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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Luzia Aparecida Volpato SENSIBILIZAÇÃO DOS DOCENTES: PARA UM NOVO OLHAR ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM CURITIBA 2012

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Luzia Aparecida Volpato

SENSIBILIZAÇÃO DOS DOCENTES:

PARA UM NOVO OLHAR ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

CURITIBA

2012

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SENSIBILIZAÇÃO DOS DOCENTES:

PARA UM NOVO OLHAR ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

CURITIBA

2012

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Luzia Aparecida Volpato

SENSIBILIZAÇÃO DOS DOCENTES:

PARA UM NOVO OLHAR ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Pós Graduação, Especialização em Psicopedagogia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito para a obtenção do título de Psicopedagoga. Orientadora: Professora Margaret Maria Schroeder

CURITIBA

2012

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AGRADECIMENTOS

Agradeço e dedico este trabalho a meus pais, Antonio e Alice, pelo apoio em todo o

meu viver. Aos meus irmãos/irmãs e demais familiares que, direta ou indiretamente

sempre estiveram prontos a me auxiliar e incentivar nos meus projetos pessoais.

Aos meus queridos sobrinhos/as que têm dado -me motivação e entusiasmo, razão

de busca de maior conhecimento.

À Professora Margaret Maria Schroeder, minha orientadora, por toda sua dedicação

e auxílio no acompanhamento e revisão deste trabalho. E aos demais professores

do curso de Psicopedagogia da UTP pelo conhecimento transmitido.

Aos colegas de turma, pela amizade, vivências e companheirismo no

desenvolvimento das variadas atividades no decorrer do curso.

Aos meus colegas de profissão, companheiros de compromisso com a educação,

pelo estimulo por este tema.

Aos alunos que, de acordo com suas particularidades, sempre demonstraram

interesse por aprender.

Às professoras da Banca pela sugestão de mudanças para melhoria do trabalho.

E acima de tudo, a Deus pela energia emanada em todos os momentos da produção

deste trabalho.

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“Não há saber mais ou menos: há saberes diferentes.”

Paulo Freire

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................07

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................... .................................................10

3 CONCEITO HISTÓRICO.......................................................................................13

3.1 PSICOPEDAGOGIA .......................................................................................... 14

3.2 Ética .................................................................................................................. 17

3.3 Psicopedagogia Institucional .............................................................................19

4 A ESCOLA E A PSICOPEDAGOGIA ..................... ..............................................22

4.1 O Professor e a Psicopedagogia .......................................................................23

4.2 O Professor e as Dificuldades de Aprendizagem (Inclusão) .............................26

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ .....................................................33

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................... ..............................................35

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RESUMO

Este trabalho é resultado de estudos realizados com referências bibliográficas e Webgrafias, cujo título é Sensibilização dos Docentes: Para um novo olhar às dificuldades de aprendizagem. Seu objetivo geral constitui-se em refletir sobre a necessidade da capacitação do docente para que este possa reconhecer os alunos que apresentam dificuldades e/ou distúrbios de aprendizagem dentro do processo ensino aprendizagem. E especificamente pretende-se oferecer informações que levem a: conscientizar os docentes que mudanças no planejamento curricular se faz necessárias para atender às diversidades de aprendizagem, como também estabelecer acordo/conveniência entre os docentes com finalidade em adequar atividades que venham ao encontro das necessidades apresentadas pelos discentes e que possam minimizá-las. Após a realização da pesquisa, pode-se considerar que este trabalho fornece informações e elementos que podem colaborar no trabalho dos docentes.

Palavras-chave: Psicopedagogia, processo ensino aprendizagem, dificuldade e ou distúrbios de aprendizagem, alunos, docentes.

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1 INTRODUÇÃO

O tema deste trabalho é a Sensibilização dos Docentes: Para um novo

olhar às dificuldades de aprendizagem.

Como profissional da educação tenho compartilhado da angústia que

muitos dos professores têm enfrentado diante do expressivo número de alunos

que apresentam problemas de dificuldades de aprendizagem. Percebe-se que

os docentes demonstram estar despreparados para identificar ou reconhecer

nesses alunos as suas necessidades, tampouco capacitados para atender tal

demanda e buscar meios para auxiliar os estudantes a minimizar suas

dificuldades.

O objetivo geral deste trabalho constitui-se em refletir sobre a

necessidade da capacitação do docente para que este possa reconhecer os

alunos que apresentam dificuldades e/ou distúrbios de aprendizagem dentro do

processo ensino aprendizagem.

E especificamente pretende-se oferecer informações que levem a:

Conscientizar os docentes que mudanças no planejamento curricular se

faz necessárias para atender às diversidades de aprendizagem.

Estabelecer acordo/conveniência entre os docentes com finalidade em

adequar atividades que venham ao encontro das necessidades apresentadas

pelos discentes e que possam minimizá-las.

Como metodologia, consideramos que a razão que nos levou a pensar neste

tema foi embasada na mobilização de uma comissão formada pelas equipes

pedagógica e docente de um colégio da rede estadual de ensino, localizado na

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região metropolitana de Curitiba, cujo objetivo é buscar novas abordagens e

posturas para minimizar as dificuldades de aprendizagem encontradas e

proporcionar melhor interação entre professores e alunos das 5ªs séries/6º ano

do Ensino Fundamental. No entanto, até o momento, o retorno que obtivemos

sobre as informações que solicitamos sobre o andamento do trabalho já

realizado, é de que algumas reuniões foram realizadas para a apresentação

da comissão e dos objetivos pretendidos, bem como a conscientização dos

demais profissionais da educação dessa instituição, haja vista, que é preciso

disponibilidade de espaço e tempo para reunir e discutir sobre a realidade da

escola e as medidas que podem ser tomadas.

Portanto, este trabalho será embasado nos estudos realizados em

referências bibliográficas e webgráficas (artigos e simpósio, livros, internet e

sites), com objetivo de sensibilizar os docentes para um olhar diferenciado às

dificuldades e/ou distúrbios de aprendizagem apresentadas pelos alunos dentro

do processo ensino aprendizagem.

O primeiro capítulo faz ênfase ao Conceito Histórico da Psicopedagogia,

que teve origem na Europa ainda no século XIX, evidenciada pela preocupação

com a dificuldade de aprendizagem na área médica da época, bem como sua

evolução e prática até o momento; sobre a Psicopedagogia que tem como foco

de estudo o processo de aprendizagem e suas dificuldades, em um contexto

preventivo e terapêutico; também sobre o código de Ética e a regulamentação

da função do Psicopedagogo e sobre a Psicopedagogia Institucional; o trabalho

do Psicopedagogo na instituição escolar em um caráter preventivo no sentido

de procurar criar competências e habilidades para solução dos problemas. O

capítulo seguinte discorre sobre a Escola e a Psicopedagogia; o papel do

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psicopedagogo na instituição escolar; o desafio, a intervenção e o trabalho

junto com os docentes. O Professor e a Psicopedagogia; a formação e

capacitação do profissional da educação e também o Professor e as

dificuldades e/ou distúrbios de aprendizagem com destaque à inclusão escolar.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ato de ensinar vincula-se ao ato de aprender dentro do processo

ensino aprendizagem, onde há reciprocidade entre as pessoas; a que ensina e

a que aprende.

O sentido das palavras ensinar e aprender deve transcender à

denominação apresentada nos dicionários, ou seja, ir além das explicações

lexicais e semânticas.

É preciso compreendê-las em sua universalidade para ampliar a visão sobre o

que é ensinar e aprender. Para que assim haja mais envolvimento e

compromisso com o processo ensino aprendizagem.

Ser professor, educador, ou “ensinante” Silva, (2006, art. dificuldade de

aprendizagem): aquele que ensina, é ser /estar consciente de seu papel e sua

responsabilidade. A pessoa que ensina deve estar sempre preparada,

buscando estratégias ou subsídios relevantes em recursos e metodologias que

permitam galgar, com êxito, os objetivos almejados. E ainda mais, deve

conhecer a pessoa a quem ensina; o aprendente, Silva, (2006, art. Dificuldade

de aprendizagem) seus aspectos particulares, necessidades e dificuldades,

observar seu desenvolvimento para traçar planos e métodos que o envolva,

estimule e proporcione prazer em aprender.

Laura Barbosa (2001), diz que este prazer não se encontra na mudança

dos instrumentos de ensinar, mas no próprio ato de aprender. E enfatiza que

transformar a aprendizagem em prazer não significa realizar uma atividade

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prazerosa, e sim descobrir o prazer no ato de; construir o conhecimento;

transformar ou ampliar o que se sabe (...), ou seja, o professor deve mostrar

que aprende-se o tempo todo, não importa onde ou quando, que o aprendizado

e o gosto pela descoberta é algo interessante.

No entanto, o professor, para dar conta de suas responsabilidades no

processo ensino aprendizagem, necessita capacitar-se para atender a

demanda de salas de aula heterogêneas, com grande número de alunos e, de

variadas capacidades de aprendizagem, incluindo os alunos que apresentam

problemas como as dificuldade e /ou distúrbios de aprendizagem.

O profissional tem que se preparar sempre para identificar ou

reconhecer as capacidades ou necessidades cognitivas de cada aluno, assim

como, elaborar atividades que proporcionem a aprendizagem de todos.

Entretanto, os cursos de capacitação oferecidos pelas

entidades/instâncias mantenedoras do sistema de ensino, em especial, das

instituições de ensino público, aos profissionais da educação, pertinentes ao

atendimento à inclusão, nem sempre tem proporcionado resultados

satisfatórios. Talvez, porque esses cursos apenas contemplam e embasam-se

nas teorias e não enfatizam práticas e vivências, como podemos perceber em

cursos que nos foram ofertados, participamos com a expectativa de conhecer

algo novo, no entanto, foram expostas apenas teorias já conhecidas.

Considerando que na realidade, o termo inclusão já não pode ter como

foco tão somente aos alunos com necessidades especiais, mas também,

àqueles que apresentam dificuldades e/ ou distúrbios de aprendizagem; que

apresentem ou não necessidades especiais física ou intelectual. Pois sabemos

que a educação, atualmente, percorre grandes e variadas discussões, e, o

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fracasso escolar é uma realidade visível. Estudos confirmam o fracasso escolar

como um desafio a ser vencido. E diagnosticar os alunos que apresentam

dificuldades e /ou com distúrbios de aprendizagem, ou ainda a diferença entre

ambas, cabe também ao professor, porém este, por não ter o conhecimento

destas problemáticas acabam, por muitas vezes, tomando atitudes que

estigmatizam equivocadamente os alunos por suas ações em sala de aula e,

estes, por sua vez, se sentem desestimulados e na maioria das vezes,

abandonam a escola; desistem de estudar.

Marchesi, (2004, p.44), discorre que a formação dos professores e seu

desenvolvimento profissional são condições necessárias para que produzam

práticas integradoras positivas nas escolas. Enquanto Glat (1998) afirma que

os educadores freqüentemente apontam que, de um modo em geral, os cursos

de formação de professores trabalham a teoria, mas não conciliam estes

conhecimentos com a prática.

Lembramos ainda, que a restrita oferta de vagas para cursos de

capacitação no sistema público de educação, não contempla a todos os

profissionais que desejam participar dos cursos.

Também a disponibilidade do próprio professor que, na maioria das

vezes, por ter uma jornada de trabalho que não lhe permite afastar-se de suas

tarefas ou pela necessidade de manter o sustento de sua família, acaba por

perder as oportunidades de capacitar-se pedagogicamente.

Outro fato é que, na maioria das vezes, o professor não consegue

identificar suas próprias dificuldades que interferem no desempenho de suas

práticas dentro do processo ensino aprendizagem.

Portanto, a pretensão deste trabalho é contribuir para uma reflexão a respeito

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da realidade com a qual nos deparamos e a busca de informações para sua

solução e/ou transformação.

3 CONCEITO HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA

A psicopedagogia, de acordo com BOSSA (2000, p. 36), tem seus

primórdios na Europa, ainda no século XIX, evidenciada pela preocupação com

os problemas de aprendizagem na área médica. Nessa época acreditava-se

que os comprometimentos na área escolar eram provenientes de causas

orgânicas, pois se procurava identificar no físico as determinantes das

dificuldades do “aprendente”.

Com isso, constituiu-se um caráter orgânico da Psicopedagogia. Ainda

segundo BOSSA (2000, p. 48), a crença de que os problemas de

aprendizagem eram causados por fatores orgânicos perdurou por muitos anos

e determinou a forma do tratamento dada à questão do fracasso escolar até

bem recentemente.

Nas décadas de 40 a 60, na França, a ação do pedagogo era vinculada

à do médico. No ano de 1946, em Paris foi criado o primeiro centro

psicopedagógico. O trabalho cooperativo entre médico e pedagogo era

destinado a crianças com problemas escolares, ou de comportamento e eram

definidas como aquelas que apresentavam doenças crônicas como: diabetes,

tuberculose, cegueira, surdez ou problemas motores.

A denominação "Psicopedagógico" foi escolhida, em detrimento de

"Médico Pedagógico", porque se acreditava que os pais enviariam seus filhos

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com mais facilidade. Em decorrência de novas descobertas científicas e

movimentos sociais, a Psicopedagogia sofreu muitas influências. Em 1958, no

Brasil surge o Serviço de Orientação Psicopedagógica da Escola Guatemala,

na Guanabara (Escola Experimental do INEP - Instituto de Estudos e

Pesquisas Educacionais do MEC).

O objetivo era melhorar a relação professor-aluno. Nas décadas de 50 e

60 a categoria profissional dos psicopedagogos organizou-se no país, com a

divulgação da abordagem psico-neurológica do desenvolvimento humano. A

psicopedagogia no Brasil surgiu devido ao grande número de crianças com

fracasso escolar e de a psicologia e a pedagogia, isoladamente, não darem

conta de resolver tais fracassos.

Um dos precursores dos cursos de formação em Psicopedagogia no

Brasil, nas últimas duas décadas do século XX, foi o Professor Jorge Visca,

natural da Argentina. Sua contribuição enfatiza para um novo olhar para quem

aprende.

Atualmente novas abordagens teóricas sobre o desenvolvimento e a

aprendizagem bem como inúmeras pesquisas sobre os fatores intra e extra-

escolares na determinação do fracasso escolar contribuíram para uma nova

visão mais crítica e abrangente. O campo de atuação está se ampliando, pois o

que inicialmente caracterizava-se somente no aspecto clínico, hoje pode ser

aplicado no segmento escolar, conhecida como Institucional, em segmentos

hospitalares, empresariais e em organizações que aconteçam à gestão de

pessoas.

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3.1 PSICOPEDAGOGIA

“A psicopedagogia é o campo do saber que se constrói a partir

de dois saberes e práticas: a pedagogia e a psicologia. O campo

dessa mediação recebe também influências da psicanálise, da

lingüística, da semiótica, da neuropsicologia, da psicofisiologia,

da filosofia humanista-existencial e da medicina”.

Sampaio, (2004, (Psicopedagogia Brasil).

A Psicopedagogia tem como foco de estudo o processo de

aprendizagem e suas dificuldades, em um contexto preventivo e terapêutico.

Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e

a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento

para que possam compreender e entender suas características evitando assim

cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade.

Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar e intervir

através das etapas de diagnóstico e tratamento.

O psicopedagogo, profissional preparado para atender crianças ou

adolescentes com problemas de aprendizagem, atua na sua prevenção,

diagnóstico e tratamento clínico ou institucional. Podendo atuar em escolas e

empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).

Através do diagnóstico clínico, o psicopedagogo identifica as causas dos

problemas de aprendizagem utilizando-se de instrumentos tais como, provas

operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCA, anamnese.

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Na clínica, o profissional em psicopedagogia faz a avaliação

psicopedagógica de crianças, adolescentes e adultos com dificuldades e/ou

distúrbios de aprendizagem, o atendimento e acompanhamento

psicopedagógico, como também orientações e aconselhamento profissional

aos pais e professores envolvidos no processo terapêutico do paciente.

Na instituição escolar, o psicopedagogo poderá ajudar os professores

auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que o aluno

possa entender melhor a aula.

Auxiliar na elaboração do projeto pedagógico bem como orientar os

professores para que estes possam encontrar a melhor forma de ajudar, em

sala de aula, o aluno com dificuldades de aprendizagem.

Realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas

pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino aprendizagem.

Encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo,

fonoaudiólogo etc.) a partir de avaliações psicopedagógicas.

Dialogar sempre com os pais ou responsáveis para fornecer orientações

sobre o aluno, criar uma parceria com família a fim de envolvendo-a no intuito

de melhor auxiliar a criança ou adolescente a minimizar sua dificuldade e

manter um relacionamento de afetividade entre escola e família. Para a

Psicopedagoga Institucional, Professora Nádia Maria Dias da Silva, o

psicopedagogo ajuda a promover mudanças, intervindo diante das dificuldades

que a escola nos coloca, trabalhando com os equilíbrios/desequilíbrios.

Auxiliar a direção da instituição no intuito para que seus profissionais possam

ter um bom relacionamento entre si.

Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de

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orientações, sabendo ouvir suas queixas e orientá-lo em suas necessidades,

pois a escuta é fundamental para poder conhecer como e o que o sujeito

aprende. Segundo, Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de

conhecer e o de ignorar”.

Cabe também ao profissional em psicopedagogia estar sempre

buscando através de estudos e também de vivências, formas para melhor

compreender os alunos que não correspondem às expectativas esperadas

tanto pela família como pela escola. Além de preparar-se para enfrentar os

bloqueios, os lapsos as resistências e outras inesperadas ou possíveis reações

adversas aos objetivos almejados.

3.2 ÉTICA

O exercício da ética é fundamental em todas as profissões e funções

que exercemos. Ética, de acordo o Dicionário Caldas Aulete, (2004, p.349),

refere–se a um ramo da filosofia que trata das questões e dos preceitos

relacionados aos valores morais e à conduta humana. Segundo Maria

Carvalho, no artigo sobre (O código de Ética e a regulamentação da função do

Psicopedagogo) o Conselho da ABPp (Associação Brasileira de

Psicopedagogia), fazendo um levantamento de questões que apareciam com

frequência, enfatiza:

O artigo I enfatiza que a psicopedagogia é um campo de atuação

em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem

humana; seus padrões normais e patológicos, considerando a

influência do meio _ família, escola e sociedade - no seu

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desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da

psicopedagogia.

O artigo IV descreve que estarão em condições de exercício da

psicopedagogia os profissionais graduados em 3º grau, portadores

de certificados de curso de Pós-Graduação de psicopedagogia,

ministrado em estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido,

ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se

à supervisão e aconselhável trabalho de formação pessoal.

Já o artigo V elenca os objetivos do trabalho psicopedagógico assim descritos:

a) promover a aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas

em atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos

disponíveis, incluindo a relação interprofissional: o psicopedagogo

deverá auxiliar as pessoas a encontrar o meio para a aquisição da

aprendizagem e não ser apenas informantes de conteúdos

elaborados - myself. Para isso deverá valer-se dos recursos

próprios da psicopedagogia (instrumentos para diagnóstico das

dificuldades), elaborando estratégias diversificadas respeitando a

singularidade do atendido e buscando interagir com outros

profissionais num trabalho multidisciplinar.

b) realizar pesquisas científicas no campo da psicopedagogia: a

psicopedagogia apresenta um campo de atuação extremamente

vasto, restando ao profissional a tarefa imensa e complexa de

assumir a sua colocação com discernimento e compromisso,

construídos sob uma base sólida de formações teórico-práticas.

Nesse contexto, o psicopedagogo deverá estar sempre se

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atualizando na busca de referenciais que possam embasar a sua

prática psicopedagógica.

Segundo Bossa (1994), o caminho da Psicopedagogia no Brasil, é árduo.

O Psicopedagogo, profissional pós-graduado, precisa ser um

multiespecialista em aprendizagem humana, congregando

conhecimentos de diversas áreas técnicas e científicas, com o

objetivo de intervir nesse processo, tanto com o intuito de

potencializá-lo, quanto de tratar dificuldades, utilizando

instrumentos próprios para este fim.

O código de ética faz referência também sobre os deveres fundamentais

dos psicopedagogos, como manter e desenvolver boas relações com os

componentes das diferentes categorias profissionais, das publicações

científicas, da publicidade profissional, dos honorários, das relações com a

saúde e educação e da observância e cumprimento do código de ética (artigo

6º).

A regulamentação da profissão será uma forma de oficializar o campo de

atuação que a sociedade já reconhece. A regulamentação possibilitaria ao

psicopedagogo fazer convênios e também garantiria o exercício da profissão

apenas por profissionais habilitados. Temos exemplo da OAB e de Conselhos

Federais e Regionais que tem o poder de punição para os maus profissionais.

3.3 PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL

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Considerando que Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem

humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção do

conhecimento, e a escola responsável por grande parte da formação do ser

humano, o trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter

preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para

solução dos problemas.

Com esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças

com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família

e a escola, a intervenção psicopedagógica ganha, atualmente, espaço nas

instituições de ensino conforme relata (Feldmann, 2006) em artigo sobre: A

importância do Psicopedagogo dentro da Instituição Escolar, cujo objetivo

surgiu da preocupação existente com sua prática como educadora bem como,

da crença de que cada um constrói seus próprios conhecimentos por meio de

estímulos, e da finalidade de fazer uma abordagem sobre a atuação e a

importância do Psicopedagogo dentro da instituição escolar.

O psicopedagogo pode atuar em diversas áreas, de forma preventiva e

terapêutica, para compreender os processos de desenvolvimento e das

aprendizagens humanas, recorrendo a várias estratégias objetivando se ocupar

dos problemas que podem surgir.

Numa linha preventiva, o psicopedagogo pode desempenhar uma

prática docente, envolvendo a preparação de profissionais da educação, ou

atuar dentro da própria escola. Na sua função preventiva, cabe ao

psicopedagogo detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem;

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participar da dinâmica das relações da comunidade educativa a fim de

favorecer o processo de integração e troca; promover orientações

metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos;

realizar processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na

forma individual quanto em grupo.

Para Barbosa, (2001 p. 63/ 64), a Psicopedagogia tem muito a colaborar

para aperfeiçoar e ampliar as possibilidades da escola. E esta colaboração esta

concentrada nas questões ligadas à prevenção das dificuldades de

aprendizagem tanto no que se refere à melhoria da qualidade de ensino/

aprendizagem, quanto ao que diz respeito à minimização e ou superação dos

problemas já existentes. Também cita a autora que, no âmbito escolar, a

Psicopedagogia, ao escolher uma forma preventiva de ação, transforma a

atenção individual em grupal, analisa os sintomas e propõe projetos de atuação

que indiquem uma mudança global, sem deixar de dar atenção aos casos

concretos que aparecem como sintomas das tensões existentes na instituição.

Ainda destaca a autora que, é preciso conceber a realidade em sua totalidade

e tratar os problemas individuais em relação ao contexto em que são

produzidos, além de compreender sua natureza interativa.

Numa linha terapêutica, o psicopedagogo trata das dificuldades de

aprendizagem, diagnosticando, desenvolvendo técnicas remediativas,

orientando pais e professores, estabelecendo contato com outros profissionais

das áreas psicológica, psicomotora. fonoaudiológica e educacional, pois tais

dificuldades são multifatoriais em sua origem e, muitas vezes, no seu

tratamento. Esse profissional deve ser um mediador em todo esse processo,

indo além da simples junção dos conhecimentos da psicologia e da pedagogia.

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O psicopedagogo pode atuar tanto na Saúde como na Educação, já que

o seu saber visa compreender as variadas dimensões da aprendizagem

humana. Da mesma forma, pode trabalhar com crianças hospitalizadas e seu

processo de aprendizagem em parceria com a equipe multidisciplinar da

instituição hospitalar, tais como psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e

médicos.

Já, no campo empresarial, o psicopedagogo pode contribuir com as

relações, ou seja, com a melhoria da qualidade das relações inter e

intrapessoais dos indivíduos que trabalham na empresa.

4 A ESCOLA E A PSICOPEDAGOGIA

Diante do baixo desempenho acadêmico, as escolas estão cada vez

mais preocupadas com os alunos que têm dificuldades de aprendizagem, não

sabem mais o que fazer com as crianças que não aprendem de acordo com o

processo considerado normal e não possuem uma política de intervenção

capaz de contribuir para a superação dos problemas de aprendizagem

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conforme enfatiza Feldmann (2006), em artigo já citado.

Neste contexto, segundo a autora, o psicopedagogo institucional, como

um profissional qualificado, está apto a trabalhar na área da educação, dando

assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para

melhoria das condições do processo ensino aprendizagem, bem como para

prevenção dos problemas de aprendizagem.

Por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita

uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de

aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe

escolar, está mobilizado na construção de um espaço adequado às condições

de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. Elege a metodologia

e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal

processo.

Os desafios que surgem para o psicopedagogo dentro da instituição

escolar relacionam-se de modo significativo. A sua formação pessoal e

profissional implicam a configuração de uma identidade própria e singular que

seja capaz de reunir qualidades, habilidades e competências de atuação na

instituição escola.

Para Laura Barbosa, (2001) a intervenção psicopedagógica na

instituição escolar existe de várias formas voltadas para suas distintas

instâncias; porém o que caracteriza esta ação é o fato de estar preocupada

com as especificidades da aprendizagem que tanto esta voltada para o sujeito

da aprendizagem como para o contexto em que ela ocorre. Também salienta a

autora que Psicopedagogia na instituição e para a instituição não se preocupa

apenas de um indivíduo e suas particularidades, mas sim do funcionamento

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geral, do processo e dos resultados do aprender em seu interior e do modo

como tudo isto pode estar contribuindo para o aparecimento das dificuldades e

ou facilidades de aprendizagem, ou seja, mantendo o vínculo concreto de sua

origem e de sua história. Onde o enfoque deixa de ser individual para se tornar

social e amplia o âmbito da ação, podendo agir com a instituição, ou com

grupos que dela faz parte, sem perder de vista a relação com o todo.

4.1 O PROFESSOR E A PSICOPEDAGOGIA

A formação acadêmica não proporciona a visão das dificuldades de

aprendizagem presentes no processo ensino aprendizagem, exceto quando se

tratar dos cursos de formação em Formação Especial que preparam

(teoricamente) o acadêmico ou especializando para atender /ensinar alunos

com necessidades educativas especiais, enquanto que para os demais cursos

de licenciatura, equivocadamente centra-se nas necessidades educativas

comuns, cujos objetivos são voltados para o considerado “aluno médio” sem a

preocupação com as dificuldades individuais, ou seja, com o processo ensino

aprendizagem.

Afirma Glat (1998) que os educadores freqüentemente apontam

que, de um modo em geral, os cursos de formação de professores

trabalham a teoria, mas não conciliam estes conhecimentos com a

prática.

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Isto ocorre porque, na sua grande maioria, os currículos estão

distanciados da prática pedagógica e não contemplam a preparação do

professor de forma a capacitá-lo para trabalhar com a diversidade encontrada

em sala de aula.

Ainda expõe a autora, sobre a necessidade da criação de condições que

proporcionem a este profissional uma habilitação sólida e integral, capaz de

trazer mudanças para a sua prática pedagógica, permitindo-o trabalhar numa

sala de aula heterogênea, onde cada aluno é um ser individual e único.

Para Marchesi, (2004, p.44):

A formação dos professores e seu desenvolvimento profissional

são condições necessárias para que produzam práticas

integradoras positivas nas escolas. É muito difícil avançar no

sentido das escolas inclusivas se os professores em seu conjunto,

e não apenas os professores especialistas em educação especial,

não adquirirem uma competência suficiente para ensinar a todos

os alunos.

Segundo este autor, o professor, quando se sente pouco competente

para facilitar a aprendizagem dos alunos com necessidades educativas

especiais, tenderá a desenvolver expectativas mais negativas, que se traduzem

em uma menor integração e em menor atenção.

O aluno, por sua vez, terá mais dificuldades para resolver as tarefas

propostas, o que reforçará as expectativas negativas do professor. Tais

considerações levam o autor a afirmar que o modo mais seguro de melhorar as

atitudes e as expectativas dos professores é desenvolver seu conhecimento da

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diversidade dos alunos e suas habilidades para ensinar-lhes.

Marchesi (2004), ainda menciona que, ao lado da formação permanente,

fatores como a retribuição econômica, as condições de trabalho, a valorização

social e as expectativas profissionais, ou seja, os conjuntos de condições que

influem no trabalho do professor, facilitam ou dificultam sua motivação e sua

dedicação.

Prieto (2006, p.33) discorre que as instituições escolares, ao

reproduzirem constantemente o modelo tradicional, não têm demonstrado

condições de responder desafios da inclusão social e do acolhimento às

diferenças nem de promover aprendizagem necessárias à vida em sociedade,

particularmente nas sociedades complexas do século XXI.

Também cita a autora que, mesmo que a escola tenha compreendido

seu papel, não tem conseguido cumpri-lo, pois esse modelo assenta-se em

pressuposto irrealizável, ao exigir que todos os alunos se enquadrem às suas

exigências. Que essa escola não tem, dessa maneira conseguido se configurar

como espaço educativo para significativo contingente de alunos,

independentemente de apresentarem ou não necessidades denominadas

educacionais especiais.

Para WEISS, (1992), É preciso que o professor competente e valorizado

encontre o prazer de ensinar para que possibilite o nascimento do prazer de

aprender. O ato de ensinar fica sempre comprometido com a construção do ato

de aprender.

A autora afirma que o professor não pode ocupar bem lugar de quem ensina

tornando o conhecimento desejável pelo aluno em escolas desestruturadas,

sem apoio material ou pedagógico, desqualificados pela sociedade, pelas

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famílias, pelos alunos. Que a má qualidade do ensino provoca um desestímulo

na busca do conhecimento.

Para Barbosa, (2001), A revisão do aprender do professor possibilita uma

melhor análise do aprender dos alunos, tornando-os mais aptos para

compreender e intervir no processo de aprendizagem dos mesmos. A autora

acredita que o trabalho psicopedagógico junto aos professores deve considerar

a vivência e a discussão da mesma como elementos indissociáveis, para que

se superem as reciclagens realizadas apenas no nível racional, sem considerar

os aspectos afetivos da aprendizagem que poder aparecer da experiência e do

significado que esta possa ter para cada um. Ainda ressalta a autora que o

educador precisa conhecer, além das disciplinas que ensina, outros conteúdos

que permitam a ampliação da visão de mundo e de educação.

4.2 O PROFESSOR E AS DIFICULCULDADES DE

APRENDIZAGEM

Para falar deste tema nos embasamos no texto da UNESP-

Universidade Estadual Paulista – Pró-Reitoria de graduação, com perspectiva

de formação docente e grupos diferenciados ao editar VIII Congresso Estadual

paulista sobre formação de educadores em 2005, justifica que a educação de

pessoas com deficiência passou por vários momentos históricos, aos quais

estavam vinculados às mudanças da sociedade, partindo de uma postura

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segregacionista até chegar à atual educação inclusiva, cujo processo está em

vigor atualmente e que é considerado um avanço em relação aos demais

movimentos educacionais relacionados a estes educandos, pois nele, segundo,

Glat e Nogueira (2002) há uma mudança do foco, em que é o ensino que se

adapta às necessidades do aluno.

A educação inclusiva tornou-se uma proposta de intervenção amparada

e fomentada pela legislação, pois a inclusão de alunos com deficiência em uma

sala de aula comum é garantida pela constituição de 1988 (BRASIL, 1988).

Além deste documento, a lei n.º 9394 de 20/12/1996 (BRASIL, 1996) menciona

que é dever do estado garantir a educação escolar pública, bem como

“atendimento especializado a estes educandos na rede regular de ensino”.

No entanto, Glat e Nogueira (2002) afirmam que “não basta que uma

proposta se torne lei para que ela seja imediatamente aplicada, pois inúmeras

barreiras impedem que a inclusão se torne realidade na prática cotidiana em

classes de aula do ensino regular.”

Assim, relata Bueno (1999):

[...] tornar realidade a educação inclusiva não se efetuará,

simplesmente por decreto, sem que avalie as reais condições que

possibilitem a inclusão gradativa, continua, sistemática e planejada

de crianças com NEEs nos sistemas de ensino. Deve ser

gradativa, por ser necessário que tanto os sistemas de educação

especial como os do ensino regular possam a ir se adequando à

nova ordem, construindo práticas políticas, institucionais e

pedagógicos que garantam o incremento de qualidade de ensino

que envolve não só os alunos com NEEs, mas todo o alunado do

ensino regular.

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(BUENO, 1999, p.12).

Segundo (PARIZZI, 2000), “Um dos desafios principais para que se

obtenha uma implementação total da educação inclusiva, refere-se à questão

da formação de docentes.” O autor considera que a formação do professor é

tema relevante na busca de melhor compreensão de construção na

perspectiva da educação inclusiva,” visando ao aperfeiçoamento da prática

pedagógica mais imediata no cotidiano da sala de aula, tornando-se uma

condição do desenvolvimento profissional do docente,” com objetivo “obter

melhorias na qualidade do ensino oferecido a eles, para que possam atuar num

contexto no qual prevalece uma população variada, caracterizada pela sua

desigualdade social e educativa”

Ao referir-se aos professores, antes é necessário, segundo o autor,

”compreender o seu papel no contexto educacional. No processo das

abordagens educacionais este profissional aparece como a figura principal,

pois é quem conduz a situação do ensino na sala de aula.” Logo, “ele é quem

deve apoiar e estimular os alunos a envolverem-se ativamente em sua própria

aprendizagem.”

Para Morejón (2001) o professor tem a função de organizar uma prática

didático-pedagógica que estimule a aprendizagem conceitual-significativa, na

qual o aluno estabelece uma relação de prazer com o conhecimento levando-o

a aprender.

Já na visão de Artrolli (1999), o professor “é o principal mediador entre o

conhecimento construído e sistematizado”, do qual independe sua área de

conhecimento, práxis pedagógica, escola onde trabalha, se “é professor de

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alunos com deficiência ou dos tidos como ‘normais’, apresentando-se nessa

relação como fonte de conteúdo acadêmico específico, além de crenças,

valores, conceitos, preconceitos e metas educacionais que anseia alcançar.”

Segundo os Parâmetros Curriculares nacionais, (BRASIL, 1999), a

formação e a capacitação de docente impõem-se como meta principal a ser

alcançada na concretização do sistema educacional que inclua a todos

verdadeiramente. Desta forma (GLAT e NOGUEIRA, 2002), concluem que “isto

requer ações em todas as instâncias particularmente destinadas à capacitação

de recursos humanos,” e “assegurando que os currículos dos cursos de

formação e capacitação de professores estejam voltados para prepará-los para

atender alunos com deficiência em escolas regulares.”

O Plano Nacional de Educação (BRASIL, 1998) e a Lei de Diretrizes e

Bases de Educação (BRASIL, 1996) demonstram que há uma preocupação em

incluir nos currículos de formação de professores, no nível médio e superior,

conteúdos e disciplinas que possibilitem o preparo destes profissionais para

atenderem aos alunos com deficiência. Também a portaria n.º 1793/94 do

MEC recomenda a inclusão da disciplina ‘Aspectos Ético-Político-Educacionais

da Normalização e Integração da Pessoa Portadora de Necessidades

Especiais’, com prioridade, nos cursos de pedagogia e psicologia, bem como

em todas as licenciaturas (BRASIL, 1994a).

Segundo Denari, (2003), à medida que o governo federal define

resoluções para a estruturação dos cursos de licenciatura, também vão ficando

mais claras as possibilidades para a formação em nível superior de professores

capacitados para atuarem no ensino regular com alunos com deficiência, no

contexto de uma escola inclusiva.

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Para Buffa, (2002), a inserção de disciplinas relativas à educação

inclusiva na formação do professor do ensino regular proporcionará a ele

possibilidades de identificar e atender a diversidade em sala de aula,

capacitando-o a exercer sua autonomia na tomada de decisão e provisão de

recursos o menos restritivo possível, constituindo assim uma consciência cada

vez mais evoluída de educação e de desenvolvimento humano.

No entanto, Prieto, (2003) ressalta que é preciso definir qual o teor

dessas disciplinas, seus objetivos, ementas e conteúdos, caso contrário não há

como garantir seu desenvolvimento em sala de aula. Assim como Artrolli (1999)

lembra que garantir a formação adequada aos futuros professores, com

discussão sólida sobre as concepções médica e educacional das diferentes

deficiências (física, mental, visual, auditiva), mostrando o modelo clínico, com

ênfase ao modelo social e o concomitante reflexo na práxis pedagógica,

reparará terreno para que o aluno com deficiência seja recebido na classe

comum.

Com intuito de uma educação inclusiva, o Plano Nacional de Educação

(BRASIL, 2001a) estabelece a necessidade de assegurar a inclusão nos

currículos de formação de professores nos níveis médio e superior, de

conteúdos e disciplinas específicas para a capacitação ao atendimento dos

alunos com deficiência para incluir ou ampliar, especialmente nas

universidades públicas, habilitação específica, em níveis de graduação e pós-

graduação para formar pessoal especializado em educação especial,

garantindo em cinco anos pelo menos um curso desse tipo em cada unidade

da federação. Além disso, já é possível a formação em educação especial para

professores já atuantes, inclusive, com alternativas de formação à distância,

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cujo objetivo desses cursos visa aprofundar conhecimentos acerca da

Educação Inclusiva, onde são apresentados aos educadores procedimentos e

estratégias que possibilitem desenvolver uma prática pedagógica inclusiva na

sala de aula.

Para Januzzi (1995 apud ARTROLLI 1999, em relação à formação

continuada de docentes é necessário uma revisão, pois esta formação é

realizada de maneira bifurcada, ou seja, há formação de professores para

atuarem no ensino comum e professores especializados em educação

especial.

No entanto, conforme a autora, a escola inclusiva requer uma formação

comum a todos os docentes, também Carvalho (1997), complementa e salienta

“que é muito mais importante a capacitação de todos os professores do que a

preparação de especialistas, e considera que os professores devem se

preocupar com a mudança de atitude frente à diferença.”

Todavia, pode-se constatar que os professores do ensino regular ainda não

estão preparados para lidar com os alunos que apresentam características

distintas daquelas tidas como padrão de aluno “ideal”. Ainda, de acordo com a

autora, acredita-se que isso seja em decorrência de uma formação pedagógica

não adequada, que o despreparo do professor, deve-se a consequência da

qualidade dos cursos de formação que não contemplam disciplinas ou

conteúdos programáticos referentes às deficiências (física, mental, visual,

auditiva) e tampouco à prática do professor para atuar com estes

alunos.Também, Parizzi (2000), assegura que a existência de uma falta de

clareza das políticas públicas sobre a inclusão de alunos com deficiência nas

escolas regulares, associada à falta de preparo dos professores, bem como a

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diversidade de modelo de formação destes, entre outros, são um dos

empecilhos à inclusão destes alunos. Para Prieto (2003), os cursos de

formação de professores poderão criar condições adequadas para que estes

respondam às necessidades de seus alunos incluindo aquelas evidenciadas

pelos educandos com deficiência. Conforme a autora, considera-se ainda, que

os cursos de formação inicial e continuada devem qualificá-los para analisar

diversas situações que envolvam processos de ensino e de aprendizagem

visando garantir o direito de todos à educação de qualidade.

Deste modo considera-se que para incluir alunos com deficiência em

classe comum é necessário que haja recursos humanos, ou seja, profissionais

capacitados para trabalhar neste contexto. Por isso, “é importante assegurar

uma formação que dê subsídios técnicos, pedagógicos e científicos aos

professores de classe comum para que possam atuar” com a diversidade de

alunos, com ou sem deficiência, de modo a promover um aprendizado

significativo e de qualidade a cada um dos discentes.

Na perspectiva, para que se consolide a educação inclusiva de forma a

contemplar uma educação de qualidade para todos, é importante que o

professor da classe comum tenha uma formação que respeite a diversidade;

características e diferenças de cada aluno. Que amplie sua visão e desfoque-

se das peculiares, passando a percebê-los como um todo. Que o profissional

da educação esteja constantemente capacitando-se para atender a diversidade

da demanda dentro do contexto da realidade em que se encontra a educação.

Haja vista, que na realidade, o termo inclusão já não pode referir-se tão

somente aos alunos com necessidades especiais, mas também, àqueles que

apresentam dificuldades/distúrbios de aprendizagem; que apresentem ou não

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necessidades especiais. Considerando que nem sempre é possível o professor

estar disponível para melhor preparar-se/capacitar-se conforme deseja, devido

às circunstâncias e vicissitudes que muitas vezes o impede. Sendo assim, há

a necessidade das instâncias superiores da educação se posicionarem

favoráveis à formação inicial e continuada dos educadores para o contexto da

educação inclusiva, e proporcionarem projetos e programas para

implementação de uma Política Nacional de Educação de qualidade, pois ao

pensar na inclusão educacional dos alunos com deficiência ou dificuldade e/ou

distúrbios de aprendizagem, há que se pensar também em professores

preparados; capacitados para atender tal demanda.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir este trabalho pode-se afirmar que os objetivos pretendidos foram

alcançados, pois, ele fornece informações e elementos que podem ajudar os

profissionais da educação a compreender com mais clareza as necessidades

e/ ou distúrbios de aprendizagem que encontramos na realidade escolar, a

entender e interpretar os fatos que têm ocorrido e a suscitar posicionamentos

relevantes e propostas de inovações viáveis para contribuir com o processo

ensino aprendizagem. ensino aprendizagem.

Portanto, considera-se que a instituição de ensino, conforme suas

necessidades, precisa:

- do profissional psicopedagogo para trabalhar na área da educação, dando

assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para

melhoria das condições do processo ensino aprendizagem, bem como para

prevenção dos problemas de aprendizagem;

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- pensar e rever o planejamento curricular com finalidade a atender às

diversidades de aprendizagem;

- buscar novas abordagens e posturas bem como proporcionar melhor

interação entre professores e alunos;

- adequar atividades ou projetos que ajudem a diminuir ou minimizar as

dificuldades de aprendizagem;

- que o profissional da educação esteja constantemente capacitando-se para

atender a diversidade da demanda dentro do contexto da realidade em que se

encontra a educação;

- o professor deve estar disposto para melhor preparar-se/capacitar-se

conforme se faz necessário a realidade;

- que o professor precisa rever seus métodos de ensino, seus conhecimentos

práticos e teóricos e ir à busca do conhecimento;

- que as instâncias superiores da educação se posicionem favoráveis à

formação inicial e continuada dos educadores para o contexto da educação

inclusiva, e proporcionem projetos e programas para implementação de uma

Política Nacional de Educação de qualidade;

- que os cursos de capacitação oferecidos pelas entidades/instâncias

mantenedoras do sistema de ensino, em especial, das instituições de ensino

público, aos profissionais da educação, pertinentes ao atendimento à inclusão

sejam abrangentes às dificuldades e/ou distúrbios de aprendizagem e

também à prática do profissional.

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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM - Nádia Maria Dias da Silva- artigo Rev. Psicopedagogia 2007; 24(75): 229-39 DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM NA VISÃO DO PROFESSOR - ARTIGO ORIGINAL.

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DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA A CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULOS INCLUSIVOS www.psicopedagogiabrasil.com.br/a_psicopedagogia.htm