UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA CENTRO DE POS...

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA CENTRO DE POS-GRADUACAO PESQUISA E EXTENSAo DO CURSO DE EDUCACAO INFANTIL: CRECHE, PRE-ESCOLA E ALFABETIZACAO DAS FACULDADES INTEGRADAS DA SOCIEDADE EDUCACIONAL TUIUTI DO PARANA. INVESTIGAcAO SOBRE 0 CODIGO DE CONDUTA NA INDISCIPLINA ESCOLAR CURITIBA 2002

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANACENTRO DE POS-GRADUACAO PESQUISA E EXTENSAo DO CURSO DEEDUCACAO INFANTIL: CRECHE, PRE-ESCOLA E ALFABETIZACAO DASFACULDADES INTEGRADAS DA SOCIEDADE EDUCACIONAL TUIUTI DO

PARANA.

INVESTIGAcAO SOBRE 0 CODIGO DE CONDUTA NA INDISCIPLINA ESCOLAR

CURITIBA2002

RISOLETABRANDANIGODKE

MONOGRAFIA APRESENTADA AO CENTRODE P6S-GRADUAyAO, PESQUISA EEXTENSAO, DA UNIVERSIDADE TUIUTI DOPARANA DO CURSO DE EDUCAyAOINFANTIL: CRECHE, PRE-ESCOLA EALFABETIZAyAo DAS FACULDADESINTEGRADASDASOCIEDADEEDUCACIONALTUIUTIDO PARANA.

ORIENTADORA: PROFESSORAMARIABORGES

SUZANA

CURITIBA2002

ii

"Educar um filho e mais do que um ato de amor, e urna responsabilidade queherdamos ao reeeber os genes de nossos pais.

Educar urn aluno e receber uma responsabilidade que se multiplica na raz80 diretade uma progressao geometrica em relay80 a cada um que nos comprometemos a

educar e, par jsso, e exatamente par isso, cada professor deveria Ter 0 direitoinquestiomlvel a imortalidade."

(Arrnindo Angerer)

iii

Agradeyo primeiramente a Deus e aos meus queridos Pais por hoje estar aqul.Nao seria passlvel esquecer 0 apoio e toda a motlvac;:ao recebida par parte do meu

marido, pais ele tambem se tornou parte importante desse processo.

iv

SUMARIO

RESUMO ...................•.......................•................................................ vi

1. INTRODUc;:Ao ...•.................•.................•.......................•...............•1

2. JUSTIFICA TIVA .....................................•.....................................•.• 3

3. CARACTERIZAc;:Ao DO PROBLEMA DA PESQUISA ...•.....•..•.....5

3.1 FATOR SOCIAL... . . 5

3.2 FATOR CULTURA 5

4. REFERENCIAL TEORICO..•..................•.....................•..............••.6

4.1 COMPORTAMENTOfLiMITES.. .. . .. . 6

4.2 A INDISCIPLINA NA REALI DADE ESCOLAR............... . . 7

4.3 CONCEITO DE DISCIPLlNA........... ..8

4.4 DIZER NAo: TRABALHANDO COM LlMITES..... ..... " .... 1a

4.5 A INDISCIPLINA NA ESCOLA . 11

4.6 CAUSAS DA INDISCIPLlNA... ..11

4.7 DIALETICA DA INTERA<;Ao PROFESSOR-ALUNO.... .13

4.8 PERGUNTAS E RESPOSTAS DA INVESTIGA<;Ao

FEITA SOBRE OS PROBLEMAS COTIDIANOS QUE

PREOCUPAM PROFESSORES E PAIS............. ...... 14

4.9 SUGESTOES PARA AJUDAR 0 PROFESSOR A

ORIENTAR A CONDUTA DE SEUS ALUNOS E CONDI<;OES

PARA 0 DESENVOLVIMENTO DA AUTOESTIMA 16

5. CATEGORIAS DE ANALlSE .......................................•....•............. 18

CONCLUsAo ...................................................•...•..•............................•19

ANEXOS ....................................................•................•.•..................... 20

REFERENCIAS ............•........................................•.•.•..•.....................26

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar uma investigag.ao no que se

refere a indisciplina escolar bern como todos os fatores que nela interferem. A

disciplina escolar e condi9iio fundamental para 0 exito do fazer pedagogico.

Portanto, ela deve abranger numa perspectiva de totalidade e nao apenas na

perspectiva escolar como algo fragmentado. Sob a perspectiva de totalidade,

percebe-seque a (In)dlsciplinaescolare urn reflexo do contextesocial, no qual esta

Inserido; fame, desemprego, desigualdade, trafico de drogas, desrespeito acidadania, entre tantos Qutros problemas. Sabe-se que a escola e urn dos mais

importantes instrumentos para 0 desencadeamento do processo de transforma9aosocial. Constatamos que a escola e 0 professor precisam juntos resgatar a

autoridade, abolir formas de autoritarismo, po is a grande competemcia das eseelas edescobrir formas para envolver as professores e as alunas no processo de

ensino/aprendizagem, tornando-a significativa e estimular componente relacional

entre professor e aJuno.

vi

1.INTRODU<;;AO

Ha hOje, uma preOCUpa930 generalizada com relaC;ao a disciplina na escola.

Cansideranda que, esta e uma questaa fundamental, para que a escala cumpra

a seu papel de educar, este trabalho propce-se a uma investigaqao sabre a questao

da disciplina na eseola, que leve os alunos da Educac;ao Infantil a assimiiarem limites

disciplinares em se comportamento escolar, integrado com os pais! escola/ sociectade,

buscando alternativas capazes de auxiliar as educadores em sua pratica pedag6gica

cotidiana, abjetivandoa melhoria qualitativada educal'ao.

Urn trabalho pedag6gico significativo se faz com esforl'o, dedica,ao,

concentral'ao e participal'ao ativa, para tanto hi! necessidade de disciplina e

organizayao, evitando-se 0 surgimento de fatores que favore9am a dispersao.

Percebe-se que e urna preocupagao constante entre as educadores essa

situal'ao, pois perde-se muito tempo com questces de disciplina em detrimento ao

processo ensino-aprendizagem.

Para alguns educadores atualmente, a abordagem desse assunto parece ser

algo extempon3.neo.

Contudo, ele esta tao relacionado com a educa98:0 e 0 processo de aprender que

se sente a necessidade de questionar a situayao para melhor 0 aproveitamento escolar

dos alunos.

Este trabalho fai realizado com embasamenta em pesquisas bibliagraficas devarios autores que tratam deste tema.

Para 0 desenvolvimento desta investiga9ao abrangeu-se 0 significado e

conceitosde (in) disciplina sob a 6tica de varias autares.

Num Dutro momento, fazemos uma analise da indisciplina na realidade escolar,

isto e, de como ela vern senda trabalhadanas escolas, refletindo ate que ponto ela vernsendo "imposta", "abandonada" ou "proposta conjuntamente".

Em seguida, propomos algumas sugest6es par parte da escola, do professor, do

aluno, da familia e da sociedade que possam nortear 0 trabalho dentro da escola,

levando uma postura mais coerente e uma p"3tica politico-pedag6gicamais

compromissada e eficaz.

Neste processo e fundamental que S8 erie na' escola urn clima democraticQ,objetivando a fOrmay80 de homens participantes e responsaveis par sua pr6pria

hist6ria. Oesejo uma educagao flexivel, nao autorittnia, mas integrada num processo

criativo, possibilitando uma visao de mundo mais completa, mais crltica e uma vida

melhor.

2. JUSTIFICATIVA

Acredita-se que, atualmente, uma boa parte dos pais transferem suas funt;toesde educar os filhos para a escola, pOls 0 pertH da maioria das famHias de classe media

tern side de grande agitagao, rotinas de trabalho e pouco tempo restando a seus filhos.

Percebe-se tambem que as avos de criangas de varias eseelas estao assumindo 0

papel de suporte para as pais que passam muito tempo fora de casa, com isso as

criam;.as ficam prejudicadas po is acabam tendo problemas com falta de limites, urna vez

que nao fica definido 0 papel de cada urn. E importante para a crianga Ter dais

parametros, pai e mae, e necessaria uma fala (mica e sem divergencias, Quando

misturam-se as papeis, a crianga perde 0 referenciaL

Atraves de pesquisas realizadas, mestra-se que a falta de firmeza dos pais leva

a crian9a a impor sua vontade, desta forma se as pais naD estabelecerem para a

crianya pan3metros de comportamento, se naa tiverem firmeza em suas atltudes, os

filhos tarnarao inseguros.

Conclui-se que os professores tern como objetivo fazer a erian9a a gostar da

eseoia, para que issa aconteya e necessaria trabalhar com as diferenqas e as

dificuldades de cada aluna, adatando uma pedagagia diferenciada que consiste no

dialogo e na sensibilidade para entender 0 que cada aluno quer dizer.

A palavra "projetar" vern do latim, 0 que quer dizer "Iangar para a frente". De

acorda com a Coordenador Geral de Ensino Media, AVELINO ROMERO S. PEREIRA,

o projeto deve proporcionar condiyoes para que a escola cumpra a finalidade de educar

jovens e criangas, preparando-os para a vida. 0 projeto deve ser flexivel para que

possam acorrar futuras correc;oes. Como a sua fungB:o e lan9ar a escola para diante,

ale nunea astan§; pronto, estara em constante construqao. Os agentes atuantes na

escola devem ser envolvidos na construyao e execu9ao do projeto com 0 objetivo de

superar 0 autoritarismo nas suas reia90es de poder. 0 registro escrito do projeto

possibilita 0 acesso e participag.3o dos professores. tecnicos, alunos e pais. Um projeto

bem desenvolvido proporciona uma formayElo emocional, social, afetiva, motora e

cognitiva. A avaliaqao final do projeto deve ser analise e uma reftexao para a meihora

de projetos futuros.

Oesta forma, prop6e-se como invesliga9ao deste projeto a lema "C6digo de

Conduta", que tern como problema central a falta de limites disciplinares que implicam

na produlividade do processo ensino!aprendizagem.

3. CARACTERIZA<;:Ao DO PROBLEMA DA PESQUISA

3.1 FATOR SOCIAL: educa,ao domestica na familia representa um fator dessa

unidade social que colabora para a assimilayao adequada au inadequada de habitos

para0 c6digode conduta.

3.2 FATOR CULTURAL: 0 cotidianosocial da crian9a recebendo influencias da

escola e da familia onde muitos comportamentos fogem ao controle do limites no

c6digo de conduta

4. REFERENCIAL TEORICO

4.1 COMPORTAMENTO f lIMITES

Jose Maria Rodrigues Ramos, doutor em economia pela USP e Professor

universitario, afirma que 0 limite tomeU-S8 a quintessemcia da educat;ao atual, cnde

pais e educadores usam e abusam desse conceito, esquecendo entaD que e muito

mais facil cair quando S8 diz "seu limite e a beira do precipicio" do que aD dizer "ande

per aqui, longe do perigo". Sendo assim a educayao e, na verdade, a arte de conduzir

crianc;as e jovens a um padrao de exce!encia. Para Jose Maria Rodrigues Ramos, a

grande conquista educacional da Segunda metade deste sacula e que voce administre

a propria liberdade dentro dos limites. Este ponto de vista pressup6e uma corregao de

rota em relagao ao grito que se ouvia em 1968: ",; proibido proibir". Os jovens que na

epoca repetiam 0 slogan sao hoje os pais que dizem aos filhos: "e precise que voces

saibam que ha limites". Educar para os limites e expor e submeter jovens e crianc;as a

graves riscos. 0 jovem exercita melhor sua liberdade quando escolhe dar 0 melhor de

si, quando asp ira a exeeieneia humana e quando aspira as eoisas grandes.

Na eoncepgao de Arist6teies, nao esta em fixar limites, mas em ensinar e viver

de aeordo com a virtude. No entanto, viver de aeordo com a virtude nao e tao facil, nem

tao atraente quanto apenas fixar limites. A virtude e uma eonquista de exceleneia pelo

treino e pelo esfon;o.

A pedagoga Telm a Vinha, da Universidade de Campinas, atesta em sua tese de

doutorado que as eondigoes eeonomieas nao contribui para a indisciplina. "0 tat~r que

mais intervem e 0 tipo de relagao estabelecida pela erianya nos meios em que vive". Ha

duas formas de adequar urn indisciplinado. Uma delas e a puniC;8o dura e simples, a

outra e mostrar a utilidade das regras para a boa conviveneia.

4.2 A INDISCIPLINA NA REALI DADE ESCOLAR

Atualmente, a questao disciplinar e uma das dificuldades fundamentals enfrentadas

pelas escolas tanto pDblicas quanta privadas. Para muttos professores, 0 ensina

apresenla como obstaculo pedag6gico principal a conduta indisciplinada dos alunos.

A indiscjplina, como a propria palavra expressa e 0 comportamento contrario it

disciplina. Indisciplinado e quem nao se comporta de forma adequada aos principios do

bom comportamento.

Segundo NERICI (1989:253-254), disciplina representa a maneira de agir do

individua, em sentido de cooperayao, bern como de respeito e acatamento as normas

de convlvio de uma comunidade. Em sentido didatico representa a maneira de agir do

educando, no sentido de cooperayao no desenvolvimento das individualidadesescolares e respeito pelos colegas.

As escolas tem enfrentado grandes dificuldades no campo da indisciplina.

Principalmente as escolas publicas onde sao malriculados alunos de todas as origens,

grande parte com problemas socials que Ihe causam revoltas e urn comportamento que

nao S8 enquadra nas exigencias disciplinares das escolas,

o que se precisa considerar nesta situa~o sao as causas que levam os alunos a

agirem indisciplinadamente, Muitas delas originadas na propria escola, nos metodos de

ensino, no modo do professor eamunicar conteudos, de tratar 0 aluno, de manter

relayoes satisfat6rias entre as partes. Ha, entretanta, problemas que estao no

comportamento do aluno que traz de seu meia familiaL

Segundo PATIO (1985:505), a classe indisciplinada e uma classe desinteressada,

cujos problemas de comportamento sao provenientes de tres fontes principais:

f -Falta de motivag8o na aprendizagem, geralmente relacionada a problemas

especificos, que 0 professor assume como falha sua;

t-Grande diversidade de idades e de niveis de aproveitamento da classe;

3a

-Baixo nivel socia-economico, de cnde provem alguns alunos revoltados contratudo.

4.3 CONCEITO DE DISCIPLINA

Trata-se-a aqui, 0 conceito de disciplina colocado par varios autores com

diferentes posturas a esse raspeito. Este estudo sera encaminhado partindo de

concepybes mais "tradicionais" e portanto autoritarias; passando a concepg6es

"liberais", que concedem aD alune liberdade total, e a partir dai, numa tentativa de

supera9fio concep90es mais crlticas, em que todos sao co-respons8veis pela disciplina.

A questao da disciplina escolar parece simples, "basta conseguir que os alunosprestem atenyao na aUla". Na verdade, esta questaa e bastante complexa, visto que

envolve a forma9Elo do can3ter, da cidadania, e da consciencia do sujeito. Portanto, a

disciplina e uma das variaveis que influenciam 0 processo ensino~aprendizagem e sem

ela nao se pode fazer nenhum trabalho pedag6gico significativo.

o termo "disciplina" apresenta algumas dificuldades de ordem semantica, pOis e

usado com urn numero variado de significados. Serao considerados neste momento,apenas tres conceitos mais importantes desta palavra enumerados par Rolf E.Muuss

no livro Problemas de Disciplina ( Cf., 1967, p.7 ).

Num primeiro significado "disciplina" e 0 montante de ordem que e estabelecida

em grupo au turma. Quando 0 professor fala em disciplina que ele impoe, refera-se aograu de ordem por ele estabelecido. Em outra conota9ao, "disciplina" significa 0

metodo pelo qual a ordem e estabelecida. Outro significado mais camum da palavra"disciplina" e sinonimo de punig8.o, gerando medo, ansiedade, culpa e agressao.

Consultando 0 dicionario Caldas Aulete, pertencente a cole98o da Enciclopedia

Desta Universal, temos a seguinte definiy80 de disciplina: "a instru9ao e dire9ao dada

por um mestre ao seu discipulo" ou "imposi9aOde autoridade, de metoda, de regr8s oude preceitos".

Nestas definiqoes fica ciara a questao da disciplina entendida com a adequag6.o

do comportamento do aluno aquilo que 0 professor deseja. A disciplina vinda de cima

para baixo centra 0 poder na maDS do professor, que par sua vez, imp6e as normas.

Para TIBA, Disciplina e 0 conjunto de regras eticas para se atingir um objetivo. A

etica e entendida, aqui, como 0 criterio qualitativo do comportamento humano

envolvendo e preservando 0 respeito ao bem -estar biopsicossociaL

Esse conjunto de regras pode ser:

.treinado simplesmente;

.adquirido pela pr6pria experiencia;

.aprendido por intermedio de alguem que funcione como professor;

.absorvido pela imitayao de um mestre.

"0 MAIOR ESTiMULO PARA TER DISCIPLINA E 0 DESEJO DE ATINGIR UMOBJETIVO"

A disciplina escolar e um conjunto de regras que devem ser obedecidas para 0

exito do aprendizado escolar. Como em qualquer relacionamento humano, a disciplina

e preciso levar em conta as caracterlsticas de cada urn dos envolvidos: professor,

aluno e ambiente.

o professor e essencial para a socializagao comunitaria, tern basicamente quatro

fungoes:

a) Professor propriamente dito: Para poder ensinar, e necessario saber 0 que ensina.

Isso se aprende no currlculo profissionaL 0 professor precisa conseguir transmitir 0

que sabe.

b) Coordenador do grupo de alunos. 0 professor tem de identificar as dificuldades

existentes na classe para poder dar um born andamento a aula.

c) Membro do carpo docente. Os professores devem S8 ajudar mutuamente, como

fazem os estudantes entre si. 0 fato de ser professor nao e garantia de estar

sempre certo.

d) Empregado de uma institui9i30. Como todo empregado 0 professor tem direitos e

deveres.

\0

o aluno tambem e a peya chave para a disciplina eseolar e 0 sueeSSD do

aprendizado. A maior dificuldade que S8 encontra para estudar e a falta de motiva<;8o

(l9ami Tiba, 1996).

4.4 DIZER NAo: TRABALHANDO COM OS LlMITES

"E de pequeno que S8 torce 0 pepino" Ja diziam nossos av6s. A fatta de limites

na educayao de criangas tomeU-S8 um problema alarmante, em conseqOemcia da

dificuldade dos pais para dizer "nao" aos filhos.

o principio basico para que uma educac;ao S8 construa e a postura de empatia

dos adultos diante das emoQoes da crianc;a. E sabido que sufocar a emoQao prejudica

o desenvolvimento global da crians:;a, pois ela passa a desconhecer e desqualificar a

que ela sente, percebe ou ve e essa atitude pode vir a causar urna desorganizayao

cognitiva. Quando as pais buscam educar seus filhos tambern sob 0 aspecto emocional,

a crian~a vai descobrindo que nos todos temos urn universe interior e que devemos

estar sempre atentos a nos mesmos. Alem se conhecer, a crianga vai construindo uma

relaqao de intirnidade com seus pais com bases na parceria e na aceitagao mutua. 0

trabalho de reconhecer, legitimar, nomear e impor as limites adequados e urn dos

locais de encontro entre pais e filhos. Quando a espaqo para a manifesta<;ao das

emovoes nao e autorizado, a crian9a inventa um jeito de colocar suas emogoes,

podendo apresentar comportamentos agressivos, arredios, depress6es e baixo

rendimento escolar. A escola e urn dos espac;os onde aparecem essas questoes de

maturidade emocional. No entanto, por melhor que seja a escola e por mais

preparadores que sejam os profissionais, a familia e a base para a educagao emocional

de uma crian9a (Asha Phillips).

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4.5 A INDISCIPLINA NA ESCOLA

Oefini9ao de indisciplina fomecida por TAILLE:

Se entendermos per disciplina comportamentos rigidos por um conjunto denormas, a indisciplina podera S8 traduzir de duas formas: 1) a revolta contra estasnormas; 2) 0 desconhecimento delas. No primeiro casa, a indisciplina traduz-se poruma forma de desobediencia insolente; no segundo, 'pelo caDS dos comportamentos,pela desorganizay8o das relat;oes.

A familia, antes organizada em fun9ao dos adultos, passa a ser organizada em

fung80 das crian9as. Ontem sair de casa era ganhar a liberdade, hoje signifiea perde-

la. Oaf a atual queixa de falta de limites nas crianyas.

Os pais e professores tern medo de imp6-1os porque significaria impor 0 registro

do adulto no qual naG acreditam mais. A criant;a e adulada porque e crianya: sua

auto-estima ja esta dada pela propria idade que tern. Os pais engatinham na frente

dos filhos, brincam de negar as diferen9as e de ser apenas "amigos" de suas

progenituras, escondem seus valores por medo de contamina-Ias, aceitam seus

desejos par medo de frusta-las. E 0 tala acaba por repetir na escola.

A indisciplina em sala nao se deve essencialmente a "falhas" psicopedag6gicas,

pois esta em jogo a lugar que a escola ocupa hoje na sociedade, 0 lugar que a

crianya e 0 jovem ocupam, 0 lugar que a moral ocupa ( Yves de La Taille, 1996).

4.6 CAUSAS DA INDISCIPLINA

As causas da Indisciplina podem ser encontradas em cinco grandes niveis:

Sociedade, Familia, Escola, Professor e Aluno. Estes niveis sao apontados rnais para

uma orientaryao da investiga.9ao, para facilitar a estudo e para nao se perderem de vista

aS diferentes fatares de interterencia; no entanto, e preciso tamar cuidado com certeza

tendencia de ver estes aspectos isoladamente urn do outro; na rea/idade estao

profundamente entreia9ados, e cada um tern que assumir suas responsabilidades.

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Para NERICI(1989:256) as causas da indisciplina podem ser compreendidas em

grupos especificos, envolvendo varios campos de atuayao ou itens distintos.

a) Causas de indisciplina na Sociedade:

Sociedade em transforma<;ao;

Abdica9ao crescente da familia quanto as suas responsabilidades

ectucativas;

Imediatismo e maus exemplos dos adultos;

Omissao dos responsaveis pela ectucayao;

Ma imprensa e televisao;

Crise de autoridade.

b) Causas de indisciplina na escola:

Classes numerosas;

Instalagoes materiais inadequadas;

Fatta de laborat6rios, de oficinas e material didatico;

Prepara9ao inadequada dos diretores, ou falta de preparo;

Recursos humanos insuficientes.

c) Causas de indisciplina do professor:

Ma direQao da classe;

Emprego con stante da mesma tecnica de ens ina;

Conhecimento deficiente da materia;

Ayao isolada dos professores;

Impontualidade;

Personalidade desajustada.

d) Causas de indisciplina no aluno:

causas de natureza biol6gica;

causas de natureza social;

causas de natureza psicol6gicas.

Com estas dezenas de causas torna-se ate mais dificil combater a indisciplina.

Tanto sao problemas que se acumulam que deixam sempre margem para algum tipo

de reagao que sera interpretada como indisciplina. Como se viu, muitas das causas da

indisciplina nao e 56 culpa do aluno. Logo a busca da solu9ao deste problema 56 epassivel a partir de urn trabalho muito mais amplo que a simples condena((ao do aluno.

A sociedade, a escoia, a familia, a pedagogia precisam ser reformadas junto com outras

institui90es para darem a exemplo e exigir do aluno que ele tambem se digne dar 0 seu

exemplo.

Em geral, 0 problema da indisciplina escolar e entendido como sendo um

problema das faltas cometidas pelo aluno, au falta de autoridade do professor, sem

considerar a escola como instituic;30 capaz de proporcionar alegria, satisfay80 e

aprendizagem consistente,

Eo importante se observar e acompanhar todos as aspectos, quando se trata da

indisciplina. Para isso e fundamental que se tenha todo cuidado quando se procura agir

com a crianya e prindpalmente conhecer a participay8!o da familia em relaC;8o 0 que

realmente esta acontecendo.

4.7 DIALETICA DA INTERAQAO PROFESSOR-ALUNO

Diz VASCONCELOS (1991) que a questao da disciplina em sala de aula e uma

situa9ilo muito ampla, que envolve uma dimensao de totalidade, passando pela forma

de organizagao da sociedade, da familia, do sistema educacional, da eseoia, etc.

Entretanto, deseja-se abordar um aspecto importante: a representay80 que 0

professor tern hoje de seu papel e a repercussao disto para a relayao professor- aluno.

Tendo em vista que, quem esta em sala de aula, no dia a dia, e 0 professor com

seus alunos, cabe a ele como coordenador do processo, administrar os confiitos e

contradiyoes, dependendo de como compreende 0 seu pape/.

14

A relayao professor-aluno e constitulda par uma dialetica entre a direyao do

professor e a iniciativa do aluno, a apresentayao do conhecimento que sup6e a critica

e a relagao com a realidade bem como a aplica<;ao em outros contextos.

Sabe-s8 que para a educa<;8.o escolar atingir sua, meta, que e a forma«;8.o integral

do ser humano, e preciso que haja intera98.0 com 0 Dutro, pois 0 homem naD S8 forma

sozinho. Esse e um processo humano e dinamico que faz com que professor e aluno,

mesma exercendo papeis diferentes, complementem-s8.

Percebe-se a necessidade de que 0 professor resgate os valores do passado,

mas que tamb8m esteja aberto aDs novos valores emergentes devido as necessidades

colocadas pelas contradigoes socia is, politicas e culturais num processo de

continuidade-ruptura.

Se 0 professor nao tiver essa visao dialE~tica tera muitas dificuldades, mio

compreendencto os problemas que encontra em sala de aula.

4.8 PERGUNTAS E RESPOSTAS DA INVESTIGACAO FEITA SOBRE

PROBLEMAS COTIDIANOS QUE PREOCUPAM OS PROFESSORES E

PAIS, FEITAS POR ALGUNS AUTO RES, 19ami Tiba, Isabel Parolin e Laura

MontSerrat

1. Hoje 0 dialogo entre aluno e professor e mais aberto. Isso e beneficio para

educagao?

Sem duvida. Sabemos que a aprendizagem acontece em uma rela(f8.o vincular

entre 0 professor, 0 aluno e 0 conhecimento.

A possibilidade de conversar com 0 professor e perceber sua humanidade

aproxima 0 par educativo e 0 campo da aprendizagem fica beneficiado.

2. Por que gera tanta indisciplina em sala de aula? Sera que os pais possuem uma

certa parcela de "culpa"?

Nao diria que existem culpados, mas muita desinformag8.o.

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Hoje S8 fala muito em crianyas sob a 6tiea de comportamento atfpicos e ou que nos

assustam e amedrontam e pouea S8 fala sabre seu processo de desenvolvimento e

maturayao global. Wallon nos ens ina que as pessoas passam por tres fases em seu

desenvolvimento emocionaL Inicialmente e a fase da afetividade emocional. A

crianya necessita de toques, de carinho, de presen<;a, de um corpo mais intensD.

Depois vern a fase da afetividade simb6lica, em que a linguagem ocupa grande

espayo da re1398o. A proxima categoria caracteriza-se pela necessidade da pessoa

sentir que 0 Dutro garante seus direitos e seus deveres.

3. as pais e a escola estao preparados para lidar com alunos sem limite?

Ninguem esia preparado para lidar com pessoas sem limites, pOis queremos ser

respeitados e ouvidos. A pessoa que se constr6i dentro de limites adequados, sabe

quem ela e e as 5uas possibilidades. A pessoa sem limites desconhece 0 outro

podendo vir a desenvolver comportamento de inseguranga. 0 pai que nao da limite

para 0 seu filho, impossibilita a entrada dele para 0 mundo adulto.

4. Aos pais que trabalham fora como pod em demostrar aten~ao ao seu filho?

Pais que se ausentam de casa 0 dia todo precisam aproveitar 0 pouco tempo

disponivel para educar bem 0 filho. A mae nao deve sentir culpada pe\a ausencia e

cair na superprotel'ao. Ha que se Ter alguns cuidados na chegada ao lac. Eimportante garantir 0 reencontro diario, como se' cada urn fizesse urna viagern

diferente e contasse ° que viveu de interessante. 0 afeto precisa da convivencia.

Quando pequenos querem colo; a medida que crescem e adquirem um pouco de

iniciativa , ja desejam brincar, participar de uma atividade ludica. Quando maiores,

mais procuram a conversa a menos 0 contato corporal. 0 fundamental para

assegurar 0 vinculo afetivo e saber 0 que se passou com 0 fHho, seus sentimentos,

pensamentos e a90e5.

Em todas as idade, 0 mais importante e preservar a convivencia e s6 depois fazer a

cobranya. Toda vez que os pais se preocupam com 0 filho, ele se sente amado.

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4.9 SUGESTOES PARA AJUDAR 0 PROFESSOR A ORIENTAR A

CONDUTA DE SEUS ALUNOS E CONDI<;;OS PARA 0

DESENVOLVIMENTO DA AUTOESTIMA.

Estabelec;a , em conjunto com as alunos, os padr6es de comportamento a serem

seguidos, permitindo que eles analisem e discutam as normas de conduta proposta,

expressando sua opiniao a respeito de cada uma delas e contribuindo Gom sugestoes.

Quando os alunos podem discutir e aptar sabre as regras de comportamento a

serem seguidas per cada um deles, em particular, e pela classe, em geral, tendem

aceita-ias mais facitmente e assim, as regulamentos estabelecidos em conjunto

costumam ser respeitados pelo grupo. Quando 0 aluno pode participar da discussao e

decisao das regras, ele tem mais motiva9ao para respei!a-Ias.

Quando os alunos tem oportunidades de participar da elabora9ao de um c6digo

de conduta, eles tendem a respeitar e assumir 0 que foi proposto em conjunto pelo

grupo, acatando mais faciimente as regras na pratica cotidiana da sala de aula.

Use procedimentos positivos de orientagao da conduta visando sempre

desenvolver a auto conceito positivo dos alunos.

Autoconceito e 0 conceito que alguem tern de sei proprio, e a imagem que faz de

SI mesmo, e a auto imagem que influemcia na auto estima. Por sua vez, a autodisciplina

e um contrale interno. 0 desenvolvimento da autodisciplina esta relacionado a formay80do auto conceito positivo.

Devemos usar como forma de orientar a conduta, 0 reforgo positivo eJogiando e

dando destaque ao comportamento adequado. 0 elogio precisa ser feito na

oportunidades adequadas. Se for dado a toa, perde 0 valor do reforl'O.

o professor deve colocar em classe alguns motivDs como: Eu sou alguem; Eu

respeito as outros; Eu quero que as outros me respeitem.

Com esses tres motivadores, 0 que S8 pretende e formar a auto conceito positiv~

dos alunos e ajuda-Ios a desenvolver a auto disciplina fazendo-os perceber que cada

um deles e uma pessoa diferente das outras, com caracteristicas, com opini6es e

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habilidades, preferencias e interesses, com qua/idades e defeitos, aspectos positivos e

negativos; que cada um deles quer ser respeitado pelos demais. A melhor forma de se

fazer respeitar e respeitando as DutroS.

Procure explicar as raz6es de sar das regras de conduta adotadas, mostrando

que elas sao necessarias. No caso de urna repreensao em particular explique aD alune

porque seu comportamento e inadequado e 0 que espera dele.

A aceitay80 de normas e necessaria para se viver na sociedade. A vida em

comum exige que respeitamos leis, normas, regulamentos.. Se assim e, deve ser

natural aceitarm05 tais regras, desde que nao pare9am arbltrarios e par isso e preciso

mostrar ao aluno que 0 estabelecimento das regras de conduta faz sa necessaria e

cada urna delas tern uma raz80 de ser na dinamica da escoJa em geral, e da sala em

particular, po is visam um bom andamento dos trabalhos escolares.

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5. CATEGORIAS DE ANALISE

C6digo de conduta na indisciplina escolar.

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CONCLusAo

Pelo fate de na atualidade vivenciar-se na maieria dos Centros de Educayao

Infantil, urna grande indisciplina par parte dos educandos, atraves desta investigayao

possa-se tentar compreender os motivos pelos quais as crian~as e adolescentes se

comportam desta maneira.

Os relatas dos professores testemunham que a questao disciplinar e,atualmente, urna das dificuJdades fundamentais quantoao trabalho escolar.

Percebe-se que algumas familias estao despotencializadas e passam a delegar

a terceiros tarefas que deveriam ser suas, enquanto 0 ideal e haver urna cumplicidade

entre escoia e familia para que juntos consigam melhores resultados.

Constatou-se a necessidade de um born relacionamento entre professor e aluno

em classe para que nao surjam conflitos, os quais se nao forem bem administrados

poderao fazer com que os aiunos esquet;am 0 que foi ensinado ou apresentem

dificuldades e bloqueios no processo ensino-aprendizagem,

A investiga9ao levou a identificar que a familia, escota e sociedade, participam

ern igualdade de condigoes para que a (in)disciplina ocorra, urna vez cons!atada a

insatisiag80 dos disciplinados com rela,8o a didatica adotada par alguns professores; a

forma como os pais conduzem a educayao dos filhos levando-os a nao ter uma

concepgao definida quanto a atuaJ;ao dos mesmos; e a questao social muitas, vezes

revoltantes, pela discrimina9ao e ma distribui9fm de renda.

A busca da disciplina requer compromisso, participa9ao coletiva e clareza nos

objetivos propostos aos alunos, professores, familia e escola, pois sem isso nao hi!

maneiras de reverter 0 quadro disciplinar presente no pais.

E importante que todos os envolvidos no processo educacional fayam uma

reftexao sobre sua postura, observando que e necessario e possive! mudar pois

somente desta forma estarao contribuindo para a formaqao de pessoas criticas,

conscientes de seus direitos e deveres, construindo uma sociedade mais justa e mais

humana.

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ANEXOS

ANEXO A- NARRAC;Ao DE AUDI<;Ao DE PALESTRA COMOAPOIO LOGiSTICO A INVESTIGAC;Ao.

1· 0 Sim e 0 nlio na constru~lio da pessoa (Isabel ParoHn)

Uma crianya quando nasce, tern a predisposiC;80 para incorporar retinas que

advem do intercambio social que ela promove desde 0 primeiro dia de sua existencia.

Em seus primeiros meses de vida, 0 reeem nascido vive sob 0 dominic organico,

a sua comunicaC;8o se da atraves de urn ego-auxiliar, a\guem que interpreta suas

necessidades.

Apes esse desenvolvimento a crianc;a comec;a a diferenciar-se do Dutro e a

discriminar 0 Eu. Em meio a esse movimento, acaba se reconhecendo como

individualidade. A crianc;a aprende par reflexao e descobertas e identifica 0 T u como

outra individualidade, estabelecendo corredores relacionais.

Os adultos que habitam 0 mundo de uma crianya sao os responsaveis pelos

modelos estaveis que permitirao 0 estabelecimento de um padrao relacional e de

procedimentos que constituirao as bases da vida relacional daquela crianya.

Percebe-se que a crianya necessita de um contexto organizado e dirigido pelos

adultos para que ela possa incorporar-se ao mundo social, adequada ao c6digo de

comportamento, valores, costumes, normas e etc.

Cabe aos pais, adequar as manifestay6es das criam;as que sejam consideradas

socialmente indesejaveis. No entanto, essa adaptayao deve ter 0 carater educativo da

busca de um raciocfnio ajustado a faixa etaxia e maturacional da crianya e condizente

com os objetivos e preceitos dos pais e da familia.

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2- Limites com crianl;as e adolescentes (Yves de La Taille)

A palavra limite, tao em moda, pade ser encarada sob dois olhares:

1.limite como restrtgao a liberdade,

2.limite como obstitculo a ser superado.

o problema da lalla de limites passa pelas duas concep<;6es acima.

Em primeiro lugar vamos analisar 0 limite como restritivo:

. nao ha vida em sociedade sem a existencia dos limites, cada sociedade tern

suas caracteristicas, cada epoca tem suas caracteristicas diferentes, mas que seja

passive/ a vida em sociedade e necessaria que ex/starn ilmites .

.se existe proibigao e porque existe 0 desejo de fazer. Uma vez que 0 limite

enquanto restri980 contradiz 0 desejo de indivldua, certamente provocara uma

sensar;ao de mal estar.

.se as limites surgiram com 0 5urgimento da vida em sociedade, sua aceitay8o,

suas implica<;:oes sao tao velhos quanta a pr6pria sociedade. Par que um tema tao

velha tarnau-se um problema lao atual? Porque nao era problema para as geral'oes

anterieres?

As respostas estao nas proprias carateristicas da sociedade atual:

Crise de valores: onde passam os limites atualmente? Nao hi! uma clareza, um

parametro coerente a nivel de grupo, nem individual, como existia antigamente. Os

adultos tambem estao confuses sabre ontie passam os jimites. As crianyas e

adolescentes sao urn mera reflexo da conduta dos adultos. As cnany:as carecem de

limites porque nos tambem carecemos deles.

Despolencializagao da familia e da Escola: Qual 0 papel da familia e do

professor na sociedade atual1 Antigamente 0 pai era 0 provedor de recursos, e a figura

autoritaria, a mae era educadora, a que cuida, e a professor era 0 que ensinava os

conteudos escalares. E hoje? Hoje delega-se respansabilidades: -educar e larefa da

eseDla!

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Fragiliza9ao das Relagoes Afetivas: Antigamente os mhos obedeciam par medo

de perder 0 amor de seus pais, hoje nos adultos estamos tao fragilizados que

obedecemos as crianyas par medo de perder 0 seu amOL

Gerags:o filhos de 60:e proibido proibir: 0 meda de sermos autoritarios levou~nos

a perda da autoridade,

"Se 0 limite e contra 0 desejo do individuD, 0 que leva a aceitar;ao voluntaria dos

limites?"

Eo a partir dos 4 anos que a crian98 desperta para a compreensao dos limites,

A crian9a pequena acata 0 limite pela sua origem, Eo a fonte da regra, e nao 0

seu valor que levarn a criant;a a aceita-Ia. 0 respeito ao adulto e decorrencia de uma

relaC;8o afetiva com ele, a crianga nao respeitara qualquer adulto, mas fara com todos

as adultos significatjvQs em sua vida. 0 adulto significativo e aquele que: desperta 0

medo, inspira 0 arnor \ desperta a admira9ao e a confianga.

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ANEXO B- RECORTES DE MATERIAlS QUE INTRODUZEM 0CONTElrnO DA INDlSCIPLlNA ESCOLAR COMO APOIO LOGiSTICO

A INVESTIGA<;::AO.

1- Estudantes estao mais indisciplinados

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2- Limites sem trauma

LlMITES SEM TRAUMA

DAR LIMITES Ii:

• Ellsinar qUi.! os direitos s1ioiguais para Jodo.r!•. Ensinar que existem aulros peSS()(Js no munda,'•• Fazer crcrJalf{:fJcomprec1:1lierque os seus dil'eiloS (lcetbamoI14e/XJme9'lf11 os direilos

dosomros;• Diu, "sim" sempre que posslvel e "nfjo'_. sempreque necessaria;• .")6 dizer "nfio" ,quando liver vitia razfio concretq;

• Mostrar que mttltas co/sos podem SeTJeitas f!QUttas ntio puilem ser jettas;• Fazer a criUl1fa ver 0 ntunda com uma cono1(;ui/;fos{)f.":ia1~(co/. viver) e n!io apenas

pSico16gica ( a meu desejo e 0 meu prazer sfio as i'micds i:oi,sasque contam);o Ensinar a tolehtr peqiJell!W'foUstrat;&s- rwprf!WIte,parcJque.,JWfomro, o~ prob!ern;zs

do vida possam ser SIip?aiJ()~ ;(X)m_-~<JUilibrio ','e maturldade (a enanga que haje(fprendeu a eSperar ~VjJZ',fidt4 SeY'fif!jVida-amcso, amanhfi nav consideraniuminsuito pessaaJ esperar a ViJ7111J)filado ci/~ema 011aguaniar Ires au quatro ..dias ate quesell, chefe de 11m[larecer sabre allun p1'omdfiio):

• Descnvo[ver a capacidqdelle adler Sf!ti~aflitM·( se JUio__cOllSeguiremprego hOje.elm/lullara a lutar sem tie..'{islir011, caso tenl1tf des-envolvidiresta lttliJilidcid!Nlgird deforma il1SCl1sata cdeseqttflibrada •ptJrlindo •pcrftXlJmp'iJ .t.pat'q a margindlidatk. 0cticoo/ismo Of} a depressao).- ~

•• Saber discernir entre 0 que e --l1ecessldade e 0 qIW edlsejo ,tJacriffl}f£l;• Compreender que 0 direitoa privtWidadc 000 sign/flca/alla <k- clIitkldo. des<.:a$o, /illtq

de ClcclilpanhamcntOs e supervisiil'J- astJIividadiitiJ atifudesckt criatlfa;• Ensinar que cada direilo co1'l'esptJ11dcumaevcr e :principalmel1te _,.IS Dar () exemplo!

Coligio Ceneeistl1PnJsitlente Kennedy

MaiO/Z0l12

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REFERENCIAS

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LlBANEO, J. C. Rela~ao Professor-aluno na sala de aula, In: ....didatica. Sao Paulo:Cortez, 1992.

MUUSS, RE. Problemas de Disciplina: Solu~oes de Emerg{mcia, Rio de Janeiro: AoLivro Tecnico, 1978.

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TIBA, I. Disciplina: 0 Limite na medida ceria. Sao Paulo: Editora gente, 1996.

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ZAGURY, T. Umites sem trauma, material ofertado pelo Co\E;gio Cenecista PresidenteKennedy- Campo Largo -Pr- maio/2002.