UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland...

46
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ALFABETIZAR NA PRE-ESCOLA: REFLEXAO E DISCUSSAO

Transcript of UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland...

Page 1: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Elizabete 8alland

ALFABETIZAR NA PRE-ESCOLA: REFLEXAO E DISCUSSAO

Page 2: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

Elizabete Balland

ALFABETIZAR NA PRE-ESCOLA: REFLEXAo E DISCUSSAO

Trabalho de Conclusao de Curso apresentado aoCurso de Pedagogia da Faculdade de CienciasHumanas. Letras e Artes, da Universidade Tuiutido Parana. como requisito parcial para a obtenc;:aodo grau de Licenciatura em Pedagogia

Orientadora: ProP. Rosilda Maria Borges Ferreira

Curitiba2005

Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

Aos meus pais. Alfons e Emilia. pelo apoio e com preen sao durante toda a

minha vida.

Ao meu marido Andre. pelo apoio durante toda a execuc;:ao deste trabalho.

A orientadora e amiga, Professora Rosilda, pela paciencia e dedicaC;:8o nas

long as discussoes sabre as rumos deste trabalho.

Aos amigos conhecidos durante 0 decorrer do curso. e demais amigos que de

alguma maneira colaboraram.

Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

'Mulheres e homens. somos as unicos seres que, social ehistaricamente. nos tornamos capazes de aprender. Parisso, somas as unicos para quem aprender e umaaventura criadora, alga. par issa mesmo, muito mais ricodo que meramente repetir a lic;ao dada. Aprender paranos e construir. reconstruir, constatar para mudar, 0 quenao se faz sem abertura ao risco e a aventura do espirito"

(Freire. Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro:Paz e Terra. 1997)

Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

SUMARIO

RESUMO ..

1INTRODU<;:AO ...

2 FUNDAMENTA<;:AO TEORICA ....

6

...7

. 10

2.1 NivEIS CONCEPTUAIS lINGUiSTICOS APONTADOS POR EMiLIA

FERREIRO.. .•. 11

22 AMBIENTE ALFABETIZADOR.

2.3 A lINGUAGEM ORAL E

. 14

ESCRITA NA EDUCA<;:AO INFANTIL

•........... 16

2.3.1 Oesenvolvendo a Linguagem Escrita ,..

2.4 CONCEITUANDO A ALFABETlZA<;:AO ..

2.5 0 PAPEL DO PROFESSOR ..

2.6 A PRE-ESCOLA E 0 1° GRAU .

. 17

. 19

. 22

. ..24

3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS . . .27

4 RESULTADOS E DISCUSSAO 28

4.1 ANALISE DA EVOLU<;:AO DA ESCRITA COM CRIAN<;:AS DA ESCOLA

MUNICIPAL EURiPEDES DE SIQUEIRA - PRE - ESCOLA E 1° SERlE

...................... 28

4.2 ANALISE DA EVOLU<;:AO DA ESCRITA COM CRIAN<;:AS DO CENTRO

EDUCACIONAL ALEGRIA DE APRENDER PRE-ESCOLA 32

43 ANALISE FEITA COM AS CRIAN<;:AS DA PRE-ESCOLA ALEGRIA DE

APRENDER.. . 36

5 CONCLUSAO.. . . .......•... . ..42

REFERENCIAS.. . .44

Page 6: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

RESUMO

Esta pesquisa pretende demonstrar a imporiancia de S8 apresentar a escritapara a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata com as formas decomunicaQ3o usadas no contexto social. Tern como objetivo verificar aimportancia de se alfabetizar na Pre-escola da rede particular, bern comoinvestigar 0 que leva a Pre-Escola da rede publica a naD faze-Ia. Pretende-setambem Identificar alguns principios te6ricos que norteiam 0 processo dealfabetizac;:ao; conscientizar as profissionais da Educa9ao sabre os reais niveisde desenvolvimento de aprendizagem na Educac;:ao Infantil. Sendo assim aalfabetiza,ao se torna a principal fonte de desafios para 0 educador alfabetizadorda educaryao infantil, pOis S8 percebe que a alfabetizayElo acontece de urn modonatural no processo de aprendizagem da crianga. E a crianga com ega a dominara linguagem esc rita e oral quando e ouvida e estimulada a falar de sua vida e acontar hist6rias, assim vai percebendo que a esc rita a rodeia, por tad os oslugares (placas de onibus, r6tulos, cartazes, propaganda). Desta forma, cabetambem ao professor alfabetizador desenvolver orientagoes para ampliar 0

universo discursivo infantil, ate que as criangas atinjam um grau de releitura doproprio mundo.

Palavras chave: alfabetiza,ao; processo natural; educa,ao infanti!.

Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

INTRODUC;:AO

A escola, nos ultimos anos, foi bastante atingida pelas inov890es nos

campos da ciencia e da tecnologia. Muitas leorias acerca de aprendizagem e

do desenvolvimento cognitiv~ avan9aram, trazendo a reformula9ao dos

metod os educacionais. Ah§m disso, as computadores chegaram as escolas,

dinamizando 0 ensina e promovendo uma reavalia9ao do papel do educador,

passando ainda a serem utilizados como rnais uma OP9ao de ferramenta de

trabalho e urn recurso adicional na aquisiyao de conhecimentos.

Nesse contexto, interessei-me em averiguar como estava transcorrendo

a adapta9ao da escola a essa realidade, especificamente, a fase de

alfabetiz89<30, que sem duvida, e urn marco na vida da crianC;8.

Para que pudesse compreender a realidade especificamente escolar

precisei aprofundar meus conhecimentos acerca do desenvolvimento infantil,

dos metodos educacionais e de questoes mais amplas, porem intimamente

relacionados ao aprendizado e a aquisit;:oesdo conhecimento.

o processo de alfabetiza9ao inicia-se desde 0 nascimento com

conquistas graduais de habilidades motoras, perceptuais, cognitivas e,

portanto, anteriores ao ingresso na escola. No decurso desse desenvolvimento,

a crian9a vai desenvolvendo a capacidade de elaborar "teorias explicativas"

acerca do mundo que a rodeia, fazendo usa de estruturas mentais e

desenvolvendo elaborados esquemas de a,ao (EMiLIA FERREIRO, 1989).

Portanto, a crian9a muito antes de receber a instru9ao formal para ler e

Page 8: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

escrever ja teve determinado 0 inicio do processo de aqujsi~ao dos

componentes necessarios para a realiza~ao dessas atividades.

Mediante essa 6tica, a aquisi~ao do conhecimento passou a ser vista

como fundamentada na intera~ao entre a crianga e 0 objetivo a ser conhecido,

implicando em uma postura bastante ativa por parte dela.

o trabalho de Emilia Ferreiro e colaboradores (1986) analisa os niveis

de conceitualizagao de criangas de quatro a seis anos, antes de ingressarem

na escola primaria, e a inter-rela<;:ao entre esse desenvolvimento e 0 processo

de aquisi<;:ao da leitura e escrita. A pesquisadora constatou a existencia de um

padrao evolutivo que vai da primeira concepgao sobre a linguagem escrita,

caracterizada por quatro niveis: Pr€!- Silabico, Silabico- Alfabetico e Alfabetico.

Tais niveis (apresentados no Capitulo 2) ocorrem para todas as criangas, que,

por suas caracteristicas individuais, atingem cada estagio em idades

diferenciadas.

o processo de alfabetizag8..o e provavelmente a etapa mais decisiva e

determinada da vida de um individuo, uma vez que, segundo Vygotsky (1985),

seu objetivo de estudo, a linguagem, "traz em si mesma os conceitos

elaborados e generalizados pela cultura hurnana", ou seja, todo 0

conhecimento historicamente produzido pela humanidade. Por tudo isso, nao

considera 0 ata mecEmico de ler e esc rever a tarefa maior do processo

alfabetizador, em bora seja urn dos objetivos a serem alcanyados, interessa

principalmente que a aprendizagem da leitura e da esc rita seja a campreensao

das diversas linguagens, 0 dominic delas e sua utilizayao pelo sujeito para

Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

compreender e intervir no mundo que 0 rodeia. Assim, 0 aluno precisa ter clara

a utilidade e as func;oes daquele aprendizado para a vida.

Enquanto nas Escolas Particulares, as crianc;as ja entram na 1a serie

sabendo ler e escrever, na Escola publica elas entram na 1a serie com

dificuldades. Em vista desta diferenc;a, esta pesquisa parte do seguinte

problema:

o que leva a escola publica a nao alfabetizar na Educa,ao Infantil?

Esta pesquisa pretende demonstrar a importancia de se apresentar a

escrita para a crianc;a na pre~escola para que ela entre em contato com as

form as de comunicac;8.o usadas no contexto social. Tem como objetivo verificar

a importancia de se alfabetizar na Pre-escola da rede particular, bem como

investigar 0 que leva a Pre-Escola da rede publica a nao faze-Io. Pretende-se

tambem Identificar alguns principios te6ricos que norteiam 0 processo de

alfabetizac;ao; conscientizar os profissionais da Educac;ao sobre os reais niveis

de desenvolvimento de aprendizagem na Educac;ao Infantil.

o trabalho segue a seguinte estrutura: 0 Capitulo 2 apresenta a

Fundamentac;ao Te6rica com os seguintes titulos: Ambiente Alfabetizador. A

linguagem Oral e Escrita na educaC;<3o infantil. Desenvolvendo a linguagem

escrita. Conceituando a alfabetizac;ao. 0 papel do professor e a Pre - Esco[a e

a 1° grau. 0 capitulo 3 apresenta a metodologia utilizada para explicar 0 tema

em discussao. 0 capitulo 4 faz uma analise dos resultados obtidos atraves das

entrevistas, observa,oes, atividades aplicadas em sala e, no ultimo capitulo,

apresenta-se a conclusao obtida durante a pesquisa.

Page 10: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

2 FUNDAMENTA<;:Ao TEORICA

Alguns autores buscam a importancia da Alfabetizayao. Entre eles esta

Lima que fala que e preciso acompanhar passo a passo 0 desenvolvimento das

crianc;as como uma totalidade, propiciando-Ihes experiencias cad a vez mais

ricas correspondentes aos estagios em que se encontram. (LIMA, 1987).

Para Ferreiro (1986), as crian,as de 4 e 5 anos que participam de

experiencias educativas em que ninguem as obriga a se alfabetizarem, mas se

oferece todD tipo de estlmulos para entrarem em cantata e S8 interessarem

pela lingua escrita; avanc;am muito rapidamente e iniciam em excelentes

condiry6es a escola de 1° grau.

E para Fontana (1997), 0 ingresso no 1° grau e urn rito de passagem em

nos sa sociedade. Pais consideramos ler e esc rever atividades que se

aprendem na escola e tratamos as primeiras tentativas de escrita de nossas

crianc;:as como meras garatujas au como c6pias inadequadas de alga esc rita.

A linguagem escrita, e um sistema simb61ico criado pelo homem. No

fluxo da comunica980 verbal, grupos humanos passaram a utilizar linhas,

Page 11: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

10

pontcs e Qutros sinais para representar, registrar, recordar e transmitir

informac;6es, conceitos, relac;oes, produzindo assim a escrita.

A escrita alfabetica e uma forma de representar a palavra falada com

base nos seus aspectos scnoras e nas possibilidades de usa das tetras do

alfabeto. Por exemple, para escrever a palavra gat 0 na nossa lingua, usamos

quatro letras que correspondem as quatro unidades minimas de som que

comp6em essa palavra no seu registro oral.

Para compreender a construyao da esc rita e necessario fazer uma

abordagem dos niveis conceptuais lingOisticos, apontados por Emilia Ferreiro.

No trabalho com os cinco niveis utiliza-se de uma nomenclatura a mais

conhecida entre os professores.

2.1 NivEIS CONCEPTUAIS LlNGOiSTICOS APONTADOS POR EMiLIA

FERREIRO

Nivel 1 - pre-silabieo.

Nivel 2 - intermediario I.

Nivel 3 - silabieo.

Nivel 4 - intermediario II ou silabieo - allabetieo.

Nivel 5 - allabetieo

o primeiro nfvel, a pre- silabico, inicia-s8 com a fase pict6rica, no qual

S8 fazem presente as primeiras manifestac;oes da escrita - as garatujas. Ha as

desenhos sem figurac;ao e, mais tarde, com figurac;ao; e a fase de "rabisco".

Page 12: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

II

Tambem neste nivel e presente a fase gratica primitiva, ha simbolos e

pseudoletras misturados com letras e numeros: a ordens dos numeros nao e

fase ic6nica - representa~ao atrav8S do desenho. Nesta fase a criant;a produz

riscos ou rabiscos tipicos da escrita,

Apesar de 0 desenho dela estar distante do real, as tentativas

aumentam com 0 estimulo da familia e da escola.

Na fase pre-silabica propriamente dita, a crian9a naG diferencia letras de

numeros, desenhos ou simbolos; percebe que as letras servem para escrever

mas nao sabe como Is50 ocorre; nao associa pensamento a palavra escrita,

fenema e grafema, som do A com a letra. As letras usadas para representar a

grafia nao representam 0 valor son ore convencional.

Nesta fase ocorre a chamado Realismo Nominal: caisa pequena,

escreve pequeno, coisas grandes, escreve grande.

Letras ou sllabas nao se representam na mesma palavra; acha que nao

pode ler palavras com poucas lelras e palavras com silabas repetidas. Leilura e

esc rita sao possiveis s6 com palavras de muitas letras diferentes.

Neste periodo a cartilha e desprezivel. Nao adianta treinar familias

silabicas. A crianya nesla fase ainda nao observa silaba na escrita. Os jogos,

as brincadeiras, 0 trabalho com os crachas, revistas, livros, embalagens

ajudarao na cOnstrU(faO do processo.

o nivel 2 - intermediario 1 - e a fase de conflito: nao sa be escrever,

negayao da escrita. A crian9a nesta fase produz riscos ou rabiscos tipicos da

Page 13: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

12

escrita. Chega a conclusao: a esc rita representa a fala. Nao escreve verbos e

artigos, apenas substantivDs que tern significado.

No nivel 3 - silabico - em cantata com 0 material graJico, a crian9a

comec;a a diferenciar a gratia das palavras. Esta confiante pela descoberta que

pode escrever com 16gica. As silabas representam pedayos scnoras e a letra

representa simbolo.

Acredita que resolveu a problema da escrita. Mas leitura ainda e

problema: 0 adulto nao consegue ler 0 que ela escreve. Aceita com cautela

palavras com poucas tetras. Acrescenta, algumas vezes, mais uma au mais

letras para ficar "mais bonito"

A crianya descobre que a silaba e farmada por elementos menores. Ha

maior precisao na correspondencia som/letra. Ja existe sonorizac;ao ou

fonetizac;ao da escrita, que era inexistentes nas frases anteriores.

No nivel 4 - intermediario 2 ou silabico-alfabetico a crianga produz

riscos ou rabiscos tipicos da escrita. Ha um novo conflito: ninguem con segue

ler 0 que ela escreve. 0 valor sonoro torna-se imperioso: registra-se

principalmente na primeira s[laba. No nivel silabico alfabetico a crianga esta a

um passo da escrita alfabetica.

o nfvel 5 - alfabetico - a crianya ja distingue letra, sflaba, palavra e

frase. Algumas vezes divide a frase nao pela forma convencional (gramatical),

mas pelo ritmo frasal. De agora para frente vira a construyElo na base

ortogratica. Neste nfvel a crianga atingiu compreensao do sistema de

representayao da linguagem escrita. Problemas comuns nesta fase:

Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

13

Omissao de letras.

Nao deve ser considerado urn "problemao" - a crian9a esta

progredindo e nao reg red indo.

Insista no trabalho com silabas.

Explore names, etiquetas, r6tutos, livros e revistas.

A crianya reconstroi 0 sistema lingi..Jistico e compreende a sua

organizayao. He a compreensao da logistica da base alfabetica da

esc rita. Ja escreve foneticamente (faz rela9ao entre som e letra), mas

nao ortograficamente, em dire9ao a correC;:3oortografica e gramaticaL

Para que a esc rita seja dominada, essa complexidade requer

aprendizagem sistematizada e 0 treinamento especifico de algumas

habilidades e conven90es, tais como: 0 conhecimento do conjunto de tetras

disponiveis para 0 registro dos sons da linguagem falada, suas rela90es com

esses sons e as regras de combina980 entre elas, 0 trayado que as constitui,

sua direcionalidade.

No processo de divisao social do trabalho, 0 acesso a essa

aprendizagem foi sendo controlado por algumas classes sociais, transformando

a esc rita em privilegio, em indice de poder e recurso de dominay80.

2.2 AMBIENTE ALFABETIZADOR

Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

14

Segundo 0 Referencial Curricular (1998), a crian9a oriunda de classe

popular chega a escola com conhecimento restrito a respeito da lingua escrita.

Isto S8 atribui a au sen cia ao pouco cantata com material de leltura e escrita no

seu ambiente familiar. A fim de suprir esla carencia e atender adequadamente

a esta crian9a, 0 professor deve fazer da sala de aula de educa9ao infantil um

ambiente alfabetizador.

o ambiente alfabetizador caracteriza-se por urn espayo de coisas

escritas, alas de leitura e esc rita onde muitas atividades interessantes e

significativas tenham um lugar. 0 alfabeto (de madeira, plastico, papelao, de

divers os tamanhos), livros de historias, revistas, jornais, embalagens, rotulos,

jogos com letras, constituem 0 conjunto de materiais que devem estar a

disposi980 das crian98s com 0 objetivo de proporcionar a interac;:c3odas

mesmas com 0 mundo das letras vivenciando assim efetivamente 0 processo

de construy<3o do que e ler e escrever. Este ambiente nao e estatico. E

enriquecido com as produyoes escritas do grupo, realizadas tanto em nivel

individual como coletivo.

As vivencias das crianyas com estes materiais didaticos e a situayao de

aprendizagem estao ligadas diretamente a organizayao do ambiente fisico da

sala de aula. Esta organiza9ao e mais adequada atraves da disposi9ao dos

alunos em pequenos grupos.

o trabalho em grupo e uma forma de operacionalizar a interay<3o entre

as crianyas e 0 ensino aprendizagem.

Page 16: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

Compreendendo que 0 processo de construc;:ao de conhecimento nao e

resultado da simples transmissao de informaC;:Elo, mas sim da resoluc;:ao de

problemas, quanto mais hipotese formulada para encaminhar sua soluc;:ao,

maior e a garantia de encontra-Ia. Isto e possivel na medida em que as

crianc;:as, em grupo, possam confrontar suas hipoteses, trocar informayoes,

pensar sobre a que querem escrever e verificar os resultados com as colegas.

Neste processo e importante a presenc;:a do aluno adulto informante, 0

professor, que respond a as suas perguntas, estimulem suas curiosidades e

apresente desafios.

As situac;oes de aprendizagem presentes num ambiente alfabetizador

consistem em atividades significativas envolvendo letras, palavras e textos

como:

· Vivencia com a escrita de palavras significativas, a partir do proprio

nome da crianc;a.

Experimentayao livre da escrita e leitura em que a crianya escreva ou

leia, do seu proprio jeito, como ela acha que e.

· Leituras diarias pelo professor, nao s6 de livros de historias, mas de

diferentes materiais escritos (cartas, bilhetes, jornais, revistas etc.).

Produc;oes escritas das crianyas (em grupo individual) a partir de

hist6rias lidas relato de passeios, de seus pr6prios desenhos etc.

· Construyao de livros de historias, de jornal de album de dicionario.

Page 17: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

16

Cantato com jogos onde a crianga pense sabre suas hip6teses: bingo,

mem6ria, palavras cruzadas, domino, etc.

Transformando a sala de aula num ambiente alfabetizador, estaremos

oportunizando a crianc;a 0 avanc;o no processD que antecede a alfabetizac;ao

propriamente dita. A partir dai, ela constr6i sistemas interpretativDS, pensa,

raciocina e inventa, buscando compreender esse objetivo social

particularmente complexo que e a esc rita e a leitura.

2.3 A LlNGUAGEM ORAL E ESCRITA NA EDUCAvAO INFANTIL

A aprendizagem da linguagem oral e esc rita e um momento importante

para as criangas ampliarem suas possibilidades de inserc;ao e de participac;ao

nas diversas praticas sociais.

o trabalho com a linguagem constitui-se em um dos eixos basicos na

educayao infantil, dada sua importancia para a formayao do sujeito, para a

interayao com outras pessoas, na orientayao das ay6es das crianyas, na

construyao de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento.

Aprender uma lingua nao e somente aprender as palavras, mas tambem

os seus significados culturais, e, com eles, os modos pelos quais as pessoas

do seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade.

A educayao infantil, ao promover experiencias significativas de

aprendizagem da lingua por meio de um trabalho com a linguagem oral e

Page 18: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

17

escrita, S8 constitui em urn dos espat;os de ampliac;:ao das capacidades de

comunicac;:ao e expressao e de acesso ao mundo letrado pelas as crian.yas.

Essa amplia9ao esta relacionada ao desenvolvimento gradativo das

capacidades associ ad as as quatro competencias lingOisticas basicas: falar,

escutar, ler e escrever.

2.3.1 Desenvolvendo a linguagem escrita

Nas sociedades letradas, as crian.yas, desde as primeiros meses, estao

em permanente cantata com a linguagem escrita. E par meio deste cantata

diversificado em seu ambiente social que as crianyas descobrem 0 aspecto

funcional da orientayao escrita, desenvolvendo interesse e curiosidade par

essa linguagem. Diante do ambiente de letramento em que vivem, as crian9as

podem fazer, a partir de dais au tres anos de idade, uma serie de perguntas,

como: "0 que esta aqui?", ou "0 que islo quer dizer?", indicando sua reflexaa

sobre a fun<;:ao e 0 significado da escrila, ao perceber que ela representa algo.

Sabe-se que para aprender a esc rever a crian<;:a tera de lidar com dais

processos de aprendizagem paralelos: 0 da natureza do sistema da esc rita da

lingua, a que a escrita representa e a das caracteristicas da linguagem que se

usa para escrever. A aprendizagem da linguagem escrita esta intrinsecamente

assaciada ao cantato com textos diversos, para que as crian<;:as passam

construir sua capacidade de ler, e as praticas de escrita, para que passam

desenvolver a capacidade de escrever autonomamente.

Page 19: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

IS

A observar;80 e a analise das produ<;oes escritas das crian<;as revelam

que elas tarnam consciencia, gradativamente, das caracteristicas formais

dessa linguagem. Constata-se, que, desde muito pequenas, as crianr;as podem

usar lapis e 0 papel para imprimir marcas, imitando a esc rita dos mais velhos,

assim como S8 uti!izam livros, revistas, jornais, gibis, r6tu105, etc., para "Ier" 0

que esla escrito. Nao e raro observar crianr;as muito pequenas que tern como

material escrito, folhear um livro e emitir sons e tazer gestos como S8

estivessem lendo.

As crianr;as elaboram urna serie de ideias e hip6teses provis6rias antes

de compreencter 0 sistema esc rita em toda sua complexidade.

Sabe-se, tambem, que as hip6teses elaboradas pelas crianr;as em seu

processo de constru9E1o de conhecimento nao sao idemticas em uma mesma

faixa etaria, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social,

ou seja, da importancia que tern a escrita no meio em que vivem e das praticas

sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar.

No pracesso de constru9ao dessa aprendizagem as crian9as cometem

"erras". Os erros, nessa perspectiva, nao sao vistos como faltas ou equivocas,

eles sao esperados, pois se referem a urn momenta evolutivo no processo de

aprendizagern das crian9as. Eles tern urn importante papel no pracesso de

ensino, porque inforrnam 0 adulto sobre 0 modo pr6prio de as crian9as

pensarem naquele momento. E escrever, mesmo com esses "erras", permite as

crian9as avan9ar, uma vez que s6 escrevendo e possivel enfrentar certas

contradi90es. Par exemplo, se algumas crian<;as pensam que nao e possivel

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

19

escrever com menes de tres letras, e pensam, ao mesma tempo, que para

esc rever "gato" sao necessarias duas letras, estabelecendo uma equivalencia

com duas silabas da palavra gato, precisam resolver essa contradi9ao criando

uma forma de grafar que acomode a contradigao enquanto ainda e passive]

ultrapassa-Ia.

Desse modo, as criangas aprendem a produzir textes antes mesma de

saber grava-Ios de maneira convencional, como quando uma crianga utiliza a

professor como escriba ditando-Ihe sua historia, A situayao inversa tambem epassivel, quando as crianr;as aprenctem a grafar urn texto sem le-Io produzido,

como quando escreverem urn texto ditado por outro au quando 0 sabem de

cor.

2.4 CONCEITUANDO A ALFABETIZAC;;Ao

A partir dos anos 50, alguns psicologos comeC;ama aplicar, mesmo sem

formac;ao pedagogica, uma serie de testes, com 0 objetivo de descobrir 0

motivo pelo qual ocorriarn dificuldades com as crianc;as no periodo de

alfabetizac;aoe estes chegaram a algumas conclus6es, tais como as crianc;as

serem carentes, carentes de alimentac;ao na infancia, carentes de estimulos

ambientais, e de emoC;<3o que as motivassem para a aquisic;aoda cultura, enfim

carentes de praticamente tudo.

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

20

Para resolver estes problemas, inventaram 0 chamado periodo

preparatorio, no qual as crian<;8s seriam treinadas nas atividades basicas ate

ficarem prontas para S8 alfabetizarem, pOis sem prontidao nao S8 podia realizar

urn processo de alfabetizayao eficiente.

Entretanto em vez do periodo preparat6rio e dos tradicionais exercicios

de prontida.o, 0 professor deve Fazer inumeras Qutras atividades inteligentes,

que viraG a contribuir de fato para a alfabetizac;:ao.

Afinal, 0 processo pedag6gico e de alfabetiz8c;:ao nao consiste apenas

em treinos que S8 desvinculam da sociedade, mas sim, na transmissa.o do

conhecimento acumulativo pelos homens ao lango de sua hist6ria.

Pelo trabalho 0 hom em S8 humaniza e utiliza instrumentos que 0

permitem dominar a natureza. Ao agir sobre a natureza 0 hom em e um

processo de mutua transforma9ao, 0 que 0 diferencia cad a vez mais das outras

especies.

Segundo Vygotsky (1991), "0 segredo do ensino da linguagem escrita e

preparar e organizar adequadamente a transi9ao natural desta apreensao"

Com certeza, a linguagem escrita e um dos maiores inventos do ser

humane e, como lal, nao pode ser ensinada como um simples c6digo a ser

treinado e memorizado, 0 que descaracterizaria a sua principal fun9ao: ser

inslrumento de conhecimento.

Segundo Kato (1992), a linguagem escrita e importante para a

realiza9ao e a evolu9ao do ser, pois e ela que permite a cad a povo construir a

sua hist6ria, sua memoria e seu futuro. Portanto, e com a linguagem escrita

Page 22: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

21

que comeC;8 propriamente a Hist6ria Humana: a partir do surgimento desta

linguagem, a ser humane passa a produzir a cultura de forma progressiva.

Para Piaget (1989), a aprendizagem que urn individuQ realiza depende

do nivel de desenvolvimento ja alcan<;:ado por ele, isto e, 0 seu

desenvolvimento e que cria as condi90es para que a aprendizagem S8 efetive.

Desse modo, 0 desenvolvimento sera sempre anterior a aprendizagem.

o processo educativ~, portanto, deve seguir 0 desenvolvimento, pais

somente ocorre aprendizagem quando ha urn amadurecimento das func;oes

cognitivas compativel com 0 nivel de aprendizagem.

Pelo desenvolvimento 0 be be humane vai S8 construindo em individuo

diferenciado, dono de si mesma e de sua vontade. E um processo complexo,

em que a combinay<3o de fatores biol6gicos, psicol6gicos e sociais produzem

nele transformayoes qualitativas.

o desenvolvimento envolve aprendizagens de varios tipos expandindo e

aprofundando a experiencia individual.

Para Vygotsky (1989), 0 desenvolvimento cognitivo est'; mais proximo

da aprendizagem do que para Piaget. Para ele, 0 desenvolvimento das funyoes

pslquicas da crianya esta a todo 0 momenta ligado com a aprendizagem, isto

e, com a apropriay<3o do conhecimento produzido pela humanidade e as

relayoes que estabelece com 0 meio social.

Na visao de Vygotsky (1989), desenvolvimento e aprendizagem estao

unidos, constituem uma unidade, sendo inseparavel do desenvolvimento a

aprendizagem. Quando e significativa, avanyo do

Page 23: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

22

desenvolvimento para um nivel mais complexo que, par sua vez, serve de base

para novas aprendizagens.

Ao longo da hi5toria da educa<;ao, a tarefa da Alfabetiza<;ao 5e reduziu

ao trabalho de levar a crianya ao dominic do sistema grMico, isto e, a

linguagem era vista como um c6digo ou como uma habilidade que pudesse ser

treinada.

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

2.5 0 PAPEL DO PROFESSOR

Numa proposta pos-piageliana, 0 professor deixa de ser 0 inform ante do

saber e assume a fun930 de medidor entre a sujeito que aprende e a objetivo de

conhecimento.

E preciso unir com seus objetivos e sua pnltica pedag6gica. Esta ayao e

para planejar, atuar, avaliar e orientar. Para construir esla competencia urn dos

caminhos e a da reflexao sabre a pratica. Uma reflex;3o permanente em grupo,

em que cada urn possa discutir e compartilhar com seus colegas a sua pratica.

Nesse sentido, a professor esla buscando urn desenvolvimento profissional,

tendo a teoria como suporte para a reflexao de sua pratica pedag6gica.

E necessario tambem que 0 professor fique atento ao curricula aeulto da

crian9a ao chegar a escola. Par curriculo oculto, entendem-se as informa90es,

conhecimentos, experiencias, bagagem cultural e social da linguagem, que estao

presentes na crian9a, oriundos da vivenda do seu cotidiano.

Tendo presente que 0 objetivo do conhecimento, leitura e escrita na~

fazem parte do cotidiano da crian9a de classe popular e que a mesma nao pode

pensar sobre urn objetivo ausente e que nao pode errar sobre 0 que ela ainda

nao sabe, cabe ao professor propiciar situa90es de aprendizagem e fornecer

informa90es sobre 0 mundo letrado.

Segundo 0 Referendal Curricular Nacional para a Educa9ao Infantil

construir este espago consiste ern:

Concretizar 0 ato de ler e escrever, po is 0 professor serve como modelo,

fazendo com que a crian9a sinta 0 desejo de ler e escrever.

Page 25: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

Enriquecer 0 ambiente com diferentes materiais escritos, transformando-

o num ambiente alfabetizador.

Proporcionar a socializagfto do saber, atraves da formagao de grupo.

Considerar 0 erro como um elemento do proeesso de constru<;:ao do

conhecimento.

Apresentar desafios, problemas, questionamentos, levando a erian<;:a a

pensar sobre suas hip6teses

o professor deve procurar acompanhar 0 percurso de cada aluno, atraves

da interpreta<;:fto de suas produgOes escritas.

E importante primeiramente, que 0 professor erie urn vinculo afetivo com

seu aluno, para que este se sinta confiante ao expressar par escrito suas

hip6teses.

Esta avalia9ftO cognitiva deve oeorrer mais de uma vez durante 0 ana

letivo, que 0 professor possa:

Conhecer 0 nivel da psicogenese em que se encontra seu aluno .

.Oportunizar atividades que favore9am 0 avan<;:o na compreensao da

lingua escrita.

E importante que 0 professor entenda 0 que a crianga pensa e 0 que

formula sobre as rela<;:6esentre a tala e escrita. Para tal, e preciso coloca-Ia num

contato com a leitura e escrita, desmistificando 0 ate de ler e escrever. Assim, ela

ira colhendo dados que auxiliem a descobrir 0 que a escrila representa, seus

usos, a fungoes e valores socia is.

Page 26: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

Destas produc;:oes, 0 professor podera observar quais sao as ideias e os

conhecimentos das crianc;:as em relac;:ao a linguagem escrita e quais sao suas

expectativas para, entao, proporcionar situac;:6es de ensino-aprendizagem.

A medida que a crianc;:a vai tendo oportunidade, atraves de diferentes

situac;:oes didaticas Uogos, escrita espontanea, analise de nome, etc.), vai

construindo a sua escrita, sabendo a que esta fazendo e conhecendo as

caracteres desta escrita (Ietra inicial. letra final, numero de letras fazendo as

demais letras que comp6em seu nome).

Esta nova visao contrapoe-se a visao tradicional, na qual a objetivo da

aprendizagern do nome era apenas para identificar objetos, e sua escrita reduzia-

se a atos repetitivos de c6pia

2.5 A PRE-ESCOLA E 0 1° GRAU

Segundo ° Referencial Curricular Nacional para a Educac;:ao Infantil e de

fundamental irnportancia percebermos a contribuic;:ao que a pre-escola pode

proporcionar ao ensine de 10 grau.

Tal contribuic;:ao devera estar articulada atraves de urn curriculo em que:

A) a realidade vivida pel a crianc;:a seja considerada com todas suas

caracteristicas- experiemcias, conhecimento, dificuldades habilidades, interesses,

valores, sentimentos ... e a partir dessa realidade, destes dados culturais e s6cio-

ecan6micas deverao surgir os temas e au atividades a serem desenvolvidas;

B) sejam cansideradas seu desenvalvimento e as caracteristicas

pr6prias do momento em que a crianc;a esta vivendo (as teorias do

Page 27: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

desenvolvimento infantil e os estudos de carater cognitiv~ pSicomotor, linguistico

e s6cio- afetivo);

C) a ago3oda crianga seja fundamental num processo de aprendizagem.

o saber se constr6i na ago3osignificativa da crianga sobre 0 mundo que ela vive

o educador devera ampliar os espagos de ag80 e manipulagao, de criatividade

da crianga desafiando sua capacidade de construgo3o de conhecimento:

0) As formas simb6licas de representar 0 mundo (desenho, ;ogo,

simbolo, imitagao e linguagem) favoregam a tom ada de consciencia da agao da

crianl(a e por isso sao lao importanles tanto para 0 desenvolvimento da crianl(a

como um lodo, como para favorecer 0 dominio da linguagem escrita.

Aprender precisa necessaria mente incluir prazer. 0 prazer de criar, de

transformar, de avangar em descoberta, de comunicar 0 que se descobriu, de

registrar 0 frulo das descobertas, de compartilhar com outro 0 caminho

percorrido.

Uma pratica pedag6gica que esteja base ada num curriculo dessa natureza

favorecera 0 desenvolvimento da linguagem e demais formas de expressao, bem

como a construl(ao pela crianga da leitura escrita, 0 pensamento logico-

maternatico, as experiemcias com objetos (cor, espessura, tamanho e forma), a

maior exploragc3o da sua realidade socio-cultural e as diferengas e sernelhangas

que tern 0 mundo social (moradia, familia, profiss6es, bairro, 0 campo, a cidade,

transportes, etc.). Isso significa que a crianga vai se desenvolver conhecendo 0

mundo ao mesmo tempo

Uma pratica pedag6gica que pretend a favorecer 0 desenvolvimento

infantil, a construgao do conhecimento por parte da crianga, precisa estudar com

Page 28: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

atividades concretas, significativas. Por isso 0 profissional de educa~ao infantil

precisa'

- Organizar as atividades de forma dinamica, equilibrada, conhecendo 0 que

esta por tras de cada uma delas. Nao e 0 "fazer pelo fazer", ou 0 "deixa fazer" e

nem 0 "s6 faz se eu deixar" A pratica pedag6gica nao e neutra e por mais

simples que seja tern um pressuposto te6rico.

- Pesquisar, buscar dados para enriquecer 0 caminho da crian(fa cria as

condi(foes de trabalho, busca mais ou desafia para novas descobertas, sempre

voltando para a realidade social das mesmas.

Para isso, a politica de educa(fao pre - escolar deve contemplar e, ate

mesmo, priorizar a formagao dos recursos humanos. A Pre-Escola e lugar de

profissionais competentes, compromissados, bem remunerados e bem

assessorados.

E, enfim, a pre-escola um espa(fo educativ~, que contribui com a escola de

10 grau, favorecendo a articula(fao da reaJidade socio-cultural da crianga, seu

estagio de desenvolvimento e os conhecimentos sistematizados do mundo social

e fisico.

Page 29: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

2 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

Trata-se de uma pesquisa de carater descritivo e qualitative, dividida em

duas etapas: bibliografica e de campo.

- Pesquisa bibliografica: foi feita par meio de urn levantamento de livros,

revistas e sites sabre 0 lema em questao.

- Pesquisa de campo: a pesquisa leve como universe duas escolas uma

da rede particular e a Qutra da rede publica. Como amostra fcram utilizadas Ires

turmas, uma turma de Educa«ao Infantil (Pre III) Escola particular, uma turma de

Pre III da Escola publica e uma turma de Ensino Fundamental (1(1 serie).

- Instrumentos utilizados para analise e coleta de dados: observayao

direta e indireta em sala de aula, entrevistas nao estruturadas com as

profess ores, aplicar;:ao de atividades com as crian9as das tres turmas.

A Escola da rede publica e da Prefeitura de Almirante Tamandare. Escola

Municipal Eurfpedes de Siqueira, e a da rede particular e a Centro Educacional

Alegria de Aprender

Page 30: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

4. RESULTADOS E DISCUSSAO

4.1 ANALISE DA EVOLU<;:AO DA ESCRITA COM CRIAN<;:AS DA

EDUCA<;:Ao INFANTIL E l' SERlE DA ESCOLA MUNICIPAL

EURipEDES DE SIQUEIRA E DO CENTRO EDUCACIONAL ALEGRIA DE

APRENDER

A analise fei feita primeiramente com as crian((as de 6 anos que estao na

Pre- Escola da Escola Municipal Euripedes de Siqueira .

./

/I

j,""<VE.\3... L _

FIGURA 1: Atividade feita par Antonio (6 anos) da Escola M. Euripedes de Siqueira

Page 31: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

FIGURA 2: Alividade feila par Maria (6 anas) da Escala M. Euripedes de Siqueira.

Percebe-se que eles estao aprendendo as letras e as familias silabicas, na forma

tradicional. 0 menino da figura 1 tem letra adequada para a idade; a menina da

figura 2 esta na mesma fase com um pouco de dificuldade. Com isso, observou-

se durante as aulas que os professores estao mais preocupados com a

elaborac;:ao da letra escrita utilizando 0 caderno de caligrafia e deixando de

explorar a leitura e a escrita.

Page 32: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

Figura 3: Atividade feita por Antonio, construindo as palavras sozinho, com dificuldade,

pois nao conhece lodas as lelras.

Page 33: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

I I

FIGURA 4: Atividade feita par Maria, tambem construindo as palavras, trocando

posiyoes. Tambem com dificuldade e nao conhece todas as letras

Page 34: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

4.2 ANALISE FEITA COM CRIANCAS DA l' SERlE DA ESCOLA

MUNICIPAL EURipEDES DE SIQUEIRA

\-

FIGURA 5: Alividade feila par Rendry (7 anos) da Escola M. Euripedes de Siqueira. Nao

conseguiu escrever um texlc, nem formar uma frase e desenhou 0 que jil. estava na

atividade.

Page 35: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

34

* Veja OS desenhos e complel€a cruzadinhCl

c S\~

0 0 I I IL

1) D II A

_/ D

0

~

~

~

~~

FIGURA 6: Atividade feita pelo aluno Rendry, ja com nor;6es das letras, trocando

algumas ainda, com bastante dificuldade pois ja esta no final da 1a serie. Tem dificuldade

na leitura pois troca varias letras.

Page 36: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

i J

\

FIGURA 7: Atividade realizada, pelo aluno (7 anos) da Escola Eurfpedes, ja formando

lexlos.

Page 37: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

FIGURA 8: Atividade realizada pela aluna da 1:1 serie.

Page 38: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

4.3 ANALISE FEITA COM AS CRIAN<;:AS DA PRE -ESCOLA

ALEGRIA DE APRENDER.

o: ,

OJVi

FIGURA 9: Atividade realizada pela aluna Julia (6 anos) do Pre III do Centro Educacional

Alegria de Aprender. A crianya ja conhece todas as letras e ja forma as frases.

Page 39: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

FIGURA 10: Atividade feita pela aluna Julia: ja escreve pequenos textos, ja esta

alfabetizada

Page 40: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

FIGURA 11: Atividade realizada pela aluna Raissa (6 anos) do Centro Educacional

Alegria de Aprender. A aluna nao forma frases, mas ja conhece as palavras.

Page 41: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

\

=.

'\ ,j /V\ /-\ jrs)

/ 11\ ,-;IV h1\II'". \)AI 1\

, '_ U l"v\(v\ I .IIU

FIGURA 12: Atividade realizada pela aluna Raissa. que ja conhecendo as letras formou

urn pequeno texto, contanto a hist6ria da galinha.

Page 42: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

Existem casos em que as crian~as nao conseguem adquirir a linguagem

escrita por nao estarem bem desenvolvidas, e outros fatores ate mesmo socia is,

como familia. Este e 0 principal motivo na Escola Municipal Eurfpedes de

Siqueira, pais a Escola atende alunos carentes de classe baixa, com baixo

rendimento. Assim, percebe-se que se as fases do desenvolvimento da crian~a

nao estiverem bem definidas ou desenvolvidas, ela ira apresentar dificuldades na

hora de alfabetizar. Cabe ao professor de Educa~ao Infantil desenvolver

atividades e/ou projetos que possam auxiliar 0 processo natural da alfabetiza9ao

Page 43: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

CONCLUSAO

Mediante 0 que foi colocado, nao fica dineil entender a dificuldade do

professor em repensar algumas questoes referentes a alfabetizagao, sendo que,

a crianga e 0 elemento rnais importante do processo de ensino e aprendizagem

que ocorre na pre - escola. A alfabetizayao e, assim, urn processo de integrac;:ao

no qual encontramos atuac;:6es individuals influenciando em uma dinamica grupal

que passam par DutroS fatores como socia cultural e economico.

A aprendizagem deve come gar pelos acontecimentos em que as alunos

estao envolvidos e cujo significado procuram construir. Para 5e poder ensinar

bern e necessaria conhecer 0 mundo que rodeia as alunos. Aprender e, portanto,

construir 0 seu proprio significado e nao encontrar as respostas certas dadas por

alguem.

o professor deve lidar com seres individualizados, ao mesmo tempo em

que lidar com relac;oes grupais, entendendo que em uma sala de aula podera

haver crianc;as em diferentes nlveis conceituais em relac;c3oa escrita. Deve estar

atento as modificac;oes s6cio-culturais e as implicac;oes no ensino, no processo

de desenvolvimento sem deixar de atender as sOlicitac;oes da institui<;ao e dos

pais, pelos conteudos e form as e, portanto, influenciados por toda dinamica

envolvida na alfabetiza<;80.

Finalizo, concluindo que a crianc;a percorre um longo caminho na

construc;ao da escrita ate compreender 0 seu usc, sua func;ao e suas

caracteristicas. Cabe a Escola e ao professor de Educac;ao Infantil reverem sua

metodologia, bern como utilizarem estrategias de a<;ao que viabilizem 0 processo

natural da alfabetizac;ao. Para isso, a politica de educac;ao pre - escolar deve

contemplar e, ate mesme, priorlzar a formac;ao des recurSDS human os. A Pre-

Page 44: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

Escola e lugar de profissionais competentes, compromissados, bem remunerados

e bem assessorados.

E, enfim, a pre-escola um espago educativ~, que contribui com a escola de

10 grau, favorecendo a articulay2l0 da realidade socia-cultural da crianga, seu

estagio de desenvolvimento e os conhecimentos sistematizados do mundo social

e fisico.

Page 45: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

REFERENCIAS

CAGLIARI, Gladis Massini. Oiante das Letras. Sao Paulo: Fapesp, 1999

CND - Curso Normal a Distancia. VIESSR, J. A Alfabetiza,ilo. lesde Brasil S/A

Curitiba - PR, 1998.

FERREIRO, Emilia. Alfabetiza,ilo em Processo. 14 ed. Sao Paulo: Cortez, 2001.

FERREIRO, Emilia Ref/exoes sabre Alfabetiza,ilo. 24 ed. Atualizada - Sao

Paulo: Cortez, 2001.

FONTANA, Roseli; CRUZ, Nazare. Psicologia e trabalho pedag6gieo. Sao Paulo:

Atual, 1997.

KATO, Mary Aizarwa; A conceP98o da escrita pela criam;a. 2 ed. Sao Paulo:

Pontes, 1992.

LIMA, ADRIANA F. S. Pre - Eseola e Alfabetizaqao / Uma proposta baseada em

Paulo Freire e Jean Piagel. 2. Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1986.

Page 46: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Elizabete 8alland ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/ALFABETIZAR-NA-PRE... · para a crianc;:a na pre-escola para que ela entre em cantata

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCA~Ao INFANTIL.

Ministerio da Educac;;ao e do Desporto, Secretaria de Educa~ao Fundamental.

Brasilia: MEC/SEF, 1996. 3V.

SMOLKA, Ana Luiza Bustamante; A Crian9a na rase inicial da escrita. 9. Ed ..

Sao Paulo: Cortez, 2000.