Uruquê Semanal

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Tratar deste assunto causa-nos vergonha e indignação. O mesmo sentimento patriótico que nos envolve quando temos algo bom para abordar, se faz presente nesse momento, porém, cheio de raiva e repulsa. Che- ga-se, nesse instante, a perceber quão hipócrita e irresponsável é o homem. Todos. Sem exceção. Uns mais, outros menos, mas em suma, todos somos verdadeiramen- te hipócritas e irresponsáveis. Se não o querem acreditar no que digo, pois que ve- jam com seus próprios olhos. E não vos assusteis se por acaso reconhecerdes em meio aos materiais amontoados alguns paramentos seus, pois eles não apontam o dedo a ninguém. Ou será que apontam? Essas ima- gens são a prova de que as pessoas ainda continuam cami- nhando olhando para o chão, como fazem os porcos. Mas, por- cos mesmo, são os estúpidos que jogam o lixo dessa forma. Será que estes aluci- nados não sabem que existe coleta semanal - às quintas- feiras, para ser mais exato -, e ainda não perceberam que, assim fazendo, estão contribuindo com a proliferação do MOSQUITO DA DENGUE, por e- xemplo? Claro que sim. Mas Cristo não está aqui para pedir a Deus que os perdoe. Não. Pois se estão perfeitamente conscientes do que fazem, que arquem com as consequências. Mas que con- sequências? Quem tomará alguma providência? Esperemos a estação chuvosa chegar - e ela há de chegar -, para começarem os falatórios hipócritas de que há muito mosquito porque tem muito lixo a céu aberto... - Mas quem jogou? Nin- guém jogou. Ninguém viu. Aí vão querer que os guardas da vigilância resolvam em cinco dias o problema que a comunidade inteira preparou du- rante todo o verão. Tenha santa paciência! Uruquê está crescendo. Se continuarmos a agir como irresponsáveis, logo seremos vítimas de nossas próprias ações, como de infestações graves de doenças de toda espécie oriundas do acumulo de lixo nos arredores da vila. Sejamos higiênicos para sermos saudáveis; limpos para termos boa aparência; conscientes para sermos cidadãos. Até 2012 o brasileiro gerava 1,223 kg de lixo por dia. Sabe-se que pelos menos 2.700 pes- soas compõem o distrito de Uruquê. Nessas con- dições, geramos por dia 3.302,1 kg de lixo. Logo, se não o dermos um destino certo, e continuarmos a jogá-lo nas dependências da comunidade, muito em breve estaremos soterrados nos objetos e ma- teriais que descartamos diariamente. E não se queixem do prefeito ou quem quer que seja, isso é um problema educacional, portanto, da família. ...O lixo nosso de cada dia... Meio Ambiente URUQUÊ SEMANAL Edição 7 Sexta-feira 28/11/2014 Uruquê Semanal GRUPO CULTURAL FAZ DI CONTA Félix Almeida Uruquê Semanal Fábio Barbosa (Cleber) apóia essa ideia! uruquesemanal.blogspot.com

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Edição VII 28 de novembro

Transcript of Uruquê Semanal

Page 1: Uruquê Semanal

Tratar deste assunto causa-nos vergonha e indignação. O mesmo sentimento patriótico que nos envolve

quando temos algo bom para abordar, se faz presente nesse momento, porém, cheio de raiva e repulsa. Che-

ga-se, nesse instante, a perceber quão hipócrita e irresponsável é o homem. Todos.

Sem exceção. Uns mais, outros menos, mas em suma, todos somos verdadeiramen-te hipócritas e irresponsáveis. Se não o querem acreditar no que digo, pois que ve-

jam com seus próprios olhos. E não vos assusteis se por acaso reconhecerdes em

meio aos materiais amontoados alguns paramentos seus, pois

eles não apontam o dedo a ninguém. Ou será que

apontam?

Essas ima-

gens são a prova de

que as pessoas ainda

continuam cami-

nhando olhando para o chão, como fazem

os porcos. Mas, por-

cos mesmo, são os

estúpidos que jogam

o lixo dessa forma.

Será que estes aluci-

nados não sabem

que existe coleta

semanal - às quintas-

feiras, para ser mais

exato -, e ainda não

perceberam que, assim fazendo, estão

contribuindo com a

proliferação do

MOSQUITO DA

DENGUE, por e-

xemplo? Claro que sim. Mas Cristo não está aqui

para pedir a Deus que os perdoe. Não. Pois se

estão perfeitamente conscientes do que fazem,

que arquem com as consequências. Mas que con-

sequências? Quem tomará alguma providência?

Esperemos a estação chuvosa chegar - e

ela há de chegar -, para começarem os falatórios

hipócritas de que há muito mosquito porque tem

muito lixo a céu aberto... - Mas quem jogou? Nin-

guém jogou. Ninguém viu. Aí vão querer que os

guardas da vigilância resolvam em cinco dias o

problema que a comunidade inteira preparou du-

rante todo o verão. Tenha santa paciência!

Uruquê está crescendo. Se continuarmos

a agir como irresponsáveis, logo seremos vítimas

de nossas próprias ações, como de infestações

graves de doenças de toda espécie oriundas do acumulo de lixo nos arredores da vila. Sejamos

higiênicos para sermos saudáveis; limpos para

termos boa aparência; conscientes para sermos

cidadãos.

Até 2012 o brasileiro gerava 1,223 kg de

lixo por dia. Sabe-se que pelos menos 2.700 pes-

soas compõem o distrito de Uruquê. Nessas con-

dições, geramos por dia 3.302,1 kg de lixo. Logo,

se não o dermos um destino certo, e continuarmos

a jogá-lo nas dependências da comunidade, muito em breve estaremos soterrados nos objetos e ma-

teriais que descartamos diariamente. E não se

queixem do prefeito ou quem quer que seja, isso é

um problema educacional, portanto, da família.

...O lixo nosso de cada dia... M

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Edição 7

Sexta-feira

28/11/2014

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Félix Almeida

Uruquê Semanal

Fábio Barbosa (Cleber)

apóia essa ideia!

uruquesemanal.blogspot.com

Page 2: Uruquê Semanal

Se fosse possível medir o tempo em quilogramas, com

certeza seria muito pesado ao homem, e teríamos a mes-

ma postura de Atlas, que segundo a lenda, carregava o

céu nas costas e nunca poderia se aliviar um instante do peso. Nesse caso, carregar o céu nos ombros era um cas-

tigo dado por Zeus. Hoje, para o homem moderno, o

tempo também é uma punição, pois, se cabe a nós a res-

ponsabilidade pelas mudanças do nosso meio e da socie-

dade, também é nosso dever correr contra o tempo para

alcançar o momento exato de agir, caso contrário, espe-

rar que ele nos devore. Só temos essas duas escolhas.

Cumprir as metas a tempo não é uma tarefa fácil. Que

o diga, a presidente Dilma Rousseff, que prometeu mudanças

na economia antes do fim do ano, quando sentaria para debater

e organizar os rumos do país junto com empresários e setores financeiros. – E parece que “mudou”... Enquanto isso, o secre-

tário de Saúde do estado do Ceará, Ciro Gomes, afirmou que o

Hospital Regional do Sertão Central (HRSC) funcionará ainda

este ano, após concluir a primeira etapa, até porque uma obra

como um hospital não ficaria pronta da noite para o dia. Desta

forma, Quixeramobim e outras cidades do nosso sertão ficam

na expectativa.

Fazemos tantos planos, ano após ano, e geralmente

eles começam nessa época: a mesma em que fazemos um ba-

lanço sobre o que já foi feito e cumprido. Talvez no Brasil ti-

véssemos tempo suficiente: Foram 27 feriados e férias adianta-

das por causa da Copa do Mundo. E por mais que as eleições 2014 tenham aquecido e acelerado o ritmo do país no último

semestre, ainda estamos sem tempo. E a história vai se repetir

– não querendo ser pessimista, mas sim realista. Em 2015, feri-

ados que cairão nas segundas, terças, quintas e sextas-feiras, será

o dobro se comparado com esse ano. O comércio é o que sai

mais prejudicado dessa história, tentando depois recuperar o

tempo perdido. Os empresários reclamam do prejuízo, pois

cada dia sem produzir, as vendas caem, consequentemente,

elevando os custos. Apenas quem trabalha com o turismo tem a

comemorar, pois as demandas para os setores de transporte,

hotelaria e restaurantes aumentam e os preços encarecem Especialistas recomendam: energia e foco são

os fatores principais para administrar melhor o seu tempo. Mas

tudo deve ser equilibrado. Se você tem muita energia e pouco

foco, você começa seu ano bem e na primeira distração deixa

as coisas importantes de lado. Se tiver muito foco, porém pouca

energia pode desperdiçar suas forças no primeiro momento, e

apenas o foco não realizará os seus projetos. Torne o tempo o

seu aliado e não um vilão. Suas atitudes é que vão definir o seu

balanço de final de ano. Se as coisas não deram certas, e você

não teve oportunidade, não deixe que o sentimento de culpa ou

de incapacidade te detone. Limi-

tações todos temos. Porém é preciso ter em mente o por-

quê você quer alcançar determi-

nadas metas e não perdê-las de

vista, senão seus ideais, seus

deveres e sua vida perderão o

sentido. E triste é o homem que

não tem um sentido na vida.

Cazuza nos ensinou

que o tempo não para. Talvez fosse ele um discípulo do poeta

Mário Quintana, que escreveu sobre o tempo não ser o mensa-

geiro do fim, mas sim o da continuidade:

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira!

Quando se vê, já é natal...

Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...

Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o

relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...

Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o a-

mo...

E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta

de tempo.

Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser fe-

liz.

A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente,

nunca mais voltará.

Página 2

O tempo e as metas

URUQU Ê S EM AN AL

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an

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Humor com Charles Charge

Leandro Casimiro

Page 3: Uruquê Semanal

EDIÇ ÃO 7

O que está acontecendo com nos-

sa juventude hoje? Como os jovens

tem se relacionado? O que eles pen-sam? Como se relacionam? Quais

seus objetivos? Esses e outros são questionamentos que me vem à

cabeça recorrentemente, nos últimos meses acompanhados pelo senti-

mento de que a juventude brasileira parece estar anestesiada e naufraga

diariamente em um terreno onde a

leitura e o anseio pelo conhecimento são chãos que ninguém pisa.

Essas conclusões levam em con-sideração não somente os discursos

juvenis, mas essencialmente a fato-res sociais, como: aversão à política

e a questões socioambientais, a vul-garização da vida sexual cotidiana,

a manifestação de opinião reacionária, o

mau gosto musical e o imenso desprezo

pela literatura e pelas ciências de um modo geral. Todos esses fatores somam-se a

apatia do nosso sistema educacional, en-clausuradas em metodologias “Paulo Frei-

reanas”, que mais tem contribuindo para um circulo vicioso de alienados do que de

pessoas pensantes. Deixo claro aqui que não sou contra Paulo Freire, mas à forma

deturpada com que o sistema utiliza suas

teorias.

Essas mudanças sociais, que nem

consigo distinguir se são consequências ou causas dessa alienação, têm afetado direta-

mente a afetividade dos jovens e as manei-ras como os mesmos se relacionam. Nem

mesmo o romantismo literal, típico dessa fase pueril, sobrevive às construções soci-

ais das letras de funk e forró; letras

cheias de atitude, mas que pouco tem a contribuir para formação cidadã. To-

dos esses componentes direcionam para uma aculturação tamanha que

certamente trará sérios reflexos no futuro como desemprego, a violência

urbana, a prostituição como produto da miséria, o vício, e o sepultamento

de uma geração por completa entregue

ao fracasso.

Nesse aspecto, havemos de ressal-

tar que qualquer medida que não atinja a essência desse problema

(educacional), que não vá realmente de encontro às origens dessa deforma-

ção, não passará de um paliativo sem qual-

quer resultado prático que nos interesse. O

sistema não tem que ser reformado, mas sim alterado em suas estruturas principais

de modo a se conceber um novo pensamen-to e uma nova forma de relação organiza-

cional da sociedade.

A massificação do pensamento é

um dos maiores crimes a que assistimos contra aqueles que têm por obrigação a

tarefa árdua de alterar toda nossa concep-ção errática de mundo. Como mudar essa

realidade tão incrustada em nosso meio?

Somente com uma educação voltada à li-bertação que vise à revisão de valores que

tocam ao respeito e à dignidade humana, bem como promova um pensamento claro o

suficiente para a condenação impetuosa e incontestável do sistema econômico e de

suas consequências desumanas para a soci-

edade.

Sem isso, fatalmente iremos prosse-

guir reprimidos por uma estrutura social que não permite mobilidades, que vende

sonhos e fantasias, mas limita ao extremo a liberdade de crescimento pessoal em todas

as suas dimensões. Sem uma revisão pro-funda nas práticas pedagógicas e nos parâ-

metros curriculares, viabilizando um pensa-mento social mais arrojado com vistas à

superação das diferenças, permaneceremos

confinados dentro de um universo morto, onde a atrofia mental é pressuposto básico

para a sobrevivência juvenil.

Página 3

Passatempo Coisa Nossa

Desinteresse ou Alienação?

O que está acontecendo com nossa juventude? Herleny Rios

Ar

gu

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bio

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1 D W N L O A D

2 H A M B U

3 D R G Q U E E M

4 D O P N G

5 N H A N U

6 N E H U R E S

7 C A S S N E I R A

8 A R E

9 C L A D A

10 D E M

11 N Z - V Ô M I C A

12 C A T O

13 C C A R T N E Y

14 E T R A T O

15 C A T O

16 C A L B R E

8 9 10 13 7 6 5 11 12 16 15 14 4 3 2 1

Coloque a letra certa para formar a palavra correta. Em

seguida relacione os números abaixo às suas respecti-

vas letras e descubra

quem é esta pessoa.

Tornou-se famoso personagem de Uruquê.

Page 4: Uruquê Semanal

Página 4

Coisa Nossa

URUQU Ê S EM AN AL

Uruquê Semanal

Roberlan Mesquita Saldanha apóia essa ideia!

I Mostra de Projetos Sociais do Serviço de Convivência para

Adolescentes de Uruquê

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vinculo, para adoles-

cente entre 15 e 17 anos, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento e Ação Social de Quixeramobim, que até então era conhecido como Projovem,

realizou nesta última quarta-feira (19), no Centro de Convivência do Idoso Val-

demiro Pordeus Cordeiro, sua primeira mostra de projetos sociais. Na ocasião

os demais grupos de convivência da mesma modalidade vieram até o distrito

prestigiar o trabalho desenvolvido por seus colegas. O objetivo da mostra foi

incentivar o protagonismo dos jovens, assim como valorizar as habilidades de-

senvolvidas por eles durante o ano.

Os temas abordados pelos jovens foram: Meio ambiente, onde os mes-

mos realizaram uma atividade de educação ambiental a cerca do racionamento

de água na comunidade; Saúde do Adolescente, onde trabalharam, através de

materiais cedidos pela Unidade de Saúde da comunidade, a sexualidade e reali-

zaram atividade preventiva contra DSTS e contra agravos relacionados a reali-zação de Pircings e Tatuagens por pessoas não profissionais. Também foi abor-

dado o tema Direitos Humanos, através de uma roda de conversa sobre a entra-

da dos jovens no mundo das drogas e os direito dos idosos, grupo que vem a-

poiando e acolhendo as atividades dos jovens com muito afeto e valorização.

O evento foi todo organizado e realizado pelos adolescentes que se mobiliza-

ram durante toda a semana organizando suas apresentações e o espaço, estando seus

orientadores apenas como auxiliares na realização do trabalho. Isso mostra não so-

mente o quanto nossa comunidade tem potencialidades juvenis, mas também o quanto

a rede pública tem se mobilizado dentro da comunidade. É muito bom ver saúde, as-

sistência social e educação trabalhando conjuntamente, e mais ainda ver os adolescen-

tes se tornando cidadãos compromissados com o bem-estar social de onde vivem. Me-ninos estão de parabéns!

Jovens: Andreza Barros, Charles Gomes, Dayanne Morais, Fernanda Lima, Geovana

Maciel, Iara Gomes, Ítalo Brito, Michelle Vasconcelos, Rochelle Silva e Tais Freire.

Orientadores e Equipe de Apoio: Félix Almeida, Herleny Rios e Phelype Cordeiro.

Não havia na Vila de Uruquê um local para os cultos religio-

sos, a não ser na Fazenda do Dr. José Nogueira Aciole, hoje Fazenda

Normal de Criação. Depois foram surgindo novos oratórios (capelas)

como o da Fazenda Cachoeira, até que finalmente foi construída a Cape-

linha de Uruquê em terreno doado pelo casal José Marinho de Góes e

Angelina Ellery Marinho de Góes.

Por ocasião da inauguração da igrejinha pelo Padre Aureliano

Mota, em 25 de Maio de 1930, foi exigido pelo casal que o aludido tem-

plo tivesse como padroeiro “São José”, por ser o „santo da chuva‟.

Cooperaram também para a construção da capela, além do ca-

sal José Marinho de Góes e Angelina Ellery Marinho de Góes que doa-

ram o terreno e os tijolos, o Sr. Antonio Gomes de Freitas, que naquela

época era dono da Fazenda Caraíbas, conhecido como “Lisboa” e doou toda a cal, o Dr. Mário Mamede doou toda a madeira, linhas e caibros

que foram tirados na Fazenda Alegre.

Houve um fato inusitado por ocasião da Sagração da Capela por Dom Manuel da Silva Gomes, Arcebispo de Forta-

leza, tendo como auxiliar o Pároco de Quixeramobim, o já citado Padre Aureliano Mota. Aconteceu que o casal, Dr. José Aciole e dona Telinha, trouxe uma imagem de Nossa Senhora da Conceição para que fosse entronizada como padroeira da

capelinha, o que irritou o casal Marinho de Góes a ponto de se atritarem com o Dr. José Aciole. Finalmente o Padre Aurelia-

no apaziguou os ânimos dizendo: “Nossa Senhora não vai se sentir bem destronando seu esposo querido para ficar no seu

lugar de padroeiro!” – Com isso acabou a discussão entre os dois casais.”

(Palavras de José Ellery Marinho de Góes – ZELITO – filho do casal Marinho de Góes)

Page 5: Uruquê Semanal

EDIÇ ÃO 7

Aviso a comunidade: Poço profundo de Uruquê encontra-se novamente sem funcionamento.

Um carro-pipa derrubou parcialmente uma residência na cidade de Quixeramobim.

Segundo a Polícia, o acidente ocorreu quarta-feira, 19, na Rua Aluizio Siqueira. O ca-minhão estava estacionado em um posto de combustível e desgovernado desceu de ré

atingindo o imóvel, causando o desmoronamento do alpendre. No momento do acidente

ninguém ficou ferido. O motorista do caminhão não se encontrava no local e ninguém

soube informar quem é o proprietário do veículo. A proprietária da casa foi orientada a

aguardar a presença do dono do caminhão para decidir sobre o ressarcimento dos danos.

Crianças de Juatama estudam em um posto de saúde desativado. Aproximadamente

120 crianças residentes no distrito quixadaense, estão enfrentando um dilema há quase 10 meses, isso porque a única creche

infantil foi interditada no início do período letivo. No posto, faltam carteiras escolares e alguns alunos têm que ficar sentados

no chão, em cima de tapetes. Os pais doaram os ventiladores. A Secretaria de Educação prometeu resolver o problema, mas até o momento quase nada foi feito. A equipe do portal Revista Central presenciou um estado deplorável, onde os banheiros

estão com aparelhos soltos, para as crianças fazerem suas necessidades, alguns funcionários tem que segurar os vasos, pois

parte da cerâmica encontra-se solta, causando risco para as crianças.

O governo do estado do Ceará, anuncia a instalação de uma indústria de leite em pó em Quixeramobim. A Agência de

Desenvolvimento do Ceará (Adece) em parceria com o setor privado pretendem investir R$ 20 milhões no projeto. A fábrica

terá duas fases: na primeira, produzirá 200 mil litros de leite em pó por dia; na segunda, 400 mil.

Forte chuva em SP fez a região ficar cerca de duas horas e meia em estado de atenção para alagamentos nesta quarta-feira, 26. O

temporal causou pontos de alagamentos, aeroportos ficaram fechados para pousos e decolagens a tarde, também afetou a circulação

de trens do Metrô e causou filas no trânsito. Choveu 237,8 milímetros no total.

Uma bola lançada dentro de um presídio levou à prisão de duas pessoas no município de Pedra Branca, distante 264 qui-

lômetros de Fortaleza, na manhã desta quarta-feira, 26. Os suspeitos fingiam jogar futebol para praticar o ato. Segundo o

policial, a bola rolou no chão da cadeia e os agentes suspeitaram da movimentação. Ao abrir a pelota com uma faca, encon-

traram dois celulares, um carregador, senhas de crédito para celular e uma porção de maconha. A Polícia prendeu os dois em

flagrante e levados para o mesmo presídio para onde lançaram a bola de futebol com os celulares. De acordo com os polici-

ais, um dos dois suspeitos assumiu o crime. O segundo negou e alegou desconhecer o conteúdo no interior da bola.

Página 5

Reflexão

Hebreus 3

1 Meus irmãos na fé, vocês que também foram chamados por Deus, olhem

para Jesus, que Deus enviou para ser o Grande Sacerdote da fé que profes-

samos. 2 Pois ele foi fiel a Deus, que o escolheu para esse serviço, assim como Moisés foi fiel no seu trabalho em toda a casa de Deus. 3 Assim como

a pessoa que constrói uma casa é mais importante do que a casa, assim,

também, Jesus é mais importante do que Moisés. 4 Uma casa tem de ser

construída por alguém, mas Deus é o construtor de tudo o que existe. 5 E

Moisés foi um servo fiel no seu trabalho na casa de Deus e falou das coisas

que Deus ia dizer no futuro. 6 Mas Cristo é fiel como Filho, que dirige a

casa de Deus. E nós seremos a sua casa se conservarmos a nossa coragem e

a nossa confiança naquilo que esperamos.

Semana

Mundial

Foto: Fernando Ivo

Page 6: Uruquê Semanal

Dialeto II

A maneira do falar do povo cearense, pode se dizer,

que não é apenas um patrimônio cultural do Estado, porém um conjunto de dados históricos e de importância para a pesquisa

no campo fonético-fonológicos e léxicos da língua Portuguesa

no Brasil.

A estrutura da língua cearense consiste em modificar

a estrutura fonética ao trocar o som palatal (encontro da língua

com o céu da boca. Exemplo: xe, je, lhe e nhe) por sons lin-

guodentais (contato com a língua com os dentes superiores.

Exemplo: te, de, ne). Um bom exemplo disso é que em cama-

das rurais você pode encontrar as palavras „velho‟ e „mulher‟,

ambas com terminação palatal, serem articuladas dessa forma: [Véyu] e [Muyé]. Outra singular característica da língua no

Ceará é a iotização (fio por filho) que acontece graças a pre-

sença, no passado, do português dos escravos e dos substratos

indígenas.

Há predominância dos sons nasais e também o corte

do fonema /n/ antecedida da vogal fechada /i/. Exemplos: /

minha/ por /mia/, /caminho/ por /kãmĩøu/ e tantos outros. Fato

marcante, também nesse contexto, é a permanência do /y/

tanto em sílaba medial quanto em final, como nos exemplos

“milho” [miyu] “melhora” [miyora] “brincalhona” [brĩkayõna]. Há permanência do fonema /n/ que

permanece em sílaba medial e final, como nos exemplos

“escolinha” [iskolĩna], “conheço” [kũnesu] e

“sonhado” [sõnadu].

Todas as vogais orais: a, e, i, o, u e as nasais ã, é, õ ditongam-

se no falar do Ceará, como nos exemplos:

/a/ “paz” [pays] /e/ “pés” [pεys]

/e/ “fez” [feys] /i/ “quis” [kiys]

/o/ “nós” [noys] /o/ “arroz” [arroys]

/u/ “luz” [luys] /ã/ “rãs” [hãys]

O nosso idioma consiste em diversos dialetos. Para

nós, cearenses, os linguajares do povo, ao sul da Bahia, po-dem ser engraçados aos nossos ouvidos, assim como os fone-

mas nasais e a consoante /s/ trocado pelo /ch/. O dialeto nor-

destino é engraçado para os habitantes sulistas, em geral a

presença da cultura de vários lugares do território brasileiro e

sua hegemonia local faz com que as pessoa aleguem que seu

dialeto seja o paradigma da língua portuguesa, no entanto, a

língua portuguesa e suas vertentes são riqueza cultural e não

precisa haver paradigmas.

Página 6

Cultura

URUQU Ê S EM AN AL

Por: Generson Carvalho

Uruquê Semanal

Durcilene Costa apóia essa ideia!

ANUNCIE!

ANUNCIE!

DESTAQUE CULTURAL DA SEMANA

A UNESCO reconheceu a Capoeira como

patrimônio cultural e material da Humani-

dade.

Page 7: Uruquê Semanal

EDIÇ ÃO 7

Manjar de coco com leite condensado

Ingredientes: 1 litro de leite; 5 colheres de amido de milho; 200

ml de leite de coco; 150 g de coco ralado; 1 lata de leite conden-

sado; 1 lata de ameixa em conserva.

Modo de preparo: 1º Coloque o coco ralado em uma vasilha e

hidrate com metade do leite de coco; 2º Em uma panela, fora do

fogo, misture o leite, o amido, a outra metade do leite de coco e o

leite condensado; 3º Depois de tudo misturado, leve ao fogo e

mexa até engrossar; deixe cozinhar bem o amido e junte o coco

ralado hidratado; mexa novamente e desligue o fogo. 4º Coloque

em uma forma levemente molhada e leve a geladeira por pelo

menos 4 horas; 5º Desenforme e sirva com a calda de ameixa.

Se o coco é oco ou não, isso é coisa pra sucesso mu-

sical dos anos 80. O fato é que ele é asiático e entrou no Brasil

em meados de 1553, trazido por imigrantes. Por fornecer óleo, gorduras, minerais, vitaminas e fruto fresquinho, o coco pas-

sou a ter destaque social e econômico nos países tropicais. Até

mesmo pode ser usado para fabricação de cordas, tapetes,

chapéus, encostos de automóveis e na industria alimentícia e

cosmética. Não recusa chuva, muito menos Sol, adaptando-se,

assim, muito bem às nossas condições climáticas. Eles apare-

cem em tamanho anão e gigante.

Página 7

Esporte

Culinária

Suélia Pinheiro

Uruquê Semanal

D. Eugênia apóia essa ideia!

Fonte: esporte.com

Page 8: Uruquê Semanal

Um estudante universitário foi esfa-

queado por um colega de quarto por

conta de um motivo desnecessário.

Ele não havia levado o lixo para fora de casa. O incidente ocorreu em

Pequim, na China. A vítima, de 22

anos, contou que tudo saiu de con-

trole quando seu colega de quarto

pediu para ele levar o lixo para fora

do dormitório. Como estava com

fome, o rapaz decidiu comer primei-

ro, o que não agradou seu agressor.

O suspeito jogou um banco sobre o

jovem antes de pegar uma faca e

atingi-lo no fígado. A vítima foi hospitalizada e o agressor capturado

pela polícia.

Restaurantes da Arábia Saudita

proibiram a entrada de mulheres

solteiras, alegando um comporta-

mento “rebelde” delas. Segundo os donos, elas vão pra conversar pelo

celular e paquerar com os outros

homens do estabelecimento, algo

que eles consideram errado. Vários

restaurantes colocaram cartazes

dizendo que “mulheres não são

permitidas”. Não há lei que proíba

as mulheres de andarem sozinhas

na Arábia Saudita, mas crenças

religiosas profundamente enraizadas

ditam que elas devam ser acompa-nhadas por um membro masculino

da família quando estão em público.

CURI

S I D A D E S

Leandro Casimiro

Página 8 Próxima edição: 05 de dezembro

Caro leitor, comunicamos que em breve estaremos com o

serviço de contribuição fixa, onde cada contribuinte

cadastrado terá garantidas todas as edições do mês e

concorrerá a prêmios através de jogos e brincadeiras

mensais e receberá brindes de tempos em tempos.

Considerado um homem

sincero e sem paciência com

perguntas im-becis, Joaquim

dos Santos Rodrigues, o

Seu Lunga era sucateiro, e contador de causos. Natural

do Cariri, da cidade de Caririaçu, com suas respostas afiadas, virou lenda do folclore

nordestino. Morreu aos 87 anos na manhã de sábado, 22 na cidade de Barbalha,

vítima de câncer de esôfago.

SEU LUNGA: TOLERÂCIA ZERO/

AUTOR: ISMAEL GAIÃO DA COS-

TA

Eu vou falar de Seu Lunga

Um cabra muito sincero, Que não tolera burrice

Nem gosta de lero-lero. Tem sempre boas maneiras,

Mas se perguntam besteiras, Sua tolerância é zero!

Ao entrar num restaurante

Logo depois de sentar, Um garçom lhe perguntou:

O Senhor vai almoçar? Lunga disse: não Senhor!

Chame o padre, por favor, Vim aqui me confessar.

(...) Em sua sucataria

Alguém tava escolhendo,

- Por quanto o Senhor me dá, Essa lata com remendo?

Lunga, sem pestanejar, Disse: não posso lhe dar,

Porque eu estou vendendo. (...)

Lunga foi comprar sapato Na loja de Barnabé

E um rapaz bem gentil Perguntou: é pra seu pé?

Ele disse: não esqueça, Bote na minha cabeça,

Vou usar como boné.

Lunga carregava leite Numa garrafa tampada

E um velho lhe perguntou: Bebe leite, camarada?

Ele disse: bebo não! Depois derramou no chão.

- Eu vou lavar a calçada. (...)

Seu Lunga, com seu cachorro, Saiu para caminhar

Um besta lhe perguntou: É seu cão, vai passear?

Lunga sofreu um abalo, Disse: não, é um cavalo,

Vou levar para montar. (...)

Lunga foi à eletrônica Com um som pra consertar

E ouviu um idiota

Sem demora, perguntar: - O seu som está quebrado?

- Tá não, está estressado. Eu trouxe pra passear.

(...) Lunga levou uma queda

De cima de seu balcão - Quer tomar um pouco d‟água?

Perguntou o seu irmão.

Lunga logo, respondeu:

Foi só uma queda, meu!

Eu não comi doce não!

(...)

LUTO