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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
ANÁLISE DE PATOLOGIAS ESTRUTURAIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE AURORA
ANDRESSA PALOMA DAVID DE OLIVEIRA
Juazeiro do Norte - CE
2017
ANDRESSA PALOMA DAVID DE OLIVEIRA Aluna do Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento da Construção Civil
URCA
ANÁLISE DE PATOLOGIAS ESTRUTURAIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE AURORA
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Gerenciamento da Construção Civil pela Universidade Regional do Cariri.
Orientador: Prof. Me Jefferson Luiz Alves Marinho.
Juazeiro do Norte - CE
2017
ANÁLISE DE PATOLOGIAS ESTRUTURAIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE AURORA
Elaborado por: Andressa Paloma David de Oliveira Aluna do Curso de Pós-Graduação em Gerenciamento da Construção
Civil – URCA
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________ Prof. Me Jefferson Luiz Alves Marinho
ORIENTADOR
________________________________________________ Examinador interno
_________________________________________________ Examinador interno
Monografia aprovada em _____ /______ /_______, com nota _______.
Juazeiro do Norte – CE 2017
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS pela oportunidade de vida e por todos os benefícios
incalculáveis que me proporciona.
Ao meu orientador Prof. Me Jefferson Luiz Alves Marinho, pelo o incentivo,
presteza no auxilio às atividades e por acreditar nesse projeto.
Agradeço a todos os professores que fizeram parte da grade da pós-
graduação.
Agradeço todos que compõe o Departamento da Construção Civil da URCA -
Campus CRAJUBAR, que deram sua parcela de contribuição no percurso dessa
jornada.
Agradeço aos meus familiares pelo e incentivo e por acreditar em mim.
RESUMO
As edificações possuem um ciclo de vida útil, portanto existem condições que podem prolongar este tempo. Mesmo com tanta evolução tecnológica na construção civil, tem-se verificado um grande número de edificações novas com muitas patologias, que além de tudo compromete recursos financeiros em consertos que poderiam ser completamente evitadas. Em procura de oferecer uma obra segura, funcional e durável, este trabalho procura colaborar abordando e analisando revelações patológicas observadas numa edificação pública, baseando-se em vistorias realizadas no local e registros fotográficos dos problemas encontrados, onde são expostas as causas das anomalias, e são comentadas as providências que foram tomadas a fim de solucionar as patologias. Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento dos aparecimentos patológicos mais frequentes na EEEP Leopoldina Gonçalves Quezado já que a instituição tem menos do que cinco anos. Foi realizada um levantamento sobre as manifestações patológicas a partir dos dados analisados, foi possível verificar que as fissuras nas paredes onde há esquadrias são mais frequentes em quase todas canto de portas, mofo no forro e destacamento em lugares que tem muita vibrações como bibliotecas e auditórios, mofo nas paredes em locais que há contato com água como banheiros, problemas hidrossanitarios devido ao vandalismo e afundamento do piso do pátio este por ultimo foi a patologia mais encontrada cerca de 40% de todo piso que é intertravado tem esse tipo de patologias. Como conclusão, apresenta-se que as edificações públicas precisam de manutenção adequada com maior rigor e sempre buscar durabilidade, pois os custos de uma eventual intervenção posterior são maiores se comparados aos custos de uma execução bem-feita. Palavras-chave: Manifestações patológicas. Levantamento de dados. Manutenção.
ABSTRACT
The buildings have a life cycle, so there are conditions that can extend this lifespan. Even with so much technological evolution in construction, it is verified a large number of new buildings with many pathologies, which in addition compromises financial resources in repairs that could be completely avoided. Looking for a functional and durable safe construction, this paper seeks to collaborate by approaching and analyzing pathological revelations observed in a public building, Based on in situ surveys and photographic records of the problems found, where the causes of the anomalies are exposed and the measures that have been taken to solve the pathologies. This study aims to make a survey of the most frequent pathological findings in EEEP Leopoldina Gonçalves Quezado since the institution is less than five years old. A survey was made on the pathological manifestations from the analyzed data, it was possible to verify that the cracks in the walls where there are frames are more frequent in almost all doorstep, mold in the lining and detachment in places that have a lot of vibrations like libraries and auditoriums, Moldy walls in places where there is contact with water such as toilets, plumbing problems due to vandalism and sinking of the patio, this being the most common pathology, occurring in about 40% of the "blocket" pave. As a conclusion, it is presented that public buildings need adequate maintenance with greater rigor and always looking for durability, since the costs of a possible posterior intervention are greater if compared to the costs of a well executed execution. Keywords: Pathological manifestations. Data collection. Maintenance.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Etapas de produção e uso das obras civis ................................................. 19
Figura 2. Localização da Escola ................................................................................ 44
Figura 3A. Afundamento de piso ............................................................................... 47
Figura 3B. Afundamento de piso ............................................................................... 47
Figura 4. Afofamento da porta ................................................................................... 48
Figura 5. Forro com macha e destacado ................................................................... 49
Figura 6. Sem torneira e vazamento na parte de saída para o esgoto ...................... 50
Figura 7A. Fissura junta a porta ................................................................................ 51
Figura 7B. Mancha de umidade e mofo na parede ................................................... 51
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção e
uso das obras civis .................................................................................................... 21
Gráfico 2. Lei de evolução de custos, lei de Sitter ..................................................... 29
SÚMARIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
1.1. Justificativa ................................................................................................... 14
1.2. Objetivos ...................................................................................................... 15
1.2.1. Objetivo Geral ........................................................................................ 15
1.2.2. Objetivos específicos ............................................................................. 15
1.3. Problema ...................................................................................................... 15
1.4. Metodologia .................................................................................................. 16
2. PATOLOGIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................ 18
2.1. Origem das patologias ................................................................................. 19
2.2. Concepção: Planejamento, Projeto e Materiais ........................................... 21
2.3. Execução ..................................................................................................... 22
2.4. Uso: Manutenção ......................................................................................... 23
2.5. Causas das patologias ................................................................................. 23
2.6. Formas patológicas encontradas com maior freqüência .............................. 24
2.7. Desempenho de uma edificação .................................................................. 24
2.8. Vida útil de uma edificação .......................................................................... 25
2.9. Durabilidade ................................................................................................. 26
3. AS PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS CUSTOS DA CONSTRUÇÃO......... 28
3.1. Diagnóstico, prognóstico e tratamento ......................................................... 30
4. MANUTENÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS ............................................................ 32
4.1. Planejamento ............................................................................................... 33
4.1.1. Os objetivos do planejamento ............................................................... 35
4.1.2. Vantagem do planejamento ................................................................... 36
4.1.3. A precisão do planejamento .................................................................. 37
4.1.4. Áreas de conhecimento do planejamento. ............................................. 38
4.1.5. Roteiro do planejamento ........................................................................ 41
5. ESTUDO DE CASO ........................................................................................... 44
5.1. Histórico ....................................................................................................... 44
5.2. Visita preliminar ............................................................................................ 45
5.3. análise dos dados ........................................................................................ 45
5.4. Patologias agrupadas devido à ocorrência em ambientes ou elementos da própria edificação .................................................................................................. 46
5.4.1. Pisos ...................................................................................................... 46
5.4.2. Esquadrias ............................................................................................. 48
5.4.3. Forros .................................................................................................... 49
5.4.4. Instalações Hidrossanitárias .................................................................. 50
5.4.5. Paredes ................................................................................................. 50
6. ANÁLISE E SOLUÇÕES ................................................................................... 52
6.1. Afundamento do piso ................................................................................... 52
6.2. Afofamento de esquadrias ........................................................................... 52
6.3. Macha e destacamento do Forro ................................................................. 53
6.4. Instalações Hidrossanitárias com vazamentos ............................................ 53
6.5. Trincas e mofo em paredes .......................................................................... 54
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 55
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................... 57
ANEXOS ................................................................................................................... 60
Anexo A. ................................................................................................................ 61
Anexo B. ................................................................................................................ 62
Anexo C. ................................................................................................................ 63
Anexo D. ................................................................................................................ 64
13
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, o ritmo veloz na construção civil não é mais surpresa para os
profissionais da área. O ser humano vem adquirindo um conhecimento sobre a
construção de edifícios desde o início da civilização, visando sempre aprovar suas
necessidades e desejos. Com o grande avanço tecnológico no setor de técnicas e
materiais de construção, observa-se um alto número de edificações relativamente
novas apresentando diversos tipos de patologias. Os prazos para elaboração de
projetos e para execução são reduzidos constantemente, pois numa construção,
tempo sempre é fator determinante para a composição dos custos da obra. A
deficiência de um planejamento da obra, o uso inadequado de materiais, aliado à
falta de cuidados na execução e mesmo adequações quando do seu uso,
adicionado à carência de manutenção, tem criado despesas extras às edificações.
Esses fatos têm gerado gastos muito elevados nos reparos que poderiam
totalmente ser evitadas, ou pelo menos minimizados. A fase relativa à execução
quando não feita de maneira adequada impulsiona para que muitas etapas ou
procedimentos de engenharia sejam simplificados ou muitas vezes excluídos
propiciando o aparecimento de patologias. Mas, em alguns casos, as construções
apresentam problemas nos quesitos de durabilidade, conforto e segurança, sendo
necessário procurar soluções para esses problemas e melhorias dessas
construções.
É imprescindível que cada etapa do processo construtivo seja realizada de
maneira criteriosa para que os riscos de manifestações patológicas sejam
minimizados. O controle de qualidade dos materiais juntamente com a capacitação
da mão de obra é de suma importância e algo que é almejado na construção civil.
Conforme Verçoza (1991), as características construtivas modernas
favorecem muito o aparecimento de patologias nas edificações. Hoje, sempre se
está à procura de construções que sejam realizadas com o máximo de economia,
reduzindo assim o excesso de segurança, em função do conhecimento mais
aperfeiçoado e aprofundado dos materiais e métodos construtivos. Com o
conhecimento preciso sobre até que ponto pode-se confiar e utilizar um material
tem-se a redução do seu consumo. Mas, com isso, o mínimo erro pode gerar
14
diversas patologias. Klein (1999) ainda cita a má qualidade da mão de obra como
favorecimento do surgimento de patologias.
No Brasil, os construtores têm o dever de dar uma garantia de cinco anos
em suas construções, prazo previsto no Código Civil. E pouco se pesquisa para que
as patologias nesse intervalo de tempo.
O uso e manutenção adequada da edificação, também é uma condição
importante para a vida útil da construção. A falta de manutenção periódica faz com
que pequenas patologias, de baixo custo de recuperação, evoluam, comprometendo
a qualidade estética da obra.
Neste trabalho serão apresentadas e analisadas as manifestações
patológicas recorrentes na E.E.E.P. Leopoldina Gonçalves Quezado na cidade de
Aurora – Ceará por meio de observações, registros fotográficos e análise dos dados.
Com o objetivo de melhoria considerável na qualidade em edificações pública, o
presente estudo tem como escopo a análise de alguns problemas patológicos
detectados na obra em questão, propondo soluções, prevenções e procedimentos
para recuperá-la. Dessa forma, busca-se minimizar fatos ocorridos.
1.1. Justificativa
Este trabalho está baseado em patologias ocorridas em uma edificação de
instituição escolar pública. É importante enfatizar a conexão entre um bom
planejamento, projeto, execução e especificação dos materiais, adicionado com a
sua manutenção nas obras públicas. Em muitas obras que até pouco tempo foram
concluídas e que são consideradas novas há a necessidade de restauração, sendo
essa restauração uma obra de caráter emergencial. Esses problemas patológicos
consomem recursos financeiros altos e desnecessários, em que as reparações
poderiam ser inteiramente evitadas.
Com os resultados obtidos através deste trabalho tem-se como foco
proporcionar melhorias nos serviços prestados, de forma que sejam
economicamente mais acessíveis, de maior facilidade de manutenção, mais
seguros, funcionais, aumentando a vida útil e valorizando as construções de usos
comuns da população.
Ainda que este trabalho aborde análises e soluções de patologias de uma
edificação pública, serão analisados de modo parcial os problemas enfrentados por
15
técnicos do setor da construção civil e dos entraves em obras gerenciadas por
órgãos públicos.
Espera-se que os resultados alcançados neste trabalho possam contribuir
para um melhor entendimento das patologias e o quanto se pode evitar gastos que
não deveriam existir, enfatizando a importância da conexão entre o planejamento
adequado, cuidados na execução, especificação dos materiais, juntamente com o
uso e manutenção da obra, pois uma das formas para reduzir o número de falhas é
a divulgação delas, já que pode-se aprender a partir da análise das causas que
podem conduzir uma estrutura ao colapso ou a um funcionamento inadequado.
1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo Geral
O presente trabalho tem como objetivo proporcionar e avaliar algumas
definições de conceitos e casos sobre ocorrências patológicas encontradas na
estrutura da Escola Estadual de Ensino Profissionalizante Leopoldina Gonçalves
Quezado localizada na cidade de Aurora/CE, através de análises, inspeção visual,
diagnósticos e tratamento oferecendo sugestões para evitá-las.
1.2.2. Objetivos específicos
Revisar bibliograficamente os principais problemas patológicos e sugerir
procedimentos para a solução e prevenção.
Comprovar a importância da conexão entre o planejamento adequado,
cuidados na fase de projeto, execução e especificação dos materiais, junto
com o uso e manutenção da obra.
Abordar as recomendações para a manutenção das edificações;
1.3. Problema
Dentro do escopo deste trabalho busca refletir-se sobre o porquê de
apresentações de patologias em edificações com menos de cinco anos de uso.
Nas obras de engenharia civil, obras da iniciativa privada ou pública, o Código Civil,
obriga as construtoras a prestar serviços de garantia pelo prazo de cinco anos.
Contudo, é observado um grande número de edificações recém construídas que
apresentam diversos problemas patológicos, consumindo recursos financeiros
muitas vezes desnecessários. Com essas observações algumas respostas podem
ser citadas de forma mais resumida:
16
Verificar se algum erro na execução dos projetos;
Na execução sempre procurar mão-de-obra qualificada;
O contratante buscar seus direitos juntos aos órgãos competentes para que a
contratada arca com suas responsabilidades, caso haja, algum problema na
edificação no tempo estimado pelo o código civil.
Espera-se que os resultados obtidos no trabalho possam contribuir e
enfatizar a importância da relação entre o planejamento adequado, cuidados na
execução, especificação dos materiais, juntamente com o uso e manutenção da
edificação.
1.4. Metodologia
Esta pesquisa foi realizada fundamentada em um estudo de caso,
considerando alguns problemas patológicos detectados num edifício de uma
instituição escolar de Ensino Pública.
Primeiramente, foi feita uma revisão bibliográfica sobre Patologias das
Construções, Gestão da Qualidade, evidenciando sua importância. Procurou-se em
livros, artigos, periódicos e arquivos eletrônicos, fundamento para o desenvolvimento
e sustentação do assunto.
Em paralelo à revisão bibliográfica, examinou-se e verificaram-se alguns
problemas patológicos detectados através de várias visitas in loco e uma
investigação de dados e demonstrados através de levantamento fotográficos.
Também se procedeu à identificação de projetos da escola, além da análise
do entorno do meio implantado e a agressividade do meio de exposição.
Com o alvo de se identificar as manifestações patológicas, adotou-se como
metodologia a inspeção visual, na qual se procurou detectar as suas causas. Nas
verificações feitas a partir da inspeção visual, detectou-se um leque de
irregularidades: fissuras, trincas, rachaduras, deteriorização do concreto, infiltração
de água, eflorescências, manchas de ferrugem, corrosão. Complementou-se com
uma análise das suas intensidades, com a qual produziram-se documentos
fotográficos.
Em seguida, estes dados foram verificados sendo destacado seu diagnóstico
e prognóstico, quando foram identificadas as causas prováveis para a ocorrência
das patologias. Através desta análise, foram ordenadas propostas para a solução,
terapias, medidas preventivas e procedimentos que poderão ser seguidos pelos
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gestores dos órgãos públicos para a solução destes problemas, evitando a sua
repetição com acréscimo considerável na qualidade dos serviços prestados.
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2. PATOLOGIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A patologia nas construções é semelhante à Ciência Médica, já que estuda
os sintomas, formas de manifestação, origens e causas das doenças ou falhas que
ocorrem nas edificações (RIPPER et al.,1998; HELENE 2002).
Patologia, de acordo com os dicionários, é a parte da Medicina que estuda
as doenças. Conforme o dicionário MICHAELIS, significa:
“Med Ciência que estuda a origem, os sintomas e a natureza das doenças. P. descritiva ou P. especial: história particular de cada doença. P. externa: a que se ocupa das doenças externas. P. geral: a que define os termos, fixa-lhes as significações, determina as leis dos fenômenos mórbidos, investiga e classificam as causas, os processos, os sintomas etc. P. interna: a que se ocupa das doenças internas.”
Segundo Helene (2002), as patologias normalmente apresentam
características externas a partir das quais se pode conhecer sua origem, natureza e
os mecanismos dos acontecimentos envolvidos. Alguns problemas surgem com
maior intensidade, devido à falta de cuidados que geralmente são ignorados, seja no
projeto, na execução ou até mesmo na utilização.
As patologias são modificações estruturais e/ou funcionais causadas por
doença no organismo, ou seja, tudo que promove a degradação do material ou de
suas propriedades físicas e ou estruturais o qual esteja sendo solicitado. As
edificações também podem apresentar patologias, comparáveis às doenças: trincas,
rachaduras, fissuras, manchas, descolamentos, deformações, rupturas, corrosões,
oxidações, entre outros, assim chamada de Patologia da Construção. Também pode
ser entendida como o baixo ou o fim do desempenho da estrutura, em relação à
estabilidade, estética, servibilidade e, principalmente, durabilidade da mesma com
relação às condições que está submetida.
Para Souza e Ripper (1998) Patologia das Estruturas define-se como
“campo da Engenharia das Construções que se ocupa do estudo das origens,
formas de manifestação, conseqüências e mecanismos de ocorrência das falhas e
dos sistemas de degradação das estruturas". Este ramo de engenharia tem sua
importância devido à necessidade de prorrogar a vida útil das estruturas.
Manifestações patológicas apresentam-se na maioria das edificações, com
maior ou menor intensidade, variando o período e a forma de manifestação. É
importante a detecção precoce, visto que, o quanto antes for tratado, tende a
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minimizar o comprometimento e o menor custo do tratamento. Em geral, observa-se
nas patologias, um descaso inconsequente, que leva a simples reparos superficiais
ou inversamente, a demolições ou reforços injustificados. Os dois extremos são
desaconselhados, visto que o conhecimento na área é considerando de grande
evolução e alto desenvolvimento de equipamentos e técnicas, sendo perfeitamente
possível diagnosticar e solucionar com êxito a maioria dos problemas patológicos.
Para o sucesso de um tratamento da patologia, é necessário um diagnóstico
adequado e completo, onde deve-se esclarecer todos os aspectos do problema,
como: sintomas, mecanismos, origens e causas.
Comumente, as manifestações patológicas aparecem de forma bastante
característica e com ocorrência bem estabelecida estatisticamente. Depois de se
conhecer as patologias, é possível identificar a origem e natureza dos problemas,
bem como suas consequências.
2.1. Origem das patologias
As patologias são originadas por falhas que incidem durante a realização de
uma ou mais das atividades do processo da construção civil. Conforme Helene “o
processo de construção e uso pode ser dividido em cinco etapas: planejamento,
projeto, fabricação dos materiais e componentes fora do canteiro, execução e uso”,
conforme Figura 1.
Figura 1. Etapas de produção e uso das obras civis
Fonte: HELENE, 2003, p. 24
20
As quatro primeiras etapas dispõem um tempo relativo curto, em relação à
quinta etapa (uso da edificação), sendo esta etapa a mais longa, pois envolve a
operação e manutenção das edificações, que geralmente são utilizadas por mais de
50 (cinqüenta) anos.
De acordo com Pedro et al. (2002), a origem das patologias pode ser
classificada em: congênitas, construtivas, adquiridas e acidentais.
Congênitas – São aquelas que surgem ainda na fase de projeto, e ocorrem
pela falta de observação das Normas Técnicas, também por falhas e
descuidos dos profissionais, que acabam tendo como conseqüência falhas no
detalhamento e execução inadequada das construções
Construtivas – o surgimento dessas patologias está relacionado na etapa de
execução da obra, e tem ocorrência no emprego de mão de obra
desqualificada, materiais não certificados e ausência de metodologia para
execução dos serviços.
Adquiridas – essas patologias aparecem durante a vida útil da edificação e
são causadas pela exposição ao meio em que se inserem.
Acidentais – São as patologias causadas pela ocorrência de algum
fenômeno atípico, resultado de uma solicitação incomum.
As manifestações patológicas referentes às fases de planejamento, projeto,
fabricação e construção surgem no período inferior a dois anos, porém durante a
utilização os problemas podem aparecer depois de muitos anos. Por isso, é muito
importante identificar em qual etapa surgiram os vícios construtivos, até mesmo para
a atribuição de responsabilidades civis (MACHADO, 2002).
Helene e Pereira (2007) afirmam que os processos de construção e uso
podem ser divididos em até cinco etapas, sendo elas: planejamento, projeto,
fabricação de materiais e elementos fora da obra, execução propriamente dita e uso.
Grande parte dos problemas tem origem nas fases de projeto e planejamento,
conforme mostra o gráfico 1. As falhas de planejamento e projetos são, em geral,
mais graves que as falhas da qualidade dos materiais e de má execução. Por isso,
recomenda-se dedicar mais tempo em fazer projetos mais detalhados e completos.
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Gráfico 1 - Origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção e uso das obras civis
Fonte: HELENE, 2003, p. 25
Ainda em relação o gráfico acima, Souza e Ripper (1998) chamam a atenção
para algo importante nesta questão são várias as causas que dão origem a
problemas patológicos, portanto, tem-se o desejo de se procurar determinar qual
fase tem sido responsável, ao longo dos tempos, pela maior quantidade de erros.
Certas manifestações devem-se à necessidade de cuidados que muitas vezes
são ignorados, seja durante o projeto, a execução ou o uso. Como visto no gráfico 1,
a maior incidência de patologias originam-se nas fases de planejamento e projeto,
que geralmente, são mais graves que as falhas de qualidade dos materiais ou de má
execução. Prefere-se investir mais tempo no detalhamento e estudo da estrutura
que por falta de previsão, tomar decisões apressadas ou adaptadas durante a
execução.
2.2. Concepção: Planejamento, Projeto e Materiais
A etapa de concepção esta relacionada às três primeiras etapas:
Planejamento, Projeto e Definição dos Materiais. Projetar uma estrutura significa
resolver por completo os itens: segurança, funcionalidade e durabilidade.
Em nível de qualidade, exigi-se, para a etapa de concepção: planejamento
de projeto, satisfação do cliente, facilidade de execução, possibilidade de adequada
manutenção e de extensão da vida útil da obra. Visto que a execução deverá
atender especificações determinadas no projeto.
22
Souza e Ripper (1998), constataram que as falhas ocorridas durante as
primeiras fases, são as responsáveis por deixarem o custo da obra mais oneroso e
por causar maiores transtornos relacionado à obra. Ou seja, na construção civil,
quanto mais precoce ocorrer à falha, mais complexa será a solução. Quanto antes
detectado a falha, maior será a facilidade para a solução, a menores custos.
Ainda segundo os autores são várias as falhas possíveis de ocorrer durante
a concepção de uma edificação. Podem-se originar durante o desenvolvimento do
planejamento ou do projeto, ou na definição dos materiais. Muitas delas ocorrem
devido:
- Elementos de projeto inadequados (má definição das ações atuantes ou
da combinação mais desfavorável das mesmas, escolha infeliz do modelo
analítico, deficiência no cálculo da estrutura ou avaliação da resistência do
solo, etc)
- Falta de compatibilização entre a estrutura e a arquitetura, bem como com
os demais projetos civis;
- Especificação inadequada de materiais;
- Detalhamento insuficiente ou errado;
- Detalhes construtivos inexeqüíveis;
- Falta de padronização das representações (convenções);
- Erros de dimensionamento.” (SOUZA e RIPPER, 1998, P.24).
2.3. Execução
Após a conclusão da concepção, que espera-se tenha sido com sucesso,
segue à quarta etapa, a execução, que inicia-se com o planejamento da obra. Erros
podem ser originados em qualquer das atividades referentes a este processo. Nesta
fase podem ocorrer falhas ocasionadas por: falta de cuidados condições de trabalho,
desqualificação profissional de mão de obra, falta de controle de qualidade, má
qualidade de materiais e equipamentos, irresponsabilidade técnica e sabotagem.
Pode-se ocorrer problemas mais graves quando há uma deficiência na
fiscalização, juntamente com um fraco comando de equipes, somada à baixa
capacitação profissional do técnico (engenheiro ou arquiteto) e do mestre de obras.
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2.4. Uso: Manutenção
Mesmo que as etapas anteriores sejam realizadas com sucesso, a obra
pode apresentar patologias originadas pelo uso, pois a má utilização da edificação
ou a falta de manutenção adequada pode implicar na qualidade e na segurança.
Toda obra possui um período de vida útil estimado. Porém, muitas vezes,
antes do término deste prazo, o nível de desempenho encontra-se abaixo dos limites
mínimos estimados. Um desses motivos é a falta de manutenção periódica fazendo
com que pequenas manifestações patológicas, evoluam para situações de baixo
desempenho das suas finalidades, com ambientes insalubres, de deficiente aspecto
estético, de possível insegurança estrutural e de alto custo de recuperação.
Souza e Ripper (1998) constataram que as falhas e problemas patológicos
ocorridos nesta etapa podem tem sua origem no desconhecimento técnico,
ignorância ou desleixo. Ocorre pelo uso inadequado das instalações, pela falta de
manutenção e até mesmo, devido à ausência total da mesma. Podem ser
interditados, com as possibilidades de manutenção e as limitações da obra.
Conforme a NBR 5674/1999, a responsabilidade pela manutenção de uma
edificação está atribuída ao proprietário, ou por algum contratado (empresa ou
profissional habilitado). É importante a manutenção periódica, pois pode evitar sérios
problemas patológicos ou até levar a própria ruína da obra.
2.5. Causas das patologias
São múltiplos os fatores que resultam aparições patológicas nas
construções. Machado (2002) descreve as principais causas:
Deficiência na execução dos projetos no que se refere às cargas atuantes,
dimensionamento incorreto das estruturas, e ainda materiais e processos com
descrições inadequadas;
Ações térmicas internas (gradientes térmicos originados pelo calor de
hidratação) e externas (variação sazonal de temperatura) atuando nas
estruturas de concreto armado;
Intemperismo, tais como variação de umidade, agentes atmosféricos diversos,
agressões ambientais, entre outros;
Utilização inadequada da construção (alteração da destinação, acréscimo das
solicitações).
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2.6. Formas patológicas encontradas com maior freqüência
Segundo Lichtenstein (1985), estes problemas podem manifestar-se de
forma simplificada, sendo de fácil identificação e reparo evidente. Ou podem
apresentar-se também de forma complexa, requerendo uma análise individualizada.
As patologias que ocorrem com maior frequência são infiltrações, manchas, bolor ou
mofo, eflorescência, fissuras e trincas, corrosão da armadura, entre outras cujas
causas mais comuns serão apresentadas abaixo:
Infiltração - ocorre quando a quantidade de água é maior ela pode pingar, ou
até fluir resultando numa infiltração.
Manchas - A água ao atravessar uma barreira fica aderente, resultando daí
uma mancha.
Bolor - é o fungo em estágio inicial, quando, sobre diferentes superfícies, fica
uma camada em alto relevo na tonalidade acinzentada, que, limpando com
um pano úmido ou mesmo escovando, você consegue retirar. É muito comum
em madeira, fórmica, cerâmica e mesmo em tecidos.
Mofo - é o fungo em estágio avançado, que deixa uns pontinhos pretos; muito
difícil de sair quanto encontrado em superfícies fibrosas, principalmente
tecidos.
Eflorescência - Formações salinas nas superfícies das paredes, trazidas de
seu interior pela umidade. Apresenta-se com aspecto esbranquiçado à
superfície da pintura ou reboco; Criptoflorescência: Formação de cristais no
interior da parede ou estrutura pela ação de sais. Causam rachaduras e até a
queda da parede; Gelividade: Ação da água depositada nos poros e canais
capilares dos materiais que ao se congelar podem causar a desagregação.
2.7. Desempenho de uma edificação
Segundo Souza e Ripper (1998), por desempenho entendem-se o
comportamento em serviço de cada produto, ao longo da vida útil, e a sua medida
relativa espelhará, sempre, o resultado do trabalho desenvolvido nas etapas de
projeto, construção e manutenção. Em uma estrutura, para que um sintoma, seja
classificado como patológico, deve danificar algumas das exigências da construção,
seja ela de capacidade funcional, mecânica ou estética. Assim, observa-se que
existe uma forte relação entre a manifestação patológica e o desempenho da
edificação, na medida em que sua avaliação é relacionada com o comportamento da
25
estrutura em utilização. Logo, a análise das manifestações patológicas é função
também de dois aspectos fundamentais: tempo e condições de exposição, tornando-
a, assim, associada aos conceitos de durabilidade, vida útil e desempenho
(ANDRADE; SILVA, 2005).
2.8. Vida útil de uma edificação
A vida útil do material entende-se o período durante o qual suas
propriedades e resistências permanecem acima dos limites mínimos especificados
de funcionalidade, segurança e aparência exigíveis durante um período de tempo
exposto à condições ambientais esperadas, sem requerer altos custos imprevistos
para manutenção e reparo. A estrutura, no decorrer de sua vida útil, estará
naturalmente sujeita ao “desgaste”, devido à ação de cargas e sobrecargas,
estáticas, dinâmicas, vibrações, impactos, assim como a recalques diferenciados em
pontos da fundação com o decorrer dos anos, bem como erosão e cavitação por
ação de agentes sólidos e líquidos em reservatórios, canais, tanques. Isso leva a
definir “vida útil” como o tempo que a estrutura conserva seus índices mínimos de
resistência e funcionalidade. Prolongar este tempo ao máximo é um dos desejos de
quem trabalha com construções de edificações (HELENE, 2011).
Todo edifício tem um ciclo de vida útil, que pode variar de acordo com os
fatores como: a durabilidade dos materiais empregados na construção, das
condições de exposição, uso do mesmo e a existência de uma manutenção
periódica.
Segundo a ISO 13823/2008 entende-se por vida útil “o período efetivo de
tempo durante o qual uma estrutura ou qualquer de seus componentes satisfazem
os requisitos de desempenho do projeto, sem ações imprevistas de manutenção ou
reparo”. Observe-se que essa definição engloba o conceito de desempenho
formulado pela ISO 6241 e que só recentemente, em 2010, foi introduzido na
normalização brasileira através da NBR 15575.
Para a NBR 6118/2014, item 6.2, vida útil de projeto é o “período de tempo
durante o qual se mantêm as características das estruturas de concreto, desde que
atendidos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo
construtor, conforme itens 7.8 e 25.4, bem como de execução dos reparos
necessários decorrentes de danos acidentais”.
26
Assim, considera-se que um material chegou ao fim de sua vida útil quando
suas propriedades, sob dadas condições de uso, se deterioram a tal ponto que a
continuação do uso desse material é considerada insegura ou antieconômica
(ANDRADE, 1992).
Souza e Ripper (1998) também definem vida útil: “por vida útil de um
material entende-se o período durante o qual as suas propriedades permanecem
acima dos limites mínimos especificados. O conhecimento da vida útil e da curva de
deterioração de cada material ou estrutura são fatores de fundamental importância
para a confecção de orçamentos reais para a obra, assim como de programas de
manutenção adequados e realistas”.
2.9. Durabilidade
Helene (2001) define durabilidade como sendo o resultado da interação
entre a estrutura de concreto, o ambiente e as condições de uso, de operação e de
manutenção. Portanto não é uma propriedade inerente ou intrínseca à estrutura, à
armadura ou ao concreto. Uma mesma estrutura pode ter diferentes
comportamentos, ou seja, diferentes funções de durabilidade no tempo, segundo
suas diversas partes, até dependente da forma de utilizá-la.
Para a NBR 6118/2014, durabilidade “consiste na capacidade de a estrutura
resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do
projeto estrutural e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto”.
No item 6.1 prescreve que “as estruturas de concreto devem ser projetadas e
construídas de modo que sob as condições ambientais previstas na época do
projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto conserve sua
segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à
sua vida útil”.
Isaia (2001) ensina que, no sentido estrito do termo, a durabilidade dos
materiais está ligada à sua capacidade de se conservar em determinado estado,
com a mesma qualidade ao longo de um dado tempo. De outra forma, é a
resistência de um material ou elemento da construção à deterioração ou
degradação. Este conceito, continua o autor, está intimamente conectado com o de
desempenho que é o comportamento de um produto em serviço (em utilização), sob
condições de real funcionamento ou uso, com pleno atendimento às exigências do
usuário.
27
De forma semelhante, para Neville (2001), a durabilidade significa que uma
dada estrutura de concreto terá desempenho contínuo satisfatório, para as
finalidades para as quais foi projetada, isto é, que manterá sua resistência e
condições normais de serviço durante a vida útil especificada ou esperada.
A durabilidade de um material é a capacidade do mesmo manter as suas
características estruturais e funcionais originais pelo tempo de vida útil esperado,
nas condições de exposição para as quais foi projetada. É fundamental que as
estruturas desempenhem as funções previstas, mantenham a resistência e a
utilidade esperadas, durante um período previsto. Portanto, o material pode suportar
o processo de deterioração ao qual se supõe que venha a ser submetido.
28
3. AS PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS CUSTOS DA CONSTRUÇÃO
Conforme Prado (1998) é imprescindível um bom planejamento da obra para
se obter as seguintes finalidades: alcançar o êxito desejado, cumprir objetivos,
garantir a qualidade e segurança, sem custos onerosos e desnecessários. É
necessário “planejar a sua execução antes de iniciá-la e acompanhar sua
execução”. Traçar objetivos e metas, visar o sucesso do projeto e resolver
problemas de hoje, preparando-se para enfrentar os do futuro.
Para Amaral (2006), o planejamento anterior à execução da obra é muito
importante, no início ele interfere 85% (oitenta e cinco por cento) do custo do
produto final, pois nesse período ocorrem escolhas e determinações dos processos.
Os outros 15% (quinze por cento) estão relacionados à outras definições e decisões
tomadas depois da fase inicial do projeto.
É inquestionável que, em uma obra de construção civil, quanto antes for
diagnosticado um problema, melhor. Como numa fase de projeto, por exemplo, a fim
de se evitar patologias de ordem estrutural. O custo envolvido numa eventual
recuperação da estrutura, posterior ao término da construção é muito maior se
comparado à alguma intervenção em nível de projeto ou execução inicial. Diante do
total gasto para o erguimento de um empreendimento, os custos de projeto variam
de 3% a 10% desse valor (DAL MOLIN, 1988).
De acordo com Medeiros e Helene (2009), a manutenção e os reparos têm
se tornado questões difundidas e preocupantes em alguns países, principalmente
quando se analisa em termos de custos. Já que esses serviços exigem gastos de
bilhões acarretando grande impacto econômico, e chegando, até mesmo, a
representar 50% dos gastos feitos em construções em algumas situações.
Couto (2007) posiciona o fator de decisão entre ações de manutenção
preventiva e ações corretivas como sendo o aspecto financeiro. Contudo, a prática
tem demonstrado que os custos de prevenção não são tão expressivos em relação
aos custos de intervenção. De qualquer forma, o que realmente se busca é
assegurar um comportamento satisfatório de uma edificação durante um período de
vida útil planejado.
Os culpados pela execução de um projeto de edificação devem atentar para
as decisões que serão tomadas durante o processo construtivo, como a compra de
materiais, ou nas formas de execução.
29
Sobre as recuperação patológica pode-se afirmar que as correções são mais
fáceis de executar, mais duráveis e mais baratas, quanto mais rápido forem a
execução delas. Daiha (2004) ressalta que os custos de intervenção na estrutura,
para atingir certo nível de durabilidade e proteção, crescem exponencialmente
quanto mais tarde for essa intervenção e que a evolução desse custo pode ser
assimilada ao de uma progressão geométrica de razão 5, conhecida por “Lei dos 5”
ou regra de Sitter, representada no gráfico 2, que mostra a evolução dos custos em
função da fase da vida da estrutura em que a intervenção seja feita.
Para melhor demonstrar essa afirmação, apresentamos a "lei de Sitter", que
mostra os custos crescendo segundo uma progressão geométrica. Se as etapas
construtivas e de uso forem divididas em quatro períodos, que correspondem:
projeto, execução, manutenção preventiva (realizada nos cinco primeiros anos) e à
manutenção corretiva (realizada após o surgimento dos problemas), e considerado a
cada período corresponde a um custo, este seguiria uma progressão geométrica,
pois a lei de custos amplamente citada em bibliografias especificas da área, mostra
através do Gráfico 2, que adiar uma intervenção significa aumentar os custos
diretos.
Gráfico 2: Lei de evolução de custos, lei de Sitter
FONTE. Sitter, 1984 CEB RILEM (apud Helene, 2003, p. 27)
30
Em relação ao gráfico 2, para uma melhor interpretação dos períodos
mencionados pode ser descrito assim:
Projeto: As decisões, com a intenção de aumentar a proteção e durabilidade
da estrutura, feitas durante esta fase, resultam num custo correspondente no
gráfico como número 1 (um). Entre as decisões relacionadas à etapa de
projeto inclui: detalhes construtivos, especificação de técnicas e materiais.
Execução: Toda decisão realizada durante a execução, extra-projeto,
aumenta o custo em 5 (cinco) vezes, se considerado o custo caso a mesma
decisão fosse tomada durante a fase de projeto, visto que permitiria maior
facilidade de alteração. Apesar de eficaz a alteração determinada em nível de
obra, não pode mais propiciar a melhoria que já foram definidos anteriormente
no projeto.
Manutenção preventiva: As decisões feitas com antecedência, durante o
período de uso e manutenção da estrutura, pode ser 5 (cinco) vezes menor
se necessário uma medida corretiva. Também está associada a um custo de
25 (vinte e cinco) vezes superior se decidida na fase de projeto. Tendo em
vista que os problemas patológicos são evolutivos e tendem a agravar-se com
o passar do tempo, além de acarretar outros problemas associados a fase
inicial.
Manutenção corretiva: Corresponde aos trabalhos de diagnóstico,
prognóstico, reparo e proteção das estruturas com manifestações patológicas.
Esses trabalhos podem-se associar a um custo de 125 (cento e vinte e cinco)
vezes maior se comparada ao custo das decisões tomadas na fase de
projeto.
3.1. Diagnóstico, prognóstico e tratamento
O diagnóstico das patologias deve-se detectar e encontrar as manifestações,
e identificar em que etapa do processo construtivo teve origem. Deve-se detectar a
ascendência do problema e de quem foi a falha. Se o problema originou-se no
projeto, por falha do projetista; se a origem está na característica do material, aí foi o
fabricante que falhou; quando teve-se origem na execução, há falha na mão-de-
obra, na fiscalização ou na construtora, sendo omissos; durante o uso, houve falha
na operação e manutenção.
31
O prognóstico estará finalizado se consideradas as consequências do
problema no comportamento geral da obra.
Na terapia, estuda-se correções e soluções das patologias, desde pequenos
reparos à recuperação generalizada da estrutura (fundações, pilares, vigas e lajes).
Para obter êxito no tratamento, é necessário um bom estudo precedente, um
diagnóstico bem conduzido e conhecer as características e funcionamento do local a
ser tratado, para que ocorra a melhor escolha dos materiais e técnicas a serem
utilizadas neste procedimento.
Recomenda-se que, após uma intervenção, sejam tomadas medidas de
proteção, a partir de um programa de manutenção, considerando a vida útil prevista,
a agressividade e condições do ambiente e a natureza dos materiais.
32
4. MANUTENÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS
De forma global, manutenção em construção civil é um conjunto de ações
utilizadas para prevenir danos ao longo da existência de uma edificação.
Resende (2004), diz que toda obra deve existir manutenção preventiva essa
é realizada de maneira rotineira, obedecendo a uma periodicidade estabelecida
previamente conforme as características de cada componente.
Em conformidade com Perez (1988), manutenção preventiva é realizada em
intervalos de tempo periódicos e pré-definidos a partir de aspectos técnicos, com a
função detectarem e corrigir defeitos, evitando a ocorrência de falhas.
De acordo com o Manual de Obras Públicas - Edificações que enumera
questões a serem consideradas para a manutenção de obras públicas, dentre elas
citam-se:
A área responsável pelas atividades de conservação/manutenção deverá
implementar um Sistema de Manutenção, de modo a preservar o
desempenho, a segurança e a confiabilidade dos componentes e sistemas da
edificação, prolongar a sua vida útil e reduzir os custos de manutenção;
O Sistema de Manutenção (SM) será configurado pelos seguintes pontos
essenciais: organização da área de manutenção, arquivo técnico da
edificação, cadastro dos componentes e sistemas da edificação e programa
ou plano de manutenção.
O arquivo técnico da edificação será constituído por todos os documentos de
projeto e construção, incluindo memoriais descritivos, memoriais de cálculo,
desenhos, especificações técnicas. Serão integrados ainda pelos catálogos,
desenhos de fabricação e instruções de montagem, manuais de manutenção
e de operação e termos de garantia fornecida pelos fabricantes e
fornecedores dos componentes e sistemas da edificação;
O plano ou programa de manutenção será fundamentado nos procedimentos
e rotina de manutenção preventiva recomenda pelas práticas de Projeto,
Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais e manuais de
manutenção dos fabricantes e fornecedores dos componentes e sistemas da
edificação, assim como na experiência adquirida pelo Contratante.
Todos os procedimentos e rotinas de manutenção preventiva utilizada
deverão ser continuamente avaliados, ajustados e complementados pelo
33
Contratante, de modo a permanecerem sempre atualizados ao longo da
evolução tecnológica e consistentes com as necessidades e experiência
adquirida na gestão do Sistema de Manutenção.
A execução de Serviços de Conservação e Manutenção deverá atender
também às seguintes Normas e Práticas Complementares:
Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais;
Normas da ABNT e do INMETRO.
4.1. Planejamento
Para entender o que é um planejamento, primeiramente precisa-se saber
qual a sua definição. Segundo Nocêra (2010), podemos definir projeto como um
empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema, esboço ou risco
de obra a realizar. Porém de tanto fala em projeto, o termo projeto passou a juntar o
conjunto de ações, atividades, recursos matérias e humanos e tudo o mais
necessário para a execução daquilo que foi imaginado ou desejado.
Planejamento de uma forma ampla são a aplicação de conhecimentos,
habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do projeto a fim de atender os
seus requisitos. Ele pode ser mais bem explicado por meio dos processos que o
compõem, reunidos em cinco grupos que são: iniciação, planejamento, execução,
controle e encerramento (PMI, 2008).
Vargas (2005) lembra das mudanças que vêm ocorrendo, a indústria da
construção civil tem sido um dos ramos que mais vem passando por alterações
substanciais nos últimos anos. Com o crescente aumento de competividade, a
globalização do mercado, a demanda por construções mais modernas, a velocidade
com que surgem novas tecnologias, o aumento do grau de exigência dos clientes,
todos estes fatores contribuíram para que as empresas percebessem que investir
em gestão e controle de processo é extremamente importante. Pois sem esse
sistema e planejamento os empreendimentos perdem de vista seus principais
indicadores que são: o prazo, o custo e o lucro.
Desta maneira o processo de planejamento e controle exerce um papel
importante nas empresas por terem forte influência no resultado do produto final.
Contudo, não basta apenas planejar, isso não é o suficiente, definir previamente os
métodos, os prazos e os recursos a serem utilizados, sem que haja o monitoramento
da atividade e a comparação dos resultados reais com aqueles planejados.
34
Por isso ainda segundo Nocêra (2010), o planejamento pode ser dividido em
quatro etapas:
a) Planejar 1 - Nessa primeira parte, a equipe de planejamento da obra tem o
objetivo de atender a lógica construtiva do empreendimento, gerando
informações de prazo e metas físicas.
Estudar o projeto: Incluir a análise dos projetos, visitas técnicas ao local
da obra e identificação das interferências.
Definir metodologias: Envolve a definição dos processos construtivos, o
plano de ataque da obra, a sequencia das atividades, a logística de
recebimento de materiais e equipamentos.
Gerar o cronograma e as programações: Isso é coordenar as
informações de modo que a obra tenha um cronograma racional. Essa
etapa deve-se considerar as quantidades e as produtividades adotadas
no orçamento.
b) Desempenhar - Essa etapa é a materialização do planejamento, tudo que foi
planejado no papel entra no terreno da realização física.
Informar: Corresponde em explicar a todos os participantes do projeto,
o método a ser empregado, a sequência das atividades e as durações
planejadas para cada item.
Executar a atividade: Consiste na realização física do planejamento.
Para que o empreendimento seja gerenciado corretamente, é
necessário que o que foi planejado seja cumprido no campo, sem
grandes alterações de direção por parte dos executores.
c) Checar - Essa etapa é a aferição do que foi planejado com o que foi
efetivamente realizado. Essa função de verificação consiste em comparar o
previsto com o realizado e apontar as diferenças referentes a prazo, custo e
qualidade.
Aferir o realizado: Essa etapa consiste em levantar no campo o que foi
realizado no período.
Comparar o previsto com o realizado: Depois de aferir o que foi
efetivamente realizado, é necessário comparar, para saber se a obra
está de acordo com o planejado.
35
Todas as informações que possam ser usadas para reduzir um possível
desvio (atraso) devem ser coletadas e disponibilizadas. Além da constatação de um
desvio entre o real e o planejado, é necessário avaliar se o desvio foi pontual ou se é
uma tendência.
d) Agir - Caso os resultados obtidos no campo desviem do planejamento da
obra, deve-se programar ações corretivas, com o objetivo de prevenir as
causas do desvio. As causas do desvio devem ser investigadas e avaliadas.
Quanto maior for o tempo para detectar as causas do desvio, maior também
será o furo que o desvio causa no planejamento.
4.1.1. Os objetivos do planejamento
A principal função do planejamento, segundo Laufer & Tucker (1987) apud
Marchesan (2001), é controlar o empreendimento. O planejamento possui cinco
funções no seu processo:
Execução: é a primeira função do planejamento, e tem como função orientar
a maneira que segundo a qual os planos são especificados, e assim sendo, é
a forma de orientação e a de procedimentos para a qual se direciona a
produção;
Previsão: baseando-se em dados passados, como produtividade, qualidade
etc., projeta-se as realizações para o futuro. Alguns dados importantes da
previsão são o seqüenciamento e a programação;
Coordenação: o planejamento deve facilitar a comunicação entre níveis
gerenciais e as diversas partes envolvidas no projeto, bem como se manter
consistentes ao longo das várias fases do empreendimento. Devido ao alto
grau de interdependência entre as equipes de produção na construção civil, a
função de coordenação possui grande importância;
Controle: o controle envolve medir e avaliar o desempenho, bem como
mudar o caminho através de ações corretivas;
Otimização: envolve a seleção e avaliação de estratégias alternativas dentro
do empreendimento, com o objetivo de aumentar a exeqüibilidade, a
eficiência dos processos de produção utilizados.
O planejamento é utilizado por diversos intervenientes de um
empreendimento. Os mais comuns são os promotores do empreendimento, os
clientes, os usuários, os projetistas, os engenheiros do canteiro de obras, e também
36
os subempreiteiros. No entendimento geral, o planejamento cumpre os objetivos
específicos, e assim, as funções desempenhadas pelo planejamento podem ser
desdobradas levando-se em conta a necessidade de informação dos diversos
usuários do planejamento (MARCHESAN, 2001).
4.1.2. Vantagem do planejamento
Nocêra (2010) coloca que, para que o projeto seja executado dentro do
prazo estipulado é de suma importância que se faça o planejamento deste projeto. O
planejamento do projeto traz diversos benefícios:
Prazo de entrega – Finalização do projeto na data marcada.
Custo – Custo final de acordo com o planejado.
Técnico – O resultado do produto do projeto conforme o requerido.
Satisfação do cliente – Com cumprimento do prazo, com o custo e com a
qualidade do produto.
Para Nocêra (2010), a qualidade e o grau de benefícios obtidos com o
planejamento de um projeto são fatores ligados diretamente a eficácia da
implementação deste planejamento e ao acompanhamento da aplicação das
atividades planejadas. O implante dos processos de planejamento exige coragem e
acompanhamento adequado para disponibilizar a equipe de execução uma visão
clara de como e quando o trabalho deve ser feito, em que condições e em qual
custo. Senão, um planejamento impróprio ou não realista faz com que o projeto
desvie dos objetivos definidos, muitas vezes, causando prejuízo ou até tornado o
próprio projeto inadequado ou inaceitável.
Vargas (2005) coloca que a principal vantagem do planejamento de uma
obra é que não é um trabalho de grande complexidade e alto custo. Ele pode se
aplicado em empreendimentos de qualquer complexidade, orçamento e tamanho.
Nocêra (2010) aponta que o planejamento de um projeto trás benefícios para
a:
a) Alta administração
Aumento de produtividade e lucro com utilização eficiente e eficaz dos
recursos;
Retorno do investimento mais rápido e melhor, com entregas no prazo e custo
previstos;
Melhora da competitividade, obtida pelo aumento da satisfação dos clientes;
37
Melhoras da comunicação interna da organização;
Melhor previsibilidade dos resultados dos projetos;
Aumento da confiança na capacidade empresarial da organização;
Melhor capacidade de resposta às mudanças solicitadas pelo cliente.
b) Equipe de projeto
Permitir que cada membro da equipe saiba exatamente o que deve fazer,
quando fazer e como fazer;
Participar de uma equipe coesa, integrada e direcionada aos objetivos do
projeto;
Permitir a cada membro da equipe saber em qualquer momento onde está
(com relação aos grupos de gerenciamento do projeto) e quais suas funções
e atividades naquele momento;
Aumento da confiança de cada membro da equipe em poder executar e
completar o trabalho;
Aumento do orgulho profissional pela capacidade de desenvolvimento do
trabalho.
c) Cliente
Visualizar que a organização esta estruturada e preparada para o projeto e
possíveis mudanças no decorrer do mesmo;
Visualizar que o planejamento do projeto está claramente definido e atende às
suas necessidades. • Visualizar que os objetivos do projeto estão sendo
seguidos e atingidos;
Visualizar que os trabalhos do projeto estão sendo executados de acordo com
os requisitos;
Ter satisfação com o produto final do projeto e com todos os resultados
obtidos.
4.1.3. A precisão do planejamento
Ao se fazer um projeto, não se pode pensar isoladamente em cada etapa ou
em cada necessidade da obra. Deve-se sim, pensar na obra como um todo,
considerando todas interferências que uma etapa gera à outra. Atualmente, com as
demandas exigidas pelo mercado, este planejamento global deixou de ser uma
38
opção, par tornar-se uma necessidade. Bernardes (2001) destaca alguns motivos da
necessidade do planejamento como:
Melhorar a compreensão dos objetivos do empreendimento, aumentando a
probabilidade deles serem atendidos;
Definir todas tarefas a serem executadas, possibilitando que cada participante
do empreendimento possa identificar e planejar a sua parcela de trabalho;
Disponibilizar uma melhor coordenação e comunicação multifuncional,
produzindo informações para tomadas de decisões mais consistentes;
Evitar possíveis erros em projetos futuros, através da análise das decisões
atuais;
Melhorar o desempenho através da consideração de processos alternativos;
Criar padrões para monitoramento e controle do empreendimento;
Acumular experiência de gerência com os empreendimentos executados para
criar um processo de aprendizado sistemático.
O custo do processo de planejamento representa menos de 1% do valor
total do empreendimento, porém o benefício da tomada de decisão antes do início
da construção pode gerar uma economia da ordem de 25% do custo total do
empreendimento.
4.1.4. Áreas de conhecimento do planejamento.
Martins (2007) fala sobre a PMI, que divide as áreas de conhecimento do
planejamento de um projeto em diversas áreas:
a) Planejamento de integração do projeto.
A área de conhecimento em planejamento de integração de projeto inclui os
processos necessários à integração efetiva de todos os processos requeridos para
realização o objetivo do projeto dentro dos procedimentos definidos da organização.
Os processos de planejamento de integração incluem;
Desenvolver o termo de abertura do projeto;
Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto;
Orientar e gerenciar a execução do projeto;
Monitorar e controlar o trabalho de projeto;
Realizar o controle integrado de mudanças;
Encerrar o projeto ou a fase.
b) Planejamento de escopo do projeto
39
A área de conhecimento em planejamento de escopo do projeto trata
principalmente do que está ou não incluído no projeto e compreende os processos
necessários para garantir que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e somente
ele, para terminar o projeto com sucesso. Os processos de planejamento do escopo
incluem;
Coletar os requisitos;
Definir o escopo;
Verificar o escopo;
Controlar o escopo;
c) Planejamento de tempo do projeto
A área de conhecimento em planejamento de tempo do projeto inclui os
processos necessários para realizar o término do projeto no prazo definido.
Os processos de planejamento de tempo incluem;
Definir a atividade.
Sequenciar as atividades.
Estimar os recursos da atividade.
Estimar as durações da atividade.
Desenvolver o cronograma.
Controlar o cronograma.
d) Planejamento de custos do projeto
A área de conhecimento em planejamento de custos do projeto inclui os
processos necessários para terminar o projeto dentro do orçamento.
Os processos de planejamento de custos incluem;
Estimar os custos.
Determinar o orçamento.
Controlar os custos.
Planejamento da qualidade do projeto
A área de conhecimento em planejamento de qualidade do projeto inclui os
processos necessários para que as políticas de qualidade sejam implantadas e
atendam às necessidades do projeto. Os processos de planejamento da qualidade
incluem;
Planejar a qualidade.
Realizar a garantia da qualidade.
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Realizar o controle da qualidade.
Planejamento de recursos humanos do projeto
A área de conhecimento em planejamento de recursos humanos do projeto
inclui os processos que organizam e gerenciam a equipe do projeto. Os processos
de planejamento de recursos humanos incluem;
Desenvolver o plano de recursos humanos.
Mobilizar a equipe do projeto.
Desenvolver a equipe do projeto.
Gerenciar a equipe do projeto.
e) Planejamento das comunicações do projeto
A área de conhecimento em planejamento das comunicações do projeto
inclui os processos necessários para garantir a geração, coleta, distribuição,
armazenamento, recuperação e destinação final das informações sobre o projeto de
forma oportuna e adequada. Os processos de planejamento das comunicações
incluem;
Identificar as partes interessadas.
Planejar as comunicações.
Distribuir informações.
Gerenciar as expectativas das partes interessadas.
Reportar o desempenho.
f) Planejamento de riscos do projeto
A área de conhecimento em planejamento de riscos do projeto inclui os
processos para identificação, análise, resposta, monitoramento e controle de riscos
do projeto. Os processos de planejamento de risco incluem.
Planejar o gerenciamento de risco;
Identificar os riscos;
Realizar a análise qualitativa de riscos;
Realizar a análise quantitativa de riscos;
Planejar respostas a riscos;
Monitorar e controlar os riscos.
41
g) Planejamento de aquisições do projeto
A área de conhecimento em planejamento de aquisições do projeto inclui os
processos para comprar ou adquirir produtos, serviços ou resultados necessários de
fora da equipe do projeto para realizar o trabalho. Os processos de planejamento de
aquisições incluem;
Planejar as aquisições;
Realizar as aquisições;
Administrar as aquisições;
Encerrar as aquisições.
4.1.5. Roteiro do planejamento
O projeto de uma obra segue sempre passos bem definidos, que podem
sofrer algumas alterações de uma obra para outro, pôr nunca na forma como o
planejamento é estruturado. Os passos para a elaboração de um planejamento são
os seguintes:
Identificação das atividades
Nessa etapa se listam todas as atividades que irão integrar o planejamento,
são as atividades que compõem o cronograma de obra. É uma etapa de grande
importância, pois, se algum item ou serviço for esquecido, o cronograma ficará
incompleto, podendo causar atrasos na obra.
A omissão de uma atividade ou de uma série delas é um problema que pode
assumir proporções gigantescas no futuro. Se uma parte do escopo não for
contemplada no cronograma, a obra poderá ter atraso e aumento de custo.
Mattos (2010) reforça a importância do desmembramento de um projeto, não
é uma tarefa simples, exige leitura cuidadosa dos projetos, entendimento da
metodologia construtiva que será empregada e capacidade de representar tarefas
de campo sob a forma de pacotes de trabalho pequenos e compreensíveis.
A Microsoft (2013) define como o “escopo do projeto” o trabalho que deve
ser realizado para se obter um produto ou serviço com determinadas características
e recursos, é o conjunto de componentes que compõem o produto e os resultados
esperados do projeto. Ao se definir o escopo, determina-se o que será o objetivo do
planejamento. O que não for relacionado no escopo ficará fora do cronograma.
Para se planejar uma obra é preciso subdividi-la em partes menores. Mattos
(2010) explica que por meio das subdivisões, o todo é progressivamente
42
desmembrado em unidades menores e mais simples. As atividades do projeto são
divididas em forma de pacotes de serviços menores, até que chegue a um grau de
detalhamento que facilite determinar a duração de cada atividade.
Estas atividades são subdivididas obedecendo a uma sequência hierárquica,
uma atividade principal tem os seus subitens relacionados a ela. Vantagem em se
subdividir as atividades:
Criar uma sequência de trabalho lógica e organizada;
Individualizar as atividades que serão as unidades de elaboração do
cronograma;
Permitir o agrupamento das atividades em grupos correlacionados;
Facilitar o entendimento das atividades correlacionadas;
Facilitar a verificação final por outras pessoas;
Facilitar a localização de uma atividade dentro de um cronograma grande;
Facilitar a introdução de uma nova atividade;
Facilitar o orçamento, por usar atividades mais precisas;
Evitar que uma atividade seja criada em duplicidade;
Definições das durações
Todas as tarefas listadas no cronograma precisam tem uma duração
associada a ela, quanto tempo se gastará para se realizar esse serviço.
A duração das atividades corresponde à quantidade de períodos de trabalho
necessários para conclusão de cada atividade (HELDMAN, 2006).
Mattos (2010), sita dois tipos de duração de serviços, uma duração é fixa,
independe da quantidade de recursos humanos e equipamentos, e outra que a
duração do serviço é diretamente ligada a quantidade de recursos.
Desta forma a duração de cada serviço depende da quantidade de serviço,
da produtividade e da quantidade de recursos alocados. Essas três grandezas estão
diretamente relacionadas entre si.
Assim, cabe a equipe de planejamento definir a relação prazo/equipe mais
conveniente para atender ao prazo e aos custos da obra e adotá-la no cronograma.
Mattos (2010) coloca que a definição da duração dos serviços é de extrema
importância, pois possui os dados do qual o cronograma será gerado. Esta etapa é
uma das responsáveis pela obtenção do prazo do empreendimento. Durações mal
calculadas podem comprometer totalmente o planejamento.
43
Por mais bem elaborado que seja o planejamento, a duração é sempre uma
estimativa, está sempre sujeita a uma margem de erro.
Em função dessas incertezas Mattos (2010) lembra que é importante
controlar e não apenas planejar. No decorrer na obra ir ajustando o cronograma de
acordo com os imprevistos que forem aparecendo, podendo ocorrer até mesmo por
falha do planejamento inicial da obra.
44
5. ESTUDO DE CASO
Esse estudo tem como objetivo detectar os problemas patológicos existentes
na edificação da Escola Estadual de Ensino Profissional Leopoldina Gonçalves
Quezado na cidade de Aurora (Figura 2), interior do estado do Ceará, e que possui
24.566 habitantes de acordo com o censo de 2010 (IBGE). Depois será feito uma
análise e identificação dos mesmos.
Figura 2. Localização da Escola
Fonte: Adaptado pela autora (2017)
5.1. Histórico
A Escola Estadual de Ensino Profissional Leopoldina Gonçalves Quezado foi
fundada no dia 01 de março de 2012 e, é a octogésima escola das Escolas
Estaduais de Educação Profissionais do estado do Ceará. Está localizada na Rua
Marica Leite, S/N, Bairro Araçá na cidade de Aurora no Estado do Ceará. Esta
escola faz parte de um projeto instituído no Ceará a partir de 2008 e que vislumbram
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a possibilidade de um futuro mais justo, mais equânime e com mais oportunidades
para os jovens cearenses, acenando para a materialidade da experiência de um
maior exercício de cidadania.
Atualmente são 115 Escolas Estaduais de Educação Profissional
funcionando em tempo integral e que organizam e integram o ensino médio à
educação profissional, configurando cenários de cidadania que articulam o direito à
educação e ao trabalho.
5.2. Visita preliminar
Para elaboração do check list definitivo visando à realização das vistorias em
toda a edificação escolar pertencente à amostra deste trabalho, primeiramente foi
criado um pré check list e efetuada uma visita preliminar para melhor entendimento
das ocorrências que poderiam ser encontradas. Tal inspeção possibilitou melhor
compreensão das tipologias a serem analisadas. Essa visita foi de grande
importância para adaptações e adequações para coleta dos dados.
A Escola Estadual de Ensino Profissional Leopoldina Gonçalves Quezado
possui uma estrutura muito bonita e moderna (Anexo A). A edificação para este
trabalho foi dividida em três blocos:
Bloco A: parte térrea da instituição que está apresentada no Anexo B.
Bloco B: parte do primeiro pavimento que está apresentada no anexo C.
Bloco C: parte dos laboratórios especifico da base técnica, quadra e refeitório
que está apresentada no anexo D.
5.3. análise dos dados
Os locais inspecionados denominados neste trabalho como ambientes,
podem ser compreendidos como sendo um dos itens a seguir:
Sala de aula e sala dos professores;
Sala de informática e biblioteca;
Sala de direção e sala de coordenação;
Banheiros;
Cozinha;
Despensa;
Depósito;
Corredor;
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E por elementos para melhor entendimento são compreendidos como sendo:
Portas;
Janelas;
Torneiras;
Vaso sanitário;
Lâmpadas;
Centrais de ar;
Paredes;
Elementos em concreto armado.
Para coleta e análise dos dados, os ambientes ou elementos da edificação
escolar foram agrupados, conforme apresentados a seguir.
5.4. Patologias agrupadas devido à ocorrência em ambientes ou elementos
da própria edificação
Para o ajuntamento das patologias por ambientes ou elementos constituintes
da própria edificação foram analisados os itens a seguir:
Pisos
Esquadrias (Portas e Janelas)
Forros
Instalações Hidrossanitárias
Paredes
5.4.1. Pisos
Foram divididos nos tipos mais comuns de utilização em edificações
escolares, que são: pisos cerâmicos, piso industrializado e piso intertravado. As
manifestações patológicas foram agrupadas conforme as Figuras 3A e 3B.
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Figura 3A - Afundamento de piso
Fonte: Arquivo do autor
Figura 3B - Afundamento de piso
Fonte: Arquivo do autor
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A verificação dos dados obtidos no item pisos foi realizada através do
ajuntamento devido à ocorrência nos ambientes. Contudo, em alguns ambientes
onde era encontrado mais de um tipo de patologia em pisos, foi acatado como
apenas uma incidência nesse ambiente para ser gerado o total de patologia nesse
item. Foram verificados as doze salas de aulas e os laboratórios que possuem pisos
industrializados, assim como os banheiros que possuem piso em cerâmica, sendo
que não foi constatada a existência de patologias. Contudo, no pátio da escola que
possui piso intertravado, foi verificado afundamento no piso.
5.4.2. Esquadrias
Na edificação foi encontrada nas portas de madeiras a incidência de
problemas patológicos como apresentadas na Figura 4.
Figura 4 – afofamento da porta
Fonte: Arquivo do autor
49
Para a verificação das patologias em esquadrias (janelas e portas)
observou-se que nas janelas não haviam patologias. Nas portas de salas de aulas,
só as maçanetas das portas estavam danificadas, mas, isso provém do mau uso dos
alunos. No tocante às portas dos laboratórios, quase todas possuíam um afofamento
como mostra a figura acima. Verificando o dano percebeu-se que é decorrente do
contato com a água, uma vez que não há um declive do piso e a água se acumula
embaixo da porta.
5.4.3. Forros
Observou-se que os forros eram removíveis e em pvc, porém, em algumas
partes o forro era de laje. Para efeito deste trabalho os ambientes com forro em laje
não foram considerados para elaboração do total de problemas patológicos. As
patologias verificadas estão apontadas na Figura 5:
Figura 5 – Forro com macha e destacado.
Fonte: Arquivo do autor
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À análise dos problemas patológicos em forros, foi realizada através da
situação na qual se encontravam. O local mais crítico da escola é a biblioteca na
qual foi constatado mofo e destacamento do forro.
5.4.4. Instalações Hidrossanitárias
Os problemas encontrados foram nas torneiras e nos mictórios que não
funcionavam ou possuíam algum problema no que se refere ao funcionamento. A
Figura 6 a seguir, apresenta alguns dos problemas encontrados.
Figura 6 – Sem torneira e vazamento na parte de saída para o esgoto
.Fonte: Arquivo do autor
5.4.5. Paredes
No item paredes, para o conjunto devido à ocorrência nos elementos
constituintes da própria edificação, foram verificadas as incidências de fissuração
junto às esquadrias (portas e janelas) e manchas de umidade e mofo nas paredes.
As Figuras 7A e 7B demonstram os problemas patológicos relatados.
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Figura 7A – Fissura junta a porta.
Fonte: Arquivo do autor
Figura 7B - Mancha de umidade e mofo na parede
Fonte: Arquivo do autor
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6. ANÁLISE E SOLUÇÕES
Com base no contexto da metodologia apresentada, procurou-se averiguara
as patologias encontradas na edificação, em especial o afundamento de pisos,
afofamento de esquadrias, machas e destacamento de forros, vazamento na
instalação hidrossanitária, trinca e machas nas paredes. Com isso, indicaram-se
soluções com a finalidade de recuperar ou diminuir essas patologias.
6.1. Afundamento do piso
Pisos às vezes afundam quando estão sobre terrenos instáveis. No caso da
edificação estudada o piso com patologias apresentadas foi o piso intertravado.
Esses blocos têm a capacidade de adquirem e resistir a movimentos de
deslocamento individual, seja ele vertical, horizontal ou de rotação em relação a
seus vizinhos. O intertravamento é fundamental para o desempenho e a durabilidade
do pavimento. Para que se consiga o intertravamento duas condições são
necessárias e indispensáveis: contenção lateral e junta preenchida com areia.
Verificando o problema do afundamento do piso do pátio da escola pode-se
observar que o problema foi na execução da obra. A base foi mal feita, ou seja, o
lançamento e a compactação do solo foram mal executados.
Como solução deve-se retirar esses blocos, verificar o subleito, organizar a
base com material granular com espessura mínima de 10 cm. Logo após deve ter
uma camada composta por material granular, com distribuição granulométrica
definida, proporcionando correto nivelamento do pavimento e permitindo variações
na espessura das peças de concreto. E para finalizar coloca-se uma camada de
revestimento para que possa suportar o tráfego de pessoas ou veículos.
6.2. Afofamento de esquadrias
As esquadrias de madeira podem possuir uma série de deformidade que
podem prejudicar não só a parte estética, como sua funcionalidade. É importante
advertir que elas passam por uma série de etapas até serem definitivamente
instaladas e que todo cuidado é necessário. Alguns agentes patológicos que podem
danificá-las como os carunchos, fungos e térmitas.
Ao verificar as portas da Escola observou-se que as do térreo quase todas,
possuíam o mesmo defeito, o afofamento na parte inferior. Esse problema surgiu
porque a água da chuva invade os ambientes, pois, não há uma declividade dos
ambientes para o pátio. Então a madeira se expande com a umidade, inchando e
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depois ocorrendo à saturação que pode se manifestar de duas formas. A primeira é
com água livre que será absorvida pelas fibras da esquadria, provocando a ação de
fungos. A segunda é com a com a madeira seca sofrendo com a umidade, o que
pode causar fissuras e truncamento na esquadria.
A solução para esse tipo de patologia é primeiramente corrigir o declive do
piso para evitar o contato da água com a madeira. Outra forma é reforçar a pintura
da madeira para impermeabilizar.
6.3. Macha e destacamento do Forro
Se tratando de agilidade de execução, os pré-fabricados são eficazes em
muitas obras. Além de atenderem às estruturas, em concreto ou aço, e fachadas
com painéis de concreto, os pré-fabricados também servem às vedações internas,
sendo encontrados nas paredes e, largamente, nos forros de drywall.
Frisa-se, entretanto, que o trabalho tem de ser realizado por um profissional
especializado no sistema, pois os desníveis aparecem facilmente. As patologias
mais comuns do forro em drywall, além do mofo em locais de maior umidade ou
onde as tubulações hidráulicas falham e vazam, são as pequenas fissuras nas
juntas. As rupturas podem acontecer devido à movimentação das estruturas, mas na
maioria das vezes ocorre devido à colocação feita sem os cuidados técnicos
necessários.
A solução para esses tipos de patologias no forro da biblioteca é retirar a
placa e colocar outra com os cuidados técnicos e consertar o telhado para que água
da chuva não entre em contato com forro.
6.4. Instalações Hidrossanitárias com vazamentos
No banheiro masculino, existe um mictório que possui vazamento do sifão
que interliga o aparelho à tubulação de esgoto. Segundo os responsáveis pela
manutenção do edifício, o vandalismo é bastante frequente nos banheiros da
edificação. Assim como apresentado a figura 6, nos banheiros masculinos existem
várias cabines de bacia sanitária que não possuem canoplas de acabamento nas
válvulas de descarga devido ao mau uso dos alunos que acabam quebrando a
válvula de descarga.
A solução é bem simples, apenas o conserto da tubulação e a colocação da
válvula de descarga. E para combater o vandalismo, os funcionários das escolas,
alunos e pais interessados devem empregar medidas preventivas e diretas. Sugere-
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se que seja criado um programa que ensine aos alunos a valorizar sua escola e
tratá-la com respeito. Mostre-lhes vários atos de vandalismo e eduque-os sobre as
implicações legais e morais de destruir o patrimônio público.
6.5. Trincas e mofo em paredes
As fissuras se formam com mais facilidade ao redor de vãos de portas e
janelas pela concentração de tensões. Em outras palavras, há uma acentuada
redução da seção resistente da parede pela inserção da abertura daí a importância
do emprego de vergas, contravergas ou outros dispositivos que absorvam essas
tensões, introduzidas por cargas verticais, recalques, deformações higrotérmicas etc.
Nas portas não foram usadas as vergas, por isso há esse tipo de fissura. O
certo é usar as vergas e contra-vergas instaladas nas esquadrias, ultrapassando
cerca de 30cm para fora do vão, absorvendo as deformações que resultam em
fissuras nas aberturas.
Outra patologia encontrada foi o mofo na parede do laboratório encostado ao
banheiro. Inicialmente deverão ser sanados os problemas causadores da umidade e
mofo. Faz-se necessário tratar o problema, verificar se não há tubulação com
vazamento. Uma alternativa para encontrar a causa do problema é despejar algum
líquido com corante para verificar onde exatamente está ocorrendo o vazamento da
água. Caso ainda não seja possível visualizar a causa deste vazamento,
recomenda-se consultar alguma empresa especializada em tubulação hidráulica.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Buscando contribuir com o progresso das edificações públicas, deixando-as
mais seguras, funcionais e duráveis, foram abordadas neste estudo de caso,
manifestações patológicas detectadas em uma instituição pública.
No presente trabalho foram investigadas as patologias, suas manifestações
e suas possíveis causas, elaborando-se: um check-list, prognóstico e medidas
preventivas. Alguns procedimentos foram recomendados para a sua recuperação e
outros para evitar a sua reincidência.
As patologias mais claras encontradas no estudo foram afundamento do piso
intertravado, onde constatou-se que cerca de 40% do piso tem esse tipo de
patologia.
Com o desenvolvimento deste estudo de caso, ficou evidente, que houve
causas Intrínsecas e extrínsecas para a manifestação das patologias apresentadas.
É notório citar como causas e consequências: negligências no plano de
manutenção, derivando numa degradação acelerada da estrutura e falhas de
construção, pois a edificação não foi feita como recomenda as normas técnicas da
ABNT.
Desta forma, conclui-se que para um sistema de manutenção seja realizado
corretamente é necessário conhecer os possíveis problemas ou mostras patológicas
que as edificações estão sujeitas fornecendo parâmetros para melhoria das
intervenções necessárias, pois antes que o problema seja assinalado, algumas
medidas preventivas poderão ser realizadas para que os componentes ou elementos
não atinjam um nível de desempenho inferior ao limite especificado.
Através de pesquisa cientifica e estudo a literatura técnica sobre o tema
pode-se obter informações sobre a umidade nas edificações e quais as alterações
que a mesma pode realizar nos elementos construtivos e nos materiais constituintes
dos mesmos. As manifestações patológicas acarretadas pela umidade são muito
comuns no mundo da construção e estas podem gerar danos elevados, gerando
gastos enormes em recuperação e reparo, que poderiam ser evitados com medidas
preventivas simples.
É notório concluir que a prevenção é a melhor solução. Corrigir erros na fase
de projeto é primordial. A escolha de materiais empregados e tipos de sistemas
construtivos podem evitar o surgimento de patologias de umidade, assim como uma
boa impermeabilização.
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Um programa de manutenção preventiva nas edificações é de imensa
importância para garantia da sua vida útil, sendo que tal providência busca reduzir
os recursos físicos e financeiros.
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8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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