UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e...

67
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS MAGNAGNAGNO ANÁLISE ENTRE OS SISTEMAS DE FÔRMA E ESCORAMENTO PARA EXECUÇÃO DE PILARES E LAJES NA CIDADE DE CURITIBA - PR CURITIBA 2014

Transcript of UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e...

Page 1: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

LUIZ CARLOS MAGNAGNAGNO

ANÁLISE ENTRE OS SISTEMAS DE FÔRMA E ESCORAMENTO

PARA EXECUÇÃO DE PILARES E LAJES NA CIDADE DE

CURITIBA - PR

CURITIBA

2014

Page 2: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

LUIZ CARLOS MAGNAGNAGNO

ANÁLISE ENTRE OS SISTEMAS DE FÔRMA E ESCORAMENTO

PARA EXECUÇÃO DE PILARES E LAJES NA CIDADE DE

CURITIBA - PR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Tuiuti do Paraná - UTP, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof.(a) Eliane Pereira De Lima

CURITIBA

2014

Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso trata de uma análise comparativa entre os

sistemas de fôrma em madeira e fôrma metálica para execução de pilares e lajes, e

as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes

aplicados na construção civil na região de Curitiba no estado do Paraná . A situação

estudada é o pavimento tipo de um edifício com 35 andares, neste estão

consideradas as áreas de fôrma para os pilares, vigas e lajes e o volume de

escoramento necessário para executar o apoio provisório da estrutura, sendo que

para obtenção dos valores e quantitativos foram utilizados os dados de produção e

valores disponíveis em tabelas orçamentárias e nos manuais dos fornecedores.

Após o levantamento dos dados para cada situação de fôrma e escoramento,

procedeu-se a comparação, onde foram analisados os aspectos econômicos de

ambos os sistemas e o número de funcionários necessários para executar a

atividade dentro de uma mesmo período de tempo, de maneira a comparar a

viabilidade e as vantagens de cada sistema.

Palavras-chave: Fôrma em madeira ou metálica; Escoramento em madeira ou

metálico; Custo; Número de funcionários

Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Laje mista pré-fabricada .............................................................................. 10

Figura 2- Lajes Nervuradas ........................................................................................ 11

Figura 3- Composição de lajes ................................................................................... 11

Figura 4- Esquema de cálculo das lajes ..................................................................... 13

Figura 5- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando travessões e guias . 18

Figura 6- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando as apenas guias ..... 19

Figura 7- Esquema de laje mista com blocos cerâmicos ........................................... 20

Figura 8- Dimensões das chapas compensadas .............................................................. 24

Figura 9- Dimensões das chapas compensadas .............................................................. 25

Figura 10- Espaçador e tirante ................................................................................... 26

Figura 11- Fôrma metálica para pilar ......................................................................... 26

Figura 12- Esquema geral de fôrmas mistas ............................................................. 27

Figura 13 - Fôrma e estrutura em madeira - travamento metálico ............................. 28

Figura 14 - Escoramento em madeira ........................................................................ 33

Figura 15- Escoramento metálico ............................................................................... 34

Figura 16- Escoramento e forma metálica para lajes ................................................. 35

Figura 17- Escoramento e forma metálica para lajes ................................................. 36

Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

LISTA DE GRÁFICOS

Figura 1- Laje mista pré-fabricada .............................................................................. 10

Figura 2- Lajes Nervuradas ........................................................................................ 11

Figura 3- Composição de lajes ................................................................................... 11

Figura 4- Esquema de cálculo das lajes ..................................................................... 13

Figura 5- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando travessões e guias . 18

Figura 6- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando as apenas guias ..... 19

Page 6: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

LISTA DE TABELAS Tabela 1- Custo de estrutura ...................................................................................... 21

Tabela 2- Tipos de formas.......................................................................................... 22

Tabela 3- Dimensões usuais das tábuas ................................................................... 23

Tabela 4- Volume de concreto e área de forma para pilares ..................................... 38

Tabela 5- Volume de concreto e área de forma para as vigas ................................... 39

Tabela 6- Volume de concreto e área de forma para as lajes .................................... 41

Tabela 7- Quantitativo de forma – pilares .................................................................. 42

Tabela 8- Custo de forma – pilar ................................................................................ 43

Tabela 9- Quantitativo de forma – vigas ..................................................................... 53

Tabela 10- Custo de forma – vigas ............................................................................ 44

Tabela 11- Quantitativo de forma para laje - Escoramento em madeira .................... 44

Tabela 12- Custo de forma para laje - Escoramento em madeira .............................. 45

Tabela 13- Quantitativo de forma para laje - Escoramento metálico .......................... 45

Tabela 14- Custo de forma para laje - Escoramento metálico.................................... 46

Tabela 15- Sistemas de fôrmas metálicas para pilar – total da obra .......................... 46

Tabela 16- Sistemas de fôrmas metálicas para laje – total da obra ........................... 47

Tabela 17- Quantitativo de escoramento para lajes utilizando madeira ..................... 48

Tabela 18- Custo de escoramento para lajes utilizando madeira ............................... 48

Tabela 19- Quantitativo de escoramento para vigas utilizando madeira .................... 49

Tabela 20- Custo de escoramento para vigas utilizando madeira .............................. 49

Tabela 21- Quantitativos para escoramento metálico de vigas .................................. 50

Tabela 22- Custos de locação para escoramento metálico de vigas ......................... 49

Tabela 23- Quantitativos para escoramento metálico de lajes ................................... 51

Tabela 24- Custo de escoramento para vigas utilizando madeira .............................. 55

Tabela 25- Resumo dos sistemas de forma ............................................................... 50

Tabela 26- Resumo dos sistemas de escoramento ................................................... 56

Tabela 27 - 1º Opção - Escoramento e forma completo em madeira ......................... 58

Tabela 28 - 2º Opção - Escoramento metálico e forma em madeira .......................... 59

Tabela 29 - 3º Opção Forma mista e escoramento metálico para lajes e vigas ......... 60

Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................... 9

1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 9

1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................... 9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 10

2.1 DEFINIÇÃO DE LAJES ........................................................................................ 10

2.1.1 Tipos de Laje ..................................................................................................... 12

2.1.2 Cimbramento ou escoramento .......................................................................... 13

2.1.3 Formas .............................................................................................................. 15

2.1.4 Tipos de fôrmas ................................................................................................ 22

2.1.5 Complementos ................................................................................................. 25

2.1.6 Fôrmas metálicas ............................................................................................. 26

2.1.7 Fôrmas mistas ................................................................................................... 26

2.2 EXECUÇÃO DAS FÔRMAS ................................................................................. 28

2.2.1 Fôrmas de pilares ............................................................................................. 28

2.2.2 Fôrmas de vigas ............................................................................................... 30

2.2.3 Fôrmas de lajes ................................................................................................. 31

2.3 ESCORAMENTO DE FÔRMAS .......................................................................... 32

2.3.1 Escoramento de madeira .................................................................................. 32

2.3.2 Escoramento metálico ...................................................................................... 33

2.3.3 Escoramento e forma metálica para lajes ......................................................... 34

2.4 GERENCIAMENTO DO CANTEIRO DE OBRA ................................................... 35

3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 47

3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................... 47

3.2 TIPOLOGIA E CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS ADOTADOS .............................. 47

3.3 ESCOLHA DA PLANTA ....................................................................................... 48

3.3.1 Quantitativo da planta exemplo ......................................................................... 49

3.4 DADOS DE PRODUÇÃO DE CADA SISTEMA. .................................................. 52

Page 8: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

3.4.1 Sistemas de formas em chapa de compensado plastificado ............................. 52

3.4.2 Sistemas de formas metálicas ........................................................................... 54

3.4.3 Sistemas de escoramento. ................................................................................ 55

3.5 PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO ................................................................... 57

3.5.1 Mão de obra e prazos de execução .................................................................. 57

3.5.2 Custos de execução .......................................................................................... 57

3.5.3 Custos totais ...................................................................................................... 58

3.5.4 Segurança do trabalho ...................................................................................... 58

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ......................................................................... 47

5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 47

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 59

Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

7

1 INTRODUÇÃO

Diante do crescimento que a indústria da construção civil vem apresentando

nos últimos anos, a redução de custos e prazos que envolvem a construção de

determinado empreendimento é o que determina os resultados das empresas desse

setor. Com isso, os investimentos em conhecimento e novas tecnologias vem

ganhando importância, pois com essas inovações é possível minimizar os

desperdícios de materiais, aumentar a produtividade e mesmo assim reduzir os

gastos com mão de obra.

Assim sendo, é importante focar nas formas possíveis de melhorar o

desempenho, produtividade e qualidade dos serviços executados. O Brasil é um

Pais em plena expansão, onde a classe consumidora destes bens se adapta a um

mercado globalizado e exigente, com prazos de execução cada vez menores e o

produto final exigido com melhor padrão de qualidade.

Com isso, o capital humano é a peça base das empresas e suas habilidades

de desenvolver produtos e processos mais eficientes, são os diferenciais que

proporcionam vantagem competitiva de uma empresa em relação às demais. A

capacitação continua dos funcionários é extremamente importante, pois aquele

colaborador que não busca novas informações, processos e materiais acaba

ultrapassado em um curto espaço de tempo e essa desatualização impacta

diretamente no resultado da empresa.

Neste trabalho, estudaremos algumas opções disponíveis para executar as

fôrmas e escoramento dos pilares, vigas e lajes, uma vez que pode-se utilizar

estruturas em madeira e equipamentos metálicos para esse fim. Devido a

diversidade de sistemas disponíveis, é o profissional da área, o responsável por

optar por qual utilizara, e essa escolha dependera das características e condições

específicas do empreendimento. Isso porque, cada obra possui elementos e formas

arquitetônicas particulares, dificultando a utilização de um modelo padrão para

qualquer tipo de obra.

Quanto as lajes, a determinação de qual sistema que será utilizado é muito

significativa, pois dependendo da espessura de concreto e da quantidade de

pavimentos que tal evento irá se repetir pode proporcionar vantagens econômicas e

financeiras consideráveis. Essa compensação não é alcançada somente pelo lado

Page 10: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

8

da economia de materiais, mas também pela rapidez proporcionada pelo método

construtivo.

Atualmente existem diversos sistemas de escoramento que se empregam na

execução de lajes planas moldadas “in loco” armadas, protendidas ou mistas. Onde

cada sistema possui sua especificidade de aplicação com vantagens e

desvantagens. As ferramentas de cálculo (programas) auxiliam no processo de

análise e aceleram a produtividade no detalhamento dos projetos. No entanto, cabe

ao engenheiro da obra escolher a opção mais adequada para uso, avaliando

cronograma, necessidades e tipo de obra.

Frente ao constante desenvolvimento tecnológico, levando em consideração

os critérios técnicos e econômicos, é necessário buscar métodos construtivos mais

rápidos e com boa qualidade. Para a comparação entre os sistemas torna-se

necessário um estudo sobre os vários métodos construtivos de lajes planas através

da comparação entre os diferentes sistemas em uso.

Pretende-se com este estudo analisar os sistemas de forma individual, numa

mesma situação e apresentar os resultados de maneira que possibilite uma

estimativa de custos aos profissionais da construção civil, servindo de referência na

tomada de decisão por qual sistema utilizar.

Page 11: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

9

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral O objetivo geral deste trabalho é reunir informações e dados técnicos que

permitam a análise comparativa entre os sistemas de escoramento e fôrma

disponíveis no mercado para execução de lajes planas e pilares. As opções a serem

analisadas são o escoramento em madeira ou escoramento metálico e a opção de

fôrmas em madeira ou fôrmas metálicas.

1.1.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:

- Realizar uma breve revisão bibliográfica para os sistemas adotados,

descrevendo suas principais características;

- Apontar as suas vantagens e desvantagens;

- Desenvolver um estudo técnico comparativo de custo e eficiência entre 3

sistemas de escoramento e forma nos pavimentos tipo de um edifício com 35

repetições idênticas.

Page 12: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 DEFINIÇÃO DE LAJES

A laje é um dos mais conhecidos elementos estruturais assim como a viga e

o pilar. Ela está presente nas construções desde a antiguidade, mas vem sofrendo

um grande processo evolutivo ao longo desse período (ANDRIOLO, 1984).

Segundo a ABNT NBR 6118:2014, item 14.4.2.1 as lajes ou placas são

“elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais a seu plano.

As placas de concreto são usualmente denominadas lajes”.

Segundo Di Pietro (2000, p.45):

[...] lajes ou placas são os elementos planos das edificações (horizontais ou inclinados), de estrutura monolítica e de altura relativamente pequena e que são caracterizadas por duas dimensões: sua largura e seu comprimento, predominantes em relação à sua altura e servem para separar os diversos pisos de um edifício.

Atualmente, arquitetos e engenheiros possuem um enorme leque de opções

de lajes, que podem adaptar-se às mais variadas necessidades. Dos maiores aos

menores vãos, das ortogonais às curvas, pré-moldadas ou fabricadas in loco,

translúcidas ou maciças, plissadas ou nervuradas (SILVA, 1998).

Entende-se por definição projetual de uma laje a concepção do espaço, este

definido por um plano de apoio – a laje – sobre o qual iremos construir e elaborar

este espaço (DI PIETRO, 2000).

Figura 1- Laje mista pré-fabricada

Fonte: Silva (1998)

Page 13: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

11

Figura 2- Lajes Nervuradas

Fonte: Silva (1998)

As placas de concreto são usualmente denominadas lajes e a norma

estipula que lajes com espessura maior que 1/3 do vão devem ser estudadas como

placas espessas. As prescrições sobre as lajes estão contidas nos itens 13.2.4,

13.2.5.2, 13.3, 14.7, 19 e 20 da NBR-6118/2014 (ABNT, 2014).

Quanto a composição das lajes, pode ser de acordo com a figura 3:

Figura 3- Composição de lajes

Fonte: Silva (1998)

As lajes, na maioria das vezes, destinam-se a receber as cargas verticais

que atuam nas estruturas de um modo geral, transmitindo-as para os respectivos

apoios, que comumente são vigas localizadas em seus bordos, podendo ocorrer

também a presença de apoios pontuais (pilares) (SILVA, 1998).

Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

12

2.1.1 Tipos de Lajes

Na prática, existem diferentes tipos de lajes que são empregadas nas obras

de um modo geral, sendo que podem ser classificadas da seguinte forma segundo

Silva (1998, p.12):

- Quanto a sua composição e forma;

- Quanto ao tipo de apoio;

- Quanto ao esquema de cálculo.

a) Quanto a sua composição e forma, as lajes podem ser:

- Lajes mistas pré-fabricadas: são todas aquelas cujas partes constituintes

são fabricadas em larga escala por indústrias. Existem diversos tipos, sendo as mais

usadas as lajes com vigotas treliçadas e as com vigotas de concreto armado. Podem

ainda ser classificadas como unidirecionais (nervuras principais em uma única

direção), bidirecionais (nervuras em duas direções).

- Lajes mistas moldadas na obra: são montadas sobre um tablado, e além

das armaduras recebem também peças de um elemento inerte, chamado de caixão

perdido (geralmente de material cerâmico ou poliestireno expandido - EPS).

- Lajes maciças: São constituídas integralmente de concreto armado, a partir

do lançamento do concreto sobre as barras de aço posicionadas sobre um tablado.

Elas podem ser armadas em uma só direção com a armação resistente disposta,

sempre que possível, na direção do vão menor da laje, ou armadas em cruz, isto é,

nas duas direções, e apoiadas em todo o perímetro.

- Lajes nervuradas: o sistema de laje nervurada tem sua origem em 1854,

quando William Boutland Wilkinson patenteou um sistema em concreto armado de

pequenas vigas regularmente espaçadas, onde os vazios entre as nervuras foram

obtidos pela colocação de moldes de gesso, sendo uma fina capa de concreto

executada como plano de piso.

Quanto ao esquema de cálculo, as lajes podem ser de acordo com a figura 4:

Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

13

Figura 4- Esquema de cálculo das lajes

Fonte: Di Pietro (2000)

Para o emprego da maioria dos processos de cálculos correntes, é

necessário que cada painel individual de laje apresente as condições de bordo bem

definidas.

A determinação dos esforços solicitantes nas lajes envolve modelos

matemáticos complexos de cálculos de placas, sendo portanto de utilização pouco

prática. Assim, é comum a utilização de processos simplificados que permitem a

determinação dos esforços solicitantes nas lajes, sendo que os mesmos devem

atender às prescrições da NBR 6118 (ABNT, 2014).

A análise do comportamento estrutural pode ser efetuada pelo método de

análise linear, com ou sem redistribuição dos esforços, análise plástica e a análise

não-linear a saber de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014):

2.1.2 Cimbramentos ou escoramento

Segundo Moliterno (1997) designa-se escoramento toda estrutura provisória,

removível posteriormente e/ou perdida na terra ou no concreto quando utilizada para

a sustentação de um trecho maciço de solo, ou junto a uma construção existente

para permitir a execução de uma escavação adjacente e demais trabalhos

correlatos, geralmente localizados abaixo do nível do terreno natural.

A fase de maior risco de um escoramento ocorre durante a sua execução,

pois quando se projeta considera-se mais o serviço acabado e em funcionamento.

Inúmeras ocorrências e fatalidade, em obras de escavação de valas e subsolos, têm

Page 16: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

14

ocorrido apesar de todos os cuidados técnicos e dispositivos de segurança adotados

na fase de execução do escoramento. Na maior parte dos casos houve a

interferência posterior da presença de água, não detectada durante a escavação,

casos de arrebatamento de tubulações por vibração do terreno com o impacto das

escavadeiras ou alterações das pressões passivas nas pranchas, provocada por

drenagem das valas, ou mesmo pela descompressão do fundo devido a escavação.

(RIPPER, 1995).

Os materiais mais usados para os ecoramentos são: madeira roliça, madeira

serrada e perfis metálicos ou peças tubulares. Em pilares deve-se prever

contraventamento segundo duas direções perpendiculares entre si (geralmente é

feito só em uma direção). Devem ser bem apoiadas no terreno em estacas

firmemente batidas ou nas fôrmas da estrutura inferior. É necessário cuidado na

fixação dos contraventamentos, onde se erra muito, aplicando-se somente um ou

dois pregos. Os contraventamentos podem receber esforços de tração e por este

motivo devem ser bem fixados com bastante pregos nas ligações com a fôrma e

com os apoios no solo. No caso de pilares altos, prever contraventamento em dois

ou mais pontos de altura. Em contraventamentos longos prever travessas com

sarrafos para evitar a flambagem (RIPPER, 1996).

Em vigas e lajes deve-se verificar se as fôrmas tem as amarrações,

escoramentos e contraventamentos (escoras laterais inclinadas) suficiente para não

sofrerem deslocamentos ou deformações durante o lançamento do concreto. As

distâncias máximas de eixo a eixo de acordo com Ripper (1996, p.47)são as

seguintes:

a. Para gravatas: 0,6 a 0,8 m

b. Para caibros horizontais das lajes: 0,5 m

c. Entre mestras ou até apoio nas vigas: 1 a 1,2 m

d. Entre pontaletes das vigas e mestras das lajes: 0,8 a 1 m

Cuidado especial nos apoios dos pontaletes sobre o terreno para evitar o

recalque e, em consequência, flexão nas vigas e lajes. Quanto mais fraco o terreno,

maior a tábua, ou, melhor ainda, duas tábuas ou pranchas, para que a carga do

pontalete seja distribuída em uma área maior (SAMPAIO, 1998).

Nas fôrmas laterais das vigas (principalmente no caso de vigas altas) a das

paredes (muros de arrimo, cortinas) não é suficiente a armação com escoras

verticais e horizontais, ancoradas através do espaço interior das fôrmas com arame

Page 17: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

15

grosso ou ferro redondo fino, é necessário prever também um bom escoramento

lateral com mãos francesas entre a parte superior da escora vertical e a travessa do

pontalete ou contra o piso ou terreno, conforme o caso. Nas paredes altas deve-se

prever mãos francesas em diversas alturas. Este escoramento lateral inclinado evita

um empenamento das fôrmas sob pressão do concreto fresco e garante um perfeito

alinhamento da peça. Assim se evitam as desagradáveis "barrigas" ou superfícies

tortas. Nas vigas de grandes vãos deve-se prever contra flechas que, quando não

indicadas no projeto, podem ser executadas com cerca de 1/300 do vão (RIPPER,

1995).

2.1.3 Formas

Pode-se dizer que o sistema de fôrmas‚ constituído pelos seguintes

elementos: molde, estrutura do molde, escoramento (cimbramento) e peças

acessórias (RIPPER, 1996).

Molde é o que caracteriza a forma da peça, e segundo Fajersztajn (1987), o

elemento que entra em contato direto com o concreto, definindo o formato e a

textura concebidas para a peça durante o projeto. É constituído genericamente por

painéis de laje, fundos e faces de vigas e faces de pilares.

Estrutura do Molde é o que dá sustentação e travamento ao molde e,

segundo Fajersztajn (1987)‚ destinada a enrijecer o molde, garantindo que ele não

se deforme quando submetido aos esforços originados pelas atividades de armação

e concretagem, podendo ter diferentes configurações em função do sistema de

fôrmas e da peça considerada. É constituído comumente por gravatas, sarrafos

acoplados aos painéis e travessões.

Escoramento (cimbramento) é o que dá apoio á estrutura da fôrma. É o

elemento destinado a transmitir os esforços da estrutura do molde para algum ponto

de suporte no solo ou na própria estrutura de concreto (Fajersztajn 1987).

constituído genericamente por guias, pontaletes e pés-direitos.

Acessórios - componentes utilizados para nivelamento, prumo e locação das

peças, sendo constituídos comumente por aprumadores, sarrafos de pé-de-pilar e

cunhas.

Na produção da estrutura de edifícios emprega-se a madeira em fôrmas de

lajes, vigas e pilares, escadas, caixas d'água, entre outros.

Page 18: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

16

Para a execução dos moldes desses elementos atualmente empregam-se

tábuas, mas principalmente chapas de madeira compensada.

As tábuas empregadas em geral são de pinho de 3ª linha industrial ou de

construção, com as dimensões de 2,5cm de espessura e 30,0cm de largura, sendo

de 4,00m o comprimento mais comum.

O painel de madeira compensada pode se apresentar com diferentes

características, dadas em função da sua espessura e do material de proteção

aplicado à sua superfície durante a fabricação. Os mais usuais são os de

acabamento resinado, cuja proteção ‚ dada apenas por uma camada de resina

permeável, o que limita sua reutilização em duas ou três vezes, no máximo; e os de

acabamento plastificado, cuja resina aplicada em sua superfície possibilita maior

número de reutilizações dos painéis, que pode variar de 10 a 40 vezes em função da

espessura da película da resina aplicada. Além disso, o painel com acabamento

plastificado pode se apresentar com as bordas seladas ou não, o que também

interfere no número de reutilizações (RIPPER, 1996).

Os compensados apresentam-se com diferentes espessuras, sendo as de

maior emprego como fôrmas de estrutura os de 6,0mm, 10,0mm, 12mm, 18mm,

20mm e 25mm. Quanto á sua largura e comprimento são modulados, sendo que os

painéis resinados apresentam-se nas dimensões de 1,10m x 2,20m e os

plastificados com 1,22m X 2,44m (devido à exportação) (FAJERSZTAJN, 1987).

Para a execução da estrutura do molde comumente são utilizados tábuas

(2,5X30,0cm), sarrafos (2,5X5,0cm; 2,5X10,0cm) e caibros ou pontaletes

(5,0X6,0cm ou 7,5X7,5cm), espaçados de maneira que o molde, com uma

determinada espessura, suporte o carregamento previsto, ou seja, o espaçamento é

dimensionado considerando-se a interação da espessura do molde com o

carregamento (RIPPER, 1995).

No escoramento são empregados usualmente pontaletes de 7,5x7,5cm de

pinho ou de peroba, com até 4,0m ou no máximo 5,0m de comprimento, ou

emprega-se também madeira roliça (eucalipto), com até 20,0m de comprimento. No

caso do escoramento é possível empregar-se ainda escoras metálicas, disponíveis

nos mais diferentes comprimentos. Seja qual for o material empregado neste

elemento da fôrma, o mesmo deverá estar apoiado em local com resistência

suficiente para o recebimento das cargas da estrutura (solo ou estrutura já pronta),

devendo também serem adequadamente contraventados (HELENE, 1998).

Page 19: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

17

Os acessórios, por sua vez, são elementos que devem propiciar que a

desforma da estrutura ocorra sem que esta sofra choques, sendo comum o emprego

de cunhas de madeira e caixas de areia colocadas nos "pés" dos pontaletes e pés-

direitos.

Principais Materiais Utilizados para a Produção de Fôrmas de acordo com

Ripper (1996), são:

a) MOLDE: ‚ comum o emprego de: - madeira na forma de tábua ou de

compensado;

- materiais metálicos - alumínio e aço; e ainda, - outros materiais como o

concreto, a alvenaria, o plástico e a fôrma incorporada (por exemplo, o poliestireno

expandido).

b) ESTRUTURA DO MOLDE: comum o emprego de: - madeira aparelhada,

na forma de treliça ou perfis de madeira colada;

- materiais metálicos: perfil dobrado de aço, perfis de alumínio, ou treliças;

- mistos: ou seja, uma combinação de elementos de madeira e elementos

metálicos.

c) ESCORAMENTOS: comum o emprego de:

- madeira bruta ou aparelhada;

- aço na forma de perfis tubulares extensíveis e de torres.

d) ACESSÓRIOS: comum a utilização de elementos metálicos (aço) e

cunhas de madeira.

As fôrmas são estruturas provisórias, porém, são ESTRUTURAS e como tais

devem ser concebidas.

Os esforços atuantes em quaisquer peças constituintes do sistema de

fôrmas são dados por:

- peso próprio das fôrmas;

- peso do concreto e do aço;

- sobrecarga: trabalhadores, jericas, outros equipamentos;

- empuxo adicional devido à vibração

Definido o esforço atuante, tem-se que o mesmo:

a) atua sobre o painel que constitui o molde, isto sobre a chapa de madeira,

de compensado, metálica ou mista;

b) a chapa do molde ‚ enrijecida por um reticulado de barras (estrutura do

molde);

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

18

c) complementando e equilibrando a estrutura do molde tem-se as escoras

(pontaletes e pés-direitos) transmitindo a carga para o solo ou para a estrutura já

executada, características da fôrma de laje, elementos principais: painéis,

travessões, guias, pés-direitos, talas, cunhas e calços.

Ainda com relação as lajes, pode-se dizer que existem variações do

processo tradicional, ou seja, é comum a substituição da laje de concreto moldada

no local (maciça ou nervurada) por componentes pré-fabricados, como por exemplo,

por lajes mistas e pré-lajes.

Estes tipos de lajes podem ser entendidos como um avanço do processo de

produção, na medida em que sua execução, quando bem planejada, pode implicar

em elevado nível de racionalização do processo produtivo, uma vez que otimizam o

emprego dos materiais e diminuem consideravelmente a utilização de fôrmas e

escoramentos na obra.

As figuras 5 e 6, apresentam um esquema de escoramento para laje maciça,

onde no primeiro caso utiliza-se o barroteamento e no segundo somente as guias.

Na figura 7 esta representado o escoramento de uma laje mista onde o bloco

cerâmicos é utilizado para preenchimento e assim reduzir o volume de concreto

utilizado na execução da lajes.

Figura 5- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando-se travessões e guias

Fonte: Ripper (1996)

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

19

Figura 6- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando-se apenas guias

Fonte: Fajersztajn (1987)

Figura 7- Esquema de laje mista com blocos cerâmicos

Fonte: Fajersztajn (1987)

Page 22: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

20

Os parâmetros para escolha ou projeto do sistema de fôrmas segundo

Fajersztajn (1987, p.10) são:

- considerar as especificações de acabamento superficial: concreto aparente

ou não, textura, juntas necessárias, etc.;

- levar em conta as características do projeto da estrutura: formato regular

ou não, modulação, vãos;

- cronograma de execução da estrutura: considerar o número de laje/mês; a

ser executadas;

- disponibilidade de materiais regionais: por exemplo, executar o

escoramento com eucalipto, em função da disponibilidade deste material no local em

que se está executando a obra;

- disponibilidade de equipamento para movimentação das fôrmas;

- espaço para fabricação em canteiro; espaço para pátio (central) de fôrmas;

- porte do empreendimento: que reflete, por exemplo, na validade ou não de

se investir num jogo de fôrmas metálicas ou em um segundo jogo de fôrmas para

acelerar a obra.

Alguns fatores devem ser observados, comparados e levados em

consideração, para a escolha de qual sistema de formas utilizar na execução das

lajes, entre eles podemos citar:

- fabricação no canteiro X no local da concretagem;

- montagem de uma central de produção X produção em cada obra;

- fôrma pré-fabricada X fôrma produzida em obra;

- comprar X alugar

Os principais sistemas de fôrma metálica modulares para execução de lajes

são:

- Fôrma TOPEC SH é uma fôrma para execução de lajes em concreto

armado, composta por painéis de alumínio forrados com compensado plastificado

(SH, 2014).

- Fôrma Deck Light MILLS é composto de painéis modulares estruturados

em alumínio, forrados com compensado de 9mm (MILLS, 2014).

- Dokadek 30 – DOKA é um sistema manual sem vigas em painel de aço,

revestido com chapa de madeira e plástico e com pintura eletrostática. O Dokadek

30 conjuga as vantagens de uma forma de até 3 m² para lajes, com a rapidez e

flexibilidade do Dokaflex, equipamento menor e de fácil manuseio (DOKA, 2014).

Page 23: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

21

Na execução dos pilares, a madeira sempre foi usada como molde e

estrutura para dar forma e suporte aos elementos de concreto até a sua

solidificação. Além da madeira, que pode ser reutilizada várias vezes, tem sido

difundido, ultimamente, o uso de fôrmas metálicas e mistas, combinando elementos

de madeira com peças metálicas, plásticos, papelão e pré-fabricados. Os principais

sistemas de fôrma metálica modulares para execução de pilares disponíveis no

mercado são:

Fôrma SL 2000 - esse modelo de painel metálico é estruturados com perfis

de aço e forrado com compensado plastificado (MILLS, 2014).

Fôrma Concreform SH - esse é composto por um chassis de aço

galvanizado forrados em compensado plastificado (SH, 2014).

Formas Peri – PERI- formas modulares estruturadas em aço e forradas com

compensado (PERI, 2014).

Na construção civil, segundo Fajersztajn (1987) a definição de qual sistema

será utilizado para executar a obra parte de um consenso entre a equipe de

engenheiros, encarregados e mestres, pois existem inúmeras variáveis que vão

desde o custo de aquisição dos materiais até o tempo de execução. Na tabela 1

podemos observar em evidencia os custos médios por metro cúbico gastos com a

execução da forma e também os principais itens da execução da estrutura.

Tabela 1- Custo de estrutura

C u sto d a s fo rm a s n a o b ra 6 %

C u sto d a e stru tu ra 1 5 % d o c u sto d a o b ra

A rm a d u ra s 3 0 %C o n c re to 3 0 %fo rm a s 4 0 % ( a té 6 re a p ro v e ita m e n to s)

1 m 3

Fonte: Fajersztajn (1987)

Pouca atenção é dada para os custos decorrentes da fabricação, montagem

e desmontagem das fôrmas na obra, mas, quando esses são somados junto ao

escoramento, segurança do trabalhador, certificação ambiental do produto utilizado

e demais itens, percebesse a necessidade de um estudo sobre a possibilidade de se

utilizar novas tecnologias ou processos para melhora do processo.

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

22

2.1.4 Tipos de fôrmas

Em geral as fôrmas são classificadas de acordo com o material e por sua

utilização, levando em conta o tipo de obra. Na tabela abaixo são mostradas as

possibilidades do uso das fôrmas (RIPPER, 1995).

Tabela 2- Tipos de formas

Tipos de fôrmas Material Indicação (tipo de obra)

Convencional Madeira Pequenas obras particulares e detalhes específicos

Moduladas Madeira e mistas Obras repetitivas e edifícios altos

Trepantes Madeira, metálicas e mistas

Torres, barragens e silos

Deslizantes verticais Madeira, metálicas e mistas

Torres e pilares altos de grande seção

Deslizantes horizontais Metálicas Barreiras, defensas e guias

Fonte: Fajersztajn (1987)

– Fôrmas em madeira serrada

Muitas são as razões para as fôrmas de madeira terem seu uso difundido na

construção civil. Entre elas estão: o uso de equipamentos e complementos pouco

complexos e relativamente baratos (serras manuais e mecânicas, furadeiras,

martelos etc.); boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e

armazenagem); ser de material reciclável e renovável. As restrições ao uso de

madeira como elemento de sustentação e de molde para concreto armado se

referem ao tipo de obra e condições de uso, como por exemplo: pouca resistência

nas ligações e emendas; grandes deformações quando submetida a variações

bruscas de umidade; e ser inflamável (DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA

CIVIL DA UFPR, 1997).

As fôrmas podem ser feitas de tábuas de pinho (araucária – pinheiro do

Paraná); cedrinho (cedrilho); jatobá e pinus (não-recomendado). O pinho usado na

Page 25: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

23

construção é chamado de pinho de terceira categoria ou 3ª construção ou IIIªC.

Normalmente, as tábuas são utilizadas nas fôrmas como painéis laterais e de fundo

dos elementos a concretar. Algumas madeireiras podem fornecer, ainda, pinho tipo

IVª Rio com qualidade suficiente para serem usadas como fôrmas na construção

(RIPPER, 1996).

Normalmente a nomenclatura utilizada no mercado para a descrição das

tábuas é a polegada. Na tabela 3 estão apresentadas os principais produtos

disponíveis no mercado juntamente com as dimensões.

Tabela 3- Dimensões usuais das tábuas

L

E

C

Dimensões usuais das tábuas

1x41x61x9

1x12

Espessura (E)polegada (cm)Nomenclatura

1 (2,54)

Largura Lpolegada (cm)

4 (10,16)6 (15,24)9 (22,86)

12 (30,48)

Comprimento C(metro)

Básico 4,20comercia l 3,90comercia l 3,60comercia l 3,30

Fonte: Fajersztajn (1987)

– Fôrmas em chapa compensada

Normalmente usadas em substituição às tábuas nos painéis das fôrmas dos

elementos de concreto armado. São apropriadas para o concreto aparente,

apresentando um acabamento superior ao conseguido com painéis de tábuas. Nas

obras correntes são utilizadas chapas resinadas, por serem mais baratas e nas

obras onde se requer melhor acabamento, exige-se o uso de chapas plastificadas,

que embora de maior custo, obtém-se um maior número de reaproveitamento

(KLOSS, 1996).

No caso da utilização de chapas é recomendável estudar o projeto de

fôrmas a fim de otimizar o corte de maneira a reduzir as perdas. As bordas cortadas

devem ser pintadas com tinta apropriada para evitar a infiltração de umidade e

elementos químicos do concreto entre as lâminas, principal fator de deterioração das

chapas (PETRUCCI, 1979).

Page 26: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

24

Na figura 8, encontram-se discriminadas as dimensões das chapas de

compensado disponíveis no mercado, juntamente com o numero médio de

reaproveitamentos possíveis para cada tipo de material.

Figura 8 - Dimensões das chapas compensadas

Dimensões das chapas compensadas

Padrão alemão = 1,10 m x 2,20 m

Padrão inglês = 1,22 m x 2,44 m (4’x8’)

Espessuras comerciais (mm)

6, 8, 10, 12, 15, 20

Número de reaproveitamentos

Resinados

Plastificados

mais de 5 por face (10x)

mais de 15 por face (30x)

Fonte: Fajersztajn (1987)

– Estruturação da fôrma

Dependendo do tamanho do molde a fôrma de compensado ou tábuas

devera ser estruturada. Geralmente a estruturação da fôrma é feita com madeira e

tem por finalidade aumentar a segurança na execução da concretagem da peça . A

figura 9 representa um modelo de como um molde feito com chapas de

compensando pode ser estruturado.

Page 27: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

25

Figura 9 - Dimensões das chapas compensadas

Ripas de 1”x2”

A

A

Corte AA

Chapa compensada 1,10x2,20 m

Fonte: Fajersztajn (1987)

A espessura da chapa e as dimensões das ripas variam de acordo com a

necessidade e pressão solicitada pela peça. Para execução de algumas estruturas

pode-se utilizar de alguns complementos como peças metálicas ou ainda sistemas

mistos de peças de madeira e metálica (PETRUCCI, 1979).

2.1.5 Complementos

Os complementos e acessórios são utilizados para reforçar e travar os

moldes feitos de tábuas ou de chapas compensadas. Essas peças podem ser

peças únicas de madeira ou metálicas ou, ainda conjuntos de peças de madeira e

metal, como por exemplo: guias, talas de emenda, cunhas, placas de apoio,

chapuzes, gravatas, escoras (mão-francesa), espaçadores e tirantes conforme figura

10. Nos casos das peças de madeira, pode-se usar: sarrafos de ½”x2”; ripas de

1”x2”, 1”x3”; caibros de 2”x3”, 3”x4”, 2”x4”, 4”x5”; pontaletes de 2”x2”, 3”x3”, 4”x4” etc

(PETRUCCI, 1979).

Page 28: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

26

Figura 10 - Espaçador e tirante

Espaçador com cone Espaçador bloco vazado

Tirante arame retorcido Tirante vergalhão encunhado

Tirante com chapa e ponta rosqueável Tirante rosqueado nas duas pontas

Fonte: Fajersztajn (1987)

2.1.6 Fôrmas metálicas

As formas metálicas são basicamente painéis estruturados em aço e

forrados com chapas de compensado. Não existe um padrão determinado para esse

tipo de material, então cada fornecedor apresenta o seu produto com características

e nomenclatura particulares. Na figura 11 esta representado a montagem das formas

da empresa Peri, e na figura 12 o material da empresa SH.

Figura 11 - Fôrma metálica para pilar

Fonte: Peri (2014)

Page 29: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

27

Figura 12- Fôrma metálica para pilar

Fonte: SH (2014)

Esse tipo de equipamento independente do fornecedor, possui grande

semelhança entre si, inclusive os valores de locação e compra são próximos.

Embora exijam maiores investimentos, as vantagens do uso de fôrmas metálicas

dizem respeito a sua durabilidade (PETRUCCI, 1979).

2.1.7 Fôrmas mistas

Geralmente são compostas de painéis de madeira com travamentos e

escoramentos metálicos conforme figura 13. As partes metálicas têm boa

durabilidade desde que bem cuidadas, já as peças em madeira têm sua durabilidade

restrita a uma obra em particular ou com algum aproveitamento para outras obras

(PETRUCCI, 1979).

Page 30: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

28

Figura 13 - Fôrma e estrutura em madeira e travamento metálico

Fonte: própria (2014)

2.2 EXECUÇÃO DAS FÔRMAS

Para a execução de fôrmas na obra, alguns cuidados devem ser levados em

conta previamente a elaboração das fôrmas, como por exemplo: o recebimento e

estocagem das peças brutas de madeira e dos compensados; a existência do

projeto estrutural completo com a indicação das prumadas e embutidos das

instalações prediais (água, esgoto, elétrica, telefone etc.) e do projeto de fôrmas; e,

preferencialmente, a existência de uma carpintaria (central de fôrmas) com todos os

equipamentos e bancadas necessários. Além disso, deve-se seguir as seguintes

condições de acordo com Silva (1998, p.13):

a) Obedecer criteriosamente à planta de fôrmas do projeto estrutural;

b) Serem dimensionadas para resistir aos esforços:

� Peso próprio das formas;

� Peso próprio das armaduras e do concreto;

� Peso próprio dos operários e equipamentos;

� Vibrações devido ao adensamento;

Page 31: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

29

c) As fôrmas devem ser estanques, não permitindo a passagem de

argamassa pelas frestas das tábuas;

d) Devem ser executadas de modo a possibilitar o maior número possível

de reutilizações, proporcionando economia no material e mão-de-obra.

2.2.1 Fôrmas de pilares

Os cuidados iniciais na execução de fôrmas para os pilares dizem respeito a

necessidade de maior atenção na transferência dos eixos do piso anterior (no caso

de edificação com pavimento tipo) para a laje em execução e do nível de referência,

de forma a garantir a geometria da obra (prumos e níveis) exatamente como está

prevista no projeto. Em geral a sequência de procedimentos na execução de pilares

de acordo com Silva (1998, p.13) são:

- eixos e nível transferidos para a laje (conferidos e liberados com trena

metálica);

- marcar e fixar os gastalhos nos tacos (colocados na concretagem) a partir

dos eixos sem se preocupar com o nível;

- apicoar o concreto na base interna do gastalho a fim de remover a nata de

cimento;

- fixar um pontalete guia, travando no gastalho e aprumando de acordo com

os eixos (2 escoras em mão-francesa);

- colocar as formas (3 faces) do pilar, cuidando para que fiquem

solidarizadas no gastalho e aprumadas no pontalete guia;

- verificar o nível do conjunto marcando no pontalete guia a altura do pilar;

- a cada operação conferir prumo, nível e ortogonalidade do conjunto

(usando esquadro metálico);

- passar desmoldante nas faces internas das fôrmas (caso já tenha sido

usada);

- conferir e liberar para colocação e montagem da armadura;

- depois de colocada a armadura e todos os embutidos (prumadas, caixas

etc.) posicionar as galgas e espaçadores a fim de garantir as dimensões internas e o

recobrimento da armadura;

Page 32: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

30

- prever janela de inspeção e limpeza em pilares com mais de 2,5 m de

altura;

- executar o travejamento da fôrma por meio de gravatas, tirantes, tensores,

encunhamentos etc., de acordo com as dimensões dos painéis e da carga de

lançamento a suportar;

- conferir todo o conjunto e partes e liberar para concretagem, verificando

principalmente: prumo, nível, imobilidade, travejamento, estanqueidade, armaduras,

espaçadores, esquadro e limpeza do fundo.

2.2.2 Fôrmas de vigas

As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares ou

no conjunto de fôrmas pilares, vigas e lajes para serem concretadas ao mesmo

tempo. O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das cabeças dos pilares com

apoios intermediários em garfos ou escoras. Em geral os procedimentos para

execução de fôrmas de vigas são os seguintes de acordo com Andriolo (1984, p.10):

- depois de limpos os painéis das vigas, deve-se passar desmoldante com

rolo ou broxa (providenciar a limpeza logo após a desmoldagem dos elementos de

concreto, armazenando os painéis de forma adequada para impedir empenamento);

- lançar os painéis de fundo de vigas sobre a cabeça dos pilares ou sobre a

borda das fôrmas dos pilares, providenciando apoios intermediários com garfos

(espaçamento mínimo de 80 cm);

- fixar os encontros dos painéis de fundo das vigas nos pilares cuidando pra

que não ocorram folgas (verificar prumo e nível);

- nivelar os painéis de fundo com cunhas aplicadas nas bases dos garfos e

fixando o nível com sarrafos pregados nos garfos (repetir nos outros garfos até que

todo o conjunto fique nivelado);

- lançar e fixar os painéis laterais;

- conferir e liberar para colocação e montagem da armadura.

- depois de colocada a armadura e todos os embutidos (prumadas, caixas

etc.) posicionar as galgas e espaçadores a fim de garantir as dimensões internas e o

recobrimento da armadura;

Page 33: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

31

- dependendo do tipo de viga (intermediária ou periférica) executar o

travejamento da fôrma por meio de escoras inclinadas, chapuzes, tirantes, tensores,

encunhamentos etc., de acordo com as dimensões dos painéis e da carga de

lançamento a suportar;

- conferir todo o conjunto e partes e liberar para concretagem, verificando

principalmente: alinhamento lateral, prumo, nível, imobilidade, travejamento,

estanqueidade, armaduras, espaçadores, esquadro e limpeza do fundo.

2.2.3 Fôrmas de lajes

Os procedimentos para lançamento das fôrmas das lajes dependem do tipo

de laje que vai ser executada e geralmente fazem parte do conjunto de atividades da

execução das fôrmas de vigas e pilares. A exceção de lajes premoldadas que são

lançadas a posteriori da concretagem das vigas é usual, nos demais casos, (pré-

fabricadas, moldadas in loco, celulares etc.) providenciar a execução dos moldes em

conjunto com as vigas, para serem solidarizadas na concretagem. Os procedimentos

usuais para lajes maciças são os seguintes segundo Andriolo (1984, p.22):

- lançar e fixar as longarinas apoiadas em sarrafos guias pregados nos

garfos das vigas;

- providenciar o escoramento mínimo para as longarinas por meio de

escoras de madeira ou metálicas (1 a cada 2 metros);

- lançar o assoalho (chapas compensadas ou tábuas de madeira) sobre as

longarinas;

- conferir o nível dos painéis do assoalho fazendo os ajustes por meio

cunhas nas escoras ou ajustes nos telescópios;

- fixar os elementos laterais a fim de reduzir e eliminar as folgas e pregar o

assoalho nas longarinas;

- verificar a contra flecha e se for o caso de laje-zero, nivelar usando um

aparelho de nível (laser) a fim de garantir a exatidão no nivelamento;

- travar o conjunto todo;

- limpar e passar desmoldante;

- conferir nos projetos das instalações os pontos de passagens, prumadas,

caixas, embutidos etc.;

Page 34: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

32

- liberar para execução da armadura;

- conferir todo o conjunto e partes antes de liberar para concretagem,

verificando principalmente: nivelamento, contra flecha, alinhamento lateral,

imobilidade, travejamento, estanqueidade, armaduras, espaçadores, esquadro e

limpeza do fundo.

2.3 ESCORAMENTO DE FÔRMAS

Os painéis de fundo de vigas e de lajes devem ser perfeitamente escorados

a fim de que seus pés-direitos sejam garantidos e não venham a sofrer desníveis e

provocar deformações nos elementos de concreto. Os escoramentos podem ser

executados em madeira ou metálicos.

2.3.1 Escoramento de madeira

As escoras, também chamadas de pontaletes, são peças de madeira

beneficiadas que são colocadas na vertical para sustentar os painéis de lajes e de

vigas. Atualmente, são muito utilizadas escoras de eucalipto ou bragatinga (peças

de seção circular com diâmetro mínimo de 8 cm e comprimentos variando de 2,40 a

3,20 m). No caso de pontaletes de seção quadrada as dimensões mínimas são: de

2”x2” para madeiras duras e 3”x3” para madeiras menos duras.

As guias e barroteamento nesse caso, também são executadas em madeira,

e o espaçamento entre linhas esta ligado diretamente com a espessura da laje e da

forma da laje e vigas.

Os pontaletes ou varas devem ser inteiros, sendo possível fazer emendas

segundo os critérios estabelecidos na norma de fôrmas e escoramentos para

estruturas de concreto - projeto, dimensionamento e procedimentos executivos

NBR-15696 (ABNT, 2014). As escoras deverão ficar apoiadas sobre calços de

madeira assentados sobre terra apiloada ou sobre contrapiso de concreto, ficando

uma pequena folga entre a escora e o calço para a introdução de cunhas de madeira

conforme representado na figura 14.

Page 35: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

33

Figura 14- Escoramento em madeira

Fonte: M adeirit

longarina

cunha

escora

tirante

cunha

M ão-francesaprum o

tensor

gasta lho

Sarrafonivelam ento

Painel dala je

garfo

guia

gravata

Fonte: Madeirit apud Fajersztajn (1987)

2.3.2 Escoramento metálico

O Escoramento metálico pode ser constituído de torres de andaime

modulares e acessórios como sapatas ajustáveis ou fixas, diagonais de travamento

e suportes. Também são utilizadas escoras tubulares extensíveis com ajuste

telescópio de 15 cm e intermediário com rosca, essas possuem uma chapa soldada

na base superior e outra na base inferior, que servem como apoio. Os acessórios

para escoras são basicamente o suporte T para o escoramento de fundo de vigas e

suporte U (simples ou duplo) usado para apoio de guias e barroteamento.

As guias e barroteamento para esse tipo de montagem são executadas em

aço ou alumínio ou misto, essa definição se dará a partir do material disponível, das

cargas solicitadas e das condições de execução da obra. Na figura 15 esta

apresentada uma montagem de escoramento metálico.

Page 36: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

34

Figura 15- Escoramento metálico

tensor

gastalho

.

..

..

..

..

.

..

..

..

..

.

..

..

..

.

..

..

..

..

.

..

..

..

..

sarrafonivelamento

sarrafonivelamento

treliçatelescópica

cimbramento

escoraspontaletes

perfil I

perfil U

Fonte Fajersztajn (1987)

O mesmo cuidado que é dado ao escoramento em madeira deve ser

adotado para o escoramento metálicos, tais como: usar placas de apoio em terrenos

sem contrapiso, as cargas devem ser centradas e os pontaletes aprumados,

conforme a norma de fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto - projeto,

dimensionamento e procedimentos executivos NBR – 15696/2014 (ABNT, 2014).

2.3.3 Escoramento e forma metálica para lajes

Para solucionar os problemas como falta de mão de obra e cronogramas

apertados, algumas empresas desenvolveram um sistema de escoramento que faz

uso de painéis estruturados em alumínio e forrados com chapas de compensado

plastificado. Alem de dispensar a forma para laje a estrutura também elimina o uso

de guias e barroteamento nas lajes e por trabalhar com escoras remanescentes a

sua desforma se da num período mais curto.

Como podemos ver nas figuras 16 e 17 o sistema torna o trabalho de

montagem das lajes mais eficiente e rápido. Observando que quanto maior for o

pano de laje, maior será o índice de produtividade dos funcionários.

Page 37: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

35

Figura 16- Escoramento e forma metálica para lajes

Fonte Mills (2014)

Figura 17- Escoramento e forma metálica para lajes

Fonte SH (2014)

As formas para lajes em concreto armado, podem ser aplicadas nos mais

variados tipos de projetos, de lajes planas a nervuradas, panos pequenos ou

grandes de lajes e com variações de pé-direito sem a necessidade de cortes pregos

e emendas.

Page 38: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

36

2.4 GERENCIAMENTO DO CANTEIRO DE OBRA

A definição de qual sistema construtivo será utilizado na execução da obra

influencia diretamente o sistema de gerenciamento adotado. Dependendo do

método empregado, o numero de funcionários pode ser alterado, as datas de

concretagem antecipadas ou postergadas, e o fornecimento de alguns materiais

como aço e concreto também podem sofrer alterações. O processo como um todo

pode ser modificado e isso quem vai definir é o técnico responsável pela obra, ele

vai analisar o cronograma e ver qual método atende suas necessidades de tempo,

segurança e valores.

As decisões estratégicas, que definem os objetivos de longo prazo, são

determinadas pela alta direção da empresa, a partir da definição do produto. As

decisões deste nível englobam as diretrizes da produção, segundo Assumpção

(1996, p.44).

O plano de longo prazo destina-se a manter informada a alta gerência, sobre

as atividades que estão sendo realizadas no canteiro de obra. É estabelecido no

nível macro, um baixo grau de detalhamento devido à incerteza existente no

ambiente produtivo e ao aumento do horizonte de planejamento, e identifica os

objetivos principais do empreendimento e através de metas gerais descreve todo o

trabalho que deve ser executado.

Page 39: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

37

3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Neste trabalho será apresentado uma análise econômica comparativa entre

os sistemas de escoramento e forma disponíveis para a execução de estruturas na

cidade de Curitiba. Primeiramente, serão definidos quais os sistemas a serem

analisados, em seguida, escolher o edifício modelo que será utilizado como base na

concepção de cada um dos sistemas em análise.

Para obtenção do custo unitário de cada sistema, será utilizado a média

entre os principais fornecedores da região de Curitiba. Tendo em vista que o valor

praticado varia muito de acordo com a demanda e também pelo interesse comercial

dessas empresas, a média aproximada desses valores será levada em

consideração.

Os índices de produtividade levados em consideração nessa analise, são as

informações disponíveis nas tabelas orçamentárias e nos manuais dos fornecedores

de cada método analisado. Essas informações foram determinantes na formação do

preço final e análise comparativa entre os sistemas.

Numa segunda etapa, será feito o levantamento e análise de cada sistema,

comparando dados de produtividade, prazo de execução, volume de material, custo

e segurança, quando aplicados a uma mesma situação de área, pé direito e número

de pavimentos. A comparação entre os sistemas, possibilita uma análise particular

de cada situação, com isso, é possível ter uma base de dados que vai influenciar na

decisão dos construtores sobre qual método utilizar em suas obras e também que

parâmetros observar numa tomada de decisão.

3.2 TIPOLOGIA E CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS ADOTADOS

a) Sistema de escoramento com madeira e fôrma em compensado;

b) Sistema de escoramento metálico e fôrma em compensado;

b) Sistema de escoramento metálico com painéis estruturados;

Page 40: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

38

3.3 ESCOLHA DA PLANTA

A planta escolhida como exemplo é o pavimento tipo (anexo 01), de um

edifício de 35 andares. Cada pavimento possui uma área de 1.006,04m², pé direito

livre de 3,06m, laje maciça (plana) com 18cm de espessura. A escolha dessa planta,

se deu pelo volume de material necessário para a execução, mão de obra

empregada, tempo de execução e segurança da obra. Para essa análise, a

execução das escadas não foi levada em consideração.

Devido ao número de pavimentos e a área de cada um, teremos uma

composição estrutural com pilares e vigas robustas de dimensões e formatos

variados. Para o estudo a composição desse edifício será importante, pois teremos

quantidades significativas de material e mão de obra independente do sistema que

utilizar.

3.3.1 Quantitativo da planta exemplo

Para análise, elaboração do orçamento e mensuração dos dados, foi feito o

levantamento dos quantitativos do projeto, apresentando todas as áreas de forma

para os pilares, vigas e lajes, bem como volume e área de escoramento por

pavimento, conforme as tabelas 4, 5 e 6:

Tabela 4- Volume de concreto e área de forma para pilares

PILAR

ÁREA EM PLANTA (m²)

PERIMETRO (m)

AREA DE FORMA (m²)

VOLUME DE CONCRETO (m³)

P1 1,31 6,70 20,50 3,99 P2 0,86 6,32 19,34 2,63 P3 0,80 4,80 14,69 2,45 P4 0,55 4,90 14,99 1,68 P5 0,98 7,10 21,73 2,98 P6 0,68 4,60 14,08 2,09 P7 0,77 5,10 15,61 2,36 P8 0,86 6,32 19,34 2,63 P9 0,66 5,00 15,30 2,02 P10 0,75 3,98 12,18 2,28 P11 1,20 5,80 17,75 3,67 P12 0,72 5,40 16,52 2,20 P13 2,62 9,20 28,15 8,02 P14 4,77 32,40 99,14 14,60 P15 4,07 30,88 94,49 12,45 P16 1,31 6,70 20,50 3,99

Page 41: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

39

P17 0,86 6,32 19,34 2,63 P18 0,80 4,80 14,69 2,45 P19 0,55 4,90 14,99 1,68 P20 0,98 7,10 21,73 2,98 P21 0,68 4,60 14,08 2,09 P22 0,77 5,10 15,61 2,36 P23 0,86 6,32 19,34 2,63 P24 0,66 5,00 15,30 2,02 P25 0,75 3,98 12,18 2,28 P26 1,20 5,80 17,75 3,67

TOTAL 30,99 m² 193,32 m 609,31 m² 94,82 m³

Fonte: Própria (2014)

Com base no levantamento feito, chegou-se a uma área total de 609,31m²

de forma e um volume de concreto de 94,82m³ para execução de todos os pilares do

pavimento.

Tabela 5- Volume de concreto e área de forma para as vigas

VIGA ÁREA DE FUNDO DE VIGA (m²)

COMPRIMENTO (m)

ÁREA DE FORMA (m²)

VOLUME DE CONCRETO (m³)

V1 4,29 10,47 38,59 3,43 V2 0,70 3,50 6,30 0,56 V3 0,65 3,25 4,55 0,39 V4 0,65 3,23 4,52 0,39 V5 1,51 7,56 13,61 1,21 V6 0,96 4,80 8,64 0,77 V7 0,59 2,96 5,33 0,47 V8 0,93 4,63 6,48 0,56 V9 0,95 3,78 5,48 0,57 V10 0,90 3,58 5,19 0,54 V11 0,95 4,75 8,55 0,76 V12 0,94 4,70 6,58 0,56 V13 0,49 2,46 3,44 0,30 V14 0,94 4,72 10,38 0,94 V15 0,61 3,03 4,24 0,36 V16 1,24 4,95 7,18 0,74 V17 0,49 2,43 3,40 0,29 V18 1,14 5,71 7,99 0,69 V19 0,99 3,96 7,33 0,79 V20 1,02 4,07 7,53 0,81 V21 0,87 3,46 6,40 0,69 V22 1,17 4,66 8,62 0,93 V23 1,07 5,36 11,79 1,07 V24 1,84 7,36 10,67 1,10 V25 1,61 6,45 9,35 0,97 V26 1,07 4,26 6,18 0,64 V27 0,81 4,05 5,67 0,49 V28 0,29 2,08 1,54 0,09 V29 0,45 1,80 3,15 0,34 V30 0,91 4,53 8,15 0,72

Page 42: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

40

V31 0,90 4,50 9,45 0,86 V32 0,99 4,95 8,91 0,79 V33 2,75 13,73 23,34 2,06 V34 0,90 3,60 5,22 0,54 V35 2,98 14,88 31,25 2,83 V36 2,60 13,02 18,23 1,56 V37 1,52 5,08 11,68 1,52 V38 1,28 4,26 9,80 1,28 V39 0,86 2,86 6,58 0,86 V40 1,03 3,42 7,87 1,03 V41 4,29 10,47 38,59 3,43 V42 0,70 3,50 6,30 0,56 V43 0,65 3,25 4,55 0,39 V44 0,65 3,23 4,52 0,39 V45 1,51 7,56 13,61 1,21 V46 0,96 4,80 8,64 0,77 V47 0,59 2,96 5,33 0,47 V48 0,93 4,63 6,48 0,56 V49 0,95 3,78 5,48 0,57 V50 0,90 3,58 5,19 0,54 V51 0,95 4,75 8,55 0,76 V52 0,94 4,70 6,58 0,56 V53 0,49 2,46 3,44 0,30 V54 0,94 4,72 10,38 0,94 V55 0,61 3,03 4,24 0,36 V56 1,24 4,95 7,18 0,74 V57 0,49 2,43 3,40 0,29 V58 1,14 5,71 7,99 0,69 V59 0,99 3,96 7,33 0,79 V60 1,02 4,07 7,53 0,81 V61 0,87 3,46 6,40 0,69 V62 1,17 4,66 8,62 0,93 V63 1,07 5,36 11,79 1,07 V64 1,84 7,36 10,67 1,10 V65 1,61 6,45 9,35 0,97 V66 1,07 4,26 6,18 0,64 V67 0,81 4,05 5,67 0,49 V68 0,29 2,08 1,54 0,09 V69 0,45 1,80 3,15 0,34 V70 0,91 4,53 8,15 0,72 V71 0,90 4,50 9,45 0,86 V72 0,99 4,95 8,91 0,79 V73 2,75 13,73 23,34 2,06 V74 0,90 3,60 5,22 0,54 V75 2,98 14,88 31,25 2,83 V76 2,60 13,02 18,23 1,56

TOTAL 88,91 m² 412,02 m 702,42 m² 66,30 m³

Fonte: Própria (2014)

Referente às vigas, temos um comprimento total de 412,02m lineares de

viga, uma área quadrada de forma de 702,42m² e um volume de concreto de

66,30m³ por pavimento.

Page 43: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

41

Tabela 6- Volume de concreto e área de forma para lajes

LAJE ÁREA DE LAJE (m²)

PERIMETRO (m)

VOLUME DE ESCORAMENTO (m³)

VOLUME DE CONCRETO (m³)

L1 27,55 21,15 84,30 4,96 L2 13,55 15,06 41,46 2,44 L3 5,42 9,32 16,59 0,98 L4 24,28 21,12 74,30 4,37 L5 27,78 21,26 85,01 5,00 L6 18,05 17,80 55,23 3,25 L7 9,50 13,50 29,07 1,71 L8 5,70 9,56 17,44 1,03 L9 10,06 12,70 30,78 1,81 L10 3,38 7,64 10,34 0,61 L11 6,97 13,88 21,33 1,25 L12 35,74 24,50 109,36 6,43 L13 42,84 27,21 131,09 7,71 L14 83,10 36,77 254,29 14,96 L15 17,25 16,62 52,79 3,11 L16 7,27 11,69 22,25 1,31 L17 3,70 8,97 11,32 0,67 L18 52,32 35,59 160,10 9,42 L19 8,45 28,28 25,86 1,52 L20 27,55 21,15 84,30 4,96 L21 13,55 15,06 41,46 2,44 L22 5,42 9,32 16,59 0,98 L23 24,28 21,12 74,30 4,37 L24 27,78 21,26 85,01 5,00 L25 18,05 17,80 55,23 3,25 L26 9,50 13,50 29,07 1,71 L27 5,70 9,56 17,44 1,03 L28 10,06 12,70 30,78 1,81 L29 3,38 7,64 10,34 0,61 L30 6,97 13,88 21,33 1,25 L31 35,74 24,50 109,36 6,43 L32 42,84 27,21 131,09 7,71 L33 83,10 36,77 254,29 14,96 L34 17,25 16,62 52,79 3,11 L35 7,27 11,69 22,25 1,31 L36 3,70 8,97 11,32 0,67 L37 52,32 35,59 160,10 9,42 L38 8,45 28,28 25,86 1,52 L39 10,51 23,13 32,16 1,89 L40 10,51 23,13 32,16 1,89

Total 826,84 m² 751,50 m 2530,13 m³ 148,83 m³

Fonte: Própria (2014)

Com relação as lajes temos, uma área total de 826,84m², com volume de

escoramento/cimbramento (projeção das áreas das lajes x pé direto livre) de

2.530,13m³ e volume de concreto de 148,83m³. Nesse estudo não serão

contabilizadas as áreas das escadas e dos vazios dos elevadores, então a área do

Page 44: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

42

pavimento passível de fôrma e escoramento não será os 1.006,04m² e sim 946,74m²

que é a somatória da projeção das lajes, vigas e pilares.

3.4 DADOS DE PRODUÇÃO DE CADA SISTEMA

3.4.1 Fôrmas

3.4.1.1 Fôrmas em compensado plastificado

Nas tabelas 7 e 8 estão apresentados os gastos com mão de obra e insumos

para produção, montagem e substituição das formas feitas em madeira para

execução dos pilares da obra. Da mesma forma estão apresentadas as tabelas 9 e

10 para vigas e 11 e 12 para as lajes com escoramento em madeira e 13 e 14 para

lajes com escoramento metálico. Todas as tabelas citadas (7 a 14) apresentam os

valores totais para executar os 35 pavimentos.

Tabela 7- Quantitativo de forma – pilares

Quantitativo de fôrma feita em obra para pilares, com chapa compensada plastificada, e = 14 mm : 609,31m²

Componentes UND. Consumo

/ m² Consumo p/ 12

reaproveitamentos Total Obra Ajudante do carpinteiro h 0,28 341,21 6141,84 Carpinteiro h 0,42 511,82 9212,77 Chapa compensada plastificada (espessura: 14 mm) m² 0,11 822,57 2399,16 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,02 124,30 362,54

Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 0,52 3765,54 10982,81 Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m 0,68 4979,28 14522,90 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,02 146,23 426,52 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,20 1462,34 4265,17 Arame galvanizado (bitola: 12 8WG) kg 0,18 1316,11 3838,65

Fonte: Própria (2014)

Page 45: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

43

Tabela 8 - Custo de forma – pilares

Custo de fôrma feita em obra para pilares, com chapa compensada plastificada, e = 14mm : 609,31m²

Componentes UND. Custo

Unitário R$ Quantitativo

total Custo total R$ Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 6141,84 R$ 66.946,11 Carpinteiro h R$ 14,54 9212,77 R$ 133.953,64 Chapa compensada plastificada (espessura: 14 mm) m² R$ 30,53 2399,16 R$ 73.246,30 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,90 362,54 R$ 2.501,52

Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m R$ 14,32 10982,81 R$ 157.273,88

Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m R$ 5,96 14522,90 R$ 86.556,51

Desmoldante de fôrmas para concreto l R$ 8,55 426,52 R$ 3.646,72 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,80 4265,17 R$ 29.003,16 Arame galvanizado (bitola: 12 8WG) kg R$ 8,50 3838,65 R$ 32.628,55

Total R$ 585.756,37

Fonte: Própria (2014)

Tabela 9- Quantitativo de forma – vigas

Quantitativo de fôrma feita em obra para vigas, com chapa compensada plastificada, e = 17mm : 702,42m²

Componentes UND. Consumo

/m² Consumo p/ 12

reaproveitamentos Total Obra

Ajudante do carpinteiro h 0,28 393,36 7080,39

Carpinteiro h 0,42 590,03 10620,59 Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² 0,110 927,19 2704,32 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,085 716,47 2089,70 Tábua 1" x 6" (espessura: 25 mm / largura: 150 mm) m 0,166 1399,22 4081,06 Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m 0,580 4888,84 14259,13

Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,020 168,58 491,69

Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,110 927,19 2704,32

Arame galvanizado (bitola: 12 8WG) kg 0,040 337,16 983,39

Fonte: Própria (2014)

Page 46: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

44

Tabela 10- Custo de forma – vigas

Custo de fôrma feita em obra para vigas, com chapa compensada plastificada, e = 17mm : 702,42m²

Componentes UND. Custo

Unitário R$ Quantitativo

total Custo total R$

Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 7080,39 R$ 77.176,29 Carpinteiro h R$ 14,54 10620,59 R$154.423,38 Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² R$ 30,53 2704,32 R$ 82.562,80

Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,90 2089,70 R$ 4.418,93 Tábua 1" x 6" (espessura: 25 mm / largura: 150 mm) m R$ 9,00 4081,06 R$ 6.729,54 Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m R$ 5,96 14259,13 R$ 84.984,39

Desmoldante de fôrmas para concreto l R$ 8,55 491,69 R$ 4.203,98 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,80 2704,32 R$ 18.389,36

Arame galvanizado (bitola: 12 8WG) kg R$ 7,80 983,39 R$ 7.670,43

Total R$ 480.559,10

Fonte: Própria (2014)

Tabela 11- Quantitativo de forma para laje - escoramento em madeira

Quantitativo de fôrma feita em obra para lajes, com chapa compensada plastificada, e = 17mm : 826,84m² - Para escoramento em madeira

Componentes UND. Consumo

/m² Consumo p/ 12

reaproveitamento Total Obra Ajudante do carpinteiro h 0,280 463,03 8334,55 Carpinteiro h 0,380 628,40 11311,17

Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² 0,104 1031,90 3009,70

Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 0,216 2143,17 6250,91

Tábua 1" x 8" (espessura: 25 mm / largura: 200 mm) m 0,108 1071,58 3125,46 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,020 198,44 578,79

Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm / diâmetro da cabeca: 2,4 mm) kg 0,200 1984,42 5787,88

Fonte: Própria (2014)

Page 47: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

45

Tabela 12- Custo de forma para laje - escoramento em madeira

Custo de fôrma feita em obra para lajes, chapa compensada plastificada, e = 17 mm : 826,84m² - Para escoramento em madeira

Componentes UND. Custo

Unitário R$ Quantitativo total Custo total R$ Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 8334,55 R$ 90.846,56 Carpinteiro h R$ 14,54 11311,17 R$ 164.464,43

Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² R$ 37,47 3009,70 R$ 112.773,46

Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m R$ 14,32 6250,91 R$ 89.513,03

Tábua 1" x 8" (espessura: 25 mm / largura: 200 mm) m R$ 14,90 3125,46 R$ 46.569,35 Desmoldante de fôrmas para concreto l R$ 8,55 578,79 R$ 4.948,65

Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm / diâmetro da cabeça: 2,4 mm) kg R$ 13,17 5787,88 R$ 76.226,38

Total R$ 585.341,87

Fonte: Próprio (2014)

Tabela 13- Quantitativo de forma para laje - escoramento metálico

Quantitativo de fôrma para lajes, chapa compensada plastificada, e = 17 mm : 826,84m² - Para escoramento metálico

Componentes UND. Consumo

/m² Consumo p/ 12

reaproveitamento Total Obra Ajudante do carpinteiro h 0,180 297,66 5357,92 Carpinteiro h 0,110 181,90 3274,29

Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² 0,104 1031,90 3009,70 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,020 198,44 578,79

Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm / diâmetro da cabeça: 2,4 mm) kg 0,080 793,77 2315,15

Fonte: Próprio (2014)

Page 48: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

46

Tabela 14- Custo de forma para laje - escoramento metálico

Custo de fôrma feita em obra para lajes, chapa compensada plastificada, e = 17 mm : 826,84m² - Para escoramento em madeira

Componentes UND. Custo

Unitário R$ Quantitativo total Custo total R$ Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 5357,92 R$ 58.401,36 Carpinteiro h R$ 14,54 3274,29 R$ 47.608,12

Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² R$ 37,47 3009,70 R$ 112.773,37 Desmoldante de fôrmas para concreto l R$ 8,55 578,79 R$ 4.948,64

Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm / diâmetro da cabeça: 2,4 mm) kg R$ 13,17 2315,15 R$ 30.490,55

Total R$ 254.222,05

Fonte: Próprio (2014)

3.4.1.2 Sistemas de fôrmas metálicas para pilares

Na execução dos pilares além da madeira podemos utilizar painéis

estruturados em aço forrados com chapa de compensado, esse tipo de equipamento

dispensa o uso de pregos, parafusos e madeira e isso torna o equipamento prático e

interessante aos olhos de praticidade e agilidade. Na tabela 15 estão apresentados

os custos com mão de obra, insumos e locação do equipamento, para executar os

35 pavimentos.

Tabela 15- Sistemas de fôrmas metálicas para pilar – total da obra

Quantitativo de fôrma metálica para execução dos pilares

Componentes Produção (Hh/m²) Área de fôrma (m²)

Total/Pavimento (h) Total/Obra (h)

Fôrma metálica 0,34 609,31 207,17 7457,95

Custo de locação de fôrma metálica para execução dos pilares

Componentes UND. Custo unitário (R$) Unit. /Mês Total (R$) 18

Meses Fôrma metálica m²/dia R$ 25,50 414,33 R$ 190.177,47 Montador h R$ 14,54 414,33 R$ 108.438,45 Desmoldante l R$ 8,55 0,87 R$ 3.646,54

Total R$ 302.262,46 OBS: Desmoldante 0,02litros/m² de forma, numa área total de reutilizações de 21.325,85m² (35x609,31m²)

Fonte: Própria (2014)

Page 49: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

47

Para execução de lajes planas bem como nos pilares, temos a opção de

utilizar formas metálicas, essas por vez são estruturadas em alumínio ao invés de

aço mas da mesma forma são forradas com chapas de compensado. Exemplos

desse material são os sistemas deck light da Mills e Topec da SH. Na tabela 16

estão apresentados, o consumo de mão de obra, insumos e valor médio de locação

do sistema para executar os 35 pavimentos.

Tabela 16- Sistemas de fôrmas metálicas para laje – total da obra

Quantitativo referente a montagem de escoramento metálico c/painéis estruturados para execução de lajes

Componentes Produção (Hh/m²) Área de fôrma (m²)

Total/Pavimento (h) Total/obra(h)

Fôrma metálica + Escoramento da Laje 0,30 826,84 248,05 8929,87

Custo de locação e montagem de painel metálico estruturado c/escoramento para execução de lajes

Componentes UND. Custo Unitário (R$) Unitário /Mês Total (R$) 18

Meses Fôrma metálica m²/dia R$ 24,00 826,84 R$ 357.194,88 Montador h R$ 14,54 496,10 R$ 129.840,34 Desmoldante l R$ 8,55 1,18 R$ 4.948,64

Total R$ 491.983,86 OBS: Desmoldante 0,02litros/m² de forma, numa área total de reutilizações de 28.939,40m² (35x826,84m²)

Fonte: Própria (2014)

3.4.2 Sistemas de escoramento 3.4.2.1 Escoramentos de lajes e vigas em madeira

Nas tabelas 17 e 18 são apresentados os quantitativos e custos para

executar o escoramento das lajes e nas tabelas 19 e 20 para executar o

escoramento das vigas da obra. Os dados das quatro tabelas são referentes ao total

necessário para executar os 35 pavimentos.

Page 50: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

48

Tabela 17- Quantitativo de escoramento para lajes utilizando madeira

Quantitativo de escoramento/cimbramento em madeira para laje de 826,84m²

Componentes UND. Consumo/m² Consumo /mês Total Obra

Ajudante do carpinteiro h 0,380 628,40 11311,17

Carpinteiro h 0,360 595,32 10715,85

Parafuso com rosca soberba galvanizado (comprimento: 110,00 mm/ diâmetro nominal: 8,00 mm) ud 10,000 8268,40 24116,17 Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 8,000 6614,72 19292,93

Escora de madeira (diâmetro da seção: 150,00 mm / tipo de madeira: eucalipto) m 2,000 1653,68 4823,23 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,020 16,54 48,23

Fonte: Própria (2014)

Tabela 18- Custo de escoramento para lajes utilizando madeira

Custo do escoramento/cimbramento em madeira para laje de 826,84m²

Componentes UND. Custo

Unitário R$ Quantitativo

total Custo total R$

Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 11311,17 R$ 123.291,77

Carpinteiro h R$ 14,54 10715,85 R$ 155.808,41 Parafuso com rosca soberba galvanizado (comprimento: 110,00 mm/ diâmetro nominal: 8,00 mm) ud R$ 0,28 24116,17 R$ 6.752,53 Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m R$ 14,32 19292,93 R$ 276.274,80 Escora de madeira (diâmetro da seção: 150,00 mm / tipo de madeira: eucalipto) m R$ 1,80 4823,23 R$ 8.681,82 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,80 48,23 R$ 327,98

Total R$ 571.137,30

Fonte: Própria (2014)

Page 51: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

49

Tabela 19 - Quantitativo de escoramento para vigas utilizando madeira

Quantitativo de escoramento/cimbramento em madeira para vigas Comprimento total das vigas de 412,02m

Componentes UND. Consumo/m Consumo /mês Total Obra

Ajudante do carpinteiro h 0,280 230,73 4153,16

Carpinteiro h 0,380 313,14 5636,43 Parafuso com rosca soberba galvanizado (comprimento: 110,00 mm/ diâmetro nominal: 8,00 mm) ud 15,000 6180,30 18025,87

Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 12,000 4944,24 14420,70 Sarrafo 1" x 4" (altura: 100 mm / espessura: 25 mm) m 0,850 350,22 1021,47 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,100 82,40 240,34

Fonte: Própria (2014)

Tabela 20 - Custo de escoramento para vigas utilizando madeira

Custos de escoramento/cimbramento em madeira para as vigas Comprimento total de vigas de 412,02m

Componentes UND. Custo

Unitário R$ Quantitativo

total Custo total R$

Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 4153,16 R$ 45.269,46

Carpinteiro h R$ 14,54 5636,43 R$ 81.953,74 Parafuso com rosca soberba galvanizado (comprimento: 110,00 mm/ diâmetro nominal: 8,00 mm) ud R$ 0,28 18025,87 R$ 5.047,24 Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m R$ 14,32 14420,70 R$ 206.504,42 Sarrafo 1" x 4" (altura: 100 mm / espessura: 25 mm) m R$ 5,96 1021,47 R$ 6.087,94 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,80 240,34 R$ 1.634,35

Total R$ 344.862,81

Fonte: Própria (2014)

Page 52: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

50

3.4.2.2 Escoramento metálico em lajes e vigas

Nas tabelas 21 e 22 são apresentados os quantitativos e custos para

executar o escoramento metálico das vigas e nas tabelas 23 e 24 o escoramento

metálico das lajes. Os dados tanto para lajes quanto para vigas fazem referência ao

necessário para executar os 35 pavimentos da obra.

Tabela 21 - Quantitativos para escoramento metálico de vigas

Quantitativo para locação, montagem e desmontagem de escoramento/cimbramento metálico para as vigas - 412,02m

Componentes UND. Consumo/m Consumo /mês Total Obra

Ajudante do montador h 0,260 214,25 3856,51

Montador h 0,220 181,29 3263,20 Torres de andaime, escoras e acessórios metálicos (forcados, suportes, guias, barrotes, etc.) m 412,02 412,02 7416,36

Fonte: Própria (2014)

Tabela 22- Custos de locação para escoramento metálico de vigas

Custos de locação para montagem e desmontagem de escoramento/cimbramento metálico para as vigas - 412,02m

Componentes UND. Custo

unitário R$ Quantitativo total Custo total R$

Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 3856,51 R$ 42.035,93

Carpinteiro h R$ 14,54 3263,20 R$ 47.446,90 Torres de andaime, escoras e acessórios metálicos (forcados, suportes, guias, barrotes, etc.) m R$ 13,20 7416,36 R$ 97.895,95

Total R$ 187.378,79

Fonte: Própria (2014)

Page 53: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

51

Tabela 23 - Quantitativos para escoramento metálico de lajes

Quantitativo para locação, montagem e desmontagem de escoramento/cimbramento metálico para lajes 826,84m²

Componentes UND. Consumo/m² Consumo /mês Total Obra

Ajudante do montador h 0,350 578,79 10418,18

Montador h 0,280 463,03 8334,55 Torres de andaime, escoras e acessórios metálicos (forcados, suportes, guias, barrotes, etc.) m² 826,84 826,84 14883,12

Fonte: Própria (2014)

Tabela 24- Custos de locação para escoramento metálico de lajes

Custos de locação, montagem e desmontagem de escoramento/cimbramento metálico para lajes 826,84m²

Componentes UND. Custo

unitário R$ Quantitativo total Custo total R$

Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 10418,18 R$ 113.558,21

Carpinteiro h R$ 14,54 8334,55 R$ 121.184,32

Torres de andaime, escoras e acessórios metálicos (forcados, suportes, guias, barrotes, etc.) m² R$ 15,13 14883,12 R$ 225.181,61

Total R$ 459.924,13

Fonte: Própria (2014)

Os valores de produção foram extraídos da TCPO 13a edição - Tabelas de

Composições de Preços para Orçamentos Copyright - Editora PINI Ltda. 2013 e

também dos manuais dos fornecedores.

3.5 PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO

Os parâmetros de comparação que serão analisados, são:

- Emprego de mão de obra dentro do prazo de execução;

- Custos de execução;

- Custos totais;

Page 54: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

52

Para análise foi considerado que a obra seria executada num prazo de 18

meses, ou seja, duas lajes por mês. Para chegar no número aproximado de

funcionário, que a obra precisaria para executar os serviços de fôrma e

escoramento, considerei 8 horas diárias de trabalho durante 22 dias trabalhados no

mês, dessa forma para execução dos serviços de uma laje teríamos em média de 11

dias.

Através do projeto, foram levantadas as áreas de forma e quantitativos de

escoramento para pilares, lajes e vigas. Utilizando planilhas orçamentarias,

informações técnicas e dados fornecidos pelos fornecedores, chegamos nos

quantitativos de mão de obra e insumos para execução da obra, empregando

diferentes materiais e processos numa mesma condição de obra.

Os materiais e técnicas utilizadas são na maioria das vezes pertencentes a

um mesmo segmento de ideia ou produto, ou seja, se eu utilizar a fôrma de madeira

para executar os pilares de uma obra a chance de utilizar a fôrma em madeira para

a execução das vigas e lajes é maior. Esse mesmo raciocínio também pode ser

levado em consideração para o escoramento, se optado pelo escoramento metálico

das vigas, o escoramento das lajes tende a ser metálico também.

Pensando na ideia em que se utilizaria um mesmo segmento de produto, o

estudo foi dividido em 3 opções. Cada opção contempla o custo no prazo dos 18

meses e horas mensais de carpinteiro/montador e ajudante para cada alternativa, ao

final é apresentando o custo total e o número de funcionários necessários para cada

opção.

3.5.1 Mão de obra e prazos de execução

A mão de obra empregada na execução de estruturas na indústria da

construção civil é uma das maiores variantes para analise, na utilização de um

mesmo sistema construtivo. O grau de qualificação de algumas equipes, pode

apresentar grandes diferenças nos índices de produção, quando comparando o

mesmo espaço de tempo e número de funcionários. Por tanto, essa diferença

esporádica de qualificação não será levada em consideração para análise, mas sim

a média de produção dos funcionários da região.

Page 55: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

53

O prazo de execução das obras é o resultado direto entre o sistema

empregado e o número de funcionários. Hoje a realidade da construção civil na

região de Curitiba, são prazos reduzidos e mão de obra variada, onde muitas vezes

não consegue atingir a produção exigida dentro dos cronogramas estipulados.

Com base nos dados de produção de cada sistema, será possível analisar

custos de produção e prazo para execução e verificar se é viável o investimento em

tecnologias para ganhar em produção, reduzindo assim o número de funcionários

agilizando o processo executivo e resultando cronogramas compactos.

3.5.2 Custos de execução Para a análise dos sistemas, utilizaremos o custo médio de cada produto, a

mão de obra necessária e o tempo de duração de cada serviço. A partir dai teremos

parâmetros de custo e produção para determinar quais métodos apresentam

vantagem com relação a custo, tempo e numero de funcionários.

3.5.3 Custos totais

O custo total analisado é o resultado do valor do sistema mais o gasto com

mão de obra para execução do serviço. A variação no custo de cada sistema, será

comparado com a produção diferenciada que cada um possibilita, usando a mesma

mão de obra empregada. Com base nesses resultados será apontado a

classificação de cada sistema com relação ao custo final para utilização.

Page 56: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

54

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para visualização dos sistemas estudados, foram elaborados dois resumos

em forma de tabela, a tabela 25 para fôrmas e tabela 26 para os sistemas de

escoramento. Estas apresentam os quantitativos e valores totais de produção de

cada sistema e tem por finalidade auxiliar na busca e análise.

Na sequência estão os gráficos 1, 2, 3 e 4. O gráfico 1 apresenta os custos

totais para execução das fôrmas, o gráfico 2 o tempo gasto em horas por mês para

executar cada sistema de fôrmas, já o gráfico 3 apresenta os custos totais para

execução dos escoramentos e o gráfico 4 o tempo gasto em horas por mês para

executar cada sistema de escoramento.

Tabela 25 - Resumo dos sistemas de forma

FORMA

Custo total (R$)

Montador/carpinteiro (horas /mês)

Ajudante (horas /mês)

PILARES: 609,31m²

Fôrma feita em obra - chapa compensada

R$ 585.756,37 511,8 341,2

Fôrma metálica para execução dos pilares - locação

R$ 302.262,46 414,3 0,0

VIGAS: 702,42m²

Fôrma feita em obra - chapa compensada

R$ 480.559,10 590,0 393,4

LAJES: 826,84m²

Fôrma feita em obra - chapa compensada para escoramento em madeira

R$ 585.341,87 628,4 463,0

Fôrma feita em obra - chapa compensada para escoramento metálico

R$ 254.222,05 181,9 297,7

Fôrma e escoramento metálico para execução das lajes - locação (Ex: Deck light, Topec)

R$ 491.983,86 496,1 0,0

Fonte: Própria (2014)

Page 57: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

55

Gráfico 1 – Custos para execução das fôrmas – todos os pavimentos

Fonte: Própria (2014)

Gráfico 2 – Tempo horas por mês para execução das fôrmas – todos os pavimentos

Fonte: Própria (2014)

Page 58: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

56

Tabela 26 - Resumo dos sistemas de escoramento

ESCORAMENTO/CIMBRAMENTO

Custo total (R$)

Montador/carpinteiro (horas /mês)

Ajudante (horas /mês)

VIGAS: 412,02m

Escoramento em madeira de vigas R$ 344.862,81 313,1 230,7

Escoramento metálico de vigas R$ 197.079,38 181,3 214,3

LAJES: 826,84m²

Escoramento em madeira de lajes R$ 571.137,30 595,3 628,4

Escoramento metálico de lajes R$ 459.924,13 463,0 578,8

Fonte: Própria (2014)

Gráfico 3 – Custos para execução do escoramento – todos os pavimentos

Fonte: Própria (2014)

Page 59: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

57

Gráfico 4 – Tempo horas por mês para execução do escoramento – todos os

pavimentos

Fonte: Própria (2014)

Conforme informado no item materiais e métodos, trabalharemos com 3

opções:

A primeira opção é a utilização de madeira nas formas de pilar, vigas e lajes

e também o escoramento completo em madeira como representado na tabela 27.

Page 60: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

58

Tabela 27 - 1º Opção - Escoramento e forma completo em madeira

1º OPÇÃO - FORMA E ESCORAMENTO COMPLETO EM MADEIRA

Custo total (R$)

Montador/carpinteiro (horas /mês)

Ajudante (horas /mês)

FORMA

Pilar

Fôrma feita em obra - chapa compensada

R$ 585.756,37 511,82 341,21

Viga

Fôrma feita em obra - chapa compensada

R$ 480.559,10 590,03 393,36

Laje

Fôrma feita em obra - chapa compensada para escoramento em madeira

R$ 585.341,87 628,40 463,03

ESCORAMENTO

Vigas

Escoramento em madeira de vigas R$ 344.862,81 313,14 230,73

Lajes

Escoramento em madeira de lajes R$ 571.137,30 595,32 628,40

Total R$ 2.567.657,46 2638,71 2056,73

Total de funcionários (dia) 14,99 11,69

Fonte: Própria (2014)

Nessa primeira opção chegamos num valor total de mão de obra mais

insumos de R$ 2.567,657,46 no prazo dos 18 meses, e um número aproximado de

funcionários de 15 carpinteiros/montador e 12 ajudantes por mês. Fazendo uma

análise sobre esses números, podemos observar que alguns fatores são

determinantes para esse resultado, entre eles estão:

- Número de reaproveitamento da forma e do escoramento 12 vezes.

- Construção de praticamente 3 jogos de forma e escoramento para a obra.

- Compra de material para os 3 jogos de forma e escoramento.

- Dificuldade de montagem e instalação dos sistemas.

Page 61: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

59

A segunda opção está apresentada na tabela 28, essa faz referência a

utilização de madeira nas formas de pilares e vigas e para as lajes uma fôrma em

madeira mas diferenciada, essa não será estruturada pois ficara presa no

barroteamento metálico. O escoramento dessa opção é metálico, composto por

torres de andaime e escoras na vertical e vigas metálicas na horizontal.

Tabela 28 - 2º Opção - Escoramento metálico e forma em madeira

2º OPÇÃO - FORMA EM MADEIRA E ESCORAMENTO METÁLICO

Custo total (R$)

Montador/carpinteiro (horas /mês)

Ajudante (horas /mês)

FORMA

Pilar

Fôrma feita em obra - chapa compensada

R$ 585.756,37 511,82 341,21

Viga

Fôrma feita em obra - chapa compensada

R$ 480.559,10 590,03 393,36

Laje

Fôrma feita em obra - chapa compensada para escoramento metálico

R$ 254.222,05 181,90 297,66

ESCORAMENTO

Vigas

Escoramento metálico de vigas R$ 197.079,38 181,28 214,25

Lajes

Escoramento metálico de lajes R$ 459.924,13 463,03 578,78

Total R$1.977.541,03 1928,08 1825,27

Total de funcionários (dia) 10,95 10,37

Fonte: Própria (2014)

Nessa segunda opção chegamos num valor total de mão de obra mais

insumos de R$ 1.977.541,03 no prazo dos 18 meses, e um número aproximado de

funcionários de 11 carpinteiros/montador e 11 ajudantes por mês. Nessa opção o

material metálico é locado e se não for por mal uso não se faz necessário a

substituição de peças nesse período de tempo e reutilizações; caso for necessário a

substituição do equipamento não teremos problemas com relação a mudança de

valores pois a cobrança é feita com base no que existe em obra.

Page 62: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

60

O valor e o número de funcionários que chegamos com essa opção é mais

interessante do que a primeira, pois as condições de segurança que o material

metálico proporciona aos funcionários aumenta a produtividade na mesma condição

de obra.

Na terceira opção como pode ser observado na tabela 29, foi considerado o

uso de fôrma em madeira somente para as vigas, isso porque não temos no

mercado fôrmas metálicas que funcionem e proporcionem vantagens significativas

para a execução de vigas. Para a fôrma dos pilares e lajes foi proposto a locação do

equipamento disponível no mercado e para escoramento o uso de torres de

andaimes e escoras metálicas.

Tabela 29 - 3º Opção – Forma mista e escoramento metálico para lajes e vigas

3º OPÇÃO - FORMA EM MADEIRA PARA VIGAS E FORMA METÁLICA PARA PILARES E LAJES. ESCORAMENTO METÁLICO. Custo total

(R$) Montador/carpinteiro

(horas /mês) Ajudante

(horas /mês)

FORMA Pilar

Fôrma metálica para execução dos pilares - locação

R$ 302.262,46 414,33 -

Viga

Fôrma feita em obra - chapa compensada

R$ 480.559,10 590,03 393,36

Laje

Fôrma e escoramento metálico para execução das lajes - locação (Ex: Deck light, Topec)

R$ 491.983,86 496,10 -

ESCORAMENTO

Vigas

Escoramento metálico de vigas R$ 197.079,38 181,29 214,25

Lajes

Escoramento metálico (Já incluso no valor da forma)

- - -

Total R$ 1.471.884,80 1681,76 607,61

Total de funcionários (dia) 9,56 3,45

Fonte: Própria (2014)

Nessa terceira opção chegamos num valor total de mão de obra mais

insumos de R$ 1.471.884,80 no prazo dos 18 meses, e um número aproximado de

Page 63: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

61

funcionários de 10 carpinteiros/montador e 4 ajudantes por mês. Nessa opção a

fôrma para os pilares e lajes, mais o escoramento metálico das vigas é locado, e a

substituição por desgaste devido ao uso não é seguida de acréscimo de valor, sendo

pago somente o material disponível em obra.

Nos gráficos 5 e 6 estão representados os resumos de cada opção, no

gráfico 5 os custos totais, e número de funcionários no gráfico número 6.

1ª Opção: Escoramento de vigas e lajes em mandeira e fôrma de pilares, vigas e

lajes também em madeira;

2ª Opção: Escoramento de vigas e lajes metálico e fôrma de pilares, vigas e lajes em

madeira;

3ª Opção: Escoramento metálico e fôrma em madeira para vigas, sistema de fôrma

metálica para pilares e escoramento e fôrma metálica para lajes.

Gráfico 5 – Custos totais para execução de cada etapa – todos os pavimentos

Fonte: Própria (2014)

Page 64: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

62

Gráfico 6 – Número de funcionários mensais por etapa – todos os pavimentos

Fonte: Própria (2014)

Vale a pena observar a produção alcançada utilizando as fôrmas metálicas

em pilares e lajes. Nas lajes a vantagem está no custo do material e também nos

índices de produção Hh/m². Os sistemas de fôrma disponíveis no mercado já

apresentam o preço de locação do escoramento dissolvido no metro quadrado da

fôrma e isso acaba reduzindo custos totais para sua utilização. Já o alto índice de

produtividades vai possibilitar a redução no número de funcionários, mas numa outra

realidade poderíamos manter um mesmo número de funcionários e

automaticamente reduzir o cronograma de execução da obra.

Os sistemas de fôrmas metálicas para os pilares também se mostraram

interessantes pela sua produtividade e também pelo fato de dispensar o uso de

pregos e parafusos na montagem, isso torna a montagem muito mais rápida e ao

mesmo tempo mais segura.

Para a análise não foram consideradas alguns itens, por se tratarem de

variáveis de acordo com cada obra em questão, então procurei não considerar as

despesas com transporte, carga e descarga do equipamento ou material, distância

do fornecedor, uso de madeiras certificadas, obras com certificações, indenizações e

perda de equipamentos e limpeza de obra.

Page 65: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

63

5 CONCLUSÃO

Para realização da analise comparativa dos resultados, foi estabelecido que

teríamos três opções, estas divididas de acordo com o segmento de aplicação e

utilizado em obra. A primeira opção foi escoramento e forma em madeira, a segunda

opção, fôrma em madeira e escoramento metálico e a terceira opção fôrma em

madeira para vigas e fôrma metálica para lajes e pilares, ambos com escoramento

metálico.

Com base nos resultados de cada sistema de escoramento e fôrma, pode-se

concluir que a terceira opção é a melhor alternativa, pois, apresentou o menor gasto

e também o menor número de funcionários para executar a obra. A segunda opção

ficou como uma alternativa intermediaria, tanto em relação a insumos quanto ao

número de funcionários. A alternativa menos eficiente é a primeira opção, esta

apresentou um custo mais elevado e também um número maior de funcionários para

execução da obra.

Dessa forma, podemos concluir que para essa situação de obra a utilização

da madeira na execução dos pilares, vigas e lajes torna o processo mais lento,

necessitando de mais funcionários para executar o serviço. Esse fator, juntamente

com o baixo reaproveitamento das estruturas em madeira, acaba inviabilizando a

utilização do sistema. Assim, os sistemas metálicos se mostram mais eficiente e

proporcionam uma obra mais rápida e econômica, limpa e segura, e também com

melhores condições de trabalho para os funcionários.

Os sistemas de escoramento e fôrmas na indústria da construção civil não

recebem a importância devida, e isso pode ser observado logo nas planilhas

orçamentarias existentes, onde existe um material muito pobre e desatualizado

sobre esse tipo de serviço. Assim vejo a necessidade de estudos mais aprofundados

sobre os métodos, técnicas e dados de produção desse tipo de serviço a fim de

melhorarmos os orçamentos e trabalhamos dentro da menor margem menor de erro

possível.

Page 66: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

64

REFERÊNCIAS

ACACIA MADEIRAS. Disponível em: <http://www.acaciamadeiras.com.br/index.asp? secao=25&categoria=0&subcategoria=0&id=280> Acesso em: 14.09.2014. ANDRIOLO, Francisco Rodrigues, 1945. Construções de Concreto: manual de praticas para controle e execução. São Paulo: PINI,1984. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto e execução de obras de concreto armado: Rio de Janeiro: ABNT. 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: Projeto de Estruturas de Madeira. Rio de Janeiro: ABNT. 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15696: Fôrmas e escoramentos para estruturas em concreto - Projeto, dimensionamento e procedimentos executivos. Rio de Janeiro: ABNT. 2014. ASSUMPÇÃO, J. Gerenciamento de Empreendimentos na Construção Civil Modelo para Planejamento Estratégico da Produção. São Paulo: Curso de Doutorado em Engenharia pela Universidade de São Paulo,1996.Tese Doutorado. DI PIETRO, João Eduardo. O conhecimento qualitativo das estruturas das edificações na formação do arquiteto e do engenheiro. Tese de Doutorado - UFSC. 2000. DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL DA UFPR. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil (segundo volume). Diversos autores. Revisor: Lázaro A. R. Parellada. Apostíla. Curitiba: DAEP, 1997. DOKA BRASIL FÔRMAS PARA CONCRETO LTDA. Disponível em: < http://www. doka.com/web/products/system-groups/doka-floor-systems/element-floor-systems/dokadek-30/index.br.php> Acesso em: 10.11.2014. ENGEL, HEINO - "Sistemas de Estruturas" - Editora Hemus Limitada - São Paulo –1981. ESTRUTURAS USUAIS DAS CONSTRUÇÕES- PARTE II. Disponível em: <http:// www.ufv.br/DEC/EngCivil/Disciplinas/civ352/cap04-r3.pdf> Acesso em :13/09/2014. FAJERSZTAJN, H. Fôrmas para concreto armado: aplicação para o caso do edifício. São Paulo, 1987. 247p. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. FERRO, Sérgio. O Canteiro e o Desenho, 2° edição. São Paulo. Projeto Editores Associados. 1982. FERRAMENTAS GERAIS. Disponível em: < http://www.fg.com.br/prego-comum-c-cabeca-17x21-1-kg-prod-4880.html> Acesso em: 10.09.2014.

Page 67: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes aplicados na construção civil na região de Curitiba

65

HELENE, Paulo R.L. Manual prático para reparo e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: Pini, 1998. 119p. KLOSS, Cesar Luiz. Materiais para construção civil. 2ª ed. Curitiba: Centro Federal de Educação Tecnológica, 1996. 228p. LEROYMERLYN. Disponível em: <http://www.leroymerlin.com.br/desmoldante-desmol-liquido-para-concreto-18l-vedacit_86101785> Acesso em: 10.09.2014. LOJAS TAMOYO. Disponível em: < http://www.lojastamoyo.com.br/ loja/produtos /list/22000-22449/parafusos-e-fixadores/parafuso-sextavado-rosca-soberba> Acesso em: 10.09.2014. MILLS ESTRUTURAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA SA. Disponível em: < http

http://www.mills.com.br/produtos-e-servicos/edificacoes-mills/mills-deck-light> Acesso em: 10.11.2014. MOLITERNO, Antonio. Escoramentos, cimbramentos, formas para concreto e travessias em estrutura de madeira. Sao Paulo: E. Blucher, c1997. xix, 379p, il, 23cm. PETRUCCI, Eládio G R. Materiais de construção. 4ª edição. Porto Alegre- RS: Editora Globo, 1979. 435p. REVISTA EQUIPE DE OBRA. Lajes nervuradas com cubas plásticas. Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/16/artigo76287-1.asp?o=r>.Acesso em: 13/09/2014. RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini, 1996. 168p. RIPPER, Ernesto. Manual prático de materiais de construção. São Paulo: Pini, 1995. 253p. SAMPAIO, José Carlos de A. Manual de aplicação da NR-18. São Paulo: Pini, 1998. 540p. SH FORMAS LTDA. Disponível em: < http://www.sh.com.br/site/index.php? option=com_content&view=article&id=609%3Atopecrsh&catid=13%3Aformas-para-concreto&Itemid=64&lang=pt> Acesso em: 10.11.2014. SILVA, Francisco Alberto Ferreira da. Estruturas de concreto: formas e escoramentos. São Paulo: Ed. do Autor, 1998. 168 p, il. TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. 13ª.ed São Paulo, PINI Ltda. 2013