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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CAMPUS FLAMBOYANT CURSO DE ENGENHARIA BÁSICA ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS “Filosofia, Matemática, Física e o pensamento ciêntífico”

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CAMPUS FLAMBOYANTCURSO DE ENGENHARIA BÁSICA

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

“Filosofia, Matemática, Física e o pensamento ciêntífico”

Goiânia2015

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CURSO DE ENGENHARIA BÁSICA

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

“Filosofia, Matemática, Física e o pensamento ciêntífico”

ALUNO

C64816-7 LUCAS PAES CARVALHO

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SUMÁRIO

INTRODUçÃO ------------------------------------------------------------------------- 04

1 FÍSICO: NIKOLA TESLA ---------------------------------------------------------- 05

1.1 Biografia: Nikola Tesla ---------------------------------------------- 05

1.2 Principais obras de Nikola Tesla --------------------------------- 07

1.3 Impactos produzidos pela téoria de Nikola Tesla ----------- 07

1.4 Análise da função --------------------------------------------------- 07

2 MATEMÁTICO: JOHANN CARL FRIEDRICH ------------------------------- 08

2.1 Biografia: Johann Carl Friedrich ---------------------------------- 09

2.2 Principais obras de Johann Carl Friedrich --------------------- 10

2.3 Impactos produzidos pela téoria de Johann C. F. ----------- 11

3 FILÓSOFO: ARTHUR SCHOPENHAUER ------------------------------------ 12

3.1 Biografia: Arthur Schopenhauer ---------------------------------- 13

3.2 Principais obras de Arthur Schopenhauer --------------------- 14

3.3 Impactos produzidos pela téoria de Arthur S. ----------------- 15

CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------- 16

BIBLIOGRAFIA ------------------------------------------------------------------------- 17

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1 FíSICO: NIKOLA TESLA

Nikola Tesla, (1856-1943) engenheiro, eletricista e mecânico. Um dos mais incriveis

ciêntistas da história humana. Inventor da Corrente Alternada (AC) e da Bobina

deTesla. Cruelmente injustiçado e esquevido por causa de seu audácioso projeto para

transmitir eletricidade gratuita pelo ar.

1.1 Biografia: Nikola Tesla

Nikola Tesla nasceu em Smijlan, Croácia, no dia 10 de julho de 1856. Seu pai,

o Reverendo Milutin Tesla, era um padre Sérvio da Igreja ortodoxa sérvia de Karlovci.

Sua mãe, Duka Mandić, era uma dona de casa talentosa que fabricava ferramentas

artesanais em sua residência.

Tesla, além de sua inteligência incontestável, tinha uma memória extraordinária. Ele

conseguia memoriza livros inteiros e aprendeu outros seis idiomas durante sua infância.

Entrou para a Escola Politécnica em Gratz, onde estudou matemática, física e

mecânica. Foi durante esse periodo que Tesla ficou fascinado com eletricidade e seus

feitos. Há boatos de que Tesla haveria se formado na Universidade de Gratz, porém, a

universidade afirma que Tesla teria parado após seu primeiro semestre do terceiro ano.

Sua carreira no mundo da eletricidade começou em 1881, numa pequena companhia

telefônica em Budapeste, na Hungria. Neste periodo, fez sua primeira invenção elétrica,

que de acordo com alguns, seria um altofalante. Um ano depois, Tesla mudou-se para

Paris e foi trabalhar na “Continental Edison Company”, criando e aperfeiçoando

equipamentos elétricos.

Em 1884, Tesla decide mudar-se para os Estados Unidos da América. Chegando la, ele

vai de encontro a um dos grandes inventores de sua época, Thomas Alva Edison, para

le mostrar os grandes feitos que poderiam ser realizados com sua nova descoberta, a

famosa “corrente alternativa (CC)” e alguns modelos dos primeiros motores a indução.

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Mesmo após ter recusado as idéias de Tesla, alegando que “elas eram magníficas, mas

não eram práticas”, Thomas A. Edison resolve contrata-lo, o que não deu muito certo,

pois Edison não haveria cumprido com algumas de suas promessas.

A divergência de opiniões com Edison, levou Tesla a trabalhar com o famoso George

Westinghouse. Tesla entrava com sua inteligência surreal, enquanto George

Westinghouse, entrava com todo seu dinheiro para tornar as idéias de Tesla, realidade.

Foi nas oficinas de Westinghouse que o motor a indução foi aperfeiçoado. Foi la,

também, onde Tesla conseguiu convencer boa parte das pessoas influentes da época,

que seu sistema polifásico de corrente alternada poderia mudar o mundo. Foi então,

que começou a “Guerra das Correntes” entre Edison e Tesla-Westinghouse.

Tesla e Westinghouse convencem o governo americano a adotar o modelo padrão de

corrente alternada para a distribuição de energia elétrica e começam a viajar pelo o

Estados Unidos e pela Europa apresentando novas aplicações para a aplicação da da

corrente alternada.

Alguns anos depois, Tesla descobre uma maneira de se obter energia gratuita sem que

a natureza seja prejudicada, o que não deu muito certo, pois seus investidores não

queriam perder dinheiro. Por nunca ter se preocupado com dinheiro, Tesla se vê no

esquecimento, sem maneiras de continuar seus projetos e provar que ele poderia

mudar o mundo.

Em 7 de janeiro de 1943, Nikola Tesla morreu em Nova York, aos seus 87 anos. Ele

estava quebrado e vivendo em um apartamento junto aos seus pombos, que ele

considerava como seus únicos amigos.

Muitos de seus projetos foram esquecidos, outros, apenas copiados e “roubados” sem

que ela tenha algum credito por isso.

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1.2 Principais obras de Nikola Tesla

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2 MATEMÁTICO: JOHANN CARL FRIEDRICH

Johann Carl Friedrich Gauss (1777–1855), foi um matemático, astrônomo e físico

alemão que contribuiu muito em diversas áreas da ciência, dentre elas a teoria dos

números, estatística, análise matemática, geometria diferencial, geodésia, geofísica,

eletroestática, astronomia e óptica.

2.1 Biografia: Johann Carl Friedrich

Gauss, nascido nascido na Alemanha, em Braunschweig, tinha uma marca influente

em muitas áreas da matemática e da ciência e é um dos mais influentes na história da

matemática. Ele refere-se à matemática como "a rainha das ciências".

Johan Carl Friedrich Gauss era filho de camponeses pobres, mas encontrou apoio de

sua mãe e de seu tio para estudar, apesar das objeções paternas. É um dos casos

mais espantosos de precocidade registrados na história da matemática, contando-se

que já aos três anos de idade era capaz de efetuar algumas operações aritméticas.

Aos dez anos, Gauss iniciou seus estudos de aritmética, espantando ao seu mestre,

Buttner, pela facilidade com que completava complicadas operações. Buttner tinha,

nessa época, um jovem assistente, de 17 anos, Johann Martin Bartels, apaixonado pela

matemática, a quem entregou a tarefa de ensinar ao precoce Gauss. Entre os dois

moços firmou-se sólida amizade, que durou até a morte de Bartels.

Tendo amigos influentes, Bartels fez com que Gauss se tornasse conhecido do duque

de Braunschweig, Carl Wilhelm Ferdinand, que o protegeu até sua morte, garantindo

recursos para que continuasse a estudar e tivesse meios de subsistência.

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Em 1792, Gauss ingressou no Collegium Carolinum, onde permaneceu por três anos,

estudando as obras mais notáveis de Leonhard Euler, Joseph-Louis de Lagrange e

Isaac Newton. É nesse período que Gauss principia suas investigações sobre aritmética

superior, que o tornariam imortal e lhe dariam o título de "príncipe da matemática".

Gauss deixou o Collegium Carolinum em outubro de 1795, para entrar na Universidade

de Göttingen. Em 1796 define suas preferências definitivamente, decidindo dedicar-se à

matemática. No dia 30 de março desse ano, Gauss começa a redigir um diário

científico, anotando as suas descobertas. Esse diário só foi divulgado 43 anos após a

morte de Gauss, quando, para isso, a Sociedade Real de Göttingen obteve a permissão

do neto de Gauss. O diário contém 146 anotações, breve exposições dos

descobrimentos feitos pelo seu autor no período de 1796 a 1814.

Os três anos passados em Göttingen foram dos mais prolíficos de sua vida. As idéias

que vinha recolhendo desde os 17 anos foram, nessa época, ordenadas e esmiuçadas,

resultando, em 1798, as Indagações Aritméticas, por muitos considerada a obra-prima

de Gauss. Uma segunda fase da vida de Gauss tem início no primeiro dia do século 19.

Giuseppe Piazzi, astrônomo italiano, descobriu um pequeno planeta, Ceres, o primeiro

de vários planetas menores hoje conhecidos. A observação do corpo celeste era

extremamente difícil, e calcular sua órbita, partindo dos poucos dados obtidos, uma

tarefa digna de um gênio. Gauss investigou a órbita, vendo todos os seus cálculos

confirmados.

Gauss casou-se, pela primeira vez, em 1805, quando seu protetor, o duque de

Braunschweig, aumentou sua pensão. Nesse mesmo ano, porém, o duque faleceu e o

matemático precisou encontrar um meio de manter a família. A sua fama já se

espalhara pela Europa e Gauss recebeu convite para ocupar o posto que fora de Euler,

em São Petersburgo, mas acabou aceitando a direção do Observatório de Göttingen.

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Os anos de 1811 e 1812 foram os melhores de sua vida, desfrutando Gauss de certa

tranqüilidade. Logo após seu segundo matrimônio, foi observado o cometa de 1811 e

Gauss teve a satisfação de constatar que o astro seguia exatamente a trajetória por ele

calculada.

No período de 1821 a 1848, Gauss foi conselheiro científico dos governos de Hannover

e da Dinamarca, completando minuciosos estudos de geodésia, que o levaram a

examinar, em toda a sua generalidade, problemas relativos às superfícies curvas e a

questão da representação conforme.

Gauss faleceu lúcido e cônscio da importância de seus trabalhos, aos 78 anos de

idade.

2.2 Principais obras de Johann Carl Friedrich

Aos doze anos Gauss já olhava com desconfiança para os fundamentos da geometria

euclidiana; aos dezesseis já tinha tido seu primeiro vislumbre de uma geometria

diferente da de Euclides. Um ano mais tarde, começou uma busca crítica das provas,

na teoria dos números, que tinham sido aceitas por seus antecessores e tomou a

decisão de preencher os vazios e completar o que tinha sido feito pela metade.

Aritmética, o campo de seus primeiros triunfos tornou-se seu estudo favorito e o campo

de sua obra prima. Para que a prova fosse absolutamente certa, Gauss acrescentou

uma fecunda e engenhosa matemática que nunca foi superada.

Nos três anos em que esteve no Collegium Carolinum, dominou os mais importantes

trabalhos de Leonhard Euler, Lagrange e, acima de tudo, o Princípia de Newton. Por

seus estudos redescobriu, e foi o primeiro a provar, "a jóia da aritmética," o "theorema

aureum" e "teorema de ouro", conhecido como a lei da reciprocidade quadrática, que

Euler tinha induzido e Legendre tentara provar, sem qualquer resultado.

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Com a idade de quinze anos fez um grande avanço em línguas clássicas estudando

sozinho e com a ajuda de amigos mais velhos. Teve a oposição de seu pai, mas

Dorothea Gauss venceu a resistência do marido e o Duque patrocinou dois anos de

curso no Gymnasium. Ali ele assombrou a todos por sua maestria nos clássicos.

Tinha inventado (aos dezoito anos) o método dos mínimos quadrados, que hoje é

indispensável em pesquisas geodésicas, e em todos os trabalhos em que o "mais

provável" valor, de alguma coisa que é medida, é deduzido após um grande número de

medidas. Gauss dividiu o mérito com Legendre, que publicou o método

independentemente em 1806. Este trabalho foi o começo do interesse de Gauss na

teoria dos erros de observação. A lei de Gauss da distribuição normal de erros e sua

curva em formato de sino, que a acompanha, é hoje familiar para todos que trabalham

com estatística.

A decisão sobre o seu verdadeiro caminho, se o da filologia ou da matemática, foi feita

em 30 de Março de 1796, quando começou seu diário científico, que representa um dos

mais preciosos documentos da história da matemática. O diário só foi conhecido pela

ciência em 1898, quarenta e três anos depois de sua morte, quando a Sociedade Real

de Göttingen o pediu emprestado a um neto de Gauss para estudo crítico. Ali se

encontram dezenove pequenas páginas e contém 146 extremamente resumidos

registros de descobertas ou resultados de cálculos, o último deles datado de 09 de

Julho de 1814.

Nem todas as descobertas de Gauss no período prolífico de 1796 a 1814 foram

anotadas, mas muitas das que ele rascunhou são suficientes para estabelecer a

prioridade de Gauss em vários campos (funções elípticas, por exemplo) onde alguns de

seus contemporâneos se recusaram a acreditar que ele os havia precedido. Muito ficou

encerrado por anos ou décadas neste diário. Gauss nunca reivindicou a autoria de

descobertas a que ele se antecipara (algumas se tornaram importantes campos da

matemática no século XIX). No diário, há anotações muito pessoais, como por exemplo,

no dia 10 de Julho de 1798 há o seguinte registro: ΕΥΡΗΚΑ! NUM = v + v + v.

Traduzindo-se: Eureka! Todo número positivo é a soma de três números triangulares.

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Embora o sentido de alguns registros esteja perdido para sempre, a maior parte é

suficientemente clara. Alguns nunca foram publicados, segundo ele, por considerar

seus trabalhos científicos apenas como resultado da profunda compulsão de sua

natureza. Publicá-los para o conhecimento de outros lhe era inteiramente indiferente.

Disse também, que um tal volume de novas idéias trovejaram em sua mente, antes de

ter completado vinte anos que, dificilmente, poderia controlá-las, só havendo tempo de

registrar uma pequena fração delas.

Gauss apresentava provas sintéticas e conclusões indestrutíveis de suas descobertas

às quais nada poderia ser acrescentado ou retirado. Uma catedral não é uma catedral -

disse - até que o último andaime tenha sido retirado. Com este ideal diante de si, Gauss

preferia polir sua obra muitas vezes, ao invés de publicar um grosseiro esboço. Seu

princípio era: uma árvore com poucos frutos maduros (Pauca sed matura).

Os frutos deste esforço em busca da perfeição estavam, na verdade, maduros, mas

nem sempre facilmente digeríveis. Todos os passos pelos quais o gol tinha sido

atingido tinham sido omitidos, não era fácil para seus seguidores redescobrir a estrada

pela qual ele tinha caminhado. Conseqüentemente, alguns de seus trabalhos tiveram

que esperar por intérpretes altamente qualificados antes que o mundo da matemática

pudesse entendê-los.

Só os matemáticos do século XIX conscientizaram quanto Gauss tinha previsto antes

de 1800. Caso ele tivesse divulgado o que sabia, é possível que a matemática

estivesse meio século mais adiantada do que se encontra. Niels Henrik Abel e Jacobi

poderiam ter começado de onde Gauss terminou, ao invés de terem que redescobrir o

que Gauss já sabia antes que eles tivessem nascido.

Os três anos (outubro de 1795 - setembro de 1798) na Universidade de Göttingen

foram os mais prolíficos da vida de Gauss. Graças à generosidade do Duque

Ferdinand, o jovem não teve que se preocupar com finanças.

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Em setembro de 1798 foi para a Universidade de Helmstedt, tendo sido precedido por

sua fama, hospedou-se na casa do professor de matemática Johann.

No outono europeu de 1798, aos 21 anos, finalizou a Disquisitiones. O livro só foi

publicado em setembro de 1801. Em agradecimento por tudo que Ferdinand lhe havia

feito, Gauss dedicou seu livro ao Duque - Sereníssimo Pricipi ac Domino Carolo

Guiliermo Ferdinando. Foi uma justa homenagem àquele que o salvara tantas vezes

(arranjando alunos, pagando pela impressão de sua tese de doutorado (Universidade

de Helmstedt, 1799), assegurou uma modesta pensão que lhe permitiria continuar seu

trabalho científico livre dos obstáculos da pobreza...). Gauss escreveu em sua

dedicatória: "Sua bondade libertou-me de outras responsabilidades e permitiu que eu

me dedicasse exclusivamente a este trabalho."

Disquisitiones representou seu adeus à matemática pura, como seu interesse exclusivo.

O livro é de difícil leitura, até mesmo para especialistas, mas os tesouros que contém

estão agora disponíveis graças ao trabalho do amigo e discípulo de Gauss, Johann

Peter Gustav Lejeune Dirichlet (1804-1859).

Antes de sua morte, expandiu sua atividade para incluir os aspectos matemáticos e

práticos na astronomia, geodésica e eletromagnetismo.

2.3 Impactos produzidos pela téoria de Johann Carl Friedrich

Gauss realizou diversas descobertas na área da matemática, nas quais grande parte

delas ainda é utilizada nos dias atuais, algumas de suas descobertas serão

apresentadas por ordem cronologia, logo a seguir:

Na escola aos sete anos, um professor pediu aos alunos que calculassem a soma dos

inteiros de 1 a 100. Um problema até então de difícil solução, mas Gauss deu a

resposta certa em poucos minutos. Ele notou que 1+100=101, 2+99=101 etc. Isto é,

bastava somar 50 números iguais a 101, portanto a soma é 50x101=5050. A fama de

Gauss começou ai.

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Aos dezenove anos, achou um método para construir um heptadecágono. Esse era um

problema que os geômetras tentavam resolver desde o tempo dos gregos. Os trabalhos

de Gauss cobriram praticamente toda a matemática da época.

Provou o chamado Teorema Fundamental de Álgebra, que diz que todo polinômio tem

uma raiz da forma a+bi.

Em 1801, foi descoberto um asteróide que depois recebeu o nome de Ceres.

Logo vários astrônomos se dedicaram a tentativa de calcular a órbita desse asteróide.

Infelizmente, pouco depois de sua descoberta, o asteróide escondeu-se atrás do Sol,

de modo que os dados obtidos de suas posições eram muito poucos. Mesmo assim,

muitos publicaram seus resultados, inclusive Gauss, só que as previsões do Alemão

eram bem diferentes dos demais. Pois quando o asteróide reapareceu, alguns meses

depois, sua posição coincidia perfeitamente com a previsão de Gauss. Hoje se sabe

que Gauss usou o método que desenvolvera, chamado de método dos mínimos

quadrados, que se tornou desde então, ferramenta importante no trabalho de ciências

experimentais.

Gauss gostava muito de trabalhar com geometria diferencial, tendo inventado o

importante conceito da curvatura dupla, hoje conhecida como curvatura de Gauss.

Em 1820 inventou o Heliótropo, instrumento que usa a luz da reflexão do Sol para

medidas geodésicas. Pensou até em usa para se comunicar com hipotéticos habitantes

da lua.

Em 1833 com a ajuda de Weber, construiu o primeiro telégrafo. Gauss sabia muito

sobre estatística. Mostrou que os erros nas medidas experimentais costumam seguir

uma distribuição em forma de sino, hoje chamada de distribuição gaussiana.

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3 FÍLOSOFO: ARTHUR SCHOPENHAUER

Arthur Schopenhauer (1788-1860) foi um filósofo alemão do século XIX. Sua obra

principal é “O mundo como vontade e representação” (1819), embora seu livro “Parerga

und paralipomena” (1851) seja o mais conhecido.

3.1 Biografia: Arthur Schopenhauer

Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o budismo e o pensamento indiano na

metafísica alemã. Ficou vulgarmente conhecido por seu pessimismo e entendia o

budismo (e a essência da mensagem cristã, bem como o essencial da maior parte das

culturas religiosas de todos os povos em todos os tempos) como uma confirmação

dessa visão realistapessimista. Schopenhauer também combateu fortemente a filosofia

Hegeliana e influenciou fortemente o pensamento de Eduard Von Hartmann e Friedrich

Nietzsche. Schopenhauer acreditava no amor como meta na vida, mas não acreditava

que ele tinha a ver com a felicidade.Aos cinco anos, junto com sua família, mudou-se

para Hamburgo. Lá, cresceu como um garoto sofisticado e pretensioso. Quando tinha

dez anos foi estudar na França, e aos quinze passou dois anos viajando com os pais

pela Europa. Em suas viagens pelo continente, que havia a pouco emergido das

Guerras Napoleônicas, o jovem Schopenhauer mergulhava em depressões ao ver a

miséria e a destruição humana que os conflitos deixaram como herança. Obrigado pelo

pai, teve que abandonar os estudos e se tornar um homem de negócios. Logo depois,

seu pai se suicidaria. Essa foi uma fase para Schopenhauer de profunda angustia

pessoal. Após o suicídio do pai, sua mãe e irmã foram para a refinada Weimar. Ele

permaneceu em Hamburgo trabalhando com o que não gostava, até reunir forças e ir

estudar em Goethe, mas acabou expulso por escrever um poema sobre um professor

alcoolizado.

Antes de ir para a Universidade de Göttingen, Schopenhauer foi viver um tempo com a

mãe em Weimar. Ela, que era uma mulher exuberante, tinha se tornado uma estrela

dos salões literários locais ao escrever romances leves e se tornar amiga de Goethe.

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Schopenhauer ficou chocado com a independência e o comportamento da mãe e a

relação entre os dois se tornou insustentável. Sua ida para Göttingen para estudar

medicina foi um alívio para todos. Na universidade, logo descobriu a filosofia, se

interessando principalmente pelos pensamentos de Platão e Kant. Descobriu sua

perspicácia filosófica, e em 1811 foi para Berlin onde desenvolveu seu doutorado.

Quando voltou para Weimar, voltaram também os conflitos com a mãe. Mas, além das

querelas domésticas, Schopenhauer teve a oportunidade de conhecer

Goethe, com quem passou horas conversando. Outro fato importante foi ele ter

descoberto a filosofia hindu que iria influenciar profundamente suas idéias. O clima

doméstico, no entanto, era insuportável e em 1814 ele deixou definitivamente o lar

materno, e foi morar em Dresden, onde escreveria sua obra-prima: “O mundo como

vontade e representação”.

Schopenhauer afirmou que o mundo que vemos consiste em representação. Isto é, o

que percebemos são fenômenos e não a coisa em si, como Kant já tinha definido. Mas,

ao contrário do que imaginava Kant essa representação não se apoiava na realidade

final donúmeno, e sim na “vontade” universal. Para Schopenhauer, essa vontade é

cega, perpassa todas as coisas e é sempre destituída de objetivo.

Como essa vontade está além do espaço e do tempo e não possui causa, ela provoca

toda a miséria e o sofrimento do mundo. E isso só cessa com a morte. Para

Schopenhauer, a única esperança é que o ser humano se liberte do poder dessa

“vontade” e da carga de individualidade e egoísmo atada a ela. Para chegar a isso, o

homem deve ter compaixão e uma abnegação tal como aquela praticada por santos e

eremitas. Nesse caminho de renúncia, ele incluiu a apreciação estética das obras de

arte, que é a contemplação sem vontade.

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Schopenhauer desenvolveu essas idéias em “O mundo como vontade e

representação”, obra-prima de cerca de mil páginas que escreveu durante sua estadia

em Dresden. Apesar da crença do autor de que o livro seria no futuro “a fonte e a

motivação de uma centena de outros livros”, foram necessárias décadas para que a

força e importância dos pensamentos de Schopenhauer fossem descobertos e

reconhecidos. Até obter finalmente esse merecido reconhecimento, o que só aconteceu

após o lançamento de seu livro “Parerga und paralipomena”, em 1851, Schopenhauer

levou uma vida excêntrica. Na Universidade de Berlim tentou competir de forma mal-

sucedida como professor com Hegel, a quem considerava um impostor. Envolveu-se

com uma atriz de 19 anos com quem supostamente pode ter tido um filho – a incerteza

deve-se ao fato dela ter, na época, vários amantes. Agrediu fisicamente uma vizinha

fofoqueira e foi condenado a indenizá-la pelo resto da vida. Quando uma epidemia de

cólera chegou a Berlim – e acabaria causando a morte de Hegel – ele deixou a cidade e

na seqüência foi morar em Frankfurt onde passou quase três décadas levando uma

vida de solteiro de extrema regularidade.

Acordava tarde, lia durante três horas, almoçava no prestigioso Englischer Hof on

Rossmarkt. À tarde se isolava nas salas de leitura do Cassino Society para ler o último

exemplar do The Times que havia chegado de Londres e, após, saía para passear com

seu poodle. Encerrava sua rotina com mais leituras noturnas.

O reconhecimento que Schopenhauer almejava desde que publicou “O mundo como

vontade e representação”, quando tinha 31 anos, só chegou aos 65. Ele passou então

seus sete últimos anos de vida aproveitando a fama que tardiamente alcançou.

Schopenhauer autor de alguns dos mais combativos e pessimistas escritos da filosofia

morreu em 21 de setembro de 1860, aos 72 anos de idade.

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3.2 Principais obras de Arthur Schopenhauer

“Um mundo cego e irracional”

O ponto de partida do pensamento de Schopenhauer encontra-se na filosofia kantiana.

Immanuel Kant (1724 – 1804) estabelecera distinção entre os fenômenos e a coisa-em-

si, isto é, entre o que nos aparece e o que existiria em si mesmo. A coisa-em-si, não

poderia segundo Kant, ser objeto de conhecimento científico, como até então

pretendera a metafísica clássica. A ciência restringir-se-ia, assim, ao mundo dos

fenômenos, e seria constituída pelas formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo)

e pelas categorias do entendimento. Dessas distinções, Schopenhauer concluiu que o

mundo não seria mais do que representações, entendidas por ele, num primeiro

momento, como síntese entre o subjetivo e o objetivo, entre a realidade exterior e a

consciência humana. Como afirma em O Mundo Como Vontade e Representação, “por

mais maciço e imenso que seja este mundo, sua existência depende, em qualquer

momento, apenas de um fio único e delgadíssimo: a consciência em que aparece”. Em

outra passagem de sua principal obra, Schopenhauer deixa mais clara essa idéia: “O

mundo como representação, isto é; unicamente do ponto de vista de que o

consideramos aqui, tem duas metades essenciais, necessárias e inseparáveis. Uma é o

objeto; suas formas são o espaço e o tempo, donde a pluralidade. A outra metade é o

sujeito; não se encontra colocada no tempo e no espaço, porque existe inteira e indivisa

em todo ser que percebe: daí resulta que um só desses seres junto ao objeto completa

o mundo como representação, tão perfeitamente quanto todos os milhões de seres

semelhantes que existem: mas, também, se esse ser desaparece, o mundo como

representação não mais existe”.

Não se pode dizer que essas idéias expressem exatamente o pensamento kantiano,

mas, seja como for, Schopenhauer chegou a essas conclusões, partindo do mestre que

tanto admirava. Schopenhauer, contudo, separa-se, explicitamente, de Kant em um

ponto essencial e, a partir daí, constrói uma filosófia original. Para Kant, a coisa-em-si é

inacessível ao conhecimento humano, pois se encontra além dos limites das estruturas

do próprio ato cognitivo, entendido como síntese dos dados da intuição sensível,

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síntese essa realizada pelas categorias a priori do entendimento. Schopenhauer, ao

contrário, pretendeu abordar a própria coisa-em-si. Essa coisa-em-si, raiz metafísica de

toda a realidade, seria a Vontade.

Segundo o autor de “O Mundo como Vontade e Representação”, a experiência interna

do indivíduo assegura-lhe mais do que o simples fato de ele ser “um objeto entre

outros”. A experiência interna também revela ao indivíduo que ele é um ser que se

move a si mesmo, um ser ativo cujo comportamento manifesto expressa diretamente

sua vontade. Essa consciência interior que cada um possui de si mesmo como vontade

seria primitiva e irredutível: A vontade revelar-se-ia imediatamente a todas as pessoas

como o em-si e a percepção que as pessoas têm de si mesmas como vontades seria

distinta da percepção que as mesmas têm como corpo. Mas isso não significa que

Schopenhauer tinha esposado a tese de que as ações corporais e as ações da vontade

constituem duas séries de fatos, entendidas as primeiras como causadoras das

segundas. Para Schopenhauer, o corpo humano é apenas objetivação da vontade, tal

como aparece sob as condições da percepção externa. Em outros termos, o que se

quer e o que se faz são uma e a mesma coisa, vistos, porém, de perspectivas

diferentes.

Da mesma forma como nos homens, a vontade seria o princípio fundamental da

natureza. Para Schopenhauer, na queda de uma pedra, no crescimento de uma planta

ou no puro comportamento instintivo de um animal afirmam-se tendências, em cuja

objetivação se constitui os corpos. Essas diversas tendências não passariam de

disfarces sob os quais se oculta uma vontade única, superior, de caráter metafísico e

presente igualmente na planta que nasce e cresce, e nas complexas ações humanas.

Essa vontade, para Schopenhauer, é independente da representação e, portanto, não

se submete às leis da razão. Ao contrário de Hegel, para quem o real é racional, a

filosofia de Schopenhauer sustenta que o real é em si mesmo cego e irracional,

enquanto vontade. As formas racionais da consciência não passariam de ilusórias

aparências e a essência de todas as coisas seria alheia à razão: "A consciência é a

mera superfície de nossa mente, da qual, como da terra, não conhecemos o interior,

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mas apenas a crosta". O inconsciente representa, assim, papel fundamental na filosofia

de Schopenhauer. Sob esse aspecto, o autor de “O Mundo como Vontade e

Representação”, antecipou-se a alguns dos conceitos mais importantes da psicanálise

fundada por Sigmund Freud (1856-1939).

O próprio Freud reconheceu a importância das idéias de Schopenhauer; em um de

seus escritos afirma que certas considerações sobre a loucura, encontradas no “O

Mundo como Vontade e Representação”, poderiam “rigorosamente, sobrepor-se à

doutrina da repressão".

“Viver é sofrer”

No sistema de Schopenhauer, a vontade é a raiz metafísica do mundo e da conduta

humana; ao mesmo tempo, é a fonte de todos os sofrimentos. Sua filosofia é, assim,

profundamente pessimista, pois a vontade é concebida em seu sistema como algo sem

nenhuma meta ou finalidade, um querer irracional e inconsciente. Sendo um mal

inerente à existência do homem, ela gera a dor, necessária e inevitavelmente, aquilo

que se conhece como felicidade seria apenas a interrupção temporária de um processo

de infelicidade e somente a lembrança de um sofrimento passado criaria a ilusão de um

bem presente. Para Schopenhauer, o prazer é momento fugaz de ausência de dor e

não existe satisfação durável. Todo prazer é ponto de partida de novas aspirações,

sempre obstadas e sempre em luta por sua realização: “Viver é sofrer”.

Mas, apesar de todo seu profundo pessimismo, a filosofia de Schopenhauer aponta

algumas vias para a suspensão da dor. Num primeiro momento, o caminho para a

supressão da dor encontra-se na contemplação artística. A contemplação

desinteressada das idéias seria um ato de intuição artística e permitiria a contemplação

da vontade em si mesma, o que, por sua vez, conduziria ao domínio da própria

vontade. Na arte, a relação entre a vontade e a representação inverte-se, a inteligência

passa a uma posição superior e assiste à história de sua própria vontade; em outros

termos, a inteligência deixa de ser atriz para ser espectadora.

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A atividade artística revelaria as idéias eternas através de diversos graus, passando

sucessivamente pela arquitetura, escultura,pintura, poesia lírica, poesia trágica, e,

finalmente, pela música. Em Schopenhauer, pela primeira vez na história da filosofia, a

música ocupa o primeiro lugar entre todas as artes. Liberta de toda referência

específica aos diversos objetos da vontade, a música poderia exprimir a Vontade em

sua essência geral e indiferenciada, constituindo um meio capaz de propor a libertação

do homem, em face dos diferentes aspectos assumidos pela Vontade.

“No nada a salvação”

A libertação proporcionada pela arte, segundo Schopenhauer, não é, contudo, total e

completa. A arte significa apenas um distanciamento relativamente passageiro e não a

supressão da Vontade. Para que atinja a libertação, é necessário que o homem

ascenda ao nível da conduta ética, a qual representa uma etapa superior no processo

de superação das "dores do mundo". A ética de Schopenhauer não está, contudo,

presa à noção de "dever"; Schopenhauer rejeita as formas imperativas de filosofia que

são, para ele, formas de coerção.

Sua ética não se apóia em mandamentos, antes na noção de que a contemplação da

verdade é o caminho de acesso ao bem. Para Schopenhauer, o egoísmo, que faz do

homem o inimigo do homem, advém da ilusão de vontades independentes que afirmam

seus ímpetos individuais. A superação do egoísmo somente seria possível mediante o

conhecimento da natureza única universal da vontade. Como conseqüência moral do

desaparecimento de sua individualidade, o homem pode tornar-se bom; ao espírito de

luta contra os semelhantes segue-se o espírito de simpatia. Libertado, pela etapa ética,

o homem atinge o princípio que é o fundamento de toda verdade moral: "Não

prejudiques pessoa alguma, seja bom com todos".

Essa ética da piedade e da comiseração, segundo Schopenhauer, encontrou sua mais

acabada expressão nos evangelhos, onde "ama a teu próximo como a ti mesmo"

constitui o princípio fundamental da conduta. Mas nem mesmo a ética da piedade

possibilitaria ao homem atingir a felicidade última.

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Para Schopenhauer, a mais completa forma de salvação para o homem somente pode

ser encontrada na auto anulação e na renúncia quietista ao mundo e a todas as suas

solicitações, na mortificação dos instante os olhos de nossa própria indigência e de

nosso limitado horizonte; levemolo sobre esses homens que venceram o mundo nos

quais a vontade, atingindo a perfeita consciência de si, se reconheceu em tudo que

existe. Então, em vez desse tumulto de aspirações sem fim, em vez dessas passagens

constantes do desejo ao medo, da alegria ao sofrimento, em vez dessas esperanças

sempre inalcançadas e sempre renascentes, que fazem da vida humana, enquanto

animada pela vontade, um sonho interrompido, não perceberemos mais do que esta

paz, mais preciosa que todos os tesouros da razão, a calma absoluta do espírito, esta

serenidade imperturbável, tal como Rafael e Corregio a pintaram nas figuras de seus

santos e cujo brilho deve ser para nós a mais completa e verídica anunciação da boa

nova: a vontade desapareceu; subsiste apenas o conhecimento".

3.3 Impactos produzidos pela téoria de Arthur Schopenhauer

Afirmando que o mundo é vontade e representação, Schopenhauer é um dos pioneiros

em introduzir no pensamento ocidental a subjetividade, isto é, a idéia de que nossas

percepções de mundo são condicionadas por nossos sentimentos e paixões, e que o

nosso olhar sobre o mundo, que antes era suposto como "certo e objetivo", é totalmente

tingido pelo nosso universo psicológico. Nesse sentido, a Arte ganha um status de

conhecimento tão valioso quanto à história e as ciências. Para ele, uma verdadeira

libertação e felicidade humana residiriam na renúncia dessa tal "vontade", que levaria

inevitavelmente ao engano e ao sofrimento (tal como a idéia central do budismo). Mas

Nietzsche veio depois e afirmou o contrário, dizendo que é justamente nessa "vontade"

schopenhaueriana que reside à maior força do homem, ou seja, a "Vontade de

Potência".

Schopenhauer constrói uma imagem de homem na qual a força motriz da força de

vontade tem papel principal, e a razão papel secundário. E esta escola fundamental do

pensamento nunca se tornou obsoleta. Não é tema para requisitos específicos da

atualidade que mudam de acordo com o período ou tendências.

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Ainda temos uma tendência de superestimar a razão como à força que controla a vida e

a história, apesar do fato de os crimes do século X, alguns dos quais cometidos em

nome da razão ou supostamente pelo bem da ciência, terem esclarecido diversas

coisas para nós que não surpreenderiam a Schopenhauer.

Ele cresceu numa época que eu descrevi como os “anos selvagens da filosofia”: um

inebriante caleidoscópio de filosofia envolvendo a descoberta do ego e de um Logos

que penetra pela natureza. Schopenhauer vai contra esse idealismo ambicioso de

Fichte, Hegel e os Românticos – nos lembrando até hoje que não devemos

superestimar a razão. Para ele, a redenção só pode ser atingida distanciando

esteticamente uma pessoa do tumulto: um misticismo de negação que vem desde os

ensinamentos budistas. Nesse sentido de infinidade, Schopenhauer ainda é atual.

Schopenhauer viria a influenciar Nietzsche, e os dois por sua vez Freud e toda a

psicologia moderna.

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CONCLUSÃO

O presente texto tem por objetivo discutir o que este estudo nos proporcionou para um

maior entendimento sobre a ciência e a filosofia, como surge, e as causas que levam ao

desenvolvimento da ciência e da filosofia.

A ciência progride pela utilidade, a filosofia por meio do ócio. Este é o senso comum

que dirige a mentalidade dos gestores do conhecimento. Como os grandes nomes da

ciência mundial que tanto influenciam a educação e à ciência nos dias atuais.

A chamada ciência aplicada é dirigida a propósitos determinados, não é um

empreendimento desprezível, ela é a responsável pelos melhores descobrimentos e

invenções. Estatisticamente é possível ver que aquilo que mais se vende em farmácias

e drogarias, e que consideramos avanço em nossas vidas, não veio senão como

subproduto de determinadas pesquisas. Erro, fuga de direção e, principalmente, lazer

foram os elementos que determinaram nosso avanço científico. É verdade para o

mundo, é verdade para o Brasil. Cada vez mais os cientistas precisam ser colocados

em laboratórios em que a direção das pesquisas permite o desvio de conduta, ou seja,

o ócio e até mesmo a “desobediência civil” laboratorial. Ninguém cria o que se propõe a

criar – esta é a história da ciência.

Ao contrário da ciência, a filosofia não gera absolutamente nada de interessante ou

belo ou agradável ou bom em regime de férias. Não é errado dizer que a filosofia tem a

ver, ainda, com a literatura. Mas a filosofia precisa de disciplina, pulso firme,

determinação da vontade. E, mais que tudo isso, a filosofia é uma atividade que só

chega a algum lugar se este lugar é determinado previamente. A história da filosofia

mostra isso: as grandes obras filosóficas, que são o equivalente, neste campo, às

grandes invenções científicas, não se fizeram por meio de alguém que se propôs a

escrever algo que não sabia o que era. Nada disso. As grandes obras filosóficas foram

produtos de pessoas que tinham planos, objetivos e direções bem estabelecidas.

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Nem mesmo os filósofos que jamais escreveram algo, e que advogaram a idéia da

filosofia como o que se exerce no cotidiano, imaginaram em chegar a algum lugar no

filosofar sem um plano detalhado.

A filosofia é filha da utilidade. A ciência tem como mãe a necessidade. O cientista

contemplativo precisa de laboratório. Mas não é nele que faz o que deve fazer. São nas

horas de lazer que encontra suas melhores idéias e traça seus modelos mais

abrangentes. E não existe em filosofia o pensador solitário, que descansa e, então, tem

idéias. Nada disso. A filosofia acontece no diálogo, na escrita, no debate; ou seja, ela

faz o seu melhor no momento em que se faz. Não há idéias prévias em filosofia.

Quando há a idéia, é a filosofia acontecendo.

Todos os grandes cientistas trabalharam em situações mais cômodas que os filósofos.

Quando lhes tiraram tais situações, perderam a criatividade. Todos os grandes filósofos

só produziram sob pressão e sob problemas particulares e políticos inauditos.

Cientistas em prisões se desesperam e perdem a criatividade. Filósofos em prisões nos

deram maravilhas. A ciência precisa de calma de espírito e segurança, a filosofia

precisa de agitação interior e pavor. Nikola Tesla, se preso, seria medíocre. Jamais

seria um Schopenhauer que, preso, nos deixou a maravilhosa Parerga e paralipomena.

Os cientistas alemães, quando viram os exércitos inimigos se aproximarem, perderam

as idéias e a concentração.

A subversão filosófica, que é a filosofia autêntica, se faz com projetos. A continuidade

da produção científica autêntica só se faz no jogo do azar e sorte. Quando começarmos

a entender isso, então estaremos, de fato, aptos para dar os primeiros passos para uma

política educacional efetiva no Brasil. E então estaremos iniciando o engatinhar na

política científica.

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BIBLIOGRAFIA

Nikola Tesla

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Johann Carl Friedrich Gauss

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Arthur Schopenhauer

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