geral os erros apresentados pelas redes neurais mostraram-se menores

aos apresentados pelas equações. Os resultados das redes 01_NNF, 02_NNF e 06_NNF

apresentaram os menores erros e bem próximos entre si, para a predição do índice de cetano.

Na Tabela 16 estão apresentados os resultados do teste t pareado para amostras

paramétricas. Contudo, deve-se esclarecer que para resultados de p-valor < 0,05 rejeita-se a

hipótese de igualdade entre os modelos e p-valor > 0,05 se aceita a hipótese de igualdade.

Tabela 16 - Resultado do teste estatístico

Rede Índice de Cetano Normalidade Média/

MedianaDesvio padrão Mínimo Máximo Teste p-valor

01 NNF

ASTM Sim 52,116 1,512 49,40 56,10 -0,207 0,837 RNA Sim 52,122 1,465 49,48 55,48 02

NNF ASTM Sim 52,116 1,512 49,40 56,10 -0,250 0,803 RNA Sim 52,123 1,462 49,41 55,19

06 NNF

ASTM Sim 52,116 1,512 49,40 56,10 0,554 0,580 RNA Sim 52,100 1,483 49,30 55,99 07

NNF ASTM Sim 52,116 1,512 49,40 56,10 -2,153 0,033 RNA Sim 52,194 1,387 49,78 55,21

01 NNGR

ASTM Sim 52,514 1,522 49,60 55,20 2,184 0,033 RNA Sim 52,261 0,721 50,91 53,58 02

NNGR ASTM Sim 52,224 1,388 50 55,20 2,027 0,047 RNA Sim 52,128 1,178 50,11 54,21

06 NNGR

ASTM Sim 52,350 1,509 49,70 55,20 1,339 0,186 RNA Sim 52,279 1,217 50,24 55,20 07

NNGR ASTM Sim 52,156 1,467 49,60 55,20 0,799 0,427 RNA Sim 52,107 1,339 49,83 54,86

De acordo com o resultado do p-valor, dentre as redes neurais avaliadas, apenas as

redes 07_NNF e 01_NNGR apresentaram resultados de p-valor menores que 0,05, rejeitando-

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se a

de to

com

rejeit

as 06

erro

teste

resul

entre

07_N

visua

Boxp

utiliz

T509

06_N

apres

é obs

hipótese H0

olerância de

Os resul

os resultad

tada a hipót

6_NNGR e

da rede ant

“t” são as

ltados ASTM

e os resulta

NNF.

Logo a b

alizar as di

plot, onde o

zados para

90ME corr

NNF e 07_N

Através

sentam-se d

servada um

0 de igualda

5%.

ltados de p

os dos erros

tese de igua

07_NNGR

terior e não

s avaliadas

M, no entan

ados das du

baixo estão

iferenças en

os targets_

construção

responde, r

NNF.

Figiínd

do gráfico

distribuídos

ma distribuiç

ade entre os

-valor obtid

s apresentad

aldade, no e

apresentara

o foram reje

diferenças

nto também

uas metodo

apresentado

ntre os mé

_NNF repre

o das redes

respectivam

ira 26 - Gráficice de cetano

02

Boxplot, v

de maneira

ção um pou

s pares de r

dos na aval

dos na Tabe

entanto apr

am erros res

eitas. Isso o

uma a uma

m é levado e

ologias, que

os os gráfico

étodos avali

esentam o g

s NNF, e

mente, aos

co Boxplot de ASTM (targe

2_NNF, 06_N

visualmente

a bastante si

uco mais res

resultados p

liação de c

ela 15, com

esentou um

spectivamen

ocorre porqu

a, entre res

em conside

e foi um p

os de Boxpl

iados. A F

grupo de re

os grupos

resultados

comparação dets) e estimado

NNF e 07_NNF

os resultad

imilar. Para

strita que a

para os mod

ada rede co

exceção da

m erro um d

nte de 0,629

ue para obt

sultados obt

eração desvi

pouco mais

lot que são

igura 26 ap

esultados da

T50ME, D

das redes

dos resultadoso (rede 01_NNF)

dos para am

a os resultad

as demais re

delos testado

oncordam d

a rede 07_N

de 0,618, en

9 e 0,666, m

tenção do re

tidos pelas

io padrão d

s acentuada

utilizados p

presenta o

a metodolo

D86ME, T

s 01_NNF,

s de NF,

mbas as red

dos da rede

edes, aprese

83

os, ao nível

diretamente

NNF que foi

nquanto que

maiores que

esultado do

redes e os

da diferença

a para rede

para melhor

gráfico de

ogia ASTM

T1050ME e

, 02_NNF,

de treinadas

07_NNGR

entando um

3

l

e

i

e

e

o

s

a

e

r

e

M

e

,

s

R

m

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro. ... Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para

desvi

do m

repre

redes

corre

T509

07_N

01_N

distri

cons

corro

quan

io padrão m

método AST

Na Figu

esentam o g

s, lembrand

espondente

90ME corre

NNGR.

Figura 27 - Gestimado (

Com o

NNGR (T5

ibuídos de

eguem des

oborado pel

ndo compara

menor que a

TM. Os resu

ura 27 estão

grupo de r

do que pa

as variáveis

espondentes

Gráfico Boxpl(a) rede 01_N

gráfico Bo

50ME) apr

maneira c

screver a

lo resultado

ado com o d

(a)

(c)

as outras red

ltados dos d

o apresenta

resultados d

ara cada r

s entradas s

s ao result

lot de comparaNNGR, (b) red

oxplot da F

resentam u

centralizada

variabilida

do desvio p

desvio de 1,

des NNF, q

desvios pod

ados os grá

da metodolo

ede constru

selecionadas

tados das r

ação dos resulde 02_NNGR,

Figura 27 (

uma variab

a e restrita

ade sofrida

padrão para

,552, para o

quando amb

dem ser visu

áficos de B

ogia ASTM

uída foi u

s, e os grup

redes 01_N

ltados de índic(c) rede 06_N

(a), percebe

bilidade m

a, desta fo

a pelos re

a a rede 01_

o método AS

bas são com

ualizados na

Boxplot, on

M utilizados

utilizado um

pos T50ME,

NNGR, 02_

ce de cetano ANNGR e (d) re

eu-se que o

muito pequ

orma os d

esultados e

_NNGR que

STM.

(d)

(b)

mparadas co

a Tabela 16.

nde os targ

s para cons

m grupos

, D86ME, T

_NNGR, 06

ASTM (targetede 07_NNGR

os resultad

ena, e en

ados de e

experimenta

e foi 0,721,

84

om o desvio

.

gets_NNGR

strução das

de targets

T1050ME e

6_NNGR e

ts) e R

dos da rede

ncontram-se

ntrada não

ais, que é

bem menor

4

o

R

s

s

e

e

e

e

o

é

r

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro. ... Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para

85

Analisando os demais gráficos Boxplot, observou-se que os resultados obtidos pelas

redes 02_NNGR, 06_NNGR e 07_NNGR, apresentam-se distribuídos de maneira bastante

similar quando comparadas com a distribuição para os resultados dos seus respectivos targets.

Da mesma forma, observa-se que os resultados obtidos por estas redes apresentaram valores

médios bem próximos em relação aos valores médios do targets.

5.2.3 Predição do teor de enxofre (todos os tipos de amostras de óleo diesel avaliadas

conjuntamente)

Inicialmente a predição do teor de enxofre foi realizada, utilizando todas as 162

amostras de diesel com ambos os teores de juntos, variando os dados de entrada para

determinar aqueles que melhor se correlacionam com o parâmetro que se desejava predizer.

Na Tabela 17 estão descritas as variáveis de entrada utilizadas para construção das redes e

seus respectivos coeficientes de determinação (R²).

Tabela 17 - Coeficiente de determinação das redes com diferentes inputs e spread_NNGR

Target Rede Inputs NNF/R2 NNGR/R2 Spread_NNGR

Teor de Enxofre (Todas) 

01 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica, Índice de Cetano e

Ponto de Fulgor. 0,872 0,804 3,5

02 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90),

Massa Específica e Ponto de Fulgor. 0,865 0,807 3,5

03 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Índice de Cetano.

0,886 0,844 3,0

04 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e

Massa Específica. 0,884 0,876 3,0

05 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e

Índice de Cetano. 0,884 0,694 2,0

06 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e

Ponto de Fulgor. 0,373 0,056 2,5

* NNF: rede feed-forward backpropagation. * NNGR: rede generalized regression.

Com os resultados de R² pode-se perceber que o ponto de fulgor não contribui

positivamente para predição do teor de enxofre para as redes construídas com todos os teores

enxofre juntos, principalmente para a rede tendo como dados de entrada a destilação D86 para

as temperaturas de T10%, T50%, T85% e T90% de recuperado e o ponto de fulgor, no

entanto quando utilizada a destilação D86 para as temperaturas de T10%, T50%, T85% e

T90% de recuperado, massa específica e o ponto de fulgor, o valor do R² apresenta-se bem

melhor, devido principalmente a influencia positiva da massa específica.

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro. ... Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para

ao an

três g

acab

de en

redes

medi

desej

realm

Apesar d

nalisar as c

grupos de f

ou influenc

Para ava

nxofre, foi

s. Na Tabela

A rede

iano dos res

jado na pr

mente a defi

das redes tre

curvas de re

forma cresc

iado os resu

aliar o comp

feita uma

a 18 podem

Tab

Des

NormMMM

DesvErroAb

ErroErro

DesvE

01_NNF a

sultados. Fo

edição do

iciência des

einadas, com

egressão foi

cente sobre

ultados de R

Figura 28: Cutargets pa

portamento d

avaliação d

m ser visuali

bela 18 - Descr

critivos

malidadeMediana Mínimo Máximo vio padrãoo Médio bsoluto o Mínimo Máximo

vio do erroErro %

apresentou

oi observad

teor de en

sta rede para

m exceção d

i observado

a reta, com

R² apresenta

urva de regresara os teores d

dos resultad

descritiva d

zados os de

ritivos dos res01_NNF

Rede ASTM

Não149,00

4,0001831,0

488,25

um desvio

do principalm

nxofre. Por

a predizer o

da rede 06, t

o que os res

mo pode se

ados.

ssão D86MEPe enxofre junt

dos obtidos

dos resultad

escritivos pa

sultados obtidF 01_NNF_TS

M

00007

68, 761

1,15609,33

127,70546,148

o padrão el

mente um v

rtanto ao se

os teores de

terem dado

sultados est

er observado

PFIC x tos

para as red

dos obtidos

ara rede 01_

os pela rede

(Todos)RNANão

216,252-161,751774,39455, 193

levado, sen

valor mínim

e calcular

e enxofre, co

bons result

tavam distr

o na Figura

des com todo

para apena

_NNF.

ndo superio

mo negativo

os erros c

om um erro

86

tados de R²,

ribuídos em

a 28, o que

os os teores

as uma das

or ao valor

o, que não é

onstatou-se

o percentual

6

,

m

e

s

s

r

é

e

l

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro. ... Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para

87

de aproximadamente 50%. Devido ao erro elevado não havia coerência em aplicar os testes

estatísticos para comparação das metodologias.

5.2.4 Predição dos teores de enxofre separadamente

Para predição de cada teor de enxofre separadamente treinaram-se quatro redes para as

duas arquiteturas de rede avaliadas por esse trabalho. Deste modo foram treinadas oito redes

para cada teor de enxofre, e somando forma 32 redes no total.

O fato de serem construídas redes para cada teor separadamente não deverá influenciar

no processo prático de monitoramento destas variáveis por meio deste novo sistema proposto,

pois quando as amostras são coletadas em campo já se sabe qual o teor esperado, caso o

resultado esteja distante ou fora daquele grupo de enxofre ao qual deveria se encaixar, este

resultado poderá ser confirmado ao se rodar os dados de entrada para aquela amostra nas

redes dos outros teores.

Na Tabela 19 estão descritas as variáveis utilizadas como matrizes de entrada para as

redes de predição de enxofre separadamente e seus respectivos coeficientes de determinação

(R²), assim como a constante de propagação definida para ajuste da rede do tipo NNGR.

Tabela 19 - Coeficiente de determinação das redes com diferentes inputs e spread_NNGR

Target Rede Inputs NNF/R2 NNGR/R2 Spread_NNGR

S50

01 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica, Índice de Cetano e

Ponto de Fulgor. 0,485 0,022 2,0

02 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Ponto de Fulgor. 0,423 0,018 1,5

03 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Índice de Cetano. 0,224 0,039 1,0

04 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e Massa Específica. 0,212 0,002 1,5

S500

01 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica, Índice de Cetano e

Ponto de Fulgor. 0,948 0,469 2,5

02 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Ponto de Fulgor. 0,856 0,473 2,0

03 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Índice de Cetano. 0,911 0,003 1,0

04 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e Massa Específica. 0,901 0,001 1,5

S1800

01 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica, Índice de Cetano e

Ponto de Fulgor. 0,948 0,964 3,0

02 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Ponto de Fulgor. 0,733 0,875 2,0

03 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Índice de Cetano. 0,765 0,956 4,0

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro. ... Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para

88

04 Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e Massa Específica. 0,834 0,929 2,5

* NNF: rede feed-forward backpropagation. * NNGR: rede generalized regression.

Para o teor de enxofre TS50, todas as redes treinadas não apresentaram bons

resultados de R². Contudo, foram escolhidas duas redes, 01_NNF e 02_NNF, que

apresentavam R² mais elevado em relação às demais e realizou-se o cálculo dos erros, os

quais estão apresentados na Tabela 20.

Tabela 20 - Erros para as redes de predição do teor de enxofre TS50

Rede TS50 Erro Mínimo

Erro Máximo

Erro Médio

Absoluto Desvio Erro %

01_NNF ASTM 0,04 0,93 0,359 0,317 7,180 RNA

02_NNF ASTM 0,00 1,32 0,215 0,477 4,300 RNA

Para predição do teor de enxofre (TS50) o menor erro, 4,3 %, foi apresentado pela

rede 01_NNF que utilizou como dados de entrada as temperaturas de destilação D86 para

T10%, T50%, T85% e T90% de recuperado, a massa específica e o ponto de fulgor.

Para resultado de erro percentual próximo ou superior a 5% não foram aplicados os

teste estatísticos para comparação de metodologias. Foram obtidos apenas alguns descritivos

dos resultados ASTM e estimados pelas redes (RNA), Tabela 21, que foram utilizados para

cálculo do erro e para melhor compreender o comportamento dos resultados, juntamente com

o gráfico de Boxplot, Figura 29.

Tabela 21 - Descritivos dos resultados obtidos pela rede 01_NNF e 02_NNF para o teor de enxofre TS50

Rede TS50 NormalidadeMédia/

Mediana Desvio padrão Mínimo Máximo

01_NNF ASTM Não 5,000 1,059 4,000 8,000 RNA Sim 5,814 1,063 4,130 7,770

02_NNF ASTM Não 5,000 1,059 4,000 8,000 RNA Sim 5,574 0,595 4,520 6,660

Na Figura 29 está apresentado o gráfico de Boxplot, onde os targets_NNF

representam o grupo de resultados da metodologia ASTM utilizados para construção das

redes, e os grupos D86MEPFIC e D86MEPF correspondentes ao resultados das redes

01_NNF, 02_NNF.

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89

Figura 29 - Gráfico Boxplot de comparação dos

resultados de teor de enxofre TS50 ASTM (targets) e estimado (a) rede 01_NNF, (b) rede 02_NNF

Analisando o gráfico de Boxplot e o resultado dos valores medianos para as

metodologias ASTM e RNAs, observou-se que ambas as redes treinadas superestimam os

resultados de TS50. Para a rede 01_NNF (D86MEPFIC) foi observado que os resultados

apresentam uma distribuição maior que os próprios resultados do método ASTM. Estes

apresentaram desvios padrão respectivamente de 1,063 (01_NNF) e 1,059 (targets), ao

contrário a rede 02_NNF (D86MEPFIC) que apresentou desvio padrão de 0,595. A rede

apresenta uma distribuição bem mais restrita, no entanto mais próxima da média dos

resultados experimentais.

Para o teor de enxofre TS500 as redes do tipo NNGR apresentaram coeficientes de

determinação (R²) muito baixos, indicando a baixa adequação do modelo e dos dados de

entrada para a predição desse teor de enxofre. De modo contrário, as redes do tipo NNF

conseguiram apresentar resultados de R² bem mais elevados, as quais foram selecionadas para

realizar cálculo dos erros, apresentados na Tabela 22.

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro. ... Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para

toma

expli

de re

com

faixa

perfe

comp

amos

apen

Re

01_N

02_N

03_N

04_N

Os resul

ando-se com

icados ao an

esultados di

valores de t

a de 1000 a

eição, contu

Para este

portamento

stra em rela

nas com a di

Tabela 22

ede TS

NNF ASTRN

NNF ASRN

NNF ASTRN

NNF ASRN

ltados dos

mo base o c

nalisarmos a

istribuídos s

teor de enx

1400 ppm.

udo, ao retir

e caso os er

do resultad

ação ao seu

iferença das

- Erros para a

500 Er

MínTM

5,NA

STM 1,

NA TM

2,NA

STM 3,

NA

erros para

coeficiente d

as curvas de

sobre a reta

ofre em torn

Este grupo

ar esses resu

FiguraD86MEP

rros obtidos

do, pois este

u valor pad

s médias ent

as redes de prerro nimo

ErrMáxi

,11 138

,23 43,2

,67 112

,68 83,0

as redes d

de determin

e regressão

a, conforme

no de 200 p

o mais eleva

ultados oco

a 30 - CurvaPFIC x targe

de enxofre

, ao contrár

e trabalha co

drão ASTM

tre os dois g

edição do teorro imo

ErroAbsolu

,29 34,84

21 28,75

,61 8,15

08 47,92

do tipo NN

nação (R²).

linear, onde

e a Figura 3

ppm e outro

ado permite

orre uma dim

a de regressets para os t

e TS500

rio do R², co

om a média

M, o que tam

grupos.

r de enxofre To uto

Desvio

45 25,664

50 30,785

0 13,067

25 40,717

NF foram o

Estes result

e podemos

30, um grup

o grupo mais

e que a reta

minuição do

são teores

onseguem s

a das diferen

mbém é dif

S500

o Erro %

4 23,386

5 19,295

7 5,469

7 32,164

o oposto do

tados de R²

identificar d

po mais aba

s acima, com

seja obtida

o R².

ser mais des

nças absolu

ferente de s

90

o esperado,

² podem ser

dois grupos

aixo na reta

m teores na

com maior

scritivos do

utas de cada

se trabalhar

0

,

r

s

a

a

r

o

a

r

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · sorriso no rosto e com a determinação de um guerreiro. ... Gás Natural e Biocombustível – ANP. Os principais ensaios para

(D86

obser

intro

para

repre

redes

resul

Desta fo

6MEIC), no

rvou-se a pr

duzindo um

a rede 04_N

Tabela 23 -

Rede

01_NNF

02_NNF

03_NNF

04_NNF

Na Figu

esentam o g

s, e os gr

ltados das re

orma a red

o entanto ao

resença de u

m erro ao m

NNF.

Descritivos d

TS500 ASTM RNA

ASTM RNA

ASTM RNA

ASTM RNA

ura 31 est

grupo de r

rupos D86

edes 01_NN

Fi

de que apre

o se analisar

um resultad

modelo. Outr

dos resultados

NormalidadNão Não Não Não Não Não Não Não

tá apresent

resultados d

MEPFIC,

NF, 02_NNF

gura 31 - Gráfteor de enxof

01_N

esentou o

r os descritiv

do negativo

ro resultado

obtidos pela rTS500

de Median149,000152,595149,000171,366149,000152,372149,000172,516

tado o grá

da metodolo

D86MEPF,

F, 03_NNF

fico Boxplot dfre TS500 AST

NNF, 02_NNF

menor erro

vos dos res

dentre os re

o de mínimo

rede 01_NNF 0 na Desvio p0 335,85 336, 0 335,86 372, 0 335,82 361,80 335,86 337,8

áfico de B

ogia ASTM

, D86MEIC

e 04_NNF.

de comparaçãTM (targets)

F, 03_NNF e 0

o de 5,469

ultados par

esultados d

o negativo

e 02_NNF pa

padrão Mín861 82798 97861 82584 24861 82861 -172861 82803 -6

Boxplot, o

M utilizados

C, D86ME

.

o dos resultade estimado (re

04_NNF)

9 foi a red

a esta rede,

e mínimo, o

também foi

ara o teor de e

nimo Máx2,000 14027,100 13572,000 14024,450 19782,000 14022,930 1833

2,000 1402,560 1573

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Por meio do gráfico de Boxplot é possível visualizar o posicionamento do resultado

negativo correspondente à amostra 09 para a rede 04_NNF (D86ME) e a amostra 18 para a

rede 03_NNF (D86MEIC). Com o Boxplot também é possível visualizar o mesmo

comportamento da curva de regressão da Figura 30, onde é possível observar para ambas as

redes uma média de resultados abaixo de 500 ppm e acima deste ponto resultados espalhados,

que são tratados pelo gráfico como outliers. Desta forma, fica a perspectiva da retirada destes

outlier, já que se trata de amostras com teores acima do esperado, para a realização de um

novo treinamento das redes para teores de enxofre TS500.

Para a rede 02_NNF (D86MEPF), de acordo com o Boxplot, podemos observar uma

maior distribuição de seus resultados em relação às demais redes, assim como um maior

desvio padrão (Tabela 23), sendo maior inclusive que o desvio dos próprios resultados

experimentais (targets). No entanto é a rede que se apresenta mais adequada para predição do

teor de enxofre TS500, com um erro percentual de 19,295%, tendo em vista que as redes com

menores erros apresentam-se inadequadas.

Para predição do teor de enxofre TS500 os erros das redes avaliadas se mostraram

superiores a 5%, não sendo necessária e tão pouco coerente a realização dos testes estatísticos

para comparação das metodologias ASTM e estimada.

Para o treinamento das redes NNF e NNGR de predição do teor de enxofre de TS1800,

foram utilizadas as mesmas matrizes de entradas, como mostra a Tabela 19, nesta mesma

tabela são encontrados os R² para cada rede assim como a constante spread de ajuste das

redes do tipo NNGR.

De uma forma geral todas as redes treinadas apresentaram resultados R² relativamente

bons para predição do TS1800. Contudo os melhores R² foram apresentados pelas redes

01_NNF, 01_NNGR, 03_NNGR, 04_NNGR, para as quais se realizou o cálculo dos erros,

como está apresentado na Tabela 24.

Tabela 24 - Erros para as redes de predição do teor de enxofre TS1800

Rede TS1800 Erro Mínimo

Erro Máximo

Erro Absoluto

Desvio Erro %

01_NNF ASTM

0,54 113,67 16,450 38,339 1,557 RNA

01_NNGR ASTM

16,80 125,41 60,061 36,689 4,943 RNA

03_NNGR ASTM

1,47 94,32 46,927 37,307 3,896 RNA

04_NNGR ASTM

0,48 106,18 38,081 39,067 3,137 RNA

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As redes treinadas para predição do TS1800 apresentaram erros relativamente bons em

relação aos demais teores de enxofre estudados. Como os resultados do erro percentual foram

inferiores a 5%, foi aplicado o teste t de student para amostras pareadas com distribuição

normal ao nível de significância de 5%.

A Tabela 25 contém os resultados do teste t, assim como estatísticas descritivas do

grupo de resultados das redes neurais e dos resultados experimentais. Para análise dos

resultados do teste t deve ser levado em consideração o resultado do p-valor, que na ocasião

onde o seu valor for maior que 0,05 se aceita como verdadeira a hipótese de igualdade entre

as metodologias.

Tabela 25 - Resultado do teste estatístico

Rede TS1800 Normalidade Média Desvio padrão

Mínimo Máximo Teste p-valor

01 NNF

ASTM Sim 1056,500 381,425 226,000 1412,000 -0,373 0,712 RNA Sim 1064,606 394,446 237,100 1433,800

01 NNGR

ASTM Sim 1215,100 154,796 1052,000 1428,000 5,177 0,001 RNA Sim 1155,038 126,636 1032,020 1357,000

03 NNGR

ASTM Sim 1204,600 167,988 995,000 1428,000 2,762 0,022 RNA Sim 1164,099 133,310 1026,640 1375,750

04 NNGR

ASTM Sim 1213,700 163,434 995,000 1428,000 2,526 0,032 RNA Sim 1280,217 149,647 977,590 1412,000

Desta forma a rede 01_NNF apresentou o menor erro percentual e também foi a única

entre as demais redes avaliadas que aceitou como verdadeira a hipótese de igualdade entre os

resultados das metodologias comparadas. Essa rede possui como dados de entrada as

temperaturas de destilação D86 para T10%, T50%, T85% e T90%, a massa específica, o

índice de cetano e o ponto de fulgor. Apesar de serem necessários vários parâmetros de

entrada para predição do TS1800 por este modelo, os resultados destes parâmetros são obtidos

rotineiramente no processo de especificação do diesel.

A Figura 32 apresenta o gráfico de Boxplot, onde os targets representam o grupo de

resultados da metodologia ASTM utilizados para construção das redes, e os grupos

D86MEPFIC (NNF), D86MEPFIC (NNGR), D86MEIC (NNGR), D86ME (NNGR)

correspondem aos resultados das redes 01_NNGR, 02_NNGR, 03_NNF e 04_NNF.

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Tabela 26 - Erros médios absolutos, erros percentuais e variáveis de entrada das redes mais adequadas para aplicar na predição do ponto de fulgor, índice de cetano e teor de enxofre

Propriedade Metodologia Variáveis de Entrada Erro Médio Absoluto Erro %

Ponto de Fulgor NNF Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) e

Massa Específica, Índice de Cetano. 1,947 2,583

Índice de Cetano

NNF Destilação D86 (T50) e Massa Específica. 0,195 0,374

NNF Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) Massa Específica. 0,185 0,355

NNF Destilação D86 (T10, T50) e Massa Específica. 0,183 0,351

NNGR Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90) Massa Específica. 0,285 0,546

NNGR Destilação D86 (T10, T50) e Massa Específica. 0,329 0,629

NNGR Destilação D86 (T50, T90) e Massa Específica. 0,347 0,666

TS50 NNF Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Ponto de Fulgor. 0,215 4,300

TS500 NNF Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica e Ponto de Fulgor. 28,750 19,295

TS1800 NNF Destilação D86 (T10, T50, T85 e T90), Massa Específica, Índice de Cetano e

Ponto de Fulgor. 16,450 1,557

Com resultados das predições realizadas com as redes neurais artificiais que as redes

com arquitetura do tipo feed-forward bacpropagation se mostram mais robustas e

apresentaram melhores resultados, que a rede generalized regression para todas as variáveis

preditas. Ao comparar os resultados por ambas as redes neurais em relação às equações

conclui-se que as RNAs conseguem erros bem menores e desta forma são mais adequadas

para aplicação na determinação dos parâmetros avaliados.

O modelo construído neste trabalho apresentou excelente desempenho quando

comparado seu erro % de 0,35 com trabalhos encontrados na literatura que apresentaram

respectivamente erros de 1,30 (FODOR et al, 1999), 0,71-0,58 (SANTOS JR. et al., 2005) e

de 0,30 (ALEME e BARBEIRA, 2012). Para o ponto de fulgor foi observado um erro de

2,58, em quanto que trabalhos descritos na literatura apresentaram erros de 0,69 (ALEME e

BARBEIRA, 2012) para amostras de diesel, já o estudo realizado por Fodor et al. (1999)

combinando calibração multivariada com FT-IR apresentou um valor 4,0 de erro para

predição do ponto de inflamação em amostras de combustíveis destilados médios. Por outro

lado, Andrade et al. (2003) relatou 1,9 de erro ao associar FT-Raman com calibração

multivariada em amostras de querosene de aviação. Estes resultados mostram o excelente

desempenho do modelo desenvolvido, mesmo quando as amostras são de diferentes tipos e

origens. Nenhum trabalho que pudesse ser comparado com o estudo desenvolvido para os

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teores de enxofre foi encontrado na literatura, pois se trata de um parâmetro muito complexo

tendo em vista a constantes reduções nos teores de enxofres pelas legislações nacionais e

internacionais. Apesar de ter sido encontrado na literatura trabalhos com erros inferiores aos

relatados neste trabalho, este estudo não perde seu mérito tendo em vista que nele são

utilizados variáveis que já fazem parte da rotina de monitoramento do diesel, como entradas

para o modelo, reduzindo o número de análise, tempo e custos.

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6 CONCLUSÕES

Neste trabalho, a pesquisa por metodologias alternativas e/ou inovadoras para a

obtenção de propriedades físico-químicas e/ou parâmetros para especificação de combustíveis

derivados do petróleo levou este estudo na direção das correlações matemáticas e métodos de

predição que, se adequadamente testados, levariam a obtenção de metodologias com

vantagens significativas para o controle de qualidade desse combustível, tais como, baixo

custo devido a redução no uso de reagentes e equipamentos, rapidez na obtenção de

resultados, minimização de contato com substancias tóxicas e produção de menor quantidade

de resíduos, além da grande versatilidade para inferir diversos parâmetros para caracterização

do combustível.

Após o emprego das equações e das redes neurais na predição do ponto de fulgor,

índice de cetano e teor de enxofre, os resultados foram bastante satisfatórios, com erros baixos

em relação à metodologia vigente preconizada pela ANP para determinação experimental de

cada um desses parâmetros.

Na utilização de equações matemáticas, foi verificada a importância de se realizar um

estudo sobre a aplicabilidade de tais ferramentas existentes na literatura, tendo em vista que as

correlações matemáticas viabilizam a obtenção de parâmetros importantes na caracterização

do diesel, como, ponto de anilina, viscosidade, ponto de fulgor, % de aromáticos, índice de

cetano, utilizando propriedades de relativa facilidade de obtenção, com metodologias

experimentais que já fazem parte da rotina do laboratório.

Neste trabalho, foi possível calcular a densidade 15,6/15,6 ºC, a viscosidade 40 ºC,

pontos de ebulição médios, ponto de anilina, grau API, índice de diesel, ponto de fulgor e

índice de cetano, utilizando apenas os dados experimentais de massa específica e destilação

ASTM D-86. A validação da metodologia empregada foi possível para os seguintes

parâmetros: o ponto de fulgor e o índice de cetano, que foram comparados com valores reais

obtidos por metodologias padrão (ASTM). Portanto, entende-se que através de correlações

matemática é possível predizer diferentes propriedades do diesel utilizando poucos dados de

entrada.

Foi verificado que ambas as equações aplicadas na obtenção do índice de cetano

apresentaram coeficientes de correlação muito bons. No entanto, com relação ao teste t de

student, a equação que se baseia no ponto de anilina, não rejeitou a hipótese de igualdade

entre as médias, sendo o valor estimado estatisticamente igual ao valor padrão ASTM, ao

nível de significância de 5%. Portanto, para a aplicação destas equações, deve ser levado em

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consideração um erro médio absoluto de 2,7 e um erro percentual de 5,2 % para equação ICC,

e para as equações IC_ID e IC_PA, consideram-se, respectivamente, os seguintes erros

médios absolutos 1,4 e 0,4, assim como os erros percentuais de 2,6 e 0,8 %. 

Na predição do ponto de fulgor por equações matemáticas, o método avaliado não se

apresenta adequado para as amostras em questão, necessitando de ajustes, visto que o

coeficiente de correlação foi relativamente baixo, apresentando um erro absoluto médio de

15,281 e um erro percentual de 26,809 %.

As redes neurais construídas com ambas as arquiteturas feed-forward bacpropagation

(NNF) e generalized regression (NNGR) foram avaliadas quanto à sua aplicação na obtenção

do ponto de fulgor, índice de cetano e teor de enxofre, juntos e separados e quanto às

variáveis de entrada que melhor conseguiam se correlacionar com os resultados que desejava

predizer. Os resultados das redes neurais treinadas para predição do ponto de fulgor, do índice

de cetano e teores de enxofre TS50, T500 e TS1880 separadamente, foram comparados com

os resultados obtidos por metodologias ASTM adotadas pela ANP no processo de

especificação do diesel. Estas metodologias foram comparadas por técnicas estatísticas e de

acordo com o resultado destes testes, foi possível determinar as redes que foram

estatisticamente iguais à metodologia ASTM, com um nível de tolerância de 0,05.

Na predição dos teores de enxofre S50, S500 e S1800 juntos todas as redes construídas

com ambas as arquiteturas feed-forward bacpropagation (NNF) e generalized regression

(NNGR) não apresentaram bons resultados.

  Com resultados das predições realizadas com as redes neurais artificiais conclui-se que

as redes com arquitetura do tipo feed-forward bacpropagation se mostram mais robustas e

apresentaram melhores resultados que a rede generalized regression para todas as variáveis

preditas. Ao comparar os resultados por ambas as redes neurais em relação às equações

conclui-se que as RNAs conseguem erros bem menores e desta forma são mais adequadas

para aplicação na determinação dos parâmetros avaliados.

Portanto, as equações e RNAs são metodologias possíveis de serem utilizadas, pois

utilizando dados de parâmetros que já fazem parte da rotina de especificação do óleo diesel,

foi possível determinar outros parâmetros de especificação do diesel reduzindo o numero de

análises; e consequentemente o tempo; a quantidade de reagentes e solventes utilizados; e

principalmente reduzindo os custos do processo, podendo desta forma ser aumentado o

número de amostras monitoradas por ano.

Como perspectivas futuras para este trabalho pretende-se dar continuidade aos estudos

realizados com o diesel. Considerando que atualmente a ANP está comercializando o diesel

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com a adição de 7% de biodiesel, pretende-se trabalhar com amostras de diesel nesta

porcentagem, assim como blendas de diesel/biodiesel superiores a 7%, tendo em vista as

perspectivas de aumento desta proporção. Com relação ao teor de enxofre, as amostras

utilizadas deverão contemplar toda a faixa de enxofre disponível no diesel comercializado em

território nacional, com ênfase no desenvolvimento de modelos baseados em amostras de

baixo teor, devido à tendência mundial de redução do enxofre contido nos combustíveis,

principalmente aqueles de uso rodoviário.

Outra perspectiva deste projeto é o controle estatístico de processos que é uma

estratégia que tem sido cada vez mais utilizada para o monitoramento da qualidade de

produtos, para o qual a principal ferramenta utilizada são as cartas de controle multivariadas

[27]. Visando reduzir custos no processo de especificação do óleo diesel, o controle estatístico

na forma de cartas de controle se mostra promissor, tendo em vista que por meio desta

ferramenta, obtem-se modelos multivariados capazes de realizar uma triagem inicial das

amostras, que se encontram fora das especificações estabelecidas pela Agência Nacional do

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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100

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE B – Rotina no Matlab para Algoritimo Kennard Stone

ALGORITIMO KENNARD STONE Rank=ks(D86ME); index=Rank(1:100); plot(D86ME(:,1),D86ME(:,4),'.'); hold on, plot(D86ME(index,1),D86ME(index,4),'ro'); D86MEA=D86ME(index,:); index2=Rank(101:159); D86MEA2=D86ME(index2,:); PFB=PF(index,:); PFB2=PF(index2,:);

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APÊ

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ÊNDICE C

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115

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Figur

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116

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6

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117

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e a rede que

do a opção

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7

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118

APÊNDICE D – Tabela de resultados ASTM

As amostras de diesel estudadas neste trabalho foram obtidas em postos de

combustível do estado da Bahia e as análises ASTM foram realizadas em laboratório

especializado da Universidade Salvador –UNIFACS.

Número da

Amostra Teor (S) T10% T50% T85% T90% MassEsp PtFulgor ICetano

1 5 203,1 268,9 324,1 334,6 832 66 51,4 2 5 203,6 270,6 323,4 333,9 834 66 51,3 3 4 206,9 272,9 323,5 333,4 836 67 50,9 4 5 204,8 275,4 33 347,3 832 62 53,1 5 5 209,2 276,2 332,1 345,8 836 62 52 6 6 199,9 260,7 321,2 332,6 830 59 50,9 7 5 203,3 264,8 318,3 327,8 832 65 51,1 8 4 206,5 271 322,4 331,3 834 63 51,4 9 5 219,5 282,5 328 338 843 67 50,7 10 5 208,5 270 324,5 334,5 834 65 51,6 11 5 201,8 271 321,9 332,6 835 60 50,7 12 6 214,9 282,6 337,7 342,1 834 60 54,4 13 6 207,8 278,3 326,5 336,4 837 61 51,6 14 5 202,7 272,8 321,1 330 839 63 49,4 15 5 206,8 274,4 323,6 332,6 837 64 50,7 16 6 209 278,6 323,3 332 841 66 49,8 17 8 213 280 322,4 330,2 843 67 49,6 18 6 206,2 276,4 329 340,4 835 58 51,9 19 8 206,5 271,3 322 331,4 835 62 51,3 20 8 212,4 281,1 324,9 333,2 842 66 50,4 21 6 214,5 276,5 325,5 335 837 58 51,7 22 8 217,1 282,9 325,3 333,8 842 67 50,9 23 6 205 270,2 323,7 334 833 63 51,5 24 5 204,3 267,4 320,3 359,4 833 63 51,3 25 5 214 281 324,1 331,9 843 67 50 26 5 213,8 291 323,5 331,5 843 67 49,8 27 5 219,8 283,4 326,4 334,6 843 68 50,7 28 5 216,4 281,2 323,4 331,7 843 69 50,1 29 5 218,6 283,3 327 335,6 843 68 50,6 30 6 220,2 283,1 325,8 334,3 843 68 50,7 31 7 210,9 279,3 323,2 331,1 838 69 51,5 32 6 215 284,5 328,5 337,8 833 66 54,9 33 5 217,3 285,3 330,2 340,3 843 67 51,2 34 6 210,7 278,8 322,7 330,5 841 69 50,2 35 5 215,7 284,4 327 335,8 843 67 50,8 36 193 206,1 288,4 347,7 360,6 839 57 52,1 37 159 210 288 353,5 368,5 836 57 53,6 38 113 205,8 290,3 353,3 366,3 832 58 53,2 39 88 205 288 353 368,5 831 55 55,2 40 161 211 290 355,5 371,5 837 48 53,7 41 122 202,6 287 345,9 357,7 835 57 53,3 42 188 211 290 356 372 840 60 52,5 43 127 202,9 286,1 346,6 359,8 836 56 52,9 44 95 196,2 281 350,4 365,6 833 55 52,5 45 105 199,5 278 345,5 358,5 833 56 52,4 46 206 205,6 288 349,1 362,1 839 57 52

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119

47 232 201,6 288,7 346,6 359,3 834 58 54,1 48 149 201,7 288,8 350,1 363,7 835 56 53,7 49 149 203,5 289,6 345 356,7 837 55 53,2 50 147 211 288,5 352,5 364 838 57 53,2 51 147 205 289,7 356 372 834 55 54,1 52 95 199,2 288,1 343,7 354,7 831 54 54,9 53 140 209,7 287,3 357,5 374,5 837 58 53 54 119 199,5 286,3 345,9 358,9 834 58 53,6 55 134 206,5 284 351,5 366,5 836 56 52,9 56 104 195 282,3 347,6 362 833 58 52,7 57 140 203,2 283,3 352,7 367,5 834 56 53,2 58 240 202,6 288,6 354 367,6 832 54 54,9 59 91 205,5 288,5 352 366,5 832 53 55,2 60 206 205,5 285 351,5 365 835 54 53,3 61 90 202,9 290 350,5 364,7 832 57 55,2 62 180 202,1 289 349,5 363,7 836 52 53,3 63 121 205 287 347,5 360 834 60 53,9 64 116 202,7 286,5 346,7 359,7 834 55 53,8 65 128 214,5 283 348 362 834 61 54 66 115 198,8 282,4 344,6 357 835 60 52,4 67 108 202,4 288 347,1 360,5 833 56 54,4 68 119 206,5 289 352,5 367 834 55 54,4 69 95 199,7 287,5 347,9 361,4 832 52 54,4 70 188 206,5 289 352,5 367 835 55 52,7 71 123 202,7 285 345,7 359,1 835 55 53 72 1202 203,5 293 352,5 365,5 844 38 50,7 73 1248 194 284 351 365,5 836 21 50,8 74 118 198,1 283,6 347,2 358,8 834 55 53,1 75 1274 212,5 291,5 357,5 372 844 38 51,2 76 1402 208,2 287,8 351 366,5 844 100 50,4 77 97 209 307,9 341,2 349,9 849 57 50,7 78 267 207 285,5 349 363,5 840 62 51,4 79 142 198,4 282,1 345 358,7 837 59 51,6 80 1303 203 284,5 351 366 841 54 50,8 81 284 209,5 286 351 366 839 57 51,9 82 998 207 292,5 357 371 836 56 54,1 83 1271 206,5 288,5 354 368 844 62 50,4 84 197 199,2 284,5 345,5 358,6 834 55 53,3 85 110 207,4 290,1 358,3 374,8 834 58 54,5 86 181 198,5 277,5 345 359,5 836 54 51,3 87 133 202,9 285,5 348,3 362,7 836 59 52,7 88 231 208 286,5 351 364,5 837 53 53 89 192 200,4 282,9 343,7 357,5 839 52 51 90 978 195 282,6 347,1 360,9 836 54 51,7 91 149 209,4 290,4 354,1 369,6 836 60 54 92 191 202 280,5 345,5 359,5 834 52 49,6 93 235 206 292,1 348,9 361,8 836 56 53,9 94 213 198,7 288,3 347 359,7 832 55 54,8 95 164 200,5 279 346 360 838 60 50,8 96 231 211 291 359 375 834 54 55 97 111 205,3 292,5 354,8 369 831 53 56,1 98 156 196,6 281,3 341,8 355,3 837 60 51,1 99 151 203 284 352 368 835 45 52,9

100 1104 194,4 283,7 348,4 362,2 838 54 50,9 101 944 192,5 279,5 348 360 836 42 51 102 137 196,1 278,8 343,2 356,4 834 52 51,8 103 209 203,2 287,9 350,8 364,9 833 54 54,3 104 216 209 289 356 371 836 60 53,8 105 107 202,5 284,5 349 363,5 833 55 53,7

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106 150 206,5 287 350 362,5 835 61 53,6 107 905 196,2 285 345,5 357,9 836 57 52 108 147 209 287 353 368,5 838 62 52,5 109 107 211,3 289,2 353,8 369,4 837 48 53,7 110 126 202,5 284 351 366,5 834 56 53,2 111 177 205,4 288 351,7 367,3 839 60 51,9 112 82 200 284,4 347,7 362,9 836 55 52,4 113 106 200,4 282,9 344,2 357,4 836 57 52,3 114 100 205,5 284,5 351 366 836 55 52,8 115 160 197,2 281,8 342,6 356,3 839 60 50,7 116 140 210,5 291 361,2 380,6 836 56 53,7 117 105 201,2 283,2 355,3 373,2 835 55 52,5 118 149 202,5 282,5 348 362,5 834 57 53,2 119 146 206,2 286,2 353,2 368,5 835 55 53,4 120 172 197,1 285,6 345,1 357,6 835 56 52,7 121 162 203 282 349,5 364 836 50 52,2 122 93 194,3 280,5 342,7 355,5 833 58 52,6 123 107 196,1 284,6 347,5 361,1 833 54 53,4 124 192 202,1 284,1 347,5 361,6 834 38 53,1 125 684 206,5 284,5 353 370,5 835 47 53,2 126 166 203,5 280,5 345 358,5 840 56 50,5 127 116 199 280 348 364 834 54 52,5 128 226 199,5 276,5 346,5 361,5 840 57 49,7 129 681 207,4 293 352,3 366,6 840 62 52,5 130 1126 199 284,5 349,6 364,4 839 54 51 131 1412 207,5 286,5 355 371 845 58 49,7 132 1303 204,2 287,3 352,3 367,1 843 57 50,3 133 1313 205,7 287,3 352,2 366,4 843 61 50,4 134 1215 201,1 283,8 343,8 356,2 840 53 50,9 135 1334 207,9 289,8 352,6 367,7 844 58 50,4 136 1208 199,2 282,5 347,8 360,8 840 55 50,6 137 747 193 263,5 346,5 361 832 56 49,8 138 1380 208,5 288,5 355,5 364,5 844 58 50,3 139 1428 208 286,5 352 367 845 61 49,8 140 1414 208,5 286,8 355 370,5 844 61 50,1 141 995 196,5 283 347,2 359,6 834 47 52,5 142 1132 199 283,8 348,1 362,1 838 58 51,3 143 1360 203 285,1 346,7 359,3 844 63 49,6 144 1411 207,9 288,3 352 368,2 844 62 50,3 145 1216 202,5 283 351,5 365,5 841 61 50,5 146 1260 209 293,6 363,7 383,7 843 56 51,4 147 908 206,7 291,6 360 377 836 58 53,6 148 858 202,6 287,7 351 365,6 840 53 51,1 149 1831 193,2 290,9 359,8 374,4 842 48 50,3 150 1123 193 280,5 349 362,5 836 52 51,1 151 975 194,1 284,9 346,5 360 836 59 51,8 152 1089 192,4 280,3 346,7 360,9 837 52 50,9 153 979 196,5 277,5 350 364,5 836 52 51 154 983 195 284,9 349,2 363,2 836 48 52,1 155 1180 195,8 283,2 348,7 363 839 52 50,5 156 1075 192,9 279,6 346,7 361,2 836 52 51 157 1068 206,8 291 354 366,5 836 52 53,7 158 1202 199 294,5 352,5 367,5 836 57 53,7 159 1089 197,3 282,3 348,8 362,2 837 54 51,9 160 1052 193,2 280,6 347,3 361,4 836 56 51,1 161 968 202,7 285,4 355,6 371,1 837 47 52,3 162 1056 197,8 292,5 351 366 839 54 52,2

T10% - Temperatura de 10% de recuperado da destilação ASTM D86 T50% - Temperatura de 50% de recuperado da destilação ASTM D86

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T85% - Temperatura de 85% de recuperado da destilação ASTM D86 T90% - Temperatura de 90% de recuperado da destilação ASTM D86 MasEsp – Massa Específica PtFulgor – Ponto de Fulgor ICetano – Índice de Cetano

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APÊNDICE E – Tabela de Resultados das Equações

Número

da Amostra

ICC PF IC_PA IC_ID SG V40 PEMV PEMM PEMC PEMe PA °API

1 48,293 72,278 50,468 51,116 0,835 2,950 268,875 253,522 265,768 259,645 65,968 37,8822 47,958 72,598 50,031 50,468 0,837 2,980 269,675 254,540 266,612 260,576 65,531 37,4813 47,742 74,698 49,995 50,020 0,839 2,978 271,525 257,057 268,594 262,825 65,495 37,0824 49,596 73,364 52,215 51,973 0,835 3,149 275,725 258,579 272,290 265,435 67,715 37,8825 48,386 76,147 51,299 50,646 0,839 3,116 276,850 260,771 273,622 267,197 66,799 37,0826 47,200 70,216 49,485 51,065 0,833 2,851 263,475 247,814 260,297 254,055 64,985 38,2867 47,421 72,406 49,542 50,661 0,835 2,824 265,175 250,924 262,272 256,598 65,042 37,8828 48,039 74,444 50,279 50,588 0,837 2,919 269,950 255,733 267,063 261,398 65,779 37,4819 47,219 82,500 50,479 48,751 0,846 3,165 280,625 267,586 277,984 272,785 65,979 35,70010 47,835 75,707 50,488 50,690 0,837 2,896 270,750 256,351 267,830 262,090 65,988 37,48111 47,699 71,443 49,484 49,988 0,838 3,021 269,100 253,870 266,018 259,944 64,984 37,28212 50,244 79,691 53,409 52,109 0,837 3,155 280,550 266,125 277,645 271,885 68,909 37,48113 48,445 75,266 50,687 50,136 0,840 3,104 275,200 260,450 272,222 266,336 66,187 36,88314 46,715 72,021 48,327 48,588 0,842 3,044 269,575 254,940 266,608 260,774 63,827 36,48715 47,700 74,634 49,820 49,721 0,840 3,010 272,050 257,706 269,143 263,425 65,320 36,88316 47,168 76,022 49,251 48,603 0,844 3,087 274,550 260,703 271,743 266,223 64,751 36,09217 46,768 78,518 49,091 48,109 0,846 3,076 275,800 262,887 273,174 268,030 64,591 35,70018 48,763 74,254 51,127 50,782 0,838 3,107 274,850 259,148 271,690 265,419 66,627 37,28219 47,760 74,444 49,972 50,224 0,838 2,932 270,125 255,895 267,236 261,566 65,472 37,28220 47,296 78,145 49,679 48,592 0,845 3,120 276,950 263,493 274,222 268,858 65,179 35,89621 48,106 79,445 51,046 50,307 0,840 2,991 275,625 262,194 272,900 267,547 66,546 36,88322 47,618 81,040 50,447 48,950 0,845 3,138 279,175 266,392 276,580 271,486 65,947 35,89623 48,218 73,492 50,483 50,905 0,836 2,941 269,850 254,937 266,830 260,883 65,983 37,68224 47,635 73,045 51,095 51,204 0,836 3,133 274,625 255,098 270,730 262,914 66,595 37,68225 46,950 79,136 49,420 48,261 0,846 3,103 276,975 263,972 274,334 269,153 64,920 35,70026 48,653 79,013 50,852 48,924 0,846 3,329 281,825 268,929 279,213 274,071 66,352 35,70027 47,378 82,681 50,481 48,753 0,846 3,158 280,300 267,823 277,765 272,794 65,981 35,70028 46,986 80,612 49,681 48,382 0,846 3,094 277,625 265,032 275,063 270,047 65,181 35,70029 47,360 81,954 50,394 48,712 0,846 3,164 280,200 267,386 277,601 272,493 65,894 35,70030 47,325 82,923 50,463 48,744 0,846 3,149 280,175 267,802 277,659 272,731 65,963 35,70031 48,295 77,212 50,558 49,859 0,841 3,054 275,150 261,758 272,431 267,095 66,058 36,68532 50,919 79,753 53,868 52,558 0,836 3,153 280,450 266,733 277,680 272,206 69,368 37,68233 47,708 81,162 50,775 48,888 0,846 3,250 282,050 268,328 279,282 273,805 66,275 35,70034 47,205 77,087 49,385 48,666 0,844 3,061 274,700 261,364 271,991 266,678 64,885 36,09235 47,553 80,183 50,274 48,657 0,846 3,198 280,075 266,778 277,384 272,081 65,774 35,70036 49,552 74,191 52,352 50,492 0,842 3,589 285,875 266,725 282,081 274,403 67,852 36,48737 50,492 76,649 54,109 51,996 0,839 3,592 288,625 268,769 284,702 276,736 69,609 37,08238 52,233 74,000 55,370 53,522 0,835 3,650 288,175 267,917 284,174 276,046 70,870 37,88239 52,201 73,492 55,395 53,766 0,834 3,626 287,375 266,502 283,254 274,878 70,895 38,08440 50,483 77,274 54,271 51,849 0,840 3,670 290,625 270,426 286,642 278,534 69,771 36,88341 50,664 71,957 53,080 51,725 0,838 3,562 283,575 264,258 279,743 272,000 68,580 37,28242 49,481 77,274 53,217 50,679 0,843 3,696 290,750 270,456 286,749 278,602 68,717 36,28943 50,173 72,150 52,704 51,321 0,839 3,564 283,725 264,064 279,827 271,946 68,204 37,08244 50,299 67,806 52,507 51,894 0,836 3,654 280,950 258,706 276,548 267,627 68,007 37,68245 49,747 69,957 52,139 51,714 0,836 3,428 278,500 258,303 274,486 266,394 67,639 37,68246 49,485 73,873 52,300 50,467 0,842 3,603 285,925 266,393 282,058 274,225 67,800 36,48747 51,287 71,314 53,654 52,228 0,837 3,632 284,575 264,779 280,654 272,716 69,154 37,48148 50,963 71,379 53,494 51,926 0,838 3,685 285,750 265,136 281,675 273,406 68,994 37,28249 50,418 72,534 52,804 51,148 0,840 3,609 284,850 265,924 281,096 273,510 68,304 36,88350 49,902 77,274 53,386 51,203 0,841 3,558 288,000 269,183 284,275 276,729 68,886 36,68551 51,451 73,492 54,683 52,727 0,837 3,728 289,100 267,564 284,857 276,210 70,183 37,48152 52,218 69,763 54,212 53,182 0,834 3,604 282,525 263,106 278,671 270,889 69,712 38,08453 50,038 76,461 53,849 51,647 0,840 3,655 289,700 268,624 285,547 277,085 69,349 36,88354 50,886 69,957 53,048 51,933 0,837 3,620 282,750 262,577 278,752 270,665 68,548 37,481

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55 49,811 74,444 53,053 51,489 0,839 3,525 285,250 265,020 281,247 273,133 68,553 37,08256 50,533 67,018 52,429 51,855 0,836 3,679 280,400 258,639 276,089 267,364 67,929 37,68257 50,368 72,342 53,349 52,080 0,837 3,564 284,325 263,215 280,151 271,683 68,849 37,48158 51,956 71,957 54,815 53,250 0,835 3,683 286,850 265,662 282,667 274,165 70,315 37,88259 51,939 73,810 55,075 53,378 0,835 3,615 287,250 266,871 283,224 275,047 70,575 37,88260 50,324 73,810 53,394 51,877 0,838 3,540 285,125 264,990 281,140 273,065 68,894 37,28261 52,185 72,150 54,943 53,312 0,835 3,678 286,900 266,354 282,841 274,598 70,443 37,88262 50,658 71,636 53,207 51,563 0,839 3,688 285,950 265,421 281,892 273,656 68,707 37,08263 51,004 73,492 53,798 52,298 0,837 3,534 284,750 265,479 280,930 273,204 69,298 37,48164 50,920 72,021 53,461 52,134 0,837 3,562 283,850 264,172 279,950 272,061 68,961 37,48165 50,315 79,445 54,306 52,545 0,837 3,357 285,625 267,779 282,079 274,929 69,806 37,48166 49,868 69,503 51,945 51,177 0,838 3,538 280,150 260,150 276,178 268,164 67,445 37,28267 51,513 71,829 54,051 52,647 0,836 3,604 284,725 264,854 280,790 272,822 69,551 37,68268 51,337 74,444 54,545 52,661 0,837 3,631 287,875 267,610 283,872 275,741 70,045 37,48169 51,773 70,087 54,081 52,890 0,835 3,654 284,025 263,428 279,949 271,688 69,581 37,88270 50,996 74,444 54,180 52,257 0,838 3,638 287,875 267,610 283,872 275,741 69,680 37,28271 50,324 72,021 52,849 51,614 0,838 3,529 282,950 263,367 279,066 271,217 68,349 37,28272 48,643 72,534 51,194 48,868 0,847 3,828 288,750 268,210 284,697 276,453 66,694 35,50473 49,811 66,359 51,628 50,804 0,839 3,806 281,875 259,216 277,395 268,306 67,128 37,08274 50,420 69,047 52,482 51,659 0,837 3,593 281,025 260,553 276,965 268,759 67,982 37,48175 48,406 78,208 52,190 49,326 0,847 3,743 291,875 271,901 287,938 279,920 67,690 35,50476 47,804 75,518 50,975 48,767 0,847 3,639 287,575 267,733 283,652 275,693 66,475 35,50477 49,141 76,022 51,569 47,972 0,852 4,004 293,675 277,175 290,403 283,789 67,069 34,53278 48,731 74,761 51,784 50,005 0,843 3,545 285,375 265,830 281,504 273,667 67,284 36,28979 49,139 69,243 51,209 50,385 0,840 3,573 280,325 259,916 276,275 268,095 66,709 36,88380 48,228 72,214 50,951 49,398 0,844 3,625 284,500 263,656 280,377 272,016 66,451 36,09281 49,149 76,336 52,582 50,600 0,842 3,545 286,875 267,365 283,014 275,190 68,082 36,48782 51,219 74,761 54,550 52,208 0,839 3,767 290,750 269,861 286,635 278,248 70,050 37,08283 47,920 74,444 50,955 48,758 0,847 3,696 287,875 267,413 283,834 275,623 66,455 35,50484 50,577 69,763 52,731 51,780 0,837 3,583 281,700 261,502 277,694 269,598 68,231 37,48185 51,516 75,014 55,115 52,938 0,837 3,733 290,600 269,021 286,352 277,687 70,615 37,48186 48,632 69,308 50,914 50,461 0,839 3,474 278,250 257,650 274,157 265,904 66,414 37,08287 50,071 72,150 52,731 51,335 0,839 3,581 284,150 263,933 280,147 272,040 68,231 37,08288 49,904 75,392 53,148 51,312 0,840 3,545 286,375 266,853 282,511 274,682 68,648 36,88389 48,611 70,540 50,792 49,754 0,842 3,542 280,925 261,159 277,000 269,079 66,292 36,48790 49,565 67,018 51,351 50,671 0,839 3,695 280,275 258,736 276,007 267,372 66,851 37,08291 50,885 76,273 54,443 52,157 0,839 3,668 289,950 269,794 285,973 277,883 69,943 37,08292 49,867 71,572 52,473 51,654 0,837 3,441 280,625 260,774 276,683 268,728 67,973 37,48193 51,156 74,127 54,014 51,951 0,839 3,671 288,000 268,650 284,173 276,412 69,514 37,08294 51,906 69,438 54,023 52,861 0,835 3,679 283,750 263,286 279,698 271,492 69,523 37,88295 48,240 70,605 50,672 49,913 0,841 3,476 279,625 259,357 275,600 267,478 66,172 36,68596 51,661 77,274 55,650 53,197 0,837 3,714 292,000 271,142 287,894 279,518 71,150 37,48197 52,928 73,683 56,123 54,125 0,834 3,734 289,825 268,973 285,715 277,344 71,623 38,08498 48,996 68,068 50,753 50,167 0,840 3,570 278,625 258,490 274,623 266,557 66,253 36,88399 50,150 72,214 53,089 51,730 0,838 3,596 284,750 263,509 280,552 272,030 68,589 37,282

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ICC – Índice de Cetano Calculado baseado na Destilação ASTM D86 e na Densidade Relativa PF – Ponto de Fulgor IC_PA – Índice de Cetano Calculado baseado no Ponto de Anilina IC_ID – Índice de Cetano Calculado baseado no Índice de Diesel SG – Gravidade Específica – Densidade Relativa V40 – Viscosidade a 40ºC PEMV – Ponto de Ebulição Médio Volumétrica PEMM – Ponto de Ebulição Médio Molar PEMC – Ponto de Ebulição Médio Cúbico PEMe – Ponto de Ebulição Médio Mediano PA – Ponto de Anilina ºAPI – Grau API