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Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física Fatores Associados ao Nível de Atividade Física de Adolescentes e Pais de Alto Nível Socioeconômico de São Bernardo do Campo Roberta Luksevicius Rica São Paulo 2014

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Universidade São Judas Tadeu

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física

Fatores Associados ao Nível de Atividade Física de Adolescentes e Pais

de Alto Nível Socioeconômico de São Bernardo do Campo

Roberta Luksevicius Rica

São Paulo

2014

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Universidade São Judas Tadeu

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física

Fatores Associados ao Nível de Atividade Física de Adolescentes e Pais

de Alto Nível Socioeconômico de São Bernardo do Campo

Roberta Luksevicius Rica

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Educação Física da Universidade São Judas Tadeu como requisito para obtenção do título de Mestre em Educação Física Linha de Pesquisa: Promoção e Prevenção em

Saúde Orientador: Prof. Dr. Aylton Figueira Junior

São Paulo

2014

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Agradeço a todas as pessoas que contribuíram para que esta dissertação fosse

realizada. Primeiramente a minha família querida, que sempre me apoiou em todas as

decisões, e principalmente ter acreditado que eu conseguiria realizar os meus sonhos.

Aos meus pais Sonia Maria Luksevicius e Sergio Rica por terem deixado de fazer

muitas coisas na vida para que eu tivesse uma educação de qualidade. Pais podem

ter certeza que deu certo! A minha irmã e meu cunhado, Debora Luksevicius Rica e

Bruno Damasio por serem sempre tão carinhosos e preocupados comigo.

Aos meus primos (Beto, Rogério e Laura), tio (Zeca), tias (Sonia e Marlene) e

amigos verdadeiros pela paciência e pela ausência por esses dois anos, e pelo apoio

de sempre.

Aos meus amigos de trabalho, pela ajuda nas horas de congressos e viagens e

paciência pela minha falta de paciência. Aos meus amigos de mestrado, por aguentar

a piada alheia durante os estudos e pela batalha em conjunto.

Ao meu querido orientador Aylton Figueira Junior, primeiro pela paciência com

uma aluna tão hiperativa e ansiosa, sei que os outros alunos não são assim tão

agitados como eu, e principalmente pelo conhecimento adquirido.

E principalmente ao meu marido e Danilo Bocalini, pela contribuição, apoio e

entendimento aos ataques de fúria.

Amo muito todos vocês!

AGRADECIMENTOS

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Dedico essa dissertação ao meu

marido Danilo Sales Bocalini,

aos meus pais Sonia Maria

Luksevicius e Sergio Rica e a

minha amiga e irmã Debora

Luksevicius Rica.

DEDICATÓRIA

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ABC – São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul

AF- Atividade física

EF- Educação física

FEFISA - Faculdade de Educação Física de Santo André

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMC - Índice de massa corpórea

IPAQ- Questionário Internacional de Nível de Atividade Física

IPC- Índice de Potencial de Consumo

PENSE- Pesquisa Nacional sobre a Saúde dos Estudantes

PIB- Produto Interno Bruto

PROESP- Projeto Esporte Brasil

SBC- São Bernardo do Campo

TAS- Tempo de atividade física semanal

TSS- Tempo semanal sentado

TV- Televisão

UNIFESP- Universidade Federal de São Paulo

USJT- Universidade São Judas Tadeu

USP- Universidade de São Paulo

WHO- Organização Mundial da Saúde

LISTA DE ABREVIAÇÕES

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Anexo1: Quadro 1: Artigos utilizados na construção da

dissertação

Anexo 2: Questionário aplicado aos adolescentes

Anexo 3: Questionário aplicado aos pais

Anexo 4: Termo de assentimento livre e esclarecido- adolescentes

Anexo 5: Termo de consentimento livre e esclarecido – pais

Anexo 6: Termo de autorização para participação do adolescente

Anexo 7: Aprovação no Comitê de Ética

Anexo 8: Carta de autorização para a realização do estudo

LISTA DE ANEXOS

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Quadro 1: Fatores de aderência para atividade física

Quadro 2: Comparação de características de São Bernardo do Campo

com o Colégio Arbos.

LISTA DE QUADROS

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Tabela 1: Característica da residência da amostra

Tabela 2: Características das atividades físicas de adolescentes de

ambos os sexos

Tabela 3: Percepções pessoais dos adolescentes sobre amigos e irmãos

Tabela 4: Acesso a equipamentos eletrônicos dos adolescentes

Tabela 5: Atividades ativas e sedentárias realizadas durante a semana

por adolescentes

Tabela 6: Hábitos alimentares de adolescentes de ambos os sexos

Tabela 7: Barreiras para a prática de atividade de adolescentes de

ambos os sexo

Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física

Tabela 9: Características amostrais da análise 4

Tabela 10: Atividades semanais relativas à atividade física de pais e

filhos

Tabela 11: Hábitos alimentares de pais e filhos

LISTA DE TABELA

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Figura 1: Representação adaptada do modelo ecológico de Figueira

Junior (2009)

LISTA DE FIGURAS

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Resumo

O presente estudo teve como objetivo descrever os fatores associados ao nível de

atividade física de pais e filhos adolescentes de ambos os sexos e de alto nível

socioeconômico residentes em São Bernardo do Campo. Participaram dessa

investigação 186 pessoas, sendo 93 adolescentes de 13 a 17 anos estudantes de um

colégio particular em São Bernardo do Campo/SP e seus respectivos pais e/ou

responsáveis, de alto índice socioeconômico. Foi aplicado um questionário com

perguntas relacionadas ao comportamento perante a atividade física para os

adolescentes e seus pais. O nível de atividade física foi mensurado pelo questionário

Internacional de Atividade Física (IPAQ versão curta 8). Foram classificados ativos os

adolescentes que realizavam mais de 300 minutos de atividade física por semana, e

para os adultos 150 minutos de atividades semanais ativas. A presente dissertação foi

dividida em 4 análises, sendo seu objetivo especifico. A primeira analise foi descrever

os fatores associados ao comportamento, em relação ao nível de atividade física de

adolescentes de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico. A segunda foi

descrever as barreiras para a prática de atividade física. A terceira descrever as

percepções sobre a aula de Educação Física e a quarta descrever os fatores

associados ao comportamento, em relação ao nível de atividade física de

adolescentes e seus respectivos pais ou responsáveis. Os resultados indicam que

50,5% da amostra de adolescente é ativa, porém houve diferença entre os sexos,

onde os meninos, 56,52% eram ativos, e entre as meninas, 44,7%. Todos os alunos

possuíam acesso à internet, porém 92% das meninas inativas utilizam o tablet para

pesquisar na internet e apenas 14% das ativas o utilizam. Sobre as atividades

realizadas durante a semana, independentemente ao nível de atividade física, os

meninos praticam mais esporte e as meninas mais a academia. As meninas inativas

apresentam mais barreiras do que qualquer outro grupo. Adicionalmente 67% das

meninas ativas não gostam de realizar esporte com os pais e apenas 5% não gostam

de fazer com a mãe, porém, 61% não realiza esta atividade. Para os inativos, a

preguiça é a barreira mais citada para não praticar atividade física. A maioria dos

adolescentes se sente estimulados pelos seus professores de Educação Física e mais

de 92% gostam de realizar EF. Sobre os comportamentos de pais e filhos, há uma

associação direta entre a prática de atividades físicas organizadas dos filhos e o nível

de atividades físicas dos pais. Já para os inativos, percebemos um hábito alimentar

mais parecido de pais e filhos.

Palavras Chave: Adolescente, Atividade Física, Fatores Associados.

RESUMO

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CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 11

1.1 A construção conceitual: meu processo de formação 11

1.2. Estrutura e organização do estudo 12

1.3 Justificativa 12

1.4 Objeto e Objetivo do Estudo 13

1.4.1 Objeto de estudo 13

1.4.2 Objetivo Geral 13

1.4.3 Objetivos Específicos 13

1.5. Hipóteses 14

CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA 16

2.1- Critérios utilizados na construção da revisão de literatura 16

2.2- Entendendo o adolescente 16

2.3- Atividade física e seus efeitos na adolescência 17

2.4- Fatores associados ao nível de atividade física de adolescentes 21

2.4.1 - Fatores biológicos e nível de atividade física 21

2.4.2 - Fatores sociais e nível de atividade física 24

2.4.3 - Fatores comportamentais e nível de atividade física 31

CAPITULO III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 37

3.1- Modelo experimental 37

SÚMARIO

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3.2- Local da pesquisa 37

3.3-Desenvolvimento da pesquisa 38

3.4 Características amostrais 39

3.4.1-Critérios de Inclusão 39

3.4.2- Critérios de Exclusão 39

3.5- Métodos e instrumentos de avaliação 41

3.5.1 - Procedimentos de cálculos 41

3.6- Análise estatística 42

CAPITULO IV - RESULTADOS E DISCUSSAO DOS ESTUDOS 43

4.1- análise 1: Descrever os fatores associados ao comportamento de

adolescentes de ambos os sexos em relação ao nível de atividade física

43

4.2- análise 2: Descrever as barreiras da prática de atividade física de

adolescentes de ambos os sexos em relação ao nível de atividade física

51

4.3- análise 3: Descrever as percepções de adolescentes de ambos os sexos

sobre a aula de Educação Física em relação ao nível de atividade física

55

4.4- análise 4: Descrever os fatores associados entre o comportamento de

adolescentes e de seus pais ou responsáveis em relação ao nível de atividade

física

58

CAPITULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS 64

5.1- Considerações Finais 64

5.2- Limitações do estudo 65

5.3- Referências 66

5.4- Anexos 74

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AM

1.1 - A CONSTRUÇÃO CONCEITUAL: MEU PROCESSO DE FORMAÇÃO

Para entender esta pesquisa é preciso relatar um pouco da minha história.

Desde criança gostei muito de esportes. Fui atleta federada de vôlei dos 10 aos 13

anos e dos 13 aos 17 em basquete. Pela minha experiência esportiva, no Ensino

Médio fui convidada pela coordenadora do colégio em que estudava a assistir e

auxiliar nas aulas de escolinha de esportes para crianças de 6 a 10 anos.

Por conta dos três anos em que assisti aula de esporte, em 2000 entrei na

faculdade FEFISA (Faculdade de Educação Física de Santo André) em São Paulo, no

curso de Educação Física. Na faculdade, tive a oportunidade de voltar a jogar, estagiar

em academias, clubes, escolas e trabalhei em diversos lugares. Ao mesmo tempo,

continuei com as aulas no mesmo colégio, onde estou até hoje, trabalhando com

crianças de várias as idades. Mas o meu principal foco sempre foi trabalhar com

adolescentes.

Em 2006, trabalhando em uma academia, conheci meu marido Danilo Sales

Bocalini, também profissional de Educação Física. Naquele momento ele fazia

mestrado na área de fisiologia cardíaca no Departamento de Medicina da UNIFESP.

Namoramos e casamos em 2010, quando ele estava no doutorado. Meu convívio com

o Danilo fez com que eu entendesse mais de pesquisa, e principalmente, fez com que

eu enxergasse a profissão de Educação Física de outra maneira, pois a minha

experiência era totalmente aplicada. Como estava em contato com os trabalhos

científicos do Danilo e fui tendo mais curiosidades, resolvi voltar a estudar. Em 2011

entrei no curso de pós-graduação na Faculdade de Medicina da USP, no curso de

Fisiologia do Exercício. Neste curso, obtive mais informações e acesso a artigos

científicos.

Ao mesmo tempo, enquanto trabalhava no mesmo colégio, eu percebi que a

cada ano os alunos estavam menos dispostos a participar das aulas de Educação

Física.

No inicio da minha prática profissional, a aula de Educação Física era a mais

esperada da manhã inteira, mas atualmente os alunos não queriam mais fazer. E esta

era uma realidade em outras aulas, mesmo sendo ministradas por outros professores,

e até em outros colégios. Interessantemente, desde 2000, temos realizado avaliações

físicas com os alunos, duas vezes por ano. Percebi que o peso e as dobras cutâneas

estavam maiores. Assim, duvidas começaram a surgir. A equipe do Departamento de

CAPITULO I – INTRODUÇÃO

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Educação Física decidiu se reunir. Conversamos, mudamos o plano de aula,

mudamos as estratégias, até a estrutura da aula. Mas os resultados não mudavam.

Frequentemente os alunos não queriam ir para aula, trazendo atestados médicos, de

trabalho, ou até mesmo não comparecendo a aula.

Conversando com o Danilo sobre meus questionamentos, ele me incentivou (e

mostrou o caminho) o caminho da pesquisa, saber como eu poderia solucionar minhas

inquietações, e assim ajudar na minha prática profissional. Ingressei no programa de

mestrado na Universidade São Judas Tadeu, vinculando-me ao Grupo de Estudos de

Promoção da Saúde e Atividade Física, iniciando o programa de mestrado, com foco

no estudo do comportamento de adolescentes em relação ao nível de atividade física,

para conseguir unir a prática da minha profissão à teoria.

1.2- ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

Este estudo está organizado em capítulos, sendo que:

O Capítulo 1 apresenta o tema desenvolvido, bem como justificativa, objeto e o

objetivo do trabalho. O Capítulo 2 traz a revisão bibliográfica sobre estudos dos

adolescentes, a atividade física e seus efeitos na adolescência e os fatores associados

ao nível de atividade física como: biológicos, sociais e comportamentais.

Os procedimentos metodológicos estão descritos no Capítulo 3, que apresenta

o perfil amostral, instrumentos de avaliação e análise estatística empregada.

Os resultados são apresentados em forma de tabelas no Capítulo 4, bem

como descrição e discussão das tendências encontradas.

No Capítulo 5 descrevemos as considerações finais e limitações do estudo.

1.3- JUSTIFICATIVA

A transição epidemiológica, nutricional e demográfica, além do avanço

tecnológico, tem alterado a característica do movimento humano, associado ao estilo

de vida populacional. Este processo impacta os indicadores epidemiológicos

relacionados à saúde populacional, independentemente da idade. Com o aumento da

prevalência das doenças crônicas, inúmeros estudos com propostas preventivas foram

realizados, buscando aumentar o nível de atividade física. Na adolescência é

importante estabelecer quais as possíveis relações para o nível de atividade física e

ressaltar que, dentre todos os fatores associados ao nível de atividade física, o papel

dos pais, parece interferir de modo decisivo no comportamento dos filhos, embora

ainda não se tenha estabelecido todas as relações possíveis. Assim, este projeto

pretende contribuir com o diagnóstico dos fatores associados ao nível de atividade

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física de adolescentes de alto nível socioeconômico de um colégio particular da cidade

de São Bernardo do Campo.

O estudo das características dos comportamentos relacionados à atividade física

em adolescentes pode ter uma maior compreensão sobre o assunto, propiciando um

melhor direcionamento das ações dos programas de promoção da saúde. Alberto et al

(2013) demonstraram em uma revisão sistemática de 2005 a 2011 sobre nível de

atividade física em adolescentes no Brasil, que 81% dos artigos publicados foram de

2009 a 2011, evidenciando o quanto a pesquisa sobre adolescente é atual e nova em

publicações.

Além disso, a associação entre o nível de atividade física e indicadores

socioeconômicos em adolescentes ainda são conflitantes (FARIAS JUNIOR, 2008). Há

diversos estudos (MINATTO 2014; MELLO et al, 2010; SANTOS et al, 2010)

realizados com populações com baixo nível socioeconômico, entretanto para nosso

conhecimento, pesquisas relacionando apenas a adolescentes com um alto nível

socioeconômico ainda é escasso.

1.4- OBJETO E OBJETIVO DO ESTUDO

1.4.1 -Objeto de estudo

O objeto do presente estudo foi à análise dos fatores associados ao nível de

atividade física de adolescentes e de seus respectivos pais, residentes em região

urbana.

1.4.2 -Objetivo geral

Descrever os fatores associados ao nível de atividade física de pais e filhos

adolescentes de ambos os sexos e de alto nível socioeconômico residentes em São

Bernardo do Campo.

1.4.3 - Objetivos específicos

Os objetivos específicos no presente estudo estão divididos em diferentes

análises, considerando o nível de atividade física de adolescentes de alto nível

socioeconômico:

1- ANÁLISE 1: Descrever os fatores associados ao comportamento de adolescentes

de ambos os sexos;

2- ANÁLISE 2: Descrever as barreiras da prática de atividade física de adolescentes

de ambos os sexos;

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3- ANÁLISE 3: Descrever as percepções de adolescentes de ambos os sexos sobre a

aula de Educação Física;

4- ANÁLISE 4: Descrever os fatores associados entre o comportamento de

adolescentes e de seus pais ou responsáveis.

1.5- HIPÓTESES

Apesar da reconhecida importância da atividade física na saúde, muitos

adolescentes não conseguem atingir a recomendação do nível suficiente de atividade

física. Aumentar o movimento corporal na população jovem tem representado uma das

prioridades em saúde pública. Portanto, identificar os fatores que contribuem com o

aumento do nível de atividade física permitirá elaborar programas de promoção da

saúde para esse grupo populacional, buscando os maiores benefícios de um estilo de

vida fisicamente ativo. Sendo assim, as hipóteses do presente estudo são:

1) Hipótese da análise 1:

Para atingir a recomendação semanal do nível de atividade física, os

adolescentes praticam esportes, caminhada e frequentam a academia;

Os adolescentes fisicamente ativos possuem melhor hábito alimentar

do que os adolescentes insuficientemente ativos;

Os adolescentes possuem aparelhos eletrônicos com acesso a internet,

para serem utilizados a qualquer momento, por quanto tempo quiser,

sem restrição de pais e ou responsáveis;

As meninas ativas frequentam programas de exercício em academia e

caminham mais que o grupo insuficientemente ativo;

Os adolescentes insuficientemente ativos utilizam mais equipamentos

eletrônicos que os ativos;

Os meninos ativos praticam esporte, por isso conseguem atingir a

recomendação do nível de atividade física semanal.

2) Hipóteses da análise 2:

As meninas reportarão possuir mais barreiras para não realizar

atividade física do que os meninos, independentemente do nível de

atividade física;

Os adolescentes inativos dizem possuir mais barreiras pessoais para

não praticar atividade física;

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A influência social é um estimulo a prática de atividade física para os

adolescentes ativos;

A preocupação com o aspecto físico não deverá ser uma barreira

reportada pelos adolescentes insuficientemente ativos;

A falta de local apropriado para a prática de atividade física será mais

citada por adolescentes insuficientemente ativos.

3) Hipóteses da análise 3:

Os adolescentes inativos consideram a aula de Educação Física menos

importante do que os ativos;

Os adolescentes inativos gostam menos da aula de Educação Física;

Os adolescentes inativos gostam menos de praticar esportes do que os

ativos;

Os adolescentes ativos realizariam a Educação Física mesmo que não

fossem obrigados;

Os adolescentes ativos se sentem mais estimulados pelos pais e

professores que os insuficientemente ativos;

As meninas gostam menos de participar da aula de Educação Física

que os meninos, independentemente do nível de atividade física.

4) Hipóteses da análise 4:

Os pais e filhos ativos possuem hábitos alimentares semelhantes;

Os pais e filhos ativos possuem melhores hábitos alimentares;

Os pais e filhos insuficientemente ativos possuem hábitos alimentares

semelhantes;

As atividades relacionadas à prática de atividade física que os pais

realizam, não influenciam no nível de atividade física dos filhos;

Os adolescentes ativos praticam mais exercícios com os pais do que os

adolescentes insuficientemente ativos.

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2.1- CRITÉRIOS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DA REVISAO DE LITERATURA

A revisão de literatura foi realizada nas bases de dados Lilacs, Scielo, Science

Direct e PubMed, com os descritores adolescente e nível de atividade física em língua

inglesa e portuguesa, sendo associadas a descritores adicionais como: atividade

física, determinantes da atividade física, pais, sono, hábitos alimentares,

sedentarismo, nível socioeconômico, promoção de saúde, nível educacional,

deslocamento, ambiente, obesidade, videogame, atividades sedentárias.

Os critérios nas buscas foram: a) periódicos científicos indexados; b) textos

completos publicados nos respectivos periódicos; c) ano de publicação.

Os critérios para escolhas dos periódicos seguiram os seguintes pontos:

1)corpo editorial composto por profissional da aérea; 2)revisores científicos para os

artigos. Os textos selecionados seguiram os seguintes critérios: 1)palavras chaves no

titulo e resumo; 2)artigos originais; 3)artigos com descrição metodológica detalhada;

4)artigos com descrição amostral delineando os critérios de inclusão e exclusão;

5)descrição da forma de análise, compatível com os propósitos do estudo. O período

de avaliação dos artigos foi entre 2012 e 2014.

Foram encontrados 1.633.262 artigos com a palavra adolescentes. Os números

de artigos científicos encontrados em cada base de dados com a palavra adolescente

e juntamente com as palavras-chave citada acima, podem ser encontrada no anexo 1.

A cada vez que houve uma procura nas bases de dados, foi realizada a

avaliação do titulo dos artigos encontrados. Se houvesse compatibilidade do titulo com

a presente dissertação, foi feita a leitura do resumo. Após este processo, 347 artigos

foram considerados elegíveis. Com a leitura na integra dos artigos, se houvesse

resultados interessantes, amostra representativa, metodologia concordante e que

acrescentassem a esta dissertação, o artigo foi utilizado. Ao final, foram utilizados 105

artigos para a construção desta dissertação.

2.2- ENTENDENDO O ADOLESCENTE

Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta,

caracterizado pelo desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social. A

adolescência se inicia com mudanças corporais da puberdade e termina quando o

indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade (TANNER, 1962). No Brasil,

o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069, de 1990, considera criança a

CAPITULO II: REVISAO DA LITERATURA

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17

pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a adolescência como a faixa etária

de 12 a 18 anos de idade (BRASIL, 1990).

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010 (IBGE) diz que

a população brasileira corresponde a 211.032.714 pessoas, sendo que 9% são

adolescentes (17.264.333 indivíduos).

Estudos (CHAD 2009; OKELY, 2011) demonstram que é nesta faixa etária que

comportamentos adquiridos podem ser transferidos à idade adulta. Dessa forma, ao

analisar estes comportamentos, é possível compreender e melhorar as condições do

estilo de vida da população (PITANGA, 2010), para poder criar estratégias de combate

contra hábitos considerados não saudáveis (FLORINDO 2006; TASSITANO et al,

2007; GOMES et al, 2009).

A Organização Mundial de Saúde (WHO, 2010), diz que a inatividade física tem

sido apontada como o quarto principal fator de risco para mortalidade global (6% das

mortes no mundo), por conta disso, as organizações científicas e médicas declararam

a inatividade física como um dos maiores problemas de Saúde Pública das cidades

(SEABRA et al, 2008). Um estudo que relata a inatividade física no Brasil foi realizado

em Pelotas, Rio Grande do Sul, onde Gonçalves et al (2007) detectou que de 4.452

adolescentes de 12 anos, 48,7% dos meninos e 67,5% das meninas eram sedentários.

Assim, maiores níveis de prática de atividade física parece ser um fator

determinante da saúde, podendo melhorar a qualidade vida (PITANGA, 2010).

2.3- ATIVIDADE FÍSICA E SEUS EFEITOS NA ADOLESCÊNCIA

A Organização Mundial da Saúde (WHO, 2010), apresenta que saúde é um

estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de

doenças ou incapacidades. A saúde pode ser resultante das condições de

alimentação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,

liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde. A saúde positiva

se associa à capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios do cotidiano,

enquanto a saúde negativa associa-se a morbidade (PITANGA, 2010).

Diversos benefícios para a saúde são resultantes da prática de atividade física

regular, dentre eles:

Melhora: funções cardiovasculares, metabólicas e musculoesqueléticas,

Controle: metabólico, hipertensão arterial, diabetes, osteoporose e

dislipidemias (BLAIR, 1997; GOMES et al, 2009; GUEDES, 2010);

Benefícios psicológicos: como contribuição para o controle da

ansiedade, depressão (ROCHA et al, 2011)

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18

Além destes, Pitanga (2010) ressalta outros benefícios que podem ser

esperados com a prática de atividade física:

Sistema osteomioarticular: retarda o processo de osteoporose,

lombalgia e aumenta o tônus muscular, amplitude articular, força e

resistência muscular;

Sistema imunológico: aumenta a resistência a infecções e proteção

contra o câncer;

Hábitos: auxilia a prática de hábitos mais saudáveis, tornando-se mais

fácil a interrupção do tabagismo, consumo de bebidas e abandonos de

drogas;

Desempenho: melhor desempenho no trabalho, escola, lazer, mental e

capacidade intelectual.

A atividade física é um fenômeno complexo que envolve aspectos

multifatoriais, como significados e valores pessoais (ALVARES, 2010), embora a

definição clássica se associe a qualquer movimento corporal produzido pelos

músculos esqueléticos promovendo gasto de energia (CASPERSEN, POWELL,

CHRISTENSON, 1985). Assim, todas as formas de movimento humano passaram a

ter importância na contribuição do aumento do gasto calórico diário total, considerando

as atividades realizadas no trabalho, tempo livre, deslocamento e nas tarefas diárias,

ampliando a forma de análise, extrapolando o âmbito do exercício físico. Portanto a

atividade física como: jogos, lutas, danças, esportes e deslocamentos devem ser

considerados (PITANGA, 2010).

Para a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2010), para ocorrer à melhora

da aptidão cardiorrespiratória e muscular, saúde óssea, cardiovascular e metabólica,

adotou-se o total de 300 minutos semanais de atividades físicas, com intensidade de

moderada a vigorosa, como referência para pessoas de 5 a 17 anos. Dessa forma,

são considerados insuficientemente ativos aqueles jovens que não acumulam um

mínimo de 300 minutos/semana.

Para que haja o cumprimento desta recomendação, devemos destacar que o

movimento humano pode ser associado a fatores como: a) Pessoais: as relações e

estrutura familiar, conhecimento sobre a importância de uma vida ativa, percepção

corporal de autoimagem, autoestima e autoeficácia, tipo de trabalho, percepção do

tempo livre, relações sociais com amigos, professores, experiências positivas nas

atividades físicas, dentre outros e b) Ambientais: local de moradia e a proximidade

com o mercado, padaria, escola, local de trabalho, áreas que permitem o lazer ativo

como praças, calçadas ou vias de acesso que não imponham dificuldades de

deslocamento, dentre outros (WHO, 2010).

Page 22: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

19

Em 2007, Ceschini et al adaptaram o modelo de indicadores que podem trazer

interferências no nível de atividade física em adolescentes como segue:

QUADRO 1: Fatores de aderência para atividade física

FATORES INTERFERÊNCIA EXPLICAÇÃO

Biológicos

Idade Relacionado Reduz a participação com

o aumento da idade

Sexo Relacionado Meninos são mais ativos

que meninas

Composição Corporal Possivelmente

relacionado

Parece que a adiposidade

interfere negativamente

na participação

Social

Influência dos pais Possivelmente relacionado Parece influenciar em

idades menores

Influência dos professores Possivelmente relacionado Não há evidências

Influência dos amigos Possivelmente relacionado Parece haver relação em

idades mais avançadas

Psicossociais

Conhecimento sobre saúde Não há relação Não há evidências

Conhecimento sobre se

exercitar Relacionado

Pessoas com maior nível

de conhecimento são

regularmente ativas

independente da idade

Conhecimento sobre como

tornar ativo Relacionado

Pessoas com maior nível

de conhecimento sobre

como se tornarem ativas

podem mudar o estilo de

vida e superar as

barreiras

Barreiras para a atividade

física Relacionado

A percepção das barreiras

pode interferir

significativamente na

adoção de estilo de vida

ativo

Intenção em ser ativo Relacionado A intenção e as

expectativas podem

Page 23: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

20

ajudar em um estilo de

vida ativo

Atitudes sobre atividade

física Pouco relacionado

O fato de a pessoa ter

atitudes inconstantes no

estilo vida ativo não

garante sua aderência

Autoeficácia Relacionado

A possibilidade de

envolver-se em

programas de atividade

física e executá-los esta

relacionada ao sucesso

do programa

Personalidade Possivelmente relacionado Não determinante pode

ter relação

Ambientes

Dias da semana Possivelmente relacionado

Em função da

disponibilidade de tempo,

os dias de semana e os

compromissos pessoais

favorecem um estilo de

vida ativo

Estações do ano Relacionado

Não é o caso de regiões

tropicais como Brasil, mas

pode ser um fator

conhecido como uma

barreira ambiental

Local Relacionado

Em função das

características de higiene,

facilidade e segurança,

estacionamento e

equipamentos poderá

haver maior aderência.

Programas organizados Relacionado

Pela participação de

profissionais que

desenvolvem as

atividades

Hábitos assistir televisão e

jogar no vídeo game Possivelmente relacionado

Aspecto colocado entre os

fatores de estilo de vida

Adaptado de CESCHINI et al (2007)

Page 24: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

21

É fato que aspectos demográfico-biológicos (idade, sexo, nível

socioeconômico), psicológicos (motivação) e socioculturais (família e pares)

influenciam nos hábitos de atividade física em adolescentes (SEABRA, 2008).

O Council on Sports Medicine (2006) apresentou que durante a infância e a

adolescência, deveriam: A) participar das aulas de educação física regularmente; B)

serem incentivados pela família, em especial, pelos pais para a prática de atividade

física; C) fazerem atividade física na natureza e em parques; D) saber os critérios de

aptidão física da saúde e comparar com valores padrão-referência.

Estudos (ALVES et al 2005; TASSITANO et al, 2007; NETTO OLIVEIRA, 2010;

OKELY, 2011) indicam que a idade escolar é o momento propício para intervenções

sociais na melhora de hábitos saudáveis contra a inatividade física. Hábitos iniciados

na infância ou adolescência tornam-se mais estáveis na vida adulta e, portanto, mais

difíceis de modificar. Dados encontrados na literatura (FIGUEIRA JUNIOR et al, 2000,

ALVES et al, 2005; CESCHINI et al, 2007; ALVARES et al, 2010; COELHO, 2012)

mostram que há uma grande probabilidade do nível de atividade física adotada

durante a adolescência ser transferido para a idade adulta. Dessa forma, as políticas

públicas de promoção de atividade física devem ser enfatizadas no aumento e

manutenção do estilo de vida ativo ao longo da vida (PITANGA, 2010).

2.4- FATORES ASSOCIADOS AO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE

ADOLESCENTES

Diversos fatores são responsáveis pela prática de atividade física em

adolescentes. Estes fatores também influenciam o cumprimento da realização da

quantidade de minutos de atividade física semanal recomendada pela Organização

Mundial de Saúde (WHO, 2010). Segundo a OMS, para ocorrer à melhora da aptidão

cardiorrespiratória e muscular, saúde óssea, cardiovascular e metabólica, adotou-se o

total de 300 minutos semanais de atividades físicas, com intensidade de moderada a

vigorosa, como referência para pessoas de 5 a 17 anos. Dessa forma, são

considerados insuficientemente ativos aqueles jovens que não acumulam um mínimo

de 300 minutos/semana.

Segue a análise de alguns fatores que podem influenciar esta prática. Foram

analisados fatores biológicos, sociais e comportamentais.

2.4.1- FATORES BIOLÓGICOS E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

Segundo Carron et al (2003), os fatores biológicos não podem ser alterados.

Guedes e Guedes (1997) apresentam que durante as duas primeiras décadas da vida,

a principal atividade do organismo humano é crescer e desenvolver, sendo que esses

Page 25: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

22

fenômenos ocorrem simultaneamente, a velocidade está associada ao nível

maturacional e as experiências vivenciadas.

Há uma diferença entre crescimento e desenvolvimento. Por definição

crescimento são alterações quantitativas, enquanto desenvolvimento engloba tanto as

transformações qualitativas com quantitativas (SILVA et al, 2005).

Sobre o crescimento de crianças e adolescentes, a Organização Mundial de

Saúde (WHO, 2006) desenvolveu gráficos com um conjunto de curvas a partir de um

acompanhamento mundial, respeitando a análise pela diversidade étnica, condições

de vida, hábitos e aspectos ambientais. Um estudo realizado por Silva et al (2010)

comparou as curvas da Organização Mundial de Saúde com curvas de crescimento de

adolescentes no Brasil. Foi constatado que a curva brasileira é muito semelhante as

curvas internacionais de países desenvolvidos.

No livro intitulado crescimento, composição corporal e desempenho motor de

crianças e adolescentes de Guedes e Guedes (1997), os autores descreveram um

pouco da curva de crescimento dos adolescentes brasileiros destacando as diferenças

entre os sexos. Sobre a estatura, os autores observaram que as meninas possuem um

comportamento linear e crescente dos 7 aos 10 anos de idade, já nos meninos, este

comportamento vai de 7 a 11 anos. A partir deste ponto há um decréscimo do

aumento da estatura até chegar a uma espécie de platô próximo aos 14 anos nas

moças e 17 nos meninos, onde não há mais o aumento da estatura. As curvas de

homens e mulheres se cruzam em dois momentos: aos 7 e aos 10 anos, que as

meninas se tornam mais altas. Sendo assim, para a medida de estatura, os dois sexos

apresentam valores similares dos 7 aos 14 anos de idade, e somente a partir dos 15

anos as diferenças intersexuais podem ser significantes. Em um estudo, Silva et al

(2010) comparou os sexos em relação à estatura e observaram os valores

estatisticamente superiores para o masculino nas idades: 7 e 13 a 17 anos, e, para o

feminino, nas idades de 10 a 12 anos, além de identificar que a partir dos 10 anos de

idade, a estatura começa a diferir entre os sexos. Tais diferenças estão relacionadas

ao início da adolescência, acompanhada pelo período do estirão de crescimento que

ocorre mais cedo no sexo feminino.

Quando unimos a idade e nível de atividade física, apesar de algumas

divergências de acordo com o tipo e a intensidade da atividade realizada, existe uma

maioridade sobre a diminuição da atividade física com o avanço da idade em ambos

os sexos (SEABRA, 2008), mas mais estudos são necessários para entender como e

porque acontece essa mudança (CHAD et al, 2009; MINANO et al, 2011).

O peso corporal também é um determinante biológico que varia conforme o

passar da idade. Guedes e Guedes (1997) sugerem um maior aumento do peso

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23

corporal a partir dos 16 anos de idade. Os mesmos autores, afirmam que para o IMC

(índice de massa corpórea) não há diferença significativa dos 7 aos 17 anos de idade,

sugerindo que moças e rapazes numa mesma faixa etária apresentam valores médios

do IMC bastante semelhantes. A despeito das análises de diferentes faixas etárias do

mesmo sexo, os autores observaram que há resultados similares da estatura e peso

corporal. Guedes (2010), em um estudo com adolescentes realizado em Montes

Claros, Minas Gerais, constatou que entre as moças, as prevalências de sobrepeso e

obesidade foram de 19,7% e 4,8%, respectivamente, enquanto entre os rapazes,

14,7% e 2,8%. Este estudo foi realizado com pessoas do Brasil inteiro, que extraiu

dados do Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR) e constatou que o IMC de

adolescentes e crianças brasileiras diferiu nas idades de 10, 12, 13, 14, 15 e 16 anos,

nas quais o sexo feminino apresentou valores superiores aos do masculino.

Quando pensamos em nível de atividade física e sexo, muitos estudos

demonstram que os meninos são mais ativos do que as meninas durante a

adolescência (SEABRA et al, 2008, MINANO et al, 2011 e CHAD et al, 2009), e o

declino durante a adolescência do nível de atividade física é menor nos meninos do

que nas meninas (CHAD et al, 2009). As diferenças registradas entre sexos estão

intimamente ligada ao tipo e a intensidade da atividade física realizada, mas as razões

ainda não são claras. Uma das hipóteses é que a idéia de corpo que está associada

ao esporte de alto rendimento não se enquadra muito bem nos modelos que as

meninas seguem como um corpo bonito (SEABRA, 2008).

Há também uma diferença quando relacionamos sexo, idade e aptidão física,

pois em um estudo com 383 adolescentes de 10 a 15 anos, Farias et al (2010)

demonstrou que os valores foram maiores nos meninos em relação as meninas para

resistência muscular e aptidão cardiorrespiratória e apenas menor para flexibilidade.

Meninos são mais ativos do que meninas adolescentes, por isso este é um

grupo que precisa de maior atenção na realização de programa para promoção de

atividade física. Em resposta a esta necessidade, estudos sobre a promoção exclusiva

para meninas e que atenda exclusivamente suas necessidades, estão cada vez mais

comuns. Estas necessidades são relatadas por elas, como a preferência de fazer

atividade física só com as meninas (evitando as comparações e comentários que

acontecem nas atividades físicas entre homens e mulheres), maior atenção dos

professores e menos problemas com sua autoimagem (MINANO et al, 2011).

Em outro estudo (OKELY, 2011), quando as meninas foram questionadas

sobre exercício físico, elas gostariam de: a) ter a oportunidade de escolher o que

querem praticar como atividades não convencionais (yoga, defesa pessoal e dança),

b) participar das atividades com os amigos, c) possuir professores com conhecimento

Page 27: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

24

e motivados para incentivar as meninas a praticarem esportes, d) poder usar roupas

modernas na prática de atividade, e) comportamento mais cooperativos dos meninos,

f) ter uma atividade mais intensa para que dure menos tempo. A percepção da falta de

energia e o desânimo foram, significativamente, maiores no grupo feminino. As

meninas despendem de 5% do seu tempo em atividades moderada/vigorosa e 60% do

seu tempo em atividade sedentárias.

Algo que acontece nas meninas e nos meninos adolescentes é a maturação

biológica. Por definição, maturação biológica são a sucessivas modificações que se

processam em um determinado tecido, sistema e função, ate que sua forma final seja

alcançada, portanto é o amadurecimento (GUEDES, GUEDES, 1997). Para Gallahue

et al (2005) maturação é o conjunto de alterações qualitativas que capacitam o

indivíduo a progredir para níveis mais elevados de funcionamento das funções

corporais.

Características do processo de maturação biológica:

Geneticamente determinado;

Leva o ser humano ao estado adulto;

Promove alterações funcionais;

A ordem dos eventos é de forma sequencial e ordenada;

O ritmo dos eventos pode variar: precoce, normal e tardio (Silva et al,

2008).

Durante a maturação biológica ocorre a maturação sexual. A adolescência é a

fase em que acontece esta maturação, que marca o início e o fim da adolescência

(HEALD, 1985). Para determinação do estágio de maturação sexual, há o método

proposto por Tanner (1962), onde são descritos cinco estágios de desenvolvimento da

genitália e da pilosidade pubiana nos rapazes e desenvolvimento mamário e

pilosidade pubiana para meninas.

Em um estudo sobre maturação sexual e atividade física (SEABRA et al, 2001),

meninos que praticavam uma atividade física direcionada e dirigida (futebol), possuíam

um estado maturacional mais avançado do que os não praticavam nenhum tipo de

atividade física. Este fato pode explicar as diferenças que meninos que praticam

exercício possuem uma maior altura e maior peso. No estudo, também foi detectado

que os meninos que praticavam futebol possuíam melhor força de membros inferiores,

resistência aeróbica, na força média, na agilidade e na velocidade.

2.4.2 - FATORES SOCIAIS E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

O suporte social emerge como um importante e consistente determinante da

atividade física de adolescentes (SEABRA, 2008). Neste capitulo, foram associados ao

Page 28: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

25

nível de atividade física do adolescente, fatores sociais como influência da família,

escola e nível socioeconômico.

A família possui influência no envolvimento e participação de adolescentes em

comportamentos saudáveis, existindo uma associação entre a atividade desenvolvida

pelos pais e a dos seus filhos (SEABRA, 2008). Em um estudo sobre a relação da

família com atividade física, Edwardson e Gorely (2010) citam que os pais deveriam

criar estratégias com o intuito de serem mais ativos juntos. Rocha et al (2011),

apresenta que momentos de lazer com a família fazem com que os adolescentes

sejam fisicamente mais ativos. Os pais que incentivaram seus filhos a praticarem

exercícios nos momentos de lazer em conjunto com os demais membros da família

constrói um comportamento que favorece o aumento do nível de atividades física dos

filhos (ROCHA et al, 2011). Edwardson e Gorely (2010) evidenciaram que:

a) Mães proporcionaram aos seus filhos um comportamento mais sedentário do

que os pais;

b) Meninos gostam mais de atividades esportivas e são mais incentivados pelos

pais a participar de eventos esportivos que as meninas;

c) Nível educacional dos pais, principalmente o da mãe, tem relação na maior

ocorrência de sobrepeso e obesidade de escolares, o autor sugere que a educação

materna é um fator de risco para a obesidade dos filhos.

Outra informação sobre a influência da família é em um estudo de Mello et al

(2005), que demonstrou que as crianças que têm até um irmão apresentaram maiores

chances de excesso de peso. Seabra (2008) identificou através de uma revisão de

literatura que ter irmão mais velho que possui um estilo de vida ativo, é possibilitar que

estes funcionem como modelos positivos na aquisição de hábitos de atividades físicas

por parte dos mais novos. Porém o autor ressalta que é necessário compreender se a

influência dos pais e/ou dos amigos na prática de atividades físicas tende a ser

semelhante nas diferentes fases de crescimento e desenvolvimento dos adolescentes.

Enquanto na infância, a família é o primeiro agente na transmissão de valores,

comportamentos e normas; a entrada na adolescência leva a desenvolver um sentido

de autonomia e de independência que os motiva a distanciarem-se de seus pais. Há

uma alteração de valores, que conduz a uma transferência das influências da família

para amigos (SEABRA, 2008), sendo o apoio oferecido por eles uma importante

ferramenta para a adoção e manutenção de um comportamento fisicamente ativo

(FERMINO, 2010; GONÇALVES et al, 2007). Atividades realizadas em grupo

contribuem no aumento do nível de atividade física dos adolescentes no tempo livre.

O ambiente escolar é outro fator social a ser estudado na promoção de um

estilo de vida ativo por parte dos adolescentes. A participação e a importância da

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26

escola como agente de intervenção para a prática de atividade física têm sido

ressaltadas (FIGUEIRA JUNIOR, 2009; LIMA et al, 2010), sofrendo diversas

influências positivas e/ou negativas que poderão condicionar os seus hábitos futuros a

prática de atividade física (SEABRA et al, 2008). Porém, entre 1992 e 2003, a

participação dos alunos nas aulas de educação física decresceu de 41,6% para 28,4%

(FIGUEIRA JUNIOR, 2009).

No sentido de promover aumento do nível de atividade física diária, as aulas de

educação física poderiam contribuir positivamente no estímulo de adolescentes a

participar de atividades físicas prazerosa, fazendo com que tenham um estilo de vida

ativo pelo maior número de anos. A qualidade e intensidade da aula de educação

física escolar esta relacionado com a prática de um estilo de vida saudável de adulto

(TRUDEAU e SHEPHARD, 2005).

A oportunidade da prática de atividade física que a escola oferece é uma forma

importante de promoção de saúde aos jovens para que realizem mais práticas

corporais, aumentando o nível de atividade física da vida diária (CHAD et al 2009).

Vivências de atividades gímnicas no contexto escolar, possibilitam ao adolescente

conhecer seu corpo, suas possibilidades de movimento e por consequências seus

limites corporais, permitindo a compreensão e o domínio de seus movimentos,

auxiliando no desenvolvimento de sua expressão e comunicação corporal

(GARANHANI, 2010).

A escola deve promover atividades que estimulem o movimento corporal,

observando as seguintes recomendações: a) As escolas devem permitir que os

estudantes participassem de pelo menos 30 minutos por dia de atividade

moderado/vigorosa durante o período escolar, incluindo o tempo nas aulas de

educação física, além de orientar a importância da atividade física fora da escola; b)

As escolas devem mostrar para as crianças e os pais, sobre o risco da inatividade

física; c) A escola deve acompanhar a qualidade das aulas de educação física

ministrada pelos profissionais; d) A escola deve promover atividades físicas que

somem pelo menos 150 minutos por semana no ensino fundamental e 225 minutos no

ensino médio; e) A escola deve promover atividades extracurriculares, como jogos,

programas de esportes entre os estudantes; f) Promover passeios de bicicleta, ou

caminhada, envolvendo a família e a comunidade, para estimular esta prática fora da

escola; g) Com o objetivo de melhorar a qualidade, é importante que as Universidades

de Educação Física revejam a formação profissional de seus estudantes (FIGUEIRA

JUNIOR, 2009).

Page 30: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

27

Além disso, devemos lembrar que o grupo que há dentro das aulas é

heterogêneo. Portanto, é importante observar os adolescentes que sejam

insuficientemente ativos, com excesso de peso e outros problemas de saúde, na

aplicação de um conteúdo especifico para este grupo. Se as práticas em Educação

Física não for apenas tecnicista, e ser uma educação para a autonomia física, a área

poderá ser uma das possibilidades de educação para a saúde (CAMARA et al, 2007).

As campanhas de Promoção da Saúde enfatizam o estilo de vida fisicamente

ativo, como um acesso para a saúde. A relação entre a prática de exercícios físicos

regulares e a prevenção de doenças trouxe à Educação Física uma importância dentre

as intervenções em saúde pública: a prevenção do sedentarismo e, por consequência

o ganho em saúde (CAMARA et al, 2007). No Brasil (GONÇALVES et al, 2007), e em

diversos países de diferentes níveis de desenvolvimento socioeconômico (FARIAS

JUNIOR, 2007) há um interesse crescente na promoção de estilo de vida ativo, pelos

benefícios que ele traz para o individuo. A escola é um espaço privilegiado para o

repasse de informação a crianças e jovens sobre a importância da prática de atividade

física para promoção de uma vida com mais saúde, e tentar desenvolver o interesse

dos alunos pelas atividades, esportes e exercícios temas que são realizados nas aulas

de Educação Física (IBGE, 2012).

Para Boccaletto (2005), as escolas devem procurar tratar do tema “saúde”

considerando a abrangência que ele tem como o ambiente em que se vive exemplo:

bem-estar, condição do trabalho, desenvolvimento social e econômico, condições e

estilo de vida, e o direito de cidadania. Desta maneira, para tratar de promoção da

saúde na escola devemos ter programas abrangentes, tentando incluir a todos

(CYRINO e PEREIRA, 1999). Devemos sempre lembrar as diferenças que há de

escola para escola como: tamanho, classe social, localização geográfica, experiência

dos professores e cultura. Se não forem utilizadas estas diferenças, podemos causar

uma intervenção errada na prática de atividade física. O importante é saber que cada

escola tem sua particularidade e que elas devem ser utilizadas para promover

atividade física na escola (OKELY, 2011).

De acordo com Boccaletto (2007) são motivos na promoção da saúde na

escola:

A saúde e a educação são fundamentais para o desenvolvimento social e

econômico;

A participação integral das crianças e jovens nas atividades escolares só é

possível na medida em que estiverem saudáveis, atentos e seguros;

Page 31: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

28

A escola é local onde a maioria da população de 5 a 14 anos de idade passa

boa parte de seu tempo;

O ambiente escolar é propício para realizar programas de saúde e educação

considerando que é local que muitas pessoas aprendem, trabalham, cuidam e

respeitam uns aos outros;

Os escolares se encontram em uma faixa etária com baixo coeficiente de

mortalidade e morbidade quando comparando a outras;

Esta é uma boa fase para a aquisição de novos conhecimentos, capacidades,

habilidades, valores e comportamentos determinantes na saúde. É um período

que deve dar oportunidade para experimentar coisas novas, podendo ter riscos

na aquisição de comportamentos inadequados na saúde se não acompanhado

da melhor forma.

Dessa forma a aula de educação física e a prática de atividade física, poderão

ser aplicadas pelo professor de forma dinâmica, a escola deve ter a intenção de

promover a saúde estimulando à autonomia.

Um fato a ser lembrado na promoção de saúde e incentivo a prática de

atividade física, é que meninos são mais ativos do que meninas adolescentes, por isso

este é um grupo que precisa de maior atenção para realização de programa para

promoção de atividade física (MINANO et al 2011). Em New South Wales na Austrália,

foi criado um programa especifico para mulheres, chamado Girls in Sport, que atendia

meninas do 8° e 9° ano em 2010, dando suporte e encorajamento para a prática de

esporte, educação física, recreação e atividades no tempo livre. O estudo indica

também que além das horas obrigatórias de educação física é necessário promover

outras atividades fora do horário curricular para aumentar a quantidade de horas de

atividade física. Essas atividades podem ser esportes competitivos, esportes

recreativos ou atividades de academia (OKELY, 2011).

Outro dado é o nível de atividade física que cai durante o ano letivo. Em um

estudo realizado por Chad et al (2009), os autores analisaram o nível de atividade

física de adolescentes através de questionários e acelerômetros durante dez meses

em um ano escolar de uma pequena cidade do Canadá. Os autores perceberam que o

nível de atividade física cai significativamente com o passar do ano letivo e quanto

mais velho o estudante, mais o nível de atividade física cai. Mas diminui menos nos

meninos do que para as meninas. A atividade física moderada e vigorosa são as que

mais sofreram queda. Segundo os autores, a escola pode contribuir criando

oportunidade para que adolescentes façam mais atividade física no ambiente escolar,

de maneira mais agradável para cada faixa etária e sexo, como maior flexibilidade nas

atividades e melhor estrutura para a prática de atividade física. Foi detectado no

Page 32: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

29

estudo que pessoas no início da adolescência gostam mais de praticar atividade física

do que os mais velhos.

A promoção da prática de atividade física na escola depende da estrutura que

possui. No Brasil, há colégios particulares, municipais, estaduais e federais. Além

desta divisão, o espaço físico e os materiais disponíveis são diferentes em cada tipo

de escola que são essenciais na melhor execução e estimulação da realização de

exercícios. Geralmente, os adolescentes que possuem maior estrutura e organização

na prática de atividades e exercícios físicos estudam em colégios particulares, que há

a necessidade de realizar o pagamento da mensalidade, não sendo possível para

todas as pessoas.

A PENSE (Pesquisa Nacional sobre a Saúde dos Estudantes, 2012), realizada

pelo IBGE, levantou a disponibilidade de alguns espaços e equipamentos destinados

para a prática de esportes e atividade física. A quadra de esportes é disponível para

79,4% dos escolares, sendo em uma proporção maior na rede privada (93,4%) do que

na pública (76,4%). O pátio da escola é utilizado para a atividade física, com instrutor,

para 52,2% dos escolares, numa proporção de 59,7% na rede privada e 50,6% na

rede pública. A pista de corrida e/ou atletismo é oferecida para apenas 1,9% dos

estudantes, nas proporções de 5,9% na rede privada e de 1,0% na pública. A piscina

também é pouco disponibilizada para os estudantes (6,7%), sendo muito diferenciada

a oferta para os alunos da rede privada (35,3%) em relação à oferta para os da escola

pública (0,7%).

Embora, apesar de possuir menor estrutura de apoio às atividades físicas, é a

escola pública que mais oferece atividade esportiva aos alunos, fora do horário regular

de funcionamento da escola. Cerca de 61,5% dos escolares da escola pública contam

com esse recurso, contra 38,3% da privada. Porém, ao considerar as atividades

esportivas que são pagas fora do horário regular escola, este dado se inverte, com a

rede privada oferecendo este serviço a 83,6% dos alunos (IBGE, 2012).

No entanto, a prática de atividade física fora da escola foi relatada por 28,1%

dos alunos (MELLO et al, 2010). Sluijs et al. (2007), apresentaram uma meta-análise

da efetividade de programas de intervenção de atividade física em crianças e

adolescentes. Os estudos avaliados mostraram a intervenção com a participação da

escola, família e comunidade. Alguns estudos apresentados pelos autores fizeram à

avaliação do programa de intervenção nos três fatores juntos e outros separadamente

em cada um dos grupos. Os resultados sugerem que as intervenções que envolveram

multicomponentes (escola, família, comunidade) parecem ser mais eficazes que

modelos com intervenção em um único componente.

Page 33: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

30

O nível socioeconômico é outro fator que mais tem sido referenciado na

literatura como modulador da prática de atividade física (SEABRA, 2008). A

associação entre o nível de atividade física e indicadores socioeconômicos em

adolescentes ainda são obscuros e conflitantes (FARIAS JUNIOR, 2009) e não

permitem identificar com clareza o sentido e a magnitude da associação entre o nível

socioeconômico e a atividade física (SEABRA, 2008).

A principal razão para esta divergência nos resultados pode ser explicada no

modo como o nível socioeconômico tem sido avaliado. Na literatura, Seabra (2008)

observou estudos que avaliaram pelo rendimento familiar ou pela formação acadêmica

da família e até pela atividade ocupacional de cada membro da família.

Alguns estudos relacionando nível socioeconômico e atividade física em

adolescentes deve ser destacado. Minatto (2014) publicou um estudo com 1.531

meninos de 6 a 17 anos de Cascavel (Paraná), estimando a prevalência de

adiposidade corporal elevada e sua associação com a aptidão musculoesquelética,

por nível econômico. Os resultados demonstram que os meninos de nível econômico

alto apresentaram valores superiores nas variáveis analisadas: resistência, potência

muscular de membros inferiores, e valores inferiores para flexibilidade e agilidade. A

resistência abdominal não diferiu entre os grupos de nível socioeconômico. Ademais,

em ambos os níveis econômicos, a adiposidade corporal elevada associou-se aos

baixos níveis de resistência abdominal e potencia muscular de membros inferiores. A

prevalência de adiposidade corporal elevada foi de 30,4% em toda a amostra, sendo

maior nos meninos de nível econômico alto (33,4%) em comparação aqueles de nível

econômico baixo (28,3%). Matsudo et al (2002) verificaram que 42,9% dos

adolescentes da rede de escolas particulares de São Paulo apresentaram níveis de

atividade física abaixo do recomendado para melhora da saúde. Netto Oliveira et al

(2010) analisou que houve uma prevalência de excesso de peso significativamente

maior entre as crianças brasileiras de famílias economicamente mais favorecidas em

relação às de menor renda, que pode estar relacionado com o baixo nível de atividade

física.

Entretanto, outros estudos (OESHLSCHLAEGER et al 2004; TERRES et al

2006; SEABRA, 2008; GOMES et al, 2009; FLAUSINO et al, 2012) dizem que

adolescentes com um nível socioeconômico maior possuem mais oportunidades e

espaços físicos adequados para a prática de exercícios físicos, sendo assim, o nível

de atividade física tende a ser maior. Possivelmente, as pessoas de nível

socioeconômico alto teriam melhores condições de acesso a programas de atividade

física, facilitando um comportamento mais ativo (GOMES et al, 2009) e dinheiro para

financiar uma mensalidade ou uma taxa para a prática (SEABRA, 2008). Foi

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31

demonstrado em um estudo (HALLAL et al, 2006), que a prática de atividade física no

tempo do lazer foi seis vezes maior entre as mães de nível A do que entre no nível E.

A mesma tendência foi mais frequente entre os meninos, de nível socioeconômico

alto, filhos de mães ativas e com menor IMC. Em compensação Coelho (2012)

observou que não houve diferença significativa entre renda familiar, escolaridade dos

pais, consumo alimentar e IMC.

Os fatores socioeconômicos exercem papel fundamental no desenvolvimento

físico, psicológico e social de crianças e adolescentes. As desigualdades

socioeconômicas são importantes determinantes sociais da saúde nesta população.

Isso porque são as condições econômica, cultural, biológica e ambiental, onde os

indivíduos e grupos familiares estão inseridos, que determinam a situação de saúde

(IBGE, 2012).

A prevalência de adolescentes fisicamente ativos em função de indicadores

socioeconômicos representam informações importantes no planejamento, implantação

e avaliação dos programas de incentivo a prática de atividade física, tentando

modificar os fatores que interferem nas escolhas dos adolescentes em relação a

atividades físicas (FARIAS JUNIOR, 2009).

2.4.3 - FATORES COMPORTAMENTAIS E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

O comportamento de escolares é facilmente identificado, em especial em

adolescentes. Nelson e Gordon-Larsen (2006) mostraram que:

Adolescentes fazem as próprias opções, muitas vezes contrárias ao determinado

pelos membros da família, escola, transgredindo o comportamento esperado;

Adolescentes fazem atividades que testam internamente suas capacidades de

controle sobre elas;

Adolescentes buscam atividades desafiadoras, como videogames, filmes de

ações, a “radicalidade” do skate, bicicleta;

Adolescentes passam a ter comportamentos que necessitam de aceitação dos

amigos. Nesse contexto, a atividade física e o esporte podem contribuir na melhora

da autoestima, autoeficácia.

Sobre os aspectos comportamentais que os adolescentes possuem e sua

relação com a atividade física, Figueira Junior (2009) diz que o modelo que poderia

explicar melhor esta relação, seria a partir da análise do comportamento como objeto

central de estudo.

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32

FIGURA 1. Representação adaptada do modelo ecológico de Figueira Junior (2009).

O Modelo Ecológico poderia sustentar a análise da atividade física e seus

fatores determinantes a partir da centralização do fenômeno. O fato de o indivíduo ter

um estilo de vida insuficientemente ativo, não é necessariamente uma opção pessoal,

mas o resultado de outras forças, como os aspectos socioculturais e ambientais, que

já está estabelecido em nossa sociedade, sendo difícil esta modificação (FIGUEIRA

JUNIOR, 2009).

A melhoria de alguns comportamentos habituais em adolescentes está

diretamente relacionado com a prática de atividade física. Os mais citados são: a

melhora da frequência diária as aulas, redução dos conflitos familiares (FIGUEIRA

JUNIOR, 2009), melhora da autoestima, ajuda no bem-estar, na socialização e ajuda a

evitar os distúrbios comportamentais comuns nesta fase (COELHO, 2012). Há também

uma redução nos comportamentos de risco como álcool e drogas, aumentando assim

a responsabilidade individual (NELSON e GORDON-LARSEN, 2006; FIGUEIRA

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33

JUNIOR, 2009). Nelson e Gordon-larsen (2006) demonstraram que adolescentes com

família em situação de risco, apresentaram maior nível de inatividade física e hábito de

fumar, usar álcool, drogas (maconha e cocaína), se associando a atos de vandalismo,

menor autoestima e além de dormir menos que os indivíduos ativos.

Porém, apesar de todo o conhecimento sobre os benefícios que a atividade

física traz, pouco se tem investido na promoção de um estilo de vida ativo específico

dos adolescentes (FARIAS et al, 2010) sendo que os programas de promoção da

atividade física são pouco efetivo para realizar alguma mudança comportamental. Tem

sido amplamente descrito que a melhoria desses programas está em um melhor

conhecimento sobre os fatores que influenciam os hábitos de atividade física dos

jovens (FARIAS JUNIOR, 2009).

Okely (2011) detectou que apenas 22% de meninas adolescentes acham a

atividade física importante. Sallis, Prochaska, e Taylor, (2000) demonstram que há a

relação da atividade física com a sua intensidade, duração e tipo, sendo que o

significado que aquela atividade traz, e a percepção do movimento corporal, têm um

fator decisório na aderência em um programa de exercício.

Para demonstrar a complexidade da análise do sedentarismo em adolescentes,

e a quantidade de fatores que a influência, um estudo realizado em Pelotas (HALLAL,

2006) constatou que o sedentarismo esteve associado ao: 1) sexo feminino, 2) alto

nível socioeconômico, 3) estudar em escola particular e 4) tempo diário assistindo à

televisão. Outro dado que comprova a complexidade do comportamento pelo nível de

atividade física dos adolescentes é um estudo que mostra que a prevalência de

sedentarismo total nos meninos foi maior nos seguintes grupos: 1) filhos de mães com

mais idade, 2) nível socioeconômico alto, 3) mães que não trabalham fora de casa,

4)adolescentes que não trabalhavam e não participavam das tarefas domésticas, 5)

jovens brancos ou indígenas e 6) pessoas que não encontravam amigos com

frequência.

O conhecimento sobre as atividades realizadas no tempo livre incentiva à prática

de atividades físicas na população. (ROCHA et al, 2011; GONÇALVES, et al, 2007). O

comportamento sedentário é frequente ocorrer no tempo livre em atividades como:

assistir TV, hábitos de leitura, utilizar microcomputador, jogos de videogame, dentre

outros (TRUDEAU e SHEPHARD, 2005; ENES e SLATER, 2010; CESCHINI et al,

2009). Foi detectado que só 50% dos adolescentes eram suficientemente ativos no

tempo de lazer (MONTEIRO et al, 2008), e que 75% do tempo diário do adolescente

são compostos por horas de sono e sentado (GIUGLIANO e CARNEIRO, 2004).

Ceschini et al (2009) diz que a interferência dos meios de comunicação verbais,

escritos e principalmente visuais, no dia a- dia da criança e do adolescente, como

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videogame e televisão, acabam atraindo mais a atenção deste público do que realizar

atividade física.

Figueira Junior (2000) demonstra que a realização destas atividades não tem

sido considerada como determinante, mas sim o tempo excessivo atribuído a elas. Há

uma relação entre número de horas diárias assistindo à televisão, sedentarismo e

atividade física (HALLAL et al, 2006). Estudos demonstraram que permanecer mais de

duas horas diárias sentado, está associado à maior prevalência de inatividade física

em adolescentes (CESCHINI et al, 2009), além do menor consumo de legumes e

frutas se comparados aos adolescentes que despendiam menos tempo sentados

(ENES e SLATER, 2010). Segundo Mello, Fernandez e Tufik (2010), uma das formas

de ajudar a controlar o tempo de atividades sedentárias é evitar a instalação de

televisão no quarto dos adolescentes, pois os resultados de seu estudo demonstraram

que pessoas que possuíam a TV no quarto são mais sedentárias do que as que não

possuem. Coelho (2012) demonstrou que 88,4% dos escolares de Ouro Preto, Minas

Gerais, permaneciam mais de 2 horas diárias em atividades sedentárias, como tempo

gasto em assistir televisão, jogar videogame e usar o computador. Monteiro et al.

(2007) relatou que 69,7% de indivíduos que residem em São Paulo assistiam televisão

por longos períodos no seu tempo diário (média de 209 minutos).

No entanto, em um estudo controverso a essa perspectiva, diz que quanto

maior o número de horas jogando vídeo game maior é o nível de atividade física de

crianças e adolescentes (HALLAL et al, 2006). Uma das possíveis hipóteses dada pelo

autor foi que grande parte dos jogos utilizados pelos adolescentes são de lutas e

esportes, o que poderia servir como estímulo à prática de atividade física.

Toda ferramenta que se propõe a melhorar o nível de atividade física da

população deve ser investigada, mesmo que seja realizada em casa ou ambientes

fechados (SOUZA et al, 2013), como o vídeo game interativo, que poderia minimizar o

efeito da inatividade física infantil em ambiente doméstico (RAUBER et al, 2013). O

vídeo game interativo é uma atividade que não traz todos os benefícios que as

brincadeiras ativas realizadas com outras crianças e em ambientes externos, porém

mostrou ser melhor para a saúde cardiovascular do que assistir TV (RAUBER et al,

2013). Em estudo realizado por Souza et al (2012) foi analisada a resposta

cardiovascular em adolescentes que jogaram Nintendo Wii®. Foram considerados os

exercícios realizados em intensidade leve e moderada (jogo de basquetebol), que

possibilitou melhorar e manter a aptidão cardiorrespiratória dos participantes. Portanto,

o vídeo game interativo é uma alternativa que pode contribuir com a redução do

sedentarismo infantil no ambiente doméstico, e minimizar a incidência de doenças a

ele relacionadas (RAUBER et al, 2013).

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35

Outro fator que deve ser considerado na hora de estudar os comportamentos

relacionados à atividade física são os hábitos alimentares. Somado a inatividade física,

a ingestão de alimentos inadequados vem contribuindo para o excesso de gordura

corporal nos adolescentes (ARRUDA e LOPES, 2007). O excesso de peso está

relacionado tanto a quantidade de alimento quanto à composição e qualidade da dieta

(OLIVEIRA, 2004).

Mudanças nos padrões alimentares, como o consumo de guloseimas (bolachas

recheadas, salgadinhos, doces) e refrigerantes, explicam em parte, o contínuo

aumento da obesidade em adolescentes (COELHO, 2012). Além do aumento do

consumo de refeições fora de casa, de bebidas adicionadas de açúcar e porções de

alimentos cada vez maiores (ENES e SLATER, 2010). O estado nutricional também

vem sendo categorizado pelo nível socioeconômico, Fortes et al (2013) verificaram

que adolescentes da rede de escolas particulares de São Paulo apresentaram pior

qualidade alimentar quando comparados aos da rede pública.

Como grande parte do dia o adolescente passa no ambiente escolar, entender

como funciona a alimentação neste ambiente é de extrema importância. O governo

federal determinou as diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas

escolas em âmbito nacional, que define a promoção da alimentação saudável como a

restrição ao comércio no ambiente escolar de alimentos e preparações com altos

teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e o incentivo ao consumo

de frutas, legumes e verduras (BRASIL, 2006). Este incentivo deve ser realizado

através das cantinas que se localizam dentro da escola, e geralmente, é o único lugar

disponível para a compra o alimento dentro do âmbito escolar. Cerca de metade dos

escolares estudavam em escolas com cantina. A presença de cantinas foi maior para

os estudantes de escolas privadas (94,8%) que estudantes da rede pública (39,4%)

(IBGE, 2012).

Para os adolescentes, a alimentação deve ser quantitativamente e

qualitativamente adequada para atender às especificas necessidades nutricionais

nesse período da vida (CHIARELLI, 2011). Os adolescentes podem ser considerados

um grupo de risco nutricional, pois há um aumento nas necessidades energéticas e de

nutrientes para atender o crescimento (ENES e SLATER, 2010). É importante

desenvolver hábitos de alimentação saudável entre crianças e adolescentes para sua

manutenção na vida adulta e consequente redução de risco de doenças crônicas e

obesidade (WHO, 2005).

Segundo estudo realizado por Chiarelli et al (2011) em Blumenau, com 10.933

adolescentes, de ambos os gêneros, matriculados em escolas da rede municipal,

detectou que há um excesso de consumo de ácidos graxos saturados pelos

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adolescentes. O autor ainda recomenda que seja feita uma promoção de educação

nutricional entre jovens para garantir uma ingestão adequada de nutrientes. O

consumo adequado de frutas, legumes e verduras têm sido apontados como um fator

protetor para a ocorrência de obesidade (ENES e SLATER, 2010).

A influência dos pais e amigos sobre os hábitos alimentares nesta fase é de

extrema importância. È comum que nesta fase o adolescente seja pressionado por

parentes a perder peso e investir em sua aparência física, podendo fazer com que

esses jovens iniciem hábitos alimentares ainda mais inadequados (FORTES et al,

2013). Enes e Slater (2010) chamam a atenção da importância da consolidação de

hábitos alimentares e de estilo de vida saudáveis na adolescência. Segundo os

autores, é nessa fase que esses hábitos são estabelecidos e muitas vezes mantidos

na vida adulta, portanto estudos com a relação de alimentos saudáveis e níveis de

atividade física devem ser mais realizados (COELHO, 2012).

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3.1- MODELO EXPERIMENTAL DO ESTUDO

Este estudo é caracterizado como observacional, de análise transversal e

descritivo, o qual associa os diferentes fatores do comportamento ao nível de atividade

física.

3.2 - LOCAL DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada com adolescentes e seus respectivos pais, estudantes de

um colégio particular (Colégio Arbos) na cidade de São Bernardo do Campo,

localizado na grande São Paulo, região metropolitana.

A cidade de São Bernardo do Campo é a cidade com o 11° PIB Nacional (SEADE;

IBGE, 2010), encontra-se na 15a posição no ranking nacional do Índice de Potencial

de Consumo (IPC), e na 4ª posição no ranking estadual. É o maior rendimento mensal

de trabalhadores formais do grande ABC (São Bernardo do Campo, Santo André e

São Caetano do Sul) com R$ 2.324,02 e um dos municípios mais populosos da região

metropolitana de São Paulo, tendo em 2010 de 765 mil habitantes, representando

1,9% da população paulista.

O Colégio Arbos possui alunos de alto nível socioeconômico tendo a

mensalidade ao redor de R$1.590,00, sendo 2,33 salários mínimos (Ensino

Fundamental 2) e R$ 1.880,00, sendo 2,75 salários mínimos (Ensino Médio) no

momento da pesquisa. Em 2013, o colégio possuía 60 professores e 715 alunos do

Ensino Infantil ao Ensino Médio, com 253 alunos na faixa etária do estudo.

No Ensino Fundamental 2, as aulas totalizam 5h30 diárias , somando 27h30 por

semana. As aulas de Educação Física ocorreram uma vez por semana, com duração

de 1h40. O Ensino Médio totaliza 34h30 semanais entre aulas no período matutino e

vespertino (duas vezes na semana). A Educação Física é obrigatória, realizada após o

horário de aula, uma vez na semana, com duração de 50 minutos.

Após o horário de aula, eram oferecidos treinamentos de basquete, vôlei, futsal,

natação, handebol, ginástica artística e judô, ministrados por professores

especialistas. A infraestrutura é composta por duas quadras, mini campo de futebol,

piscina, auditório e sala de judô. Segue abaixo um quadro comparando as

características de São Bernardo do Campo e do Colégio Arbos.

CAPITULO III - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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QUADRO 2: Características de São Bernardo do Campo e Colégio Arbos.

Características São Bernardo

do Campo

Colégio

Arbos %

População de 10 a 17 anos 93.800 253

(13 a 17 anos)

0,3

Colégios particulares Ensino Fundamental 51 1 2

Colégios particulares Ensino Médio 27 1 4

Matriculas no Ensino Fundamental particular 17.939 169 1

Matrículas no Ensino Médio particular 5841 84 1,4

Número de famílias com renda mensal

superior a 20 salários mínimos

13.700 93 (participantes

do estudo)

1

Domicílios com computador com acesso a

internet

130.822 93 (participantes

do estudo)

0,08

Fontes: IBGE (2010); www.saobernardo.sp.gov.br; www.emec.mec.gov.br; www.arbos.com.br

3.3- DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

Uma carta de apresentação foi entregue ao diretor do Colégio, juntamente com

o projeto de pesquisa e informações referentes aos objetivos do estudo, metodologia,

tratamento e análise das informações. A realização da pesquisa foi aprovada pelo

diretor (anexo 8), sendo acordada a apresentação dos resultados para a comunidade

escolar, após conclusão do estudo.

Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Judas

Tadeu (n°212.655/2013) baseado nas normas de Resolução 466/12 versão 2012

(anexo 7), foi iniciada a pesquisa com a distribuição dos questionários aos

adolescentes (anexo 2) juntamente com o questionário dos pais (anexo 3).

O estudo era para ser realizado nas três cidades do ABC, onde o colégio Arbos

possui unidades. Como orientação da instituição, os questionários foram entregues

nas mãos dos coordenadores de Educação Física de cada unidade, onde ocorreu um

treinamento de como deveria ser realizada a distribuição dos questionários para os

alunos de Santo André e São Caetano. Na unidade de São Bernardo havia a

permissão de passar nas salas de aula para a distribuição dos questionários e a

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explicação foi realizada pela pesquisadora. Como não obtivemos uma devolução

suficiente em Santo André e São Caetano, a pesquisa foi realizada apenas em São

Bernardo do Campo (SBC).

Os alunos levaram o questionário para casa para preencher juntamente com

seus pais no final de setembro (2013) e devolvidos em novembro de 2013. Os alunos

colocavam o questionário em uma caixa escura no departamento de Educação Física

e o TCLE- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexos 4, 5 e 6) em outra

caixa para que não houvesse o reconhecimento do respondente. Na época havia 253

alunos que estudavam nesta faixa etária, foram devolvidos 93 resultando em 36,75%.

3.4 - CARACTERÍSTICAS AMOSTRAIS

O presente estudo foi realizado com uma amostra de conveniência com 186

pessoas, sendo 93 adolescentes e seus 93 respectivos pais ou responsáveis. Os

adolescentes foram selecionados e por consequência os respectivos pais.

3.4.1 - CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Os critérios de inclusão dos adolescentes e dos respectivos pais foram os

seguintes:

1) Estudantes do Colégio Arbos de São Bernardo do Campo;

2) Indivíduos de ambos os sexos entre 13 e 17 anos;

3) Responder que havia uma renda familiar acima de R$15.000,00 (acima de 22

salários mínimos);

3.4.2 - CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos questionários em que:

1) O adolescente não estava com a idade determinada na data da avaliação;

2) Não ser morador da cidade de São Bernardo do Campo do Estado de São

Paulo;

3) Não ter respondido corretamente todas as questões do questionário.

As perguntas sobre o nível socioeconômico como característica da residência e

equipamentos eletrônicos foram respondidas apenas pelos pais.

A tabela abaixo demonstra as características da residência e equipamentos

eletrônicos da população estudada:

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TABELA 1: Característica da residência da amostra.

Características Número %

Casa com quintal 47 50,5

Casa sem quintal 2 2,2

Apartamento com área de lazer 31 33,4

Apartamento sem área de lazer 12 12,9

Sitio chácara ou fazenda 1 1

Considera sua casa

Grande 37 40

Média 49 52,6

Pequena 7 7,4

O adolescente tem TV no quarto

Sim 61 65,5

Não 32 34,5

O adolescente tem computador no quarto

Sim 54 58

Não 39 42

O adolescente tem tablet no quarto

Sim 28 30

Não 65 70

m ± dp

m2 da residência 164,2 ± 81,2

Quantidade de quartos 3,1 ± 0,7

Banheiros 3,1 ± 1,2

Aparelhos conectados a internet 5,6 ± 2,8

Computadores 2,3 ± 1,1

Celulares 3,4 ± 1,1

Tablets 0,9 ± 0,9

Aparelhos de Televisão 3,2 ± 1,2

Pessoas que possuem renda mensal 1,7 ± 0,8

Empregadas com salário mensal 0,5 ± 0,7

Carros na residência 1,7 ± 0,7

Ano de fabricação dos carros 2012 ± 0,6

Número de pessoas que vivem na casa

Crianças 1,3 ± 1

Adultos 2,3 ± 0,9

Idosos 0,1 ± 1

m, média; dp, desvio padrão

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41

3.5- MÉTODOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Segundo Alberto et al (2013) é comum que pesquisadores utilizem questionário

para avaliar o nível de atividade física em adolescentes no Brasil, na definição de

frequência, tipo e intensidade. Como recomendado por Chagas (2000), na formulação

de perguntas em um questionário, deve-se tomar o cuidado para que o significado da

pergunta seja o mesmo para o pesquisador e o respondente, evitando erro de

medição. Segundo o mesmo autor, não existe uma metodologia padrão no projeto da

construção de um questionário, mas existem recomendações de diversos autores para

que não haja problema de interpretação.

No presente estudo foram desenvolvidos dois questionários, um para o

adolescente e outro para os pais, com questões abertas e fechadas, divididos em 6

partes: 1- Responda sobre você ; 2- Responda sobre sua escola (adolescente) ou

sobre seu trabalho (pai); 3- Responda sobre seu tempo livre; 4- Responda sobre seus

hábitos alimentares; 5-Responda sobre sua casa (apenas para os pais); 6- Responda

sobre sua saúde, tendo como base o questionário utilizado por Figueira Junior (2000).

O questionário foi elaborado a partir de lacunas observadas nos levantamentos

epidemiológicos entre adolescentes, associados a fatores que influenciam o nível de

atividade física.

Para determinar o nível de atividade física dos adolescentes e dos pais, foi

aplicado o Questionário Internacional de Nível de Atividade Física (IPAQ- versão curta

8) com perguntas relacionadas a atividade física realizada última semana. O IPAQ

contém perguntas referentes à frequência semanal e a duração de cada sessão de

atividade física. O instrumento contém questões relacionadas à frequência de dias por

semana e à duração (tempo por dia) da realização de atividades físicas moderadas,

vigorosas e da caminhada. Foi validado por Craig et al (2003) em 12 países, sendo

validado para a realidade brasileira (MATSUDO et al, 2002) e Guedes et al (2006)

para adolescentes.

3.5.1- PROCEDIMENTOS DE CÁLCULOS

Para calcular o escore geral de atividade física semanal em minutos, a frequência

de cada intensidade de atividade física (moderada, vigorosa e caminhada) foi

multiplicada pela respectiva duração da sessão em minutos por dia. Dessa forma, foi

obtida a quantidade de minutos semanais praticados para cada intensidade de

atividade física. Em seguida, foi realizada a somatória dos minutos semanais de

atividade física vigorosa, moderada e caminhada para gerar o escore geral de

atividade física em minutos por semana.

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A classificação do nível de atividade física considerou o tempo de atividades

físicas realizadas na última semana, sendo que para os pais foi considerado ativo

quem realizou mais de 150 minutos de atividade física, e para os adolescentes foram

considerados:

Ativos: os indivíduos que acumularam pelo menos 300 minutos em atividades

moderadas, vigorosas e caminhada e,

Inativos: quando o tempo total em atividades físicas foi inferior a 150 minutos

semanais, seguindo recomendação da atividade física para adolescentes

(STRONG et al, 2005; JANSSEN, 2007).

Para todas as análises foi categorizado como ativo os adolescentes que

cumpriram mais de 300 minutos semanais e de 150 minutos para os pais.

3.6- ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foi utilizado à análise descritiva através da frequência das respostas e os

respectivos cálculos das proporções, média aritmética (m) e desvio padrão (dp) para

descrever as características das variáveis de natureza quantitativa. Com o intuito de

associar as variáveis de atividade física de forma quantitativa dos adolescentes e seus

respectivos pais foi utilizado o teste de distribuição de normalidade Kolmogorov-

Smirnov. Em função dos elevados valores de desvio padrão, foi adotado a distribuição

não-paramétrica das variáveis e, portanto, foi utilizado o teste U de Mann-Whitney.

As prevalências de atividade e inatividade física foram calculadas para as

categorias de cada variável independente. O nível de significância entre as proporções

foi avaliado por meio do teste qui-quadrado para heterogeneidade ou para tendência

linear e, quando necessário, através do teste Exato de Fisher.

A comparação entre médias aritméticas foi realizada pelo teste t de Student para

as amostras. O nível de significância adotado foi de p<0,05 para todos os testes. Os

cálculos foram realizados através do software GraphPad Prisma.

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43

O capítulo 4 foi dividido em 4 objetivos específicos, sendo realizado através de análises:

4.1- ANÁLISE 1: Descrever os fatores associados ao comportamento de

adolescentes de ambos os sexos em relação ao nível de atividade física

A análise 1 teve como objetivo descrever os fatores associados ao

comportamento de adolescentes de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico em

relação ao nível de atividade física.

O diagnóstico inicial demonstrou a análise dos comportamentos por sexo,

dividindo-os pelo nível de atividade física em ativo (acumula mais de 300 minutos de

atividades física por semana) e inativo (acumula menos de 300 minutos semanal de

atividades físicas). A tabela 2 demonstra as características deste grupo:

TABELA 2: Características das atividades físicas de adolescentes de ambos os sexos

FEMININO

MASCULINO

Ativo (n: 21)

Inativo (n: 26)

Ativo (n: 26)

Inativo (n: 20)

Idade (anos) 15 ± 1 15 ± 1 0,6591

14 ±1 14 ± 1 0,5356

TAF (horas) 14,4 ± 3 2,3 ± 0,2 <0,0001*

10,1 ± 1,1 2,4 ± 0,3 <0,0001*

TSS (horas) 11,1 ± 1 11 ± 1,8 0,8134

12,2 ± 1,2 9 ± 1,8 0,1323

Horas sono 7 ± 1 7 ± 1 0,5157 8 ± 1 8 ± 1 0,9819

TAF: Tempo de atividade física semanal; TSS: Tempo semanal sentado. *p<0,05

Encontramos que 47 adolescentes (50,5%) eram ativos independentemente do

sexo. Diferente deste resultado, dados da PENSE (2012), apontaram que 30,1% dos

escolares eram ativos, e 29,1% dos alunos das escolas privadas eram ativos.

Em nossa análise, os ativos representaram 56,52% dos meninos e 44,7% das

meninas. Dados nacionais (IBGE, 2012), demonstraram que dos ativos 39,1% eram

homens e 21,8% mulheres. Outros dados da literatura são consistentes com o

presente estudo e sustentam a afirmação de que os adolescentes do sexo masculino

são mais ativos do que o feminino, como os dados de Fermino et al (2010) e Lemos et

al (2010). Farias Junior et al (2014) analisou 2.361 adolescentes de João Pessoa-PB,

e demonstrou que 53% dos meninos e 47% das meninas eram ativas. Farias Junior et

al (2014) afirmam que os meninos recebem mais apoio para a prática de atividade

física.

CAPITULO IV - RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS ESTUDOS

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44

Houve diferença estatística apenas para o tempo de atividade física semanal

(TAF), para os meninos e para as meninas. Em compensação, o tempo semanal

sentado (TSS) foi similar entre os grupos, independentemente do nível de atividade

física.

A tabela 3 demonstra a percepção dos adolescentes sobre o peso e forma

física dos amigos e irmãos. Houve diferença significante nos resultados das meninas

ativas se acharem mais ativas que seus irmãos e os meninos ativos acharem que o

peso de seus irmão é mais saudável do que os inativos.

TABELA 3: Percepções pessoais dos adolescentes sobre amigos e irmãos

FEMININO MASCULINO

Ativo Inativo

Ativo Inativo

% (n) % (n) % (n) % (n)

Possui irmãos, brinca com eles

Sim 67(12) 58 (11) 0,5824 52 (11) 69(9) 0,332

Não 33 (6) 42 (8) 48 (10) 31 (4)

Considera que seus irmãos estão

Peso saudável 78(14) 71(13) 0,5218 95(20) --- <0,001*

Acima do peso 22(4) 29 (6) 5 (1) 100 (13)

Comparando com seus amigos, você se considera

Mais ativo 52(11) 23 (6) 0,1105 46 (12) 30 (6) 0,4248

Menos ativo 10 (2) 19 (5) --- 20 (4)

Tão ativo 38(8) 58 (15)

54 (14) 50 (10)

Comparando com amigos, você se considera em

Melhor forma 57(12) 35(9) 0,2660 31 (8) 20 (4) 0,9935

Pior forma 14 (3) 15 (4) 15 (4) 15 (3)

Tão em forma 29 (6) 50 (13) 54(14) 65 (13)

Comparando com irmãos, você se considera

Mais ativo 72 (13) 35 (6) 0,0470* 57(12) 54 (7) 0,8256

Menos ativo 16 (3) 42 (8) 5 (1) 23 (3)

Tão ativo 12 (2) 23 (5) 38 (8) 23(3)

Comparando com irmãos, você se considera em

Melhor forma 44 (8) 26 (5) 0,3358 37 (7) 38 (5) 0,9981

Pior forma 12 (2) 26 (5) 10 (2) 16 (2)

Tão em forma 44 (8) 48 (9) 53 (12) 46 (6)

*p<0,05

Sobre a percepção da forma física dos amigos, apontamos que 54% dos

meninos ativos se consideravam tão ativos quanto seus amigos e 31% se consideram

mais ativos. Dados de Correia (2013) afirmam que, se a amizade entre os meninos for

recíproca, é provável que os dois possam ser ativos. O mesmo autor encontrou

semelhanças entre amigos adolescentes portugueses no tempo sedentário diário, auto

reportado no questionário IPAQ, onde 65% dos meninos inativos consideram que

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45

possuem a mesma forma física de seus amigos. Segundo Coledam et al (2014), os

escolares que possuem a percepção de ser tão ou mais ativo que os amigos, possuem

1,66 a 8,17 vezes de praticar Educação Física. Farias Junior et al (2014) afirmam que

a prática de atividade física dos amigos se associou de forma direta e significativa com

o nível de atividade física dos adolescentes de ambos os sexos. Acordando, Fermino

et al (2010) diz que o apoio social dos amigos esteve associada com o maior

engajamento na prática de AF .

A tabela 4 é sobre o acesso e a utilização de aparelhos eletrônicos pelos

adolescentes. A única diferença estatística nos resultados desta tabela foi para a

utilização do tablet para acessar a internet, tanto para os ativos, quanto nos inativos.

Podemos perceber uma tendência que os adolescentes (independentemente do nível

de atividade física) possuem diversos aparelhos eletrônicos no quarto, porém não

possuem restrição dos pais no tempo de nenhum destes aparelhos.

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TABELA 4: Acesso a equipamentos eletrônicos dos adolescentes.

FEMININO

MASCULINO

Ativo Inativo

Ativo Inativo

% (n) % (n) % (n) %(n)

Acessa a internet

Sim 100 (21) 100 (26) 100 (26) 100 (20)

Não --- ---- --- ---

De onde acessa a internet

Celular 76 (16) 96 (25) 0,7649 65(17) 55 (9) 0,5897

Computador 95(20) 88 (23) 84 (22) 5 (19)

Tablet 38 (8) 46 (12) 57 (15) 50 (10)

Usa tecnologia antes de dormir

Sim 81 (17) 77 (20) 0,7372 46 (12) 60 (14) 0,1186

Não 19 (4) 23(6) 54 (14) 30 (6)

Possui TV no quarto

Sim 57 (12) 69 (18) 0,3912 69 (18) 65 (13) 0,6103

Não 43 (9) 31(8) 31 (8) 35 (7)

Possui computador no quarto

Sim 71 (15) 69 (18) 0,8699 31(8) 65 (13) 0,1590

Não 29 (6) 31 (8) 69 (18) 35 (7)

Possui tablet no quarto

Sim 14 (3) 27 (7) 0,2926 46 (12) 30 (6) 0,1133

Não 86 (18) 73 (19) 54 (14) 70 (14)

Possui restrição de tempo para: Utilização de computador

Sim 14 (3) 15 (4) 0,9162 23 (6) 30 (6) 0,1603

Não 86 (18) 85 (22) 77 (20) 70 (14)

Utilização de TV

Sim 10(2) 8 (2) 0,8230 8 (2) 15 (3) 0,5875

Não 90 (19) 92 (24) 92(24) 85 (17)

Utilização de celular

Sim 19 (4) 4(1) 0,0929 --- 10 (2) 0,2107

Não 81 (17) 96(25) 100 (26) 90 (18)

Utilização de tablet

Sim 14 (3) 4(1) 0,2023 11(3) 10 (2) 0,9065

Não 86 (18) 96(25) 89 (23) 90 (18)

Faço trabalho da escola no computador

Sim 95 (20) 92 (24) 0,6828 77 (20) 95 (19) 0,0906

Não 5 (1) 8 (2) 23 (6) 5 (1)

Utilizo tablet para acessar internet

Sim 33 (7) 42 (11) 0,0034* 61 (16) 40 (8) 0,0022*

Não 67 (14) 58(15) 39(10) 60 (12)

Utilizo celular para acessar a internet

Sim 67 (14) 88(23) 0,0695 65 (17) 60 (12) 0,7076

Não 33 (7) 12 (3) 35 (9) 40 (8)

*p<0,05

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47

Ao analisar os resultados, nosso estudo demonstrou que 100% dos alunos

possuíam acesso à internet. Dados do IBGE (2012) mostraram que 93,5% dos

escolares da rede privada possuem este acesso. Uma variável estudada foi sobre a

utilização do tablet para acesso a internet onde 92% das meninas inativas e 14% das

ativas utilizam este recurso. Como esta tecnologia ainda é nova, não existe trabalhos

que relacionem a utilização do tablet e nível de atividade física.

Apesar de não ter disponível o tempo que o adolescente permanece com os

equipamentos eletrônicos, este estudo demonstra que de 85 a 90% dos adolescentes

não possuem restrição para assistir TV, mas 65% a possui dentro do quarto. Sobre o

computador, 59% dos adolescentes o possuem no quarto e 30% o tablet. Ilha (2004)

mostrou que quanto maior o tempo na frente de aparelhos eletrônicos, maior o

acúmulo de gordura corporal e inatividade física dos adolescentes. No País, em 2012,

o hábito de assistir a duas horas ou mais de televisão, num dia de semana comum, foi

relatado por 78% dos estudantes (IBGE, 2012). Os percentuais observados entre os

adolescentes das escolas privada foram 77,5% do sexo feminino e 78,2% do

masculino. Os adolescentes da Região Sudeste apresentaram a maior frequência no

hábito de assistir duas horas ou mais por dia de televisão (80,2%). No estudo de

Fermino et al (2010), 30% permanecem mais de 4 horas assistindo TV por dia e 22,7%

ficam no computador.

Na tabela 5, encontramos os resultados relacionados ao comportamento frente

à atividade física que o adolescente tem durante a semana. Houve diferença nos

seguintes quesitos: meninas inativas não saem de casa para andar de bicicleta ou

patins e nem ir para a academia, mas saem mais para dançar.

A tendência dos resultados demonstrou que os meninos praticam mais

esportes que as meninas e as meninas inativas realizam menos atividades ativas. A

caminhada é um exercício mais realizado pelas meninas ativas e elas possuem mais

prazer nessa atividade.

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48

TABELA 5: Descrição das atividades realizadas pelos adolescentes durante a

semana.

FEMININO

MASCULINO

Ativo Inativo

Ativo Inativo

% (n) % (n)

% (n) %(n)

Joga videogame

Sim 38 (8) 46 (12) 0,5785 81 (21) 80 (16) 0,948

Não 62 (13) 54 (14) 19 (5) 20 (4)

Ajudo nas atividades domesticas de casa

Sim 67 (14) 69 (18) 0,8513 54 (14) 40 (18) 0,3514

Não 33 (7) 30 (8) 46 (12) 60 (12)

Saio de casa para andar de bicicleta ou patins

Sim 5 (1) --- <0,0001* 15 (4) 10 (2) 0,5906

Não 95(20) 100 (26) 85 (22) 80 (18)

Jogo esporte com pessoas da minha idade

Sim 10 (2) 31(8) 0,0768 50 (13) 40 (8) 0,4997

Não 90 (19) 69 (18) 50(13) 60 (12)

Saio para dançar

Sim 38 (8) 33 (6) 0,2630 --- 5 (1) <0,0001*

Não 62 (13) 77 (20) 100 (26) 95 (19)

Saio de casa para ir a academia

Sim 48 (10) 8 (2) 0,0001* 15 (4) 10 (2) 0,5909

Não 52(11) 92(24)

85(22) 90(18)

Saio de casa para ir a lutas/yoga

Sim 19 (4) 4 (1) 0,0929 8 (2) 5 (1) 0,7139

Não 81 (17) 96 (25) 92 (24) 95 (19)

Saio para treinar esporte

Sim 29 (6) 31 (8) 0,8699 77 (20) 60 (12) 0,2162

Não 71(15) 69 (18) 33 (6) 40 (8)

Realizo caminhada para me deslocar

Sim 57(12) 42 (11) 0,3118 35 (9) 30 (7) 0,0923

Não 43 (9) 58(15) 65 (17) 70 (13)

Realizo caminhada por exercício

Sim 48 (10) 11 (3) 0,0001* 15 (4) 20 (4) 0,6822

Não 52 (11) 89 (23) 85 (22) 80 (16)

Realizo caminhada por lazer

Sim 38 (8) 19 (5) 0,0476* 11(3) 15 (3) 0,0476*

Não 62(13) 81 (21) 89 (23) 75 (17)

*p<0,05

Descobrimos que os meninos praticam mais esporte do que as meninas,

confirmando com as respostas do estudo de Hardman et al (2013) que mostrou em

seu estudo com 4.207 adolescentes os meninos preferem realizar atividades de lazer

fisicamente ativa, sendo que a atividade mais citada foi o esporte (25%). Quando não

feita à divisão por sexo, os autores relatam que 58,5% dos adolescentes relatam que

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49

gostam de realizar atividades sedentárias como jogar computador e vídeo game nas

atividades de lazer. No nosso estudo, percebemos que esta é uma característica mais

comum entre os meninos onde 80% dos meninos ativos e inativos jogam vídeo game.

No presente estudo, os adolescentes praticavam mais atividades físicas e

esportivas do que as meninas (65,6% para os homens e 38,2% para as mulheres).

Concordando com este estudo, Azevedo Junior, Araujo e Pereira (2006)

demonstraram que a prática do futebol (53,1%) e do voleibol (29,1%) era a atividade

mais praticada pelos meninos.

As meninas reportaram praticar mais atividades físicas em academia. A dança

é uma atividade mais frequente do que para os meninos. Para Azevedo Junior, Araujo

e Pereira (2006), voleibol e a dança são as atividades mais praticadas e atividades

como a ginástica de academia e a musculação tiveram um considerável aumento na

preferência dos jovens, independentemente do sexo.

Os resultados sobre os hábitos alimentares dos adolescentes foram descritos

na tabela 6. Foi perguntado aos adolescentes se consumiam: fast food, frutas,

legumes, vegetais, frituras, carne vermelha, frango, peixe, refrigerante, suco

industrializado, café, salgadinhos fritos e se alimentam fora de casa.

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50

TABELA 6: Hábitos alimentares de adolescentes de ambos os sexos

FEMININO MASCULINO

Ativo Inativo

Ativo Inativo

% (n) % (n) % (n) % (n) Você come em fast food pelo menos uma vez na semana

Sim 62(13) 54 (14) 0,5785 35 (9) 50 (10) 0,2935

Não 38 (8) 46 (12) 65 (17) 50 (10)

Você come refeições fora de casa pelo menos uma vez na semana

Sim 95(20) 92 (24) 0,6828 85 (22) 75 (15) 0,4151

Não 5 (1) 8 (2) 15 (4) 25 (5) Você come frutas

Sim 95 (20) 88 (23) 0,4078 88 (23) 80 (16) 0,4283

Não 5 (1) 12 (3) 12 (3) 20 (4)

Você come legumes

Sim 86(18) 88 (22) 0,9162 65(17) 60 (12) 0,7076

Não 14 (3) 12 (4) 45(9) 40 (8)

Você come vegetais

Sim 86 (18) 81(21) 0,6538 69 (18) 60 (12) 0,5897

Não 14 (3) 19 (5) 31 (8) 40 (8)

Você come frituras

Sim 71 (15) 73 (19) 0,9000 81 (21) 90 (18) 0,3876

Não 29 (6) 27 (7) 19 (5) 10 (2)

Você come carne vermelha

Sim 86 (18) 77 (20) 0,4463 96 (25) 95 (19) 0,8491

Não 14 (3) 23 (6) 4 (1) 5 (1)

Você come frango

Sim 100 (21) 88 (23) 0,1077 96 (25) 95 (19) 0,8491

Não --- 11 (3) 4 (1) 5 (1)

Você come peixe

Sim 81 (17) 81 (21) 0,9873 96 (25) 90 (18) 0,4020

Não 19 (4) 19 (5) 4 (1) 10 (2)

Você bebe refrigerante

Sim 43 (9) 65 (17) 0,1225 77 (20) 90 (18) 0,1034

Não 57 (12) 35 (9) 33 (6) 10 (2)

Você bebe sucos industrializados

Sim 71 (15) 85 (22) 0,2721 35 (9) 30 (6) 0,7406

Não 29 (6) 15 (4) 65 (17) 70 (14)

Você bebe café

Sim 5(1) 50 (13) 0,0007* 81 (21) 65 (15) 0,6382

Não 95 (20) 50 (13) 19 (5) 25 (5)

Você come salgadinhos fritos

Sim 33(7) 50 (13) 0,2506 38 (10) 55 (11) 0,2643

Não 67 (14) 50 (13) 62(16) 45 (9) *p<0,05

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51

Sobre os hábitos alimentares, no presente estudo não houve diferenças

estatísticas, apenas as meninas inativas consomem mais café do que as ativas.

Seguindo uma tendência, nossos resultados demonstram que os inativos responderam

consumir mais alimentos não saudáveis como: 65% das meninas e 90% dos inativos

consomem refrigerante, 85% das meninas e 30% dos meninos consomem salgadinhos

fritos e 86% das meninas e 90% dos meninos consomem frituras. Segundo o dado do

IBGE (2012), os marcadores de alimentação não saudável mais referido pelos

escolares foi o consumo de refrigerante.

A conclusão da análise 1 foi:

• Meninos são mais ativos que meninas;

• Os inativos não ficam mais tempo sentado;

• Os adolescentes se consideram tão em forma e tão ativo quanto seus amigos e

irmãos, sugerindo que pessoas do mesmo nível de atividade física convivem juntos;

• As meninas ativas frequentam mais a academia e os meninos ativos praticam

mais esportes;

• Não houve diferença entre os hábitos alimentares de ativos e inativos.

4.2- ANÁLISE 2: Descrever as barreiras da prática de atividade física de

adolescentes de ambos os sexos em relação ao nível de atividade física

O objetivo da análise 2 foi descrever as barreiras para prática de atividade

física de adolescentes de ambos os sexos de alto nível socioeconômico, em relação

ao nível de atividade física. As barreiras referem-se a obstáculos percebidos pelo

indivíduo que podem reduzir seu engajamento em comportamentos saudáveis (SILVA

et al, 2010). A investigação das barreiras é importante na perspectiva de identificar os

fatores que possam ser modificados, além de direcionar de forma mais específica à

atuação de programas de promoção da atividade física com o objetivo de combater os

elevados índices de sedentarismo nesta população (CESCHINI e FIGUEIRA JUNIOR,

2007).

Para identificar as barreiras, foi perguntado aos adolescentes: se sentem

preocupados com seu aspecto físico, se possuem falta de: interesse, autodisciplina,

tempo, energia, companheirismo, diversão, estímulo, local, equipamento,

conhecimento e segurança na vizinha, além de medo de lesão, dores e falta de boa

saúde, demonstrados na tabela 7. Os resultados evidenciaram que houve diferenças

no comportamento dos adolescentes ativos e inativos.

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52

TABELA 7: Barreiras para a prática de atividade de adolescentes de ambos os sexo

FEMININO MASCULINO

Ativo Inativo Ativo Inativo

%(n) %(n) %(n) %(n)

Sinto preocupação com meu aspecto físico

Sim 24 (5) 54(14) 0,9334 4 (1) 45 (9) 0,0008*

Não 76 (16) 46 (12) 96 (25) 55 (11)

Falta de interesse pelo exercício/esporte

Sim 10 (2) 54 (14) 0,0014* 15 (4) 20 (4) 0,6822

Não 90(19) 46 (12) 85 (22) 80 (16)

Falta de autodisciplina para fazer exercício/esporte

Sim 24 (5) 54 (14) 0,0370* 15 (4) 30 (6) 0,2335

Não 76 (16) 46 (12) 85 (22) 60 (14)

Falta de tempo para fazer exercício/esporte

Sim 48 (10) 73 (14) 0,5421 46 (12) 45 (9) 0,9379

Não 52(11) 27 (7) 54 (14) 55 (11)

Falta de energia para fazer exercício/esporte

Sim 14 (3) 58 (15) 0,0023* 15 (4) 45 (9) 0,0270*

Não 86(18) 42 (11) 85 (22) 55 (11)

Sinto preguiça de fazer exercício/esporte

Sim 19 (4) 62 (16) 0,0034* 4 (1) 40 (8) 0,0022*

Não 81 (17) 38 (10) 96 (25) 60 (12)

Falta de companhia de amigos para fazer exercício/esporte

Sim 38 (8) 50 (13) 0,4144 38 (10) 20 (4) 0,1773

Não 62 (13) 50 (13) 61 (16) 80 (16)

Falta de diversão fazendo exercício

Sim 19 (4) 35 (9) 0,2355 4 (1) 15 (3) 0,1832

Não 81 (17) 65 (17) 96 (25) 85 (17)

Desânimo para fazer exercício/esporte

Sim 5(1) 54 (14) 0,0003* --- 35 (7) 0,0011*

Não 95 (20) 46 (12) 100 (26) 65 (13)

Falta de estímulo de amigos para fazer exercício/esporte

Sim 29 (6) 54(5) 0,4521 4 (3) 25 (5) 0,2324

Não 71 (15) 46 (21) 96 (23) 75 (15)

Falta de estímulo dos pais para fazer exercício/esporte

Sim 14 (3) 54 (5) 0,6538 4 (1) 15 (3) 0,1832

Não 86 (18) 46 (21) 96 (25) 85 (17)

Medo de lesão

Sim --- --- 19 (5) 35 (7) 0,2273

Não 100 (21) 100 (26) 81 (21) 65 (13)

Falta de equipamento para fazer exercício/esporte

Sim --- 54 (5) 0,0335* 8 (2) 30 (6) 0,0478*

Não 100 (21) 46 (21) 92 (24) 70 (14)

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53

Cont.

FEMININO

MASCULINO

Ativas Inativas

Ativos Inativos

Falta de local apropriado para fazer exercício/esporte

Sim 19 (4) 23 (6) 0,7372 35 (9) 20 (4) 0,2751

Não 81 (17) 77 (20) 65 (17) 80 (16)

Falta de conhecimento de como se exercitar

Sim 10 (2) 54 (5) 0,3527 19 (5) 15 (3) 0,7074

Não 90 (15) 46 (21) 81 (21) 85 (17)

Falta de boa saúde para fazer exercício/esporte

Sim 5 (1) 15 (4) 0,2403 19 (5) 10 (2) 0,3876

Não 95(20) 85(22)

81(21) 90(18)

Queixa de dores

Sim 19 (4) 35 (9) 0,2355 15 (4) 15 (3) 0,9713

Não 81 (17) 65(17) 85 (22) 85 (17)

Presença de lesão ou incapacidade

Sim 19 (4) 12 (3) 0,4722 19 (5) --- 0,0378*

Não 81 (17) 88 (23) 81 (21) 100 (20)

Pouca segurança na vizinhança

Sim 10 (2) 31 (8) 0,0768 15 (4) 20 (4) 0,6822

Não 90(19) 69 (18) 85 (22) 80 (16)

Falta de parques próximos de casa

Sim 14 (3) 39 (10) 0,0655 27(7) 35 (7) 0,5551

Não 86(18) 61 (16) 73 (19) 65 (13)

Falta de estímulo de parentes para fazer exercício/esporte

Sim 14 (3) 8 (2) 0,4661 8 (2) 15 (3) 0,4299

Não 86 (18) 92 (24) 92 (24) 85 (17)

Falta de planejamento das atividades

Sim 19 (4) 35 (9) 0,2355 19 (5) 45 (9) 0,0597

Não 81 (17) 65(17) 81(21) 65 (11)

Eu necessito repousar e relaxar no tempo vago

Sim 23,8 (5) 53,8 (14) 0,0370* 30,8 (8) 65 (13) 0,0209*

Não 76,2 (16) 46,2 (12) 69,2 (18) 35 (7)

Eu me sinto excluído pelos seus amigos na hora de jogar

Sim --- 15 (4) 0,0602 --- --- <0,0001*

Não 100 (21) 85(22) 100 (26) 100 (20)

Eu me sinto excluído pelos seus irmãos na hora de jogar

Sim 10 (2) 4 (1) 0,4963 5 (1) --- 0,3619

Não 90 (19) 96 (22) 95 (20) 100 (17)

Eu gosto de fazer esporte ou exercícios com minha mãe ou madrasta

Sim 34 (7) 38 (10) 0,0349* 31 (8) 35 (7) 0,9998

Não 5 (1) 31 (8) 8 (2) 10 (2)

Não faço 61 (13) 31 (8) 61(16) 55 (11)

Eu gosto de fazer esporte ou exercícios com meu pai ou padrasto

Sim 23 (5) 61 (16) <0,0001* 60 (15) 40 (8) <0,0001*

Não 67 (14) 31 (8) --- 10 (2)

Não faço 10(2) 8 (2) 40 (11) 50 (10)

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54

Os resultados demonstraram que as meninas inativas apresentam mais

barreiras do que qualquer outro grupo de maneira similar ao estudo de Silva et al

(2008). Os adolescentes percebem barreiras de maneiras distintas de acordo com o

gênero, o que exige ações específicas para a promoção da AF para esta faixa etária

(SANTOS et al, 2010).

Apesar de a amostra fazer parte de um nível socioeconômico alto, os

adolescentes inativos acham que não possuem equipamentos ideais para realizar

esporte, sendo relatada por 54% das meninas e 30% dos meninos. Este fato não foi

considerado barreira para os ativos de ambos os sexos.

Os meninos ativos relataram possuir mais lesões. Uma das possibilidades para

este resultado é que pode ser causada pelo fato de realizar mais esporte, afinal dos

meninos ativos 31% fazem esporte (resultado encontrado na análise 1).

Adicionalmente 67% das meninas ativas não gostam de realizar esporte com

os pais e apenas 5% não gostam de fazer com a mãe, além de 61% não realiza esta

atividade. Farias Junior (2014), diz que a atividade física do pai se associa

positivamente com a do filho, e a da mãe com a da filha. Uma das explicações do

próprio autor neste achado é que adolescentes do sexo masculino normalmente

identificam-se mais com os pais e as suas práticas, enquanto que os do sexo feminino

com as das mães.

Por mais que percepção de falta de energia e o desânimo estejam

estatisticamente diferentes de ativos e inativos independentemente do sexo, as

respostas foram maiores no grupo feminino que o masculino.

No presente estudo, 75,5% afirmam ter conhecimento de como realizar uma

atividade. Em um estudo de Ceschini e Figueira Junior (2007) com jovens do ensino

médio de colégios particulares, os autores evidenciaram que a falta de conhecimento

de como se exercitar foi a resposta mais prevalente entre os adolescentes de ambos

os gêneros.

Outro achado neste estudo foi à diferença estatística no relato dos inativos

(homens e mulheres) terem desânimo, preguiça e falta de energia em praticar

esporte/exercício. A motivação, principalmente a interna (que não necessita apenas de

recompensas externas), parece ser a chave para um melhor envolvimento de crianças

e adolescentes em práticas de atividades físicas (COPETTI, NEUTZLING e SILVA,

2010). Para os inativos deste estudo, a preguiça é a barreira mais citada, sendo 62%

pelas meninas e 40% pelos meninos, concordando com os resultados em Curitiba-PR

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55

de Silva et al (2010) onde 51,76% dos adolescentes inativos do seu estudo também

relataram a preguiça como maior barreira para a prática de atividade física. No estudo

de Pelotas-RS, Copetti, Neutzling e Silva (2010) relataram que 37,5% dos

adolescentes citaram a preguiça como sendo a segunda maior barreira. A preguiça

também foi a barreira mais citada no estudo de Santos et al (2010).

As barreiras sociais como incentivo dos amigos, do professor de educação

física e dos pais, assim como a falta de tempo não foram às respostas mais

prevalentes para esse estudo, similar aos resultados de Ceschini e Figueira Junior

(2007). A exclusão pelo irmão na hora de participar de AF foi à barreira menos citada

neste estudo. A companhia de alguém para a realização de AF contribui ao nível

mínimo de atividade física seja satisfatórios, Santos et al (2010) observaram em seu

estudo que a falta de companhia foi a barreira mais citada pelos meninos para não

realizar atividade física.

Copetti, Neutzling e Silva (2010) afirmam que mesmo possuindo associação

entre o sedentarismo no lazer e as barreiras, é importante demonstrar que variáveis

individuais são insuficientes para entender a complexidade de um fenômeno como a

prática de atividade física. Fermino et al (2010) demonstraram que ter percepção de

poucas barreiras, ser do sexo masculino e apresentar o apoio da família e dos amigos

estão diretamente relacionados a prática de AF.

A conclusão da análise dois foi:

• As barreiras mais citadas pelos adolescentes são as barreiras pessoais;

• Os adolescentes acham que não possuem equipamentos específicos para

praticar esportes, mesmo sendo de alto nível socioeconômico.

4.3 - ANÁLISE 3: Descrever as percepções de adolescentes de ambos os sexos

sobre a aula de Educação Física em relação ao nível de atividade física

A análise 3 descreveu as percepções adolescentes de ambos os sexos, de

alto nível socioeconômico sobre a aula de Educação Física, em relação ao nível de

atividade física. Foi analisada a quantidade de horas e vezes na semana de aulas de

EF, e as seguintes percepções sobre a aula: se sentem obrigados, gostam da aula e

das atividades oferecidas, se sentem bem, estímulos gerados e recebidos e sobre as

faltas.

A diferença estatística encontrada foi que as meninas ativas se sentem bem

após as aulas, comparando com as meninas inativas; e os meninos ativos se sentem

estimulados pelos amigos para realizar a aula de Educação Física.

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56

TABELA 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física

Feminino

Masculino

Ativo (n: 21)

Inativo (n: 26)

Ativo (n: 26)

Inativo (n: 20)

Vezes por semana possui aula de EF

1 1 1 ± 0,2 1 ± 0,3 0,8029

Minutos de aula de Educação Física

73 ± 24 81 ± 26 0,5021 90 ± 27 90 ± 30 0,8854

Sou obrigado a fazer aulas de Educação Física

% (n) % (n) % (n) % (n)

Sim 52(11) 76 (19) 0,0939 42(11) 65 (13) 0,1267

Não 48 (10) 24 (6) 58 (15) 35 (7)

Eu não faria aulas de Educação Física se não fosse obrigado

Sim 19 (4) 8 (2) 0,2678 11,5 (3) 20 (4) 0,4283

Não 81 (17) 92 (23) 88,5 (23) 80 (80)

Eu gosto de fazer aulas de Educação Física

Sim 95(20) 92 (23) 0,6577 100 (26) 100 (20) <0,001*

Não 5 (1) 8 (2)

Eu acho que as aulas de Educação Física são importantes

Sim 90 (19) 88 (22) 0,7881 100 (26) 100 (20) <0,0001*

Não 10 (2) 12 (3) --- ---

Eu sou estimulado por meus pais para fazer as aulas de Educação Física

Sim 62(13) 64 (16) 0,8834 81 (21) 60 (12) 0,1209

Não 38 (8) 36 (9) 19 (5) 40 (8)

Eu sou estimulado pelos meus professores para fazer aula de Educação Física

Sim 66 (14) 72 (18) 0,6954 85 (22) 60 (12) 0,0505

Não 34 (7) 28 (7) 15 (4) 40 (8)

Eu sou estimulado pelos meus colegas para fazer aulas de Educação Física

Sim 24 (5) 16 (4) 0,506 61 (16) 30 (6) 0,0338

Não 76 (16) 84 (21) 29 (10) 70 (14)

Eu estimulo meus amigos para fazer aulas de Educação Física

Sim 62 (13) 52 (13) 0,4997 54 (14) 65 (13) 0,4463

Não 38 (8) 48 (12) 46 (12) 35 (7)

Eu sinto vontade de fazer as aulas de Educação Física

Sim 86(18) 72 (18) 0,2613 100 (26) 95 (19) 0,2490

Não 14 (3) 28 (7) --- 5 (1)

Eu me sinto bem depois de fazer as aulas de Educação Física

Sim 95 (20) 72 (18) 0,0383* 88 (23) 95 (19) 0,4353

Não 5 (1) 28 (7) 12(3) 5 (1)

Eu geralmente falto nas aulas de Educação Física

Sim 10(2) 4 (1) 0,4498 --- 5 (1) 0,2490

Não 19 (19) 96 (24) 100 (26) 95 (19)

Eu não gosto de fazer as aulas de Educação Física

Sim 5 (1) 8 (2) 0,6557 11 (3) 10 (2) 0,8680

Não 95 (20) 92 (23) 89 (23) 90 (18)

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57

Cont.

FEMININO

MASCULINO

Ativas Inativas

Ativos Inativos

Eu faria as aulas de Educação Física mesmo se não fossem obrigatórias

Sim 95 (20) 92 (23) 0,6557 100 (26) 90 (18) 0,0992

Não 5 (1) 8 (2) --- 10 (2)

Eu acho que as aulas de Educação Física trazem benefícios para meu corpo

Sim 90 (19) 92 (23) 0,8550 100 (26) 100 (20) <0,0001*

Não 10 (2) 8 (2) --- ---

Gosto de praticar esportes individuais

Sim 90 (19) 88 (22) 0,7881 96 (25) 65 (13) 0,0057*

Não 10 (2) 12 (3) 4(1) 35 (7)

Gosto de praticar esportes coletivos?

Sim 90 (19) 80 (20) 0,3245 92 (24) 90 (18) 0,678

Não 10(2) 20 (5) 8 (2) 10 (2)

*p<0,05

Os resultados demonstram que todos adolescentes participam da aula de

Educação Física uma vez na semana, maior média encontrada na literatura

pesquisada, porém devemos lembrar que ela é obrigatória no colégio estudado. O

estudo de Coledam et al (2014) constatou que 78,4% dos adolescentes e 65,7% das

meninas realizavam aulas de EF. Dados do IBGE (2012) relatou que 81,7% dos

adolescentes praticaram aula de EF na semana anterior ao estudo. Segundo Hardman

et al (2013), o fato de participar de, pelo menos uma vez na semana da aula de EF,

aumenta em 73% para os meninos e 93% das meninas, as chances de gostar de fazer

AF, e ter prazer em praticar AF fora da escola. O autor ainda conclui que participar das

aulas de EF esta diretamente associada aos indicadores que expressam atitudes

positivas em relação à AF.

Todos os meninos do presente estudo gostam, acha importante e relatam que

traz benefícios para o corpo ao realizar aula de EF, concordando com os estudos de

Betti e Liz (2003) que a aula de EF é a disciplina que os escolares mais gostam, e o

estudo de Hardman et al (2010) que relata que os meninos foram mais propensos a

gostar e ter prazer em realizar EF.

Nosso estudo demonstra que mais de 90% dos meninos independentemente do

sexo e as meninas ativas gostam de praticar esportes coletivos. Porém, houve

diferença estatística na resposta dos meninos em gostar de esportes individuais

(ativos gostam mais do que inativos). Um estudo de Lovisolo (1995) demonstrou que

80% dos alunos gostavam das atividades desenvolvidas nas aulas de Educação

Física, inclusive a prática esportiva. Em um estudo de Betti e Liz (2003), a aula de

Educação Física é fortemente associada aos esportes e não considerada uma

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58

disciplina importante. Estudo de Perfeito et al, (2008), os alunos relatavam que

gostariam de vivenciar outras atividades, diferente dos esportes.

Neste estudo pesquisamos a influência dos amigos, pais e professores a

estimularem os adolescentes a realizar aulas de Educação Física. Descobrimos uma

tendência a maioria dos adolescentes se sentirem estimulados pelos seus professores

de Educação Física, concordando com Perfeito et al, (2008) e diferentemente do

estudo de Henrique e Januario (2005), onde um terço dos escolares não se sentiam

estimulados. Os adolescentes deste estudo demonstraram uma tendência a se

sentirem estimulados pelos pais. O estudo de Lovisolo (1995) evidência que os pais/

responsáveis atribuíam pequena importância a Educação Física.

A influência dos amigos como agentes socializadores é abordada por Henrique e

Januario (2005) sob duas perspectivas, a primeira sobre a popularidade dentro do

grupo em função de como é percebido quando ele é habilidoso. A segunda é sobre

que as relações de amizades contribuem para um estilo de vida ativo. O incentivo dos

amigos pode explicar maior prevalência de atividade física e participação em aulas de

EF (COLEDAM, 2014). No presente estudo, apenas 61% dos meninos ativos se

sentem estimulados pelos amigos a realizarem aula de EF, tendência não encontrada

nos outros grupos. Porém, todos os grupos relatam estimular seus amigos a realizar

EF.

Outra tendência encontrada nos resultados foi sobre a obrigatoriedade nas aulas

de EF pelos adolescentes. No presente estudo, 80% dos adolescentes fariam aula de

EF mesmo se não fossem obrigadas, similar ao estudo de Betti e Liz (2003) onde

relataram que 70% das adolescentes também se envolveriam nas aulas de EF.

Portanto, a conclusão da análise 3 foi que os adolescentes:

• Se sentem bem;

• Acham importante e gostam das aulas de educação física.

• Os adolescentes se sentem estimulados pelos professores e estimulam seus

amigos a realizar Educação, mas não se sentem estimulados pelos seus

amigos.

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59

4.4- ANÁLISE 4:

O objetivo da análise 4 foi descrever os fatores associados ao

comportamento, em relação ao nível de atividade física de adolescentes e seus

respectivos pais ou responsáveis de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico.

O grupo de pais ativos cumpriam 150 minutos semanais de atividade física e

de 300 para os adolescentes, e inativos os que não cumpriam este tempo. Nesta

análise, foram utilizadas as mesmas questões para pais e filhos.

A tabela 9 ratificou as características destes grupos, como sexo, idade e horas

de atividades físicas semanais (TAS).

TABELA 9: Características amostrais da análise 4.

Ativos

Inativos

Pais Filhos

Pais Filhos

(n: 29) (n: 29)

(n: 20) (n: 20)

Idade (Anos) 47 ± 7 14 ± 1

44 ± 8 14 ± 1

TAS 651 ± 558 733 ± 709

92 ± 32 126 ± 69

Sexo dos pais que responderam o questionário

% (n)

% (n)

Feminino 86,2 (25)

0,0001* 75 (15)

0,1908

Masculino 13,8 (4)

25 (5)

*p<0,05

No nosso estudo, 59% da amostra é ativa. Silva et al (2008), mostraram a

associação entre nível econômico e prática de atividades físicas dos pais e dos filhos.

Para os autores, mais da metade (52,4%) dos pais e (70,3%) filhos do nível econômico

A, foram considerados ativos.

Foi demonstrado que há uma diferença no tempo de atividade física semanal

(TAS) de pais e filhos, sendo que os filhos, independentemente do nível de AF

realizam mais atividade física. Houve diferença estatística para mães ou responsáveis

que responderam os questionários dos filhos ativos, demonstrando que as mães

responderam mais o questionário do que os pais, no grupo ativo.

Segundo Farias Junior (2014) afirma que a prática de atividade física do pai se

associa com a do filho, e da mãe com a da filha. Em nosso estudo, não houve esta

associação:

Ativos: 86,2% eram mães e 34,5% dos adolescentes eram meninas,

Inativos: 75% eram mães e 50% eram meninas.

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60

A tabela 10 trouxe os resultados sobre as atividades realizadas pelos

adolescentes e pais durante a semana. Foram realizadas perguntas como utilização

de equipamentos eletrônicos (televisão, computador, tablet), se realizam atividades

físicas como caminhada, dança e esportes, e como vão ao trabalho ou escola.

TABELA 10: descrição das atividades realizadas pelos pais e filhos durante a semana.

Ativos (n:29)

Inativos (n:20)

Pais Filhos

Pais Filhos

Assisto televisão

% (n) % (n)

% (n) % (n)

Sim 97(28) 93 (27) 1 100 (20) 90 (18) 0,4872

Não 3 (1) 7 (2) -- 10 (2)

Utiliza o computador para trabalhar/estudar

Sim 55,2 (16) 82,2(25) 0,0195* 50 (10) 90(18) 0,0138*

Não 44,8 (13) 13,8(4) 50 (10) 10 (2)

Utiliza o tablet para pesquisar

Sim 21 (6) 38(11) 0,2483 20 (4) 30 (6) 0,7164

Não 79 (23) 62(18) 80 (16) 70 (14)

Jogo vídeo game

Sim 17 (5) 59 (17) 0,0025* 20(4) 65 (13) 0,009*

Não 83 (24) 41 (12) 80(16) 35 (7)

Ajudo nas atividades domésticas de casa

Sim 86 (25) 69 (20) 0,2070 75(15) 60 (12) 0,5006

Não 14 (4) 31 (9) 25(5) 40 (8)

Fico sentado/descansando

Sim 21 (6) 69 (20) 0,0005* 35(7) 70 (14) 0,0567

Não 79 (23) 31 (9) 65(13) 30 (6)

Saio de casa para ir a academia

Sim 24 (7) 34 (10) 0,5648 10(2) 10 (2) 1

Não 76 (22) 66 (19) 90(18) 90 (18)

Saio de casa para ir a lutas/yoga

Sim 7 (2) 10 (3) 1 5(1) --- 1

Não 93 (27) 90 (26) 95(19) 100 (20)

Saio para treinar esporte

Sim --- 62 (18) ≤0,0001* 15(3) 30 (6) 0,4506

Não 100 (29) 38 (11) 85(17) 70 (14)

Realizo caminhada para me deslocar

Sim 76 (22) 41 (12) 0,0156* 20(4) 30 (6) 0,7164

Não 24 (7) 59 (17) 80(16) 70 (14)

Realizo caminhada por exercício

Sim 52 (15) 31 (9) 0,1821 5(1) 25 (5) 0,1818

Não 48 (14) 69 (20) 95(19) 75 (15)

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61

Realizo caminhada por lazer

Sim 38 (11) 14 (4) 0,0700 10(2) 15 (3) 1

Não 62 (18) 86 (25) 80(18) 85 (17)

Como vai para escola/trabalho

Carro 79 (23) 83 (24) 0,9832 85(17) 90 (18) 0,7943

Bicicleta --- --- --- ---

Ônibus 14 (4) 10 (3) 10 (2) 10 (2)

A pé 7 (2) 7 (2) 5 (1) ---

Como volta da escola/trabalho

Carro 79 (23) 66 (19) 0,1680 85(17) 95 (19) 0,6952

Bicicleta --- --- --- ---

Ônibus 14 (4) 17 (5) 10 (2) 5(1)

A pé 7 (2) 17 (5) 5 (1) ---

*p<0,05

Foi identificada diferença estatística na utilização de computador e vídeo game.

Os filhos utilizam mais estes equipamentos eletrônicos do que seus pais,

independentemente do nível de atividade física. Os pais ativos ficam mais sentados

descansando do que seus filhos.

Houve diferença estatística para os pais ativos que utilizam mais caminhadas

para se deslocar do que os filhos. Houve uma tendência nos resultados demonstrados

que os pais e filhos realizam atividades físicas diferentes durante a semana. Os filhos

ativos praticam mais esportes, e os pais caminham mais.

Em nosso estudo, para os pais ativos os filhos realizam estas atividades: 62%

praticam esportes; 10% lutas/yoga e 34% frequentam academia. Entretanto, para os

inativos os seguintes resultados foram observados as seguintes respostas: 30%

praticam esportes, 0% lutas/yoga e 10% academia. Relacionando com estes

resultados, Farias Junior (2014), relata que há uma associação direta e significativa

entre a prática de atividades físicas organizadas (esporte, lutas/yoga e frequentar

academia) dos filhos e o nível de atividades físicas dos pais.

Os resultados sobre os hábitos alimentares estão descritos na tabela 11.

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62

TABELA 11: Hábitos alimentares de pais e filhos

Ativos (n:29)

Inativos (n:20)

Pais Filhos Pais Filhos

% (n) % (n) % (n) % (n)

Você come em fast food pelo menos uma vez na semana?

Sim 17 (5) 90 (26) ≤0,001* 45(9) 45 (9) 1

Não 83(24) 10 (3)

55(11) 55 (11) Você come refeições fora de casa pelo menos uma vez na semana?

Sim 58 (17) 90(26) 0,0148* 80 (16) 90 (18) 0,6614

Não 42 (12) 10(3) 20 (4) 10 (2)

Você come doce?

Sim 86(25) 93 (27) 0,6701 80(16) 90 (18) 0,6614

Não 14 (4) 7 (2) 20(4) 10 (2) Você come frutas?

Sim 100 (29) 93 (27) 0,4912 85(17) 95 (19) 0,6050

Não --- 7 (2)

15(3) 5 (1)

Você come legumes?

Sim 100 (29) 79 (23) 0,0235* 85(17) 80 (16) 1

Não --- 21(6) 15(3) 20 (4)

Você come vegetais?

Sim 100 (29) 83(24) 0,0518 90(18) 80 (16) 0,6614

Não --- 17 (5) 10(2) 20 (4)

Você come frituras?

Sim 59 (17) 72,(21) 0,4077 80(16) 80 (16) 1

Não 41 (12) 28 (8) 20 (4) 20 (4)

Você come carne vermelha?

Sim 79 (23) 93 (27) 0,2529 100(20) 85 (17) 0,2305

Não 21 (6) 7 (2) --- 15 (3)

Você come frango?

Sim 90 (26) 97 (28) 0,6115 95(19) 95 (19) 1

Não 10 (3) 3 (1) 5 (1) 5 (1)

Você come peixe?

Sim 96 (28) 83 (24) 0,1936 85 (17) 85 (17) 1

Não 4 (1) 17 (5) 15 (3) 15 (3)

Você bebe refrigerante?

Sim 45 (13) 62 (18) 0,2924 60 (12) 80 (16) 0,3008

Não 55 (16) 38 (11) 40 (8) 20 (4)

Você bebe sucos industrializados?

Sim 55 (16) 90(26) 0,0070* 85 (17) 85 (17) 1

Não 45 (13) 10(3) 15 (3) 15 (3)

Você bebe café?

Sim 76 (22) 21 (6) ≤0,001* 80 (18) 40 (8) 0,0022*

Não 24 (7) 79 (23) 20 (2) 60 (12) Você come salgadinhos fritos?

Sim 20,7 (6) 21 (6) 1 55 (11) 50 (10) 1

Não 79,3 (23) 79 (23) 45 (9) 50 (10)

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63

Houve diferença estatística nos hábitos alimentares de pais e filhos ativos para

comer em fast food, realizar refeição fora de casa, comer legumes, beber suco

industrializado e beber café. Em nosso estudo, houve maiores hábitos diferenciados

(diferenças estatísticas) para os pais e filhos ativos, diferentemente de Ilha (2004) que

não demonstrou associação dos hábitos alimentares dos pais com os filhos.

Encontramos uma maior tendência em comer fast food, realizar refeições fora

de casa, e tomar suco industrializado (que podem ser considerados menos saudáveis)

pelos filhos. Enquanto comer legumes é um hábito mais comum aos pais,

independentemente do nível de AF.

Já para os inativos, percebemos que o hábito alimentar é mais parecido de pais

e filhos, sendo que a única diferença que houve foi de tomar mais café pelos pais.

Segundo Ilha (2004) não há associação entre as variáveis de atividade física e

nutrição, confirmando que o papel dos pais é mais de apoiadores de como exemplos.

Os resultados encontrados apontam características que devem ser

consideradas por professores e pesquisadores, tanto na execução e aumento de

participação na aula de Educação Física, quanto na formulação de políticas publicas

para o incentivo a prática de AF. Podendo ser utilizado como proposta para futuras

pesquisas experimentais com o mesmo objetivo. Sugere-se que trabalhos futuros que

investiguem outros fatores para melhorar a qualidade e a participação de adolescentes

em atividades ativas, além de estudar adolescentes de outras regiões e de outro nível

socioeconômico.

A conclusão da análise 4 foi:

• Os adolescentes utilizam mais equipamentos eletrônicos que seus pais;

• Os adolescentes ficam mais sentados que seus pais;

• Os adolescentes praticam mais esportes que seus pais;

• Houve uma maior diferença entre hábitos alimentares entre pais e filhos ativos.

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64

5.1 - Considerações Finais

O presente estudo analisou os fatores associados ao comportamento, de

adolescentes de ambos os sexos, de alto nível socioeconômico em relação ao nível

de atividade física; as barreiras dos adolescentes para a prática de atividade física; as

percepções dos adolescentes sobre a aula de Educação Física, e os fatores

associados ao comportamento, adolescentes e seus respectivos pais ou responsáveis

em relação ao nível de atividade física. Após a discussão, percebemos que as

hipóteses foram confirmadas.

Para demonstrar os resultados obtidos nas análises, utilizamos o modelo

ecológico como fundamentação teórica para identificar os fatores que influenciam no

nível de atividade física de adolescentes, mesmo tendo o comportamento como centro

do fenômeno. Circulamos os fatores que foram encontrados em nossa dissertação.

CAPITULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

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65

Percebemos que os fatores socioculturais e individuais foram os mais citados.

Os ambientais não foram amplamente analisados nesta dissertação por conta de

todos os participantes serem moradores de São Bernardo do campo. Outro dado

encontrado foi que os sujeitos considerados ativos realizam algum exercício

direcionado durante a semana.

Sobre o ambiente escolar foi possível compreender que este pode ser um

influenciador para o aumento do nível de atividade física. No primeiro momento dentro

da aula de EF, que pode contribuir com o aumento do nível de atividade física. Os

professores podem programar atividades pedagógicas prazerosas, lúdicas e que

promovam a participação de todos. O segundo momento é a promoção de atividades

que o adolescente tenha conhecimento mais profundo dos conceitos e benefícios de

um estilo de vida e nutrição saudável até sobre a prática de atividade física. Este

Page 69: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

66

momento não deve ser de responsabilidade apenas dos professores de Educação

Física. Como se trata de um benefício para o ser humano, outras áreas de

conhecimento podem contribuir para a realização desta atividade.

Como fator social, a família é um dos maiores fatores influenciadores para a

realização de atividade física de adolescentes, podendo colaborar com o aumento do

nível de atividade física na vida diária além de incentivar a redução de tempo em

atividades sedentárias. Ainda a família pode incentivar a prática de atividades física no

tempo de lazer, permitindo que no tempo livre a família esteja junta em atividades ao

ar livre, jogando, brincando, correndo, aumentando assim, a interação entre os

membros da família.

Como intervenção prática desta dissertação, será realizada uma palestra

informativa dentro do colégio Arbos, para os pais dos alunos do Ensino Fundamental 2

e Ensino Médio, repassando as informações coletadas e os resultados obtidos com o

estudo, para que os pais consigam ter um maior conhecimento sobre os fatores

associados a atividade física de seus filhos, os benefícios que a atividade física traz

para a saúde e sugestões de como aumentá-lo.

Mediantes a análise dos resultados do presente estudo, recomenda-se

desenvolver programas de promoção da saúde dentro e fora do ambiente escolar, na

tentativa de contribuir para formação de percepções, atitudes e comportamentos mais

positivos à saúde para tentar contribuir para a adoção de um estilo de vida mais

saudável; e investigar o papel de outros fatores associados para a adoção de

comportamentos mais ativo como o ambiente, que poderão trazer benefícios na saúde

e a transferência para vida adulta.

Os próximos passos desta dissertação, será a publicação das análises 1, 2 e 4,

o cruzamento de novos dados; e a utilização de outras respostas do questionário.

5.2- Limitações do estudo

Considerando as limitações do estudo, apontamos que: a) a amostra de

conveniência pode demonstrar visão especifica, não permitindo ampliar aos demais

níveis populacionais; b) dinâmica na aplicação dos questionários, em que os

adolescentes e pais puderam responder em casa, fato que pode ter apresentado

alguma interferência, embora a orientação tenha sido para repostas individuais; c)

grande extensão do questionário.

Page 70: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

67

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adolescentes. Um estudo por grupos focais. Revista Brasileira de Desempenho

Humano. v.12, n.3, p-137-143.

86. SEABRA, A. et al. (2008). Age and sex differences in physical activity of

portuguese adolescents. Medicine Science Sports Exercise. v. 40, n. 1, p.65-70.

87. SEABRA, A.; MAIA, JA.; GARGANTA, R. (2001). Aptidão física e habilidades

motoras em jovens futebolistas. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto.

v. 1, n. 2, p.22-35.

88. SEABRA, A. et al. (2008). Determinantes biológicos e sócio-culturais. Caderno de

Saúde Pública. v. 24, n. 4, p. 721-736.

89. SEADE. Fundação Sistema Estadual de Analise de Dados. Disponível em

https://www.seade.gov.br/ acessado em 24 de março de 2013.

90. SILVA, D.A.S. et al. (2010). Comparação do crescimento de crianças e

adolescentes brasileiros com curvas de referência para crescimento físico: dados

do projeto esporte Brasil. Jornal de Pediatria, v. 86, n. 2, p. 115-120.

91. SILVA, I.C.M. et al (2008). Atividade física de pais e filhos: um estudo de base

populacional. Revista Brasileira de Educação Física Especial. v.22, n.4, p.257-

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92. SILVA, K.S. et al. (2008). Associações entre atividade física, índice de massa

corporal e comportamentos sedentários em adolescentes. Revista Brasileira de

Epidemiologia. v. 11, n. 1, p. 159-168.

93. SILVA, R.J. S. et. al. (2005). Crescimento em crianças e adolescentes:um estudo

comparativo. Revista Brasileira de Cineantropometria do Desempenho

Humano. v. 7, n. 1, p.12-20.

94. SLUIJS,V., et al. (2007) Effectiveness of interventions to promote physical activity

in children and adolescents: systematic review of controlled trials. Bmj, v. 335, n.

7622, p. 703.

95. SOUZA, R.A. et al. (2013). Respostas cardiovasculares jogando nintendo WII.

Revista Brasileira de Cineantropometria do Desempenho Humano. v. 15, n. 1,

p. 60-70.

96. TAMMELIN, T. et al. (2013). Physical activity and sedentary behaviors among

finish youth. Medicine Science Sports Exercise. v. 39, n. 7, p.1064-1067.

97. TANNER, J.M. (1962.). Growth and adolescence. Blackwell scientific publication.

Oxford.

98. TASSITANO, R.M. et al. (2007). Atividade física em adolescentes brasileiros: uma

revisão sistemática. Revista Brasileira de Cineantropometria Desempenho

Humano. v. 9, n. 1, p.55-60.

99. TERRES, N.G. et al. (2006). Prevalência e fatores associados ao sobrepeso e à

obesidade em adolescentes. Revista Saúde Pública. v. 40, n. 4, p.627-633.

Page 77: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

74

100. TRUDEAU, F.; LAURENCELLE, L.; SHEPHARD, R.J. (2009). Is fitness level in

childhood associated with physical activity level as an adult? Pediatric Exercise

Science. v.21, n.3, p. 329-338.

101. TRUDEAU, F; SHEPHARD, R.J. (2005). Contribution of school programmes to

physical activity levels and attitudes in children and adults. Sports Medicine. v.

35, n. 2, p.89-105.

102. VENANCIO, P;TEIXEIRA, C.G.O.; SILVA,F.M. (2013). Excesso de peso, nível

de atividade física e hábitos alimentares em escolares da cidade de Anápolis-GO.

Revista Brasileira de Ciência do Esporte. v. 35, n. 2, p. 441-453.

103. WHO. (2005). World Health Organization. The challenge of obesity in the

WHO European Region. Copenhagen, Bucharest.

104. WHO. (2006). Multicentre Growth Reference Study Group. WHO Child

GrowthStandards: length/height-for- age,weight-for-age,weightfor-length,

weight-for- height and body mass index-for-age: methods and development.

Geneva.

105. WHO (2010). World Health Organization- Global Recommendations on

Physical Activity for Health 5-17 years old.

http://www.who.int/dietphysicalactivity/physical-activity-recommendations-5-

17years.pdf. Acessado em novembro de 2011.

Page 78: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

75

5.4- ANEXOS

ANEXO 1: QUADRO 1: Artigos utilizados para a construção da dissertação

Descritores

(número)

SCIELO

LILACS

PUBMED

SCIENCE

DIRECT

Adolescente 2.000 61.681 1.558.166 11.415

Adolescente e atividade física 18 268 846 142

Adolescente e determinantes da atividade

física -- 24 740 754

Adolescente, pais e atividade física 1 235 47 265 (sem a palavra

AF)

Adolescente e sono 28 12.213 14.493 1.126

Adolescente e hábitos alimentares -- 5.399 2.480 360

Adolescente e sedentarismo 21 721 2577 272

Adolescente e nível socioeconômico 1 29 1.266 528

Adolescente e promoção de saúde 3 10.801 13.975 818

Adolescente e nível educacional --- 2.342 16.520 1.870

Adolescente e deslocamento --- 2.769 6.969 32.425

Adolescente, ambiente e atividade física --- 561 2.393

72.630

(adolescente e

ambiente)

ambiente)

Adolescente, obesidade e atividade física 6 922 4.374 1.322 (adolescente

e obesidade)

Adolescente, vídeo game e atividade física --- 5 243 212 (adolescente e

vídeo game)

Adolescente e atividade sedentária --- 5 1.893 23

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76

ANEXO 2: QUESTIONARIO DE ESTILO DE VIDA DE ADOLESCENTE

LEIA COM ATENÇÃO: A sua participação é muito importante nesta pesquisa.

Contamos com a sua colaboração para responder todas as perguntas. Caso tenha duvidas chamar pelo professor de sala. Agradecemos sinceramente sua participação.

1) RESPONDA SOBRE VOCÊ 1)Iniciais do seu nome: ___________ 2)Colégio ARBOS unidade ( ) SBC ( ) SCS ( ) SA 3)Série_________ 4)Idade _______ 5) Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino 6)Em qual a cidade que você nasceu?_________________________ 7)Em qual cidade você mora? _______________________ 8)Quantos irmãos você tem? (considerar todos) ( ) sou filho único ( ) tenho irmãos - quantos ___________________ 9)Na ordem de nascimento você é o: ( ) 1º ( ) 2º ( ) 3º ( ) 4º ( ) outro 10)Você brinca com seus irmãos? ( ) sim onde? ____________ o que faz?___________________________ ( ) não 11)Você considera que seus irmãos: ( ) estão abaixo do peso saudável ( ) possuem o peso saudável ( ) estão acima do peso ( ) estão muito acima do peso 12) Você, se comparando com seus amigos (da escola e de fora da escola), é: (marque uma resposta só) ( ) fisicamente MAIS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as) ( ) fisicamente MENOS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as) ( ) fisicamente TÃO ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as) 13) Você, se comparando com seus amigos (da escola e de fora da escola), está : (marque uma resposta só) ( ) em MELHOR forma que seus amigos (as) ( ) em PIOR forma que seus amigos (as) ( ) TÃO em forma que seus amigos (as) 14) Você, se comparando com seus irmãos você é: (marque uma resposta só) ( ) fisicamente MAIS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus irmãos ( ) fisicamente MENOS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus irmãos ( ) fisicamente TÃO ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus irmãos 15) Você, se comparando com seus irmãos você está : (marque uma resposta só) ( ) em MELHOR forma que seus irmãos ( ) em PIOR forma que seus irmãos ( ) TÃO em forma que seus irmãos

2) RESPONDA SOBRE SUA ESCOLA

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16)Em geral, como você vai de sua casa para a escola?(escolha apenas uma) ( ) carro ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) a pé ( ) Outros _______________ Quanto tempo você gasta? ________minutos 17)Em geral, como você volta da escola para a sua casa? (escolha apenas uma) ( ) carro ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) a pé ( ) Outros _______________ Quanto tempo você gasta? ________minutos 18)Quanto tempo você passa por dia na escola ? _________ horas 19)Você já teve reprovação? ( ) Sim - Qual (quais) série foi(foram) ____________________ ( ) Não 20)Você costuma ler revistas? ( ) não ( ) sim Quais? ______________, ______________, ______________, Quantas por mês? _____ 21)Você costuma ler livros/gibis que não sejam da escola? ( ) não ( ) sim Quais? ______________, ______________, ______________, Quantos por mês? _____ 22)Você costuma ler jornais? ( ) não ( ) sim Quais? ______________, ______________, ______________, Quantos por mês? _____ 23)Quanto tempo você tem de intervalo (recreio) por dia? _______ minutos 24)Em relação ao lanche que você come no intervalo, responda: ( ) trago de casa - o que?________________ ( ) compro na escola - o que? __________________ ( ) não como nada ( ) outros _________________ 25)Em média, quanto você gasta por dia na cantina? R$ _____,00 26)No horário do intervalo (recreio) o que você costuma fazer? (escreva as 3 atividades mais frequente que faz)

___________________- _____________________- _________________

27)Sobre as aulas de Educação Física responda abaixo:

Sim Não

Eu sou obrigado a fazer as aulas de Educação Física

Eu não faria aula de Educação Física se não fosse obrigado

Eu gosto de fazer aulas de Educação Física

Eu acho que as aulas de Educação Física são importantes

Eu sou estimulado por meus pais para fazer as aulas de Educação Física

Eu sou estimulado pelos meus professores para fazer aula de Educação Física

Eu sou estimulado pelos meus colegas para fazer aulas de Educação Física

Eu estimulo meus amigos para fazer aulas de Educação Física

Eu sinto vontade de fazer as aulas de Educação Física

Eu me sinto bem depois de fazer as aulas de Educação Física

Eu geralmente falto nas aulas de Educação Física

Eu não gosto de fazer as aulas de Educação Física

Eu faria as aulas de Educação Física mesmo se não fossem obrigatórias

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78

Eu acho que as aulas de Educação Física trazem benefícios para meu corpo

Gosto de praticar esportes individuais

Gosto de praticar esportes coletivos

28)Quantos minutos têm as suas aulas de Educação Física? ___________ minutos

29)Quantas vezes na semana? ___________ 30)Quais atividades que mais realiza nas aulas de Educação Física (cite 3 atividades) ________________ ________________ ______________

2) RESPONDA SOBRE SEU TEMPO LIVRE 31) Na sua casa, seus pais colocam regras? (por exemplo, tempo para assistir TV, horas para estudar e etc..) ( ) não ( ) sim qual regra? ____________________________________________________ 32) Você tem restrição de tempo dos seus pais para ficar usando: Computador: ( )não ( )sim - quanto tempo pode usar no máximo ________ horas Televisão: ( )não ( )sim - quanto tempo pode usar no máximo ________ horas Celular: ( )não ( )sim - quanto tempo pode usar no máximo ________ horas Tablet: ( )não ( )sim - quanto tempo pode usar no máximo ________ horas 33)Você acessa a internet? ( ) não ( ) sim - de onde? ( ) celular ( ) tablet ( ) computador 34)Que horas você costuma deitar para dormir? ______ Que horas você acorda? ______ TOTAL: _______ horas dormidas por noite. Quando você vai deitar para dormir, utiliza celular, computador, assiste TV? ( ) sim ( ) não O que faz antes de dormir?______________________ 35)Você tem no seu quarto? TV ( ) sim ( ) não Computador ( ) sim ( ) não Tablet ( ) sim ( ) não 36)Marque no quadro abaixo o tempo que você geralmente gasta fazendo as atividades abaixo (CONSIDERE UM DIA INTEIRO DURANTE A SEMANA DE 2ª A 6ª FEIRA)

EM CASA - DURANTE A SEMANA

SIM NÃO

Quanto tempo (minutos/dia)

Quantas vezes

na semana

Assisto televisão?

Faço trabalho de escola no Computador?

Uso o computador para pesquisar?

Uso o computador para acessar a internet?

Uso tablet para pesquisar?

Uso o tablet para acessar a internet?

Uso celular para telefonar?

Uso o celular para acessar a internet?

Jogo no computador ou videogame?

Estudo/faço lição de casa?

Page 82: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

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Ajudo nas atividades de casa como lavar ou arrumar a louça ou limpar a casa (varrer, aspirar)?

Leio livros, jornais, gibi, que não estão relacionados a escola?

Fico sentado ouvindo música / Descansando?

Durmo após o horário de aula?

FORA DE CASA – DURANTE A SEMANA

SIM NÃO

Quanto tempo (minutos/dia)

Quantas vezes na semana

Saio de casa para andar de bicicleta ou patins?

Saio de casa para levar o cachorro para passear?

Jogo ou faço esporte na área de lazer do prédio / casa?

Jogo ou faço esportes com pessoas da minha idade no clube, parque e etc?

Saio de casa para encontrar com os amigos ?

Saio de casa para ir ao shopping?

Saio de casa para dançar?

Saio de casa para ir à aula de inglês ou curso de língua?

Outros (escreva abaixo)

ATIVIDADE FÍSICA – DURANTE A SEMANA

SIM NÃO

ATIVIDADES Quanto tempo (HORAS)

Quantas vezes na semana

Saio de casa para ir à academia?

Saio de casa para ir à aula de yoga / lutas?

Saio de casa para ir treinar algum esporte do clube / escola? (escreva o esporte abaixo)

Você realiza caminhada para se deslocar?

Você realiza caminhada por exercício?

Você realiza caminhada por lazer?

1a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fará você suar BASTANTE ou aumentem MUlTO sua respiração ou batimentos do coração.

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

1b. Nos dias em que você faz essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanta tempo no total você gasta fazendo essas atividades por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

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80

2a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo: pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fa9a você suar leve ou aumentem moderadamente sua respira9ao ou batimentos do coração (POR FAVOR NAO INCLUA CAMINHADA)

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

2b. Nos dias em que você faz essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos quanta tempo no total você gasta fazendo essas atividades por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

3a. Em quantos dias de uma semana normal você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

3b. Nos dias em que você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos quanta tempo no total você gasta caminhando por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

4a. Estas ultimas perguntas são em relação ao tempo que você gasta sentado ao todo no trabalho, em casa, na escola ou faculdade e durante tempo livre. Isto inclui o tempo que você gasta sentado no escrit6rio ou estudando, fazendo lição de casa,visitando amigos, lendo e sentado ou deitado assistindo televisão. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia da semana?

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

4b. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia de final de semana? N

ão

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

37)Marque no quadro abaixo o tempo que você gasta fazendo as atividades abaixo (CONSIDERE UM DIA INTEIRO DURANTE O FINAL DE SEMANA - SÁBADO E DOMINGO):

EM CASA – DURANTE O FINAL DE SEMANA

SIM NÃO

Quanto tempo (horas/dia)

Quantas vezes na semana

Assisto televisão?

Faço trabalho de escola no Computador?

Uso o computador para pesquisar?

Uso o computador para acessar a internet?

Uso tablet para pesquisar?

Uso o tablet para acessar a internet?

Uso celular para telefonar?

Uso o celular para acessar a internet?

Page 84: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

81

Jogo no computador ou videogame?

Estudo/faço lição de casa?

Ajudo nas atividades em casa como lavar ou arrumar a louça ou limpar a casa (varrer, aspirar)?

Fico sentado ouvindo música / descansando?

Leio livros, jornais, gibi, que não estão relacionados a escola?

Durmo a tarde?

FORA DE CASA - DURANTE FINAL DE SEMANA

SIM NÃO

Quanto tempo (minutos/dia)

Quantas vezes na semana

Saio de casa para andar de bicicleta ou patins?

Saio de casa para levar o cachorro para passear?

Jogo ou faço esporte na área de lazer do prédio / casa?

Jogo ou faço esportes com pessoas da minha idade?

Saio de casa para encontrar com os amigos ?

Saio de casa para ir ao shopping?

Saio de casa para dançar?

Saio de casa para ir à aula de inglês ou curso de língua?

Outros (escreva abaixo)

ATIVIDADE FÍSICA – DURANTE O FINAL DE SEMANA

SIM NÃO

Quanto tempo (minutos/dia)

Quantas vezes na semana

Saio de casa para ir à academia?

Saio de casa para ir à aula de yoga / lutas?

Saio de casa para ir treinar algum esporte do clube / escola? (escreva o esporte abaixo)

Você realiza caminhada para se deslocar?

1b. Nos dias em que você faz essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanta tempo no total você gasta fazendo essas atividades por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

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82

2a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo: pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fa9a você suar leve ou aumentem moderadamente sua respira9ao ou batimentos do coração (POR FAVOR NAO INCLUA CAMINHADA)

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

2b. Nos dias em que você faz essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos quanta tempo no total você gasta fazendo essas atividades por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

3a. Em quantos dias de uma semana normal você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

3b. Nos dias em que você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos quanta tempo no total você gasta caminhando por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

4a. Estas ultimas perguntas são em relação ao tempo que você gasta sentado ao todo no trabalho, em casa, na escola ou faculdade e durante tempo livre. Isto inclui o tempo que você gasta sentado no escrit6rio ou estudando, fazendo lição de casa,visitando amigos, lendo e sentado ou deitado assistindo televisão. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia da semana?

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

4b. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia de final de semana? N

ão

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

38) Em sua opinião, quanto que as afirmações abaixo impedem que você faça atividade física ou exercício. Leia e marque uma coluna por frase:

Nunca

Quase Nunca

Algumas Vezes

Quase sempre

Sentir preocupação com meu aspecto físico

Falta de interesse pelo exercício/esporte

Falta de auto-disciplina para fazer exercício/esporte

Falta de tempo para fazer exercício/esporte

Falta de energia para fazer exercício/esporte

Sinto preguiça de fazer exercício/esporte

Falta de companhia de amigos para fazer exercício/esporte

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Falta de diversão fazendo exercício

Desânimo para fazer exercício/esporte

Falta de estímulo de amigos para fazer exercício/esporte

Falta de estímulo dos pais para fazer exercício/esporte

Medo de lesão

Falta de equipamento para fazer exercício/esporte

Falta de local apropriado para fazer exercício/esporte

Falta de conhecimento de como se exercitar

Falta de boa saúde para fazer exercício/esporte

Queixa de dores

Presença de lesão ou incapacidade

Pouca segurança na vizinhança

Falta de parques próximos de casa

Falta de estímulo de parentes para fazer exercício/esporte

Falta de planejamento das atividades

Eu necessito repousar e relaxar no tempo vago

Eu me sinto excluído pelos seus amigos na hora de jogar

Eu me sinto excluído pelos seus irmãos na hora de jogar

39) Pense nas frases abaixo e marque uma resposta para cada pergunta

Não Não faço

Sim Quantas vezes na semana

Eu gosto de fazer esporte ou exercícios com meu pai ou padastro

Eu gosto de fazer esporte ou exercícios com minha mãe ou madrasta

Eu pratico esporte ou exercícios com meu pai ou padrasto/ mãe madrasta

Você trabalha de forma remunerada: ( ) Sim ( ) Não Quantas horas você trabalha por dia: ________ Quantos anos completos você estudou: _______ De forma geral sua saúde esta: ( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( )Ruim ( ) Péssima

4) RESPONDA SOBRE SEUS HÁBITOS ALIMENTARES 40) Pense nas frases abaixo e marque uma resposta para cada pergunta:

Sim Não O que come?

Quantas porções por dia?

Quantos dias na semana?

1 2 3 4 5 6

Todos os dias ou 1 ou mais vezes por dia

Você come em fast food pelo menos uma vez na semana?

Você come refeições fora de casa pelo menos uma vez na semana?

Você come doces ?

Você come frutas ?

Você come legumes?

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Você come vegetais?

Você come frituras?

Você come carne vermelha?

Você come frango?

Você come peixe?

Você bebe quantos copos de água por dia?

Você bebe refrigerante?

Você bebe sucos industrializados?

Você bebe café?

Você come enquanto assiste TV?

Você come salgadinhos fritos? Qual?_____________

5) RESPONDA SOBRE SUA SAÚDE

41)Marque se algum membro de sua família tem algum desse problemas de saúde ou se você identifica algum destes hábitos: Pai / Padastro Mãe / Madastra Irmãos

Sim Não Não sei

Sim Não Não sei

Sim Não Não sei

Está acima do peso

Obesidade (muito acima do peso)

Sedentarismo

Hipertensão (pressão alta)

Diabetes (açúcar no sangue)

Colesterol alto

Doenças do coração

AVC (acidente vascular cerebral)

Realizou alguma cirurgia

Câncer

Fuma

Bebe álcool

Faz exercício

Faz caminhada porque gosta

Faz caminhada por recomendação medica

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ANEXO 3: QUESTIONARIO DE ESTILO DE VIDA DOS PAIS

LEIA COM ATENÇÃO: A sua participação é muito importante nesta pesquisa. Contamos com a sua colaboração para responder todas as perguntas, pois seu filho(a) também respondeu!. Agradecemos sinceramente sua participação. Caso tenha alguma duvida, favor entrar em contato por email antes do preenchimento: [email protected] ou [email protected]

1) RESPONDA SOBRE VOCÊ 1)Iniciais do seu nome:_________________________________ Sexo ( ) F ( ) M 2)Iniciais do nome do seu (sua) filho (a) ___________________ Sexo ( ) F ( ) M 3)Ele(a) estuda no Colégio ARBOS unidade ( ) SBC ( ) SCS ( ) SA 4)Série que seu filho(a) estuda _________ 5) Sua Idade _______ 6) Sua profissão _________________ 7)Nível de escolaridade do chefe de família:

( )Ensino Fundamental ( )Ensino Médio ( )Ensino Superior ( )Pós graduação ( )Mestrado ( )Doutorado 8)Nível de escolaridade do cônjuge:

( )Ensino Fundamental ( )Ensino Médio ( )Ensino Superior ( )Pós graduação ( )Mestrado ( )Doutorado 9) Em qual a cidade que você nasceu?_________________________ 10)Em qual cidade que mora? _______________________ 11) Você já morou em outras cidades? Sim ( ) Quais e ano____________________________ Não ( ) 12)Qual o seu peso corporal atual? ______ (kg) 12.1)Qual o peso que você já teve e julga ser o mais saudável? ___kg ____ (ano) 13)Qual o peso atual do seu cônjuge? ______ (kg) 13.1)Qual o peso que você seu cônjuge já teve e julga ser o mais saudável? ___kg ____ (ano) 14)Qual a sua altura _______ (m)

2) RESPONDA SOBRE SEU TRABALHO

15)Em geral, como você vai da sua casa para seu trabalho?(escolha apenas uma) ( ) carro ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) a pé ( ) Outros _______________ Quanto tempo você gasta? ________minutos 16)Em geral, como você volta do seu trabalho para a sua casa? (escolha apenas uma) ( ) carro ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) a pé ( ) Outros _______________ Quanto tempo você gasta? ________minutos

Page 89: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

86

17) Em uma semana típica, quantas horas você trabalha por dia? _________ horas 18)Você considera que seu trabalho é fisicamente ativo? (exemplo: carregar peso, andando e etc..) ( ) não ( ) sim o que faz? ___________________________ 19)Quantas horas por dia você permanece sentado no seu trabalho (em reunião, computador, etc) ________ horas

3) RESPONDA SOBRE SEU TEMPO LIVRE 20) Quantas horas dorme por noite? ________ horas

21)Costuma realizar viagens de finais de semana? ( ) sim para onde? ____________ ( ) não

22) Você frequenta algum parque em sua hora de lazer nos dias de final de semana? ( ) sim ( ) não Se sim, que atividades realiza? ____________, _____________, ______________. Quanto tempo fica no parque? ______ horas Faz alguma atividade com seu filho (a) ( )não ( )sim qual? _________________ Como vai até o parque? _____________________________

23)Marque no quadro abaixo o tempo que você geralmente gasta fazendo as atividades abaixo (CONSIDERE UM DIA INTEIRO DURANTE A SEMANA DE 2ª A 6ª FEIRA)

EM CASA - DURANTE A SEMANA

SIM NÃO

Quanto tempo (minutos/dia)

Quantas vezes

na semana

Assisto televisão?

Uso o computador em casa para uso pessoal?

Uso o computador em casa para trabalhar?

Uso o tablet em casa para acessar a internet?

Uso o celular em casa para acessar a internet?

Fico nas redes sociais?

Jogo no computador ou videogame?

Ajudo nas atividades de casa como lavar ou arrumar a louça ou limpar a casa? (varrer, aspirar)

Fico sentado ouvindo música/ descansando?

FORA DE CASA – DURANTE A SEMANA

SIM NÃO

ATIVIDADES Quanto tempo (minutos/dia)

Quantas vezes na semana

Saio de casa para levar o cachorro para passear?

Saio de casa para encontrar com os amigos para beber ou comer?

Saio de casa para ir ao shopping?

Saio de casa para ir à aula de inglês ou curso de língua?

Saio de casa para me divertir?

Outros (escreva abaixo)

ATIVIDADE FÍSICA – DURANTE A SEMANA

SIM NÃO

ATIVIDADES Quanto tempo (HORAS)

Quantas vezes na semana

Saio de casa para ir à academia?

Saio de casa para ir à aula de yoga / lutas?

Saio de casa para ir treinar algum esporte do clube / escola?

Page 90: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

87

(escreva o esporte abaixo)

Você realiza caminhada para se deslocar?

Você realiza caminhada por exercício?

Você realiza caminhada por lazer?

1a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fará você suar BASTANTE ou aumentem MUlTO sua respiração ou batimentos do coração.

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

1b. Nos dias em que você faz essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanta tempo no total você gasta fazendo essas atividades por dia? N

ão

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

2a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo: pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fa9a você suar leve ou aumentem moderadamente sua respira9ao ou batimentos do coração (POR FAVOR NAO INCLUA CAMINHADA)

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

2b. Nos dias em que você faz essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos quanta tempo no total você gasta fazendo essas atividades por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

3a. Em quantos dias de uma semana normal você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

3b. Nos dias em que você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos quanta tempo no total você gasta caminhando por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

4a. Estas ultimas perguntas são em relação ao tempo que você gasta sentado ao todo no trabalho, em casa, na escola ou faculdade e durante tempo livre. Isto inclui o tempo que você gasta sentado no escrit6rio ou estudando, fazendo lição de casa,visitando amigos, lendo e sentado ou deitado assistindo televisão. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia da semana?

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

Page 91: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

88

4b. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia de final de semana? N

ão

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

24)Marque no quadro abaixo o tempo que você gasta fazendo as atividades abaixo (CONSIDERE UM DIA INTEIRO DURANTE O FINAL DE SEMANA - SÁBADO E DOMINGO):

EM CASA - DURANTE O FINAL DE SEMANA

SIM NÃO

ATIVIDADES Quanto tempo (minutos/dia)

Quantas vezes

na semana

Assisto televisão?

Uso o computador em casa para uso pessoal?

Uso o computador em casa para uso trabalho?

Uso o tablet em casa para acessar a internet?

Uso o celular em casa para acessar a internet?

Fico nas redes sociais?

Jogo no computador ou videogame?

Ajudo nas atividades em casa como lavar ou arrumar a louça ou limpar a casa? (varrer, aspirar)

Fico sentado ouvindo música/descansando?

FORA DE CASA – DURANTE O FINAL DE SEMANA

SIM NÃO

ATIVIDADES Quanto tempo (minutos/dia)

Quantas vezes na semana

Saio de casa para levar o cachorro para passear?

Jogo ou faço esportes com pessoas da minha idade no clube, parque e etc?

Saio de casa para encontrar com os amigos para beber ou comer?

Saio de casa para ir ao shopping?

Saio de casa para ir à aula de inglês ou curso de língua?

Saio de casa para me divertir?

Outros (escreva abaixo)

ATIVIDADE FÍSICA – DURANTE O FINAL DE SEMANA

SIM NÃO

ATIVIDADES Quanto tempo (HORAS)

Quantas vezes na semana

Saio de casa para ir à academia?

Saio de casa para ir à aula de yoga / lutas?

Saio de casa para ir treinar algum esporte do clube / escola? (escreva o esporte abaixo)

Você realiza caminhada para se deslocar?

Você realiza caminhada por exercício?

Você realiza caminhada por lazer?

Page 92: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

89

1a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fará você suar BASTANTE ou aumentem MUlTO sua respiração ou batimentos do coração.

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

1b. Nos dias em que você faz essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanta tempo no total você gasta fazendo essas atividades por dia? N

ão

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

2a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo: pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fa9a você suar leve ou aumentem moderadamente sua respira9ao ou batimentos do coração (POR FAVOR NAO INCLUA CAMINHADA)

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

2b. Nos dias em que você faz essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos quanta tempo no total você gasta fazendo essas atividades por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

3a. Em quantos dias de uma semana normal você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

3b. Nos dias em que você caminha por pelo menos 10 minutos contínuos quanta tempo no total você gasta caminhando por dia?

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

4a. Estas ultimas perguntas são em relação ao tempo que você gasta sentado ao todo no trabalho, em casa, na escola ou faculdade e durante tempo livre. Isto inclui o tempo que você gasta sentado no escrit6rio ou estudando, fazendo lição de casa,visitando amigos, lendo e sentado ou deitado assistindo televisão. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia da semana?

Não p

reencher

Não p

reencher

Não p

reencher

4b. Quanto tempo por dia você fica sentado em um dia de final de semana? N

ão

pre

encher

Não

pre

encher

Não

pre

encher

Você trabalha de forma remunerada: ( ) Sim ( ) Não Quantas horas você trabalha por dia: ________ Quantos anos completos você estudou: _______ De forma geral sua saúde esta:

Page 93: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

90

( ) Excelente ( ) Muito boa ( ) Boa ( )Ruim ( ) Péssima

4) RESPONDA SOBRE SEUS HÁBITOS ALIMENTARES 25) Pense nas frases abaixo e marque uma resposta para cada pergunta:

Sim Não O que come?

Quantas porções por

dia?

Quantos dias na semana?

1 2 3 4 5 6

Todos os dias ou 1 ou mais vezes por dia

Você come em fast food pelo menos uma vez na semana?

Você come refeições fora de casa pelo menos uma vez na semana?

Você come doces ?

Você come frutas ?

Você come legumes?

Você come vegetais?

Você come frituras?

Você come carne vermelha?

Você come frango?

Você come peixe?

Você bebe quantos copos de água por dia?

Você bebe refrigerante?

Você bebe sucos industrializados?

Você bebe café?

Você come enquanto assiste TV?

Você come salgadinhos fritos? Qual?_____________

26) Você Fuma? ( ) N ( ) S (marque a resposta mais apropriada para o seu caso) 27) Se algum dia fumou marque abaixo: ( se nunca fumou, PULE PARA A QUESTÃO N°29) ( ) Nunca Fumei ( ) Parei há menos de 6 meses ( ) Parei há menos de 1 ano ( ) Parei há menos de 2 anos ( ) Parei há mais de 2 anos 28) Há quanto tempo fuma ou fumou ? ____________ Quantos cigarros por dia você fuma ou fumou? ( ) Menos de 5 cigarros/dia ( ) Menos de 10 cigarros/dia ( ) De 10 a 20 cigarros /dia ( ) De 20 de 30 cigarros/dia ( ) Mais de 30 cigarros/dia 29) Você costuma ingerir qual tipo de bebida alcoólica abaixo:

Tipo de bebida

Não bebo

Durante a semana

Copos (doses)

Durante o final de semana

Copos (doses)

Cerveja

Cachaça

Vinho

Vodka

Whisky

Tequila

Outras ________

Page 94: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

91

________

4) RESPONDA SOBRE SUA CASA

30) Em relação a sua moradia atual marque a que melhor representa onde você mora hoje: ( ) casa com quintal ( ) casa sem quintal ( ) apartamento com área de lazer esportivo ( ) apartamento sem área de lazer esportivo ( ) sítio, chácara ou fazenda 31) Quantos quartos tem?_______ Quantos banheiros? ______ 32) Você acha sua casa/apartamento: ( ) grande ( ) média (o) ( ) pequena(o)

33) No último ano você morou em: ( ) casa com quintal ( ) casa sem quintal ( ) apartamento com área de lazer esportivo ( ) apartamento sem área de lazer esportivo ( ) sítio, chácara ou fazenda 34)Quantos metros tem sua casa/apartamento? ____________ metros 35)Quantos aparelhos eletrônicos que se conectam a internet tem na sua casa?(incluir celular, tablet, computador, TV..) _____ 36)Quantas aparelhos eletrônicos tem na sua casa? Computador _____ Celular _________ Tablet__________ TV_____________ 37)Há algum parque perto da sua casa? (considere perto 10 min de caminhada) ( ) sim ( ) não ( ) não sei

38)Quanto tempo leva para chegar nele a pé? ________ minutos. 39)Quantas pessoas moram na sua casa? ______ pessoas ______ crianças ______ adultos ______ idosos 40) quantas pessoas que moram na sua casa tem emprego remunerado?

______ pessoas

41)Qual é a renda media mensal da sua família? ( )R$0- R$1000,00 ( )R$1.001- R$3000,00 ( )R$3.001- R$5000,00 ( )R$5.001- R$7.000,00 ( )R$7.001- R$10.000,00 ( )R$10.001- R$15.000,00 ( )R$15.001- R$20.000,00 ( ) acima de R$20.001,00

42)A família possui empregados com salário mensal? ( )nenhum ( )1 ( )2 ou mais

43)Quantos automóveis (exceto os utilizados para fretes ou outras atividades profissionais) sua família possui? ( )nenhum ( )1 ( )2 ( )3 ou mais

44)Qual o ano de fabricação de seus carros?

Page 95: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

92

Carro1:____ ano: ______ Moto1:____ ano: ______

Carro2:____ ano: ______ Moto 2:____ ano: ______

Carro 3:____ ano: _____ Moto 3:____ ano: _____

Outros:_____________________

5) RESPONDA SOBRE SUA SAÚDE 45) Você tem algum destes problemas de saúde?

Você Cônjuge

Sim Não Não sei Sim Não Não sei

Estou acima do peso

Obesidade (muito acima do peso)

Sedentarismo

Hipertensão (pressão alta)

Diabetes (açúcar no sangue)

Colesterol alto

Doenças do coração

46)Você considera sua saúde: ( )muito boa ( ) boa ( ) pode melhorar ( )ruim

47) Você considera a saúde do seu cônjuge:( )muito boa ( )boa ( )pode melhorar ( )ruim

48) Quando foi o ultimo checkup que realizou? Ano: _______

49) Você sabe o nível de:

Nível Seu O valor esta acima do normal

O valor esta normal

cônjuge O valor esta acima do normal

O valor esta normal

Colesterol

Triglicérides

Glicose

50)Quantas horas dorme por dia? _____ horas

51)Você, se comparando com seus amigos (da mesma idade que você), é: (marque uma resposta só) ( ) fisicamente MAIS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as) ( ) fisicamente MENOS ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as) ( ) fisicamente TÃO ativo(a) na prática de exercícios/esportes que seus amigos(as) 52) Você, se comparando com seus amigos (da mesma idade que você), está : (marque uma resposta só) ( ) em MELHOR forma que seus amigos (as) ( ) em PIOR forma que seus amigos (as) ( ) TÃO em forma que seus amigos (as) 53) Você, se comparando com seus amigos (da mesma idade que você), está : (marque uma resposta só) ( ) com a saúde MELHOR que a de seus amigos (as) ( ) com a saúde PIOR que a de seus amigos (as) ( ) com a MESMA saúde que seus amigos (as)

Page 96: Universidade São Judas Tadeu Programa de Pós-Graduação ... · Tabela 8: Percepção dos adolescentes sobre a aula de Educação Física ... Fatores Associados. RESUMO. ... CAPITULO

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ANEXO 4: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – ADOLESCENTES

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO ADOLESCENTE

Eu______________________________________________________,RG__________

________________, apresento que fui contatado pelos pesquisadores Prof.Dr. Aylton Figueira

Junior e Profa. Roberta Luksevicius Rica, quem me elucidou os objetivos da pesquisa intitulada

“Relação entre nível de atividade física e adiposidade entre pais e filhos residentes em

região metropolitana da Cidade de São Paulo”. Fui esclarecido que o desenvolvimento da

pesquisa foi autorizado pela Direção do Colégio ARBOS. Fui selecionado por estar dentro das

características e faixa etária correspondente a pesquisa. A pesquisa determinará o meu nível

de atividade física através da aplicação de questionários. Os questionários serão com

perguntas abertas sobre o tempo diário e frequência semanal que eu me exercito e me

movimento, como forma de locomoção e transporte. Perguntas referentes ao meu habito

alimentar serão apresentadas, que através das respostas identificarão os hábitos de consumo

de alimentos, consumo semanal e diário de 7 classes de alimentos, tanto sozinho, como no

âmbito familiar. Para a avaliação do nível socioecomico, será apresentado um questionário

onde há questões sobre acúmulos de bens, moradia, quantidade de empregados e

escolaridade do chefe da família. Para determinar meu estilo de vida será apresentado 25

questões divididos em nove domínios. Realizarei uma avaliação antropométrica (peso e altura)

bem como testes de aptidão física (flexão de braço e tronco por 60 segundos e teste de

COOPER, percorrendo a maior distancia possível em 12 minutos). Assim, apresento que fui

esclarecido pelo pesquisador poderei interromper minha participação em qualquer etapa da

pesquisa, não havendo ônus ou penalidade se o fizer. Estou ciente que ao participar poderei

apresentar algum desconforto mínimo, pois responderei perguntas que se relacionam ao meu

estilo de vida. Porem ao concluir, saberei como os meus hábitos de vida se associam com a

minha saúde e com o meu comportamento, sendo esse fato, de grande beneficio na melhora e

conhecimento de nossa saúde. Os pesquisadores apresentaram que antes de iniciar a

avaliação, explicarão todos os procedimentos que serei submetido, momentos que de livre

escolha poderei concordar em continuar ou não a minha participação. Fui esclarecido que os

riscos de minha participação são mínimos, pois todos os instrumentos utilizados são

padronizados para aplicação de acordo com cada faixa etária. Ainda fui esclarecido que em

nenhum momento haverá divulgação nominal dos resultados, sendo esses utilizados para fins

científicos, como apresentação em congressos e publicação em revistas. Todos os dados

ficarão armazenados no Laboratório do Movimento Humano na Universidade São Judas

Tadeu, cito a Rua Taquari, 546, Móoca e caso tenha algum questionamento poderei contatar o

Comitê de Ética em Pesquisa São Paulo/SP CEP: 01366-000 (2799-1999 ramal 1665).

Portanto, por estar de acordo em participar assino duas vias com o pesquisador responsável,

com igual teor, ficando uma via em meu poder. São Paulo, ____/_____/2013.

____________________ ________________________

Assinatura do Participante Prof.Dr. Aylton Figueira Junior

__________________________

Profa. Roberta Luksevicius Rica

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ANEXO 5: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - PAIS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DOS PAIS

Eu______________________________________________________,RG__________________________, apresento que fui contatado pelos pesquisadores Prof.Dr. Aylton Figueira Junior e Profa. Roberta Luksevicius Rica, que me elucidou os objetivos da pesquisa intitulada “Relação entre nível de atividade física e adiposidade entre pais e filhos residentes em região metropolitana da Cidade de São Paulo”. Fui esclarecido que o desenvolvimento da pesquisa foi autorizado pela Direção do COLÉGIO ARBOS e que eu participarei porque meu (minha) filho (a) foi selecionado para participar da pesquisa supra intitulada. A pesquisa determinará o meu nível de atividade física através da aplicação de questionários. Os questionários serão com perguntas abertas sobre o tempo diário e frequência semanal que eu me exercito e me movimento como forma de locomoção e transporte. Perguntas referentes ao meu habito alimentar serão apresentadas, que identificarão os hábitos de consumo de alimentos, consumo semanal e diário de 7 classes de alimentos, tanto sozinho, como no âmbito familiar. Para a avaliação do nível socioecomico, será apresentado um questionário onde há questões sobre acúmulos de bens, moradia, quantidade de empregados e escolaridade do chefe da família. Para determinar meu estilo de vida serão apresentadas 25 questões divididos em nove domínios. Assim, apresento que fui esclarecido pelo pesquisador poderei interromper minha participação em qualquer etapa da pesquisa, não havendo ônus ou penalidade se o fizer. Estou ciente que ao participar poderei apresentar algum desconforto mínimo, pois responderei perguntas que se relacionam ao meu estilo de vida. Porém ao concluir, saberei como os meus hábitos se associam com a minha saúde e com o comportamento de meu (minha) filho(a), sendo esse fato de grande beneficio na melhora e conhecimento de nossa saúde. Os pesquisadores apresentaram que antes de iniciar a avaliação, explicarão todos os procedimentos que serei submetido, momentos que de livre escolha poderei concordar em continuar ou não a minha participação. Fui esclarecido que os riscos de minha participação são mínimos, pois todos os instrumentos utilizados são padronizados para aplicação. Ainda fui esclarecido que em nenhum momento haverá divulgação nominal dos resultados, sendo esses utilizados para fins científicos, como apresentação em congressos e publicação em revistas. Todos os dados ficarão armazenados no Laboratório do Movimento Humano na Universidade São Judas Tadeu, cito a Rua Taquari, 546, Móoca e caso tenha algum questionamento poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa São Paulo/SP CEP: 01366-000 (2799-1999 ramal 1665). Portanto, por estar de acordo em participar assino duas vias com o pesquisador responsável, com igual teor, ficando uma via em meu poder. São Paulo, ____/_____/2013

___________________________________ _______________________________________

Assinatura do Participante Prof.Dr. Aylton Figueira Junior

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ANEXO 6: TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA PARTICIPAÇÃO DO ADOLESCENTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

AUTORIZAÇÃO DO PAI DO ADOLESCENTE

Eu______________________________________________________,RG__________________________, apresento que fui contatado pelos pesquisadores Prof.Dr. Aylton Figueira Junior e Profa. Roberta Luksevicius Rica quem me elucidou os objetivos da pesquisa intitulada “Relação entre nível de atividade física e adiposidade entre pais e filhos residentes em região metropolitana da Cidade de São Paulo”. Fui esclarecido que o desenvolvimento da pesquisa foi autorizado pela Direção do Colégio ARBOS e que meu (minha) filho (a) foi selecionado para participar da pesquisa supra intitulada. A pesquisa determinará o nível de atividade física de meu (minha) filho (a), através da aplicação de questionários. Os questionários serão com perguntas abertas sobre o tempo diário e frequência semanal que eu me exercito e me movimento como forma de locomoção e transporte. Perguntas referentes ao habito alimentar serão apresentadas, que identificarão os hábitos de consumo de alimentos, consumo semanal e diário de 7 classes de alimentos, tanto sozinho, como no âmbito familiar. Para a avaliação do nível socioecomico, será apresentado um questionário onde há questões sobre acúmulos de bens, moradia, quantidade de empregados e escolaridade do chefe da família. Para determinar o estilo de vida de meu (minha) filho (a) será apresentado 25 questões divididos em nove domínios. Meu (minha) filho (a) irá realizar uma avaliação antropométrica (peso e altura) bem como testes de aptidão física (flexão de braço e tronco por 60 segundos e teste de COOPER, percorrendo a maior distancia possível em 12 minutos). Assim, apresento que será esclarecido pelo pesquisador e onde meu (minha) filho (a) poderá interromper a participação em qualquer etapa da pesquisa, não havendo ônus ou penalidade se o fizer. Estou ciente que ao participar meu (minha) filho (a) poderá apresentar algum desconforto mínimo, pois responderá perguntas que se relacionam ao seu estilo de vida. Porém ao concluir, saberei como os hábitos do meu (minha) filho(a) se associam com a saúde e com o comportamento dele (a), sendo esse fato, de grande beneficio na melhora e conhecimento de nossa saúde. Ainda fui esclarecido que em nenhum momento haverá divulgação nominal dos resultados, sendo esses utilizados para fins científicos, como apresentação em congressos e publicação em revistas. Todos os dados ficarão armazenados no Laboratório do Movimento Humano na Universidade São Judas Tadeu, cito a Rua Taquari, 546, Móoca e caso tenha algum questionamento poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa São Paulo/SP CEP: 01366-000 (2799-1999 ramal 1665). Portanto, por estar de acordo em participar assino duas vias com o pesquisador responsável, com igual teor, ficando uma via em meu poder.

São Paulo, ____/_____/2013.

_____________________________________ _______________________________________

Assinatura do Participante Prof.Dr. Aylton Figueira Junior

_____________________________________

Profa. Roberta Luksevicius Rica

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ANEXO 7: APROVAÇÃO NO COMITÊ DE ÉTICA

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ANEXO 8: CARTA DE AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DO ESTUDO