UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ LUIZ CARLOS … · as opções de escoramento em madeira e...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
LUIZ CARLOS MAGNAGNAGNO
ANÁLISE ENTRE OS SISTEMAS DE FÔRMA E ESCORAMENTO
PARA EXECUÇÃO DE PILARES E LAJES NA CIDADE DE
CURITIBA - PR
CURITIBA
2014
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
LUIZ CARLOS MAGNAGNAGNO
ANÁLISE ENTRE OS SISTEMAS DE FÔRMA E ESCORAMENTO
PARA EXECUÇÃO DE PILARES E LAJES NA CIDADE DE
CURITIBA - PR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Tuiuti do Paraná - UTP, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof.(a) Eliane Pereira De Lima
CURITIBA
2014
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso trata de uma análise comparativa entre os
sistemas de fôrma em madeira e fôrma metálica para execução de pilares e lajes, e
as opções de escoramento em madeira e escoramento metálico para vigas e lajes
aplicados na construção civil na região de Curitiba no estado do Paraná . A situação
estudada é o pavimento tipo de um edifício com 35 andares, neste estão
consideradas as áreas de fôrma para os pilares, vigas e lajes e o volume de
escoramento necessário para executar o apoio provisório da estrutura, sendo que
para obtenção dos valores e quantitativos foram utilizados os dados de produção e
valores disponíveis em tabelas orçamentárias e nos manuais dos fornecedores.
Após o levantamento dos dados para cada situação de fôrma e escoramento,
procedeu-se a comparação, onde foram analisados os aspectos econômicos de
ambos os sistemas e o número de funcionários necessários para executar a
atividade dentro de uma mesmo período de tempo, de maneira a comparar a
viabilidade e as vantagens de cada sistema.
Palavras-chave: Fôrma em madeira ou metálica; Escoramento em madeira ou
metálico; Custo; Número de funcionários
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Laje mista pré-fabricada .............................................................................. 10
Figura 2- Lajes Nervuradas ........................................................................................ 11
Figura 3- Composição de lajes ................................................................................... 11
Figura 4- Esquema de cálculo das lajes ..................................................................... 13
Figura 5- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando travessões e guias . 18
Figura 6- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando as apenas guias ..... 19
Figura 7- Esquema de laje mista com blocos cerâmicos ........................................... 20
Figura 8- Dimensões das chapas compensadas .............................................................. 24
Figura 9- Dimensões das chapas compensadas .............................................................. 25
Figura 10- Espaçador e tirante ................................................................................... 26
Figura 11- Fôrma metálica para pilar ......................................................................... 26
Figura 12- Esquema geral de fôrmas mistas ............................................................. 27
Figura 13 - Fôrma e estrutura em madeira - travamento metálico ............................. 28
Figura 14 - Escoramento em madeira ........................................................................ 33
Figura 15- Escoramento metálico ............................................................................... 34
Figura 16- Escoramento e forma metálica para lajes ................................................. 35
Figura 17- Escoramento e forma metálica para lajes ................................................. 36
LISTA DE GRÁFICOS
Figura 1- Laje mista pré-fabricada .............................................................................. 10
Figura 2- Lajes Nervuradas ........................................................................................ 11
Figura 3- Composição de lajes ................................................................................... 11
Figura 4- Esquema de cálculo das lajes ..................................................................... 13
Figura 5- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando travessões e guias . 18
Figura 6- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando as apenas guias ..... 19
LISTA DE TABELAS Tabela 1- Custo de estrutura ...................................................................................... 21
Tabela 2- Tipos de formas.......................................................................................... 22
Tabela 3- Dimensões usuais das tábuas ................................................................... 23
Tabela 4- Volume de concreto e área de forma para pilares ..................................... 38
Tabela 5- Volume de concreto e área de forma para as vigas ................................... 39
Tabela 6- Volume de concreto e área de forma para as lajes .................................... 41
Tabela 7- Quantitativo de forma – pilares .................................................................. 42
Tabela 8- Custo de forma – pilar ................................................................................ 43
Tabela 9- Quantitativo de forma – vigas ..................................................................... 53
Tabela 10- Custo de forma – vigas ............................................................................ 44
Tabela 11- Quantitativo de forma para laje - Escoramento em madeira .................... 44
Tabela 12- Custo de forma para laje - Escoramento em madeira .............................. 45
Tabela 13- Quantitativo de forma para laje - Escoramento metálico .......................... 45
Tabela 14- Custo de forma para laje - Escoramento metálico.................................... 46
Tabela 15- Sistemas de fôrmas metálicas para pilar – total da obra .......................... 46
Tabela 16- Sistemas de fôrmas metálicas para laje – total da obra ........................... 47
Tabela 17- Quantitativo de escoramento para lajes utilizando madeira ..................... 48
Tabela 18- Custo de escoramento para lajes utilizando madeira ............................... 48
Tabela 19- Quantitativo de escoramento para vigas utilizando madeira .................... 49
Tabela 20- Custo de escoramento para vigas utilizando madeira .............................. 49
Tabela 21- Quantitativos para escoramento metálico de vigas .................................. 50
Tabela 22- Custos de locação para escoramento metálico de vigas ......................... 49
Tabela 23- Quantitativos para escoramento metálico de lajes ................................... 51
Tabela 24- Custo de escoramento para vigas utilizando madeira .............................. 55
Tabela 25- Resumo dos sistemas de forma ............................................................... 50
Tabela 26- Resumo dos sistemas de escoramento ................................................... 56
Tabela 27 - 1º Opção - Escoramento e forma completo em madeira ......................... 58
Tabela 28 - 2º Opção - Escoramento metálico e forma em madeira .......................... 59
Tabela 29 - 3º Opção Forma mista e escoramento metálico para lajes e vigas ......... 60
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................... 9
1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 9
1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................... 9
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 10
2.1 DEFINIÇÃO DE LAJES ........................................................................................ 10
2.1.1 Tipos de Laje ..................................................................................................... 12
2.1.2 Cimbramento ou escoramento .......................................................................... 13
2.1.3 Formas .............................................................................................................. 15
2.1.4 Tipos de fôrmas ................................................................................................ 22
2.1.5 Complementos ................................................................................................. 25
2.1.6 Fôrmas metálicas ............................................................................................. 26
2.1.7 Fôrmas mistas ................................................................................................... 26
2.2 EXECUÇÃO DAS FÔRMAS ................................................................................. 28
2.2.1 Fôrmas de pilares ............................................................................................. 28
2.2.2 Fôrmas de vigas ............................................................................................... 30
2.2.3 Fôrmas de lajes ................................................................................................. 31
2.3 ESCORAMENTO DE FÔRMAS .......................................................................... 32
2.3.1 Escoramento de madeira .................................................................................. 32
2.3.2 Escoramento metálico ...................................................................................... 33
2.3.3 Escoramento e forma metálica para lajes ......................................................... 34
2.4 GERENCIAMENTO DO CANTEIRO DE OBRA ................................................... 35
3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 47
3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................... 47
3.2 TIPOLOGIA E CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS ADOTADOS .............................. 47
3.3 ESCOLHA DA PLANTA ....................................................................................... 48
3.3.1 Quantitativo da planta exemplo ......................................................................... 49
3.4 DADOS DE PRODUÇÃO DE CADA SISTEMA. .................................................. 52
3.4.1 Sistemas de formas em chapa de compensado plastificado ............................. 52
3.4.2 Sistemas de formas metálicas ........................................................................... 54
3.4.3 Sistemas de escoramento. ................................................................................ 55
3.5 PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO ................................................................... 57
3.5.1 Mão de obra e prazos de execução .................................................................. 57
3.5.2 Custos de execução .......................................................................................... 57
3.5.3 Custos totais ...................................................................................................... 58
3.5.4 Segurança do trabalho ...................................................................................... 58
4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ......................................................................... 47
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 59
7
1 INTRODUÇÃO
Diante do crescimento que a indústria da construção civil vem apresentando
nos últimos anos, a redução de custos e prazos que envolvem a construção de
determinado empreendimento é o que determina os resultados das empresas desse
setor. Com isso, os investimentos em conhecimento e novas tecnologias vem
ganhando importância, pois com essas inovações é possível minimizar os
desperdícios de materiais, aumentar a produtividade e mesmo assim reduzir os
gastos com mão de obra.
Assim sendo, é importante focar nas formas possíveis de melhorar o
desempenho, produtividade e qualidade dos serviços executados. O Brasil é um
Pais em plena expansão, onde a classe consumidora destes bens se adapta a um
mercado globalizado e exigente, com prazos de execução cada vez menores e o
produto final exigido com melhor padrão de qualidade.
Com isso, o capital humano é a peça base das empresas e suas habilidades
de desenvolver produtos e processos mais eficientes, são os diferenciais que
proporcionam vantagem competitiva de uma empresa em relação às demais. A
capacitação continua dos funcionários é extremamente importante, pois aquele
colaborador que não busca novas informações, processos e materiais acaba
ultrapassado em um curto espaço de tempo e essa desatualização impacta
diretamente no resultado da empresa.
Neste trabalho, estudaremos algumas opções disponíveis para executar as
fôrmas e escoramento dos pilares, vigas e lajes, uma vez que pode-se utilizar
estruturas em madeira e equipamentos metálicos para esse fim. Devido a
diversidade de sistemas disponíveis, é o profissional da área, o responsável por
optar por qual utilizara, e essa escolha dependera das características e condições
específicas do empreendimento. Isso porque, cada obra possui elementos e formas
arquitetônicas particulares, dificultando a utilização de um modelo padrão para
qualquer tipo de obra.
Quanto as lajes, a determinação de qual sistema que será utilizado é muito
significativa, pois dependendo da espessura de concreto e da quantidade de
pavimentos que tal evento irá se repetir pode proporcionar vantagens econômicas e
financeiras consideráveis. Essa compensação não é alcançada somente pelo lado
8
da economia de materiais, mas também pela rapidez proporcionada pelo método
construtivo.
Atualmente existem diversos sistemas de escoramento que se empregam na
execução de lajes planas moldadas “in loco” armadas, protendidas ou mistas. Onde
cada sistema possui sua especificidade de aplicação com vantagens e
desvantagens. As ferramentas de cálculo (programas) auxiliam no processo de
análise e aceleram a produtividade no detalhamento dos projetos. No entanto, cabe
ao engenheiro da obra escolher a opção mais adequada para uso, avaliando
cronograma, necessidades e tipo de obra.
Frente ao constante desenvolvimento tecnológico, levando em consideração
os critérios técnicos e econômicos, é necessário buscar métodos construtivos mais
rápidos e com boa qualidade. Para a comparação entre os sistemas torna-se
necessário um estudo sobre os vários métodos construtivos de lajes planas através
da comparação entre os diferentes sistemas em uso.
Pretende-se com este estudo analisar os sistemas de forma individual, numa
mesma situação e apresentar os resultados de maneira que possibilite uma
estimativa de custos aos profissionais da construção civil, servindo de referência na
tomada de decisão por qual sistema utilizar.
9
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral O objetivo geral deste trabalho é reunir informações e dados técnicos que
permitam a análise comparativa entre os sistemas de escoramento e fôrma
disponíveis no mercado para execução de lajes planas e pilares. As opções a serem
analisadas são o escoramento em madeira ou escoramento metálico e a opção de
fôrmas em madeira ou fôrmas metálicas.
1.1.2 Objetivos específicos
Os objetivos específicos são:
- Realizar uma breve revisão bibliográfica para os sistemas adotados,
descrevendo suas principais características;
- Apontar as suas vantagens e desvantagens;
- Desenvolver um estudo técnico comparativo de custo e eficiência entre 3
sistemas de escoramento e forma nos pavimentos tipo de um edifício com 35
repetições idênticas.
10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 DEFINIÇÃO DE LAJES
A laje é um dos mais conhecidos elementos estruturais assim como a viga e
o pilar. Ela está presente nas construções desde a antiguidade, mas vem sofrendo
um grande processo evolutivo ao longo desse período (ANDRIOLO, 1984).
Segundo a ABNT NBR 6118:2014, item 14.4.2.1 as lajes ou placas são
“elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais a seu plano.
As placas de concreto são usualmente denominadas lajes”.
Segundo Di Pietro (2000, p.45):
[...] lajes ou placas são os elementos planos das edificações (horizontais ou inclinados), de estrutura monolítica e de altura relativamente pequena e que são caracterizadas por duas dimensões: sua largura e seu comprimento, predominantes em relação à sua altura e servem para separar os diversos pisos de um edifício.
Atualmente, arquitetos e engenheiros possuem um enorme leque de opções
de lajes, que podem adaptar-se às mais variadas necessidades. Dos maiores aos
menores vãos, das ortogonais às curvas, pré-moldadas ou fabricadas in loco,
translúcidas ou maciças, plissadas ou nervuradas (SILVA, 1998).
Entende-se por definição projetual de uma laje a concepção do espaço, este
definido por um plano de apoio – a laje – sobre o qual iremos construir e elaborar
este espaço (DI PIETRO, 2000).
Figura 1- Laje mista pré-fabricada
Fonte: Silva (1998)
11
Figura 2- Lajes Nervuradas
Fonte: Silva (1998)
As placas de concreto são usualmente denominadas lajes e a norma
estipula que lajes com espessura maior que 1/3 do vão devem ser estudadas como
placas espessas. As prescrições sobre as lajes estão contidas nos itens 13.2.4,
13.2.5.2, 13.3, 14.7, 19 e 20 da NBR-6118/2014 (ABNT, 2014).
Quanto a composição das lajes, pode ser de acordo com a figura 3:
Figura 3- Composição de lajes
Fonte: Silva (1998)
As lajes, na maioria das vezes, destinam-se a receber as cargas verticais
que atuam nas estruturas de um modo geral, transmitindo-as para os respectivos
apoios, que comumente são vigas localizadas em seus bordos, podendo ocorrer
também a presença de apoios pontuais (pilares) (SILVA, 1998).
12
2.1.1 Tipos de Lajes
Na prática, existem diferentes tipos de lajes que são empregadas nas obras
de um modo geral, sendo que podem ser classificadas da seguinte forma segundo
Silva (1998, p.12):
- Quanto a sua composição e forma;
- Quanto ao tipo de apoio;
- Quanto ao esquema de cálculo.
a) Quanto a sua composição e forma, as lajes podem ser:
- Lajes mistas pré-fabricadas: são todas aquelas cujas partes constituintes
são fabricadas em larga escala por indústrias. Existem diversos tipos, sendo as mais
usadas as lajes com vigotas treliçadas e as com vigotas de concreto armado. Podem
ainda ser classificadas como unidirecionais (nervuras principais em uma única
direção), bidirecionais (nervuras em duas direções).
- Lajes mistas moldadas na obra: são montadas sobre um tablado, e além
das armaduras recebem também peças de um elemento inerte, chamado de caixão
perdido (geralmente de material cerâmico ou poliestireno expandido - EPS).
- Lajes maciças: São constituídas integralmente de concreto armado, a partir
do lançamento do concreto sobre as barras de aço posicionadas sobre um tablado.
Elas podem ser armadas em uma só direção com a armação resistente disposta,
sempre que possível, na direção do vão menor da laje, ou armadas em cruz, isto é,
nas duas direções, e apoiadas em todo o perímetro.
- Lajes nervuradas: o sistema de laje nervurada tem sua origem em 1854,
quando William Boutland Wilkinson patenteou um sistema em concreto armado de
pequenas vigas regularmente espaçadas, onde os vazios entre as nervuras foram
obtidos pela colocação de moldes de gesso, sendo uma fina capa de concreto
executada como plano de piso.
Quanto ao esquema de cálculo, as lajes podem ser de acordo com a figura 4:
13
Figura 4- Esquema de cálculo das lajes
Fonte: Di Pietro (2000)
Para o emprego da maioria dos processos de cálculos correntes, é
necessário que cada painel individual de laje apresente as condições de bordo bem
definidas.
A determinação dos esforços solicitantes nas lajes envolve modelos
matemáticos complexos de cálculos de placas, sendo portanto de utilização pouco
prática. Assim, é comum a utilização de processos simplificados que permitem a
determinação dos esforços solicitantes nas lajes, sendo que os mesmos devem
atender às prescrições da NBR 6118 (ABNT, 2014).
A análise do comportamento estrutural pode ser efetuada pelo método de
análise linear, com ou sem redistribuição dos esforços, análise plástica e a análise
não-linear a saber de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014):
2.1.2 Cimbramentos ou escoramento
Segundo Moliterno (1997) designa-se escoramento toda estrutura provisória,
removível posteriormente e/ou perdida na terra ou no concreto quando utilizada para
a sustentação de um trecho maciço de solo, ou junto a uma construção existente
para permitir a execução de uma escavação adjacente e demais trabalhos
correlatos, geralmente localizados abaixo do nível do terreno natural.
A fase de maior risco de um escoramento ocorre durante a sua execução,
pois quando se projeta considera-se mais o serviço acabado e em funcionamento.
Inúmeras ocorrências e fatalidade, em obras de escavação de valas e subsolos, têm
14
ocorrido apesar de todos os cuidados técnicos e dispositivos de segurança adotados
na fase de execução do escoramento. Na maior parte dos casos houve a
interferência posterior da presença de água, não detectada durante a escavação,
casos de arrebatamento de tubulações por vibração do terreno com o impacto das
escavadeiras ou alterações das pressões passivas nas pranchas, provocada por
drenagem das valas, ou mesmo pela descompressão do fundo devido a escavação.
(RIPPER, 1995).
Os materiais mais usados para os ecoramentos são: madeira roliça, madeira
serrada e perfis metálicos ou peças tubulares. Em pilares deve-se prever
contraventamento segundo duas direções perpendiculares entre si (geralmente é
feito só em uma direção). Devem ser bem apoiadas no terreno em estacas
firmemente batidas ou nas fôrmas da estrutura inferior. É necessário cuidado na
fixação dos contraventamentos, onde se erra muito, aplicando-se somente um ou
dois pregos. Os contraventamentos podem receber esforços de tração e por este
motivo devem ser bem fixados com bastante pregos nas ligações com a fôrma e
com os apoios no solo. No caso de pilares altos, prever contraventamento em dois
ou mais pontos de altura. Em contraventamentos longos prever travessas com
sarrafos para evitar a flambagem (RIPPER, 1996).
Em vigas e lajes deve-se verificar se as fôrmas tem as amarrações,
escoramentos e contraventamentos (escoras laterais inclinadas) suficiente para não
sofrerem deslocamentos ou deformações durante o lançamento do concreto. As
distâncias máximas de eixo a eixo de acordo com Ripper (1996, p.47)são as
seguintes:
a. Para gravatas: 0,6 a 0,8 m
b. Para caibros horizontais das lajes: 0,5 m
c. Entre mestras ou até apoio nas vigas: 1 a 1,2 m
d. Entre pontaletes das vigas e mestras das lajes: 0,8 a 1 m
Cuidado especial nos apoios dos pontaletes sobre o terreno para evitar o
recalque e, em consequência, flexão nas vigas e lajes. Quanto mais fraco o terreno,
maior a tábua, ou, melhor ainda, duas tábuas ou pranchas, para que a carga do
pontalete seja distribuída em uma área maior (SAMPAIO, 1998).
Nas fôrmas laterais das vigas (principalmente no caso de vigas altas) a das
paredes (muros de arrimo, cortinas) não é suficiente a armação com escoras
verticais e horizontais, ancoradas através do espaço interior das fôrmas com arame
15
grosso ou ferro redondo fino, é necessário prever também um bom escoramento
lateral com mãos francesas entre a parte superior da escora vertical e a travessa do
pontalete ou contra o piso ou terreno, conforme o caso. Nas paredes altas deve-se
prever mãos francesas em diversas alturas. Este escoramento lateral inclinado evita
um empenamento das fôrmas sob pressão do concreto fresco e garante um perfeito
alinhamento da peça. Assim se evitam as desagradáveis "barrigas" ou superfícies
tortas. Nas vigas de grandes vãos deve-se prever contra flechas que, quando não
indicadas no projeto, podem ser executadas com cerca de 1/300 do vão (RIPPER,
1995).
2.1.3 Formas
Pode-se dizer que o sistema de fôrmas‚ constituído pelos seguintes
elementos: molde, estrutura do molde, escoramento (cimbramento) e peças
acessórias (RIPPER, 1996).
Molde é o que caracteriza a forma da peça, e segundo Fajersztajn (1987), o
elemento que entra em contato direto com o concreto, definindo o formato e a
textura concebidas para a peça durante o projeto. É constituído genericamente por
painéis de laje, fundos e faces de vigas e faces de pilares.
Estrutura do Molde é o que dá sustentação e travamento ao molde e,
segundo Fajersztajn (1987)‚ destinada a enrijecer o molde, garantindo que ele não
se deforme quando submetido aos esforços originados pelas atividades de armação
e concretagem, podendo ter diferentes configurações em função do sistema de
fôrmas e da peça considerada. É constituído comumente por gravatas, sarrafos
acoplados aos painéis e travessões.
Escoramento (cimbramento) é o que dá apoio á estrutura da fôrma. É o
elemento destinado a transmitir os esforços da estrutura do molde para algum ponto
de suporte no solo ou na própria estrutura de concreto (Fajersztajn 1987).
constituído genericamente por guias, pontaletes e pés-direitos.
Acessórios - componentes utilizados para nivelamento, prumo e locação das
peças, sendo constituídos comumente por aprumadores, sarrafos de pé-de-pilar e
cunhas.
Na produção da estrutura de edifícios emprega-se a madeira em fôrmas de
lajes, vigas e pilares, escadas, caixas d'água, entre outros.
16
Para a execução dos moldes desses elementos atualmente empregam-se
tábuas, mas principalmente chapas de madeira compensada.
As tábuas empregadas em geral são de pinho de 3ª linha industrial ou de
construção, com as dimensões de 2,5cm de espessura e 30,0cm de largura, sendo
de 4,00m o comprimento mais comum.
O painel de madeira compensada pode se apresentar com diferentes
características, dadas em função da sua espessura e do material de proteção
aplicado à sua superfície durante a fabricação. Os mais usuais são os de
acabamento resinado, cuja proteção ‚ dada apenas por uma camada de resina
permeável, o que limita sua reutilização em duas ou três vezes, no máximo; e os de
acabamento plastificado, cuja resina aplicada em sua superfície possibilita maior
número de reutilizações dos painéis, que pode variar de 10 a 40 vezes em função da
espessura da película da resina aplicada. Além disso, o painel com acabamento
plastificado pode se apresentar com as bordas seladas ou não, o que também
interfere no número de reutilizações (RIPPER, 1996).
Os compensados apresentam-se com diferentes espessuras, sendo as de
maior emprego como fôrmas de estrutura os de 6,0mm, 10,0mm, 12mm, 18mm,
20mm e 25mm. Quanto á sua largura e comprimento são modulados, sendo que os
painéis resinados apresentam-se nas dimensões de 1,10m x 2,20m e os
plastificados com 1,22m X 2,44m (devido à exportação) (FAJERSZTAJN, 1987).
Para a execução da estrutura do molde comumente são utilizados tábuas
(2,5X30,0cm), sarrafos (2,5X5,0cm; 2,5X10,0cm) e caibros ou pontaletes
(5,0X6,0cm ou 7,5X7,5cm), espaçados de maneira que o molde, com uma
determinada espessura, suporte o carregamento previsto, ou seja, o espaçamento é
dimensionado considerando-se a interação da espessura do molde com o
carregamento (RIPPER, 1995).
No escoramento são empregados usualmente pontaletes de 7,5x7,5cm de
pinho ou de peroba, com até 4,0m ou no máximo 5,0m de comprimento, ou
emprega-se também madeira roliça (eucalipto), com até 20,0m de comprimento. No
caso do escoramento é possível empregar-se ainda escoras metálicas, disponíveis
nos mais diferentes comprimentos. Seja qual for o material empregado neste
elemento da fôrma, o mesmo deverá estar apoiado em local com resistência
suficiente para o recebimento das cargas da estrutura (solo ou estrutura já pronta),
devendo também serem adequadamente contraventados (HELENE, 1998).
17
Os acessórios, por sua vez, são elementos que devem propiciar que a
desforma da estrutura ocorra sem que esta sofra choques, sendo comum o emprego
de cunhas de madeira e caixas de areia colocadas nos "pés" dos pontaletes e pés-
direitos.
Principais Materiais Utilizados para a Produção de Fôrmas de acordo com
Ripper (1996), são:
a) MOLDE: ‚ comum o emprego de: - madeira na forma de tábua ou de
compensado;
- materiais metálicos - alumínio e aço; e ainda, - outros materiais como o
concreto, a alvenaria, o plástico e a fôrma incorporada (por exemplo, o poliestireno
expandido).
b) ESTRUTURA DO MOLDE: comum o emprego de: - madeira aparelhada,
na forma de treliça ou perfis de madeira colada;
- materiais metálicos: perfil dobrado de aço, perfis de alumínio, ou treliças;
- mistos: ou seja, uma combinação de elementos de madeira e elementos
metálicos.
c) ESCORAMENTOS: comum o emprego de:
- madeira bruta ou aparelhada;
- aço na forma de perfis tubulares extensíveis e de torres.
d) ACESSÓRIOS: comum a utilização de elementos metálicos (aço) e
cunhas de madeira.
As fôrmas são estruturas provisórias, porém, são ESTRUTURAS e como tais
devem ser concebidas.
Os esforços atuantes em quaisquer peças constituintes do sistema de
fôrmas são dados por:
- peso próprio das fôrmas;
- peso do concreto e do aço;
- sobrecarga: trabalhadores, jericas, outros equipamentos;
- empuxo adicional devido à vibração
Definido o esforço atuante, tem-se que o mesmo:
a) atua sobre o painel que constitui o molde, isto sobre a chapa de madeira,
de compensado, metálica ou mista;
b) a chapa do molde ‚ enrijecida por um reticulado de barras (estrutura do
molde);
18
c) complementando e equilibrando a estrutura do molde tem-se as escoras
(pontaletes e pés-direitos) transmitindo a carga para o solo ou para a estrutura já
executada, características da fôrma de laje, elementos principais: painéis,
travessões, guias, pés-direitos, talas, cunhas e calços.
Ainda com relação as lajes, pode-se dizer que existem variações do
processo tradicional, ou seja, é comum a substituição da laje de concreto moldada
no local (maciça ou nervurada) por componentes pré-fabricados, como por exemplo,
por lajes mistas e pré-lajes.
Estes tipos de lajes podem ser entendidos como um avanço do processo de
produção, na medida em que sua execução, quando bem planejada, pode implicar
em elevado nível de racionalização do processo produtivo, uma vez que otimizam o
emprego dos materiais e diminuem consideravelmente a utilização de fôrmas e
escoramentos na obra.
As figuras 5 e 6, apresentam um esquema de escoramento para laje maciça,
onde no primeiro caso utiliza-se o barroteamento e no segundo somente as guias.
Na figura 7 esta representado o escoramento de uma laje mista onde o bloco
cerâmicos é utilizado para preenchimento e assim reduzir o volume de concreto
utilizado na execução da lajes.
Figura 5- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando-se travessões e guias
Fonte: Ripper (1996)
19
Figura 6- Esquema de fôrma convencional para laje, utilizando-se apenas guias
Fonte: Fajersztajn (1987)
Figura 7- Esquema de laje mista com blocos cerâmicos
Fonte: Fajersztajn (1987)
20
Os parâmetros para escolha ou projeto do sistema de fôrmas segundo
Fajersztajn (1987, p.10) são:
- considerar as especificações de acabamento superficial: concreto aparente
ou não, textura, juntas necessárias, etc.;
- levar em conta as características do projeto da estrutura: formato regular
ou não, modulação, vãos;
- cronograma de execução da estrutura: considerar o número de laje/mês; a
ser executadas;
- disponibilidade de materiais regionais: por exemplo, executar o
escoramento com eucalipto, em função da disponibilidade deste material no local em
que se está executando a obra;
- disponibilidade de equipamento para movimentação das fôrmas;
- espaço para fabricação em canteiro; espaço para pátio (central) de fôrmas;
- porte do empreendimento: que reflete, por exemplo, na validade ou não de
se investir num jogo de fôrmas metálicas ou em um segundo jogo de fôrmas para
acelerar a obra.
Alguns fatores devem ser observados, comparados e levados em
consideração, para a escolha de qual sistema de formas utilizar na execução das
lajes, entre eles podemos citar:
- fabricação no canteiro X no local da concretagem;
- montagem de uma central de produção X produção em cada obra;
- fôrma pré-fabricada X fôrma produzida em obra;
- comprar X alugar
Os principais sistemas de fôrma metálica modulares para execução de lajes
são:
- Fôrma TOPEC SH é uma fôrma para execução de lajes em concreto
armado, composta por painéis de alumínio forrados com compensado plastificado
(SH, 2014).
- Fôrma Deck Light MILLS é composto de painéis modulares estruturados
em alumínio, forrados com compensado de 9mm (MILLS, 2014).
- Dokadek 30 – DOKA é um sistema manual sem vigas em painel de aço,
revestido com chapa de madeira e plástico e com pintura eletrostática. O Dokadek
30 conjuga as vantagens de uma forma de até 3 m² para lajes, com a rapidez e
flexibilidade do Dokaflex, equipamento menor e de fácil manuseio (DOKA, 2014).
21
Na execução dos pilares, a madeira sempre foi usada como molde e
estrutura para dar forma e suporte aos elementos de concreto até a sua
solidificação. Além da madeira, que pode ser reutilizada várias vezes, tem sido
difundido, ultimamente, o uso de fôrmas metálicas e mistas, combinando elementos
de madeira com peças metálicas, plásticos, papelão e pré-fabricados. Os principais
sistemas de fôrma metálica modulares para execução de pilares disponíveis no
mercado são:
Fôrma SL 2000 - esse modelo de painel metálico é estruturados com perfis
de aço e forrado com compensado plastificado (MILLS, 2014).
Fôrma Concreform SH - esse é composto por um chassis de aço
galvanizado forrados em compensado plastificado (SH, 2014).
Formas Peri – PERI- formas modulares estruturadas em aço e forradas com
compensado (PERI, 2014).
Na construção civil, segundo Fajersztajn (1987) a definição de qual sistema
será utilizado para executar a obra parte de um consenso entre a equipe de
engenheiros, encarregados e mestres, pois existem inúmeras variáveis que vão
desde o custo de aquisição dos materiais até o tempo de execução. Na tabela 1
podemos observar em evidencia os custos médios por metro cúbico gastos com a
execução da forma e também os principais itens da execução da estrutura.
Tabela 1- Custo de estrutura
C u sto d a s fo rm a s n a o b ra 6 %
C u sto d a e stru tu ra 1 5 % d o c u sto d a o b ra
A rm a d u ra s 3 0 %C o n c re to 3 0 %fo rm a s 4 0 % ( a té 6 re a p ro v e ita m e n to s)
1 m 3
Fonte: Fajersztajn (1987)
Pouca atenção é dada para os custos decorrentes da fabricação, montagem
e desmontagem das fôrmas na obra, mas, quando esses são somados junto ao
escoramento, segurança do trabalhador, certificação ambiental do produto utilizado
e demais itens, percebesse a necessidade de um estudo sobre a possibilidade de se
utilizar novas tecnologias ou processos para melhora do processo.
22
2.1.4 Tipos de fôrmas
Em geral as fôrmas são classificadas de acordo com o material e por sua
utilização, levando em conta o tipo de obra. Na tabela abaixo são mostradas as
possibilidades do uso das fôrmas (RIPPER, 1995).
Tabela 2- Tipos de formas
Tipos de fôrmas Material Indicação (tipo de obra)
Convencional Madeira Pequenas obras particulares e detalhes específicos
Moduladas Madeira e mistas Obras repetitivas e edifícios altos
Trepantes Madeira, metálicas e mistas
Torres, barragens e silos
Deslizantes verticais Madeira, metálicas e mistas
Torres e pilares altos de grande seção
Deslizantes horizontais Metálicas Barreiras, defensas e guias
Fonte: Fajersztajn (1987)
– Fôrmas em madeira serrada
Muitas são as razões para as fôrmas de madeira terem seu uso difundido na
construção civil. Entre elas estão: o uso de equipamentos e complementos pouco
complexos e relativamente baratos (serras manuais e mecânicas, furadeiras,
martelos etc.); boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e
armazenagem); ser de material reciclável e renovável. As restrições ao uso de
madeira como elemento de sustentação e de molde para concreto armado se
referem ao tipo de obra e condições de uso, como por exemplo: pouca resistência
nas ligações e emendas; grandes deformações quando submetida a variações
bruscas de umidade; e ser inflamável (DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA
CIVIL DA UFPR, 1997).
As fôrmas podem ser feitas de tábuas de pinho (araucária – pinheiro do
Paraná); cedrinho (cedrilho); jatobá e pinus (não-recomendado). O pinho usado na
23
construção é chamado de pinho de terceira categoria ou 3ª construção ou IIIªC.
Normalmente, as tábuas são utilizadas nas fôrmas como painéis laterais e de fundo
dos elementos a concretar. Algumas madeireiras podem fornecer, ainda, pinho tipo
IVª Rio com qualidade suficiente para serem usadas como fôrmas na construção
(RIPPER, 1996).
Normalmente a nomenclatura utilizada no mercado para a descrição das
tábuas é a polegada. Na tabela 3 estão apresentadas os principais produtos
disponíveis no mercado juntamente com as dimensões.
Tabela 3- Dimensões usuais das tábuas
L
E
C
Dimensões usuais das tábuas
1x41x61x9
1x12
Espessura (E)polegada (cm)Nomenclatura
1 (2,54)
Largura Lpolegada (cm)
4 (10,16)6 (15,24)9 (22,86)
12 (30,48)
Comprimento C(metro)
Básico 4,20comercia l 3,90comercia l 3,60comercia l 3,30
Fonte: Fajersztajn (1987)
– Fôrmas em chapa compensada
Normalmente usadas em substituição às tábuas nos painéis das fôrmas dos
elementos de concreto armado. São apropriadas para o concreto aparente,
apresentando um acabamento superior ao conseguido com painéis de tábuas. Nas
obras correntes são utilizadas chapas resinadas, por serem mais baratas e nas
obras onde se requer melhor acabamento, exige-se o uso de chapas plastificadas,
que embora de maior custo, obtém-se um maior número de reaproveitamento
(KLOSS, 1996).
No caso da utilização de chapas é recomendável estudar o projeto de
fôrmas a fim de otimizar o corte de maneira a reduzir as perdas. As bordas cortadas
devem ser pintadas com tinta apropriada para evitar a infiltração de umidade e
elementos químicos do concreto entre as lâminas, principal fator de deterioração das
chapas (PETRUCCI, 1979).
24
Na figura 8, encontram-se discriminadas as dimensões das chapas de
compensado disponíveis no mercado, juntamente com o numero médio de
reaproveitamentos possíveis para cada tipo de material.
Figura 8 - Dimensões das chapas compensadas
Dimensões das chapas compensadas
Padrão alemão = 1,10 m x 2,20 m
Padrão inglês = 1,22 m x 2,44 m (4’x8’)
Espessuras comerciais (mm)
6, 8, 10, 12, 15, 20
Número de reaproveitamentos
Resinados
Plastificados
mais de 5 por face (10x)
mais de 15 por face (30x)
Fonte: Fajersztajn (1987)
– Estruturação da fôrma
Dependendo do tamanho do molde a fôrma de compensado ou tábuas
devera ser estruturada. Geralmente a estruturação da fôrma é feita com madeira e
tem por finalidade aumentar a segurança na execução da concretagem da peça . A
figura 9 representa um modelo de como um molde feito com chapas de
compensando pode ser estruturado.
25
Figura 9 - Dimensões das chapas compensadas
Ripas de 1”x2”
A
A
Corte AA
Chapa compensada 1,10x2,20 m
Fonte: Fajersztajn (1987)
A espessura da chapa e as dimensões das ripas variam de acordo com a
necessidade e pressão solicitada pela peça. Para execução de algumas estruturas
pode-se utilizar de alguns complementos como peças metálicas ou ainda sistemas
mistos de peças de madeira e metálica (PETRUCCI, 1979).
2.1.5 Complementos
Os complementos e acessórios são utilizados para reforçar e travar os
moldes feitos de tábuas ou de chapas compensadas. Essas peças podem ser
peças únicas de madeira ou metálicas ou, ainda conjuntos de peças de madeira e
metal, como por exemplo: guias, talas de emenda, cunhas, placas de apoio,
chapuzes, gravatas, escoras (mão-francesa), espaçadores e tirantes conforme figura
10. Nos casos das peças de madeira, pode-se usar: sarrafos de ½”x2”; ripas de
1”x2”, 1”x3”; caibros de 2”x3”, 3”x4”, 2”x4”, 4”x5”; pontaletes de 2”x2”, 3”x3”, 4”x4” etc
(PETRUCCI, 1979).
26
Figura 10 - Espaçador e tirante
Espaçador com cone Espaçador bloco vazado
Tirante arame retorcido Tirante vergalhão encunhado
Tirante com chapa e ponta rosqueável Tirante rosqueado nas duas pontas
Fonte: Fajersztajn (1987)
2.1.6 Fôrmas metálicas
As formas metálicas são basicamente painéis estruturados em aço e
forrados com chapas de compensado. Não existe um padrão determinado para esse
tipo de material, então cada fornecedor apresenta o seu produto com características
e nomenclatura particulares. Na figura 11 esta representado a montagem das formas
da empresa Peri, e na figura 12 o material da empresa SH.
Figura 11 - Fôrma metálica para pilar
Fonte: Peri (2014)
27
Figura 12- Fôrma metálica para pilar
Fonte: SH (2014)
Esse tipo de equipamento independente do fornecedor, possui grande
semelhança entre si, inclusive os valores de locação e compra são próximos.
Embora exijam maiores investimentos, as vantagens do uso de fôrmas metálicas
dizem respeito a sua durabilidade (PETRUCCI, 1979).
2.1.7 Fôrmas mistas
Geralmente são compostas de painéis de madeira com travamentos e
escoramentos metálicos conforme figura 13. As partes metálicas têm boa
durabilidade desde que bem cuidadas, já as peças em madeira têm sua durabilidade
restrita a uma obra em particular ou com algum aproveitamento para outras obras
(PETRUCCI, 1979).
28
Figura 13 - Fôrma e estrutura em madeira e travamento metálico
Fonte: própria (2014)
2.2 EXECUÇÃO DAS FÔRMAS
Para a execução de fôrmas na obra, alguns cuidados devem ser levados em
conta previamente a elaboração das fôrmas, como por exemplo: o recebimento e
estocagem das peças brutas de madeira e dos compensados; a existência do
projeto estrutural completo com a indicação das prumadas e embutidos das
instalações prediais (água, esgoto, elétrica, telefone etc.) e do projeto de fôrmas; e,
preferencialmente, a existência de uma carpintaria (central de fôrmas) com todos os
equipamentos e bancadas necessários. Além disso, deve-se seguir as seguintes
condições de acordo com Silva (1998, p.13):
a) Obedecer criteriosamente à planta de fôrmas do projeto estrutural;
b) Serem dimensionadas para resistir aos esforços:
� Peso próprio das formas;
� Peso próprio das armaduras e do concreto;
� Peso próprio dos operários e equipamentos;
� Vibrações devido ao adensamento;
29
c) As fôrmas devem ser estanques, não permitindo a passagem de
argamassa pelas frestas das tábuas;
d) Devem ser executadas de modo a possibilitar o maior número possível
de reutilizações, proporcionando economia no material e mão-de-obra.
2.2.1 Fôrmas de pilares
Os cuidados iniciais na execução de fôrmas para os pilares dizem respeito a
necessidade de maior atenção na transferência dos eixos do piso anterior (no caso
de edificação com pavimento tipo) para a laje em execução e do nível de referência,
de forma a garantir a geometria da obra (prumos e níveis) exatamente como está
prevista no projeto. Em geral a sequência de procedimentos na execução de pilares
de acordo com Silva (1998, p.13) são:
- eixos e nível transferidos para a laje (conferidos e liberados com trena
metálica);
- marcar e fixar os gastalhos nos tacos (colocados na concretagem) a partir
dos eixos sem se preocupar com o nível;
- apicoar o concreto na base interna do gastalho a fim de remover a nata de
cimento;
- fixar um pontalete guia, travando no gastalho e aprumando de acordo com
os eixos (2 escoras em mão-francesa);
- colocar as formas (3 faces) do pilar, cuidando para que fiquem
solidarizadas no gastalho e aprumadas no pontalete guia;
- verificar o nível do conjunto marcando no pontalete guia a altura do pilar;
- a cada operação conferir prumo, nível e ortogonalidade do conjunto
(usando esquadro metálico);
- passar desmoldante nas faces internas das fôrmas (caso já tenha sido
usada);
- conferir e liberar para colocação e montagem da armadura;
- depois de colocada a armadura e todos os embutidos (prumadas, caixas
etc.) posicionar as galgas e espaçadores a fim de garantir as dimensões internas e o
recobrimento da armadura;
30
- prever janela de inspeção e limpeza em pilares com mais de 2,5 m de
altura;
- executar o travejamento da fôrma por meio de gravatas, tirantes, tensores,
encunhamentos etc., de acordo com as dimensões dos painéis e da carga de
lançamento a suportar;
- conferir todo o conjunto e partes e liberar para concretagem, verificando
principalmente: prumo, nível, imobilidade, travejamento, estanqueidade, armaduras,
espaçadores, esquadro e limpeza do fundo.
2.2.2 Fôrmas de vigas
As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares ou
no conjunto de fôrmas pilares, vigas e lajes para serem concretadas ao mesmo
tempo. O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das cabeças dos pilares com
apoios intermediários em garfos ou escoras. Em geral os procedimentos para
execução de fôrmas de vigas são os seguintes de acordo com Andriolo (1984, p.10):
- depois de limpos os painéis das vigas, deve-se passar desmoldante com
rolo ou broxa (providenciar a limpeza logo após a desmoldagem dos elementos de
concreto, armazenando os painéis de forma adequada para impedir empenamento);
- lançar os painéis de fundo de vigas sobre a cabeça dos pilares ou sobre a
borda das fôrmas dos pilares, providenciando apoios intermediários com garfos
(espaçamento mínimo de 80 cm);
- fixar os encontros dos painéis de fundo das vigas nos pilares cuidando pra
que não ocorram folgas (verificar prumo e nível);
- nivelar os painéis de fundo com cunhas aplicadas nas bases dos garfos e
fixando o nível com sarrafos pregados nos garfos (repetir nos outros garfos até que
todo o conjunto fique nivelado);
- lançar e fixar os painéis laterais;
- conferir e liberar para colocação e montagem da armadura.
- depois de colocada a armadura e todos os embutidos (prumadas, caixas
etc.) posicionar as galgas e espaçadores a fim de garantir as dimensões internas e o
recobrimento da armadura;
31
- dependendo do tipo de viga (intermediária ou periférica) executar o
travejamento da fôrma por meio de escoras inclinadas, chapuzes, tirantes, tensores,
encunhamentos etc., de acordo com as dimensões dos painéis e da carga de
lançamento a suportar;
- conferir todo o conjunto e partes e liberar para concretagem, verificando
principalmente: alinhamento lateral, prumo, nível, imobilidade, travejamento,
estanqueidade, armaduras, espaçadores, esquadro e limpeza do fundo.
2.2.3 Fôrmas de lajes
Os procedimentos para lançamento das fôrmas das lajes dependem do tipo
de laje que vai ser executada e geralmente fazem parte do conjunto de atividades da
execução das fôrmas de vigas e pilares. A exceção de lajes premoldadas que são
lançadas a posteriori da concretagem das vigas é usual, nos demais casos, (pré-
fabricadas, moldadas in loco, celulares etc.) providenciar a execução dos moldes em
conjunto com as vigas, para serem solidarizadas na concretagem. Os procedimentos
usuais para lajes maciças são os seguintes segundo Andriolo (1984, p.22):
- lançar e fixar as longarinas apoiadas em sarrafos guias pregados nos
garfos das vigas;
- providenciar o escoramento mínimo para as longarinas por meio de
escoras de madeira ou metálicas (1 a cada 2 metros);
- lançar o assoalho (chapas compensadas ou tábuas de madeira) sobre as
longarinas;
- conferir o nível dos painéis do assoalho fazendo os ajustes por meio
cunhas nas escoras ou ajustes nos telescópios;
- fixar os elementos laterais a fim de reduzir e eliminar as folgas e pregar o
assoalho nas longarinas;
- verificar a contra flecha e se for o caso de laje-zero, nivelar usando um
aparelho de nível (laser) a fim de garantir a exatidão no nivelamento;
- travar o conjunto todo;
- limpar e passar desmoldante;
- conferir nos projetos das instalações os pontos de passagens, prumadas,
caixas, embutidos etc.;
32
- liberar para execução da armadura;
- conferir todo o conjunto e partes antes de liberar para concretagem,
verificando principalmente: nivelamento, contra flecha, alinhamento lateral,
imobilidade, travejamento, estanqueidade, armaduras, espaçadores, esquadro e
limpeza do fundo.
2.3 ESCORAMENTO DE FÔRMAS
Os painéis de fundo de vigas e de lajes devem ser perfeitamente escorados
a fim de que seus pés-direitos sejam garantidos e não venham a sofrer desníveis e
provocar deformações nos elementos de concreto. Os escoramentos podem ser
executados em madeira ou metálicos.
2.3.1 Escoramento de madeira
As escoras, também chamadas de pontaletes, são peças de madeira
beneficiadas que são colocadas na vertical para sustentar os painéis de lajes e de
vigas. Atualmente, são muito utilizadas escoras de eucalipto ou bragatinga (peças
de seção circular com diâmetro mínimo de 8 cm e comprimentos variando de 2,40 a
3,20 m). No caso de pontaletes de seção quadrada as dimensões mínimas são: de
2”x2” para madeiras duras e 3”x3” para madeiras menos duras.
As guias e barroteamento nesse caso, também são executadas em madeira,
e o espaçamento entre linhas esta ligado diretamente com a espessura da laje e da
forma da laje e vigas.
Os pontaletes ou varas devem ser inteiros, sendo possível fazer emendas
segundo os critérios estabelecidos na norma de fôrmas e escoramentos para
estruturas de concreto - projeto, dimensionamento e procedimentos executivos
NBR-15696 (ABNT, 2014). As escoras deverão ficar apoiadas sobre calços de
madeira assentados sobre terra apiloada ou sobre contrapiso de concreto, ficando
uma pequena folga entre a escora e o calço para a introdução de cunhas de madeira
conforme representado na figura 14.
33
Figura 14- Escoramento em madeira
Fonte: M adeirit
longarina
cunha
escora
tirante
cunha
M ão-francesaprum o
tensor
gasta lho
Sarrafonivelam ento
Painel dala je
garfo
guia
gravata
Fonte: Madeirit apud Fajersztajn (1987)
2.3.2 Escoramento metálico
O Escoramento metálico pode ser constituído de torres de andaime
modulares e acessórios como sapatas ajustáveis ou fixas, diagonais de travamento
e suportes. Também são utilizadas escoras tubulares extensíveis com ajuste
telescópio de 15 cm e intermediário com rosca, essas possuem uma chapa soldada
na base superior e outra na base inferior, que servem como apoio. Os acessórios
para escoras são basicamente o suporte T para o escoramento de fundo de vigas e
suporte U (simples ou duplo) usado para apoio de guias e barroteamento.
As guias e barroteamento para esse tipo de montagem são executadas em
aço ou alumínio ou misto, essa definição se dará a partir do material disponível, das
cargas solicitadas e das condições de execução da obra. Na figura 15 esta
apresentada uma montagem de escoramento metálico.
34
Figura 15- Escoramento metálico
tensor
gastalho
.
..
..
..
..
.
..
..
..
..
.
..
..
..
.
..
..
..
..
.
..
..
..
..
sarrafonivelamento
sarrafonivelamento
treliçatelescópica
cimbramento
escoraspontaletes
perfil I
perfil U
Fonte Fajersztajn (1987)
O mesmo cuidado que é dado ao escoramento em madeira deve ser
adotado para o escoramento metálicos, tais como: usar placas de apoio em terrenos
sem contrapiso, as cargas devem ser centradas e os pontaletes aprumados,
conforme a norma de fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto - projeto,
dimensionamento e procedimentos executivos NBR – 15696/2014 (ABNT, 2014).
2.3.3 Escoramento e forma metálica para lajes
Para solucionar os problemas como falta de mão de obra e cronogramas
apertados, algumas empresas desenvolveram um sistema de escoramento que faz
uso de painéis estruturados em alumínio e forrados com chapas de compensado
plastificado. Alem de dispensar a forma para laje a estrutura também elimina o uso
de guias e barroteamento nas lajes e por trabalhar com escoras remanescentes a
sua desforma se da num período mais curto.
Como podemos ver nas figuras 16 e 17 o sistema torna o trabalho de
montagem das lajes mais eficiente e rápido. Observando que quanto maior for o
pano de laje, maior será o índice de produtividade dos funcionários.
35
Figura 16- Escoramento e forma metálica para lajes
Fonte Mills (2014)
Figura 17- Escoramento e forma metálica para lajes
Fonte SH (2014)
As formas para lajes em concreto armado, podem ser aplicadas nos mais
variados tipos de projetos, de lajes planas a nervuradas, panos pequenos ou
grandes de lajes e com variações de pé-direito sem a necessidade de cortes pregos
e emendas.
36
2.4 GERENCIAMENTO DO CANTEIRO DE OBRA
A definição de qual sistema construtivo será utilizado na execução da obra
influencia diretamente o sistema de gerenciamento adotado. Dependendo do
método empregado, o numero de funcionários pode ser alterado, as datas de
concretagem antecipadas ou postergadas, e o fornecimento de alguns materiais
como aço e concreto também podem sofrer alterações. O processo como um todo
pode ser modificado e isso quem vai definir é o técnico responsável pela obra, ele
vai analisar o cronograma e ver qual método atende suas necessidades de tempo,
segurança e valores.
As decisões estratégicas, que definem os objetivos de longo prazo, são
determinadas pela alta direção da empresa, a partir da definição do produto. As
decisões deste nível englobam as diretrizes da produção, segundo Assumpção
(1996, p.44).
O plano de longo prazo destina-se a manter informada a alta gerência, sobre
as atividades que estão sendo realizadas no canteiro de obra. É estabelecido no
nível macro, um baixo grau de detalhamento devido à incerteza existente no
ambiente produtivo e ao aumento do horizonte de planejamento, e identifica os
objetivos principais do empreendimento e através de metas gerais descreve todo o
trabalho que deve ser executado.
37
3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
Neste trabalho será apresentado uma análise econômica comparativa entre
os sistemas de escoramento e forma disponíveis para a execução de estruturas na
cidade de Curitiba. Primeiramente, serão definidos quais os sistemas a serem
analisados, em seguida, escolher o edifício modelo que será utilizado como base na
concepção de cada um dos sistemas em análise.
Para obtenção do custo unitário de cada sistema, será utilizado a média
entre os principais fornecedores da região de Curitiba. Tendo em vista que o valor
praticado varia muito de acordo com a demanda e também pelo interesse comercial
dessas empresas, a média aproximada desses valores será levada em
consideração.
Os índices de produtividade levados em consideração nessa analise, são as
informações disponíveis nas tabelas orçamentárias e nos manuais dos fornecedores
de cada método analisado. Essas informações foram determinantes na formação do
preço final e análise comparativa entre os sistemas.
Numa segunda etapa, será feito o levantamento e análise de cada sistema,
comparando dados de produtividade, prazo de execução, volume de material, custo
e segurança, quando aplicados a uma mesma situação de área, pé direito e número
de pavimentos. A comparação entre os sistemas, possibilita uma análise particular
de cada situação, com isso, é possível ter uma base de dados que vai influenciar na
decisão dos construtores sobre qual método utilizar em suas obras e também que
parâmetros observar numa tomada de decisão.
3.2 TIPOLOGIA E CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS ADOTADOS
a) Sistema de escoramento com madeira e fôrma em compensado;
b) Sistema de escoramento metálico e fôrma em compensado;
b) Sistema de escoramento metálico com painéis estruturados;
38
3.3 ESCOLHA DA PLANTA
A planta escolhida como exemplo é o pavimento tipo (anexo 01), de um
edifício de 35 andares. Cada pavimento possui uma área de 1.006,04m², pé direito
livre de 3,06m, laje maciça (plana) com 18cm de espessura. A escolha dessa planta,
se deu pelo volume de material necessário para a execução, mão de obra
empregada, tempo de execução e segurança da obra. Para essa análise, a
execução das escadas não foi levada em consideração.
Devido ao número de pavimentos e a área de cada um, teremos uma
composição estrutural com pilares e vigas robustas de dimensões e formatos
variados. Para o estudo a composição desse edifício será importante, pois teremos
quantidades significativas de material e mão de obra independente do sistema que
utilizar.
3.3.1 Quantitativo da planta exemplo
Para análise, elaboração do orçamento e mensuração dos dados, foi feito o
levantamento dos quantitativos do projeto, apresentando todas as áreas de forma
para os pilares, vigas e lajes, bem como volume e área de escoramento por
pavimento, conforme as tabelas 4, 5 e 6:
Tabela 4- Volume de concreto e área de forma para pilares
PILAR
ÁREA EM PLANTA (m²)
PERIMETRO (m)
AREA DE FORMA (m²)
VOLUME DE CONCRETO (m³)
P1 1,31 6,70 20,50 3,99 P2 0,86 6,32 19,34 2,63 P3 0,80 4,80 14,69 2,45 P4 0,55 4,90 14,99 1,68 P5 0,98 7,10 21,73 2,98 P6 0,68 4,60 14,08 2,09 P7 0,77 5,10 15,61 2,36 P8 0,86 6,32 19,34 2,63 P9 0,66 5,00 15,30 2,02 P10 0,75 3,98 12,18 2,28 P11 1,20 5,80 17,75 3,67 P12 0,72 5,40 16,52 2,20 P13 2,62 9,20 28,15 8,02 P14 4,77 32,40 99,14 14,60 P15 4,07 30,88 94,49 12,45 P16 1,31 6,70 20,50 3,99
39
P17 0,86 6,32 19,34 2,63 P18 0,80 4,80 14,69 2,45 P19 0,55 4,90 14,99 1,68 P20 0,98 7,10 21,73 2,98 P21 0,68 4,60 14,08 2,09 P22 0,77 5,10 15,61 2,36 P23 0,86 6,32 19,34 2,63 P24 0,66 5,00 15,30 2,02 P25 0,75 3,98 12,18 2,28 P26 1,20 5,80 17,75 3,67
TOTAL 30,99 m² 193,32 m 609,31 m² 94,82 m³
Fonte: Própria (2014)
Com base no levantamento feito, chegou-se a uma área total de 609,31m²
de forma e um volume de concreto de 94,82m³ para execução de todos os pilares do
pavimento.
Tabela 5- Volume de concreto e área de forma para as vigas
VIGA ÁREA DE FUNDO DE VIGA (m²)
COMPRIMENTO (m)
ÁREA DE FORMA (m²)
VOLUME DE CONCRETO (m³)
V1 4,29 10,47 38,59 3,43 V2 0,70 3,50 6,30 0,56 V3 0,65 3,25 4,55 0,39 V4 0,65 3,23 4,52 0,39 V5 1,51 7,56 13,61 1,21 V6 0,96 4,80 8,64 0,77 V7 0,59 2,96 5,33 0,47 V8 0,93 4,63 6,48 0,56 V9 0,95 3,78 5,48 0,57 V10 0,90 3,58 5,19 0,54 V11 0,95 4,75 8,55 0,76 V12 0,94 4,70 6,58 0,56 V13 0,49 2,46 3,44 0,30 V14 0,94 4,72 10,38 0,94 V15 0,61 3,03 4,24 0,36 V16 1,24 4,95 7,18 0,74 V17 0,49 2,43 3,40 0,29 V18 1,14 5,71 7,99 0,69 V19 0,99 3,96 7,33 0,79 V20 1,02 4,07 7,53 0,81 V21 0,87 3,46 6,40 0,69 V22 1,17 4,66 8,62 0,93 V23 1,07 5,36 11,79 1,07 V24 1,84 7,36 10,67 1,10 V25 1,61 6,45 9,35 0,97 V26 1,07 4,26 6,18 0,64 V27 0,81 4,05 5,67 0,49 V28 0,29 2,08 1,54 0,09 V29 0,45 1,80 3,15 0,34 V30 0,91 4,53 8,15 0,72
40
V31 0,90 4,50 9,45 0,86 V32 0,99 4,95 8,91 0,79 V33 2,75 13,73 23,34 2,06 V34 0,90 3,60 5,22 0,54 V35 2,98 14,88 31,25 2,83 V36 2,60 13,02 18,23 1,56 V37 1,52 5,08 11,68 1,52 V38 1,28 4,26 9,80 1,28 V39 0,86 2,86 6,58 0,86 V40 1,03 3,42 7,87 1,03 V41 4,29 10,47 38,59 3,43 V42 0,70 3,50 6,30 0,56 V43 0,65 3,25 4,55 0,39 V44 0,65 3,23 4,52 0,39 V45 1,51 7,56 13,61 1,21 V46 0,96 4,80 8,64 0,77 V47 0,59 2,96 5,33 0,47 V48 0,93 4,63 6,48 0,56 V49 0,95 3,78 5,48 0,57 V50 0,90 3,58 5,19 0,54 V51 0,95 4,75 8,55 0,76 V52 0,94 4,70 6,58 0,56 V53 0,49 2,46 3,44 0,30 V54 0,94 4,72 10,38 0,94 V55 0,61 3,03 4,24 0,36 V56 1,24 4,95 7,18 0,74 V57 0,49 2,43 3,40 0,29 V58 1,14 5,71 7,99 0,69 V59 0,99 3,96 7,33 0,79 V60 1,02 4,07 7,53 0,81 V61 0,87 3,46 6,40 0,69 V62 1,17 4,66 8,62 0,93 V63 1,07 5,36 11,79 1,07 V64 1,84 7,36 10,67 1,10 V65 1,61 6,45 9,35 0,97 V66 1,07 4,26 6,18 0,64 V67 0,81 4,05 5,67 0,49 V68 0,29 2,08 1,54 0,09 V69 0,45 1,80 3,15 0,34 V70 0,91 4,53 8,15 0,72 V71 0,90 4,50 9,45 0,86 V72 0,99 4,95 8,91 0,79 V73 2,75 13,73 23,34 2,06 V74 0,90 3,60 5,22 0,54 V75 2,98 14,88 31,25 2,83 V76 2,60 13,02 18,23 1,56
TOTAL 88,91 m² 412,02 m 702,42 m² 66,30 m³
Fonte: Própria (2014)
Referente às vigas, temos um comprimento total de 412,02m lineares de
viga, uma área quadrada de forma de 702,42m² e um volume de concreto de
66,30m³ por pavimento.
41
Tabela 6- Volume de concreto e área de forma para lajes
LAJE ÁREA DE LAJE (m²)
PERIMETRO (m)
VOLUME DE ESCORAMENTO (m³)
VOLUME DE CONCRETO (m³)
L1 27,55 21,15 84,30 4,96 L2 13,55 15,06 41,46 2,44 L3 5,42 9,32 16,59 0,98 L4 24,28 21,12 74,30 4,37 L5 27,78 21,26 85,01 5,00 L6 18,05 17,80 55,23 3,25 L7 9,50 13,50 29,07 1,71 L8 5,70 9,56 17,44 1,03 L9 10,06 12,70 30,78 1,81 L10 3,38 7,64 10,34 0,61 L11 6,97 13,88 21,33 1,25 L12 35,74 24,50 109,36 6,43 L13 42,84 27,21 131,09 7,71 L14 83,10 36,77 254,29 14,96 L15 17,25 16,62 52,79 3,11 L16 7,27 11,69 22,25 1,31 L17 3,70 8,97 11,32 0,67 L18 52,32 35,59 160,10 9,42 L19 8,45 28,28 25,86 1,52 L20 27,55 21,15 84,30 4,96 L21 13,55 15,06 41,46 2,44 L22 5,42 9,32 16,59 0,98 L23 24,28 21,12 74,30 4,37 L24 27,78 21,26 85,01 5,00 L25 18,05 17,80 55,23 3,25 L26 9,50 13,50 29,07 1,71 L27 5,70 9,56 17,44 1,03 L28 10,06 12,70 30,78 1,81 L29 3,38 7,64 10,34 0,61 L30 6,97 13,88 21,33 1,25 L31 35,74 24,50 109,36 6,43 L32 42,84 27,21 131,09 7,71 L33 83,10 36,77 254,29 14,96 L34 17,25 16,62 52,79 3,11 L35 7,27 11,69 22,25 1,31 L36 3,70 8,97 11,32 0,67 L37 52,32 35,59 160,10 9,42 L38 8,45 28,28 25,86 1,52 L39 10,51 23,13 32,16 1,89 L40 10,51 23,13 32,16 1,89
Total 826,84 m² 751,50 m 2530,13 m³ 148,83 m³
Fonte: Própria (2014)
Com relação as lajes temos, uma área total de 826,84m², com volume de
escoramento/cimbramento (projeção das áreas das lajes x pé direto livre) de
2.530,13m³ e volume de concreto de 148,83m³. Nesse estudo não serão
contabilizadas as áreas das escadas e dos vazios dos elevadores, então a área do
42
pavimento passível de fôrma e escoramento não será os 1.006,04m² e sim 946,74m²
que é a somatória da projeção das lajes, vigas e pilares.
3.4 DADOS DE PRODUÇÃO DE CADA SISTEMA
3.4.1 Fôrmas
3.4.1.1 Fôrmas em compensado plastificado
Nas tabelas 7 e 8 estão apresentados os gastos com mão de obra e insumos
para produção, montagem e substituição das formas feitas em madeira para
execução dos pilares da obra. Da mesma forma estão apresentadas as tabelas 9 e
10 para vigas e 11 e 12 para as lajes com escoramento em madeira e 13 e 14 para
lajes com escoramento metálico. Todas as tabelas citadas (7 a 14) apresentam os
valores totais para executar os 35 pavimentos.
Tabela 7- Quantitativo de forma – pilares
Quantitativo de fôrma feita em obra para pilares, com chapa compensada plastificada, e = 14 mm : 609,31m²
Componentes UND. Consumo
/ m² Consumo p/ 12
reaproveitamentos Total Obra Ajudante do carpinteiro h 0,28 341,21 6141,84 Carpinteiro h 0,42 511,82 9212,77 Chapa compensada plastificada (espessura: 14 mm) m² 0,11 822,57 2399,16 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,02 124,30 362,54
Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 0,52 3765,54 10982,81 Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m 0,68 4979,28 14522,90 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,02 146,23 426,52 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,20 1462,34 4265,17 Arame galvanizado (bitola: 12 8WG) kg 0,18 1316,11 3838,65
Fonte: Própria (2014)
43
Tabela 8 - Custo de forma – pilares
Custo de fôrma feita em obra para pilares, com chapa compensada plastificada, e = 14mm : 609,31m²
Componentes UND. Custo
Unitário R$ Quantitativo
total Custo total R$ Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 6141,84 R$ 66.946,11 Carpinteiro h R$ 14,54 9212,77 R$ 133.953,64 Chapa compensada plastificada (espessura: 14 mm) m² R$ 30,53 2399,16 R$ 73.246,30 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,90 362,54 R$ 2.501,52
Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m R$ 14,32 10982,81 R$ 157.273,88
Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m R$ 5,96 14522,90 R$ 86.556,51
Desmoldante de fôrmas para concreto l R$ 8,55 426,52 R$ 3.646,72 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,80 4265,17 R$ 29.003,16 Arame galvanizado (bitola: 12 8WG) kg R$ 8,50 3838,65 R$ 32.628,55
Total R$ 585.756,37
Fonte: Própria (2014)
Tabela 9- Quantitativo de forma – vigas
Quantitativo de fôrma feita em obra para vigas, com chapa compensada plastificada, e = 17mm : 702,42m²
Componentes UND. Consumo
/m² Consumo p/ 12
reaproveitamentos Total Obra
Ajudante do carpinteiro h 0,28 393,36 7080,39
Carpinteiro h 0,42 590,03 10620,59 Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² 0,110 927,19 2704,32 Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,085 716,47 2089,70 Tábua 1" x 6" (espessura: 25 mm / largura: 150 mm) m 0,166 1399,22 4081,06 Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m 0,580 4888,84 14259,13
Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,020 168,58 491,69
Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,110 927,19 2704,32
Arame galvanizado (bitola: 12 8WG) kg 0,040 337,16 983,39
Fonte: Própria (2014)
44
Tabela 10- Custo de forma – vigas
Custo de fôrma feita em obra para vigas, com chapa compensada plastificada, e = 17mm : 702,42m²
Componentes UND. Custo
Unitário R$ Quantitativo
total Custo total R$
Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 7080,39 R$ 77.176,29 Carpinteiro h R$ 14,54 10620,59 R$154.423,38 Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² R$ 30,53 2704,32 R$ 82.562,80
Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,90 2089,70 R$ 4.418,93 Tábua 1" x 6" (espessura: 25 mm / largura: 150 mm) m R$ 9,00 4081,06 R$ 6.729,54 Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm) m R$ 5,96 14259,13 R$ 84.984,39
Desmoldante de fôrmas para concreto l R$ 8,55 491,69 R$ 4.203,98 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,80 2704,32 R$ 18.389,36
Arame galvanizado (bitola: 12 8WG) kg R$ 7,80 983,39 R$ 7.670,43
Total R$ 480.559,10
Fonte: Própria (2014)
Tabela 11- Quantitativo de forma para laje - escoramento em madeira
Quantitativo de fôrma feita em obra para lajes, com chapa compensada plastificada, e = 17mm : 826,84m² - Para escoramento em madeira
Componentes UND. Consumo
/m² Consumo p/ 12
reaproveitamento Total Obra Ajudante do carpinteiro h 0,280 463,03 8334,55 Carpinteiro h 0,380 628,40 11311,17
Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² 0,104 1031,90 3009,70
Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 0,216 2143,17 6250,91
Tábua 1" x 8" (espessura: 25 mm / largura: 200 mm) m 0,108 1071,58 3125,46 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,020 198,44 578,79
Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm / diâmetro da cabeca: 2,4 mm) kg 0,200 1984,42 5787,88
Fonte: Própria (2014)
45
Tabela 12- Custo de forma para laje - escoramento em madeira
Custo de fôrma feita em obra para lajes, chapa compensada plastificada, e = 17 mm : 826,84m² - Para escoramento em madeira
Componentes UND. Custo
Unitário R$ Quantitativo total Custo total R$ Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 8334,55 R$ 90.846,56 Carpinteiro h R$ 14,54 11311,17 R$ 164.464,43
Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² R$ 37,47 3009,70 R$ 112.773,46
Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m R$ 14,32 6250,91 R$ 89.513,03
Tábua 1" x 8" (espessura: 25 mm / largura: 200 mm) m R$ 14,90 3125,46 R$ 46.569,35 Desmoldante de fôrmas para concreto l R$ 8,55 578,79 R$ 4.948,65
Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm / diâmetro da cabeça: 2,4 mm) kg R$ 13,17 5787,88 R$ 76.226,38
Total R$ 585.341,87
Fonte: Próprio (2014)
Tabela 13- Quantitativo de forma para laje - escoramento metálico
Quantitativo de fôrma para lajes, chapa compensada plastificada, e = 17 mm : 826,84m² - Para escoramento metálico
Componentes UND. Consumo
/m² Consumo p/ 12
reaproveitamento Total Obra Ajudante do carpinteiro h 0,180 297,66 5357,92 Carpinteiro h 0,110 181,90 3274,29
Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² 0,104 1031,90 3009,70 Desmoldante de fôrmas para concreto l 0,020 198,44 578,79
Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm / diâmetro da cabeça: 2,4 mm) kg 0,080 793,77 2315,15
Fonte: Próprio (2014)
46
Tabela 14- Custo de forma para laje - escoramento metálico
Custo de fôrma feita em obra para lajes, chapa compensada plastificada, e = 17 mm : 826,84m² - Para escoramento em madeira
Componentes UND. Custo
Unitário R$ Quantitativo total Custo total R$ Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 5357,92 R$ 58.401,36 Carpinteiro h R$ 14,54 3274,29 R$ 47.608,12
Chapa compensada plastificada (espessura: 17 mm) m² R$ 37,47 3009,70 R$ 112.773,37 Desmoldante de fôrmas para concreto l R$ 8,55 578,79 R$ 4.948,64
Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5 mm / diâmetro da cabeça: 2,4 mm) kg R$ 13,17 2315,15 R$ 30.490,55
Total R$ 254.222,05
Fonte: Próprio (2014)
3.4.1.2 Sistemas de fôrmas metálicas para pilares
Na execução dos pilares além da madeira podemos utilizar painéis
estruturados em aço forrados com chapa de compensado, esse tipo de equipamento
dispensa o uso de pregos, parafusos e madeira e isso torna o equipamento prático e
interessante aos olhos de praticidade e agilidade. Na tabela 15 estão apresentados
os custos com mão de obra, insumos e locação do equipamento, para executar os
35 pavimentos.
Tabela 15- Sistemas de fôrmas metálicas para pilar – total da obra
Quantitativo de fôrma metálica para execução dos pilares
Componentes Produção (Hh/m²) Área de fôrma (m²)
Total/Pavimento (h) Total/Obra (h)
Fôrma metálica 0,34 609,31 207,17 7457,95
Custo de locação de fôrma metálica para execução dos pilares
Componentes UND. Custo unitário (R$) Unit. /Mês Total (R$) 18
Meses Fôrma metálica m²/dia R$ 25,50 414,33 R$ 190.177,47 Montador h R$ 14,54 414,33 R$ 108.438,45 Desmoldante l R$ 8,55 0,87 R$ 3.646,54
Total R$ 302.262,46 OBS: Desmoldante 0,02litros/m² de forma, numa área total de reutilizações de 21.325,85m² (35x609,31m²)
Fonte: Própria (2014)
47
Para execução de lajes planas bem como nos pilares, temos a opção de
utilizar formas metálicas, essas por vez são estruturadas em alumínio ao invés de
aço mas da mesma forma são forradas com chapas de compensado. Exemplos
desse material são os sistemas deck light da Mills e Topec da SH. Na tabela 16
estão apresentados, o consumo de mão de obra, insumos e valor médio de locação
do sistema para executar os 35 pavimentos.
Tabela 16- Sistemas de fôrmas metálicas para laje – total da obra
Quantitativo referente a montagem de escoramento metálico c/painéis estruturados para execução de lajes
Componentes Produção (Hh/m²) Área de fôrma (m²)
Total/Pavimento (h) Total/obra(h)
Fôrma metálica + Escoramento da Laje 0,30 826,84 248,05 8929,87
Custo de locação e montagem de painel metálico estruturado c/escoramento para execução de lajes
Componentes UND. Custo Unitário (R$) Unitário /Mês Total (R$) 18
Meses Fôrma metálica m²/dia R$ 24,00 826,84 R$ 357.194,88 Montador h R$ 14,54 496,10 R$ 129.840,34 Desmoldante l R$ 8,55 1,18 R$ 4.948,64
Total R$ 491.983,86 OBS: Desmoldante 0,02litros/m² de forma, numa área total de reutilizações de 28.939,40m² (35x826,84m²)
Fonte: Própria (2014)
3.4.2 Sistemas de escoramento 3.4.2.1 Escoramentos de lajes e vigas em madeira
Nas tabelas 17 e 18 são apresentados os quantitativos e custos para
executar o escoramento das lajes e nas tabelas 19 e 20 para executar o
escoramento das vigas da obra. Os dados das quatro tabelas são referentes ao total
necessário para executar os 35 pavimentos.
48
Tabela 17- Quantitativo de escoramento para lajes utilizando madeira
Quantitativo de escoramento/cimbramento em madeira para laje de 826,84m²
Componentes UND. Consumo/m² Consumo /mês Total Obra
Ajudante do carpinteiro h 0,380 628,40 11311,17
Carpinteiro h 0,360 595,32 10715,85
Parafuso com rosca soberba galvanizado (comprimento: 110,00 mm/ diâmetro nominal: 8,00 mm) ud 10,000 8268,40 24116,17 Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 8,000 6614,72 19292,93
Escora de madeira (diâmetro da seção: 150,00 mm / tipo de madeira: eucalipto) m 2,000 1653,68 4823,23 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,020 16,54 48,23
Fonte: Própria (2014)
Tabela 18- Custo de escoramento para lajes utilizando madeira
Custo do escoramento/cimbramento em madeira para laje de 826,84m²
Componentes UND. Custo
Unitário R$ Quantitativo
total Custo total R$
Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 11311,17 R$ 123.291,77
Carpinteiro h R$ 14,54 10715,85 R$ 155.808,41 Parafuso com rosca soberba galvanizado (comprimento: 110,00 mm/ diâmetro nominal: 8,00 mm) ud R$ 0,28 24116,17 R$ 6.752,53 Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m R$ 14,32 19292,93 R$ 276.274,80 Escora de madeira (diâmetro da seção: 150,00 mm / tipo de madeira: eucalipto) m R$ 1,80 4823,23 R$ 8.681,82 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,80 48,23 R$ 327,98
Total R$ 571.137,30
Fonte: Própria (2014)
49
Tabela 19 - Quantitativo de escoramento para vigas utilizando madeira
Quantitativo de escoramento/cimbramento em madeira para vigas Comprimento total das vigas de 412,02m
Componentes UND. Consumo/m Consumo /mês Total Obra
Ajudante do carpinteiro h 0,280 230,73 4153,16
Carpinteiro h 0,380 313,14 5636,43 Parafuso com rosca soberba galvanizado (comprimento: 110,00 mm/ diâmetro nominal: 8,00 mm) ud 15,000 6180,30 18025,87
Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m 12,000 4944,24 14420,70 Sarrafo 1" x 4" (altura: 100 mm / espessura: 25 mm) m 0,850 350,22 1021,47 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg 0,100 82,40 240,34
Fonte: Própria (2014)
Tabela 20 - Custo de escoramento para vigas utilizando madeira
Custos de escoramento/cimbramento em madeira para as vigas Comprimento total de vigas de 412,02m
Componentes UND. Custo
Unitário R$ Quantitativo
total Custo total R$
Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 4153,16 R$ 45.269,46
Carpinteiro h R$ 14,54 5636,43 R$ 81.953,74 Parafuso com rosca soberba galvanizado (comprimento: 110,00 mm/ diâmetro nominal: 8,00 mm) ud R$ 0,28 18025,87 R$ 5.047,24 Pontalete 3" x 3" (altura: 75,00 mm / largura: 75,00 mm) m R$ 14,32 14420,70 R$ 206.504,42 Sarrafo 1" x 4" (altura: 100 mm / espessura: 25 mm) m R$ 5,96 1021,47 R$ 6.087,94 Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0 mm) kg R$ 6,80 240,34 R$ 1.634,35
Total R$ 344.862,81
Fonte: Própria (2014)
50
3.4.2.2 Escoramento metálico em lajes e vigas
Nas tabelas 21 e 22 são apresentados os quantitativos e custos para
executar o escoramento metálico das vigas e nas tabelas 23 e 24 o escoramento
metálico das lajes. Os dados tanto para lajes quanto para vigas fazem referência ao
necessário para executar os 35 pavimentos da obra.
Tabela 21 - Quantitativos para escoramento metálico de vigas
Quantitativo para locação, montagem e desmontagem de escoramento/cimbramento metálico para as vigas - 412,02m
Componentes UND. Consumo/m Consumo /mês Total Obra
Ajudante do montador h 0,260 214,25 3856,51
Montador h 0,220 181,29 3263,20 Torres de andaime, escoras e acessórios metálicos (forcados, suportes, guias, barrotes, etc.) m 412,02 412,02 7416,36
Fonte: Própria (2014)
Tabela 22- Custos de locação para escoramento metálico de vigas
Custos de locação para montagem e desmontagem de escoramento/cimbramento metálico para as vigas - 412,02m
Componentes UND. Custo
unitário R$ Quantitativo total Custo total R$
Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 3856,51 R$ 42.035,93
Carpinteiro h R$ 14,54 3263,20 R$ 47.446,90 Torres de andaime, escoras e acessórios metálicos (forcados, suportes, guias, barrotes, etc.) m R$ 13,20 7416,36 R$ 97.895,95
Total R$ 187.378,79
Fonte: Própria (2014)
51
Tabela 23 - Quantitativos para escoramento metálico de lajes
Quantitativo para locação, montagem e desmontagem de escoramento/cimbramento metálico para lajes 826,84m²
Componentes UND. Consumo/m² Consumo /mês Total Obra
Ajudante do montador h 0,350 578,79 10418,18
Montador h 0,280 463,03 8334,55 Torres de andaime, escoras e acessórios metálicos (forcados, suportes, guias, barrotes, etc.) m² 826,84 826,84 14883,12
Fonte: Própria (2014)
Tabela 24- Custos de locação para escoramento metálico de lajes
Custos de locação, montagem e desmontagem de escoramento/cimbramento metálico para lajes 826,84m²
Componentes UND. Custo
unitário R$ Quantitativo total Custo total R$
Ajudante do carpinteiro h R$ 10,90 10418,18 R$ 113.558,21
Carpinteiro h R$ 14,54 8334,55 R$ 121.184,32
Torres de andaime, escoras e acessórios metálicos (forcados, suportes, guias, barrotes, etc.) m² R$ 15,13 14883,12 R$ 225.181,61
Total R$ 459.924,13
Fonte: Própria (2014)
Os valores de produção foram extraídos da TCPO 13a edição - Tabelas de
Composições de Preços para Orçamentos Copyright - Editora PINI Ltda. 2013 e
também dos manuais dos fornecedores.
3.5 PARÂMETROS DE COMPARAÇÃO
Os parâmetros de comparação que serão analisados, são:
- Emprego de mão de obra dentro do prazo de execução;
- Custos de execução;
- Custos totais;
52
Para análise foi considerado que a obra seria executada num prazo de 18
meses, ou seja, duas lajes por mês. Para chegar no número aproximado de
funcionário, que a obra precisaria para executar os serviços de fôrma e
escoramento, considerei 8 horas diárias de trabalho durante 22 dias trabalhados no
mês, dessa forma para execução dos serviços de uma laje teríamos em média de 11
dias.
Através do projeto, foram levantadas as áreas de forma e quantitativos de
escoramento para pilares, lajes e vigas. Utilizando planilhas orçamentarias,
informações técnicas e dados fornecidos pelos fornecedores, chegamos nos
quantitativos de mão de obra e insumos para execução da obra, empregando
diferentes materiais e processos numa mesma condição de obra.
Os materiais e técnicas utilizadas são na maioria das vezes pertencentes a
um mesmo segmento de ideia ou produto, ou seja, se eu utilizar a fôrma de madeira
para executar os pilares de uma obra a chance de utilizar a fôrma em madeira para
a execução das vigas e lajes é maior. Esse mesmo raciocínio também pode ser
levado em consideração para o escoramento, se optado pelo escoramento metálico
das vigas, o escoramento das lajes tende a ser metálico também.
Pensando na ideia em que se utilizaria um mesmo segmento de produto, o
estudo foi dividido em 3 opções. Cada opção contempla o custo no prazo dos 18
meses e horas mensais de carpinteiro/montador e ajudante para cada alternativa, ao
final é apresentando o custo total e o número de funcionários necessários para cada
opção.
3.5.1 Mão de obra e prazos de execução
A mão de obra empregada na execução de estruturas na indústria da
construção civil é uma das maiores variantes para analise, na utilização de um
mesmo sistema construtivo. O grau de qualificação de algumas equipes, pode
apresentar grandes diferenças nos índices de produção, quando comparando o
mesmo espaço de tempo e número de funcionários. Por tanto, essa diferença
esporádica de qualificação não será levada em consideração para análise, mas sim
a média de produção dos funcionários da região.
53
O prazo de execução das obras é o resultado direto entre o sistema
empregado e o número de funcionários. Hoje a realidade da construção civil na
região de Curitiba, são prazos reduzidos e mão de obra variada, onde muitas vezes
não consegue atingir a produção exigida dentro dos cronogramas estipulados.
Com base nos dados de produção de cada sistema, será possível analisar
custos de produção e prazo para execução e verificar se é viável o investimento em
tecnologias para ganhar em produção, reduzindo assim o número de funcionários
agilizando o processo executivo e resultando cronogramas compactos.
3.5.2 Custos de execução Para a análise dos sistemas, utilizaremos o custo médio de cada produto, a
mão de obra necessária e o tempo de duração de cada serviço. A partir dai teremos
parâmetros de custo e produção para determinar quais métodos apresentam
vantagem com relação a custo, tempo e numero de funcionários.
3.5.3 Custos totais
O custo total analisado é o resultado do valor do sistema mais o gasto com
mão de obra para execução do serviço. A variação no custo de cada sistema, será
comparado com a produção diferenciada que cada um possibilita, usando a mesma
mão de obra empregada. Com base nesses resultados será apontado a
classificação de cada sistema com relação ao custo final para utilização.
54
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para visualização dos sistemas estudados, foram elaborados dois resumos
em forma de tabela, a tabela 25 para fôrmas e tabela 26 para os sistemas de
escoramento. Estas apresentam os quantitativos e valores totais de produção de
cada sistema e tem por finalidade auxiliar na busca e análise.
Na sequência estão os gráficos 1, 2, 3 e 4. O gráfico 1 apresenta os custos
totais para execução das fôrmas, o gráfico 2 o tempo gasto em horas por mês para
executar cada sistema de fôrmas, já o gráfico 3 apresenta os custos totais para
execução dos escoramentos e o gráfico 4 o tempo gasto em horas por mês para
executar cada sistema de escoramento.
Tabela 25 - Resumo dos sistemas de forma
FORMA
Custo total (R$)
Montador/carpinteiro (horas /mês)
Ajudante (horas /mês)
PILARES: 609,31m²
Fôrma feita em obra - chapa compensada
R$ 585.756,37 511,8 341,2
Fôrma metálica para execução dos pilares - locação
R$ 302.262,46 414,3 0,0
VIGAS: 702,42m²
Fôrma feita em obra - chapa compensada
R$ 480.559,10 590,0 393,4
LAJES: 826,84m²
Fôrma feita em obra - chapa compensada para escoramento em madeira
R$ 585.341,87 628,4 463,0
Fôrma feita em obra - chapa compensada para escoramento metálico
R$ 254.222,05 181,9 297,7
Fôrma e escoramento metálico para execução das lajes - locação (Ex: Deck light, Topec)
R$ 491.983,86 496,1 0,0
Fonte: Própria (2014)
55
Gráfico 1 – Custos para execução das fôrmas – todos os pavimentos
Fonte: Própria (2014)
Gráfico 2 – Tempo horas por mês para execução das fôrmas – todos os pavimentos
Fonte: Própria (2014)
56
Tabela 26 - Resumo dos sistemas de escoramento
ESCORAMENTO/CIMBRAMENTO
Custo total (R$)
Montador/carpinteiro (horas /mês)
Ajudante (horas /mês)
VIGAS: 412,02m
Escoramento em madeira de vigas R$ 344.862,81 313,1 230,7
Escoramento metálico de vigas R$ 197.079,38 181,3 214,3
LAJES: 826,84m²
Escoramento em madeira de lajes R$ 571.137,30 595,3 628,4
Escoramento metálico de lajes R$ 459.924,13 463,0 578,8
Fonte: Própria (2014)
Gráfico 3 – Custos para execução do escoramento – todos os pavimentos
Fonte: Própria (2014)
57
Gráfico 4 – Tempo horas por mês para execução do escoramento – todos os
pavimentos
Fonte: Própria (2014)
Conforme informado no item materiais e métodos, trabalharemos com 3
opções:
A primeira opção é a utilização de madeira nas formas de pilar, vigas e lajes
e também o escoramento completo em madeira como representado na tabela 27.
58
Tabela 27 - 1º Opção - Escoramento e forma completo em madeira
1º OPÇÃO - FORMA E ESCORAMENTO COMPLETO EM MADEIRA
Custo total (R$)
Montador/carpinteiro (horas /mês)
Ajudante (horas /mês)
FORMA
Pilar
Fôrma feita em obra - chapa compensada
R$ 585.756,37 511,82 341,21
Viga
Fôrma feita em obra - chapa compensada
R$ 480.559,10 590,03 393,36
Laje
Fôrma feita em obra - chapa compensada para escoramento em madeira
R$ 585.341,87 628,40 463,03
ESCORAMENTO
Vigas
Escoramento em madeira de vigas R$ 344.862,81 313,14 230,73
Lajes
Escoramento em madeira de lajes R$ 571.137,30 595,32 628,40
Total R$ 2.567.657,46 2638,71 2056,73
Total de funcionários (dia) 14,99 11,69
Fonte: Própria (2014)
Nessa primeira opção chegamos num valor total de mão de obra mais
insumos de R$ 2.567,657,46 no prazo dos 18 meses, e um número aproximado de
funcionários de 15 carpinteiros/montador e 12 ajudantes por mês. Fazendo uma
análise sobre esses números, podemos observar que alguns fatores são
determinantes para esse resultado, entre eles estão:
- Número de reaproveitamento da forma e do escoramento 12 vezes.
- Construção de praticamente 3 jogos de forma e escoramento para a obra.
- Compra de material para os 3 jogos de forma e escoramento.
- Dificuldade de montagem e instalação dos sistemas.
59
A segunda opção está apresentada na tabela 28, essa faz referência a
utilização de madeira nas formas de pilares e vigas e para as lajes uma fôrma em
madeira mas diferenciada, essa não será estruturada pois ficara presa no
barroteamento metálico. O escoramento dessa opção é metálico, composto por
torres de andaime e escoras na vertical e vigas metálicas na horizontal.
Tabela 28 - 2º Opção - Escoramento metálico e forma em madeira
2º OPÇÃO - FORMA EM MADEIRA E ESCORAMENTO METÁLICO
Custo total (R$)
Montador/carpinteiro (horas /mês)
Ajudante (horas /mês)
FORMA
Pilar
Fôrma feita em obra - chapa compensada
R$ 585.756,37 511,82 341,21
Viga
Fôrma feita em obra - chapa compensada
R$ 480.559,10 590,03 393,36
Laje
Fôrma feita em obra - chapa compensada para escoramento metálico
R$ 254.222,05 181,90 297,66
ESCORAMENTO
Vigas
Escoramento metálico de vigas R$ 197.079,38 181,28 214,25
Lajes
Escoramento metálico de lajes R$ 459.924,13 463,03 578,78
Total R$1.977.541,03 1928,08 1825,27
Total de funcionários (dia) 10,95 10,37
Fonte: Própria (2014)
Nessa segunda opção chegamos num valor total de mão de obra mais
insumos de R$ 1.977.541,03 no prazo dos 18 meses, e um número aproximado de
funcionários de 11 carpinteiros/montador e 11 ajudantes por mês. Nessa opção o
material metálico é locado e se não for por mal uso não se faz necessário a
substituição de peças nesse período de tempo e reutilizações; caso for necessário a
substituição do equipamento não teremos problemas com relação a mudança de
valores pois a cobrança é feita com base no que existe em obra.
60
O valor e o número de funcionários que chegamos com essa opção é mais
interessante do que a primeira, pois as condições de segurança que o material
metálico proporciona aos funcionários aumenta a produtividade na mesma condição
de obra.
Na terceira opção como pode ser observado na tabela 29, foi considerado o
uso de fôrma em madeira somente para as vigas, isso porque não temos no
mercado fôrmas metálicas que funcionem e proporcionem vantagens significativas
para a execução de vigas. Para a fôrma dos pilares e lajes foi proposto a locação do
equipamento disponível no mercado e para escoramento o uso de torres de
andaimes e escoras metálicas.
Tabela 29 - 3º Opção – Forma mista e escoramento metálico para lajes e vigas
3º OPÇÃO - FORMA EM MADEIRA PARA VIGAS E FORMA METÁLICA PARA PILARES E LAJES. ESCORAMENTO METÁLICO. Custo total
(R$) Montador/carpinteiro
(horas /mês) Ajudante
(horas /mês)
FORMA Pilar
Fôrma metálica para execução dos pilares - locação
R$ 302.262,46 414,33 -
Viga
Fôrma feita em obra - chapa compensada
R$ 480.559,10 590,03 393,36
Laje
Fôrma e escoramento metálico para execução das lajes - locação (Ex: Deck light, Topec)
R$ 491.983,86 496,10 -
ESCORAMENTO
Vigas
Escoramento metálico de vigas R$ 197.079,38 181,29 214,25
Lajes
Escoramento metálico (Já incluso no valor da forma)
- - -
Total R$ 1.471.884,80 1681,76 607,61
Total de funcionários (dia) 9,56 3,45
Fonte: Própria (2014)
Nessa terceira opção chegamos num valor total de mão de obra mais
insumos de R$ 1.471.884,80 no prazo dos 18 meses, e um número aproximado de
61
funcionários de 10 carpinteiros/montador e 4 ajudantes por mês. Nessa opção a
fôrma para os pilares e lajes, mais o escoramento metálico das vigas é locado, e a
substituição por desgaste devido ao uso não é seguida de acréscimo de valor, sendo
pago somente o material disponível em obra.
Nos gráficos 5 e 6 estão representados os resumos de cada opção, no
gráfico 5 os custos totais, e número de funcionários no gráfico número 6.
1ª Opção: Escoramento de vigas e lajes em mandeira e fôrma de pilares, vigas e
lajes também em madeira;
2ª Opção: Escoramento de vigas e lajes metálico e fôrma de pilares, vigas e lajes em
madeira;
3ª Opção: Escoramento metálico e fôrma em madeira para vigas, sistema de fôrma
metálica para pilares e escoramento e fôrma metálica para lajes.
Gráfico 5 – Custos totais para execução de cada etapa – todos os pavimentos
Fonte: Própria (2014)
62
Gráfico 6 – Número de funcionários mensais por etapa – todos os pavimentos
Fonte: Própria (2014)
Vale a pena observar a produção alcançada utilizando as fôrmas metálicas
em pilares e lajes. Nas lajes a vantagem está no custo do material e também nos
índices de produção Hh/m². Os sistemas de fôrma disponíveis no mercado já
apresentam o preço de locação do escoramento dissolvido no metro quadrado da
fôrma e isso acaba reduzindo custos totais para sua utilização. Já o alto índice de
produtividades vai possibilitar a redução no número de funcionários, mas numa outra
realidade poderíamos manter um mesmo número de funcionários e
automaticamente reduzir o cronograma de execução da obra.
Os sistemas de fôrmas metálicas para os pilares também se mostraram
interessantes pela sua produtividade e também pelo fato de dispensar o uso de
pregos e parafusos na montagem, isso torna a montagem muito mais rápida e ao
mesmo tempo mais segura.
Para a análise não foram consideradas alguns itens, por se tratarem de
variáveis de acordo com cada obra em questão, então procurei não considerar as
despesas com transporte, carga e descarga do equipamento ou material, distância
do fornecedor, uso de madeiras certificadas, obras com certificações, indenizações e
perda de equipamentos e limpeza de obra.
63
5 CONCLUSÃO
Para realização da analise comparativa dos resultados, foi estabelecido que
teríamos três opções, estas divididas de acordo com o segmento de aplicação e
utilizado em obra. A primeira opção foi escoramento e forma em madeira, a segunda
opção, fôrma em madeira e escoramento metálico e a terceira opção fôrma em
madeira para vigas e fôrma metálica para lajes e pilares, ambos com escoramento
metálico.
Com base nos resultados de cada sistema de escoramento e fôrma, pode-se
concluir que a terceira opção é a melhor alternativa, pois, apresentou o menor gasto
e também o menor número de funcionários para executar a obra. A segunda opção
ficou como uma alternativa intermediaria, tanto em relação a insumos quanto ao
número de funcionários. A alternativa menos eficiente é a primeira opção, esta
apresentou um custo mais elevado e também um número maior de funcionários para
execução da obra.
Dessa forma, podemos concluir que para essa situação de obra a utilização
da madeira na execução dos pilares, vigas e lajes torna o processo mais lento,
necessitando de mais funcionários para executar o serviço. Esse fator, juntamente
com o baixo reaproveitamento das estruturas em madeira, acaba inviabilizando a
utilização do sistema. Assim, os sistemas metálicos se mostram mais eficiente e
proporcionam uma obra mais rápida e econômica, limpa e segura, e também com
melhores condições de trabalho para os funcionários.
Os sistemas de escoramento e fôrmas na indústria da construção civil não
recebem a importância devida, e isso pode ser observado logo nas planilhas
orçamentarias existentes, onde existe um material muito pobre e desatualizado
sobre esse tipo de serviço. Assim vejo a necessidade de estudos mais aprofundados
sobre os métodos, técnicas e dados de produção desse tipo de serviço a fim de
melhorarmos os orçamentos e trabalhamos dentro da menor margem menor de erro
possível.
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REFERÊNCIAS
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