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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAUDE DE BARBACENA
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
ÂNGELA MARIA RIBEIRO
GRAZIELE MAYRA SANTOS MOREIRA
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA, DA CAPACIDADE FUNCIONAL E
DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS OBESOS
BARBACENA
2016
ÂNGELA MARIA RIBEIRO
GRAZIELE MAYRA SANTOS MOREIRA
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA, DA CAPACIDADE FUNCIONAL E
DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS OBESOS
Aprovado em: __/__/2016.
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________________
Examinador 01 - Prof.Me. Pedro Augusto de Carvalho Mira.
__________________________________________
Examinador 02 - Prof. Esp. Otávio Henrique de Azevedo.
______________________________________
Orientadora: Prof. Mª. Isabelle Magalhães Guedes Freitas.
______________________________________
Coorientadora: Prof. Esp. Patrícia Maria de Melo.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de Fisioterapia,
da Faculdade de Ciências da Saúde de
Barbacena da Universidade Presidente
Antônio Carlos - UNIPAC, como
requisito parcial para obtenção do
título de bacharel em Fisioterapia.
Orientador: Isabelle Magalhães
Guedes Freitas.
Coorientador: Patrícia Maria de Melo
AGRADECIMENTO
Agradecemos a Deus por nos iluminar não permitindo que o cansaço nos dominasse. Aos
nossos familiares, pela força, amor e incentivo em todos os momentos da nossa vida. A nossa
orientadora Isabelle Magalhães Guedes Freitas e coorientadora Patrícia Maria de Melo pelos
ensinamentos e dedicação durante a criação e execução da pesquisa. Aos voluntários do
estudo pela disponibilidade e confiança. E a todos que de alguma forma contribuíram para
realização deste trabalho, o nosso muito obrigado!
EPÍGRAFE
''Nos somos o que fazemos
repetidas vezes. Portanto, a
excelência não é um ato,
mas um hábito. ''
Aristóteles
RESUMO
Introdução: a obesidade é uma enfermidade crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de
tecido adiposo no organismo. O aumento do peso corporal pode desencadear alterações na
função ventilatória, no desempenho físico e na qualidade de vida dos indivíduos. Objetivo:
avaliar a função respiratória, a capacidade funcional e a qualidade de vida em indivíduos
obesos comparando aos indivíduos eutróficos. Materias e Métodos: foram selecionados 30
voluntários, de ambos os sexos, com idade entre 20 e 59 anos distribuídos em dois grupos:
obeso e eutrófico. Os participantes foram avaliados por meio de entrevista, avaliação
antropométrica, avaliação da capacidade funcional e função respiratória, por fim, avaliação da
qualidade de vida. Na análise estatística foram utilizados a média±desvio-padrão, teste
Shapiro-Wilk a fim de verificar a normalidade dos dados, teste T-Student independente para
variáveis de distribuição normal e teste U-Mann Witney para não normal, teste T- Student
dependente nos valores previstos e obtidos do Pico de Fluxo Expiratório (PFE) e Teste de
Caminhada de Seis Minutos (TC6'), teste de Fisher para proporção de hipertensos, teste Qui-
quadrado para proporção dos sexos, correlação de Pearson na associação entre o PFE e
distância percorrida no TC6', ANOVA para verificar o comportamento da Pressão Arterial
Sistólica e Diastólica (PAS) (PAD), Saturação de Oxigênio (SaO2), Frequência Respiratória
(FR), Frequência Cardíaca (FC) e percepção subjetiva de esforço. Resultados: O estudo
mostrou que grupo de obesos apresentou redução significativa do PFE e da distância
percorrida no TC6', obteve valores maiores de PAS, PAD, FR e percepção subjetiva de
esforço, ainda valores semelhantes quanto a FC e SaO2 comparado ao grupo eutrófico.
Referente a qualidade de vida, não foram encontradas diferenças significativas entre os
grupos. Conclusão: a obesidade pode desencadear alterações na função respiratória e na
capacidade funcional, mas não interfere na qualidade de vida dos indivíduos.
Palavras-chave: Obesidade. Teste de esforço. Respiratória. Caminhada. Qualidade de vida.
ABSTRACT
Introduction: Obesity is a chronic disease characterized by excessive fat accumulation in the
body. Body’s weight increase can trigger changes in respiratory function, physical
performance and individuals quality of life. Objective: To assess respiratory function,
capacity, life’s quality in obese individuals to compared with normal weight
individuals. Materials and Methods: We selected 30 volunteers of both sexes, aged between
20 and 59 years, divided into two groups: obeses and eutrophics. Participants were assessed
through interviews, anthropometric assessment, finally function capacity and lung quality's
evaluation life. Statistical analysis was used to mean more or less standard deviation, Shapiro-
Wilk test to verify the normality of the date, independent t-test for normally distributed
variables and U-Mann Whitney test for non-normal, test T Student dependent the predicted
values and obtained Expiratory Flow Peak (EFP) and Six Minute Walk test (6MWT), Fisher
test for proportion of hypertension, chi-square test for the sex ratio, Pearson correlation in the
association between PEF and 6MWD ', ANOVA to check the behavior of Systolic and
Diastolic Blood Pressure (SBP) (PAD), oxygen saturation (SaO2), respiratory rate (RR), heart
rate (HR) and perceived exertion. Results: The study showed that obese group had
significantly lower PEF and 6MWD 'had higher values of SBP, DBP, FR and perceived
exertion, although similar values as HR and SaO2 compared to eutrophic group. Regarding
quality of life, there were no significant differences between groups. Conclusion: Obesity can
trigger changes in respiratory function and functional capacity, but does not affect individuals
quality life.
Keywords: Obesity. Test effort. Respiratory. Walking. Quality of life
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01..........................................................................................................................15
Figura 02..........................................................................................................................16
Figura 03..........................................................................................................................16
Figura 04..........................................................................................................................20
Figura 05..........................................................................................................................20
Figura 06..........................................................................................................................21
Figura 07..........................................................................................................................21
Figura 08..........................................................................................................................22
Figura 09..........................................................................................................................22
Figura 10..........................................................................................................................23
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 ........................................................................................................................18
Tabela 02.........................................................................................................................19
Tabela 03.........................................................................................................................19
Tabela 04.........................................................................................................................23
LISTA DE ABREVIAÇÕES
OMS - Organização Mundial da Saúde
IMC - Índice de Massa Corporal
CA - Circunferência Abdominal
CC - Circunferência da Cintura
CQ - Circunferência do Quadril
RQC - Relação Quadril e cintura
PFE - Pico de Fluxo Expiratório
TC6’ - Teste de Caminhada de seis minutos
QV - Qualidade de Vida
SF 36 - Questionário Short Form (SF-36)
UNIPAC – Universidade Presidente Antônio Carlos
CONEP - Conselho Nacional de Ética em Pesquisa
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
CF - Capacidade Funcional
AF - Aspectos físicos
AS - Aspectos Sociais
AE - Aspectos emocionais
GS - Estado geral de saúde
VT - Vitalidade
DR - Dor
SM - Saúde Mental
FC - Frequência Cardíaca
FR - Frequência Respiratória
PA - Pressão Arterial
SaO2 - Saturação de Oxigênio
PAS - Pressão Arterial Sistólica
PAD - Pressão Arterial Diastólica
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 10
2 OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 12
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 12
4 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................................. 13
5 RESULTADOS ..................................................................................................................... 18
6 DISCUSSÃO ......................................................................................................................... 24
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 27
8 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 28
ANEXO A ................................................................................................................................ 32
ANEXO B ................................................................................................................................ 34
ANEXO C ................................................................................................................................ 36
ANEXO D ................................................................................................................................ 37
ANEXO E ................................................................................................................................. 41
ANEXO F ................................................................................................................................. 42
ANEXO G ................................................................................................................................ 46
ANEXO H ................................................................................................................................ 48
ANEXO I .................................................................................................................................. 49
ANEXO J.................................................................................................................................. 50
ANEXO L ................................................................................................................................ 53
10
1 INTRODUÇÃO
A obesidade é uma enfermidade crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de
tecido adiposo no organismo que causa prejuízos à saúde do indivíduo. Sua etiologia é
bastante complexa, apresentando um caráter multifatorial, incluindo fatores genéticos,
ambientais, psicossociais, distúrbios endócrinos e o binômio dieta e atividade física.1,2
Mundialmente estima-se que 1,4 bilhões de adultos são considerados obesos, no
Brasil essa enfermidade atinge cerca de 18 milhões de pessoas. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS) em 2015, 2,3 bilhões de adultos terão sobrepeso e mais de 700
milhões serão obesos.3
Utiliza-se como padrão internacional de classificação e mensuração da obesidade o
índice de massa corporal (IMC), que foi proposto por Quetelet em 1832 e adotado pela OMS
em 1997, como um indicador de sobrepeso e obesidade em adultos.4
Diversos outros índices antropométricos têm sido propostos para determinar a
obesidade, entre eles, medida da circunferência abdominal (CA), circunferência da cintura
(CC), circunferência do quadril (CQ) e estabelecimento da relação cintura quadril (RCQ).
Baseado no IMC, considera-se que indivíduos com valores entre 18,5 à 24,9 kg/m² são ditos
eutróficos e os que apresentam valores superiores a 30 kg/m² são classificados como obesos.
Em relação a CA e à RCQ respectivamente, considera-se medidas superiores a 88cm para
mulheres e 102 cm para homens, bem como, valores superiores a 0,95 para homens e 0,85
para mulheres podem acarretar em disfunção cardiovascular.5
Estudos mostram que a obesidade pode comprometer a função do tórax e do
diafragma, desencadeando alterações na função ventilatória, devido ao aumento do esforço
respiratório e comprometimento da função cardiopulmonar que depende da ação do diafragma
para o transporte de gases. Além dos danos já mencionados, pessoas com elevado peso
corporal tendem a ser cronicamente hipoventiladas, apresentarem redução da capacidade
aeróbica, diminuição da complacência pulmonar e maior resistência respiratória levando a
uma redução dos volumes e capacidades pulmonares.6
Uma das medidas de função mais utilizada clinicamente é a do pico de fluxo
expiratório (PFE) que é considerado um indicador indireto da obstrução das grandes vias
aéreas, podendo ser efetuada pelo espirômetro Peak Flow com o paciente em repouso.7
Ao analisarem 69 crianças obesas, verificaram que o aumento do peso induz a
redução da função pulmonar e provoca diminuição do PFE.8 Segundo Scipioni et al.,9 ao
compararem a relação da espirometria em 25 obesos mórbidos pré e pós cirurgia bariátrica,
11
identificaram repercussões nos parâmetros espirométricos, com melhora da função pulmonar
pós cirurgia.
A obesidade influencia negativamente na capacidade física do indivíduo, estudos
mostram que o teste de caminhada de seis minutos (TC6') é um método avaliativo simples e
prático, capaz de mensurar a capacidade de exercício funcional para as atividades de vida
diária. O TC6' avalia de forma global e integrada respostas de todos os sistemas envolvidos
durante o exercício, incluindo o sistema pulmonar e cardiovascular. Estudos apontam que
TC6' em relação a outros testes funcionais apresentam menor risco a capacidade física ao
exercício e não cansa demasiadamente o voluntário.10
Além dos danos já mencionados, a obesidade também prejudica a qualidade de vida
(QV) dos indivíduos. A QV pode ser entendida como o grau de satisfação que um indivíduo
atinge em relação às suas necessidades essenciais e secundárias.11
Existem vários questionários capazes de analisar a QV dos indivíduos, entre eles o
questionário Short Form (SF-36) desenvolvido por Ware e Gandek em (1994) e validado por
Ciconelli em (1997). A aplicação do questionário SF-36 tem como objetivo medir de forma
subjetiva a percepção do estado de saúde.12, 13
Vários estudos utilizam o TC6' e o questionário SF-36 para verificar se há alterações
na capacidade funcional e na qualidade de vida dos indivíduos obesos. Mendes et al.,14
estabelecem significância ao correlacionar a obesidade mórbida com o TC6', visto que a
distância percorrida pelo grupo obeso era menor quando comparado a indivíduos eutróficos.
No quesito QV, Dorneles et al.,15 analisaram 28 voluntárias e constataram que o grupo de
obesos apresentavam maiores alterações no domínio de limitações físicas comparado aos
eutróficos.
Considerando o crescente aumento da obesidade na sociedade, as patologias
associadas e o desenvolvimento de fatores que acometem a funcionalidade dos sistemas
mencionados, se faz necessário a avaliação dessa doença nos três parâmetros elegidos para
esse estudo. Portanto, o objetivo da pesquisa foi avaliar a função respiratória, a capacidade
funcional e a qualidade de vida em indivíduos obesos comparando aos indivíduos eutróficos.
12
2 OBJETIVO GERAL
O objetivo deste trabalho foi avaliar a função respiratória, a capacidade funcional e a
qualidade de vida em indivíduos obesos comparando aos indivíduos eutróficos.
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Verificar se os indivíduos obesos apresentam comprometimento do pico de fluxo
expiratório quando comparados a indivíduos eutróficos e aos valores preditos.
Analisar se os indivíduos obesos apresentam redução da distância percorrida,
resposta hemodinâmica e percepção de esforço exageradas durante o TC6' quando comparado
aos indivíduos eutróficos e aos valores preditos. E, além disso, determinar quais variáveis
hemodinâmicas e/ou respiratórias podem contribuir para esta limitação funcional.
Averiguar se os indivíduos obesos apresentam redução da qualidade de vida quando
comparados a indivíduos eutróficos.
13
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Em respeito aos aspectos éticos contidos na Resolução 196/96 do Conselho Nacional
de Ética em Pesquisa (CONEP), que regulamenta a pesquisa em seres humanos, após a
autorização da direção da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) (Anexo A) e da
coordenação da Clínica Escola Vera Tamm de Andrada (Anexo B), o estudo foi submetido ao
Comitê de Ética em Pesquisa da UNIPAC, Barbacena, MG, com parecer de aprovação nº
1.462.961 e data da relatoria em 23/03/2016. Em seguida, os voluntários foram convidados
através de aviso oral e cartazes (Anexo C) e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) (Anexo D).
O presente estudo é classificado como do tipo transversal e descritivo, com
abordagem comparativa entre a função respiratória, capacidade funcional e a qualidade de
vida em indivíduos obesos e eutróficos. A coleta dos dados foi realizada no mês de março e
abril de 2016, nas dependências internas e externas da Clínica Escola Vera Tamm de Andrada
no campus Barbacena - UNIPAC. O local permitiu a realização do estudo e contou com todos
equipamentos necessários.
A fim de estabelecer a quantidade de voluntários necessários para realização da
pesquisa foi realizado o cálculo amostral, baseado em artigos publicados anteriormente,
utilizando poder de 85% e erro α de 5%, constatou-se que deveriam ser recrutados no mínimo
15 indivíduos por grupo estudado.
Desta forma, foram selecionados 30 voluntários por conveniência, sedentários, de
ambos os sexos, com idades entre 20 e 59 anos e divididos em dois grupos: o grupo obesos,
formado por 15 indivíduos com IMC ≥ 30 kg/m² e o grupo eutrófico composto por 15
indivíduos com IMC compreendido entre 18,5 a 24,9 kg/m², residentes no município de
Barbacena e região. Foram excluídos do estudo indivíduos fumantes, fisicamente ativos e que
apresentaram doenças respiratórias, cardiológicas e/ou metabólicas descompensadas.
As intervenções foram realizadas em quatro momentos distintos, de acordo com a
disponibilidade dos participantes. A princípio, os voluntários foram abordados e convidados a
participarem do estudo, de acordo com o perfil estabelecido. Num segundo momento, os
mesmos foram esclarecidos quanto aos procedimentos adotados, os riscos e benefícios
decorrentes da pesquisa, assinaram o TCLE , preencheram a anamnese e ainda responderam
ao questionário de qualidade de vida SF-36. No terceiro momento foi realizado o TC6', com
14
averiguação dos sinais vitais antes e após o teste. Por final, num dia previamente marcado
com o voluntário, foi mensurado o PFE por meio do aparelho peak flow.
A anamnese (Anexo E) foi realizada para identificação de fatores de inclusão e
exclusão, presença de patologias, uso de medicamentos e fatores de risco que poderiam
interferir nos resultados.
Na avaliação antropométrica, foram incluídos procedimentos tais como: medidas da
massa corporal em balança digital Techline® e estatura verificada pelo estadiômetro Wiso®
para posterior cálculo do IMC. A CC, CA e CQ foram mensuradas por uma fita métrica
Teklife® com largura de 13 mm e precisão em metros. A CC foi analisada no ponto de menor
circunferência, abaixo da última costela; a CA na região de maior proeminência abdominal;
enquanto o CQ averiguado no nível do trocânter maior do fêmur, em posição ortostática e
após foi obtido o resultado da RCQ.16
A avaliação da qualidade de vida contou como recurso o questionário SF-36 (Anexo
F). Este questionário apresenta 36 itens agrupados em oito domínios pontuados de 0 a 100, no
qual 0 (zero) é o pior e 100 (cem) é o melhor estado geral de saúde. São destacados os
seguintes domínios: Capacidade funcional (CF) com avaliação do impacto da doença na
realização das atividades de vida diária; Aspectos físicos (AF) em análise as dificuldades
encontradas no tempo e execução das atividades cotidianas; Dor (DR) investiga a intensidade
da dor e limitações impostas por ela; Estado geral de saúde avalia a subjetividade do
indivíduo em relação a saúde geral (GS); Vitalidade (VT) destaca a energia e fatores que
possam diminuí-la; Aspectos sociais (AS) analisa a integração do sujeito em meio as relações
sociais, familiares e extra familiares; Aspectos emocionais (AE) que relaciona as dificuldades
diárias provocadas por problemas emocionais e Saúde mental (SM) destacando fatores como
tristeza, nervosismo, cansaço, dentre outros, que interferem na vida do indivíduo.17
A avaliação da capacidade funcional foi realizada por meio da realização do TC6’ e
com a mensuração da frequência cardíaca (FC) e saturação de oxigênio (SaO2) coletados pelo
oxímetro de Pulso Moriya®; a frequência respiratória (FR) através da observação da
expansão torácica contando a partir de cada inspiração; a percepção subjetiva de esforço
avaliada pela escala de Borg modificada de 0 a 10, a pressão arterial (PA) foi aferida pelo
método auscultatório no membro superior esquerdo por um esfigmomanômetro de coluna de
mercúrio e marca Bic®. Os parâmetros foram verificados pela mesma pesquisadora antes,
durante e após o TC6'.
O TC6' foi mensurado por cronômetro, sendo realizado em um espaço plano, com
superfície dura, coberto, com extensão de 30 metros, marcados metro a metro e com dois
15
cones para a volta da caminhada. Os participantes aguardaram 10 minutos em repouso antes
do teste, após este período foram instruídos a andarem de um extremo ao outro da pista com a
maior velocidade possível, sem correr de acordo com sua tolerância em um período de seis
minutos, segundo American Thoracic Society18. As pesquisadoras aproximaram dos
voluntários e ofereceram frases padronizadas de encorajamento a cada minuto '' faltam
somente alguns minutos'' e ''você está indo muito bem'' nos momentos pré estabelecidos.
Após a realização do TC6' a distância percorrida durante cada minuto do teste e os
dados antropométricos, peso, altura e a idade foram utilizados para cálculo da distância
prevista pela equação de Enright & Sherril (Anexo G).
A Figura 01 mostra o local de realização do TC6', em espaço externo à Clínica
Escola Vera Tamm de Andrada no dia 12/04/2016.
Figura 01: Local de Realização do TC6'. Fonte: Autoria própria
E por fim, a avaliação da função respiratória contou com a participação dos
indivíduos que foram submetidos à análise do PFE, com auxílio do aparelho portátil peak flow
Meter® graduado através da elevação do pistão que possui cor vermelha até o valor referente
ao pico expiratório forçado expresso em L/mim, bucais descartáveis peak flow® de uso
individual e clips nasais Speedo® para impedir o escape de ar.
16
A Figura 02 mostra os materiais utilizados para obtenção do PFE, no FISIOLAB
(Laboratório de Apoio à Iniciação Científica e Trabalho de Conclusão de Curso da
Fisioterapia), no espaço interno à Clínica Escola Vera Tamm de Andrada no dia 25/04/2016
Figura 02: 1 aparelho peak flow Meter®, 2 bocal descartável peak flow® e 3 clip nasal speedo®.
Fonte: Autoria própria.
Para a obtenção da medida do PFE o indivíduo permaneceu sentado em uma cadeira
sem braços fixo, com a mão esquerda apoiada na parte anterior da coxa e cabeça e pescoço
em posição neutra, o mesmo, com a mão direita segurou o equipamento e realizou manobra
expiratória forçada a partir da inspiração máxima, ao nível da capacidade pulmonar total,
sendo esta executada pelo menos três vezes, computando-se o maior valor obtido. Após a
obtenção da medida do PFE foi realizada análise dos valores previstos pela tabela de Leiner
(Anexo H), que leva em consideração a idade e estatura dos participantes.
A Figura 03 demonstra um voluntário do estudo realizando a mensuração do PFE,
através do aparelho peak flow em visita no FISIOLAB, no espaço interno à Clínica Escola
Vera Tamm de Andrada no dia 25/04/2016.
Figura 03: Local de realização da mensuração do PFE. Fonte: Autoria própria
17
Os resultados obtidos estão apresentados como valores médios±desvio-padrão. A
normalidade da distribuição dos dados foi verificada pelo Teste Shapiro-Wilk. Para testar as
possíveis diferenças entre as características físicas e hemodinâmicas, a função pulmonar e a
capacidade funcional entre os grupos investigados, foi utilizado o Teste T-Student (amostras
independentes) para as variáveis com distribuição normal e o Teste U-Mann Witney para as
variáveis com distribuição não normal. O mesmo foi adotado para os scores de qualidade de
vida. As possíveis diferenças entre os valores preditos e obtidos nas avaliações foram testadas
pelo Teste T-Student (amostras dependentes). A proporção de indivíduos hipertensos nos
grupos investigados foi avaliada pelo Teste exato de Fisher e a proporção dos sexos dos
indivíduos dos grupos foi analisada pelo Teste Qui-quadrado. Foi realizada correlação de
Pearson para verificar possível associação entre o PFE e a distância total percorrida no TC6’.
A ANOVA two-way para medidas repetidas foi conduzida para verificar as possíveis
diferenças de comportamento das variáveis mensuradas durante o TC6’. Para todos os testes
estatísticos, foi adotada diferença significativa quando p<0,05. As análises foram conduzidas
no software estatístico (STATISTICA 8.0, U.S, Headquarters: StaSoft, INC., Tulsa-
USA,2007).
18
5 RESULTADOS
O estudo revela que os participantes de ambos os grupos apresentaram características
físicas semelhantes, não sendo identificadas diferenças significativas quanto a idade, estatura
e proporção dos sexos feminino e masculino. Como esperado, as variáveis antropométricas,
peso, IMC, CA, CC, CQ e RCQ obtiveram valores significativamente diferente entre os
grupos, sendo os maiores valores médios encontrados no grupo obeso, de acordo a tabela 01.
Tabela 01: Características físicas, antropométricas e demográficos dos grupos eutróficos e
obesos.
Eutróficos
(N=15)
Obesos
(N=15)
p
Idade (anos) 30,66 ± 8,98 36,40 ± 12,67 0,232
Sexo ( F/M) 10/5 10/5 0,100
Estatura (m) 1,64 ± 0,07 1,67 ± 0,08 0,390
Peso (kg) 61,45 ± 9,67 103,52 ± 27,90 < 0,001
IMC (kg/m²) 22,54 ± 2,07 36,77 ± 7,50 < 0,001
CA (cm) 80,20 ± 6,92 119,2 ± 20,96 < 0,001
CC (cm) 73,86 ± 8,94 106,33 ± 16,23 < 0,001
CQ (cm) 95,93 ± 4,23 119,80 ± 13,30 < 0,001
RCQ 0,76 ± 0,07 0,88 ± 0,10 < 0,001
* F: Feminino; M: Masculino; IMC: Índice de Massa Corporal; CA: Circunferência Abdominal; CC:
Circunferência da Cintura; CQ: Circunferência do Quadril; RCQ: Relação Cintura Quadril. Valores obtidos a
partir da média ± desvio padrão.
Outra característica importante observada em nossa amostra foi a presença de
hipertensão arterial sistêmica e uso de medicamentos para controle em alguns dos
participantes. Os quadros de hipertensão foram verificados 36,6% da amostra, sendo que
destes, 26,6% pertenciam ao grupo de obesos e 10% aos eutróficos. No entanto, não foram
encontradas diferenças significativas para essa análise (p = 0,543).
19
Em análise intragrupo dos indivíduos obesos foi verificado diferenças significativas
entre PFE médio previsto e obtido, pois obtiveram menor fluxo expiratório. Entretanto, o
grupo de eutróficos não obteve associação significativa entre as variáveis, segundo a tabela
02.
No que se refere a análise intergrupo da função respiratória o PFE médio obtido pelo
grupo obeso foi significativamente menor quando comparado ao grupo eutrófico. Em relação
ao PFE médio previsto, nota-se que ambos os grupos apresentaram valores semelhantes,
conforme a tabela 02.
Tabela 02: Pico de fluxo expiratório previsto e obtido.
Eutrófico Obeso p2
PFE previsto (L/min) 473,73 ± 78,33 474,93 ± 86,43 0,968
PFE obtido (L/min) 497,33 ± 104,02 382 ± 99,08 0,004
p1 0,138 0,001
* Média ± desvio padrão do pico de fluxo expiratório (PFE); comparação: p1 intragrupo e p2 intergrupo.
Em análise individual a cada grupo estudado, verificou-se que não foram encontradas
diferenças significativas para distância média prevista e percorrida para o grupo obeso, visto
que eles caminharam uma distância próxima aos valores previstos. No entanto, o grupo
eutrófico percorreu significativamente uma distância média maior que os valores previstos,
conforme a tabela 03.
Considerando os cálculos entre os dois grupos investigados, constatou-se diferença
estatística para distância prevista e percorrida. Ainda, os valores mostram que o grupo de
obesos obteve pior desempenho durante o TC6', visto que percorreram distância menor do que
os eutróficos. Esses resultados estão apresentados na tabela 03.
Tabela 03: Distância prevista e percorrida no TC6'.
Eutrófico Obeso p2
Distância prevista (m) 562,09 ± 52,13 455,72 ± 91,25 < 0,001
Distância percorrida (m) 616,86 ± 50,23 453,26 ± 37,44 < 0,001
p1 0,002 0,890
* Valores obtidos a partir da média ± desvio padrão; comparação: p1 intragrupo e p2 intergrupo.
20
Observa-se na figura 04 e 05 a PAS e PAD antes e após o TC6' em ambos os grupos
estudados. Para essas variáveis, observamos aumento significativo como efeito da realização
do teste (efeito tempo: PAS p < 0,001; PAD p = 0,045) e, além disso, verificamos que os
indivíduos obesos apresentam valores significativamente maiores nos dois momentos do teste
(efeito grupo: PAS p = 0,002; PAD p < 0,001).
Figura 04: Pressão arterial sistólica antes e após o teste de caminhada de 6 minutos obtidos a partir da média ±
desvio padrão. * = Diferença significativa em relação ao grupo controle.
Figura 05: Pressão arterial diastólica antes e após o teste de caminhada de 6 minutos obtidos a partir da média ±
desvio padrão. * = Diferença significativa em relação ao grupo controle.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Inicial Final
Pre
ssão
Art
eria
l S
istó
lica
mm
Hg Eutrófico
Obeso
**
**
0
20
40
60
80
100
120
Inicial Final
Pre
ssão
Art
eria
l D
iast
óli
ca
(mm
Hg)
Eutrófico
Obeso
*
*
* *
21
A figura 06 demonstra o comportamento da FC antes, durante e após o TC6'. Nota-se
que a FC inicial de ambos os grupos apresentou valores semelhantes e que há aumento da
variável durante o TC6' . Em relação aos grupos eutrófico e obeso o resultado não mostrou
diferença significativa (efeito grupo: p = 0,14), no entanto, ao longo do TC6' observou-se
significância (efeito tempo: p < 0,001).
Figura 06: Frequência cardíaca antes, durante e após o teste de caminhada de 6 minutos obtidos a partir da
média ± desvio padrão. Foi verificada diferença significativa em relação ao tempo (p<0,05).
Em relação a SaO2 a figura 07 demonstra os valores obtidos antes, durante e após o
TC6'. Observa-se que em relação aos grupos não houve diferença significativa (efeito grupo:
p = 0,511), entretanto, durante o TC6' verificou-se significância (efeito tempo: p = 0,042).
Figura 07: Saturação de oxigênio antes, durante e após o teste de caminhada de seis minutos obtidos a partir da
média ± desvio padrão. Foi verificada diferença significativa em relação ao tempo (p<0,05).
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Fre
quên
cia
Car
día
ca
(bp
m)
Eutróficos
Obesos
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
Sat
ura
ção d
e O
xig
ênio
(%)
Eutrófico
Obeso
22
A figura 08 mostra os valores da FR no início e final do TC6’. Verifica-se que em
ambos os grupos estudados ocorre um aumento significativo da variável (efeito grupo: p <
0,001), sendo esta maior para o grupo obeso. Além disso, observamos aumento significativo
como efeito da realização do teste (efeito tempo: p < 0,001).
Figura 08: Frequência respiratória antes e após o teste de caminhada de 6 minutos obtidos a partir da média ±
desvio padrão. * = Diferença significativa em relação ao grupo controle.
A figura 09 representa a intensidade de esforço percebida através da escala de Borg
antes, durante e após o TC6'. Constata-se que ambos os grupos iniciaram com um escore 0, ou
seja, relataram nenhum esforço, o que é esperado, visto que estavam em repouso. Com o
início do teste e verificação após o 3', observa-se que a intensidade do esforço aumentou nos
dois grupos, o grupo eutrófico relatou, intensidade leve (2), enquanto o grupo obeso menciona
intensidade moderada (3). O escore final da escala de Borg após TC6' obteve um maior valor,
sendo que o grupo eutrófico refere intensidade moderada (3) e o grupo obeso intensidade
pouco intensa (4). A estatística mostra que ocorreu aumento significativo do escore entre os
grupos (efeito grupo: p = 0,044) e tempo (efeito tempo: p < 0,001).
Figura 09: Escores da escala de Borg antes, no terceiro minuto e após o teste de caminhada de 6 minutos obtidos
a partir da média ± desvio padrão. * = Diferença significativa em relação ao grupo controle.
0
5
10
15
20
25
30
35
Repouso Final
Fre
quên
cia
Res
pir
atóri
a
(irp
m)
Eutrófico
Obeso
*
*
*
*
0
2
4
6
8
10
Inicial 3' Final
Esc
ala
de
Borg
Eutrófico
Obeso
*
*
*
**
23
De acordo com a tabela 04 não foram identificadas diferenças significativas quanto
aos escores de cada domínio do questionário SF-36.
Tabela 04: Questionário de qualidade de vida SF-36 de acordo com seus domínios.
Eutróficos Obesos P
Capacidade funcional 95 85 0,089
Limitação por aspectos físicos 100 100 0,934
Dor 71 51 0,324
Estado geral de saúde 67 62 0,081
Vitalidade 50 50 0,512
Aspectos sociais 75 75 0,712
Limitação por aspectos emocionais 48 66,60 0,126
Saúde mental 48 68 0,061
*Mediana dos domínios do questionário de qualidade de vida SF-36.
Foi encontrada correlação positiva e significativa entre o PFE e a distância percorrida
no TC6' representado na Figura 10. Constata-se que o PFE e distância percorrida comportam
de forma semelhante. Esse resultado sugere que indivíduos obesos devido ao estreitamento
das vias aéreas possuem pior função respiratória representada pelo PFE o que reflete em pior
desempenho funcional no TC6'.
Figura 10: Correlação entre o Pico de fluxo expiratório e a distância percorrida no teste de caminhada de seis
minutos obtidos a partir da média ± desvio padrão (r = 0,635 e p < 0,001).
180
280
380
480
580
680
780
320 420 520 620 720 820
Pic
o d
e F
lux
o E
xpir
atóri
o
(L/m
in)
Distância percorrida (m)
24
6 DISCUSSÃO
O presente estudo ajuda a elucidar os efeitos deletérios da obesidade sobre a função
pulmonar, a capacidade funcional e a qualidade de vida. De acordo com a literatura, entende-
se que IMC ≥ 30 kg/m², CA maior que 88 cm para mulheres e 102 cm para homens e RCQ
superior a 0,85 cm para mulheres e 0,95 cm para homens contribuem para uma redução do
PFE, pior desempenho no TC6', e alterações quanto a qualidade de vida.19, 20, 21
Na avaliação do PFE, a literatura evidencia que ele pode ser utilizado como
indicador de obstrução das grandes vias aéreas, sendo influenciado pelo grau de insuflação
pulmonar. Observa-se sua redução nos casos de obesidade, ao qual a adiposidade abdominal
limita os movimentos costais e diafragmático que culminam em redução da complacência e
distúrbio ventilatório restritivo com obstrução das vias aéreas. 22
No estudo, constatou-se que o PFE obtido no grupo de obesos foi menor comparado
aos eutróficos, mas semelhante quanto ao valor previsto pela equação de Leiner. Este achado
vai de encontro com o estudo de Teixeira et al.,23 que após utilizar o peak flow, verificaram
redução do PFE em 25 indivíduos obesos comparado a 25 eutróficos, ainda mencionam que
esse resultado ocorreu devido a diminuição da capacidade vital forçada. Alves et al.,24 ao
compararem o PFE em obesos, fumantes e em indivíduos saudáveis, observaram que os
obesos apresentaram significativamente um melhor resultado, no entanto os autores afirmam
que este resultado pode ter ocorrido devido a uma falha na exclusão de candidatos que
praticavam atividades física ou pela não homogeneidade de gêneros. No que tange ao nosso
estudo, foram considerados indivíduos sedentários e pareados em relação ao sexo.
Em relação ao TC6' observa-se na literatura a utilização de equações de referência
para prever a distância percorrida no TC6', através do peso corporal, idade, sexo e estatura,
entre elas, a equação de Enright & Sherril que está entre as mais utilizadas.25, 26 Kim et al.,27
relatam que a idade, sexo e estatura interferem no TC6', em razão de que indivíduos mais
novos e do sexo masculino possuem melhor desempenho durante o teste e, além disso, uma
maior estatura está associada a uma maior caminhada devido a largura do passo. Exatamente
por isso, os grupos do presente estudo foram pareados por essas características físicas.
Entretanto, baseando-se nessas equações, a diferença entre os grupos quanto à massa corporal
por si só já justificaria uma possível diferença entre as distâncias previstas para o referido
teste, como de fato foi observada na nossa amostra.
Os resultados mostram, que a distância percorrida durante o TC6' e prevista pela
equação Enright & Sherril obtiveram diferença significativa entre os grupos obeso e
25
eutrófico, sendo verificado pior desempenho pelos obesos. Ainda foi possível observar uma
correlação positiva entre a distância percorrida no TC6' e o PFE, no qual o comportamento
das varáveis foi semelhante, com aumento proporcional das variáveis. Gontijo et al.,28
encontraram resultados similares, em análise a distância percorrida e o PFE em 93 obesos e
61 eutróficos, observaram correlação positiva entre as duas variáveis com redução da
distância percorrida e do PFE para os obesos e aumento para os eutróficos.
Na literatura tem sido considerado, que a presença de prejuízos na função respiratória
em obesos podem ter impacto negativo sobre a capacidade funcional, isso ocorre devido a um
desequilíbrio entre a demanda e a oferta de oxigênio, o que resulta em maior necessidade de
oxigênio para realizar uma carga de trabalho. 29
Em nosso estudo a utilização de um TC6' foi suficiente para identificar alterações na
capacidade funcional dos indivíduos obesos. Pires et al.,30 afirmam em seu estudo que o uso
do segundo teste é desnecessário, uma vez que dos 122 indivíduos analisados 76 não
apresentaram diferenças significativas entre a distância caminhada no primeiro e no segundo
teste.
No que se refere aos sinais vitais, nota-se que ambos os grupos obtiveram aumento
das variáveis PAS, PAD, FC, FR e percepção subjetiva de esforço comparando-se antes e
após o TC6'. Corroborando Manzano et al.,31 observam aumento significativo das variáveis
PAS, FC, FR e percepção subjetiva de esforço após o TC6'. Os autores explicam que o
aumento da PAS e da FC tem relação direta, uma vez que o aumento do pulso altera o débito
cardíaco. O aumento da FR e da percepção de esforço é esclarecido devido ao aumento no
consumo de oxigênio e produção de gás carbônico resultando em aumento da ventilação
pulmonar e dispneia.
Estudos evidenciam que indivíduos obesos possuem maior probabilidade em
desenvolver hipertensão arterial, porém os mecanismos para essa relação, como, tecido
adiposo, metabolismo e respostas vias neuro-humorais ainda são estudados. 32, 33 Referente a
possível interferência da hipertensão na capacidade funcional, Ramos et al., 34 após revisão
sistemática sugerem que essa alteração na maioria das vezes ocorrem em estágios mais
graves.
Com relação a FC e a SaO2 analisadas antes, durante e após o TC6', observa-se em
nosso estudo, assim como Gontijo et al., 28 que os valores em repouso em ambos grupos são
estatisticamente iguais. Porém em análise a cada minuto do teste a FC tende a aumentar
significativamente enquanto a SaO2 permanece sem alterações significativas. Trevizani et
26
al.,35 mencionam que a FC tende a aumentar de forma linear ao esforço e que a SaO2 não se
altera quando ocorre um aporte satisfatório de oxigênio ao organismo.
A qualidade de vida (QV) é definida como “a percepção do indivíduo em relação a
sua posição na vida dentro de um contexto cultural e valores nos quais se vive de acordo com
seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Desta forma, o conceito de qualidade
de vida apresenta-se subjetivo e multidimensional, com elementos de avaliação positivos e
negativos.36
Os dados apresentados neste estudo, avaliado por meio do questionário de qualidade
de vida SF-36, não mostram diferença significativa entre os grupos de obesos e eutróficos em
nenhum dos domínios estudados. Brilmann et al.,37 salientam que durante a entrevista podem
ocorrer erros relacionados a compreensão do entrevistado interferindo na exatidão da
resposta, o que prejudica a veracidade do resultado final da pesquisa.
Costa et al.,38 Neto et al.,39 em análise a qualidade de vida pelo SF-36 em indivíduos
obesos comparado a não obesos e indivíduos obesos candidatos a cirurgia bariátrica não
encontraram diferenças estatisticamente significante em nenhum dos domínios, corroborando
aos resultados deste estudo.
Observa-se que no questionário SF-36 os maiores prejuízos são referentes aos
aspectos de ordem física e não nas áreas emocional e social. Algumas pesquisas destacam que
obesos têm grande probabilidade de estar limitado em atividades diárias e que apresentam
sintomas físicos relacionados ao aumento da intensidade da dor.40 Neto et al.,41 justificam que
o comportamento compulsivo acompanhado de hiperfagia na maioria dos casos não
contribuem para manifestações de distúrbios mentais.
Nossa pesquisa foi realizada minuciosamente em relação a homogeneidade dos
grupos, visto que a diferença da estatura e idade afetam indiscutivelmente no teste de
caminhada e no pico de fluxo expiratório. Outra percepção que interfere no estudo é quanto a
compreensão do questionário de qualidade de vida SF-36, ao qual as perguntas eram pouco
claras e possibilitavam respostas ambíguas, dificultando a interpretação pelos indivíduos,
mesmo após explicação detalhada.
27
7 CONCLUSÃO
Com base nos resultados, observou-se que o grupo de obesos apresentaram menor
PFE e distância percorrida no TC6' em relação ao grupo de eutróficos e aos valores preditos.
As respostas cardiorrespiratórias no TC6' entre os grupos mostraram que os obesos obtiveram
valores maiores quanto a PAS, PAD, FR e percepção subjetiva de esforço, além disso,
semelhantes em relação a FC e a SaO2 quando comparado aos eutróficos.
Referente a qualidade de vida avaliada pelo questionário SF-36, verificou-se que não
houve diferença significativa entre os grupos.
Por fim, constatou-se que a obesidade está associada a prejuízos à saúde do indivíduo
e desencadear alterações na função respiratória e na capacidade funcional, mas não interfere
na qualidade de vida dos indivíduos.
28
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32
ANEXO A
,
33
34
ANEXO B
35
36
ANEXO C
37
ANEXO D
38
39
40
41
ANEXO E
Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
Faculdade de Ciências da Saúde de Barbacena - FASAB
Curso de Graduação de Fisioterapia
Rodovia MG 386 - Km 12 - Colônia Rodrigo Silva - Tel. (32) 3339 4900
ANAMNESE
NOME:_______________________________________PROFISSÃO:__________________
ENDEREÇO: _______________________________________________________________
TELEFONE: ________________________DATA DE NASCIMENTO:_________________
CPF:: _________________________________ IDENTIDADE: _______________________
1.1. Obesidade ( ) sim ( ) não : Peso _________ Altura: ___________IMC:_________
CC: _______ CQ:________RCQ: ___________
1.2.. Você ingere bebida alcoólica? ( ) sim ( ) não
1.3. Você é fumante? ( ) sim ( ) não
1.4. Você pratica atividade física regular (3 x/semana mínimo)? ( ) sim ( ) não.
Qual? ______________________________________________________________________
1.5. Você é diabético? ( ) sim ( ) não
1.6. Você apresenta alguma doença cardiovascular? ( ) sim ( )não.
Qual?______________________________________________________________________
1.7. Você apresenta colesterol elevado? ( ) sim ( ) não
1.8. Você já apresentou colesterol elevado? ( ) sim ( ) não
Como controlou? _____________________________________________________________
1.9. Você faz uso de algum medicamento? ( ) sim ( ) não
Quais?______________________________________________________________________
1.10. Há casos na família de hipertensão arterial ou doenças cardiovasculares? ( ) sim ( ) não
42
ANEXO F
Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
Faculdade de Ciências da Saúde de Barbacena - FASAB
Curso de Graduação deFisioterapia
Rodovia MG 386 - Km 12 - Colônia Rodrigo Silva - Tel. (32) 3339 4900
QUESTIONÁRIO SF-36
Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida -SF-36
1-Em geral você diria que sua saúde é:
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2-Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3-Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso,
quando?
Atividades
Sim, dificulta
muito
Sim, dificulta
um pouco
Não, não
dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem muito
esforço, tais como correr, levantar objetos
pesados, participar em esportes árduos.
1 2 3
b) Atividades moderadas, tais como mover
uma mesa, passar aspirador de pó, jogar
bola, varrer a casa.
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
43
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar váriosquarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho
ou com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu
trabalho ou a outras atividades ?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p.
ex. necessitou de um esforço extra).
1 2
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho
ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se
sentir deprimido ou ansioso)?
Sim
Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava
ao seu trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto
cuidado como geralmente faz.
1 2
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
44
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o
trabalho dentro de casa)?
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante
as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de
maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
Todo
Tempo
A maior
parte do
tempo
Uma boa
parte do
tempo
Alguma
parte do
tempo
Uma
pequena
parte do
tempo
Nunca
a) Quanto tempo você tem
se sentindo cheio de vigor,
de vontade, de força?
1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa
muito nervosa?
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo você tem
se sentido tão deprimido
que nada pode anima-lo?
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo você tem
se sentido calmo ou
tranqüilo?
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo você tem
se sentido com muita
energia?
1 2 3 4 5 6
45
f) Quanto tempo você tem
se sentido desanimado ou
abatido?
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo você tem
se sentido esgotado?
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa feliz?
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo você tem
se sentido cansado?
1 2 3 4 5 6
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
Todo
Tempo
A maior parte do
tempo
Alguma parte
do tempo
Uma pequena parte
do tempo
Nenhuma parte
do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
Definitivamente
verdadeiro
A maioria
das vezes
verdadeiro
Não sei
A maioria
das vezes
falso
Definitiva-
mente
falso
a) Eu costumo obedecer
um pouco mais
facilmente que as outras
pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa
que eu conheço
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha
saúde vai piorar
1 2 3 4 5
d) Minha saúde é
excelente
1 2 3 4 5
46
ANEXO G
Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
Faculdade de Ciências da Saúde de Barbacena - FASAB
Curso de Graduação de Fisioterapia
Rodovia MG 386 - Km 12 - Colônia Rodrigo Silva - Tel. (32) 3339 4900
TESTE DE CAPACIDADE FUNCIONAL
NOME:_______________________________________PROFISSÃO:__________________
ENDEREÇO: _______________________________________________________________
TELEFONE: ________________________DATA DE NASCIMENTO:_________________
CPF:: _________________________________ IDENTIDADE: _______________________
Teste de caminha de seis minutos - Distância de 30 metros.
Contra indicações: FC de repouso> que 120 bpm, PA sistólica > 18 mmHg e diastólica
>110mmHg.
Contra indicações absolutas: Angina instável e Infarto Agudo do Miocárdio
Orientações: Aguardar repouso de 10 minutos, verificar a PA,FC,SaO2, FR e a percepção
subjetiva de esforço pela escala de Borg antes e após ao teste, ainda a FC e SaO2 a cada
minuto e novamente a percepção subjetiva de esforço ao 3 min.
Valores iniciais Valores finais
PA
FC
SaO2
FR
Borg
Distância percorrida:_____________
47
Percepção subjetiva do esforço: escala de Borg
Cavallazzi41
Equações de referência para predição da distância no Teste de Caminhada
de 6 minutos segundo Enright e Sherrill
Número da percepção após o teste
de caminhada:
_____________
Sexo Masculino: ( )
DP= (7,57 x ______cm) - ( 5,02 x _____idade) - ( 1,76 x _____Kg) - 309 =
____________ m
Observação: Subtrair 153 m para obter o limite inferior de normalidade
Sexo Feminino ( )
DP= (2,11 x ____cm) - ( 2,29 x ____ peso) - ( 5,78 x ____idade) = + 667 =
____________
Observação: Subtrair 139 m para obter o limite inferior de normalidade
48
ANEXO H
Média de Pico de Fluxo Expiratório Adulto proposta por LEINER
49
ANEXO I
50
ANEXO J
51
ANEXO K
52
53
ANEXO L
54
55
56
57
58