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-- --- -- UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÃFACULDADE DA ÁREA DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA ANÁLISE BIOMECÂNICA DO MEMBRO SUPERIOR NO ESPORTE BOLÃO E A CORRELAÇÃO DOS MÚSCULOS ROTADORES INTERNOS E EXTERNOS DO OMBRO NO GESTUAL DESPORTIVO. CURITIBA 2002

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO

PARANÃFACULDADE DA ÁREA DA

SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA

ANÁLISE BIOMECÂNICA DO MEMBRO SUPERIOR NO ESPORTE BOLÃO E A

CORRELAÇÃO DOS MÚSCULOS ROTADORES INTERNOS E EXTERNOS DO

OMBRO NO GESTUAL DESPORTIVO.

CURITIBA

2002

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ANDREA SANT' ANA PINTO

ANÁLISE BIOMECÂNICA DO MEMBRO SUPERIOR NO ESPORTE

BOLÃO E A CORRELAÇÃO DOS MÚSCULOS ROT ADORES INTERNOS

E EXTERNOS DO OMBRO NO GESTUAL DESPORTIVO.

Monografia apresentada à disciplina de Ortopedia como requisito parcial à conclusão do Curso de Fisioterapia, Setor da Área da Saúde, Universidade TlliUTI do Paraná.

Orientador: ProfU Elcimar Reis Co-

orientador: ProfUGustavo Buck

CURITIBA

2002

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DEDICATÓRIA

Como finalização dos quatro primeiros anos de estudo em fisioterapia

dedico este trabalho a Deus, que proporcionou paciência e oportunidade de evolução

pessoal. Dedico a todas as pessoas que amo, em especial aos meus pais pela força e

estímulo na realização e conclusão do trabalho. E aos profissionais da área que

contribuíram com seus conhecimentos científicos.

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AGRADECIMENTOS

A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização do

trabalho. Agradeço ao professor e orientador Elcimar Reis, pelo acompanhamento e

revisão do estudo, e ao co- orientador Gustavo Buck , pelo auxílio e

aprofundamento.

Meu especial agradecimento a todas as pessoas que colaboraram como

sujeitos ( objetos) da pesquisa.

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"Pouco conhecimento faz com que as criaturas se sintam

orgulhosas.

Muito conhecimento, que se sintam humildes.

É assim que as espigas sem grãos erguem

desdenhosamente a cabeça para o céu, enquanto que as cheias a

baixam para aterra, sua mãe."

LEONARDO DA VINCI

."

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS..........................................................................................................VII

LISTA DE GRÁFIcos........................................................................................................VIII

LISTA DE TABELAS........................................................................................................................IX

RESUMO.............................................................................................................................................X

ABSTRACT.......................................................................................................................................XI

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................1

1.1 A descrição do problema..............................................................................................1

1.2 Delimitação do tema.....................................................................................................1

1.3 Justificativa...................................................................................................................2

1.4 Objetivo Geral..............................................................................................................2

1 .5 Objetivos específicos...................................................................................................2

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. ..................................................................................... 3

2.1 O membro superior....................................................................................................3

2.1.1 O ombro e a cintura escapular............................................................................3

2.1.2 Complexo articular do cotovelo............................................................................10

2.1.3 Complexo articular do punho e mão.....................................................................15

2.2 GESTUAL DESPORTIVO.....................................................................................18

2.3 BOLÃO.......................................................................................................................26

2.3.1 Regras do Boião....................................................................................................26

2.4 EXAME DE FORÇA MUSCULAR PELA DINAMOMETRIA ISOCINÉTICA

COMPUTADORIZADA....................................................................................................................27

2.4.1 Exame de força isocinético no membro superior..................................................29

2.4.2.Exame da articulação glenoumeral.......................................................................31

2.4.3 Exame da força dos movimentos de rotação interna e externa do ombro.............31

3 METODOLOGIA ( MATERIAIS E MÉTODO)......................... 33 - .-. --- *.. ..-.--

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................................................................... 36

5 DISCUSSÃO .................................................................................................................................. 46

6 COSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................... 50

REFERÊNCIAS BmLIOGRÁFIcAS.............................................................................................. 52

ANEXOS ... ....................................................................................................................................................... .........54

'M

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 : Articulações da Cintura Escapular..........................................................................3

Figura 2: Relação do ombro na postura ................................................................................................ 6

Figura 3- Anatomia do cotovelo..........................................................................................................10

Figura 4 - Posicionamento do atleta....................................................................................................19

Figura 5 - Atleta segurando a bola...................................................................................................... 19

Figura 6 - Posição do atleta para iniciar a fase de balanceio ...............................................................20

Figura 7 - Iniciação do movimento de balanceio ................................................................................21

Figura 8 - Finalização da fase de balanceio e preparação para a fase de impulso. ..............................22

Figura 9 - Fase de aceleração. ............................................................... ............................................. 24

Figura 10-Movimento de aceleração do gestual desportivo................................................................24

Figura 11- Iniciação da fase de arremesso .......................................................................................... 25

Figura 12- Finalimção da fase de arremesso ....................................................................................... 25

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Prática Desportiva........................ ...................................................................................36

Gráfico 2 - Freqüência de Treinamento..............................................................................................36

Gráfico 3 - Repetições do movimento de Balanceio..........................................................................37

Gráfico 4 - Presença do movimento de flexão e extensão do cotovelo no gestual despotivo ...... 37

Gráfico 5 - Presença do movimento de flexão e extensão do punho no gestual desportivo...38

Gráfico 6 - Perimetria do antebraço....................................................................................................38

Gráfico 7 - Perimetria do braço.......................................................................................................... 38

Gráfico 8- Relação do desempenho muscular dos rotadores intemsos e dos rotadores extenos......... 39

Gráfico 9 - Avaliação do peak torque dos músculos rotadores internos- 60o/seg.................40

Gráfico 10- Avaliação do trabalho dos músculos rotadores internos - 1200/seg................................ 41

Gráfico 11 - Avaliação da potência muscular dos rotadores internos...................................41

Gráfico 12- Avaliação da contração excêntrica dos músculos rotadores internos................41

Gráfico 13 -Avaliação do peak torque dos músculos rotadores externos...........................................42

Gráfico 14- Avaliação do trabalho dos rotadores externos ................................................................ 43

Gráfico 15- Avaliação da potência muscular dos rotadores externos................................................. 43

Gráfico 16- Avaliação da contração excêntrica do músculos roadores externos.................................44

Gráfico 17- Avaliação do peak torque da musculatura agonista e antagonista .................................. 44

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Perimetria do braço e Antebraço..........................................................................54

Tabela 2- Avaliação de força muscular (N/m) dos músculos ............................................... 55

rotadores internos e rotadores externos a 600/seg.................................................................55

Tabela 3 - Avaliação do trabalho (1) dos músculos rotadores internos e rotadores externos à

1200/seg ............................................................................................................................................. 56

Tabela 4- A valiaçào da potÊncia (W) dos musculos rotadores internos e rotadores externos à

30° /seg............................................................................................................................................... 57

Tabela 5- Avaliação da contração excêntrica dos músculos rotadores internos e rotadores externos a

3000/seg............................................................................................................................ 58

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RESUMO

o boião é um esporte coletivo pouco divulgado e conhecido pelos

reabilitadores.Tendo em vista o pequeno número de pesquisas realizadas a respeito

dele, foi idealizado um projeto de análise para observar o movimento dos jogadores

masculinos de boião no clube social Paraná Clube com o objetivo de analisar o gestual

desportivo efetuados por estes atletas.

No esporte o indivíduo necessita de muita concentração para em cima de

uma pista, ser capaz de derrubar nove pinos que se encontram 12 metros a sua frente.

Com coordenação e movimentos harmônicos dos membros superiores, tronco e

membros inferiores, o atleta finaliza seu objetivo: fazer a bola deslizar até os pinos.

Considerando a complexidade do movimento, pretende-se com este estudo,

descrever o gestual desportivo, enfatizando a participação dos membros superiores e

correlacionando com possíveis lesões .Assim ajudando e ampliando os campos de

pesquisa.

Através da avaliação minuciosa articular e muscular dos complexos

articulares do ombro, cotovelo e punho, fez-se a análise biomecânica do membro

superior e estudou-se a participação dos músculos rotadores internos e rotadores

externos no gestual desportivo após avaliação isocinética.

Palavras chaves: Membro superior, biomecânica, manguito rotador e

isocinetismo.

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1 INTRODUÇÃO

À prática de esporte sempre acompanhou o ser humano na história da

sociedade. À medida que o conhecimento se aprimorou abriram-se às portas para a

imaginação e um leque de opções surgiram para a prática de esportes. Seja ele

coletivo ou individual; o esporte sempre proporcionará o prazer de vitória mesmo não

sendo campeão, mas simplesmente participando.

Um esporte pouco divulgado mas muito praticado nos estados do Paraná,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul é o boião. Trata-se de um esporte coletivo que

envolve indivíduos de ambos os sexos, cujo principal objetivo é derrubar os 9 pinos

que se localizam à frente do atleta.

Atualmente é abundante a prática de boião nos clubes e sociedades, tendo

se tornado uma necessidade dentro do cotidiano de seus praticantes. Esta

comunidade organizada em grupos que desfrutam do convívio entre as pessoas,

representa para muitos a forma mais interessante de experimentar os diversos

benefícios proporcionados pelo esporte.

1.1 A DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

Com relação a poucas pesquisas realizadas na área deste desporto,

principalmente referente à analise do gestual desportivo, a dificuldade de determinar a

participação do membro superior neste esporte.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Análise biomecânica do membro superior no esporte Boião e a relação dos

rotadores internos e rotadores externos no gestual desportivo.

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ABSTRACT

The "boião" is a collective sport little divulged and known by the

rehabilitation. In sight of small research carried through in this, a project of analysis of

masculine players of "boião" of the social club Paraná was idealized with the objective

to analyze the porting gesticulation effected by these athletes.

In the sport the individual needs much concentration so that standing in the top

of a track, it can knock down nine bolts, that localization twelve meters in front of the

athlete. With coordinate and harmonic movements of the superior members, trunk and

inferior members the athlete finishes its objective.

In sight of the complexity of the movements, it is intended with this study to

describe the porting gesticulation emphasizing participation of the superior members

and correlating with possible injuries. Intending to help and to extend the fields of

research.

Through a minute to articulate and muscular evaluation of the complexes to

articulate of the shoulder, elbow and fist one became a biomechanics analysis of the

superior member and studied it afie r participation of the muscle externa I and internar

rotation in gesticulation porting isokinetics evaluation.

Key words: Superior Members, Biomechanics, Rotation Manguito and isokinetics.

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1.3 JUSTIFICATIVA

Abrir portas para maiores pesquisas nesta área e fornecer parâmetros

precisos para o entendimento do gestual desportivo.

1.4 OBJETIVO GERAL

o objetivo geral deste estudo é efetuar uma análise biomecânica do membro

superior no esporte boião correlacionando o movimento esportivo com os músculos

rotadores internos e externos neste gestual .

1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Analisar o posicionamento do atleta na pista;

b) Verificar as cadeias musculares atuantes;

c) Elaborar uma inter-relação dos complexos articulares do membro

superior;

d)Avaliar e quantificar a força muscular de rotadores internos e externos; e)

Analisar possíveis desequilíbrios musculares.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O MEMBRO SUPERIOR

Ao longo da evolução o ser humano adquiriu a posição ereta e com isto a

extremidade superior deixou de ser um apêndice de sustentação do peso e se

transformou em instrumento de preensão e manipulação.

A cintura escapular enfim, assumiu maior amplitude de movimento e

funcionabilidade, substituindo a sustentação de peso e a ambulação por movimentos

de estabilidade e força (CAILLlET, 2000).

O esqueleto apendicular do membro superior compõe-se pela cintura

escapular formada pela escápula e pela clavícula, úmero, rádio, ulna e ossos da mão.

Estes ossos organizados perfeitamente e encaixados pelos seus acidentes ósseos,

articulam-se entre si e possibilitam grande funcionabilidade para o membro superior,

favorecendo a prática de esportes (DANGELO e FATTINI1997).

2.1.1 O ombro e a cintura escapular

FIGURA 1 : ARTICULAÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR

(1) glenoumeral, (2) supra-umeral, (3) acromioclavicular, (4) escapulocostal, (5) estemoclavicular, (6) estemocostal, (7) costovertebral. Fonte: CAILLlET, 2000

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Segundo KISNER e COLBY, (1998) a anatomia da cintura escapular permite

mobilidade ao membro superior. Como resultado, a mão pode ser colocada quase em

todo plano dentro de uma esfera de movimento, sendo limitada primariamente pelo

comprimento do braço e o espaço tomado pelo corpo. A mecânica combinada de suas

articulações e músculos exercem e controlam a mobilidade.

o complexo articular constitui-se destas partes anatõmicas:

A articulação glenoumeral que é a junção da cabeça do úmero e a cavidade

glenóide. Esta é uma articulação sinovial, esferóide e multiaxial, onde a frouxidão da

cápsula articular permite que a articulação possua uma grande amplitude de

movimento (KISNER e COLBY, 1998).

Segundo CAILLlET, (2000) a cápsula articular origina-se na fossa glenóide e

insere-se ao redor do colo anatõmico do úmero e é revestida por epitélio sinovial, que

se mistura com a cartilagem hialina da cabeça do úmero.

Esta articulação para DANGELO e FATTINI, (1997) é estabilizada pelos

ligamentos anteriores denominados gleno -escápulo-umeral superior, médio e inferior,

e é estabilizada superiormente pelo ligamento transverso. Nesta articulação encontra-

se também ligamentos acessórios onde incluem-se os ligamentos coracoumeral e

coracoacromial.

A articulação estemoclavicular que articula a extremidade medial da

clavícula e o manúbrio do estemo faz parte também da cintura escapular. É uma

articulação sinovial em sela, onde há um disco cartilaginoso entre as duas faces, que

ajuda esta articulação a mover-se melhor. Isto reduz a incongruência das superfícies e

absorve o choque transmitido através do membro superior para o esqueleto axial

(BATES e HANSON, 1998).

Os ligamentos estemoclaviculares anterior e posterior, ligamentos

interclaviculares e costoclaviculares providenciam significante estabilidade para a

articulação e permite adequada liberdade de movimento (BATES e HANSON, 1998). A articulação acromioclavicular é uma pequena articulação sinovial plana

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que articula a extremidade lateral da clavícula e o processo acromial da escápula. A

integridade desta articulação é resultante da fixação fornecida pelos ligamentos

acromioclaviculares superior e inferior ( BATES e HANSON, 1998).

A articulação coracoclavicular ocorre onde à superfície inferior da clavícula

passa na proximidade do processo coracóide da escápula. A forte união desta

articulação fibrosa garante que a escápula e a clavícula movam-se como uma

unidade. Ajuda também a transferir o choque do membro superior à forte extremidade

medial da clavícula(BATES e HANSON, 1998).

A articulação escapulotorácica é uma articulação funcional, onde os

movimentos da escápula requerem deslizamento da escápula sobre o tórax.

Normalmente existe flexibilidade considerável de tecido mole, o que permite que a

escápula participe de todos os movimentos do membro superior. Seus movimentos

são: elevação, depressão, abdução(protração), adução(retração) vistos com movimentos claviculares.

A articulação costovertebral citada por CAILLlET, (2000) é a articulação

proximal do complexo articular do ombro e a articulação esternocostal é a articulação

contígua, onde a elevação e o abaixamento do esterno se fazem em sua inserção na

coluna vertebral por meio das costelas, portanto as esternocostovertebrais também

podem ser citadas como articulações da cintura escapular.

CAILLlET, (2000) adiciona a articulação supra- umeral, que não é uma

articulação verdadeira, ou seja, esta articulação não possui um ponto de junção entre

dois ossos, mas ela é a junção da cabeça do úmero e do ligamento coracoacromial

com o acrômio. O acrômio próximo justifica o termo articulação, mas não existe entre

estes dois ossos cartilagem, cápsula ou sinóvia. Embora não haja a junção e dois

ossos, há uma relação anatômica funcional vulnerável a condições patológicas.

O ombro apresenta os seguintes movimentos:

O movimento de flexão levantando o braço para a frente, com a palma da

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mão voltada medialmente paralela ao plano, possui amplitude de movimento funcional

de O - 1800 (MARQUES, 1997).

Para que esse movimento ocorra é necessário que todo o complexo articular

participe do movimento e segundo CAILLlET, (2000) uma possível deformidade na

coluna dorsal limita esta amplitude de movimento do ombro (figura 2). Em uma postura

cifótica dorsal é consistente a relação entre o acrômio e a cabeça do úmero abduzida,

ocorrendo à intrusão do tubérculo maior e de todos os tecidos contidos no

compartimento supra- umeral em todas as atividades do braço que exijam a elevação

e abdução acentuadas. Uma possibilidade constante é o pinçamento do manguito

rotador.

FIGURA 2: RELAÇÃO DO OMBRO NA POSTURA

A) Postura ereta com cifose dorsal mlnima. O braço, elevado acima da cabeça , passa atrás da orelha. ( B) Na postura com ombros "arredondados"( cifose dorsal

excessiva), a escápula roda, trazendo para baixo o acrOmio. Há , agora. limitaçao mecanica da elevaçao do braço acima da cabeça. (Seta) ponto de compressao do

tubérculo maior sobre o processo acromial

Fonte: CAILLlET, 2000.

No movimento de flexão de ombro os músculos que atuam para que este

movimento seja realizado são:

O músculo deltóide anterior que se origina no terço lateral da clavícula e se

insere no terço médio da superfície do úmero. É inervado pelo nervo axilar.

O músculo peitoral maior que origina-se na metade mediar da clavícula,

esterno e cartilagens costais e insere-se no lábio lateral do sulco biciptal do úmero. É

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900(MARQUES,1997).

Os músculos que realizam e participam desta função são: o peitoral maior,

deltóide anterior, grande dorsal, redondo maior e subescapular : que origina-se na fossa

subescapular e insere-se na tuberiosidade menor do úmero. É inervado pelo nervo

subescapular (DANGELO e FATTINI, 1997)

O movimento de rotação externa realizada em decúbito dorsal, com o ombro

abduzido em 90°, o cotovelo fletido 90° e o antebraço em supinação possui amplitude

de movimento de O - 900(MARQUES, 1997).

Os músculos que realizam esta função são o infraespinhoso : que se origina na

fossa infra-espinhosa e insere-se na tuberiosidade maior do úmero. É inervado pelo

nervo supraescapular. O músculo deltóide posterior e redondo menor (BATES e HANSON, 1998).

O movimento de abdução realizado com elevação lateral do braço em

relação ao tronco é de O -180°. Neste movimento inclui-se o movimento da

escápula a partir de 90° (MARQUES, 1997).

Os músculos que realizam este movimento são o deltóide, o músculo

supraespinhoso :que origina-se na fossa supra-espinhosa da escápula e insere-se na

ponta da grande tuberiosidade do úmero, é inervado pelo nervo supraescapular . Os

músculos infraespinhoso, subescapular, redondo menor e a cabeça longa do

bíceps. No movimento de adução, apesar de alguns autores definirem a adução

como o movimento inverso da abdução, para MARQUES, (1997) considera-se aqui o

movimento de adução na frente do corpo com a palma da mão voltada posteriormente

numa flexão de 90° do ombro é de 0- 40°.

Os músculos que realizam esta função são o peitoral maior, grande dorsal,

redondo maior e subescapular (BATES e HANSON, 1997).

Movimentos escapulares incluem a elevação da escápula realizada pelas

fibras superiores de trapézio que origina-se na base do crânio e ligamentos do

pescoço e insere-se no terço lateral da clavícula (borda posterior). É inervado pelo

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inervado pelo nervo peitoral medial e lateral.

O músculo coracobraquial que origina - se no ápice do processo coracóide e

insere-se no terço médio da superfície medial do úmero. É inervado pelo nervo

músculocutâneo .

O músculo bíceps braquial que origina-se no processo coracóide e parte

superior da fossa glenóide da escápula e insere-se na tuberiosidade do rádio . É

inervado pelo nervo musculocutâneo (DANGELO e FATTINI, 1997).

O movimento de extensão realizado com a palma da mão voltada

medialmente, paralela ao plano sagital e braço para trás possui amplitude de

movimento de O-45° ( MARQUES, 1997).

Os músculos que estão envolvidos na ação são : o deltóide posterior que

origina - se na espinha da escápula e insere-se na, metade inferior da superfície do

úmero. É inervado pelo nervo axilar (DANGELO e FATTINI, 1997).

O músculo redondo maior que origina - se na borda axilar da escápula e

insere-se no lábio medial do sulco biciptal do úmero. É inervado pelo nervo

subescapular (DANGELO e FATTINI, 1997).

O músculo redondo menor que origina - se na borda axilar da escápula e

insere-se na tuberiosidade maior do úmero. É inervado pelo nervo axilar (DANGELO e FATTINI, 1997).

O músculo grande dorsal que origina - se no ílio posterior, sacro, fáscia

lombar e vértebras T7 a T12 e insere-se no piso do sulco biciptal do úmero entre o

peitoral maior e redondo maior. É inervado pelo nervo toracodorsal (DANGELO e FATTINI, 1997).

O músculo tríceps braquial que origina-se logo abaixo da fossa glenóide, no

úmero súpero-posterior e no úmero ínfero-posterior e insere-se no processo

olecraniano da ulna. É inervado pelo nervo radial (BATES e HANSON, 1998).

O movimento de rotação Interna com o indivíduo deitado em decúbito dorsal

e o ombro numa abdução de 90°, com o cotovelo també m fletido a 90° e o

antebraço em supinação apresenta amplitude de movimento de 0

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nervo acessório e ramos do plexo braquial.

O músculo elevador da escápula que origina-se no processo transverso de C

1 a C4 e insere-se na borda superior da escápula. É inervado pelos ramos do plexo

braquial.

O músculo romboíde maior e menor que origina-se na coluna vertebral de

C7 a T5 e insere-se na borda medial da escápula. É inervado pelo nervo escapular

dorsal.

A depressão da escápula realizada pelo feixe inferior do trapézio que origina-

se nas vértebras da coluna torácica inferior e insere-se na escápula. É inervada pelo

nervo acessório .

O músculo peitoral menor que se origina na superfície anterior das 3°,4°,5°

costelas e insere-se no processo coracóide da escápula. É inervado pelo nervo

peitoral medial, e grande dorsal.

Os movimentos de abdução e rotação para cima da escápula são realizados

pelos músculos: serrátil anterior que origina-se na superfície lateral das 1 ° a 9°

costelas e aponeurose cobrindo os músculos intercostais e insere-se na superfície

costa I e borda medial da escápula. É inervado pelo nervo torácico longo.

Pelas fibras inferiores de trapézio e feixe médio de trapézio que origina- se

nos ligamentos do pescoço e coluna vertebral da C7 a T12 e insere-se na borda

medial da escapula.

Segundo BATES e HANSON, (1998) os movimentos de abdução e rotação

para baixo da escápula são realizados pelos músculos: rombóides , peitoral menor e

elevador da escápula.

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2.1.2 Complexo articular do cotovelo

FIGURA 3- ANATOMIA DO COTOVELO

Fonte: DANGELO e FATTINI ,1997

o complexo articular do cotovelo localiza-se entre duas outras importantes

articulações: a articulação do ombro e a articulação do punho. Pela sua disposição

possui funções que se correlacionam com as outras duas articulações, fechando

assim a complexidade do membro superior.

Formado pelas articulações: úmero- radial, úmero-ulnar e rádio-ulnar

proximal, o complexo articular do cotovelo realiza movimentos importantes para o

posicionamento funcional da mão (DANGELO e FATTINI,1997).

Caracterizada como uma articulação sinovial, ou seja, móvel, o complexo

articular do cotovelo é envolto por uma cápsula articular que oferece estabilidade a

articulação junto aos ligamentos. Possui uma cartilagem articular branca e lisa que

localiza-se entre os ossos permitindo um deslizamento entre eles e diminuindo o atrito

gerado nos movimentos.

Contém uma membrana sinovial que possui a função de deter os elementos

figurados, deixando passar somente o plasma para a nutrição desta cartilagem, bem

como uma membrana fibrosa que oferece resistência e proteção.

Possui o líquido sinovial que é um filtrado plasmático responsável pela

nutrição da cartilagem articular, que ajuda na lubrificação articular e na defesa desta

articulação (DANGELO e FATTINI, 1997).

A articulação úmero-radial é caracterizada como uma articulação sinovial

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plana pois esta realiza o movimento de deslizamento do capítulo convexo do úmero

com a cabeça radial côncava (DANGELO e FATTINI, 1997).

Realiza o deslizamento volar e dorsal da cabeça do rádio como movimento

acessório e é estabilizada pelo ligamento colateral lateral (radial). A amplitude de

movimento ativo é de O - 1500 de flexão de cotovelo e de 0-100 para hiperextensão

de cotovelo (LOUDON ; BELL; JONSTHON ,1999, DANGELO e FATTINI, 1997).

É desta região lateral que se originam os músculos: braquioradial saindo da

crista supraepicondilar lateral e inserindo-se na face lateral do rádio no processo

estilóide realizando a flexão do antebraço e podendo promover a supinação do

antebraço (LOUDON; BELL; JONSTHON ,1999, DANGELO e FATTINI,1997).

O músculo extensor radial curto do carpo que origina-se no epicôndilo lateral

do úmero e insere-se na face posterior da base dos 11 e 11I metacarpo.

(LOUDON; BELL; JONSTHON, 1999, DANGELO e FATTINI,1997).

o músculo extensor radial longo do carpo que origina-se na crista

supraepicondilar lateral do úmero e insere-se junto ao músculo extensor curto do rádio

(LOUDON ; BELL; JONSTHON, 1999, DANGELO e FATTINI, 1997).

o músculo ancôneo que origina-se na face posterior do epicôndilo lateral do

úmero e insere-se na face posterior do olecrano realizando a extensão do antebraço e

retesando a cápsula articular do cotovelo( LOUDON ; BELL; JONSTHON, 1999

,DANGELO e FATTINI, 1997).

o músculo supinador que origina-se no epicôndilo lateral do úmero e ulna e

insere-se na face lateral do rádio realizando a supinação do antebraço.

O músculo extenso r dos dedos que origina-se no epicôndilo lateral do

úmero e insere-se na face posterior das falanges média e distar de todos os dedos

(exceto o polegar), realizando a extensão dos dedos e auxiliando em sua abdução e

ajudando na discreta extensão e adução da mão ( LOUDON ; BELL; JONSTHON

,1999, DANGELO e FATTINI, 1997). o músculo extensor ulnar do carpo que origina - se no epicôndilo lateral do

úmero e margem posterior da ulna e insere-se na base do V metacarpo realizando a

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extensão da mão e principalmente a adução ( LOUDON ; BELL; JONSTHON, 1999 ,

DANGELO e FATTINI, 1997).

A articulação úmero-ulnar que caracteriza-se por uma articulação sinovial

gínglima, pois esta realiza a flexão e a extensão da tróclea convexa do úmero e a

incisura troclear côncava da ulna proximal. Realiza os movimentos ativos de flexão de

cotovelo (0-150°) e de hiperextensão do cotovelo (0 -10°) e com o cotovelo

discretamente flexionado realiza o deslizamento medial da ulna e o

deslizamento lateral da ulna como movimentos acessórios.

É estabilizada pelo ligamento colateral medial (ulnar) tanto com sua faixa

anterior, posterior e oblíqua. Saindo desta região medial temos os músculos: pronador

redondo que originando-se no epicôndilo medial e crista supraespinhal medial do

úmero e processo coronóide da ulna e insere-se na face lateral do rádio realizando a

pronação do antebraço.

O músculo flexor radial do carpo que origina-se no epicôndilo mediar do

úmero e insere-se na face anterior da base dos 11 e 11I ossos do metacarpo

realizando a flexão da mão e abdução da mesma, ajudando em uma discreta pronação

e flexão do antebraço.

O músculo flexor ulnar do carpo que origina-se no epicôndilo medial do

úmero, olecrano e margem posterior da ulna e insere-se no osso pisiforme, base do

Vosso do metacarpo realizando a flexão e adução da mão.

O músculo flexor superficial dos dedos que origina-se no epicôndilo medial

do úmero na margem anterior do rádio e processo coronóide da ulna e insere-se na

face anterior e margens das falanges médias de todos os dedos (exceto o polegar)

realizando a flexão da mão e dos dedos além da adução dos dedos (LOUDON ; BELL;

JONSTHON 1999; DANGELO e FATTINI, 1997).

A articulação rádio-ulnar proximal caracteriza-se por ser uma articulação

sinovial trocóide por realizar o movimento de rotação da incisura radial côncava da

ulna e ligamento anular com a cabeça convexa do rádio, além de realizar

deslizamento volar e dorsal como movimentos acessórios. Possui com graus de

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amplitude dos movimentos ativos de 0-800 para supinação e pronação.

Esta articulação é estabilizada pelos ligamentos: anular, ligamento

quadrado que vai da borda da incisura radial da ulna até o colo do rádio, reforçando a

cápsula articular inferior e limitando a supinação e a corda oblíqua que vai da borda da

incisura radial da ulna até a porção inferior da tuberiosidade bicipital do rádio, resiste

ao deslocamento distal do rádio durante os movimentos de puxar.

(LOUDON; BELL; JONSTHON ,1999, DANGELO e FATTINI,1997.)

É interessante citar mais três músculos importantes para a realização dos

movimentos do cotovelo mais que se originam mais acima do complexo articular que

são: o músculo braquial que origina - se nas faces ântero- medial e ântero- lateral do

úmero e insere-se no processo coronóide e tuberiosidade da ulna e cápsula articular

realizando a flexão do antebraço e retesando a cápsula articular do cotovelo. O

músculo tríceps braquial e o bíceps braquial já citados anteriormente no complexo

articular do ombro (DANGELO e FATTINI, 1997).

O trauma ao redor do cotovelo pode colocar sujeito á pressão alguns dos

principais nervos que são responsáveis pela inervação da musculatura do cotovelo,

tais como o nervo ulnar que fica superficial na cavidade do olecrano, entre o epicôndilo

medial e o olecrano.

O nervo ulnar é coberto por uma bainha fibrosa e localiza-se posterior ao

epicôndilo medial passando entre as cabeças do flexor ulnar do carpo. A sua lesão ou

compreensão irá causar alterações sensitivas na borda ulnar da mão, dedo mínimo, na

metade ulnar do dedo anular, além da fraqueza progressiva nos

músculos inervados distalmente ao local da lesão, que são: metade ulnar do flexor

profundo dos dedos, eminência hipotênar, interróseos, flexor ulnar do carpo, flexor

curto do polegar, adutor do polegar e lumbricais 111 e IV (KISNER e COLBY, 1998). Assim como o nervo ulnar, o nervo radial que penetra no septo

muscular lateral anteriormente ao epicôndilo lateral pode sofrer lesão ou pressão.

Este nervo passa sob a origem do extensor radial curto do carpo e então

se divide em um ramo profundo que pode ser comprimido à medida que passa sob a

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margem do extensor radial curto do carpo e a fenda fibrosa do supinador.

O enfraquecimento progressivo do punho e músculos extensores dos dedos

e supinadores (exceto o extensor radial longo do carpo, que é inervado proximamente

á bifurcação), pode ser causado pela compressão da origem do nervo radial.

O nervo radial superficial ao receber um trauma direto leva á alterações

sensoriais na face lateral do antebraço até a tabaqueira anatõmica, e no lado radial do

dorso do punho e mão (KISNER e COLBY, 1998).

O nervo mediano que cursa profundamente na cavidade ulnar passando

medialmente ao tendão do bíceps e artéria braquial progride entre as cabeças ulnar e

umeral do pronador redondo e mergulha sob o músculo flexor superficial dos dedos

quando lesado ou submetido a uma pressão leva a alterações sensoriais na face

palmar do polegar, indicador, médio e metade do dedo anular, e face dorsal das

falanges do indicador e anular como se fosse uma síndrome compressiva do túnel do

carpo. Referente às alterações motoras temos o pronador redondo, flexores do punho,

flexores extrínsecos dos dedos, e o tênar intrínseco e lumbricais I e 11

(KISNER e COLBY,1998).

A parte sensitiva do cotovelo também pode ser comprometida após uma

fratura ou uma decorrente complicação. Na região lateral do braço encontramos a raiz

nervosa C5 , que corresponde ao reflexo biciptal ou seja o bíceps é o músculo

avaliado nesta área (LOUDON; BELL; JHONSTON, 1999).

A região lateral do antebraço a raiz nervosa correspondente é C6 que refere

o reflexo braquio-radial e os músculos envolvidos incluem os extensores do punho

além do braquio-radial (LOUDON; BELL; JHONSTON, 1999).

A região medial do braço a raiz nervosa é T1 não tendo um reflexo

específico e a musculatura correspondente a este dermatomo são os abdutores dos dedos (LOUDON; BELL; JHONSTON, 1999).

Na região medial do antebraço que corresponde aos músculos extensores

do polegar é caracterizada pela raiz nervosa C8 e o reflexo avaliado é o do abdutor

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do dedo mínimo. Também avaliamos o reflexo triciptal , raiz nervosa C7, na região de

sua porção longa no olecrano ( LOUDON; BELL, JHONSTON, 1999).

2.1.3 Complexo articular do punho e mão

Composto anatomicamente pela junção do radio, ulna e osso da mão, o

complexo articular do punho e mão é formado pelas articulações radioulnar distal, que

articulam a fissura ulnar côncava no rádio distal com a porção convexa da cabeça da

ulna. A articulação é estabilizada por ligamentos situados anteriormente e

posteriormente a ela. A pequena cápsula desta articulação uniaxial permite ao rádio girar

em torno da ulna durante a pronação e a supinação (BATES e HANSON, 1998,

DANGELO e FATTINI, 1997).

A articulação radiocárpica é formada pela união do rádio com o escafóide e os

osso distais do carpo e é estabilizada pelos ligamentos colaterais: radial e ulnar e

ligamentos radiocárpicos. A ulna articula-se com os discos fibrocatilaginosos e o osso

cuneiforme do carpo na porção medial da articulação (BATES e HANSON, 1998,

DANGELO e FATTINI, 1997).

As articulações intercárpicas compreendem as articulações entre os ossos

distais e proximais do carpo formando a chamada articulação mediocárpica (DANGELO

e FATTINI, 1997). Elas oferecem maior flexibilidade ao carpo e suplementam os

movimentos da articulação radiocárpica.

A cápsula articular é segura por todos os lados (superfícies dorsal e palmar)

por pequenos ligamentos interósseos. As articulações intercárpicas permitem um

pequeno movimento de deslizamento entre os ossos. Estas articulações tornam-se muito

próximas durante a extensão e aumentam a sua estabilidade durante a hiperextensão do

punho. Observa-se ligamentos interósseos e intercápicos estabilizando as articulações

(BATES e HANSON, 1998, DANGELO e FATTINI, 1997).

As articulações carpometacárpicas identificam-se por uma única

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articulação com movimento significante que é a do polegar. Conhecida também como

articulação trapeziometacárpica, esta articulação em forma de sela promove a união

entre o trapézio do carpo e a base de osso metacárpico do polegar.

A amplitude de movimento desta articulação é quase tão extensa quanto à

de uma articulação esferoidal. O movimento mais usado do polegar é a

oposição .

As outras articulações do 2° ao 5° metacarpo são ju nturas sinoviais sem grande

importância, com cápsula articular comum reforçada por numerosos ligamentos

carpometacárpicos dorsais e palmares, metacárpicos palmares e dorsais e ligamentos

metacárpicos interósseos que forçam os ossos do metacarpo a se moverem

juntamente com os ossos do carpo (BATES e HANSON ,1998, DANGELO e FATTINI,

1997). Articulações metacarpofalangeanas são as uniões entre os ossos

metacárpicos e as falanges mais proximais. São articulações condilóides com exceção

do polegar que forma uma articulação gínglima. As cápsulas articulares são

reforçadas por ligamentos palmares e colaterais. Elas permitem os movimentos de

flexão , extensão , adução e abdução (BATES e HANSON ,1998, DANGELO e

FATTINI,1997).

Articulações interfalangeanas são articulações do tipo gínglimo que

permitem o movimento entre a falange adjacente. As cápsulas articulares são

reforçadas pelos ligamentos colaterais e palmares . Ao nível das articulações dos

dedos podem ocorrer somente os movimentos de flexão e extensão ( BATES e HANSON,1998, DANGELO e FATTINI, 1997).

Os movimentos e os músculos responsáveis por estes são descritos a seguir

: Flexão do punho 0° a 80° realizado pelos músculos : flexor radial do carpo que origina

- se no epicôndilo medial do úmero e insere-se na base da superfície palmar do 2°

osso metacárpico inervado pelo nervo mediano ( BATES e HANSON,1998).0 músculo

flexor ulnar do carpo que origina - se no epicôndilo medial do úmero e insere-se na

base da superfície palmar dos metacárpicos ( osso pisiforme, hamato ganchoso, e a

base do 5° metacárpico) inervado pelo nervo ulnar

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(DANGELO e FATTINI, 1997).E o músculo palmar longo que se origina no epicôndilo

medial do úmero e insere-se no ligamento anular do punho e aponeurose palmar

inervado pelo nervo mediano (DANGELO e FATTINI, 1997).

O movimento de extensão do punho possui amplitude de movimento de 0° a

70° que necessita destes músculos motores para a re alização do movimento ( BATES

e HANSON, 1998). Os músculos extensor radial longo do carpo que origina - se no

epicôndilo lateral do úmero e terço distal do sulco supracondilar lateral do úmero e

insere-se na base da superfície dorsal do 2° metacárpico i nervado pelo nervo radial

(BATES e HANSON, 1998).0 músculo extensor radial curto do carpo que origina - se

no epicôndilo lateral do úmero e insere-se na base da superfície dorsal do 3°

metacárpico inervado pelo nervo radial (BATES e HANSON,

1998). E o músculo extenso r ulnar do carpo que origina - se no epicôndilo lateral do

úmero e insere-se na base da superfície dorsal do 5° metacárpico é inervado pelo

nervo radial (DANGELO e FATTINI, 1997).

No movimento de desvio radial, que possui amplitude de movimento de 0° a

20° é realizado pelos músculos: Flexor radial do ca rpo, extensor radial do carpo longo

e curto (DANGELO e FATTINI,1997).

O movimento de desvio ulnar , que possui amplitude de movimento de 0° a

30° é realizado pelos músculos: Flexor ulnar do car po e extensor ulnar do carpo (DANGELO e FATTINI,1997).

O movimento de flexão dos dedos é realizado pelo músculos interósseos

dorsal que origina-se em cada uma das duas cabeças adjacentes dos ossos

metacárpicos e insere-se na base das falanges proximais do 2°, 3°, 4° ded os e

expansão dorsal dos tendões extensores dos dedos inervado pelo nervo ulnar (DANGELO e FATTINI, 1997) .

Pelo músculo interósseos palmares que se origina em todo comprimento do

2°, 4°, 5° ossos metacárpicos na superfície palmar e insere-se na base das falanges

proximais dos 2°, 4°, 5° ossos metacárpico , é iner vado pelo nervo ulnar. (DANGELO e FATTINI, 1997).

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o músculo lumbrical que origina - se dos tendões do flexor profundo

dos dedos e insere-se na porção radial do osso metacárpico à expansão dorsal

dos tendões extensores dos dedos inervado pelo nervo mediano (DANGELO e

FATTINI, 1997) .

o músculo flexor curto do dedo mínimo e flexor superficial dos dedos originam -

se no epicôndilo medial do úmero e na superfície anterior do rádio e da ulna e insere-

se na falange média dos dedos inervado pelo nervo mediano (BATES e

HANSON, 1998).

E o músculo flexor profundo dos dedos que origina - se na superfície anterior

da ulna e insere-se na base dorsal das falanges distais inervado pelo nervo ulnar

(BATES e HANSON, 1998).

O movimento de extensão dos dedos é realizado pelos músculos: interósseo

e lumbricais, extensor dos dedos, que se origina no epicôndilo lateral do úmero e

insere-se na base das falanges média e distal dos dedos inervado pelo nervo radial

(BATES e HANSON, 1998).

O movimento de adução dos dedos é realizada pelos músculos: interrósseos

pai mares (DANGELO e FATTINI, 1997).

O movimento de abdução dos dedos é realizada pelos músculos:

interósseos dorsais e abdutor do dedo mínimo que origina-se no osso pisiforme e

tendão do flexor ulnar do carpo e insere-se em sua porção ulnar na base da falange

proximal e borda ulnar da aponeurose do extensor breve do dedo mínimo inervado

pelo nervo ulnar (DANGELO e FATTINI,

1997).

Ação especial que é a flexão e rotação lateral do 5° metacárpico

realizado pelo oponente do dedo mínimo que se origina na superficie convexa

do osso hamato e flexor retinaculun e insere-se em todo o comprimento do 5°

osso metacárpico (BATES e HANSON ,1998, DANGELO e FATTINI, 1997).

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19

2.2 GESTUAL DESPORTIVO

Para facilitar a análise após observação e avaliação de 10 atletas durante 4

meses dividiu-se o movimento desportivo em 5 fases .

18 fase: Fase de posicionamento. Nesta fase o atleta se posiciona na pista.

Em posição bípede com pés paralelos ao lado da pista (figura 4), o atleta realiza uma

leve semi-flexão de joelho aproximadamente à 10°. S eu tronco está fletido

anteriormente aproximadamente à 5°_ 10° .

FIGURA 4 - POSICIONAMENTO DO ATLETA

Com as mãos, segura a bola apoiando-a ao lado do tronco do braço dominante.

A bola é segura pelo polegar e dedo médio, onde as metacarpofalangeanas estão

sem i- fletidas, e o punho permanece na posição neutra

OO(Figura 5). FIGURA 5 - ATLETA SEGURANDO A BOLA

26

rotação da escápula sobre a parede torácica. O movimento é finalizado pela

desaceleração do braço somado a soltura da bola em direção aos pinos e posterior

desaceleração do braço.

2.3 BOLÃO

o esporte boião é praticado em uma pista de rolamento, tendo 18

metros de comprimento no total, com 6 metros de área de deslocamento para o

jogador no arremesso até a linha limite e 12 metros para o rolamento da bola

até os pinos. Esta pista tem altura significativa em relação ao solo de 0,02 a

0,04 metros. O jogo pode ser realizado de várias formas para a definição de

passadas, em que o total de bolas arremessadas numa partida pelo jogador, é

de no máximo 20, com a finalidade de derrubar os 9 pinos posicionados a

frente, sendo obrigatório em pavilhões de boião a existência 4 pistas

(www.boliche.com.br).

O atleta participante faz 5 arremessos por pista tendo um total máximo

de 180 pontos, com 20 bolas arremessadas pelo jogador, mas em alguns

regulamentos o jogador tem a opção de utilizar a primeira jogada de cada pista

como teste, não tendo a obrigação de derrubar os palitos nem contando na

súmula, sendo assim o jogador pode até arremessar 24 vezes em uma partida,

ocorrendo um maior desgaste físico .

Existem variações de seqüência de arremessos que podem ser5

arremessos com intervalo para descanso, 10 arremessos com intervalo para

descanso ou 20 arremessos sem intervalo para descanso, sendo o mais

utilizado em campeonatos de grandes expressões. A pontuação por bola é de O

a 9 pinos derrubados

totalizando a pontuação máxima de 180 pontos

(www.boliche.com.br) 2.3.1 Regras do Boião

A pista deve medir exatamente 18 metros de comprimento com 6 metros de

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largura , a bola tem seu diâmetro específico de 0,23 cm , podendo a critério do

jogador utilizar a bola de 2 ou 3 furos, mais com o peso limitado de no mínimo de 7 Kg

e no máximo de 11 Kg, segundo as regras oficiais da Confederação Brasileira de

Boliche e boião (www.boliche.com.br)

O boião tem como objetivo principal promover a integração sócio esportivo entre

as equipes e entidades filiadas, e as pessoas que as integram e minimizar os efeitos

nocivos da vida moderna, contribuindo para a prevenção da saúde humana

(www.boliche.com.br).

2.4 EXAME DE FORÇA MUSCULAR PELA DINAMOMETRIA ISOCINÉTICA

COMPUTADORIZADA

Introduzida nos anos 60 a isocinética somente adquiriu popularidade nos anos

80 e 90. Os exercícios isocinéticos são geralmente realizados em cadeia cinética

aberta das articulações isoladas. Eles são definidos como exercícios de velocidade

fixa com adaptação da resistência. A velocidade depende da tecnologia, variando

entre 1 °1 s e aproximadamente 500 I s. Os exercícios isocinéticos encontram amplo

emprego na avaliação do desempenho muscular , assim como para fins de

reabilitação e documentação objetiva (DAVIES, WILK, ELLENBECKER IN

MALONE, MCPAIL e NITZ, 2000).

As vantagens dos exercícios isocinéticos são:

- Adaptação da resistência permite a sobrecarga dinâmica máxima do

músculo em toda a amplitude dos movimentos ;

Proporcionam o máximo da resistência em todo o espectro de

velocidade;

Fator de segurança inerente, graças a adaptação da resistência:

portanto, o perigo para o paciente é mínimo;

- A dor após os exercícios é mínima, nas contrações isociéticas

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concêntricas; adaptação a dor e a fadiga;

Equipamento correto e confiável;

Os testes podem ser reproduzidos (confiabilidade);

Contribuem para desenvolver a rapidez dos movimentos ;

Reduzem o prazo de inervação recíproca antagonista I agonista;

Proporcionam feedback ao paciente mediante gravadores,

computadores;

- "Padrão" neurofisiológico para as velocidades e os movimentos

funcionais;

Possibilitam a supervisão objetiva dos programas submáximos e máximos ,

bem como os avanços do programa (DAVIES, WILK, ELLENBECKER IN MALONE,

MCPAIL e NITZ, 2000).

As desvantagens dos exercícios isocinéticos:

- Elevado custo do equipamento;

A estimulação do músculo pela solicitação excêntrica provoca dores

musculares tardias;

Necessidade de profissional treinado no emprego e interpretação dos

testes isocinéticos e dos exercícios isocinéticos em reabilitação;

Sensibilidade do equipamento e dos dispositivos registradores quanto a

exame de grandes massas musculares tais como quadril ou tronco;

Disponibilidade do equipamento;

Inconvergência de ligar o equipamento a várias articulações e

facilidade de combinação diversas; demorado quando se examina I

exercita mais de uma articulação;

Alguns parâmetros artificiais I antes de o membro se movimentar efetivamente

para alcançar a velocidade do dinamômetro ou quando ele se desacetera (DAVIES,

WILK, ELLENBECKER IN: MALONE, MCPAIL e NITZ, 2000).

Quase todas as pesquisas publicadas sobre isocinética referem-se a

movimentos realizados de forma concêntrica, mas no decorrer da última década

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foram criados dinamômetros isocinéticos computadorizados capazes de examinar as

contrações excêntricas. O músculo trabalha usando atos excêntricos; daí a

importância de examinarmos também as possibilidades excêntricas do músculo . É

importante que o teste seja específico, dado que na maioria das máquinas a

velocidade isocinética excêntrica está limitada a cerca de 210°1 s (DAVIES, WILK,

ELLENBECKER IN: MALONE, MCPAIL e NITZ, 2000).

Diante da ênfase cada vez maior que cabe aos exercícios de cadeia cinética

fechada usados na reabilitação, questiona-se como avaliar e examinar o desempenho

em cadeia cinética fechada, Davies pesquisou a confiabilidade do Dinamômetro

Isocinético Computadorizado de cadeia Cinética Fechada da Línea (Loredan

Biomediacal, Inc., West Sacramento, Calif.); os coeficientes de correlação dentro da

mesma categoria variam entre 0,85 e 0,94, indicando confiabilidade no exame. O

exame objetivo da força muscular em cadeia cinética fechada ainda se encontra-se em

desenvolvimento de pesquisas(DAVIES, WILK, ELLENBECKER IN

: MALONE, MCPAIL e NITZ, 2000).

Grande parte dos trabalhos publicados sobre testes isocinéticos refere-se à

cadeia cinética aberta ou ao exame de articulações isoladas . Sabe-se que existem

vantagens e desvantagens de cada tipo de exame para as articulações (DAVIES,

WILK, ELLENBECKER IN: MALONE, MCPAIL e NITZ, 2000).

2.4.1 EXAME DE FORÇA ISOCINÉTICO NO MEMBRO SUPERIOR

Ao contrario do que acontece como membro inferior, no qual a maioria dos

movimentos funcionais ou ligados a prática de esportes é realizada em cadeia cinética

fechada, o membro superior funciona quase exclusivamente em cadeia cinética aberta

Os métodos de exame da força muscular em cadeia cinética aberta permitem

que os diversos grupos musculares sejam isolados, em contraposição ao que ocorre

com os métodos em cadeia cinética fechado, que não usam eixos articulares

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múltiplos, de numerosos planos e de segmentos articulares e musculares. Os métodos

de exame isocinético tradicionais dos membros superiores são de cadeia cinética

aberta ao que se refere ao ombro, cúbito e punho. O espectro das velocidades (1° a

500°) que são possíveis atualmente com os dinamômet ros comerciais, proporciona

especificidade com respeito aos testes para o membro superior, permitindo o exame

muscular em velocidades mais altas e, portanto, mais

funcionais(ANDREWS, HARREBSON e WILK I 2000).

Em análise o caráter dinâmico dos movimentos dos membros superiores é um

fator de importância crítica. O exame manual da musculatura é uma alternativa

estática para o exame da força muscular; exige a estabilização do paciente e o

emprego de posições bem definidas sabendo que sua confiabilidade é

comprometida pela relação de diferença entre o tamanho e a força do examinador e o

caráter subjetivo do sistema de classificação (ANDREWS, HARREBSON e WILK,

2000).

Em um estudo realizado por Ellenbecker onde este comparou os resultados de

testes isocinéticos dos rotadores internos e externos do ombro com os resultados

do exame de força manual em 54 indivíduos. Observou que o exame de força manual

havia revelado força normal (5/5) e simétrica. Os testes isocinéticos revelaram

diferenças médias relativamente pequenas em relação à rotação interna e externa,

entre um membro e outro. A grande variabilidade no tocante a essa diferença média

entre os dois membros chama atenção especial, apesar do o exame de força muscular

manual ser simétrico nos dois membros. O exame de força muscular manual é parte

integrante do exame de triagem do aparelho muscular , visto que se trata de um

método de triagem grosseiro, mas rápido, para examinar a força de muitos músculo,

com base na contração muscular estática isométrica; ele é interessante sobretudo na

presença de doença neuromuscular, assim como em pacientes que apresentam

grande déficit em relação à força muscular (DAVIES, WILK, ELLENBECKER lli...:

MALONE, MCPAIL e NITZ, 2000). Muitos pesquisadores examinaram a confiabilidade dos sistemas de

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dinamometria isocinética no ser humano e na maioria dos casos esses exames se

basearam nos movimentos de extensão e flexão de joelho. Mais recentemente, foram

publicadas pesquisas sobre a confiabilidade isocinética dos dinamômetros das marcas

Cybex, Biodex e Kin- Com, em que os pesquisadores avaliaram os rotadores internos

e externos da articulação glenoumeral, em graus variados de

abdução (ANDREWS, HARREBSON e WILK , 2000).

Os dados de todas essas pesquisas indicam que os dinamômetros são

eficientes para medir a força muscular dinâmica e mostram também uma maior

eficácia para a contração concêntrica que para a contração excêntrica (DAVIES, WILK, ELLENBECKER IN: MALONE, MCPAIL e NITZ, 2000).

2.4.2.EXAME DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL

O exame de força muscular dinâmica da musculatura do manguito dos

rotadores, assume importância especial na reabilitação e na triagem preventiva da

articulação glenoumeral. O manguito rotador é parte integrante da dupla de forças do

ombro. O papel do músculo supra-espinhoso , de aproximação da articulação

glenoumeral, e a ação da componente de deslizamento para baixo (em sentido

caudal), devido a ação dos músculos infra-espinhoso, redondo menor e subescapular ,

consiste em estabilizar a cabeça do úmero dentro da fossa glenóide , opondo-se as

forças de tração para cima que o músculo deltóide exerce quando o úmero é

levantado. A presença de desequilíbrio muscular, especialmente na parte posterior do

manguito rotador, tem sido objetivamente comprovada, em pacientes que apresentam

instabilidade e encarceração na articulação glenoumeral (DAVIES, WILK,

ELLENBECKER IN: MALONE, MCPAIL e NITZ, 2000)

2.4.3 EXAME DA FORÇA DAS MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO INTERNA E

EXTERNA DO OMBRO

o exame isocinético de rotação interna e rotação externa é realizado com a

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articulação glenoumeral em 90° de abdução, tendo es ta posição a vantagem de ser

mais bem estabilizada com o paciente sentado ou em decúbito dorsal. O teste

isocinético em abdução pode ser tanto no plano coronário quanto no escapular, tendo

o plano escapular proteção dos ligamentos anteriores da cápsula glenoumeral e o

aumento teórico da relação entre comprimento e tensão do manguito rotador

(ANDREWS, HARREBSON e WILK , 2000).

O importante neste exame da força muscular dos músculos rotadores é a

interpretação do exame comparando a força de um membro com o outro. Esta prática

torna-se complicada no caso dos membros superiores, em virtude da dominância de

um dos lados, sobretudo nos esportistas que apresentam dominância unilateral. Além

das complicações devidas à dominância de um dos membros, os estudos isocinéticos

descritivos revelam disparidades em relação ao grau de dominância de um membro

em relação a força do mesmo, em alguns grupos

musculares (ANDREWS, HARREBSON e WILK, 2000).

Geralmente adimite-se que a dominância dos rotadores exrternos e internos de

um membro seja no máximo de 5 a 10% nos atletas em comparação indivíduos que

não praticam esportes. Níveis significativos mais altos da força de rotação interna têm

sido encontrados no braço dominante o que provoca alterações significativas do

equilíbrio entre os músculos agonistas e antagonistas (ANDREWS,

HARREBSON e WILK , 2000).

Em um indivíduo normal a relação usual entre rotadores externos e rotadores

internos é da ordem de 66%, e a modificação desta relação em favor dos rotadores

extrenos tem sido preconizada para a prevenção de lesões ( ANDREWS,

HARREBSON e WILK , 2000).

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3 METODOLOGIA ( MATERIAIS E MÉTODO)

A pesquisa realizada utilizou o método analítico como abordagem de análise dos

conteúdos pesquisados, tendo como método de procedimento a observação de 10 atletas do sexo

masculino, com faixa etária de 35 a 50 anos.

A técnica empregada constituiu na observação do posicionamento do atleta e gestual

desportivo em treinos realizados no Clube Social Paraná Clube. Está observação foi

realizada durante 4 meses, duas vezes por semana. Fez-se também uma avaliação

específica do membro superior, realizada na sede social do Paraná Clube. Avaliou-se

a força muscular no isocinético Cybex, das musculaturas rotadores internos e externos

do ombro bilateral.

Na avaliação do membro superior realizada na sede social do Paraná Clube

(após o atleta assinar o termo de compromisso), foram coletados os seguintes itens

dento da anamnese: o nome do atleta, a idade, o sexo, a data de nascimento, o

endereço e telefone, a profissão do atleta, a diferenciação do membro dominante, o

peso do atleta, o peso da bola que o atleta utiliza para a realização do esporte a

presença de problemas cardíacos el ou respiratórios, alterações hemodinâmicas e

diabete. Além disso o tempo em que o atleta pratica o esporte e a freqüência semanal,

assim como alguns dados a respeito do gestual desportivo.

No gestual desportivo questionou-se se o atleta balançava a bola e, em caso

afirmativo, quantas vezes, para padronização do gestual desportivo. Questionou-se

também se no movimento desportivo o atleta utilizava a flexão e extensão de punho,

flexão e extensão de cotovelo, se o atleta sentia a articulação do ombro

sobrecarregada. Coletaram-se informações a respeito de possíveis lesões no membro

superior dos atletas, incluindo caso afirmativo, quando; como; aonde foi a lesão; se a

lesão foi decorrente do esporte; se o esportista parou de treinar por causa da lesão; se

sente dor e com qual intensidade.

Dentro do exame físico realizou-se a mensuração dos membros superiores

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Dentro do exame físico realizou-se a mensuração dos membros superiores

separando-os em dominante e não dominante. Na mensuração foi utilizada uma fita

métrica e utilizou-se como referência anatõmica os pontos segundo PETROSKI,

(1999).

Para a mensuração do braço os pontos de referência anatõmica foram : ponto

acromial ao ponto proximal do rádio. Para a mensuração do antebraço os pontos de

referência anatõmica foram: ponto proximal do rádio e altura estiloidal ( processo

estilóide do rádio). Este procedimento teve como objetivo a observação de possíveis

diferenças de tamanho entre os membros dominante e o não dominante .

Ainda no que concerne ao exame físico, foi feita a perimetria para verificar as

possíveis diferenças na circunferência do membro dominante com o membro não

dominante. Foi utilizada uma fita métrica onde mensurou-se o antebraço e o braço

bilateral do atleta. Para a mensuração do braço utilizou-se da seguinte referência

anatõmica: o ponto central entre o acrõmio e a articulação úmero-radial do braço

(PETROSKI, 1999). Na perimetria do antebraço foi utilizada a seguinte referência

anatõmica: maior perímetro do antebraço (PETROSKI, 1999).

A goniometria foi realizada com um goniometro da marca Carci para grandes

articulações. Foi analisada a amplitude de movimento segundo MARQUES, (1997) da

articulação do ombro nos movimentos de elevação, rotação interna e rotação externa.

A articulação do cotovelo nos movimentos de flexão, extensão, supinação e pronação.

E a articulação do punho nos movimentos de flexão, extensão, desvio radial e desvio

ulnar.

A avaliação de força muscular foi realizada no Centro de Ciência Biológicas e

da Saúde - Clínica de Fisioterapia - Centro de avaliação e Reabilitação Isocinética da

Universidade Tuiuti do Paraná . Para isso foi utilizado o aparelho isocinético Cybex

Norm,no período de 4 de Junho a 4 de Setembro.

O protocolo utilizado avaliou os movimentos de rotação interna e externa dos

membros dominante e não dominante dos atletas. Foram utilizadas quatro

velocidades diferentes na avaliação, sendo as seguintes: 600/segundos com 5

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300/segundos com 30 repetições.

Para inicio da avaliação realizou-se uma anamnese inicial para identificação do

paciente no aparelho Cybex Norm,sendo importante para o trabalho cientifico os

seguintes dados: sobrenome, nome, peso, altura (em), data de nascimento, sexo, e

membro dominante.

o protocolo de avaliação foi antecedido por um aquecimento de 10 minutos em

uma cadeira de mecanoterapia para os membros superires seguidos de movimentos de

elevação do ombro, abdução e adução do ombro.

Para a análise dos resultados utilizou-se planilhas e imagens gráficas feitas a

partir do programa Microsoft Excel completo versão 2000.

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36

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Na pesquisa realizada observou-se que o grupo analisado possui em média 10

anos de treino (Gráfico1).

GRÁFICOI-PRÁTICADESPORTIVA

Prática desportiva

15

10 VI o c c:( 5

o

Atletas

Pertinente a freqüência desportiva observou-se que o grupo analisado pratica

boião em média 4 vezes por semana o esporte. E 40% dos atletas do grupo analisado

praticam o boião 5 vezes semanais (Gráfico 2).

GRÁFIco 2 - FREQÜÊNCIA DE TREINAMENTO

Frequência de treinamento

8

7

6 11I

C

E 5 GI

VI

.

.o

4

VI

.!!

3

O 2

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37

Afim de verificar a participação dos movimentos presentes no gestual

desportivo do boião, segue anexo ao texto (gráfico 3), onde observou-se que a

presença do movimento de balanceio, faz-se presente. Suas repetições são em média

4 vezes em 40% dos atletas , 30% dos atletas balançam 3 vezes a bola, 20% dos

atletas balançam 5 vezes a bola e 10% dos atletas balançam 6 vezes a bola.

GRÁFIco 3 - REPETIÇÕES DO MOVIMENTO DE BALANCEIO

REPETiÇÕES DO MOVIMENTO DE BALANCEIO

4 4

DA as DC DD 8E DF IIG DH .1 IIlJ

Os movimentos de flexão e extensão de cotovelo (Gráfico 4) e flexão e

extensão de punho (Gráfico 5), tornam-se importantes para o arranjo do gestual

desportivo, onde observa-se que 90% dos atletas do grupo analisado realizam o

movimento de flexão e extensão do cotovelo e 10% não realiza este movimento.

GRÁFICO 4 - PRESENÇA DO MOVIMENTO DE FLEXÃO E EX1ENSÃO DO COTOVELO NO GESTUAL DESPOTIVO.

Movimento de flexão e extensão do cotovelo

90%

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Antagônico ao movimento de flexão e extensão do cotovelo o movimento de

flexão e extensão do punho é realizado apenas por 20% dos atletas do grupo analisado I

e 80 % dos atletas não realizam este movimento (Gráfico 5). GRÁFIco 5 - PRESENÇA DO MOVIMENTO DE FLEXÃO E EXTENSÃO DO PUNHO NO GESTUAL DESPORTlVO.

Movimento de flexão e extensão do punho

20%

Notou-se que a perimetria realizada dos membros superiores em relação à

mensuração do antebraço e do braço apresentaram notáveis diferenças do membro

dominante para o membro não dominante ( gráficos 6 e 7).

GRÁFIco 6 - PERIMETRIA DO ANTEBRAÇO

Perimetria do antebraço

28 27 .!26 i 25 :E 24

23 22

Membro Dominante Membro Não dominante

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39

GRÁFIco 7 - PERIMETRIA DO BRAÇO

Perimetria do braço

40

39

rei

38

37

36 Membro Dominante Membro Não Dominante

Estas diferenças em analogia a circunferência do membro superior são

observadas na perimetria do antebraço ( gráfico 6), assim como na perimetria do

braço. ( gráfico 7), onde o membro dominante em ambas perimetria obteve uma

diferença aproximada de 2,6% maior que o membro não dominante.

Abordando a avaliação isocinética aplicada nos atletas de boião ,nos

movimentos de rotação interna e rotação externa e utilizando um protocolo com 4

velocidades, sendo: 600/seg., 1200/seg., 3000/seg. e 300/seg,.

Obteve-se uma média normal do rotadores internos sobre os rotadores

extenos.( Gráfico 8), onde a média dos rotadores internos na velocidade de 600/seg.

avaliando a força muscular foi 35,4 N/m e dos rotadores externo foi 29,05N/m. A

média para os rota dores internos na velocidade de 1200/seg . avaliando o trabalho

muscular foi 78,25 J e os rotadores externos foram 60,55J. Avaliando a potência

muscular na velocidade 3000/seg os rotadores internos apresentaram média igual a

68,02 W e os rotadores externos média de 52,76w. E avaliando a contração excêntrica

das musculaturas rotadoras a 30°/ seg., os rotadores i nternos obtiveram média de

43,3 N/m e os rota dores externos média de 40,5 N/m.

GRÁFIco 8- RELAÇÃO DO DESEMPENHO MUSCULAR DOS ROT ADORES INTERNSOS E DOS ROTADORES EXTENOS.

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40

Avaliação dos RIIRE

90

80

70

60

50

40

30

20

10

o 600/seg 1200/seg 3000/seg 300/seg

Ponderando a relação do membro dominante com o membro não dominante na

velocidade de 60°1 sego o membro dominante alcançou uma média de 37,2 N/m e o

membro não dominante uma média de 33,6 N/m ( gráfico 9), sendo a diferença entre eles

de 3,6%. GRÁFIco 9 - AVALIAÇÃO DO PEAK TORQUE DOS MÚSCULOS ROT ADORES INTERNOS- 600/SEG

E 38 Z 36 CIJ 34 ~ 32 :E 30

Relação dos RI 600/seg.

37,2

Membro Dominante Membro Não Dominante

Para a velocidade de 1200/seg a constatação da média do trabalho muscular

dos rotadores internos foi para o membro dominante de 82,6 J e para o membro não

dominante 74,9J. O trabalho maior foi de 122J do membro dominante pelo atleta C e

124J para o membro não dominante .( Gráfico 10).

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41

GRÁFIco 10- AVALIAÇÃO DO TRABALHO DOS MÚSCULOS ROTADORES INTERNOS - 120o/SEG.

Avaliação do R\-1200' sego

~ 85 '5 ~ 80 .v 75 :c ~ 70

Membro Dominante Membro NSo Dominante

Ao averiguar a velocidade de 3000/seg para os rotadores internos , a

potência do membro dominante foi em média 76,35W e do membro não dominante

59,7 W( gráfico 11 ).Sendo a diferença entre eles de 16,65%.

GRÁFICO 11 - AVALIAÇÃO DA POTÊNCIA MUSCULAR DOS ROT ADORES INTERNOS.

Ava'iação dos museu'os RI 30001seg.

100

3: 80

~ 60

:c 40 'CII :E 20

o Membro dominante Membro não

dominante

Para finalizar a análise dos rota dores internos dos membros dominantes e

não dominantes na velocidade de300/seg foi demonstrado que o membro dominante

trabalha excentricamente em média 3,4% mais que o membro não dominante ( gráfico

12) , onde o membro dominante apresenta média de 43,9 N/m e o membro não

dominante apresenta média de 40,5N/m .

GRÁFIco 12- AVALIAÇÃO DA CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA DOS MÚSCULOS

ROT ADORES INTERNOS.

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42

Avaliação dos músculos RI 30o/seg.

45 44

E 43 ~ 42 :6 41 ; 40

39 38 Membro dominante Membro não dominante

Avaliando o movimento de rotação externa na velocidade de 600/seg. ,

confrontando os valores médios obtidos do peak torque do membro dominante com o

membro não dominante ( gráfico 13), observou-se que o membro dominante foi 1,3%

mais eficiente que o membro não dominante, consistindo em 29,7 N/m a média do

membro dominante e 28,4 a média do membro não dominante.

GRÁFIco 13 -AVALIAÇÃO DO PEAK TORQUE DOS MÚSCULOS ROTADORES EXTERNOS.

30

29,5

Média- 29 NIm

27,5 Membro

dominante Membro não

dominante

Ao averiguar o gráfico a seguir , observou -se que o trabalho dos músculos

rotadores externo para o membro dominante foi em média 60,7 J e a média dos

rotadores externos do membro não dominante foi 60,4 J , ou seja, eles foram

aproximadamente equivalentes, sendo a diferença entre eles 0,3% ( Gráfico 14).

-~ - - - - -- _.~ - -

44

dominante na velocidade de 300/seg ( gráfico 16), teve média de 40,4 e o membro não

dominante 37,5 , tendo o membro dominante uma melhor performance na contração

excêntrica de 2,9%. GRÁFIco 16- AVALIAÇÃO DA CONfRAçÃO EXCÊNfRICA DO MÚSCULOS ROADORESEXTERNOS

Avaliação dos músculos Ri: 300/seg.

41 e40

~39

:638

:GI

:!: 37

36 Membro Dominante Membro Não Dominante

Concluindo a análise dos resultados ,verificou-se a normalidade da relação

agonista e antagonista , tanto do membro dominante quanto do membro não

dominante do grupo de atletas avaliados, em relação ao pico de torque .( Gráfico

17).

GRÁFIco 17- AVALIAÇÃO DO PEAK TORQUE DA MUSCULATURA AGONISTA E ANT AGONIST A.

Relação agonista I antagonista 600/seg.

83,85 83,8 83,75 83,7

eu 83,65 :c 83,6

~ 83,55 83,5 83,45 83,4 83,35 83,3

Membro dominante

Membro não dominante

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5 DISCUSSÃO

A prática esportiva necessita de um exercício muscular específico, que pode

levar esta musculatura a adaptação ao esporte ou até futuras lesões. Na pesquisa

realizada, o grupo de atletas analisados apresentaram em média 10 anos de treino, e

uma freqüência média de treinamento de 4 dias por semana. Segundo Foss e

Keteyian ( 2000), a prática desportiva é responsável por uma adaptação e aumento

muscular com um aumento correspondente na força , como verificado no grupo

avaliado.

São identificadas três fases que constituem para o processo de adaptação

ao treinamento de força. A primeira fase caracteriza-se por um período de

aprendizado, onde as informações dos movimentos ficam armazenadas no sistema

nervoso central como um padrão motor . Nesta fase observa-se pouco ou nenhum

aumento real no tamanho da massa muscular ou na força dos músculos individuais . A

segunda fase é um período no qual ocorre um aumento na força das fibras musculares

individuais, isto resulta em uma maior ativação neural ou de alguma modificação nas

fibras musculares ou no tecido conjuntivo. E a terceira fase é um período observado

após um tempo de treinamento onde o aumento de massa muscular é lento mas

constante ( FOSS e KETEYIAN , 2000).

A este fato explica-se a avaliação da perimetria do membro superior

dominante do grupo de atletas observados, onde estes apresentaram relativo aumento

de massa muscular , tanto em antebraço como em braço dominante. O parâmetro

utilizado por ANDREWS, HARRELSON e WILK (2000), referente a

comparação contralateral dos membros inferiores sadios, refere-se a uma variação

aproximada de 1,5 cm entre os lados direito e esquerdo, subentendendo-se que para

os membros superiores esta relação possa ser mantida corno parâmetro .

ANDREWS, HARRELSON e WILK , ( 2000) , afirmam que a avaliação da

circunferência dos membros determinam a hipotrofia ou hipertrofia muscular e admite-

se que este aumento ou redução na mensuração das circunferências indica

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46

uma relação direta entre o aumento ou uma redução na força muscular.

Santarem ( 1999), afirma que toda atividade física produz estímulos para

aumento da massa muscular 1 contrapondo-se ao sedentarismo que leva à

diminuição progressiva do volume dos músculos esqueléticos . O conceito atual é que

o aumento da massa muscular induzido por atividade física ocorre pelo processo de

hipertrofia , que se caracteriza por aumento de volume das fibras musculares . A

hipertrofia dos músculos esqueléticos se acompanha do aprimoramento de várias

qualidades de aptidão física e tem importante efeito plástico .

Pode ser justamente está adaptação muscular ao esporte que previne

lesões, pois não há presença de dor ,lesões cápsulo-ligamentares e músculo-

articulares no grupo de atletas avaliados , onde os testes irritativos e de estabilidade

de ombro e cotovelo apresentaram-se negativos. Assim como o complexo articular do

punho, onde também não foram encontradas instabilidade e possíveis lesões.

Lesões que possivelmente poderiam estar presente no cotovelo pela

característica do gestual desportivo, não foram encontradas nos atletas avaliados. O

gestual que exige altas repetições de movimentos de flexão e extensão do cotovelo,

seguida de uma hiperextensão poderiam sugerir tendinites . Este

movimento foi observado em 90% dos atletas . Segundo ELLENBECKER e

MATTALlNO, ( 1997 )este movimento requer a utilização dos ligamentos anular,

colateral radial e ulnar para estabilizar esta articulação que por movimentos repetitivos

podem se desgastar e sofrer estiramentos ou até mesmo microlesões levando a um

processo inflamatório e conseqüente dor.

Referente ainda ao cotovelo; a presença de possíveis epicondilites lateral ou

medial relaciona-se aos movimentos de balanceio da bola que no grupo pesquisado

está presente em média de 4 repetições deste movimento para cada arremesso.

Entende-se que o movimento de balanceio corresponde a repetidos

movimentos de flexão e extensão do cotovelo. Segundo ELLENBECKER e

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47

MATTALlNO, ( 1997) a epicondilite lateral corresponde a inflamação do extensor radial

do carpo e extensores comuns da aponeurose do epicôndilo lateral, assim como do

espaço do triângulo tendinoso do côndilo lateral. A primeira estrutura envolvida na

epicondilite lateral é o tendão do músculo extensor radial curto do carpo ,que se

origina no epicôndilo lateral e o seu atrito constante com a estrutura óssea é

responsável pelo microtraumatismo e subseqüente inflamação . A epicondilite medial

envolve o flexor radial do carpo , o flexor ulnar do carpo e o pronador redondo , que se

originam no epicôndilo medial do úmero e sofrem o mesmo mecanismo de lesão da

epicondilite lateral.

ELLENBECKER e MATTALlNO, (1997) cita ainda uma terceira forma de

lesão relacionada com tendão do tríceps braquial que insere-se no olecrano da ulna. O

mecanismo da lesão é o stress da hiperextensão do cotovelo que atrita a inserção do

tendão com a estrutura óssea, causando inflamação , dor. A inflamação do tendão do

tríceps braquial , assim como as epicondilites podem levar a incapacidade funcional do

atleta e seu conseqüente afastamento da prática esportiva.

Agora analisando o complexo articular do ombro, observa-se que o gestual

desportivo respeita a liberdade de movimento das articulações que compõem o

complexo articular do ombro( CAILLlET, 2000), assim o grupo analisado não

apresenta lesões nesta articulação. Mas a alta freqüência de treinamento pode se

relacionar a sobrecarga articular e a fadiga muscular, aparecendo em decorrência

do super treinamento ( FOSS e KETEYIAN , 2000).

Os entorses de punho ocorrem quando o punho é forçado em hiperextensão

, o que não ocorre no gestual desportivo , onde somente 20% dos atletas de boião do

grupo avaliados realizam flexão e extensão do punho. (KISNER e COLBY, 1998). A

tendinite de punho é , em geral, devido ao uso excessivo do antebraço ou do punho ,

a este fato subentende-se que a tendinite de punho pode estar presente não devido a

flexão e extensão do punho, mas sim aos repetitivos movimentos de flexão e extensão

do cotovelo. Alusivo ao complexo articular do punho, a Tenossinovite de Quervain e a

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Síndrome do túnel do carpo não se fazem presentes no grupo de atletas avaliado pelo

próprio gestual desportivo do boião.

O exame de força muscular tem por finalidade a quantificação objetiva da

força produzida pelo sistema músculo esquelético .( DAVIES, WILK e ELLENBECKER

, 2000).

O exame muscular dos rotadores internos e externos do ombro no

dinamômetro Cybex, demonstrou um trabalho muscular normal dos rotadores internos

sobre os rotadores externos no ombro dos atletas do grupo analisado em todas as

velocidade utilizadas no protocolo de avaliação. Segundo DAVIES, WILK e

ELLENBECKER (2000), os rotadores internos são mais fortes que os rotadores

externos no ombro.

Na avaliação da função dos rotadores internos do membro dominante com o

membro não dominante , nas quatro diferentes velocidade , os rotadores internos do

membro dominante desempenham um peak torque , um trabalho , uma potência e

uma contração excêntrica mais eficaz que os rotadores internos do membro não

dominante. O mesmo pode se dizer para a comparação da musculatura rotadora

externa em sua comparação funcional do membro dominante como membro não

dominante.

A última análise relaciona-se a função da musculatura agonista e

antagonista que segundo DAVIES, WILK e ELLENBECKER (2000), ela é normal tanto

para homens quanto para mulheres, na ordem de 66% e a modificação desta relação

em favor dos rotadores externos preconiza-se a interelação de lesões. No caso dos

atletas de boião do grupo avaliado a relação agonista e antagonista apresenta-se

dentro dos parâmetros de normalidade.

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6 COSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada teve uma amostragem pequena e o tempo de

desenvolvimento igualmente pequeno. Mesmo assim, a análise do gestual desportivo

e verificação da biomecânica do membro superior puderam ser realizados.

o estudo e a formulação dos movimentos que compreendem o gestual

desportivo do boião possibilitaram a verificação da participação das cadeias

musculares atuantes nos respectivos movimentos. Onde a participação dos músculos

rotadores internos e externos do ombro são de extrema importância para a

estabilidade articular do ombro e realização dos movimentos desportivos no boião.

A avaliação e quantificação da força muscular dos músculos rotadores

internos e externos dos ombros evidenciaram um equilíbrio muscular , sendo assim ,

os atletas avaliados não demonstraram nenhuma lesão no complexo articular do

ombro. O membro dominante dos atletas apresentaram-se adaptados ao esporte pelo

próprio tempo de treinamento dos atletas , com aumento de massa muscular e

significativa força muscular com relação ao membro não dominante.

A inter relação dos complexos articulares do membro superior demonstraram

uma grande hârmonia no conjunto do movimento, assim como ,na prevenção de

lesões. A participação de movimentos de flexão e extensão do cotovelo substituem

uma hiperextensão do punho na hora da finalização da jogada ( fase de arremesso ou

desaceleração) ,evitando o estiramento músculo-ligamentar e futuras tendinites de

punhos.

O próprio movimento de "pêndulo" do ombro ( movimento de balanceio) é

realizado livremente, por mais que o atleta necessite de uma bola de 11 quilos para a

realização do esporte, a articulação glenoumeral trabalha em sua livre amplitude de

movimento inibindo a hipótese de sobrecarga articular.

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de movimento inibindo a hipótese de sobrecarga articular.

Em virtude de maiores interesses , a pesquisa terá continuidade enfatizando

o estudo e a participação de outros grupos musculares e maiores complementação na

descrição do gestual desportivo. Relacionando-o a possíveis lesões articulares e

musculares e oferecendo aos fisioterapeutas dados relevantes para a prevenção

destas

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REFERÊNCIAS BffiLIOGRÁFICAS

ANDREWS, JAMES.R ; HARREBSON, GARY.L; WILK, KEVIN "Reabilita

ção Física das lesões desportivas"2° edição, editora Guanabara Koogan, 2000, RJ.Capítulo 8, paginas 160 a 188 "Aplicação da isocinética nos testes e na reabilitação".

BATES, ANDREA e HANSON , NORM "Exercícios Aquáticos Terapêuticos" , 1° edição, editora Manole, 1998, SP.

CAILLIET, RENE "Dor no ombro" 3° edição, editora Arimed, 2000, Porto Alegre RSo

DÂNGELO, J.G e FATTINI, CoA "Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos" 2° edição, editora Atheneu, 1997, SP, RJ, BR.

DA VIES, GoJ ; WILK , K e ELLENBECKER, ToS "Exame de força muscular" IN MALONE, TERRY; MCPAIL, THOMAS e NITZ, ARTHUR oJ "Fisioterapia em Ortopedia e Medicina no Esporte"Capítulo 1 O, paginas 226 a 252 , 3° edição, Livro editora , 2000, Santos o

ELLENBECKER, TODD S. e MATTALINO, ANGELO J. "The Elbow in Sport- Injury, Treatment and rehabilitation", editora Human Kinetic, 19970

FOSS, MERLE o L e KETEYIAN, STEVENo J "Bases fisiológicas do exercício e do esporte "6a esdição, editora Guanabara Koogan, 2000, RJ.

KAPANDJI, I.A."Fisiologia Articular", 4° edição, editora Manole, 1990, SPo Cap.l., paginas 9-79: "O Ombro".

KISNER, CAROL Y e COLBY, L YNN ALLEN "Exrcícios Terapéuticos Fundamentos e técnicas" 3° edição, editora Manole, 1998, SP.

MARQUES, AMÉLIA P ASCAL, "Manual de Goniometria", 1° edição, editora Manole, 1997, SP.

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PARDINI; G.DE SOUZA" Clínica Ortopédica- Atualização em Cirurgia do Ombro".editora Medsi, 2000, SP.

SANT AREM. JOSÉ MARIA "Treinamento de Força e Potência" IN: GHORA YEB, NABIL e BARROS, TURIBIO "O Exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos", Capítulo 4, páginas 35 a 50, 1° edição, editora Atheneu, 1999, SP, RJ e BH.

WILK, KEVIN E; HARRELSON, GARY L; ARRIGO, CHISTOPHER e CHMIELEWSKI "Reabilitação do ombro"IN: ANDREWS, JAMES.R; HARREBSON, GARY.L; WILK, KEVIN "Reabilitação Física das lesões desportivas" Capítulo 13, páginas 350 a 400,2° edição, editora Guanabara Koogan, 2000, RJ.

Fontes eletrônica ONLINE:

<http://www.google.com.br

<http://www.boliche.com.br

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Anexo 1- Tabelas

TABELA 1- PERIMETRIA DO BRAÇO E ANTEBRAÇO

L Atletas

A ND ND

B 35,7 26,0

C L : 3782 34,S 24,S

D r ....39,;0 37,3 27,3

E fi j;, <}:43iD 40,0 23,8

r F

.. )' \{38,;5

36,0 23,0

G r 38 35,9 25,9

H r ;; ; '4123 39,8 23,0

38.0 23,0

J L ...<39J 37,0 24,0

Média F )t1T2; 39,0 22,3

Relação h $97 37,32 24,28

Dominante/Não

dominante

ANEXOS

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TABELA 3 - AVALIAÇÃO DO TRABALHO (1) DOS MÚSCULOS ROT ADORES INTERNOS E ROT ADORES EXTERNOS À 120o/SEG.

RI RE

Atletas O E O E

A 38 37 28 28

B 37 36 24 36

C 46 53 31 41

D 35 27 27 24

E 28 29 19 26

F 39 31 26 24

G 22 26 24 22

H 40 31 34 33

I 42 33 33 29

J 38 33 26 24

Mínimo 22 26 19 22

Máximo 46 53 34 41

Média 36,5 33,6 27,2 28,7

DesvPad 6,900081 7,676805 4,54117 6,165315

DesvMed 4,9 5,04 3,44 4,84

43

GRÁFIco 14- AVALIAÇÃO DO TRABALHO DOS ROT ADORES EXTERNOS .

Avaliação muscular dos RE - 1200/seg.

70

60

50

40 Médla- J

30

20

10

O Membro

dominante Menbro não dominante

Estudando a potência dos rotadores externos na velocidade de 3000/seg.( gráfico

15), constatou-se que o membro dominante apresentou média de 55,38W e o membro

não dominante de 55,15W, onde a maior potência foi de 74,6W do atleta B , no membro

dominante.

GRÁFIco 15- AVALIAÇÃO DA POTÊNCIA MUSCULAR DOS ROTADORES EXTERNOS.

Avaliação dos musculos RE 3000/seg.

56 55 54 53

Média _ W 52 51 50 49 48 47

Membro dominante

Membro não dominante

Ultimando a análise dos rotadores externos, observou-se que o membro

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TABELA 2- AVALIAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR (NIM) DOS MÚSCULOS ROT ADORES INTERNOS E ROT ADORES EXTERNOS A 60o/SEG.

RI RE

Atletas D E D E

A 40 41 30 30

B 37 38 25 34

C 50 48 34 34

D 33 30 26 28

E 28 25 21 25

F 41 34 25 26

G 25 29 24 28

H 37 31 33 37

I 43 34 36 32

J 33 31 30 23

Mínimo 25 25 21 23

Máximo 50 48 36 37

Média 36,7 34,1 28,4 29,7

DesvPad 7,349225 6,674162 4,926121 4,498148

DesvMed 5,56 4,94 4,2 3,7

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TABELA 4- AVALIAÇÀO DA POTÊNCIA (W) DOS MUSCULOS ROTADORES INTERNOS E ROT ADORES EXTERNOS À 30o/SEG.

RI RE

D E D E

A 96 81 71 67

B 75 86 52 75

C 123 111 77 74

O 74 68 55 62

E 65 57 43 56

F 91 75 55 56

G 56 61 52 54

H 70 71 70 73

I 101 84 78 75

J 73 67 58 52

Mínimo 56 57 43 52

Máximo 123 111 78 75

Média 82,4 76,1 61,1 64,4

DesvPad 20,05659 15,53097 11,98564 9,465728

DesvMed 16,28 11,52 10,32 8,4

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TABELA 5- AVALIAÇÃO DA CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA DOS MÚSCULOS ROT ADORES INTERNOS E ROT ADORES EXTERNOS A 30000/SEG.

RI RE

Atletas O E O E

A 91 80 62 59

B 75 79 55 73

C 102 124 72 81

D 87 62 56 51

E 65 60 56 51

F 87 65 58 55

G 52 52 51 50

H 79 68 72 62

I 96 80 73 67

J 79 72 56 53

Mínimo 52 52 45 50

Máximo 102 124 73 81

Média 81,3 74,2 60 61,1

DesvPad 14,82528 19,83711 9,591663 10,03826

DesvMed 11,3 13,24 7,8 7,72

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Anexo 2 - Ficha de avaliação

Ficha de avaliação

Anamnese

Data da ava\\ação:

Nome:

Idade: Data de nascimento: sexo

Profissão:

Telefone para contato:

Membro dominante:

Peso: Altura:

Peso da Bola:

Alterações hemodinãmicas:

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Problema cardi-respiratório:

Tabagista: DSim DNão

Efilisfa: DSim DNão

Quanto tempo pratica o esporte?

Pratica outro espore ? Qual?

Quantas vezes por semana?

10 20 3D 40 50 60 70

Como é rea\\zado o gestual desportivo?

Balança a bola? Dsim Dnão

Quantas vezes? 10 3D 50 +70

No movimento utiliza: O Flexãol extensão de punho

O Flexão I extensão de cotovelo

O Sente a articulação do ombro carregada

Teve alguma lesão no membro superior?

Quando?

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Decorrente da pratica esportiva?

Sente dor? Dsim Dnão

Com é a dor?

Escala da dor 0-10 ?

Testes irritativos:

. Neer DPresente DAusente

. Jobe DPresente DAusente

. Patte DPresente DAusente

. Gerber DPresente DAusente

. Yergason

D Presente DAusente

MensuraQ!o:

Dominante Não Dominante

Braço: Acrômio ao ponto proximal do rádio

Antebraço: Ponto proximal do rádio ao processo estilóide do rádio

Perimetria

Dominante Não dominante

Braço: Ponto central entre o acrômio e a articulação úmero-radial

Antebraço: Maior perímetro do antebraço

Goniometria:

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Ombro

Movimento Braço direito Braço esquerdo

Elevação

Rotação interna

Rotação externo

Cotovelo Punho

Braço direito Braço esquerdo

Movimento

Flexão

Extensão

Supinação

Pronação

Braço direito Braço esquerdo

Movimento

Flnão

Extensão

Desvio radial

Desvio ulnar